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PRÁTICA REFLEXIVA

O que integra
nosso currículo?
Aprendizagem e
culminância de
projetos
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Olá, professor e professora!

Nesta prática reflexiva propomos abordar o fator de integração curricular que versa
sobre as metodologias ativas e avaliação, ao encontro da metodologia de
Aprendizagem Baseada em Projetos, que dialoga com a proposta metodológica dos
itinerários formativos do currículo amazonense.

A Aprendizagem Baseada em Projetos oportuniza que os estudantes exercitem,


sobretudo, competências e habilidades como pensamento científico, crítico e criativo e
empatia e cooperação na resolução de problemas, sob uma perspectiva interdisciplinar
do conhecimento, visto que o fazer por projetos é orientado por um ciclo de
desenvolvimento, isto é, etapas que coloca o estudante como protagonista do seu
processo de aprendizagem, não somente na etapa de execução do projeto, como
também se percebe sujeito na tomada de decisão que envolve os temas do projeto, a
construção do seu planejamento (formulação do problema, objetivos), avaliação e
culminância.

É pensando na homologia de processos – a


coerência entre o que se vive na formação
docente e o papel que exercerá (ou exerce)
como docente, ou seja, professores(as)
aprendem experimentando exatamente o
mesmo tipo de prática pedagógica que
realizarão com seus estudantes – que
convidamos você, professor(a), a exercitar
na prática esse método ativo de
aprendizagem. Vamos nessa?!

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ATIVIDADE 1
Mobilizando nossa comunidade de aprendizagem (1h30min)

Na etapa de Mobilização, o que se deseja é que os(as) jovens descubram suas motivações diante do
contexto em que vivem e dos conhecimentos que estão aprendendo. É o momento do projeto em que
eles são chamados a identificar aspirações e conhecimentos prévios, trazer à tona seus interesses e
pontos de vista e se engajar em algum tema de pesquisa ou proposta de intervenção.

Assim, convidamos você, professor(a), por homologia de processos, a identificar o que o mobiliza a
trabalhar e aprender entre pares. Para isso, sugerimos que desenvolva esta atividade no coletivo de
professores da sua escola, em algum momento de reunião pedagógica onde todos estejam reunidos.
Converse com a(o) pedagoga(o) de sua escola para destinar um tempo e espaço na pauta de reunião
para a realização desta atividade.

MÃO NA MASSA

1. No coletivo, cada um deve fazer o exercício de


Para esse momento pode ser utilizado post it
pensar:
colorido – uma cor que represente “o que
» o que o mobiliza a trabalhar e aprender entre mobiliza” e outra cor para “o que desmobiliza”.
pares? Por exemplo: “o que me mobiliza a Pode ser utilizado também ferramentas digitais
trabalhar entre pares é a diversidades de como Padlet ou Jamboard, ao invés de post it
em papel. A ideia aqui é fazer um grande mural
saberes”; e
com as respostas, que sirva para a
» o que desmobiliza a trabalhar entre pares?
identificação de padrões e diferenças sobre a
Por exemplo: “falta de diálogo respeitoso”. mobilização e desmobilização docente, a fim
de fomentar um debate no coletivo que
2. Pensando nos desafios de implementação, propicie o fortalecimento da comunidade de
identifiquem uma necessidade formativa de aprendizagem para enfrentamento dos
que gostariam de trabalhar com os pares. Este desafios do novo ensino médio.
é o momento de “chuva de necessidades”, aqui
todas as necessidades são acolhidas.
Novamente, pode ser utilizado post-it ou
ferramentas digitais para registro das
necessidades formativas.
Exemplos de necessidades de formativas:

3. Em seguida, é o momento de agrupar as » Ausência de um portfólio de


necessidades convergentes que sirva para a metodologias ativas da escola, que tem
tomada de decisões do grupo, isto é, qual sido eficaz para serem colocadas em
práticas nos itinerários formativos.
necessidade será priorizada pelo grupo para
investigação e proposição de soluções ao » Ausência de compartilhamento do que
problema investigado? tem dado certo (ou não) no trabalho com
os itinerários formativos com os(as)
jovens.

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ATIVIDADE 2
Planejando nosso projeto (1h)

Na etapa de Planejamento, espera-se que os(as) jovens delimitem o problema de investigação,


pensando sobre o que sabem ou não a respeito do tema em questão e propondo perguntas-chave e
objetivos dos quais queiram alcançar. Além disso, é nesta etapa que os(as) estudantes organizam
logicamente as tarefas necessárias para alcançar os objetivos (acessar conhecimentos, projetar
ações, estimar o tempo, prever a viabilidade do projeto, identificar e mobilizar os recursos
necessários).

Pensando por homologia, professor(a), convidamos a fazer este mesmo exercício de planejamento,
pensando na necessidade formativa priorizada na atividade anterior. Para isso, preencham no
coletivo o quadro a seguir que apoia a sistematização dos processos da etapa de planejamento.

Perguntas de investigação:

Objetivos do projeto:

Tarefas a serem Responsáveis pelas Recursos Cronograma das


desenvolvidas: tarefas: necessários: tarefas:
1.

2.

3.

Pois bem, chegamos ao final desta atividade de planejamento, agora fiquem à vontade para
colocar a mão na mesa, ou seja, ir em direção a etapa de Execução.

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ATIVIDADE 3
Avaliando nossa caminhada (1h)

A etapa de Avaliação, na perspectiva de uma avaliação processual e formativa, acontece


simultaneamente à execução do projeto e visa que os(a) jovens analisem criticamente e atribuam
sentido às várias dimensões do processo que estão vivendo (processo de busca e produção de
conhecimento, processos relacionais com seus pares, professores e comunidade, processos criativos
e etc.), aprendendo com acertos e erros, identificando novos desafios, verificando resultados,
refletindo sobre a participação de cada um. Nesse percurso, um elemento fundamental é a
possibilidade de os estudantes autorregularem as aprendizagens e promoverem a reorganização das
ações que foram definidas no projeto.

O mesmo acontece aqui, professor(a), nesta vivência de homologia na construção de uma


aprendizagem por projetos, recomendamos que criem no coletivo de professores uma rubrica, isto
é, indicadores analíticos que possibilitam avaliar qualitativamente, ao longo do processo, os
rumos do projeto. Perguntas como as que seguem, podem servir de orientação na construção dos
indicadores analíticos da rubrica:

» O que foi planejado na atividade 2 desta prática reflexiva que deu certo?
» O que foi planejado que não deu certo?
» Os objetivos estabelecidos foram factíveis? Os recursos e tempo estimados foram adequados e
viáveis?

ATIVIDADE 4
“Habemus” culminância (30min)

A culminância é a etapa de síntese, onde os(as) jovens podem se reconhecer no trabalho realizado e
consolidar aprendizados e atitudes. É também a etapa de comunicação dos resultados, de
compartilhamento dos saberes como bem público e celebração pela concretização do projeto
realizado.

Neste sentido, o exercício que sugerimos aqui, é que reflitam, e coloquem em ação, as
possibilidades de registro e memória da síntese de aprendizado nas atividades anteriores desta
prática reflexiva.

Se colocado em execução o que foi planejado, pensem de que maneira podem consolidar os
resultados nos documentos formais da escola (como o Projeto Político Pedagógico) e de que
maneira podem comunicar os resultados para a comunidade escolar.

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