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Introdução
Levar a tecnologia para dentro da sala de aula se tornou
um atrativo e desafio para as escolas. Uma estratégia para
atrair a atenção dos alunos e também inseri-los em novas áreas
tecnológicas, como a robótica e a programação. Essas atividades
são associadas à cultura maker, movimento que coloca o aluno
no centro de aprendizagem, e têm conquistado espaço, trazendo
benefícios para alunos e escolas.
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ENTENDENDO
A CULTURA
maker
maker
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O termo tem sido bastante disseminado nos últimos anos no mundo educacional.
Em linhas gerais, este é o tipo de metodologia que explora o trabalho dos alunos
a partir de materiais feitos com as próprias mãos. O estímulo para que o aluno
aprenda de forma prática, contextualizada, sendo protagonista.
Apesar da prática ser bastante atual e estar ganhando novos adeptos, o movimento
surgiu no final da Segunda Guerra Mundial, quando a falta de recursos humanos
e financeiros nas fábricas moveu os estadunidenses a colocarem a mão na massa.
Anos depois, na década de 70, com a criação do computador essa onda se tornou
ainda mais crescente. No final do século 20 e início do século 21, dois fatos
colaboraram para que a curva do movimento fosse ainda mais ascendente:
o lançamento da impressora 3D e a primeira revista Make. A partir daí,
a comunidade cresceu.
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A proposta da cultura maker é que as pessoas transformem
suas ideias em realidade e desenvolvam as próprias tecnologias,
dispositivos e ferramentas em projetos que ajudem no desenvolvimento
da sociedade. E é este o conceito que está sendo levado para a sala de aula.
Isso porque quanto antes os alunos forem orientados a trabalhar seguindo
essa linha de raciocínio, mais engajados ficarão e ainda mais projetos
podem ser desenvolvidos.
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Com o uso dessa metodologia, o processo de aprendizado se torna experiencial
e os estudantes são levados a pensar em resoluções para os problemas sociais.
A proposta é que este tipo de atividade seja introduzido a qualquer momento e
em qualquer idade, pois, diferente de muitas técnicas pedagógicas, a demanda
maker é trazida pelos próprios alunos. O professor só precisa estar atento e ser
um estudioso da abordagem para então potencializar e aprimorar suas aulas.
Assim, os alunos podem ser inseridos aos poucos na metodologia, incluindo
desde a aprendizagem sobre como utilizar a sala, os recursos materiais e de
como participar das atividades em grupo.
“Neste ano, vivenciamos uma situação bem nítida do que será o futuro.
Com a pandemia, muitos profissionais se viram obrigados a se adaptar
a um home office e as empresas precisaram encontrar caminhos imediatos
para não fechar. Então, a pandemia mostrou a necessidade de soluções
criativas, rápidas e adaptáveis a uma situação imposta inesperadamente.
Isso torna evidente a importância do profissional com perfil inovador, criativo
e capaz de persistir na solução de problemas”, pontua Kelly Cristine Camargo.
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robótica
NAS ESCOLAS
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Outro ramo educacional que tem uma adesão crescente é o da robótica.
O ensino dessa prática está cada vez mais comum nas escolas, porque
aproxima os estudantes das tendências tecnológicas do cotidiano. Nesta
prática, o principal objetivo é estreitar o relacionamento dos alunos
com a ciência e a tecnologia. Ao longo das aulas, o desafio é construir
um robô que seja capaz de executar um conjunto de instruções, mas
o conhecimento por trás do tema é bem mais amplo.
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Durante as aulas de robótica, são apresentados problemas
que devem ser solucionados com o uso da tecnologia. “São
sempre projetos em grupo que desenvolvem protótipos para
resolução de problemas. Então, os alunos aprendem conceitos
de matemática, mecânica e programação”, explica o professor
do GGE, Rogério Mello. O docente explica que o objetivo é traçar
trilha onde o aluno estará inserido nos módulos, que vão do 2º
ao 7º ano do Ensino Fundamental. “Os temas são inseridos
aos poucos e sempre com o desenvolvimento de projeto.
O pensamento computacional é a porta de entrada a esse
mundo da robótica”, completa.
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ATIVIDADES
em casa
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Qualquer uma dessas formas de aprendizado pode e deve ser incentivada
pelos pais. O estímulo pode ser realizado de várias formas e em diferentes
ambientes. Em casa, os pais podem, por exemplo, dar às crianças atividades
que elas possam executar com as próprias mãos. Isso engloba tarefas
domésticas, consertos de materiais, atividades culinárias e todas
as demandas que resolvam qualquer tipo de problemática e que possam
ser executadas pela criança sem a interferência do adulto.
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Outra prática bastante comum e que muitos pais nem imaginam os
benefícios que existem por trás da atividade é a montagem de blocos,
conhecidos por Lego. Criando formas para os blocos, além de estimular
a imaginação e a coordenação motora, a criança está desenvolvendo
novas habilidades, como a paciência e a concentração. Planejamento e
organização são outros benefícios.
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Saindo das atividades práticas e pensando no uso de tecnologias,
existem ainda plataformas online que fazem simulações e que
estimulam os alunos a desbravarem este universo da robótica
e da cultura maker. Entre os sites que podem ser explorados
com essa finalidade estão:
Scratch (scratch.mit.edu)
– plataforma virtual que treina linguagens e dá a oportunidade
dos alunos criarem desenhos e participarem de comunidades
que discutem assuntos relacionados ao tema.
code.org (www.code.org)
– oferece um catálogo de cursos e projetos que podem
ser desenvolvidos por alunos e escolas de forma virtual.
MakeCode (microsoft.com/pt-br/makecode)
– oferece editores de bloco e de texto para alunos
de diferentes níveis e com diversas finalidades.
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1 TANGRAM
Materiais:
- Folha de papel;
- Régua;
- Lápis;
- Tesoura;
- Cartolina, papéis coloridos ou papelão são opções.
Como fazer?
Pegue a folha de papel, a régua e o lápis e considere a imagem a seguir
para fazer as dobras e recortar o seu quebra-cabeça. Use as peças como
moldes para transferir a forma para papéis coloridos ou papelão, caso
queira um jogo mais resistente.
Em seguida,
é só se divertir usando as peças
para criar todas as formas
que vierem à cabeça.
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2 JOGO TRÊS MARIAS
Materiais:
- Retalhos de tecido;
- Pedrinhas e/ou grãos.
Como fazer?
Corte cinco retângulos de tecido de mais ou menos 8x11 centímetros.
Dobre cada retângulo e costure em volta, deixando uma abertura
de um lado. Eles devem ficar com um formato parecido ao de um
saquinho. Encha os saquinhos com pedrinhas e/ou grãos.
Como jogar?
Forme um círculo com as crianças
e espalhe os saquinhos no chão. O
jogador pega um saquinho e joga
pra cima. Antes que ele caia no
chão, o jogador tem que pegar outro
saquinho com a mesma mão que
atirou o primeiro. Quem conseguir
repetir o movimento por mais vezes
sem parar, vence.
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3 TEATRO DE SOMBRAS
Materiais:
- Caixa de papelão;
- Cola ou fita adesiva;
- Papel manteiga, papel vegetal ou papel ofício;
- Canetinhas ou tintas para decorar;
- Lanterna, velas ou celular com lanterna;
- Brinquedos que já tem em casa;
- Palitos ou recortes de tiras de papelão.
Como fazer?
- Para o palco do teatro: pegue a caixa de papelão e recorte as abas
do fundo, deixando um retângulo vazado no centro da peça com bordas.
Cole as abas do fundo da caixa. Cole a folha de papel atrás das abas
do fundo da caixa. Decore o palco do seu teatro de sombras.
Em seguida, é só colocar
a lanterna no fundo
deixando as figuras
serem projetadas na
parede.
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4 CARRINHO MOVIDO
A BALÃO DE AR
Materiais:
- 1 rolinho de papel higiênico; - Cola quente;
- 1 bexiga (balão); - Elástico;
- 2 canudos plásticos; - 2 palitos de churrasco;
- Fita crepe; - 4 tampas de garrafa pet.
Como fazer?
Fure a tampinha no meio. Passe o palito de churrasco dentro
do canudo. Acrescente em cada ponta a tampinha, criando assim
o eixo do carrinho. Repita a operação novamente. Depois, use
a cola quente para firmar os eixos do carrinho. Pegue a bexiga
e coloque na ponta um canudo, prendendo a boca da bexiga
com o elástico. Coloque o canudo no carrinho e prenda com fita
crepe. Encha a bexiga ao soprar o canudinho.
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5 HORA DA CULINÁRIA:
RECEITA DE BISCOITO
Materiais:
- 9 colheres (sopa) de amido de milho;
- 9 colheres (sopa) de farinha de trigo;
- 5 colheres (sopa) de açúcar;
- 6 colheres (sopa) de manteiga.
Como fazer?
Misture os ingredientes até que a massa fique bem homogênea.
Use uma colher de sopa para derramar porções da massa em uma
assadeira previamente untada. Leve ao forno e deixe assar por 30
minutos em fogo baixo. A atividade deve ser supervisionada por
um adulto. Para se tornar mais atrativa, é possível utilizar fôrmas
de silicone para que os biscoitos tenham formatos de desenhos.
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7 LÂMPADA DE LAVA
Materiais:
- Recipiente transparente;
- Óleo;
- Água (com alguma coloração);
- Comprimido em pó ou efervescente.
Como fazer?
Despeje o óleo no recipiente em uma boa quantidade. Em seguida,
coloque a água. Você notará que os dois não irão se misturar.
Em seguida, colocar o comprimido em pó ou efervescente. A criança
perceberá que bolhas começarão a sair da mistura, que é justamente
a representação dos gases.
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8 CONSTRUINDO
UM SUBMARINO
Materiais:
- 1 tampa de caneta;
- 1 pequeno pedaço de massa de modelar;
- 1 garrafa de plástico de dois litros com tampa;
- Água.
Como fazer?
Encha toda a garrafa com água. Faça uma pequena bola com
a massinha e coloque na ponta da tampa da caneta, simulando
um submarino. Em seguida, faça mais uma bola com a massa
de modelar e coloque debaixo da tampa. Abra a garrafa, coloque
o submarino lá dentro e feche bem a tampa. Aperte a garrafa
com a mão e note que o submarino irá descer. Quando largar,
ele irá subir. Isso acontece
porque quando se aperta
a garrafa, aumenta a pressão
da água e o pequeno
reservatório de ar, dentro
da tampa, diminui de volume,
porque a água empurra o ar
com mais força. Quando
largamos a garrafa,
o processo inverso acontece.
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9 CRIAÇÃO E EDIÇÃo
DE VÍDEO
Materiais:
- Uma câmera (pode ser de celular);
- Aplicativos de edição.
Como fazer?
A ideia é mostrar como funciona a criação e edição de vídeos.
É importante utilizar trilha sonora e que haja um roteiro do vídeo,
estimulando a criatividade.
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10 SIMULANDO A EXPLOSÃo
DO BIg BANG
Materiais:
- Duas bexigas de festa - Bolinhas de isopor
do tamanho grande; ou de qualquer outro material
- Bombinha de bicicleta de tamanhos variados;
ou de colchão inflável; - Canetinhas;
- Folhas A4.
Como fazer?
Para ajudar o aluno a entender como aconteceu o Big Bang (teoria
cosmológica dominante sobre o desenvolvimento inicial do Universo)
é possível fazer dois experimentos. No primeiro, coloque as bolinhas
dentro da bexiga. As bolas deverão ser pintadas com cores alusivas
ao sistema solar e terão tamanhos variados. Em seguida, encaixe
a bombinha na bexiga e infle até que a mesma estoure.
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Para o segundo experimento, você precisará desenhar na bexiga,
com canetinhas, diversos círculos de tamanhos e distâncias variados,
também simulando os planetas. Em seguida, encaixe a bexiga
na bombinha e vá inflando, gradativamente, a bexiga. Nos dois
experimentos devem ser colocadas as folhas de papel A4
sobre a mesa.
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concluSÃo
Mesmo que não nos demos conta, a tecnologia está
inserida no nosso cotidiano. São robôs que realizam
exames, que comandam cirurgias, fazem faxinas,
realizam o autoatendimento... As funções são
inúmeras e ainda há um universo a ser descoberto.
É a ciência evoluindo e encontrando novas formas
de manifestação e de contribuir para o desenvolvimento
da população.
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