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APRENDIZAGEM BASEADA EM
PROJETOS
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maiores ou menores, mas a continuidade precisa ocorrer, e as equipes
devem ter como meta a passagem para a fase seguinte.
1.2 Comunicação
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Em algum momento do projeto (mesmo em projetos menores, com poucas
pessoas), haverá o interesse de outras pessoas em saber como está o
andamento, quais as atividades já estão concluídas, se existe a perspectiva de
finalização com sucesso, e quais percalços que estão sendo superados. Também
o processo de comunicação serve para motivar todos a continuarem suas
atividades.
Para cada finalidade, há uma forma de comunicação que pode ser utilizada.
A tecnologia proporciona formas de divulgação instantânea de várias informações,
assim como serve de repositório para todo o histórico do projeto. Novamente: não
há necessidade de o professor cuidar sozinho de todos os tipos de comunicação
e ferramentas de divulgação. Esta inclusive pode ser uma das atividades do
projeto que um (ou mais membros, conforme o tamanho) da equipe pode realizar,
mas com a supervisão direta do professor/gestor.
O momento de definir o que será feito (e, por conseguinte, o que não será),
é um dos mais importantes. Para isso, é muito importante fazer um levantamento
sobre o que deve ser feito e como deve ser o resultado esperado pelos futuros
clientes do produto ou serviço. É com base nessas informações, que podem ser
coletadas através de entrevistas, pesquisa ou testes, que o escopo do projeto será
formulado (Soler, 2015, p. 30).
E ele precisa ser bem idealizado, pois a partir dessa descrição podemos
prever os recursos e os prazos, assim como o dimensionamento da equipe e os
conhecimentos necessários para a empreitada.
Como destaca Valeriano (2015) sobre o escopo: “constitui uma descrição
documentada de um projeto quanto aos objetivos, aos resultados, à abordagem e
ao conteúdo, isto é, o que se pretende obter, como fazê-lo e as ações que
envolve”.
Dependendo do tipo de projeto, a montagem do escopo pode exigir
investimento (tempo, financeiro ou ambos), uma vez que ele pode estar
relacionado a uma situação que ainda necessita de pesquisa, ou da observação
e estudo de um problema, pois as alternativas de solução podem variar.
Essa situação pode ser encaminhada de diferentes maneiras, tudo
conforme o porte e a complexidade do problema a ser resolvido. Pode, por
exemplo, ser um projeto inicial de estudo e pesquisa de alternativas para um
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determinado problema, e depois um segundo projeto para implementar a solução.
Pode também ser uma parte inicial de um projeto maior, com uma fase de
validação para continuidade.
Essas questões revelam um pouco da dificuldade que é montar o escopo
de um projeto. É uma fase de planejamento intensa e um ótimo exercício de
abstração. Conforme vai adquirindo experiência em projetos deste tipo, o
professor vai sendo capaz de desenvolver escopos cada vez mais detalhados e
que podem necessitar cada vez menos de revisão durante a execução
Mesmo quando um projeto é pequeno e de pouca complexidade, e todos
já têm o domínio das habilidades e conhecimentos necessários para a
implementação, o escopo detalhado formaliza e dá foco ao que deve ser feito,
evitando devaneios e distrações que podem comprometer o resultado.
Com a tecnologia de compartilhamento de documentos atuais, todas essas
definições e resenhas ficam disponíveis para todos os participantes, podendo ser
consultadas a qualquer momento e em qualquer lugar. Um simples documento ou
planilha, desenvolvido em conta gratuita do Gmail. Por exemplo, pode ser
compartilhado e até mesmo atualizado por vários integrantes da equipe, por
celular, por exemplo.
Mesmo os clientes do projeto, pessoas que irão se beneficiar do produto
ou serviço sendo implementado, poderão contribuir com o escopo do projeto e
suas revisões, ao terem acesso ao documento do escopo durante a sua redação.
Durante a montagem do escopo, ao avaliar as alternativas propostas e a
tecnologia envolvida, pode ser necessário complementar ou adquirir
conhecimentos específicos que serão usados nas atividades ou na montagem do
produto.
2.1 Capacitação
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“independente do nível de complexidade do projeto você não terá as habilidades
necessárias para desenvolver todos os planos. [..] Por isso, você sempre vai
precisar contar com outras pessoas – inclusive os membros da equipe e o próprio
cliente – e incluí-las no processo”.
Mas o objetivo de incrementar a aprendizagem dos alunos com a ABP não
pode estar subordinado a algum tipo de capacitação que seja necessária para o
desenvolvimento do projeto. A aprendizagem vem da prática e das habilidades
desenvolvidas durante a execução das atividades, com interlocução com os
demais membros da equipe, acompanhamento e controle da progressão do
projeto, e demais situações correlatas. Mesmo quando não há capacitação
envolvida, essas aprendizagens devem ocorrer e podem ser destacadas pelo
professor para reflexão ao final do projeto.
Os projetos podem ser simples, com duração longa, complexos, com curta
duração, ou alguma outra combinação de prazo, complexidade e até recursos.
De qualquer maneira, é preciso organizar a execução, de maneira que fique
claro como cada participante pode contribuir e como será feito o uso dos recursos.
Também é preciso acompanhar o desenvolvimento, avaliar os resultados
intermediários e verificar periodicamente se os objetivos estão sendo alcançados.
Mas esta não é uma tarefa de todo desconhecida para um professor,
correto? O professor já utiliza grande parte dessas funções ao planejar uma aula
ao longo de um semestre ou ano, já faz acompanhamento dos alunos e verifica
como está sendo o aprendizado. Já se comunica com os alunos, pais,
coordenação e outros professores. Durante o período letivo, várias articulações
vão sendo montadas entre os professores e as coordenações dentro da
organização de ensino, para a participação em eventos, semanas pedagógicas,
semanas acadêmicas, palestras, feiras etc.
De uma forma ou outra, o professor já pratica muitas das habilidades
necessárias para um gestor de projetos. Porém, em uma instituição de ensino, a
maior parte dos projetos são focados apenas no conteúdo a ser exposto; a ABP é
diferente: tem o propósito de entregar um produto/serviço e provocar o
aprendizado pela experiência real.
Ao estruturar um projeto, serão desenvolvidas atividades que devem
passar por algumas fases, como a) iniciação, b) planejamento, c) execução, d)
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monitoração e controle, e e) encerramento. Dependendo do projeto e da
quantidade de pessoas e recursos envolvidos, podem ser iniciadas algumas
dessas fases antes mesmo da finalização da anterior. Com relação ao
monitoramento, ele deve acontecer durante a execução de várias das fases
(Valeriano, 2015; Carvalho Júnior, 2012).
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E mesmo quando não se consegue definir o escopo 100%, devido à
complexidade ou a muitas incertezas, podem ser usadas as modernas
metodologias de projeto.
TEMA 5 – CRONOGRAMA
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acompanhar e visualizar quando um atraso em uma ou mais atividades pode
impactar o prazo final de entrega do projeto. Este é um desafio constante durante
o projeto; como nos indica Valeriano (2015, p. 172), “o tempo é uma das
disponibilidades que devem ser rigidamente administradas no projeto. Todo
projeto é um combate que precisa ser vencido em várias frentes, como a do
desempenho do produto, a dos custos e a dos prazos”. Uma forma simples de
criar um cronograma é colocar o EAP em uma planilha e nas colunas indicar um
período (dias ou semanas), repetindo o procedimento até o tempo total estimado
do projeto. Para cada atividade, estima-se o tempo que vai levar, e as informações
vão sendo distribuídas nas colunas de tempo.
Também o cronograma pode indicar quais atividades podem ser
executadas em paralelo. Se as tarefas forem associadas às pessoas envolvidas,
também permitirá identificar gargalos no uso de recursos.
Mesmo os pequenos atrasos devem ser acompanhados, pois quando
começam a ficar frequentes, vão se acumulando, e resultam muitas vezes em dias
ou semanas no prazo final; consequentemente, o custo do projeto começa a
aumentar. Pode chegar ao ponto em que outros projetos, que precisariam das
pessoas ou equipamentos atualmente usados no projeto atual, já iniciem
atrasados, por não terem os recursos necessários.
Mesmo entre atividades internas dentro do próprio projeto, devemos ter
uma visão clara de quais atividades são pré-requisito para outras atividades.
5.1 Interdependência
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experiência, e ainda demandará um tempo a mais até que os novos integrantes
possam ser produtivos.
Essas não são decisões fáceis de serem tomadas; dependendo do
tamanho do projeto, elas têm impactos profundos no resultado final. Gerenciar
questões como prazos e recursos, e ainda avaliar se os objetivos do projeto estão
sendo cumpridos na qualidade acordada inicialmente, envolve um exercício de
comunicação constante e também liderança.
E é justamente este tipo de habilidade que o mercado e a sociedade atual
estão buscando. O aluno que consegue explorar a complexidade e os desafios de
implementar algo novo, mesmo que haja muitas incertezas durante o
desenvolvimento, e os recursos sejam limitados, terá condições para gerenciar o
seu próprio projeto com algumas lições aprendidas – e melhor, algumas lições
vivenciadas.
Terá também condições de avaliar outros projetos e também aprender com
eles, pois saberá identificar novas alternativas para a ação, em alguns casos, ou
detectar onde o projeto teve problemas e fracassou. Cada análise desse tipo
incrementa ainda mais o portfólio de conhecimentos que ele poderá utilizar em
seus próprios projetos.
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REFERÊNCIAS
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