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O método dos elementos

finitos e o uso de softwares


na engenharia civil

WBA0747_v1.0
Elasticidade plana
Bloco 1
Bruno Henrique Oliveira Mulina
Elasticidade, forças e deformações
Figura 1 – Manipulador planar RR Figura 2 – Pilha de cartas

 xy  xx
 yy
Fonte: elaborada pelo autor. Fonte: Aslan Alphan/ iStock.com.
Equações de deformação e cisalhamento

• Deformação: lei de Hooke Generalizada.

Transformação inversa
  C    D 
 a   a  v   b   c  
1
E

E: coeficiente de elasticidade (deformação direta).


ν: coeficiente de Poison (deformação transversal).
Ε: deformação.
σ: forças (tensões).
Equações de deformação e cisalhamento

• Cisalhamento:

 ab  G  ab

E
G
2(1  v)
Análise da tensão e deformação
Figura 3 – Deformações em um estado plano

Fonte: elaborada pelo autor.

 u 
 u    u u
 x 
 xx  p2  p1   (deformação)
dx x
u v
 xy   (cisalhameto)
y x
Estados planos de tensão
Figura 4 – Tensões em um estado plano
 xx
 yy  xy
 yy
 xy
 xx
Fonte: elaborada pelo autor.   x v  y
 x  
 E E
 zz   zx   zy  0  v  x  y
 y  
 E E
y  0
 2(1  v)  xy
 xy 
 E
Expressões de estado plano de tensão

Transformação inversa
  C    D 

1 v   E E v 
E 0  1  v 2 0 
x   E 1  v2
  x   x    x 
   v      E v  
0   y 
1 E
y    E E   y   1  v 2 1  v2
0  y 
 xy     xy   xy     
  2(1  v)       E   xy 
0 0 0 0
 E   2(1  v) 
Estados planos de deformação
Figura 5 – Deformações em estado plano de deformação

Fonte: elaborada pelo autor.


 (1  v 2 ) x v(1  v)   y
z  0  x  
 E E


 z   z  v  x   y    v(1  v)   x (1  v ) y
2
1
E  y  
 E E
 z  v  x   y   2(1  v)  xy
  xy 
 E
Expressões de estado plano de deformação

Transformação inversa
  C    D 

 1  v 1  v  v 1  v    E E v 
 0  1  v 2 0 
 x  
E E   x   x   1  v2  x 
   v 1  v  1  v 1  v       E v  
0    y 
E
y    0   y 
 y   1  v 2
 xy  
E E    1  v2
   2(1  v)   xy   xy     
  E   xy 
 0 0
E 
 0 0
  2(1  v) 
Desenvolvimento dos elementos finitos

        p  dL
T T
B D B a dV N
S L

• Funções de interpolação:
u ( x, y)  N1  f ( x1 )  N 2  f ( x2 )  N3  f ( x3 )  N 4  f ( x4 )  ....
u ( x, y )  N1  a1x  N 2  a1 y  N 3  a2 x  N 4  a2 y  ....
Figura 6 – Elementos isoparamétricos

Fonte: elaborada pelo autor.


Expressão de interpolação retangular
Figura 7 – Relações de interpolação
 1 
u ( x, y )    ( f ( x1 )  x2  x  y2  y  
  2 1  2 1  
x  x y  y
 f ( x2 )  x  x1  y2  y  
 f ( x3 )  x2  x  y  y1  
Fonte: elaborada pelo autor.
 f ( x4 )  x  x1  y  y1 )

 1
1 N
 1 ( x , y )    1  x 1  y 
u ( x, y )    ( f ( x1 ) 1  x 1  y    4
4  1
 2
N ( x , y )     x  11  y 
 f ( x2 )  x  11  y    4

 f ( x3 ) 1  x  y  1   N ( x, y )   1   x  1 y  1
 3  
4
 f ( x4 )  x  1 y  1) 
 N ( x, y )   1  1  x  y  1
 4  
4
Matriz de deslocamentos

a  a1x ; a1 y ; a2 x ; a2 y ; a3 x ; a3 y ; a4 x ; a4 y 

 N1 0 N2 0 N3 0 N4 0
N 
0 N1 0 N2 0 N3 0 N 4 

 xx 
 
   yy 
 xy 
 

  L  u    L   N  a     L  N   a    B  a
Laplaciano do vetor dos deslocamentos

 
 0 
 x 
  
B  LN L 0
 y 
  
 
 y x 

 1  y 0 1 y 0 1 y 0 1  y 0 
B   0 1  x 
1
1  x 0 1  x 0 1 x 0
4
 1  x 1  y 1  x 1  y 1  x 1  y 1  x 1  y 
Desenvimento dos termos

dV  h  dS
  D     D  B  a
u  a  N u  a  N
F  K a

F   N T  p  dL
L

         p  dL
T T
B D B h a dS N K   BT  D  B  h  dS
S L
S

1 1
K B  D  B  h  dx  dy
T

1 1
Exemplo

Calcular a matriz de rigidez para um elemento com propriedades.


E  5000MPa
v  0, 2
h  0, 2m
1 1
K    D  B  h  dx  dy
T
B
1 1

B  D  B    B i D B j
3 3
T
ij
 1  1
Validação de valores manualmente
 E E v 
1  v 2 1  v2
0 
   5208,33 1041, 667 0 
E v
D   0   1041, 667 5208,33 0 
E
1  v2 1  v2
   3125, 00 
E  
0 0
 0 0
 2(1  v) 

Para o elemento linha 3 e coluna 5:

B T
 D  B   326, 08 1  y 2   195,3125  x 2  1
35
1 1
K  
 326, 08 1  y 2
  195,3125  x 2
 1   h  dx  dy  207,12 MPa
1 1
Exemplo

Calcule a deformação de um elemento submetido aos esforços


mostrados na figura abaixo:

Figura 8 – Exercício de estado plano

Fonte: elaborado pelo autor


Estudo das cargas
F   N T  p  dL 
 N p
1 1 
1
1  x 1  y  y
4
L 
 N p  1 1  x 1  y  2  y 
 N1 0  1 2 4

0 N1   N 2 p1  1  x  11  y  y
  4
 N2 0  1
   N 2 p2   x  11  y  2  y 
 0 N 2   p1   4
N p
T

 N3 0   p2   N p  1  x  1 y  1 y
   3 1
4
0 N3   1
N 0  N 3 p2   x  1 y  1 2  y 
 4   4
 0 N 4   1
 N p
4 1  1  x  y  1 y
 4
 1
 4 2 4 1  x  y  1 2  y 
N p 
Estudo das cargas

1  (1) 1  y  y   y  y 2 
1 1
N1 p1 
4 2
1
N1 p2  1  (1) 1  y  2  y   0 F11  0,333
4
F12  0
1
N 2 p1   (1)  11  y  y  0 F21  0
4 Calculando a

N 2 p2   (1)  11  y  2  y    2  y  y 2 
1 1 integral F22  1, 6667
4 2 F31  0
1
N3 p1   (1)  1 y  1 y  0 F32  2,333
4
F41  0,333
N3 p2   (1)  1 y  1 2  y    2  3 y  y 2 
1 1
4 2 F42  0
N 4 p1  1  (1)  y  1 y   y  y 2 
1 1
4 2
1
N 4 p2  1  (1)  y  1 2  y   0
4
Elasticidade plana
Bloco 2
Bruno Henrique Oliveira Mulina
Aplicando o Octave para resolução de problemas

• Calcular a matriz de rigidez para um elemento com propriedades.

E  5000MPa
v  0, 2
h  0, 2m

1 1
K    D  B  h  dx  dy
T
B
1 1
Código Octave
clear all
close all
clc
N1x = diff(a,x); N1y = diff(a,y)
pkg load symbolic N2x = diff(b,x); N2y = diff(b,y)
N3x = diff(c,x); N3y = diff(c,y)
syms x y z N4x = diff(d,x); N4y = diff(d,y)

E = 5000000 Bt = [N1x 0 N1y;


v = 0.2 0 N1y N1x;
h = 0.2 N2x 0 N2y;
0 N2y N2x;
D = h*[E/(1-v^2) (E*v)/(1-v^2) 0; N3x 0 N3y;
(E*v)/(1-v^2) E/(1-v^2) 0; 0 N3y N3x;
0 0 E/(2+2*v) ] N4x 0 N4y;
0 N4y N4x
a = (1/4)*(1-x)*(1-y) ]
b = (1/4)*(1+x)*(1-y)
c = (1/4)*(1+x)*(1+y)
d = (1/4)*(1-x)*(1+y)
Código Octave
%transporta
%elemento linha 3 coluna 5
for i=1:3
K(3,5)
for j = 1:8
B(i,j) = Bt(j,i)
end
end

Mp = Bt*D*B

A = int(Mp,x)
F = function_handle(A)
M = F(1,y) - F(-1,y)
A = int(M,y)
F = function_handle(A)
K = F(1) - F(-1)
Resultado Octave

Figura 9 – Resultado do problema

Fonte: captura de tela do software Octave


Teoria em prática
Bloco 3
Bruno Henrique Oliveira Mulina
Teoria em prática

• Desenvolvimento e construção de uma ponte em partes.


• Projeto feito por várias equipes.
• Aproximações numéricas podem provocar variações de operação.
• Verificação dos cálculos após projeto pronto.

Que cuidados devem ser tomados em um novo modelo MEF?


Teoria em prática

• Uso de elementos finitos que não extrapolem os limites da ponte.

• Cada peça soldada deve estar limitada a uma porção do domínio do


problema.
• Duas peças diferentes não devem fazer parte do mesmo
elemento.

• Validar os cálculos em pontos conhecidos.

• Mudar a malha e testar se os resultados são equivalentes.


Dica do professor
Bloco 4
Bruno Henrique Oliveira Mulina
Indicações de software e vídeos

• Artigo:
• Análise paramétrica de ligações “t” com perfis tubulares em aço
através de um modelo de elementos finitos.
• Mostra o estudo de ligações em estruturas metálicas, por
meio de MEF.
• DE LIMA, L. R. O.; DA COSTA NEVES, L. F.; DA SILVA, J. G. S. et
al. Análise paramétrica de ligações “t” com perfis tubulares
em aço através de um modelo de elementos finitos. In:
Proceedings of the XXVI CILAMCE-Iberian Latin American
Congress on Computational Methods in Engineering,
Guarapari. 2005. p. 1-12.
Indicações de software e vídeos

• Artigo:
• Análise térmica de seções transversais via método dos elementos
finitos.
• Destaca as etapas para a aplicação de elementos finitos em
problemas de transmissão de calor.
• PIRES, D.; BARROS, R. C.; LEMES, I. J. M. et al. Análise térmica
de seções transversais via método dos elementos finitos.
CILAMCE, v. 36, p. 1-19, 2015.
Referências

ASSAN, A. E. Métodos dos elementos finitos: primeiros passos. 2. ed.


Campinas: Editora da Unicamp, 2003.
CHAPRA, S. C. Métodos numéricos para engenharia. 5. ed. São Paulo,
SP: McGraw-Hill, 2008.
FONSECA, J. Ferramentas de simulação em mecânica: elementos finitos.
2002.

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