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Universidade Federal de Santa Maria

ECC 1006 – Concreto Armado A

SOLICITAÇÕES TANGENCIAIS
(por força cortante)

Prof. Gerson Moacyr Sisniegas Alva


Comportamento de vigas sob cargas verticais

P P

DMF

DFC
Evolução e panorama de fissuração em vigas

Fonte: PINHEIRO (2007)


M0

V=0

90°

45°
 

Fissura de flexão

Fissura de
cisalhamento
Arranjos usuais de armadura para força cortante
Regra da “costura”
a) Com barras dobradas (menos usuais)
Fonte: BITTENCOURT et al. (2004)

45

p/ momento fletor p/ cortante (fissuras inclinadas)


b) Apenas com armadura transversal (estribos)

Fonte:
BITTENCOURT et al. (2004)

Em geral perpendiculares ao eixo da viga (=90)


Tipos de ruptura em vigas de concreto

1) Ruptura por Flexão


Esmagamento do concreto

Fonte: BITTENCOURT et al. (2004)

com escoamento da armadura Ex: Domínio 3

sem escoamento da armadura Ex: Domínio 4


2) Ruptura por deficiência de armadura transversal

Ruptura cortante-tração Fonte: BITTENCOURT et al. (2004)

Ruptura cortante-momento-compressão
3) Ruptura por esmagamento das bielas
Fonte: BITTENCOURT et al. (2004)

Ruptura cortante-compressão

Esmagamento da diagonal do concreto junto à alma

Bielas de compressão
Mecanismo resistente na ruptura
Fonte: BITTENCOURT et al. (2004)

Bielas de compressão transmitem forças de compressão


Armadura longitudinal inferior transmite forças de tração
Armadura longitudinal superior transmitem forças de compressão
e concreto comprimido
Armadura transversal (estribos) transmite forças de tração
A qual sistema estrutural podemos associar
o comportamento da viga próximo da
ruptura?
Modelo de Treliça (Treliça clássica de Mörsch)

Fonte: PINHEIRO (2007)

Bielas de compressão Diagonais ( = 45)

Cordão de concreto comprimido


banzo superior
Armadura longitudinal comprimida

Armadura longitudinal de tração banzo inferior


Armadura transversal (estribos) montantes
Solicitações nos elementos da treliça

Fonte: BITTENCOURT et al. (2004)

Verificar o esmagamento das diagonais


Calcular a armadura transversal necessária
Decalagem do diagrama de momentos
Verificação do ELU por força cortante – NBR 6118

a) Verificação do esmagamento das bielas comprimidas

VSd  VRd2

b) Cálculo da armadura transversal

VSd  Vc  Vsw

Vc Parcela de cortante resistida pelo concreto


(Mecanismos complementares)

Vsw Parcela de cortante resistida pela armadura transversal


Parcela de cortante resistida pelo concreto Vc

Fonte: SILVA E GIONGO (2000)

Engrenamento dos Efeito pino


agregados

Depende essencialmente da resistência à tração do concreto


Modelos de cálculo da NBR 6118

Modelo de cálculo I:


  45 Ângulo de inclinação das bielas fixo

Vc Não depende da força cortante VSd


Modelo de cálculo II:

  Ângulo de inclinação das bielas


30    45 escolhido pelo projetista

Vc Depende da força cortante VSd


Modelo de cálculo I:
a) Verificação do esmagamento das bielas VSd  VRd2
VRd2  0,27. v 2 .fcd .b w .d
fck
v2  1 fck em MPa
250
b) Cálculo da armadura transversal VSd  Vc  Vsw
Vc  Vc 0  0,6.fctd .b w .d
2/3
fctd  0,15fck  fck em MPa

 A sw 
Vsw  .0,9d.fywd .sen  cos  
 s 
Asw Asw ( Øt )

 d

s s
bw

 A sw 
Vsw  .0,9d.fywd .sen  cos  
 s 
A sw Área de armadura transversal (seção)
s Espaçamento entre estribos no eixo longitudinal
fywd Resistência ao escoamento do aço da armadura
transversal (máximo 435 MPa)
 Ângulo dos estribos em relação ao eixo longitudinal
Modelo de cálculo II:
a) Verificação do esmagamento das bielas VSd  VRd2
VRd2  0,54. v 2 .fcd .b w .d.sen2.cot g  cot g 
  ângulo das bielas (30 à 45) escolhido
b) Cálculo da armadura transversal VSd  Vc  Vsw
 A sw 
Vsw  .0,9d.fywd .cot g  cot g .sen
 s 
Vc 0  0,6.fctd .b w .d se VSd  Vc 0
Vc  
0 se VSd  VRd2
 VRd2  VSd 
Vc    Vc 0 se Vc0  VSd  VRd2
 VRd2  Vc 0 

Graficamente:
Detalhamento da armadura transversal
Asw Asw ( Øt )

 d

s s
bw

Armadura transversal mínima

 A sw   fctm  2/3
   0,2 .b w .sen
 fctm  0,30fck 
 s   fywk 
fywk  Resistência característica ao escoamento do aço dos
estribos
Diâmetro dos estribos
bw
5mm   t 
10

Espaçamento máximo entre estribos

smáx  0,6d  300mm se VSd  0,67 VRd2

smáx  0,3d  200mm se VSd  0,67 VRd2

“O espaçamento é controlado pela escolha do diâmetro dos estribos”


Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas
de concreto – procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

BITTENCOURT, T.N.; DELLA BELLA, J.C.; PELLEGRINO NETO, J.; GRAZIANO, F.P.
Solicitações Tangenciais (PEF 2303). POLI-USP, São Paulo, 2004.

PINHEIRO, L.M. Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios. EESC-USP, São


Carlos, 2007.

SILVA, R.C.; GIONGO, J.S. Modelos de bielas e tirantes aplicados a estruturas de


concreto armado. EESC-USP (Projeto Reenge), São Carlos, 2000.

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