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APRESENTAÇÃO DA APOSTILA
#CURRÍCULO LATTES#
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8984174J8
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Caro(a) aluno(a), quando alguém utiliza o termo “projeto”, o que vem a sua
mente?
Sem dúvida, o termo projeto é muito utilizado em nosso cotidiano, e é também
aplicado nas diversas áreas do conhecimento, tais como engenharias, administração,
contabilidade, análise e desenvolvimento de sistemas, entre tantas outras.
Deste modo, imagine o seguinte: você e seu amigo irão fazer um bolo de
chocolate, ambos receberam os mesmos ingredientes, a mesma receita, o mesmo
tempo para a preparação, mesmo forno, enfim, as mesmas condições foram postas a
vocês. Você acredita que sairá o mesmo resultado?
Certamente não, mesmo com as condições iguais é possível que saia um
resultado diferente, visto que cada um terá uma maneira de executar o ‘projeto’.
Não obstante, em um mercado cada vez mais competitivo e acirrado, que tem
levado as organizações a viverem em permanente estado de mudança, percebe-se
que nos últimos anos, especialmente no Brasil, há uma busca incessante das
empresas no uso de melhores práticas de elaboração, análise e gerenciamento de
projetos.
Sendo assim, vamos então compreender agora sobre as terminologias e
conceitos.
2 CONCEITOS DE PROJETOS
Temporário
Todo projeto tem
início, meio e fim.
Progressivo Único
As características do O produto ou
projeto são mais detalhadas serviço gerado é
à medida que em que é diferente.
maior o entendimento do
produto ou serviço.
Fonte: Adaptação de Xavier, Carlos; Xavier, Luiz; Reinert; Stoeckicht (2014, p. 08)
Neste sentido, quem pensa em gerir um projeto deve ter em mente que
comandar um projeto é realizar a administração prática e realista de elementos em
prol de um objetivo comum, que pode ser a construção de um imóvel, o
desenvolvimento de um sistema, a construção de um modelo novo de carro etc. Em
suma, gerir um projeto é alocar recursos necessários (material, pessoas, financeiro)
para tal e se planejar de alguma forma; é administrar.
É fato que os projetos ocorrem em praticamente todas as empresas e em todas
as suas áreas e níveis, gerando produtos e/ou serviços para clientes internos e/ou
externos. Como exemplo de projetos, de acordo com Xavier, Carlos; Xavier, Luiz;
Reinert; Stoeckicht (2014, p. 08), podemos citar:
Ainda assim, é importante ficar claro que a Gestão de Projetos visa otimizar o
tempo, o custo e a qualidade de um projeto, buscando maneiras efetivas de se atingir
um objetivo (GAUTHIER; IKA, 2012 apud DIAS; GONZALEZ; GUIMARÃES, 2017, p.
02), utilizando um tempo determinado, assim como orçamento e características
previamente estabelecidas.
Deste modo, podemos afirmar que a gestão de projetos destaca-se pelos
seguintes benefícios/características:
I. Simplicidade de propósito: um projeto deve possuir metas e objetivos
facilmente compreendidos.
II. Clareza de propósito: o projeto pode ser descrito claramente em poucos
termos: objetivos, escopo, limitações, recursos, administração, qualidade de
resultados e assim por diante.
III. Controle independente: pode ser protegido do mercado ou de outras
flutuações que afetam operações rotineiras.
IV. Facilidade de mediação: o andamento do projeto pode ser monitorado por
meio de sua comparação com metas e padrões (indicadores) definidos de
desempenho.
V. Flexibilidade de Emprego: a administração do projeto pode empregar
especialistas e peritos de alto padrão por períodos limitados, sem prejudicar os
arranjos de longo prazo na lotação de cargos.
VI. Conduz à motivação e moral da equipe: a novidade e o interesse específico
do trabalho do projeto devem ser atraentes às pessoas e levar à formação de equipes
entusiásticas e automotivadas.
VII. Sensibilidade ao estilo de administração e liderança: embora às vezes
capazes de autogestão, as equipes de especialistas automotivadas reagem
criticamente a certos estilos de liderança.
VIII. Útil ao desenvolvimento individual: trabalhar com uma equipe eficiente
favorece o desenvolvimento acelerado e a capacitação pessoal.
IX. Favorece a discrição e a segurança: os projetos podem ser protegidos de
ação hostil ou atividade de informação para defesa, pesquisa, desenvolvimento de
produto ou segurança de produtos sensíveis ao mercado ou de alto valor.
X. Mobilidade: os projetos podem ser executados em locais remotos, países
estrangeiros e assim por diante; são independentes.
XI. Facilidade de distribuição: a administração ou condução de um projeto inteiro
pode ficar livre de contrato, como, por exemplo, em um acordo BOT de construção,
operação e transferência (KEELLING, 2002).
Neste sentido, a Gestão de Projetos é uma técnica que pode ser utilizada de
diversas formas em diferentes setores e tipos de organizações. No ramo da pesquisa
e do desenvolvimento, ferramentas e técnicas são utilizadas e implementadas para
realizar projetos mais complexos de desenvolvimento de produtos, de maneira efetiva.
Na área da construção civil, a Gestão de Projetos é utilizada como ferramenta de
planejamento, gestão e controle dos projetos. No campo da engenharia, utiliza-se
cronograma de projetos e métodos quantitativos com o objetivo de alcançar maior
produtividade dentro dos sistemas manufaturados (KWAK; ANBARI, 2009 apud DIAS;
GONZALEZ; GUIMARÃES, 2017, p.02).
3 CONCEITOS DE ANÁLISE
REFLITA
Nosso país abraçou a realização de grandes eventos nos últimos anos. Fomos
escolhidos para sediar a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016.
Várias concessões, obras e iniciativas foram empreendidas para que o Brasil
tivesse condições de realizá-los dentro do calendário estabelecido.
Em um dos projetos relacionados com esses eventos havia uma pressão muito
grande de calendário, gerada por atrasos em uma das obras e a necessidade de
montagem do data center que viabilizaria a disponibilização de todos os sistemas
necessários para o uso dessa instalação. No entanto, o datacenter ficava dentro da
obra, que estava em atraso.
É importante ressaltar que a instalação de componentes computacionais não
pode ser feita em ambientes não refrigerados adequadamente, para não queimarem
por superaquecimento. Tampouco os equipamentos podem ficar expostos à poeira,
que danifica tanto as ventoinhas de refrigeração quanto os contatos internos dos
componentes.
Mesmo com o risco de atraso mapeado e gerenciado, e estando o cliente ciente
da situação, a qual em cada reunião de acompanhamento trazíamos à tona e
tentávamos de forma infrutífera estabelecer planos de contingência e ações de
mitigação, os dias insistiam em passar de forma mais rápida que a evolução das
atividades no cronograma da obra.
Vários planos de contingência propostos e negados...
- Podemos utilizar o datacenter do prédio atual?
- Não dá, pois há equipamentos de operação local que necessitam de
conexão na rede e de servidores locais para processar as informações.
- E se colocamos aqui apenas uma estrutura mínima e um canal de
comunicação para acesso a servidores em outro local?
- Não podemos correr o risco de uma queda de link ou demora de
resposta, pois impactará na velocidade da operação das atividades locais. E se
gerarmos um gargalo aqui, o evento fica severamente impactado.
- E uma “sala-cofre” em contêiner, atendendo a todas as normas e
disponibilizada ao lado do prédio?
- Sem chance! Estamos em um canteiro de obras e o custo de aluguel
desse tipo de solução não é comportado no projeto. Não há tempo para licitar um
aluguel como esse.
- E se...
- Não dá, pois...
- Talvez uma...
- Não é viável…
Restando uma semana para a data limite, o cliente nos informa: temos que
instalar e colocar em funcionamento, mesmo com o prédio em obras. Isso foi
determinado pelo governador do estado.
O que até então era risco deixou de ser. Virou fato!
Fizemos uma atualização da situação da obra e tínhamos apenas piso elevado
e ar-condicionado instalados e os dutos de cabeamento prontos. Os equipamentos de
operação que dependiam dos servidores e os equipamentos de armazenamento a
serem disponibilizados estavam sendo instalados e estariam prontos para entrar em
operação em cinco dias.
Tivemos que improvisar uma sala fechada com vários metros de lona preta,
rolos de fita adesiva e pedaços de divisória como peso no chão. Tivemos que isolar o
local com os dutos de ar-condicionado e os racks onde os equipamentos foram
instalados criando paredes de lona preta para poder conter a poeira e manter uma
temperatura aceitável para o funcionamento temporário dos equipamentos.
O difícil foi acertar as aberturas de saída de ar, que era jogado no bolsão de
lona pelo ar-condicionado, para que as paredes de lona não se desprendessem e
frequentemente reforçar as fitas durante os três dias que a construtora levou para
terminar as paredes e instalar porta e face de vidro do datacenter.
Tínhamos um prazo impossível de ser modificado e várias equipes trabalhando
em conjunto na viabilização da entrega dessa obra, que foi de suma importância para
a realização de um grande evento.
Fatores externos ao projeto, mesmo que mapeados e gerenciados, podem
impactar de forma significativa o projeto. Algumas vezes, o trabalho na busca de
planos de contingência não gera alternativas, tampouco é possível estabelecer ações
de mitigação em um cronograma que gerimos ou que é fruto de um contrato onde a
gestão de mudanças é complexa.
O cenário pode ter sua complexidade aumentada quando partes interessadas
envolvem a esfera política, ou mesmo toda a população de um país.
Por outro lado, soluções criativas podem viabilizar o contorno de situações
complexas, mesmo que de forma temporária.
#REFLITA#
5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
SAIBA MAIS
Basicamente, na administração devemos considerar três tipos de indicadores
primordiais para avaliarmos o sucesso ou o fracasso de qualquer iniciativa: a
eficiência, a eficácia e a efetividade. Embora seja muito comum observarmos
empreendedores usarem essas três palavras como sinônimos, na verdade, cada uma
delas possuem significados bem distintos, funcionando como etapas na avaliação de
qualquer tipo de processo.
⮚ Eficiência: fizemos um uso racional dos recursos?
Antes de mais nada, é fundamental avaliar se a equipe cumpriu com as metas
de gastos estabelecidas já no início do projeto ou, ainda, se a meta estabelecida na
fase de planejamento realmente é razoável. Qualquer projeto deve ser avaliado em
um contexto, seja organizacional (interno), seja mercadológico (externo). Se houver
um aumento expressivo de custos – em outras palavras, desperdícios – pode ser que
o próprio fruto do projeto perca a sua competitividade, caso seja um produto ou
serviço, ou ainda, que os recursos financeiros do empreendimento fiquem
comprometidos. A eficiência, portanto, é um critério fundamental.
⮚ Eficácia: concluímos as etapas de ação?
Evidentemente, quando estabelecemos um planejamento não nos restringimos
a estabelecer metas de gastos, como também muitas outras. Para dizer que o projeto
teve eficácia é essencial verificar se todo o escopo, os objetivos e as metas foram
conquistados. Quer um exemplo? Uma campanha governamental de vacinação pode
ter como objetivo aplicar determinada vacina em cerca de 10.000 pessoas, no prazo
de 2 meses, nas regiões sul e sudeste. Se cada uma dessas metas foi conquistada,
podemos dizer que fomos eficazes em nosso projeto. No entanto, será que podemos
dizer que obtivemos efetividade? É o que veremos a seguir.
⮚ Efetividade: qual foi o impacto do projeto?
Pode parecer que se formos eficazes e eficientes certamente o projeto terá
sucesso, certo? Não é bem assim. Agora é chegado o momento de se avaliar os
verdadeiros impactos do projeto. No exemplo citado anteriormente, não deveríamos
ficar satisfeitos apenas com a execução do plano. Apenas o monitoramento de novas
incidências da doença a ser controlada poderá dizer quais foram os verdadeiros
impactos da ação. Em alguns casos, inclusive, os impactos são maiores do que o
esperado.
Fonte: PORTAL ARTIA, 2019. 3 dicas para avaliar o seu projeto. Disponível em:
https://artia.com/blog/3-dicas-para-avaliar-o-seu-
projeto/#:~:text=Estabele%C3%A7a%20objetivos%2C%20metas%2C%20indicadores%20e,realment
e%20houve%20sucesso%20ou%20n%C3%A3o.. Acesso em: 12/05/2021.
#SAIBA MAIS#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
FILME/VÍDEO
Título: A grande aposta
Ano: 2015
Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte,
que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema
imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações
junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e
levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan
Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é
Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais
desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores
percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para
tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Antonio Juarez; SCHMITZ, Eber Assis. Análise de risco em gerência
de projetos; 2ª ed.; Rio de Janeiro: Brasport, 2005.
ESTRADA, Rolando Juan Soliz; NETO, Luis Moretto; AUGUSTIN, Eziane Samara.
Planejamento estratégico pessoal. Revista de Ciências da Administração, Santa
Catarina, v.13, n.30, p.118-145, 2011.
PORTAL ARTIA, 2019. 3 dicas para avaliar o seu projeto. Disponível em:
https://artia.com/blog/3-dicas-para-avaliar-o-seu-
projeto/#:~:text=Estabele%C3%A7a%20objetivos%2C%20metas%2C%20indicadore
s%20e,realmente%20houve%20sucesso%20ou%20n%C3%A3o.. Acesso em:
12/05/2021.
Plano de Estudo:
● Importância do Projeto;
● As origens do projeto;
● Os tipos de projetos;
● As finalidades de um projeto;
● As etapas do projeto e elaboração.
Objetivos de Aprendizagem:
Venha comigo!
1 IMPORTÂNCIA DO PROJETO
O canto da Sereia!
#REFLITA#
2 AS ORIGENS DO PROJETO
3 OS TIPOS DE PROJETOS
Imagem do tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/people-different-skills-
connecting-together-online-1687380997
REFLITA
#REFLITA#
4 AS FINALIDADES DE UM PROJETO
Imagem do tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/project-management-
scheduling-concept-gantt-chart-1148670914
A Gestão de Projetos é uma técnica que pode ser utilizada de diversas formas
em diferentes setores e tipos de organizações. No ramo da pesquisa e do
desenvolvimento, ferramentas e técnicas são utilizadas e implementadas para realizar
projetos mais complexos de desenvolvimento de produtos, de maneira efetiva. Na
área da construção civil, a Gestão de Projetos é utilizada como ferramenta de
planejamento, gestão e controle dos projetos. No campo da engenharia, utiliza-se
cronograma de projetos e métodos quantitativos com o objetivo de alcançar maior
produtividade dentro dos sistemas manufaturados (KWAK; ANBARI, 2009 apud DIAS;
GONZALEZ; GUIMARÃES, 2017, p. 02).
Por outro lado, é fato que os projetos ocorrem em praticamente todas as
empresas e em todas as suas áreas e níveis, gerando produtos e/ou serviços para
clientes internos e/ou externos. Como exemplo de projetos, de acordo com Xavier,
Carlos; Xavier, Luiz; Reinert; Stoeckicht (2014, p. 08), podemos citar:
● Lançamento de um novo produto ou serviço;
● Construção de uma garagem;
● Desenvolvimento de um software;
● Implantação de uma nova tecnologia;
● Realização de uma viagem;
● Publicação de um livro;
● Organização de um evento (festa, reunião, congresso, torneio
esportivo etc.);
● Planejamento e implementação de uma mudança
organizacional;
● Pesquisa de um novo produto;
● Construção de um edifício;
● Implantação de um novo treinamento para os funcionários.
Iniciação
Planejamento
Implementação/Execução
Conclusão
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
Título: Jobs
Ano: 2013.
Sinopse: Em 1976, Steve Jobs abandonou a faculdade e junto com seu amigo, o
gênio da tecnologia Steve Wozniak, iniciaram uma revolução nos computadores com
a invenção do Apple 1, o primeiro computador pessoal. Construído na garagem dos
pais de Jobs, o Apple 1 e a formação da empresa Apple mudaram o mundo para
sempre. Steve Jobs não se incomodava em passar por cima dos outros para atingir
suas metas, o que fez com que tivesse dificuldades em manter relações amorosas e
de amizade.
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Robson. Ciclo de vida de um projeto: saiba cumprir etapas para ter
mais sucesso; 2019. Disponível em: https://robsoncamargo.com.br/blog/Ciclo-de-
vida-de-um-projeto. Acesso em: 13/05/2021.
MENEZES, Luís César de Moura. Gestão de Projetos. São Paulo: Atlas, 2009.
PORTAL ARTIA, 2018. Gestão de Projetos: seu guia completo para gerenciar
projetos do início ao fim. Disponível em: https://artia.com/blog/gestao-de-projetos-o-
que-e-para-que-serve/. Acesso em: 13/05/2021.
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Venha comigo!
1 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E LEGAIS
SAIBA MAIS
Entendendo o que é um fluxo de caixa
Após essa análise, ficará mais fácil entender quanto dinheiro será necessário
para arcar com todas as despesas de um período previamente determinado, e quais
delas são prioritárias ou não para a empresa.
Dessa forma, podemos entender a análise da viabilidade econômica como o
segundo passo em direção ao fluxo de caixa projetado.
Como o próprio nome sugere, o fluxo de caixa projetado será uma projeção de
entradas e saídas financeiras da empresa durante um determinado período.
Isso é importante, pois permite criar um histórico do que acontece dentro da
empresa. Com a projeção de um fluxo de caixa, é possível prever situações e agir
antes que elas aconteçam.
Essa ferramenta representa um artifício essencial para antecipar falhas ou
situações de risco que tornem sua empresa vulnerável a imprevistos, além de permitir
que você identifique a necessidade de realizar investimentos.
No curto prazo, o fluxo de caixa projetado tem como objetivo identificar quando
a empresa tem dinheiro sobrando no caixa, e quando está faltando recursos. O fluxo
de caixa projetado pode ajudar você a escolher as melhores datas para pagar
fornecedores e outros vencimentos, por exemplo.
No longo prazo, pode ajudá-lo a:
● planejar as atividades financeiras da empresa;
● analisar a liquidez do negócio;
● controlar a situação financeira da empresa;
● gerenciar o capital de giro de forma mais precisa.
Fonte: Portal Flua, 2019. Fluxo de caixa projetado: o que é e como fazer. Disponível em:
https://www.flua.com.br/blog/fluxo-de-caixa-projetado-o-que-e-e-como-fazer/. Acesso em: 14/05/2021.
#SAIBA MAIS#
4 DIFERENÇAS ENTRE PROJETOS E PRÁTICA
Assim, a Gestão de Projetos é uma técnica que pode ser utilizada de diversas
formas em diferentes setores e tipos de organizações. No ramo da pesquisa e do
desenvolvimento, ferramentas e técnicas são utilizadas e implementadas para realizar
projetos mais complexos de desenvolvimento de produtos, de maneira efetiva. Na
área da construção civil, a Gestão de Projetos é utilizada como ferramenta de
planejamento, gestão e controle dos projetos. No campo da engenharia, utiliza-se
cronograma de projetos e métodos quantitativos com o objetivo de alcançar maior
produtividade dentro dos sistemas manufaturados (KWAK; ANBARI, 2009 apud DIAS;
GONZALEZ; GUIMARÃES, 2017, p. 02).
Mas, e quanto a prática? Será que projeto e prática (rotina) são a mesma coisa?
Bom, evidentemente rotina e projeto são coisas diferentes. Assim, vamos
diferenciar então projetos de rotina. O quadro abaixo evidencia as principais
diferenças entre um projeto e a rotina.
Quadro 06 – Diferenças entre Projetos e Rotina
ROTINA PROJETOS
Executa e mantém padrões Altera e cria novos padrões
Duração indeterminada Duração definida
Produtos previsíveis Incerteza sobre os resultados
Atividade repetitiva Atividade inovadora
Baixo risco Alto risco
Domínio ao executar tarefas Tarefas complexas
Elevado nível de automação Baixo nível de automação
Planejamento fixo Planejamento dinâmico
Problemas previsíveis Problemas imprevisíveis
Aprende antes de executar Aprende durante a execução
Visão completa do processo Visão incompleta do processo
Desempenho conhecido Desempenho variável
Processos estáveis Criação de novos processos
Conhecimento específico Conhecimento multidisciplinar
Tarefas muito detalhadas Atividade com poucos detalhes
Fraca reação às mudanças Forte reação às mudanças
Técnicas de controle simples Técnicas de controle complexas
Equipe permanente Várias equipes
Fonte: Adaptação de Moura; Barbosa (2011, p. 25).
REFLITA
Uma novidade que você precisa saber é que existem diferenças entre a análise
de projetos do ponto de vista privado e do ponto de vista social. Vamos ver mais
detalhadamente cada uma delas.
A avaliação do ponto de vista social acontece quando projetos são submetidos
à apreciação de instituições financeiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES), para captar recursos, normalmente recursos públicos, e quando são
submetidos à apreciação de órgãos públicos, como órgãos ambientais, prefeitura,
entre outros, para autorizar a implantação ou para receber algum tipo de incentivo ou
de subsídio.
Do ponto de vista privado, o empresário está preocupado com a rentabilidade
e a geração de valor para os acionistas de um investimento; do ponto de vista social,
a preocupação central é com os resultados que o projeto pode trazer para toda
comunidade. Por exemplo, uma indústria química ou de celulose ou uma usina de
açúcar e álcool que poluirá os rios e a atmosfera pode ser um excelente projeto do
ponto de vista empresarial, mas ser um projeto de aceitação duvidosa do ponto de
vista social. Haverá sempre grupos de interessados favoráveis e grupos de
interessados contrários à implantação de projetos que tenham maior visibilidade e
impacto.
O empresário tem seus fatores valorizados através de preços de mercado.
Todavia, sabe-se que os preços de mercado não refletem perfeitamente os benefícios
e os custos para a sociedade, daí a necessidade de o analista de projeto estimar o
Preço Social para a análise de projeto do ponto de vista público e social. Como no
exemplo anterior da indústria de celulose, um projeto pode ser excelente do ponto de
vista privado e péssimo do ponto de vista social. Logo, a análise é realizada por meio
do cálculo do custo social de um projeto.
Quer dizer que o mesmo insumo a ser utilizado em um projeto pode ter dois
valores diferentes dependendo do foco de quem faz a análise? Isso lhe parece
estranho?
Pode até parecer estranho, mas sim, é isso mesmo! Na visão do empresário,
por exemplo, um lote de dez hectares, localizado no perímetro urbano onde ele
pretende implantar uma indústria, pode ter um valor de mercado totalmente diferente
do valor social para a sociedade. As políticas públicas adotadas pelos governos na
área fiscal, na de salários e na de câmbio, por exemplo, podem provocar distorções
na precificação dos recursos utilizados quando se analisa um projeto. Esses
desequilíbrios são encontrados na economia ao observarmos as diferenças entre
preços de mercado considerados pelos empresários e pelos preços sociais.
Preços de mercado: são os preços observados no nosso cotidiano nas
transações com fornecedores. Normalmente, para se evitar problemas com a não
uniformidade desses preços, são utilizados preços médios.
Preços sociais: são aqueles preços que não são diretamente observados no
nosso cotidiano. Refletem o custo de oportunidade para a economia e para a
sociedade e necessitam ser arbitrados para precificação dos fatores de produção
usados em projetos que deveriam ser considerados pelos técnicos do setor público
ao analisarem um projeto que pode apresentar reflexos sociais se implantado.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
LIVRO
Título: Lean Inception: como alinhar pessoas e construir o produto certo
Autor: Paulo Caroli
Editora: Editora Caroli (18 setembro 2020)
Sinopse: Não importa o tamanho ou a área da empresa, todas se deparam com
dúvidas e obstáculos no momento de lançar um novo produto: Por onde começar?
Onde e por quem será o produto usado? O que é realmente útil para o utilizador?
Quais destas funções são possíveis? Estes são exemplos de algumas das questões
que surgem durante o processo. Porém, existe uma resposta rápida e extremamente
eficaz para todas as dúvidas: a Lean Inception! Após mais de uma década a trabalhar
com inceptions, Paulo desenvolveu o método que vai auxiliá-lo a si e à sua equipa a
colocar as ideias em ação! Além disso, aqui também aprenderá o que é um MVP -
Minimum Viable Product-- e como construi-lo para garantir o sucesso do seu negócio.
FILME/VÍDEO
Título: O preço do amanhã
Ano: 2011.
Sinopse: Em um futuro próximo, o envelhecimento passou a ser controlado para
evitar a superpopulação, tornando o tempo a principal moeda de troca para sobreviver
e também obter luxos. Assim, os ricos vivem mais que os pobres, que precisam
negociar sua existência, normalmente limitada aos 25 anos de vida. Quando Will Salas
(Justin Timberlake) recebe uma misteriosa doação, passa a ser perseguido pelos
guardiões do tempo por um crime que não cometeu, mas ele sequestra Sylvia
(Amanda Seyfried), filha de um magnata, e do novo relacionamento entre vítima e
algoz surge uma poderosa arma com o sistema e organização que comanda o futuro
das pessoas.
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Robson. Ciclo de vida de um projeto: saiba cumprir etapas para ter
mais sucesso; 2019. Disponível em: https://robsoncamargo.com.br/blog/Ciclo-de-
vida-de-um-projeto. Acesso em: 13/05/2021.
MENEZES, Luís César de Moura. Gestão de Projetos. São Paulo: Atlas, 2009.
PORTAL ARTIA, 2018. Gestão de Projetos: seu guia completo para gerenciar
projetos do início ao fim. Disponível em: https://artia.com/blog/gestao-de-projetos-o-
que-e-para-que-serve/. Acesso em: 13/05/2021.
PORTAL FLUA, 2019. Fluxo de caixa projetado: o que é e como fazer. Disponível
em: https://www.flua.com.br/blog/fluxo-de-caixa-projetado-o-que-e-e-como-fazer/.
Acesso em: 14/05/2021.
PORTAL PROJECT BUILDER, 2021. O que é PMI? Disponível em:
https://www.projectbuilder.com.br/blog/o-que-e-pmi/. Acesso em: 13/05/2021.
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Venha comigo!
1 MANUTENÇÃO DOS PROJETOS: DO PAPEL PARA A PRÁTICA
Portanto caro(a) aluno(a), a Gestão de Projetos é uma técnica que pode ser
utilizada de diversas formas em diferentes setores e tipos de organizações. Apesar da
grande diversidade de pesquisas no tema Gestão de Projetos, não há convergência
nos estudos sobre fatores de sucesso ou fracasso de projetos.
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
REFLITA
#REFLITA#
3 AS METODOLOGIAS ALTERNATIVAS
Sendo assim, existem vários métodos que podem ser utilizados para organizar
o trabalho, incluindo métodos ágeis e métodos tradicionais. Os representantes dos
métodos ágeis mais conhecidos são o Scrum e o Kanban, e por parte dos métodos
tradicionais é representado pelo guia PMBOK (Project Management Body of
Knowledge).
Neste cenário, é muito comum as pessoas confundirem o Kanban com o
Scrum, ou pensar que o Scrum necessariamente precisa do Kanban para funcionar,
mas não é bem assim.
O Scrum é um método ágil para a gestão de projetos. Ele é muito utilizado em
equipes de desenvolvimento de software porque reúne um conjunto de boas práticas
que facilitam o trabalho em equipes dessa natureza, como reuniões periódicas, lista
de requisitos a serem atendidos, feedbacks constantes sobre o produto, entre outros
(PORTAL ARTIA, ONLINE, 2019).
Deste modo, a principal característica do Scrum é ser interativo e incremental,
além de focar na entrega de valor de um negócio no menor tempo possível. Esta
ferramenta sugere um excelente conjunto de práticas e conceitos que se encaixa
perfeitamente no desenvolvimento de produtos, propondo um autogerenciamento
dinâmico, versátil e altamente adaptável que se torna muito eficiente durante a
execução de projetos que possuem como objetivo final a entrega de um ou mais
produtos (CRUZ, 2013).
Já quanto ao Kanban, refere-se a um sistema, ou seja, uma ferramenta para
auxiliar no trabalho da equipe, como uma linguagem de programação, por exemplo.
Ele não é prescritivo ou impõe regras para que o trabalho seja feito corretamente,
apenas possibilita que o time de trabalho execute suas tarefas com mais clareza e
colaboração. E é por isso que, obviamente, o Kanban não funciona como um
substituto para o Scrum, no entanto, se utilizados juntos podem formar um casamento
perfeito (PORTAL ARTIA, ONLINE, 2019).
Assim, o Kanban facilita a visualização dos riscos do projeto; permite que o
Product Owner e o Time de Desenvolvimento visualizem possíveis gargalos que estão
atrasando entregas; e indica produtividade individual de cada membro, já que cada
cartão entregue pode ter um responsável definido (PORTAL ARTIA, ONLINE, 2019).
Por outro lado, a metodologia tradicional, definida através do PMBOK (que é o
guia básico para a Gestão de Projetos, constituindo a base do conhecimento sobre o
assunto), a gerência de um projeto é dividida em grupos de processos, no qual o
quadro abaixo expressa esses grupos.
Quadro 07 – Grupos de Processos do Gerenciamento de Projetos
Monitora-
Iniciação Planejamento Execução mento e Encerramento
Controle
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
LIVRO
Título: 21 Erros Clássicos da Gestão de Projetos
Autor: Eli Rodrigues
Editora: BRASPORT; 1ª edição (7 outubro 2014)
Sinopse: Por que projetos fracassam? Embora cada projeto seja uma aventura única
e sem precedentes, muitos falham exatamente pelos mesmos motivos. Este livro traz
uma coletânea de 21 erros clássicos, obtidos através de relatos de mais de mil alunos
de gestão de projetos dos mais diversos setores da economia. Estruturado de forma
didática e bem-humorada, apresenta detalhadamente cada situação, permitindo ao
leitor conhecer essas experiências, em vez de se arriscar apenas com suas próprias.
Os primeiros capítulos abordam os erros do gerente, relacionados à sua postura e
valores. Nos seguintes, os erros das equipes que influenciam diretamente os
resultados. E, nos capítulos finais, são abordados os erros da organização, que muitas
vezes inviabiliza todo o esforço de gestão de projetos realizado.
FILME/VÍDEO
TÍTULO: Os Estagiários
Ano: 2013.
Sinopse: Billy (Vince Vaughn) e Nick (Owen Wilson) são grandes amigos e trabalham
juntos como vendedores de relógios. Eles são pegos de surpresa quando seu chefe
(John Goodman) fecha a empresa, por acreditar que o negócio esteja ultrapassado.
Com problemas financeiros, eles conseguem a inscrição em uma seleção de estágio
no Google. Mesmo sem terem a garantia que serão contratados, eles partem para a
sede da empresa e lá precisam lidar com a diferença de idade entre eles e os demais
competidores.
REFERÊNCIAS
CHARVAT, Jason. Project Management Methodologies. John Wiley & Sons, NJ,
2003.
PORTAL ARTIA, 2019. Scrum: o que é, como funciona e por que é incrível.
Disponível em: https://www.atlassian.com/br/agile/scrum. Acesso em: 18/05/2021.
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