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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

CONTRIBUIÇÃO DA FLORESTA DE
EUCALIPTO
PARA O CICLO DE CARBONO
Projecto de Termodinâmica Aplicada

Autor: Hugo Miguel Soares


Aluno nº: 39752

Orientador: Prof. Gabriel Pita

Data: Outubro de 2002


Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ÍNDICE

Sumário 3
1 Introdução 4
2 Clima e o dióxido de carbono 6
2.1 Problemas climáticos originados pelos GEE´s 6
2.2 Mecanismo de geração do aquecimento global 7
2.3 Gases de efeito estufa e factores que contribuem para o
aquecimento global 8
2.3.1 Dióxido de carbono 8
2.3.2 Metano 9
2.3.3 Óxido de azoto 9
2.3.4 Halocarbonetos 10
2.3.5 Ozono 10
2.3.6 Aerossóis 11
2.3.7 Radiação solar e actividade vulcânica 11
2.3.8 Albedo 12
2.4 Ciclo de carbono 12
3 Estações meteorológicas e sistema de medição de fluxos de CO2 /H2 O 13
3.1 Localização 13
3.2 Descrição da estação meteorológica ao nível do solo 14
3.2.1 Sistema de aquisição de dados 14
3.2.2 Módulo de extensão 15
3.2.3 Anemómetro de copos 16
3.2.4 Placa de fluxo de calor 16
3.2.5 Sensor de radiação PAR 16
3.2.6 Termopares e termistor de referência 17
3.3 Descrição da estação meteorológica ao nível da copa das
árvores 17
3.3.1 Sistema de aquisição de dados 17
3.3.2 Módulo de extensão 17
3.3.3 Udómetro 17
3.3.4 Psicrómetro 18
3.3.5 Anemómetro de copos 18
3.3.6 Catavento 19
3.3.7 Barómetro 19
3.3.8 Piranómetro 20
3.3.9 Net radiómetro 20
3.4 Descrição do sistema de medição de fluxos de CO2 /H2 O 20
3.4.1 Sensor de medição de CO2 /H2 O 20
3.4.2 Anemómetro ultrassónico 21
3.4.3 Sistema de medição 21

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

4 Balanço energético 22
4.1 Calor armazenado no solo 23
4.2 Calor armazenado nas árvores 24
4.3 Estimativa do balanço radiativo 25
4.4 Fecho do balanço energético 27
4.5 Análise de resultados 28
4.5.1 Fluxo de calor no solo 28
4.5.2 Velocidade do vento 29
4.5.3 Radiação 30
5 Gap-filling 31
5.1 Introdução 31
5.2 Método “LookUp” 31
5.3 Software utilizado 32
5.4 Resultados 33
6 Conclusões 43
7 Bibliografia 45
Anexos 46

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

SUMÁRIO

Neste trabalho efectuou-se primeiramente, uma pesquisa relativa aos proble mas
climáticos originados pelos gases de efeito de estufa (GEE´s), principalmente o dióxido
de carbono, com o objectivo de perceber o contexto em que este trabalho está inserido.

De seguida montou-se e pôs-se a funcionar um sistema que permitisse medir os


fluxos de calor ao nível do solo e da floresta (estação meteorológica ao nível do solo),
de modo a avaliar a qualidade das medidas obtidas por outros sistemas já operacionais
(sistema de medição da micro meteorologia local e sistema de medição dos fluxos de
CO2 /H2O).

Estes sistemas estão instalados numa vasta plantação de eucaliptos, localizada na


“Herdade da Espirra”, no distrito de Setúbal.

Os resultados obtidos foram então tratados com o intuito de encontrar o erro do


balanço energético, de tecer considerações sobre o armazenamento de energia e de
comparar algumas grandezas micro meteorológicas a nível do solo e a nível das copas
das árvores.

Por fim através de dados obtidos pelo sistema de medição dos fluxos de
CO2 /H2O, trabalhou-se em estratégicas de preenchimento de intervalos de tempo (“Gap-
filling”), em que por diversas razões não foi possível obter os valores provenientes deste
sistema.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

1 INTRODUÇÃO

Ao longo dos últimos anos (a partir de 1850) tem-se vindo a verificar um


aumento da temperatura global da atmosfera.
Esta variação como se sabe, está directamente relacionada com o aumento da
actividade humana e por conseguinte com o aumento da produção dos gases de efeito
estufa de origem antropogénica.
Sabe-se também que o principal gás de estufa é o dióxido de carbono (CO2 ),
devido essencialmente ao grande aumento da sua concentração desde a revolução
industrial. Este aumento de origem antropogénica (origem humana), deve-se à alteração
do uso dos solos e principalmente à queima de combustíveis fósseis.

Devido ao agravamento desta situação, houve necessidade de implementar


certos mecanismo para o seu controlo, surgindo assim em 1997 o Protocolo de Kyoto.
Assim a União Europeia , deverá reduzir a sua emissão de GEE´s em 8% entre
1990 e o período compreendido entre 2008 e 2012. Num quadro de partilha europeia de
responsabilidades face ao desenvolvimento e à contribuição de cada país, Portugal foi
autorizado a aumentar até 2008-2012 em relação a 1990, 27% das suas emissões de
GEE´s abrangidos por este protocolo.
No entanto prevê-se que as emissões de GEE´s segundo um estudo efectuado
pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, aumentem
em 62%.
Assim, o Protocolo de Kyoto, prevê que redução das emissões de CO2 possa ser
conseguida pela criação de poços ou semidouros, surgindo então, a contribuição das
florestas como semidouro, mas também como fonte.

Contudo, ainda não se conhece bem a dinâmica do ciclo de carbono, por isso há
que aprofundar melhor os conhecimentos à cerca das potencialidades das florestas em
particular de eucaliptos (existem grandes áreas de eucaliptais em Portugal devido ao seu
elevado interesse económico) como semidouro, de modo a saber melhor qual a origem
deste último (oceano, solo, biosfera ou os três).
De modo a resolver este problema, surgiram vários projectos a nível mundial,
entre eles o Euroflux. Este projecto iniciou-se em 1996 e tem como objectivo a
aquisição de dados para melhor compreensão e quantificação das trocas de CO2 entre as
florestas e a atmosfera. Este conta com cerca de 14 estações para medição dos fluxos de
CO2 em diversas florestas europeias sendo a da “Herdade da Espirra” uma delas.

O projecto que foi desenvolvido vem no seguimento de outros, que tinham como
objectivo, pôr a funcionar o sistema de medição de fluxos de CO2 , de modo a que se
possa estudar os stocks de carbono contabilizados na floresta.

Este apresenta assim duas componentes distintas. A primeira (Secção 4) tem


como objectivo a medição dos fluxos de energia ao nível do solo, isto é através de
balanços de energia do sistema, de modo a que se verifique a validade dos resultados
determinados, para que os valores dos fluxos de dióxido de carbono sobre uma
plantação de eucaliptos estejam correctos.
Para a obtenção das medidas dos fluxos de energia ao nível do solo foi instalado
um sistema (estação meteorológica ao nível do solo) que permite ler os valores das
várias variáveis. Juntamente com estes, os valores obtidos do sistema de micro

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

meteorologia local já instalado numa torre de 32m de altura serão os utilizados para
verificação do balanço energético.

Relativamente à segunda parte (Secção 5), consiste em trabalhar sobre as


estratégias e métodos relacionados com o preenchimento dos intervalos de tempo, em
que não é possível obter as medições dos fluxos por diversas razões (em quase todas as
estações de medição de CO2 é praticamente impossível obtermos valores das medições
correctos 24h por dia e 365 dias por ano, por existir sempre algo que falha, quer seja o
mau funcionamento dos aparelhos, as más condições meteorológicas ou outros factores
que influenciam este comportamento).
O estudo desses métodos revela-se então de grande importância, já que é
essencial para a quantificação dos fluxos ao longo do ano, requisito essencial para o
estudo segundo o programa Euroflux.
O método utilizado para o “Gap- filling” será o “Lookup table” onde os valores
utilizados para o cálculo são provenientes do sistema de medição dos fluxos de
CO2 /H2O instalado na torre.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2 CLIMA E O DIÓXIDO DE CARBONO

2.1 Problemas climáticos originados pelos GEE´s

Desde 1861 (data a partir da qual existem registos climáticos) a temperatura


global média da superfície terrestre tem vindo a aumentar e a partir do século passado
este aumento é da ordem dos 0.6 ºC. Este aumento é quase certo ser o maior nos últimos
1000 anos no Hemisfério Norte e a década de 90 a mais quente de todas. Estes últimos
dados têm alguma margem de erro por causa de falta de informação disponível,
recorrendo-se a métodos de processamento de dados para a sua obtenção.

Figura 2.1 – Temperatura da superfície terrestre nos últimos 140 anos

A temperatura na troposfera inferior tem vindo também a aumentar, no entanto não é


tão significativo especialmente nas regiões tropicais e sub-tropicais.
Verifica-se que actualmente tem havido um retrocesso nos glaciares das
montanhas das regiões não polares do Hemisfério Norte, conjuntamente com a
diminuição da espessura e da extensão da camada de gelo no Oceano Polar Árctico e da
redução de mantos de neve e de dias de rios e lagos gelados.
O nível médio da água do mar tem aumentado como consequência das alterações
climáticas.
Existe um crescimento das situações extremas dos sistemas climáticos, isto é,
regiões de baixa precipitação apresentam maiores períodos de seca, zonas de
precipitação média e alta têm um aumento de chuva e até mesmo de tempestades e este
fenómenos agravam-se ainda mais nas zonas tropicais devido ao “El Niño”.
Algumas destas situações não apresentam grande relevância no Hemisfério Sul
em particular na Antárctica e regiões circundantes.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

O aparecimento destas situações deve-se ao facto de nos últimos 50 anos ter


havido um crescimento da concentração dos gases de origem antropogénica,
especialmente dos gases de efeito de estufa (GEE´s). Estes são os principais causadores
do fenómeno, por essa razão se controlarmos as suas emissões estabilizaremos o
aquecimento global da atmosfera.
O principal gás de estufa é o dióxido de carbono e este tem a sua origem
essencialmente na queima de combustíveis fósseis.

2.2 Mecanismo de geração do aquecimento global

As alterações climáticas de que se falou anteriormente, resultam principalmente


do acréscimo de radiação, isto é do balanço entre a energia que entra e a que saí.
O mecanismo é o seguinte, o solo absorve alguma da radiação solar, já que parte
é reflectida pelas nuvens, esta energia solar por sua vez é reflectida e emitida para a
atmosfera através de radiação de grande comprimento de onda. Sabe-se que alguns
gases que existem na atmosfera (gases de estufa) absorvem a energia de grande
comprimento de onda, emitindo sob forma de radiação para o espaço e também de volta
para a superfície dando assim origem a um aumento da temperatura.
Se houver um aumento do “forcing” de radiação na atmosfera esta deve-se
essencialmente ao aumento dos gases de estufa (factores antropogénicos) , ao aumento
da actividade vulcânica e ao aumento da radiação solar (factores naturais). Se por
conseguinte houver uma diminuição, esta deve-se principalmente aos aerossóis e ao uso
do solo (albedo).
O “forcing” de radiação é definido como sendo a perturbação imposta ao
balanço energético da Terra.

Figura 2.2 – “Forcing” de radiação dos diversos factores

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Como foi dito as alterações climáticas estão directamente relacionadas com a


concentração destes agentes na atmosfera, assim iremos apresentar toda a informação
relativa à sua quantidade, origem e ao seu tempo de vida. Esta última característica é de
extrema importância, porque se for grande o tempo de residência, tornará o processo de
eliminação do gás na atmosfera “quase” irreversível.

2.3 Gases de efeito de estufa e factores que contribuem para o aquecimento


global

2.3.1 Dióxido de carbono

O dióxido de carbono (CO2 ) é um gás de estufa, que tem aumentado a sua


concentração na atmosfera desde a revolução industrial de uma forma alarmante. O seu
aumento nos últimos 20 anos é devido essencialmente à queima de combustíveis fósseis
e à mudança da utilização do solo, isto é à desflorestação (10 a 30%). Este aumento é
em média cerca de 0,4% ao ano, mas na última década o valor variou de 0,2% a 0,8% ,
isto devido à baixa taxa de residência deste na atmosfera, onde por absorção e depois
por libertação através dos oceanos e do solo a concentração é alterada.

Figura 2.3 – Concentrações de alguns GEE´s nos últimos anos

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Juntos, o oceano e o solo tem ganho quase metade do dióxido de carbono


antropogénico emitido. Na biosfera o CO2 libertado através da desflorestação tem sido
compensado pela existência de poços (crescimento das áreas de floresta particularmente
a norte dos trópicos e nos trópicos, que tem origem no aumento do CO2 e no depósito de
nitrogénio antropogénico).
O CO2 libertado por influência do homem apresenta uma grande concentração,
relativamente a outros gases de estufa, como mostra a tabela 2.1, e sabendo que é
responsável por um grande “forcing” de radiação (1.46W/m2 ), é por estas razões que se
pode considerar que é um dos principais agentes que provocam as alterações climáticas.

2.3.2 Metano

O metano (CH4 ) atingiu um valor de concentração na atmosfera terrestre na


última década como nunca tinha atingido desde os últimos 420 mil anos, tendo este
valor aumentado a partir de 1750 em cerca de 150%. No entanto este crescimento tem
vindo a diminuir nos últimos anos.
A origem das suas emissões é essencialmente devido a factores antropogénicos
(um pouco mais de metade) como o uso de combustíveis fósseis, o cultivo de arroz e o
gado e em menor quantidade, a factores naturais como terras pantanosas. Contudo,
verifica-se alguma dificuldade na previsão da sua concentração, por causa de incertezas
na quantificação da quantidade das emissões provenientes destes factores.
O gás CH4 segue o CO2 na importância que tem em relação à quantidade de
radiação que fornece para superfície terrestre que é de 0.48 W/m2 , cerca de 20% do
total de toda a radiação produzida pelos gases que contribuiem para o efeito de estufa.

CO2 CH4 N2 O CFC-11 HFC-23 CF4


(Dióxido (Metano) (Óxido de (Clorofluor (Hidrofluor (Perfluor
de Azoto) carboneto - carboneto -23) metano)
Carbono) 11)
Concentração cerca de cerca de cerca de zero zero 40 ppt
pré-industrial 280 ppm 700 ppb 270 ppb
Concentração 365 ppm 1745 ppb 314 ppb 268 ppt 14 ppt 80 ppt
em 1998
Taxa de 1.5 7.0 0.8 - 1.4 ppt/ano 0.55 ppt/ano 1 ppt/ano
variação de ppm/ano ppb/ano ppb/ano
concentração
Tempo de vida 5 a 100 12 anos 114 anos 45 anos 260 anos mais de
na atmosfera anos 50,000
anos

Tabela 2.1

2.3.3 Óxido de azoto

Relativamente ao óxido de azoto (N 2 O), verifica-se que o seu nível de


concentração tem vindo a aumentar desde o princípio da era industrial, sendo de 16%.
Este crescimento nos últimos 20 anos é em média de 0.25% por ano.
O N2O é mais um gás de estufa, que nos últimos anos apresenta uma quantidade
na atmosfera nunca antes observada.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

As suas emissões é em cerca de um terço de origem natural, provenientes dos


solos e dos oceanos, sendo as restantes originárias da actividade humana como a
agricultura, a queima de biomassa e as actividades industriais.
O seu “forcing” de radiação está estimada em 0.15 W/m2 , que é cerca de 6% de
todos os gases de longa duração da atmosfera que contribuiem para o efeito de estufa.

2.3.4 Halocarbonetos

Os halocarbonetos que existem na atmosfera são compostos de carbono


associados a outros elementos como o flúor, o cloro, o brómio e/ou o iodo. Alguns deles
para além de provocarem o aquecimento global da atmosfera, são também responsáveis
pela destruição da camada de ozono. Assim houve necessidade de controlar as emissões
destes gases exclusivamente originários da actividade do homem. Verificou-se então
que depois do protocolo de Montreal e a aplicação dos seus regulamentos houve uma
diminuição dos gases CFC-11, CFC-113, CH3CCl3 e CCl4 e um decréscimo no aumento
de CFC-12.

Figura 2.4 – Concentração de CFC-11 nos últimos anos

Houve então necessidade de substituir estes gases por outros. Alguns dos
substitutos como os HCFC´s, devido à sua baixa concentração não apresentam grande
contribuição para o efeito estufa, para além de estarem limitados pelo protocolo de
Montreal. Existem outros (PFC´s e SF6 ), que embora também tenham baixa
concentração são muito mais eficazes, no efeito de estufa, que os restantes. Isto porque
os PFC´s têm um longo tempo de residência (CF4 permanece 50,000 anos na atmosfera)
e o hexafluor sulfato (SF6 ) tem capacidade de radiação 22,200 vezes superio r ao
carbono por Kg e uma taxa de crescimento de 0.24 ppt por ano.
Os halocarbonetos contribuiem com 0.34 W/m2 (14%) de radiação para o
aquecimento do planeta.

2.3.5 Ozono

O ozono (O 3 ) é um gás com pouco tempo de residência que existe tanto na


tropósfera, como na estratósfera e tem origem em reacções foto-quimicas de elementos
provenientes de factores naturais e antropogénicos.
Observou-se que a diminuição do ozono nos últimos 20 anos que se encontra na
estratósfera, provoca um “forcing” de radiação negativa de 0.15? 0.1 W/m2 . A incerteza

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

deste valor deve-se à falta de conhecimentos que há relativamente à destruição da


camada de ozono perto da tropósfera.
Este decréscimo de O3 deve-se ao aumento das emissões dos halocarbonetos
como foi descrito anteriormente.
No futuro prevê-se que esta força diminua por causa das implicações do
protocolo de Montreal que tem como objectivo o restabelecimento da camada de ozono.
Relativamente ao ozono que se encontra na tropósfera, verificou-se que tem
havido um crescimento da sua quantidade desde 1750 em cerca de 36% , no entanto
ainda se apresenta difícil a quantificação da concentração, que encontramos nesta zona
da atmosfera.
Os gases que formam O3 na maioria dos casos são de origem antropogénica.
Assim o ozono que se encontra na tropósfera é o terceiro gás mais importante
no que respeita ao efeito de estufa com um “forcing” de radiação de 0.35? 0.2 W/m2 .

2.3.6 Aerossóis

Os aerossóis são pequenas gotas e partículas que actuam directa e


indirectamente na produção de radiação. No primeiro caso absorvem a radiação solar
num mecanismo idêntico ao dos gases de estufa. No segundo caso contribuem para
mudar a microfísica, como é exemplo a quantidade de nuvens.
A sua origem deve-se a factores naturais que incluem as tempestades de poeiras
e actividades vulcânicas e a factores antropogénicos que incluem a queima de biomassa
e os combustíveis fósseis.
Julga-se que a concentração de aerossóis na tropósfera tem vindo a aumentar nos
últimos anos, no entanto torna-se dificil a sua quantificação.
A radiação produzida pelos aerossóis não é constante devido à sua concentração
não ser homogénia, terem baixo tempo de residência e terem variadas composições
químicas, tamanho de forma e distribuição espacial.
É essencialmente por estes dois últimos factores que se torna problemático a
determinação dos valores do “forcing” de radiação, por isso apenas são apresentados os
de alguns aerossóis. Estes valores são -0.4 W/m2 para sulfatos, -0.2 W/m2 para aerossóis
provenientes da queima de biomassa, -0.1 W/m2 para estes provenientes do carbono
orgânico de combustíveis fósseis e 0.2 W/m2 para os aerossóis originários do carbono
negro de combustíveis fósseis, produzindo assim no global um “forcing” negativo.
Nos factores indirectos, também se sabe que estes produzem radiação negativa,
mas neste caso ainda é mais complicado a sua quantificação.

2.3.7 Radiação Solar e Actividade Vulcânica

Relativamente à radiação proveniente do Sol estima-se que teve um aumento de


0.3? 0.2 W/m2 desde 1750 e que a partir de meados do século passado começou a
decrescer.
Também os aerossóis provenientes das erupções vulcânicas que se encontram na
estratósfera, nos últimos anos têm contribuído com um “forcing” de radiação negativo.
No entanto prevê-se que devido ao ciclo solar e às actividades vulcânica este
valor, relativo a estes dois factores, comece a diminuir no futuro.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2.3.8 Albedo

Albedo é a percentagem de energia de radiação que é dissipada do solo para a


atmosfera.
Mudanças na utilização do solo (deflorestação) aparentemente cria um “forcing”
de radiação negativa de -0.2? 0.2 W/m2 , principalmente nas grandes latitudes, onde as
floresta cobertas por neve com baixo albedo foram substituídas por solo coberto por
neve de maior albedo.
No entanto o nível de conhecimento deste factor continua baixo.

2.4 Ciclo de carbono

O dióxido de carbono percorre um ciclo entre a atmosfera, os oceanos e a


biosfera terrestre.
As maiores trocas de CO2 ocorrem entre a atmosfera e a biosfera terrestre
(120GtC/ano) e entre a atmosfera e as águas superficiais dos oceanos (90GtC/ano).
Apesar da capacidade de armazenamento de dióxido de carbono pelos oceanos
estar limitada, pela solubilidade deste na água do mar e pela lenta taxa de mistura entre
as águas superficiais e profundas dos oceanos, os oceanos contêm cerca de cinquenta
vezes mais carbono que a atmosfera (750GtC/ano).
Por sua vez, a vegetação e o solo contêm cerca de três vezes e meia a quantidade
de carbono presente na atmosfera, sendo a troca controlada pelos processos de
fotossíntesse e respiração.
Os factores que influenciam o armazenamento de CO2 incluem os efeitos
directos do uso do solo e suas alterações, mas também depende da resposta dos
ecossistemas terrestres à deposição de nutrientes, variações climáticas e a distúrbios
como secas, incêndios,etc.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Figura 2.5 – Ciclo de Carbono

3 ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS E SISTEMA DE MEDIÇÃO DE


FLUXOS DE CO2/H2O

3.1 Localização
Os três sistemas (estação meteorológica ao nível do solo, estação meteorológica
ao nível da copa das árvores e sistema de medição de fluxos de CO2 /H2 O) estão
situados numa plantação de eucaliptos de área plana ou com um declive muito reduzido.
A torre onde se encontram instalados a estação meteorológica e o sistema de
medição dos fluxos está localizada nas coordenadas geográficas 38º38’ de latitude
Norte e 8º36’ de longitude Oeste e a um nível acima do nível médio da água do mar de
95 metros. Relativamente à estação meteorológica ao nível do solo, esta está situada 5
metros a Sul da torre experimental.
Este eucaliptal pertence à Portucel Florestal que fica localizada na “Herdade da
Espirra”, perto de Pegões, distrito de Setúbal, apresenta uma área total de 300 hectares,
encontrando-se a uma distância mínima de 700 m com outra ocupação a Nordeste e à
distância máxima de 1,7 Km a Sudoeste.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Herdade
? da
Espirra

Figura 3.1 - Mapa

Os eucaliptos desta plantação são de segundo ciclo, têm nove anos, apresentam
uma altura média de 20 metros e verifica-se que o seu diâmetro médio é cerca de 20
centímetros a uma altura de 1,5 m do solo.

Figura 3.2 - Plantação em estudo

3.2 Descrição da estação meteorológica ao nível do solo

3.2.1 Sistema de aquisição de dados

Para a leitura e armazenamento de todas as medições efectuados pelos sensores


deste sistema, utilizou-se um módulo de aquisição de dados (datalogger).

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Este modulo a que os sensores estão ligados é o modelo CR10 da marca


“Campbell Scientific”.
O CR10 tem um painel de ligações que possui vários terminais que possibilitam
a sua comunicação com o exterior, permitindo nomeadamente as ligações ao
computador, bateria, sensores e ainda ao multiplexer AM32.
As medições dos sensores são assim registadas pelo CR10, podendo ser
adquiridas de imediato ou armazenadas na sua memória, sendo desta forma lidos
posteriormente os dados.
Esta recolha de informação é realizada por meio de um computador, que está
ligado ao modulo de aquisição de dados e que através do programa de software
PC208W disponibilizado pela “Campbell Scientific” nos permite construir um
programa de leitura e armazenamento dos dados obtidos.

Figura 3.3 – CR10

O software PC208W utiliza uma linguagem própria, mas bastante completa, no


qual existem 95 instruções diferentes que devem ser elaboradas de acordo com as
necessidades de cada utilização. Assim foi construído um programa PROG.DLD com
uma sequência própria de modo a possibilitar a leitura de todos os sensores. A listagem
deste e a listagem comentada serão apresentadas em anexo.

3.2.2 Módulo de extensão

No entanto, como temos vários sensores a serem utilizados e ligações aos


terminais insuficientes, por estas razões há necessidade de implementar um módulo de
extensões de canais, o AM32 também da “Campbell Scientific”.
Este apresenta quatro linhas de dezasseis entradas podendo ser utilizadas
simultaneamente, o que permite um total de sessenta e quatro ligações ao módulo.

Figura 3.4 – AM32

As ligações foram assim elaboradas tendo em atenção o modo de ligação dos


vários sensores a cada terminal de ligação das unidades de aquisição de dados.
A forma como foram elaboradas as ligações está apresentada em anexo.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

3.2.3 Anemómetro de copos

Para a determinação da velocidade do vento segundo a horizontal, utiliza-se um


anemómetro de 3 copos rotativos, que no seu funcionamento produz um impulso
eléctrico por cada rotação do seu eixo, que irá ser registado pelo CR10.
O modelo é o A100R da marca “Vector Instruments” e está instalado a dois
metros de altura.

Figura 3.5 – Anemómetro de copos

3.2.4 Placa de fluxo de calor

A Relativamente ao fluxo de calor registado no solo iremos utilizar um sensor


de fluxo em forma de placa circular, que devidamente calibrado permite obter o fluxo
de calor registado pelo datalloger em função de uma diferença de potencial.
Este sensor é o modelo HFT-3 da “Campbell Scientific” e apresenta uma baixa
resistência por ser revestido por materiais de boa conductibilidade térmica.

Fig 3.6 – Placa de fluxo de calor

3.2.5 Sensor de radiação PAR

É um sensor à prova de água que pode estar exposto a climas húmidos e


chuvosos. Este aparelho com correcção por coseno mede a energia dentro de
comprimentos de onda de 400 a 700nm, independentemente das condições de mistura
de luminusidades.
O sensor é o SKE 510 da marca “Skye Instruments” e encontra-se a dois metros
acima da superficie do solo.

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Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Fig 3.7 – Sensor de radiação

3.2.6 Termopáres e termistor de referência

O termistor é um sensor que permite a leitura da temperatura de referência, de


modo a que se possa medir posteriormente as temperaturas dos termopares.
Estes apresentam uma precisão considerável, já que têm um erro associado
compreendido na gama ? 0,2ºC.
O fabricante do 10TCRT é a “Campbell Scientific”

Os termopares são aparelhos constituídos por dois fios metálicos, um de cobre e


outro de constantan, ligados entre si na ponta através de um processo de soldadura, de
modo a evitar a sua separação. Estes irão ser utilizados de modo a que se obtenha o
valor da temperatura no solo (um, cinco e vinte centímetros de profundidade) em três
locais diferentes e na superfície do tronco da árvore (um centímetro de profundidade) a
uma altura de um metro.

3.3 Descrição da estação meteorológica ao nível da copa das árvores

3.3.1 Sistema de aquisição de dados

Para a leitura e armazenamento das medições efectuados pelos sensores deste


sistema, utilizou-se o módulo de aquisição de dados CR10 da marca “Campbell
Scientific”.
O datalogger e alguns sensores são alimentados por uma bateria de 12V, que por
sua vez se encontra ligada a um pequeno painel solar, de modo a que se garanta a
autonomia energética do sistema.

3.3.2 Módulo de extensão

Neste caso o módulo de extensões de canais é também o AM32 da “Campbell


Scientific”.

3.3.3 Udómetro

Para a medição da precipitação utilizou-se um udómetro da “Campbell


Scientific”, cujo o modelo é ARG 100.
A água proveniente da precipitação é então colectada por um funil colocado a
32m de altura, que por sua vez está ligada por um tubo opaco, a um de dois pequenos
reservatórios colocados a 22m. Quando este está cheio, provoca um baloiçar do braço
onde os reservatórios estão colocados, esvaziando o reservatório cheio e colocando o

17
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

vazio por debaixo do funil. Assim cada baloiçar provoca um pulso que registará a
precipitação acontecida.

Figura 3.8 - Udómetro

3.3.4 Psicrómetro de aspiração

Este instrumento permite medir as temperaturas seca e húmida do ar. São


utilizados dois termopares, em que um deles está envolvido numa gaze embebida em
água.
Os termopares usados são do tipo Cobre-Constantan (uma liga de 55% de Cobre
e 45% de Níquel).
Para se ler as temperaturas com fiabilidade, o psicrómetro deverá apresentar um
escudo que o proteja da radiação solar. Esta protecção é conseguida através da
envolvência do instrumento por uma caixa reflectora que apresenta uma ventoinha de
sucção numa das suas extremidades.
Na torre estão instalados dois psicrómetros, um abaixo da copa das árvores
(11m) e outro acima do nível da canópia (29m).

Figura 3.9 – Esquema do psicrómetro de aspiração

3.3.5 Anemómetro de copos

O anemómetro de copos é o modelo A100R da marca “Vector Instruments”,


que está situado na torre a uma altura de 29m.

18
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

3.3.6 Catavento

O catavento utilizado é o WP200 da “Vector Instruments”, que permite


determinar a direcção dominante da velocidade horizontal do vento.
No entanto há que ter em atenção que este aparelho seja instalado na vertical e
alinhado com o Norte geográfico. Tal como o anemómetro este deve estar situado por
cima das copas das árvores, por isso encontra-se a 27m.

Figura 3.10 - Catavento

3.3.7 Barómetro

A pressão atmosférica a uma altura de 26m é medida por um sensor, modelo


61201 da marca “Young” instalado na torre experimental. Este barómetro fornece o
valor da pressão ao datalogger por meio de uma saída analógica ao qual está ligado, tal
como acontece com outros sensores.
Para uma melhor qualidade das medições, instalou-se um sistema de dois discos
paralelos (modelo 61002 da “Young”) por forma a minimizar os efeitos dinâmicos
provocados pelo vento na extremidade do tubo sensor, protegendo-o também da chuva.

Figura 3.11 – Barómetro

19
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

3.3.8 Piranómetro

Para medir a radiação solar, foi utilizado o modelo CM 6B da marca “Kipp &
Zonen Delft BV”. O piranómetro mede fluxos de radiação numa superfície plana,
resultante da radiação solar directa e difusa proveniente do hemisfério de vidro que
cobre os sensores.
O sensor foi colocado a uma altura de 31m e virado para Sul de forma a evitar o
máximo de perturbações como, sombras, reflexões ou radiação emitida pela torre.

Figura 3.12 - Piranómetro

3.3.9 Net Radiómetro

O net radiometro é um sensor que mede a soma algébrica da radiação incidente e


da radiação emitida, em comprimentos de onda pequenos e grandes. A radiação
incidente consiste nos raios directos do Sol e na radiação solar dispersa mais a
irradiação de grande comprimento de onda proveniente do céu. A radiação emitida
consiste na radiação solar reflectida mais a componente terrestre de grande
comprimento de onda.
O aparelho utilizado é o modelo Q7 da “Campbell Scientific” e encontra-se a
uma altura de 27m.

Figura 3.13 – Net radiómetro

3.4 Descrição do sistema de medição de fluxos de CO 2/H2O

3.4.1 Sensor de medição de CO 2/H2O

O sensor utilizado para a medição do dióxido de carbono e vapor de água foi o


modelo LI-7500 da marca “Licor”.
Este sensor da alta performance baseia o seu sistema de medição por
infravermelhos, permitindo obter cinco, dez ou vinte valores por segundo da
concentração de CO2 /H2 O e fornecendo esses dados ao utilizador por diferença de
potencial.

20
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Figura 3.14 – LI7500

3.4.2 Anemómetro ultrasónico

Está instalado também outro sensor que nos permite medir a velocidade do
vento, que é o anemómetro ultrasónico R2 da marca “Gill Instruments”.
O principio de funcionamento deste anemómetro que permite o cálculo da
velocidade do vento, baseia-se na geometria e dimensão do sistema de transdutores. Isto
é, é medido o tempo em que é transmitido e recebido os ultra sons de alta frequência
pelos transdutores, sabendo a velocidade sónica, a distância entre os dois transdutores e
as propriedades do escoamento de ar que circula na linha de transdutores, poderemos
calcular a velocidade do vento.

Figura 3.15 – Anemómetro sónico

3.4.3 Sistema de medição

O anemómetro ultrasónico e o sensor de fluxos de CO2 /H2 O foram colocados a


uma altura de 33m e 32,5m, respectivamente, a uma distância entre si no plano
horizontal de 30cm.
O sensor LI-7500 está conectado ao seu módulo de controlo, que por sua vez
está ligado ao anemómetro ultrasónico e a uma fonte de energia que neste caso é um
painel solar. Relativamente ao anemómetro, este encontra-se ligado à PSIU (“Power

21
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Supply and Interface Unit”) que comunica com um computador por uma porta série e a
uma fonte de energia.
O esquema da montagem encontra na figura seguinte.

Figura 3.16 – Esquema de montagem dos sensores

4 BALANÇO DE ENERGÉTICO

O balanço de energético é uma aplicação da primeira lei da termodinâmica, em


que deve existir uma igualdade entre o balanço de energia radiativa recebida pelo
ecossistema e a soma da energia libertada sob a forma de calor sensível e latente e da
energia armazenada pelo ecossistema, isto é, solo e biomassa.
A equação do balanço de energético pode escrever-se na seguinte forma geral:

Rn = H + ? E + G + J ?W/m2 ? (4.1)

sendo Rn o balanço radiativo, H o fluxo de calor sensível, ? E o fluxo de calor latente, G


o fluxo de calor no solo e J o fluxo de energia armazenada sob as formas física e
bioquímica no ar e vegetação respectivamente.

Em traços gerais, pode-se dizer que durante o período diurno o balanço radiativo
é a principal fonte de energia, que é dominado pelas trocas de radiação de curto
comprimento de onda.
À noite o sumidouro de energia é constituído pelas perdas de radiação de grande
comprimento de onda, as quais são determinadas pela temperatura das superfícies e
pelas respectivas emissividades.

22
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

4.1 Calor armazenado no solo

O fluxo de calor no solo G deverá ser estimado através do fluxo de calor do


exterior para o solo e do próprio solo para o exterior, medido pela placa de fluxo de
calor.
Não foi possível utilizar vários aparelhos de medição dispersos por uma vasta
área, no entanto como o solo se comporta como um corpo homogénio de fluxo de
radiação, colocou-se apenas um sensor para as medições.
Nos gráficos 4.1, 4.2 e 4.3 podem-se observar através das medições obtidas
pelos termopáres colocado em três locais distintos, que este comportamento se verifica,
já que as temperaturas nos três locais apresentam valores semelhantes.

Temperatura no solo a 1cm em Junho

45

40

35
Temperatura (ºC)

30

25 T1
T2
20
T3
15

10

0
152
153
154
156
157
158
160
161
163
164
165
167
168
169
171
172
174
175
176
178
179
180

Dia Juliano

Gráfico 4.1

Verifica-se que a temperatura 1 apresenta valores bastante irregulares, isto deveu-se ao


facto de o termopar não se encontrar a 1cm de profundidade do solo, mas sim sobre a
superfície, por de baixo das folhas existente ao nível do solo.

23
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Temperatura no solo a 5cm em Junho

35

30

25
Temperatura (ºC)

T1
20 T2
T3
15

10

5
Gráfico 4.2
0
152
153
154
156
157
158
160
161
163
164
165
167
168
169
171
172
174
175
176
178
179
180
Dia Juliano

Gráfico 4.2

Temperatura no solo a 20cm em Junho

30

25
T1
Temperatura (ºC)

20 T2
T3
15

10

0
152
153
154
156
157
158
160
161
163
164
165
167
168
169
171
172
174
175
176
178
179
180

Dia Juliano

Gráfico 4.3

4.2 Calor armazenado nas árvores

O fluxo de energia armazenada nas árvores J, pode ser estimado considerando


que numa floresta homogénia, composta de árvores da mesma idade e de uma única
espécie florestal, o comportamento de uma árvore representa a totalidade da população.
Sabendo que as árvores estão a uma distância média entre elas de 3m e
considerando que se pode assumir o eucalipto como um tronco cilíndrico de raio 20cm e

24
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

altura de 20m, resulta a definição seguinte, para o fluxo de energia armazenada na


floresta:
? a Cpa Va ? Td ?W/m2 ?
Ja ? (4.2)
?t

onde Ja é a componente do fluxo de energia, ? a a densidade da árvore, Cpa o calor


específico da árvore, Va o volume de árvore por 9m2 e Td a temperatura superficial do
tronco.

A temperatura medida no tronco representa a apenas a superficial, já que a


transmissão de calor se processa radialmente num regime transiente. Assim a
temperatura no centro do tronco não é igual à da superfície nem tem possibilidade de ser
igualada, devido à sua má conductibilidade térmica e/ou a um número de Biot elevado.
Então poderemos obter o valor de J pela seguinte expressão, tendo em
consideração que, por simplicidade se considera o tronco como um cilindro infinito:

J 2? * ?W/m2 ?
? 1 ? 0 J 1(? 1) (4.3)
Ja ?1

em que J1 representa a função de Bessel de primeira espécie e ? 1 uma constante que


depende do número de Biot, que consideramos sempre igual por questões de
simplicidade de cálculo.
Para obter ? 0 * recorremos à seguinte expressão:

? 0 * = C1 exp (-? 12 Fo) (4.4)

onde Fo é o número de Fourier para um intervalo de tempo de 30 minutos e C1 uma


constante que depende do número de Biot.

4.3 Estimativa do balanço radiativo

O balanço radiativo é a diferença entre as entradas e saídas de radiação de curto


comprimento de onda provenientes do Sol e de longos comprimentos de onda vindos da
terra, nuvens e céu.
O valor do balanço radiativo pode ser obtido directamente através dos dados
provenientes do net radiómetro. No entanto este sensor não se encontra em boas
condições, por apresentar o hemisfério partido devido à queda de granizo, originando
assim erros de leitura.
A estimativa do balanço radiativo Rn pode ser feita do seguinte modo:

Rn = Sn + Ln ?W/m2 ? (4.5)

em que Sn é a quantidade de energia absorvida pela superfície e é dada por:

Sn = ? n St ?W/m2 ? (4.6)

onde ? s é a absorsividade da superfície para curtos comprimentos de onda.

25
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Neste caso, por não ter sido possível obter valores para o albedo de uma floresta
de eucaliptos, tomou-se o valor de 0,25, assim sendo temos ? s = 0,75 .
O parâmetro Ln , também designado por balanço radiativo de longo comprimento
de onda (radiação térmica) é dado por :

Ln = (? atm Tatm 4 - ? sup Tsup4 ) ? [W/m2] (4.7)

em que ? atm e ? sup são a emissividade da atmosfera e da superfície, respectivamente, ? é


a constante de Stefan-Boltzman e Tatm e Tsup são respectivamente a temperatura da
atmosfera e a temperatura da superfície em graus Kelvin.
Considera-se a temperatura da superfície (folhas) como sendo a temperatura
húmida do psicrómetro mais baixo (admite-se que as folhas, como transpiram, se
comportam como um termómetro de bolbo húmido) e a temperatura atmosférica como a
temperatura seca ambiente no psicrómetro a 29m.
Para a emissividade considerou-se para o caso em estudo o valor intermédio de
0,97, já que a maior parte das superfícies naturais está situada entre 0,95 e 1,00.
A emissividade da atmosfera será obtida assim, a partir da expressão empírica:
?1?
? ?
? Pv ?? 7 ?
? atm ? 1,72? ? (4.8)
?T ?

em que pv é a pressão de vapor em ?kPa? e T a temperatura seca do ar medida pelo


psicrómetro a 29m em [K].
A pressão de vapor é obtida através da expressão:

Pv = Pg (Tw) - ? Pa (T – Tw) ?kPa? (4.9)

Onde Tw representam a temperatura húmida do psicrómetro a 29m em ?ºC?,


respectivamente, ? a constante termodinâmica psicrométrica, Pa a pressão atmosférica
em ?kPa? e Pg a pressão de vapor de saturação obtida através da seguinte expressão:

? bTw ?
Pg ?T w? ? a exp ? ? ?kPa? (4.10)
? Tw ? c ?

em que as constantes a, b e c, para o caso de aplicações biofísicas tomam os valores de


0,611 [kPa],17,502 e 240,97 [ºC], respectivamente.

No gráfico 4.4 pode-se observar então o balanço radiativo estimado e o obtido


pelo net radiómetro.

26
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Balanço radiativo em Junho

800

700

600
Radiação (W/m^2)

500

400
net
300 radiómetro

200 Balanço
radiativo
100

0
152
153
154
155
157
158
159
161
162
163
164
166
167
168
170
171
172
173
175
176
177
179
180
181
-100
Dia Juliano

Gráfico 4.4

Verifica-se então tal como esperado que os valores do net radiómetro são
inferiores aos estimados, por causa do mau estado do aparelho.
No entanto, dia 14 de Agosto de 2001 (período em que o net radiómetro ainda
estava a funcionar bem), este sensor apresenta ainda valores semelhantes ao balanço
radiativo estimado, como se pode observar no gráfico seguinte.

Gráfico 4.5

4.4 Fecho do balanço energético

O fecho do balanço energético é um factor essencial para a verificação da


validade dos resultados calculados dos fluxos de CO2 /H2 O.
Existem no entanto algumas objecções a este método de verificação uma vez que
os fluxos de radiação e termos de armazenamento de energia estão sujeitos a alguns
erros.
O balanço radiativo é obtido a partir dos valores estimados e os valores do calor
sensível H e calor latente ? E, a partir do sistema de medição dos fluxos de CO2 /H2 O.
Assim obtemos o seguinte gráfico para o balanço energético.

27
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Balanço energético em Junho

800
Balanço energético (W/m^2)

700
600
500
H+?E+J
400 +G
300 Balanço
radiativo
200
100
0
152
153
154
156
157
159
160
161
163
164
166
167
169
170
171
173
174
176
177
178
180
181
-100
Dia Juliano

Gráfico 4.6

Analisando os resultados obtidos verifica-se uma pequena diferença pouco


significativa, que se pode dizer que tem origem em erros de várias naturezas.
Os valores de H e ? E apresentam erro porque, as medições do anemómetro e
analisador CO2 /H2 O, por vezes não são correctas, devido a acumulação de poeiras e
existência de água na janela do sensor LI-7500, mas também por causa de perda de
dados e na filtragem de ficheiros.
O balanço radiactivo pode também apresentar um certo erro já que o seu valor
estimado depende da medição de valores provenientes de sensores.
Relativamente a G e J para além dos erros devidos aos sensores há que ter em
conta as simplificações feitas.

4.5 Análise de resultados

4.5.1 Fluxo de calor no solo

O gráfico 4.6 apresenta os valores do fluxo de calor na superfície do solo.


Verifica-se um fluxo do exterior para o solo durante o dia relativamente intenso,
enquanto que à noite seria de esperar um fluxo de sentido oposto.
No entanto não se verificam fluxos negativos, isto porque o sensor (placa de
fluxo de calor) deverá apresentar alguma anomalia, não sendo por isso possível
apresentar esses valores do solo para o exterior.

28
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Fluxo de calor em Junho

160
Fluxo de calor
140
Fluxo de calor (W/m^2)

120

100

80

60

40

20

0
152
153
154
155
156
158
159
160
161
163
164
165
166
167
169
170
171
172
174
175
176
177
179
180
181
-20

Dia Juliano

Gráfico 4.7

4.5.2 Velocidade do vento

Os aparelhos utilizados para medir a velocidade do vento são os anemómetros


de copos instalados ao nível do solo e ao nível das copas das árvores. Os valores estão
assim representados no gráfico 4.7.

Velocidade do vento em Junho


Em
8 baixo
Em
Velocidade de vento (m/s)

7
cima
6

0
152
153
154
155
157
158
159
161
162
163
164
166
167
168
170
171
172
173
175
176
177
179
180
181

Dia Juliano

Gráfico 4.8

29
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Como era de esperar o vento apresenta uma velocidade maior acima da copa das
árvores relativamente à da superfície. Verifica-se também que na zona perto do solo, a
velocidade é muito mais regular, isto é apresenta oscilações muito menores.
Estas diferenças estão relacionadas com o modo como se comporta uma camada
limite turbulenta. Esta apresenta junto à superficie condições de não escorregamento
onde predominam os efeitos viscosos que tem uma grande capacidade uniformizadora.
Fora da camada interior estes efeitos já não se fazem sentir, prevalecendo então os
grandes turbilhões tridimensionais de grande energia.

4.5.3 Radiação

A radiação ao nível do solo e ao nível da copa das árvores é medida pelo sensor
de radiação PAR (considerando que só 40% de toda a radiação se encontra na zona
visível, entre os 400 e 700nm) e pelo piranómetro, respectivamente. Os seus valores
encontram-se no seguinte gráfico.

Radiação em Junho

1200

1000
Radiação (W/m^2)

800
Em
600 baixo
Em
cima
400

200

0
152
153
154
156
157
158
160
161
163
164
165
167
168
169
171
172
174
175
176
178
179
180

Dia Juliano

Gráfico 4.9

Verifica-se que a radiação ao nível do solo é menor que a radiação existente


acima da copa das árvores (só cerca de 31,9% da radiação chega ao solo), devido à
densa folhagem que estas têm, que reflectem e absorvem a radiação.
Este valor é calculado pela simples integração (regra do trapézio) dos valores da
radiação obtidos. Tem-se assim, em que Ri representa o valor da radiação no instante i e
t i representa a hora no instante i [s]:

? R i ? 1 ? Ri ?
n
Rt ? ? ? ??ti ? 1 ? t i ? ?W/m2 ? (4.11)
i? 0 ? 2 ?

30
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

5 GAP-FILLING

5.1 Introdução

Em 1996 foi formalizado pela Euroflux e Ameriflux uma rede de torres com o
objectivo de adquirir os dados dos fluxos de carbono e energia a nível regional. Foi
assim o começo das medições continuas com o intuito de perceber melhor os fluxos de
carbono e de modo a poder haver comparação entre cada sistema regional.
Em 1997 surgiu o projecto “Fluxnet”, com o objectivo de estabelecer um
conjunto de medidas de longo termo das trocas de dióxido de carbono, vapor de água e
energia de cada sistema regional consistentemente, que assegurassem dados
documentados de qualidade numa variedade de ecossistemas.
Com o aparecimento do efeito estufa e do aquecimento global, houve
necessidade de providenciar dados de qualidade dos fluxos aos políticos que lidam com
este problema.
No entanto, dos dados obtidos de meia em meia hora, 24 horas por dia, 365 dias
por ano, só em média 65% destes são aproveitáveis, devido a falhas do sistema ou
rejeição de dados. Assim, torna-se necessário proceder ao preenchimento destes
intervalos de tempo de modo a completar a sequência do dados.
Para haver comparação entre cada sistema é necessário então, standardizar os
procedimentos de preenchimento de intervalos (“Gap-filling”).

Os intervalos não ocorrem ao acaso sendo por isso necessário desenvolver e


testar vários métodos de “gap- filling”, dependendo do modelo de registos de dados que
se utiliza.
Não existe nenhum método universal de preenchimento de intervalos, assim os
investigadores usam vários métodos em que os três mais importantes são, o método
MDV (“mean diurnal variation”), o “LookUp” (procurar nas tabelas) e “Regr.”
(regressão não linear).
No nosso caso apenas iremos testar a performance do método “LookUp”, numa
análise de erros introduzidos, quando do preenchendo de intervalos criados
artificialmente, nas medições adquiridas do sistema de medição de fluxos de CO2 /H2 O.

5.2 Método “LookUp”

O método consiste, no âmbito deste trabalho, em criar tabelas dos valores


disponíveis de CO2 e H2 O, de modo a que os dados inexistentes possam ser procurados,
baseados nas condições associadas a estes dados.
As tabelas foram criadas de modo a representar as condições ambientais
baseadas em seis períodos bi- mensais ou quatro períodos sazonais (1 de Abril a 31 de
Maio, 1 de Junho a 30 de Setembro, 1 de Outubro a 30 de Novembro e 1 de Dezembro a
31 de Março).
Para as tabelas o valor médio de CO2 e H2O, foi compilado a partir de uma
matriz 23? 35, em que 35 representa o número de classes em que a temperatura do ar Ta
está dividida e 35 o número de classes da radiação solar QPFFD.
A classe QPFFD consiste em intervalos de100? mol m-2 s-1 de 0 a 2200, com uma
classe separada para QPFFD igual a zero. Similarmente as classes Ta são definidas por
intervalos de 2ºC que vão desde -19ºC a 49ºC.

31
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Os intervalos das tabelas são assim preenchidos por interpolação linear ou


extrapolação linear.
O método requer uma composição completa de todos os valores de QPFFD e Ta .

5.3 Software utilizado

De modo a pôr em prática o método “LookUp” para uma grande quantidade de


valores utilizou-se um programa em Visual Basic, elaborado para o efeito, que consiste
no seguinte:
Este programa lê ficheiros .CSV linha a linha. Ao ler a primeira linha este
compila o valor de CO2 e H2 O e regista uma entrada nas classes respectivas de QPFFD e
Ta . De seguida lê a linha seguinte, somando os valores de CO2 e H2 O respectivamente e
fazendo o registo de nova entrada nas classes correspondentes. Este procedimento
repete-se até à última linha a onde os valores totais de CO2 e H2 O são divididos pelo
número de entradas resultando assim o valor médio.
Para o preenchimento dos intervalos, o programa verifica na posição do
intervalo correspondente a cada tipo de classes, qual apresenta mais valores na matriz,
se a linha se a coluna. A que apresentar maior número de valores será utilizada para a
interpolação ou extrapolação consoante a posição do intervalo. Se por acaso um dos
dois valores da interpolação ou extrapolação tiver uma entrada menor que dois é
ignorado e utiliza-se o valor ao lado, que satisfaça essa condição.

Figura 5.1 – Programa utilizado

Para obter os valores para o “gap- filling” através deste programa procede-se da
seguinte forma:
Ao inicializar o programa, o utilizador encontra um quadro que apresenta um
campo para seleccionar um ficheiro (“select file”). O ficheiro .CSV é então
seleccionado, para depois ser preenchido os seus intervalos através do comando
“process file”. O ficheiro é então salvo (“save file”) e obtivemos assim o “gap- flling”
para os valores diurnos. Para termos os valores preenchidos na totalidade, voltamos a

32
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

seleccionar agora este último ficheiro e através da modificação feita nos “settings”
passando para a noite, obtemos o ficheiro global do dia.
Os “settings” apresentam campos em que é possível delimitar algumas variáveis
de modo a que os resultados finais não fujam muito da normalidade.

5.4 Resultados

Foram então criados intervalos artificiais contendo de 25%, 35% e 55%, com o
objectivo de observar o erro produzido por este método.
No nosso caso apenas poderemos utilizar o período bimestral pois só dispomos
de dados de qualidade dos meses de Maio, Junho, Julho e Agosto.
Tendo em conta estes aspectos obtemos assim os gráficos 5.1, 5.2, 5.3, 5.4, 5.5 e
5.6, para os meses de Junho-Julho e os gráficos 5.7, 5.8, 5.9 e 5.10 para Agosto-
Setembro.

Gap filling em Maio


20

15
Fluxos de H2O (mmol/m^2.s)

Real
25%Intervalos
10

0
2/ 5/10
2/ 5/11
2/ 5/13
2/ 5/14
2/ 5/16
2/ 5/17
2/ 5/19
2/ 5/20
2/ 5/22
2/ 5/23
2/ 5/25
2/ 5/26
2/ 5/28
2/ 5/29
2/ 5/31
2/ 5/ 1
2/ 5/ 2
2/ 5/ 4
2/ 5/ 5
2/ 5/ 7
2/ 5/ 8

-5
Dia

Gráfico 5.1

33
Fluxos de H2O (mmol/m^2.s) Fluxos de CO2 (umol/m^2.s)

0
5
10
15
20

-5
0
5
10
15
20

-30
-25
-20
-15
-10
-5
2/ 5/ 1 2/ 5/ 1
2/ 5/ 2 2/ 5/ 2

2/ 5/ 4 2/ 5/ 3
2/ 5/ 5
2/ 5/ 5
2/ 5/ 6
2/ 5/ 7
2/ 5/ 8
2/ 5/ 8
2/ 5/ 9
2/ 5/10 2/ 5/10
2/ 5/11 2/ 5/12
2/ 5/13 2/ 5/13
2/ 5/14 2/ 5/15
2/ 5/16

Dia
2/ 5/16

Dia
Gráfico 5.2
2/ 5/18

Gráfico 5.3
2/ 5/17
Gap filling em Maio

Gap filling em Maio


2/ 5/19
2/ 5/19
2/ 5/20
2/ 5/20
2/ 5/22
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 5/22 2/ 5/23
2/ 5/23 2/ 5/25
2/ 5/25 2/ 5/26
2/ 5/26 2/ 5/27

2/ 5/28 2/ 5/29

Real
Real

2/ 5/29 2/ 5/30

2/ 5/31
25%Intervalos

35%Intervalos

34
Fluxos de H2O (mmol/m^2.s) Fluxos de CO2 (umol/m^2.s)

0
5
10
15
20

-5
-5
0
5
10
15
20

-30
-25
-20
-15
-10
2/ 5/ 1 2/ 5/ 1
2/ 5/ 2 2/ 5/ 2

2/ 5/ 4 2/ 5/ 3
2/ 5/ 5
2/ 5/ 5
2/ 5/ 6
2/ 5/ 7
2/ 5/ 8
2/ 5/ 8
2/ 5/ 9
2/ 5/10 2/ 5/10
2/ 5/11 2/ 5/12
2/ 5/13 2/ 5/13
2/ 5/14 2/ 5/15
2/ 5/16
Dia
2/ 5/16

Gráfico 5.4

Dia

Gráfico 5.5
2/ 5/18
2/ 5/17
Gap filling em Maio

Gap filling em Maio


2/ 5/19
2/ 5/19
2/ 5/20
2/ 5/20
2/ 5/22
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 5/22 2/ 5/23
2/ 5/23 2/ 5/25
2/ 5/25 2/ 5/26
2/ 5/26 2/ 5/27

2/ 5/28 2/ 5/29

Real
Real

2/ 5/30
2/ 5/29
2/ 5/31
55%Intervalos
35%Intervalos

35
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Gap filling em Maio

20
15 Real
Fluxos de CO2 (umol/m^2.s)

10 55%Intervalos
5
0
-5
-10
-15
-20
-25
-30
2/ 5/ 1
2/ 5/ 2
2/ 5/ 3
2/ 5/ 5
2/ 5/ 6
2/ 5/ 8
2/ 5/ 9
2/ 5/10
2/ 5/12
2/ 5/13
2/ 5/15
2/ 5/16
2/ 5/18
2/ 5/19
2/ 5/20
2/ 5/22
2/ 5/23
2/ 5/25
2/ 5/26
2/ 5/27
2/ 5/29
2/ 5/30
Gap-filling com 55% intervalos no periodo..(1mes)
Dia

Gráfico 5.6

Neste bimestre apenas utilizamos 35% e 55% de intervalos, já que os valores


originais apresentam um intervalo de 26% de valores não existentes.

Gap filling em Julho

20
Fluxos de H2O (mmol/m^2.s)

15

10 Real
35%Intervalos

0
2/ 7/11
2/ 7/12
2/ 7/13
2/ 7/15
2/ 7/16
2/ 7/18
2/ 7/19
2/ 7/21
2/ 7/22
2/ 7/24
2/ 7/25
2/ 7/26
2/ 7/28
2/ 7/29
2/ 7/31
2/ 7/ 1
2/ 7/ 2
2/ 7/ 3
2/ 7/ 5
2/ 7/ 6
2/ 7/ 8
2/ 7/ 9

-5
Dia

Gráfico 5.7

36
Fluxos de H2O (mmol/m^2.s) Fluxos de CO2 (umol/m^2.s)

0
5
10
15
20

-5
-30
-25
-20
-15
-10
0
5
10
15
20

-5
2/ 7/ 1
2/ 7/ 1
2/ 7/ 2 2/ 7/ 2
2/ 7/ 3
2/ 7/ 3
2/ 7/ 5 2/ 7/ 5
2/ 7/ 6
2/ 7/ 6
2/ 7/ 8
2/ 7/ 8
2/ 7/ 9
2/ 7/ 9
2/ 7/11
2/ 7/11
2/ 7/12
2/ 7/12
2/ 7/13
2/ 7/14
2/ 7/15
2/ 7/15

Dia
Dia
2/ 7/16

Gráfico 5.8
2/ 7/17

Gráfico 5.9
2/ 7/18
2/ 7/18

Gap filling em Julho


Gap filling em Julho

2/ 7/19
2/ 7/20
2/ 7/21 2/ 7/21
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 7/22
2/ 7/23
2/ 7/24
2/ 7/24
2/ 7/25
2/ 7/26
2/ 7/26 2/ 7/27
2/ 7/28
2/ 7/29

Real
Real

2/ 7/29
2/ 7/30
2/ 7/31

55%Intervalos
35%Intervalos

37
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Gap filling em Julho

20
15
Fluxos de CO2 (umol/m^2.s)

10
5
0
-5
-10
-15 Real
-20 55%Intervalos
-25
-30
2/ 7/ 1
2/ 7/ 2
2/ 7/ 3
2/ 7/ 5
2/ 7/ 6
2/ 7/ 8
2/ 7/ 9
2/ 7/11
2/ 7/12
2/ 7/14
2/ 7/15
2/ 7/17
2/ 7/18
2/ 7/20
2/ 7/21
2/ 7/23
2/ 7/24
2/ 7/26
2/ 7/27
2/ 7/29
2/ 7/30
Dia

Gráfico 5.10

O erro médio para este método é assim calculado como a diferença entre os
valores originais e aqueles produzidos pelo “gap-filling”, estando apresent ados nas
tabelas seguintes.

Erro para 25% Erro para 35% Erro para 55%


de Intervalos de Intervalos de Intervalos
H2O H2O H2O
0.282952 0.333983 0.449512
CO2 CO2 CO2
1.40476 1.656235 2.178777

Tabela 5.1 – Erro médio para o 1º bimestre

Erro para 35% Erro para 55%


de Intervalos de Intervalos
H2O H2O
0.393807 0.46481
CO2 CO2
1.78853 2.087771

Tabela 5.2 – Erro médio para o 2º bimestre

38
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Verifica-se que as maiores diferenças se encontram nos cálculos em que os


intervalos são maiores, no entanto estes apresentam uma forma mais regular, como era
de esperar, porque serem valores interpolados.
Com estes resultados pode-se dizer que o método utilizado apresenta uma boa
aproximação e pequenos erros, principalmente para valores de fluxos de H2 O.

De modo a analisar melhor a eficiência do “gap-filling”, iremos agora verificar


através dos gráficos seguintes, os valores acumulados ao longo do mês dos vários
fluxos.

Consumo de H2O em Maio

700

600
Consumo de H2O (TonH2O/hec)

500

400

300
Real
200 25%Intervalos

100

0
2/ 5/ 1
2/ 5/ 2
2/ 5/ 3
2/ 5/ 5
2/ 5/ 6
2/ 5/ 7
2/ 5/ 9
2/ 5/10
2/ 5/11
2/ 5/13
2/ 5/14
2/ 5/15
2/ 5/17
2/ 5/18
2/ 5/19
2/ 5/21
2/ 5/22
2/ 5/23
2/ 5/25
2/ 5/26
2/ 5/27
2/ 5/29
2/ 5/30
2/ 5/31

Dia

Gráfico 5.11

39
Consumo de H2O (TonH2O/hec) Consumo de H2O (TonH2O/hec)

100
200
300
400
500
600
700
100
200
300
400
500
600
700

0
0
2/ 5/ 1 2/ 5/ 1
2/ 5/ 2 2/ 5/ 2
2/ 5/ 3 2/ 5/ 3
2/ 5/ 5 2/ 5/ 5
2/ 5/ 6 2/ 5/ 6
2/ 5/ 7 2/ 5/ 7
2/ 5/ 9 2/ 5/ 9
2/ 5/10 2/ 5/10
2/ 5/11 2/ 5/11
2/ 5/13 2/ 5/13
2/ 5/14 2/ 5/14
2/ 5/15 2/ 5/15

Dia
Dia
2/ 5/17 2/ 5/17

Gráfico 5.13
Gráfico 5.12
2/ 5/18 2/ 5/18
2/ 5/19 2/ 5/19

Consumo de H2O em Maio


Consumo de H2O em Maio

2/ 5/21 2/ 5/21
2/ 5/22 2/ 5/22
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 5/23 2/ 5/23
2/ 5/25 2/ 5/25
2/ 5/26 2/ 5/26
2/ 5/27 2/ 5/27
2/ 5/29 2/ 5/29
2/ 5/30 2/ 5/30

Real
Real

2/ 5/31 2/ 5/31

55%Intervalos
35%Intervalos

40
Acumulação de CO2 (kgC/hec) Acumulação de CO2 (kgC/hec)

0
0

-1000
-1000

-800
-600
-400
-200
-800
-600
-400
-200
2/ 5/ 1 2/ 5/ 1
2/ 5/ 2 2/ 5/ 2
2/ 5/ 3 2/ 5/ 3
2/ 5/ 5 2/ 5/ 5
2/ 5/ 6 2/ 5/ 6
2/ 5/ 7 2/ 5/ 7
2/ 5/ 9 2/ 5/ 9
2/ 5/10 2/ 5/10
2/ 5/12 2/ 5/12
2/ 5/13 2/ 5/13
2/ 5/14 2/ 5/14
2/ 5/16 2/ 5/16

Dia
Dia

Gráfico 5.15
Gráfico 5.14
2/ 5/17 2/ 5/17
2/ 5/18 2/ 5/18
2/ 5/20 2/ 5/20

Acumulação de CO2 em Maio


Acumulação de CO2 em Maio
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 5/21 2/ 5/21
2/ 5/23 2/ 5/23
2/ 5/24 2/ 5/24
2/ 5/25 2/ 5/25
2/ 5/27 2/ 5/27
2/ 5/28 2/ 5/28
2/ 5/29 2/ 5/29

Real
Real

2/ 5/31 2/ 5/31

41
35%Intervalos
25%Intervalos
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Acumulação de CO2 em Maio

0
Real
Acumulação de CO2 (kgC/hec)

55%Intervalos
-200

-400

-600

-800

-1000
2/ 5/ 1
2/ 5/ 2
2/ 5/ 3
2/ 5/ 5
2/ 5/ 6
2/ 5/ 7
2/ 5/ 9
2/ 5/10
2/ 5/12
2/ 5/13
2/ 5/14
2/ 5/16
2/ 5/17
2/ 5/18
2/ 5/20
2/ 5/21
2/ 5/23
2/ 5/24
2/ 5/25
2/ 5/27
2/ 5/28
2/ 5/29
2/ 5/31
Dia

Gráfico 5.16

Verifica-se que a nível de acumulação de CO2 , os valores apresentam uma


evolução relativamente semelhante ao longo do mês, sendo a diferença entre os
resultados originais e os obtidos pelo “gap- filling” maior, consoante a percentagem de
intervalos gerados.
Constata-se relativamente aos consumos de H2 O, que temos resultados
superiores para os valores originais e inferiores para os derivados do “gap-filling”,
como seria de esperar, por causa do modo como estes foram obtidos (causas já descritas
anteriormente). No entanto, deveriam haver diferenças para cada percentagem de
intervalos gerados, como acontece nas evoluções de acumulação de CO2 .
Os resultados de Junho estão apresentados em anexo, excepto os provenientes
do consumo de H2 O, porque têm uma evolução constante e igual à registada nos últimos
dias de Maio.
Contudo os valores do segundo período bimestral, não serão apresentados por
não haver medições suficientes, que proporcionem resultados para uma boa avaliação.

42
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

6 CONCLUSÕES

Os dados recolhidos para a aferição do balanço energético, começaram a ser


registados a partir do dia 20 de Maio numa fase experimental, sendo no entanto
utilizados para este trabalho os valores a partir do princípio de Junho.
Do dia 19 de Julho a 11 de Agosto também não foi possível obter os dados da
estação meteorológica ao nível do solo, por questões de falta de capacidade do sistema
de aquisição de dados e por não ter havido possibilidade da ida ao local, para a recolha
dos mesmos.
Os gráficos assim obtidos dos meses de Julho e Agosto respeitantes às medições
efectuadas pela estação meteorológica ao nível do solo e os dos meses de Junho, Julho e
Agosto relativos ao “gap-filling” encontram-se em anexo.

O balanço energético apresenta assim, um comportamento idêntico ao registado


pelo net radiómetro da estação meteorológica ao nível da copa das árvores, contudo
verifica-se que os valores são significativamente inferiores, devido ao mau
funcionamento deste, como foi descrito anteriormente. Valores mais próximos
encontram-se no balanço radiativo estimado efectuado, no entanto seria interessante
obter os valores experimentais para a verificação do fecho do balanço energético, dos
meses estudados.
Constata-se que no mês de Agosto, há dias em que não se verifica o fecho do
balanço energético, isto porque não existem dados provenientes do sistema de medição
de fluxos.
Contudo poderemos afirmar estar na presença de uma boa qualidade de
medições de fluxos de CO2 /H2 O, porque não existe grande discrepância no fecho do
balanço de energia.
Os dias Julianos representam o número de dias desde o princípio do ano, sendo
assim, o dia 1 de Janeiro representa o dia 1 Juliano, ou por exemplo, o dia 1 de Junho
equivale ao dia 152 Juliano.

O método usado para o preenchimento dos intervalos a nível de resultados


obtidos, apresenta diferenças de erros pouco significativas entre os diversos intervalos
gerados.
Os resultados também variam de bimestre para bimestre por causa, da qualidade
dos valores originais de fluxos e das condições ambientais envolventes em que se
encontra a estação de medição.
Não foi possível verificar a qualidade na sua totalidade do método utilizado para
o preenchimento de intervalos (“LookUp”), já que apenas se utilizaram dois períodos
bimestrais e não os seis períodos bimestrais e os quatro sazonais como seria
aconselhável.
No entanto constata-se a necessidade de utilizar, os períodos sazonais para
grandes intervalos de tempo, de modo a que o método proporcione melhores resultados.

Uma das principais recomendações da Euroflux, é a inter comparação dos


programas de tratamento de dados. Assim sendo, os ficheiros obtidos nas campanhas
experimentais, deveram ser sujeitos a um programa de tratamento de dados, com
critérios firmados.

43
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Então dever-se-á realizar ao longo dos anos um estudo completo em todas as


vertentes, de modo a se poder quantificar a quantidade de carbono que é armazenado
nas nossas florestas.
O trabalho que foi realizado representa apenas uma parte do estudo completo a
realizar.

44
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

BIBLIOGRAFIA

Gaylon S. Campbell, John M. Norman; An Intoduction to Environmental


Biophysics; Second Edition; Springer.

Frank P. Incropera, David P. Dewitt; Fundamentals of Heat and Mass Transfer;


Fourth Edition; John Wiley & Sons.

Michael J. Moran, Howard N. Shapiro; Fundamentals of Engeneering


Thermodynamics; John Wiley & Sons.

Park S. Nobel; Physichemical and Environmental Plant Physiology; Academic


Press.

Strahler & Strahler; Introducing Physical Geography; John Wiley & Sons.

Working Group I; Summary for Policymakers; Intergovernmental Panel on


Climate Change.

Working Group I; Technical Summary Report; Intergovernmental Panel on


Climate Change.

GASA-FCT; Emissão e Controle de Gases com Efeito de Estufa em Portugal;


Universidade Nova de Lisboa

Working Group; Gap-filling Strategies for Defensible Annual Sums of Net


Ecossystem exchange; Elsevier Science.

Working Group; Gap-filling Strategies for Long Term Energy Flux Data Sets;
Elsevier Science.

Fernanda Maria dos Reis Torroaes Valente; Intercepção da Precipitação em


Povoamentos Florestais Esparsos; Instituto Superior de Agronomia; 1999

Abel Martins Rodrigues; Fluxos de Momento, Massa e Energia na Camada


Limite Atmosférica em Montado de Sobro; Instituto Superior Técnico; 2001

Fernando Mestre, João Castanheira; Balanço Energético em Estufas e Balanço


energético Foliar - Trabalho Final de Curso; Instituto Superior Técnico; 1995

CR10 Measurement and Control Module-Instruction Manual; Campbell


Scientific.

AM32 Relay Multiplexer-User Guide; Campbell Scientific.

HFT-3 Soil Heat Flux Plate-User Guide; Campbell Scientific.

Operating Instructions A100R Anemometer; Vector Instruments.

Radiation Sensors-Notes; Skye Instruments.

45
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO A1
Listagem do programa PROG.DLD

;{CR10}
;
*Table 1 Program
01: 60 Execution Interval (seconds)

1: Temp (107) (P11)


1: 1 Reps
2: 1 SE Channel
3: 3 Excite all reps w/Exchan 3
4: 1 Loc [ tref ]
5: 1.0 Mult
6: 0.0 Offset

2: Thermocouple Temp (DIFF) (P14)


1: 1 Reps
2: 32 7.5 mV 50 Hz Rejection Range
3: 4 DIFF Channel
4: 1 Type T (Copper-Constantan)
5: 1 Ref Temp (Deg. C) Loc [ tref ]
6: 2 Loc [ temp ]
7: 1.0 Mult
8: 0.0 Offset

3: Pulse (P3)
1: 1 Reps
2: 1 Pulse Input Channel
3: 22 Switch Closure, Output Hz
4: 3 Loc [ anemo ]
5: 1.25 Mult
6: 0.0 Offset

4: Volt (Diff) (P2)


1: 1 Reps
2: 35 2500 mV 50 Hz Rejection Range
3: 5 DIFF Channel
4: 4 Loc [ placa ]
5: 48.5 Mult
6: 0.0 Offset

5: Volt (Diff) (P2)


1: 1 Reps
2: 4 250 mV Slow Range
3: 6 DIFF Channel
4: 5 Loc [ radiom ]
5: 1 Mult
6: 0.0 Offset

6: Do (P86)
1: 41 Set Port 1 High

46
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO A1 (Continuação)

7: Beginning of Loop (P87)


1: 0000 Delay
2: 11 Loop Count

8: Do (P86)
1: 72 Pulse Port 2

9: Thermocouple Temp (DIFF) (P14)


1: 1 Reps
2: 32 7.5 mV 50 Hz Rejection Range
3: 2 DIFF Channel
4: 1 Type T (Copper-Constantan)
5: 1 Ref Temp (Deg. C) Loc [ tref ]
6: 6 -- Loc [ temp2_1 ]
7: 1.0 Mult
8: 0.0 Offset

10: End (P95)

11: Do (P86)
1: 51 Set Port 1 Low

12: If time is (P92)


1: 0000 Minutes (Seconds --) into a
2: 30 Interval (same units as above)
3: 10 Set Output Flag High

13: Real Time (P77)


1: 1120 (Same as 1220) Y,D,Hr/Mn

14: Average (P71)


1: 1 Reps
2: 2 Loc [ temp ]

15: Average (P71)


1: 1 Reps
2: 3 Loc [ mano ]

16: Average (P71)


1: 1 Reps
2: 4 Loc [ placa ]

17: Average (P71)


1: 1 Reps
2: 5 Loc [ radiom ]

18: Average (P71)


1: 2 Reps
2: 6 Loc [ temp2_1 ]

*Table 2 Program
02: 0.0000 Execution Interval (seconds)

*Table 3 Subroutines

End Program

47
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO A1 (Continuação)

-Input Locations-
1 tref 1 2 1
2 temp 5 1 1
3 anemo 1 1 1
4 placa 17 1 2
5 radiom 1 1 1
6 temp1_20 1 1 1
7 temp1_5 1 0 0
8 temp1_1 1 0 0
9 temp2_20 1 0 0
10 temp2_5 1 0 0
11 temp2_1 1 0 0
12 temp3_20 1 0 0
13 temp3_5 1 0 0
14 temp3_1 1 0 0
15 temp4_1 1 0 0
16 temp4_2 1 0 0
17 _________ 0 0 0
18 _________ 0 0 0
19 _________ 0 0 0
20 _________ 0 0 0
21 _________ 0 0 0
22 _________ 0 0 0
23 _________ 0 0 0
24 _________ 0 0 0
25 _________ 0 0 0
26 _________ 0 0 0
27 _________ 0 0 0
28 _________ 0 0 0
-Program Security-
0000
0000
0000
-Mode 4-
-Final Storage Area 2-
0

48
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO A2
Listagem comentada do programa PROG.DLD

MODE 1 : Programa existente na tabela 1 do programa

SCAN RATE 60 : Intervalo de execução de 60 segundos

1: P11 : Leitura do termistor de referência.


1: 1 : REPS=1, uma única leitura.
2: 1 : INCHAN=1, leitura single-ended no terminal 1H.
3: 3 : EXCHAN=3, excitação pelo terminal 3H.
4: 1 : LOC=1, valor armazenado na primeira posição de memória de entrada.
5: 1.0 : MULT=1, os valores medidos pelo termistor são já da temperatura pelo
que não necessitam de conversão.
6: 0.0 : OFFSET=0, idêntico ao que foi dito no parâmetro anterior.

2: P14 : Leitura diferencial de termopares.


1: 1 : REPS=1, uma única leitura.
2: 32 : RANGE=32.
3: 4 : INCHAN=4, leitura single-ended no terminal 4H.
4: 1 : Especifica o tipo de termopar utilizado (Tipo T).
5: 1 : Identifica a posição de memória da temperatura de referência.
6: 2 : LOC=2, valor armazenado na segunda posição de memória de entrada.
7: 1.0 : MULT=1, os valores medidos não necessitam de conversão.
8: 0.0 : OFFSET=0, idêntico ao que foi dito no parâmetro anterior.

3: P3 : Leitura do anemómetro por pulsos.


1: 1 : REPS=1, uma única leitura.
2: 1 : Ligação ao canal contador de impulsos P1.
3: 22 : Saída em Hz.
4: 3 : LOC=3, valor armazenado na terceira posição de memória de entrada.
5: 1.25 : MULT=1.25, factor de conversão de Hz para m/s.
6: 0.0 : OFFSET=0, os valores medidos não necessitam de conversão.

4: P2 : Leitura da placa de fluxo de calor.


1: 1 : REPS=1, uma única leitura.
2: 35 : RANGE=35.
3: 5 : INCHAN=5, leitura diferencial nos terminais 5H e 5L.
4: 4 : LOC=4, valor armazenado na quarta posição de memória de entrada.
5: 48.5 : MULT=48.5, factor de conversão de mV para W/m2 .
6: 0.0 : OFFSET=0, os valores medidos não necessitam de conversão.

5: P2 : Leitura sensor de radiação.


1: 1 : REPS=1, uma única leitura.
2: 4 : RANGE=4.
3: 6 : INCHAN=6, leitura diferencial nos terminais 6H e 6L.
4: 5 : LOC=5, valor armazenado na quinta posição de memória de entrada.
5: 1 : MULT=1, os valores medidos não necessitam de conversão.
6: 0.0 : OFFSET=0, idêntico ao que foi dito no parâmetro anterior.

49
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO A2 (Continuação)

6: P86 : Ligação ao multiplexer AM32.


1: 41 : Activação do terminal C1 (ligado ao Reset do multiplexer).

7: P87 : Início deLoop.


1: 0000 : Execução com atraso nulo.
2: 11 : O Loop é executado 11 vezes, tantas quantos os termopares usados.

8: P86 : Envio de impulso ao multiplexer AM32.


1: 72 : Impulso pelo terminal C2 (ligado ao Clock do multiplexer).

9: P14 : Leitura diferencial de termopares.


1: 1 : REPS=1, uma única leitura.
2: 32 : RANGE=32.
3: 2 : INCHAN=2, os terminais COM do multiplexer estão ligados aos
terminais 2H/2L do CR10.
4: 1 : Especifica o tipo de termopar utilizado (Tipo T).
5: 1 : Identifica a posição de memória da temperatura de referência.
6: 6-- : LOC=6, a primeira leitura é colocada na posição 6 da memória de
entrada, sendo os valores associados aos restantes termopares colocados nas
posições seguintes.
7: 1.0 : MULT=1, os valores medidos não necessitam de conversão.
8: 0.0 : OFFSET=0, idêntico ao que foi dito no parâmetro anterior.

10: P95 : Fim de Loop.

11: P86 : Desligar o multiplexer AM32.


1: 51 : Desactivação do terminal C1.

12: P92 : Passagem da informação da memória de entrada para a memória final.


1: 0000 : Atraso nulo.
2: 30 : Output de 30 em 30 minutos.
3: 10 : Activação de flag de output.

13: P77 : Escrita da data e hora.


1: 1120 : 1-ano, 1-dia Juliano, 2-horas e minutos, 0- não se escrevem os segundos.

14: P71 : Cálculo das médias para as várias leituras.


1: 1 : Número de grandezas a efectuar a média.
2: 2 : Usar valor guardado na posição de memória 2.

15: P71 : Cálculo das médias para as várias leituras.


1: 1 : Número de grandezas a efectuar a média.
2: 3 : Usar valor guardado na posição de memória 3.

16: P71 : Cálculo das médias para as várias leituras.


1: 1 : Número de grandezas a efectuar a média.
2: 4 : Usar valor guardado na posição de memória 4.

17: P71 : Cálculo das médias para as várias leituras.


1: 1 : Número de grandezas a efectuar a média.
2: 5 : Usar valor guardado na posição de memória 5.

18: P71 : Cálculo das médias para as várias leituras.


1: 1 : Número de grandezas a efectuar a média.
2: 6 : Usar valor guardado na posição de memória 6.

50
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO B

Ligações efectuadas, dos sensores ao sistema de aquisição de dados, na estação


meteorológica ao nível do solo.

Instrumentos Ligações ao CR10


Termistor Vermelho - 1H
Branco - AG
Preto - E3
Termopares Castanho - H (AM32)
Branco - L (AM32)
Anemómetro Amarelo - G
Verde - P1
Placa de fluxo de calor Preto - 4H
Branco - 4L
Sensor de radiação Vermelho, Azul - 5H
Verde - 5L
Multiplexer COM L - 2L
COM H - 2H
RES - C1
CLK - C2
12V - 12V
GND - G

51
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C1

Gráficos da temperatura do solo correspondentes aos meses de Julho e Agosto.

Temperatura no solo a 1cm em Julho

60

50
Temperatura (ºC)

40
T1
30 T2
T3
20

10

0
182
182
183
184
185
186
187
187
188
189
190
191
192
193
193
194
195
196
197
198
199
199
Dia Juliano

Temperatura no solo a 5cm em Julho

40

35

30
Temperatura (ºC)

T1
25
T2
20 T3

15

10

0
182
182
183
184
185
186
187
187
188
189
190
191
192
193
193
194
195
196
197
198
199
199

Dia Juliano

52
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C1 (Continuação)

Temperatura no solo a 20cm em Julho

35

30

25 T1
Temperatura (ºC)

T2
20 T3

15

10

0
182
182
183
184
185
186
187
187
188
189
190
191
192
193
193
194
195
196
197
198
199
199
Dia Juliano

Temperatura no solo a 1cm em Agosto

50
45
40
35
Temperatura (ºC)

30 T1
25 T2
20 T3

15
10
5
0
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
243

Dia Juliano

53
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C1 (Continuação)

Temperatura no solo a 5cm em Agosto

35

30
Temperatura (ºC)

25
T1
20 T2
T3
15

10

0
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
235
236
237
238
239
240
241
242
243
Dia Juliano

Temperatura no solo a 20cm em Agosto

35

30

25 T1
Temperatura (ºC)

T2
20 T3

15

10

0
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
243

Dia Juliano

54
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C2

Gráficos do balanço energético correspondentes aos meses de Julho e Agosto.

Balanço energético em Julho

800
Balanço energético (W/m^2)

700
600
500
H+?E+J
400 +G
300 Balanço
radiativo
200
100
0
182
182
183
184
185
186
187
188
189
190
190
191
192
193
194
195
196
197
198
199
199
-100
Dia Juliano

Balanço energético em Agosto

800
Balanço energético (W/m^2)

700
600
500
H+?E+J
400 +G
300 Balanço
radiativo
200
100
0
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
241
242
243

-100
Dia Juliano

55
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C3

Gráficos do balanço radiativo correspondentes aos meses de Julho e Agosto.

Balanço radiativo em Agosto

800 net
radiómetro
Balanço radiativo (W/m^2)

700 Balanço
600 radiativo

500
400
300
200
100
0
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
241
242
243
-100
Dia Juliano

Balanço radiativo em Julho

800 net
radiómetro
Balanço radiativo (W/m^2)

700 Balanço
600 radiativo

500
400
300
200
100
0
182
182
183
184
185
186
187
188
189
190
190
191
192
193
194
195
196
197
198
199
199

-100
Dia Juliano

56
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C4

Gráficos do fluxo de calor correspondentes aos meses de Julho e Agosto.

Fluxo de calor em Junho

160
Fluxo de calor
140
Fluxo de calor (W/m^2)

120

100

80

60

40

20

0
152
153
154
155
156
158
159
160
161
163
164
165
166
167
169
170
171
172
174
175
176
177
179
180
181
-20

Dia Juliano

Fluxo de calor em Agosto

80
Fluxo de calor
70
Fluxo de calor (W/m^2)

60

50

40

30

20

10

0
223
224
225
226
227
228
229
229
230
231
232
233
234
235
236
236
237
238
239
240
241
242
243
243

-10
Dia Juliano

57
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C5

Gráficos da velocidade do vento correspondentes aos meses de Julho e Agosto.

Velocidade do vento em Julho


Em
8 baixo
Em
Velocidade de vento (m/s)

7
cima
6

0
182
182
183
184
185
185
186
187
188
189
189
190
191
192
193
193
194
195
196
197
197
198
199
200
Dia Juliano

Velocidade do vento em Agosto


Em
8 baixo
Em
Velocidade de vento (m/s)

7
cima
6

0
223
224
225
226
227
228
229
229
230
231
232
233
234
235
236
236
237
238
239
240
241
242
243
243

Dia Juliano

58
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

ANEXO C6

Gráficos da radiação correspondentes aos meses de Julho e Agosto.

Radiação em Julho

1200

1000
Radiação (W/m^2)

800
Em
600 baixo
Em
cima
400

200

0
182
182
183
184
185
186
187
187
188
189
190
191
192
193
193
194
195
196
197
198
199
199
Dia Juliano

Radiação em Agosto

1000
900
800
Radiação (W/m^2)

700
600 Em
500 baixo
Em
400 cima
300
200
100
0
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
235
236
237
238
239
240
241
242
243

Dia Juliano

59
Fluxos de H2O (mmol/m^2.s) Fluxos de H2O (mmol/m^2.s)

0
5
10
15
20
0
5
10
15
20

-5
-5
2/ 6/ 1 2/ 6/ 1
2/ 6/ 2 2/ 6/ 2
2/ 6/ 3 2/ 6/ 3
2/ 6/ 5 2/ 6/ 5
2/ 6/ 6 2/ 6/ 6
2/ 6/ 8 2/ 6/ 8
2/ 6/ 9 2/ 6/ 9
2/ 6/11 2/ 6/11
2/ 6/12 2/ 6/12

2/ 6/15 2/ 6/15

Dia
Dia
2/ 6/17 2/ 6/17
ANEXO C7

Gap filling em Junho


Gap filling em Junho

2/ 6/18 2/ 6/18
2/ 6/19 2/ 6/19
Gráficos do “Gap- filling” correspondentes ao mês de Junho.
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 6/21 2/ 6/21
2/ 6/22 2/ 6/22
2/ 6/24 2/ 6/24
2/ 6/25 2/ 6/25
2/ 6/27 2/ 6/27

Real
Real

2/ 6/28 2/ 6/28
2/ 6/30 2/ 6/30

35%Intervalos
25%Intervalos

60
Fluxos de CO2 (umol/m^2.s) Fluxos de H2O (mmol/m^2.s)

0
5
10
15
20

-5

0
5
10
15
20

-30
-25
-20
-15
-10
-5
2/ 6/ 1 2/ 6/ 1
2/ 6/ 2 2/ 6/ 2
2/ 6/ 3 2/ 6/ 3
2/ 6/ 5
2/ 6/ 5
2/ 6/ 6
2/ 6/ 6
2/ 6/ 7
2/ 6/ 8
2/ 6/ 9
2/ 6/ 9
2/ 6/10
2/ 6/12 2/ 6/11
2/ 6/13 2/ 6/12
2/ 6/14

Dia
2/ 6/16 2/ 6/15

Dia
2/ 6/17 2/ 6/17

Gap filling em Junho


Gap filling em Junho

2/ 6/18 2/ 6/18
2/ 6/20
2/ 6/19
ANEXO C7 (Continuação)
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 6/21
2/ 6/21
2/ 6/23
2/ 6/22
2/ 6/24
2/ 6/25 2/ 6/24
2/ 6/27 2/ 6/25
2/ 6/28 2/ 6/27
Real

Real
2/ 6/29 2/ 6/28
2/ 6/30

25%Intervalos
55%Intervalos

61
Fluxos de CO2 (umol/m^2.s) Fluxos de CO2 (umol/m^2.s)

0
5
10
15
20
0
5
10
15
20

-30
-25
-20
-15
-10
-30
-25
-20
-15
-10

-5
-5
2/ 6/ 1 2/ 6/ 1
2/ 6/ 2 2/ 6/ 2
2/ 6/ 3 2/ 6/ 3
2/ 6/ 5 2/ 6/ 5
2/ 6/ 6 2/ 6/ 6
2/ 6/ 7 2/ 6/ 7
2/ 6/ 9 2/ 6/ 9
2/ 6/10 2/ 6/10
2/ 6/12 2/ 6/12
2/ 6/13 2/ 6/13
2/ 6/14 2/ 6/14

Dia
Dia
2/ 6/16 2/ 6/16
2/ 6/17 2/ 6/17

Gap filling em Junho


Gap filling em Junho

2/ 6/18 2/ 6/18
2/ 6/20 2/ 6/20
ANEXO C7 (Continuação)
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 6/21 2/ 6/21
2/ 6/23 2/ 6/23
2/ 6/24 2/ 6/24
2/ 6/25 2/ 6/25
2/ 6/27 2/ 6/27
2/ 6/28 2/ 6/28

Real
Real

2/ 6/29 2/ 6/29

55%Intervalos
35%Intervalos

62
Fluxos de H2O (mmol/m^2.s) Fluxos de H2O (mmol/m^2.s)

0
5
10
15
20
0
5
10
15
20

-5
-5
2/ 8/ 1 2/ 8/ 1
2/ 8/ 2 2/ 8/ 2
2/ 8/ 3 2/ 8/ 3
2/ 8/ 5 2/ 8/ 5
2/ 8/ 6 2/ 8/ 6
2/ 8/ 8 2/ 8/ 8
2/ 8/ 9 2/ 8/ 9
2/ 8/11 2/ 8/11
2/ 8/12 2/ 8/12
2/ 8/13 2/ 8/13

Dia
Dia
2/ 8/16 2/ 8/16
ANEXO C8

2/ 8/18 2/ 8/18

Gap filling em Agosto


Gap filling em Agosto

2/ 8/19 2/ 8/19
2/ 8/21 2/ 8/21
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

Gráficos do “Gap- filling” correspondentes ao mês de Agosto.

2/ 8/22 2/ 8/22
2/ 8/24 2/ 8/24
2/ 8/25 2/ 8/25
2/ 8/26 2/ 8/26
2/ 8/28 2/ 8/28

Real
Real

2/ 8/29 2/ 8/29
2/ 8/31 2/ 8/31

55%Intervalos
35%Intervalos

63
Fluxos de CO2 (umol/m^2.s) Fluxos de CO2 (umol/m^2.s)

-30
-25
-20
-15
-10
0
5
10
15
20

-30
-25
-20
-15
-10
-5

0
5
10
15
20

-5
2/ 8/ 1 2/ 8/ 1
2/ 8/ 2 2/ 8/ 2
2/ 8/ 3 2/ 8/ 3
2/ 8/ 5 2/ 8/ 5
2/ 8/ 6 2/ 8/ 6
2/ 8/ 8 2/ 8/ 8
2/ 8/ 9 2/ 8/ 9
2/ 8/11 2/ 8/11
2/ 8/12 2/ 8/12

Dia

Dia
2/ 8/17 2/ 8/17
2/ 8/18 2/ 8/18
Gap filling em Agosto

Gap filling em Agosto


2/ 8/20 2/ 8/20
ANEXO C8 (Continuação)
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 8/21 2/ 8/21
2/ 8/23 2/ 8/23
2/ 8/24 2/ 8/24
2/ 8/26 2/ 8/26
2/ 8/27 2/ 8/27
2/ 8/29 2/ 8/29
Real

Real
2/ 8/30 2/ 8/30
35%Intervalos

64
55%Intervalos
Acumulação de CO2 (kgC/hec) Acumulação de CO2 (kgC/hec)

0
0

-1000
-1000

-800
-600
-400
-200
-800
-600
-400
-200
2/ 6/ 1 2/ 6/ 1
2/ 6/ 2 2/ 6/ 2
2/ 6/ 3 2/ 6/ 3
2/ 6/ 5 2/ 6/ 5
2/ 6/ 6 2/ 6/ 6
2/ 6/ 7 2/ 6/ 7
2/ 6/ 9 2/ 6/ 9
2/ 6/10 2/ 6/10
2/ 6/11 2/ 6/11
2/ 6/13 2/ 6/13

2/ 6/15 2/ 6/15

Dia
Dia
2/ 6/17 2/ 6/17
ANEXO C9

2/ 6/18 2/ 6/18
2/ 6/19 2/ 6/19

Acumulação de CO2 em Junho


Acumulação de CO2 em Junho

2/ 6/21 2/ 6/21
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 6/22 2/ 6/22
2/ 6/23 2/ 6/23
2/ 6/25 2/ 6/25
2/ 6/26 2/ 6/26
2/ 6/27 2/ 6/27
2/ 6/29 2/ 6/29

Real
Real

2/ 6/30 2/ 6/30
Gráficos dos fluxos acumulados, com “Gap- filling”, correspondentes ao mês de Junho.

35%Intervalos
25%Intervalos

65
Acumulação de CO2 (kgC/hec)

-1000
-800
-600
-400
-200
2/ 6/ 1
2/ 6/ 2
2/ 6/ 3
2/ 6/ 5
2/ 6/ 6
2/ 6/ 7
2/ 6/ 9
2/ 6/10
2/ 6/11
2/ 6/13

2/ 6/15

Dia
2/ 6/17
2/ 6/18
2/ 6/19
Acumulação de CO2 em Junho
ANEXO C9 (Continuação)

2/ 6/21
Contribuição da floresta de eucalipto para o ciclo de carbono

2/ 6/22
2/ 6/23
2/ 6/25
2/ 6/26
2/ 6/27
2/ 6/29
Real

2/ 6/30
55%Intervalos

66

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