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PLANEJAMENTO
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA
#CURRÍCULO LATTES#
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8984174J8
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Venha comigo!
1 CONTEXTUALIZAÇÃO E CONCEITUAÇÃO SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Caro(a) aluno(a), quando alguém utiliza o termo “projeto”, o que vem a sua
mente?
Sem dúvida, o termo projeto é muito utilizado em nosso cotidiano, e é também
aplicado nas diversas áreas do conhecimento, tais como engenharias, administração,
contabilidade, análise e desenvolvimento de sistemas, entre tantas outras.
Deste modo, imagine o seguinte: você e seu amigo irão fazer um bolo de
chocolate, ambos receberam os mesmos ingredientes, a mesma receita, o mesmo
tempo para a preparação, mesmo forno, enfim, as mesmas condições foram postas a
vocês. Você acredita que sairá o mesmo resultado?
Certamente não, mesmo com as condições iguais é possível que saia um
resultado diferente, visto que cada um terá uma maneira de executar o ‘projeto’.
Não obstante, em um mercado cada vez mais competitivo e acirrado, que tem
levado as organizações a viverem em permanente estado de mudança, percebe-se
que nos últimos anos, especialmente no Brasil, há uma busca incessante das
empresas no uso de melhores práticas de gerenciamento de projetos.
Assim, por projeto, podemos entender como um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Assim, necessita
de objetivos claros, medidas de resultados, datas e cronogramas que atendam aos
requisitos negociados e explícitos dos envolvidos (stakeholders).
De acordo com o Guia PMBOK, que é o guia das melhores práticas do
gerenciamento de projetos, “projeto é um esforço temporário empreendido para criar
um produto, serviço ou resultado exclusivo” (XAVIER CARLOS; XAVIER LUIZ
FERNANDO; REINERT; STOECKICHT, 2014).
Assim, podemos entender o projeto como um processo único, que consiste em
um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas para início e término.
Deste modo, perceba que um projeto se caracteriza por três características
essenciais: ser único, temporário e progressivo. Deste modo, o quadro abaixo
apresenta de forma resumida as características de um projeto.
Progressivo Único
Fonte:
Adaptação de Xavier Carlos; Xavier Luiz Fernando; Reinert; Stoeckicht (2014, p. 08)
Neste sentido, quem pensa em gerir um projeto deve ter em mente que
comandar um projeto é realizar a administração prática e realista de elementos em
prol de um objetivo comum, que pode ser a construção de um imóvel, o
desenvolvimento de um sistema, a construção de um modelo novo de carro, etc. Em
suma, gerir um projeto é alocar recursos necessários (material, pessoas, financeiro)
para tal e se planejar de alguma forma; é administrar.
É fato que os projetos ocorrem em praticamente todas as empresas e em todas
as suas áreas e níveis, gerando produtos e/ou serviços para clientes internos e/ou
externos. Como exemplo de projetos, de acordo com Xavier Carlos; Xavier Luiz
Fernando; Reinert; Stoeckicht (2014, p. 08), podemos citar:
Ainda assim, é importante ficar claro que a Gestão de Projetos visa otimizar o
tempo, o custo e a qualidade de um projeto, buscando maneiras efetivas de se atingir
um objetivo (GAUTHIER; IKA, 2012 apud DIAS; GONZALEZ; GUIMARÃES, 2017, p.
02), utilizando um tempo determinado, assim como orçamento e características
previamente estabelecidas.
Deste modo, podemos afirmar que a gestão de projetos destaca-se pelos
seguintes benefícios/características:
I. Simplicidade de propósito: um projeto deve possuir metas e objetivos
facilmente compreendidos.
II. Clareza de propósito: o projeto pode ser descrito claramente em poucos
termos: objetivos, escopo, limitações, recursos, administração, qualidade de
resultados e assim por diante.
III. Controle independente: pode ser protegido do mercado ou de outras
flutuações que afetam operações rotineiras.
IV. Facilidade de mediação: o andamento do projeto pode ser monitorado por
meio de sua comparação com metas e padrões (indicadores) definidos de
desempenho.
V. Flexibilidade de Emprego: a administração do projeto pode empregar
especialistas e peritos de alto padrão por períodos limitados, sem prejudicar os
arranjos de longo prazo na lotação de cargos.
VI. Conduz à motivação e moral da equipe: a novidade e o interesse específico
do trabalho do projeto devem ser atraentes às pessoas e leva à formação de equipes
entusiásticas e automotivadas.
VII. Sensibilidade ao estilo de administração e liderança: embora às vezes
capazes de autogestão, as equipes de especialistas automotivadas reagem
criticamente a certos estilos de liderança.
VIII. Útil ao desenvolvimento individual: trabalhar com uma equipe eficiente
favorece o desenvolvimento acelerado e a capacitação pessoal.
IX. Favorece a discrição e a segurança: os projetos podem ser protegidos de
ação hostil ou atividade de informação para defesa, pesquisa, desenvolvimento de
produto ou segurança de produtos sensíveis ao mercado ou de alto valor.
X. Mobilidade: os projetos podem ser executados em locais remotos, países
estrangeiros e assim por diante; são independentes.
XI. Facilidade de distribuição: a administração ou condução de um projeto inteiro
pode ficar livre de contrato, como, por exemplo, em um acordo BOT de construção,
operação e transferência (KEELLING, 2002).
Caro(a) aluno(a), já deve ter ficado claro para você que projeto e processos
são diferentes, embora possuam algumas características similares. Repare no
quadro abaixo as principais similaridades e convergências relacionadas aos termos.
REFLITA
#REFLITA#
2 METODOLOGIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO DE PROJETOS
SAIBA MAIS
Fonte: Portal Artia, 2020. Ciclo de vida de um projeto. Disponível em: https://artia.com/blog/ciclo-de-
vida-de-um-projeto/. Acesso em: 27/04/2021.
#SAIBA MAIS#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
LIVRO
Título: Fundamentos em Gestão de Projetos: Construindo competências para
gerenciar projetos
Autor: Marly Monteiro de Carvalho; Roque Rabechini Júnior
Editora: Atlas; 4ª edição (3 junho 2015)
Sinopse: Este livro apresenta um recorte que o difere dos demais publicados neste
campo de estudo. Sem deixar de abordar as práticas gerenciais adotadas na última
versão do PMBOK (Project Management Body of Knowledge), o texto enfatiza a
importância do gerenciamento de projetos em termos organizacionais. Ou seja, dedica
boa parte de seu conteúdo na apresentação e no estudo de temas como: maturidade,
competências em gerenciamento de projetos, bem como carteira (portfólio) de
projetos, estruturas e estratégias organizacionais. A obra, também, dá uma
contribuição bastante significativa aos alunos e profissionais da área de
gerenciamento de projetos, pois se propõe a discutir casos reais e fictícios de
empresas, além de apresentar uma série de exercícios, que podem ser desenvolvidos
nos mais diferentes níveis de treinamento. Livro-texto para as disciplinas de Gestão
de Projetos dos cursos de Engenharia de Produção e de Administração de Empresas.
Obra recomendada também para cursos de especialização e MBA.
FILME/VÍDEO
CAMARGO, Robson. Ciclo de vida de um projeto: saiba cumprir etapas para ter
mais sucesso; 2019. Disponível em: https://robsoncamargo.com.br/blog/Ciclo-de-
vida-de-um-projeto. Acesso em: 27/04/2021.
MENEZES, Luís César de Moura. Gestão de Projetos. São Paulo: Atlas, 2009.
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Venha comigo!
1 TERMO DE ABERTURA E IDENTIFICAÇÃO DE PARTES INTERESSADAS
Equipe do projeto
Patrocinador Clientes/usuários
Outras partes
Fornecedores Projeto interessadas
Baseado no PMI, o escopo pode ser compreendido como a soma dos produtos,
serviços e resultados a serem fornecidos na forma de um projeto. Consiste na
definição do trabalho que deve ser executado para entregar o produto, serviço ou
resultado com as características e funções especificadas.
Assim, avançar um projeto sem uma definição clara do escopo e um bom
gerenciamento afetará de forma direta setores relacionados ao prazo, custo e
qualidade, podendo gerar prejuízos e levar o projeto ao fracasso.
Por mais que cada profissional confie na qualidade e nas virtudes de seu
trabalho, muitas vezes se vê frente a frente com tarefas que vão muito além do tempo
proposto e das tarefas inicialmente propostas. Por isso é fundamental definir limites
do que é preciso fazer. Como consequência, em gestão de projetos, este ato
denomina-se de escopo (MOLINARI, 2010).
Para os requisitos da norma NBR ISO 10006:2000, o termo escopo deve incluir
uma descrição do produto do projeto, suas características e como elas serão medidas
ou avaliadas. Estes processos visam: traduzir as necessidades do cliente, e de outras
partes interessadas, em atividades a serem organizadas e realizadas para alcançar
os objetivos do projeto; assegurar que as pessoas trabalhem dentro do escopo,
durante a realização das atividades; assegurar que as atividades realizadas no projeto
atendam aos requisitos descritos no escopo.
Neste contexto, em síntese, os processos relacionados ao escopo são os
seguintes, de acordo com a NBR ISO 10006 (2000, p.06):
Decomposição;
Ferramentas e Técnicas Modelo.
SAIBA MAIS
O Kanban e o Scrum
Fonte: Portal Artia, 2019. Kanban: O que é e tudo sobre como gerenciar fluxos de trabalho. Disponível
em: https://artia.com/kanban/. Acesso em: 30/04/2021.
#SAIBA MAIS#
Sendo assim, este tipo de gráfico é vantajoso na medida em que são simples
de entender e de fáceis alterações. É o meio mais simples de retratar o progresso (ou
a ausência dele), e pode facilmente ser expandido para identificar elementos
específicos que possam estar adiantados ou atrasados no cronograma (HERZNER,
2015).
Por fim, o tipo de calendário rede PERT-CPM foi um modelo desenvolvido com
o objetivo de resolver alguns inconvenientes do cronograma de barras para controle
e programação de projetos mais complexos. A sigla vem do inglês “Program,
Evaluation and Review Technique – PERT”, que significa Técnica de Revisão e
Avaliação de Programa e “Critical Path Method”, que é o Método do Caminho Crítico.
Primeiramente surgiu o PERT, entre as décadas de 50 e 60, desenvolvido pela
marinha dos Estados Unidos. Concomitantemente, na década de 60, foi desenvolvido
o método CPM, tendo como fundador J. E. Kelley, com a finalidade de planejamento
de manutenções em grandes equipamentos. A fusão das duas metodologias ocorreu
em 1962, passando assim a ser conhecido como PERT-CPM (TORRES; LÉLIS,
2008).
SAIBA MAIS
Não há como fugir: saber como manter um projeto dentro do prazo faz toda a
diferença para o sucesso do empreendimento. Ao ser concluído sem atrasos, a
empresa consegue manter o controle do orçamento e garantir o retorno do
investimento, sem surpresas desagradáveis no final do projeto.
Zelar pelos cumprimentos dos marcos e atender as datas de entrega são
compromissos que devem ser assumidos seriamente por todos os gerentes de
projetos. Afinal, comprometer esses deadlines — por procrastinação, falta de
mecanismos de controle ou falta de foco nas prioridades, por exemplo — prejudica
drasticamente a credibilidade do gestor e a sua interação com a alta administração,
equipes e clientes.
Portanto, é preciso saber como manter um projeto dentro do prazo, dominando
habilidades essenciais e estabelecendo um cronograma, a fim de otimizar processos,
priorizar demandas e manter o foco em uma tarefa por vez.
Convém destacar que o gerenciamento de projetos consiste num aprendizado
diário. E, para se antecipar ao erro, evitando atrasos, adotar algumas atitudes fará
com que você seja capaz de manter um projeto dentro do prazo sem grandes
dificuldades. Acompanhe os tópicos seguintes e saiba mais!
4. Monitore as ações
Nenhum gestor pode se dar ao luxo de escolher quais demandas quer atacar
primeiro, daí a importância do cronograma e de suas respectivas tarefas, das mais
simples às mais complexas e prioritárias.
Então, é preciso ponderar sobre as atividades, avaliando quais devem começar
primeiro, quais são as mais urgentes e quais os vínculos existentes entre as entregas.
O gestor deve levar em consideração as diferentes variáveis que envolvem os
pacotes de trabalho, organizando as demandas por prazo, complexidade,
necessidade de recursos e relações de dependência. E, é claro, tudo isso se torna
mais simples com um software de gerenciamento de projetos.
Fonte: PORTAL ARTIA, ONLINE, 2019. Saiba como manter um projeto dentro do prazo. Disponível
em: https://artia.com/blog/saiba-como-manter-um-projeto-dentro-do-prazo/. Acesso em: 03/05/2021.
#SAIBA MAIS#
4 INICIAÇÃO E PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE SOFTWARE
REFLITA
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) Aluno(a),
LIVRO
Título: Gerenciamento de projetos fora da caixa: fique com o que é relevante
Autor: Fabiana Bigão Silva
Editora: Alta Books
Sinopse: Este livro procura mostrar como a gestão de projetos acontece, desde seu
nascimento até seu encerramento, por meio de experiências reais, explicando para
que serve cada ação de gerenciamento, usando os principais guias de mercado como
trilha. Mas sem ter a obrigação de explicar cada um deles. Ao contrário dos livros que
focam apenas em um guia ou método para explicar a dinâmica do gerenciamento de
projetos (PMBOK, métodos ágeis, Prince2 ou outro), este livro aborda a gestão dos
projetos na sua essência, incorporando aspectos fundamentais desses guias ao longo
do ciclo do projeto. Essa é a grande sacada do gerenciamento de projetos: saber o
que usar e adaptar os métodos existentes à sua realidade. Não há ferramentas
milagrosas, porque simplesmente não há receitas prontas para um gerenciamento de
projetos eficaz! O diferencial deste livro está em dar o olhar da informação ao
gerenciamento do projeto. A cada ação que executamos para conduzir o projeto,
desde seu nascimento até sua entrega, é importante pensar: de que informação
precisamos para executar essa ação? Certamente, se todas pessoas pensassem
desta forma, teríamos muito menos desperdício de tempo guardando informações
desnecessárias e usando informações erradas.
FILME/VÍDEO
LEMES, Giovanni Bugni. Elaboração de análises e projetos; São Paulo: Clube dos
autores, 2018.
PORTAL ARTIA, 2019. Kanban: O que é e tudo sobre como gerenciar fluxos de
trabalho. Disponível em: https://artia.com/kanban/. Acesso em: 30/04/2021.
Plano de Estudo:
● Planejar qualidade;
● Planejar recursos humanos;
● Planejar comunicações;
● Planejar riscos;
● Planejar aquisições;
● Uso de ferramenta computacional para planejamento.
Objetivos de Aprendizagem:
Vamos lá?!
1 PLANEJAR QUALIDADE
O termo “Qualidade” é muito utilizado em nosso dia a dia. Vimos o termo ser
empregado nos mais diversos cenários e atrelado aos mais diversos
produtos/serviços. Mas você saberia conceituar o termo Qualidade?
Bom, embora a evolução do conceito de Qualidade esteja relacionada
diretamente à história do desenvolvimento humano e, portanto, tenha diferentes
dimensões, podemos aqui definir inicialmente um importante objetivo da Qualidade a
partir da seguinte reflexão: fazer algo com qualidade refere-se em fazer corretamente
o que se pretende do projeto (ROCHA; COSTA; NOGUEIRA; BELMIRO, 2014).
Porém, há uma grande variedade de conceitos e definições do termo Qualidade
na literatura especializada e, em áreas afins. Assim, segundo Garvin (2008, p.37),
“existem cinco abordagens principais para a definição de qualidade: transcendental,
baseada no produto, baseada no usuário, baseada na produção e baseada no valor”.
Deste modo, para a abordagem transcendental, Qualidade não é uma ideia
ou uma coisa concreta, mas uma terceira entidade independente das duas. Embora
não se possa definir qualidade, sabe-se o que ela é (PIRSIG, 1974 apud MARSHALL,
2017). A Qualidade é entendida como atingir ou buscar o padrão mais alto, mais
criterioso. Trata-se de “uma condição de excelência que implica ótima qualidade,
distinta de má qualidade” (GARVIN, 2008, p.37). A Qualidade é vista como sinônimo
de excelência inata.
Já na abordagem baseada no produto, as principais características desta
linha de pensamento é que aqui o foco é voltado para o produto. Assim, “Qualidade
refere-se às quantidades de atributos sem preço presentes em cada unidade do
atributo com preço” (LEFFLER, 1982, p.956). Diferenças de qualidade correspondem
a diferenças de quantidade de algum ingrediente ou atributo desejado” (ABBOTT;
REEVES, 1994, p.126).
Na abordagem baseada no usuário, a Qualidade significa a capacidade de
satisfazer desejos dos usuários (clientes) (EDWARDS, 1968). Assim, a qualidade de
um produto depende de até que ponto ele se ajusta aos padrões das preferências e
necessidades do consumidor (KUEHN; DAY, 1962). “A Qualidade é adequação ao
uso” (JURAN, 1994, p.22).
Por outro lado, na abordagem baseada na produção, a qualidade é entendida
como sinônimo de conformidade com as exigências (CROSBY, 1979). Ou seja,
qualidade é o nível em que o produto específico está em conformidade com o projeto
ou especificação (GILMORE, 1974).
Por fim, na abordagem baseada no valor, a Qualidade é entendida como o
grau de excelência a um preço aceitável e o controle da variabilidade a um custo
aceitável (BROH, 1982). Assim, Qualidade quer dizer o melhor para certas condições
do cliente. Essas condições são, segundo Feigenbaum (1961, p.21), “o verdadeiro
uso e o preço de venda do produto”.
Deste modo, o quadro abaixo apresenta o resumo lógico da estratégia de cada
abordagem referente ao termo Qualidade, bem como sua respectiva preponderância.
Quadro 01 – Principais aspectos das Abordagens da Qualidade
Abordagem Resumo lógica estratégica Preponderância
Qualidade é algo que Subjetiva: porque leva em conta
Transcendência ultrapassa uma explicação a satisfação do cliente sem
objetiva – é um referencial de necessidade de uma explicação
excelência. racional.
Ênfase em determinados Objetiva: porque leva em conta
Produto atributos explícitos de um aspectos que podem ser
produto. medidos.
A qualidade visa a satisfação Objetiva: porque tem por base
Usuário do usuário, ao atender seus um propósito claro, embora
propósitos. individual.
Qualidade é a conformidade Objetiva: porque segue
Produção da produção com relação ao métricas claras para redução de
especificado. erros na produção.
Qualidade é a valoração de Subjetiva: porque a relação
Valor uma solução em relação ao custo/benefício pode ser
seu custo. circunstancial e individual.
Fonte: Adaptação de Garvin (2008, p.40).
SAIBA MAIS
Existem vários métodos para a gestão eficaz da qualidade, como PDCA, MASP
(Metodologia de Análise e Solução de Problemas) adaptado do PDCA e desenvolvida
por Vicente Falconi, e ISO 9001.
Deste modo, trarei a você aluno(a) duas dessas principais ferramentas: o Ciclo
PDCA e o Seis Sigma.
A filosofia do melhoramento contínuo possui, como sua mais conhecida
representação, o ciclo PDCA, também conhecido como ciclo de Shewhart, seu
idealizador, ou como ciclo de Deming, o responsável por seu desenvolvimento e
reconhecimento.
O Ciclo PDCA se caracteriza por ser um método gerencial para a promoção da
melhoria contínua e reflete, em suas quatro fases, a base da filosofia do melhoramento
contínuo. Praticando-as de forma cíclica e ininterrupta, acaba-se por promover a
melhoria contínua e sistemática na organização, consolidando a padronização de
práticas.
Assim, esta ferramenta apresenta-se me quatro vertentes: P (Plan = Planejar);
D (Do = Execução); C (Check = Verificação); A (Act = Agir).
Por outro lado, a filosofia Seis Sigma tem seu início em 1981, quando Bob
Galvin, presidente da Motorola, seguiu o exemplo do chief executive officer (CEO) da
Hewlett-Pachard (HP), John Young, e instituiu o programa de melhoramento “10X”,
que determinava melhorias, suprimindo gastos e melhorando os processos. O mesmo
que a HP fez em 10 anos, deveria ser feito em 5.
O seis sigma traduz os esforços de melhoria das organizações na meta
específica de reduzir defeitos para próximo de zero. Objetiva atingir, em determinados
processos, o máximo de 3,4 defeitos por 1 milhão de oportunidades. Esse processo
orienta-se unicamente pelo entendimento preciso das necessidades dos
consumidores, pelo uso disciplinado de fatos, dados e análise estatística e pela
atenção ao gerenciamento, a melhoria e a reinvenção dos processos de negócios. O
programa seis sigma usa o ciclo Shewhart modificado (PDCA) como estratégia de
ruptura.
Assim, uma virtude do seis Sigma é traduzir o desvio-padrão para uma medida
do sucesso: ou o produto ou serviço atende às especificações ou não. Tudo que não
atenda às necessidades dos clientes é chamado de defeito.
Não obstante, entre os principais objetivos do programa Seis Sigma, destaca-
se: redução de desperdício; redução do número de defeitos, falhas e erros; redução
da variabilidade dos processos; melhoria dos produtos; diminuição do tempo de ciclo;
otimização dos estoques; obtenção de custos mais baixos; melhora da qualidade;
satisfação dos clientes; e o aumento da lucratividade.
#SAIBA MAIS#
2 PLANEJAR RECURSOS HUMANOS
Fulano R A A A
Ciclano R A
Beltrano S S A
R – Responsável / A – Apoio / S - Suporte
Fonte: Adaptação de Viana (2018, p. 89).
Monitoramento e
controle das
comunicações
Fonte: Adaptação de Viana (2018, p. 47).
Sendo assim, vamos entender o que cada uma dessas etapas corresponde.
Primeiro, quanto a fase de Planejamento das comunicações, esta pode ser
entendida como o processo de desenvolvimento de uma abordagem adequada e um
plano de comunicação do projeto com base nas necessidades de informações de cada
uma das partes interessadas, nos ativos organizacionais disponíveis e nas
necessidades do projeto. Aqui vale destacar que cada pessoa envolvida (ou grupo),
requer um tipo de informação e que, algumas das informações restringe-se apenas à
diretoria.
Ainda quanto à primeira fase, como entrada neste processo temos: o termo de
abertura do projeto; plano de gerenciamento do projeto; documentos do projeto;
fatores ambientais da empresa; e ativos de processos organizacionais.
Já quanto às ferramentas e técnicas normalmente utilizadas, destaca-se a
opinião especializada; análise de requisitos das comunicações; tecnologias de
comunicações; modelos e métodos de comunicação; habilidades interpessoais e de
equipe; representação de dados e reuniões;
Por fim, como saídas deste processo temos o plano de gerenciamento das
comunicações; atualizações do plano de gerenciamento do projeto; e atualização de
documentos do projeto.
Em seguida inicia-se a fase de Gerência das comunicações, vista aqui como
o processo de assegurar a coleta, criação, distribuição, armazenamento, recuperação,
gerenciamento, monitoramento e a disposição final das informações do projeto de
forma oportuna e adequada.
Deste modo, temos como entradas neste processo o plano de gerenciamento
do projeto; documentos do projeto; relatórios de desempenho do trabalho; fatores
ambientais da empresa; e ativos de processo organizacionais.
Já quanto às ferramentas e técnicas desta fase, destaca-se as tecnológicas de
comunicações; métodos de comunicação; habilidades de comunicação; e sistemas de
informações de gerenciamento de projetos; relatórios de projeto; habilidades
interpessoais e de equipe; e reuniões.
Por fim, quanto às saídas há as comunicações do projeto; atualizações do
plano de gerenciamento do projeto; atualizações de documentos do projeto; e ativos
de processo organizacionais.
Quanto a terceira etapa, o Monitoramento e controle das comunicações,
que é o processo que visa garantir que as necessidades de informação do projeto e
das partes interessadas sejam atingidas, temos como entrada: o plano de
gerenciamento do projeto; documentos do projeto; dados de desempenho do trabalho;
fatores ambientais da empresa; e ativos de processo organizacionais.
Quanto às ferramentas e técnicas geralmente aplicadas destaca-se opinião
especializada; sistema de informações de gerenciamento de projetos; representação
de dados habilidades interpessoais e de equipe; e reuniões.
Por fim, quanto às saídas deste processo há as informações sobre o
desempenho do trabalho; solicitações de mudanças; atualizações do plano de
gerenciamento do projeto; e atualizações de documentos do projeto.
4 PLANEJAR RISCOS
Sempre que olharmos para o futuro, temos que lidar com incertezas. Desde os
primórdios da humanidade as pessoas sempre tiveram que lidar com este fato e,
consequentemente, correr riscos.
A palavra risco deriva, originalmente, do italiano antigo risicare, que quer dizer
ousar e, no sentido de incerteza, é derivada do latim risicu e riscu. Neste contexto, a
palavra risco deve ser interpretada como um conjunto de incertezas encontradas
quando ousamos fazer algo, e não apenas como problema.
O termo riscos está presente e atrelado nos mais diversos cenários. É frequente
o uso do termo no mercado financeiro, em investimentos, projetos, e tantas outras
áreas afins.
No Guia PMBOK (PMI, 2017) encontramos outras definições aplicáveis, agora
tecnicamente, já pela ótica do gerenciamento de riscos em projetos. Assim, de acordo
com o PMI (2017, p. 68), “risco é um evento ou condição incerta que, se ocorrer,
provocará um efeito positivo ou negativo nos objetivos do projeto”.
De acordo com a linha de pensamento de Viana (2018, p.51), o Gerenciamento
de riscos “possibilita a chance de melhor compreender a natureza do projeto,
envolvendo os membros do time de modo a identificar possíveis ameaças e
oportunidades do projeto”.
Diante deste cenário, o tratamento sistemático de risco nas atividades de um
projeto é denominado de Gerência de Riscos. De modo geral, a Gerência de Riscos
é um conjunto de atividades que visam, de uma forma economicamente racional,
maximizar o efeito dos fatores de risco positivos e minimizar o efeito dos negativos.
Isto quer dizer que, a Gerência de Riscos define uma maneira previsível para
lidar com os imprevistos, fazendo com que os possíveis cenários futuros fiquem dentro
de uma faixa de variabilidade aceitável (ALENCAR; SCHMITZ, 2009).
Nesta perspectiva, todo risco tem, obrigatoriamente, três componentes: o
evento em si, na qual deve ser identificada a causa raiz (fonte) do risco, bem como
seu efeito (consequência); uma probabilidade associada; e um impacto.
Porém, quanto aos riscos em projetos, estes podem ser de dois tipos:
I. Risco interno do projeto: é aquele risco que está ligado ao processo
de desenvolvimento, ou seja, ligado às nove áreas de conhecimento
definidas no Guia PMBOK® (PMI, 2017). Como o processo de
desenvolvimento é de responsabilidade do fornecedor, então ele deve
absorvê-los e tratá-los;
II. Risco externo ou de negócio: é aquele risco que está ligado ao produto
final do projeto, ao que entregaremos para o contratante. Esse risco, se
é de negócio, é passível de negociação.
Identificar objetivos
do projeto
Identificar fatores
de riscos
Redefinir plano do
projeto
Final
Assim sendo, vamos entender o que cada atividade desta engloba no processo.
I. Identificar objetivos do projeto: as partes interessadas do projeto
definem quais os objetivos e quais serão os critérios de sucesso
associados a cada um dos objetivos do projeto.
II. Identificar fatores de riscos: refere-se a identificação de quais seriam
os fatores de risco que poderiam comprometer os critérios de sucesso
associados aos objetivos do projeto. É uma atividade de descoberta, e
portanto, difícil de ser sistematizada. Por outro lado, a experiencia
prática deste tipo de problema mostra um conjunto de técnicas para
auxílio neste projeto, como por exemplo o Brainstorm, Check List, e a
Técnica Delphi (ALENCAR; SCHMITZ, 2009).
III. Estimar o impacto dos fatores de risco: esta avaliação pode ser
baseada em dados históricos de projetos anteriores ou em avaliações
subjetivas das partes interessadas no projeto.
IV. Definir respostas aos fatores de riscos: dependendo da probabilidade
e do impacto de cada um dos fatores de riscos, existe três tipos de ações
que poderão ser executadas: eliminar, contingenciar ou ignorar o fator
de risco. Esta etapa refere-se em definir um plano “B” caso os riscos
ocorram, para assim, já haver um procedimento de resposta rápida
perante o risco.
V. Redefinir o plano do projeto: ao término das atividades de definição
de tratamento a ser dado aos fatores de riscos, novas atividades terão
sido identificadas que não faziam parte do projeto original. Deste modo,
tanto as atividades que visam mitigar ou eliminar os riscos deverão ser
incluídas no plano do projeto de forma determinista. As atividades
contingenciadas serão incluídas de forma não determinista, isto é, elas
podem ser executadas ou não, dependendo de cenários futuros do
progresso do projeto.
Ainda assim, vale destacar que faz-se muito importante o controle dos riscos
dentro de um projeto, portanto, compõe como atividade do controle de riscos o
monitoramento, onde a pessoa responsável deve identificar e avaliar os fatores de
riscos, bom como os sinais de aparecimento de um fator e sinalizar ao gerente do
projeto quando este realmente ocorrer; e a execução de atividades contingenciadas,
que deve ser colocada a ação quando um evento de risco for detectado (ALENCAR;
SCHMITZ, 2009).
5 PLANEJAR AQUISIÇÕES
Imagem do tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/online-shopping-
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6.1 Artia
O Artia é uma das ferramentas de gestão de projetos mais completas. Suas
funções incluem: controle financeiro (realizando um comparativo entre o custo
estimado com o real), sistema de apontamento de horas de colaboradores, relatórios
de desempenho, kanban, e muito mais. Tudo isso em uma interface intuitiva,
facilitando o trabalho de todos os envolvidos (PORTAL EUAX, ONLINE, 2018).
Esta ferramenta pode ser utilizada nas áreas de Tecnologia da Informação;
Engenharia; Marketing e Comunicação; Indústrias; Construção Civil; Serviços e
Consultoria.
Como principais benefícios do Artia destacam-se: facilidade em traduzir as
estratégias em ações concretas de trabalho para o sucesso da empresa; mais
facilidade para delegar, orientar e acompanhar as atividades do seu time; criação de
contexto de trabalho unificado para comunicação e cooperação entre os envolvidos;
possibilita o acompanhamento do progresso dos projetos e tarefas da equipe em
tempo real e de qualquer lugar.
6.2 GanttProject
É um software totalmente gratuito. O GanttProject é um software livre, ou seja,
o usuário pode adaptar algumas funções de acordo com a sua necessidade. Ele serve,
basicamente, para gerenciar o cronograma de um projeto. Sua funcionalidade é
baseada no gráfico de Gantt, antiga técnica que serve para ilustrar as tarefas de um
projeto, prevendo intervalos de tempo e dependência entre as atividades (PORTAL
EUAX, ONLINE, 2018).
O GanttProject possibilita a fragmentação do seu projeto em uma espécie de
“árvore de tarefas” e atribuir recursos humanos que se tem que trabalhar. Mais
importante ainda, você pode facilmente estabelecer dependências entre as tarefas,
isto é, definir, como por exemplo que a tarefa “B” não pode começar até que a tarefa
“A” esteja concluída.
Por outro lado, esta ferramenta não é um software na nuvem, mas é compatível
com os principais sistemas operacionais em circulação: Linux, Windows e iOS.
Outro ponto relevante é que este instrumento possibilita converter os resultados
em PDF e HTML, gerando assim uma espécie de relatório.
REFLITA
- Peter Drucker.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) Aluno(a),
Chegamos ao fim da nossa unidade da
disciplina de Gestão de Projetos: Iniciação e
Planejamento. Nesta unidade debatemos sobre
o alguns dos principais aspectos de um projeto.
Vimos que a Qualidade é algo muito
particular, e o que é Qualidade para mim pode
ser diferente do que é para você. Por outro lado,
podemos afirmar que o gestor de um projeto com
qualidade deve priorizar a satisfação do cliente,
que é o objetivo máximo da gestão da qualidade,
e com isso, começa pelo foco no entendimento e
alinhamento das expectativas de ambos.
Mais adiante vimos sobre o planejamento
dos recursos humanos e entendemos que realizar a gestão dos recursos humanos
em um projeto é a tarefa mais complexa para o gerente de um projeto, pois envolve
variáveis que transcendem sua determinação, vontade, empenho e conhecimento.
Ainda assim, vimos sobre o planejamento das comunicações e da sua
importância e impacto dentro de um projeto. Vimos ainda sobre planejamento de
riscos e de aquisições; ambos também muito importantes para a gestão eficaz de um
projeto.
Por fim, eu trouxe a você algumas ferramentas tecnológicas de gestão de
projetos para auxiliar gerentes e equipes na hora de planejar, executar e documentar
o projeto. Deste modo, abordamos os softwares Artia; GanttProject e o Microsoft
Project.
Deste modo, espero que você tenha compreendido esses processos e suas
importâncias para a gestão eficiente de um projeto. Ainda assim, aguardo você na
nossa próxima unidade.
LIVRO
Título: Gestão da Qualidade: Teoria e Prática
Autor: Edson Pacheco Paladini
Editora: Atlas
Sinopse: O livro que estuda um dos conceitos mais importantes no mundo dos
negócios. Com mais recursos, textos concisos, imagens, esquemas e diagramas,
Gestão da Qualidade — Teoria e Prática traz estratégias inéditas e implementação de
ferramentas já consagradas.
Edson Pacheco Paladini analisa os agentes e os ambientes básicos de atuação da
Gestão da Qualidade e como os Programas da Qualidade têm sido estruturados e
implantados. Além disso, este livro aborda os referenciais, conceitos e estruturas da
área e trata de temas vigentes: a relação da Gestão da Qualidade com os modelos da
Economia Compartilhada e com as características da Indústria 4.0 e como esse
vínculo está se estruturando com a gênese da Indústria 5.0. Como era de se esperar,
essa associação com conceitos e metodologias mais recentes está determinando
novas prioridades para a Gestão da Qualidade.
Em particular, o autor tem como foco o processo da Gestão da Qualidade, sob uma
perspectiva histórica, e analisa a forma como ele foi viabilizado e as conclusões sobre
seus acertos e erros. Todos os assuntos são apresentados por meio de diversos
recursos didáticos, para atender ao perfil inovador de estudantes, professores e
profissionais.
FILME/VÍDEO
TÍTULO: Jobs
Ano: 2013.
Sinopse: Em 1976, Steve Jobs abandonou a faculdade e junto com seu amigo, o
gênio da tecnologia Steve Wozniak, iniciaram uma revolução nos computadores com
a invenção do Apple 1, o primeiro computador pessoal. Construído na garagem dos
pais de Jobs, o Apple 1 e a formação da empresa Apple mudaram o mundo para
sempre. Steve Jobs não se incomodava em passar por cima dos outros para atingir
suas metas, o que fez com que tivesse dificuldades em manter relações amorosas e
de amizade.
REFERÊNCIAS
BROH, R. A. Managing quality for higher profits: A guide for business executives
and quality managers. São Paulo: McGraw-Hill, 1982.
CROSBY, P. B.; FREE, Q. I. The art of making quality certain. New York: New
American Library, v. 17, 1979.
FGV, 2003.
JURAN, Joseph Moses. Controle de qualidade. São Paulo: Makron Books, 1994.
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Vamos lá?!
1 GRUPOS DE PROCESSOS: EXECUÇÃO, MONITORAÇÃO & CONTROLE E
ENCERRAMENTO.
As mudanças são inerentes aos projetos e podem ter várias origens, tais como:
novas demandas que em geral são solicitadas durante a execução, novas
expectativas de usuários e das partes interessadas, falhas de planejamento do
projeto, medidas corretivas ou preventivas identificadas nos processos sobretudo de
validação do produto/serviço que está sendo gerado, dentre outras (PORTAL
IMPARIANO, ONLINE, 2014).
Qualquer mudança traz desconforto e muitas vezes dor às pessoas afetadas.
Entretanto, mudar é inevitável para a evolução das organizações. Quem não muda,
não evolui, fica obsoleto e pode acabar promovendo a dor maior, que é a
descontinuidade de um negócio, afetando todos os stalkeholders, internos e externos,
direta ou indiretamente ligados à organização.
Por uma série de fatores, seja interna ou externa, às vezes se faz necessário
uma mudança no projeto; o que pode parecer um desvio e, na maioria das vezes, se
apresenta como tal. Porém desvios acontecem e devem ser absorvidos pelo
planejamento como um tratamento adequado a fim de garantir o bom funcionamento
do projeto.
Uma mudança do escopo é qualquer alteração no escopo combinado do
projeto. As mudanças do escopo do projeto, frequentemente exigem ajuste no custo,
no prazo, ou em outros aspectos e objetivos do projeto.
Por outro lado, quando necessárias mudanças, estas devem ser baseadas em
fundamentos sólidos de negócio. É necessário entender que, quanto mais avançado
estejam as fases do ciclo de vida do projeto, mais caras são as mudanças no escopo.
Assim, em um projeto existem várias mudanças ao longo de sua execução, exigindo,
portanto, algum tipo de processo de controle de mudanças (ENAP, 2014).
Neste sentido, assim como o gerente de um projeto deve conduzir a gestão de
prazos, custos, qualidade etc., também a gestão de mudanças deve estar em seu
“radar” para que o projeto seja bem-sucedido.
Deste modo, já podemos aqui entender que a gestão de mudanças não é
apenas uma atividade operacional, mas sobretudo estratégica, e deve fazer parte do
projeto desde seu planejamento inicial.
Na prática, as solicitações de mudanças nos projetos devem ter um processo
formal (mesmo que de modo simplista) para atender as mudanças de objetivos do
projeto e/ou de escopo e/ou de requisitos de qualidade. Neste processo, o solicitante
deve descrever sua necessidade, justificando-a e fundamentando-a. Posteriormente,
o Gerente de Projetos com sua equipe deve fazer uma avaliação do impacto da
mudança para o projeto. Essa avaliação deve envolver o impacto nos custos, prazos,
riscos e qualidade. Por vezes, uma mudança pode afetar a produtividade da equipe,
o andamento de outros projetos e comprometer a disponibilidade de recursos
(PORTAL IMPARIANO, ONLINE, 2014).
Deste modo, não é simplesmente mudar por mudar, tem-se por trás uma
justificativa sólida, que a fundamente e que dê razão para tal ação. Assim, podemos
dizer que há um processo nisso, expresso por três etapas básicas: 1ª pedido de
mudança (que deve ser descrito, justificado e apontando os benefícios que esta
mudança trará para o projeto); 2ª avaliação do pedido (onde o gerente de projetos irá
analisar os impactos) e por fim, 3ª aprovação ou rejeição da mudança (divulgação
formal do parecer e implantação da mudança).
Ainda neste contexto, para que as mudanças aprovadas sejam efetivamente
incorporadas ao projeto e sejam gerenciadas de forma eficaz, tornam-se necessárias
três ações fundamentais: a comunicação; o gerenciamento de conflitos; e a
documentação.
A comunicação diz respeito a comunicar à equipe do projeto e às partes
interessadas sobre as mudanças que foram aprovadas e que ocorrerão no projeto,
explicando os benefícios de acordo com o nível de interesse/compreensão das partes.
O gerente deve fornecer no transcorrer do projeto informações atualizadas do
progresso das mudanças (PORTAL IMPARIANO, ONLINE, 2014).
Já o gerenciamento de conflitos, apresenta importância, pois, com mudanças
podem surgir pequenos conflitos, que se não administrados, podem comprometer de
forma drástica o projeto. Assim, gerenciar os conflitos é buscar com que toda a equipe
esteja alinhada, trabalhando em prol do objetivo comum.
Por fim, a documentação do projeto deve ser atualizada a cada solicitação que
é aprovada, incluindo cronogramas, orçamento, valores de contingência e planos do
projeto (PORTAL IMPARIANO,ONLINE, 2014).
REFLITA
#REFLITA#
4 ENCERRAR O PROJETO
Imagem do tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/businessman-pointing-
development-arrow-graph-business-1763304896
Ainda assim, outra atividade que deve ser incorporada de forma habitual ao
encerramento de um projeto é a geração de um documento com as principais lições
aprendidas naquele empreendimento, de forma a minimizar falhas em projetos futuros
ou gerar novas formas de trabalho em atividades similares (MONTAGNER, 2012).
Neste sentido, o quadro abaixo apresenta as áreas de conhecimento e grupos
de processos pertencentes ao Encerramento.
Neste tópico vamos falar sobre três ferramentas de grande importância para a
gestão de projetos de software. Deste modo, abordaremos sobre Scrum; CMMI e
MPS.BRO.
O Scrum existe desde o início dos anos 1990, porém foi só na década seguinte
que se tornou popular. O Scrum ganhou o mundo, desbancando métodos tradicionais
e se tornou a forma mais comum de se trabalhar em projetos de desenvolvimento de
software (SABBAGH, 2014).
Assim, de acordo com Cruz (2013, p. 31), “a ideia principal do Scrum é controlar
processos empíricos, mantendo o foco na entrega de valor de um negócio no menor
tempo possível”.
A adoção mundial desta ferramenta não significa que todos os problemas estão
resolvidos. Longe disto, o Scrum é apenas uma ferramenta que pode trazer diversos
benefícios em comparação a outras formas de conduzir projetos, mas somente se
bem utilizada.
Neste sentido, esta ferramenta se bem utilizada pode permitir a redução dos
riscos de insucesso, entregar valor mais rápido, e lidar com as inevitáveis mudanças
de escopo, transformando-as em vantagem competitiva. Pode também aumentar a
qualidade do produto entregue e melhorar a produtividade das equipes.
Deste modo, no Scrum os projetos são divididos em ciclos repetitivos
(iterativos) e curtos, para que possam ser modificados e adaptados para corrigir os
desvios (incrementais). Esses ciclos podem durar de duas a quatro semanas e são
denominados de Sprints (CRUZ, 2013).
Portanto, os benefícios do Scrum incluem: entregas frequentes de retorno ao
investimento dos clientes; redução dos riscos do projeto; maior qualidade no produto
gerado; mudanças utilizadas como vantagem competitiva; visibilidade do progresso
do projeto; redução do desperdício; e aumento da produtividade (SABBAGH, 2014).
Em geral, as pessoas pensam que o Scrum e a agilidade são a mesma coisa
porque o Scrum é centrado na melhoria contínua, que é o princípio fundamental da
agilidade. No entanto, o Scrum é uma estrutura para concluir tarefas, enquanto a
agilidade é uma forma de pensar (PORTAL ATLASSIAN, ONLINE, 2019).
Há alguns pontos fracos na ferramenta, que justamente pela busca da
agilidade, e pela entrega de valor no menor tempo possível, o Scrum não aborda
várias das áreas que antecedem, sucedem ou permeiam o desenvolvimento de um
produto. Com o seu foco quase exclusivo em processos contidos na etapa de
execução de um projeto, a ferramenta não contempla áreas fundamentais, que, de
acordo com o tamanho, complexidade, ou o seguimento de um projeto, se tornam tão
importantes e fundamentais quanto a entrega do produto final (CRUZ, 2013).
Já quanto ao CMMI (Capability Maturity Model Integration), consiste nas
melhores práticas voltadas ao desenvolvimento e à manutenção de produtos/serviços,
abrangendo todo o ciclo de vida do produto, desde sua concepção até a sua entrega
e manutenção (CHRISSIS; KONRAD; SHRUM, 2003).
Assim, o modelo de maturidade CMMI descreve um caminho evolucionário,
começando com processos imaturos (inicial) e seguindo até um processo maduro e
disciplinado (otimizado), onde é possível o controle do processo de produção de
software por meio de métricas e modelos estatísticos (MORGADO; GESSER;
SILVEIRA; MANSO; LIMA; SCHMITZ. 2007).
Por fim, o MPS.BR trata-se de um programa para melhoria de processo do
Software Brasileiro coordenado pela Softex, que visava definir e aprimorar um modelo
de melhoria e avaliação de processos de software, para utilização em quaisquer
organizações, independente do porte.
Diante disto, a avaliação MPS.BR confere um nível de maturidade aos
processos da unidade organizacional. Para que sua empresa seja avaliada em um
modelo MPS, é necessário seguir quatro passos, sendo: a implantação do modelo
MPS.BR; a contratação da instituição avaliadora; a avaliação oficial; e a publicação
do resultado oficial (SOFTEX, 2020).
Assim, quanto ao primeiro passo (a implantação do modelo MPS.BR), a
organização deve implementar os processos em uma ou mais de suas unidades
organizacionais no modelo e nível MPS adequados ao seu negócio: Software, Serviço,
Gestão Pessoas ou uma combinação destes.
Já na segunda etapa (a contratação da instituição avaliadora), somente
instituições avaliadoras (IA-MPS) habilitadas pela Softex que podem realizar a
avaliação para a certificação.
No terceiro passo (a avaliação oficial), é realizado em etapas que abrange a
avaliação inicial, elaboração, avaliação final e auditoria, e pode ocorrer em um período
de 3 a 6 meses (SOFTEX, 2020).
Por fim, quanto ao quarto passo (publicação do resultado oficial), a avaliação
MPS.BR é considerada válida apenas mediante a publicação no site da Softex.
SAIBA MAIS
REFLITA
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Título: Sprint: o método usado no Google para testar e aplicar novas ideias em apenas
cinco dias
Autor: Jake Knapp
Editora: Intrínseca
Sinopse: Como inovar? Por onde começar? Como montar uma boa equipe? Que
forma terá uma ideia quando for colocada em prática? São muitas as perguntas que
martelam na cabeça de quem precisa tirar ideias do papel, mas já existe um caminho
infalível para responder a todas elas rapidamente: o sprint. Método criado pelo
designer Jake Knapp no período em que ele trabalhava no Google, era usado para
tudo na empresa, do aperfeiçoamento do mecanismo de buscas ao Google Hangouts,
com o foco em desenvolver e testar ideias em apenas cinco dias. Knapp se juntou
mais tarde a Braden Kowitz e John Zeratsky no Google Ventures, braço da companhia
dedicado ao investimento em novos negócios, e juntos eles conduziram e
completaram mais de cem sprints em empresas de telefonia, e-commerce, saúde,
finanças e muito mais. Sprint serve para equipes de todos os tamanhos, de pequenas
startups até os maiores conglomerados, e pode ser aplicado por qualquer um que
tenha uma grande oportunidade, problema ou ideia e precise começar a trabalhar já.
FILME/VÍDEO
Título: Moneyball - O homem que mudou o jogo
Ano: 2011.
Sinopse: Billy Beane, gerente geral do Oakland A's, um dia tem uma epifania: a
sabedoria convencional do beisebol está totalmente errada. Diante de um orçamento
apertado, Beane tenta reinventar seu time superando os clubes de bola mais ricos.
Unindo forças com Peter Brand, graduado da Ivy League, Beane se prepara para
desafiar as tradições da velha escola. Ele recruta jogadores de barganha que os
olheiros rotularam como falhos, mas que têm potencial para vencer o jogo.
REFERÊNCIAS
CHRISSIS, M. B.; KONRAD, M.; SHRUM, S. CMMI: Guidelines for Process
Integration and Product Improvement. Pensilvânia, EUA: SEI Software Engineering
Institute Addison-Wesley, 2003.
MENEZES, Luís César de Moura. Gestão de Projetos. São Paulo: Atlas, 2009.
MORGADO, Gisele P.; GESSER; Ingrid; SILVEIRA, Denis S.; MANSO, Fernando S.
P.; LIMA, Priscila M. V.; SCHMITZ, Eber A. Práticas do CMMI® como regras de
negócio. Revista Produção, v.17, n.2, p.383-394, 2007.
SABBAGH, Rafael. Scrum: Gestão ágil para projetos de sucesso. São Paulo: Casa
do Código, 2014.
SOFTEX, Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro, 2020.
MPS.BR. Disponível em: https://softex.br/mpsbr/. Acesso em: 11/05/2021.
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),