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Análise e modelagem de cargas típicas de redes de distribuição de energia


elétrica

Conference Paper · October 2009

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6 authors, including:

Sérgio Haffner L. Michels


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal de Santa Maria
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M. Mezaroba
Universidade do Estado de Santa Catarina
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Dual Unified Power Quality Conditioner View project

Mathematical Sensitivity Methods of Power Conversion View project

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THE 8th LATIN-AMERICAN CONGRESS ON ELECTRICITY GENERATION AND TRANSMISSION - CLAGTEE 2009 1

Análise e modelagem de cargas típicas de redes


de distribuição de energia elétrica
L. Michels, Member, IEEE, T. A. N. Julião, C. Ferigollo, C. Rech, Member, IEEE
M. Mezaroba, Member, IEEE, S. Haffner, Member, IEEE

esgotado devido à contínua mudança do perfil de consumo das


Resumo—Neste trabalho apresenta-se um estudo abrangente cargas [5]. As cargas residenciais tinham, no passado, um
do comportamento das cargas típicas das redes de distribuição de comportamento preponderantemente resistivo ou motriz. Na
energia elétrica, visando determinar modelos detalhados para última década, contudo, têm se observado que uma considerável
análise em regime permanente. O estudo é realizado com o parcela da energia elétrica residencial passou a ser processada
objetivo de analisar a variação na demanda de potência ativa, eletronicamente. Conseqüentemente, esta mudança no perfil das
reativa fundamental e não ativa quando a tensão de atendimento
cargas resultou em uma alteração no comportamento estático e
varia em amplitude. São consideradas as cargas mais freqüentes
das redes de baixa tensão, entre as quais se destacam: iluminação, dinâmico das redes de distribuição [6].
motriz, aquecimento e eletrônicos. O comportamento real das O presente trabalho destina-se a análise e modelagem do
cargas é determinado experimentalmente, empregando-se uma comportamento do consumo de energia de cargas monofásicas
fonte controlada de tensão e um sistema de medição apropriado típicas em residências e estabelecimentos comerciais, diante de
para a análise da qualidade de energia. A partir dos resultados variações na amplitude da tensão de alimentação. O objetivo é
experimentais obtidos são determinadas as constantes específicas fornecer os parâmetros normalizados para um modelo ZIP
para representação de cada tipo de carga no modelo ZIP (impedância-corrente-potência constante) para a potência ativa
(impedância constante, corrente constante, potência constante), e não-ativa a partir de ensaios de diversos equipamentos
para potência ativa e reativa, que é amplamente empregado nos
estudos de fluxo de carga em redes de energia elétrica. Por fim,
comercializados no Brasil. Assim, com base nos parâmetros
apresenta-se uma discussão sobre a validade e aplicabilidade dos fornecidos neste estudo e no perfil de utilização destes
modelos apresentados. equipamentos, é possível se prever o comportamento estático a
ser empregado nos estudos de fluxos de carga em redes de
Palavras-chave—Distribuição de energia elétrica, modelagem distribuição.
de carga, qualidade de energia. O artigo está organizado em cinco seções. Inicialmente
apresentam-se a caracterização dos principais tipos de cargas
I. INTRODUÇÃO monofásicas empregados em redes de distribuição de baixa

A escolha de modelos de cargas e a determinação de seus tensão. A seguir, descreve-se o modelo estático utilizado neste
parâmetros têm sido, a décadas, um relevante assunto no trabalho para representação da carga em função da tensão de
estudo na área de sistemas de energia [1]. Por muito tempo, atendimento, denominado modelo ZIP. Na quarta seção
este tema foi objeto de estudo associado à área de estabilidade descrevem-se os procedimentos empregados e os resultados
de sistemas de potência. Contudo, nos últimos anos, as obtidos nos ensaios dos diversos tipos de carga. A seguir, na
demandas por qualidade de energia e otimização nas redes de quinta seção, apresentam-se os modelos das cargas obtidos
distribuição [2,3] têm motivado uma maior compreensão dos considerando-se os resultados dos ensaios. Para finalizar são
modelos das cargas existentes neste nível do sistema [4]. apresentadas as conclusões na seção cinco.
Apesar de vários estudos sobre modelos de cargas para redes
de distribuição terem sido realizados, e assunto não está II. CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO DAS CARGAS
Segundo dados do EPE [7], projeta-se para 2009 o seguinte
Leandro Michels e Cassiano Rech fazem parte do Grupo de Eletrônica de consumo de energia elétrica no Brasil por classe de consumo:
Potência e Controle, Departamento de Processamento de Energia Elétrica, industrial (44,7%), residencial (24,6%), comercial (16,4%),
Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (GEPOC- outros (14,4%). Como se pode observar, o consumo de energia
DPEE-CT-UFSM), Santa Maria, RS, CEP 97105-900, Brasil (e-mail:
michels@ieee.org, cassiano@ieee.org).
em ambientes não-industriais é muito significativo.
Thiago Adriano Novak Julião, Cleiton Ferigollo, Marcello Mezaroba e O uso da energia elétrica em ambientes residenciais e
Sérgio Haffner fazem parte do Núcleo de Processamento de Energia Elétrica, comerciais pode ser classificado por padrões de consumo. De
Departamento de Engenharia Elétrica, Centro de Ciências Tecnológicas da uma forma geral, as aplicações que demandam energia
Universidade do Estado de Santa Catarina (nPEE–DEE–CCT–UDESC),
Joinville, SC, CEP 89223-100, Brasil (e-mails: thiago_adriano@yahoo.com.br,
elétrica, nestes ambientes, podem ser classificadas pelos seus
cleitonferigollo@yahoo.com.br, mezaroba@joinville.udesc.br, haffner@ieee.org). usos finais: iluminação, aquecimento, motriz e outros. Em
O desenvolvimento deste trabalho foi parcialmente apoiado pelo ambientes residenciais, cada sistema consome em torno de
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 25% do consumo total de energia [8]. Por outro lado, em
Brasil. Os autores agradecem também à ELETROBRAS e à
sistemas comerciais, o consumo varia muito de atividade para
CELESC/PROCEL pela infraestrutura do Laboratório de Otimização de
Sistemas Motrizes (LAMOTRIZ) e do Laboratório de Eficiência Energética atividade. De um modo geral, observa-se um grande
(LEE). percentual do consumo em sistemas de iluminação e motriz.
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O consumo de energia elétrica por estes grupos de carga Por fim, o grupo integrado pelos outros equipamentos é
não é contínuo, pois as cargas são normalmente empregadas de basicamente composto pelos equipamentos eletrônicos
forma intermitente. Por exemplo, os sistemas de refrigeração existentes nas residências [8]. Neste grupo, são incluídos os
residencial, que ficam sempre conectados à rede elétrica, não computadores, monitores, televisores, DVDs, aparelhos de
ficam consumindo energia de forma contínua. A sua curva de som, dentre outros. Estes equipamentos normalmente possuem
consumo diário depende do horário do dia, da época do ano, uma fonte de alimentação que converte a tensão CA em uma
da temperatura ambiente, da classe social do proprietário, tensão CC, que alimenta os circuitos internos destes
entre outros fatores. Cabe destacar que este estudo não tem por dispositivos. A retificação é usualmente realizada por
propósito analisar o padrão de consumo de um grupo de cargas retificadores a diodo, que apesar de serem altamente
e sim fornecer dados da variação do consumo de cada uma das eficientes, introduzem um elevado conteúdo harmônico.
cargas mais representativas. De posse destes dados, torna-se Embora existam normas internacionais que limitem a emissão
possível obter uma estimativa da variação do consumo de um de harmônicos por equipamentos [11], no Brasil a
conjunto de cargas, quanto a tensão de operação é variada. normatização é mais branda [12]. Logo, a maior parte dos
Os sistemas de iluminação residenciais e comerciais são equipamentos eletrônicos vendidos no Brasil não possui
caracterizados por diversos tipos de fontes luminosas, das correção do fator de potência. É importante destacar que os
quais se destacam: lâmpadas incandescentes, lâmpadas de equipamentos de iluminação baseados em reatores eletrônicos
descarga, e dispositivos de estado sólido (LED – light emitted e os fornos microondas também possuem um retificador no
diode) [9]. As lâmpadas incandescentes possuem um filamento estágio de entrada, apresentado uma característica similar a
alimentado por uma corrente elétrica. Diversos tipos de estes equipamentos.
lâmpadas incandescentes foram desenvolvidos, com destaque
para as convencionais e halógenas. As primeiras não III. MODELO ESTÁTICO DA CARGA
necessitam de nenhum circuito adicional de alimentação,
enquanto as outras podem empregar um transformador para A. Modelo ZIP
compatibilização da tensão de alimentação da rede elétrica ao O modelo ZIP de carga é empregado nos estudos de fluxo de
da lâmpada. As lâmpadas de descarga produzem luz a partir de carga para determinar a variação da demanda com relação à
uma descarga elétrica através de um gás ou vapor entre dois variação na tensão de atendimento [13]. Para tanto, assume-se
eletrodos metálicos. Diversos tipos de lâmpadas de descarga o comportamento da carga em regime permanente e são
foram desenvolvidos, com destaque para as lâmpadas desprezadas as componentes harmônicas diferentes da
fluorescentes (tubulares e compactas), multivapor metálico, de freqüência fundamental. Segundo este modelo, as cargas são
vapor de sódio (baixa a alta pressão) e de vapor de mercúrio representadas pelas potências ativa e reativa demandadas,
(média e alta pressão). Como estas lâmpadas precisam ser sendo estas individualmente divididas em três parcelas (cada
alimentadas adequadamente para partida e operação, as uma):
mesmas são normalmente acionadas por um circuito elétrico • Impedância constante (parcela Z): modelo estático onde
conhecido por reator (ballast), que são classificados em potência varia quadraticamente com relação à da variação
eletromagnéticos e eletrônicos. A iluminação LED emite luz na magnitude da tensão;
através do fenômeno da eletroluminescência, ou seja, que é a • Corrente constante (parcela I): modelo estático onde a
emissão de luz pela recombinação de elétrons e lacunas em um potência varia linearmente com relação à tensão;
material semicondutor. Esta tecnologia é emergente, e • Potência constante (parcela P): modelo estático onde a
demanda um circuito eletrônico para compatibilização da potência não varia com mudanças na magnitude da tensão;
tensão da rede aos requisitos dos dispositivos. O modelo é determinado em função de seus valores
Os sistemas de aquecimento baseados em energia elétrica nominais de tensão, potência ativa e reativa fundamental,
são compostos por resistências elétricas que se aquecem sendo as respectivas demandas de potência de carga em função
quando percorridos por uma corrente elétrica. Estes podem ser da tensão dadas por:
divididos em sistemas de aquecimento de água (chuveiros,
torneiras elétricas), aquecimento de ambiente (aquecedores), P (V ) = ( aPV 2 + bPV + cP ) P nom , (1)
fornos elétricos, ferros de passar roupa, microondas, secadoras
de roupas, lavadoras de louça e secadores de cabelo [8].
Embora estes últimos três sistemas apresentem também um Q (V ) = ( aQV 2 + bQV + cQ ) Q nom , (2)
sistema motriz interno, eles são classificados como
equipamentos de aquecimento porque a maior parte do onde V é a magnitude da tensão (em pu), Pnom e Qnom são os
consumo de energia se dá para este fim. valores nominais dos consumos de potência ativa e reativa
Os sistemas motrizes são empregados para geração de fundamental (em pu). As constantes aP, bP e cP definem,
trabalho mecânico. Suas cargas mais representativas são os respectivamente, as parcelas impedância constante, corrente
sistemas de refrigeração (geladeiras, condicionadores de ar), constante e potência constante da demanda de potência ativa;
sistemas de condicionamento térmico (ar condicionado e as constantes aQ, bQ e cQ definem, respectivamente, as parcelas
ventiladores), e máquinas em geral. Nestas aplicações, os impedância constante, corrente constante e potência constante
motores são normalmente conectados diretamente à rede de da demanda de potência reativa fundamental. Como para
energia elétrica, sem a presença de conversores de tensão nominal ( V = 1 pu) a demanda é igual ao seu valor
freqüência [5].
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nominal, ou seja, P(1) = Pnom e Q(1) = Qnom, são válidas as e 2) determinação dos coeficientes por intermédio da solução
seguintes expressões: de um problema de otimização.
As bases utilizadas para conversão em pu são as seguintes:
aP + bP + cP = 1 , (3) • potência de base – a potência de base utilizada para cada
lâmpada corresponde ao valor nominal da respectiva
aQ + bQ + cQ = 1 . (4) lâmpada, ou seja, 100 VA para lâmpada incandescente; 50
VA para a halógena dicróica e assim sucessivamente;
Para possibilitar a quantificação do impacto dos • tensão de base – a tensão de base utilizada é 220 V para
harmônicos de corrente produzidos pelas cargas não lineares, todas as lâmpadas.
foi introduzido um novo termo na representação ZIP, para Após convertidos para pu os valores medidos nos ensaios,
representar a potência não ativa (N) [10]: nos quais foram realizadas variações na tensão de operação de
±10% do seu valor nominal, obteve-se os coeficientes das
N (V ) = ( aN V 2 + bN V + cN ) N nom , (5) equações de modo a minimizar o erro quadrático entre os
valores medidos e calculados, por intermédio da solução dos
seguintes problemas de otimização:
onde N nom é o valor nominal da potência não ativa (em pu) e as
constantes aN, bN e cN definem, respectivamente, as parcelas  9
2
impedância constante, corrente constante e potência constante da  min ∑  P (Vi ) − Pi 
potência não ativa, sendo aN + bN + cN = 1 . A potência não ativa  i =1

 s.a. a P + bP + cP = 1 (11)
é obtida a partir das potências aparente (S) e ativa (P) [10]:  P (1) = P nom

N = S 2 − P2 . (6)  aP , bP e cP irrestritos

É oportuno destacar que as definições de potência  9


2
aparente, potência ativa e fator de potência permanecem min ∑ Q (Vi ) − Qi 
inalteradas mesmo na presença de correntes e tensões  i =1

 s.a. a Q + bQ + cQ = 1 (12)
harmônicas [10]:
 Q (1) = Q nom

S = Vrms ⋅ I rms , (7)  aQ , bQ e cQ irrestritos

1 T
P= ∫ v ( t ) i ( t ) dt , (8)  9
2
T 0 min ∑  N (Vi ) − N i 
 i =1

P s.a. aN + bN + cN = 1 (13)
FP = , (9) 
S N (1) = N nom

 aN , bN e cN irrestritos
sendo Vrms e Irms os valores eficazes da tensão e da corrente, T
o período em segundos, v(t) e i(t) os valores instantâneos da sendo Vi, Pi, Qi e Ni os valores obtidos para cada medida i
tensão e da corrente no instante t. Por outro lado, a potência ( i = 1,⋯ ,9 ) nos ensaios para a tensão, potência ativa, potência
reativa fundamental (Q) está associada apenas à componente reativa fundamental e potência não ativa. Os problemas (10) a
fundamental, ou seja: (12) são convexos e podem ser resolvidos de forma analítica,
bastando aplicar as condições de primeira ordem nas
Q = V1 ⋅ I1 ⋅ senθ1 , (10)
respectivas funções lagrangeanas [13],[14].
sendo V1 e I1 os valores eficazes da fundamental da tensão e da
corrente e θ1 o ângulo de fase entre a fundamental da tensão e C. Análise de sensibilidade da carga
da corrente. O objetivo da análise de sensibilidade da carga é quantificar a
Neste trabalho, os coeficientes que representam as parcelas variação do consumo de potência de acordo com a variação da
impedância constante, corrente constante e potência constante tensão de alimentação. Para tanto, define-se os fatores de
em (1), (2) e (5) são obtidos a partir de ensaios que sensibilidade para potência ativa, reativa e não-ativa, dados
reproduzem situações de operação dentro dos limites usuais de respectivamente por:
variação da tensão de atendimento das instalações de baixa
tensão. dP (V ) P nom
FP ≜ = ( 2aPV + bP ) (14)
dV S nom
B. Procedimento para obtenção do modelo ZIP
O procedimento para obtenção dos coeficientes dos modelos dQ (V ) Q nom
FQ ≜ = ( 2aQV + bQV ) , (15)
ZIP divide-se em duas etapas: 1) obtenção dos valores em pu; dV S nom
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dN (V ) N nom Motriz:
FN ≜ = ( 2aN V + bN V ) , (16) 10. condicionador de ar convencional (de janela)
dV S nom
10000BTUs - 1kW;
onde: 11. condicionador de ar tipo split 9000BTUs – 878W;
2
12. refrigerador 260 litros – 198W;
nom 2
S nom = (P ) + (N )
nom
. (17) 13. ventilador – 55W.
Aquecimento:
Observa-se que este fator de sensibilidade foi definido 14. chuveiro elétrico – 2800W (posição verão);
como sendo um valor normalizado com relação à potência 15. ferro de passar roupa – 1200W;
aparente em pu. Esta normalização é realizada para evidenciar 16. secadora de roupas - 1000W;
a representatividade da variação de tensão no consumo das 17. microondas – 1400W.
potências ativa, reativa e não-ativa com relação à potência Outros:
total fornecida ao equipamento. 18. computador – 920W;
A partir dos fatores de sensibilidade definidos em (14)-(16) 19. TV CRT 29” – 100W;
pode-se inferir o comportamento aproximado da carga. Caso a 20. monitor LCD 19” – 150W.
potência ativa apresente um valor próximo a dois, tem-se um A forma de realização dos ensaios e os resultados obtidos
comportamento do tipo impedância constante. Por outro lado, são apresentados a seguir.
caso a potência ativa apresente um valor próximo a unidade,
tem-se um comportamento do tipo corrente constante. A. Procedimentos adotados
Adicionalmente, caso a impedância apresente valores próximo Para avaliação do comportamento das cargas em condições
a zero resulta em um comportamento do tipo potência nominais e com variações na tensão de operação de ±10% do
constante. Por outro lado, caso apresente valores seu valor nominal foi empregado o circuito mostrado na Fig. 1.
intermediários, tem se um comportamento que tem uma
característica intermediária entre as cargas. Para exemplificar, Fonte CA Carga
caso o valor seja 1,5, tem-se um comportamento com
característica mista entre potência constante e corrente
v1
constante.
Uma análise similar também pode ser aplicada à potência i1
reativa e não-ativa. Para tanto, é preciso determinar se a carga
apresenta um conteúdo elevado de harmônicas: Isto pode ser Osciloscópio
determinado através dos dados dos ensaios, pois caso
Nnom >> Qnom contata-se que há uma significativa quantidade Fig. 1. Aparato experimental empregado nos ensaios.
de harmônicas. Assim, conhecendo-se estes valores, pode-se
inferir, de forma similar ao descrito para a potência ativa, o Os equipamentos empregados em todos os ensaios
tipo de comportamento da potência reativa fundamental e das possuem as seguintes especificações básicas:
harmônicas drenadas pela carga. • Fonte CA – fonte controlada de tensão alternada, 3500
VA, tensão ajustável de 0 a 270 V (rms), com resolução
de 0,5 V (rms), frequência ajustável de 15 a 500 Hz para
IV. ENSAIOS REALIZADOS fundamental e largura de banda de 3000 Hz, DHT<1%;
Foram realizados ensaios empregando o mesmo sistema de • Osciloscópio – osciloscópio digital 200 MHz, 2,5 GS/s,
alimentação e medição para as seguintes cargas, com tensão 4 canais, ponteira de corrente (de 0,05 a 100 A, largura de
nominal de 220 V. As cargas foram classificadas pelos seus banda até 100 kHz e precisão de 3% + 50 mA), ponteira
usos finais: atenuadora de tensão (20 x e 200 MHz);
Iluminação: Com auxílio da fonte controlada de tensão foi aplicada
1. incandescente 100 W; tensão senoidal (com distorção inferior a 1%) com valor eficaz
2. halógena dicróica 50W; variando de 90% a +110% do valor nominal, e incremento de
3. fluorescente compacta 20 W, com reator eletrônico; 2,5%. Desta forma, foram realizadas nove medições para cada
4. fluorescente tubular 2x18 W, com reator eletrônico; lâmpada, correspondendo aos seguintes valores de tensão
5. fluorescente tubular 2x18W, com reator eletrônico (com relação ao valor nominal de 220 V): 90%, 92,5%, 95%,
com correção de fator de potência; 97,5%, 100%, 102,5%, 105%, 107,5% e 110%. Para todas as
6. vapor de mercúrio 400 W com reator cargas foi aguardado o tempo necessário para atingir a
eletromagnético; operação em regime permanente.
7. vapor de mercúrio 400 W com reator eletromagnético
com correção de fator de potência; B. Resultados Obtidos
8. vapor de sódio 250 W com reator eletromagnético; Os modelos ZIP obtidos a partir dos ensaios realizados com os
9. vapor de sódio 250 W com reator eletromagnético diversos tipos de cargas estão resumidos na Tabela I. Os
com correção de fator de potência. modelos ZIP foram obtidos a partir do método descrito na
Seção III. Nesta tabela, a primeira coluna contém a
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Tabela I. Modelos ZIP obtidos a partir dos resultados obtidos nos ensaios

Carga Potência ativa Potência reativa Potência não-ativa


1 2 nom nom
Clas. Cód. Descrição aP bP cP P aQ bQ cQ Q aN bN cN N nom

I 1 incandescente 100 W 0,508 0,515 -0,024 1,036 — — — — — — — —

I 2 halógena dicróica 50W 0,211 1,091 -0,301 0,890 — — — — — — — —

fluorescente compacta 20W, com


I 3 -2,788 6,662 -2,874 0,985 3,111 -6,793 2,682 -0,393 0,136 1,186 -0,322 1,468
reator eletrônico
fluorescente tubular 2x18W, com
I 4 -1,483 4,415 -1,932 1,064 2,307 -6,196 2,889 -0,445 0,583 0,633 -0,216 1,856
reator eletrônico
fluorescente tubular 2x18 W, com
I 5 reator eletrônico com correção do fator -0,254 0,500 0,754 1,024 -3,030 4,188 -2,158 -0,217 0,875 0,875 0,297 0,279
de potência
vapor de mercúrio 400 W com reator
I 6 0,056 2,163 -1,219 1,078 0,056 2,163 -1,219 1,078 1,804 -0,145 -0,659 1,405
eletromagnético
vapor de mercúrio 400 W com reator
I 7 eletromagnético com correção de fator -0,064 2,598 -1,534 1,033 5,976 0,567 -5,543 0,206 21,539 -36,515 15,976 0,286
de potência
vapor de sódio 250 W com reator
I 8 3,165 -4,087 1,923 1,103 -0,446 3,258 -1,813 2,638 -0,277 2,938 -1,661 2,650
eletromagnético
vapor de sódio 250 W com reator
I 9 eletromagnético com correção de fator 5,283 -8,229 3,946 1,098 -28,055 63,339 -34,283 0,198 -1,253 7,069 -4,815 0,365
de potência
condicionador de ar tipo janela
M 10 1,383 -2,295 1,912 1,048 37,812 -65,987 29,175 0,161 38,765 -69,426 31,661 0,177
10000 BTUs - 1kW
condicionador de ar tipo split
M 11 1,566 -2,449 1,883 0,851 68,134 -126,54 57,412 -0,084 5,753 -11,558 6,805 0,130
9000 BTUs – 878W

M 12 refrigerador 260 litros – 198W -1,528 3,002 -0,474 0,695 1,240 -0,574 0,334 0,555 1,219 -0,570 0,351 1,000

M 13 ventilador – 55W -0,269 0,660 0,609 2,045 0,693 0,580 -0,273 0,868 0,702 0,560 -0,262 0,870

A 14 chuveiro elétrico – 2800W 0,990 0,011 -0,001 1,020 — — — — — — — —

A 15 ferro de passar roupa – 1200W 1,756 -1,484 0,728 1,013 — — — — — — — —

A 16 secadora de roupas - 1000W 0,772 0,377 -0,149 0,964 -8,927 20,474 -10,547 0,025 -6,905 16,212 -8,308 0,028

A 17 microondas – 1400W -2,901 6,428 -2,527 0,885 24,145 -37,982 14,838 0,213 16,346 -27,573 12,227 0,336

O 18 computador – 920W -3,453 7,396 -2,943 0,056 -3,360 4,670 -2,310 -0,005 -2,915 6,533 -2,618 0,089

O 19 TV CRT 29” – 100W -0,272 0,669 0,603 1,136 -8,273 18,733 -11,460 -0,095 -0,283 0,907 0,377 1,751

O 20 monitor LCD 19” – 150W 0,246 -0,569 1,323 0,222 0,461 -2,540 1,078 -0,055 0,665 -1,020 1,354 0,394

1 Classificação das cargas quanto ao uso final: I - Iluminação, M -Motriz, A - Aquecimento, O – Outros
2 Código de identificação da carga

classificação da carga quanto ao seu uso final, a segunda o inclusive com a ocorrência de coeficientes negativos e valores
índice utilizado para representá-la, a terceira a sua descrição, e absolutos maiores que a unidade. Embora isso seja facilmente
as demais colunas os valores obtidos em regime permanente, aceito como solução dos problemas numéricos de ajuste de
de acordo com a tensão de operação. Os valores apresentados curvas, dados pelas equações (10) a (12), sua eventual
foram determinados diretamente pelo sistema de medição e decomposição em parcelas impedância constante, corrente
validados por intermédio das expressões (6) a (9), utilizando- constante e potência constante pode parecer um pouco
se os valores instantâneos de tensão e corrente adquiridos. prejudicada, pois implicaria admitir resistências negativas
Os coeficientes obtidos para as diversas cargas estão quando aP<0, por exemplo. Fazendo a devida análise, observa-
resumidos na Tabela I. Observa-se que os coeficientes obtidos se que cada coeficiente individualmente representa carga
para as diferentes cargas apresentam valores diferenciados, formada exclusivamente por impedâncias, correntes e
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3,0 3,0
FP FP
2,5 2,5
FQ FQ
2,0 FN 2,0
FN
1,5 1,5

1,0 1,0

0,5 0,5

0,0
0,0
10 11 12 13
1 2 3 4 5 6 7 8 9 -0,5
-0,5
-1,0
-1,0
Código da carga
Código da carga

(b)
(a)

3,0 3,0
FP FP
2,5 2,5
FQ FQ
2,0 FN 2,0
FN
1,5 1,5

1,0 1,0

0,5 0,5

0,0 0,0
14 15 16 17 18 19 20
-0,5 -0,5

-1,0 -1,0
Código da carga Código da carga

(c) (d)
Fig. 2. Gráficos do fator de sensibilidade da potência ativa, reativa e não-ativa por grupo de carga.
(a) Iluminação. (b) Motriz. (c) Aquecimento. (d) Outros.

potências constantes, entretanto em conjunto tais os operação, com exceção da lâmpada fluorescente tubular com
coeficientes assumem um significado mais complexo. reator de alto fator de potência.
Como esperado, as lâmpadas incandescente e halógena As cargas motrizes apresentaram um comportamento
apresentaram valores desprezíveis para as demandas de similar entre si; Estas cargas apresentam uma quantidade de
potência reativa fundamental e não ativa, com uma distorção potência reativa fundamental considerável pela presença do
harmônica total (DHT) muito pequena, associada à pequena motor. Também se observou a presença de subharmônicas nos
distorção na tensão e aos erros inerentes do processo de condicionadores de ar e geladeira, devido à dinâmica não-
medição. Para todas as lâmpadas fluorescentes utilizadas nos linear do compressor conectado ao eixo do motor.
ensaios os valores de potência reativa fundamental As cargas de aquecimento possuem dois tipos de
(capacitiva), fator de potência e DHT também se encontram comportamento. Para aquelas cujo consumo da energia se dá
dentro das expectativas, pois estas empregam reatores preponderantemente no aquecimento de uma resistência
eletrônicos. Neste caso, em função da distorção acentuada na (chuveiro, ferro de passar e secadora), a quantidade de
corrente, os valores de potência reativa fundamental e não potência não ativa drenada é quase nula. Por outro lado, os
ativa apresentam significativa diferença, para os reatores de fornos de microondas são baseados um circuito eletrônico para
baixo fator de potência. Por outro lado, as lâmpadas de vapor gerar as ondas eletromagnéticas que aquecem os alimentos,
de mercúrio e sódio, com reatores eletromagnéticos, necessitando de um retificador para conversão da tensão
apresentam baixa distorção na corrente (entre 8 e 11,5%) e alternada em contínua. Entretanto, esta carga tem
valores praticamente iguais para as demandas de potência comportamento diferenciado dos reatores eletrônicos com
reativa fundamental e não ativa. Claramente observa-se a partir relação ao consumo de potência reativa e DHT, apresentando
dos dados mostrados na Tabela I que a potência ativa de quase valores significativamente menores, que implicam alto fator de
todos os sistemas apresentam grande variação com a tensão de potência.
THE 8th LATIN-AMERICAN CONGRESS ON ELECTRICITY GENERATION AND TRANSMISSION - CLAGTEE 2009 7

Por fim, o grupo formado pelas demais cargas é composto As lâmpadas de descarga com reator eletromagnético
basicamente por sistemas eletrônicos. Estas cargas são apresentam uma sensibilidade distinta entre si, como se pode
alimentadas em corrente contínua, e possuem normalmente um observar nas cargas 6 a 9 da Fig. 2(a). Não se pode inferir
retificador interno e/ou uma fonte chaveada para regular a nada neste caso, somente que a sensibilidade varia de lâmpada
tensão fornecida à carga. Logo, o seu comportamento com para lâmpada e tem um valor entre 0,75 e 2,5 para potência
relação ao consumo de potência reativa e DHT também é ativa e entre 1,4 e 2,7 para as potências reativa e não-ativa.
similar ao dos reatores eletrônicos e fornos de microondas. Por fim, as cargas formadas pelas cargas motrizes,
mostrada na Fig. 2(b), apresentam, teoricamente, um
V. ANÁLISE DOS RESULTADOS comportamento do tipo potência constante para a potência
Para analisar os resultados obtidos empregaram-se os ativa. Experimentalmente, observa-se que o refrigerador e o
fatores de sensibilidade definidos em (14)-(16). Desta forma, é ventilador (12, 13) apresentam tal comportamento, e os
possível se classificar, aproximadamente, o tipo de condicionadores de ar um comportamento entre potência
comportamento que cada carga apresenta diante de variações constante e corrente constante. Esta diferença de
no valor eficaz da tensão de alimentação. comportamento se dá pelas características não-lineares dos
As cargas predominantemente resistivas, tais como as condicionadores de ar. Para as potências ativas e reativas
cargas do grupo aquecimento (14–16) apresentam uma observa-se que a sensibilidade tem maior variação, mas não
sensibilidade para a potência ativa próxima a 2, como mostra a apresentam nenhuma tendência.
Fig. 2(c). Este comportamento era previsto teoricamente, dado Os resultados obtidos nesta análise demonstram que cada
que são formados por uma resistência que têm uma grupo de carga apresenta uma sensibilidade distinta. Observa-
impedância constante. Por outro lado, a sensibilidade as se que há significativas diferenças dentro de cada grupo de
lâmpadas incandescentes e halógenas (1, 2), mostradas na carga devido às diferentes tecnologias de equipamento que
Fig. 2(a), possuem valores em torno de 1,5, diferentemente do existe cada grupo. Além disso, contata-se que os resultados
que se suponha inicialmente. Neste caso, supunha-se que obtidos experimentalmente apresentam um comportamento
lâmpada deveria se comportar como uma impedância diferente dos modelos teóricos para algumas cargas reais, o
constante, pois é formada por uma resistência. Contudo, a que motiva o uso dos resultados apresentados.
resistência destas lâmpadas varia com a temperatura (que é
função da corrente e conseqüentemente da tensão de VI. CONCLUSÕES
alimentação), e seu comportamento diante de variações de Neste trabalho, foi apresentada a análise da variação da
tensão é intermediário entre impedância constante e corrente demanda de potências ativa, reativa fundamental e não-ativa
constante. com relação à tensão de operação para diversos tipos de cargas
As lâmpadas de descarga com reator eletrônico sem um existentes em redes de distribuição de regiões residenciais e
conversor que controle o fluxo de potência ativa na entrada (3, comerciais. Observou-se que os modelos ZIP obtidos a partir
4) possuem um comportamento entre potência constante e dos ensaios realizados permitem representar com grande
impedância constante. Este comportamento é similar ao dos fidelidade o comportamento destas cargas, diferenciando as
fornos microondas (17). Nestas cargas, as variações da tensão demandas ativa, reativa fundamental e não ativa, por
de entrada não são completamente reguladas pela fonte de intermédio de equações independentes para cada parcela.
alimentação do equipamento, resultando em uma variação na Os modelos ZIP apresentados podem ser utilizados
potência entregue à carga. Por outro lado, as cargas compostas diretamente em estudos de análise de regime permanente e os
por um conversor com controle da potência fornecida à carga, fatores de sensibilidade são aplicáveis aos estudos de
como o reator eletrônico com elevado fator de potência (5), e estabilidade de tensão. Esta análise possibilita a obtenção de
os equipamentos eletrônicos (18–20) comportam-se com um modelo ZIP equivalente de um sistema complexo, por
potência constante. Nestes equipamentos, o conversor da fonte intermédio da superposição dos efeitos individuais de cada
de alimentação atua ativamente para manter a potência carga. Assim, pode-se inferir o comportamento das cargas
fornecida à carga. Constata-se que os valores não-nulos de nestas redes a partir de uma distribuição estatística dos
sensibilidade são associados à variação da eficiência dos equipamentos nas diferentes unidades consumidoras, a partir
conversores. do conhecimento do perfil dos consumidores.
As cargas formadas por conversores eletrônicos sem
controle do fluxo de potência (3, 4 e 17) apresentam uma
potência não-ativa significativa, como se pode observar na Fig. VII. REFERÊNCIAS
2(a). Observa-se que estas cargas em potência reativa baixa e [1] S. J. Ranade, D. R. Sagi, R. Adapa, “Load Understanding and Model
não-ativa significativa, uma vez que o baixo fator de potência Development”, in IEEE PES Transmission and Distribution Conference
and Exhibition, 2006.
é associado ao considerável montante de componentes
[2] Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Resolução Normativa Nº
harmônicas na corrente de entrada. Neste caso, a sensibilidade
345 de 16/12/2008, Brasil.
da potência não-ativa varia muito de carga para carga. Já as
[3] Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Procedimentos de
cargas com controle com uma fonte de alimentação eletrônica Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional –
que controla o fluxo de potência (5, 18–20) apresentam uma PRODIST, Brasil, 2008.
sensibilidade muito menor para a potência reativa e não-ativa, [4] L. T. M. Mota, A. A. Mota, “Load modeling at electric power distribution
associada ao controle do consumo de energia. substations using dynamic load parameters estimation”, Electrical
Power and Energy Systems, vol. 26, no. 10, pp. 805-811, 2004.
THE 8th LATIN-AMERICAN CONGRESS ON ELECTRICITY GENERATION AND TRANSMISSION - CLAGTEE 2009 8

[5] J. A. Pomilio, S. M. Deckmann, E. A. Mertens, L. F. S. Dias, A. R. Aoki,


M. D. Teixeira, F. R. Garcia, “Caracterização e modelagem de cargas
típicas de redes secundárias com consumidores domésticos e
comerciais”, Anais do VI Seminário Brasileiro sobre Qualidade de VIII. BIOGRAFIAS
Energia Elétrica, pp. 31-37. Leandro Michels (SM’98, M’09) recebeu os títulos de Engenheiro
[6] P. Silveira, J. P. G. de Abreu, J. E. L. Almeida, R. Prina, S. G. Carvalho, Eletricista e de Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de
“Avaliação dos efeitos de cargas não-lineares residenciais na qualidade Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil, em 2002 e 2006, respectivamente.
da energia elétrica de um sistema de distribuição”, in Congresso Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Processamento de
Brasileiro de Automática, 2004. Energia Elétrica da Universidade Federal de Santa Maria, (UFSM), Santa
[7] Empresa Pesquisa Energética, Projeções de Demanda de Energia Elétrica Maria, Brasil.
– 1ª Revisão Quadrimestral 2009-2013, 2009. Thiago Adriano Novak Julião graduando em Engenharia Elétrica pela
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Joinville, Brasil.
[8] C. da C. L. Achão, “Análise da estrutura de consumo de energia pelo setor
Atualmente é Bolsista de Iniciação Científica pelo Conselho Nacional de
residencial brasileiro”, Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Brasil.
Graduação em Planejamento Energético, COPEE-UFRJ, 2003.
Cleiton Ferigollo graduando em Engenharia Elétrica pela Universidade
[9] M. S. Rea (editor-in-chief), The IESNA lighting handbook: reference & do Estado de Santa Catarina (UDESC) Joinville, Brasil. Atualmente é
application, Illuminating Engineering Society of North America, 2000. Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) da Secretaria de Educação
[10] IEEE Std 1459-2000, IEEE Trial-use standard definitions for Superior (Sesu), Brasil.
measurement of electric power quantities under sinusoidal, Cassiano Rech (S’01–M’06) recebeu os títulos de Engenheiro Eletricista,
nonsinusoidal, balanced, or unbalanced conditions, 44 p., 2000. de Mestre e Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de
[11] IEC 61000-3-2, International Electrotechnical Commission. Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Brasil, em 1999, 2001 e 2005,
Electromagnetic Compatibility (EMC) Part 3-2: Limits - Limits for respectivamente. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de
harmonic current emissions (equipment input current < 16 A per Processamento de Energia Elétrica da Universidade Federal de Santa Maria,
phase), 57 p., 2004. (UFSM), Santa Maria, Brasil.
Marcello Mezaroba (M’08) recebeu os títulos de Engenheiro Eletricista,
[12] INMETRO, Portaria Nº 188, de 09 de novembro de 2004. Disponível
Mestre e Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa
em: <http://www.inmetro.gov.br>. Acesso em: 30 de abril de 2009.
Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil, em 1996, 1998 e 2002,
[13] N. Mithulananthan, M. M. A. Salama, C. A. Cañizares, J. Reeve, respectivamente. Atualmente é Professor Associado do Departamento de
“Distribution system voltage regulation and var compensation for Engenharia Elétrica da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC),
different static load models”, International Journal of Electrical Joinville, Brasil.
Engineering Education, vol. 37, no. 4, pp. 384-395, Oct. 2000. Sérgio Haffner (S’89–M’01) recebeu o título de Engenheiro Eletricista
[14] H. A. Taha, Pesquisa Operacional, Pearson Prentice Hall, São Paulo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto
363p., 2008. Alegre, Brasil, em 1987, e os títulos de Mestre e Doutor em Engenharia
[15] F. S. Hillier e G. J. Lieberman, Introdução à Pesquisa Operacional, Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas,
McGraw-Hill, São Paulo, 828p., 2006. Brasil, em 1990 e 2000. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de
Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC),
[16] J. Barrett, “Effects of electronic ballasts on utility voltage stability”,
Joinville, Brasil.
Conference Record of the IEEE Industry Application Society Annual
Meeting, Vol. 2, pp. 1892-1899, 1992.

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