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GERENCIAMENTO DE
PROJETOS
Belo Horizonte
APRESENTAÇÃO
Sejam bem-vindos aos cursos oferecidos pelo IPEMIG. Nós agradecemos pela
escolha dos que se candidataram a esta especialização, procurando referências
atualizadas para dar continuidade aos seus estudos e estamos empenhados em
oferecer as melhores condições para que você alcance seus objetivos.
A partir de 1996 em que a legislação entrou em vigor no Brasil com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Educação a Distância (EaD) tem
experimentado transformações, devido a inúmeros decretos, leis e portarias que são
constantemente escritos, avaliados e atualizados.
O decreto 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o Art. 80 da LDB,
permite a EaD estabelecer uma política de garantia de qualidade em todos os níveis
e modalidades educacionais. Por isso, nossos cursos possuem um cenário
privilegiado com uma equipe multidisciplinar que propõe uma contribuição para a
formação de um indivíduo autônomo que busca desenvolver um aprendizado
contínuo, reflexivo e inovador.
Neste cenário, a prática educativa e a postura do aluno de aprender a aprender
é uma questão que determina a eficácia do processo de construção do conhecimento.
Isso exige compromisso do aluno com o curso, além de um bom computador com
conexão mais rápida à internet para organizar seus estudos.
Devido à flexibilidade de horários para estudar na modalidade EaD, os alunos
necessitam empenhar-se para realizar as atividades dentro do prazo proposto,
organizando seu tempo para acompanhar o conteúdo de maneira ativa e autônoma,
assumindo uma postura protagonista na busca de uma aprendizagem significativa que
engrandece o ensino a distância, fazendo a diferença na sua formação.
Desejamos despertar a motivação interna em nosso aluno que vai se estruturar
na medida em que perceber o valor daquilo que lhe é ensinado, procurando contribuir
com a qualidade de nosso material didático e atividades propostas pela disciplina em
curso na construção do conhecimento de “dentro para fora” como afirmado pelas
pesquisas em neurociências e verificado por Jean Piaget:
1 PROJETOS ............................................................................................................. 5
1.1 A INCERTEZA E COMPLEXIDADE DOS PROJETOS ....................................................... 8
1.2 O QUE SÃO, COMO SURGEM OS PROJETOS E SUA SELEÇÃO ....................................
10
1.3 ESCOPO DE PROJETO E DE PRODUTO ................................................................... 13
1.4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ANALÍTICA ........................................................... 14
2 PMI, PMBOK E PMP ............................................................................................. 21
3 ESCRITÓRIO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS ....................................... 24
4 HABILIDADES NECESSÁRIAS AO GERENTE DE PROJETOS ........................ 29
4.1 ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS ............................................................................ 29
4.2 O GERENTE DE PROJETOS ................................................................................... 29
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ................................................. 39
Construção de Brasília.
Alguns projetos são conduzidos para lidar com incertezas pelas quais se verifica
que a solução para o projeto é desconhecida desde o início.
Ainda de acordo com Maximiano (2002), um dos casos em que isto aconteceu
em grande escala é o túnel do Canal da Mancha, que começou com um orçamento de
7 bilhões de dólares, e terminou custando 14 bilhões. Outro exemplo é a barragem de
Três Gargantas, na China, para a construção de uma hidrelétrica, que foi orçada em 8
bilhões de dólares e chegou até o montante de 30 bilhões.
Do mesmo modo que a incerteza, a complexidade também pode ser medida por
meio de escala.
• Multidisciplinaridade;
• Um avanço tecnológico;
Na verdade, Kendall (2003 apud Mendes, Valle e Fabra, 2009) afirma que a
maioria das empresas cai na armadilha de ter bem mais projetos ativos do que seria
adequado para a capacidade disponível de seus recursos, o que faz com que elas
acabem terminando menos projetos do que teriam se escolhessem um grupo menor e
A expressão portfólio de projetos tem sido usada cada vez mais para definir o
grupo de projetos que uma organização se propõe a executar.
Meredith e Mantel (2000 apud Mendes, Valle e Fabra, 2009) têm uma
abordagem interessante para a questão da seleção de projetos. Eles lembram que
existe uma série de modelos (não numéricos, numérico-financeiros, numéricos não
financeiros) que são fundamentais para auxiliar na seleção dos projetos, mas é
importante lembrar que: os modelos não tomam decisões. Pessoas tomam decisões.
É a gerência sênior que precisa assumir a responsabilidade e ela não pode ser
delegada a uma mera planilha eletrônica; não importa o quanto sejam sofisticados,
todos os modelos são apenas representações parciais da realidade. O que, no fundo,
é um dos motivos por que a decisão final precisa estar na mão dos gestores e não
automatizada por um procedimento simplista.
Mesmo que façamos uma boa seleção de projetos, ainda temos uma questão
adicional não menos importante. Podemos ter livrado os projetos selecionados da
competição com projetos dispensáveis, mas eles ainda têm que competir entre si.
Para resolver esse dilema, cada vez mais organizações têm utilizado uma
ferramenta de gestão conhecida como PMO, o escritório de projetos ou Project
Management Office.
De acordo com o PMI (2004, p. 33) “um escritório de projetos (PMO) é uma
unidade organizacional que centraliza e coordena o gerenciamento de projetos sob
seu domínio”. De maneira ainda mais simples, podemos dizer que é uma área,
assessoria ou departamento cuja função é melhorar o gerenciamento de projetos da
organização.
Ajudar projetos em dificuldades, e assim gerar valor não só para a alta gerência,
mas também para todos os níveis da organização;
1 O termo inglês stakeholder designa uma pessoa, grupo ou entidade com legítimos interesses nas ações e no
PMI
PMBOK
Como ele não ensina a fazer, é somente uma referência, ele não é uma
metodologia! Outro motivo pelo qual ele não é metodologia reside no fato de
PMP
O PMO pode ser encontrado como entidade relativamente bem definida desde
meados da década de 1960, nos grandes projetos militares, aeroespaciais e de
construção civil. Esses escritórios foram denominados Escritórios de Controle de
Projetos, pois os especialistas da época tinham apenas funções de controle e de ações
corretivas: o foco era apenas a detecção e a correção de problemas.
Não há dúvidas de que um projeto necessita ser bem administrado para que
obtenha sucesso.
Para Kerzner (1992 apud Souza, Camarini e Chamon, 2007) existem dez
importantes habilidades inerentes ao gerente do projeto, definidas por meio de
pesquisas e experiências (Tabela 1). Essas pesquisas demonstram que uma
performance efetiva de gerenciamento de projetos está diretamente relacionada ao
nível de competência em que estas habilidades sejam dominantes. Conforme o autor
é importante que as características pessoais de gerenciamento destaquem as
habilidades de operação, para formar um estilo de gerenciamento homogêneo.
MENDES, João Ricardo Barroca; VALLE, André Bittencourt do; FABRA, Marcantonio.
Gerenciamento de projetos. Série CADEMP. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
SOUZA, Valter João de; CAMARINI, Gladis; CHAMON, Edna Maria Querido de Oliveira.
Análise das habilidades do gerente de projetos necessárias para o bom desempenho
nas organizações. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional.
Disponível em: http://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/21/18Acesso
em: 15 jun. 2011.