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Interdisciplinares
em Design
Material Teórico
Etapas de um Projeto
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Etapas de um Projeto
• Etapas de um Projeto.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Estudar as etapas de um projeto de interiores e entender sua aplicação profissional.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Etapas de um Projeto
Contextualização
Para exercer a profissão, o Designer de Interiores qualifica-se em cursos
Técnicos, Tecnológicos ou Bacharelados, ministrados por instituições de
ensino reconhecidas pelo MEC – Ministério da Educação, ou Secretarias
de Educação, e ainda pode formar-se em Arquitetura, tendo cursado a
disciplina de Arquitetura de Interiores. (Site ABD)
Você pode ter mais informações sobre a profissão e atribuições do Designer, acessando o site
da ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores.
Disponível em: https://bit.ly/2GOEnyd.
Segundo a autora e arquiteta Miriam Gurgel (2017), para que haja um projeto é
necessário um cliente, além de um espaço, seja ele existente ou a ser construído.
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Etapas de um Projeto
Primeira Etapa – Estudos Preliminares
1. Estudo Preliminar
1.8. Apresentação das imagens 3D, é opcional contratar ou não nesta etapa.
Assim, detalhando a fase, descrita acima: Quantas pessoas vão ocupar o es-
paço? Quais são as coisas que você pretende fazer com o espaço? Você gosta de
cozinhar? Quais são as idades das pessoas que usam o espaço?
Responder a essas perguntas ajudará o designer a ter uma melhor ideia sobre
cada cômodo e as necessidades pessoais de cada usuário do espaço. Se o seu clien-
te é um artista, por exemplo, seu estúdio deveria ser posicionado em uma sala que
recebesse luz natural através de uma grande janela. Uma vez que conversa com o
cliente e conhece todas essas informações, é hora de passar para o próximo estágio.
Importante! Importante!
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UNIDADE Etapas de um Projeto
Visita Técnica é a etapa em que o profissional irá ao local da obra para conhe-
cer o espaço e poder ter ideias diferenciadas para sugerir aos possíveis clientes.
Dimensões (Figura 1), materiais existentes, posição solar, ventilação, pontos de luz
e de elétrica, pontos de água e esgoto, entre outros, são aspectos fundamentais
para a realização do projeto. Para o cliente é um momento importante de conhecer
e perceber como o profissional trabalha e decidir se irá contratá-lo ou não. Estes
elementos podem ser registrados por fotos, anotações e esboços.
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Antes de contratar um serviço, é importante saber o que ele contempla e quais
etapas ele terá, no caso de projetos. Isso traz sem dúvida mais segurança e diminui
a ansiedade do contratante.
O designer agora tem a visão dos sonhos do cliente. Agora que ele sabe o que
quer e gosta, começará a elaborar o projeto de design de interiores para o espaço,
além de escolher o mobiliário etc. (Figura 3).
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UNIDADE Etapas de um Projeto
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“Lembre-se de que o projeto não será utilizado por você, mas por outra(s) pessoa(s), com características
físicas, gostos, desejos e sonhos diferentes dos seus, e que esse fato deverá ser levado em consideração
no momento da escolha dos meteriais.” (GURGEL, 2017, p. 23)
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UNIDADE Etapas de um Projeto
Esta fase envolve o processo inteiro para o quadro de planejamento. São pran-
chas que mostrarão os layouts detalhados e os projetos complemetares: projeto
e acessórios elétricos (Figuras 8 e 9), planta de paginação de piso (Figura 10),
projetos de hidráulica (abaixo) etc. Podem ser representados ambientes inteiros ou
detalhamentos de suas peças de mobiliários, por exemplo, como estudaremos nas
próximas unidades (Figura 11).
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Figura 8 – Projeto executivo – planta pontos de elétrica
Fonte: Natalia Noleto
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UNIDADE Etapas de um Projeto
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Especificações de interiores:
• Cliente;
• Ambiente;
• Piso, parede, teto, rodapé, janelas portas etc.
• Observações gerais sobre o ambiente. (GIBBS, 2009)
Esta é uma parte muito crítica do projeto. Uma vez que o designer tenha tudo
documentado, a equipe de construção precisará ver este documento para saber o
que se espera dele na obra.
Em uma reforma, por exemplo, a fiação pode ter que ser reencaminhada pelo
chão para pontos elétricos adicionais para um sistema de cinema em casa ou para
iluminação embutida.
O projeto executivo é a fase mais demorada e esperada, pois é nela que apare-
cerão todos os detalhes, como: demolição, acabamentos de construção, elétrica,
hidráulica, gesso, iluminação e mobiliários, entre outros. Costuma-se pedir pelo
menos 15 dias úteis para a entrega desse documento.
Garante que o trabalho esteja indo de acordo com o cronograma e que to-
dos os acessórios e elementos tenham sido entregues e instalados corretamente.
O designer fará uma verificação de qualidade e assegurará que nenhum dos itens
esteja danificado.
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UNIDADE Etapas de um Projeto
Programação da obra:
• Demolição;
• Estrutura;
• Iluminação;
• Elétrica;
• Revestimento de paredes;
• Acabamentos;
• Piso;
• Mobiliário. (GIBBS, 2009)
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Figura 13 – Projetos finalizados com adereços
Fonte: Reprodução
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UNIDADE Etapas de um Projeto
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Associação Brasileira de Designers de Interiores
Acesse o site da ABD, Associação Brasileira de Designers de Interiores e entenda
sobre o universo da profissão.
https://bit.ly/2DFh0q8
Livros
Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais
GURGEL, Mirian. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas
residenciais. 7. ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2013. 304 p.
Vídeos
Como criar um painel de inspiração (moodboard) – 4 passos
Este vídeo ensina como montar um painel conceitua/ semântico ou mood board.
https://youtu.be/UL8RgdPVf7g
4 Etapas Básicas para Executar Projeto de Interiores
Assita este vídeo e entenda as etapas para a execução de um projeto de interiores.
https://youtu.be/dHiIl5lzwPc
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Referências
CAMBIAGHI, S. Desenho universal: métodos e técnicas para arquitetos e
urbanistas. São Paulo: Senac, 2011.
GIBBS, Jenny. Design de interiores: guia útil para estudantes e profissionais: guia
útil para estudantes e profissionais. 2. ed. Londres 2009.
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Projetos Interdisciplinares
em Design
Material Teórico
Mobiliário Residencial
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Mobiliário Residencial
• Introdução;
• Conceito;
• Exemplos de Aplicação;
• Desenho Técnico de Móvel.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Estudar e conhecer o mobiliário residencial aplicado ao projeto e seu desenho.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Mobiliário Residencial
Introdução
Nas unidades anteriores nos trouxemos o ambiente interno residencial e o mobi-
liário residencial, consequentemente, e sua utilização no espaço. Segundo a autora
Miriam Gurgel (2007, p. 18):
A casa é onde dormimos, comemos, guardamos coisas que são impor-
tantes para nós, recebemos amigos, ou seja, onde vivemos e nos senti-
mos protegidos. O planejamento adequado dos diferentes ambientes de
uma casa deve propiciar o acontecimento de todas essas atividades às
quais a casa se destina. A casa não deve ser estática, pois nossa vida não
o é. Somos seres em movimento e em constante evolução.
O ambiente residencial pode ser dividido em três áreas, setores ou zonas: social,
íntima e serviço, além das circulações. Sendo assim, para cada uma dessas zonas
temos conceitos diferentes, bem como seus mobiliários (Fig. 1). Faremos um pas-
seio pela casa e seus ambientes nesta unidade de estudo.
A área social é composta pelas salas de estar, jantar, jogos, TV e lavabos. Ainda
dentro da sala de estar, por exemplo, podemos ter ambientes variados, como espaço
para leitura.
Cada ambiente é composto por uma série de elementos que têm sua função
distinta e devem contribuir para o bem estar de que o utiliza, através da sua
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composição com a iluminação, cores e texturas dos materiais. O mobiliário está
entre esses elementos.
Importante! Importante!
As características físicas do homem (altura, alcance etc.) são importantes para atividades
do dia-a-dia e podem variar de acordo com a sua nacionalidade. Tais medidas irão deter-
minar o desenho dos móveis que farão parte dos ambientes projetados.
Conceito
“Sem mobiliário, não há interior.” (BOOTH E PLUNKETT, 2015, p. 6). Inicia-
mos refletindo sobre a frase acima. Num interior, os usuários do espaço mantém
contato físico e visual direto com os móveis e vivenciam sua eficácia prática e lin-
guagem estética, portanto têm um papel fundamental na ocupação dos ambientes
– estimular a estética/forma e atender às funções necessárias, cadeiras para sentar,
mesas para apoiar etc.
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UNIDADE Mobiliário Residencial
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Neste universo residencial, temos os móveis planejados, desenhados exclusiva-
mente sob medida, os de valor afetivo, os de pronta entrega, os que têm um design
especial, enfim, uma infinidade de possibilidades, até as lojas que vendem o móvel
pré-montando para a pronta entrega.
Exemplos de Aplicação
Existem os móveis para sentar, apoiar, armazenar, deitar etc. (Fig. 4). Os mate-
riais também são variados e surgiram ao longo dos anos. No início dos tempos, a
pedra era usada como móvel para armazenar e sentar; logo a madeira se tornou o
principal material utilizado; o estofamento, com os tecidos, surgiu pela necessidade
de conforto ao sentar. As chapas e os laminados à base de madeira apareceram.
Os metais na Idade Média trouxeram a flexibilidade do dobrar do móvel.
A cadeira favela, desenvolvida pelos designers Fernando e Humberto Campana (anos 2000),
Explor
mais conhecidos como Irmãos Campana, foi inspirada na favela da Rocinha no Rio de Janeiro,
e construída a partir da reutilização de sarrafos de madeira descartados por outras pessoas.
Com um visual rústico e diferente da maioria das peças de outros designers famosos, a ca-
deira favela chama atenção por si só, independente do local onde for disposta ou do tipo de
decoração presente no ambiente. É importante ressaltar que a peça é inteiramente fabricada
com madeira pinus, para áreas internas e em madeira teca para uso em áreas externas, e que
o item não possui estrutura interna e é inteiramente pregada e colada.
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UNIDADE Mobiliário Residencial
Importante! Importante!
O hall de entrada é o primeiro contato com a casa, ditará o seu estilo e faz parte
da zona social. Pode ser composto por um aparador para as chaves ou correspon-
dências ou ainda guarda-chuvas e casacos (Fig.6).
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Sala de TV ou Home Theater (Fig. 8) pode aparecer separado da sala de estar,
como móveis e materiais e revestimentos mais específicos para os equipamentos
usados e as distâncias adotadas. Sofá confortável e local para estoque de objetos
devem ser pensados.
Figura 8 – Sala de TV
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Mobiliário Residencial
O próximo ambiente no percurso da casa é a cozinha, que pode ser ligada à sala
de jantar e faz parte da zona de serviço ou trabalho. É um dos locais mais comple-
xos da casa, pois armazena e preserva alimentos. O mobiliário da cozinha deve ser
feito sob medida, pois assim, serão aproveitadas todas as possibilidades de espaço.
As maiores podem ser gourmet, abertas (Fig. 10) ou fechadas. A regra básica é dei-
xar a área de trabalho em uma distribuição triangular ou linear (fogão cozimento,
pia preparo, geladeira armazenamento).
Figura 11 – Lavanderia
Fonte: Getty Images
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A zona íntima tem os dormitórios como principais ambientes – lugar para dor-
mir, relaxar, armazenar. O dormitório de casal (Fig. 12) é composto pela cama,
criados-mudos, cômoda e armários para roupas, quando não há closet. Existem
variações como os dormitórios de hóspedes/escritórios, com escrivaninhas; com
duas camas, de solteiro ou de bebê, com berço.
Os armários (Fig. 13) e closets (Fig. 14) são móveis para armazenar e podem
ser modulares, embutidos; devem ser de fácil manutenção e funcionalidade para
o cliente. O modelo a ser escolhido dependerá das necessidades do cliente e dis-
ponibilidade de espaço – distribuição interna para roupas em gavetas, dobradas
(prateleiras), penduradas (cabideiros), sapatos, malas. E as portas que podem ser de
correr, abrir ou ainda sem elas.
Figura 13 – Armário
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Mobiliário Residencial
Figura 14 – Closet
Fonte: Getty Images
Os banheiros (Fig. 15) estão localizados nas áreas íntimas – dormitórios (suítes)
e de serviço com chuveiro e na área social sem, como lavabo. Os armários, gabi-
netes serão locais de armazenamento. Os mais antigos e em residências abastadas
eram conhecidos como salas de banho, com mesas e sofás, o que hoje ainda
temos em spas.
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O último ambiente a ser analisado é o escritório ou home office (Fig. 16). É um
projeto complexo de mobiliário, pois dependendo do perfil do cliente será necessá-
rio certo número de equipamentos e espaços para armazenar livros, materiais de
escritório. Uma opção é ter um dormitório de hóspedes.
O termo design de mobiliário é uma vertente do design de produto que lida com a concepção
Explor
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UNIDADE Mobiliário Residencial
A NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura fixa às condições exigíveis para re-
Explor
VISTA LATERAL
(FACHADA)
VISTA FRONTAL
(FACHADA)
VISTA SUPERIOR
(PLANTA DE ABERTURA)
VISTA INFERIOR
(RARAMENTE USADA)
COBERTURA
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Estudamos na unidade anterior, que a terceira etapa de um projeto de interiores
destina-se ao detalhamento do mesmo para sua execução. Esta fase envolve o
processo inteiro para o quadro de planejamento. São pranchas que mostrarão os
layouts detalhados e os projetos complementares: projeto e acessórios elétricos,
planta de paginação de piso, projetos de hidráulica, além do detalhamento e especi-
ficação dos móveis. Podem ser representados ambientes inteiros ou detalhamentos
de suas peças de mobiliários, por exemplo.
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UNIDADE Mobiliário Residencial
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Associação Brasileira de Designers de Interiores
http://bit.ly/2vWPjov
NBR 6492
NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura
http://bit.ly/2vYyj16
Livros
NBR 9050/04
Leia um pouco da NBR 9050/04, da ABNT, e fique por dentro das normas de
acessibilidade.
Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais
GURGEL, Mirian. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas
residenciais. 7.ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2013. 304 p.
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UNIDADE Mobiliário Residencial
Referências
BOOTH, Sam, PLUNKETT, Drew. Mobiliário para o design de interiores. São
Paulo: Gustavo Gili, 2015.
GIBBS, Jenny. Design de interiores: guia útil para estudantes e profissionais. 2 ed.
Londres 2009.
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Projetos Interdisciplinares
em Design
Material Teórico
Mobiliário Comercial
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Mobiliário Comercial
• Conceito;
• Exemplos de Aplicação;
• Desenho Técnico de Móvel.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Estudar e conhecer o mobiliário comercial aplicado ao projeto e seu desenho.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Mobiliário Comercial
Conceito
Ao longo da história, do século XIX até o século XX, a arquitetura de interiores
praticamente não existia. Os ambientes comerciais, como as lojas, eram decorados
por seus proprietários.
Por volta dos anos 1970, segundo a arquiteta Clarice Mancuso (2014), com o sur-
gimento dos shoppings, o ambiente comercial gerou uma demanda de profissionais
especializados trabalhando em seus interiores, pois cada espaço projetado geraria
um retorno ao proprietário do empreendimento.
A luz em excesso, por exemplo, pode ser prejudicial nos provadores de roupas,
já a iluminação de uma boate precisa de muita “penumbra”.
Tipologia: a ciência que estuda tipos, diferença intuitiva e conceitual de formas de modelos
Explor
Exemplos de Aplicação
“Entende-se por ambiente comercial, no caso, tudo que não seja residencial: lojas,
hotéis, restaurantes, consultórios, escolas, clubes etc. São inúmeros tipos, mas pos-
suem alguns pontos em comum.” (MANCUSO, 2014, p. 99.)
Nesta Unidade, incluiremos nos ambientes comerciais as lojas (Figura 1), pois na
próxima unidade 4, estudaremos os ambientes institucionais através dos escritórios,
consultórios, bem como restaurantes, bares e lanchonetes, por possuírem áreas
para funcionários.
O ambiente comercial é aquele utilizado para gerar trabalho, e cada tipo de pos-
sibilidades desse ambiente (loja de móveis, de roupas etc.) vai gerar um programa de
necessidades diferente. E, consequentemente, a necessidade de mobiliários especí-
ficos surge.
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Figura 1 – Loja com mobiliário sob medida
Fonte: Getty Images
Importante! Importante!
Iniciamos o nosso percurso pelo projeto comercial – lojas: pela entrada, recep-
ção, que é um forte atrativo nesse tipo de projeto. É o primeiro contato do cliente
com os interiores e produtos, portanto deve ser convidativa, sejam lojas com acesso
diretamente nas vias externas (Figura 2) ou em shoppings (Figura 3). Iluminação
agradável e materiais antiderrapantes podem ser uma boa escolha para esse es-
paço, que será o cartão de visitas da marca. Algumas lojas possuem uma entrada
central ou lateral com destaque para a vitrine, outras não a possuem, mas o cliente
deve se sentir à vontade e convidado a entrar no espaço.
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UNIDADE Mobiliário Comercial
Importante! Importante!
“Um dos maiores concorrentes que alguns empresários enfrentam hoje em dia
é a internet. Com a possibilidade de compra on-line, não só no Brasil como em
qualquer parte do mundo, a competição tornou-se muito mais acirrada.” (GURGEL,
2005, p. 176,) Esse fato mudou o comportamento da população, que se acomodou
em casa, sem filas e incômodos.
Ainda de acordo com Miriam Gurgel (2005), o papel dos designers passou a ter
mais responsabilidade, pois este profissional deve representar através do projeto
a filosofia da empresa, com ambientes que atraiam o público. Assim, o resultado
visual pode interferir na entrada ou não do cliente na loja.
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A tecnologia deve estar presente: computadores para consulta (Figura 5), telas com produtos, ilumina-
ção e som. Aplicados com criatividade, esses itens realçam o projeto.
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UNIDADE Mobiliário Comercial
Os móveis expositores em qualquer área de uma loja devem ser estáveis, uma
arara não deve empenar com o peso, por exemplo (BOOTH e PLUKETT, 2015).
Finalmente o caixa (Figura 10), que deve estar em um local de fácil acesso - estra-
tégico - e sinalizado de alguma maneira. Um balcão é sempre utilizado e pode trans-
mitir a identidade da marca. Se localizado na entrada, garante um melhor controle.
O estoque (Figura 11), mesmo que pequeno, é um setor importante, para arma-
zenamento de mercadorias (estantes e/ou prateleiras são utilizadas). Área adminis-
trativa é facultativa, dependendo da loja.
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Figura 11 − Estoque
Fonte: Getty Images
Importante! Importante!
Devemos perceber no nosso percurso pelas áreas de uma loja que não estão pre-
vistas instalações de sanitários nas lojas em shoppings.
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13
UNIDADE Mobiliário Comercial
Arquitetura/Design de Interiores
• Planta(s);
• Cortes longitudinal e transversal;
• Fachada;
• Perspectiva interna;
• Detalhamento;
• Memorial descritivo.
Importante! Importante!
Franquia é uma loja que usa uma matriz de projeto e ramifica suas atividades em diversas
lojas. Difere da filial na medida em que as lojas franqueadas pertencem a proprietários
diferentes, que pagam por explorar a operação.
“Em geral, acredita-se que a mobília em estabelecimento comercial, seja para expor os pro-
dutos, seja para proporcionar maior conforto ao cliente, deva ser um complemento modesto
à mercadoria em oferta.” (BOOTH, PLUKETT, 2015, p. 20.)
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Devemos levar em conta no projeto dos móveis comerciais o tema da loja; mui-
tos designers optam pelo ambiente minimalista ou neutro, para dar destaque aos
produtos, já outros escolhem expositores complexos, que atraem, mas podem ser
de difícil acesso aos clientes (manutenção).
“O interior de uma loja deve marcar sua presença, mas o mobiliário tem de ficar em segundo
plano em relação à mercadoria.” (BOOTH, PLUKETT, 2015, p. 21.)
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Vista 1 Vista 2 V. Superior
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20 20 20
3 3 3 20 225
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Vista 3 Vista 4 85
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DETALHE – BALCÃO
ESC 1:20 10
Perspectiva
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1 1.5
15.3 15.3
1
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1 1.5
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117
40
53 60
V. Superior 7
Perspectiva
DETALHE – GAVETEIRO COM RODÍZIO (3 UNIDADES))
ESC 1:20
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UNIDADE Mobiliário Comercial
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Projetando Espaços
GURGEL, Mirian. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas
comerciais. São Paulo: SENAC São Paulo, 2005.
Vídeos
4 Etapas Básicas para Executar Projeto de Interiores.
https://youtu.be/dHiIl5lzwPc
Arquitetando Lojas – Os 5 Principais Erros no Desenvolvimento de um Projeto de Loja.
https://youtu.be/BgxmZ3TsCbA
Leitura
Código de Obras
Acesse o Código de Obras e Edificações de sua cidade e entenda como funciona.
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Referências
BOOTH, Sam; PLUNKETT, Drew. Mobiliário para o design de interiores. São
Paulo: Gustavo Gili, 2015.
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Projetos Interdisciplinares
em Design
Material Teórico
Mobiliário Institucional
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Mobiliário Institucional
• Introdução;
• Exemplos de Aplicação;
• Desenho Técnico de Móvel.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Estudar e conhecer o mobiliário institucional aplicado ao projeto e seu desenho;
• Estudar os ambientes institucionais que incluem: escritórios, hotéis, restaurantes, consultórios,
escolas, clubes, entre outros; locais estes que geram trabalho com áreas para funcionários.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Mobiliário Institucional
Introdução
Assim como nas ambientações residencial e comercial, a institucional necessita
levantar as questões relacionadas ao perfil do cliente e programa para o projeto.
Em um projeto comercial, a venda é o principal elemento e as cores, layout, entre
outras características, são importantes (MANCUSO, 2014).
Exemplos de Aplicação
Vamos fazer um percurso pelo universo dos ambientes institucionais, começan-
do pelos Escritórios. O modo de trabalhar está em constante mudança, vemos essa
aplicação nos espaços mais conceituais e dinâmicos das empresas.
Mas, com as leis que nos asseguram hoje, isso até que não é de todo ruim.
Difícil mesmo deveria ser trabalhar como nos tempos antigos, sem salário justo ou
qualquer perspectiva de evolução na carreira. Muitas vezes trabalhava-se apenas
por comida, a exemplo do que ocorria no antigo Egito.
Houve uma grande evolução desde a criação dos primeiros escritórios até os
dias de hoje. Antigamente os cafés, pubs londrinos ou mesmo as casas das pessoas
8
eram utilizadas para a realização de reuniões importantes sobre trabalho, que mui-
tas vezes duravam dias.
Para poupar tempo, muitos empresários acabavam por construir as suas casas
sobre a loja ou fábrica de sua propriedade. Os afazeres de seus funcionários, que
muitas vezes acabavam residindo no mesmo local, confundiam-se com os afazeres
domésticos (Figura 1).
Importante! Importante!
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9
UNIDADE Mobiliário Institucional
Prédio administrativo da SC Johnson criado por Frank Lloyd Wright, 1936: http://bit.ly/2MUTXyr
A Google é uma das marcas mais conhecidas do mundo e provavelmente o grande expoente
Explor
quando se falam em “empresas do século 21” com escritórios modernos, confortáveis e re-
pletos de opções para os seus empregados: http://bit.ly/2MSlwbK
10
A recepção pode ser composta por balcão de atendimento, armários de apoio,
poltronas, sofá de espera, entre outros. Os postos ou estações de trabalho seguem
a composição que pode ser criada de acordo com o fabricante escolhido para for-
necer o mobiliário modular pronto. Em casulos (pequenas salas), no espaço mais
aberto ou em organização linear, a intenção é criar maior interação entre os funcio-
nários, além dos módulos para trabalho em grupos (no link a seguir).
Explor
Importante! Importante!
Deve-se dar atenção ao material em que as estações serão desenvolvidas, pois a acústica
precisa ser considerada nesse espaço coletivo.
Salas de reuniões são espaços separados e fechados com mesa e cadeiras (Figura 4).
Ainda surge a necessidade de um móvel para armazenar documentos.
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UNIDADE Mobiliário Institucional
De acordo com a arquiteta Miriam Gurgel (2005), o projeto pode ser dividido em
duas áreas: público – entrada, recepção, espera, banheiros e área de alimentação
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(Figura 7); atividades da cozinha – preparação, controle, armazenamento, escritório
e serviços (Figura 8). Estas áreas devem estar interligadas.
Fast-food: http://bit.ly/2N3phei
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UNIDADE Mobiliário Institucional
Espaçamento entre as mesas, seja através de assentos fixos ou não, deve ser
levado em consideração para proporcionar uma circulação adequada ao estabeleci-
mento, como mostra a imagem anterior.
Bar: http://bit.ly/2WPTW3z
A iluminação deve ser bem estudada para que os locais não fiquem na penum-
bra ou muito claros. Iluminação de destaque, por exemplo, pode evidenciar alguma
informação importante. Na zona de trabalho, o ideal é uma iluminação fria/branca
e forte; já na zona destinada ao público, a luz pode aparecer mais quente/amarela
(estimulam o apetite). A escolha das luminárias e lâmpadas é muito importante e
pode valorizar o ambiente.
Importante! Importante!
Ao posicionar a iluminação, evite áreas escuras nas mesas e luz direto na cabeça das
pessoas (GURGEL, 2005).
De acordo com o Código de Obras, piso, parede e teto devem ser totalmente revestidos por azulejos.
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Desenho Técnico de Móvel
O mobiliário, como os materiais de revestimento do teto, piso e das pare-
des, é o que imprime a característica do local. (MANCUSO, 2014, p. 120)
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UNIDADE Mobiliário Institucional
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
ABD - Associação Brasileira de Designers de Interiores
Acesse o site da ABD, Associação Brasileira de Designers de Interiores e entenda
sobre o universo da profissão.
http://www.abd.org.br
Frank Lloyd Wrigt Foundation
Acesse o site e conheça o trabalho do arquiteto.
https://www.franklloydwright.org
Riccó - A Evolução do Escritório
Conheça a loja de móveis para escritório Riccó!
https://www.ricco.com.br
Livros
Projetando Espaços: Guia de Arquitetura de interiores para Áreas Comerciais
GURGEL, M. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas
comerciais. São Paulo: SENAC São Paulo, 2005.
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UNIDADE Mobiliário Institucional
Referências
BOOTH, S. P. Mobiliário para design de interiores. São Paulo: Gustavo Gili, 2015.
GIBBS, J. Design de interiores: guia útil para estudantes e profissionais: guia útil
para estudantes e profissionais. 2. ed. Londres, 2009.
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Projetos
Interdisciplinares
em Design
Material Teórico
Estudo de Caso I
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Estudo de Caso I
• Introdução;
• Study Case Nacional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conhecer a aplicação do detalhamento de mobiliário num projeto de interiores completo.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Estudo de Caso I
Introdução
Nesta Unidade, estudaremos o projeto de interiores com foco no desenvolvimen-
to do mobiliário – detalhamento. Faremos um estudo de caso nacional residencial
em um ambiente da casa.
Ao escolher um móvel, este pode ser planejado em uma loja, marcenaria, rea-
lizado por um marceneiro ou comprado pronto. Seja qual for a escolha, ele deve
fazer parte do layout do ambiente de forma harmoniosa e funcional.
Como vimos em outras unidades, o mobiliário residencial deve servir para diver-
sas atividades – repousar, receber, armazenar e trabalhar.
Com isso, um layout bem projetado, com os móveis adequados, dentro do que o
cliente deseja e necessita, é fundamental para um projeto de interiores bem sucedido.
Explor
8
Os móveis de reuso (Fig. 2) são os pre-
existentes e que podem ser mantidos nos
ambientes trocando o estofamento, ou res-
taurando, quando gastos pelo tempo, além
de serem distribuídos facilmente pelo local.
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UNIDADE Estudo de Caso I
As cozinhas devem ser bem planejadas, sejam elas compactas, maiores ou inte-
gradas ao estar. O mobiliário é o elemento principal desse ambiente. Uma cozinha
funcional deve pensar em três áreas de trabalho principais: pia, geladeira e fogão.
A disposição desses equipamentos deve formar um triângulo na planta para melhor
circulação, como observamos na imagem (Fig. 5).
Iniciamos a distribuição pela geladeira, que faz a função de despensa e deve es-
tar acessível. Na pia, a atividades de cortar, lavar, entre outras, acontecem, então,
gavetas no móvel são fundamentais. A área do fogão é a que precisa de ventilação
e segurança
As cozinhas aparecem em forma linear, que é o tipo em que as três zonas citadas
acima estão alinhadas, como mostra o primeiro desenho. A área entre pia e fogão
deve ser maior e bem iluminada para facilitar o trabalho. Nessas cozinhas, o espaço
oposto pode apresentar armários para armazenar loucas, por exemplo.
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Nas imagens de tipologias de cozinhas, temos em vermelho a área quente; em
azul, a área fria; em verde, a área de trabalho; e em amarelo, armazenamento. A cir-
culação está marcada pelo triângulo.
À direita, a arquiteta destaca, em planta (Fig. 6), uma chapelaria para apoio da
chegada, entrada do apartamento. Na sequência, a geladeira, a cuba farm sink em
Corian branco. O fogão, posicionado ao centro da linha, as bancadas em quartzo
branco, assim como o tanque, à esquerda.
Explor
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UNIDADE Estudo de Caso I
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Como no estudo de caso, usar armários abertos (para utensílios mais usados e
interessantes visualmente) e fechados (para utensílios menos usados no dia a dia)
combinados, pode ser uma solução adotada.
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UNIDADE Estudo de Caso I
Figura 10 – Cozinha
Fonte: Patricia Pomerantzeff/Doma Arquitetura
O vídeo mostra a reforma de outra cozinha feita pelo escritório Doma Arquitetura, disponível
Explor
em: https://youtu.be/yNzhXzq6vGU
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Mobiliário para o design de interiores
BOOTH, S.; PLUNKETT, D. Mobiliário para o design de interiores. São Paulo:
Gustavo Gili, 2015.
Vídeos
Reforma Cozinha Compacta Apto 2502
Assista ao vídeo da Doma Arquitetura e acompanhe a reforma de uma cozinha
compacta.
https://youtu.be/8hRSfyTfpno
4 Etapas Básicas para Executar Projeto de Interiores
Assista a este vídeo e entenda as etapas para a execução de um projeto de interiores.
https://youtu.be/dHiIl5lzwPc
Leitura
Guia Arauco: Como projetar e construir uma cozinha corretamente?
Leia esta matéria sobre a montagem de uma cozinha para complementar o conteúdo.
http://bit.ly/2Nv96qJ
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UNIDADE Estudo de Caso I
Referências
ARRUDA, M. Decora. 1. ed. Rio de Janeiro: Globo Estilo, 2019.
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Projetos Interdisciplinares
em Design
Material Teórico
Estudo de Caso II
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Estudo de Caso II
• Introdução;
• Study Case Internacional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conhecer a aplicação do detalhamento de mobiliário num projeto de interiores completo.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Estudo de Caso II
Introdução
Na última unidade da disciplina analisaremos um estudo de caso de projeto de
mobiliário institucional internacional.
Assista o vídeo que introduz o nosso tema e mostra a composição dos interiores de um con-
Explor
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Explor
Móvel Residencial – criado mudo, disponível em: http://bit.ly/2QeJdsR
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UNIDADE Estudo de Caso II
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Study Case Internacional
O mobiliário institucional deve ser desenvolvido de acordo com a atividade de
cada local, a fim de apresentar móveis adequados – e, portanto, planejados – às
tarefas ali exercidas no dia a dia, bem como contar com o design que componha o
estabelecimento, de forma a promover a marca em cada item e detalhe do ambien-
te, acompanhando a composição de cores, por exemplo.
Os papéis e a forma de interagir dentro de escritórios e edifícios públicos
têm mudado, mas a importância da área da recepção, a primeira e me-
lhor oportunidade que uma empresa tem de expressar seu status e sua
filosofia, mantém-se intacta. (BOOTH, PLUNKETT, 2015, p. 31)
Uma conversa inicial entre cliente e designer pode definir com precisão o con-
teúdo de um projeto.
Os designers de interiores não devem desenhar móveis se não for realmente ne-
cessário, pois existem no mercado opções pré-fabricadas. Portanto, de acordo com
o cliente e projeto, “O designer de mobiliário terá em mente um contexto para cada
peça que produzir, e essa percepção é fundamental para a tomada de decisões”
(BOOTH, PLUNKETT, 2015, p. 18).
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UNIDADE Estudo de Caso II
Além do balcão da recepção, nosso foco é o móvel mais importante deste am-
biente, outros móveis complementam o local. O restante do mobiliário não costu-
ma ser projetado e quando possível - orçamento e espaço -, serão poltronas, sofás
e mesas de apoio.
Sala de espera com cadeiras LC2, da série Grand Confort, disponível em: http://bit.ly/2Qci35V
As áreas de recepção devem dispor seus assentos criando espaços onde duas ou
mais pessoas possam manter um diálogo. “Os grupos de mobiliário podem ajudar a
estruturar os espaços demasiadamente amplos [...]” (BOOTH, PLUNKETT, 2015,
p. 40).
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Figura 4 – ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
Fonte: ABNT NBR 9050
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UNIDADE Estudo de Caso II
A autora Miriam Gurgel comenta a respeito das escalas mais utilizadas para o
detalhamento de mobiliário, por exemplo:
Quando se tratar de plantas de um ambiente, elevações, vistas e cortes,
elas devem ser desenhadas na escala 1:20 ou 1:25. Essa escala por ser
maior do que a 1:50, expressará a concepção geral de um ambiente, com
possibilidade de esclarecer detalhes impossíveis de serem notados em
uma escala menor. Essas pranchas serão aquelas encaminhadas a mar-
ceneiros, marmoristas, gesseiros, pedreiros etc. (GURGEL, 2017, p.229)
É possível, na escala maior, projetar com maior precisão. Detalhes como portas e
suas aberturas aparecem detalhados. Podendo ainda, utilizar a escala 1:10 e para deta-
lhes de puxadores, escala 1:5. Desta maneira, a pessoa encarregada da execução não
terá dúvidas. Os desenhos a seguir (Fig. 7) mostram detalhes do balcão e suas partes.
Figura 7 – Detalhamento 1
Fonte: BOOTH & PLUNKETT, 2015
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O número de pessoas que trabalha no balcão varia de acordo com a quantidade
de pessoas atendidas na empresa. Com frequência este móvel precisa acomodar
diversas pessoas ao mesmo tempo, por isso a setorização de atendimento é funda-
mental no desenho, bem como a sinalização do espaço.
Figura 8 – Detalhamento
Fonte: BOOTH & PLUNKETT, 2015
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UNIDADE Estudo de Caso II
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
ABD
Acesse o site da ABD, Associação Brasileira de Designers de Interiores e entenda
sobre o universo da profissão.
https://bit.ly/2DFh0q8
Livros
Mobiliário para Design de Interiores
BOOTH, S, PLUNKETT, D. Mobiliário para o design de interiores. São Paulo:
Gustavo Gili, 2015.
Vídeos
4 Etapas Básicas para Executar Projeto de Interiores
https://youtu.be/dHiIl5lzwPc
Projeto Arquitetura Consultório Médico
https://youtu.be/2U0lLLtpi3U
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UNIDADE Estudo de Caso II
Referências
BOOTH, S., PLUNKETT, D. Mobiliário para o design de interiores. São Paulo:
Gustavo Gili, 2015.
GIBBS, J. Design de interiores: guia útil para estudantes e profissionais: guia útil
para estudantes e profissionais. 1 ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2015.
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