COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

Exemplos Ilustrativos de EDO com Problemas de Valores no Contorno

1-) Modelo estacionário do reator com dispersão isotérmico.
Como o objetivo deste estudo de caso é ilustrar o novo procedimento e avaliar o
seu desempenho, consideraremos um exemplo que apresenta solução analítica. Assim, o
modelo é constituído por uma equação diferencial ordinária de segunda ordem que
descreve a variação com z da concentração do reagente:
dy( z ) 1 d 2 y( z )
   Da  y( z ) , definida no domínio: 0<z<1 e sujeita às condições de
dz Pe dz 2
contorno:
1 dy( z )
CC1: na entrada do reator: z =0:    y ( z ) z 0  1
Pe dz z 0
1 dy ( z )
CC2: na saída do reator: z = 1:   0.
Pe dz z 1
Os valores característicos do problema são as raízes de:
 2  Da
1 = Da
 1 1 4 
 Pe
P2      2  Pe    Da  Pe  0   .
  2  Da
 2 Da
 1 1 4 
 Pe
   
 1  1 1  2   c1   1 
Assim: y  z   c1  e  c2  e
 z 1 z
sendo: 2
Pe Pe       , quando
  c
2  e   2   
 0
 1  e
1 2

Pe   : y  z   e Da z .
Para resolver numericamente as equações diferenciais desse exemplo, definem-se as
1 dy ( z )
seguintes variáveis de estado: y  z  e u  z   y  z    , resultando em:
Pe dz
 dy ( z )  1 dy ( z )
 dz  Pe   y  z   u  z    y  z   Pe dz  u  z 
 
 du ( z )   Da  y  z   du ( z )   Da  y  z 
 dz  dz

CC1: na entrada do reator: z =0: u(0)  1

CC2: na saída do reator: z = 1: y(1)  u(1)
Resolução por aproximação polinomial global+ método dos momentos
Considerando a aproximação polinomial de grau n  1 de y ( z ) :
n 1

y( z )  y
n 1
( z)  l  z   y . Satisfazendo as condições de contorno originais:
j 0
j j

n 1 n 1

 A
1 1
CC1: z =0    A0, j  y j  y0  1 e CC2: z = 1    n 1 j  yj  0 .
Pe j 0
Pe j 0

A substituição da aproximação y 
n 1
( z ) na equação diferencial original dá origem à
expressão do resíduo:

1
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n 1
 n1  B j ,k  

n 1
( z)  
j 0
lj  z   
 k 0  Pe
 Aj ,k   yk  Da  y j  que é também uma função
 
polinomial de grau n+1 de z. Aplicando o método dos momentos e computando as
integrais correspondentes por quadratura de Lobatto, obtém-se:
n 1
 n1  B j ,k  
 j 0
j  xj   
i 1

 k 0  Pe
 Aj ,k   yk  Da  y j   0 para i  1, 2, , n.
 
Dando origem ao sistema algébrico linear de dimensão n+2:
 1 n 1
 
 Pe j 0
 A0, j  y j  y0  1
 n 1
  n 1  B j ,k  


 j 0
 j  x i 1
j   
 k 0  Pe
 Aj ,k   yk  Da  y j   0 para i  1, 2, , n.
 
 n 1
 1 
 Pe
 j

 0
An 1, j  y j  0

Quando Pe   a última linha da matriz característica do sistema algébrico

acima é nula tornando assim a matriz singular e o sistema não apresenta solução.

Resolução por aproximação polinomial global aplicada às variáveis de estado+ método

dos momentos
Considerando a aproximação polinomial de grau n  1 de u ( z ) :
n 1

u( z)  u  n 1
( z)  l  z   u , com u
j 0
j j 0  1.

1 dy   ( z )
n 1
 n 1
 u   z  .
n 1
Substituindo essa aproximação na equação: y ( z) 
Pe dz
n 1

Essa última equação apresenta a solução analítica: y 

n 1
( z )  a  e Pez  l  z   v , em
j 0
j j

que os valores de v j são calculados através da resolução do sistema algébrico linear:

n 1

 Pe  v
Ai ,k
vi  k  ui para i  0, 1, , n 1.
k 0

Além disso, como: y(1)  u(1)  a  e Pe  vn1  un1  a   un1  vn1   e Pe , resultando
n 1

em: y  n 1
( z )   un1  vn1   e
 Pe1 z 
 l  z   v .
j 0
j j

Quando Pe   , obtêm-se vi  ui para i  0, 1, , n  1 e, em consequência:

n 1

y
n 1
( z)  u
n 1
( z)  l  z   y
j 0
j j e y0  u0  1 .

du ( z )
As substituições das expressões de u 
n 1
( z) e y
n 1
( z ) em   Da  y  z  dão
dz
origem a expressão do resíduo:

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n 1
 n1 

n 1
( z)  
j 0
lj z  
 k 0
Aj ,k  uk  Da  v j   Da   un1  vn 1   e  

 Pe 1 z

z 1

 z k 
n 1
Considerando o momento de ordem k do resíduo: k  ( z )  dz que pode ser
z 0
n 1

computado por quadratura de Gauss-Lobatto na forma: k    z

j 0
j
k
j 
n 1
(z j ) .

Anulando os n primeiros momentos, obtém-se o sistema algébrico:

 n 1


Ai ,k
 vi   vk  ui para i  0, 1, , n  1
 k 0
Pe
 n 1 .
 n 1





j  0
 j  z k
j  

 k 
0
A j , k  u k  Da  v j   Da   un 1  vn 1   I k  0 para k  0,

,n

1 1
1  e Pe 1  k  I k 1
 
k  Pe1 z   Pe1 z 
Em que: u0  1 e I k  z e  dz  I 0  e  dz  e Ik  .
Pe Pe
0 0
Que é um sistema algébrico linear de dimensão 2  n  3 cujas incógnitas são:
vi para i  0, 1, , n  1 e ui para i  1, , n  1 .
n 1

Quando Pe   obtém-se:  n1 ( z j )  A

k 0
j ,k  uk  Da  v j , resultando no

sistema algébrico linear:

 vi  ui para i  0, 1, , n  1
 n 1
 n 1  , com u0  1 .

 
 j 0
 j  z k
j   
 k 0
A j , k  u k  Da  v j 

 0 para k  0, , n

Que é um sistema algébrico linear de dimensão 2  n  3 não singular!

i-) Exemplo numérico 1. Pe  10 e Da  5. Com n  4 a aproximação dos perfis de

concentração é bastante boa, entretanto a integral do erro quadrático do método dos
momentos convencional é igual a 5,14 107 e o do método dos momentos aplicado às
aproximações polinomiais das variáveis de estado é igual a 1, 28 107 . Outra vantagem
desse último método é a anulação dos resíduos em cinco pontos no lugar dos quatro
pontos do primeiro método, tais resíduos são apresentados na figura a seguir.

ii-) Exemplo numérico 2. Pe  106 e Da  20. Com n  10 a aproximação dos perfis

de concentração é bastante boa, entretanto a integral do erro quadrático do método dos

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momentos convencional é igual a 9,96 108 e o do método dos momentos aplicado às

aproximações polinomiais das variáveis de estado é igual a 8,68 108 . Outra vantagem
desse último método é a anulação dos resíduos em onze pontos no lugar dos dez pontos
do primeiro método, tais resíduos são apresentados na figura a seguir.

O fato de o último procedimento anular o resíduo em n+1 pontos pode ser

z 1

z 
n 1
explicado pelo fato das integrais k  k
( z )  dz serem nulas para
z 0
k  0, , n , o cômputo dessas integrais por quadratura de Lobatto equivale a
aproximar o resíduo  n1 ( z ) por um polinômio de grau n  1 em z , como o polinômio
z 1

de Legendre de n  1 apresenta a propriedade:

z  Pn1 ( z )  dz  0 para k  n o resíduo
k

z 0

 ( z ) será nulo nas n  1 raízes de Pn1  z  . Sendo assim, o método pode ser
 n 1

considerado como quase equivalente ao método de colocação adotando como pontos de

colocação as n+1 raízes do polinômio de Legendre de grau n+1. Dando origem assim às
equações algébricas:
 n 1


Ai ,k
 v i   vk  ui para i  0, 1, , n  1
 k 0
Pe
 n 1
 n 1

  n 1


 ( ˆ
z k 1 ) j 0
l j  ˆ
z k 1  
 
 i 0
A j , i  u i  Da  v j   Da   un 1  vn 1   e

 Pe1 zˆ 
k 1
=0 para k  0, ,n

Em que: u0  1 e 0  zˆ1  zˆ2   zˆn1  1 são as n+1 raízes do polinômio de

Legendre de grau n+1. Nas figuras abaixo os dois métodos de calcular os momentos
nulos, dos dois exemplos numéricos anteriores, são confrontados. Os pontos nas figuras
são as n+1 raízes do polinômio de Legendre de grau n+1.

2-) Modelo transiente da partida de um reator tubular com dispersão isotérmico.

Neste caso o modelo é constituído por uma equação diferencial parcial de
segunda ordem que descreve a variação com z e t da concentração do reagente:

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y( z, t ) y ( z, t ) 1  2 y( z, t )
    Da  y( z, t ) , definida no domínio: 0<z<1 e t>0.
t z Pe z 2
Sujeita às condições:
1 y ( z, t )
CC1: na entrada do reator: z =0:    y ( z , t ) z 0  1
Pe z z 0
1 y ( z, t )
CC2: na saída do reator: z = 1:  0.
Pe z z 1
E à condição inicial: y( z, t ) t 0  0 .
1 y( z, t )
Com a definição da variável: u ( z, t )     y( z, t ) reescrevem-se as equações
Pe z
do problema na forma:
 1 y ( z, t )
 y ( z, t )  Pe  z  u ( z , t )

 y ( z, t )  u ( z, t )  Da  y ( z, t )  0
 t z
Sujeitas às condições:
CC1: na entrada do reator: z =0: u ( z, t ) z 0  1
CC2: na saída do reator: z = 1: u( z, t ) z 1  y( z, t ) z 1 .
E à condição inicial: y( z, t ) t 0  0 e. u ( z, t ) t 0  0
Resolução por aproximação polinomial global+ método dos momentos
Considerando a aproximação polinomial de grau n  1 de y( z, t ) :
n 1

y( z, t )  y  n 1
( z, t )  l  z   y t  . Satisfazendo as condições de contorno originais:
j 0
j j

n 1 n 1

 A
1 1
CC1: z =0    A0, j  y j  t   y0  t   1 e CC2: z = 1    n 1 j  y j t   0 .
Pe j 0
Pe j 0

Obtêm-se, da mesma forma que a do problema estacionário, as equações diferenciais

ordinárias:
d k  t 
n 1 n 1

dt
  Da   k  t  
i 0

Dk ,i  yi  t  para k  0, 1, , n  1, sendo: Dk ,i 
j 0

 j  z kj  C j ,i

n 1

Em que:  k  t     z  y t  para k  0, 1, , n 1 .
j 0
j
k
j j

Para calcular os valores de yi  t  i  0, 1, , n , resolve-se o sistema algébrico

linear:

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 1 n 1
 
 Pe j 0

A0, j  y j  t   y0  t   1
 n 1

 
 j 0
 j  z kj  y j  t  = k  t  para k  0, 1, , n  1
 n 1
 1 
 Pe
 j 0

An 1, j  y j  t   0

Resolução por aproximação polinomial global aplicada às variáveis de estado+ método

dos momentos
Considerando a aproximação polinomial de grau n  1 em z de u ( z, t ) :
n 1

u ( z, t )  u  n 1
( z, t )  l  z   u t  , com u t   1 .
j 0
j j 0

1 y   ( z, t )
n 1
Substituindo essa aproximação na equação: y 
n 1
 u   ( z, t ) .
n 1
( z, t )  
Pe z
Essa última equação apresenta a solução analítica:
n 1

y  n 1
( z, t )  a  t   e Pe z
 l  z   v t  , em que os valores de v t  são calculados
j 0
j j j

através da resolução do sistema algébrico linear:

n 1


Ai ,k
vi  t    vk  t   ui  t  para i  0, 1, , n  1 .
k 0
Pe
Além disso, como:
u( z, t ) z 1  y( z, t ) z 1  a  t   e Pe  vn1  t   un1 t   a t   un1 t   vn1 t   e Pe ,
n 1

resultando em: y  n 1

( z, t )  un1  t   vn1  t    e
 Pe1 z 
 l  z   v t  .
j 0
j j

As substituições das expressões de u   ( z, t ) e y   ( z, t ) em

n 1 n 1

y( z, t ) u ( z, t )
  Da  y( z, t )  0 dão origem à expressão do resíduo em cada um dos
t z
pontos de interpolação:
d y j (t )  n1 
  n 1

 i 0

 z j , t   dt   Aj ,i  ui t    Da  y j (t ) , em que:

 Pe1 z 
y j (t )  un1  t   vn1  t   e  v j t  . j

z 1

z 
n 1
Considerando o momento de ordem k do resíduo: k t   k
( z, t )  dz que
z 0
pode ser computado por quadratura de Gauss-Lobatto na forma:
n 1

k  t    j  z kj  n1 ( z j , t ) , igualando a zero os n+1 primeiros momentos,

j 0

definindo as variáveis:

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z 1 n 1

k  t  

z 0
z k  y
n 1
( z, t )  dz = un 1  t   vn 1  t    I k +   z
j 0
j
k
j  v j  t  para k  0, 1, , n

em que:
1 1
1  e Pe 1  k  I k 1
 
k  Pe1 z   Pe1 z 
Ik  z e  dz  I 0  e  dz  e Ik  para k  1, , n .
Pe Pe
0 0
Resulta:
d k  t 
n 1 n 1

dt
  Da   k  t   Bi 0
k ,i  ui  t  para k  0, 1, , n sendo Bk ,i    z
j 0
j
k
j  Aj ,i

A essas equações diferenciais ordinárias associam-se as equações algébricas:

 n 1


Ai ,k
vi  t    vk  t   ui  t  para i  0, 1, , n  1 com u0  t   1
 k 0
Pe
 n 1
 u t  v t   I +
  n 1   n 1    k
 j 0

 j  z kj  v j  t  = k  t  para k  0, 1, , n

Que é um sistema algébrico linear!

Anulando os resíduos nas n+1 raízes do polinômio de Legendre de grau n+1 resulta em:
d k  t 
n 1 n 1

dt
  Da   k  t  
i 0

Bk ,i  ui  t  para k  0, 1, , n sendo Bk ,i 
j 0
l j  zˆk 1   Aj ,i 
A essas equações diferenciais ordinárias associam-se as equações algébricas:
 n 1


Ai ,k
 v i 
t   vk  t   ui  t  para i  0, 1, , n  1 com u0  t   1
 k 0
Pe
 n 1
 u t  v t   e Pe1 zˆ  
  n 1   n 1   
 j 0
k 1

l j  zˆk 1   v j  t = k  t  para k  0, 1, , n

Em que 0  zˆ1  zˆ2   zˆn1 são as n+1 raízes do polinômio de Legendre de grau n+1.

Resolução por aproximação parabólica em elementos finitos aplicada às variáveis de

estado+ método dos momentos
     p t  1   2  ai  t      1  p t
 
i 1     
1
u ( i )  , t   i 
2 2
Com: u (i )  , t   u (i 1)  , t  para i  1, , n  1
 1  1

u  1, t   p0 t   1 e u  1, t   pn t 
(1) ( n)

y (i )  , t      1     1
y   ( , t )     u ( i )  , t    pi 1  t   1   2   a    t    pi  t 
i i

 2 2
2n
Em que  = . Resolvendo analiticamente essa equação, resulta:
Pe

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 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

 1 
     1  1 
 
 
i  i 
y ( , t )  b t   e   
           pi 1  t    1   2  2       a    t  
i

 2  2 
     1  1 
           pi  t 
 2  2 
  3   1
2

y   (1, t )  b   t   e   1         pi 1  t   2    1  a   t         pi  t 
i i i

  2   2
 1  1
1

 

y   (0, t )  b   t   e         pi 1  t   1  2   2  a   t         pi  t 
i i i

 2  2
 1   3 
y   (1, t )  b   t         pi 1  t   2 1     a   t   1         pi  t 
i i i

 2   2 
  
2

i   1  e   i  1  1  2  i 1  1 
y (t )     b  t           pi 1  t     2 2  a    t           pi  t 
 2  6  2  3  6  2 
 
1
  i 2
 1 2 i   1

1 
i 
qi  t   y ( , t )    d  1    1    e  b  t      pi 1  t  
  a  t      pi  t 
2
1
2   3 6 3  3 6
Para que: yi  (1, t )  yi 1 (1, t ) , deve-se ter:
 1   3 
b         pi 1  2 1     a    1         pi 
i i

 2    2 
  3   1
2

 b
i 1
 1         pi  2    1  a          pi 1
i 1
e 

  2   2
Rearranjando a expressão:
1  1   
2
i 
      pi 1  3    pi        pi 1   bi 1  e  b    2 1     a    1     a   
 i 1 i

2  2    
 
para i  1, , n  1.
Tendo sido omitida, nas expressões acima, a dependência com a variável independente
t. Além disso:
1   3 
y   (1, t )  b         pn 1  2   1     a    1         pn  u   (1, t )  pn
n n n n

2   2 
1  3 
      pn1        pn  b n   2   1     a n 
2  2 
Resultando no sistema tri-diagonal:

8
 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

 p0  1

  1     p  3    p    1     p   bi 1  e  n  bi    2 1     a i 1  1     a i  
Pe

  2  i 1 i   i 1    
 2   

 para i  1, , n  1

1  3 
       pn 1        pn  b n   2   1     a  n 
 2  2 
u (i )  , t   1  1
Tendo em vista:       pi 1  t   2    ai   t        pi  t  e obrigando
  2  2

y   ( , t ) u   ( , t )
i i
 2n  Da  y   ( , t )  0
i
aos dois primeiros momentos da equação:
t 
serem nulos, resulta:
 dyi  t 
  Da  yi  t   n   pi  t   pi 1  t    0
 dt
 para i  1, 2, , n.
 dq  t   Da  qi  t   2n  
 pi  t   2  a i   t   pi 1  t  
i
0
 dt  3 
  
Sendo:
 
2

 
  bi  t   1      1    p t   2  2 2   a i  t   1      1    p t
y   (t )   
1 e
i
    i 1         i 
 2

 6  2   3  6  2  
 
e

  
  b i  t  
 1 2  1
      pi 1  t    ai   t       pi t 
2
qi  t   1    1    e 
2   3 6 3  3 6

Ou seja:
  
2
 
 2 2  

  
1 e 1  1 1  1 
  3  2    ai  t   i         
     
  2 
  y (t ) 6  2 6  2    pi 1  t  
       
   b t  

 i 


 qi  t     1  1   pi  t  
 2   
2
   
  1    1    e    
 3 6 3 6
 3 2 
Permitindo expressar:
 ai   t    v1  i  u  s  r 
 i      y (t )   1   qi  t    1   pi 1  t    1   pi  t 
 b   t    v2   u2   s2   r2 
 
Assim:
 i 1  Pen i  
 b  e  b   2 1     a  1     a   1  yi 1   2  yi   3  qi 1   4  qi  1  pi 1   2  pi  3  pi 1
 i 1 i 

 
e

9
 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

b n  2   1     a n   2  yn   4  qn  ˆ2  pn  ˆ3  pn1

Mantendo a natureza tridiagonal do sistema original, na forma:

 p0  1

a  pi 1  b  pi  c  pi 1  1  yi 1   2  yi   3  qi 1   4  qi para i  1, , n 1

 a  pn 1  bˆ  pn   2  yn   4  qn

Resultando em um sistema algébrico-diferencial no qual a parte algébrica é linear e

apresenta uma estrutura tridiagonal!
No caso estacionário, tem-se:
   2  
 e 1  
 
2 1  1 n  1 n 
 2  3
2 1
   i                
  2   a 6  2  Da 6  2  Da   pi 1 
    
   b i     1 2n  1 2n   pi 
 2 4n   
2        
     1    
1   e   3 6 3Da 3 6 3Da 
 3 3Da 2 
Permitindo expressar:
 ai   t    s1  r 
 i      pi 1  t    1   pi  t 
 b   t    s2   r2 
 
 
Pe

Assim:  bi 1  e n  bi    2 1     ai 1  1     ai    1  pi 1   2  pi  3  pi 1
 
 

E b n  2   1     a n  2  pn  3  pn1

Mantendo a natureza tridiagonal do sistema original, na forma:

 p0  1

a  pi 1  b  pi  c  pi 1  0 para i  1, , n 1

 a  pn 1  bˆ  pn  0

É importante ressaltar que a determinação das variáveis: a  , b  e pi tanto no caso

i i

transiente como no estacionário é obtida através de um sistema linear tridiagonal,

mesmo se o problema original for não linear.
3-) Modelo estacionário do reator com dispersão axial adiabático.

 d  1 dy ( z )    1 
  y ( z )     Da  y  z   exp    
 1     0
 dz  Pem dz      z   

 1 d ( z )   1 dy ( z ) 
  ( z )  Pe  dz      y ( z )  Pe  dz    f    y f   0
 h   m 
Definidas no domínio: 0 < z < 1 e sujeitas às condições de contorno:

10
 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

1 dy( z )
CC1: na entrada do reator: z =0:    y ( z ) z 0  y f
Pem dz z 0
1 dy ( z )
CC2: na saída do reator: z = 1:   0
Pem dz z 1
CC3: balanço global de energia:  (1)   f     y f  y(1) 

Resolução por aproximação polinomial global+ método dos momentos

 dy ( z ) 1 d 2 y( z)   1 
    Da  y  z   exp   1   
    z   
2
 dz Pem dz

 1 d ( z )  1 dy ( z ) 
 ( z )  Pe  dz   f     y f  y ( z )  Pe  dz 
 h  m 
Definidas no domínio: 0 < z < 1 e sujeitas às condições de contorno:
1 dy( z )
CC1: na entrada do reator: z =0:    y ( z ) z 0  y f
Pem dz z 0
1 dy ( z )
CC2: na saída do reator: z = 1:  0
Pem dz z 1
CC3: balanço global de energia:  (1)   f     y f  y(1) 
Considerando a aproximação polinomial de grau n  1 de y ( z ) :
n 1

y( z )  y  n 1
( z)  l  z   y , em que se considera, por simplicidade: y
j 0
j j
 n1
(z j )  y j .

A introdução dessa aproximação no balanço de energia, permite calcular a solução

analítica da equação de acordo com:
n 1

 ( z)  A  e Peh  z
 f    y f   l  z  
j 0
j p, j , em que os valores de  p, j são

determinados através da resolução do sistema algébrico linear:

n 1  1 n1 
 
1
 p ,i   Ai , j  p , j      Ai , j y j  yi  para i  0 , 1, , n  1 .
Peh j 0  Pem j 0 
A constante A é determinada pelo balanço global de energia, assim:
 (1)  A  ePe   f    y f   p,n1   f     y f  yn1   A    p,n1    yn1   e Pe .
h h

n 1

Resultando em:  ( z )   f    y f   l  z  
j 0
j p, j   p ,n 1    yn 1   e
 Peh 1 z 

O resíduo do balanço de massa em cada ponto de interpolação é dado por:

n 1 n 1
 Bi , j    1    
 
 n 1 1
i   Ai , j    y j  Da  yi  exp   1     Ci , j  y j  Da  yi  exp   1  
j 0 
Pem    i   j 0   i 

dl j  z  d 2l j  z  Bi , j
Sendo: Ai , j  , Bi , j  2
e Ci , j  Ai , j  .
dz zi
dz Pem
zi

11
 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

A aplicação do método dos momentos, computando as integrais por quadratura de

Gaus-Lobatto, dá origem ao sistema algébrico:
 n 1


1
 y0   A0, j  y j  y f
 Pem j 0
 n 1
  n 1 
 
 i 0
i  zi
k
    C
 i j 0 i , j j 

y   0 para k  0, , n  1

 n 1


1
  An 1, j  y j  0
Pem j 0

 
Sendo : i  Da  yi  exp   1 
1

 ,       y   
 i f f p ,i  p ,n 1    yn1   e
 Peh 1 zi 
e
  i 

n 1  1 n 1 
 
1
 p ,i   Ai , j  p , j     Ai , j y j  yi  para i  0 , 1, , n  1 .
Peh j 0  Pem j 0 

Resolução por aproximação polinomial global aplicada às variáveis de estado+ método

dos momentos
1 dy( z ) 1 d ( z )
Usando as variáveis de estado: u  z   y( z )   e v  z    ( z)   ,
Pem dz Peh dz

 du ( z )   1 

  Da  y  z   exp    
 1     0
tem-se:  dz     z    , associadas a:


 v( z )    u  z    f    y f   0

CC1: z =0: u ( z ) z 0  y f CC2: z = 1: u( z ) z 1  y( z ) z 1 e CC3: n1   f     y f  yn1 

De maneira semelhante aos exemplos anteriores, propõem-se:
n 1

u( z)  u
n 1
( z)  l  z   u , com u
j 0
j j 0  yf .

n 1 n 1

v( z )  v 
n 1
( z )   f    y f     j 0
lj  zuj  l  z   v , sendo v
j 0
j j j   f    yf  uj 

1 dy( z ) 1 d ( z )
Em vista de u  z   y( z )   e v  z    ( z)   , obtêm-se:
Pem dz Peh dz
n 1

y
n 1
( z )   un1  yn1   e
 Pem 1 z 
 l  z   y
j 0
j j e

n 1

  n1 ( z )   vn1  n1   e Pe 1 z   h

 l  z 
j 0
j j

Em que:

12
 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

n 1 n 1

 Pe  Pe 
Ai ,k Ai ,k
yi   yk  ui e i  k  vi para i  0, 1, , n  1 com u0  y f e v0 = f
k 0 m k 0 h

As substituições das expressões de u  n1 ( z ) , y  n1 ( z ) , v n1 ( z ) e   n1 ( z ) na equação

do balanço de massa dão origem a expressão do resíduo:
n 1
 n1 
y n 1
( z)   j 0
lj  z 
 k 0
A j , k  uk     z  .

Em que:
  
  
 n 1    

1
  z   Da   un 1  yn 1   e 1 z 
l j  z   y j   exp   1 
 Pe m
 n 1 
 j 0     v     e Pe 1 z  
 
 
n 1 n 1
h

j 0
l j  z   j 


z 1

z 
n 1
Considerando o momento de ordem k dos resíduos: k  k
( z )  dz que podem
z 0

ser computados por quadratura de Gauss-Lobatto na forma:

n 1

k    z
j 0
j
k
j 
n 1
(z j ) .

Anulando os n primeiros momentos, obtém-se o sistema algébrico:

 n 1

 Pe
Ai ,k
 yi   yk  ui para i  0, 1, , n  1 com u0  y f
 k 0 m
 n 1

 Pe 
Ai ,k
i  k  vi para i  0, 1, , n  1 com v0   f .
 k 0 h
 n 1 n 1



B
i 0
k ,i  ui  C
i 0
k ,i  i  0 para k  0, ,n

  
Sendo : i  Da   un1  yn1   e m  i   yi   exp   1 
 Pe  1 z 1 
     v     e Peh 1 z    i

  n 1 n 1 i 

e Ck ,i  i  zik e B  C  A

De forma quase equivalente, anulando-se os resíduos nas n+1 raízes do polinômio de

Legendre de grau n+1 resulta em:

13
 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

 n 1


Ai ,k
 yi   yk  ui para i  0, 1, , n  1 com u0  y f
 k 0
Pe m
 n 1


Ai ,k

 i   k  ui para i  0, 1, , n  1 com u0  y f .
 k 0
Pe h
 n 1 n 1




i 0
Bk ,i  ui 
i 0

Ck ,i  i  0 para k  0, , n

Sendo, neste caso, Ck ,i  li  zˆk 1  e B  C  A .

4-) Modelo transiente do reator com dispersão axial adiabático.

 y ( z, t )   1 y ( z, t )    1 
   y( z, t )     Da  y ( z , t )  exp   
 1     0
 t z  Pem z      z , t   

 ( z, t )   1  ( z, t )    1 
 t  z  ( z, t )  Pe  z     Da  y ( z, t )  exp   1   z , t    0
  h       
Definidas no domínio: 0 < z < 1 e t>0. Sujeitas às condições:
Condições iniciais: y( z, 0)  0 e  ( z, 0)   f .
 1 y ( z, t )
 Pe  z  y ( z , t ) z 0  y f
 m z 0
CC1: na entrada do reator: z =0: 
  1   ( z, t )   ( z, t )  
 Peh z z 0 z 0 f

 1 y ( z , t )
  Pe  z 0
 m z 1
CC2: na saída do reator: z = 1: 
 1   ( z, t )  0
 Peh z z 1
1 y( z, t ) 1  ( z, t )
Adotando: u  z, t   y ( z, t )   e v  z, t    ( z, t )   , resulta:
Pem z Peh z
 y ( z, t ) u ( z, t )   1 
   Da  y ( z, t )  exp   1     0
 t z     z , t   

 ( z , t ) v( z, t )   1 
 t     Da  y ( z , t )  exp    
 1     0
 z     z , t   
Condições iniciais: y( z,0)  u  z,0   0 e  ( z,0)  v  z,0    f .
 u ( z , t ) z 0  y f
 u 1, t   y 1, t 
CC1: z =0:  CC2: z = 1:  .
v  z , t  z 0   f
  v 1, t    (1, t )
Considerando as aproximações polinomiais:
n 1

u ( z, t )  u 
n 1
( z, t )  l  z   u t  , com u
j 0
j j 0  yf e

14
 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

n 1

v( z , t )  v  n 1
( z, t )  l  z   v t  com v
j 0
j j 0 f .

n 1

Resulta em: y 
n 1
( z, t )  un1  t   yn1  t    e
 Pem 1 z 
 l  z   y t  e
j 0
j j

n 1

  n1 ( z, t )   vn1  t   n1  t    e Pe 1 z  h

l  z   t  .
j 0
j j

As substituições das expressões de y  n1 ( z, t ) e   n1 ( z, t ) nas equações diferencias dão

origem aos resíduos:
d y j (t )  n1    1 
y   z j , t  
n 1

dt


 i 0

Aj ,i  ui  t    Da  y j (t )  exp   1 

 
 
  j  t   

e

d j (t )  n 1
   1 
   z j , t  
n 1

dt


 i 0

Aj ,i  vi  t      Da  y j (t )  exp   1 

    j  t   


Em que:
 Pe 1 z   Pe 1 z 
y j (t )  un1  t   yn1  t   e m
 y j  t  e  j (t )  vn1  t   n1  t   e
j h
  j t 
j

Anulando os n primeiros momentos, obtém-se o sistema:

 d k  t  n 1
 n 1


 dt j 0

   j  z kj   j  t  
 i 0

Aj ,i  ui  t  

 para k  0, 1, , n
 d k  t   
n 1 n 1

 dt 
 j 0
  j  z kj      j  t  

 i 0

Aj ,i  vi  t  

  1 
sendo  j  t   Da  y j (t )  exp   1  
   j  t   
 feed
1 1


Com:  k  0   z  y  z, 0   dz  0 e k  0   z k    z, 0   dz 

k

k 1
0 0
A essas equações diferenciais ordinárias associam-se as equações algébricas:
 n 1


Ai ,k
 iy  t    yk  t   ui  t  para i  0, 1, , n  1 com u0  t   y f
 k 0
Pe m
 n 1


 t   Ai ,k
 k  t   vi  t  para i  0, 1, , n  1 com v0  t    f
 i
Pe
 k 0 h
 n 1
 u t  y
  n 1   n 1    k
t   I  m
 
 j  z kj  y j  t = k  t  para k  0, 1, , n
 j 0

 n 1
  vn 1  t   n 1  t    I k 

 h

j 0

 j  z kj   j  t =k  t  para k  0, 1, , n

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 COQ-862 – Métodos Numéricos para Sistemas Distribuídos

1 1

 
 m k  Pem 1 z   h  Peh 1 z 
Em que I k  z e  dz e I k  z k e  dz (computados de forma recursiva
0 0
análoga à anteriormente apresentada).
De forma quase equivalente, anulando-se os resíduos nas n+1 raízes do polinômio de
Legendre de grau n+1 resulta em:
 d k  t  n 1
 n 1


 dt
 
j 0 

l j  zˆk 1    j  t  
i 0
Aj ,i  ui  t  

 para k  0, 1, , n
 d k  t   
n 1 n 1

 dt 


j 0
l j  zˆk 1       j  t  



i 0
Aj ,i  vi  t  

 n 1


Ai ,k
 yi  t    yk  t   ui  t  para i  0, 1, , n  1 com u0  t   y f
 k 0
Pe m
 n 1


 Ai ,k
i  t    k  t   vi  t  para i  0, 1, , n  1 com v0  t    f
 Pe
 k 0 h
 n 1
 u t  y
  n 1   n 1  t  
  e
m k 1

 Pe 1 zˆ 
 l j  zˆk 1   y j  t = k  t  para k  0, 1, , n
 j 0

 n 1


h k 1

  vn 1  t   n 1  t    e  Pe 1 zˆ  
j 0
l j  zˆk 1    j  t = k  t  para k  0, 1, , n

Em que 0  zˆ1  zˆ2   zˆn1  1 são as n+1 raízes do polinômio de Legendre de grau
n+1.

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