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► DIREITO ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS:

1. Situação hipotética: O prefeito de determinado município promoveu campanha publicitária


para combate ao mosquito da dengue. Nos panfletos, constava sua imagem, além do símbolo
da sua campanha eleitoral. Assertiva: No caso, não há ofensa ao princípio da impessoalidade.
- ERRADO.

- O caput e o §1º do art. 37 da CF impedem que haja qualquer tipo de identificação entre a
publicidade e os titulares dos cargos alcançando os partidos políticos a que pertençam. O rigor
do dispositivo constitucional que assegura o princípio da impessoalidade vincula a publicidade
ao caráter educativo, informativo ou de orientação social é incompatível com a menção de
nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que caracterizem promoção pessoal ou de
servidores públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com o partido
político a que pertença o titular do cargo público mancha o princípio da impessoalidade e
desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do comando posto
pelo constituinte de oitenta. (RE 191.668, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-4-2008,
Primeira Turma, DJE de 30-5-2008.)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

2. Situação hipotética: Uma prefeitura determinou a cobrança de taxa de funcionamento de


estabelecimentos comerciais, mas os proprietários dos estabelecimentos questionaram a
medida sob o argumento de ausência de prova da fiscalização. Assertiva: De acordo com o STJ,
a cobrança é ilícita porque não foi demonstrado o efetivo exercício da fiscalização.
- ERRADO.
- STJ: Superior Tribunal de Justiça tem entendido ser prescindível (dispensável) a comprovação,
pelo ente tributante, do efetivo exercício do poder de polícia, a fim de legitimar a cobrança da
Taxa de Fiscalização. (AgRg no Ag 1320125 / MG).
- STF: Nos termos da jurisprudência da Corte, a taxa de renovação de licença de funcionamento
é constitucional, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado
pela mera existência de órgão administrativo que possua estrutura e competência para a
realização da atividade de fiscalização. (RE 856185 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO,
Primeira Turma, julgado em 04/08/2015).
- A existência de órgão competente para a atividade de polícia pressupõe que a atividade
fiscalizatória existe e que é desempenhada de forma regular. É possível inferir que a Corte
destaca que o exercício regular do poder de polícia continua sendo requisito fundamental para
a cobrança da taxa. Contudo, acata que a existência do órgão competente é um dos elementos
para pressupor que a atividade está em funcionamento.

3. Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é proibido que nova interpretação de


norma administrativa tenha efeitos retroativos, exceto quando isso se der para atender o
interesse público.
- ERRADO.
- O princípio da segurança jurídica resguarda a estabilidade das relações no âmbito da
administração; um de seus reflexos é a vedação à aplicação retroativa de nova interpretação
de norma em processo administrativo.
LEI Nº 9.784/99
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

4. O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios e os fins, deve


ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público.

LEI 9.784/99:
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
VI – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

5. A indicação dos fundamentos jurídicos que determinaram a decisão administrativa de realizar


contratação por dispensa de licitação é suficiente para satisfazer o princípio da motivação.
- ERRADO.
- Conforme o art. 50 da Lei 9.784/99, os atos administrativos que dispensem ou declarem a
inexigibilidade de processo licitatório deverão ser motivados com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos. Assim, a indicação dos fundamentos jurídicos não é suficiente, sendo
também necessário indicar os fundamentos fáticos.

6. São considerados princípios informativos da atividade administrativa a legalidade e a


supremacia do interesse público, sendo o primeiro mencionado na Constituição vigente, e o
segundo, fundamentado nas próprias ideias do Estado em favor da defesa, da segurança e do
desenvolvimento da sociedade.

7. O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a procura da produtividade e


economicidade, sendo este um dever constitucional da administração, que não poderá ser
desrespeitado pelos agentes públicos, sob pena de responsabilização pelos seus atos.

8. O princípio da impessoalidade está diretamente relacionado à obrigação de que a autoridade


pública não dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em sua conduta.
- ERRADO.
- O princípio da moralidade está diretamente relacionado à obrigação de que a autoridade
pública não dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em sua conduta.

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:


- Tratar todos de maneira igual;
- Atuar de acordo com a Finalidade Pública;
- Administrador deve realizar o interesse público, mesmo que vá contra suas convicções
particulares;
- Proíbe propaganda oficial para promoção pessoal de agente público.
9. Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente, os princípios da
indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade da
administração pública.

10. Decorre do princípio de autotutela o poder da administração pública de rever os seus atos
ilegais, independentemente de provocação.

11. O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a administração pública


tem sobre seus próprios atos e agentes.

12. O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote
critérios necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando
desperdícios e garantindo a maior rentabilidade social.

13. A autotutela é entendida como a possibilidade de a administração pública revogar atos


ilegais e anular atos inconvenientes e inoportunos sem a necessidade de intervenção do Poder
Judiciário.
- ERRADO.
- Princípio da autotutela: Significa que a Administração Pública possui o poder-dever de rever
os seus próprios atos, seja para anulá-los por vício de legalidade, seja para revogá-los por
questões de conveniência e de oportunidade (Súmulas 346 e 473 do STF; art. 53 da Lei
9.784/1999).
- O poder-dever de autotutela da Administração Pública impõe o dever de anulação de atos
ilegais e a possibilidade de revogação de atos inconvenientes e inoportunos.

14. Sérgio foi reprovado em concurso público, mas, por força de decisão liminar obteve sua
nomeação e tomou posse no cargo pretendido. Seis anos depois, a medida foi revogada por
decisão judicial definitiva e Sérgio foi exonerado pela administração. Nessa situação, ao
exonerar Sérgio a administração violou o princípio da proteção da confiança legítima.
- ERRADO.
- Se o candidato tomou posse por força de decisão judicial precária e esta, posteriormente, é
revogada, ele perderá o cargo, mesmo que já o esteja ocupando há muitos anos. Não se aplica,
ao caso, a teoria do fato consumado. A situação será diferente se ele se aposentou antes do
processo chegar ao fim. Imagine que o candidato tomou posse no cargo por força de decisão
judicial precária. Passaram-se vários anos e ele, após cumprir todos os requisitos, aposentou
neste cargo por tempo de contribuição. Após a aposentadoria, a decisão que o amparou foi
reformada. Neste caso, não haverá a cassação de sua aposentadoria. Nas palavras do STJ:
quando o exercício do cargo foi amparado por decisões judiciais precárias e o servidor se
aposentou, antes do julgamento final de mandado de segurança, por tempo de contribuição
durante esse exercício e após legítima contribuição ao sistema, a denegação posterior da
segurança que inicialmente permitira ao servidor prosseguir no certame não pode ocasionar a
cassação da aposentadoria.

15. Para os autores que defendem o princípio da subsidiariedade, a atividade pública tem
primazia sobre a iniciativa privada, devendo o ente particular se abster de exercer atividades
que o Estado tenha condições de exercer por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos.
- ERRADO.
- O Princípio da Subsidiariedade é considerado um princípio implícito da ordem econômica
(artigo 170 da Constituição), o Princípio da Subsidiariedade determina que cabe ao Poder
Público, enquanto agente regulador, atuar na ordem econômica apenas de forma subsidiária
à iniciativa privada. Assim, a intervenção somente será cabível em casos expressamente
previstos na Constituição.
16. Jorge, servidor público federal ocupante de cargo de determinada carreira, foi, por meio
administrativo, transferido para cargo de carreira diversa. A forma de provimento do cargo
público na referida situação — transferência para cargo de carreira diversa — foi
inconstitucional, por violar o princípio do concurso público; cabe à administração pública, no
exercício do poder de autotutela, anular o ato ilegal, respeitado o direito ao contraditório e à
ampla defesa.

17. O prazo decadencial para tornar sem efeito ato de aposentadoria serve para garantir o
princípio da segurança jurídica.
- O passar do tempo sem a adoção de medidas tendentes a anular o ato viciado aumenta a
confiança nutrida pelo particular no sentido de que a administração agiu em consonância com
o direito [presunção de legalidade dos atos administrativos]. Sendo assim, seria manifestamente
desrespeitoso à segurança jurídica e à proteção à confiança, que o Poder Público mantivesse por
tempo indeterminado a prerrogativa de, fundado no poder de autotutela, anular ato
considerado viciado que tenha repercutido positivamente sobre o patrimônio jurídico do
administrado.
- De maneira tecnicamente correta, o legislador apontou a natureza do prazo extintivo como
decadencial, tendo em vista estabelecer limite temporal para o exercício de um direito
potestativo da administração (o de anular ato administrativo).
- Foi esse o raciocínio que presidiu a elaboração da regra constante do art. 54 da Lei do Processo
Administrativo Federal (Lei 9.784/1999), cuja redação é a seguir transcrita:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.

18. Uma aluna de um colégio estadual, maior de dezoito anos de idade, foi flagrada depredando
o mobiliário da escola. Em razão disso, o diretor do colégio aplicou a ela uma penalidade de
suspensão por três dias, na forma do regimento da instituição. Atos como o do diretor do
colégio, por consistirem na aplicação de penalidade administrativa simples, dispensam o
cumprimento do devido processo legal.
- ERRADO.
- A aplicação de penalidades administrativas, ainda que simples, devem sempre observar o
devido processo legal.

19. Fundamentada no poder de autotutela, desde que não esteja configurada a decadência do
direito, poderá a administração anular atos sob o argumento de estes terem sido praticados
com base em interpretação errônea verificada posteriormente.
- ERRADA.

LEI 9.784/1999
Art.2º: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

20. Em razão do princípio do interesse público, não é possível que o poder público atenda aos
interesses privados não estatais.
- ERRADO.
- Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ressalta a importância de se observar tal princípio no momento
tanto de elaboração da lei quanto de sua execução pela Administração Pública. Para Di Pietro,
todas as normas de direito público têm a função específica de resguardar interesses públicos,
mesmo que reflexamente protejam direitos individuais. Firme na premissa de que a Constituição
da República de 1988 está em sintonia com as conquistas do Estado Social, Di Pietro entende
que a defesa do interesse público corresponde ao próprio fim estatal. Por tal razão, o
ordenamento constitucional contemplaria inúmeras hipóteses em que os direitos individuais
cedem diante do interesse público.
- Caso o interesse privado coincida com o interesse público haverá proteção daquele por este,
posto que não são antagônicos, sempre prevalecerá o interesse público, mas isso não quer dizer
que ele é incompatível com o privado.

21. Considerando os princípios constitucionais explícitos da administração pública, o STF


estendeu a vedação da prática do nepotismo às sociedades de economia mista, embora elas
sejam pessoas jurídicas de direito privado.

22. Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer
constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela
autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da impessoalidade.

23. O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da publicidade.


- A própria Constituição Federal de 1988 trouxe instrumentos para coibir a ofensa ao princípio
da publicidade. O habeas data é instrumento que torna efetivo o princípio da publicidade (art.
5º, LXXII, CF). O direito de petição e o mandado de segurança também poderão ser utilizados
para cobrar da Administração a publicação de seus atos.

24. A legalidade de qualquer ato administrativo pode ser submetida à apreciação judicial.

25. Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que beneficiaram,
diretamente, amigos seus. A competência para a edição do referido ato normativo seria de
Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se sentiram prejudicados com o
resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da publicação
do resultado. Nessa situação hipotética, ao editar a referida portaria, Mauro violou os princípios
da legalidade e da impessoalidade.

26. Legalidade e publicidade são princípios constitucionais expressos aplicáveis à administração


pública direta e indireta do DF.

27. O princípio fundamental do controle determina que o controle das atividades da


administração federal seja exercido em todos os seus níveis e órgãos, sem exceções.
- Embora o DL 200/67 não use explicitamente a expressão sem exceções, o Cespe considerou o
item como certo.

DL 200/67:
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios
fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.
Art. 13. O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis
e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas
que governam a atividade específica do órgão controlado;
b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que
regulam o exercício das atividades auxiliares;
c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos
próprios do sistema de contabilidade e auditoria.

28. Os princípios que regem a administração pública federal brasileira estão estabelecidos no
Título I – Dos Princípios Fundamentais, da Constituição Federal de 1988.
- ERRADO.
- Não confundam os mnemônicos! Os princípios que regem a administração pública federal
brasileira é o LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência).
- Nada têm a ver com os Princípios Fundamentais do Título I, que é o SOCIDIVAPLU (SOberania,
CIdadania, DIgnidade da pessoa humana, VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa e
PLUralismo político).

29. Entre esses princípios (princípios fundamentais que regem a administração pública
brasileira) inclui-se aquele que autoriza que o administrador público federal, em determinadas
situações, delegue competência para a prática de atos administrativos.

DL 200/67:
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios
fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.

Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização


administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-
as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.

Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às


autoridades da Administração Federal delegar competência para a prática de atos
administrativos, conforme se dispuser em regulamento.
Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade
delegada e as atribuições objeto de delegação.

30. O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever
de eficiência.
- ERRADO.
- O dever do administrador público de agir de forma célere e econômica se refere ao seu dever
de eficiência.
- O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever
de moralidade.

31. Como um dos princípios da administração pública brasileira, a publicidade destina-se a


garantir a transparência dos atos dos agentes públicos.
32. Em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, o Estado somente poderá
exercer sua função administrativa sob o regime de direito público.
- ERRADO.

►INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO:


- A coisa pública é indisponível. A administração pública é uma mera gestora dos bens e
interesses públicos, e não dona dele. Portanto, cabe a ela gerir, e não dispor do interesse
público.
- A função administrativa pode ser exercida tanto sob o regime de direito público quanto sob
o regime de direito privado. Na administração indireta, por exemplo, a função administrativa
também é exercida pelas EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, que são
pessoas jurídicas de DIREITO PRIVADO.

33. O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos.
- A publicidade tem como uma de suas exigências a transparência da atuação administrativa.
Essa acepção, derivada do princípio da indisponibilidade do interesse público, diz respeito à
exigência de que seja possibilitado, de forma mais ampla possível, o controle da administração
pública pelos administrados. Importante garantia individual apta a assegurar a exigência de
transparência da administração pública é o direito de petição aos poderes públicos; o mesmo se
pode dizer do direito à obtenção de certidões em repartições públicas.

► A PUBLICIDADE SERVE PARA:


- Viabilizar o controle (serve para que os administrados possam controlar o que a Administração
Pública faz);
- Garantir a eficácia (serve para que os administrados possam dar cumprimento a determinações
da Administração);
- Que os administrados possam impugnar os atos da Administração;
- Fluir prazos.

34. O princípio da precaução impõe à administração, diante de situações e ações que envolvam
risco, a adoção de medidas preventivas contra a ocorrência de dano para a coletividade.
- Segundo ensina José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo, 30ª ed.
2016), esse postulado teve origem no âmbito do direito ambiental, efetivamente foro próprio
para seu estudo e aprofundamento. Significa que, em caso de risco de danos graves e
degradação ambientais, medidas preventivas devem ser adotadas de imediato, ainda que não
haja certeza científica absoluta, fator este que não pode justificar eventual procrastinação das
providências protetivas. Autorizada doutrina, a propósito, já deixou consignado que, existindo
dúvida sobre a possibilidade de dano, “a solução deve ser favorável ao ambiente e não ao lucro
imediato.
- De acordo com o autor atualmente, o axioma tem sido invocado também para a tutela do
interesse público, em ordem a considerar que, se determinada ação acarreta risco para a
coletividade, deve a Administração adotar a postura de precaução para evitar que eventuais
danos acabem por concretizar-se. Semelhante cautela é de todo conveniente na medida em que
se sabe que alguns tipos de dano, por sua gravidade e extensão, são irreversíveis ou, no mínimo,
de dificílima reparação.

35. O princípio da eficiência norteia essencialmente a prestação de serviços públicos à


coletividade, sem impactar, necessariamente, rotinas e procedimentos internos da
administração.
- ERRADO.
- Para a Professora Maria Sylvia Di Pietro o princípio da eficiência apresenta dois aspectos:
a) Relativamente à forma de atuação do agente público, espera-se o melhor desempenho
possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados;
b) Quanto ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública exige-se que
este seja o mais racional possível, no intuito de alcançar melhores resultados na prestação dos
serviços públicos.

- De início, temos que ter em mente que a eficiência é uma relação entre custos e benefícios, ou
seja, uma relação entre os recursos aplicados e o produto final obtido: é a razão entre o esforço
e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante.
- A administração não deve permanecer em rotinas de procedimento. A administração deve, por
exemplo, utilizar a tecnologia (que está sempre em evolução) para garantir a eficiência do
serviço público. Ou seja, a relação de custo-benefício deve estar associada a uma gestão
dinâmica e atualizada. Logo, sempre vai impactar rotinas e procedimentos internos.

36. A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora consista em um


princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a mesma força dos princípios que
estão explícitos no referido texto, como o princípio da moralidade e o princípio da legalidade.

37. O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as contas prestadas


anualmente pelo governador do estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada,
mediante inexigibilidade de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária
promovida pela empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a
figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar
defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via
Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a
defesa do governador e julgou irregular a prestação de contas. Dado o teor da campanha
publicitária, é correto inferir que, na situação, se configurou ofensa aos princípios da
impessoalidade e da moralidade.

- De forma clara PAULO e ALEXANDRINO solidificam o conceito do Princípio da Impessoalidade:


“A impessoalidade da atuação administrativa impede, portanto, que o ato administrativo seja
praticado visando a interesses do agente ou de terceiros, devendo ater-se à vontade da lei,
comando geral e abstrato em essência.” (2009, p.200).

- Por outra ótica, o princípio da impessoalidade pretende ainda impedir as formas de


favorecimento ou promoção pessoal daqueles investidos em cargos públicos, por ocasião de
suas atividades ou funções desenvolvidas na Administração Pública.
- Destarte, o agente público deverá sempre atuar de forma objetiva, imparcial e neutra, com
olhos voltados à finalidade pública precípua a que se propõe, ou seja, o interesse da
coletividade.

Art. 37, §1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.

- O Princípio da Moralidade atribui ao administrador e agente público, a obrigação de atuar com


moral, ética, boa-fé e lealdade.
“Em resumo, sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da
Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em
consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os
princípios de justiça e de equidade, a ideia comum de honestidade, estará havendo ofensa ao
princípio da moralidade administrativa.” (DI PIETRO, 2002, p.79).

38. De acordo com a jurisprudência do STF, em exceção ao princípio da publicidade, o acesso às


informações referentes às verbas indenizatórias recebidas para o exercício da atividade
parlamentar é permitido apenas aos órgãos fiscalizadores e aos parlamentares, dado o caráter
sigiloso da natureza da verba e a necessidade de preservar dados relacionados à intimidade e à
vida privada do parlamentar.
- ERRADO.
- A regra é a transparência, (CF, art. 5º, XXXIII).
- Nesse contexto, o STF decidiu que: “Ato que indefere acesso a documentos relativos ao
pagamento de verbas públicas. (…) A regra geral num Estado Republicano é a da total
transparência no acesso a documentos públicos, sendo o sigilo a exceção. (…) As verbas
indenizatórias para exercício da atividade parlamentar têm natureza pública, não havendo
razões de segurança ou de intimidade que justifiquem genericamente seu caráter sigiloso.”
(MS 28.178, rel. min. Roberto Barroso, julgamento em 4-3-2015, Plenário, DJE de 8-5-2015.)

39. Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de todo ato da


administração pública, é imprescindível avaliar a intenção do agente.
- ERRADO.
- Significado de Imprescindível no Dicionário Online de Português: Que não se pode dispensar
ou renunciar; indispensável.

- Nas lições de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2010, p. 195-196): “O princípio da


moralidade torna jurídica a exigência de uma atuação ética dos agentes da Administração
Pública. A denominada moral administrativa difere da moral comum, justamente por ser jurídica
e pela possibilidade de invalidação dos atos administrativos que sejam praticados com
inobservância deste princípio. A doutrina enfatiza que a moralidade administrativa independe
da concepção subjetiva (pessoal) de conduta moral, ética, que o agente público tenha; importa,
sim, a noção objetiva, embora indeterminada, passível de ser extraída do conjunto de normas
concernentes à conduta de agentes públicos, existentes no ordenamento jurídico.”

- Assim, o princípio da moralidade será transgredido quando houver violação a uma norma de
moral social que traga consigo menosprezo a um bem juridicamente valorado, de tal forma que
deverá o agente público cumprir a legalidade atendendo a uma expectativa ética da sociedade
(MELLO, 2010, p. 120).

- A doutrina enfatiza que a moralidade administrativa independe da concepção subjetiva, isto é,


da moral comum, da ideia pessoal do agente sobre o que é certo ou errado em termos éticos.
Na verdade, o que importa é a noção objetiva do conceito, ou seja, a moralidade administrativa,
passível de ser extraída do conjunto de normas concernentes à conduta de agentes públicos
existentes no ordenamento jurídico, relacionada à ideia geral de boa administração. Assim, na
análise da moralidade administrativa, não é imprescindível avaliar a intenção do agente.

40. Em decorrência do princípio da impessoalidade, as realizações administrativo-


governamentais são imputadas ao ente público e não ao agente político.

41. Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o poder da administração de


revogar seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade.
- ERRADO.
- O poder de revogação da Administração Pública, legitimado pelo poder discricionário, não é
ilimitado. Existem determinadas situações que, seja pela natureza do ato praticado ou pelos
efeitos por ele já produzidos, são insuscetíveis de modificação por parte da Administração,
fundada nos critérios de conveniência ou oportunidade. São os chamados atos irrevogáveis,
resultantes das limitações do poder de revogar.

►SÃO INSUSCETÍVEIS DE REVOGAÇÃO:

i. Os atos consumados, que exauriram seus efeitos;


- Ex.: Um ato que concedeu licença ao servidor; se este já gozou a licença, o ato já exauriu seus
efeitos, não há que se falar em revogação.

ii. Os atos vinculados, porque nesses o administrador não tem liberdade de atuação;
- Ex.: Se o indivíduo preenche todos os requisitos exigidos para o exercício de determinada
profissão regulamentada em lei, e consegue a licença do Poder Público para o seu exercício, essa
licença não pode ser revogada pela Administração.

iii. Os atos que geram direitos adquiridos, gravados como garantia constitucional (CF, art. 5º,
XXXVI);
- Ex.: O ato de concessão da aposentadoria ao servidor, depois de ter este preenchido os
requisitos exigidos para a sua fruição.

iv. Os atos que integram um procedimento, pois a cada novo ato ocorre a preclusão com
relação ao ato anterior;
- Ex.: No procedimento de licitação, o ato de adjudicação do objeto ao vencedor não pode ser
revogado quando já celebrado o respectivo contrato.

v. Os chamados meros atos administrativos, porque seus efeitos são previamente


estabelecidos em lei.
- Ex.: Uma certidão, um atestado, etc. não podem ser revogados por ato de administração.

42. As prerrogativas do poder público sobre os particulares, decorrentes da supremacia do


interesse público, são integralmente afastadas quando a administração, eventualmente, se
nivela, sob algum aspecto, a entidade sob regime de direito privado.
- ERRADO.
- Maria Sylvia Zanella di Pietro: "O que é importante salientar é que, quando a Administração
emprega modelos privatísticos, nunca é integral a sua submissão ao direito Privado; às vezes,
ela se nivela ao particular, no sentido de que não exerce sobre ele qualquer prerrogativa de
poder público; mas nunca se despe de determinados privilégios...".

43. As prerrogativas do poder público sobre os particulares, decorrentes da supremacia do


interesse público, são integralmente afastadas quando a administração, eventualmente, se
nivela, sob algum aspecto, a entidade sob regime de direito privado.
- ERRADO.

44. Em um Estado democrático de direito, deve-se assegurar o acesso amplo às informações do


Estado, exigindo-se, com amparo no princípio da publicidade, absoluta transparência, sem
espaço para excepcionalidades no âmbito interno.
- ERRADO.
- Pois não é transparência absoluta.

Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.

45. A impessoalidade é princípio que norteia a administração e está intimamente afeta às


licitações públicas.
- A exigência de impessoalidade decorre do princípio da isonomia, o que repercute:
a) na exigência de licitação prévia às contratações realizadas pela Administração;
b) na necessidade de concurso público para o provimento de cargo ou emprego público;
c) na vedação ao nepotismo, conforme cristalizado na Súmula Vinculante 13 do Supremo
Tribunal Federal;
d) na invocação de impedimento ou suspeição pela autoridade responsável por julgar o processo
administrativo;
e) no respeito à ordem cronológica para pagamento dos precatórios etc.

Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a


seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.

46. A observância do princípio da legalidade pelo servidor público é o que determina a


moralidade da administração pública, independentemente da finalidade do ato administrativo.
- ERRADO.
- Pois nem tudo que é legal é moral.

DECRETO 1.171:
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não
terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e §4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade
do ato administrativo.

47. De acordo com entendimento dominante, é legítima a publicação em sítio eletrônico da


administração pública dos nomes de seus servidores e do valor dos vencimentos e das vantagens
pecuniárias a que eles fazem jus.
- É o entendimento do STF. Sobre o tema, colaciona-se julgado de 2015:

Ementa: CONSTITUCIONAL. PUBLICAÇÃO, EM SÍTIO ELETRÔNICO MANTIDO PELO MUNICÍPIO DE


SÃO PAULO, DO NOME DE SEUS SERVIDORES E DO VALOR DOS CORRESPONDENTES
VENCIMENTOS. LEGITIMIDADE. 1. É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido
pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes
vencimentos e vantagens pecuniárias. 2. Recurso extraordinário conhecido e provido. (ARE
652777, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 23/04/2015, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-128 DIVULG 30-06-2015 PUBLIC 01-07-2015)

48. O princípio da eficiência, considerado um dos princípios inerentes à administração pública,


não consta expressamente na CF.
- ERRADO.
- Com o advento da EC 19/98 – denominada “Emenda da Reforma Administrativa” – foi que o
princípio da eficiência passou a ser expressamente previsto no caput do art. 37 da Constituição
Federal de 1988.
- Além disso, o princípio conta com expressa previsão no caput do art. 2.º da Lei 9.784/1999, a
qual regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

49. Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos
administrativos.

50. Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa que contrariar, além da lei,
a moral, os bons costumes, a honestidade ou os deveres de boa administração.
- ERRADO.
- Na verdade o princípio mencionado na questão trata do princípio da MORALIDADE.
- O princípio da moralidade está relacionado com a exigência de atuação do agente público de
acordo com a moral, ética, honestidade e boa-fé. Além de a atuação administrativa ter de
obedecer aos ditames legais, deve-se levar em consideração o fato de que a atuação
administrativa deve obedecer aos princípios da justiça e da honestidade.
- Portanto, pelo fato de moralidade ser um preceito ético subjetivo e desejado pela sociedade,
a atuação da administração deve ir além do que está estipulado pela lei, deve ser mais exigente
do que o simples cumprimento do que está estipulado legalmente, deve separar o justo do
injusto, o lícito do ilícito, o conveniente do inconveniente. Pode ser considerado como sendo
um dever da administração e um direito público subjetivo.

51. A ação administrativa tendente a beneficiar ou a prejudicar determinada pessoa viola o


princípio da isonomia.
- ERRADO.
- A ação administrativa tendente a beneficiar ou a prejudicar determinada pessoa viola o
princípio da IMPESSOALIDADE.
- Isonomia: A Administração Pública deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os
desiguais, na medida de suas desigualdades.
- Princípio da Impessoalidade: A Administração Pública deve pautar pela busca dos interesses
da coletividade, não visando a beneficiar ou prejudicar ninguém em especial.

52. O agente público só poderá agir quando houver lei que autorize a prática de determinado
ato.
- Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que
estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver
proibição legal.
- Para o Particular: Pode fazer tudo que não é proibido (autonomia da vontade);
- Para o Agente Público: Só pode fazer o que a lei permite (subordinação legislativa).

53. Os atos administrativos se aperfeiçoam pela publicidade, sendo possível, em alguns casos,
que sejam praticados sob sigilo.

DECRETO 1171:
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado
e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso,
nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a
quem a negar.

54. A proteção da confiança, desdobramento do princípio da segurança jurídica, impede a


administração de adotar posturas manifestadamente contraditórias, ou seja, externando
posicionamento em determinado sentido, para, em seguida, ignorá-lo, frustrando a expectativa
dos cidadãos de boa-fé.

55. O princípio da segurança jurídica não se sobrepõe ao da legalidade, devendo os atos


administrativos praticados em violação à lei, em todo caso, ser anulados, a qualquer tempo.
- ERRADO.
- É também como decorrência da segurança jurídica que há a limitação temporal para que a
Administração, no exercício da autotutela, anule atos administrativos do qual advêm efeitos
favoráveis para os destinatários, salvo comprovada má-fé (na esfera federal, o prazo é de cinco
anos, conforme art. 54 da Lei 9.784/1999).

LEI 9.784:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.

56. A pretexto de atuar eficientemente, é possível que a administração pratique atos não
previstos na legislação.
- ERRADO.
- O princípio da Legalidade, fundamento constitucional e doutrinário, é um dos principais
fundamentos da Administração Pública. Ao passo que o particular pode fazer que não lhe é
vedado em lei, a Administração Pública só age dentro dos limites que a Lei assim determina.
Notem que mesmo agindo com discricionariedade, que é faculdade de decidir por aquilo que é
conveniente e oportuno, a Administração Pública não tem liberdade absoluta e deve agir de
maneira adstrita às determinações, imposições e limites firmados pela lei.

57. O princípio da legalidade limita a atuação do Estado à legislação existente.


- O princípio da legalidade aparece expressamente na nossa Constituição Federal em seu art.
37, caput, e no art. 5º, II, da mesma carta.
- Segundo Hely Lopes Meirelles: A legalidade, como princípio de administração, significa que o
administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei,
e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato
inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso. Na
Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração
particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer
o que a lei autoriza.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de LEGALIDADE, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

Art. 5º, II. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da
lei.

58. De acordo com o princípio da moralidade, os agentes públicos devem atuar de forma neutra,
sendo proibida a atuação pautada pela promoção pessoal.
- ERRADO.
- De acordo com o princípio da impessoalidade, os agentes públicos devem atuar de forma
neutra, sendo proibida a atuação pautada pela promoção pessoal.

59. Apesar de o princípio da moralidade exigir que os atos da administração pública sejam de
ampla divulgação, veda-se a publicidade de atos que violem a vida privada do cidadão.
- ERRADO.
- O princípio da publicidade, previsto no art. 37, caput, da CF, determina que a Administração
Pública tem a obrigação de dar ampla divulgação dos atos que pratica, salvo a hipótese de sigilo
necessário. A exceção à publicidade está no art. 5.º, XXXIII, da CF, o qual estabelece que são
sigilosos os casos que possam ameaçar a segurança da sociedade ou do Estado (atente-se para
o prazo máximo de 35 anos de sigilo, prorrogável uma vez pelo mesmo prazo, estabelecido pela
Lei 12.527/2011, em vigor a partir de 18.05.2012). E, de acordo com o Art. 5º, LX, da CF, a lei só
poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou do
interesse social o exigirem.
- O princípio da moralidade, explícito na CF, caracteriza-se por exigir do administrador público
um comportamento ético de conduta, ligando-se aos conceitos de probidade, honestidade,
lealdade, decoro e boa-fé. A moralidade se extrai do senso geral da coletividade representada e
não se confunde com a moralidade íntima do administrador (moral comum) e sim com a
profissional (ética profissional).

60. Na hierarquia dos princípios da administração pública, o mais importante é o princípio da


legalidade, o primeiro a ser citado na CF.
- ERRADO.
- Não há hierarquia entre os princípios da Administração Pública.

61. O servidor responsável pela segurança da portaria de um órgão público desentendeu-se com
a autoridade superior desse órgão. Para se vingar do servidor, a autoridade determinou que, a
partir daquele dia, ele anotasse os dados completos de todas as pessoas que entrassem e
saíssem do imóvel. O ato praticado pela autoridade superior, como todos os atos da
administração pública, está submetido ao princípio da moralidade, entretanto, considerações
de cunho ético não são suficientes para invalidar ato que tenha sido praticado de acordo com o
princípio da legalidade.
- ERRADO.
- A moralidade administrativa difere da moral comum pois ela tem um critério mais objetivo,
tendo em vista que não está no campo da análise da oportunidade e conveniência do
administrador, assim nesse contexto a jurisprudência considera válida, em certas situações, a
interferência do poder Judiciário para anular atos, que embora aparentemente em
conformidade com a lei, lesa a ética e o interesse coletivo. Ou seja, quando o administrador se
vale da lei para prejudicar o administrado, ferindo o princípio da moralidade, assim mediante o
judiciário pode se buscar a invalidade do ato.

62. Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao
que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver
proibição legal.

63. Em decorrência do princípio da impessoalidade, previsto expressamente na Constituição


Federal, a administração pública deve agir sem discriminações, de modo a atender a todos os
administrados e não a certos membros em detrimento de outros.

64. O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita.


65. O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dos quais
todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público.

66. O princípio da publicidade está relacionado à exigência de ampla divulgação dos atos
administrativos e de transparência da administração pública, condições asseguradas, sem
exceção, ao cidadão.
- ERRADO.

Art. 5º, XXXIII: todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.

67. Atualmente, no âmbito federal, todo ato administrativo restritivo de direitos deve ser
expressamente motivado.

9784:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
I - Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - Decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - Decidam recursos administrativos;
VI - Decorram de reexame de ofício;
VII - Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - Importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

68. Em consonância com os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, o


STF, por meio da Súmula Vinculante n.º 13, considerou proibida a prática de nepotismo na
administração pública, inclusive a efetuada mediante designações recíprocas — nepotismo
cruzado.

69. O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é um dos pilares
do regime jurídico administrativo e autoriza a administração pública a impor, mesmo sem
previsão no ordenamento jurídico, restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito
com os interesses de toda a coletividade.
- ERRADO.
- O trecho “mesmo sem previsão no ordenamento jurídico” tornou o item incorreto, pois viola
o princípio da Legalidade, segundo o qual a Administração Pública só pode atuar nos limites da
lei, quando esta determina (caráter vinculado) ou autoriza o ato (caráter discricionário).

70. Em razão do princípio da legalidade, a administração pública está impedida de tomar


decisões fundamentadas nos costumes.
- ERRADO.
- Costume é uma fonte do Direito Administrativo. Portanto, em alguns casos, cabe a aplicação
do costume quando não há lei que verse sobre o fato.

71. Suponha que um servidor público fiscal de obras do DF, no intuito de prejudicar o governo,
tenha determinado o embargo de uma obra de canalização de águas pluviais, sem que houvesse
nenhuma irregularidade. Em razão da paralisação, houve atraso na conclusão da obra, o que
causou muitos prejuízos à população. O ato de embargo da obra atenta contra os princípios da
legalidade, da impessoalidade e da moralidade.
- Legalidade: infringiu no trecho "sem que houvesse nenhuma irregularidade".
- Impessoalidade: infringiu no trecho: "no intuito de prejudicar o governo".
- Moralidade: diante do contexto apresentado, o agente público não obedeceu à moralidade
administrativa, agindo de maneira desonesta e que feriu o interesse público. Indiretamente,
essa parte do trecho é determinante para julgar também a assertiva: "causou muitos prejuízos
à população".

72. Os princípios da administração pública estão previstos, de forma expressa ou implícita, na


CF e, ainda, em leis ordinárias. Esses princípios, que consistem em parâmetros valorativos
orientadores das atividades do Estado, são de observância obrigatória na administração direta
e indireta de quaisquer dos poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios. Os princípios
do contraditório e da ampla defesa aplicam-se tanto aos litigantes em processo judicial quanto
aos em processo administrativo.

73. O art. 37, caput, da Constituição Federal indica expressamente à administração pública
direta e indireta princípios a serem seguidos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, entre outros princípios não elencados no referido artigo.

74. O princípio da publicidade como valor republicano, assimilado de forma crescente pela vida
e pela cultura política, conforma o direito brasileiro a imperativo constitucional de natureza
absoluta, contra o qual não há exceção.
- ERRADO.

Artigo 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.

75. O princípio da impessoalidade é corolário do princípio da isonomia.


- O que a questão busca dizer é: O princípio da impessoalidade RESULTA (extrai-se, decorre) do
princípio da isonomia.

► VERTENTES DO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:


- Finalidade a lei;
- Princípio da isonomia (Exigido pela questão);
- Vedação de promoção pessoal pelos agentes públicos;
- Princípio da imputação volitiva.

76. O princípio da legalidade implica dispor o administrador público no exercício de seu munus
de espaço decisório de estrita circunscrição permissiva da lei em vigor, conforme ocorre com
agentes particulares e árbitros comerciais.
- ERRADO.
- Hely Lopes Meirelles: Na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza,
enquanto na Administração privada é possível é possível fazer o que a lei não proíbe.

77. A vedação ao nepotismo no ordenamento jurídico brasileiro, nos termos da súmula


vinculante n.º 13/2008, ao não se referir à administração pública indireta, excetua a incidência
da norma em relação ao exercício de cargos de confiança em autarquias.
- ERRADO.
- Súmula Vinculante nº 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,
viola a Constituição Federal.

78. Postulados de natureza ética, como o princípio da boa-fé, não se aplicam às relações
estabelecidas pela administração.
- ERRADO.
- O princípio da Moralidade é gênero e possui como espécies os princípio da Lealdade e
princípio da Boa-fé; Segundo os quais a Administração Pública deve proceder em relação aos
administrados de forma sincera, sendo-lhe vedado qualquer comportamento que dificulta o
exercício de direitos por parte dos cidadãos.
- O princípio da Moralidade não é de observância obrigatória apenas para os agentes públicos,
mas também para os particulares que se relacionam com a administração pública. Devem
manter uma postura ética: atuar em harmonia com a moral, com os bons costumes e com a
ideia comum de honestidade.

79. O regime jurídico administrativo é instituído sobre o alicerce do princípio da legalidade


restrita, o que impede a aplicação, no âmbito da administração pública, de princípios implícitos,
não expressamente previstos na legislação.
- ERRADO.
- Os princípios, tanto expressos como implícitos, se aplicam indistintamente à administração
pública direta e indireta.

80. O princípio da indisponibilidade do interesse público não impede a administração pública


de realizar acordos e transações.
- Poder Público. Transação. Validade. Em regra, os bens e o interesse público são indisponíveis,
porque pertencem à coletividade. O Administrador, mero gestor da coisa pública, não tem
disponibilidade sobre os interesses confiados à sua guarda e realização. Todavia, há casos em
que o princípio da indisponibilidade do interesse público deve ser atenuado, mormente quando
se tem em vista que a solução adotada pela Administração é a que melhor atenderá à ultimação
deste interesse. (...). (STF. 1ª T. RE nº. 253.885/MG. Rel. Min. Ellen Gracie. DJ de 21/06/2002)".

81. Os princípios da administração explicitamente previstos na CF não se aplicam às entidades


paraestatais e às sociedades de economia mista, por serem essas entidades pessoas jurídicas de
direito privado que atuam em atividades do setor econômico, embora sejam criadas por lei.
- ERRADO.
- DEPOIS PROCURAR A JUSTIFICATIVA CORRETA (FAZER A JUSTIFICATIVA).

82. Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência são princípios da


administração pública que devem ser observados na gestão financeira e orçamentária da
assistência social.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

83. A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela administração,


dos interesses públicos, integram o conteúdo do regime jurídico-administrativo.
84. Viola o princípio da impessoalidade a edição de ato administrativo que objetive a satisfação
de interesse meramente privado.

85. Dado o princípio da legalidade, os agentes públicos devem, além de observar os preceitos
contidos nas leis em sentido estrito, atuar em conformidade com outros instrumentos
normativos existentes no ordenamento jurídico nacional.

86. O princípio administrativo da autotutela expressa a capacidade que a administração tem de


rever seus próprios atos, desde que provocada pela parte interessada, independentemente de
decisão judicial.
- ERRADO.
- A autotutela está sumulada na jurisprudência no STF, que entende que a administração pode
rever seus próprios atos ex-officio ou por provocação do administrado.
- Súmula 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

87. A impossibilidade da alienação de direitos relacionados aos interesses públicos reflete o


princípio da indisponibilidade do interesse público, que possibilita apenas que a administração,
em determinados casos, transfira aos particulares o exercício da atividade relativa a esses
direitos.
- A indisponibilidade do interesse público enuncia que os agentes públicos não são donos do
interesse por eles defendido. Assim, no exercício da função administrativa os agentes públicos
estão obrigados a atuar, não segundo sua própria vontade, mas do modo determinado pela
legislação. Como decorrência dessa indisponibilidade, não se admite tampouco que os agentes
renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem em juízo.

 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO PODE SE RESUMIR EM:


i. As sujeições administrativas: representadas pelas limitações na atuação administrativa, como
a necessidade de licitar;
ii. O poder-dever de agir: que consiste na obrigação de agir sempre que a lei outorgar uma
competência ao agente público (ao mesmo tempo em que ele ganha o poder de atuar ele
também tem o dever de fazer);
iii. Inalienabilidade dos direitos concernentes a interesse públicos: impede que a
Administração transfira a titularidade de determinada atividade por meio de ato infra legal.
- Para explicar este último caso, devemos pegar como exemplo a concessão de serviço público:
Quando a Administração faz uma licitação para conceder o direito de explorar o serviço de
telecomunicações, ela estará transferindo apenas a execução do serviço, permanecendo com a
titularidade do mesmo. Assim, o particular poderá explorar a atividade, ou seja, poderá executá-
la, mas a Administração permanece com a titularidade, motivo pelo qual possui o poder de
controlar e fiscalizar a qualidade do serviço prestado. Dessa forma, os direitos relacionados aos
interesses públicos são inalienáveis, podendo-se transferir, em determinados casos, somente a
execução do serviço.

88. Ainda que as sociedades de economia mista sejam pessoas jurídicas de direito privado com
capital composto por capital público e privado, a elas aplicam-se os princípios explícitos da
administração pública.
89. Em face do princípio da isonomia, que rege toda a administração pública, o regime jurídico
administrativo não pode prever prerrogativas que o diferenciem do regime previsto para o
direito privado.
- ERRADO.
- Justificativa da banca: O regime jurídico administrativo resume-se a prerrogativas e sujeições.
É uma particularidade do direito administrativo o fato de que suas normas se caracterizam pelas
prerrogativas sem equivalentes nas relações privadas. Assim, a administração pública possui
prerrogativas e privilégios.

90. O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete ao
princípio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão.
- ERRADO.
- O erro está basicamente em afirmar que o DPF não se submete ao princípio da publicidade,
quando na verdade se submete. A regra é que o princípio da publicidade seja aplicado, pois todo
cidadão deve saber o que se passa na Administração Pública. Ocorre que, em determinadas
situações, tal princípio não se aplica por estarem envolvidos interesses que possam por em risco
algo maior. Logo, como ex., mencione-se as informações cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado (art. 5.º, XXXIII, CF), uma vez que em tal circunstância a
publicidade das informações é restringida em face da própria segurança da sociedade ou do
Estado.

91. Os princípios da administração pública expressamente dispostos na CF não se aplicam às


sociedades de economia mista e às empresas públicas, em razão da natureza eminentemente
empresarial dessas entidades.
- ERRADO.

CF 88:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

92. O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor


público em desconformidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento
da eficácia na prestação do serviço público correspondente.
- ERRADO.
- Segundo Mazza: “Acrescentado no art. 37, caput, da Constituição Federal pela Emenda nº
19/98, o princípio da eficiência foi um dos pilares da Reforma Administrativa que procurou
implementar o modelo de administração pública gerencial voltada para um controle de
resultados na atuação estatal. Economicidade, redução de desperdíciosa, qualidade, rapidez,
produtividade e rendimento funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência. É
impossível deixar de relacionar o princípio da eficiência com uma lógica da iniciativa privada de
como administrar. Porém, o Estado não é uma empresa; nem sua missão, buscar o lucro. Por
isso, o princípio da eficiência não pode ser analisado senão em conjunto com os demais
princípios do Direito Administrativo. A eficiência não pode ser usada como pretexto para a
Administração Pública descumprir a lei. Assim, o conteúdo jurídico do princípio da eficiência
consiste em obrigar a Administração a buscar os melhores resultados por meio da aplicação da
lei.”

93. Suponha que o governador de determinado estado tenha atribuído o nome de Nelson
Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola pública estadual construída com recursos
financeiros repassados mediante convênio com a União. Nesse caso, há violação do princípio da
impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à publicidade de obras com
nomes de autoridades públicas.
- ERRADO.

LEI 6.454, DE 24 DE OUTUBRO DE 1977:


Art. 1º É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de
qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da Administração indireta.
Art. 3º As proibições constantes desta Lei são aplicáveis às entidades que, a qualquer título,
recebam subvenção ou auxílio dos cofres públicos federais.

94. Se uma pessoa tomar posse em cargo público em razão de aprovação em concurso público
e, por ser filiado a um partido político, sofrer perseguição pessoal por parte de seu superior
hierárquico, poderá representar contra seu chefe por ofensa direta ao princípio da
impessoalidade.
- O princípio da impessoalidade, estampado no art. 37, caput, da CF/88, de fato, apresenta,
dentre seus diferentes aspectos, o de vedar tratamentos discriminatórios, ou que visem a
beneficiar ou a prejudicar determinadas pessoas, em detrimento do interesse público, que deve
sempre pautar a ação dos agentes do Estado. Ao se iniciar perseguição a um servidor público,
em razão de condição estritamente pessoal – no caso, ser o servidor filiado a um dado partido
político – o superior hierárquico está, sim, malferindo diretamente o princípio da
impessoalidade, o que renderia ensejo, também, a uma representação contra tal superior.
Citando como exemplo nosso estatuto federal, cobrado em diversos concursos públicos, a
representação poderia ser feita com apoio no art. 116, incisos VI e XII, da Lei 8.112/90.

95. A contratação direta de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, contrária à moralidade, impessoalidade e eficiência administrativas, já era vedada,
na esfera do Poder Judiciário, mesmo antes da edição da Súmula Vinculante n.º 13, que
determina ser uma violação à CF a prática de nepotismo em qualquer dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
- Antes da Súmula Vinculante nº 13 do STF o Conselho Nacional de Justiça - CNJ já havia proibido
a prática do nepotismo através da Resolução nº 07 no âmbito do Poder Judiciário.

96. Considere que um servidor estável, tendo desrespeitado, na presença dos seus colegas de
serviço, uma ordem direta, pessoal e legítima de seu superior hierárquico, abandone o cargo.
Mesmo diante da gravidade da infração e da notoriedade da conduta, a exoneração do servidor,
de ofício, por abandono de cargo viola os princípios da legalidade e da ampla defesa, conforme
entendimento do STJ.
- O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou ser necessário o devido processo administrativo
disciplinar para demissão de servidor que abandona o cargo, vejamos: “PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. LITIS-PENDÊNCIA NÃO CARACTERIZADA.
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. ABANDONO DE CARGO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA.
EXONERAÇÃO DE OFÍCIO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. AUSÊNCIA DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA AMPLA
DEFESA”. http://www.tce.ms.gov.br/portal/admin/uploads/11728_2010.PDF

97. A publicidade é fator de eficácia e requisito de moralidade dos atos administrativos;


entretanto, a publicação de atos irregulares não os convalida.
- A primeira parte da assertiva encontra expresso amparo no Decreto 1.171/94, que veicula o
Código de Ética dos servidores públicos civis, mais precisamente em seu item VII, das regras
deontológicas.
- No que tange à segunda parte, de fato, o tão só fato de o ato ser publicado não tem o condão
de sanear eventuais irregularidades que se lhe acometam. A publicidade, em si mesma, não
constitui fator de convalidação de atos administrativos.

Decreto 1.171/94:
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado
e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso,
nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a
quem a negar.

98. Com fundamento no princípio da moralidade e da impessoalidade, o STF entende que,


independentemente de previsão em lei formal, constitui violação à CF a nomeação de sobrinho
da autoridade nomeante para o exercício de cargo em comissão, ainda que para cargo político,
como o de secretário estadual.
- ERRADO.
- Quando o art. 37 refere-se a cargo em comissão e função de confiança, está tratando de cargos
e funções singelamente administrativos, não de cargos políticos. Portanto, os cargos políticos
estariam fora do alcance da decisão que tomamos na ADC nº 12, porque o próprio capítulo VII
é “Da Administração Pública” enquanto segmento do Poder Executivo. E sabemos que os cargos
políticos, como por exemplo, o de secretário municipal, são agentes de poder, fazem parte do
Poder Executivo. O cargo não é em comissão, no sentido do artigo 37. Somente os cargos e
funções singelamente administrativos - é como penso - são alcançados pela imperiosidade do
artigo 37, com seus lapidares princípios. Então, essa distinção me parece importante para, no
caso, excluir do âmbito da nossa decisão anterior os secretários municipais, que correspondem
a secretários de Estado, no âmbito dos Estados, e ministros de Estrado, no âmbito federal. RE
579.951 (DJe 24.10.2008) - Voto do Ministro Ayres Britto - Tribunal Pleno.

99. Em atendimento ao princípio da publicidade, a administração pública deve proporcionar


ampla divulgação dos seus atos, e a lei regular o acesso dos usuários de serviço público a
registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observadas, no entanto, as
restrições estabelecidas constitucionalmente quanto ao direito à intimidade e à segurança da
sociedade e do Estado.

100. Como decorrência do princípio da legalidade, a organização e o funcionamento da


administração federal somente podem ser disciplinados por lei.
- ERRADO.
- Na doutrina, José dos Santos Carvalho Filho esclarece a possibilidade de dispor sobre
funcionamento e organização da Administração Federal mediante atos infralegais. Os atos de
organização e funcionamento da Administração Federal, ainda que tenham conteúdo
normativo, são meros atos ordinatórios, ou seja, atos que se preordenam basicamente ao setor
interno da Administração para dispor sobre seus serviços e órgãos, de modo que só
reflexamente afetam a esfera jurídica de terceiros, e mesmo assim mediante imposições
derivadas ou subsidiárias, mas nunca originárias. Esse aspecto não é suficiente para converter
os atos em decretos ou regulamentos autônomos. Na verdade, vários outros atos, além do
decreto, dispõem sobre a organização administrativa, como é o caso dos avisos ministeriais,
resoluções, provimentos, portarias, instruções, ordens de serviço. A diferença é apenas de
hierarquia do agente responsável pela prática do ato e da maior ou menor amplitude de seu
objeto. O conteúdo organizacional, no entanto, é o mesmo (Curso de Direito Administrativo. 19ª
ed. Rio de Janeiro, Lumen Juris Editora, 2008, p. 54).

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

101. Segundo o princípio da reserva legal, todas as pessoas, órgãos e entidades sujeitam-se às
diversas espécies legislativas descritas na CF.
- ERRADO.
- Na verdade, o princípio da reserva legal é aquele segundo o qual determinadas matérias,
previstas na Constituição, somente podem ser tratadas, ou seja, regulamentadas, por meio de
lei formal, excluindo-se, pois, qualquer outra espécie normativa produzida em conformidade
com o devido processo legislativo.
- Assim sendo, a afirmativa ora julgada, na realidade, ao se referir a “diversas espécies
legislativas descritas na CF", encontra-se bem mais afinada com o princípio da legalidade, que
não se confunde com o princípio da reserva legal, justamente porque aquele primeiro
(legalidade) não exige tratamento somente por lei em sentido formal.

102. O princípio da autotutela impõe à administração pública o dever de anular seus atos por
ilegalidade ou, presentes os requisitos de conveniência e oportunidade, anulá-los quando não
mais servirem ao interesse público.
- ERRADO.
- Anulação: por razões de legalidade do ato;
- Revogação: razões de conveniência e discricionariedade (mérito administrativo).
- O STF abordou o tema da autotutela ao editar a Súmula 473: A administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

103. Dado o princípio da legalidade, a atuação do Estado é limitada pela lei, devendo seus atos,
em caso de inobservância desse princípio, ser declarados inválidos ou ser anulados, o que ocorre
unicamente por via judicial.
- ERRADO.
- Súmula nº 473 STF - Administração Pública - Anulação ou Revogação dos Seus Próprios Atos:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.

Lei 8112/90:
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.

104. O princípio da eficiência, segundo o qual todo agente público deve realizar suas atribuições
com presteza, perfeição e rendimento funcional, sobrepõe-se aos demais princípios da
administração pública, inclusive ao da legalidade.
- ERRADO.
- O princípio da eficiência não sobrepõe os outros princípios da administração pública, os
princípios são os alicerces da administração não tendo hierarquia entre eles, o princípio da
eficiência veio por meio de emenda para dar um plus no art. 37 tornando a administração mais
gerencial.
105. Na relação entre a administração e o administrado, o comportamento que, embora em
consonância com a lei, ofenda a moral afronta o princípio da moralidade.

106. Constituindo exceção ao princípio da legalidade, as ações de caráter discricionário têm


eficácia jurídica independentemente de autorização em lei.
- ERRADO.
- Ações discricionárias DEVEM se ater ao princípio da legalidade e tem eficácia jurídica
DEPENDENTE de autorização em lei.

107. A publicidade dos atos processuais poderá ser restringida em razão do interesse social ou
para garantir a defesa da intimidade.

108. Os princípios explícitos da administração pública previstos na CF não se aplicam às


empresas estatais, em razão da natureza e atividade desempenhada por essas entidades.
- ERRADO.
- Os princípios informativos da Administração Pública, ao menos os expressos, encontram-se
elencados, basicamente, no art. 37, caput, da CF/88. Trata-se de princípios que se direcionam a
toda a Administração Pública, seja a direta, seja a indireta, no que se incluem, portanto, as
empresas estatais, vale dizer, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Logo,
está errada a afirmativa ora comentada.

109. Define-se o requisito denominado motivação como o poder legal conferido ao agente
público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.
- ERRADO.
- O Poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de
seu cargo denomina-se competência.
- A motivação é a exteriorização do motivo para a prática de um ato administrativo.

110. Os princípios explícitos da administração pública dispostos na Constituição Federal não se


aplicam às empresas públicas, em razão de sua natureza eminentemente empresarial.
- ERRADO.
- A Constituição é expressa no sentido de que tanto a administração direta (União, estados, DF
e municípios) como a administração indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas
e sociedades de economia mista) devem obediência aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

111. Os princípios fundamentais orientadores de toda a atividade da administração pública


encontram-se explicitamente no texto da Constituição Federal, como é o caso do princípio da
supremacia do interesse público.
- ERRADO.
- A Constituição Federal elenca princípios fundamentais de toda atuação administrativa.
Todavia, existem princípios que são fundamentais para a atuação administrativa que não se
encontram expressamente previstos em seu texto, como é o caso do princípio da supremacia
do interesse público.

112. Nos casos de desapropriação e do exercício do poder de polícia do Estado, constata-se


nitidamente a aplicação do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.

113. De acordo com a doutrina, o regime jurídico-administrativo abrange tanto as regras quanto
os princípios, os quais são considerados recomendações para a atividade da administração
pública.
- ERRADO.
- Segundo Elyesley do Nascimento: “O princípio da moralidade administrativa, tanto quanto os
demais princípios da Administração Pública, não são meras recomendações ou conselhos. Ao
revés, segundo tendência moderna das ciências jurídicas, os princípios são dotados de força
normativa. Como precursores dessa corrente de pensamento, os jusfilósofos Ronald Dworkin e
Robert Alexy sustentam que os princípios não são meros apontamentos programáticos, no
sentido de que “seria interessante fazer assim”. Pelo contrário, os princípios “impõem que se
faça assim”. Não se tratam de uma mera sugestão, mas de mandamentos com força obrigatória,
sob pena de declaração de nulidade do ato violador ao princípio. Assim, é direito de todo o
cidadão exigir da Administração Pública o cumprimento dos princípios, exigência perfeitamente
alinhada à ideia de Estado Democrático de Direito. Nessa ótica, surge a moralidade como valor
condicionante de todas as condutas estatais".

114. A atribuição do nome de determinado prefeito em exercício a escola pública municipal


constitui infringência ao princípio constitucional da impessoalidade, mesmo que tenha caráter
educativo, informativo ou de orientação social.

115. As restrições impostas à atividade administrativa que decorrem do fato de ser a


administração pública mera gestora de bens e de interesses públicos derivam do princípio da
indisponibilidade do interesse público, que é um dos pilares do regime jurídico-administrativo.
- ERRADO.
- Conforme instrui Celso Antônio Bandeira de Mello, são dois os supra princípios: supremacia do
interesse público sobre o privado; e indisponibilidade do interesse público.
- Este (indisponibilidade) reflete os direitos dos administrados (particulares). Assim, o agente
não pode dispor de bens e serviços públicos da maneira que ele bem entender, nem mesmo
usar em aproveito próprio ou de outrem, este estão obrigados a atuar conforme a legislação
autoriza fazer (até pelo respeito princípio da legalidade).
- Celso Antonio também disse que este dois princípios são "pedra de toque". Ele estabelece que
o interesse público não pode ser disposto livre pelo administrador que deve atuar dentro dos
limites legais. Portanto, a expressão "múnus público" agir em nome da coletividade. Por exemplo
deste, licitação, concurso público.

116. O princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de atuação ética dos
agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos administrativos.

117. Motivação é um princípio que exige da administração pública indicação dos fundamentos
de fato e de direito de suas decisões.
- O princípio da motivação impõe à Administração Pública o dever de indicação dos pressupostos
de fato e de direito que determinaram a prática do ato (art. 2°, parágrafo único, VII, da lei n.
9.784/1999). Portanto, a validade do ato administrativo está condicionada à apresentação por
escrito dos fundamentos fáticos e jurídicos justificadores da decisão adotada. Trata-se de um
mecanismo de controle sobre legalidade e legitimidade das decisões da Administração Pública.
A motivação é encontrada em diversos diploma normativos como:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:


Art. 93, X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo
as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

LEI 9.784/99:
Art. 50 - Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos.
118. Em razão do princípio da legalidade, previsto em artigo do texto constitucional, apenas a
lei é fonte do direito administrativo.
- ERRADO.
*** Fontes do Direito Administrativo:
- Lei;
- Doutrina;
- Jurisprudência;
- Costume;
- Princípios Gerais do Direito.

119. Segundo o princípio da legalidade, a administração pública vincula- se, em toda sua
atividade, aos mandamentos da lei, tanto em relação aos atos e às funções de natureza
administrativa quanto em relação às funções legislativa e jurisdicional.

120. O Diretor-geral da ANTT concedeu a uma entidade privada de filantropia autorização para
a utilização do auditório da sede do órgão, com vistas à realização de um evento de capacitação
de catadores de materiais recicláveis. Alguns dias após ter sido dada a autorização, entretanto,
surgiu a necessidade de se utilizar o auditório da entidade, no mesmo período, como sede do
Seminário Nacional de Infraestrutura de Transportes Rodoviários, realizado pela ANTT, em
conjunto com o DNIT e com o Ministério dos Transportes. Em razão do princípio da supremacia
do interesse público sobre o interesse privado, é possível anular o ato que autorizou a entidade
privada a utilizar o auditório, com fundamento no juízo de oportunidade e conveniência da
administração.
- ERRADO.
- Anular só se for ilegal. O correto é revogar, por conveniência e oportunidade.

121. Em consequência do princípio da legalidade, pode-se concluir que, havendo discordância


entre determinada conduta e a lei, deverá a conduta ser corrigida para eliminar-se a ilicitude.

122. A vedação da prática do nepotismo no âmbito da administração direta e indireta de


qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios está
relacionada aos princípios da moralidade e da impessoalidade administrativa.

123. Nos casos de desapropriação e do exercício do poder de polícia do Estado, constata-se


nitidamente a aplicação do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.

124. O ato de aplicação de penalidade deverá ser sempre motivado.


- A Lei federal nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal, em seu artigo 50, elenca situações de fato e de direito que, quando presentes,
obrigam o agente público a motivar o ato, com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos
presentes. De extrema relevância a citação, in litteris, desse artigo:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

125. Segundo os princípios da economicidade e da eficiência, a ANS pode se negar a receber


pedido de reconsideração manifestamente contrário aos seus precedentes, evitando, assim, o
dispêndio de dinheiro público no processamento e na decisão dessa solicitação.
- ERRADO.
- É violado os princípios do contraditório e da ampla defesa, que devem ser aplicados tanto a
processos administrativos quanto aos processos judiciais.
CF/88:
Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

126. O órgão público, ao divulgar a remuneração dos seus servidores, está cumprindo com o
princípio da eficiência.
- ERRADO.
- Está cumprindo o princípio da PUBLICIDADE (Transparência dos Atos / Direito de Informação).

 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE - 2 VERTENTES:


- exigência de publicação oficial, como requisito de eficácia, dos atos administrativos;
- exigência de transparência da atuação administrativa.
- Publicidade, regra geral, e o sigilo é exceção .

DECRETO 7724/2012
Art. 7º É dever dos órgãos e entidades promover, independente de requerimento, a divulgação
em seus sítios na Internet de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou
custodiadas, observado o disposto nos arts. 7º e 8º da Lei no 12.527, de 2011.
§3º Deverão ser divulgadas, na seção específica de que trata o §1º, informações sobre:
VI - remuneração e subsídio recebidos por ocupante de cargo, posto, graduação, função e
emprego público, incluindo auxílios, ajudas de custo, jetons e quaisquer outras vantagens
pecuniárias, bem como proventos de aposentadoria e pensões daqueles que estiverem na ativa,
de maneira individualizada, conforme ato do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

127. Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que se vale da publicidade oficial
para autopromover-se.

128. Não viola o princípio da legalidade a exoneração de ofício de servidor público por abandono
de cargo.
- ERRADO.
- O caso é de DEMISSÃO e não de exoneração

LEI N. 8.112/90:
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
II - abandono de cargo.

129. A impessoalidade administrativa opera-se pro populo, vedando ao administrador a


contratação dirigida intuito personae.
- A impessoalidade opera-se pro populo, impedindo discriminações, e contra o administrador,
ao vedar-lhe a contratação dirigida intuitu personae (STJ RMS 16697 RS).

130. O princípio da isonomia pode ser invocado para a obtenção de benefício, ainda que a
concessão deste a outros servidores tenha-se dado com a violação ao princípio da legalidade.
- ERRADO.
- STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade (Súmula
473), não podendo ser invocado o princípio da isonomia como pretexto de se obter benefício
ilegalmente concedido a outros servidores. (AI 442.918-AgR, Rel. Min.Sepúlveda Pertence,
julgamento em 4-5-2004, Primeira Turma, DJ de 4-6-2004.).
131. Embora sem previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro, o princípio da confiança
relaciona-se à crença do administrado de que os atos administrativos serão lícitos e, portanto,
seus efeitos serão mantidos e respeitados pela própria administração pública.

132. A proporcionalidade, no sentido de que o Estado só deve intervir quando se fizer necessário
e de forma proporcional aos problemas existentes, constitui um valor que deve nortear a busca
por uma maior qualidade regulatória.
- Princípio da Proporcionalidade: A proporcionalidade, se resume na relação de causalidade
entre um meio e um fim, de tal sorte que se possa proceder aos três exames fundamentais
inerentes a ela, quais sejam: a adequação, a necessidade e a proporcionalidade em sentido
estrito. Sem um meio, um fim concreto e a relação de causalidade entre eles, não há a aplicação
do princípio da proporcionalidade em seu caráter trifásico.
- O princípio da proporcionalidade é considerado como dito em linhas pretéritas uma vertente
do princípio da razoabilidade pelo motivo de ser necessária uma adequação entre os meios
empregados pela Administração Pública para atingir os fins pretendidos, se não houver tal
adequação a desproporcionalidade acaba por residir em tal medida empregada.

133. O princípio da publicidade vincula-se à existência do ato administrativo, mas a


inobservância desse princípio não invalida o ato.
- ERRADO.
- O princípio da publicidade vincula-se à existência do ato administrativo (ERRADO) mas a
inobservância desse princípio não invalida o ato (CERTO).
- O princípio da publicidade é condição de EFICÁCIA do ato administrativo e não de existência.

134. De acordo com o princípio da moralidade, os atos e as atividades da administração pública


devem estar de acordo com a lei e com preceitos morais.

135. O servidor público deve prestar atendimento de qualidade e com rapidez, a despeito do
custo que o serviço gere, pois, de acordo com o princípio da eficiência, a devida prestação de
um serviço justifica o aporte de recursos adicionais.
- ERRADO.
- O Servidor Público deve prestar atendimento de qualidade? Sim! com rapidez? Sim! a despeito
do custo que o serviço gere? ou seja, a atividades exercida pelo servidor público independe do
custo utilizado no serviço? ERRADO...pois a atividade do ESTADO, realizada pelo agente público,
buscar ir em encontro ao princípio da EFICIÊNCIA, ou seja, melhor rendimento com o mínimo de
erros/dispêndios.

136. O regime jurídico-administrativo pauta-se sobre os princípios da supremacia do interesse


público sobre o particular e o da indisponibilidade do interesse público pela administração, ou
seja, erige-se sobre o binômio “prerrogativas da administração — direitos dos administrados”.

137. Haverá ofensa ao princípio da moralidade administrativa sempre que o comportamento da


administração, embora em consonância com a lei, ofender a moral, os bons costumes, as regras
de boa administração, os princípios de justiça e a ideia comum de honestidade.

138. Determinado prefeito, que é filho do deputado federal em exercício José Faber, instituiu
ação político-administrativa municipal que nomeou da seguinte forma: Programa de
Alimentação Escolar José Faber.
Nessa situação hipotética, embora o prefeito tenha associado o nome do próprio pai ao referido
programa, não houve violação do princípio da impessoalidade, pois não ocorreu promoção
pessoal do chefe do Poder Executivo municipal.
- ERRADO.
CF/88:
Art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.

139. A nomeação, pelo presidente de um tribunal de justiça, de sua companheira para o cargo
de assessora de imprensa desse tribunal violaria o princípio constitucional da moralidade.

140. Os princípios constitucionais da administração pública se limitam à esfera do Poder


Executivo, já que o Poder Judiciário e o Poder Legislativo não exercem função administrativa.
- ERRADO.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

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158.
159.

160.

90. Os princípios da administração pública expressamente dispostos na CF não se aplicam às


sociedades de economia mista e às empresas públicas, em razão da natureza eminentemente
empresarial dessas entidades.
- ERRADO.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

91. O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor


público em desconformidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento
da eficácia na prestação do serviço público correspondente.
- ERRADO.
- Segundo Mazza: "Acrescentado no art. 37, caput, da Constituição Federal pela Emenda n.
19/98, o princípio da eficiência foi um dos pilares da Reforma Administrativa que procurou
implementar o modelo de administração pública gerencial voltada para um controle de
resultados na atuação estatal. Economicidade, redução de desperdíciosa, qualidade, rapidez,
produtividade e rendimento funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência. É
impossível deixar de relacionar o princípio da eficiência com uma lógica da iniciativa privada de
como administrar. Porém, o Estado não é uma empresa; nem sua missão, buscar o lucro. Por
isso, o princípio da eficiência não pode ser analisado senão em conjunto com os demais
princípios do Direito Administrativo. A eficiência não pode ser usada como pretexto para a
Administração Pública descumprir a lei. Assim, o conteúdo jurídico do princípio da eficiência
consiste em obrigar a Administração a buscar os melhores resultados por meio da aplicação da
lei."

92. Suponha que o governador de determinado estado tenha atribuído o nome de Nelson
Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola pública estadual construída com recursos
financeiros repassados mediante convênio com a União. Nesse caso, há violação do princípio da
impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à publicidade de obras com
nomes de autoridades públicas.
- ERRADO.
- [...] Em muitos estados o Ministério Público tem sido atuante: no Maranhão, a Justiça Federal,
em ação civil pública requerida pelo Ministério Público, determinou que fosse removido o
letreiro com o nome do Senador José Sarney do Fórum do Tribunal Regional do Trabalho/Ma. A
decisão alcança outros prédios, inclusive fóruns, com nomes de pessoas vivas no Estado. Em
Sergipe, o juiz da Comarca de Japaratuba julgou procedente Ação Civil Pública, que questionava
a colocação dos nomes de políticos em prédios públicos do distrito de Pirambu. Determinou-se
a remoção das inscrições, porque em afronta aos princípios constitucionais. O Promotor das
cidades de Sorriso, de Nobres e outros municípios de Mato Grosso, notificaram os prefeitos
locais para substituírem os nomes de pessoas vivas em prédios públicos. Em Santa Catarina, o
município de Indaial teve de retirar os nomes de pessoas vivas de prédios públicos, resultado de
sentença em ação civil pública, requerida pelo Ministério Público. Na Bahia, a Resolução do
Tribunal de Justiça de n. 08/2002, estabelece no artigo 1º: “Fica proibido, em todo o âmbito
estadual, dar nome de pessoas vivas a bem público, de qualquer natureza, pertencente ao Poder
Judiciário”. Eventuais denominações dadas anteriormente continuam violando a Lei 6.545/77 e
a Constituição de 1988.[...]

Lei 6.454, de 24 de outubro de 1977:


Art 1º É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de
qualquer natureza, pertecente à União ou às pessoas jurídicas da Administração indireta.
Art 3º As proibições constantes desta Lei são aplicáveis às entidades que, a qualquer título,
recebam subvenção ou auxílio dos cofres públicos federais

93. Se uma pessoa tomar posse em cargo público em razão de aprovação em concurso público
e, por ser filiado a um partido político, sofrer perseguição pessoal por parte de seu superior
hierárquico, poderá representar contra seu chefe por ofensa direta ao princípio da
impessoalidade.

94. A publicidade é fator de eficácia e requisito de moralidade dos atos administrativos;


entretanto, a publicação de atos irregulares não os convalida.
- A publicidade é fator de eficácia e requisito de moralidade dos atos administrativos realmente,
porém se o ato é irregular, a mera publicação por si só não vai torná-lo legal. Neste caso, mesmo
sendo ilegal, ele vai produzir efeitos (pela presunção de legitimidade) até que a administração
ou o poder judiciário o invalide.

95. A contratação direta de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, contrária à moralidade, impessoalidade e eficiência administrativas, já era vedada,
na esfera do Poder Judiciário, mesmo antes da edição da Súmula Vinculante n.º 13, que
determina ser uma violação à CF a prática de nepotismo em qualquer dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
- Antes da Súmula Vinculante nº 13 do STF o Conselho Nacional de Justiça - CNJ já havia proibido
a prática do nepotismo através da Resolução nº 07 no âmbito do Poder Judiciário.

Resolução do CNJ n.º 7/05:


Art. 1° É vedada a prática de nepotismo no âmbito de todos os órgãos do Poder Judiciário, sendo
nulos os atos assim caracterizados.
Art. 2° Constituem práticas de nepotismo, dentre outras:
I - o exercício de cargo de provimento em comissão ou de função gratificada, no âmbito da
jurisdição de cada Tribunal ou Juízo, por cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, dos respectivos membros ou juízes
vinculados;
II - o exercício, em Tribunais ou Juízos diversos, de cargos de provimento em comissão, ou de
funções gratificadas, por cônjuges, companheiros ou parentes em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, de dois ou mais magistrados, ou de servidores investidos
em cargos de direção ou de assessoramento, em circunstâncias que caracterizem ajuste para
burlar a regra do inciso anterior mediante reciprocidade nas nomeações ou designações;
III - o exercício de cargo de provimento em comissão ou de função gratificada, no âmbito da
jurisdição de cada Tribunal ou Juízo, por cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, de qualquer servidor investido em cargo
de direção ou de assessoramento;
IV - a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público, de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, dos respectivos membros ou juízes vinculados, bem
como de qualquer servidor investido em cargo de direção ou de assessoramento;
V - a contratação, em casos excepcionais de dispensa ou inexigibilidade de licitação, de pessoa
jurídica da qual sejam sócios cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, dos respectivos membros ou juízes vinculados, ou servidor investido em
cargo de direção e de assessoramento.

96. Considere que um servidor estável, tendo desrespeitado, na presença dos seus colegas de
serviço, uma ordem direta, pessoal e legítima de seu superior hierárquico, abandone o cargo.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos. Mesmo diante da gravidade
da infração e da notoriedade da conduta, a exoneração do servidor, de ofício, por abandono de
cargo viola os princípios da legalidade e da ampla defesa, conforme entendimento do STJ.
- O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou ser necessário o devido processo administrativo
disciplinar para demissão de servidor que abandona o cargo, vejamos: “PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. LITIS-PENDÊNCIA NÃO CARACTERIZADA.
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. ABANDONO DE CARGO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA.
EXONERAÇÃO DE OFÍCIO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. AUSÊNCIA DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA AMPLA DEFESA.

8.
O servidor público que revelar a particular determinado fato sigiloso de que tenha ciência em
razão das atribuições praticará ato de improbidade administrativa atentatório aos princípios
da administração pública.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo.

10. A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos agentes públicos é
intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
- ERRADO.
► Delegação e Avocação não transfere competência, mas sim algumas atribuições da
competência de maneira transitória.

LEI 9.784/99:
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

97. Com fundamento no princípio da moralidade e da impessoalidade, o STF entende que,


independentemente de previsão em lei formal, constitui violação à CF a nomeação de sobrinho
da autoridade nomeante para o exercício de cargo em comissão, ainda que para cargo político,
como o de secretário estadual.
- ERRADO.
- "Então, quando o art. 37 refere-se a cargo em comissão e função de confiança, está tratando
de cargos e funções singelamente administrativos, não de cargos políticos. Portanto, os cargos
políticos estariam fora do alcance da decisão que tomamos na ADC nº 12, porque o próprio
capítulo VII é Da Administração Pública enquanto segmento do Poder Executivo. E sabemos que
os cargos políticos, como por exemplo, o de secretário municipal, são agentes de poder, fazem
parte do Poder Executivo. O cargo não é em comissão, no sentido do artigo 37. Somente os
cargos e funções singelamente administrativos - é como penso - são alcançados pela
imperiosidade do artigo 37, com seus lapidares princípios. Então, essa distinção me parece
importante para, no caso, excluir do âmbito da nossa decisão anterior os secretários municipais,
que correspondem a secretários de Estado, no âmbito dos Estados, e ministros de Estrado, no
âmbito federal." RE 579.951 (DJe 24.10.2008) - Voto do Ministro Ayres Britto - Tribunal Pleno.

98. Em atendimento ao princípio da publicidade, a administração pública deve proporcionar


ampla divulgação dos seus atos, e a lei regular o acesso dos usuários de serviço público a
registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observadas, no entanto, as
restrições estabelecidas constitucionalmente quanto ao direito à intimidade e à segurança da
sociedade e do Estado.

99. Como decorrência do princípio da legalidade, a organização e o funcionamento da


administração federal somente podem ser disciplinados por lei.
- ERRADO.
- A CF/88 ao disciplinar a competência do chefe do poder executivo, deixou expresso a atribuição
de dispor, por meio de DECRETO (autônomo), sobre a organização e o funcionamento da
administração federal, MAS QUANDO NÃO implicar aumento de despesa NEM criação ou
extinção de órgãos públicos. (Art. 84, VI, "a").

100. Segundo o princípio da reserva legal, todas as pessoas, órgãos e entidades sujeitam-se às
diversas espécies legislativas descritas na CF.
- ERRADO.
- O princípio da reserva legal ocorre quando uma norma constitucional atribui determinada
matéria exclusivamente à lei formal (ou a atos equiparados, na interpretação firmada na praxe),
subtraindo-a, com isso, à disciplina de outras fontes, àquelas subordinadas.

101. Dado o princípio da legalidade, a atuação do Estado é limitada pela lei, devendo seus atos,
em caso de inobservância desse princípio, ser declarados inválidos ou ser anulados, o que ocorre
unicamente por via judicial.
- ERRADO.
- Súmula nº 473 STF - Administração Pública - Anulação ou Revogação dos Seus Próprios Atos.
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.

Lei 8112/90:
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.

102. O princípio da eficiência, segundo o qual todo agente público deve realizar suas atribuições
com presteza, perfeição e rendimento funcional, sobrepõe-se aos demais princípios da
administração pública, inclusive ao da legalidade.
- ERRADO.
- O princípio da eficiência não sobrepõe os outros princípios da administração pública, os
princípios são os alicerces da administração não tendo hierarquia entre eles, o princípio da
eficiência veio por meio de emenda para dar um plus no art 37 tornando a administração mais
gerencial.

103. Na relação entre a administração e o administrado, o comportamento que, embora em


consonância com a lei, ofenda a moral afronta o princípio da moralidade.

104. Constituindo exceção ao princípio da legalidade, as ações de caráter discricionário têm


eficácia jurídica independentemente de autorização em lei.
- ERRADO.
- Ações discricionárias DEVEM se ater ao princípio da legalidade e tem eficácia jurídica
DEPENDENTE de autorização em lei.

105. A publicidade dos atos processuais poderá ser restringida em razão do interesse social ou
para garantir a defesa da intimidade.

Art. 5º, LX: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem.
106. Os princípios explícitos da administração pública previstos na CF não se aplicam às
empresas estatais, em razão da natureza e atividade desempenhada por essas entidades.
- ERRADO.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

107. Define-se o requisito denominado motivação como o poder legal conferido ao agente
público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.
- ERRADO.
- O Poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de
seu cargo denomina-se competência.
- A motivação é a exteriorização do motivo para a prática de um ato administrativo.

108. O princípio da autotutela impõe à administração pública o dever de anular seus atos por
ilegalidade ou, presentes os requisitos de conveniência e oportunidade, anulá-los quando não
mais servirem ao interesse público.
- ERRADO.
- Anulação: por razões de legalidade do ato.
- Revogação: razões de conveniência e discricionariedade (mérito administrativo).
- O STF abordou o tema da autotutela ao editar a Súmula 473: "A administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

109. Os princípios explícitos da administração pública dispostos na Constituição Federal não se


aplicam às empresas públicas, em razão de sua natureza eminentemente empresarial.
- ERRADO.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

110. De acordo com a doutrina, o regime jurídico-administrativo abrange tanto as regras quanto
os princípios, os quais são considerados recomendações para a atividade da administração
pública.
- ERRADO.
- Segundo Elyesley do Nascimento: "O princípio da moralidade administrativa, tanto quanto os
demais princípios da Administração Pública, não são meras recomendações ou conselhos. Ao
revés, segundo tendência moderna das ciências jurídicas, os princípios são dotados de força
normativa. Como precursores dessa corrente de pensamento, os jusfilósofos Ronald Dworkin e
Robert Alexy sustentam que os princípios não são meros apontamentos programáticos, no
sentido de que “seria interessante fazer assim”. Pelo contrário, os princípios “impõem que se
faça assim”.
- Não se tratam de uma mera sugestão, mas de mandamentos com força obrigatória, sob pena
de declaração de nulidade do ato violador ao princípio. Assim, é direito de todo o cidadão exigir
da Administração Pública o cumprimento dos princípios, exigência perfeitamente alinhada à
ideia de Estado Democrático de Direito. Nessa ótica, surge a moralidade como valor
condicionante de todas as condutas estatais".

111.
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