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PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
MATERIAL DIDÁTICO
DIGITE O NOME DA
Elementos Textuais
UNIDADE
Objetivos da Unidade
Síntese
[Cative o leitor com uma síntese interessante, que normalmente é um pequeno resumo do
documento.
Quando quiser adicionar os seus conteúdos, clique aqui e comece a escrever.]
PRODUCAO‐15
[Endereço de correio eletrónico]
Produção de Conteúdo
Caro autor (a),
BEM‐VINDO!
Antes de começar, certifique‐se das seguintes informações:
1) Abordar o tema, conforme ementa da disciplina.
2) Utilizar linguagem dialógica.
3) Organize‐se para que a produção ocorra dentro do prazo acordado.
4) Citar corretamente o material consultado.
5) Utilizar marcações no texto conforme as orientações do manual de produção.
6) Indicar e/ou citar devidamente imagens, tabelas e gráficos. (ABNT)
7) Este modelo de documento não deve ser utilizado para a Unidade de Revisão.
Utilizar o PowerPoint.
Em caso de dúvidas, entre em contato com o setor:
11‐ 3385‐3009 | ramal: 3057
[Data de Publicação]
Autoria
Exemplo: Prof. Dr. João Silva
Prof. Me. Vanderlei Rotelli
Unidade
Exemplo: Unidade 1 – Conceitos Logísticos
Ferramentas e Materiais
Tópicos abordados
Introduza os tópicos que serão abordados na unidade.
Ferramentas mais indicadas para a construção de maquetes
Materiais mais utilizados
Técnicas e formas de trabalho
Objetivos da Unidade
Digite em tópicos ou em parágrafo único os objetivos de aprendizagem para esta unidade.
Dica: É possível utilizar as mesmas informações elaboradas para o plano de ensino.
Conhecer as ferramentas mais utilizadas na confecção de maquetes; apresentar os
materiais mais empregados e as formas de uso que são aplicadas a cada um destes,
compreendendo sua aplicabilidade e indicação de uso.
MATERIAL TEÓRICO
Escrever o material teórico, produzir de 15 a 20 páginas. Não esqueça de utilizar as marcações
e solicitações de recursos visuais à equipe de Produção.
Exemplo de marcação
Antes: [PARA PENSAR] Lugares e pessoas: quais os interesses em determinados
A geopolítica não é uma ciência exata, mas uma área do
planejamentos?
conhecimento que parte de interesses de homens e de governos.
Depois:
Lista de Marcações – Elementos Visuais
Explore – vídeo/áudio
Links Explore – website
Saiba mais – complemento
Atenção
Destaque
Importante
Pense/Trocando ideias
Reflexão/discussão Para pensar / reflita
Diálogo com o Autor
Post‐it
Saiba mais /Você sabia?
Informação Adicional
Glossário /Verbete
Dicas > Museu/Galerias
Em síntese
Síntese
Ideias chave
Observações: Para outras marcações, basta [destacar o texto] e realizar
o comentário/solicitação.
Utilização e solicitação de Imagens/figuras/tabelas/gráficos
1) Atentar‐se aos aspectos de direitos autorais.
2) Observar a qualidade da imagem.
3) Realizar marcações no texto para solicitar o recurso visual.
4) Citar a fonte dos elementos visuais referenciados no material, indicando o link.
Fórmulas e expressões matemáticas
1) Não enviar as fórmulas e/ou expressões como imagem.
2) Utilizar Microsoft Equation ou Mathtype.
Olá, estudantes!
Vamos conhecer, nesta unidade, as ferramentas mais utilizadas e os materiais mais
comuns que são usados para a construção de maquetes e modelos. Modelos e maquetes
nos auxiliam durante todo o curso, e durante a vida profissional. A figura 1 apresenta
uma maquete volumétrica, que funciona como uma forma de estudar propostas de
volumetrias.
Figura 1 – Maquete Volumétrica.
Fonte: O Autor.
Utilizamos miniaturas com várias funções, desde o entendimento e o estudo de uma
volumetria para um projeto, passando por estudos de implantação e de topografia, até
as cores, materiais e acabamentos que podem ser escolhidos para uma edificação.
Para a confecção de nossas maquetes, trabalharemos basicamente com ferramentas
manuais, isto é, você aprenderá a fazer suas maquetes em um ambiente que não requer
o uso de maquinário, podendo fazer este trabalho em qualquer lugar disponível em sua
casa ou em seu trabalho.
Tenho certeza que você está animado para começar a fazer as suas maquetes, mas antes
disto precisamos conhecer e adquirir alguns materiais que nos auxiliarão em nossa
trajetória.
O primeiro, e um dos mais importantes em nossa lista é a base de corte. Esta base nos
permite a execução dos cortes sem marcar ou estragar a superfície sobre a qual você
está trabalhando. Para as maquetes que trabalharemos em nosso dia‐a‐dia, uma base
tamanho A3 é suficiente. Este material pode ser adquirido em grandes papelarias, ou
mesmo pela internet. A figura 2 mostra uma opção de base (existem outras,
dependendo do fabricante).
Figura 2 – Base de Corte
Fonte: O Autor.
Com a ajuda da base, você não corre o risco de passar o estilete em algum móvel ou
superfície que lhe cause problemas; como é possível notar pela imagem, a base tem
marcações quadriculadas, que também auxiliam na montagem das nossas maquetes, já
que a maioria dos projetos tem linhas ortogonais.
A próxima ferramenta também é muito importante. Estamos falando do estilete, a
ferramenta que utilizamos para a execução do corte das peças. Muitas técnicas que
usamos estão associadas a partes soltas, que são cortadas e coladas, e o instrumento
que utilizamos para o corte é o estilete. É muito comum que quem está começando a
fazer miniaturas tente usar a tesoura ou o bisturi, mas é bastante perceptível que o
acabamento destes instrumentos é bastante inferior aquele do estilete.
A figura 3 mostra exemplos de estiletes. Tenho certeza que você percebeu que nos dois
casos o “corpo” ou a parte central da ferramenta é metálica. É bastante importante que
você providencie um estilete que tenha esta característica, ou seja, que não tenha o
“corpo” plástico, pois este tipo de estilete tem uma tendência a quebrar com um uso
mais intenso, como um corte em um material mais denso, que precise de um pouco mais
de força.
Figura 2 – Tipos de estilete
Fonte: O Autor
Como utilizar esta ferramenta? Esta é uma dúvida muito grande entre quem começa
nesta área. De maneira geral, todos nós já utilizamos um estilete em algum momento,
mas a maioria de nós o utilizamos de maneira errada. A figura 3 mostra como devemos
usar esta peça.
O estilete deve estar sempre em posição vertical, com a lamina a 90º do material que
está sendo cortado. A lamina deve estar com a maior área possível de contato com o
material, já que é ela que faz o corte do material, e quanto maior a área de contato,
maior a facilidade do corte e melhor o acabamento que conseguiremos. Apena um
pedaço pequeno da lamina deve ser utilizado. Quando você usa a lamina com um
pedaço muito grande para fora do “corpo” do estilete, ela pode se quebrar e provocar
um acidente.
A maior parte das pessoas também segura o estilete como se fosse uma caneta ou uma
lapiseira, deixando a lamina muito levantada em relação ao material. Este movimento
dificulta o controle da lamina, ou seja, existe uma grande chance de o corte sair errado
e de o acabamento ficar muito ruim.
Figura 3 – Forma de uso do estilete
Fonte: O Autor.
Esta forma de uso demanda um pouco de atenção e prática; se você está acostumado a
usar o estilete de outra maneira, precisará treinar esta nova forma, e ficar atento em
seus primeiros usos, para se adaptar a forma correta.
Um outro instrumento fundamental é a régua de aço, que funciona como uma guia para
o nosso corte. Esta régua precisa ter uma espessura de aproximadamente 1 mm, e uma
borda reta. Existem algumas opções de alumínio no mercado; além de serem muito
frágeis, este tipo de régua não tem esta borda reta, o que pode causar acidentes, já que
a lamina do estilete pode cortar a régua.
A figura 4 mostra o tipo mais indicado de régua. As medidas variam de 0,15 m a 1,00 m
de comprimento. A mais indicada é a de 30 cm, que atende a maior parte dos trabalhos
que faremos, mas é claro que isto não impede que você compre, por exemplo, uma
régua de 0,50 m.
Figura 4 – Régua metálica
Fonte: O Autor.
A régua, além de medir e riscar, é claro, deve ser usada como apoio para o estilete,
guiando a lamina para o corte desejado. Você deve utilizar o estilete com a lamina bem
encostada à régua; o ideal é que você faça um pouco de força para que a lamina fique,
durante todo o corte, tocando a lateral da régua. Isto garantirá um corte reto, perfeito
e sem rebarbas, que acontecem quando você passa a lamina do estilete em várias linhas
próximas, mas diferentes, ou seja, você não está fazendo um corte no material, mas sim
vários cortes próximos. A figura 5 indica a posição do estilete junto a régua. Como foi
comentado, é possível ver a lamina sendo forçada na régua; esta força deve ser bem
controlada, para evitar que a régua seja deslocada da linha de corte, o que prejudicaria
a peça que está sendo feita.
Figura 5 – Uso da régua como apoio
Fonte: O Autor
O principal adesivo que utilizamos é a cola PVA branca; você irá utilizar um tubo de cola
com a ponta de saída fina, para que consiga controlar a quantidade de cola que está
utilizando em suas montagens. Este é um ponto importante, que estudaremos melhor
mais adiante.
Está tudo claro até aqui, certo? Vamos então começar a estudar os materiais mais
utilizados e quais seus os mais indicados para cada um deles, em função de suas
especificidades e formas de uso.
Vamos começar com o papel Paraná, que é um papelão fibroso, que tem várias
espessuras, e que é usado em várias etapas de nossas maquetes, desde a execução de
maquetes topográficas (dependendo da escala utilizada), passando pela construção de
volumetrias, até maquetes de detalhamento em escala grandes, como 1:2 ou mesmo
1:1. A figura 6 está mostrando as espessuras de 1 e 2 mm de papel Paraná.
Figura 6 – Papel Paraná
Fonte: O Autor
Este papel é vendido em chapas de tamanhos A3 a A1; para a maioria dos trabalhos que
você irá executar, o tamanho A3 é suficiente, por isso esta medida é mais recomendada,
pois tamanhos maiores exigem mais espaço para serem guardados e podem estragar se
não forem corretamente armazenados. Compre estes tamanhos maiores de papel
apenas quando for utilizá‐los.
Este papel é bastante rígido, por isso seu corte é trabalhoso, isto é, você não conseguirá
cortar as peças com apenas uma passada de estilete. É necessário que você passe várias
vezes o estilete, aumentando a força que você usa aos poucos, e junto à régua, que é o
que vai garantir a retidão da peça; este método também evita que o estilete desvie do
corte, pois se você coloca muita força no estilete, fica mais difícil o controle da
ferramenta. A figura 7 demonstra a forma correta de cortar o papel Paraná, com o
auxílio da régua.
Figura 7 – Corte do papel Paraná.
Fonte: O Autor.
Um outro material muito utilizado é o papel Tríplex. Este é um papel semelhante a uma
cartolina, mas com uma gramatura maior (a recomendada é de 370 g/m²). Este papel é
muito utilizado na confecção de volumetrias e de edificações, pois com este material, é
possível executar estes elementos em uma única peça, pois este trabalho é feito com
cortes e vincos no próprio material. Outra grande vantagem deste material é a cor; como
ele é branco, ajuda bastante quando precisamos executar nossas maquetes em um
esquema monocromático. A figura 8 mostra uma placa de papel Triplex
Figura 8 – Papel Triplex
O papel Metier, ou Espuma, também é bastante utilizado. Este material é composto por
um miolo de poliuretano expandido, coberto nos dois lados com papel sulfite de
gramatura alta. Uma grande vantagem deste material é a sua resistência, pois mesmo
em chapas grandes, dificilmente ele vai empenar ou envergar. Uma grande
desvantagem, e por isso seu uso limitado, é o preço, pois as chapas são bem mais caras
que os outros papéis que usamos normalmente. Este material também apresenta um
problema de acabamento, o que diminui muito a sua utilização. A figura 9 apresenta o
papel Metier. A figura mostra um papel metier com 5 mm de espessura, mas este
material pode ser encontrado, também, com uma espessura de 3 mm.
Figura 9 – Papel Metier
Fonte: O Autor.
O corte deste material é bastante delicado, já que você está vendo apenas a camada
superior de papel enquanto está cortando; isto quer dizer que a camada inferior pode
rasgar ou ser danificada, caso você não tenha bastante cuidado. Também é importante
não tentar cortar muito rápido, pois o miolo de poliuretano pode ser estragado,
estragando o acabamento da peça.
Outro material muito usado é o isopor, ou EPS. Você certamente conhece este material,
e já deve até ter trabalhado com ele, mas talvez também tenha utilizado de forma
errada. Quando não é cortado da forma correta, este material tende a soltar as
“bolinhas” que o compõe, fazendo bastante sujeira, e deixando muitos detritos. Este
material é vendido em várias espessuras, a partir de 5 mm, o que nos possibilita várias
opções de uso. A figura 10 mostra placas de isopor de espessuras de 0,5 cm; 1,00 cm e
2,00 cm.
Figura 10 – Placas de isopor
Fonte: O Autor.
Utilizamos muito o isopor em maquetes topográficas, já que pode ser utilizado para a
execução das curvas de nível em várias escalas, e também na construção de volumetrias
para a execução de maquetes urbanas, que não precisam de muito detalhamento, mas
geralmente apresentam um grande número de peças para a representação da
volumetria da área urbana.
A forma de trabalhar o isopor é muito específica, pois é preciso que ele seja totalmente
cortado, isto é, o estilete deve ser utilizado como um serrote, cortando totalmente o
material, conforme indicado na figura 11. Da maneira como é indicado, o estilete vai
cortar as “bolinhas” que compõe o material, garantindo que ele seja efetivamente
cortado, e não destruído, como quando utilizamos o estilete da mesma maneira que
fazemos com outros materiais, como o papel parana, quando puxamos o estilete para
cortar o material.
Figura 11 – Corte do Isopor
Fonte: O Autor
Perceba na imagem, que a lamina do estilete foi deixada toda para fora do “corpo” do
estilete. Diferente do que acontece com outros cortes, como aqui o estilete deve
transpassar o material, é preciso que a lamina esteja mais exposta. Muito cuidado com
este corte, faça‐o lentamente até entender como funciona esta técnica, para evitar
acidentes.
Um outro material interessante, mas que tem um preço que o torna um pouco
proibitivo, além de não estar disponível em muitos lugares, é a madeira balsa. Esta é
uma madeira sul‐americana, que é bastante leve e fácil de cortar. A figura 12 mostra
uma prancha de madeira balsa.
Figura 12 – Madeira balsa
Fonte: O Autor.
Esta madeira é fácil de ser trabalhada, mas como todas as madeiras, caso o corte seja
errado, ela pode rachar no alinhamento dos veios. Uma grande vantagem é que ela pode
ser encontrada em vários tamanhos e formatos; existe no mercado, por exemplo, a
forma de vigas “I” e “U”, o que pode ajudar na representação de uma estrutura metálica.
Existem também várias espessuras de chapas, e mesmo de blocos; como esta madeira
não é produzida no Brasil, tem um preço alto, como qualquer material importado. Em
virtude disto, ela é pouco recomendada, e muitas vezes substituída pelo papel Paraná,
como veremos mais à frente.
Para a representação dos vidros em nossas edificações, os materiais mais recomendados
são o PVC Cristal e o Acetato. O importante é que os dois tenham uma espessura de no
mínimo 0,5 mm. A figura 13 mostra uma placa de PVC Cristal; o Acetato tem a mesma
aparência.
Figura 13 – PVC Cristal
Fonte: O Autor
Um erro muito comum de quem se inicia na fabricação de maquetes, é usar estes
materiais da maneira que eles são vendidos, isto é, transparentes. Isto significa que será
possível ver através da sua maquete. Como as maquetes não tem paredes internas, você
verá as janelas da outra fachada.
Para evitar isto, a solução mais simples é lixar uma das faces do material. A face que não
foi lixada será colada para o lado de fora. A figura 14 mostra o detalhe de uma maquete
com esta técnica.
Figura 14 – Detalhe da janela de uma maquete.
Fonte: O Autor
É possível perceber que estes materiais mantém o brilho do vidro da janela, mas não
permitem que você veja a parte interna da maquete, mantendo uma semelhança muito
próxima do objeto real.
É claro que existem muitos outros materiais que podem e devem ser usados, mas estes
resumem os principais e mais comuns. Com o decorrer das unidades, conheceremos
materiais mais específicos para a representação dos seus projetos de arquitetura e
urbanismo.
Vamos agora conhecer as principais técnicas de trabalho com estes materiais, para que
você já comece a se adaptar e conhecer a forma de trabalho de cada um.
Vamos executar um mesmo sólido geométrico simples, conforme a figura 15, em
materiais diferentes, para que você entenda estas técnicas de trabalho de cada um, e já
comece a conhecer as especificidades, e as diferenças de cada um. Como você já
percebeu, faremos um cubo, com 10 cm de lado.
Figura 15 – Sólido geométrico simples
Fonte: O Autor
Vamos começar com o Papel Paraná; vamos trabalhar com uma chapa tamanho A3, e
com 2 mm de espessura. Como já foi dito, o papel Paraná é um material rígido, portanto,
interessante para a execução de maquetes que precisem de uma estrutura rígida.
Em todas as maquetes, uma das partes fundamentais é o desenho, isto é, como as peças
são desenhadas no material. Sempre faça seus desenhos usando os instrumentos de
desenho técnico, como esquadros, lapiseiras e escalímetro. Se o desenho não estiver
muito bem feito, certamente a maquete não ficará perfeita.
Para trabalhar com este material, as peças para a montagem do nosso volume serão
separadas, isto é, depois de desenhá‐las, você irá cortar cada uma das peças
individualmente, e fará a montagem depois que todas estiverem prontas. Um detalhe
extremamente importante, que faz uma diferença enorme, é a espessura deste papel,
isto é, como você pode ver na figura 16, teremos três peças com medidas diferentes,
que devem se encaixar para a construção do cubo; lembre‐se que a medida final de cada
um dos lados é 10 cm, e se você somar a medida das peças, verá que o resultado é 10
cm com uma única forma de montagem.
Um outro detalhe muito importante e que é ignorado pela maior parte dos estudantes,
é a quantidade de cola. Sempre aprendemos que mais cola faz com que as peças se
unam de forma mais forte. Isto pode ser verdade para alguns materiais, mas não
funciona no nosso caso; como estamos trabalhando com papéis, o uso de uma cola a
base de água pode causar um grande problema, pois o papel pode inchar e rasgar. No
caso de maquetes, é sempre melhor usar pouca cola, e caso as partes não colem, colocar
um pouco mais.
Figura 16 – Partes do cubo e forma de montagem
Fonte: O Autor
Outra coisa interessante é que antes da montagem final, com cola, você faça uma pré‐
montagem, para verificar se as peças estão na medida correta, e já pensar em qual será
a sua sequência de montagem. Você vai colar as peças “B” nas peças “C”, conforme a
figura 14, e por último as peças “A”. Fique atento, como as medidas finais da peça estão
nas medidas que queremos, ou seja, 10 cm.
A foto 17 mostra o quanto de cola deve ser usado para a montagem da peça. Como foi
dito, pouca cola sempre é mais eficiente, já que ela vai secar mais rápido, permitindo
que você manuseie a peça; caso seja necessário, é mais simples aplicar um pouco mais
de cola.
Figura 17 – Quantidade de cola aplicada
Fonte: O Autor
Fácil, certo? É claro que provavelmente o seu primeiro corte não será tão bom quanto
você imagina, mas a prática certamente vai melhorar o seu trabalho! O segundo corte
será melhor e mais fácil; o último corte apresentará uma qualidade muito superior. A
mesma coisa acontecerá com a montagem e a cola. Aos poucos estas coisas farão mais
sentido, não se preocupe!
Vamos agora trabalhar com o papel Tríplex. A forma de trabalho deste material é bem
específica, e muito diferente da forma de trabalhar do Paraná. Com o papel Tríplex é
possível fazer uma única peça para a execução do sólido. Este tipo de papel é
manipulado com cortes e vincos.
Você começará com o desenho da peça, conforme a figura 18. Você notou que neste
caso, não teremos nenhum desconto de espessura, da forma como isto aconteceu com
o papel Paraná. No caso do papel Triplex, a espessura do material pode ser
desconsiderada.
Figura 18 – Desenho do cubo planificado
Fonte: O Autor.
Você também notou que temos dois tipos de linha na figura 16. Temos linhas cheias e
linhas tracejadas, certo? Esta diferença se deve ao tipo de corte. A linha cheia é um corte
normal, que vai separar a peça. A linha tracejada significa um vinco, isto é, você vai
passar o estilete com um pouco menos de força, para marcar o papel, e facilitar a dobra
para a montagem.
Depois de cortar a peça nas linhas cheias, você vai passar o estilete com menos pressão
nas linhas tracejadas. A ideia é apenas marcar o papel, e não corta‐lo. Pode ser
interessante que você treine este vinco em alguns retalhos de papel, antes de fazê‐lo na
peça, evitando cortar as partes e perder o seu trabalho.
Depois dos vincos, também é interessante que você dobre a peça, de forma a entender
como ela ficará depois de montada, estudando a sequência das partes que serão
montadas. Mais uma vez, você vai usar pouca cola, colocando mais cola apenas quando
as partes não se segurarem. A figura 19 apresenta a peça pronta.
Figura 19 – Solido geométrico simples feito em papel Triplex
Fonte: O Autor
[Importante – Lembre‐se sempre de controlar a quantidade de cola que você usa!!!]
Vamos agora executar esta peça com papel Metier, com 5 mm de espessura. Como você
acha que será o método de trabalho com este material? Isto mesmo! Trabalhamos com
o papel Metier de forma semelhante ao papel Paraná.
Da mesma maneira que em todos os materiais, preste atenção no seu desenho. Esta é
uma parte muito importante do seu trabalho. Da mesma maneira que com o papel
Paraná, precisamos descontar a espessura do material nas peças que usaremos. Antes
de olhar a figura 20, que indica as medidas das peças, tente imaginar em sua cabeça
como serão os encaixes.
Figura 20 – Medidas das peças em Papel Metier
Fonte: O Autor
A sua ideia estava de acordo com as medidas da figura 20? Lembre‐se sempre de
considerar as espessuras do material!
A metodologia de trabalho é a mesma que utilizamos com o papel Paraná, ou seja, você
vai desenhar todas as peças no material, utilizando seus instrumentos de desenho.
Depois do desenho feito, você vai cortar todas as peças, e executar uma pré‐montagem,
ou seja, sem o uso de cola, monte as peças, verificando os tamanhos, encaixes e a
sequência na qual você vai fazer a colagem final.
Cole as peças, ajustando‐as de maneira a tirar qualquer imperfeição.
Acredito que você notou uma grande vantagem deste material em relação ao Papel
Paraná: com uma espessura tão grande, fica bastante fácil passar a cola e fixar uma peça
na outra. Materiais com grandes espessuras tem esta vantagem. Você vai perceber que
a mesma coisa acontece, por exemplo com o isopor, ou mesmo com o papel Paraná,
quando vamos utiliza‐lo no sentido da largura, isto é, quando vamos colar uma placa
sobre a outra, como em uma topografia.
A figura 21 apresenta o cubo feito em papel Metier.
Figura 21 – Cubo em papel Metier
Fonte: O Autor
Gostaria que você notasse a diferença de acabamento entre cada um destes materiais,
e começasse a imaginar qual o uso que cada um deles pode ter em suas maquetes. Não
existe uma regra sobre como devemos utilizar cada um. Eles podem ser utilizados em
vários momentos, até mesmo para representar uma mesma edificação em escalas
diferentes, isto é, você pode utilizar o isopor para representar uma volumetria em uma
escala pequena (1:1000 ou 1:500), depois optar por utilizar o papel Triplex para
representar esta mesma volumetria em escalas maiores, como 1:250 ou 1:125, e utilizar
o papel Paraná para fazer este mesmo trabalho em escalas maiores, como 1:100 ou 1:
50. O importante é que você conheça as características de cada um deles, para que
possa escolher e utilizar de forma rápida e com um acabamento que represente a sua
ideia de forma fiel.
Treine as técnicas com os vários materiais até que você entenda como cada um deles
funciona, e domine os métodos de trabalho de todos.
Bons trabalhos e nos vemos em breve em outra Unidade!!
Material Complementar
Inserir os materiais complementares para aprofundamento dos conceitos abordados na unidade.
Importante: Mínimo 04 indicações — livros, sites, vídeos, artigos, repertagens
https://www.youtube.com/watch?v=rNKbTju7lC8
Este vídeo mostra o mundo das maquetes profissionais, como são feitas e como os
detalhes são construídos
ROCHA, P. M. Maquetes de Papel. 1ª ed. São Paulo, Ed. Cosac & Naif; 2007
Neste livro o arquiteto Paulo Mendes da Rocha fala sobre sua relação com as
maquetes.
https://www.archdaily.com.br/br/800446/16‐dicas‐para‐melhorar‐suas‐habilidades‐
com‐maquetes
Este artigo vai ampliar seu conhecimento a respeito de maquetes
MILLS, C. B. Projetando com Maquetes. 2ª ed. Porto Alegre, Ed. Bookman; 2007
Criss Mills fala sobre o processo de projetar com o uso de maquetes
Referências
Inserir as referências consultadas para produção da unidade.
Importante: Utilzar a norma ABNT
ROTELLI, V. Maquetes: O estado da arte. 1ª ed. Berlim, Ed. NEA, 2017
MILLS, C. B. Projetando com Maquetes. 2ª ed. Porto Alegre, Ed. Bookman; 2007