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Aula 05

Português p/ TJ-PE (Com videoaulas)


Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas
Língua Portuguesa p/ TJ-PE
Analista e Técnico Judiciário
Teoria e Questões Comentadas
Profª Rafaela Freitas Aula 05

Aula 05
Regência nominal e verbal.
Crase.
A

Olá, alunos! Animados? Vamos seguir com os nossos estudos!!

Nesta aula, vamos falar sobre a relação entre os verbos e nomes (termos
regentes) com seus complementos (termos regidos). Trata-se da regência
verbal e nominal. Logo após, falaremos sobre as regras de uso da crase,
assunto recorrente nas provas de concurso!

SUMÁRIO
REGÊNCIA VERBAL................................................................................02
REGÊNCIA NOMINAL..............................................................................13
CRASE.................................................................................................15
RESUMO..............................................................................................24
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................27
LISTA DE QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS NESTA AULA...................60
GABARITO............................................................................................83
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................83
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“Seja como os pássaros que, ao pousarem um instante sobre ramos muito


leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem asas”.
Victor Hugo

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REGÊNCIA VERBAL

Trata-se da relação de dependência que se estabelece entre os verbos e


seus complementos. Exemplo:

Eu comprei uma blusa.


Termo regente Termo regido

É o termo regente que pede o complemento preposicionado ou não,


depende de sua transitividade e do sentido que ele tem. Porém, dependendo
do sentido do verbo na frase, a sua regência pode variar.

Vejamos alguns exemplos em que isso acontece:

1. ASPIRAR:
- É Verbo Transitivo Direto (VTD) no sentido de inspirar:
Aspiramos o ar da manhã.
VTD Objeto Direto (OD)

- É Verbo Transitivo Indireto (VTI), rege uso da preposição “a”, no sentido


de almejar: 09469404360

Aspiro a uma melhor posição.


VTI Objeto Indireto (OI)

ATENÇÃO ÀS SIGLAS:

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VTD - verbo transitivo direto (aquele que não rege uso de preposição
antes do complemento).
VTI - verbo transitivo indireto (aquele que rege o uso de preposição antes
do complemento – de, a, para, com, sobre...).
VTDI – verbo transitivo direto e indireto (aquele que pede dois
complementos, um direto – sem preposição – e outro indireto – com
preposição).
VI – verbo intransitivo (não pede nenhum tipo de complemento).
OD – objeto direto (complemento de VTD).
OI – objeto indireto (complemento de VTI).

Isso irá facilitar as explicações!

Vejamos outros verbos que alteram o sentido quando a regência também


muda:

2) ASSISTIR:
- É VTD no sentido de ajudar, de prestar assistência:
O médico assiste o doente.
VTD OD

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- É VTI no sentido de ver, presenciar (rege uso da preposição “a”):


Assistiremos ao filme já.
TI OI

É muito comum usarmos o verbo assistir no sentido de ver com a regência


errada, sem a preposição antes do complemento:

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Assisti o jogo de domingo em casa.

Neste caso, faltou a preposição “a” regida pelo verbo. Cuidado, pois, sem
a preposição, o verbo assistir tem sentido de prestar assistência, ajudar!
O correto então é:

Assisti ao jogo de domingo em casa.

- É VTI também no sentido de caber e rege o uso da preposição “a”:


Este direito não assiste a você.
VTI OI

- É intransitivo no sentido de morar, residir, ou seja, não pede


complemento:
Você assiste em Juiz de Fora.
VI Adj. Adv. Lugar

ATENÇÃO: Juiz de Fora é Adjunto Adverbial de Lugar, não é complemento


do verbo.

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3. ATENDER:

- É VTD no sentido de acolher, receber, responder, ouvir, conceder:


O diretor atendeu os alunos.
VTD OD

Deus atendeu a súplica de seu servo.


VTD OD

ATENÇÃO: o “a” é artigo feminino singular.


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- É VTI no sentido de dar atenção, considerar, prestar atenção. Rege o


uso da preposição “a”:

Atendemos ao apelo da anciã.


VTI OI
Não atendera aos amigos.
VTI OI

ATENÇÃO: o “a”, nos dois casos, antes de “o” e de “os” é preposição


exigida pela regência do verbo.

4. VISAR:

- É VTD no sentido de apontar, mirar:


O atirador visou o alvo.
VTD OD

- É VTD no sentido de dar o visto:


O gerente do BB visou o cheque.
VTD OD
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- É VTI no sentido de ter em vista, rege a preposição “a”:


Eu visava ao seu bem.
VTI OI

5. QUERER:

- É VTD no sentido de desejar:


Eu quero aquele carro.
VTD OD

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- É VTI no sentido de estimar. Rege o uso da preposição “a”:


Os netos querem ao avô.
VTI OI

Admite voz passiva = O avô é querido pelos (dos) netos.


Sujeito Agente da passiva

6. CUSTAR:

- É VTI no sentido de ser difícil:


Custou-me acatar tal ideia.
VTI OI Sujeito
(Acatar tal ideia custa a mim)

- É VI também no sentido de ser difícil:


Custa muito acatar tal ideia.
VI Sujeito
(Acatar tal ideia custa) 09469404360

- É VTDI no sentido de acarretar:


O ciúme custou-lhe dor.
Suj. OI OD
(O ciúme custa dor à ele)
7. ESQUECER / LEMBRAR:

- É VTD no sentido de sair da memória.


Esqueci os fatos passados.

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VTD OD

- É VTI no sentido de sair da memória, mas quando houver uso de


pronome.
(pronominal)
Esqueci-me dos fatos passados.
VTI OI

ATENÇÃO: se os verbos esquecer e lembrar forem pronominais, também


serão VTIs e regem a preposição “de”.

- É VTI = cair no esquecimento, perder importância.


Esqueceram-me os fatos passados.
VTI OI Sujeito

8. PROCEDER:

- É VI no sentido de ter fundamento:


Sua atitude não procede.
VI

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- É também VI no sentido de procedência:


Nós procedemos de Minas.
VI Adj. Adv. Lugar

ATENÇÃO: “de Minas” é adjunto Adverbial de Lugar, NÃO é complemento


verbal.

- É VTI no sentido de dar início ou sequência e rege o uso da preposição


“a”:
O juiz procedeu ao julgamento.

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VTI OI

9. IMPLICAR:

- É VTD no sentido de acarretar:


Seu gesto implicará punição.
VTD OD

Seu gesto implicará EM punição = ERRADO

- É VTI no sentido de antipatizar e rege o uso da preposição “com”:


Ela implicou com o rapaz.
VTI OI

- É VTI no sentido de comprometer-se e rege o uso da preposição “em”:


Implicou-se em assaltos.
VTI OI

- É VTDI no sentido de envolver e rege o uso da preposição “em” no OI:


Ele implicou o rapaz no crime. 09469404360

VTDI OD OI

10. PRECISAR:

- É VTD ou VTI no sentido de ter necessidade:


O país precisava de agrônomos.
VTI OI
 Rege o uso da preposição “de”.

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Precisava fazenda macia e pulseiras.


VTD OD

- É VTD para indicar algo com exatidão:


Ele não sabe precisar a quantia.
VTD OD

11. CHAMAR:

- É VTD no sentido de convocar:


O mestre chamou os alunos.
VTD OD

- É VTD + predicativo quando usado para cognominar:


Chamaram Pedro de herói.
VTD OD Predicativo do Objeto Direto “Pedro”

- É VTI + predicativo também para cognominar:


Chamaram a Pedro de herói.
VTI OI Predicativo do Objeto Indireto “Pedro”

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Fácil até aqui, queridos alunos?? Espero que sim! Agora vejam os
casos a seguir:

12. INFORMAR:

- É sempre VTDI:
Informamos o prefeito do desastre.
VTDI OD OI

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Informamos o desastre ao prefeito.


VTDI OD OI

13. PAGAR / PERDOAR:

- É VTD quando refere-se a coisas:


Paguei o livro.
VTD OD

- É VTI quando refere-se a pessoas e rege o uso da preposição “a”:


Paguei ao vendedor.
VTI OI

- É VTDI quando refere-se a coisas e a pessoas:


Paguei o livro ao vendedor.
VTDI OD OI

14. OBEDECER / DESOBEDECER:

- É sempre VTI e rege a preposição “a”:


Os filhos obedecem aos pais.
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VTI OI

Cuidado! É comum o uso equivocado da regência dos verbos obedecer e


desobedecer:
O jogador desobedeceu o juiz – ERRADO!
O jogador desobedeceu ao juiz – CORRETO!

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Admite voz passiva = Os pais são obedecidos pelos filhos.


Sujeito Agente da Passiva

15. PREFERIR:

- É sempre VTDI e rege a preposição “a” no objeto indireto:


Prefiro doce a salgado.
VTDI OD OI

Prefiro cinema que teatro = ERRADO!


Prefiro mais cinema do que teatro = ERRADO!
Prefiro cinema a teatro = CORRETO!

16. SIMPATIZAR:

- É sempre VTI e rege a preposição “com”:


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Não simpatizo com você.


VTI OI

ATENÇÃO: o verbo simpatizar NÃO é pronominal!


Não ME simpatizo com você. = ERRADO!

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17. CHEGAR:

- É sempre VI:
Cheguei ao colégio.
VI Adj. Adv. Lugar

ATENÇÃO: “ao colégio” é adjunto Adverbial de Lugar, não é complemento


verbal.

Cheguei no carro da minha irmã. = CERTO


Adj. Adv. Lugar
Cheguei no colégio. = ERRADO
Cheguei ao colégio. = CORRETO

18. NAMORAR:

- É sempre VTD:
Namorei aquele garoto.
VTD OD 09469404360

* Namorei COM aquela garota. = ERRADO


O verbo namorar não rege preposição!

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REGÊNCIA NOMINAL

Trata-se da relação que se estabelece entre o NOME e o termo (palavra


ou expressão) que lhe serve de complemento, pois assim como há verbos com
sentido incompleto, alguns nomes (adjetivos, substantivos e alguns advérbios)
também precisam de complemento.

Estava ansioso por vê-la.


T. Regente T. Regido

Alguns exemplos:

Atenção para o uso da preposição adequada:

Esse agasalho me parece adequado ao clima da região.


Poucas pessoas têm capacidade de / para argumentar com coerência.
Helena, aos dez anos, já é responsável pelos irmãos mais novos.

Os nomes podem reger mais de uma preposição, saber qual usá-las vai
depender do contexto, da clareza e da eufonia.
A lista a seguir apresenta, para consulta, alguns nomes e as preposições
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que mais comumente eles exigem. A lista não para por aqui, são muitas
possiblidades!

Acessível a Benéfico a
Acostumado a ou com Compatível com
Alheio a Cuidadoso com
Alusão a Desacostumado a ou com
Ansioso por Desatento a
Atenção a ou para Desfavorável a
Atento a ou em Desrespeito a

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Português p/ STJ
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Estranho a Ódio a ou contra


Favorável a Odioso a ou para
Fiel a Posterior a
Grato a Preferência a ou por
Hábil em Preferível a
Habituado a Prejudicial a
Inacessível a Próprio de ou para
Indeciso em Próximo a ou de
Invasão de Querido de ou por
Junto a ou de Residente em
Leal a Respeito a ou por
Maior de Sensível a
Morador em Simpatia por
Natural de Simpático a
Necessário a Útil a ou para
Necessidade de Versado em
Nocivo a

Antes de falarmos sobre CRASE, vejam que questão interessante:

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(TRT/16ª REGIÃO/MA/2014/Analista Judiciário


O segmento do verbete que apresenta descuido quanto à regência é:
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente
responsáveis.
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-
se com o equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o
equilíbrio social.

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c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar


e cuidar da comunidade.
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...]
conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade.
e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...]
promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.

Comentário: todas as alternativas estão corretas, com exceção da C.


Atenção, pois o uso da conjunção “e” está irmanando, ou seja, colocando como
iguais os verbos “respeitar” e “cuidar”. O problema é que a regência desses
dois verbos não é a mesma e apenas a do verbo “cuidar” foi respeitada no
paralelismo: “cuidar de+a = da comunidade”. Como resolver o problema?
Temos que dissociar os dois verbos, assim: ... procura respeitar a comunidade
e cuidar dela. Dessa forma, a gerência do verbo “respeitar”, que não pede
preposição (o “a” é artigo de “comunidade) e a do verbo “Cuidar”, que rege a
preposição “de”, estarão respeitadas. Questão muito boa!
GABARITO: C

CRASE

Para início de conversa: crase não é acento, e sim superposição de dois


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"as". O primeiro é uma preposição, o segundo, pode ser um artigo definido,


um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s), e aquilo. O acento que
marca este fenômeno é o grave (`).
O domínio da crase depende de o aluno conhecer a regência de alguns
verbos e nomes.

Vejamos os casos de uso da crase:

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1. Crase da preposição a com o artigo definido a(s):

- Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a


preposição e o termo regido tem de ser uma palavra feminina que admita
artigo.

Uma dica é trocar a palavra feminina por uma masculina equivalente, se


aparecer ao(s) usa-se crase, caso apareça a ou o(s) não haverá crase.

a) Todos iriam à reunião.


Substituindo a palavra feminina “reunião” pela masculina “encontro”,
temos:
b) Todos iriam ao encontro.

A crase é obrigatória:
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- Em locuções prepositivas, adverbiais ou conjuntivas (femininas).


Ex. à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à
proporção que, à procura de, à vontade

Em expressões que indicam instrumento, crase é opcional:


Ex.: Escrevi a (à) máquina.
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- Expressão à moda de, mesmo que subentendida.


a) Era um penteado à francesa (à moda francesa).
b) O jogador fez um gol à Pele (à moda do Pelé).

- Quando as palavras "rua", "loja", "estação de rádio" estiverem


subentendidas.
a) Maria dirigiu-se à Globo (dirigiu-se à estação de rádio).

- Na expressão devido à (s) + palavra feminina ocorre a crase.


a) Devido à descoberta, as alterações serão feitas.

2. Situações em que não existe crase:

- antes de palavra masculina e de verbos.


a) Vende-se a prazo.
b) O texto foi redigido a lápis.
c) Ele começou a fazer dietas.

- antes de artigo indefinido e numeral cardinal (exceto em horas).


a) Refiro-me a uma blusa mais fina.
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b) O vilarejo fica a duas léguas daqui.

- antes dos pronomes pessoais, inclusive as formas de tratamento.


a) Enviei uma mensagem a Vossa Majestade.
b) Nada direi a ela.

Neste caso, os pronomes senhora e senhorita são exceções.


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- antes de pronomes demonstrativos esta(s) e essa(s).


a) Refiro-me a estas flores.
b) Não deram valor a esta ideia.

- antes de pronomes indefinidos, com exceção de outra.


a) Direi a todas as pessoas.
b) Fiz alusão a esta moça e à outra.

Entendendo a exceção...
A regra é que, antes dos indefinidos NÃO existe crase. Ocorre, porém, que
alguns indefinidos, não só o "outra" (tal, mesma, muitas, pouca), podem
admitir o artigo "a" antes deles, dando ensejo à crase. Como saber se há o
artigo antes do indefinido? Fazendo a substituição do substantivo feminino que
os segue por outro masculino correlato, comprovaremos a ocorrência da crase:
Exemplo:
Assistimos sempre às mesmas cenas (aos mesmos episódios). >> COM
CRASE.
Exemplo tirado do exercício 14 desta aula:
"... passava as tardes perambulando de uma praça a outra"
(perambulando de um bosque a outro bosque). >> o indefinido "outra" não
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está acompanhado de artigo para que a crase seja exigida. Caso fosse
formado: de um lugar AO outro... aí sim teria crase.
Normalmente, o uso ou não da crase antes dos indefinidos está ligado à
regência do verbo da oração:
Assistimos a quê?
Perambulando de um lugar a outro.
Os verbos "assistir" e "perambular" regem o uso da preposição "a".

- se antes da preposição a tiver outra preposição.

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a) Compareceu perante a juíza no dia da audiência.

Com a preposição até o uso é facultativo.


Chegou até a (à) escola rapidamente.

- no meio de expressões com palavras repetitivas.


Ficamos cara a cara.

- no a singular seguido de palavra no plural.


Pediu apoio a pessoas estranhas.

- não haverá crase antes de pronome interrogativo.


Referiu-se a quem?

- palavra feminina tomada em sentido genérico.


A pena pode ir de advertência a multa.

Multa = qualquer tipo.


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Havendo determinação, a crase é indispensável:


Ele admite ter cedido à pressão dos superiores (determinação).

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Vejam uma questão ilustrativa:

TRF/4ª REGIÃO/2014/Técnico Judiciário/adaptada


Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre
parênteses, o sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado nos dois casos
a seguir:
I. ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos)
(2º parágrafo)
II ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos
independentes) (5º parágrafo)

Comentário: a questão está errada, pois a crase deverá ser usada em


apenas alternativas. Vejam:
I. Nunca usamos crase antes de verbo, sendo assim, antes do verbo
“dispor”, não poderá haver crase.
... que uma educação liberal, a dispor de todos...
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II. Na alteração indicada, a crase vai ocorrer pela aglutinação da


preposição “a”, exigida pela regência do nome “obstáculos”, e o artigo
feminino que acompanha o substantivo feminino “criação”. A prep. + A artigo
= à. Regra geral de uso da crase.
... são um obstáculo à criação de indivíduos independentes.
GABARITO: ERRADO.

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3. A crase é facultativa:

- antes de nomes próprios femininos (exceto em nomes de personalidade


pública - sem artigo):
a) Enviei um presente a (à) Maria.

A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma


expressão que a determine, então a crase será obrigatória:
Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão (determinação).

- antes do pronome adjetivo possessivo feminino singular:


a) Pediu informações a minha secretária.
b) Pediu informações à minha secretária.
c) Pediu informações a minhas secretárias.
d) Pediu informações as minhas secretárias.
e) Pediu informações às minhas secretárias.
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Se o pronome possessivo for substantivo e por regência a preposição for


exigida, a crase será obrigatória:
Foi a [à] sua cidade natal e à minha.

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A segunda crase do exemplo acima é obrigatória, enquanto a primeira é


facultativa.

- antes de topônimos, a menos que estejam determinados.


a) Iremos a Curitiba.
b) Iremos à bela Curitiba.
c) Iremos à Bahia.

Lá vai um MACETE!
Para saber se antes do topônimo (nome de um lugar) tem crase, basta
decorar o versinho:
Chego da, crase há!
Chego de, crase pra quê?

Testando o macete...
Cheguei da Bahia = fui à Bahia (com crase)
Cheguei de Manaus = fui a Manaus (sem crase)
Cheguei da Alemanha = fui à Alemanha (com crase)
Cheguei de Ubatuba = fui a Ubatuba (sem crase)
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Fácil não é?? Teste outros topônimos...

4. Crase da preposição a com pronome demonstrativo e relativo

Com os demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo, basta verificar se,


por regência, alguma palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a"
inicial do próprio pronome.

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O MACETE é trocar aquele(a/s) por este(a/s) e aquilo por isto, se antes


aparecer a, há crase.
a) Enviei presentes àquela menina (a esta menina).
b) A matéria não se relaciona àqueles problemas (a estes problemas).
c) Não de ênfase àquilo (a isto).

O pronome demonstrativo a(s) aparece antes de que ou de e pode ser


trocado por aquela(s). Deve-se fazer o teste da troca por um masculino similar
e verificar se aparece ao(s):

a) Esta estrada é paralela à que corta a cidade (O caminho é paralelo ao


que corta a cidade).

ATENÇÃO: Antes dos pronomes relativos "que" e "quem" não ocorre


crase. Já o pronome qual(s) admite crase.

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O MACETE é trocar o substantivo feminino anterior ao pronome por um


masculino, se aparecer ao(s) há crase.
a) A menina à qual me refiro não estudou (O menino ao qual me refiro...).
b) A professora à qual me refiro é bonita (O professor ao qual me
refiro...).
c) A fama à qual almejo não é difícil (O sucesso ao qual almejo...).

5. Casos especiais sobre o uso da crase:

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- antes da palavra casa:


Quando a palavra casa significar lar, domicílio e não vier acompanhada de
adjetivo, ou locução adjetiva, não se usará a crase.
Iremos a casa assim que chegarmos (Iremos ao lar assim que
chegarmos).

Quando a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução


adjetiva ocorrerá crase.
Iremos à casa de minha mãe.

- antes da palavra terra:


Oposto de mar, ar e bordo - não há crase
O Marinheiro forma a terra.

Quando terra significar solo, planeta ou lugar - poderá haver crase.


a) Voltei à terra natal.
b) A espaçonave voltará à Terra em um mês.

- antes da palavra distância:


Não se usa crase, salvo se vier determinada.
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a) Via-se o barco à distância de quinhentos metros (determinado).


b) Olhava-nos a distância.

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Vimos na aula de hoje que a REGÊNCIA é o estudo da maneira como os


verbos (regência verbal) e os nomes (regência nominal) estão ligados aos seus
complementos na análise sintática das orações.

REGÊNCIAS MAIS USADAS DE ALGUNS VERBOS:

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REGÊNCIAS MAIS USADAS PARA ALGUNS NOMES:

Substantivos: admiração a, por; atentado a, contra; aversão a, para,


por; avidez por; bacharel em; capacidade de, para; devoção a, por; doutor
em; dúvida acerca de, em, sobre; horror a; impaciência com; ojeriza a, por;
respeito a, com, para com.
Adjetivos: acessível a; acostumado com, a; afável com, para com;
agradável a; alheio a; análogo a; ansioso de, por; apto a, para; ávido de, por;

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benéfico a; capaz de, para; compatível com; contemporâneo de, a; contíguo a;


entendido em; hábil em; habituado a; indeciso em, para; liberal com; morador
em; nocivo a, para; parco de, em; preferível a; prejudicial a; propício a;
próximo a, de; residente em; semelhante a; sensível a, com; sito em; suspeito
de; socorrido em; vazio de

CRASE

Para finalizar, separei um quadro com um resumo do uso da crase:

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A cultura brasileira em tempos de utopia

Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram


as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década
de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar
aspectos da tradição com temas e formas de expressão modernas.
No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio,
40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes
populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa
publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto
escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da
linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura
erudita.
Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João
Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a
interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que
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dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento


das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para
melhor expressar o “Brasil moderno”.
Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre
a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de
buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros
e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura
engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e
do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num

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processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da


moderna música popular brasileira, a MPB.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino
médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738)

01. (TRT - 1ª REGIÃO/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FCC) As


expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as
lacunas da seguinte frase:
a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico
...... todos queriam alcançar e se realizar.
b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões
políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente
mergulhou.
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera
política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o
novo presidente da República.
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos
lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já
fora reconhecido.
e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a
capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.
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Comentário: sabendo que o “onde” só pode ser usado para indicar lugar e
que o uso de “em cujo” está condicionado à regência verbal ou nominal que
exija a preposição “em”, vamos às alternativas, completando as lacunas para
encontrarmos a resposta correta para a questão, que pede o preenchimento
com “onde” e “em cujo”:
a) AONDE iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso
artístico QUE todos queriam alcançar e se realizar. – AONDE indica movimento.
O verbo alcançar não rege preposição, por isso temos “que todos queriam
alcançar”, sem preposição antes do relativo “que”.
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b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ONDE se viviam algumas tensões


políticas, o filme provocou um grande debate, EM CUJO calor muita gente
mergulhou. – ONDE indicando lugar estático. O verbo “mergulhar”
metaforicamente rege a preposição “em”, mergulhar em + o = no calor do
debate. EIS A RESPOSTA CORRETA!
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, QUANDO a
atmosfera política propiciaria um período de realizações DE QUE o maior
responsável seria o novo presidente da República. – QUANDO é a conjunção
que indica tempo e está retomando “no ano de 1955”. Quem é responsável é
de ou por alguma coisa. Por uma questão de eufonia, o “de” foi usado antes
do relativo “que”.
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme QUE Nelson Pereira dos Santos
lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, CUJO valor já
fora reconhecido. – O relativo “que” retoma “filme”, isso sem preposição, pois
o verbo “lançar” é VTD. O relativo “cujo” foi usado sozinho, pois o verbo
“reconhecer” não rege preposição.
e) O Rio era uma cidade QUE muitos buscavam para viver melhor, a
capital EM CUJO esplendor todos os cariocas se orgulhavam. – O relativo “que”
está retomando “Rio”, isso sem preposição, pois o verbo “buscar” é VTD. “Em
cujo” foi usado preposicionado pela regência do verbo “orgulhar” de ou em
alguma coisa.
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GAABARITO: B

Atenção: Para responder a questão considere o texto abaixo.

No campo da técnica e da ciência, nossa época produz milagres todos os


dias. Mas o progresso moderno tem amiúde um custo destrutivo, por exemplo,
em danos irreparáveis à natureza, e nem sempre contribui para reduzir a
pobreza.

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A pós-modernidade destruiu o mito de que as humanidades humanizam.


Não é indubitável aquilo em que acreditam os filósofos otimistas, ou seja, que
uma educação liberal, ao alcance de todos, garantiria um futuro de liberdade e
igualdade de oportunidades nas democracias modernas. George Steiner, por
exemplo, afirma que “bibliotecas, museus, universidades, cenros de
investigação por meio dos quais se transmitem as humanidades e as ciências
podem prosperar nas proximidades dos campos de concentração”. “O que o
elevado humanismo fez de bom para as massas oprimidas da comunidade?
Que utilidade teve a cultura quando chegou a barbárie?”
Numerosos trabalhos procuraram definir as características da cultura no
contexto da globalização e da extraordinária revolução tecnológica. Um deles é
o de Gilles Lipovetski e Jean Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se a ideia
de uma cultura global - a cultura-mundo - que vem criando, pela primeira
vez na história, denominadores culturais dos quais participam indivíduos dos
cinco continentes, aproximando-os e igualando-os apesar das diferentes
tradições e línguas que lhes são próprias.
Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio da imagem e do som
sobre a palavra, ou seja, com a tela. A indústria cinematográfica, sobretudo a
partir de Hollywood, “globaliza” os filmes, levando-os a todos os países, a
todas as camadas sociais. Esse processo se acelerou com a criação das redes
sociais e a universalização da internet.
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Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um individualismo


extremo em todo o globo. Contudo, a publicidade e as modas que lançam e
impõem os produtos culturais em nossos tempos são um obstáculo a
indivíduos independentes.
O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura em sentido
estrito, ou se nos referimos a coisas completamente diferentes quando
falamos, por um lado, de uma ópera de Wagner e, por outro, dos filmes de
Hitchcock e de John Ford.

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A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa-


do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam
transcender o tempo presente, continuar vivos nas gerações futuras, ao passo
que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e
desaparecer. Cultura é diversão, e o que não é divertido não é cultura.
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo.
Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook)

02. (TRF - 4ª REGIÃO – 2014 – Técnico Judiciário – FCC)


Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre parênteses, o
sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado em:
a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos)
(2º parágrafo)
b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - (ciências
humanas) (2º parágrafo)
c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social) (4º parágrafo)
d)... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma coisa
completamente diferente) (6º parágrafo)
e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos
independentes) (5º parágrafo)

Comentário: 09469404360

Alternativa A – ERRADA. Nunca usamos crase antes de verbo.


Alternativa B – ERRADA. Para ocorrer crase, o verbo deve reger o uso da
preposição “a” que irá aglutinar-se com o artigo “a(s)” da palavra feminina que
vem a seguir, o que não é o caso, pois o verbo “transmitir”, quando for alguma
coisa, como “ciências humanas” é VTD, não rege preposição.
Alternativa C – ERRADA. Não se usa crase antes de pronome indefinido,
pois ele não admite artigo anterior.
Alternativa D – ERRADA. Não se usa crase antes de artigo indefinido.

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Alternativa E – CORRETA. A crase vai ocorrer pela aglutinação da


preposição “a” exigida pela regência do nome “obstáculos” e o artigo feminino
que acompanha o substantivo feminino “criação”. A prep. + A artigo = à.
GABARITO: E

Leia com atenção o verbete abaixo, transcrito do Dicionário de


comunicação, e as assertivas que o seguem.

Responsabilidade social

• (mk,rp) Adoção, por parte da empresa ou de qualquer instituição, de


políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis, por meio de
valores e exemplos que influenciam os diversos segmentos das comunidades
impactadas por essas ações. O conceito de responsabilidade social
fundamenta-se no compromisso de uma organização dentro de um
ecossistema, onde sua participação é muito maior do que gerar empregos,
impostos e lucros. Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente de forma
absolutamente responsável e ética, inter-relacionando-se com o equilíbrio
ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social. Do
ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as
expectativas dos diferentes segmentos ligados à empresa: consumidores,
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empregados, fornecedores, redes de venda e distribuição, acionistas e


coletividade. Do ponto de vista ético, a organização que exerce sua
responsabilidade social procura respeitar e cuidar da comunidade, melhorar a
qualidade de vida, modificar atitudes e comportamentos através da educação e
da cultura, conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade, gerar uma
consciência nacional para integrar desenvolvimento e conservação, ou seja,
promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.
Diz-se tb. responsabilidade social corporativa ou RSC. V. ecossistema
social, ética corporativa, empresa cidadã e marketing social.

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(BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos Alberto. 2.ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2001 − 10a reimpressão, p. 639-40)

03. (TRT - 16ª REGIÃO/MA – 2014 – Analista Judiciário – FCC) O


segmento do verbete que apresenta descuido quanto à regência é:
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente
responsáveis.
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-
se com o equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o
equilíbrio social.
c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar
e cuidar da comunidade.
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...]
conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade.
e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...]
promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.

Comentário: todas as alternativas estão corretas, com exceção da C.


Atenção, pois o uso da conjunção “e” está irmanando, ou seja, colocando como
iguais os verbos “respeitar” e “cuidar”. O problema é que a regência desses
dois verbos não é a mesma e apenas a do verbo “cuidar” foi respeitada no
paralelismo: “cuidar de+a = da comunidade”. Como resolver o problema?
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Temos que dissociar os dois verbos, assim: ... procura respeitar a comunidade
e cuidar dela. Dessa forma, a gerência do verbo “respeitar”, que não pede
preposição (o “a” é artigo de “comunidade) e a do verbo “Cuidar”, que rege a
preposição “de”, estarão respeitadas. Questão muito boa!
GABARITO: C

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Vitalino
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A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de


cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que
Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como
os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças,
jacarés. Depois gente ...
Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos
simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições
de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura.
Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão
de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc.
Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não
está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o
Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido
encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo,
Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem
entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também
os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.
Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de
Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente
certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está
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bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu
papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa que
se dê com mais prazer.
Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a
maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe
doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar
afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver
onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima
de minhas forças.

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(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481)

*plasmar = moldar, modelar


*plástica = arte de plasmar; forma do corpo
*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório

04. (AL-PE – 2014 – Agente Legislativo – FCC) Vitalino começou, aos


seis anos, a modelar suas figurinhas de barro, à ...... .
O segmento que completa a lacuna da frase acima, corretamente
introduzido pelo à, com o sinal indicativo de crase, é:
a) exemplo daquelas que sua mãe fazia.
b) partir dos modelos criados por sua mãe.
c) que dava verdadeiros contornos artísticos.
d) seu estilo característico de artesão nordestino.
e) imitação dos bichos que via no terreiro.

Comentário: vamos analisar cada alternativa:


Alternativa A – não existe crase antes de palavra masculina.
Alternativa B – não existe crase antes de verbos.
Alternativa A – não existe crase antes do pronome relativo “que”.
Alternativa A – não existe crase antes de palavra masculina, “seu estilo” é
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masculino.
Alternativa A – aqui a crase ocorre pois “à imitação” forma uma expressão
adverbial feminina, é o modo como Vitalino modelava suas figurinhas.
GABARITO: E

Leia:

...... música sertaneja agregou-se outro gênero, o country, ......


característica marcante é inserir o meio de vida rural no cenário urbano. As

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origens do country, por sua vez, são múltiplas e se estendem das melodias
celtas, provenientes da Europa, ...... da tradição gospel norte-americana, além
de fazer uso de instrumentos como o bandolim, proveniente da Itália, e o
banjo africano.

05. (METRÔ-SP – 2014 – Assistente Administrativo Júnior – FCC)


Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está
em:
a) A – cuja – às
b) A – a qual – a
c) À – a qual – a
d) À - cuja – às
e) À – cuja – as

Comentário: o verbo “agregar” é VTI: agrega-se a alguma coisa. (OI –


uso da preposição “a”). Sendo assim, O Country agregou-se à música
sertaneja (com crase). Tal análise já exclui as alternativas A e B. A segunda
lacuna deve ser preenchida por um pronome relativo que irá retomar “música
sertaneja” sem auxílio de preposição, pois o verbo em questão é o “ser”, de
ligação, que não pede preposição. No saco, será usado o relativo “cuja”.
Eliminamos a alternativa C. A alternativa correta será a D, pois o substantivo
feminino “melodias” está subentendido antes de “da tradição gospel”, mas,
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mesmo escondido, a crase deve existir: “estendem das melodias celtas ... às
(melodias) da tradição gospel norte-americana”. O que se estende é disso a
aquilo, de uma coisa a outra. A preposição é exigida pelo VTDI “estender” para
aglutinar-se com o artigo “as”, formando a crase.
GABARITO: D

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06. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2014 - Técnico Judiciário – FCC) Quando


se dizia "livro", todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de
folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro, nas quais se gravavam
a tinta palavras ou imagens. (3º parágrafo)
A expressão acima destacada é equivalente à sublinhada na seguinte
frase:
a) As janelas sob as quais foram gravadas as cenas eram pintadas de
verde.

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b) As folhas rubricadas, as quais entreguei à secretária, foram anexadas


ao prontuário.
c) As urnas em que foram depositados os votos foram lacradas pela
diretoria do clube.
d) Os rapazes de quem foram gravados os depoimentos foram
entrevistados ontem.
e) O livro de onde retirei a citação está emprestado.

Comentário: observe que a questão pede que você encontre nas


alternativas a mesma regência de “folhas encadernadas .... nas quais se
gravavam”. Sabemos que “nas quais” é uma expressão anafórica que retoma
“folhas encadernadas”, o “nas” é a aglutinação da preposição “em” (exigida
pela regência do verbo “gravar”) e o artigo feminino “as” de “folhas”. Então,
temos que buscar a alternativa que traz a preposição “em” exigida por
regência verbal. A única alternativa que traz a preposição em questão é a C:
“As urnas em que foram depositados...”, o verbo “depositar” rege a preposição
“em”.
GABARITO: C

07. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2014 - Técnico Judiciário – FCC)


Observadas a regência e a flexão verbal, está correta a seguinte frase:
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a) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensou que, se


expusesse com calma seus motivos, poderia obter sua concordância.
b) A casa que, na época, nos instalamos era a que podíamos pagar, mas
tínhamos um pacto: se todos se mantessem firmes em seus empregos,
moraríamos melhor.
c) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assinados e requis
transferência para outro setor da administração.
d) Dizem que é ele que obstroi a discussão, por isso, para defender-se,
aludiu o nome do responsável pelo atraso.

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e) Medio, sim, seu encontro com esse advogado mais experiente, pois sei
como você está temeroso pelo poder de argumentação do promotor

Comentário: vamos analisar cada alternativa, corrigindo as falhas


encontradas:
a) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensou que, se
expusesse com calma seus motivos, poderia obter sua concordância. –
CORRETA.
b) A casa (EM) que, na época, nos instalamos era a que podíamos pagar,
mas tínhamos um pacto: se todos se mantessem (MANTIVESSEM) firmes em
seus empregos, moraríamos melhor.
c) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assinados e requis
(REQUEREU) transferência para outro setor da administração.
d) Dizem que é ele que obstroi (OBSTRUI) a discussão, por isso, para
defender-se, aludiu (AO) o nome do responsável pelo atraso.
e) Medio (MEDEIO), sim, seu encontro com esse advogado mais
experiente, pois sei como você está temeroso pelo poder de argumentação do
promotor.
GABARITO: A

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08. (SABESP – 2014 – Advogado – FCC) Para chegar a esta conclusão,


os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga
cidade de Tikal, na Guatemala.

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O a empregado na frase acima, imediatamente depois de chegar, deverá


receber o sinal indicativo de crase caso o segmento grifado seja substituído
por:
a) uma tal ilação
b) afirmações como essa
c) comprovação dessa assertiva
d) emitir uma opinião desse tipo
e) semelhante resultado

Comentário: o “a” logo após o verbo “chegar” é preposição exigida pela


regência verbal. Para haver crase, é preciso que a palavra que vier a seguir
seja feminina singular, ou seja, não pode ser a alternativa A, pois o “uma” é
artigo indefinido e não admite crase antes. Não pode ser a alternativa B, pois
“afirmações” está no plural, nem a alternativa D, pois “emitir” é verbo, muito
menos a alternativa E, pois “semelhante” é palavra masculina. Ficamos então
com a alternativa C, pois “comprovação” é palavra feminina.
GABARITO: C

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09. (TRF - 3ª REGIÃO - 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Quando a


embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das
sereias... (4º parágrafo).
Sem prejuízo para a correção e o sentido original, o segmento grifado
acima pode ser corretamente substituído por:
a) à qual
b) em que
c) cuja
d) a que
e) da que

Comentário: o pronome relativo “que” pode corresponder a “o qual”, na


forma feminina “a qual”, se o referente for masculino plural, temos “os quais”
e se for feminino “as quais”. Essas formas flexionadas do pronome relativo
concordam sempre com o antecedente. No caso da oração: “Quando a
embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das
sereias...”, o “na qual” corresponde à forma "em que", usando a preposição
“em” regida pelo verbo “navegava”. Sendo assim, a resposta correta é a
alternativa B.
GABARITO: B

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10. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Está


redigida com clareza e em consonância com as regras da gramática normativa
a seguinte frase:
a) Queremos, ou não, ele será designado para dar a palavra final sobre a
polêmica questão, que, diga-se de passagem, tem feito muitos exitarem em se
pronunciar.
b) Consultaram o juíz acerca da possibilidade de voltar atraz na suspensão
do jogador, mas ele foi categórico quanto a impossibilidade de rever sua
posição.
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c) Vossa Excelência leu o documento que será apresentado em rede


nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da
Educação?
d) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada positiva para o
público jovem que estava presente, de que se desculparam os idealizadores do
programa.
e) Estudantes e professores são entusiastas de oferecer aos jovens
ingressantes no curso o compartilhamento de projetos, com que serão também
autores.

Comentário: vejamos cada alternativa, marcando o que estiver errado e


fazendo as correções necessárias:
a) Queremos (querendo – indicando possibilidade), ou não, ele será
designado para dar a palavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de
passagem, tem feito muitos exitarem (hesitarem – ficarem indecisos) em se
pronunciar.
b) Consultaram o juiz (juiz - sem acento) acerca da possibilidade de voltar
atraz (atrás) na suspensão do jogador, mas ele foi categórico quanto a (à –
crase da junção preposição “a” com o artigo feminino de “impossibilidade”)
impossibilidade de rever sua posição.
c) Vossa Excelência leu o documento que será apresentado em rede
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nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da


Educação? – ALTERNATIVA CORRETA.
d) A reportagem sobre fascínoras (facínoras) famosos não foi nada
positiva para o público jovem que estava presente, de que se desculparam os
idealizadores do programa.
e) Estudantes e professores são entusiastas de (entusiastas em) oferecer
aos jovens ingressantes no (ingressantes ao) curso o compartilhamento de
projetos, com (de - autor de alguma coisa) que serão também autores.
GABARITO: C

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11. (TRF - 3ª REGIÃO – 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Leia:

O barulho é um som de valor negativo, uma agressão ao silêncio ou


simplesmente à tranquilidade necessária à vida em comum. Causa um
incômodo àquele que o percebe como um entrave a seu sentimento de
liberdade e se sente agredido por manifestações que não controla e lhe são
impostas, impedindo- o de repousar e desfrutar sossegadamente de seu
espaço. Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma
distorção da comunicação em razão da qual as significações se perdem e são
substituídas por uma informação parasita que provoca desagrado ou
aborrecimento.
O sentimento do barulho surge quando as sonoridades do ambiente
perdem sua dimensão de sentido e se impõem como uma agressão irritante,
da qual não há como se defender. Mas esse sentimento põe em relevo um
contexto social e a interpretação que o indivíduo faz do ambiente sonoro em
que se encontra. Às vezes o mesmo som é inversamente percebido por outra
pessoa como um invólucro que lhe é indiferente. No limite, o barulho constante
das ruas acaba sendo abafado, ao passo que os excessos sonoros dos vizinhos
são percebidos como indesejáveis e como violações da intimidade pessoal. Os
barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles
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têm um sentido. Quem faz barulho são sempre os outros.


O sentimento do barulho se difundiu, sobretudo, com o nascimento da
sociedade industrial - e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada.
O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas com a penetração
ampliada do barulho na vida cotidiana e com uma crescente impotência para
controlar os excessos. À profusão de barulhos produzidos pela cidade, à
circulação incessante dos automóveis, nossas sociedades acrescentam novas
fontes sonoras com os televisores ligados e a música ambiente que toca no
interior das lojas, dos cafés, dos restaurantes, dos aeroportos, como se fosse

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preciso afogar permanentemente o silêncio. Nesses lugares troca-se a palavra


por um universo de sons que ninguém escuta, que enervam às vezes, mas que
teriam o benefício de emitir uma mensagem tranquilizante. Antídoto ao medo
difuso de não se ter o que dizer, infusão acústica de segurança cuja súbita
ruptura provoca um desconforto redobrado, a música ambiente tornou-se uma
arma eficaz contra certa fobia do silêncio. Esse persistente universo sonoro
isola as conversas particulares ou encobre os devaneios, confinando cada um
em seu espaço próprio, equivalente fônico dos biombos que encerram os
encontros em si mesmos, criando uma intimidade pela interferência sonora
assim forjada em torno da pessoa.
Nossas cidades são particularmente vulneráveis às agressões sonoras; o
barulho se propaga e atravessa grandes distâncias. As operações de liquidação
do silêncio existem em abundância e sitiam os lugares ainda preservados,
incultos, abandonados à pura gratuidade da meditação e do silêncio. A
modernidade assinala uma tentativa difusa de saturação do espaço e do tempo
por uma emissão sonora sem fim. Pois, aos olhos de uma lógica produtiva e
comercial, o silêncio não serve para nada, ocupa um tempo e um espaço que
poderiam se beneficiar de um uso mais rentável.
(LE BRETON, David. O Estado de S. Paulo, Aliás, 2 de junho de 2013, com adaptações)

Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma distorção


da comunicação em razão da qual as significações se perdem... (1º parágrafo)
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A expressão que substitui corretamente o segmento grifado, sem


alteração do sentido original, deverá ser:
a) por cujo motivo
b) durante o que
c) mediante o que
d) em vista disso
e) a fim de que

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Comentário: Ao analisarmos a expressão “em razão da qual”, a fim de


fazer a substituição mantendo o sentido original da frase, vemos que “razão”
pode ser substituída por “motivo”, e que as expressões “do qual, da qual”
equivalem a “cujo, cuja”. A alternativa correta, então, é a letra A.
GABARITO: A

12. (TRT - 19ª Região/AL – 2014 – Analista Judiciário – FCC) Leia:

O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro


começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando
para trás a fronteira com a China.
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da
Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o
transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair
em desuso, seis séculos atrás.
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente
preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos
trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando
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Xi'an - cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de


terracota - era a capital da China.
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China,
viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e
então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio
e além.
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à
medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da

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China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na


direção da costa.
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos
trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por
isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país.
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos
de Shenzhen ou Xangai - e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o
canal de Suez - é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz
esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o
trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável.
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora
algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno
boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das
temperaturas que podem atingir 40 °C negativos.
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)

... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...

O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da


frase acima está em:
a) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
b) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média.
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c) ... viajavam por cordilheiras...


d) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
e) O maquinista empurra a manopla do acelerador.

Comentário: o verbo da oração “... que acompanham as fronteiras


ocidentais chinesas...”, “acompanham”, é transitivo direto, ou seja, pede
complemento sem uso de preposição. A alternativa quer que identificamos
outro VTD, vejamos:

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A – foi = verbo de ligação


B – floresceram – verbo intransitivo
C – viajar – verbo intransitivo acompanhado de um adjunto adverbial.
D – cair em desuso – expressão idiomática em que o verbo cair
funciona como um verbo transitivo direto.
E – empurra – verbo transitivo direto. EIS O GABARITO!
GABARITO: E

13. (TRT - 19ª Região/AL – 2014 – Analista Judiciário – FCC) Leia:

De que forma o conhecimento da cultura renascentista pode auxiliar no


entendimento do presente?
A história da cultura renascentista ilustra com clareza o processo de
construção cultural do homem moderno e da sociedade contemporânea. Nela
se manifestam, já muito dinâmicos e predominantes, os germes do
individualismo, do racionalismo e da ambição ilimitada, típicos de
comportamentos mais imperativos e representativos do nosso tempo. Ela
consagra a vitória da razão abstrata, que é a instância suprema de toda a
cultura moderna, versada no rigor das matemáticas que passarão a reger os
sistemas de controle do tempo e do espaço. Será essa mesma razão abstrata
que estará presente na própria constituição da chamada identidade nacional.
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Ela é a nova versão do poder dominante e será consubstanciada no Estado


Moderno, entidade controladora e disciplinadora por excelência, que impõe à
sociedade um padrão único, monolítico e intransigente. Isso,
contraditoriamente, fará brotar um anseio de liberdade e autonomia do
espírito, certamente o mais belo legado do Renascimento à atualidade.

Como explicar a pujança do Renascimento, surgido em continuidade à


miséria, à opressão e ao obscurantismo do período medieval?

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O Renascimento assinala o florescimento de um longo processo de


produção, circulação e acumulação de recursos econômicos, desencadeado
desde a Baixa Idade Média. São os excedentes dessa atividade crescente em
progressão maciça que serão utilizados para financiar, manter e estimular uma
ativação econômica. Surge assim a sociedade dos mercadores, organizada por
princípios como a liberdade de iniciativas, a cobiça e a potencialidade do
homem, compreendido como senhor da natureza, destinado a dominá-la e a
submetê-la à sua vontade. O Renascimento, portanto, é a emanação da
riqueza e seus maiores compromissos serão para com ela.
(Adaptado de: SEVCENKO, Nicolau. O renascimento. São Paulo: Atual; Campinas:
Universidade Estadual de Campinas, 1982. p. 2 e 3)

O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem prejuízo


para a correção e o sentido original do texto, em:
a) ... à opressão e ao obscurantismo...
b) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade.
c) ... em continuidade à miséria...
d) ... e a submetê-la à sua vontade.
e) ... que impõe à sociedade um padrão único...

Comentário: vamos analisar cada alternativa:


a) ... à opressão e ao obscurantismo... – a crase aqui deve ser mantida
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antes da palavra feminina “opressão”.


b) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade. – o nome
“legado” rege a preposição “a”, legado a alguém ou a alguma coisa. Sendo
assim, a crase deve ser mantida.
c) ... em continuidade à miséria... - a crase aqui deve ser mantida antes
da palavra feminina “miséria”.
d) ... e a submetê-la à sua vontade. – diante do pronome possessivo o
uso da crase é facultativo, pode ser retirada sem o menor prejuízo.

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e) ... que impõe à sociedade um padrão único... a crase aqui deve ser
mantida antes da palavra feminina “sociedade”.
GABARITO: D

14. (TRT - 19ª Região/AL – 2014 – Analista Judiciário – FCC)


Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco me- tros do professor, sem
grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tardes passava perambulando de
uma praça ...... outra, lendo algum livro, percebendo, vez ou outra, o
comportamento dos outros, entregue somente ...... discrição de si mesmo.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:


a) a - às - à – a
b) à - as - a – à
c) a - as - à – a
d) à - às - a – à
e) a - às - a – a

Comentário: vou preencher as lacunas numerando-as para comentar


depois:
Sentava-se mais ou menos à (1) distância de cinco metros do professor,
sem grande interesse. Estudava de manhã, e às (2) tardes passava
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perambulando de uma praça a (3) outra, lendo algum livro, percebendo, vez
ou outra, o comportamento dos outros, entregue somente à (4) discrição de si
mesmo.
(1) Usa-se crase antes da palavra “distância” quando ela for determinada.
(2) Usa-se crase em expressões adverbiais femininas.
(3) Não se usa crase se antes de termo indefinido.
(4) Uso da crase pela regra geral: o verbo “entregar” rege uso da
preposição “a” que aglutina-se com o artigo feminino que acompanha o
substantivo “discrição”.

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GABARITO: D

15. (TRE-RO - 2013 – Analista Judiciário – FCC) Considere o texto


abaixo para responder a questão.
Pintor, gravador e vitralista, Marc Chagall estudou artes plásticas na
Academia de Arte de São Petersburgo. Seguindo para Paris em 1910, ligou-se
aos poetas Blaise Cendrars, Max Jacob e Apollinaire - e aos pintores Delaunay,
Modigliani e La Fresnay.
A partir daí, trabalhou intensamente para integrar o seu mundo de
reminiscências e fantasias na linguagem moderna derivada do fauvismo e do
cubismo.
Na década de 30, o clima de perseguição e de guerra repercute em sua
pintura, onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. Em 1941,
parte para os EUA, onde sua esposa falece (1944). Chagall mergulha, então,
em um período de evocações, quando conclui o quadro "Em torno dela", que
se tornou uma síntese de todos os seus temas.
(Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marc-chagall.html)

... quando conclui o quadro “Em torno dela”...

O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o


grifado acima está em:
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a) ... Marc Chagall estudou artes plásticas na Academia de Arte de São


Petesburgo.
b) A partir daí, trabalhou intensamente para...
c) o clima de perseguição e de guerra repercute em sua pintura...
d) ... onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos.
e) Em 1941, parte para os EUA...

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Comentário: o verbo “concluir” destacado na oração do enunciado é um


verbo transitivo direto e, obviamente, pede como complemento um objeto
direto. A questão quer que achemos a alternativa que traga um verbo que
pede o mesmo tipo de complemento. Vejamos:
a) ... Marc Chagall estudou artes plásticas na Academia de Arte de São
Petesburgo. – estudou o quê? Artes plásticas. Verbo usado como transitivo
direto, complemento sem preposição. EIS O NOSSO GABARITO!
b) A partir daí, trabalhou intensamente para... – Trabalhou para... verbo
usado com transitivo indireto, complemento introduzido pela preposição
“para”.
c) o clima de perseguição e de guerra repercute em sua pintura... –
verbo transitivo indireto, introduz complemento pela conjunção “em”.
d) ... onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. – verbo
intransitivo, não pede complemento.
e) Em 1941, parte para os EUA... – verbo transitivo indireto, pede
complemento indireto, introduzido pela preposição “em”.
GABARITO: A

16. (TRT - 5ª Região/BA – 2014 – Técnico Judiciário – FCC)


Considere o texto abaixo:

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Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de retomada que se


segue a uma devastadora crise na produção brasileira. E o motor dessa
retomada é o cacau fino. (1º parágrafo)

Mantém-se a correção do trecho acima, substituindo-se


I. os dois-pontos por ponto e vírgula.
II. “E” por uma vírgula seguida de cujo, fazendo-se a devida adaptação de
maiúsculas e minúsculas.
III. “a uma devastadora” por “à devastadora”.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) I.

Comentário: vamos analisar:


I. os dois-pontos por ponto e vírgula. – CORRETA. O ponto e vírgula cria
uma pausa maior, mas o fluxo das ideias é mantido.
II. “E” por uma vírgula seguida de cujo, fazendo-se a devida adaptação de
maiúsculas e minúsculas. – ERRADA. Teríamos um erro gramatical, pois logo
após “cujo” teríamos um artigo e não podemos usar artigo nem antes, nem
depois do pronome “cujo”.
III. “a uma devastadora” por “à devastadora”. – CORRETA. O que impede
a formação da crase é justamente o “uma”, uma vez retirado, a crase é
formada.
GABARITO: D

17. (AL/RN – 2013 – Analista Legislativo – FCC) Está correta a


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regência nominal e verbal em:


a) O velho jornalista sempre aspirara aquele cargo, pois tinha de objetivo
poder reestruturar a redação dos jornais impresso e on-line.
b) Lembrou-se de que o amigo gostaria de ter realizado a nova
programação, mas isso não lhe fora possível devido às suas condições de
saúde.
c) Teria sido necessário informar-lhe dos códigos de programação e das
regras que regem o uso das rimas em língua portuguesa.

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d) O juiz isentou-lhe da culpa, uma vez que se constatou que ele não
tivera participação nos acontecimentos daquela tarde esportiva.
e) Tivera muitas dúvidas em relação que profissão deveria seguir, mas
descobriu, ao conhecer as linguagens JAVA e HTML, que gostaria mesmo ser
um programador.

Comentário: observando a regência, vamos analisar cada alternativa,


marcando os erros e propondo a correção:
a) O velho jornalista sempre aspirara aquele (aspirar no sentido de
desejar rege a preposição “a” – aspirara àquele) cargo, pois tinha de (o verbo
“ter” não rege preposição – tinha o objetivo) objetivo poder reestruturar a
redação dos jornais impresso e on-line.
b) Lembrou-se de que o amigo gostaria de ter realizado a nova
programação, mas isso não lhe fora possível devido às suas condições de
saúde. – CORRETA.
c) Teria sido necessário informar-lhe dos códigos (temos aqui dois objetos
indiretos, o que não pode acontecer. Temos duas opções: informa-lo(OD) dos
códigos(OI) ou informar-lhe (OI) os códigos (OD)) de programação e das
regras que regem o uso das rimas em língua portuguesa.
d) O juiz isentou-lhe (isentar alguém da culpa - isentou-o da culpa) da
culpa, uma vez que se constatou que ele não tivera participação nos
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acontecimentos daquela tarde esportiva.


e) Tivera muitas dúvidas em relação (faltou a preposição “a” - em relação
a) que profissão deveria seguir, mas descobriu, ao conhecer as linguagens
JAVA e HTML, que gostaria mesmo (de) ser um programador.
GABARITO: B

18. (TRT - 18ª Região/GO – 2013 – Analista Judiciário – FCC) O


sinal indicativo de crase está empregado corretamente na frase

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a) As origens da poesia amorosa italiana geram controvérsias; as opiniões


diferem conforme se dá mais relevo à novidade do conteúdo ou à novidade da
forma artística.
b) No século XVI, a literatura italiana antecipou-se à todas as outras
literaturas europeias, criando novos gêneros e formas de expressão.
c) Com os mestres de Dante, começa a poesia amorosa; Dante e Petrarca
à continuam e Boccaccio fornece a ela novo requinte psicológico.
d) Com a enorme influência da literatura francesa medieval não pode ser
comparada à da literatura italiana do século XVI.
e) As famílias florentinas dos Bardi e Peruzzi, comerciantes de lã,
chegaram à conceder vultosos empréstimos à outras nações.

Comentário: a alternativa A é a única correta. Vejamos o erro das outras:


b) No século XVI, a literatura italiana antecipou-se à todas as outras
literaturas europeias, criando novos gêneros e formas de expressão. – Não se
usa crase antes de pronome indefinido muito menos no plural.
c) Com os mestres de Dante, começa a poesia amorosa; Dante e Petrarca
à continuam e Boccaccio fornece a ela novo requinte psicológico. – Não se usa
crase antes de verbo.
d) Com a enorme influência da literatura francesa medieval não pode ser
comparada à da literatura italiana do século XVI. – Se a preposição “a” vier
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seguida de outra preposição, não há crase.


e) As famílias florentinas dos Bardi e Peruzzi, comerciantes de lã,
chegaram à conceder vultosos empréstimos à outras nações. – Não se usa
crase antes de verbo.
GABARITO: A

19. (TRT - 18ª Região/GO – 2013 – Analista Judiciário – FCC) Leia:

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Preenchem corretamente as lacunas dos versos acima, na ordem dada:

a) à - a - à
b) a - à - a
c) a - a - à
d) à - à - a
e) a - à – à

Comentário:
Primeira lacuna: feita a capricho – Não há crase, pois a expressão
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adverbial é masculina, o “a” é apenas preposição.


Segunda lacuna: entregues à velha mãe – Crase da aglutinação da
preposição “a” exigida pela regência do verbo “entregar” e o artigo que
acompanha “velha mãe”.
Terceira lacuna: folhas murchas a que se misturavam... – o “a” é apenas
preposição regida pelo verbo “misturar”.
GABARITO: B

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20. (TRT - 12ª Região/SC 2013 – Técnico Judiciário – FCC) Leia:

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem sensível à beleza


fugaz deste mundo.

A crase empregada acima pode ser corretamente mantida caso, sem


qualquer outra alteração da frase, o segmento sublinhado seja substituído por:
a) efêmera graciosidade das formas.
b) tudo o que é fugazmente formoso.
c) muitas formas belas e efêmeras.
d) toda sorte de formas belas e fugazes.
e) determinada categoria de beleza.

Comentário: para substituir a expressão “beleza fugaz deste mundo” e a


crase ser mantida, é preciso que a palavra que seguir a preposição deve ser
feminina, como a alternativa A, sensível à efêmera graciosidade das formas.
As outras alternativas não poderiam ser a resposta, pois não se usa crase
antes de pronome indefinido (tudo, muitas, toda, determinada).
Na dúvida, substitua o elemento feminino por um masculino para ver se
aparece “ao”, se aparecer, com a forma feminina a crase existirá!
GABARITO: A
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram


as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década
de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar
aspectos da tradição com temas e formas de expressão modernas.
No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio,
40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes
populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa
publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto
escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da
linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura
erudita.
Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João
Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a
interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que
dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento
das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para
melhor expressar o “Brasil moderno”.
Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre
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a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de


buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros
e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura
engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e
do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num
processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da
moderna música popular brasileira, a MPB.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino
médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738)

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01. (TRT - 1ª REGIÃO/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FCC) As


expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as
lacunas da seguinte frase:
a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico
...... todos queriam alcançar e se realizar.
b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões
políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente
mergulhou.
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera
política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o
novo presidente da República.
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos
lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já
fora reconhecido.
e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a
capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

Atenção: Para responder a questão considere o texto abaixo.

No campo da técnica e da ciência, nossa época produz milagres todos os


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dias. Mas o progresso moderno tem amiúde um custo destrutivo, por exemplo,
em danos irreparáveis à natureza, e nem sempre contribui para reduzir a
pobreza.
A pós-modernidade destruiu o mito de que as humanidades humanizam.
Não é indubitável aquilo em que acreditam os filósofos otimistas, ou seja, que
uma educação liberal, ao alcance de todos, garantiria um futuro de liberdade e
igualdade de oportunidades nas democracias modernas. George Steiner, por
exemplo, afirma que “bibliotecas, museus, universidades, cenros de
investigação por meio dos quais se transmitem as humanidades e as ciências

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podem prosperar nas proximidades dos campos de concentração”. “O que o


elevado humanismo fez de bom para as massas oprimidas da comunidade?
Que utilidade teve a cultura quando chegou a barbárie?”
Numerosos trabalhos procuraram definir as características da cultura no
contexto da globalização e da extraordinária revolução tecnológica. Um deles é
o de Gilles Lipovetski e Jean Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se a ideia
de uma cultura global - a cultura-mundo - que vem criando, pela primeira
vez na história, denominadores culturais dos quais participam indivíduos dos
cinco continentes, aproximando-os e igualando-os apesar das diferentes
tradições e línguas que lhes são próprias.
Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio da imagem e do som
sobre a palavra, ou seja, com a tela. A indústria cinematográfica, sobretudo a
partir de Hollywood, “globaliza” os filmes, levando-os a todos os países, a
todas as camadas sociais. Esse processo se acelerou com a criação das redes
sociais e a universalização da internet.
Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um individualismo
extremo em todo o globo. Contudo, a publicidade e as modas que lançam e
impõem os produtos culturais em nossos tempos são um obstáculo a
indivíduos independentes.
O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura em sentido
estrito, ou se nos referimos a coisas completamente diferentes quando
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falamos, por um lado, de uma ópera de Wagner e, por outro, dos filmes de
Hitchcock e de John Ford.
A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa-
do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam
transcender o tempo presente, continuar vivos nas gerações futuras, ao passo
que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e
desaparecer. Cultura é diversão, e o que não é divertido não é cultura.
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo.
Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook)

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02. (TRF - 4ª REGIÃO – 2014 – Técnico Judiciário – FCC)


Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre parênteses, o
sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado em:
a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos)
(2º parágrafo)
b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - (ciências
humanas) (2º parágrafo)
c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social) (4º parágrafo)
d)... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma coisa
completamente diferente) (6º parágrafo)
e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos
independentes) (5º parágrafo)

Leia com atenção o verbete abaixo, transcrito do Dicionário de


comunicação, e as assertivas que o seguem.

Responsabilidade social

• (mk,rp) Adoção, por parte da empresa ou de qualquer instituição, de


políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis, por meio de
valores e exemplos que influenciam os diversos segmentos das comunidades
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impactadas por essas ações. O conceito de responsabilidade social


fundamenta-se no compromisso de uma organização dentro de um
ecossistema, onde sua participação é muito maior do que gerar empregos,
impostos e lucros. Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente de forma
absolutamente responsável e ética, inter-relacionando-se com o equilíbrio
ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social. Do
ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as
expectativas dos diferentes segmentos ligados à empresa: consumidores,
empregados, fornecedores, redes de venda e distribuição, acionistas e

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coletividade. Do ponto de vista ético, a organização que exerce sua


responsabilidade social procura respeitar e cuidar da comunidade, melhorar a
qualidade de vida, modificar atitudes e comportamentos através da educação e
da cultura, conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade, gerar uma
consciência nacional para integrar desenvolvimento e conservação, ou seja,
promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.
Diz-se tb. responsabilidade social corporativa ou RSC. V. ecossistema
social, ética corporativa, empresa cidadã e marketing social.
(BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos Alberto. 2.ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2001 − 10a reimpressão, p. 639-40)

03. (TRT - 16ª REGIÃO/MA – 2014 – Analista Judiciário – FCC) O


segmento do verbete que apresenta descuido quanto à regência é:
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente
responsáveis.
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-
se com o equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o
equilíbrio social.
c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar
e cuidar da comunidade.
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...]
conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade.
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e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...]


promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

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Vitalino

A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de


cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que
Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como
os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças,
jacarés. Depois gente ...
Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos
simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições
de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura.
Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão
de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc.
Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não
está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o
Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido
encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo,
Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem
entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também
os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.
Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de
Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente
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certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está


bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu
papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa que
se dê com mais prazer.
Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a
maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe
doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar
afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver

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onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima
de minhas forças.
(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481)

*plasmar = moldar, modelar


*plástica = arte de plasmar; forma do corpo
*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório

04. (AL-PE – 2014 – Agente Legislativo – FCC) Vitalino começou, aos


seis anos, a modelar suas figurinhas de barro, à ...... .
O segmento que completa a lacuna da frase acima, corretamente
introduzido pelo à, com o sinal indicativo de crase, é:
a) exemplo daquelas que sua mãe fazia.
b) partir dos modelos criados por sua mãe.
c) que dava verdadeiros contornos artísticos.
d) seu estilo característico de artesão nordestino.
e) imitação dos bichos que via no terreiro.

Leia:

...... música sertaneja agregou-se outro gênero, o country, ......


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característica marcante é inserir o meio de vida rural no cenário urbano. As


origens do country, por sua vez, são múltiplas e se estendem das melodias
celtas, provenientes da Europa, ...... da tradição gospel norte-americana, além
de fazer uso de instrumentos como o bandolim, proveniente da Itália, e o
banjo africano.

05. (METRÔ-SP – 2014 – Assistente Administrativo Júnior – FCC)


Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está
em:

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a) A – cuja – às
b) A – a qual – a
c) À – a qual – a
d) À - cuja – às
e) À – cuja – as

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06. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2014 - Técnico Judiciário – FCC) Quando


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se dizia "livro", todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de


folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro, nas quais se gravavam
a tinta palavras ou imagens. (3º parágrafo)
A expressão acima destacada é equivalente à sublinhada na seguinte
frase:
a) As janelas sob as quais foram gravadas as cenas eram pintadas de
verde.
b) As folhas rubricadas, as quais entreguei à secretária, foram anexadas
ao prontuário.
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c) As urnas em que foram depositados os votos foram lacradas pela


diretoria do clube.
d) Os rapazes de quem foram gravados os depoimentos foram
entrevistados ontem.
e) O livro de onde retirei a citação está emprestado.

07. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2014 - Técnico Judiciário – FCC)


Observadas a regência e a flexão verbal, está correta a seguinte frase:
a) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensou que, se
expusesse com calma seus motivos, poderia obter sua concordância.
b) A casa que, na época, nos instalamos era a que podíamos pagar, mas
tínhamos um pacto: se todos se mantessem firmes em seus empregos,
moraríamos melhor.
c) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assinados e requis
transferência para outro setor da administração.
d) Dizem que é ele que obstroi a discussão, por isso, para defender-se,
aludiu o nome do responsável pelo atraso.
e) Medio, sim, seu encontro com esse advogado mais experiente, pois sei
como você está temeroso pelo poder de argumentação do promotor

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08. (SABESP – 2014 – Advogado – FCC) Para chegar a esta conclusão,


os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga
cidade de Tikal, na Guatemala.

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O a empregado na frase acima, imediatamente depois de chegar, deverá


receber o sinal indicativo de crase caso o segmento grifado seja substituído
por:
a) uma tal ilação
b) afirmações como essa
c) comprovação dessa assertiva
d) emitir uma opinião desse tipo
e) semelhante resultado

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09. (TRF - 3ª REGIÃO - 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Quando a


embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das
sereias... (4º parágrafo).
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Sem prejuízo para a correção e o sentido original, o segmento grifado


acima pode ser corretamente substituído por:
a) à qual
b) em que
c) cuja
d) a que
e) da que

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10. (TRT - 2ª REGIÃO/SP – 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Está


redigida com clareza e em consonância com as regras da gramática normativa
a seguinte frase:
a) Queremos, ou não, ele será designado para dar a palavra final sobre a
polêmica questão, que, diga-se de passagem, tem feito muitos exitarem em se
pronunciar.
b) Consultaram o juíz acerca da possibilidade de voltar atraz na suspensão
do jogador, mas ele foi categórico quanto a impossibilidade de rever sua
posição.
c) Vossa Excelência leu o documento que será apresentado em rede
nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da
Educação?
d) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada positiva para o
público jovem que estava presente, de que se desculparam os idealizadores do
programa.
e) Estudantes e professores são entusiastas de oferecer aos jovens
ingressantes no curso o compartilhamento de projetos, com que serão também
autores.

11. (TRF - 3ª REGIÃO – 2014 – Técnico Judiciário – FCC) Leia:

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O barulho é um som de valor negativo, uma agressão ao silêncio ou


simplesmente à tranquilidade necessária à vida em comum. Causa um
incômodo àquele que o percebe como um entrave a seu sentimento de
liberdade e se sente agredido por manifestações que não controla e lhe são
impostas, impedindo- o de repousar e desfrutar sossegadamente de seu
espaço. Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma
distorção da comunicação em razão da qual as significações se perdem e são
substituídas por uma informação parasita que provoca desagrado ou
aborrecimento.

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O sentimento do barulho surge quando as sonoridades do ambiente


perdem sua dimensão de sentido e se impõem como uma agressão irritante,
da qual não há como se defender. Mas esse sentimento põe em relevo um
contexto social e a interpretação que o indivíduo faz do ambiente sonoro em
que se encontra. Às vezes o mesmo som é inversamente percebido por outra
pessoa como um invólucro que lhe é indiferente. No limite, o barulho constante
das ruas acaba sendo abafado, ao passo que os excessos sonoros dos vizinhos
são percebidos como indesejáveis e como violações da intimidade pessoal. Os
barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles
têm um sentido. Quem faz barulho são sempre os outros.
O sentimento do barulho se difundiu, sobretudo, com o nascimento da
sociedade industrial - e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada.
O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas com a penetração
ampliada do barulho na vida cotidiana e com uma crescente impotência para
controlar os excessos. À profusão de barulhos produzidos pela cidade, à
circulação incessante dos automóveis, nossas sociedades acrescentam novas
fontes sonoras com os televisores ligados e a música ambiente que toca no
interior das lojas, dos cafés, dos restaurantes, dos aeroportos, como se fosse
preciso afogar permanentemente o silêncio. Nesses lugares troca-se a palavra
por um universo de sons que ninguém escuta, que enervam às vezes, mas que
teriam o benefício de emitir uma mensagem tranquilizante. Antídoto ao medo
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difuso de não se ter o que dizer, infusão acústica de segurança cuja súbita
ruptura provoca um desconforto redobrado, a música ambiente tornou-se uma
arma eficaz contra certa fobia do silêncio. Esse persistente universo sonoro
isola as conversas particulares ou encobre os devaneios, confinando cada um
em seu espaço próprio, equivalente fônico dos biombos que encerram os
encontros em si mesmos, criando uma intimidade pela interferência sonora
assim forjada em torno da pessoa.
Nossas cidades são particularmente vulneráveis às agressões sonoras; o
barulho se propaga e atravessa grandes distâncias. As operações de liquidação

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do silêncio existem em abundância e sitiam os lugares ainda preservados,


incultos, abandonados à pura gratuidade da meditação e do silêncio. A
modernidade assinala uma tentativa difusa de saturação do espaço e do tempo
por uma emissão sonora sem fim. Pois, aos olhos de uma lógica produtiva e
comercial, o silêncio não serve para nada, ocupa um tempo e um espaço que
poderiam se beneficiar de um uso mais rentável.
(LE BRETON, David. O Estado de S. Paulo, Aliás, 2 de junho de 2013, com adaptações)

Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma distorção


da comunicação em razão da qual as significações se perdem... (1º parágrafo)

A expressão que substitui corretamente o segmento grifado, sem


alteração do sentido original, deverá ser:
a) por cujo motivo
b) durante o que
c) mediante o que
d) em vista disso
e) a fim de que

12. (TRT - 19ª Região/AL – 2014 – Analista Judiciário – FCC) Leia:

O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro


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começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando


para trás a fronteira com a China.
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da
Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o
transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair
em desuso, seis séculos atrás.

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Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente
preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos
trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando
Xi'an - cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de
terracota - era a capital da China.
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China,
viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e
então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio
e além.
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à
medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da
China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na
direção da costa.
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos
trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por
isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país.
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos
de Shenzhen ou Xangai - e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o
canal de Suez - é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz
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esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o
trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável.
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora
algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno
boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das
temperaturas que podem atingir 40 °C negativos.
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)

... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...

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O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da


frase acima está em:
a) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
b) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média.
c) ... viajavam por cordilheiras...
d) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
e) O maquinista empurra a manopla do acelerador.

13. (TRT - 19ª Região/AL – 2014 – Analista Judiciário – FCC) Leia:

De que forma o conhecimento da cultura renascentista pode auxiliar no


entendimento do presente?
A história da cultura renascentista ilustra com clareza o processo de
construção cultural do homem moderno e da sociedade contemporânea. Nela
se manifestam, já muito dinâmicos e predominantes, os germes do
individualismo, do racionalismo e da ambição ilimitada, típicos de
comportamentos mais imperativos e representativos do nosso tempo. Ela
consagra a vitória da razão abstrata, que é a instância suprema de toda a
cultura moderna, versada no rigor das matemáticas que passarão a reger os
sistemas de controle do tempo e do espaço. Será essa mesma razão abstrata
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que estará presente na própria constituição da chamada identidade nacional.


Ela é a nova versão do poder dominante e será consubstanciada no Estado
Moderno, entidade controladora e disciplinadora por excelência, que impõe à
sociedade um padrão único, monolítico e intransigente. Isso,
contraditoriamente, fará brotar um anseio de liberdade e autonomia do
espírito, certamente o mais belo legado do Renascimento à atualidade.

Como explicar a pujança do Renascimento, surgido em continuidade à


miséria, à opressão e ao obscurantismo do período medieval?

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O Renascimento assinala o florescimento de um longo processo de


produção, circulação e acumulação de recursos econômicos, desencadeado
desde a Baixa Idade Média. São os excedentes dessa atividade crescente em
progressão maciça que serão utilizados para financiar, manter e estimular uma
ativação econômica. Surge assim a sociedade dos mercadores, organizada por
princípios como a liberdade de iniciativas, a cobiça e a potencialidade do
homem, compreendido como senhor da natureza, destinado a dominá-la e a
submetê-la à sua vontade. O Renascimento, portanto, é a emanação da
riqueza e seus maiores compromissos serão para com ela.
(Adaptado de: SEVCENKO, Nicolau. O renascimento. São Paulo: Atual; Campinas:
Universidade Estadual de Campinas, 1982. p. 2 e 3)

O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem prejuízo


para a correção e o sentido original do texto, em:
a) ... à opressão e ao obscurantismo...
b) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade.
c) ... em continuidade à miséria...
d) ... e a submetê-la à sua vontade.
e) ... que impõe à sociedade um padrão único...

14. (TRT - 19ª Região/AL – 2014 – Analista Judiciário – FCC)


Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco me- tros do professor, sem
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grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tardes passava perambulando de


uma praça ...... outra, lendo algum livro, percebendo, vez ou outra, o
comportamento dos outros, entregue somente ...... discrição de si mesmo.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:


a) a - às - à – a
b) à - as - a – à
c) a - as - à – a
d) à - às - a – à
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e) a - às - a – a

15. (TRE-RO - 2013 – Analista Judiciário – FCC) Considere o texto


abaixo para responder a questão.
Pintor, gravador e vitralista, Marc Chagall estudou artes plásticas na
Academia de Arte de São Petersburgo. Seguindo para Paris em 1910, ligou-se
aos poetas Blaise Cendrars, Max Jacob e Apollinaire - e aos pintores Delaunay,
Modigliani e La Fresnay.
A partir daí, trabalhou intensamente para integrar o seu mundo de
reminiscências e fantasias na linguagem moderna derivada do fauvismo e do
cubismo.
Na década de 30, o clima de perseguição e de guerra repercute em sua
pintura, onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. Em 1941,
parte para os EUA, onde sua esposa falece (1944). Chagall mergulha, então,
em um período de evocações, quando conclui o quadro "Em torno dela", que
se tornou uma síntese de todos os seus temas.
(Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marc-chagall.html)

... quando conclui o quadro “Em torno dela”...

O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o


grifado acima está em:
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a) ... Marc Chagall estudou artes plásticas na Academia de Arte de São


Petesburgo.
b) A partir daí, trabalhou intensamente para...
c) o clima de perseguição e de guerra repercute em sua pintura...
d) ... onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos.
e) Em 1941, parte para os EUA...

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Analista e Técnico Judiciário
Teoria e Questões Comentadas
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16. (TRT - 5ª Região/BA – 2014 – Técnico Judiciário – FCC)


Considere o texto abaixo:

Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de retomada que se


segue a uma devastadora crise na produção brasileira. E o motor dessa
retomada é o cacau fino. (1º parágrafo)

Mantém-se a correção do trecho acima, substituindo-se


I. os dois-pontos por ponto e vírgula.
II. “E” por uma vírgula seguida de cujo, fazendo-se a devida adaptação de
maiúsculas e minúsculas.
III. “a uma devastadora” por “à devastadora”.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) I.

17. (AL/RN – 2013 – Analista Legislativo – FCC) Está correta a


09469404360

regência nominal e verbal em:


a) O velho jornalista sempre aspirara aquele cargo, pois tinha de objetivo
poder reestruturar a redação dos jornais impresso e on-line.
b) Lembrou-se de que o amigo gostaria de ter realizado a nova
programação, mas isso não lhe fora possível devido às suas condições de
saúde.
c) Teria sido necessário informar-lhe dos códigos de programação e das
regras que regem o uso das rimas em língua portuguesa.

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d) O juiz isentou-lhe da culpa, uma vez que se constatou que ele não
tivera participação nos acontecimentos daquela tarde esportiva.
e) Tivera muitas dúvidas em relação que profissão deveria seguir, mas
descobriu, ao conhecer as linguagens JAVA e HTML, que gostaria mesmo ser
um programador.

18. (TRT - 18ª Região/GO – 2013 – Analista Judiciário – FCC) O


sinal indicativo de crase está empregado corretamente na frase
a) As origens da poesia amorosa italiana geram controvérsias; as opiniões
diferem conforme se dá mais relevo à novidade do conteúdo ou à novidade da
forma artística.
b) No século XVI, a literatura italiana antecipou-se à todas as outras
literaturas europeias, criando novos gêneros e formas de expressão.
c) Com os mestres de Dante, começa a poesia amorosa; Dante e Petrarca
à continuam e Boccaccio fornece a ela novo requinte psicológico.
d) Com a enorme influência da literatura francesa medieval não pode ser
comparada à da literatura italiana do século XVI.
e) As famílias florentinas dos Bardi e Peruzzi, comerciantes de lã,
chegaram à conceder vultosos empréstimos à outras nações.

19. (TRT - 18ª Região/GO – 2013 – Analista Judiciário – FCC) Leia:


09469404360

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Preenchem corretamente as lacunas dos versos acima, na ordem dada:

a) à - a - à
b) a - à - a
c) a - a - à
d) à - à - a
e) a - à – à

20. (TRT - 12ª Região/SC 2013 – Técnico Judiciário – FCC) Leia:

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem sensível à beleza


fugaz deste mundo.

A crase empregada acima pode ser corretamente mantida caso, sem


qualquer outra alteração da frase, o segmento sublinhado seja substituído por:
a) efêmera graciosidade das formas.
09469404360

b) tudo o que é fugazmente formoso.


c) muitas formas belas e efêmeras.
d) toda sorte de formas belas e fugazes.
e) determinada categoria de beleza.

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1) B 11) A
2) E 12) E
3) C 13) D
4) E 14) D
5) D 15) A
6) C 16) D
7) A 17) B
8) C 18) A
9) B 19) B
10) C 20) A

Muitos bem, alunos! Chegamos ao final de mais uma aula!

Não deixe de tirar as suas dúvidas!

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Contatos: professorarafaelafreitas@gmail.com ou fórum de


dúvidas.

Será um prazer atendê-los!


Até a próxima aula,
Rafaela Freitas

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