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APRENDIZAGEM BASEADA EM
PROJETOS
TEMA 1 – PROJETOS
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forma de trabalho, muito comum nos projetos corporativos, exige comunicação e
colaboração constantes.
Na aula anterior, vimos como a comunicação e a colaboração estão sendo
valorizadas como habilidades do século XXI; portanto, considerar projetos
maiores, que envolvam grupos de alunos e objetivos audaciosos, permite
desenvolver a capacidade de acompanhar como as partes (atividades em grupos)
serão combinadas para construir o todo (objetivo final).
Ao considerar o uso de projetos para apoio ao ensino, o professor deve
estar ciente dos aspectos que envolvem o desenvolvimento das atividades,
reconhecendo a articulação necessária entre recursos, prazos e escopo.
1.2 Planejamento
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e teorias e depois levado a exercitar algum aspecto do que foi apresentado,
levando à conclusão de que a teoria é aplicável. Mas o que se encontra em
discussão em muitas pesquisas é quanto o aluno consegue se motivar ao ser
apresentado a diversas informações que, em algum momento futuro, podem ser
necessárias.
Ao utilizar uma metodologia indutiva, iniciamos com um ou com alguns
exemplos concretos e específicos que devem ser analisados. A partir do
aprofundamento e da interpretação desses exemplos, vão sendo construídos
fatos a partir dos quais o aluno vai alimentando seu entendimento sobre o assunto.
A abordagem indutiva permite que o aluno vá construindo seu
conhecimento; ela está enquadrada como uma abordagem centralizada no aluno,
o que torna o estudante mais autônomo na busca dos conhecimentos que são
necessários para uma tarefa. Essa experiência de aquisição de conhecimentos de
forma independente auxilia no diagnóstico e na análise de problemas novos, que
ainda não têm solução.
2.1 Motivação
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compreensão de outras informações associadas à tarefa, para conseguir
acompanhar o que os outros grupos estão realizando.
Na dinâmica de um projeto – os grupos trabalham em paralelo para atender
a especificações, muitas vezes geradas pelos próprios participantes –, algumas
competências relacionadas à integração dos trabalhos e à capacidade de avaliar
erros tornam-se contribuições valiosas.
A avaliação independente do aluno, para entender se uma tarefa está
completa de acordo com a especificação, fortalece a predisposição para a busca
do padrão de qualidade esperado, sem a necessidade de intervenção sistemática
do professor.
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os muros da escola ou da faculdade. Periodicamente, é possível encontrar, na
mídia, notícias de crianças que desenvolveram ações de impacto na sociedade e
que, em muitos casos, se transformaram em grandes projetos sociais. Nesses
casos, movidas por curiosidade, determinação, a satisfação em ajudar outras
pessoas, ou até mesmo necessidade, jovens e crianças desenvolvem atividades
com pesquisa, articulação, planejamento e recursos muitas vezes associados
apenas a adultos, devido ao esforço e a dificuldades inerentes.
Nas áreas técnicas, também é possível ver exemplos de crianças que se
dedicam a estudar programação de computadores, de forma autodidata,
conseguindo até mesmo subjugar proteções desenvolvidas por empresas. Ou
então, equipes de jovens que desenvolvem dispositivos robóticos para participar
de campeonatos, competindo com outros participantes com idade igual ou
superior.
Essas iniciativas nem sempre se originam em escolas ou ambientes
educacionais, mas remetem a leituras técnicas, estudos, experimentação,
aprofundamento de conteúdos e resolução de problemas, sempre relacionadas a
uma vontade intrínseca de desenvolvimento pessoal. Com o desenvolvimento de
conteúdos tutoriais em vídeo, e o acesso facilitado à internet, esses casos acabam
se tornando mais comuns.
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ambientes virtuais de aprendizagem, acabam não desafiando o aluno. Afinal,
todo o conteúdo já é apresentado e muitas vezes apenas é solicitado que seja
complementada uma ou outra questão como tarefa na escola ou em casa.
Para se sentir incentivado e motivado, o foco da aprendizagem deve ser o
próprio estudante. Ele deve ser estimulado a pesquisar e relacionar o conteúdo
ao seu cotidiano.
Um exemplo dessa visão de centralizar o aprendizado no aluno é a reforma
do ensino superior europeu, adotada em mais de 48 países. Lançado em 1999,
em Bologna, o “Processo de Bologna” busca reverter o peso da nova realidade
que o ensino europeu estava sentindo: a dificuldade em manter alunos nos seus
cursos, e a falta de sincronia com as necessidades do mercado de trabalho.
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contexto mais elaborado, inclusive com a combinação entre os dados coletados
de diferentes tecnologias.
Quando uma pessoa tem essas habilidades, as possibilidades de encontrar
uma solução para um obstáculo aumentam – não somente para as dificuldades
presentes nas atividades em empresas, mas também em situações relacionadas
à vida em sociedade, criando melhores condições para que o cidadão não seja
um mero expectador.
Projetos que envolvem algum aspecto social ou impacto regional podem
ser um importante agregador entre os participantes, e também entre a instituição
de ensino e a comunidade.
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com grupos de três a seis estudantes, com pelo menos três nacionalidades
diferentes. O estudante deve ter completado pelo menos dois anos do curso na
universidade de origem (EPS, 2019).
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REFERÊNCIAS
KYNDT, E. et al. The direct and indirect effect of motivation for learning on
students' approaches to learning through the perceptions of workload and task
complexity. Higher Education Research & Development, v. 30, n. 2, p. 135-150,
2011.
NRC – National Research Council. How people learn: brain, mind, experience,
and school – expanded edition. National Academies Press, 2000.
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