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EXEMPLO MOTIVADOR I

EXEMPLO MOTIVADOR I
Método da Aproximação Polinomial Aplicado a Problemas Unidirecionais com Simetria
1. Equações Diferenciais Ordinárias – Problemas de Valor no Contorno
Estrutura Geral do Problema:

1 d  s dy ( x)  (1)
 x   f  x, y  x    0
x s dx  dx 
no domínio : 0  x < 1
Sujeita às condições de contorno:
dy ( x) (2-a)
CC1: 0
dx x 0

dy ( x) (2-b)
CC2:    y  x  x 1  1
dx x 1

O valor médio de uma função de y(x) no domínio: 0  x < 1 é definido através da integral:
x 1

F   s  1 
 x  F  y  x   dx
s
(3)
x 0

A CC1 traduz na realidade o fato de y(x) ser uma função par em x, isto é: y(x)=y(x2),
adotando assim como nova variável independente u = x2 , tem-se:

d  dy (u )  ˆ
s 1
4
 u    f u , y  u    0 no domínio : 0  u < 1
2
s 1
2
du  du  (4)
u
Ou, na forma aberta:

d 2 y (u ) s  1 dy (u ) fˆ u, y  u  
u     0 no domínio : 0  u < 1
du 2 2 du 4 (5)
Sujeita às condições de contorno:
dy (u ) (6-a)
CC1:  FINITA
du u 0

dy (u ) (6-b)
CC2: 2     y  u  u 1  1
du u 1

O valor médio de uma função de y(u) no domínio: 0  u < 1 é definido através da integral:

1
EXEMPLO MOTIVADOR I

u 1
 s  1  s 1
F
2 u
u 0
2  F  y  u    du
(7)

Propondo-se a aproximação polinomial de grau n em u para y(u):


n 1

y (u )  y ( n ) (u )   j 1
j u   y j
em que:  j u  :polinômio em u de grau n, tal que: (8)
 1 para i  j
 j  ui    i , j   [função  de Krönecker];
0 para i  j
y j  y ( n ) (u j ) e 0  u1  u2   un  un 1  1
Essa aproximação pode também ser apresentada na forma:
n n n

c u   j c
dy (u ) dy ( n ) (u )
y (u )  y (u ) 
( n)
j
j
 y (1)  y (1)  (n)
cj e   j
j 0 j 0
du u 1 du u 1 j 0

Obrigando-se essa aproximação a satisfazer a CC2, isto é:


n

  2   j  1  c
dy ( n ) (u )
2    y ( n )  u   1 , resulta: c0  1  j , que substituído na
du u 1 u 1
j 1

expressão de y ( n ) (u ) resulta em:

 c1 
n  
  
c (9)
y ( n ) (u, c )  1  c j  u j  1  2    j em que: c   2   n

j 1
 
 cn 
Note que nessa forma, a aproximação polinomial y ( n ) (u ) satisfaz às duas condições de
contorno associadas ao problema!
A substituição da aproximação polinomial y ( n ) (u ) na equação diferencial (5) dá
origem à expressão do Resíduo da aproximação, definido por:

d 2 y ( n ) (u , c )  s  1  dy ( n ) (u , c ) f u , y (u, c ) 
ˆ (n)

R (n)
(u , c )  u    
du 2  2  du 4 (10)

Esse resíduo mede a qualidade da aproximação ponto a ponto do intervalo: 0  u < 1. Para
quantificá-lo globalmente, o mesmo deve associar-se à seguinte forma integral:

2
EXEMPLO MOTIVADOR I

u 1
 s  1  s 1
R (c ) 
u   j  u   R ( n ) (u , c )  du  0 para j = 1, 2, ..., n
(n) 2
j (11)
2
u 0

j (c) é chamado de j’ésimo Resíduo Ponderado da aproximação, sendo  j  u  o


R (n)

j’ésimo peso do resíduo e é o que caracteriza o tipo do método dentro da classe geral de
métodos denominados como Métodos dos Resíduos Ponderados. Os três principais
Métodos dos Resíduos Ponderados apresentam os valores de  j  u  :

 j u  Método dos Resíduos Ponderados

u j 1 Método dos Momentos (12-a)

y ( n ) (u , c ) Método de Galerkin (12-b)


c j

R ( n ) (u , c ) Método dos Mínimos Quadrados (12-c)


c j

y ( n ) (u , c )
Mas, de (9), tem-se:  u j  1  2    j , assim:
c j

 j u  Método dos Resíduos Ponderados

u j 1 Método dos Momentos (13-a)

u j 1  2   j Método de Galerkin (13-b)

R ( n ) (u , c ) Método dos Mínimos Quadrados (13-c)


c j

Para j = 1, 2, ..., n.
A dificuldade de computar a derivada dos resíduos em relação ao coeficiente cj é
uma grande desvantagem do Método dos Mínimos Quadrados, assim sendo, esse método
não será considerado. Entretanto, o valor do Valor Médio do Quadrado do Resíduo será
considerado na avaliação do desempenho do método, sendo tal valor expresso por:
u 1
 s  1  s 1


2
R quad (c )  u 2  R ( n ) (u , c )   du
2 (14)
u 0

3
EXEMPLO MOTIVADOR I

1-) Método dos Momentos


Neste caso:
u 1
 s  1  s 1
R (c ) 
  u j 1  R ( n ) (u , c )  du  0 para j = 1, 2, ..., n
(n) 2
j u
2 (15)
u 0

Quando a função: f u, y  u    f  y  u     0  1  y  u  , sendo  0 e 1 constantes , o

resíduo R ( n ) (u, c ) será uma função polinomial em u com o mesmo grau n de y ( n ) (u, c ) . E,

nesse caso, o integrando de (15), u j 1  R ( n ) (u , c ) , será um polinômio em u de grau n  j  1 ,


como j varia de 1 a n, o maior grau assumido por este termo é: 2  n  1 . Dessa forma, a
integral em (15) pode, no caso linear, ser avaliada exatamente por quadratura de Gauss,
resultando na expressão:
u 1
 s  1  s 1 n

R (n)
j (c ) 
2 
u 0
u 2  u j 1  R ( n ) (u , c )  du   H u
i 1
i i
j 1
 R ( n ) (ui , c )  0
(16)

para j = 1, 2, ..., n
 s 1 
 0, 
Sendo: 0  u1  u2   un  1 as n raízes de Pn 2 
(u ) e verificando-se a igualdade caso:

f u, y  u    f  y  u     0  1  y  u  , sendo  0 e 1 constantes .

Desse modo, se:

d 2 y ( n ) (u, c ) s  1 dy ( n ) (u , c ) fˆ ui , y ( n ) (ui , c ) 


R (n)
(ui , c )  ui     0
du 2 2 du 4 (17)
u i u i

Pode-se assegurar que todos os resíduos ponderados: R (n)


j (c ) são aproximadamente nulos,

sendo esses exatamente nulos se f u, y  u    f  y  u     0  1  y  u  , sendo 0 e 1

constantes.
Substituindo em (17):

4
EXEMPLO MOTIVADOR I

n 1 n 1

 B
dy ( n ) (u, c ) d 2 y ( n ) (u, c )
y ( n ) (ui )  yi ;  Ai , j  y j e  i, j  y j e rearranjando a
du u j 1
du 2 u j 1
i i

expressão resultante, obtém-se:


n 1
fˆ ui , yi  s 1
j 1
Ci , j  y j 
4
para i  1, 2,  , n , sendo: Ci , j  ui  Bi , j 
2
 Ai , j
(18)

Além dessas equações, tem-se, após substituição de: y 1  y ( n ) (un1 )  yn 1 e


n 1 n 1

 A
dy (u ) dy ( n ) (u , c )
  An 1, j  y j em (6-b): 2    n 1, j  y j  yn1  1 .
du u 1 du u n1 1 j 1 j 1

Dando origem ao sistema algébrico não linear de n+1 equações e n+1 incógnitas [y1
, y2 , ....., yn , yn+1] :
 n 1 fˆ ui , yi 
 
 j 1
Ci , j  y j 
4
para i  1, 2,  ,n
 n 1 (19)



2   
j 1

An 1, j  y j  yn 1  1

A ser resolvido pelo método de Newton-Raphson.


As n primeiras equações do sistema de equações acima são idênticas às obtidas pela
aplicação direta do Método da Colocação Ortogonal, adotando como pontos de colocação
[os pontos nos quais os resíduos da equação diferencial se anulam] as n raízes de
s 1
Pn
 , 
(u ) com   0 e   .
2
2-) Método de Galerkin
Neste caso:
u 1
 s  1  s 1
R (n)
j (c ) 
2  u 2
 
 u j  1  2    j  R ( n ) (u , c )  du  0 para j = 1, 2, ..., n
(20)
u 0

Quando a função: f u, y  u    f  y  u     0  1  y  u  , sendo  0 e 1 constantes , o

resíduo R ( n ) (u, c ) será uma função polinomial em u com o mesmo grau n de y ( n ) (u, c ) . E,

 
nesse caso, o integrando de (15), u j  1  2    j  R ( n ) (u, c ) , será um polinômio em u de

grau n  j , como j varia de 1 a n, o maior grau assumido por este termo é: 2  n . Dessa

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EXEMPLO MOTIVADOR I

forma, a integral em (15) pode, no caso linear, ser avaliada exatamente por quadratura de
do tipo Gauss-Radau com inclusão da extremidade superior un 1  1 , resultando na
expressão:
u 1
 s  1  s 1
R (c ) 
 u  u 
 1  2    j  R ( n ) (u, c )  du 
(n) 2 j
j
2
u 0
n 1 (21)
  
i 1

H i  uij  1  2    j  R ( n ) (ui , c )  0 para j  1, 2,  , n

 s 1 
1, 
Em que: 0  u1  u2   un  1 são as n raízes de P n
 2 
(u ) e un 1  1 , verificando-se a

igualdade caso: f u, y  u    f  y  u     0  1  y  u  , sendo  0 e 1 constantes .

Desse modo, se:


n 1

 H u
i 1
i i
j

 1  2    j  R ( n ) (ui , c)  0
(22)

j  c  são aproximadamente nulos,


pode-se assegurar que todos os resíduos ponderados : R (n)

sendo os mesmos exatamente nulos se f u, y  u    f  y  u     0  1  y  u  , com 0 e

1 constantes.
n 1

A
dy (u ) dy ( n ) (u, y )
Substituindo em (22): y 1  y (ui )  yi ,  
(n)
i, j  yj ,
du u u du u u i j 1
i

n 1

B
d 2 y (u ) d 2 y ( n ) (u , y )
  i, j  y j , identificando:
du 2 u u du 2 u u j 1
i i

n 1
fˆ ui , yi 
R ( n ) (ui , c )   k 1
C i , k  yk 
4
para i  1, 2,  , n , em que: Ci , j  ui  Bi , j 
s 1
2
 Ai , j ,

a expressão (22) transforma-se em:


n 1 n 1

D i 1
j ,i  yi  Ε i 1
j ,i  fˆ ui , yi  para j  1, 2,  , n em que:
(23)
n 1

 H  u   
1
D j ,i  k k
j
 1  2    j  C k ,i e E j ,i   H i  uij  1  2    j
k 1
4

Além dessas equações, tem-se, após substituição de: y 1  y ( n ) (un 1 )  yn 1 e

6
EXEMPLO MOTIVADOR I

n 1 n 1

 A
dy (u ) dy ( n ) (u , c )
  An 1, j  y j em (6-b): 2    n 1, j  y j  yn 1  1 .
du u 1 du u n 1 1 j 1 j 1

Dando origem ao sistema algébrico não linear de n+1 equações e n+1 incógnitas [y1 , y2 ,
....., yn , yn+1]
 n 1 n 1


 j 1
Di , j  y j  
j 1
Εi , j  fˆ u j , y j  para i  1, 2,  , n
 n 1 (24)



2   
j 1
An 1, j  y j  yn 1  1

n 1

H j  u ij  1  2    i 
em que: Di , j  k 1
 
H k  uki  1  2    i  C k , j ; Ei , j 
4
; 0  u1  u2   un  1

 s 1 
1, 
são as n raízes de Pn 2 
(u ) e un 1  1 .
O sistema algébrico não linear (24) pode ser resolvido pelo método de Newton-Raphson.
O Método dos Momentos poderia também ser resolvido de forma análoga, sendo
n 1
H j  u ij1
necessário apenas modificar as definições: Di , j  
k 1
H k  uki 1  C k , j ; Ei , j 
4
;

 s 1 
1, 
0  u1  u2   un  1 são as n raízes de P n
 2 
(u ) e un 1  1 .
Exercício de Treinamento: Resolva numericamente o problema:
1 d  s dy ( x)  (1)
 x   f  x, y  x    0 , no domínio : 0  x < 1
x s dx  dx 
Sujeita às condições de contorno:
dy ( x) (2-a)
CC1: 0
dx x 0

dy ( x) (2-b)
CC2:    y  x  x 1  1
dx x 1

Considerando o valor do parâmetro  como nulo e um valor positivo qualquer, considere


   y ( x)
também os dois casos: f  x, y ( x)    m escolhendo os valores de  >0 e m>0.
   y ( x) 
Compare seus resultados aplicando o método dos momentos e o de Galerkin e adotando
valores crescentes de n.

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EXEMPLO MOTIVADOR I

No caso linear, isto é: f  x, y ( x)     y ( x) , compare seus resultados com a solução


analítica.
Utilize em todas as situações como critério de desempenho do método o valor médio do
resíduo ao quadrado [Equação (14)].

CASO LINEAR s  2;   10 e   100


Método dos Momentos
n 1 1


3  x 2   erro( x)  dx

2
3  x 2  Res 2 ( x)dx
0 0
-6
2 3.033.10 5.653 . 10-3
3 1.144.10-7 3.485.10-4
4 2.865.10-9 1.372.10-5
5 4. 276.10-11 3.201.10-7
6 3.968.10-13 4.552.10-9
8 0.000 2.416.10-13

Método de Galerkin
n 1 1


3  x   erro( x)  dx

2
2
3  x 2  Res 2 ( x)dx
0 0
2 2.455.10-6 5.371 . 10-3
3 6.339.10-8 3.387.10-4
4 1.245.10-9 1.485.10-5
5 1.660.10-11 3.973.10-7
6 1.458.10-13 6.440.10-9
8 0.000 4.283.10-13

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EXEMPLO MOTIVADOR I

2. Equações Diferenciais Parciais Parabólicas – o Método das Linhas


Estrutura Geral do Problema:
y ( x, t ) 1   s y ( x, t )  (1)
 s  x   f  x, y  x, t   no domínio : 0  x < 1 e t >0.
t x x  x 
Sujeita às condições:
 y ( x, t ) (2-a)
CC1: x 0
 x 0
Condições de contorno:  para t >0
CC2:   y ( x, t )  y  x, t   y  t  (2-b)
 x x 1 x 1 b

Condição Inicial: y  x, t  t 0  yinic  x  para 0  x < 1 (2-c)

A aplicação do método da aproximação polinomial é no caso transiente análoga à do


caso estacionário, isto é: aplica-se a aproximação polinomial à variável y  x, t  na variável x
e a equação diferencial parcial original se transforma em um sistema de n equações
diferenciais ordinárias em t acoplado a uma equação algébrica relativa à condição de
contorno 2. Esse procedimento pode ser classificado como um método das linhas, que
corresponde, de um modo geral, à transformação de sistemas de equações diferenciais
parciais no tempo e no espaço em um sistema algébrico-diferencial ordinário na variável t
através de aproximações (ou discretizações) aplicadas às variáveis espaciais. Deste modo, a
variável y  x, t  é aproximada por:
n 1

y ( x, t )  y (u, t ) 
(n)

j 1
j  u   y j  t  , em que: u  x 2 ; (3)
 1 para i  j
 j  u  : polinômio em u de grau n, tal que:  j  ui    i , j   ,
0 para i  j
y j  t   y ( n ) (u j , t ) e 0  u1  u2   un  un 1  1
A expressão do resíduo da equação diferencial original , Equação (1), é:
y ( n ) u, y  t     2 y ( n ) u , y  t   s  1 y ( n ) u , y  t   
R u , y  t   
(n)
 4  u    
t  u 2 2 u 
(4)

 fˆ u, y ( n ) u , y  t  

 y1  t  
 
 y2  t  
Em que: y  t      n 1 .
 
 yn  t  
 y t  
 n1 

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EXEMPLO MOTIVADOR I

Esse resíduo mede a qualidade da aproximação, a cada tempo, ponto a ponto do


intervalo: 0  u < 1, para quantificá-lo globalmente, associa-o às seguintes integrais:
u 1
 s  1  s 1
R  y  t  
   j  u   R ( n ) u, y  t    du  0 para j = 1, 2,  , n
(n) 2
j u
2 (5)
u 0

Sendo:
 j u  Método dos Resíduos Ponderados

u j 1 Método dos Momentos (6-a)

u j 1  2   j Método de Galerkin (6-b)

Computando os n resíduos ponderados de (5) por quadratura de Gauss-Radau,


resulta:
n 1
dy j  t  n 1 n 1

 j 1
Ei , j 
dt
 
j 1
Di , j  y j  t   Ε
j 1
i, j  fˆ u j , y j  t   , para i  1, 2,  , n
(7)

Sujeitas às condições iniciais: yi  0   yinic  u i para i  1, 2,  , n  1

Em que:
n 1

(i) Método dos Momentos: Ei , j  H j  u i 1


j e Di , j  H
k 1
k  uki 1  C k,j

(ii) Método de Galerkin: Ei , j  H j  u  1  2    i e  i


j 
n 1

Di , j   H  u  1  2   i   C
k 1
k
i
k k,j

 s 1 
 s 1  1, 
Sendo: C k , j  4  uk  Bk , j   Ak , j  ; 0  u1  u2   un  1 as n raízes de Pn 2 
(u ) e
 2 
un 1  1 .
Ao sistema (7), associa-se a equação algébrica (linear), correspondente à condição
de contorno 2, reescrita em termos da variável u, expressa por:
n 1

2   A
j 1
n 1, j  y j  t   yn1  t   yb  t  .

Assim, o método da aproximação polinomial em x aplicado à equação diferencial


parcial (1) dá origem ao sistema algébrico-diferencial (de índice diferencial = 1):

10
EXEMPLO MOTIVADOR I

 n 1 dy j  t  n 1 n 1

 
 j 1
E i, j 
dt

j 1
D 
i, j  y j 
t 
j 1
Εi , j  fˆ u j , y j  t   , para i  1, 2,  , n
 n 1 (8)



2  
j 1
An 1, j  y j  t   yn 1  t   yb  t 

Sujeitas às condições iniciais: yi  0   yinic  u i para i  1, 2,  , n  1 .

Exercício de Treinamento: resolva numericamente o problema:

y ( x, t ) 1   s y ( x, t )  (1)
 s  x   f  x, y  x, t   ,no domínio : 0  x < 1 e t >0.
t x x  x 
Sujeita às condições:
 y ( x, t ) (2-a)
CC1: x 0
 x 0
Condições de contorno:  para t>0
CC2:  y ( x , t )
 y  x, t  x 1  yb  t  (2-b)
 x x 1

Condição Inicial: y  x, t  t 0  yinic  x  para 0  x < 1


(2-c)
Considerando o valor do parâmetro  como nulo e um valor positivo qualquer, considere
   y ( x, t )
também os dois casos: f  x, y ( x, t )    m escolhendo os valores de  >0 e m>0.
   y ( x, t ) 
Considere, por simplicidade, yinic =0 e yb(t)=1 (simulação do start-up).
Compare seus resultados aplicando o método dos momentos e o de Galerkin e adotando
valores crescentes de n.
Avalie em sua resposta a variação com o tempo do valor médio de y(x,t):
x 1 u 1
 s  1  s 1
y  t    s  1 
 x  y  x, t   dx 
  y  u, t   du
s 2
u
2
x 0 u 0

No caso linear, isto é: f  x, y ( x, t )     y ( x, t ) , compare seus resultados com a solução


analítica.
Utilize em todas as situações como critério de desempenho do método a evolução temporal
do valor médio do resíduo ao quadrado.

11
EXEMPLO MOTIVADOR I

3) Sistematização do Método Para Problemas Com Simetria


Após identificar a função peso do método escolhido e a expressão do resíduo,
computa-se a integral do j’ésimo resíduo ponderado:
u 1
 s  1  s 1
R  y 
u   j  u   R ( n ) u , y   du  0 para j  1, 2,  , n
(n) 2
j (1)
2
u 0

Computando essa integral por quadratura de tipo Gauss-Radau, com inclusão da


extremidade superior: un+1 =1, tem-se:
n 1

j  y 
R (n) H
k 1
k   j  uk   R k  0 em que: R k  R ( n ) uk , y  , para j  1, 2,  , n.
(2)
 s 1 
1, 
Sendo : 0  u1  u2   un  1 as n raízes de Pn 2 
(u ) e un 1  1
n 1

Note que nas n equações algébricas lineares: H


k 1
k   j  uk   R k  0 é possível expressar

os n resíduos nos pontos internos em função do resíduo na extremidade superior un 1  1 ,


assim:
n 1

H
k 1
k   j  uk   R k  0  Ri  vi  R n1 para i  1, 2,  , n
(3)
Sendo: G  v  p .
Em que: Gi , j  H j  i  u j  e p j  H n 1   j  un 1  , para i, j  1, 2,  , n
A grande vantagem de representar o método nesta forma é que independe do
problema ser estacionário ou transiente, bastando identificar a expressão do resíduo em
cada ponto de interpolação (incluindo a extremidade superior!). Além disso, nessa forma o
método se assemelha à forma clássica do método de colocação ortogonal.
No problema estacionário, tem-se:
n 1
fˆ ui , yi 
Ri 
j 1
Ci , j  yi 
4
para i  1, 2,  , n, n  1 .
(4)

s 1
Em que: Ci , j  ui  Bi , j   Ai , j .
2
Resultando no sistema de equações algébricas:
 n 1 fˆ ui , yi   vi  fˆ un 1 , yn1 
 
 j 1
Ci , j  vi  C n 1, j   y j 
4
para i  1, 2,  , n
 n 1 (5)



2   
j 1

An 1, j  y j  yn 1  1

No problema transiente, tem-se:

12
EXEMPLO MOTIVADOR I

n 1

C
dyi
Ri   i, j  yi  fˆ ui , yi  para i  1, 2,  , n, n  1
dt j 1
(6)

s 1
Em que: Ci , j  ui  Bi , j   Ai , j .
2
Resultando no sistema de equações algébrico-diferenciais:
 dyi n 1


dyn 1
   Ci , j  vi  C n 1, j   y j  f ui , yi   vi  f un1 , yn 1 
 v ˆ ˆ
i
 dt dt j 1

 para i  1, 2,  , n (7)
 n 1



2  
j 1

An 1, j  y j  yn 1  yb  t 

Esse sistema está sujeito às condições iniciais: yi  0   yinic  u i para i  1, 2,  , n  1 .

13
EXEMPLO MOTIVADOR I

Exercício de Treinamento: resolva numericamente o problema:


 y ( x, t ) 1   s y ( x, t ) 
  s  x   f  x, y  x, t  ,  x, t  
t x x  x 

 (1)
  ( x, t ) 1   ( x, t ) 

  s   xs     f  x, y  x, t  ,   x, t  
 t x x  x 

no domínio : 0  x < 1 e t >0.


Sujeita às condições:
 y ( x, t )  ( x, t ) (2-a)
CC1: x 0 e 0
x x 0
 x  0

 y ( x, t )
Condições de contorno:  CC2:   y  x, t  x 1  yb  t  para t>0
 x x 1
(2-b)
  ( x, t )
     x, t  x 1  b  t 
 x x 1
(2-c)
Condição Inicial: y  x, t  t 0  yinic  x  e   x, t  t 0  inic  x  para 0  x < 1

Considerando os valores dos parâmetros  e  como nulos e valores positivos quaisquer,


considere também:
  1 
f  x, y ( x, t ),  ( x, t )   Da   y  x, t    exp   1 
m
  ,escolhendo os valores de Da
   ( x, t )  
>0, >0 e m0. Considere, por simplicidade, yinic =0, inic=b=1 e yb(t)=1 (simulação do
start-up).
Compare seus resultados aplicando o método dos momentos e o de Galerkin e adotando
valores crescentes de n.
Avalie em sua resposta a variação com o tempo do valor médio de y(x,t) e de (x,t):
x 1 u 1
 s  1  s 1
y  t    s  1 
 x  y  x, t   dx 
  y  u, t   du
s 2
u
2
x 0 u 0
x 1 u 1
 s  1  s 1
  t    s  1 
 x    x, t   dx 
u    u , t   du
s 2
2
x 0 u 0
Além disso, calcule o fator de efetividade:
x 1
  1 
  t    s  1 
 x   y  x, t 
m
s
 exp   1     dx ou, na forma:
x 0    ( x, t )  
u 1
 s  1  s 1
  1 
 t 
   y  u, t    exp   1 
m
 u 2
   du
2    (u , t ) 
u 0

14
EXEMPLO MOTIVADOR I

Utilize em todas as situações como critério de desempenho do método a evolução temporal


dos valores médios dos resíduos ao quadrado.

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