- O caput e o §1º do art. 37 da CF impedem que haja qualquer tipo de identificação entre a
publicidade e os titulares dos cargos alcançando os partidos políticos a que pertençam. O rigor
do dispositivo constitucional que assegura o princípio da impessoalidade vincula a publicidade
ao caráter educativo, informativo ou de orientação social é incompatível com a menção de
nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que caracterizem promoção pessoal ou de
servidores públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com o partido
político a que pertença o titular do cargo público mancha o princípio da impessoalidade e
desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do comando posto
pelo constituinte de oitenta. (RE 191.668, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-4-2008,
Primeira Turma, DJE de 30-5-2008.)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
LEI 9.784/99:
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
VI – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
10. Decorre do princípio de autotutela o poder da administração pública de rever os seus atos
ilegais, independentemente de provocação.
12. O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote
critérios necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando
desperdícios e garantindo a maior rentabilidade social.
14. Sérgio foi reprovado em concurso público, mas, por força de decisão liminar obteve sua
nomeação e tomou posse no cargo pretendido. Seis anos depois, a medida foi revogada por
decisão judicial definitiva e Sérgio foi exonerado pela administração. Nessa situação, ao
exonerar Sérgio a administração violou o princípio da proteção da confiança legítima.
- ERRADO.
- Se o candidato tomou posse por força de decisão judicial precária e esta, posteriormente, é
revogada, ele perderá o cargo, mesmo que já o esteja ocupando há muitos anos. Não se aplica,
ao caso, a teoria do fato consumado. A situação será diferente se ele se aposentou antes do
processo chegar ao fim. Imagine que o candidato tomou posse no cargo por força de decisão
judicial precária. Passaram-se vários anos e ele, após cumprir todos os requisitos, aposentou
neste cargo por tempo de contribuição. Após a aposentadoria, a decisão que o amparou foi
reformada. Neste caso, não haverá a cassação de sua aposentadoria. Nas palavras do STJ:
quando o exercício do cargo foi amparado por decisões judiciais precárias e o servidor se
aposentou, antes do julgamento final de mandado de segurança, por tempo de contribuição
durante esse exercício e após legítima contribuição ao sistema, a denegação posterior da
segurança que inicialmente permitira ao servidor prosseguir no certame não pode ocasionar a
cassação da aposentadoria.
15. Para os autores que defendem o princípio da subsidiariedade, a atividade pública tem
primazia sobre a iniciativa privada, devendo o ente particular se abster de exercer atividades
que o Estado tenha condições de exercer por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos.
- ERRADO.
- O Princípio da Subsidiariedade é considerado um princípio implícito da ordem econômica
(artigo 170 da Constituição), o Princípio da Subsidiariedade determina que cabe ao Poder
Público, enquanto agente regulador, atuar na ordem econômica apenas de forma subsidiária
à iniciativa privada. Assim, a intervenção somente será cabível em casos expressamente
previstos na Constituição.
16. Jorge, servidor público federal ocupante de cargo de determinada carreira, foi, por meio
administrativo, transferido para cargo de carreira diversa. A forma de provimento do cargo
público na referida situação — transferência para cargo de carreira diversa — foi
inconstitucional, por violar o princípio do concurso público; cabe à administração pública, no
exercício do poder de autotutela, anular o ato ilegal, respeitado o direito ao contraditório e à
ampla defesa.
17. O prazo decadencial para tornar sem efeito ato de aposentadoria serve para garantir o
princípio da segurança jurídica.
- O passar do tempo sem a adoção de medidas tendentes a anular o ato viciado aumenta a
confiança nutrida pelo particular no sentido de que a administração agiu em consonância com
o direito [presunção de legalidade dos atos administrativos]. Sendo assim, seria manifestamente
desrespeitoso à segurança jurídica e à proteção à confiança, que o Poder Público mantivesse por
tempo indeterminado a prerrogativa de, fundado no poder de autotutela, anular ato
considerado viciado que tenha repercutido positivamente sobre o patrimônio jurídico do
administrado.
- De maneira tecnicamente correta, o legislador apontou a natureza do prazo extintivo como
decadencial, tendo em vista estabelecer limite temporal para o exercício de um direito
potestativo da administração (o de anular ato administrativo).
- Foi esse o raciocínio que presidiu a elaboração da regra constante do art. 54 da Lei do Processo
Administrativo Federal (Lei 9.784/1999), cuja redação é a seguir transcrita:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.
18. Uma aluna de um colégio estadual, maior de dezoito anos de idade, foi flagrada depredando
o mobiliário da escola. Em razão disso, o diretor do colégio aplicou a ela uma penalidade de
suspensão por três dias, na forma do regimento da instituição. Atos como o do diretor do
colégio, por consistirem na aplicação de penalidade administrativa simples, dispensam o
cumprimento do devido processo legal.
- ERRADO.
- A aplicação de penalidades administrativas, ainda que simples, devem sempre observar o
devido processo legal.
19. Fundamentada no poder de autotutela, desde que não esteja configurada a decadência do
direito, poderá a administração anular atos sob o argumento de estes terem sido praticados
com base em interpretação errônea verificada posteriormente.
- ERRADA.
LEI 9.784/1999
Art.2º: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
20. Em razão do princípio do interesse público, não é possível que o poder público atenda aos
interesses privados não estatais.
- ERRADO.
- Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ressalta a importância de se observar tal princípio no momento
tanto de elaboração da lei quanto de sua execução pela Administração Pública. Para Di Pietro,
todas as normas de direito público têm a função específica de resguardar interesses públicos,
mesmo que reflexamente protejam direitos individuais. Firme na premissa de que a Constituição
da República de 1988 está em sintonia com as conquistas do Estado Social, Di Pietro entende
que a defesa do interesse público corresponde ao próprio fim estatal. Por tal razão, o
ordenamento constitucional contemplaria inúmeras hipóteses em que os direitos individuais
cedem diante do interesse público.
- Caso o interesse privado coincida com o interesse público haverá proteção daquele por este,
posto que não são antagônicos, sempre prevalecerá o interesse público, mas isso não quer dizer
que ele é incompatível com o privado.
22. Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer
constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela
autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da impessoalidade.
24. A legalidade de qualquer ato administrativo pode ser submetida à apreciação judicial.
25. Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que beneficiaram,
diretamente, amigos seus. A competência para a edição do referido ato normativo seria de
Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se sentiram prejudicados com o
resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da publicação
do resultado. Nessa situação hipotética, ao editar a referida portaria, Mauro violou os princípios
da legalidade e da impessoalidade.
DL 200/67:
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios
fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.
Art. 13. O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis
e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas
que governam a atividade específica do órgão controlado;
b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que
regulam o exercício das atividades auxiliares;
c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos
próprios do sistema de contabilidade e auditoria.
28. Os princípios que regem a administração pública federal brasileira estão estabelecidos no
Título I – Dos Princípios Fundamentais, da Constituição Federal de 1988.
- ERRADO.
- Não confundam os mnemônicos! Os princípios que regem a administração pública federal
brasileira é o LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência).
- Nada têm a ver com os Princípios Fundamentais do Título I, que é o SOCIDIVAPLU (SOberania,
CIdadania, DIgnidade da pessoa humana, VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa e
PLUralismo político).
29. Entre esses princípios (princípios fundamentais que regem a administração pública
brasileira) inclui-se aquele que autoriza que o administrador público federal, em determinadas
situações, delegue competência para a prática de atos administrativos.
DL 200/67:
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios
fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.
30. O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever
de eficiência.
- ERRADO.
- O dever do administrador público de agir de forma célere e econômica se refere ao seu dever
de eficiência.
- O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever
de moralidade.
33. O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos.
- A publicidade tem como uma de suas exigências a transparência da atuação administrativa.
Essa acepção, derivada do princípio da indisponibilidade do interesse público, diz respeito à
exigência de que seja possibilitado, de forma mais ampla possível, o controle da administração
pública pelos administrados. Importante garantia individual apta a assegurar a exigência de
transparência da administração pública é o direito de petição aos poderes públicos; o mesmo se
pode dizer do direito à obtenção de certidões em repartições públicas.
34. O princípio da precaução impõe à administração, diante de situações e ações que envolvam
risco, a adoção de medidas preventivas contra a ocorrência de dano para a coletividade.
- Segundo ensina José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo, 30ª ed.
2016), esse postulado teve origem no âmbito do direito ambiental, efetivamente foro próprio
para seu estudo e aprofundamento. Significa que, em caso de risco de danos graves e
degradação ambientais, medidas preventivas devem ser adotadas de imediato, ainda que não
haja certeza científica absoluta, fator este que não pode justificar eventual procrastinação das
providências protetivas. Autorizada doutrina, a propósito, já deixou consignado que, existindo
dúvida sobre a possibilidade de dano, “a solução deve ser favorável ao ambiente e não ao lucro
imediato.
- De acordo com o autor atualmente, o axioma tem sido invocado também para a tutela do
interesse público, em ordem a considerar que, se determinada ação acarreta risco para a
coletividade, deve a Administração adotar a postura de precaução para evitar que eventuais
danos acabem por concretizar-se. Semelhante cautela é de todo conveniente na medida em que
se sabe que alguns tipos de dano, por sua gravidade e extensão, são irreversíveis ou, no mínimo,
de dificílima reparação.
- De início, temos que ter em mente que a eficiência é uma relação entre custos e benefícios, ou
seja, uma relação entre os recursos aplicados e o produto final obtido: é a razão entre o esforço
e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante.
- A administração não deve permanecer em rotinas de procedimento. A administração deve, por
exemplo, utilizar a tecnologia (que está sempre em evolução) para garantir a eficiência do
serviço público. Ou seja, a relação de custo-benefício deve estar associada a uma gestão
dinâmica e atualizada. Logo, sempre vai impactar rotinas e procedimentos internos.
Art. 37, §1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.
- Assim, o princípio da moralidade será transgredido quando houver violação a uma norma de
moral social que traga consigo menosprezo a um bem juridicamente valorado, de tal forma que
deverá o agente público cumprir a legalidade atendendo a uma expectativa ética da sociedade
(MELLO, 2010, p. 120).
ii. Os atos vinculados, porque nesses o administrador não tem liberdade de atuação;
- Ex.: Se o indivíduo preenche todos os requisitos exigidos para o exercício de determinada
profissão regulamentada em lei, e consegue a licença do Poder Público para o seu exercício, essa
licença não pode ser revogada pela Administração.
iii. Os atos que geram direitos adquiridos, gravados como garantia constitucional (CF, art. 5º,
XXXVI);
- Ex.: O ato de concessão da aposentadoria ao servidor, depois de ter este preenchido os
requisitos exigidos para a sua fruição.
iv. Os atos que integram um procedimento, pois a cada novo ato ocorre a preclusão com
relação ao ato anterior;
- Ex.: No procedimento de licitação, o ato de adjudicação do objeto ao vencedor não pode ser
revogado quando já celebrado o respectivo contrato.
Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.
DECRETO 1.171:
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não
terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e §4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade
do ato administrativo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
49. Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos
administrativos.
50. Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa que contrariar, além da lei,
a moral, os bons costumes, a honestidade ou os deveres de boa administração.
- ERRADO.
- Na verdade o princípio mencionado na questão trata do princípio da MORALIDADE.
- O princípio da moralidade está relacionado com a exigência de atuação do agente público de
acordo com a moral, ética, honestidade e boa-fé. Além de a atuação administrativa ter de
obedecer aos ditames legais, deve-se levar em consideração o fato de que a atuação
administrativa deve obedecer aos princípios da justiça e da honestidade.
- Portanto, pelo fato de moralidade ser um preceito ético subjetivo e desejado pela sociedade,
a atuação da administração deve ir além do que está estipulado pela lei, deve ser mais exigente
do que o simples cumprimento do que está estipulado legalmente, deve separar o justo do
injusto, o lícito do ilícito, o conveniente do inconveniente. Pode ser considerado como sendo
um dever da administração e um direito público subjetivo.
52. O agente público só poderá agir quando houver lei que autorize a prática de determinado
ato.
- Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que
estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver
proibição legal.
- Para o Particular: Pode fazer tudo que não é proibido (autonomia da vontade);
- Para o Agente Público: Só pode fazer o que a lei permite (subordinação legislativa).
53. Os atos administrativos se aperfeiçoam pela publicidade, sendo possível, em alguns casos,
que sejam praticados sob sigilo.
DECRETO 1171:
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado
e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso,
nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a
quem a negar.
LEI 9.784:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.
56. A pretexto de atuar eficientemente, é possível que a administração pratique atos não
previstos na legislação.
- ERRADO.
- O princípio da Legalidade, fundamento constitucional e doutrinário, é um dos principais
fundamentos da Administração Pública. Ao passo que o particular pode fazer que não lhe é
vedado em lei, a Administração Pública só age dentro dos limites que a Lei assim determina.
Notem que mesmo agindo com discricionariedade, que é faculdade de decidir por aquilo que é
conveniente e oportuno, a Administração Pública não tem liberdade absoluta e deve agir de
maneira adstrita às determinações, imposições e limites firmados pela lei.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de LEGALIDADE, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
Art. 5º, II. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da
lei.
58. De acordo com o princípio da moralidade, os agentes públicos devem atuar de forma neutra,
sendo proibida a atuação pautada pela promoção pessoal.
- ERRADO.
- De acordo com o princípio da impessoalidade, os agentes públicos devem atuar de forma
neutra, sendo proibida a atuação pautada pela promoção pessoal.
59. Apesar de o princípio da moralidade exigir que os atos da administração pública sejam de
ampla divulgação, veda-se a publicidade de atos que violem a vida privada do cidadão.
- ERRADO.
- O princípio da publicidade, previsto no art. 37, caput, da CF, determina que a Administração
Pública tem a obrigação de dar ampla divulgação dos atos que pratica, salvo a hipótese de sigilo
necessário. A exceção à publicidade está no art. 5.º, XXXIII, da CF, o qual estabelece que são
sigilosos os casos que possam ameaçar a segurança da sociedade ou do Estado (atente-se para
o prazo máximo de 35 anos de sigilo, prorrogável uma vez pelo mesmo prazo, estabelecido pela
Lei 12.527/2011, em vigor a partir de 18.05.2012). E, de acordo com o Art. 5º, LX, da CF, a lei só
poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou do
interesse social o exigirem.
- O princípio da moralidade, explícito na CF, caracteriza-se por exigir do administrador público
um comportamento ético de conduta, ligando-se aos conceitos de probidade, honestidade,
lealdade, decoro e boa-fé. A moralidade se extrai do senso geral da coletividade representada e
não se confunde com a moralidade íntima do administrador (moral comum) e sim com a
profissional (ética profissional).
61. O servidor responsável pela segurança da portaria de um órgão público desentendeu-se com
a autoridade superior desse órgão. Para se vingar do servidor, a autoridade determinou que, a
partir daquele dia, ele anotasse os dados completos de todas as pessoas que entrassem e
saíssem do imóvel. O ato praticado pela autoridade superior, como todos os atos da
administração pública, está submetido ao princípio da moralidade, entretanto, considerações
de cunho ético não são suficientes para invalidar ato que tenha sido praticado de acordo com o
princípio da legalidade.
- ERRADO.
- A moralidade administrativa difere da moral comum pois ela tem um critério mais objetivo,
tendo em vista que não está no campo da análise da oportunidade e conveniência do
administrador, assim nesse contexto a jurisprudência considera válida, em certas situações, a
interferência do poder Judiciário para anular atos, que embora aparentemente em
conformidade com a lei, lesa a ética e o interesse coletivo. Ou seja, quando o administrador se
vale da lei para prejudicar o administrado, ferindo o princípio da moralidade, assim mediante o
judiciário pode se buscar a invalidade do ato.
62. Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao
que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver
proibição legal.
66. O princípio da publicidade está relacionado à exigência de ampla divulgação dos atos
administrativos e de transparência da administração pública, condições asseguradas, sem
exceção, ao cidadão.
- ERRADO.
Art. 5º, XXXIII: todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.
67. Atualmente, no âmbito federal, todo ato administrativo restritivo de direitos deve ser
expressamente motivado.
9784:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
I - Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - Decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - Decidam recursos administrativos;
VI - Decorram de reexame de ofício;
VII - Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - Importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
69. O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é um dos pilares
do regime jurídico administrativo e autoriza a administração pública a impor, mesmo sem
previsão no ordenamento jurídico, restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito
com os interesses de toda a coletividade.
- ERRADO.
- O trecho “mesmo sem previsão no ordenamento jurídico” tornou o item incorreto, pois viola
o princípio da Legalidade, segundo o qual a Administração Pública só pode atuar nos limites da
lei, quando esta determina (caráter vinculado) ou autoriza o ato (caráter discricionário).
71. Suponha que um servidor público fiscal de obras do DF, no intuito de prejudicar o governo,
tenha determinado o embargo de uma obra de canalização de águas pluviais, sem que houvesse
nenhuma irregularidade. Em razão da paralisação, houve atraso na conclusão da obra, o que
causou muitos prejuízos à população. O ato de embargo da obra atenta contra os princípios da
legalidade, da impessoalidade e da moralidade.
- Legalidade: infringiu no trecho "sem que houvesse nenhuma irregularidade".
- Impessoalidade: infringiu no trecho: "no intuito de prejudicar o governo".
- Moralidade: diante do contexto apresentado, o agente público não obedeceu à moralidade
administrativa, agindo de maneira desonesta e que feriu o interesse público. Indiretamente,
essa parte do trecho é determinante para julgar também a assertiva: "causou muitos prejuízos
à população".
73. O art. 37, caput, da Constituição Federal indica expressamente à administração pública
direta e indireta princípios a serem seguidos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, entre outros princípios não elencados no referido artigo.
74. O princípio da publicidade como valor republicano, assimilado de forma crescente pela vida
e pela cultura política, conforma o direito brasileiro a imperativo constitucional de natureza
absoluta, contra o qual não há exceção.
- ERRADO.
Artigo 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.
76. O princípio da legalidade implica dispor o administrador público no exercício de seu munus
de espaço decisório de estrita circunscrição permissiva da lei em vigor, conforme ocorre com
agentes particulares e árbitros comerciais.
- ERRADO.
- Hely Lopes Meirelles: Na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza,
enquanto na Administração privada é possível é possível fazer o que a lei não proíbe.
78. Postulados de natureza ética, como o princípio da boa-fé, não se aplicam às relações
estabelecidas pela administração.
- ERRADO.
- O princípio da Moralidade é gênero e possui como espécies os princípio da Lealdade e
princípio da Boa-fé; Segundo os quais a Administração Pública deve proceder em relação aos
administrados de forma sincera, sendo-lhe vedado qualquer comportamento que dificulta o
exercício de direitos por parte dos cidadãos.
- O princípio da Moralidade não é de observância obrigatória apenas para os agentes públicos,
mas também para os particulares que se relacionam com a administração pública. Devem
manter uma postura ética: atuar em harmonia com a moral, com os bons costumes e com a
ideia comum de honestidade.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
85. Dado o princípio da legalidade, os agentes públicos devem, além de observar os preceitos
contidos nas leis em sentido estrito, atuar em conformidade com outros instrumentos
normativos existentes no ordenamento jurídico nacional.
88. Ainda que as sociedades de economia mista sejam pessoas jurídicas de direito privado com
capital composto por capital público e privado, a elas aplicam-se os princípios explícitos da
administração pública.
89. Em face do princípio da isonomia, que rege toda a administração pública, o regime jurídico
administrativo não pode prever prerrogativas que o diferenciem do regime previsto para o
direito privado.
- ERRADO.
- Justificativa da banca: O regime jurídico administrativo resume-se a prerrogativas e sujeições.
É uma particularidade do direito administrativo o fato de que suas normas se caracterizam pelas
prerrogativas sem equivalentes nas relações privadas. Assim, a administração pública possui
prerrogativas e privilégios.
90. O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete ao
princípio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão.
- ERRADO.
- O erro está basicamente em afirmar que o DPF não se submete ao princípio da publicidade,
quando na verdade se submete. A regra é que o princípio da publicidade seja aplicado, pois todo
cidadão deve saber o que se passa na Administração Pública. Ocorre que, em determinadas
situações, tal princípio não se aplica por estarem envolvidos interesses que possam por em risco
algo maior. Logo, como ex., mencione-se as informações cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado (art. 5.º, XXXIII, CF), uma vez que em tal circunstância a
publicidade das informações é restringida em face da própria segurança da sociedade ou do
Estado.
CF 88:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
93. Suponha que o governador de determinado estado tenha atribuído o nome de Nelson
Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola pública estadual construída com recursos
financeiros repassados mediante convênio com a União. Nesse caso, há violação do princípio da
impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à publicidade de obras com
nomes de autoridades públicas.
- ERRADO.
94. Se uma pessoa tomar posse em cargo público em razão de aprovação em concurso público
e, por ser filiado a um partido político, sofrer perseguição pessoal por parte de seu superior
hierárquico, poderá representar contra seu chefe por ofensa direta ao princípio da
impessoalidade.
- O princípio da impessoalidade, estampado no art. 37, caput, da CF/88, de fato, apresenta,
dentre seus diferentes aspectos, o de vedar tratamentos discriminatórios, ou que visem a
beneficiar ou a prejudicar determinadas pessoas, em detrimento do interesse público, que deve
sempre pautar a ação dos agentes do Estado. Ao se iniciar perseguição a um servidor público,
em razão de condição estritamente pessoal – no caso, ser o servidor filiado a um dado partido
político – o superior hierárquico está, sim, malferindo diretamente o princípio da
impessoalidade, o que renderia ensejo, também, a uma representação contra tal superior.
Citando como exemplo nosso estatuto federal, cobrado em diversos concursos públicos, a
representação poderia ser feita com apoio no art. 116, incisos VI e XII, da Lei 8.112/90.
95. A contratação direta de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, contrária à moralidade, impessoalidade e eficiência administrativas, já era vedada,
na esfera do Poder Judiciário, mesmo antes da edição da Súmula Vinculante n.º 13, que
determina ser uma violação à CF a prática de nepotismo em qualquer dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
- Antes da Súmula Vinculante nº 13 do STF o Conselho Nacional de Justiça - CNJ já havia proibido
a prática do nepotismo através da Resolução nº 07 no âmbito do Poder Judiciário.
96. Considere que um servidor estável, tendo desrespeitado, na presença dos seus colegas de
serviço, uma ordem direta, pessoal e legítima de seu superior hierárquico, abandone o cargo.
Mesmo diante da gravidade da infração e da notoriedade da conduta, a exoneração do servidor,
de ofício, por abandono de cargo viola os princípios da legalidade e da ampla defesa, conforme
entendimento do STJ.
- O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou ser necessário o devido processo administrativo
disciplinar para demissão de servidor que abandona o cargo, vejamos: “PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. LITIS-PENDÊNCIA NÃO CARACTERIZADA.
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. ABANDONO DE CARGO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA.
EXONERAÇÃO DE OFÍCIO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. AUSÊNCIA DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA AMPLA
DEFESA”. http://www.tce.ms.gov.br/portal/admin/uploads/11728_2010.PDF
Decreto 1.171/94:
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado
e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso,
nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a
quem a negar.
101. Segundo o princípio da reserva legal, todas as pessoas, órgãos e entidades sujeitam-se às
diversas espécies legislativas descritas na CF.
- ERRADO.
- Na verdade, o princípio da reserva legal é aquele segundo o qual determinadas matérias,
previstas na Constituição, somente podem ser tratadas, ou seja, regulamentadas, por meio de
lei formal, excluindo-se, pois, qualquer outra espécie normativa produzida em conformidade
com o devido processo legislativo.
- Assim sendo, a afirmativa ora julgada, na realidade, ao se referir a “diversas espécies
legislativas descritas na CF", encontra-se bem mais afinada com o princípio da legalidade, que
não se confunde com o princípio da reserva legal, justamente porque aquele primeiro
(legalidade) não exige tratamento somente por lei em sentido formal.
102. O princípio da autotutela impõe à administração pública o dever de anular seus atos por
ilegalidade ou, presentes os requisitos de conveniência e oportunidade, anulá-los quando não
mais servirem ao interesse público.
- ERRADO.
- Anulação: por razões de legalidade do ato;
- Revogação: razões de conveniência e discricionariedade (mérito administrativo).
- O STF abordou o tema da autotutela ao editar a Súmula 473: A administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
103. Dado o princípio da legalidade, a atuação do Estado é limitada pela lei, devendo seus atos,
em caso de inobservância desse princípio, ser declarados inválidos ou ser anulados, o que ocorre
unicamente por via judicial.
- ERRADO.
- Súmula nº 473 STF - Administração Pública - Anulação ou Revogação dos Seus Próprios Atos:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.
Lei 8112/90:
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
104. O princípio da eficiência, segundo o qual todo agente público deve realizar suas atribuições
com presteza, perfeição e rendimento funcional, sobrepõe-se aos demais princípios da
administração pública, inclusive ao da legalidade.
- ERRADO.
- O princípio da eficiência não sobrepõe os outros princípios da administração pública, os
princípios são os alicerces da administração não tendo hierarquia entre eles, o princípio da
eficiência veio por meio de emenda para dar um plus no art. 37 tornando a administração mais
gerencial.
105. Na relação entre a administração e o administrado, o comportamento que, embora em
consonância com a lei, ofenda a moral afronta o princípio da moralidade.
107. A publicidade dos atos processuais poderá ser restringida em razão do interesse social ou
para garantir a defesa da intimidade.
109. Define-se o requisito denominado motivação como o poder legal conferido ao agente
público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.
- ERRADO.
- O Poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de
seu cargo denomina-se competência.
- A motivação é a exteriorização do motivo para a prática de um ato administrativo.
113. De acordo com a doutrina, o regime jurídico-administrativo abrange tanto as regras quanto
os princípios, os quais são considerados recomendações para a atividade da administração
pública.
- ERRADO.
- Segundo Elyesley do Nascimento: “O princípio da moralidade administrativa, tanto quanto os
demais princípios da Administração Pública, não são meras recomendações ou conselhos. Ao
revés, segundo tendência moderna das ciências jurídicas, os princípios são dotados de força
normativa. Como precursores dessa corrente de pensamento, os jusfilósofos Ronald Dworkin e
Robert Alexy sustentam que os princípios não são meros apontamentos programáticos, no
sentido de que “seria interessante fazer assim”. Pelo contrário, os princípios “impõem que se
faça assim”. Não se tratam de uma mera sugestão, mas de mandamentos com força obrigatória,
sob pena de declaração de nulidade do ato violador ao princípio. Assim, é direito de todo o
cidadão exigir da Administração Pública o cumprimento dos princípios, exigência perfeitamente
alinhada à ideia de Estado Democrático de Direito. Nessa ótica, surge a moralidade como valor
condicionante de todas as condutas estatais".
116. O princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de atuação ética dos
agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos administrativos.
117. Motivação é um princípio que exige da administração pública indicação dos fundamentos
de fato e de direito de suas decisões.
- O princípio da motivação impõe à Administração Pública o dever de indicação dos pressupostos
de fato e de direito que determinaram a prática do ato (art. 2°, parágrafo único, VII, da lei n.
9.784/1999). Portanto, a validade do ato administrativo está condicionada à apresentação por
escrito dos fundamentos fáticos e jurídicos justificadores da decisão adotada. Trata-se de um
mecanismo de controle sobre legalidade e legitimidade das decisões da Administração Pública.
A motivação é encontrada em diversos diploma normativos como:
LEI 9.784/99:
Art. 50 - Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos.
118. Em razão do princípio da legalidade, previsto em artigo do texto constitucional, apenas a
lei é fonte do direito administrativo.
- ERRADO.
*** Fontes do Direito Administrativo:
- Lei;
- Doutrina;
- Jurisprudência;
- Costume;
- Princípios Gerais do Direito.
119. Segundo o princípio da legalidade, a administração pública vincula- se, em toda sua
atividade, aos mandamentos da lei, tanto em relação aos atos e às funções de natureza
administrativa quanto em relação às funções legislativa e jurisdicional.
120. O Diretor-geral da ANTT concedeu a uma entidade privada de filantropia autorização para
a utilização do auditório da sede do órgão, com vistas à realização de um evento de capacitação
de catadores de materiais recicláveis. Alguns dias após ter sido dada a autorização, entretanto,
surgiu a necessidade de se utilizar o auditório da entidade, no mesmo período, como sede do
Seminário Nacional de Infraestrutura de Transportes Rodoviários, realizado pela ANTT, em
conjunto com o DNIT e com o Ministério dos Transportes. Em razão do princípio da supremacia
do interesse público sobre o interesse privado, é possível anular o ato que autorizou a entidade
privada a utilizar o auditório, com fundamento no juízo de oportunidade e conveniência da
administração.
- ERRADO.
- Anular só se for ilegal. O correto é revogar, por conveniência e oportunidade.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
126. O órgão público, ao divulgar a remuneração dos seus servidores, está cumprindo com o
princípio da eficiência.
- ERRADO.
- Está cumprindo o princípio da PUBLICIDADE (Transparência dos Atos / Direito de Informação).
DECRETO 7724/2012
Art. 7º É dever dos órgãos e entidades promover, independente de requerimento, a divulgação
em seus sítios na Internet de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou
custodiadas, observado o disposto nos arts. 7º e 8º da Lei no 12.527, de 2011.
§3º Deverão ser divulgadas, na seção específica de que trata o §1º, informações sobre:
VI - remuneração e subsídio recebidos por ocupante de cargo, posto, graduação, função e
emprego público, incluindo auxílios, ajudas de custo, jetons e quaisquer outras vantagens
pecuniárias, bem como proventos de aposentadoria e pensões daqueles que estiverem na ativa,
de maneira individualizada, conforme ato do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
127. Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que se vale da publicidade oficial
para autopromover-se.
128. Não viola o princípio da legalidade a exoneração de ofício de servidor público por abandono
de cargo.
- ERRADO.
- O caso é de DEMISSÃO e não de exoneração
LEI N. 8.112/90:
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
II - abandono de cargo.
130. O princípio da isonomia pode ser invocado para a obtenção de benefício, ainda que a
concessão deste a outros servidores tenha-se dado com a violação ao princípio da legalidade.
- ERRADO.
- STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade (Súmula
473), não podendo ser invocado o princípio da isonomia como pretexto de se obter benefício
ilegalmente concedido a outros servidores. (AI 442.918-AgR, Rel. Min.Sepúlveda Pertence,
julgamento em 4-5-2004, Primeira Turma, DJ de 4-6-2004.).
131. Embora sem previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro, o princípio da confiança
relaciona-se à crença do administrado de que os atos administrativos serão lícitos e, portanto,
seus efeitos serão mantidos e respeitados pela própria administração pública.
132. A proporcionalidade, no sentido de que o Estado só deve intervir quando se fizer necessário
e de forma proporcional aos problemas existentes, constitui um valor que deve nortear a busca
por uma maior qualidade regulatória.
- Princípio da Proporcionalidade: A proporcionalidade, se resume na relação de causalidade
entre um meio e um fim, de tal sorte que se possa proceder aos três exames fundamentais
inerentes a ela, quais sejam: a adequação, a necessidade e a proporcionalidade em sentido
estrito. Sem um meio, um fim concreto e a relação de causalidade entre eles, não há a aplicação
do princípio da proporcionalidade em seu caráter trifásico.
- O princípio da proporcionalidade é considerado como dito em linhas pretéritas uma vertente
do princípio da razoabilidade pelo motivo de ser necessária uma adequação entre os meios
empregados pela Administração Pública para atingir os fins pretendidos, se não houver tal
adequação a desproporcionalidade acaba por residir em tal medida empregada.
135. O servidor público deve prestar atendimento de qualidade e com rapidez, a despeito do
custo que o serviço gere, pois, de acordo com o princípio da eficiência, a devida prestação de
um serviço justifica o aporte de recursos adicionais.
- ERRADO.
- O Servidor Público deve prestar atendimento de qualidade? Sim! com rapidez? Sim! a despeito
do custo que o serviço gere? ou seja, a atividades exercida pelo servidor público independe do
custo utilizado no serviço? ERRADO...pois a atividade do ESTADO, realizada pelo agente público,
buscar ir em encontro ao princípio da EFICIÊNCIA, ou seja, melhor rendimento com o mínimo de
erros/dispêndios.
138. Determinado prefeito, que é filho do deputado federal em exercício José Faber, instituiu
ação político-administrativa municipal que nomeou da seguinte forma: Programa de
Alimentação Escolar José Faber.
Nessa situação hipotética, embora o prefeito tenha associado o nome do próprio pai ao referido
programa, não houve violação do princípio da impessoalidade, pois não ocorreu promoção
pessoal do chefe do Poder Executivo municipal.
- ERRADO.
CF/88:
Art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
139. A nomeação, pelo presidente de um tribunal de justiça, de sua companheira para o cargo
de assessora de imprensa desse tribunal violaria o princípio constitucional da moralidade.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
141.
142.
143.
144.
145.
146.
147.
148.
149.
150.
151.
152.
153.
154.
155.
156.
157.
158.
159.
160.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
92. Suponha que o governador de determinado estado tenha atribuído o nome de Nelson
Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola pública estadual construída com recursos
financeiros repassados mediante convênio com a União. Nesse caso, há violação do princípio da
impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à publicidade de obras com
nomes de autoridades públicas.
- ERRADO.
- [...] Em muitos estados o Ministério Público tem sido atuante: no Maranhão, a Justiça Federal,
em ação civil pública requerida pelo Ministério Público, determinou que fosse removido o
letreiro com o nome do Senador José Sarney do Fórum do Tribunal Regional do Trabalho/Ma. A
decisão alcança outros prédios, inclusive fóruns, com nomes de pessoas vivas no Estado. Em
Sergipe, o juiz da Comarca de Japaratuba julgou procedente Ação Civil Pública, que questionava
a colocação dos nomes de políticos em prédios públicos do distrito de Pirambu. Determinou-se
a remoção das inscrições, porque em afronta aos princípios constitucionais. O Promotor das
cidades de Sorriso, de Nobres e outros municípios de Mato Grosso, notificaram os prefeitos
locais para substituírem os nomes de pessoas vivas em prédios públicos. Em Santa Catarina, o
município de Indaial teve de retirar os nomes de pessoas vivas de prédios públicos, resultado de
sentença em ação civil pública, requerida pelo Ministério Público. Na Bahia, a Resolução do
Tribunal de Justiça de n. 08/2002, estabelece no artigo 1º: “Fica proibido, em todo o âmbito
estadual, dar nome de pessoas vivas a bem público, de qualquer natureza, pertencente ao Poder
Judiciário”. Eventuais denominações dadas anteriormente continuam violando a Lei 6.545/77 e
a Constituição de 1988.[...]
93. Se uma pessoa tomar posse em cargo público em razão de aprovação em concurso público
e, por ser filiado a um partido político, sofrer perseguição pessoal por parte de seu superior
hierárquico, poderá representar contra seu chefe por ofensa direta ao princípio da
impessoalidade.
95. A contratação direta de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, contrária à moralidade, impessoalidade e eficiência administrativas, já era vedada,
na esfera do Poder Judiciário, mesmo antes da edição da Súmula Vinculante n.º 13, que
determina ser uma violação à CF a prática de nepotismo em qualquer dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
- Antes da Súmula Vinculante nº 13 do STF o Conselho Nacional de Justiça - CNJ já havia proibido
a prática do nepotismo através da Resolução nº 07 no âmbito do Poder Judiciário.
96. Considere que um servidor estável, tendo desrespeitado, na presença dos seus colegas de
serviço, uma ordem direta, pessoal e legítima de seu superior hierárquico, abandone o cargo.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos. Mesmo diante da gravidade
da infração e da notoriedade da conduta, a exoneração do servidor, de ofício, por abandono de
cargo viola os princípios da legalidade e da ampla defesa, conforme entendimento do STJ.
- O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou ser necessário o devido processo administrativo
disciplinar para demissão de servidor que abandona o cargo, vejamos: “PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. LITIS-PENDÊNCIA NÃO CARACTERIZADA.
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. ABANDONO DE CARGO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA.
EXONERAÇÃO DE OFÍCIO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. AUSÊNCIA DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA AMPLA DEFESA.
8.
O servidor público que revelar a particular determinado fato sigiloso de que tenha ciência em
razão das atribuições praticará ato de improbidade administrativa atentatório aos princípios
da administração pública.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo.
10. A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos agentes públicos é
intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
- ERRADO.
► Delegação e Avocação não transfere competência, mas sim algumas atribuições da
competência de maneira transitória.
LEI 9.784/99:
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
100. Segundo o princípio da reserva legal, todas as pessoas, órgãos e entidades sujeitam-se às
diversas espécies legislativas descritas na CF.
- ERRADO.
- O princípio da reserva legal ocorre quando uma norma constitucional atribui determinada
matéria exclusivamente à lei formal (ou a atos equiparados, na interpretação firmada na praxe),
subtraindo-a, com isso, à disciplina de outras fontes, àquelas subordinadas.
101. Dado o princípio da legalidade, a atuação do Estado é limitada pela lei, devendo seus atos,
em caso de inobservância desse princípio, ser declarados inválidos ou ser anulados, o que ocorre
unicamente por via judicial.
- ERRADO.
- Súmula nº 473 STF - Administração Pública - Anulação ou Revogação dos Seus Próprios Atos.
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.
Lei 8112/90:
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
102. O princípio da eficiência, segundo o qual todo agente público deve realizar suas atribuições
com presteza, perfeição e rendimento funcional, sobrepõe-se aos demais princípios da
administração pública, inclusive ao da legalidade.
- ERRADO.
- O princípio da eficiência não sobrepõe os outros princípios da administração pública, os
princípios são os alicerces da administração não tendo hierarquia entre eles, o princípio da
eficiência veio por meio de emenda para dar um plus no art 37 tornando a administração mais
gerencial.
105. A publicidade dos atos processuais poderá ser restringida em razão do interesse social ou
para garantir a defesa da intimidade.
Art. 5º, LX: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem.
106. Os princípios explícitos da administração pública previstos na CF não se aplicam às
empresas estatais, em razão da natureza e atividade desempenhada por essas entidades.
- ERRADO.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
107. Define-se o requisito denominado motivação como o poder legal conferido ao agente
público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.
- ERRADO.
- O Poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de
seu cargo denomina-se competência.
- A motivação é a exteriorização do motivo para a prática de um ato administrativo.
108. O princípio da autotutela impõe à administração pública o dever de anular seus atos por
ilegalidade ou, presentes os requisitos de conveniência e oportunidade, anulá-los quando não
mais servirem ao interesse público.
- ERRADO.
- Anulação: por razões de legalidade do ato.
- Revogação: razões de conveniência e discricionariedade (mérito administrativo).
- O STF abordou o tema da autotutela ao editar a Súmula 473: "A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
110. De acordo com a doutrina, o regime jurídico-administrativo abrange tanto as regras quanto
os princípios, os quais são considerados recomendações para a atividade da administração
pública.
- ERRADO.
- Segundo Elyesley do Nascimento: "O princípio da moralidade administrativa, tanto quanto os
demais princípios da Administração Pública, não são meras recomendações ou conselhos. Ao
revés, segundo tendência moderna das ciências jurídicas, os princípios são dotados de força
normativa. Como precursores dessa corrente de pensamento, os jusfilósofos Ronald Dworkin e
Robert Alexy sustentam que os princípios não são meros apontamentos programáticos, no
sentido de que “seria interessante fazer assim”. Pelo contrário, os princípios “impõem que se
faça assim”.
- Não se tratam de uma mera sugestão, mas de mandamentos com força obrigatória, sob pena
de declaração de nulidade do ato violador ao princípio. Assim, é direito de todo o cidadão exigir
da Administração Pública o cumprimento dos princípios, exigência perfeitamente alinhada à
ideia de Estado Democrático de Direito. Nessa ótica, surge a moralidade como valor
condicionante de todas as condutas estatais".
111.
112.
113.
114.
115.
116.
117.
118.
119.
120.
121.
122.
123.
124.
125.
126.
127.
128.
129.
130.