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02/04/2019

DIREITO
INTERNACIONAL

Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
PERSONALIDADE INTERNACIONAL:
- reconhecimento da existência
legal na sociedade internacional, e
assim, com aptidão para a
titularidade e exercício dos direitos
e obrigações previstos nas normas
de Direito Internacional.

Atualmente, tem aumentado cada vez mais o rol dos sujeitos


de Direito Internacional Público, fato que causa grande divergência
doutrinária. Mas por outro lado, reflete o desenvolvimento do
Direito Internacional.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
ESTADOS
São considerados sujeitos clássicos, também chamados de
originários ou tradicionais.

Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
ESTADOS
Atualmente, não importa “seja uma grande
potência ou um pequeno país, ambos são
identicamente sujeitos do Direito
Internacional, estando (juridicamente) em pé
de igualdade nas suas relações recíprocas”.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
ESTADOS
Fundamenta-se tal primazia no fato de estar o mundo organizado
com base na coexistência entre Estados, somente vindo a
desaparecer caso as entidades nacionais viessem a ser substituídas
por um Estado-mundial.

Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
São as coletividades interestatais ou
organismos internacionais, entidades criadas por
acordos constituídos entre Estados com
personalidade jurídica distinta da dos seus
membros.
São consideradas uma realidade
eminentemente jurídica, pois só existem, graças à
vontade cooperativa dos Estados que a compõem.

Detêm personalidade jurídica internacional


da mesma forma que os Estados, sem, contudo,
confundir-se com eles.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Possuem autonomia que as permite
participar da sena internacional de várias formas.
Essa autonomia e independência nas decisões, que
é condição para sua existência, faz com que as
organizações internacionais sejam capazes de
atender às expectativas dos Estados que dela fazem
parte, mesmo que tal providencia contrarie a
vontade individual de um ou alguns deles.
Exemplos: ONU e OEA

ONU – Organização das


Nações Unidas

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ONU
Histórico

Para o Direito Internacional houve


grande avanço.
Isso porque após os horrores da
Segunda Guerra, havia um sentimento
generalizado na esfera internacional de
que era necessário encontrar uma forma
de manter a paz entre os países.
Surge assim a ONU (Organização
das Nações Unidas), depois da assinatura
da Carta das Nações Unidas por 50 países.
Hoje a ONU conta com 193 Estados que
dela fazem parte.

ONU
Sedes pelo mundo
Nova York - Estado Unidos da América

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ONU
Sedes pelo mundo
Nova York - Estado Unidos da América

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ONU
Sedes pelo mundo
Nova York - Estado Unidos da América

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ONU
Sedes pelo mundo
Genebra - Suíça

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ONU
Sedes pelo mundo
Nairóbi - Quênia

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ONU
Sedes pelo mundo
Viena - Áustria

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ONU
Organograma
.

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ONU
Assembleia Geral
Constituída por todos os
Estados-membros. Discute
quaisquer questões ou
assuntos que estiverem
relacionados com a finalidade
da ONU ou com as atribuições
de quaisquer órgãos desta,
podendo expedir
recomendações aos Estados e
ao Conselho de Segurança.
Suas decisões são tomadas Mas em questões importantes, o quórum
pela maioria dos membros para tomada de decisão é de dois terços,
presentes e que votem. conforme determina o art. 18, itens 2 e 3
da Carta das Nações Unidas.

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ONU
Conselho de Segurança
É composto por quinze
membros, tendo como
membros permanentes:
China, França, Reino
Unido, EUA e Rússia; e
outros dez eleitos pela
Assembleia Geral para
mandatos de dois anos.

Finalidade: contribuir
para manutenção da
paz e da segurança
internacionais,
conforme prevê o art.
23 da Carta.

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ONU
Secretariado
É o principal órgão administrativo, sendo indicado pela Assembleia Geral,
mediante a recomendação do Conselho de Segurança (art. 97 da Carta).

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ONU
Forças armadas da ONU

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ONU
Corte Internacional de Justiça

A Corte Internacional
de Justiça (CIJ) é um dos
principais órgãos da
Organização das Nações
Unidas. Sua antecessora foi a
Corte Permanente de Justiça
Internacional (CPJI), o primeiro
tribunal internacional com
jurisdição geral, criado à época
do surgimento da Liga das
Nações.

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ONU
Corte Internacional de Justiça
Sediada no Palácio da Paz, em Haia na Holanda.

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ONU
Corte Internacional de Justiça
A Corte é composta de 15 juízes, os quais são eleitos por maioria
absoluta pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança, dois
dos principais órgãos das Nações Unidas.

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ONU
Corte Internacional de Justiça
Até 2017, cinco brasileiros fizeram parte da Corte, quais
sejam: José Philadelpho de Barros e Azevedo (1946-1951), Levi
Fernandes Carneiro (1951-1955), José Sette-Camara (1979-1988),
Francisco Rezek (1996-2006) e Antônio Augusto Cançado Trindade
(2009-).

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ONU
Corte Internacional de Justiça
Os países que emitiram declarações aceitando a jurisdição obrigatória
da CIJ até 2017 são: Alemanha, Austrália, Áustria, Barbados, Bélgica,
Botswana, Bulgária, Camboja, Camarões, Canadá, Costa Rica, Costa do
Marfim, Chipre, República Democrática do Congo, Dinamarca,
Djibouti, Comunidade da Dominica, República Dominicana, Egito,
Eslováquia, Espanha, Estônia, Filipinas, Finlândia, Gâmbia, Georgia,
Grécia, República da Guinea, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Hungria,
Índia, Irlanda, Itália, Japão, Lesoto, Libéria, Liechtenstein, Lituânia,
Luxemburgo, Madagascar, Malawi, Malta, Ilhas Marshall, Ilhas
Maurício, México, Nicarágua, Nigéria, Noruega, Nova Zelândia, Países
Baixos, Panamá, Paraguai, Paquistão, Peru, Polônia, Portugal, Reino
Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, Romênia, Senegal,
Somália, Suazilândia, Sudão, Suécia, Suíça, Suriname, Timor-Leste,
Togo, Uganda e Uruguai.

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ONU
Conselho Econômico e Social

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OEA
Origem e Estrutura

Surge três anos após a criada da ONU,


em 1948, conta com atualmente 35 nações
independentes do continente americano,
incluindo o Brasil desde a sua formação.

Na época de sua formação contava com


apenas 21 países reunidos em Bogotá
(Colômbia), que assinaram a Carta da
Organização dos Estados Americanos (Carta de
Bogotá).

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OEA
Origem e Estrutura
Com sede no Palácio da
União Pan-Americana, na cidade de
Washington nos EUA, atualmente a
organização tem como prioridade
fortalecer os laços democráticos dos
países membros, viabilizando o
comércio e a integração econômica
entre eles.

Além disso combater crimes


como corrupção, terrorismo,
lavagem de dinheiro e questões
ambientais.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
BLOCOS REGIONAIS

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
BLOCOS REGIONAIS
Também são as coletividades
interestatais reunidas para realização de fins
comuns, com objetivo de angariar vantagens
nos relacionamentos entre nações.
Como sujeitos de direito internacional
público, podem celebrar tratados, além de
participar de relações jurídicas internacionais.
Contudo, “nem sempre os blocos regionais
têm personalidade de Direito Internacional: a
existência desta personalidade depende dos
interesses dos Estados membros e de
previsão nos atos constitutivos do bloco”.

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Mercosul
Origem e Estrutura
Com mais de duas décadas de
existência, o Mercado Comum do Sul
(MERCOSUL) é a mais abrangente iniciativa de
integração regional da América Latina, surgida
no contexto da redemocratização e
reaproximação dos países da região ao final da
década de 80.
O Tratado de Assunção, assinado em
1991, estabeleceu a formação de um mercado
comum - com livre circulação interna de bens,
serviços e fatores produtivos - com uma Tarifa
Externa Comum (TEC) no comércio com
terceiros países e a adoção de uma política
comercial comum.

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Mercosul
Origem e Estrutura
São membros fundadores: Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai, signatários do
Tratado de Assunção de 1991.
A Venezuela aderiu ao Bloco em 2012,
mas está suspensa, desde dezembro de 2016,
por descumprimento de seu Protocolo de
Adesão e, desde agosto de 2017, por violação
da Cláusula Democrática do Bloco
Todos os demais países sul-americanos
estão vinculados ao MERCOSUL como Estados
Associados. A Bolívia, por sua vez, tem o
“status” de Estado Associado em processo de
adesão.

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Mercosul
Origem e Estrutura
Foi o Protocolo de Ouro Preto,
assinado em 1994 que conferiu estabeleceu a
estrutura institucional básica do MERCOSUL e
conferiu ao Bloco personalidade jurídica de
direito internacional.

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Mercosul
Origem e Estrutura

Os membros fundadores (Brasil,


Argentina, Paraguai e Uruguai),
abrangem, aproximadamente, 72% do
território da América do Sul (12,8 milhões
de km², equivalente a três vezes a área da
União Europeia); 69,5% da população sul-
americana (288,5 milhões de habitantes)
e 76,2% do PIB da América do Sul em
2016 (US$ 2,79 trilhões de um total de
US$ 3,66 trilhões, segundo dados do
Banco Mundial).

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União Europeia
Origem
A União Europeia (UE) é uma união
econômica e política de 28 Estados-
membros independentes situados
principalmente na Europa.
Com suas origens ainda em 1957, na
Comunidade Europeia do Carvão e Aço e a
Comunidade Econômica Europeia,
evoluindo posteriormente para a estrutura
que temos hoje, e adotando o atual nome
em 1993.
A última revisão significativa aos princípios
constitucionais da UE, o Tratado de Lisboa,
entrou em vigor em 2009. Bruxelas é a
capital da União Europeia.

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União Europeia
Objetivos
Os objetivos da União Europeia são:
promover a paz, os seus valores e o bem-
estar dos seus cidadãos;

garantir a liberdade, a segurança e a justiça,


sem fronteiras internas;

favorecer o desenvolvimento sustentável,


assente num crescimento econômico
equilibrado e na estabilidade dos preços,
uma economia de mercado altamente
competitiva, com pleno emprego e
progresso social, e a proteção do ambiente

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União Europeia
Objetivos
lutar contra a exclusão social e a
discriminação;
promover o progresso científico e
tecnológico;
reforçar a coesão econômica, social e
territorial e a solidariedade entre os
países da UE;
respeitar a grande diversidade cultural e
linguística da UE;
estabelecer uma união económica e
monetária cuja moeda é o euro;

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
SANTA SÉ E O ESTADO DA CIDADE DO
VATICANO

A Santa Sé foi reconhecida como sujeito de


Direito Internacional.

A criação do Estado da Cidade do Vaticano,


“serviu para devolver ao Papa o poder
temporal que havia perdido e para dar base
territorial à administração da Igreja Católica”,
de modo que o Vaticano é a expressão
territorial da Santa Sé.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
SANTA SÉ E O ESTADO DA CIDADE DO
VATICANO

A Santa Sé possui capacidade internacional


bastante ampla, podendo celebrar tratados
internacionais, fazer parte de organizações
internacionais e exercer direito de legação
(enviar e receber agentes diplomáticos),
entre outras funções”.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
SANTA SÉ E O ESTADO DA CIDADE DO
VATICANO

O vaticano é o menor país do mundo, com


apenas 0,44km² e aproximadamente 1.000
habitante, de acordo com dados de 2017.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
ORGANIZAÇÕES NÃO ESTATAIS

Apesar da maioria da doutrina não as


considerarem sujeitos de direito internacional, o
que de fato não são, por não podendo celebrar
acordos ou tratados internacionais, as
Organizações Não Governamentais, (ONGs)
merecem aqui serem mencionadas por serem,
entidades jurídicas privadas com finalidades
próprias (políticas, sociais, econômicas, etc.) que
participam ativamente dos acontecimentos no
ambiente internacional.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
OUTRAS COLETIVIDADES NÃO
ESTATAIS
Beligerantes e Insurgentes:
A beligerância é um movimento forte
e politicamente organizado, que têm
por objetivo o desmembramento ou a
mudança do governo ou do regime
vigente, constituindo-se em
verdadeira guerra civil. Forte
característica do movimento
beligerante é o fato de ele ter sob seu
domínio, parte do território.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
OUTRAS COLETIVIDADES NÃO
ESTATAIS
Já a insurgência abarca casos de
conflitos dentro do Estado com a
finalidade de modificação do sistema
político vigente e reestruturação da
ordem constitucional em vigor em que
a sublevação atinge certo grau de
importância. Pode a insurgência ter
também motivos sociais, como o fim
do racismo e da discriminação em
dado território etc.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
OUTRAS COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS

Movimentos de Libertação Nacional:


compostos por pessoas que não fazem
parte do regime contra o qual lutam. Isso
porque são indígenas que lutam contra
governos geralmente racistas ou contra
ocupações estrangeiras ilegais.
Eis ai a diferença desse movimento
para outros sujeitos do Direito
Internacional.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
OUTRAS COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS

A personalidade jurídica internacional


de tais movimentos dá-se em três âmbitos: no
direito humanitário, no direito dos tratados e
nas relações internacionais.

São exemplos de movimentos de


libertação nacional o Movimento de
Libertação Nacional Basco, na Espanha, o IRA,
na Irlanda e a Organização para a Libertação
da Palestina (OLP), em Israel.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
INDIVÍDUOS

Admitido pela grande maioria da


doutrina. Esse “fenômeno da internacionalização
dos direitos humanos fez com que o homem se
tornasse sujeito de direitos na órbita do Direito
Internacional.
De fato, modernamente o indivíduo é
destinatário de várias normas cujo objetivo é
proteger os direitos fundamentais da pessoa
humana (normas de direitos humanos)”.

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
INDIVÍDUOS

Para os indivíduos é previsto o direito de petição


às Organizações e Corte Internacional, tais como
os existentes na Convenção Americana dos
Direitos Humanos (direito de petição perante a
Comissão Interamericana de Direitos Humanos)
e a Convenção Europeia dos Direitos Humanos
(direito de petição perante a Corte Europeia de
Direitos Humanos).

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Direito Internacional
Sujeitos de Direito Internacional
INDIVÍDUOS

Ademais, o Estatuto de Roma criou o Tribunal


Penal Internacional e consagrou a
responsabilidade criminal internacional dos
indivíduos que incorram nos crimes de sua
competência. Por outro lado, os indivíduos tem
capacidade internacional incompleta, pois não
podem celebrar acordos e tratados
internacionais nem podem fazer parte de
organização internacional.

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