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Apresentação
Saber trabalhar em equipe é uma competência cada vez mais necessária. Infelizmente os
professores ainda não sabem mediar e criar situações que possam auxiliar no processo. A think pair
share (TPS) é um tipo de metodologia ativa que pode ser utilizada pelo professor com o objetivo de
desenvolver a colaboração e cooperação entre os alunos. Portanto, o TPS pode ser uma estratégia
válida e eficaz de se aplicar na educação, com foco nas competências de trabalho em grupo, por ter
passos definidos que permitem a construção do conhecimento individual e coletivo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as competências em grupo e como construí-
las, além de aprofundar seus conhecimentos sobre a estratégia think pair share e sua aplicabilidade
em sala de aula. Você também vai realizar desafios que possibilitarão uma reflexão sobre as
temáticas, bem como materiais que irão enriquecer a sua atuação profissional.
Bons estudos.
Imagine que você é professor em uma sala de aula de Ensino Fundamental na qual os alunos estão
enfrentando problemas relacionados com o bullying.
Você não sabia como tratar a temática, com receio de não saber como mediar a situação. Após
algumas leituras, conheceu a estratégia think pair share (TPS) e percebeu nela uma possibilidade de
discutir com os alunos sobre os conflitos que estavam ocorrendo.
Sendo assim, explique como formularia a pergunta geradora para iniciar as discussões. Descreva
como a técnica seria aplicada nesse contexto.
Infográfico
A think pair share (TPS) tem algumas etapas que devem ser consideradas para seu desenvolvimento.
Essas etapas permitem que a estratégia TPS seja aplicada desde a criação do problema proposto
até a formação dos grupos e a socialização com os outros alunos.
Veja o infográfico e conheça os detalhes de cada etapa para auxiliar sua aplicação em sala de aula.
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Conteúdo do livro
A construção de competências para o trabalho em grupo é cada vez mais necessária na educação.
Existem muitas estratégias que podem ser utilizadas para essa finalidade. Uma estratégia
interessante é a think pair share, que permite, além de uma construção individual do conhecimento,
o desenvolvimento de competências coletivas em sala de aula.
Leia o capítulo Think pair share (TPS), da obra Metodologias para aprendizagem ativa, para saber mais
sobre o conceito e a aplicação do trabalho em grupo, além de conhecer com mais profundidade as
estratégias think pair share.
Boa leitura.
METODOLOGIAS PARA
APRENDIZAGEM ATIVA
Introdução
As transformações econômicas, culturais e tecnológicas propiciam mu-
danças sociais e, por consequência, novas formas de relacionamento.
Atualmente, é cada vez mais necessária a construção de competências
coletivas para um convívio mais harmônico. Nesse contexto, muitas
inquietações surgem, principalmente sobre estratégias pedagógicas
que podem ser aplicadas em sala de aula. Dessa forma, é pertinente que
o professor aplique metodologias ativas voltadas para a construção de
competências do trabalho em grupo.
Neste capítulo será apresentada e discutida a relevância da construção
de competências do saber trabalhar em grupos em sala de aula. Para
tanto, será apresentada a estratégia pedagógica think pair share (TPS), que
proporciona subsídios teóricos e possibilidades práticas para desenvolver
a colaboração e a cooperação em sala de aula.
2 Think pair share (TPS)
pessoas. Le Boterf (2003) apontou alguns saberes que poderiam ser construídos
para se chegar à coletividade, conforme ilustrado na Figura 1.
Saber
aprender
coletivamente
Saber
Competências comunicar-se
coletivas
Saber cooperar
O trabalho em grupo possui muitas dinâmicas que podem ser aplicadas em sala de
aula. O livro Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aula heterogêneas,
de Elizabeth Cohen e Rachel Lotan, publicado pelo Instituto Sidarta e pela editora Penso
em 2017, apresenta alternativas práticas para o desenvolvimento do trabalho em grupo.
No link a seguir você pode acessar o MindMeister, uma ferramenta para criar mapas
mentais.
https://qrgo.page.link/3HMQT
LaFASTO, F.; LARSON, C. When teams work best: 6,000 team members and leaders tell
what it takes to succeed. Thousand Oaks: Sage, 2001. 256 p.
LE BOTERF, G. Desenvolvendo a competência dos profissionais. 3. ed. Porto Alegre: Art-
med, 2003. 278 p.
MOURA, M. C. C.; BITENCOURT, C. C. A articulação entre estratégia e o desenvolvi-
mento de competências gerenciais. RAE Eletrônica, São Paulo, v. 5, n. 1, art. 3, jan./jul.
2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1676-
-56482006000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 1 jun. 2019.
PERÚ. Ministerio de Educación. Organizadores visuales digitales: módulo I: mapa mental.
Lima, 2014. 8 p. Disponível em: https://cmapspublic.ihmc.us/rid=1N8841163-11GRD37-
-4DMX/Mapa_mental.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019.
RETOUR, D. et al. Competências coletivas: no limiar da estratégia. Porto Alegre: Book-
man, 2011. 206 p.
REYNOLDS, B.; SHIH, Y. C. Teaching Adolescents EFL by Integrating Think-Pair-Share
and Reading Strategy Instruction: A Quasi-Experimental Study. RELC Journal, Thousand
Oaks, v. 46, n. 3. p. 221–235, 2015.
Leituras recomendadas
BACICH, L.; MORAN, J. (org.) Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abor-
dagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. 260 p. (Série Desafios da Educação).
COHEN, E. G.; LOTAN, R. A. Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de
aula heterogêneas. 3. ed. Porto Alegre: Penso; Cotia: Instituto Sidarta, 2017. 256 p.
PERRENOUD, P. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2015. 162 p.
Dica do professor
Para você poder refletir e aprofundar seus conhecimentos sobre competências de trabalho em
grupo é importante, inicialmente, conhecer os seus processos de formação e desenvolvimento. O
primeiro diz respeito a como será escolhida a combinação dos participantes para formar os grupos.
Já o segundo processo é de desenvolvimento, que diz respeito às interações, à realização das
atividades propostas, etc.
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Exercícios
1) Think pair share é uma estratégia criada para articular diferentes conhecimentos, habilidades
e atitudes com foco na formação de grupos. Nesse sentido, é possível afirmar que, ao criar a
think pair share, o seu autor, o Dr. Frank Lyman:
A) pensou no seu uso de forma a proporcionar aos alunos a formação de grupos com apenas
dois participantes, já que possibilitará uma discussão mais rica e construtiva.
C) não sugeriu nenhum número de participantes por grupo, sendo que a liberdade de escolha é
do professor.
D) pensou no seu uso apenas em espaços empresariais, já que os grupos deveriam ser equipes
que tivessem um objetivo em comum.
E) não sugeriu uma estratégia possível de ser aplicada, mas propôs uma reflexão sobre a
temática de trabalho em grupo.
2) As competências coletivas são cada vez mais necessárias para os indivíduos conviverem na
atual sociedade. No entanto, poucas discussões existem sobre a temática na educação.
Nesse sentido, é possível afirmar que:
A) as competências coletivas têm como objetivo apenas discutir questões referentes ao trabalho
em grupo, pois elas são viáveis para esse tipo de estratégia em sala de aula.
E) as competências coletivas são discutidas há muito tempo, pois estão relacionadas com os
saberes coletivos desenvolvidos na sociedade e não na escola.
3) A resiliência pode ser considerada uma importante competência a ser construída com os
alunos, principalmente em relação ao trabalho em grupo. Qual das afirmações abaixo está
correta sobre a resiliência e o trabalho em grupo?
C) No trabalho em grupo, a resiliência não é necessária aos alunos, já que não precisam
enfrentar crises e conflitos.
E) No trabalho em grupo, o professor não deve propor ações que possibilitem a construção da
resiliência, já que ela é considerada uma competência não necessária para a atuação na
coletividade.
4) Existem muitas estratégias que podem auxiliar no processo da think pair share, como é o
caso dos mapas mentais. No entanto, observa-se que os professores ainda têm concepções
erradas sobre esse tipo de estratégia e sua aplicação em sala de aula. Assinale a alternativa
correta sobre o conceito de mapa mental.
A) Para Tony Buzan (2009), um mapa mental é a forma mais simples de gerenciar o fluxo de
informações entre o cérebro e o exterior, porque é a mais eficaz e criativa para tomar notas e
planejar os pensamentos.
B) Para Tony Buzan (2009), um mapa mental é a forma mais adequada para a coletividade, pois
criam-se conteúdos apenas em pares.
C) Para Tony Buzan (2009), um mapa mental pode ser utilizado na think pair share por permitir
que a criatividade seja deixada de lado e a sistematização seja realizada.
D) Para Tony Buzan (2009), um mapa mental não deve ser utilizado com a Educação Básica
devido à sua complexidade, por necessitar do gerenciamento do fluxo de informações entre o
cérebro e o exterior dos alunos.
E) Para Tony Buzan (2009), um mapa mental pode ser utilizado como estratégia no think pair
share, mas deverá ser empregado como uma ação não planejada pelo professor.
5) Na think pair share (TPS), além das perguntas ou situações-problema, outra etapa importante
é a socialização das discussões dos pares com a turma. Assim, existem muitas estratégias
que podem ser adotadas nesse momento, mas algumas devem ser evitadas. Nesse sentido,
assinale aquela estratégia que é adequada para a socialização dos pares das reflexões
realizadas:
A) Para a socialização das reflexões realizadas nos pares, o professor pode solicitar que os alunos
escrevam em um papel suas primeiras impressões, pontos discutidos e possíveis soluções
encontradas. Após preencher esses elementos, os alunos fazem a entrega ao professor, que
finaliza a atividade.
B) Para a socialização das reflexões realizadas nos pares, o professor pode solicitar que os alunos
criem um vídeo apresentando possíveis soluções. Assim, a TPS pode se estender a mais de
uma aula, instigando os alunos a buscarem outras possibilidades de resolução fora do
ambiente escolar, possibilitando a autoria digital pelos estudantes.
C) Para a socialização das reflexões realizadas nos pares, o professor pode solicitar que os alunos
respondam a uma prova objetiva sobre questões tratadas no decorrer da aula.
D) Para a socialização das reflexões realizadas nos pares, o professor pode solicitar que os alunos
escrevam em um papel suas primeiras impressões e o entreguem ao professor.
E) Para a socialização das reflexões realizadas nos pares, o professor pode solicitar que os alunos
utilizem qualquer material, digital ou não, que acharem apropriado para apresentar aos
colegas. Após as apresentações, o professor poderá realizar uma prova objetiva com os
principais conceitos.
Na prática
Em sala de aula, muitas ações educativas são propostas para diversificar a prática pedagógica. Em
muitos casos, os professores utilizam o trabalho em grupo como estratégia para engajar os alunos
no processo de ensino-aprendizagem. No entanto, muitos professores ainda têm dificuldade de
propor o trabalho em grupo e de mediar o processo.
A educação está buscando, cada vez mais, possibilidades de acompanhar as mudanças sociais e
culturais da atualidade. É nítida a necessidade de pensar e repensar as competências para o
enfrentamento de situações-problema, principalmente para a interação na coletividade. Assim, é
pertinente refletir sobre como trabalhar com grupos.
Veja uma situação que ocorre em todas as salas de aula, com públicos distintos. Você tem o desafio
de resolver a situação proposta e refletir sobre sua própria prática.
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Dinâmicas de grupo
A realização de dinâmicas de grupo desde a formação até o desenvolvimento do trabalho em grupo
é primordial para que seja possível construir competências coletivas. Confira no link abaixo a
realização de dinâmicas de grupo no Ensino Fundamental.
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Competências na EAD
As competências já fazem parte do contexto educacional brasileiro, inclusive na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC). Na educação a distância, muitos estudos também estão sendo
realizados sobre a temática, principalmente relacionados aos aspectos sociais e tecnológicos.
Confira no livro abaixo a apresentação de diferentes autores sobre os principais conceitos,
mapeamento e construção das competências na educação.