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Cadernos PDE
II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Caderno Pedagógico
Formato do Material Didático:
Público: Alunos do 3º ano do Ensino Médio
(indicar o grupo para o qual o material
didático foi desenvolvido: professores,
alunos, comunidade...)
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MARINGÁ
2014
MAIZA GONÇALVES BORGATO
MARINGÁ
2014
Sumário
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 4
2.MATERIAL DIDÁTICO ............................................................................................................. 6
3. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ............................................................................... 6
4. ENCONTROS
1º ............................................................................................................ 8
2º ......................................................................................................... 10
3º ......................................................................................................... 11
4º ......................................................................................................... 15
5º ......................................................................................................... 17
6º ......................................................................................................... 19
7º ......................................................................................................... 22
8º ......................................................................................................... 27
9º ......................................................................................................... 33
10º .................................................................................................. 37
11º ....................................................................................................... 42
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 43
6.REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 45
7. ANEXOS.. ......................................................................................................................47
APRESENTAÇÃO
4
transformando-se, os alunos poderão compreender os significados complexos do
texto literário, não só ampliando seus conhecimentos históricos, sociais e culturais
mas, também, desenvolvendo suas capacidades leitoras e, desta forma,
conseguirão detectar historicamente o diálogo entre as mais diversas artes e seus
diversos materiais, como: narrativa, pintura, música, poesia e teatro.
Antonio Candido afirma, a respeito de uma arte literária compreendida
como parte da vida social e a forma com que esta se relaciona com a literatura:
5
que forma ampliar o conhecimento cultural por meio dessas obras? Ou ainda –
como propor ou disponibilizar para os alunos do Ensino Médio conhecimentos
culturais e sociais presentes nessas obras? Como torná-las úteis hoje? Como
utilizar pedagogicamente a relação entre as artes?
2. MATERIAL DIDÁTICO
UNIDADE DIDÁTICA
3.ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
6
“A literatura é uma arte polissêmica e polifônica,
dialoga constantemente com outras artes,
notadamente as artes plásticas. O escritor, para usar
uma expressão de Murilo Mendes, mantém sempre
o“olho armado” e, à maneira de um pintor ou
escultor, fixa a eternidade de um momento.”
(Maciel,XXX)
Professor!
Nesta fase a literatura assume um tom de denúncia social, de crítica da própria
linguagem como instrumento. Exponha para os alunos que também as demais
artes – como a música e a pintura – adotam esse olhar de denúncia e crítica social,
cada uma a seu modo, de acordo com seu material. Explique que as mensagens
implícitas nessas diferentes manifestações artísticas são muito importantes para o
despertar de uma visão crítica sobre o mundo.
7
1º
Apresentação:
Por volta de 1890, até meados do século XX, o mundo passou por grandes
transformações, que foram determinantes para uma nova fase da história. O
mundo abateu-se com duas guerras mundiais, ao mesmo tempo em que sugriam
novas descobertas e invenções. Nesse momento surgem manifestações
estéticas que orientam a inauguração de um novo momento para o campo das
artes, convencionado como Modernismo, uma das fases mais marcantes da
história da arte, e que fecunda muito do que ainda hoje é realizado. A ruptura
com o passado se fez de forma crítica. Esse momento histórico turbulento levou
ao desenvolvimento de um pensamento cada vez mais complexo, sendo que a
arte expressa, a seu modo, esse momento de conturbado do homem e do
mundo.
8
Este comentário abaixo é uma base geral para o desenvolvimento de todo o
caderno, por isso, leia-o atentamente. E neste momento junto com as imagens
passe apenas uma noção do que será desenvolvido nas aulas para interar os alunos
do que será realizado no decorrer dos encontros. Aqui é só uma introdução.
Primeiro, uma breve introdução sobre as mudanças no mundo até chegar à época do
modernismo. Depois, para cada arte tem um passado anterior ao modernismo, o modernismo
e a atualidade. Na pintura, de um realismo tridimensional e de cenas históricas heroicas para
obras não-realistas, que retratam pessoas simples, de modo alegórico – o negro de mãos
enormes, a natureza em traços simples e o contraste de cores exagerado, por exemplo. No
teatro, o amor que rompe quaisquer barreiras, até a da morte, de um Romeu e Julieta, e o fim
de qualquer idealização em O rei da vela, em que o casamento é visto como um negócio por
todos. Na narrativa, o indianismo patriótico de O guarani cede espaço ao anti-herói
Macunaíma, na música Villa-Lobos articula a tradição da música clássica europeia a ritmos e
temas brasileiros, sem idealização também. Para que o Modernismo seja localizado na
história, para cada arte faremos um contraste entre o que havia como arte tradicional e a
ruptura modernista. Enquanto passa os slides, o professor explicará aos alunos quais
obras serão consideradas, postas em dialogo com outras artes do início do século XX,
mais especificamente da 1ª fase do Modernismo brasileiro. Primeiro no campo do
modernismo, na pintura analisaremos as telas Abapuru, A negra e Os operários, de
Tarsila do Amaral; a música de Heitor Villa Lobos participa com as Bhachianas nº 2 –
Trenzinho Caipira; para o teatro a peça O Rei da Vela, de Oswald de Andrade
(Professor o aluno deve estar ciente desde o primeiro dia de aula que deverá ler essa
peça inteira); o campo da narrativa será contemplado com Macunaíma, de Mário de
Andrade (texto e cinema) e, para concluir, o Poema Os Sapos, de Manuel Bandeira.
Essas obras foram criadas com pequena distância de tempo, tendo questões comuns.
Deve-se apresentar, portanto, de que forma essas artes dialogam com a sociedade da
época. Para fazermos uma comparação e entender como cada campo da arte rompeu
com o passado, faremos uma breve analise da pintura produzida no século XIX pela
pintura A Batalha de Guararapes, de Victor Meirelles; pela música de Carlos Gomes
“O Guarani”; pelo teatro com Romeu e Julieta, de William Shakespeare ; pela
narrativa com a temática de O Guarani de José de Alencar (pela via de uma adaptação
para História em Quadrinhos); no poema com ―O Beijo”, de Olavo Bilac,
Parnasianismo (século XVIII) Em cada caso, há uma maneira de fazer antes do
modernismo que é renovada. Para concluir, os alunos farão uma pesquisa dessas artes
nos dias de hoje, observando o diálogo que elas mantém entre si, assim como no
passado.
Professor!! o aluno deve estar ciente desde o primeiro dia de aula que deverá ler na
integra a peça o Rei da Vela,de Oswald de Andrade
9
2º
Apresentação:
Ao iniciar a apresentação sobre o movimento artístico/literário a ser trabalhado é
importante o professor apresentar a diferença de significado das palavras:
"moderno" "modernidade" e "Modernismo". Nessa discussão deve-se deixar claro
para o aluno diferença entre o que consideramos como moderno/modernidade no
senso comum (aquilo que é novo) e o movimento artístico/literário do
modernismo, situado em um tempo relativamente definido da história da
Literatura Brasileira.
Falar para os alunos que o modernismo não é uma invenção brasileira. Em toda
Europa diversas correntes modernistas experimentaram novos padrões estéticos,
propondo novas formas de se fazer arte. O Modernismo brasileiro, no entanto,
fará uma apropriação particular desses modelos estrangeiros e não se reduzirá a
nenhum deles. Isso porque seu ―problema central é a busca de uma identidade
nacional, o que o situa diante de uma questão de histórica de primeira
ordem‖. (Fernandes, 2013) ( grifos meus)
10
um ideário ou visão de mundo que está relacionada ao
projeto de mundo moderno
A
TIVIDADES
3º
Número de aula: 5
Objetivo: Oferecer subsídios para os alunos entenderem a relação entre a arte e sociedade
no início do século XX, assim como o rompimento com as amarras do passado e de que
forma torná-las atuais e úteis;
Material utilizado: Tv pen drive, banner ou cartazes folhas impressas com atividades.
Apresentação:
Este encontro terá início com um caça-palavras contendo o nome de todos os
autores e das obras que serão trabalhadas no decorrer das aulas. Assim como será
realizado um estudo do texto abaixo, que representa um pouco da estética
modernista. Os alunos também assistirão a vídeos informativos, concluindo este
encontro com atividades (questões)
Professor!
Pode-se reproduzir o texto abaixo em formato de banner com imagens ou em
um cartaz, deixando-a exposta na sala de aula em todos os encontros. Pedir
11
aos alunos que coletem imagens que materializem esse texto e, assim, ilustrar
o cartaz ou criar um pequeno texto a partir desse dado para expor na sala
VÍDEO
Em seguida, o professor exibirá o vídeo abaixo, que retrata algumas das
personalidades (Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha, Monteiro
Lobato, dentre outros) e de artistas brasileiros organizando e realizando a Semana
de Arte Moderna de 1922. Após assistir o vídeo, completar o roteiro e responder
as questões.
12
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=6Rcv6g-LE0s>
acesso em 10/10/2014 Aula do Modernismo 1ª fase
A
TIVIDADES
Anexo3
13
a) ( )Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Jorge Amado,
José de Alencar.
b) ( )Graciliano Ramos, Jorge Amado, Cecilia Meireles, Vinicius de Moraes,
Mário de Andrade, Oswald de Andrade.
c) ( )Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de
Alcântara Machado, Guilherme de Almeida.
d) ( )Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Guilherme
de Almeida.
e) ( )Mário de Andrade, Antônio de Alcântara Machado, Guilherme de Almeida,
José de Alencar, Machado de Assis.
13) Na sua opinião qual a importância da Semana da Arte Moderna para a cultura
brasileira?
Tarefa
Os alunos farão como tarefa uma pesquisa de um dos autores da 1ª fase do
Modernismo que serão estudados nesta sequência didática, e apresentarão os
resultados à medida que a professora ministrar suas aulas. Por exemplo, no dia
em que a professora discutir a peça de Teatro O Rei da Vela, de Oswald de
Andrade, o grupo de alunos responsável pela pesquisa dessa peça deve apresentar
14
em forma de seminário, de modo criativo (com slides, teatro, cartazes, monólogo,
etc) momentos decisivos da biografia do autor
4º
Número de aula: 2
Apresentação:
Neste encontro, o professor entregará uma cópia do texto abaixo para cada aluno
ler e ampliar seus conhecimentos à respeito da arte no início do século XX.
Anexo 4
15
década de 1920. Este foi resultado, em grande parte, da assimilação de tendências
culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que
antecedeu a Primeira Guerra Mundial, tendo como exemplo do Cubismo e do
Futurismo, refletindo, então, na procura da abolição de todas as regras anteriores e
a procura da novidade e da velocidade. Contudo, pode-se dizer que a assimilação
dessas ideias europeias deu-se de forma seletiva, rearranjando elementos artísticos
de modo a ajustá-los às singularidades culturais brasileiras. Considera-se a
Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de
partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento
eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos
oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo,
suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e
aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em
relação a esse marco. Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a
primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de
irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes
romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por
vários autores, que se opunha de certo modo à primeira e era por isso
ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo.
Primeira geração (1922-1930)
A Primeira Fase do Modernismo foi caracterizada pela tentativa de definir e
marcar posições, sendo ela rica em manifestos e revistas de circulação efêmera.
Havia a busca pelo moderno, original e polêmico, com o nacionalismo em suas
múltiplas facetas. A volta das origens, através da valorização do indígena e a
língua falada pelo povo, também foram abordados. Contudo, o nacionalismo foi
empregado de duas formas distintas: a crítica, alinhado a esquerda política através
da denúncia da realidade, e a ufanista, exagerado e de extrema direita. Devido à
necessidade de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado foi
a fase mais radical, assumindo um caráter anárquico e destruidor.
Milene Marczal, 2014
As questões abaixo serão desenvolvidas oralmente, para observar o que o aluno absorveu
do texto e do vídeo (do encontro nº 3) e como ele analisa essas inovações e suas
atualizações no mundo de hoje.
16
f) Na sua opinião, que acontecimentos poderão ficar para a história?
g) Na sua opinião, que acontecimentos poderão ficar para história e
influenciar a arte literária?
A
TIVIDADES
5º
Número de aula: 2
Apresentação:
Neste momento a proposta é expandir o conhecimento apresentando para os
alunos algumas características da 1ª fase do Modernismo e um trecho do
Manifesto Antropofágico, que são essenciais para que os alunos compreendam os
pressupostos básicos do Modernismo brasileiro.
Anexo 5
“1ª Fase do Modernismo Brasileiro - 1922 a 1930
São inúmeras as características do Modernismo, todas em
oposição aos conceitos tradicionais. Elas fizeram uma
verdadeira ruptura. Principais características:
- Total liberdade de forma de expressão;
- Uso da linguagem coloquial (cotidiano);
- Uso do verso livre e bárbaro;
- Descontinuidade cronológica e espacial;
- Humor na poesia (Poema-piada);
- Inclusão dos fatos do momento;
- Nacionalismo, presença da paisagem e sensibilidade da história
da terra;
- Regionalismo, folclore, lendas, tradições e mitos brasileiros;
- A ação do enredo perde a importância;
17
- Linguagem direta, predominância dos substantivos;
- Universalismo.‖ (PAES, 2011, p. 21).
Professor!
Se achar conveniente, pode ser feita uma cópia para cada aluno ou escrever no
quadro essas características da 1ª fase.
Anexo 6
MANIFESTO ANTROPÓFAGO
Só a ANTROPOFAGIA nos une. Socialmente. Economicamente.
Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos
os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi or not tupi, that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos em drama.
Freud acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o
mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano
informará.
Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a
hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país
da cobra grande.
Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca
soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no
mapa-múndi do Brasil.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da
vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.
Queremos a Revolução Caraíba. Maior que a revolução Francesa. A unificação de
todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria
sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.
A idade de ouro anunciada pela América. A idade de ouro. E todas as girls.
.....................................................................................................................
18
Oswald de Andrade -
Anexo 7
A
TIVIDADES
6º
Número de aulas: 4
Apresentação:
Para introduzir as questões relativas ao teatro o professor deve ouvir o
grupo que fará a apresentação sobre a biografia de Oswald de Andrade. Em
seguida, o professor toma a direção dos trabalhos.
19
música, na pintura,na narrativa e na poesia e no teatro. No caso desse momento, o
assunto é o teatro. O módulo terá como objetivo fazer a leitura do texto O Rei da
Vela, de Oswald de Andrade, escrita em 1933. Após a leitura, discuti-la com os
alunos e tecer comparações dela com a peça Romeu e Julieta, de Shakespeare,
escrito há mais de 400 anos.
Antes da leitura será feito uma discussão oral baseada em algumas questões:
1) Você conhece esta peça de teatro?
2) Você imagina o tema?
3) Por quê um título como O Rei da Vela?
Professor!
Seria melhor se os alunos já tivessem realizado a leitura em casa. Caso isso não
ocorra é possível realizar a leitura oral em sala de aula. Podemos aproveitar para
trabalhar recursos tônicos, rítmicos e de interpretação do texto – afinal, o modo
como se lê já se configura como uma primeira interpretação. Uma pequena frase
como ―Eu te amo‖ pode ganhar entonações paródicas, irônicas, de descoberta do
amor, de dúvida, de receio, de súplica, de conquista... Ler em voz alta já é,
portanto, uma interpretação possível entre muitas outras, o que o professor pode e
deve explorar com seus alunos, fugindo da fria análise das categorias de análise
literária que marcam a abordagem tradicional. Uma leitura ‗séria‘ e outra ‗irônica‘
da mesma passagem já mostra a riqueza dessa perspectiva. Uma leitura cômica e
outra grave de um mesmo trecho também tem o mesmo efeito.
Num debate prévio, observar o que os alunos sabem sobre textos dramáticos para
que, posteriormente, o professor leve adiante a discussão, trazendo novos
elementos para a mesa. Como não vamos produzir uma peça, devemos deixar
claro apenas os elementos do texto teatral necessários para fazer uma leitura
compreensiva da peça O Rei da Vela, de Oswald de Andrade. Esta leitura será
realizada na sala de aula. Cada aluno deverá providenciar uma cópia ou o livro
mesmo. Após a leitura da peça, o professor pode aprofundar a compreensão do
texto com a apresentação dos tópicos principais dos artigos O país desmascarado
e O rei da Vela: Manifesto Oficina, importantes para isso.
Saiba +!
Nesta obra Oswald inovou o teatro brasileiro mostrando a realidade
brasileira de forma irreverente e inovadora, porém esbarrou na censura da época e
não pôde assistir a sua peça sendo encenada. [Oswald] faz uma análise histórico-
literária; trata de temas do nacionalismo econômico; apresenta a luta das classes, o
declínio da economia cafeeira, o início da industrialização; a queda da República e
a Ascensão do Estado Novo. O Rei da Vela busca desmascarar o Brasil da década
de 30.
Nos três atos desta peça pode-se perceber as intenções de Oswald. O
primeiro ato se passa numa São Paulo desenvolvida, coração do capitalismo. O
local da ação é um escritório, que passa a ser a metáfora de todo um país
20
hipotecado ao imperialismo. A burguesia brasileira lá está retratada com sua
caricatura. Uma representação futurista, o movimento e a confusão da cidade
grande. O segundo ato é o ato da Frente Única Sexual passado numa Guanabara,
uma utopia de farra brasileira. O terceiro ato é a tragicomédia da morte, agonia
―eterna‖ da burguesia brasileira, das tragédias de todas as repúblicas latino-
americanas. Lima (2010, s/p), em seu artigo, diz: “O Teatro Oficina baseou-se na
ideia de antropofagia para compor os três atos da encenação da peça em 1967,
absorvendo e combinando três formas muito diferentes entre si: o teatro de
revista, o circo e a ópera.‖
Professor!
Podemos observar, na peça, alguns traços da ideia antropofágica e retomar o texto
estudado no encontro 5.
Anexo 8
A
TIVIDADES
Professor!
Para efeito comparativo analisaremos a Obra Romeu e Julieta, de
William Shakespeare, em relação ao seu enredo, inspirado no destino dos dois
21
jovens que viveram um amor proibido, com desfecho trágico devido à rivalidade
das famílias Montecchio (de Verona) e Capuleto (de Cremona). Há diferenças no
modo como o romance dos jovens enamorados foi expresso por Shakespeare e por
Oswald, nas obras vistas? E quando comparado à sua expressão atual, por
exemplo, em telenovelas? Quem está mais próximo do modo típico das
telenovelas brasileiras, Romeu e Julieta ou O rei da vela? Seria importante
discutir isso com os alunos, pois está claro que em O rei da vela a aceitação
completa de que o casamento é um negócio, e o amor um jogo de interesses, sem
grandes conflitos dramáticos – como ciúmes, traição, empobrecimento etc – é
muito diferente do que vemos nas telenovelas, marcadas pelo realismo cênico e
pela idealização do amor e do casamento. O intuito crítico de Oswald ainda é
enorme hoje, 81 anos depois de sua escrita.
7º
Número de aulas: 3
Apresentação:
Para introduzir a pintura o professor deve primeiramente dar espaço para um dos
grupos apresentar elementos da biografia de Tarsila do Amaral. Em seguida faz-se
a complementação, passando no data show imagens de várias obras de Tarsila,
para conhecimento prévio, podendo usar a do site
http://www.base7.com.br/tarsila/ VÁRIAS telas DE TARSILA .
Em posse das informações sobre a pintora, leve os alunos para a sala de
informática para que façam pesquisas sobre as telas a serem analisadas –
Abapuru, A Negra e Os operários. Os alunos deverão prestar atenção às
características das telas e dados históricos, sociais e culturais ali inscritos – o
22
objetivo dessa apresentação é levar o aluno a ter contato com essa arte. Na
sequência retornaremos para a sala, socializaremos as informações e faremos a
discussão sobre as telas citadas acima. Não se deve esquecer de ligar essa pintura
à peça vista no encontro anterior, como por exemplo a perspectiva crítica sobre a
modernização brasileira nos anos 1920, por uma arte que se colocava contra as
tendências idealizadoras ou ufanistas, embora com muito desejo de discutir o
Brasil. Arte que faz questão de ser vista como arte, não como ilusão de vida – daí
o abandono do realismo literário e pictórico.
Professor!
Abaixo temos as telas e uma breve análise como sugestão.
Anexo 9
Imagens A Negra, Abapuru, Os Operários e A Batalha dos Guararapes
Negra: A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois
essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas
vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da
arte moderna brasileira.
23
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=330&evento=1
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=337&evento=1
24
começavam a surgir na época. Podemos seguir adiante com a análise e observar os
vários rostos, suas diferenças de cores, formatos, fisionomias, psicologias, todos
amontoados como coisas, como objetos, alinhados, com a fábrica e seus canhões
(as chaminés) atrás etc. Há presença do negro, do japonês, do velho, do jovem
negro, do careca, do bravo, do resignado, do agressivo, do anestesiado, do
sonhador,etc, uma galeria de tipos sociais e etnias e cores que formam o Brasil.
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=70&evento=2#menu -galeria
Quer saber mais? Acesse o site: texto completo você encontra no site
Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=3
4108 Acesso em:19/10/2014
25
Agora em posse de informações referentes a algumas telas de Tarsila,
referentes à 1ª fase do Modernismo Brasileiro, vamos olhar, ver, comparar e
conhecer a tela do período anterior (Romantismo), para compreender em que
medida rompe e inova a arte moderna brasileira.
Professor!
Para efeito comparativo tomemos um modelo que se manifestou nas artes
do final do século XVIII ao final do século XIX, o Romantismo, que tinha como
característica defender a liberdade de criação, favorecer a emoção, o
individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza e os temas
nacionais. Como exemplo ilustrativo e contrastivo entre as características e
estéticas do Modernismo e do Romantismo nas telas, podemos nos remeter à tela
Romântica A Batalha de Guararapes, de Victor Meirelles (1832-1903).
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/5/116guararapes.jpg
A
TIVIDADES
26
Como forma de motivação para estudar o assunto, o professor deverá levar
os alunos a uma sala de vídeo ou a local apropriado para que possam assistir aos
vídeo no site abaixo. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=QLbMnQBMO4c&feature=related acesso em
19/10/2014
Anexo 10
A
TIVIDADES
8º
Número de aulas: 5
27
Material utilizado: Tv pen drive, atividades impressas
Apresentação:
Como introdução, como sempre, teremos a apresentação de aspectos importentes
da biografia de Mário de Andrade. Para o desenvolvimento dessa parte
utilizaremos a rapsódia Macunaíma – o herói sem nenhum caráter, de Mário de
Andrade, usando sua adaptação para o cinema, na direção de Joaquim Pedro de
Andrade, para apresentar o relacionamento que a narrativa mantém com o cinema,
já apontando para a atualização dessa obra decisiva da arte brasileira.
“Em ambas obras, do gênero épico (cinema e narrativa), o fio condutor é a saga
de um herói cuja marca é o bordão “Ai! Que preguiça”. Contudo, as
apropriações que se podem fazer desse anti-herói são bastante distintas.”
(FERNADES, 2013)
A
TIVIDADES
28
Filme – Macunaíma Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ApxlxDPkTxs acesso em:
18/11/2014
O professor passa o filme para os alunos, porém não pode deixar de dizer que o
livro é a fonte primária, e deve ser lido. Aliás, cabe ao professor apresentar as
diferenças da adaptação do texto de Mário de Andrade, pois há elementos novos,
há exclusões e por aí afora. Como a obra modernista é o texto de Mário de
Andrade, e não o filme, que é de 1969, o filme é um recurso para nos
aproximarmos do material ficcional do romance-rapsódia. É importante ler com
os alunos ao menos algumas partes da obra. A narrativa de Mário de Andrade,
como já dito, ―é uma rapsódia (a rapsódia utiliza os mitos indígenas, as lendas,
provérbios do povo brasileiro e registra alguns aspectos do folclore do país até
então pouco conhecidos) que conta aventuras de Macunaíma, anti-herói lendário
de uma tribo indígena. Macunaíma perde um amuleto, vai a São Paulo em busca
dele, volta no final para o Amazonas”.
Professor!
Aproveite a riqueza do filme ao fazer a discussão. Estimule a leitura do original de
Mário de Andrade. Neste momento o professor deve apresentar a história em
quadrinhos, uma adaptação da obra O Guarani, de José de Alencar disponível no
site abaixo e, em seguida, passar a tabela para os alunos completarem.
Professor!
Se achar viável pode levar os alunos à sala de informática
ou passar no data show a história em quadrinhos da obra O
Guarani. Disponível em:
29
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web
&cd=1&ved=0CB4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fpt.slideshare.ne
t%2Fjeronimojaf%2Fo-guarani-hq-jos-de-
alencar&ei=lYJrVMeUCcOkNvOlgpAF&usg=AFQjCNGog-
SPxL_JjF4Z_eqSY0H5hF38bQ&sig2=4bgV0NmoXBQiEoy2Zwz
BJQ acesso em 18/11/2014
Tem também um livro de algumas editoras que conta a narrativa
de O Guarani em quadrinhos. Como exemplo: O Guarani - Em
Quadrinhos Alencar, Jose De; Vetillo, Walter / CORTEZ
A
TIVIDADES
Anexo 11
30
publicado em 1928; publicado em 1857;
Anexo 12
31
A
TIVIDADES
32
Disponível em:
http://www.candido.bpp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=437
acesso em 15/10/2014
Professor!
Com este módulo o aluno poderá compreender os pressupostos históricos,
políticos e estéticos da primeira geração modernista brasileira. A partir disso,
poderá situar a obra Macunaíma nesse contexto, atentando-se para suas
particularidades no que se refere ao problema da construção de uma identidade
nacional.
9º
Número de aulas: 3
Apresentação:
Para introduzir o tema o professor deve ouvir o grupo que fará a
apresentação da biografia de Manuel Bandeira. Em seguida faz-se o
aprofundamento dos estudos, apresentando a poesia Os Sapos, de Manuel
Bandeira. Tomaremos como base de comparação Olavo Bilac (1865-1918), que
em seus poemas parnasianos combina a tradição clássica portuguesa com o
parnasianismo francês. Daí teremos, novamente, a oportunidade de comparar o
clássico com o modernista, este pelo poema Os sapos, aquele pelo poema O beijo.
E, como representante da poesia contemporânea, analisaremos o poema Sou um
eu-lírico, de Weslei Cândido.
33
cururu‘ representa, para o cenário brasileiro, o nascer de uma nova poesia ou arte
brasileira: simples, cotidiana e à margem da ‗grita acadêmica‘. E que a crítica aos
Parnasianos é visível. O poema foi declamado por Ronald de Carvalho sob vaias e
gritarias. O público, durante a leitura, gritava em uníssono: ―Foi, não foi!‖
segundo MENEZES (2013)
Saiba +!
Anexo 13
Os sapos–
Manuel Bandeira (1918) –
—— Vede como primo
Enfunando os papos, Em comer os hiatos!
Saem da penumbra, Que arte! E nunca rimo
Aos pulos, os sapos. Os termos cognatos.
A luz os deslumbra. –
— O meu verso é bom
Em ronco que a terra, Frumento sem joio.
Berra o sapo-boi: Faço rimas com
– “Meu pai foi à guerra!” Consoantes de apoio.
– “Não foi!” — “Foi!” — “Não —
foi!” Vai por cinquenta anos
– Que lhes dei a norma:
O sapo-tanoeiro Reduzi sem danos
Parnasiano aguado, A formas a forma.
Diz: — “Meu cancioneiro –
É bem martelado. Clame a saparia
34
Em críticas céticas: (Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas:
Não há mais poesia,
–“Sei!” — “Não sabe!” — “Sabe!”
Mas há artes poéticas…”
–
–
Longe dessa grita,
Urra o sapo-boi:
Lá onde mais densa
– “Meu pai foi rei” — “Foi!”
A noite infinita
– “Não foi!” — “Foi!” — “Não
Verte a sombra imensa;
foi!”
–
–
Lá, fugido ao mundo,
Brada em um assomo
Sem glória, sem fé,
O sapo-tanoeiro:
No perau profundo
– “A grande arte é como
E solitário, é
Lavor de joalheiro.
–
–
Que soluças tu,
Ou bem de estatutário.
Transido de frio,
Tudo quanto é belo,
Sapo-cururu
Tudo quanto é vário,
Da beira do rio…
Canta no martelo.”
–
–
Outros, sapos-pipas
—-ATIVIDADESAAAAAAAA
Anexo 14
A
TIVIDADES
Professor!
Para realizar essa atividade, divida os alunos em grupos, para
trabalharem com o o poema Os sapos. Cada um dos grupos será
responsável por preparar uma análise interpretativa do poema.
35
Obs. Pretende-se que os alunos compreendam uma das características principais
do modernismo brasileiro: a crítica ao verso formal dos parnasianos.
Ao final das atividades os alunos podem fazer um coral e apresentar o poema os
sapos
Professor!
Em seguida apresente para os alunos os versos abaixo e peça que os alunos os
comparem com Os Sapos:
Anexo 15
Um beijo
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/leit_online/olavo_bilac9.pdf
Professor!
Agora peça aos alunos para pesquisar poesias escritas atualmente e fazer a comparação
com os poemas de Manuel Bandeira e de Olavo Bilac, descrevendo semelhanças se
houver, diferenças e inovações (devem escrever e entregar ao professorem no formato de
texto do gênero argumentativo).
36
Anexo 16
Sou um eu-lírico
Weslei Candido – 2014
Sou um eu-lírico
fadigado do anonimato.
Quero meu nome,
exijo minha identidade,
perdida em séculos
de versificação.
Emprestado a inúmeros poetas,
Que covardemente se ocultam
Atrás deste termo.
Sim, virei um mero termo,
Vocábulo de dicionário poético,
Porém tenho mil faces
E o sentimento do universal
Cabe em mim. (Candido,2014,p43)
10º
Número de aulas:3
37
Material utilizado: TV pen drive ou data show, folhas impressas com a letra das
músicas
Apresentação:
Para introduzir o tema o professor deve ouvir a apresentação do grupo
sobre a biografia de Heitor Villa Lobos. Em seguida, faz-se o aprofundamento da
discussão. Apresenta a música que será analisada, Bachianas nº 2, o movimento
Tocata (O Trenzinho Caipira). Para efeito comparativo, serão ouvidos trechos da
Ópera O Guarani, de Carlos Gomes. E, para trabalhar com música na atualidade,
utilizaremos a letra que Ferreira Gullar fez para o Trenzinho Caipira.
Saiba +!
Fez composições usando como tema o folclore brasileiro, em especial a
música caipira, e compôs as Bachianas brasileiras, série de nove composições
subdivididas em variados estilos musicais. Aqui, trataremos especificamente da
Bachianas nº 2, em um de seus movimentos, a Tocata, conhecida como O
Trenzinho Caipira, onde há a imitação sonora do movimento de
uma locomotiva feita pelos instrumentos da orquestra. O trem caipira significa
tanto a vida do interior, um quadro algo romântico, quanto a ideia do progresso a
que a ferrovia está ligada, além da ideia de mudança para as pessoas que o trem
também traz consigo, ligando lugares distantes.
38
Villa Lobos inovou quando apresentou suas composições durante a
Semana da Arte Moderna, escandalizando os puristas ao mesclar música de
orquestra a tambores, instrumentos populares de congado e folhas de zinco para
um público que não estava acostumado e pronto para ouvir essa mistura de
instrumentos. Tudo isso era uma forma para se desfazer as amarras com as
características musicais do passado, às quais até então o público estava preso.
Professor!
Primeiramente os alunos irão apenas ouvir, depois apreciarem o vídeo com as
imagens. O professor poderá passar o vídeo da música de Villa Lobos que os
alunos possam apreciarem os diferentes sons. Disponíveis nos sites abaixo:
http://video.baidu.com.br/s?tn=SE_gbrvideonewui_lw8zxfnz&ie=utf-
8&gvideo=1&cl=2&wd=o-trenzinho-caipira%20com%20legenda%20-
%20vila%20lobos&pn=&oq=o-trenzinho-caipira%20com%20legenda%20-&st=8 (mais
atual imagens coloridas) – acesso em 19/11/2014
Saiba +!
A leitura que nos dá a ideia do progresso a que a ferrovia está ligada, além
do conceito de mudança para as pessoas, que o trem traz consigo, ligando lugares
distantes, sai fortalecida com a letra composta por Ferreira Gullar, que
analisaremos logo abaixo.
39
Anexo 17
Louvor pra quem se amar
O Guarani Louvor, louvor, louvor
Salve o verdadeiro amor
A ópera O Guarani, de Carlos Gomes, completa 144 anos da estreia, que se deu no dia 2
de dezembro de 1870 no Teatro Lírico Fluminense, em homenagem ao aniversário do imperador
Dom Pedro II. Para escutar a abertura da obra que imortalizou Carlos Gomes, é só assistir ao
40
vídeo. A música é tema do programa radiofônico Hora do Brasil, que começou a ser transmitido no
dia 22 de julho de 1935, tornando-se obrigatório durante o Estado Novo (1938). Em 1971, no
governo Médici, passou a se chamar A Voz do Brasil.
http://acertodecontas.blog.br/cultura/o-guarani-de-carlos-gomes-um-dos-
maiores-temas-musicais-do-brasil/
Professor, neste momento do encontro poderá ser apresentado aos alunos a letra
da música de Ferreira Gullar, escrita na segunda metade do século XX, para a
composição de Villa Lobos.
Anexo 18
Trenzinho Caipira
Composição -Heitor Villa Lobos Letra: Ferreira Gullar
http://letras.mus.br/heitor-villa-lobos/507893/
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Neste vídeo Temos informações básicas sobre Villa Lobos, Ferreira Gular e a
letra da música Trenzinho Caipira.Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=7R6l86DbYag acesso em 21/10/2014
Quer saber mais sobre Ferreira Gullar e Villa Lobos? Disponível no site:
Acesso em: http://www.ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/vertentes/Vertentes_36/marcus_vinicius.pdf
08/13/2014 ou
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=151
32 acesso em 08/12/2014 - Também fazem parte da Bachianas nº2.
Tarefa
Professor!
Neste momento, peça aos alunos para pesquisarem e produzirem uma letra própria
para a música Bachianas nº2. Agora vocês são os compositores da letra. Você
deve usar temas como o trem, o interior do Brasil, o restante será livre, porém
com embasamento contemporâneo.
11º
Número de aula: 2
Objetivo: Observar e analisar por meio da produção textual o que o aluno foi
capaz de aprender no decorrer dos encontros.
Apresentação:
Professor, essa sequência didática permite que se faça uma avaliação a cada encontro
do aproveitamento dos alunos, analisando, em especial, a capacidade que eles têm de
expor argumentos sólidos e pertinentes ao analisar as artes apresentadas com enfoque
no diálogo entre elas, assim como uma produção final para completar a avaliação. O
42
professor também deverá, frequentemente, observar o interesse, a participação e o
envolvimento dos alunos durante todos os encontros. E os seminários
apresentados durante as aulas.
Deixe espaço para que eles deem sugestões e façam críticas, pois o olhar dos
alunos é muito importante para o sucesso da proposta de construção do
conhecimento. É indispensável ouvi-los.
Professor !
A cada momento que pedir a produção de um texto, é pertinente explicar as
características referentes ao gênero
Sugestão!
Para concluir a produção didática pode-se fazer uma semana da arte
contemporânea baseado nas artes modernistas do séc. XX, só que focando na sua
atualização pela arte contemporânea. Se for possível fazer parcerias com
professores de História e de Artes, o projeto só tem a ganhar.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Professor!
Para dar continuidade ao trabalho, sugerir novos olhares, novas sugestões de
interpretação a serem exploradas na música, no teatro, na pintura, na narrativa e
na poesia em diálogo com outras artes do século XIX.
44
6. REFERÊNCIAS
ANDRADE, Oswald de. O rei da vela. São Paulo: Editora Globo, 2ª edição, 2003
/ 11ª reimpressão, 2011.
45
LIMA, Bruna Della Torre de Carvalho. Desventuras da subversão: Oswald de
Andrade, o Teatro Oficina e os dois momentos de O Rei da Vela. In: Revista
PROA, Nº 4 vol 1. Publicado em 25/mai/2013 Disponível em:
http://www.revistaproa.com.br/04/?page_id=237 Acesso em 08/08/2013.
NICOLA, José de; TERRA, Ernani. Gramática Literatura e Redação. 2ª ed. São
Paulo: Editora Scipione, 2003.
46
Anexo1
Imagens para introduzir a produção didática.
47
48
49
50
Anexo 2
Caça palavras
Anexo 3
51
e) ( ) Presença de símbolos e imagens que sugerem a realidade, sem
mostrá-la objetivamente; gosto por temas vagos, como o sonho;
temáticas pessimistas; entrada no campo espiritual.
13) Na sua opinião qual a importância da Semana da Arte Moderna para a cultura
brasileira?
Anexo3
Início do século XX: apogeu da Belle Époque.
A sociedade é composta de burgueses comportados, tranquilos, contando
seus lucros. ´
O capitalismo monetário gera a industrialização e o neocolonialismo.
Porém, a massa faz reivindicações e greves. Há no ar a ameaça do Socialismo.
O progresso científico é alcançado: eletricidade, motor a combustão; automóvel,
avião; telefone, telégrafo. É o mundo da máquina, da informação, da velocidade.
52
Nos grandes centros comerciais do país, as pessoas deslumbram-se com concreto
armado: ―arranha-céu‖. Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa.
A Literatura e as Artes Plásticas pregam a abolição de todas as regras
impostas pelo passado. Nada de modelos a seguir.
A Arte agora é Moderna, inquieta. A ordem é recomeçar, rever, reeducar,
chocar, buscar o novo: multiplicidade e velocidade, originalidade e
incompreensão, autenticidade e novidade. Vanguarda - estar à frente, repudiar o
passado e sua arte. Abaixo o padrão cultural vigente.
Imaginaram esse mundo novo?
O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu
fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do
século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. Comparado a
outros movimentos modernistas, o brasileiro foi desencadeado tardiamente, na
década de 1920. Este foi resultado, em grande parte, da assimilação de tendências
culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que
antecedeu a Primeira Guerra Mundial, tendo como exemplo do Cubismo e do
Futurismo, refletindo, então, na procura da abolição de todas as regras anteriores e
a procura da novidade e da velocidade. Contudo, pode-se dizer que a assimilação
dessas ideias europeias deu-se de forma seletiva, rearranjando elementos artísticos
de modo a ajustá-los às singularidades culturais brasileiras. Considera-se a
Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de
partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento
eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos
oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo,
suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e
aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em
relação a esse marco. Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a
primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de
irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes
romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por
vários autores, que se opunha de certo modo à primeira e era por isso
ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo.
Primeira geração (1922-1930)
A Primeira Fase do Modernismo foi caracterizada pela tentativa de definir e
marcar posições, sendo ela rica em manifestos e revistas de circulação efêmera.
Havia a busca pelo moderno, original e polêmico, com o nacionalismo em suas
múltiplas facetas. A volta das origens, através da valorização do indígena e a
língua falada pelo povo, também foram abordados. Contudo, o nacionalismo foi
empregado de duas formas distintas: a crítica, alinhado a esquerda política através
da denúncia da realidade, e a ufanista, exagerado e de extrema direita. Devido à
necessidade de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado foi
a fase mais radical, assumindo um caráter anárquico e destruidor.
Milene Marczal, 2014
Anexo 5
“1ª Fase do Modernismo Brasileiro - 1922 a 1930
São inúmeras as características do Modernismo, todas em
oposição aos conceitos tradicionais. Elas fizeram uma
verdadeira ruptura. Principais características:
53
- Total liberdade de forma de expressão;
- Uso da linguagem coloquial (cotidiano);
- Uso do verso livre e bárbaro;
- Descontinuidade cronológica e espacial;
- Humor na poesia (Poema-piada);
- Inclusão dos fatos do momento;
- Nacionalismo, presença da paisagem e sensibilidade da história
da terra;
- Regionalismo, folclore, lendas, tradições e mitos brasileiros;
- A ação do enredo perde a importância;
- Linguagem direta, predominância dos substantivos;
- Universalismo.‖ (PAES, 2011, p. 21).
Anexo 6
MANIFESTO ANTROPÓFAGO
Só a ANTROPOFAGIA nos une. Socialmente. Economicamente.
Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos
os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi or not tupi, that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos em drama.
Freud acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o
mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano
informará.
Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a
hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país
da cobra grande.
Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca
soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no
mapa-múndi do Brasil.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da
vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.
Queremos a Revolução Caraíba. Maior que a revolução Francesa. A unificação de
todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria
sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.
A idade de ouro anunciada pela América. A idade de ouro. E todas as girls.
.....................................................................................................................
Oswald de Andrade - http://www.ufrgs.br/cdrom/oandrade/oandrade.pdf
54
Anexo 7
Anexo 8
Anexo 9
55
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=330&evento=1
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=337&evento=1
56
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/1374xenofobiaquadrotarcila.jpg
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/5/116guararapes.jpg
57
Anexo 10
1. Em seguida deverá pedir aos alunos que façam apreciações comparativas sobre
as telas e registrem no caderno.
2. Cite as diferenças significativas entre as pinturas do Romantismo e do
Modernismo.
3. Tarsila do Amaral inovou a arte brasileira. De que forma?
4. Quais as características das telas de Tarsila do Amaral?
5. Na sua opinião, o que é mais belo, a pintura Romântica ou a do Modernismo?
Por quê?
6. Após assistir o vídeo você consegue discutir como a arte é vista hoje?
Anexo 11
publicado em 1857;
58
língua portuguesa, o que gerou
muita polêmica, mas dotou suas
obras de maior brasilidade;
Religiosidade - Cristã –
católica;
Herói - é um símbolo do
orgulho nacional, advindo da
Independência política do país,
pois é nobre de espírito,
corajoso, leal, tem características
de herói europeu: católico, forte,
destemido e honrado.
Anexo 12
59
Anexo 13
Anexo 14
60
Anexo 15
Um Beijo
Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!
Anexo 16
Sou um eu-lírico
Weslei Candido – 2014
Sou um eu-lírico
fadigado do anonimato.
Quero meu nome,
exijo minha identidade,
perdida em séculos
de versificação.
Emprestado a inúmeros poetas,
Que covardemente se ocultam
Atrás deste termo.
Sim, virei um mero termo,
Vocábulo de dicionário poético,
Porém tenho mil faces
E o sentimento do universal
Cabe em mim. (CANDIDO,2014,p.43)
Anexo 17
61
Louvor pra quem se amar
O Guarani Louvor, louvor, louvor
Salve o verdadeiro amor
http://www.vagalume.com.br/carlos-santorelli/o-guarani.html
Anexo 18
Trenzinho Caipira
Composição -Heitor Villa Lobos Letra: Ferreira Gullar
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Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar no ar no ar no ar no ar
Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar no ar no ar
http://letras.mus.br/heitor-villa-lobos/507893/
63