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LOM 3081 - Introdução à Mecânica dos Sólidos

CAP. 2 – ANÁLISE DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO

PARTE 2 – ANÁLISE DE DEFORMAÇÃO

Introdução à Mecânica dos Sólidos


EEL
COEFICIENTE DE POISSON

Para uma barra delgada submetida a uma carga


axial: x
x  y z  0
E

A deformação produzida na direção x da força é


acompanhada por uma contração em qualquer
direção transversal. Supondo o material
isotrópico (sem dependência direcional):
y  z  0

O Coeficiente de Poisson é definido como:

deformacao lateral y 
   z
deformacao axial x x

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EEL
LEI DE HOOKE GENERALIZADA

Para um componente sujeito a carregamento


multiaxial, os elementos de tensão normais
resultantes de componentes de tensão podem ser
determinados a partir do princípio da sobreposição.
Isto requer:
1) Cada efeito está linearmente relacionado com a
força que o produz.
2) A deformação é pequena.

Com estas restrições:


 x  y  z
x    
E E E
 x  y  z
y    
E E E
 x  y  z
z    
E E E

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EEL
DILATAÇÃO
Em relação ao estado livre de tensões, a variação de volume é

  
e  1  1   x 1   y 1   z   1  1   x   y   z 
 x y z
1  2
  x   y   z   dilatação específica
E

Para o elemento submetido à pressão hidrostática constante:


31  2  p
e  p 
E k
E
k  M ódulo Volumétric o
31  2 

Sob pressão uniforme, a dilatação deve ser negativa, portanto:


0    12

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EEL
DEFORMAÇÃO ANGULAR

Um elemento cúbico submetido a uma tensão de


cisalhamento irá deformar em um rombóide. A
deformação de cisalhamento correspondente é
quantificada em termos de variação do ângulo entre
 
os lados:  xy  f  xy

Um gráfico de tensão de cisalhamento vs. deformação


de cisalhamento é similar aos gráficos anteriores de
tensão normal vs. deformação axial, exceto que os
valores de resistência são aproximadamente metade.
Para pequenas deformações:

 xy  G  xy  yz  G  yz  zx  G  zx
Onde G é denominado Módulo de Cisalhamento ou
módulo transversal de elasticidade

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EEL
TRANSFORMAÇÃO DE DEFORMAÇÕES NO CASO PLANO

Círculo de Mohr das deformações:


x  y x y  xy
   cos2   sen2 
2 2 2

    y   x sen 2    xy cos2 

 xy
 
tg 2 p 
x y

2 2
x y x  y   
 1,2       xy 
  2 
2  2   

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EEL
RESUMO
Relações Tensão-Deformação no Regime Elástico:

Interdependência entre as constantes elásticas:

E
G
21   

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EEL
60 mm
200 mm DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO: EXEMPLO

50 mm
SOLUÇÃO:

- Determinar a deformação
angular média do bloco.
Um bloco retangular de um material
com um módulo de elasticidade
- Aplicar a lei de Hooke para
transversal G = 620 MPa é colado a duas
encontrar a tensão de
placas rígidas horizontais. A placa inferior
cisalhamento correspondente.
é fixa, enquanto a placa superior está
submetida a uma força horizontal P .
Sabendo que a placa superior se desloca - Utilizar a definição de tensão de
1,0mm sob a ação da força, determine: cisalhamento para encontrar a
(a) a deformação de cisalhamento força P.
média no material e
(b) a força P que atua na placa superior.

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EEL
- Determinar a deformação angular média ou
deformação de cisalhamento do bloco.
1 mm
 xy  tan  xy   xy  0,020 rad
50 mm

- Aplicar a lei de Hooke para encontrar a


tensão de cisalhamento correspondente:

 xy  G xy  620 MPa0,020 rad   12,4 MPa

- Utilizar a definição de tensão de


cisalhamento para encontrar a força P:
P   xy A  12,4 MPa200 mm60 mm   148,8 103 N

P  148,8 kN

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EEL
PROBLEMAS RESOLVIDOS

1) Um círculo de diâmetro d = 220 mm é


desenhado em uma placa de alumínio
livre de tensões e espessura t = 19 mm.
380 mm Forças que atuam posteriormente no
380 mm plano da placa provocam tensões
normais σx = 82 MPa e σz = 138 MPa.

1
Para E = 69 GPa e   , determine a
variação: 3
a) do comprimento do diâmetro AB
b) do comprimento do diâmetro CD
c) da espessura da placa
d) do volume da placa.

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EEL
SOLUÇÃO:
Aplicar a Lei de Hooke generalizada
para encontrar os componentes da
deformação: Determinação das variações:
 x  y  z
x  
E

E

E  B A   x d   0,522 103 mm/mm 220 mm
 

1
82 M Pa  0 
1
138 M Pa  B A  0,114 mm
69 103 M Pa  3 
 0,522 10 3 mm/mm  C D   z d   1,604 103 mm/mm 220 mm
 x  y  z
y    
E E E  C D  0,353 mm
 1

1
  82 M Pa  0 
1
138 M Pa  t   y t   1,063 103 mm/mm 19 mm
69 10 M Pa  3
3
3 
 1,063 10 3 mm/mm
 t  0,020 mm
 x  y z
z    
E E E
 1 
 82 M Pa  0  138 M Pa
1
 
69 10 M Pa  3
3

 1,604 10 3 mm/mm

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EEL
2) Uma amostra, submetida à tensão compressiva na direção z, está
confinada de modo que não pode se deformar na direção y, mas a
deformação na direção x é permitida. Considerando que o material
exibe comportamento linear elástico, determine:
a) a tensão na direção y;
b) a deformação na direção z;
c) a deformação na direção x.

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EEL
MEDIDAS DE DEFORMAÇÃO

Extensômetro Elétrico de Resistência

Rosetas

Roseta Retangular

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EEL
MEDIDAS DE DEFORMAÇÃO: EXEMPLO
Medidas de deformação foram feitas no ponto crítico de um
componente estrutural feito de aço (E = 200 GPa,  = 0,3). Nessas
medidas, foi usada uma roseta de 60. As leituras da roseta foram:
a = 190 st, b = 200 st, c = -300 st.
Determine as tensões e deformações principais no plano XY e suas
direções.
SOLUÇÃO:

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EEL
MEDIDAS DE DEFORMAÇÃO: EXEMPLO

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EEL
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EEL

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