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Aula 05
Regência nominal e verbal.
Crase.
A
Nesta aula, vamos falar sobre a relação entre os verbos e nomes (termos
regentes) com seus complementos (termos regidos). Trata-se da regência
verbal e nominal. Logo após, falaremos sobre as regras de uso da crase,
assunto recorrente nas provas de concurso!
SUMÁRIO
REGÊNCIA VERBAL................................................................................02
REGÊNCIA NOMINAL..............................................................................13
CRASE.................................................................................................15
RESUMO..............................................................................................24
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................27
LISTA DE QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS NESTA AULA...................60
GABARITO............................................................................................83
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................83
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REGÊNCIA VERBAL
1. ASPIRAR:
- É Verbo Transitivo Direto (VTD) no sentido de inspirar:
Aspiramos o ar da manhã.
VTD Objeto Direto (OD)
ATENÇÃO ÀS SIGLAS:
VTD - verbo transitivo direto (aquele que não rege uso de preposição
antes do complemento).
VTI - verbo transitivo indireto (aquele que rege o uso de preposição antes
do complemento – de, a, para, com, sobre...).
VTDI – verbo transitivo direto e indireto (aquele que pede dois
complementos, um direto – sem preposição – e outro indireto – com
preposição).
VI – verbo intransitivo (não pede nenhum tipo de complemento).
OD – objeto direto (complemento de VTD).
OI – objeto indireto (complemento de VTI).
2) ASSISTIR:
- É VTD no sentido de ajudar, de prestar assistência:
O médico assiste o doente.
VTD OD
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Neste caso, faltou a preposição “a” regida pelo verbo. Cuidado, pois, sem
a preposição, o verbo assistir tem sentido de prestar assistência, ajudar!
O correto então é:
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3. ATENDER:
4. VISAR:
5. QUERER:
6. CUSTAR:
VTD OD
8. PROCEDER:
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VTI OI
9. IMPLICAR:
VTDI OD OI
10. PRECISAR:
11. CHAMAR:
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Fácil até aqui, queridos alunos?? Espero que sim! Agora vejam os
casos a seguir:
12. INFORMAR:
- É sempre VTDI:
Informamos o prefeito do desastre.
VTDI OD OI
VTI OI
15. PREFERIR:
16. SIMPATIZAR:
17. CHEGAR:
- É sempre VI:
Cheguei ao colégio.
VI Adj. Adv. Lugar
18. NAMORAR:
- É sempre VTD:
Namorei aquele garoto.
VTD OD 09469404360
REGÊNCIA NOMINAL
Alguns exemplos:
Os nomes podem reger mais de uma preposição, saber qual usá-las vai
depender do contexto, da clareza e da eufonia.
A lista a seguir apresenta, para consulta, alguns nomes e as preposições
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que mais comumente eles exigem. A lista não para por aqui, são muitas
possiblidades!
Acessível a Benéfico a
Acostumado a ou com Compatível com
Alheio a Cuidadoso com
Alusão a Desacostumado a ou com
Ansioso por Desatento a
Atenção a ou para Desfavorável a
Atento a ou em Desrespeito a
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CRASE
A crase é obrigatória:
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Entendendo a exceção...
A regra é que, antes dos indefinidos NÃO existe crase. Ocorre, porém, que
alguns indefinidos, não só o "outra" (tal, mesma, muitas, pouca), podem
admitir o artigo "a" antes deles, dando ensejo à crase. Como saber se há o
artigo antes do indefinido? Fazendo a substituição do substantivo feminino que
os segue por outro masculino correlato, comprovaremos a ocorrência da crase:
Exemplo:
Assistimos sempre às mesmas cenas (aos mesmos episódios). >> COM
CRASE.
Exemplo tirado do exercício 14 desta aula:
"... passava as tardes perambulando de uma praça a outra"
(perambulando de um bosque a outro bosque). >> o indefinido "outra" não
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está acompanhado de artigo para que a crase seja exigida. Caso fosse
formado: de um lugar AO outro... aí sim teria crase.
Normalmente, o uso ou não da crase antes dos indefinidos está ligado à
regência do verbo da oração:
Assistimos a quê?
Perambulando de um lugar a outro.
Os verbos "assistir" e "perambular" regem o uso da preposição "a".
3. A crase é facultativa:
Lá vai um MACETE!
Para saber se antes do topônimo (nome de um lugar) tem crase, basta
decorar o versinho:
Chego da, crase há!
Chego de, crase pra quê?
Testando o macete...
Cheguei da Bahia = fui à Bahia (com crase)
Cheguei de Manaus = fui a Manaus (sem crase)
Cheguei da Alemanha = fui à Alemanha (com crase)
Cheguei de Ubatuba = fui a Ubatuba (sem crase)
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CRASE
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Comentário: sabendo que o “onde” só pode ser usado para indicar lugar e
que o uso de “em cujo” está condicionado à regência verbal ou nominal que
exija a preposição “em”, vamos às alternativas, completando as lacunas para
encontrarmos a resposta correta para a questão, que pede o preenchimento
com “onde” e “em cujo”:
a) AONDE iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso
artístico QUE todos queriam alcançar e se realizar. – AONDE indica movimento.
O verbo alcançar não rege preposição, por isso temos “que todos queriam
alcançar”, sem preposição antes do relativo “que”.
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Língua Portuguesa p/ TJ-PE
Analista e Técnico Judiciário
Teoria e Questões Comentadas
Profª Rafaela Freitas Aula 05
GAABARITO: B
Comentário: 09469404360
Responsabilidade social
(BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos Alberto. 2.ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2001 − 10a reimpressão, p. 639-40)
Temos que dissociar os dois verbos, assim: ... procura respeitar a comunidade
e cuidar dela. Dessa forma, a gerência do verbo “respeitar”, que não pede
preposição (o “a” é artigo de “comunidade) e a do verbo “Cuidar”, que rege a
preposição “de”, estarão respeitadas. Questão muito boa!
GABARITO: C
Vitalino
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Analista e Técnico Judiciário
Teoria e Questões Comentadas
Profª Rafaela Freitas Aula 05
bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu
papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa que
se dê com mais prazer.
Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a
maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe
doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar
afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver
onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima
de minhas forças.
(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481)
masculino.
Alternativa A – aqui a crase ocorre pois “à imitação” forma uma expressão
adverbial feminina, é o modo como Vitalino modelava suas figurinhas.
GABARITO: E
Leia:
origens do country, por sua vez, são múltiplas e se estendem das melodias
celtas, provenientes da Europa, ...... da tradição gospel norte-americana, além
de fazer uso de instrumentos como o bandolim, proveniente da Itália, e o
banjo africano.
mesmo escondido, a crase deve existir: “estendem das melodias celtas ... às
(melodias) da tradição gospel norte-americana”. O que se estende é disso a
aquilo, de uma coisa a outra. A preposição é exigida pelo VTDI “estender” para
aglutinar-se com o artigo “as”, formando a crase.
GABARITO: D
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e) Medio, sim, seu encontro com esse advogado mais experiente, pois sei
como você está temeroso pelo poder de argumentação do promotor
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e) ... que impõe à sociedade um padrão único... a crase aqui deve ser
mantida antes da palavra feminina “sociedade”.
GABARITO: D
perambulando de uma praça a (3) outra, lendo algum livro, percebendo, vez
ou outra, o comportamento dos outros, entregue somente à (4) discrição de si
mesmo.
(1) Usa-se crase antes da palavra “distância” quando ela for determinada.
(2) Usa-se crase em expressões adverbiais femininas.
(3) Não se usa crase se antes de termo indefinido.
(4) Uso da crase pela regra geral: o verbo “entregar” rege uso da
preposição “a” que aglutina-se com o artigo feminino que acompanha o
substantivo “discrição”.
GABARITO: D
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d) O juiz isentou-lhe da culpa, uma vez que se constatou que ele não
tivera participação nos acontecimentos daquela tarde esportiva.
e) Tivera muitas dúvidas em relação que profissão deveria seguir, mas
descobriu, ao conhecer as linguagens JAVA e HTML, que gostaria mesmo ser
um programador.
a) à - a - à
b) a - à - a
c) a - a - à
d) à - à - a
e) a - à – à
Comentário:
Primeira lacuna: feita a capricho – Não há crase, pois a expressão
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dias. Mas o progresso moderno tem amiúde um custo destrutivo, por exemplo,
em danos irreparáveis à natureza, e nem sempre contribui para reduzir a
pobreza.
A pós-modernidade destruiu o mito de que as humanidades humanizam.
Não é indubitável aquilo em que acreditam os filósofos otimistas, ou seja, que
uma educação liberal, ao alcance de todos, garantiria um futuro de liberdade e
igualdade de oportunidades nas democracias modernas. George Steiner, por
exemplo, afirma que “bibliotecas, museus, universidades, cenros de
investigação por meio dos quais se transmitem as humanidades e as ciências
falamos, por um lado, de uma ópera de Wagner e, por outro, dos filmes de
Hitchcock e de John Ford.
A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa-
do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam
transcender o tempo presente, continuar vivos nas gerações futuras, ao passo
que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e
desaparecer. Cultura é diversão, e o que não é divertido não é cultura.
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo.
Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook)
Responsabilidade social
Vitalino
onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima
de minhas forças.
(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481)
Leia:
a) A – cuja – às
b) A – a qual – a
c) À – a qual – a
d) À - cuja – às
e) À – cuja – as
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difuso de não se ter o que dizer, infusão acústica de segurança cuja súbita
ruptura provoca um desconforto redobrado, a música ambiente tornou-se uma
arma eficaz contra certa fobia do silêncio. Esse persistente universo sonoro
isola as conversas particulares ou encobre os devaneios, confinando cada um
em seu espaço próprio, equivalente fônico dos biombos que encerram os
encontros em si mesmos, criando uma intimidade pela interferência sonora
assim forjada em torno da pessoa.
Nossas cidades são particularmente vulneráveis às agressões sonoras; o
barulho se propaga e atravessa grandes distâncias. As operações de liquidação
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente
preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos
trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando
Xi'an - cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de
terracota - era a capital da China.
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China,
viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e
então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio
e além.
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à
medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da
China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na
direção da costa.
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos
trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por
isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país.
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos
de Shenzhen ou Xangai - e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o
canal de Suez - é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz
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esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o
trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável.
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora
algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno
boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das
temperaturas que podem atingir 40 °C negativos.
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)
e) a - às - a – a
d) O juiz isentou-lhe da culpa, uma vez que se constatou que ele não
tivera participação nos acontecimentos daquela tarde esportiva.
e) Tivera muitas dúvidas em relação que profissão deveria seguir, mas
descobriu, ao conhecer as linguagens JAVA e HTML, que gostaria mesmo ser
um programador.
a) à - a - à
b) a - à - a
c) a - a - à
d) à - à - a
e) a - à – à
1) B 11) A
2) E 12) E
3) C 13) D
4) E 14) D
5) D 15) A
6) C 16) D
7) A 17) B
8) C 18) A
9) B 19) B
10) C 20) A
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