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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

AD1 – Cálculo III – Gabarito – 2018-1

Nome: Matrı́cula:
Questão 1 (5,0 pontos)
Considere a função f : R2 −→ R, definida por
f (x, y) = 16x2 + 16y 2 − 16x − 8y.

(a) (2,0 ponto) Parametrize a curva de nı́vel C = 27 da função f ;


(b) (2,0 ponto) Sendo E a curva mencionada no item (a), determine a equação vetorial da reta
1 1
√ 
tangente à C, no ponto Q = 2 , 4 + 2 ;

(c) (1,0 ponto) Utilizando a parametrização encontrada para E, no item (a), prove que o com-
primento de E é dado por √
`(E) = 2π 2.

Solução:
(a) Completando quadrados, obtemos
2 2
1 1
 
f (x, y) = 16 x − + 16 y − −5
2 4
para cada (x, y) ∈ R2 . Portanto, a curva de nı́vel C = 27 da função f é dada por
1 2 1 2
(     )
2 2
E = {(x, y) ∈ R ; f (x, y) = 27} = (x, y) ∈ R ; x − + y− =2 ,
2 4
√  
isto é, E é o cı́rculo de raio r = 2, centrado no ponto P0 = 12 , 41 . Daı́, a função vetorial

1 √ 1 √
 
α : t ∈ [0, 2π] 7−→ + 2 cos t, + 2sen t ∈ R2
2 4
é uma parametrização de E.
(b) Seja α a parametrização de E considerada no item (a), e tomemos t0 ∈ [0, 2π] tal que
1 √ 1 √ 1 1 √
   
+ 2 cos t0 , + 2sen t0 = α(t0 ) = Q = , + 2 .
2 4 2 4
Nesse caso, cos t0 = 0 e sen t0 = 1, donde t0 = π2 . Uma vez que
√ √
α0 (t) = (− 2sent, 2 cos t),
  √
para todo t ∈ [0, 2π], segue que α0 π2 = (− 2, 0) é o vetor diretor da reta tangente à curva
E, no ponto Q. Consequentemente, a equação vetorial de tal reta é

1 1 √ √ 1 √ 1 √ 
  
0
r(λ) = α(t0 ) + λα (t0 ) = , + 2 + λ(− 2, 0) = − λ 2, + 2 ,
2 4 2 4
com λ ∈ R.
Cálculo III AD1 2

(c) Sendo α a parametrização de E, encontrada no item (a), concluı́mos que o comprimento de E


é dado por Z 2π √
Z 2π √
`(E) = kα0 (t)kdt = 2dt = 2π 2
0 0
unidades de comprimento.

Questão 2 (5,0 pontos) Considere a função f : R2 −→ R, definida por f (x, y) = 2x + y.

(a) (1,0 ponto) Identifique as curvas de nı́vel de f ;


(b) (4,0 ponto) Utilizando as curvas de nı́vel de f , encontre o menor e o maior valor que a função
f pode assumir, quando restrita ao disco
D = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 ≤ 1}.

Observação: resoluções que utilizarem o Método dos Multiplicadores de Lagrange não


serão consideradas! O objetivo aqui é explorar o Conceito de Conjunto de Nı́vel!

Solução:

(a) As curvas de nı́vel da função f são retas da forma 2x + y = c, onde c ∈ R.


(b) Nesse caso, encontrar o menor de f em D consiste em verificar a existência do menor valor c0
de modo que
D ∩ {(x, y) ∈ R2 ; 2x + y = c0 }
seja um conjunto não-vazio. Observando que retas na famı́lia de curvas de nı́vel de f são duas
a duas paralelas, concluı́mos que a reta
2x + y = c0
deve ser tangente ao cı́rculo x2 + y 2 = 1, isto é, o número real c0 a ser determinado deve
garantir que o sistema
(
x2 + y 2 = 1,
2x + y = c0 ,

possua uma única solução. Substituindo y = c0 − 2x em x2 + y 2 = 1, obtemos


1 = x2 + (c0 − 2x)2 = 5x2 − 4c0 x + c20 ,
isto é, 5x2 − 4c0 x + (c20 − 1) = 0. Para que esta equação polinomial do segundo grau possua uma
única solução, o seu discriminante
∆ = 16c20 − 20(c20 − 1) = 20 − 4c20

deve ser nulo. Logo, c0 = − 5 é o menor valor que a função f assume em D.

Um cálculo extremamente análogo mostra que c1 = 5 é o maior valor que a função f assume em D
(observe que há dois valores que anulam o discriminante ∆, sendo c0 0 menor deles, e c1 o maior!).

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