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Introdução ao

Gerenciamento de Projetos
(IGP)

aula 02 Componentes-chave do
Guia PMBOK®

Transcrição do vídeo
Apresentação

Caros alunos! Sejam bem-vindos à nossa segunda aula do nosso


módulo de Introdução ao Gerenciamento de Projetos. Iremos tratar hoje
dos componentes-chave do guia PMBOK.

Vimos, na aula passada, um dos nossos itens foi, exatamente, trazer


a vocês o que era o guia PMBOK. E agora nós vamos abri-lo, para que
possamos, com tranquilidade, acessarmos a informação que está den-
tro dele.

Então, esse é o nosso grande objetivo de hoje: entendermos a estru-


tura do PMBOK®, grupos de processos e áreas de conhecimento, que
é a estrutura típica com a qual ele é montado. Esse é o nosso conteúdo
que iremos tratar, e, principalmente, o conceito de áreas de conhecimen-
to e grupo de processos. E também vamos mostrar como um processo
gerencial é modelado dentro do PMBOK.

O conhecimento em gerenciamento de projetos é apresentado em


duas dimensões diferentes: uma dimensão estática, que é a dimensão
das áreas de conhecimento, que são as caixinhas, a gente pode ima-
ginar, em que conhecimentos da mesma natureza são colocados, por
exemplo, escopo, custo, cronograma, riscos; e uma outra dimensão é a
dimensão dos processos, que é a dimensão dinâmica. Um processo é
uma ação que leva o resultado.

Então, o conhecimento ele está dividido em: áreas de conhecimento


e em processos gerenciais. Então, quando eu tenho um processo ge-
rencial qualquer, vou dar um exemplo: criar cronograma, esse processo
está associado à área de conhecimento cronograma, e está associado
ao grupo de processos de planejamento.

Então, todo o processo de gerenciamento está associado a uma área


de conhecimento e a um grupo de processos. Cada processo espelha
uma boa prática de gerenciamento de projetos.

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2.1 Capítulos e conteúdo

O PMBOK é dividido em duas partes! A primeira parte que é o guia


PMBOK, propriamente dito, podemos dizer assim. E uma segunda parte,
que é um padrão de gerenciamento de projetos, o conteúdo tipicamente
é o mesmo. É que o guia PMBOK, ele é mais detalhado, mais profundo,
apresenta tendências, enquanto que o padrão é mais seco, mostra ape-
nas os grupos de processos e os processos. Mas a gente vai chegar lá,
com mais detalhes!

Então como a gente falou, cada área de conhecimento é descrita


dentro do guia PMBOK, com os seus processos, com tendências, com
considerações a respeito de ambiente, de histórico dentro da organi-
zação e descrição detalhada das ferramentas e técnicas usadas nos
processos de cada uma dessas áreas de conhecimento.

O padrão, como a gente falou antes, não entra em considerações de


detalhe, de ambiente, de componentes dos processos individualmente.
Então ele é apenas uma descrição de padrão de gerenciamento, não in-
troduz, nem traz, por exemplo, nuances ligadas à tecnologia ou a novas
tendências da nossa área.

Começando pelo nosso guia PMBOK, que é o guia PMBOK propria-


mente dito. Os três primeiros capítulos do PMBOK, são conceitos bási-
cos dele, que iremos uma boa parte ver durante o nosso curso.

Depois dos conceitos básicos, nós temos do capítulo 4 ao 13, as


áreas de conhecimento, que são dez áreas. Em cada um dos capítulos é
feita uma descrição da área de conhecimento e também uma descrição
de cada um dos seus processos, explicitando as suas entradas, saídas
e ferramentas.

Na parte 2 que é o padrão, nós vamos ter um conjunto de conceitos


chave, da mesma forma que temos na parte 1, e a descrição dos cinco
grupos de processos, sem aquele detalhamento que a gente já falou
anteriormente.

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2.2 Lista de áreas de conhecimento

Então, nessa parte iremos vê-las.

São 10: integração, escopo, cronograma, custos, qualidade, recur-


sos, comunicações, riscos, aquisições e partes interessadas. Vamos ver
o que cada uma delas significa!

Integração: É a área gerencial por excelência. A integração tem a ver


com coordenação da equipe, com integrar as pessoas à equipe, integrar
as pessoas ao trabalho, para que a equipe se comporte de forma har-
moniosa e com isso a gente consiga alcançar, os melhores resultados.

Escopo: tem a ver com o que iremos fazer e como iremos fazer, ou
seja, é a descrição do produto que vai ser realizado e como a equipe
abordará o trabalho para que esse resultado final, seja alcançado.

Cronograma: tem a ver com o quando. Quando cada atividade será


feita? Que dia começa? Que dia termina? Qual a sua duração em dias
úteis? Qual o esforço, em pessoas.hora ou pessoas.semana, que será
dedicado para aquela atividade?

Custos: quanto vai custar? Nós vamos usar recursos humanos e ma-
teriais, cada recurso tem um custo, portanto, essa área tem a ver com o
levantamento de custos do projeto.

Qualidade: que padrões nós teremos a seguir? Sejam eles padrões


internos de qualidade da nossa organização, sejam eles padrões de re-
gulamentação governamentais, que dependendo tipo de projeto, nossa
equipe terá de seguir.

Recursos: trata da alocação e da disponibilização de recursos, sejam


eles humanos ou materiais, para o nosso projeto. Para isso o gerente vai
ter que negociar com as áreas, que detêm as pessoas, a sua utilização,
a sua disponibilidade dentro do projeto.

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Comunicações: nós vamos ter pessoas importantes no nosso pro-
jeto, nós vamos ter organizações importantes no nosso projeto, muitas
vezes nosso projeto é dirigido ao público. Então, nós temos de definir,
como as informações do nosso projeto, serão passadas, para quem e
com que periodicidade. E, é claro, que tipo de informação será passado,
porque nem todo tipo de informação pode ser passado para todo mun-
do. Existem, é claro, privilégios de acesso em relações às informações
do projeto.

Riscos: todo o projeto incorre em riscos, então nós temos de iden-


tificá-los e tratá-los. Então, o que é o risco? São eventos que podem
dificultar ou facilitar o nosso caminho em direção ao resultado. Eventos
que nós não temos certeza de que irão ou não acontecer.

Aquisições: hoje as empresas não são mais verticais, muito pelo


contrário. Elas se concentram no seu negócio, tipicamente os projetos
precisam adquirir, serviços ou produtos do mundo externo. Então essa
área de conhecimento tem a ver com essa avaliação e com a conse-
quente compra de serviços ou produtos no mundo externo.

E por último, a última área de conhecimento que foi inserida no


PMBOK, que é a de Partes Interessadas: também chamadas de stake-
holders, por muitas pessoas da comunidade, que são aquelas pessoas
ou grupos de pessoas, que terão sua vida afetada pelo projeto ou pelo
resultado dele. E, portanto, nós teremos de criar estratégias de relacio-
namento para com elas.

2.3 Mapa de grupo de processos

Essa é uma visão de informação, de passagem de informação. Nós


temos cinco grupos de processo: iniciação, planejamento, execução,
monitoramento e controle e encerramento. Esses grupos de processos
têm, processos internos a eles, que são aqueles processos, que per-
tence às áreas de conhecimento, como a gente já tinha falado, então

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essa aqui é uma visão de troca de informação, observem que execução
troca informação com o controle, para que a execução seja direcionada:
aumentar a velocidade, diminuir a velocidade, mudar a ênfase, e assim
por diante e também com o planejamento, no sentido de que muitas
vezes a gente dentro do projeto, seja por uma mudança, seja por algum
percalço, é obrigado a replanejar o projeto.

O que é mostrado nesse loop, mais longo e por final aqui encerra-
mento, o grupo de processo de encerramento. Então temos: iniciação,
planejamento, execução, monitoramento, controle e encerramento.

Iniciação: é a criação do projeto, é a oficialização do projeto.


Planejamento: é a definição de alternativas a escolha de uma delas e
o detalhamento de como iremos realizar. Execução, do ponto de vista
gerencial: é a realização do projeto, desde o início, desde o seu planeja-
mento até o seu término. Controle: compararmos planejado com reali-
zado, para que possamos agir se necessário, seja corretivamente, seja
preventivamente. E por fim, encerramento: que é dar um final ordenado
ao projeto, o que significa que fechar documentação e fechar os contra-
tos, seja com o nosso cliente, se o nosso projeto é um projeto vendido,
para um terceiro, seja com os nossos fornecedores, que através da área
de conhecimento de aquisições, através das aquisições, nós trouxemos
para dentro do bojo do nosso projeto.

Aqui é uma outra visão daquele esquema de processos, que a gen-


te mostrou. Aqui é uma visão em que mostra uma inter-relação deles
do ponto de vista cronológico. Começamos pelo processo de iniciação,
como aqui está mostrado. E aí tanto planejamento, quanto execução e
controle, os processos ocorrem de forma concomitante, porque não é o
fato de estarmos planejando, que não significa que temos de controlar
o planejamento.

Imagine um projeto longo como de um aeroporto ou de uma estra-


da, o planejamento vai durar muitas vezes, anos, então, ou meses, é
claro que o planejamento também tem de ser controlado e a execução

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envolve também replanejamentos, o que está tornado claro aqui por
esse loop.

E ao final o encerramento, observem que durante todo o tempo, esta-


mos controlando e monitorando o nosso projeto. Encerramento, como
já falamos, tem a ver com fechamento de documentação e encerramen-
to de contratos, por isso que ele sai aqui, desse loop e vai na direção do
término do projeto.

Agora vamos dar uma olhada em processos versus áreas de


conhecimento.

Aqui é uma visão que temos do PMBOK, que vocês têm acesso, por-
tanto poderão ver de forma mais detalhada. Dos processos e das áreas
de conhecimento aqui, inclusive nesse nosso módulo, iremos estudar a
área de conhecimento de integração, que é o capítulo 4 do PMBOK, en-
tão aqui nós vemos os grupos de processos, os processos associados
às suas áreas.

Aquilo que a gente falou daquela vez anterior, que cada processo
está associado a um grupo de processos e a uma área de conhecimen-
to. Aqui nós temos integração, escopo e tempo. Lembram-se de um
processo que eu falei, criar ou desenvolver o cronograma? Ele está exa-
tamente aqui, ele é um processo associado ao grupo de processos de
planejamento e à área de gerenciamento de tempo.

Custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, mais as áreas


de conhecimento, com os seus processos e finalizando, gerenciamen-
to de riscos, gerenciamento de aquisições e gerenciamento das partes
interessadas.

Acredito que vocês tenham percebido, que o grupo de processos


de planejamento é aquele que tem mais processos. Então vou dar
uma resumida para vocês. O PMBOK, apresenta 49 processos geren-
ciais, desses 49, 24 são de planejamento, ou seja, a ênfase clara é em
planejamento.

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Um projeto tem início, meio e fim, ou seja, ele tem uma vida e essa
vida tem um ciclo. Início do projeto, meio e fim. Geralmente, principal-
mente para projetos longos, a gente divide esse ciclo em fases, em que
cada fase apresenta um resultado diferente. Processos diferentes e re-
sultados diferentes, como a gente pode ver, nesse nosso próximo slide.

Vamos pensar em um ciclo genérico, de por exemplo: uma planta


industrial. Concepção, onde a planta é idealizada. Planejamento, onde
todo o detalhamento do projeto é realizado. A execução, a fase de exe-
cução em que é criada a planta industrial. Testes e o comissionamen-
to, onde ao término do comissionamento, a planta industrial começa a
operar.

É só a gente lembrar uma analogia conosco, nós temos também um


ciclo de vida e temos fases: infância, adolescência, vida adulta, velhi-
ce ou senectude, para sermos politicamente corretos, e fim de projeto
para todos nós. Isso é da nossa vida, observem que para nós também,
em cada uma das fases, nós nos comportamos diferentes e, portanto,
temos circunstâncias e resultados diferentes, do mesmo jeito que nas
fases de um projeto.

Um lembrete muito importante! Porque nós vamos encontrar em


muitas bibliografias, em muita literatura, fase de execução, processo,
grupo de processos de execução. Embora tenha o mesmo nome, não
são a mesma coisa. Uma fase, é um lapso de tempo, tipicamente um
lapso longo de tempo, você não vai ter um projeto com uma fase de três
dias, não tem muito sentido.

Agora um processo é uma ação que leva ao resultado, ele pode ser
muito rápido, muito curto, então é importante que a gente tenha essa di-
ferença em mente. Podem até ter o mesmo nome, por exemplo: fase de
planejamento, processo de planejamento, mas não são a mesma coisa.
É claro que durante a fase de planejamento, os processos gerenciais
de planejamento, serão aqueles processos que mais serão executados.

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Mas por exemplo durante a execução, se o cliente pede uma mudan-
ça, alguma coisa nova a ser feita, nós vamos ter que planejar. Portanto,
vamos ter que exercitar os processos de planejamento, embora do
ponto de vista de tempo, estejamos em uma fase de execução. Essa
diferença tem que ficar bastante clara, para que a gente depois não se
confunda.

2.4 Estrutura dos processos (entradas, ferramentas &


técnicas e saídas)

Agora, vamos ver a estrutura dos processos citados no PMBOK®.


Todo o processo descrito no PMBOK®, na verdade não é no PMBOK®,
é uma descrição usual de processos. Como tendo, entradas, saídas e
ferramentas e técnicas, ou seja, pense no processo como uma função
de transformação, ou seja, ele processa, transforma as entradas em sa-
ídas, através do uso de ferramentas e técnicas.

Então, todo o processo vai ter entradas, ferramentas e técnicas e sa-


ídas. Aqui, por favor, um esclarecimento é a saída A do projeto, a saída
B do projeto, não é que é do projeto A ou do projeto B, estamos tratando
de um único projeto apenas. Então é a saída A do projeto, a saída B, a
saída C, relativas ao processo que está sendo investigado ou que está
em estudo. Ok? É importante essa definição, para que tenhamos claro a
visão do significado aqui das saídas.

Resumindo o que vimos: o guia PMBOK® é composto de duas par-


tes: a parte 1, o guia PMBOK®, propriamente dito e a parte 2, o padrão
de gerenciamento de projetos.

Com isso, fechamos nossa segunda aula. Agradeço a atenção de


todos e em breve estaremos novamente com vocês, para a nossa ter-
ceira aula!

Muito obrigado!

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