Você está na página 1de 94

Electrotecnia Geral

Engenharia Mecatrónica
Engenharia das Energias Renováveis
2ºAno - Semestre Ímpar

Prof. Fernando Janeiro


Versão 1.4
Eletromagnetismo
Força de Lorentz: F  q  E  v  B 
Campo Magnético [T] ou [Wb/m2]
Força [N]
Velocidade [m/s]
Carga
elétrica [C] Campo Elétrico [N/C] ou [V/m]

Equações de Maxwell:
Densidade de carga [C/m3]

E  Lei de Gauss

B  0 Inexistência de monopolos magnéticos
B
E   Lei de Faraday (Lei Geral da Indução)
t
E
  B   J   Lei de Maxwell-Ampère
t 2
Densidade de corrente [A/m2]
Eletromagnetismo
Forma Diferencial Forma Integral
 Qin
E 

 E  dS 
S

B  0  B  dS  0

S
B
E   C E  dl   t S B  dS
t
E 
  B   J  
t C B  dl   Iin   t S E  dS
   0 r Permitividade Elétrica [F/m]

  0  r Permeabilidade Magnética [H/m]

3
Eletromagnetismo
Equação da Continuidade
 Qin
J  
t
S J  dS   t
Relações Constitutivas de um Meio

1
D   0 r E 0  109  F m  - Permitividade do vácuo
36
B  0  r H
0  4 107  H m  - Permeabilidade do vácuo

 r - Permitividade relativa D - Campo Deslocamento Elétrico


r - Permeabilidade relativa H - Campo Indução Magnética
4
Eletromagnetismo

Lei de Gauss

D    D  dS  Q
S
in

Lei de Maxwell-Ampère
D 
H  J 
t C H  dl  Iin  t S D  dS

5
Eletromagnetismo
Teorema da Divergência dS

    A  dV   A  dS
V S

Teorema de Stokes dS

    A   dS   A  dl
S C

dl

6
Forças
y
1
F  2uˆ x  uˆ y   2,1 N
uˆ y
uˆ x 2
x

Magnitude: F  F  22  12  5 N

F 2 1
Direção: uˆ F   uˆ x  uˆ y Versor = Vetor de norma unitária
F 5 5
Direção de F mas com norma unitária

  2 1 
F  Fuˆ F  5  uˆ x  uˆ y   2uˆ x  1uˆ y
 5 5 
7
Forças
Força Repulsiva
y
F2  F2uˆ x
F1  F2
q1 q2
F1  F1  uˆ x 
F1   F2 x

Força Atrativa
y
F2  F2  uˆ x 
q1
F1  F2
q2
F1  F1uˆ x
 F1 F2 x
Força Repulsiva
y
q2 F2 F2  F2uˆ 12
F1  F2
q1  F1  F1uˆ 21
 x
F1
8
Campo Elétrico
Força de Coulomb Proporcional ao valor das cargas

1 q1 q2
Fe  uˆ Fe  N
4 r 2

Versor com a direção da força

Diminui com o quadrado da distância

Força eléctrica entre 2 cargas q1 e q2

Campo Elétrico

F
E  N C ou  V m Tem a direção da força!!!
q
9
Potencial Elétrico
Energia Potencial

q1  q2 
P Fe r
Energia potencial da carga q2
P P P
1 q1 q2
U q2  W=  F  dl    Fe  dl    dr
  
4 r 2

Trabalho necessário para trazer a carga desde o infinito até posição P

1 q1q2
U q2  Módulos desapareceram..., porquê?
4 r12

10
Potencial Elétrico

Potencial Elétrico
U q21 q1
Vq2   V ou  J C
q2 4 r12

Potencial Elétrico (em P devido a uma distribuição de cargas)

P r1P q1 1qi
r2 P
q2 VP  
4 i riP
r3P
rnP
qN Energia de uma carga Q colocada em P
q3
U  VP  Q
11
Tensão Elétrica

Tensão Elétrica
B
dl • Trabalho (energia potencial)
feito ao deslocar q de A até B
E B B
U AB   Fe  dl VAB   E  dl
A A A

Tensão entre A e B

• Em eletrostática VAB é independente do caminho escolhido entre A e B

VA - potencial do ponto A
VAB  VA  VB
VB - potencial do ponto B
12
Tensão Elétrica
VB
B
VA - potencial elétrico do ponto A
VAB  VA  VB VB - potencial elétrico do ponto B

A
VA
Diferença de potencial = Tensão entre A e B

RESUMO: Uma queda de tensão corresponde a uma diminuição da energia


potencial associada às cargas.

13
Tensão Elétrica

Tensão Elétrica vs Diferença de Energia Potencial Elétrica


B VB  3 V

VAB  7 V

A • Quando uma carga se desloca de A até B, perde 7 V de potencial


VA  10 V • Se for uma carga de 2 C quer dizer inicialmente a carga tinha uma
energia potencial de 20 J e no fim uma energia potencial de 6 J, pelo
que perdeu 14 J
• Podíamos olhar de outra forma: redução de 7 V de potencial resulta
numa redução de 14 J para uma carga de 2 C

14
Tensão Elétrica

• Exemplo 1:
10 V
• Uma carga de 2 C “recebe” uma energia de 20 J ao
passar pela fonte, para depois “entregar” esses mesmos
10 V R
20 J à carga (resistência R).
0V

• Exemplo 2:
10 V
• Uma carga de 2 C “recebe” uma energia de 20 J ao
100  2,5 V passar pela fonte, para depois “entregar” 5 J à resistência
10 V 7,5 V de 100  e 15 J à resistência de 300 .

300  7,5 V

0 V
15
Condensadores
V
 
Capacidade
    
 Q



E


Q  C
Q
 F ou C V 
  
V
  
 

Condensadores em Paralelo Condensadores em Série


C1
A B A C1 C2 B
C2
1 1 1
Ceq  C1  C2  
Ceq
Ceq C1 C2
A B
A Ceq B

16
Lei de Gauss
Linhas do Campo Elétrico
E
E • Representa-se um campo
q 2q mais intenso através de um
maior número de linhas

• Linhas começam em cargas positivas


• Linhas terminam em cargas negativas
• Quanto mais juntas as linhas, mais
Q 2Q intenso é o campo

Nota1: O campo existe em todo o espaço e não apenas nas linhas!


Nota2: Representação bidimensional mas realidade é tridimensional.
mais intenso
17
menos intenso
Lei de Gauss
Fluxo Elétrico – medida do “número de linhas” do campo elétrico que atravessam uma
certa superfície.

• Embora em B o campo seja mais fraco, o fluxo


através das 2 superfícies é igual (4 linhas em cada)!
A
B

B
A
8 linhas em cada

18
Lei de Gauss
Fluxo Elétrico
N 2
  ES  C m  • Só é válida se E for
perpendicular à superfície
área da superfície
módulo do campo
Porquê?
Fluxo Elétrico
SB
A B  • SB>SA, mas o fluxo através
SA  E das 2 superfícies é igual!!!

S contém a direção da superfície (i.e. é


normal à superfície) e a sua magnitude
   E  S A  E  S B cos   E  S indica o tamanho da superfície.

Projeção Apenas interessam as


componentes paralelas 19
Lei de Gauss
Fluxo Elétrico
• Estamos a assumir que E é
  ES
uniforme e a superfície é plana

Em geral: S 2
1  E1  S1 E2
 2  E2  S 2 S
 E1
 n  En  S n S1

Fluxo através de uma superfície S


  lim  E  S   E  dS
    E  dS
i i
Si 0
S
S
20
Lei de Gauss
Divergência de um vetor – medida do fluxo total através de uma superfície fechada
Exemplo: Rio
• Água que entra na esfera (a tracejado) é igual à que sai.
• No limite de r 0, esfera reduz-se a um ponto.

v
v  0

Exemplo: “Sprinkler” Exemplo: “Sorvedouro”

v  0 v  0 • Entra mais do que sai


v  0
• Sai mais do que entra
21

Lei de Gauss E 

Teorema de Gauss
Normal exterior
    E  dV   E  dS
q

V S q E
Fluxo total através da superfície fechada S

V
 Qin
V    E  dV  V  dV  

• Fluxo total através da superfície fechada


Qin
  E  dS  
S é igual à carga total no interior do volume
S a dividir pela permitividade!

22
Lei de Gauss
Teorema de Gauss – permite obter facilmente o campo eléctrico criado
por uma distribuição de cargas simétrica.
 Da força de Coulomb:
E 
 q
 q E uˆ R
V    E  dV  V  dV 4 R 2

Teorema
Fluxo
de Gauss
Qin dS  dS uˆ R
 E  dS 
S


 E  E uˆ R
E  dS  E dS
dS
Qin q
E  dS  E 4 R 2
q
S
 
Superfície Gaussiana
q q
(que engloba o volume) E E uˆ R
4 R 2
4 R 2
23
Lei de Gauss
Como escolher a superfície Gaussiana?
• No exemplo anterior escolheu-se uma esfera de raio R, centrada na carga.
• Podia ter escolhido uma outra qualquer superfície fechada, mas os integrais
seriam muito difíceis de calcular.
Exemplo:
dS
• Mas neste caso E e dS já não são sempre paralelos

q
E  dS  E dS
• E o campo não é constante ao longo da superfície, logo
o campo E não pode sair do integral.

Conclusão: Superfície Gaussiana é escolhida de forma a que:


1. O campo E seja constante ao longo da superfície;
2. A direção de E seja sempre perpendicular à superfície

24
Condensador de Planos Paralelos
z

y 1 
x
E 

A Q
d
Qin
 E  dS 
V
Q
E  E  uˆ z  S

Qin
EA 

2 3
V  Ed V Qin Qin  A A
  C
d A V d d

25
Condensadores Cilíndricos e Esféricos

Cilíndrico Esférico

a
b
b
L a

2 L 1 1
1
C C  4   
ln  b   ln  a  a b

26
Energia Armazenada - Condensador
Energia armazenada num Condensador: Igual ao trabalho necessário para

V carregar (deslocar as cargas) o condensador.

dq
dW  V  dq
Carga infinitesimal
Potencial onde a carga se tem de deslocar
Trabalho
V Q
Q Q C dV
q Q2 V iC
W   V  dq   dq  Q Q
dQ dt
0 0
C 2C C i
dt
T T
dV 1
U   V  i dt  C  V
2
U
Q 1 1
 QV  CV 2 dt  CV 2
2C 2 2 0 0
dt 2
27
Corrente Elétrica Estacionária
Intensidade de Corrente Elétrica: Quantidade de carga elétrica que atravessa
uma superfície normal à direção do movimento das cargas por unidade de tempo.

I
dQ
 A = C s
dt

Densidade de Corrente: Fluxo de carga elétrica por unidade de área.

• Se J uniforme e perpendicular à superfície:


I   J  dS
S I  JS

 A m 2 
28
Corrente Elétrica Estacionária
Equação da Continuidade: Consequência da Lei da Conservação de Carga

 Qin
J  0 I   J  dS  
t S
t

Normal exterior
V
dS Corrente total que sai do volume V

Qin
• Se I  0 , então a carga no interior Qin diminui.

• Se I  0 , então a carga no interior Qin aumenta.

• Se I  0 , então a carga no interior Qin mantém-se constante.

29
Corrente Elétrica Estacionária
Lei de Ohm (na forma pontual): Em meios “ohmicos” a relação entre o campo
elétrico e a densidade de corrente é linear.

J E 1
R  Resistividade [m]

Condutividade [S/m]

No caso uniforme:
l
V  El e I  JS   ES
 S J
E V I l
 V I
l S S
Secção [m2]
l
R
S
30
Corrente Elétrica Estacionária
Lei de Ohm:

I R I G

V V

V  RI 1
V I
G
Resistência []
Condutância [S]

1
G S  1 
R

31
Resistências Elétricas
Resistências em Série: Mesma intensidade de corrente Req  R1  R2    RN
R1 I R2 RN I Req

V1 V2 VN V

V V  Req I
V  V1  V2    VN
1 1 1 1
  R1  R2    RN  I    
Geq G1 G2 GN

Resistências em Paralelo: Mesma tensão elétrica


1 1 1 1
I1 R1 I Req    
R2
Req R1 R2 RN
I2
V
I
V Geq  G1  G2    GN
I
IN RN Req

1 1 1 
V I  I1  I 2    I N  V      32
 1
R R2 RN 
Resistências Elétricas
Divisor de Tensão:

R1
V1  V
R1 V1 R1  R2
V R2
V2  V
R2 V2 R1  R2

Divisor de Corrente:
R2
I1 R1 I1  I
R1  R2
I
R1
I2 R2
I2  I
R1  R2

33
Resistências Elétricas
Transformação Estrela-Triângulo
V1 V1
I1 I1

V 12 R1 V31 V 12 V31
R12 R31

R2 R3
I2 I3 I2 I3
R 23
V2 V3 V2 V3

V23 V23

Triângulo → Estrela Estrela → Triângulo


R12 R31 G1G2
R1  G12 
R12  R23  R31 G1  G2  G3
R12 R23 G2G3
R2  G23 
R12  R23  R31 G1  G2  G3
R23 R31 G3G1
R3  G31 
R12  R23  R31 G1  G2  G3 34
Fontes de Energia
Fontes de Tensão Fontes de Corrente
I I

Na fonte: Na fonte:
V R V
I 0 V I R V
V 0

V
V fixo; I variável I I fixo; V variável V  RI
(depende da carga) R (depende da carga)

Fonte de Tensão Fonte de Tensão Fonte de Corrente Fonte de Corrente


Alternada Controlada Alternada Controlada

35
Potência Elétrica
Potência Elétrica: Energia (fornecida ou consumida) por unidade de tempo.

Ex.: Motor eterno produz uma quantidade infinita de energia!!!


Potência do motor é igual à energia produzida num segundo.

P
dW
 W    J s Watt
dt

T
P  VI
W   P  t  dt V R V
0 2
V
P  RI 2 
R
Energia
36
Análise de Circuitos
Leis de Kirchhoff

Lei das Malhas: Ao longo de uma malha, a soma algébrica das


f.e.m. é igual à soma algébrica das quedas de tensão nos
elementos passivos.

V2
I2
• Nos elementos passivos, a queda de tensão
I1 e a corrente têm o mesmo sentido.
E • Nas fontes, a queda de tensão ocorre
V3 sempre do terminal positivo para o negativo.

V1

I3
I4

V1  E  V2  V3  V4  0
V4

37
Análise de Circuitos
Leis de Kirchhoff

Lei dos Nós: A soma algébrica das intensidades de corrente


eléctrica em cada nó, é igual a zero.

Da equação da continuidade:
S
J  0
I1 I2

I3
I5
I4
 J  dS  0
S

• Soma das correntes que “entram” igual à


 I1  I 2  I 3  I 4  I 5  0 soma das correntes que “saem”.

I1  I 2  I 4  I 3  I 5
38
Análise de Circuitos
Metodologia

1) O número de incógnitas (correntes) a calcular é igual ao número de


ramos (R).

2) Arbitrar o sentido da corrente em cada ramo, assinalando no esquema


com uma seta.

3) Escolher o sentido de circulação em cada malha.

4) Se o circuito tiver N nós, a Lei dos Nós fornece N-1 equações.

5) A Lei das Malhas fornece M=R-(N-1) equações (i.e. as restantes).

39
Análise de Circuitos
Teorema da Sobreposição: Num circuito com duas ou mais fontes, a
corrente que atravessa qualquer componente ou a tensão aos seus terminais é a
soma algébrica dos efeitos produzidos por cada fonte actuando separadamente
(desde que todos os componentes sejam lineares).

R1 R1 R1

I2 I2


I2

V I R2 V R2
+ I R2

V R1
I 2  I 2  I 2 I 2  I 2  I
R1  R2 R1  R2

• Considerar os efeitos isolados de cada fonte significa anular as outras fontes:


• Anular fonte de tensão ideal: substituir por curto-circuito (para que V=0);
• Anular fonte de corrente ideal: substituir por circuito aberto (para que I=0).
40
Análise de Circuitos
Teorema de Thévenin: Qualquer porção de circuito, composta por fontes de
energia e elementos resistivos, pode ser substituída por uma fonte de tensão em
série com uma resistência.

A RTh A

Circuito VTh

B B

• VTh – Tensão de Thévenin – Tensão de circuito aberto entre os terminais A e B;

• RTh – Resistência de Thévenin – Resistência “vista” dos terminais A e B (em circuito


aberto) com todas as fontes anuladas.

41
Análise de Circuitos
Teorema de Norton: Qualquer porção de circuito, composta por fontes de
energia e elementos resistivos, pode ser substituída por uma fonte de corrente em
paralelo com uma resistência.

A A

Circuito IN RN

B B

• IN – Corrente de Norton – Corrente de curto-circuito através dos terminais A e B;


• RN – Resistência de Norton – Resistência “vista” dos terminais A e B (em circuito
aberto) com todas as fontes anuladas.

RTh  RN
Relação entre os equivalentes de
VTh  RN I N Norton e de Thévenin
42
Teorema da Máxima
Transferência de Potência
Existe máxima transferência de potência da fonte para a carga quando a
resistência da carga RL é igual à resistência interna ri da fonte.

I
U
I Corrente fornecida (depende da carga).
ri  RL
ri
RL V
Potência fornecida à carga
U
U2 dPRL
PRL  RL I  RL 2
Valor máximo: 0
 ri  RL 
Fonte 2
dRL

Fonte de Tensão com U Volts PRL


U2
(em circuito aberto) e resistência interna ri. PRLmax 
U 2 4ri
4ri RL  ri

ri RL 43
I

Teorema da Máxima
Transferência de Potência
ri
RL V

Fonte
Putil PRL RL I 2 RL
Rendimento:     
Ptotal PRL  Pri  ri  RL  I 2
 ri  RL 
η %
RL
 RL  ri    50%
100% RL  ri

η %
50% PRL RL
 RL  0     0%
RL  ri
ri RL
RL
 RL       100%
Exemplo: U=5V e ri=50 RL  ri
RL [W] I [mA] Ptotal [W] PRL [W] Pri [W] 
50 50 0.25 0.125 0.125 50% Caso óptimo (mas eficiência é só 50%)
100 33 0.167 0.111 0.056 66.70%
500 9.1 0.045 0.041 0.004 91.80%
30 63 0.313 0.117 0.195 37.50% • Quando a potência total máxima é elevada
0 100 0.5 0 0.5 0% e a eficiência é importante, deve escolher-se
uma resistência de carga elevada.
44
Campo Magnético
Força de Lorentz F  q E  v  B
Campo Magnético [T]
Densidade de Fluxo Magnético [Wb/m2]

Fluxo Magnético

   B  dS  Wb • Se o campo B for uniforme e


perpendicular à superfície S;
S

B
  BS

Nota: Análogo à relação entre a corrente e a


S
densidade de corrente

I   J  dS I  JS
S 45
Lei da Inexistência de Monopolos Magnéticos

B  0  B  dS  0
S
• Linhas do campo B são fechadas.
• Não existem cargas magnéticas.

• Para existirem cargas magnéticas era


necessário que:
V

qm

V
Mas assim teríamos:  B  dS  0
S
Impossível!!!!

46
Teorema de Stokes
Rotacional de um Vector – Dá uma medida da tendência para circular.

Exemplo: Ralo de uma banheira.


• Objecto ● tem tendência para circular à volta do ralo. O rotacional
v
da velocidade v (i.e. Rot v ou  v ) é um vector perpendicular ao
plano de circulação.
• O vector é tanto maior quanto maior for a velocidade do objecto.

Rot v
Rot v • Sentido do vector é dado pela regra da mão direita.
v
Rot v
v v
Lento Rápido v
Rot v

Exemplo: Rio.

Rot v  0 • Não existe tendência para circular.

v 47
Teorema de Stokes
Teorema de Stokes
Circulação de A ao longo do caminho C.

    A   dS   A  dl
S C Integral do campo A ao longo do caminho fechado C
que suporta a superfície S. (Se A for uma força, este
integral dá o trabalho!)
Integral do rotacional do campo A sobre
a superfície S delimitada pelo contorno C.

dS
dS

C
C
48
Magnetostática
B
Campo de Indução Magnética: H A m

  0  r Permeabilidade Magnética [H/m]

0  4 107 H m - Permeabilidade do vácuo


r - Permeabilidade relativa

Lei de Maxwell-Ampère:
D 
H  J 
t C H  dl  Iin  t S D  dS


Em Magnetostática:
t
0  H  dl  I
C
in

49
Circuitos Magnéticos
Lei de Ampère (ou Lei dos Circuitos Magnéticos):

 H  dl  I
C
in I1 I3
I5
I2
I4

Integral do campo H ao longo de um I6 C


caminho fechado C, é igual à soma
das correntes que atravessam a
superfície suportada pelo caminho  H  dl  I 1  I 2  I3  I 4
(com os sentidos dados pela regra C
da mão direita).
Fluxo ligado
Bobines:
I N  Wb 
L  A    H 
Indutância:
 I
50
Circuitos Magnéticos
Exemplo: Lei de Ampère:
H
I 9cm
2cm  H  dl  I
C
in H  2 a  NI

F  500Ae a
7cm Assim:

Hl  NI  F

Nota: NI  F  Hl H - Indução Magnética [A/m]


B  l - Comprimento do circuito magnético [m]
 l l N - Número de espiras
 S
I - Corrente Eléctrica [A]
F  NI - Força Magnetomotriz [Ae]
 F  Rm  Relutância Magnética
l
Rm 
S
51
Circuitos Magnéticos
Equivalência entre Circuitos Magnéticos e Circuitos Eléctricos

Circuito Magnético Circuito Eléctrico

F V
l  I l
Rm  R
S Rm R S
 
52
Ferromagnetismo
No Vazio (ou meios não magnéticos):

B  0 H 0  4 107  H m 
Num Meio Material:
A existência de um campo H provoca um alinhamento dos momentos magnéticos

Magnetização: M  mH

Susceptibilidade Magnética

 B  0 H  0 M  0 1   m  H
Consequência da
Magnetização

B  0  r H   H r - Permeabilidade relativa

53
Ferromagnetismo
• Em materiais ferromagnéticos os átomos alinham-se em domínios, de forma a
que os momentos magnéticos fiquem alinhados.

Órbita do
electrão.
Domínios desalinhados!!!

m M0 (Desmagnetizado)

Momento magnético do domínio.


Momento magnético
do átomo.

• A aplicação de um campo H provoca um alinhamento gradual dos domínios,


aumentando gradualmente a magnetização M.

54
Ferromagnetismo
Saturação
B  0 H  0 M max Magnetização chegou
B T  Saturação ao seu valor máximo
Já não existem mais
M  M max
domínios para alinhar
Movimento irreversível

Movimento dos domínios é reversível

H  A/m 

Ciclo de Histerese (memória) • Mesmo retirando H os domínios Fluxo Magnético


não se desalinham facilmente Remanescente cria
B
BR BR
Curva de primeira (Permite que existam
magnetização ímanes permanentes)
HC

H • Para desmagnetizar é necessário aplicar um


campo em sentido inverso, de valor Hc.

Área do ciclo está relacionada


com as perdas por histerese. 55
Ferromagnetismo
Tipos de materiais ferromagnéticos

Material Macio
• Perdas baixas (área do ciclo é pequena)
B
• Facilmente desmagnetizável

HC HC

Material Duro
• Perdas elevadas (mau em transformadores)
• Bom para ímanes permanentes

56
Lei Geral da Indução
I B
• Uma corrente eléctrica produz um campo magnético.

• Um campo magnético produz uma corrente eléctrica num circuito fechado desde que o
fluxo magnético ligado com o circuito seja variável.

Experiência 1
Galvanómetro

I B Só existe corrente quando se


N S tem movimento relativo!!!!

Experiência 2

Quando se fecha o interruptor, a


Galvanómetro
corrente aumenta gradualmen-
te, criando um fluxo variável,
que por sua vez induz uma
corrente no galvanómetro.

57
N
Lei Geral da Indução L
i
Lei de Faraday (Lei Geral da Indução)

B 
E  
t Aplicando o Teorema de Stokes
C E  dl   t
Fluxo Ligado com
Força Electromotriz o caminho C
de Indução
• Lei de Faraday: A f.e.m. induzida num circuito é igual ao negativo da
taxa de variação, relativamente ao tempo, do fluxo ligado com o circuito.

B A
  N
A i C E  dl  A E  dl  B E  dl   t

u C N  0  u  N
t
B  i
 uN e uL
t t 58
Coeficientes de Indução
Coeficiente de Auto-Indução
• Num meio linear, o fluxo ligado é proporcional à corrente que o gerou:   N   Li
• L é conhecido como coeficiente de auto-indução e depende apenas da
geometria e da permeabilidade do circuito magnético associado.
No exemplo anterior: l
Rm 
 Ni  N 2 N2 S
N2
  N  N   i L L S
 Rm  Rm Rm l
Coeficiente de Indução Mútua
A passagem de corrente na bobine 1, cria um fluxo que atravessa a superfície
apoiada na bobine 2 (ligação magnética).
N2
Fluxos através de 1 espira: Fluxos totais:

B1 11   B1  dS1  11  N111 Meio Linear  11  L11i1


 
S1
 
i1  21   B1  dS 2    L i
N1 S2
 21  N 2  21  21 21 1

Fluxo simples numa espira da bobine 2, 59


devido ao campo B1 gerado por i1.
Coeficientes de Indução
Coeficiente de Indução Mútua
A passagem de corrente na bobine 2, cria um fluxo que atravessa a superfície
i2 apoiada na bobine 1 (ligação magnética).
N2
No caso de existirem i1 e i2 em simultâneo:
 12  L12i2
 1  11  12  L11i1  L12i2
B2


  L i 
 22 22 2 
N1       L i  L i
 2 21 22 21 1 22 2

Coefs. Auto-indução: Coefs. Indução Mútua:

11 N111 12 N112


L11   L12  
I1 I1 I2 I2 L12  L21  LM
 22 N 2  22  21 N 2  21
L22   L21   Mostra-se que:
I2 I2 I1 I1
LM  L11 L22
60
Coeficientes de Indução
Coeficiente de Indução Mútua
A passagem de corrente na bobine 2, cria um fluxo que atravessa a superfície
i2 apoiada na bobine 1 (ligação magnética).
N2
No caso de existirem i1 e i2 em simultâneo:
B2  12  L12i2  di1 di2

  u1  L11 dt  L12 dt
  L i
 22 22 2 
N1 u  L di1  L di2
 2 21
dt
22
dt
Coefs. Auto-indução: Coefs. Indução Mútua:

11 N111 12 N112


L11   L12  
I1 I1 I2 I2 L12  L21  LM
 22 N 2  22  21 N 2  21
L22   L21   Mostra-se que:
I2 I2 I1 I1
LM  L11 L22
61
Transformador Ideal
• Os enrolamentos não têm perdas ohmicas;
• A ligação magnética é perfeita (não há dispersão);
• O circuito magnético (núcleo) tem relutância nula. 
No Primário: A1 A2
1
B1 A1

 E  dl   E  dl   E  dl   t u1 u2
C A1 B1 N1 N2

 0  u1   N1
t B1
 B2
u1  N1
t
No Secundário:
 2
B2 A2

 E  dl   E  dl   E  dl  
C A2 B2
t
Relação de Transformação

   u1 N1
 u2  0     N 2   n
 t  u2 N 2

u2  N 2 62
t
Transformador Ideal
Relação de Transformação i1 i2
u1 N1
 n u1 u2
u2 N 2
N1 : N 2
Conservação de Energia

P1  P2 u1 i2 N1
  n
u1i1  u2i2 u2 i1 N 2

Redução ao Primário
i1 i2
u2
u1 R2 u2 R2 
i2
N1 : N 2 R1eq  n 2 R2
i1
u  N N u  N 
2

R1eq R1eq  1  1 2 2   1  R2
i1  N 2 N1  i2  N 2 
u1
63
Princípio de Funcionamento
de um Motor Elétrico
F

N S Força de Laplace: F  I L  B

Força de Lorentz:
E0
F  q E  v  B F  q  v  B

F
I dF  dq  v  B 
 Idt  v  B 
B
 I  dL  B 
64
Circuitos em Regime Quase Estacionário
Frequências Baixas (< 1 MHz)
B
E   • Despreza-se a lei geral da indução, excepto nas bobines.
t
E
  B   J   • Despreza-se a corrente de deslocamento, excepto nos condensadores.
t
Grandezas Alternadas Sinusoidais
i  t   I M sin t  i 
 
 t  IM i t    2 f
i t  - Valor Instantâneo
IM - Amplitude (Valor Máximo)
- Período
T 2 T t
T
1 i  2 t
f  - Frequência
T
  2 f - Frequência Angular
  t   t  i - Fase IM
i - Fase Inicial 65
Circuitos em Regime Quase Estacionário
Valor Médio

T IM i t 
1
iav   i  t  dt  0 IM
T 0 2

T 2 T
Valor Eficaz t

T T
1 2 I M2 IM T

i  t  dt   
1 1
  
T 0 T 0
ief     
2 2
sin t dt sin t dt
T 0 2
2

• Fisicamente, o valor eficaz de uma corrente eléctrica alternada representa a


intensidade de uma corrente contínua que produz o mesmo efeito calorífico.

Valor eficaz é muito importante na caracterização de grandezas alternadas sinusoidais!


66
Circuitos em Regime Quase Estacionário
Exemplo: Um aquecedor com 46  está ligado durante 1 hora. Calcule a energia
dissipada se a tensão de alimentação for: i) 230 V (contínuos); ii) 230 Vrms.

i) I  5A P  RI 2  1150W 3600

V  230V R  46
1150 W  0
Pdt  4.14  106 Ws

3600 t  1150 Wh  1.15 kWh

ii) v t  v t 

i t    5 2 sin t 
230 2
230
R 3600

v t  230Vrms R  46
t
W  p  t  dt
0
3600

 sin 2 t  dt
i t 
5 2
5  2300
v  t   230 2 sin t  0

 t sin  2t  
3600
t
Potência Média  2300   
p  t   v  t  i  t   2300sin 2 t   2 4  0
VM I M
pav  vef ief   1150W
2300

2  4.14  106 J
1150
 1.15 kWh
67
t
Circuitos em Regime Quase Estacionário
Circuitos em Regime Alternado Sinusoidal
• Grande parte dos casos são alternados sinusoidais
• Os restantes podem ser decompostos em somas de sinusoides (séries de Fourier)
que podem ser estudadas desta forma

Representação complexa ou simbólica de uma função alternada sinusoidal


Im Plano de Argand Conversão (FA → FE):

b
z z  a  jb  z   e j

  a 2  b2

b
a Re   tan 1    
 
a
z  a  jb Forma Algébrica
Conversão (FE → FA):

  e j Forma Exponencial z   e j  z  a  jb
Fórmula de Euler: z   e j   cos    j sin   
e j  cos    j sin     cos    j  sin  
    68
a b
Circuitos em Regime Quase Estacionário
Representação complexa ou simbólica de uma função alternada sinusoidal
Módulo Argumento (Fase)

 I M cos t  i   jI M sin t  i 


j t i 
IM e
Vetor Girante no
Plano de Argand

• Uma grandeza alternada sinusoidal pode ser representada simbolicamente por um vetor girante:

Se i  t   I M sin t  i   
i  t   Im I M e
j   t i 
 (Projeção sobre o eixo imaginário)

Se i  t   I M cos t  i   i  t   Re I M e  j   t  i 
 (Projeção sobre o eixo real)

Representação simbólica

Representação Temporal Representação Simbólica

i  t   I M sin t  i 
Relação pela parte imaginária

Amplitude complexa da grandeza

i  I M e ji 
instantânea i t , construída a partir
da amplitude e da fase inicial
i  t   I M cos t  i  Relação pela parte real

 I M cos t  i   jI M sin t  i 


j t i 
Nota: i e jt  I M e 69
Circuitos em Regime Quase Estacionário
Representação complexa ou simbólica de uma função alternada sinusoidal

Para Senos:

2 1
i  I M e ji i  t   I M sin t  i 

3
 
i  t   Im  i e jt   Im I M e ji e jt  I M sin t  i 

Para Cosenos:

2 1
i  I M e ji i  t   I M cos t  i 

3
 
i  t   Re  i e jt   Re I M e ji e jt  I M cos t  i 

70
Circuitos em Regime Quase Estacionário
Representação complexa ou simbólica de uma função alternada sinusoidal

Exemplo 1:

  j

f  t   10sin  t   f  10 e 2
 2


 jt   
 f  t   Im  f e   Im 10 e e   10sin  t  
j
jt 2

   2

Exemplo 2:

  
g  t   20 cos  t  
j
g  20 e 3
 3


 jt   
 g  t   Re  g e   Re 20 e e   20 cos  t  
j
jt 3

   3
71
Sistemas Monofásicos
Resistência (Pura)
a) Notação Temporal
i t  Lei de Ohm
v  t  VM
v  t   Ri  t  i t    sin t   I M sin t 
v t  R R R

VM v t 
v  t   VM sin t  i t  Tensão e Corrente em fase!
IM
T 2 T t
b) Notação Simbólica
Lei de Ohm

v  t   Ri  t  Im v e jt   R Im  i e jt  v  Ri Lei de Ohm na


forma simbólica

como v  VM e j 0  VM
b1) Representação Vetorial
Relação entre
as Amplitudes i
j0
v VM e
i    IM e j0 VM  RI M v
R R Vetores paralelos, pois tensão 72
e corrente estão em fase
Sistemas Monofásicos
Bobine (Indutância Pura)
a) Notação Temporal
i t   
vL
di v  t    LI M cos t   VM sin  t  
dt  2
v t  L
VM v t 
IM i t  Corrente está em atraso de
i  t   I M sin t  /2 relativamente à Tensão.
T 2 T t

b) Notação Simbólica

d 
Im v e jt   L Im   i e jt  
di Lei de Ohm na
vL v  j Li
dt  dt  forma simbólica

como i  IM e j0  IM b1) Representação Vetorial



j
v  VM e 2

v  j LI M e j 0 Relação entre Tensão em Avanço!


as Amplitudes
 
  LI M e
j
2
 VM e
j
2 VM   LI M i  IM e j0
73
Sistemas Monofásicos
Condensador (Capacidade Pura)
a) Notação Temporal
i t   
iC
dv i  t   CVM cos t   I M sin  t  
dt  2
v t  C
VM v t 
i t 
IM Corrente está em avanço de
v  t   VM sin t  /2 relativamente à Tensão.
T 2 T t

b) Notação Simbólica

d 
Im  i e jt   C Im   v e jt  
dv 1 Lei de Ohm na
iC v i
dt  dt  jC forma simbólica

como v  VM e j 0  VM b1) Representação Vetorial


Relação entre j
i  IM e 2
i  jCVM e j0 as Amplitudes
Corrente em Avanço!

 
j j I
VM  M v  VM e j 0
 CVM e 2
 IM e 2
74
C
Sistemas Monofásicos
Lei de Ohm (forma simbólica)

v Zi Representação simbólica da corrente

Representação
simbólica da tensão Impedância

C
R L
Componente

1
Impedância ZR  R Z L  j L  jX L ZC    jX C
jC
1
Relação Simbólica v  Ri v  j Li v i
jC

di  t 
Relação Temporal v  t   Ri  t  v t   L 1
dt v t    i  t  dt
C 75
Sistemas Monofásicos
Resistência + Bobine (Série)
a) Notação Temporal v  t   vR  t   vL  t 

i t  di  t 
 Ri  t   L
VM v t  dt
R vR  t   Ri  t  IM i t 

v t  di  t 
L vL  t   L  T t
dt
Corrente está em atraso de
 relativamente à Tensão.
b) Notação Simbólica

v  Ri  j Li   R  j L  i
 b1) Representação Vectorial
Z
Impedância equivalente: v vL

0  
Z  R  jX L  Z e j 2

Z  R 2  X L2 i  IM e j0
Z
XL
vR
 XL  
  tan 1   76
 R  R
Sistemas Monofásicos
Resistência + Condensador (Série)
a) Notação Temporal
v  t   vR  t   vC  t 
t
i t  1
 Ri  t    i  t  dt
VM v t  C0
R vR  t   Ri  t  IM
i t 

v t  1
t

C vC  t    i  t  dt  T t
C0
Corrente está em avanço de
b) Notação Simbólica  relativamente à Tensão.
1  1 
v  Ri  i R j i
jC C  b1) Representação Vectorial
Z
Impedância equivalente:

i  I M e j 0 vR
j    0
Z  R  jX C  Z e 2 
R vC
Z R X 2 2
C

XC v
 X  Z
  tan   C 
1
77
 R 
Sistemas Monofásicos
Resistência + Bobine + Condensador (Série)
a) Notação Temporal
i t 
vR  t   Ri  t 
v  t   vR  t   vL  t   vC  t 
R
di  t 
v t  L vL  t   L di  t  1 t
dt  Ri  t   L   i  t  dt
1
t dt C0
C vC  t    i  t  dt
C0
b) Notação Simbólica
1  1 
v  Ri  j Li  i   R  j L  j i
jC   C
Z
Impedância equivalente:
X L  X C - circuito indutivo
Z  R  j  X L  X C   Z e j X L  X C - circuito resistivo
Z  R2   X L  X C  X L  X C - circuito capacitivo
2
 
  
 X L  XC  2 2
  tan 1   78
 R 
Potências em Regime Alternado Sinusoidal
Z  Z e j z Importante!
I t 
• Para uma impedância de fase z, a corrente vai
estar em atraso de z relativamente à tensão.

• A amplitude da corrente é igual à amplitude da


V  t   VM cos t 
tensão a dividir pela amplitude da impedância.
Amplitudes Complexas
VM
V  VM
V V
I   M e  j z I t   cos t   z 
Z Z Z

Potência Instantânea
1
cos   cos     cos      cos     
2
P  t   V  t  I  t   VM cos t  I M cos t   z 
VM I M
 cos  z   cos  2t   z  
2 • A potência instantânea é composta
Componente constante Componente alternada
com frequência 2 por uma componente sinusoidal de
frequência 2, sobreposta a uma
componente constante (média). 79
Potências em Regime Alternado Sinusoidal
Potência Média

T
1 V I
Pav   P  t  dt  M M cos  z   Vef I ef cos  z  Pav  Vef I ef cos  z 
T 0 2

• A potência média é dada pela componente constante da potência instantânea.

Resistência Pura Z R  z  0  Tensão e Corrente em Fase!

P t  I

Pav  Vef I ef
V
VM
IM VM I M
cos  0   Vef I ef
I t 
Pav 
V t 
t 2

80
Potências em Regime Alternado Sinusoidal
 
Indutância Pura 
Z  j L  z   Tensão em Avanço de /2 relativamente à Corrente!
 2
P t 
V
V t 
VM
IM I t  z
Pav  0 I
t
VM I M  
Pav  cos    0
2 2

Z  R  j L   Tensão em Avanço de z
Resistência + Indutância
 0   z  
 2 relativamente à Corrente!
V
P t 

V t 
VM
Pav  Vef I ef cos  z 
z
IM I t 
I
t
VM I M
Pav  cos  z  81
2
Potências em Regime Alternado Sinusoidal
1  
Capacidade Pura Z 
 z    Tensão em Atraso de /2 relativamente à Corrente!
jC  2
I
P t 

VM
V t  z
I t 
IM
Pav  0 V
t
VM I M  
Pav  cos     0
2  2

1    Tensão em Atraso
Z  R    
j C  2 
Resistência + Capacidade z 0
 relativamente à Corrente!

I
P t  z
VM V t 

IM Pav  Vef I ef cos  z  V


t VM I M
I t  Pav  cos  z 
2 82
Potências em Regime Alternado Sinusoidal
Potência Activa - Potência média dissipada na parte resistiva da carga (igual a Pav ).

VM I M
P  Pav  cos  z  W (Watt)
2
Potência Reactiva - Potência fornecida às bobines e aos condensadores, que fica armazenada
sobre a forma de energia magnética e elétrica, respetivamente.

VM I M
Q sin  z   VAr  (Volt-Ampére Reativo)
2

Potência Aparente - Potência que “aparentemente” está a ser fornecida à carga.

VM I M
S  VA  (Volt-Ampére)
2
Factor de Potência: Relaciona a potência activa Triângulo de Potências
com a potência aparente
S
P Q S  P2  Q2
FP  cos  z   z
S P  S cos  z 
P
Nota: O ângulo do triângulo de potências é igual à fase da impedância. 83
Potências em Regime Alternado Sinusoidal
Potência Complexa - Grandeza complexa que permite obter as potências ativa,
reativa e aparente.

V I* ZI I* 1 VV* 1V2
S  VA  S  Z I2 ou S *

2 2 2 2Z 2 Z*

Z  Z e j z VM I M j z
I t  V  VM S e  S e j z
2
I  I M e  j z V I V I
 M M cos  z   j M M sin  z 
V  t   VM cos t  2 2
 P  jQ
VM I M
Potência Aparente = Módulo da potência complexa S S   Vef I ef
2
P  Re S   M M cos  z   Vef I ef cos  z 
Potência Ativa = Parte Real da potência complexa
V I
2
Q  Im S   M M sin  z   Vef I ef sin  z 
Potência Reativa = Parte Imaginária da potência V I
complexa 84
2
Teorema da Máxima Transferência de Potência
em Regime Alternado Sinusoidal
• O objectivo é maximizar a potência activa entregue à carga Z L .

Z th  Rth  jX th
Condição para que exista
Z L  Z th* máxima transferência de
potência.
Vth Z L  RL  jX L
1 Vth2 Potência Máxima
PL  entregue à carga.
2 4 Rth
2
Vth Vth
I 
2
I2  I 
Z th  Z L  Rth  RL    X th  X L 
2 2

Potência activa entregue à carga:


RL Vth2
VRL I * RL I I * I
2
I2 PL 
PL    RL  RL 2  Rth  RL 2
2 2 2 2
dPL
RL Vth2 0 RL  Rth
 dRL
2  Rth  RL 2   X th  X L 2
1 Vth2
PL 
 Potência será maximizada se X L   X th Para Z L  Z th* tem-se
2 4 Rth 85
Regimes Transitórios
Regime Transitório = Regime Forçado + Regime Livre

Regime Forçado – Devido a fontes externas de energia (circuito forçado a oscilar à


frequência da fonte)
Regime Livre – Devido à energia interna do circuito.

Exemplo (1ª Ordem):


R L
Solução Geral:
di  t 
v t  v  t   Ri  t   L i  t   il  t   i f  t 
dt

d i f  t   il  t  
v  t   R i f  t   il  t    L
Solução forçada (com
frequência igual à da fonte)
dt Solução livre (desaparece
ao fim de algum tempo)

Equação do regime forçado Equação do regime livre

di f  t  dil  t 
v  t   Ri f  t   L 0  Ril  t   L il  t   A e st
dt dt
86
Regimes Transitórios
dil  t 
Regime Livre Ril  t   L 0
dt
Solução:

il  t   A e st Equação Característica:
R
RA e  LsA e  0
st st s s -1 
dil  t  L
 sA e st
dt
R t L
 t  Onde se definiu a
il  t   A e L
 Ae  constante de tempo: 
R

il  t  Amplitude inicial do regime livre


(depende das condições iniciais). Condições Iniciais estão relacionadas
com a continuidade da Energia:
A
• Eléctrica nos condensadores:
Ao fim de uma constante de tempo, a amplitude do
1
regime livre reduziu-se para 37% do valor original. We  CV 2
A  0.37 A 2
Em termos práticos, ao fim de 5 constantes • Magnética nas bobines:
e de tempo, o regime livre desapareceu.
1 2
 5 t Wm  LI 87
2
Regimes Transitórios
Exemplo (2ª Ordem):
R L C
di  t  1
v  t   Ri  t   L   i  t  dt
v t  dt C

 RC   RC   4  LC 
2
Equação do regime livre Equação Característica: s
di  t  1 2 LC
Ril  t   L l   il  t  dt  0 LC s  RC s  1  0
2

dt C R R2 1
  
2L 4 L2 LC
• 2 Soluções Reais e Distintas:
il  t   A e il  t   A1 e s1t  A2 e s2t
st Sobre-amortecido
(soma de 2 exponenciais decrescentes)

dil  t  • 2 Soluções Reais e Iguais:


 sA e st
dt il  t   A1 e st  A2t e st Criticamente amortecido

A e st
 il  t  dt  s
• 2 Soluções Complexas (conjugadas):
il  t   A1 e s1t  A2 e s2t Sub-amortecido (sinusóide amortecida)
88
 A e  t sin t   
Regimes Transitórios
2 Soluções Complexas (Conjugadas)
em que se definiu:
2
s1    j
R R 1 R
s   2
    j  e  2  n2   2
2L 4 L LC 2L
s2    j

Factor de Amortecimento
Frequência Natural
il  t   A1 e  A2 e
s1t s2t
Frequência de Oscilação
 t jt  t  jt
 A1 e e  A2 e e (diferente da frequência da fonte)

 e  t  A1  A2  cos t   j  A1  A2  sin t  

Deve ser Real! Condições Iniciais permitem obter as


constantes a azul! São necessárias 2
condições iniciais.
A1  A2*

il  t   e  t  2 Re  A1 cos t   2 Im  A1 sin t    il  t   A e  t sin t   


 e  t  B1 cos t   B2 sin t  
 A e  t sin t   
89
Regimes Transitórios
Sobre-amortecido

il  t   A1 e s1t  A2 e s2t
Envolvente do caso
sub-amortecido
Criticamente Amortecido
A e  t
il  t    A1  A2t  e st

Sub-amortecido

il  t   A e  t sin t   

90
Geradores Trifásicos
Gerador Monofásico
Se:

nS iS   t   t  LRS  t   LM cos   t  
2
 
vS Estator  LM cos  t  
 2
 Coeficiente de indução mútua entre o
nR Rotor e o Estator é variável no tempo.

iR Rotor

 
Fluxo no Estator (se is=0):  S  iR LRS  iR LM cos  t  
 2

Tensão Induzida no Estator:

dS
vS     LM iR cos t 
dt

91
Geradores Trifásicos
Gerador Trifásico
u1  t   uef 2 cos t 

 2 
u2  t   uef 2 cos  t  
 3 
 4 
u1 u3  t   uef 2 cos  t  
Estator  3 
u3
u2 Conclusão: O ângulo espacial entre os enrolamentos do
estator, é convertido em desfasamento
temporal das tensões induzidas

2 3

nR
Rotor

2 4 2 8 t
3 3 3

u1  t  u2  t  u3  t  92
Geradores Trifásicos
Rede Trifásica (Carga em Estrela)
i
Fase 1 1
1 1
Im
u31 u1 u12 u31 Z1 u12
u31
u3 Neutro
u2 Z2 u23 u3 u1
Z3
i2 u2
3 u23 Fase 2 Re
2 3 2

u12
Fase 3 u23 6
i3

Tensões Simples Tensões Compostas


j
 Im
u1  uef 2 e ji u12  u1  u2  u1 3 e 6 u31 u3 u12
 2   
j  i   j
u2  uef 2 e  3 
u23  u2  u3  u2 3 e 6 6 
6
 4  
j  i   j u1 Re
u3  uef 2 e  3  u31  u3  u1  u3 3 e 6

u2
6

j
uC  uS 3 e 6 93
u23
Geradores Trifásicos
Rede Trifásica (Carga em Triângulo)
Fase 1 i1
1 1

u1 i12
u31 u12 u31 u12
u3 Z 31 Z12
u2
i31 Z 23 i23
3 u23 2 i2 3 2
Fase 2

Fase 3
u23
i3
Correntes Simples Equivalência Estrela – Triângulo (Caso Equilibrado)

j
i1  i12  i31  i12 3 e 6
Z1 
u1
 Z
j
 i1
i2  i23  i12  i23 3 e 6
Z   3Z 
 
j j
i3  i31  i23  i31 3 e 6
u12 u1 3 e 6
Z12   
 3Z   Z 
 i12 i1 6 j
j e
iS  iC 3 e 6
3 94

Você também pode gostar