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TEORIA E HISTÓRIA IV

Introdução
Profª. Ms. Jacqueline Holanda Tomaz de Oliveira
INTRODUÇÃO HISTÓRICA
• 22 de abril de 1500 – Monte Pascoal – Bahia
23 – Missa na ilhota Coroa Vermelha
27 – Missa em terra – Porto Seguro - Pero Vaz de Caminha

“Em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nela tudo;
por causa das águas que tem!”

• Em seguida Pedro Álvares Cabral continua a viagem para as


Índias

• 1501 a 1502 – 1ª expedição exploradora – Gaspar de Lemos

Florentino Américo Vespúcio (1499 e 1502) – geografia da costa


– pau-brasil

• 1503 – 2ª expedição – feitorias – Cabo Frio – Tomas Morus


(Utopia)
• Franceses – 1516 a 1528 – expedições guarda-costas
Desembarque de Cabral em Porto Seguro
Oscar Pereira da Silva - 1904
Porto Seguro - Mapa de João Teixeira Albernaz -1626
Mapa de Martin Waldseenmüller, cartógrafo alemão – 1507
Conhecia publicações de Américo Vespúcio do início do século XVI
• Período pré-colonial (1500-1530) – Brasil esquecido?
– Comércio das especiarias orientais
– Ausência de riquezas minerais no litoral do Brasil
– Disputas: ingleses, franceses e holandeses

• 1532 – D. João III – Martim Afonso de Sousa – Período Colonial


– Crise nas especiarias

• 1534 – Capitanias
• Primeiras vilas: São Vicente e Santo André

“repartiu a gente e fez nelas oficiais e pôs tudo em boa obra de


justiça, de que a gente toda tomou muita consolação, como
verem povoar vilas, e ter leis e sacrifícios, e celebrar
matrimônio e viverem em comunicação das artes, e ser cada
um senhor do seu e vestir as injúrias particulares, e ter todolos
outros bens da vida segura e conversável”

• Primeiras sesmarias: Antônio Rodrigues e João Ramalho


São Vicente - Mapa de João Teixeira Albernaz -1631
OS HABITANTES DA TERRA
• Dominantes no litoral – Grupo Tupi – negociando ou lutando

“Nos limites de suas possibilidades foram inimigos duros e


terríveis, que lutaram ardorosamente por suas terras, pela
segurança e pela liberdade, que lhes eram arrebatadas
conjuntamente. (...) O desfecho do processo foi-lhes adverso.”
Florestam Fernandes

• Escravizados, mortos, empurrados para o sertão, deixando o


litoral ou aculturados.

COMO VIVIAM

• Organizados em tribos, caçadores, coletores – nômades


esporádicos – recomposição das florestas

• O colonizador inicia o processo de derrubada das matas para a


construção de vilas, cidades, roças e pastagens - civilização
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

• Tribos: agrupamentos dividindo mesmos costumes e tradições.

• Tabas: conjuntos geralmente de 4 a 10 ocas.

• Ocas e malocas (de maior porte): habitações.

- Estruturas de madeira entrelaçada, cobertas de palha

- Geralmente largura constante – suficiente para o uso da rede

- Variação no comprimento – correspondendo a uma planta


redonda (interior do continente – Kerutu, Botocudos, Bororo,
Xavantes) ou retangular (litoral) – dependendo do costume da
tribo ou do número de moradores.

- Tabas com espaço central para cerimônias, reuniões de


conselho etc. Cercadas com paliçada de madeira.

- Na maioria das tribos do litoral – 50 a 200 indivíduos – famílias


alojadas em áreas subdivididas internamente nas malocas.
• Desenhos de André Thevet (1530), Hans Staden (1557), Jean de
Léry (1580), Theodore de Bry (1599), Alexandre Rodrigues
Ferreira (1780), entre outros.
• Divisões de trabalho, cerimônias e hábitos, também por meio
de relatos: Padre Fernão Cardim, Pero de Magalhães Gândavo,
Padre Anchieta, entre outros.
Theodore de Bry

Frei André Thevet


Hans Staden

Ulrich Schmidl
oca
ALDEAMENTO E ACULTURAÇÃO: CASO DO CEARÁ

• 1617 - Primeira tentativa de aldeamento


– Jesuítas na Ibiapaba – Apenas 1 ano.

• 1654 - Expulsão dos holandeses – Pernambuco;


– Indígenas aliados fogem para Ibiapaba.

• 1656 - Segunda tentativa de aldeamento na Ibiapaba;


• 1660 - Pe. Antônio Vieira – Acordo 3 chefes tabajaras
- Em uma só povoação. Confissão e obediência à Igreja.
- Batismo, catequese aos filhos e casamento.
• 1662 – retirada dos padres para o Maranhão.
- Desavenças com colonizadores luso-maranhenses
- Expulsão do Colégio do Maranhão (1627 – 1662)
• 1696 - Início da expansão da pecuária
– Aldear – Jaguaribaras (forte) e Paiacus – (Jaguaribe)
– Aliança Igreja/Estado - Subordinação à lógica mercantil.
• 1758 - Aldeias indígenas – Vilas
– Tribo – Aldeia – Vila
– Parangaba, Messejana, Caucaia, Baturité, Pacajus e Crato
– 1759 - Expulsão dos jesuítas – Vila Viçosa
– Diretório pombalino – Controle da força de trabalho.
– Administração dos povos indígenas – órbita laica
– Reforço da Ordem Régia de 1700 – Nativos igualados aos
demais moradores – Liberdade
Etnocídio
• Roubo de gado – Rendição dos insubmissos;
• Perda dos idiomas originais – nomes portugueses
“Mathias Monteiro e Domingos Dias, Francisco de Souza e
Mathias Tavares, Álvaro da Costa, todos índios naturais da
aldeia nova...”
• Pajé e missionário – Incompatíveis – Pajé ou terra
“...a presença do missionário tornava-se incompatível com a do
Pajé. E mais, o missionário passou a ser uma espécie de
passaporte para garantir o acesso à terra. ”
• Processo de convencimento – Religião

- Missionário assume o papel de cura;

“Treinamento para o trabalho


regular e disciplinado”

- Escolas e agricultura – Batismo, civilização

- Direito constitucional (1988)


Tapebas, tremembés, jenipapo canindé;

- Luta por terra continua.


TAIPA DE SOPAPO
OU DE MÃO
PAU A PIQUE

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