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Cotrim
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PEARSON
Prentice
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instalacões
elétricas
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instalacões
sº edicão
Adernara A. M. B. Cotrim
-PEARSON
Prentice
Hall
São Paulo
Brasil Argentina Colômbia Costa Rica Chile Espanha Guatemala México Peru Porto Rico Venezuela
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Bibliogrnfoa
ISBN 978-85-7605-208- 1
08-10784 CDD-621.3192
2008
Direitos exclusivos para a língua portuguesa cedidos à
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Sumário
Capítulo 1 Fundamentos
1.1 Sistemas e instalações elétricas . . ... ..... . .... .. .. • ... . .. ..•.. ......... 1
1.2 Norma NBR 541 O .. . . . .. .. . .. .. .. ... . • ... .. .. . ... .. ...•... ...... . . 1
1.3 Componentes das instalações ... . • ........ • ....... • ................ ....3
1.4 Tensões elétricas . ... .. .. .. .. .. .. .. ... . ... .. .. . • .. ... . . .... ... .. .. ..5
1.5 Choque elétrica . .. .. ... .. .. . . .. .. .. .. ... .. ... • ... .. .. . .... . ... .. . .7
1.6 lnsta laçõo de baixa tensõa .. .. . • ... . ... , • .. .. ... • ... . .... , .. .. ... .. ..8
1.7 Equipamentos de utilizoçõo . ... . . • ... .. .. . . ... .. .. . ... .. ... . .. ... .. .. 11
1.8 Circuitos .. . ... .. ... .. .. . .... • . ...... • ... . . .. •• ... . ... • ... .. .. .. 14
1.9 lnffuêncios externos ... • ... .. .. • ... . .... • .. ... . . • .. .. . ... • ... .. . ... 17
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . • . . . . . . . . • . . . . . . . • • . . . . . . . .28
Capítulo 2 Conceitos fundamentais
2. 1 Potência em corrente olternodo . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . .29
2.2 C6lculos práticos de circuitos .. . .. ....... ... . . .. .. .. • .... . . . •• . .. . .. . .36
2.3 Princípio do compensoçõo da energia reativo . .. ... .. .. . ... .. ... . ... .. .. .. 41
2.4 Componentes simétricos .... .. .. .. ... . ... . .. .. . ... • ... . ... •• .. .. .. . .43
2.5 Valores par unidade ...... .. ... • ... .. ... • ... . ... . .... . ... . ... .. .. ..53
2.6 An61ise de um circuito RL . .. . ... • ... .. .. . • .. ... .. • •.. .. ... • ... .. .. ..59
2.7 Transformadores de potência . ... • ... . ... . . ... .. .. . .... . ... • ... .. .. ..60
Exercícios .. .. .. . .. . ... .. ... . ... . ... . .... . ... . ........ . ... • ... .. .. . .65
Capítulo 3 Proteção contra choques elétricos - fundamentos
3.1 A corrente elétrico no corpo humano . .. . ... . . . .. .. .. .. .. . .... • .. .... . ..67
3.2 Fundamentos do proteção contra choques elétricos .. ... ... • . ...... •• . ... ... .75
3.3 Aterromento e eqüipatencializoçõo .. . ....... .. . ..... • .... . ... • ... .. .. . .78
3.4 As isolações e os grous de proteção . . ....... • ... . ... •• ... .... •• .. ......93
3.5 Proteção básico (contra contatos diretos) . .. .. . . ... .. .. . .... . ... . ... .. .. ..97
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . • . . . . . . . • • . . . . .. l 02
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VI lnslalações elétricas
Sumário VII
Prefácio
A presente edição do livro Instalações Elétricas, mais do que atualizar seu conteúdo, adequando-o aos últimos
requisitos da norma NBR 541 O e incluindo novos assuntos, mantém vivo o ideal do saudoso professor e engenheiro
Aden1aro Cotrim.
Incansável estudioso e divulgador cios temas ligados às instalações elétricas, o professor Cotrim foi, sem dúvida,
referência para a engenharia elétrica nacional. Seu legado como professor, por meio deste livro, extrapolou as pare·
des das salas de aula nas quais alguns tiveram a felicidade de poder ouvi-lo. Além disso, provocou mudança estru·
tural na área de instalações elétricas - tão c,1rente de modernização. Deixou, desde 2000, uma lacuna no meio
profissional difícil de ser preenchida.
A obra magistral do professor Cotrim não poderia cair na obsolescência. ~ neste sentido que, desde a última
publicação da norma N BR 541 O, em 2004, e tendo em vista o surgimento de novos temas e tecnologias, crescia a
clen1anda por uma adequada revisão e atualização do conteúdo do livro original.
Tendo o extremo cuidado de não alterar a essência e o estilo do texto do professor Cotrim, os professores e enge-
nheiros eletricistas Hihon Moreno e José Aquiles Baesso Crimoni, com a colaboração de outros profissionais em
alguns temas específicos, conseguiram revisar e atualizar o texto de fonna bastante adequada. Além disso, ao apre·
sentar no final de cada capítulo uma lista de exercícios, que não existiam nas edições anteriores, a presente edição
se coloca con10 referência essencial e n1oderna no ensino de instalações elétricas no Brasil. Aos profissionais, entre-
ga-se, com esta edição, um verdadeiro guia de entendimento da complexa norma NBR 541 O, além de farta iníor·
mação atualizada sobre conceitos, dimensionamentos, nonnalização, produtos e tecnologias ligadas ao setor.
O esforço ele todos que, direta e indiretamente, colaboraram com a publicação desta obra é incentivo aos leitores
no sentido ele aproveitaren1 ao máximo o conteúdo deste livro. Dessa forn'la, estarão en1 contato com os ensinan,en-
tos eternos do professor Cotrim, um grande professor, profissional ela engenharia e homem.
Apresentação
Hilton Moreno1
José Aquiles Baesso Grimoni2
Foi con1 indescritível honr(, e prazer que aceitamos o convite, e o desafio, ele revisar e atualizar esta n1agnííica obra
cio saudoso professor Aclemaro Cotrim. Apesar de não estar mais entre nós desde agosto ele 2000, seu livro continua
sendo um clássico e uma das principais referências bibliográficas do setor elétrico nacional.
Esta quinta edição foi totalmente baseada na norma "ABNT NBR 5410 - lostalações elétricas de baixa tensão",
publicada ern 2004 e em vigor no momento desta publicação.
Assim, esta obra tem como objetivo atualizar e adequar o texto de acordo com essa úhima edição da norma, além de
acrescentar algur'ls temas, con10 iluminação, correção do fator de potência, harn1ônicas e p<oteção contra sobretensões.
Diferentemente das anteriores, esta ediç.io inclui, ao final de cada capitulo, uma seção de perguntas que visam a
aferir o grau de aprendizado do leitor. Destaque também para a nova diagramação e estilo de redação do livro, que
torna sua leitura mais agradável e fácil, e para a atualização de alguns exemplos e para a inclus.io de novos.
O livro conta, ainda, com um site de a1>oio exclusivo, para o qual desenvolvemos um interessante mate-
rial. Nesse site, os alunos encontrarão uma planta-modelo de instalações elétricas e os professores têm
acesso a apresentações en1 PowerPoint que auxiliam a utilização do livro en1sala de aula. (Os editores aler·
tan1 que, para ter acesso a esse conteúdo., os professores que adotam o livro devem entrar e1n contato con1
seu representante Pearson ou enviar um e-n1ail para universitarios@pearsoned.com.)
Sinceramente, esperamos que com esta contribuição possamos ajudar a manter este livro como referência no
ensino/aprendizagem de instalações elétricas e como guia de uti lização da norma ABNT NBR 54 1O pelos profis-
sionais do setor.
Por sua qualidade, esta nova edição - revisada e atualizada -, é livro-texto fundamental para diversas escolas
de engenharia, nas disciplinas que tratam de instalações elétricas.
1. Hihon ~io~no
Engt:nheiro élélricista pela l!scol:1 Poli1&·nic~, da Uni\·trsidude tk $do Pttulo < 1980): con.sultc>r: professor 1itul.1r de ln~13I*!> Elétrica~ dà
~cola de Engenharia l\-tauá ( 1987""2004): 1nc:1nbro do Con1i1ê Brasileiro de Elc:1ricidOOC da ABNT. ;uuanclo. c:n1re OOU':IS. na Co1nissào da nom,a
AON'f NllR 5410. i\1<.'1nbro do Nntional J!irc i>ro1cc1ioo Associ:tlion (Nf'PA) dos ês-lados Unidos: au1or e co-autocde vários livros n:t área elétri·
c:t. de dh·cr:sos 3rligC>S 1écnicos sobre in-s1alaçõcs clé1ric.u e qllalid3dc de energia: ruiiculís13 d., Rc\'it1a d-e Eletricidade Moderna e colabor.<1dor
<~ outr:is rcYiS1ilS lécnic~ espccfali;,11.d:is: fKtll!Strtlnle ;llu.'lnte com e<.nten:,s de ::ipresen1açõcs ret1.li;,,3(1a5 no llr:"LSil e no e:t,erior. Const.lhl'.il'() da
UL do Ornsíl Cenificações e da Associação Brasiteim de Engenheiros Eleuicistas (ABEfi-SP).
2. José Aquiles H3CSOO Grin1oni
Engenheiro e~1rícis1a (1980). n1es1re ( 1989) e dou1or ( 1994) pel::i Esrota Poli1écnica d::t Uni\'Cl'$idade de S;io Paulo. Einre 1981 e 1988...trabalh<>u
n:1ASEA. CESP . Urown·Bo\'cri e FO'l"E e. a p;lriir de 19$9. tomou-se professor de gr.l<lu.'l.Ç3o e. :t (mrtir de 1994. de: pós·grndu::içiJo d:t E.iwla
Polité<:nica da USP. Entn:: 2003 e 2007. foi vice-diretor do Instituto de Eng{!nharia Elétrica da Uni\'ersidade de São Paulo ( IEBUSP). do <1ual é
dire1or desde esse ar)(). Co~uhor de crnpresas de cnerg.ia c1n projcu.>S de J)C"squisa e dcscn\'OIYi~ mo e proft.-ssor d:i di:sciplina de lns1:ilaç&s
ESétrkas 1~ 11~ola J>olilécnic.'I da Uni\'erS:idade de São l>:lulo desde 1993; 3u1or de dh-ersos artigo.,; ,écnic-os- em re,ii.stas e conj;.ít'Si;OS ,ia irea de
cncrg.i3 elé.lrica e mc1nbro do IEEE e dti ABEE·SP.
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Fundamentos
2 lnslaloções elétricas
Capítulo 1 • Fundamentos 3
A terminologia de instalações elétricas de baixa ten· um transformador (em un1poste:), um disjuntor (em uni
são é tratada na norma NBR IEC 60050 (Vocabulário quadro), um aparelho ele ar-condicionado (em parede
Eletrotécnico Internacional, em seu Capítulo 826 - ou janela).
Instalações Elétricas em Edificações). • Eswcionários: não são movimentados quando em fun-
cionan1ento, não possuem alça para trans1>0rte ou
1.3 Componentes das instalações possuem massa tal que não podem ser movimentados
facilmente, como geladeira ou freezer doméstico,
Nesta seção, abordaremos os principais componen· lavadora de roupa, microcomputador, disjuntor
tes de uma instalação elétrica, a saber: componente, extraível (de um cubículo de subestação).
equipamento elétrico, aparelho elétrico, linha elétrica, dis- • Porl,íteis: são equipamentos n1ovimentados quando
positivo elétrico, carga elétrica, potência instalada, falta em íuncionamento ou que podem ser facilmente
elétrica, sobrecarga, sobrecorrente e curto-circuito, corren- deslocados de um lugar para outro, mesmo quando
te de fuga e corrente diferencial residual. ligados à fonte ele alimentação, como é o caso ele
certos eletrodomésticos (por exemplo, enceradeira e
Componente aspirador de pó) ou aparelhos de medição (como
Componente de uma instalação elétrica é um termo muhímetros).
em1xegado para designar itens da instalação que, clepen- • Manuais: são os portáteis, projetados para serem
clenclo do contexto, podem ser materiais, acessórios, suportados pelas mãos durante utilização normal,
dispositivos, instrumentos, equipamentos (de geração, como é o caso das íerramentas portáteis (por exem-
conversão, transformação, transmissão, armazenamento,
plo, furadeira, !erro de passar roupas e amperímetro
d istribuição ou utilização ele eletricidade), máquinas,
tipo alicate).
conjuntos_, ou n1esn10 segn1entos oo partes da instalação
(como linhas elétricas). Assim, um eletrocluto e um con-
j unto de condutores isolados, por exemplo, são compo- Aparelho elétrico
nentes de u1na linha elétrica., visto ser ela constituída por O termo aparelho elétrico é usado para designar
condutores isolados contidos em eletroduto. equipamentos de medição e certos equipamentos de uti·
lização, tais como:
Equipamento elétrico
• Aparelho elelfodomés1ico: destinado à utilização resi-
Um equipamento elétrico é uma unidade funcional, dencial ou análoga (por exemplo, aspirador de pó,
completa e distinta, que exerce uma ou mais funções
liquidificador, lavadora de roupa e chuveiro elétrico).
elétricas relacionadas com geração, transmissão, distri·
• Aparelho eletroprofissional: clestinado à utilização
buição ou ulilização de energia elétrica, tal como
em estabelecimentos comerciais ou análogos (como
máquinas, transformadores, dispositivos elétricos, apare.
máquina ele escrever, copiadora e microcomputador),
lhos de medição, proteç.io e controle. Em particular, um
equipamento de utilização é o equipamento elétrico íncluindo os ec1uipamentos eletromédicos.
destinado a converter energia elétrica em outra forma de • Aparelho de iluminação: é o conjunto constituído, no
energia diretamente utilizável (mecânica, térmica, lun1i· caso mais geral, por uma ou mais lâmpadas, luminá-
nosa, sonora etc.). rias e acessórios (como reator e starter).
Em uma instalação elétrica, é possível ter os seguin·
tes tipos ele equipamentos: Linha elétrica
• Equipamentos relacionados à fonte ele energia elétrica Uma linha elétrica é o conj unto constituído 1>0r um
ela instalação, que são os transformadores, os gerado- ou mais condutores, com os elementos ele fixação ou
res e as baterias. suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destina·
• Dispositivos de comando (manobra) e proteção, tais do a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais
como chaves, seccionaclores, disjuntores, fusíveis e elétricos. O termo corresponde ao inglês wiring system e
relês. ao francês canalizalion.
• Equipamentos ele utilização, que podem ser classifi-
caclos em equipamentos não-industriais (aparelhos As linhas elé1ricas podem ser cons1itufdas apenas por
condutores con1 os eleme,uos de fi.x.ação e/ou suporte,
eletrodomésticos e eletroprofissionais), equipamen-
como é o caso de condutores fixados a paredes ou tetos
tos incluwiais (tornos, compressores, prensas, fornos)
e de condu1ores fixados sobre isoladores (em paredes,
e aparelhos de iluminação. tetos ou postes). Poden1 1an1bé1n ser fom1adas l)Of con·
Quanto à instalação, os equipamentos em geral dutores esn con<lutos (co1no eletrodutos, eletrocalhas.
podem ser classificados em: bandejas). Observe que un1a linha elétrica pode conter
un1 ou vários circuitos (por exentplo, vários circuitos cm
• Fixos: são projetados para serem instalados perma- uma bàndeja ou cm um eletrodu10).
nentemente em um lugar determinado, 1>0r exemplo,
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4 lnslalações elétricas
Capitulo 1 • Fundamentos 5
- ->- i1 ~
L1
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- ->- i3
L)
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p ;, i,
6 lnslalações elétricas
Uma tensão igual ou inferior a 1.000 V em CA ou a A respeito dessa tabela, são válidas as seguintes observa-
1.500 V em CC é considerada b,1ix,1 tensão. Tensões supe- ções:
riores a esses valores são designadas genericamente como
• A tabela corresponde à Tabela 1.1 da IEC 60038, de
altas tensões. Já tensões iguais ou inferiores a 50 V em CA
2002.
ou a 120 V em CC são chamadas extra b,1ixas tensões
• As tensões superiores a 230/400 V destinam-se
(EBn ou extra·low voltage (ELV).
exclusivamente a instalações industriais e comerciais
Para sistemas com tensão nominal superior a 1.000 V,
de porte.
(isto é, de •alta tensão"), a IEC define a tensão máxima
• As tensões nominais ele equipamentos de utilização
de operação de um equipamento como a maior tensão monofásicos não devem exceder 240 V.
para a qual o equipamento é especificado, tendo em
• Recomenda-se que a tensão nos terminais de alimen-
vista a isolação e outras características que possam ser
tação não difira da tensão nominal de mais de± 10%.
referidas a essa tensão nas especificações respectivas.
Os equipamentos ligados a sistemas de baixa tensão A Tabela 1.2 mostra as tensões nominais de sistemas
(BT) elevem ser caracterizados pela tensão nominal do de baixa tensão usuais "° Brasil, enquanto a Tabela 1.3
sistema, tanto para isolação como para operação. mostra as tensões nominais norm:dmente encontradas
A Tabela 1.1 indica as tensões nominais de siste- em nossos equipamentos de utilização.
mas ele baixa tensão, trifásico a três e quatro condutores, A Tabela 1.4 indica as tensões nominais de siste1nas
e de sistemas monofásicos a três condutores, freqüência de tensões acima de 1 kV e até 35 kV e as corresponden-
de 60 Hz, incluindo os circuitos ligados a esses sistemas. tes tensões máximas para equipamentos, de acordo
As tensões são indicadas por U, ou por U, onde u. é a com a IEC. A Série 1. para sistemas de 50 ou 60 Hz, cor-
tensão entre fase e neutro e U é a tensão entre fases. responde aos padrões europeus, enquanto a Série li,
I Taliela 1.1 • Tensões nominais ele sistemas ele baixa tensão.em au Hz, !IEC) 1
Sistemas trifásicos a três e quatro condutores (V) Sistemas monofásicos a três condutores (V)
230/400 120/240
277/480
480/690
1.000
Capítulo 1 • Fundamentos 7
Tabela 1.4 • Tensões nominais de sistemas com 1 kV < u• .;; 35 kV e tensões máximas correspon·
dentes para equipamentos (IEC)
Série I Série n
- >---
Tensão n1áxinla para Tensão n1:ixi1na para
Tensão no,ninal de Tensão norninaJ de
equipa1nentos equipa,nen1os
sistema (kV) sistema (kV)
(kV) (kV)
3.6
7.2
3,3•
6.6
3•
6•
- - 4,4
-
4,16*
-
-
-
-
12 11
-
-
-
-
,--
-
10 -
13.2
13.97
+ r
-
12.47
13.2
---
14,52 13,8•
(17,5)
- - - ( 15)
- .... - -- -
24 22 20 - ~
-
- - - 26,4 24,94
36 33 - - -
- - - - 36.5
~
34.5
r
40.5 - 35 - -
para sistemas ele 60 Hz, corresponde aos padrões norte- No Brasil, as tensões usuais - entre 1 kV e 35 kV -
americanos. A IEC recomenda que um 1>aís utilize ape- estão indicadas na Tabela 1.5.
nas un,a das séries e, no caso de a opção ser pela Série
1, que apenas uma das listas seja usada. São feitas as
seguintes observações: 1.5 Choque elétrico
• Para um sistema normal da Série 1 a tensão máxima
1
Choque elé1rico é a 1>erturbação, ele na.tureza e efei·
e a tensão mínima não devem diferir além de :1: 10% los diversos, que se manifesla no organismo humano ou
da tensão nominal. anin1al quando este é percorrido por uma corrente elé·
• Em um sistema normal da Série li, a tensão máxin1a trica. Dependendo ela inlensidade e do tempo do cho·
não deve diferir alén1 de + 5% e a tensão mínima, além que elétrico, a corrente elétrica provoca maiores danos
cle - 10% ela tensão nominal. e efei1os fisiopatol6gicos no homem. No estudo ela pre·
• As tensões assinaladas com asterisco (ª) não devem venção cio choque elétrico, devem-se considerar:
ser usadas em redes públicas. • Conc,1tos diretos: é. quando a pessoa toca diretamen·
• Estuda-se a unificação elas tensões 33 e 35 kV. te a parte viva (condutores energiL:1dos) de uma ins-
• Os valores indicados entre parênteses são considera- talação elétrica. Isso pode ocorrer quando a pessoa
dos não preferenciais. toca inadvertidamente os condutores energizaclos ou
outra 1>arte do circuito de um equipamenio, ou devi-
do a uma fissura (falha) cio material isolante do fio,
Taliela 1.5 • Tensões nominais na faixa 1 kV como mostra a figura 1.2.
< u. ,. 35 kV usuai5 no Brasil (kV)
• Contatos indiretos: contatos de pessoas ou animais
2,4
com massas que ficaram sob tensão devido a uma
falha ele isolamento (figura 1.2).
3,8
4,16
1 Os contatos diretos, que a cada ano provocam milha-
res de acidentes graves (muitos até fatais), são provocados
6,6°
geralmente por falha de isolamento, por ruptura ou remo·
13,2 ção indevida de partes isolantes ou por imprudência de
13,8° uma pessoa com relação a uma parte viva (energizada).
23,0' Terminais de equipamentos não isolados, condutores e
34.5' cabos com isolação danific,,da ou deteriorada e equipa-
Nota: mentos de utilização velhos são as "fontes" mais comuns
1. Usadas cn1 rode.~ das. concessionárias de dislribuição de ele choques 1>or contatos diretos. Observe, por exemplo,
cnc,:sia elé1ricà. que o (mau) hábito de desconectar o plugue da tomada
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8 lnslalações elétricas
.,
o~ D
Figura 1.2 • Contatos direto e indireto
Capítulo 1 • Fundamentos 9
~
Pon10 de
Ramal de derivação
ligaçáo
Ponto de Quadro
/entrega
' - - - - - - -+ - -- -c-:----:---:1Pro1eçào Mediçiio
R;l1nal de en1rada - - l>i
1O lnslolações elétricas
Quadro 1crn1inal
Disjuntor
Ponto de entrega
(origcn1 da instalação)
Rainal de
entl":lda Caixa de ,ncdição Fusí\'cl
(BT) . - - - - - - -'-"'7'Í Circuito de
distribui ão
Circuitos tenninais )
(a)
1
Medidor
Ponto de entrega
Trunsforn1ador
.,._ Origcn1
Quadro ele
Disjun1or
distribuição Circuito de
Quadro de distribuição
TC divisionário
distribuição Circuito de
dis1ribuição
principal
Circuitos tenninais )
(b)
Figura 1.4 • Esquemas típicos de instalações: (oi alimentação por rede público BT; (b) alimentação por rede p<iblico AT
Capítulo 1 • Fundamentos 11
12 lnslolações elétricas
Equipamentos a motor
Os equipamentos de utiliz,1ção acionados por moto·
res constituem a maior parte dos equipamentos de uso
industrial ou análogos e i>oa parte dos equipamentos
não,.industriais. Neles, são utilizados ,notares ele cor-
rente alternada e motores de corrente contínua. Figura 1.7 • Motor de indução tipo gaiola
SU$W li
Capítulo 1 • Fundamentos 13
No Quadro 1.2, são apresentadas definições sucintas fabricantes, para condições de luncionamento estabele·
dos tipos de máquinas elétricas, que são equipamentos cidas. Assim, ten1-se:
de ulilização.
• Corrente nominal 0.v): corrente cujo valor é especifi-
cado pelo fabricante do equipamento de utilização,
Corrente de partida de motores
em A.
As cargas constituídas por motores elétricos apresen- • Tensão nominal (U.vl: tensão atribuída a um equipa·
ta,n características peculiares, uma vez. que a corrente mento por seu fabricante, e que serve de relerência
absorvida durante a partida é bastante superior à de lun·
para o projeto, funcionamento e realização de
cionamento normal em carga. Na partida, o rotor cio
ensaios, em V.
motor de indução está parado, portanto a corrente elétri-
• Potência nominal (P"' ou 5,-.:): potência (ativa ou apa·
ca inicial é grande. Com o aumento da rotação do rotor,
rente) de entrada atribuída pelo fabricante, quando o
a corrente de alimentação decresce até atingir seu valor
equipamento funciona sob tensão e freqüência nomi-
em regime permanente, Considerando partida direta do
motor de indução trifásico, a corrente de partida pode ser: nais, na temperatura normal e com carga normal ou
na condição ade<1uada de dissipação de calor, em W,
• lp = 4,2 a 9 f.,·, para motores de dois pólos. kW ou VA, kVA.
• lf)= 4,2 a 7 /N, para motores com mais de dois pólos • l're9üência nominal (em Hz): freqüência atribuída
(valor médio de 6 IN). pelo fabricante e à qual são referidas as outras
Para motores de inclução de anéis ou de corrente grandezas nominais do equipamento, geralmente de
contínua, a corrente de partida depende da resistência 50 ou 60 Hz.
do circuito da partida do rotor valendo, em média, 2,5 f.v· No caso de equipamentos de utilização do tipo
motor, a potência nominal indicada na placa é a potên-
Classificafão dos equipamentos cia mecânica úti l no eixo do rotor (em kW ou CV), isto
a motores elétricos é, a potência de saída no seu eixo. De maneira seme·
A potência absorvida em funcionamento é determi- lhante, para certos aparelhos de ilumi nação, a potência
nada pela potência mecânica do eixo, solicitada pela nominal indicada é a potência (total) das lâmpadas. Em
carga acionada. A NBR 541 O classifica os equipamentos ambos os casos deve ser considerado o rendimento (h ),
a motor utilizados em aplicações normais em dois gru· razão entre a 1>0tência de saída (designada por P '.,-) e a
pos principais: potência de entrada (designada por P,,).
• Carg<1s índustric1is e sinlHares: constituídas por motores ~ (aída P:,,
de indução trifásicos tipo gaiola, com pOlências nomi- 71= - - = -
Pcnlr.>d:I /~,1
nais unitárias não superiores a 150 kW (200 CV), acio-
nando cargas em regime S1 (contínuo), e com caracte- O fator de potência nominal (cos </>,,.) é definido como
rísticas conforme a NBR 7094. a razão entre a potência nominal ativa (P,-) e a potência
• Cargas residenciais e comerci,1is: constituídas por non1inal aparente (S,..).
n1otores com potências non,inais não superiores a
1,5 kW (2 CV), integrando ap.1relhos eletrodomésticos PN
cos <I> = -
e eletroprofissionais. S1v
A Figura 1.8 representa simbolicamente um equipa-
Essa classificação cobre a maioria das aplicações mento genérico de utilização.
práticas. Podem-se determi nar, para os equipamentos de uti-
li zação, as seguintes expressões relacionando os valo-
Caracte rísticas no minais res nominais:
Os equipamentos de utilização são caracterizados (1 ,4)
por valores nominais, especificados e garantidos pelos
Equiprunento de utilizaç-iio
(Entmda) (Saída)
14 lnsloloções elétricas
(1.5) EXEMPLO
P,, S,, Dada unia churrasqueira elétrica de 3 kW, co1n 71 •
IN = c:i-- (1.6) 60% em 220 volts, calcular a corrente elétrica e a
t· U,v · cos<hN r· UN
1>0tência ativa de entrada na churrasqueira.
Tem-se:
sendo t um fator que vale V3
para os equipamentos tri-
fásicos e 1 para os monofásicos. p• N = 3.000 w,'1 = 0,6, U,v = 220 V
Note que, nas expressões 1.4, 1.5 e 1.6, as grandezas
siio assim relacionadas:
P'N P'.v 3.000
'1)=-~ P,, = -;;, = 0.60 = 5.000 W
P,v
• Equipamenco mono(Asico: u,. representa a tensão de
fase. PN 5.000
• Equipamento trifásico: UN representa a 1ensão de JN= UN = 220 =22,72A
linha a linha e P.v e S,\' são potências totais, isto é, lri-
íásicas. A Tabela 1.6 apresenta as características nominais
típicas ele diversos aparelhos eletrodomésticos e eletro·
lntroduzinclo a potência ele saída (P'.,) na Expressão 1.6, profissionais.
obtém-se a Expressão 1.7.
f>'.v 1.8 Circuitos
I ~' = ---"--~- (1.7)
' rUNr, cos <í>N
Um circuito de uma instalação, como deíinido na
Seção 1.6, compreende, além cios condutores elétricos,
EXEMPLO todos os dispositivos nele ligados, isto é, no caso ma is
geral, os clis1>0sitivos de proteção, os dispositivos de
Calcular a corrente nominal do mo1or de indução comando, as tomadas de corrente etc., não incluindo os
trifásico tipo gaiola de 15 CV, 380 V. com '1 = 0,8 e equi1>an1entos de utilização alin1ent.:idos. Sua caracterís·
COS <J>N = 0,85. tíca principal é a proteção cios condutores contra sobre-
Tem-se: correntes, que pode ser assegurada J>Or um único dispo-
sitivo (protegendo contra correntes de sobrecarga e de
J",, = 15 CV, '11 = 0,8, cos <l>N = 0,85
curto-circuito) ou por dois disposit.ivos (um protegendo
Da Expressão 1.7 e lembrando que 1 CV = 736 W: contra correntes de sobrecarga e outro, contra correntes
de curto-circuito). Os condutores podem não possuir a
_ 15 X 736 _ ? mesma seção nominal ao longo do circuito, desde que
J,, - - 24, A
V3 X 380 X 0,8 X 0,85 o(s) dispositivo(s) de proteção seja(m) escolhido(s) em
função cios condutores de menor seção nominal .
SU$W ü
Capítulo 1 • Fundome<1los 1S
(continua)
SU$ W li
16 lnslalações elétricas
(continuação)
Aparelho Potências nominais típicas (entrada)
Geladeira (residencial) 150a SOOVA
Grelha elétrica 1.200 W
Impressora 80a350W
Lavadora de pratos (residencial) 1.200 a 2.800 VA
Lavadora de roupa (re.sidcncial) 770VA
Liquidificador 270VA
Máquina de costura (não-profissional} 60 a 150W
Máquina de escrever 150VA
Máquina copiadora 1.500 a 3.500 VA
Mic-roco1npu1ador 150a250W
Monitor 200a 300W
Projetor de siide.ç 250W
Retroprojetor 1.200 W
Sctutuer IOOa lSOW
Secador de cabelos (nilo-profissional) SOO a 1.200\V
Secadora de roupas (residencial) 2.500 a 6.000 w
Televisor 75a300W
Ton1eira 2.800 a 5.200 w
Torradeira (residencial) 500• 1.200\V
Triturador de lixo (na pia) 300W
Ventilador (circulador de ar) de pé 300W
Ventilador (circul:.,dor de ar) ponátil 60a IOOW
Norn1aln1ente, nas instalações1 utilizam-se distribui- um nú1nero excess;vo de pontos de utilização en1 un1 cir-
ções radiaisl con10 mostra a Figura 1. 9, nas quais poden1 cuito terminal, o que é função do tipo e das característi-
ser distinguidos os circuitos de distribuição principais, os cas da instalação. A título apenas de exemplo, para as
circuitos divisionários e os circuitos tern1inais, já apresen- unidades residenciais, o guia da norma francesa de insta-
tados na Figura 1.5. t importante observar que o circtJito lações elétricas de baixa tensão NFC 15-100 recomenda
terminal é o circuito protegido pelo último dispositivo de um máximo de oito pontos para os circuitos terminais de
proteção, contado da origem da instalação, não conside- iluminação e de tomadas, e as tomadas duplas (ou triplas)
rados os eventuais dispositivos especííicos de proteção no são con1putadas con10 um único ponto.
próprio equipamento de utilização. Os circuitos tern1inais individuais em locais de habita-
A NBR 541 O recomenda que os circuitos terminais ção que a NBR 541 O chama "independentes•, isto é, os
sejam individualizados, com base na funç,io dos equipa- que alimentam um único ponto de utilização, são geral-
mentos (ou pontos) de utilização alimentados. Assim, devem mente destinados a tomadas de corrente non1inal elevada
ser previstos circuitos terminais distintos para iluminação, ou a equipamentos fixos de potência nominal elevada. A
para tomadas de cooente, para equipamentos a motor etc. norma recomenda que sejam previstos drcuitos indepen-
SU$W ü
Capitulo 1 • Fundamentos 17
dentes para equipamentos de corrente nominal superior a • Condições an1bientais: independentes da natureza das
1O A (por exemplo, d1uveiros e torneiras elétricas), em instalações e dos locais considerados, relacionadas a
unidades residenciais e em acomodações de hotéis, fatores exteriores provenientes da atmosfera, do clima,
motéis e similares. ela situação e de outras condições da região onde se
encontra a instalação; compreendem 14 parâmetros.
Esquema de condutores vivos • Condições de 1.1lilizc1ção: rela1ivas aos locais onde se
situa a instalação; compreendem cinco parâmetros.
O tipo e o número dos condutores vivos de uma
• Condições relacionadas com a construção das edifi-
instalação elétrica, ou seja, o esquema ele condutores
cações: sua estrutura e os materiais utilizados; com-
vivos, são escolhidos levando-se em conta principal-
preendem dois parâmetros.
mente a natureza dos equipamentos ele utilização ali-
mentados (trifásicos, bifásicos ou monofásicos); no Para facilitar a classificação dos diferentes parâme-
caso ele alimentação por rede de baixa tensão, os tros, foi estabelecido um código alfanumérico constante
lirnites são fixados pela concessionária de energia de duas letras e un1 algarismo. A primeira letra indica a
elétrica. O número de condutores de uma instalação categoria geral da influência externa, podendo ser A
consumidora se enquadra nos dados apresentados na (condições ambientais), B (condições de utilização) e C
Tabela 1.7. (construção); a segunda letra indica a natureza da
influência externa. O conjunto das duas letras caracteri-
za o parâmetro, como mostrado a seguir, e o algarismo
1.9 Influências externas indica a classe de cada parâmetro. São as seguintes as
A classificação das influências externas apresentada influências consideradas:
pela NBR 5410 é a classificação internacional da IEC. AA - Temperatura ambiente
Trata-se de um inventário, o mais completo possível, de A8 - Condições climáticas do ambiente
todas as condições exteriores a que podem estar sujeitos AC - Altitude
os diversos con1ponentes da instalação e que, logica- AD - Presença ele água
mente, poderão influir nos procedimentos de projeto e AE - Presença de corpos sólidos
de execução. Af - Presença de substâncias corrosivas ou poluentes
Os diferentes parâmetros de influências externas são AC/AH - Solicitações mecánicas (impactos/vibrações)
classificados em três grandes categorias: AK - Presença de ílora e mofo
Orige1n du instal:,ç.ão
Circuitos de distribuição
principal
Circuitos de distribuição
divisionários
l 1 l
Circuitos 1ern1inais
Figura 1,9 • Distribuição radial: circuitos de distribuiçõo e terminais {ver simbologia no Seçõo A.7)
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18 lnslalações elétricas
Tabela 1,7 • Número ele condutores ele uma instalação consumidora (uquemas apresentados
na f",gura 1, 1O)
~ - - - - --L,
Sisten1as en1 CA
,::..._...r,,y,"-.--'>.--- Lz
•
• ------- --- ---- •N
'---------L3
Monofásico '-------N 1'rifásico a três ~------L,
a dois ou quatro condutores
condutores ~-----Li
-------------- •N
'-----Lz
'-- - - - - - - - L3
Monofásico a três
condutores
Siste,nas e.01 CC
doiscondutores
Bifásico a três L-
N
condutores
L+
três condutores N
Lz
L-
Figura 1.1O • Esquemas de condutares vivos segundo a NBR 5<1 1O
SU$ W ü
Capítulo 1 • Fundamentos 19
Faixas de temperatura
Código Classificação Aplicações e exemplos
Limite inferior ºC Limite superior ºC
AA I Frigorífico - 60 +5
Câmaras frigoríficas
AA2 Mui 10 frio - 40 +5
AA3 Frio - 25 +5 -
AA4 Te,nperado -5 + 40 -
AA5 Quente +5 + 40 Interior de edificações
AA6 M ui10 quente +5 + 60 -
AA7 - 25 + 55
AA8
Ex1ren1a
- 50 + 40 -
Noi:ts:
1. ,\s c-ht'iSJCS de lC1n~rn1urn :.mibitme s.io aplic.•h·cis a1x:n:1s quando n.."'io h:i inOUC.ncia da urTU1lade.
2. O valor médio ent u1n período de 24 hC>t:U n5o dcYc exceder o lin1i1e: superior nlenos s<>c.
3. l>ar:i ccnoi; antbicn1cs. pode ser n~rio con1bin3r duas faix:u: de 1en1pcra1t.1rn... Por exemplo. lnstal~ s ao ar livre podem ser subl'tlC-lidas .l
cen1pemturtts <'ntn' - SºC e + SO"C. oorres.1>0ndentes a AA4 + AA6.
4. ln:s1al:tçõcs subme1idas a 1cmpcr.1tura.'> difcrcnlcs das indic;1d:i:s deve.,n ser obje10 de prcscriÇÕi.•,,; p.irticulàreS.
O Apéndice H d3 JtC 60364·5-5 I:2001 lr:\Z infOITOOÇÔC$ sobre:, intt rdcpendéor.· i:t d3 1en1per.:uur:a do :1t. umidade fl'l:uiva e umitL'\00 nbsolu1a
p.1ra as: cln:,ses de condições c li1ni1irns CSJX.-'Clíicas.
SU$ W li
20 lnsloloções elétricos
Capítulo 1 • Fundamentos 21
AK I Desprezível
Se1n risco de danos devidos à flora
ou ao 111ofo -
Os riscos dependem das condições locais e da
natureza da nora. Pode.-.se dividi-los en, riscos
AK2 Prejudicial Risco de efeitos prejudicais
devidos ao descnvolvi1nen10 prejudicial da vege·
1ação e riscos devidos à sua abundância
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22 lnslalações elétricas
Capítulo 1 • Fundamentos 23
(continuação)
Código I Classificação Características AplíCl!ções e exemplos Referêncías
c.ampos magn éticos
' ra d'1ados (AM8)
Produzidos por linhas de ener-
gia. 1ransforn1adorcs e outros Habililações. locai.s comerciais e Nível 2 da
Al'..t8- I Nível médio
equipan1entos de frcqtiência indústrias leves IEC 61000-4-8:2001
indus.rial e suas harrnônicas
Indústrias pesadas. subestações
Grande proxi,nidade dos elen1en-
Nível 4 da
AM8-2 Nível alto AT/BT. quadros elétricos e proxi-
ros nlencionados an1e.rionnen1e
IEC 61000-4-8:2001
ou de oulros sin1ilares 1nidade de linhas fe.iToviárias
Campos elétricos (AM9)
AM9-I Nível desprezível Caso geral - -
AM9-2 Nível médio De acordo con1 o valor da 1ensão
Al',19,3 Nível alto Proxin1idadc de linhas aéreas dé
e da localização, interna ou íEC 61000-2-5
AT ou subestações de AT
AM9-4 Nível n1uito allo exten1a à edific.ação
Tabela 1.18 • Fen&nenos elelt v11,agnéticos de alta freqüência conduzidos, induzidos ou radiados
contínuos ou transitários)
Códígo Classificação Características j Aplicaç;io e exemplos j Referéncías
Tellsões ou cor rentes índu<idas oscilantes (AM2l)
Principalmeme perturb.1ções de modo
AM21 Se,n classificação con1un1 geradas por c:uupos ele1ro1nag· - IEC 61000-4·6
né1icos ,nodulados cn1 AM ou FM
Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do nanossegundo (AMZ2)
Salas de c,omputadores. Nível Ida
AM22-I Desprezível Ambiente protegido
salas de controle lEC 61000-4-4:2004
Nível 2 da
AM22-2 Nível médio Ambiente protegido - IEC 61000-4· I:2004
Chavea1nen10 de pequenas cargas ioduti-
Nível 3 da
AM22-3 Nível alto vas, ricochete de contatos de rel6s Redes de baixa tensiío
IEC 61000-4-4:2004
Faltas
Indústrias pesadas,
Subestações AT/llT
quadros de distribuição Nível 3 da
AM22-4 Nível n1uito alto Equipa,nento de manobra a SP6 ou a
principais ou in1er- IEC 61000-4-4:2004
vácuo
1nediários
Transitórios unidíre<:ionais conduzidos, na faixa do micro ao milíssegundo (AM23)
Circuitos ou ins1alações t((uipadas oo,n
AM23-1 Nível controlado dispositivos de proteção contra sobreten- Situações controladas -
sões. iransfonnadore., alterados
Descarga aunosférica distante (n1ais de
I km): forma de onda 10 µ.s/ 1.000 µ.se
impedância da fonte 20 !l-300 !l Oescarg"s a11nosféricas
TrJnsilórios de chavean1cnto (por cxcn1- distantes de redes
pio, intel'rupção da corrente de falia por subterrâneas
AM23-2 Nível médio 4.2.6.1.12,5.4.2 e 6.3.5
u1n fusível): fornta de ondtt 0 1 I n1s/l n1s
dn NllR 5410:2004
e impedância da fonte 50 O
Descarga aonosférica próxi,na (a ,nenos Descargas atn1osféricas
próxilnas de unia rede
AM23-3 Nível alto de I km): fonna de onda 1.2 µ./50 µ.se
aérea ou de t1111a edifi-
impedância da fonte I H- IO!l
cação
(continua)
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24 lnslalações elétricas
(continuação)
Códígo Classificação Caracter,sticas Aplicação e exemplos j Referêncías
Transitórios oscilantes conduz.idos (AM24)
Fenô,nenos de chaveanlento
toe-ais residenciais,
AM24-1 Nível 1nédio presentes nonnalnlente ern IEC 61000-4-12
con1crciais e industriais
insial'1çõcs de edificuçõcs
Fcnô1ncnos associados a
AM24-2 Nível alto Subestações AT/MT IEC 60255-22-1
chavca.n1cntos/n1anobras
Fenômenos radiádos de alta freqüência (AM25)
Estações de rádio e televisão a Residências e locais Nível I da
AM25· 1 Nível desprezível
,nais de I k1n con1erciais IEC 61000-4-2:2002
Tr~lnsccp1ores ponátcis a Nível 2 d•
AM25-2 Nível rnédio Indústrias leves
não n1enos de I m IEC 61000-4-2:2002
Indústrias pesadas e
Transceptores de alta potência nas Nível 3 da
AM25-3 Nível alto aplicações de alia
proxhnidades IEC6 I 000-4-2:2002
confiabilidade
Capítulo 1 • Fundamentos 25
BB4 Muito baixa Condições hnersas Pessoas in1ersas na água. por exemplo, enl banheiras e piscinas
SU$ W ü
26 lnslalações elétricas
E1n condições habituais, as pessoas Locais c1n que o piso e as paredes scjarn isolantes.
não estão ern contato con1ele1nen1os com elen1en1os condutivos em pequena quan1idade ou
BC2 Raro
condutivos ou postadas sobre super- de 1iequenas dimensões. e de 1al fonna que a proba-
flcies condutivas bilidade de comato possa ser desprezada
Pess&Js em con1a10 co1n elementos Locais cn1 que o piso e as paredes sejam condutivos
BC3 Freqncnce condutivos ou pos.tadas sobre super· ou que possua1n elen1eruos condutivos en1 quantidade
ffcics condutiv:;,s ou de di1nensões consideráveis
No1x apHeaçôe'S e c.xcn1plos destin,m,se apenas 3 st1.l>sidi:tt 3 av.,Ji~.ão de si1uaÇõeS reais. romeccndo ele,nen1os roais q\l:llil:uh'OS que quanth3·
tivos. Os (Ódigos loc-àis de ~ urança co,uro i~ndio e pf1.11ioo poden, con1er patân1e1ros ma.is e.~uitos. Ver 1.1.rnbén1 1\BN'I" NOR 13570.
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Capítulo 1 • Fundamentos 27
28 lnsloloções elétricas
EXERCÍCIOS
Conceitos fundamentais
30 lnslalações elétricas
/1
~, / I \
I U I
I \
I I \
\
(a) . . •. .• 1
PotÇnc-ia,total
······ >
P mU/ cos <l>
Figura 2.2 • Grólicos ela lenm, da corrente e ela potÔileia in,tantõneas em um circuito monol6sico
A potência instantânea p da Expressão 2.6 é dividida potência que vai ela fonte para a carga e vice-versa, a
em duas parcelas, (1) e (li). A primeira oscila em torno cio qual não é consumida, ,nas trocada entre as reatâncias
mesmo valor médio, UI cos <I>, e nunca se torna negati· indutivas e capacitivas do circuito cujo valor n1édio é
va e a segunda apresenta valor médio nulo. A Figura nulo, embora seja representada pelo valor máximo Q,
2.2(b) mostra o gráfico da Expressão 2.6 cios componen- conhecido con10 potência reativa absorvida pela carga.
tes separados expressos por I e li. Os tem1os lixos ela Assim, pode-se representar a carga ela Figura 2 .1 por
Expressão 2.6 podem ser representados por: aquela ela Figura 2.3 para o caso de CA.
A potência em corrente alternada pode ser expres-
P = UI cos <I> (2.7)
sa por
Q = Ulscn<I> (2.8)
s = f' + jQ = s tl. (2.1 O)
Assim, a Expressão 2 .6 é igual a
p = P {l - cos 2"'1) - Q sen 2cot (2.9) P-->
..___,._.. Q -->
()----'>--~ ~ ~ ~ ~
(1) (li)
l
1
<
ü
R :
: c,,rga cos <t> = cos (- 30°) = ';3 =0,866
: elé1rica
1
(capacitivo ou adiantado)
! jX 1:
---1
<
< Potência em circuito trifásico
Seja o sistema trifásico mostrado na Figura 2.5, con-
siderando-se as tensões instantâneas de fase em relação
Figura 2.4 • Diagramo de cargo elétrica em CA represen· ao neutro:
todo por um re-sistor e um indutor
110 º V2 U s~n wr
SU$W ü
32 lnslalações elétricas
D
- \! R
i u <~ a ()O cos<I>= 1 P> O Q =O
•
cl
J LJ <D = - 90" cos<l> = O P=O Q<O
~ ou
°'Ç;
u
0" < <1> <+90" O< cos<l>< J P> O Q>O
33
j /; u
' cT u - 90° < <~ < 0° O< cos<l• < J P> O Q<O
ou •
33
Se a carga elétrica for equilibrada, as três correntes
instantâneas de fase poderão ser escritas como:
;.
(a)
- i. = V2 / scn (wr - <1> )
Carga
ib
(b)
-
elé1rictl
cquilibrad:1
;,, = V2 / sen (,ot - 120° - <1>) (2 .1 6)
Figura 2.S • Diagrama de vm circuito mfósico equilibrado Substituindo os valores das tensões e correntes das
expressões 2. 15 e 2. 1ó e utilizando as devidas relações
11, = V2 U sen (wt - 120°) (2.15) trigonométricas, obtém-se a potência ativa total entregue
à carga equilibrada:
u, = V2 U sen (wt - 240º) P,nr = 3 UI cos <I> = 3P (2. 18)
SU$W ü
z J* = 1,-1 (2.23)
A potência aparente será dada por
S= ui• (2.24)
u, = Ur
Obtém-se, elas expressões 2.21 e 2.23 na Expressão
Triângulo . .
{ ,,.=V3,, 2.24
34 lnslaloções elétricas
1:
Q
do mesmo modo em que foi feito para P e Q
s = YP' + Q' = UI (2.29) ú= iz. + iz, + ... + ii. = (Z, + z, + ... + i.)i
(2.36)
i
i,,
(a)
i
+
Substituindo a Expressão 2.36 na 2.35, tem-se Como o circuito é equilibrado, pode-se trabalhar
apenas com uma das fases (fase (a), por exemplo).
s,.. = (i, + Z, + ... + Z,,)ii• = Assim, tem·se
= 1zz, + JZZz + ... + J?i,n
i = Ú. = 2081\/3 S .l20 ·
i36.90 :. l.=24 l-36.90A
e considerando a Expressão 2.27, obtém-se ª Z 4 + j3
.s,., = Ln ; .. 1
s,= L" <Pi + iQ,l
i• 1
(2.37)
Observe que o ângulo <I>da impedância da c:irga é
36, 90' , portanto
Para o circuito com admitância em paralelo da
Figura 2.9(b), tem-se cos <!> = 0,8
36 lnslalações elétricas
{ ~ I'••\'
+
- +·
..
i--: R
.•• ..•
u, ú, .• .
1- - •
P, cos ti>
.,...\ X
.-:
ú;(N) - - - r . .,·
1
I 1
(a)
-
àUaJ)rox
E rro
(b)
De acordo com a Expressão 2.41, pode-se construir AU = 2//(rcos + xsen <1>) (2.57)
o diagrama fasorial da Figura 2 .1 l(b).
Expressão que representa a queda de tensão no cir·
De P, cos <I> e /, é possível definir a impediincia equi-
cuito da Figura 2.11, desprezando-se a defasagem entre
valenle da carga como
U, eu,.
Z = p (2.44) Considere agora o circuito trifásico equilibrado (com
/
2
cos <I> ou sem neutro), mostrado na Figur,, 2 .12(a), onde U, e
sendo u, são as tensões de linha (fase-fase) na origem do cir-
cuito e na carga, respectivamente. Estas estão relaciona-
i ~Z~ = R +jX
das às tensões de fase (fase-neutro), Uí e Ui por:
onde R e X são a resistência equivalenre e a reatância
indutiva equivalente da carga, respectivamente. Uj = U1/V3
A qued,1 de lensão do circuito é definida como
U2 = U2/V3
ó.V= U, - U, (2.45)
Tratando-se de un, circuito equilibrado, pode-se ira-
onde pode-se obter do diagrama fasorial da Figura 2. l l(b).
balhar com um circuito equivalente monofásico (fase-
U, = OD -AD (2.46) neutro), como indicado na Figura 2.1 2(b) e cuja equação
fasorial 1>ode ser escrita
OD = v'OC' - CD'= V Ui - CD' (2.47) U-í = 11 -{r + jx) + U- ;
CD = 2<1I cos <!> - 2rl I sen <I> (2.48) onde a corrente é dada por:
I = P/3 (2.58)
AD = 2rll cos <1> + 2,'// sen <!> (2.49) uz
cos <l>
Substituindo a Expressão 2.48 na 2.47, obtém-se Procedendo como no caso anterior, obtém-se pela
Expressão 2.56 a queda de tensão, que pode ser dada por:
OD = Vlf'l - (2r//cos <1> - 2r/scn <1>)2 (2.50)
AU' = Uj - U2 = // (re<l6<1>+xscn<I>)
e agora substituindo as expressões 2.49 e 2.50 na Ex- (2.59)
pressão 2.46:
A queda de tensão de linha será igual à
u, = v'Ui - (2rl / cos <1> - 2,U scn <1> ) 2
ó.V = V3 // (r=<l> +xsen<l>) (2.60)
- (2r//cos <!> + 2r//scn <!>) (2.51 )
Por sua vez, da Expressão 2 .19, a corrente poderá ser
O ângulo a entre os fasores U- 1 e U-2 terá por tangente
escrita como:
tga = -
CD (2.52)
OD I= p
(2.61)
Pode-se escrever para OD V3 U,cos <~
00 = U2 + 2J'/I coo <J> + 2rlI sen <I> (2.53)
Substituindo as expressões 2.48 e 2.53 na 2.52, tem-se Circuitos com carga distribuída
Considere o circuito monofásico representado na
lr// oo;; <1> - 2rl/ wn <I) (2.54) Figura 2.13, que alimenta duas cargas conectadas em
tg a = - - - - - - - - - - -
U1 + 2r// cos i.J> + 2YII wn i.J> pontos diferentes do circuito, as quais consomem as
potências ativas /'3 e I'1 e cujos fatores de potência são,
Substituindo a 2.51 na 2.45, a queda de tensão será:
respectivan1ente, cos <l>:.1 e cos <D2. Se as tensões nessas
ÁU = U1 + 2r// cos <I> + 2YII sen <I> cargas forem U, e U,, as correntes serão iguais a:
- v'U1 - (lr// cos<I> - 2r//sen<l>)2 (2.55)
Na prática, o ângulo a é muito pequeno e podemos
I,-- u, cos
P,
<I>, (2.62)
considerar, co1n boa aproxin,ação, que OC é igual à sua
projeção OD, o que equivale a nulos o ângulo a e sua tan- P,
/2 =-.....:.~ (2 .63)
gente; ou seja, com a Expressão 2 .54 chega-se a u,cos <!>,
2<11 cos <I> - 2rll sen <T> = O (2.56) A corrente total do circuito ser~. fasorialmente,
Assim, substituindo a Expressão 2.56 na 2 .55, tem-se . . .
1, =1,+ 1, (2.64)
SU$W ü
38 lnslala900s elétricas
_,
1., -
,,, -
-
u, __, -
~r. x
u, ' Carga
-l
__, '
trifásica
P, cos <f>
N() ···················································
1 I
1
(a) --!
_, .,
Ouga
por fase
('(!,, cos ·~
N()················································ 't .
(b)
u·, ,1
'
...
' C
o
u·, " ···-·········
4> D
Ir/ l.d
B
illl
--
IW
'
Erro
(e)
Figura 2. 12 • (a) dia9rama de circuito lrifósico equilibrado com carga na extremidade; (b) diagrama de circuito equivolen·
te por fose; (c) diagrama fosoriol do circuito equivalente por lose
!'J
,,,
u,
,,
U3 P3
<!>>
,,
u,
tl>z o
u, __,, ,..
-
[., r.. ,
/2
(•) (b)
>
(b)
lz ~ .. -
··- ..
~~
,,
(e)
,,
{d)
40 lnslolações elétricas
A IJ C M N
,.
0------.>-----.-----<l--• · --. -. ----· ... -·- - ~
l 1, ,,.
r.x
Sejam V, a tensão na origem do circuito e (r,, x1) e (r-,, l!,.LJ = U1 - Ui = ( U, - U;) + { U.1 - U2 )
x,) as características dos condutores nos dois trechos defi- (2.70)
nidos, de comprimento 11 e 1,,, como mostra a Figura 2.13.
Pode-se iniciar o c.-ílculo pelo último trecho, consi- Se houver mais de duas derivações no circuito, para
derado um circuito isolado com uma carga em sua extre- calcular a queda de ten><io total, procede~se da fftaneira
midade, onde o respectivo diagrama íasorial pode ser descrita anteriormente, começando pelo último trecho.
visto na Figura 2.14(a). Sendo conhecidos P.,, U, e <l>,, Um caso específico importante é um circuito mono-
além das características do circuito r21 x2 e I~, obtém-se íásico com várias derivações cujas cargas têm fatores
da Expressão 2.63 a corrente /2 e, do triângulo OCD do de potências iguais, em que a resistência r e a reatân-
cliagran,a., obtén1~se U3 e a 1 . cia x são constantes ao longo do circuito, con10 n1ostra
Conhecendo /'3, ,r,, e U3, obtém-se da Expressão a Figura 2.15.
2.63 a corrente /3, que resulta no diagrama fasorial ela Nessas condições, conhecidas as diversas correntes,
Figura 2.1 4(b). /~ l., ..., !.,, o comprimento dos diversos trechos, (. 1., ..., I.,,
as características do circuito, r ex, e o fator de potência
A corrente 11 que circula pelo pri meiro trecho é, (constante) cos <(), a queda de tensão total pode ser deter-
como indica a Expressão 2 .64, o resultado da soma minada, com razoável aproximação., por meio da que<Ja
íasoria l de /2con1 l3r con10 n1ostra o diagran1a ela Figura cle tensão uni(ária (ZAP) definida, da Expressão 2.57, como
2 .14(c). Conhecendo-se 12, /3, <1>2, <P, e a,, o valor de / 1
pode ser obtido por ZM, = rcos <!> + .rsen <t> (V/A · km ) (2.71 )
Q A 8 e D
,., ,~ lc /J
,.
.
I , <I> I . <I>
d
"
Figura 2. 16 • Diagrama de circuito monofósico com corgas distribuídas e com fator de potência constante
• Q) @
u
r r, Pz
cos: 11> 1 cos <f>2
L; •
42 lnslaloções elétricas
'
CD 0
220/../:i
20k\V 56 k\V
17.4 kvar 42 kva.r
0.75 0.80
NO ' (a)
.,
76k\V
2101,f3 59.4 kvar
96.5 kVA
0.787
NO
,,
(1>)
o que significa uma •liberação" no circuito ele sistema original, denominado sistema de seqüência
36,3 kVA. negativa.
• Houve recluçJo ela corrente consumida pela carga, • Um sistema de fasores cujos máxi1nos são alcança-
que passou de dos no n1es1no instante, isto é, um sisten1a ele (asores
em fase designado por sistema de sec1üência zero.
289,5 X 101 = 762 A
V3 X220 Sistemas de seqüência
para A Figura 2.20 mostra três sistemas de tensões equili-
bradas: um de seqüência positiva (ik.,, lk.., lk,,), um de
253,2 X 10' = 66(5 A seqüência negativa (É.,2, lk.,, É, 2) e um de seqüência zero
V3 X 220 (É;JJ, ÉJoQ, É.ol-
Os três sistemas podem coexistir em uni mesmo cir·
com a conseqüente reduç.io de perdas e de queda ele
tensão no circuito. cuito e sua composição dá origem a um sistema desequi-
librado de fasores. No caso dessas tensões, tem-se:
44 lnslalações elétricas
120"
1- a= V3 1- 3()" = 1,5 - j0,866
.. SeqOência nt..-ga1i-..•a 1- a'= V3 1+30" = 1,5 + ; 0.866
(t1/x·)
120"( 11112 A utilização desse operador permite que os sistemas
de seqüência 1>0siliva, e negativa sejanl descritos enl fun-
120" ção de uma das fases (por exemplo, fase (a)), como indi-
cam as expressões a seguir, resultantes da simples obser-
vação da Figura 2 .20.
Êr1
• Seqüência f>Ositiva: Ê111 = 1';,1
· · nw .,. (2.78)
Eb1 = Eu i ei-· = a-E"1
Êr:1 = 1k,,1 el•'UJO = a É.,1
• Seqüência negativa: E.,2 = Ê"1
'-. '120' • . (2 .79)
Figura 2.20 • Representação lasarial cios sistemas de E,,2 = e' E./l = aE.2
seqüêncio positiva, negativo e zero
1;,,: = e'1MI'i:..:,2 = á1· /~.,1.
j = 1 190" = o+ j Para o sistema de seqüência zero, pode..se escrever
Pretende-se, agora, cletenninar os três componentes da E., + a2Ê,. +ai:,,= É,;:,+ É.,, + Ê,,2 + a2 É,,, + a'Ê,,, +
fase a, É,., Ê,, e É.., em função cios três fasores desequi· 1 . • ~ • J .
libraclos t., Ê• e É,. +,,.E.a+ llE,IO + a· E-.,1 + a E"2 =
Somando as expressões 2.81, obtém-se
Ê... + Ê,
.... + Ê.. = 3Ê14,) + (1 + a' + a)Ê<IJ + (1 + a + a')Ê<>:
Desse modo,
co1no
(1 + ,,z + a) = O Ê,, + a2 Ê,. + aÊ, = 3t.,,
onde E, portanto,
i·, = .!.ct
3 ,, + ª2,:- + af.:) (2.84)
e i,;,u, ,;,1, ""('
• 1 • • .
e., = 3 (E. +e.+ t;.) (2.82) Com as expressões 2.82, 2.83 e 2.84 é possível,
dados os três fasores l':.,,, É,, e É,, desequilibrados, obter
Muhiplic.indo a segunda equação das expressões diretamente os componentes de seqüência da fase a. Se
2.81 por a, a terceira por t12 e somando as duas com a necessário, os componentes das fases b e e poderão ser
primeira, tem-se obtidos das expressões 2.78, 2.79 e 2.80.
A Figura 2.2 1 ilustra as construções de diagramas
Ê. + aÉ. + a2É,. = É.o+ É. , + É,2 + aÉ.o + a3Ê., + fasoriais indicadas pelas expressões 2.82, 2.83 e 2.84.
+ t11.Ê.a + a?.Êr,0 + a3i~, + a~Ê"2 =
= (1 +a+ a')É.o + (1 +a'+ a>)É,1 + (l +a'+ a')É,2 EXEMPLO
como
Sejam três tensões desequilibradas dadas por:
(1 +a+ a')= O
a3 = 1 t. = (60 + jO)V
tr' = (/
Dessa maneira, É• = (45 - j15)V
~ . 2 . .
l:.{J + aE,. + a Ih-= 36.. 1 É,= (-21 + jl20)V
e (a) Os componentes de seqüência da fase a serão:
• Da Ex1>ressão 2.82:
"r.""1 -- .!.
3 ( i.· + al;· + a 2V"'(') (2.83)
l ,ji, .,,,
por a2, a terceira por II e somando as <luas com a primei· = 28 + j 15 = 31.76 128,17° V
ra, obtém-se
240~,, .. - -,'
' '
'
01--• E., Éa
.~
o-=::::::~
~ . . ~i'2w ? •
a-E~-
•
,; ,..'
th Eh th
Fasorcs originais Seqüência zero Seqüência positiva ScqUên<:ia negativa
desequilibrados (Expressão 2.82) (Expressão 2.83) (Expressão 2.84)
Figura 2 .21 • Obtenção 9rófica fosoriol de É.o, t., e É.,2 partindo de É., É e É, 1,
SU$W ü
46 lnslaloções elétricas
EXEMPLO
• Expressão 2.83:
. 1 Considere que o sistema trifásico desequilibrado de
E., = [(60 + jO) + (-0,5 + j0,866)(45 - j75) +
3 correntes seja dado 1>0r:
+ (-0,5 - j0,866)(-21 + j120)] = 72,2 + i,, = 10 130" A
+ jlt,5 = 73,11 19,05° V i,, = 30 1- 60" A
• Expressão 2.84: i, = 15 1145º A
. 1
E.i = ((60 + jO) + (-0,5 - j0.866)(45 - j75) + (a) Os componentes de seqüência positiva serão:
3 • Da Expressão 2.83:
+ (-0,5 + j0,866)(-21 + jl20)] = -40,2 -
·
,., = 31 (!.· + ª'•· + (12 !,• ) = 31 ( 10 130" +
- j26,5 = 48,14 l-146.6º V
(b)Os com1>0nentes elas fases b e e serão: + 1 !120" ·30 1-(,00+ 1 1240" ·15 114~0 ) =
• Da Expressão 2.78: = 17,6 145º A
t..,= a E., = l
2
1240º · 73,'11 19,05º = • Da Expressão 2.78:
= 73,11 l-110.94° V i., = a i., = 1 12400
2 · 17,6 145° = 17,6 1285° A
i(I
- . a a
ü,,.f
U,.,, Ürn u,,,, Üca
" ~
,,
'
/:
'·. ,, u,,,, b
lb
b
/
;,,.
' e
iJ.,.
J, J,
e e
(a) (b)
Para ambas, as lensões de linha serão iguais a: E, portanto, as tensões de fase devem possuir compo-
nentes de seqüência zero, mesmo sendo nulos os com-
Únh = Úrm - Úb,, ponen1es de seqüência zero das tensões de linha.
. . . Ao utilizar con,ponentes simétricos, na maioria elas
U,,r = U,m - ~.,, (2.85) vezes é vantajoso, no caso de cargas ligadas em 6, utili-
. . . zar o Y equivale111e (ver Figura 2 .23).
u(i, = uc.,1 - udtl
Apresenta-se agora, para uma carga em Y, como
Somando essas equações, obtém-se: determinar os componentes das tensões de fase em ter-
mos de componentes de tensões de linha.
ú.,,, + Út,c + ú... = o (2.86) Para a seqüência positiva, tem.se., das expressões
Nessas condições, obtém-se das expressões 2.80 e 2.82 2.78 e 2.85
. . . . 2 . 2 .
. • • 1 . • . Uu1,1 = U ,m l - ubt1I = u,,111 - 0 U,t11I = ( l - 0 )U.1,,1
U.oo = U,.-0 = U.,;:, =
3 (u.,, + U1,c + U"' ) = O Como ( 1 - 2
11 ) = V3 130", tem-se:
(2.87)
Úftbl = \/3 f30º · Ú an1
ou seja, as tensões de linha, índependenlemente do grau
de desequihbrio, não possuem componentes de seqüên- e
cia zero. Elas poderão ser decompostas apenas em um
sistema de seqüência positiva (Ú~,, 1, ú""l' ÚCVl 1) e em um ú.,., (2.89)
cfe seqüência negativa (Ú"bz, ÚIH:2 e Ún.2).
Com a carga ligada e1n Y, as tensões de fase Ú,u,, Ú, 111 Do mesmo modo, obtém-se
e ú,. poderão ter qualquer valor, desde que a soma das
respectivas lensões de linha seja igual a zero (como indi· .
u.,,, =
ú,,,,,
• r. !30"
ca a Expressão 2.86). Em geral, se a carga for desequili- (2.90)
v3
brada, tem-se:
1: importante observar que não se pode obter os com-
(2.88) ponentes de seqüência zero das tensões de fase partir
A A
ZA
i,
ic
c ~ - -- - ~ 1 1 e is o
i c=
z, Z3
i,+ Zz + Z3
Figura 2.23 • Diagrama da equivalência enlre cargas Y - à
SU$W ü
48 lnslalações elétricas
dos componentes de seqüência zero das tensões de (b) As correntes de fase serão iguais a:
linha, un1a vez que estas, como se S<tbe, são nulas.
En1 un1 circuito trifásico a três condutores, as corren-
. 100 10° .
l,• = _ = 20J.!t. A = 20 + JO
)
tes de linha não podem ter componentes de seqüência
zero, visto que, para uma carga em Y ou para uma carga
. 100 l=.llllº _ . .
J.., = =, l- l20" A= -2.S + J4,33
em /!., tem-se sempre: 20
j = lOO J.rur'. = 10 l 12<Y' A = - 5 + 1'8 66
i.+i.+i,.=O (2.91) "' LO ' '
formando, portanto, un1 sistema de íasores cJese·
Em uma carga ligada em I!., em geral, as correntes de quilibrado.
fase têm sua son1a diferente de zero e assi,n conterão con1· (e) As correntes de linha serão iguais a:
ponentes de seqüência zero. i. = i,b - i,. = {20 + jO) - ( - 5 + j8,66) =
Da mesma maneira como foi feito para as tensões,
pode-se demonstrar para as correntes de fases de I!. que = 25 - jS,66 = 26,45 l- 19.1° A
. ,~,
,.,,, = . e: !30" (2 .92)
i. = i,,.. - i,,,, = (_2,5 - j4,33) - (20 + iO) =
v3 = - 22,5 - j4,33 = 22,9 l- 169.1° A
e
. ,:2 i, = i.. - ibr = ( - 5+ j 8,66) - ( - 2,5 - j4,33) =
/..., = - 1-30" (2.93) = -2,5 + j 12,99 = 13,22
=· V3 1 100.8" A
que também formam um sistema de fasores dese-
No caso das correntes em circuitos trifásicos a três
quilibrado.
condutores, também não se pode obter os componentes
(d) Os componentes simétricos das correntes de fase
de seqüência zero das correntes de fase em função cios
serão iguais a:
componentes de seqüência zero das correntes de linha.
• Das expressões 2.82, 2.83 e 2.84:
• 1 • • •
EXEMPLO ,,.,,., = 3 (1,•• + ,,,.. + /,.) =
Tem-se uma carga ligada em /!. composta pela asso- = * ((20 + jO) + {-2,5 - j4,33) + (-5 + jS,66)]
ciação de três resistências - 5, 1Oe 20 n -. como mos-
tra a Figura 2.24, alin1entadas por um sisten,a equilibr3cfo
de tensões com 100 V ele valor eficaz.
= t [(12,5 + j4,33) = 4,16 + j l,44 = 4,40 119" A
(a) Pode-se escrever para as tensões de linha:
. 1 . . '.
ú•• = 100...ut_ V 1•• , = 3 (/.,. + "'"" + ti I,.) =
Ú,,.. = 100 l-120" V 1
= 3l(20+j0) + (-0,5-j0.866)+ (-2,5- j4,33) +
Ú,. = 100 l 120" V
+ (- 0.S - j0.866)(- 5 + j8.66)] =
o a
=i(35+j0) = ll,67 A
Ur11, UN,
i.
its
sn 1on~"' .
/ubl =
l . l .
3 {/,. + {/ t,H. + {l/a,) =
.
,, ,, 20n
l
l'
= ~ ((20+i0)+ (-O.S - j0,866)(- 2,5- j4,33) +
h Íi.- J
ü,~
e + ( - 0,5 + j0,866)(- 5 + j8,66)] =
,,, 1 1
Êu - ' Zu
li,
Eb: '
'
i1,
,,
É(';; - '
1 Z, '
1
neutro
,,,
- . 1
1 Z,,
1
1
50 lnslolações elétricas
· 1 · · · · · 1 · · , · 1 · · 2 • ·
E..,•
3 (Z, + z. + z, + 9Z,,)l..o + 3 (Z. + a 2z, + oZ,)l,. +
3 (Z., + aZ,, + a Z,)l,z
. 1 . . 2 • • 1 . • . . l . 2 • • •
E., = :l (Z. + oz, + a Z,)l,o + 3 (Z., + z. + Z,)1,1 + 3 ( Z, + a Z, + 11 Z, )1-, (2 .97)
Ê,IJ = { i + 32,.)Í,IJ
/)))/)))/))) / )/)//)))))/ ))))/ )/)/))/
Ê., = ti., (2.98) (a)
É'.2 = i i,,,
As Expressões 2.98 mostram que, em um circuito
simétrico (balanceado), não há interação entre as seqüên-
cias, isto é, un,a tensão de dada seqüência é função ape-
nas da corrente de mesma seqüência.
A,_.._ . . . 1
A ilnpedância de um circuito, quando apenas circu-
lam correntes de seqüência positiva, é chamada impe-
clância de seqüência positiv,1 (Z1); de maneira análoga, . . . . . __ _-_-_-]
podem-se definir as impedâncias de seqüência negatí·
va (Íz) e zero (Z,). Assim, para o circuito em estudo,
/ //)/)7))//ll/7/J)//))//)) / //)///7//
(b)
i, = t .,li., = i
ti =É.l i..,= i (2.99)
Zi = É,,/i.,, = i + 32,
Dessa maneira, ao se considerar citeuitos trifásicos sirné-
tricos, pode-se definir impedância de seqüência positiva cio
circuito, ou de um componente, como a impedância apre-
sentada pelo circuito ou componente qoanclo por ele circu-
lam correntes ele seqüência positiva (Figura 2.26(a)). Por sua
vez, a impedállcía de seqü~llcia llegativa é aquela que o
V
circuito ou o componente apresenta quando percorre
correntes de seqüência negativa (Figura 2.26(b)). Em com-
ponentes estáticos, con10 linhas elétricas e transfoml.c1cfo. ///////1///////I//I //////1/1//I/
Quando a carga está equilibrada, a corrente é somen· Considere, agora, que haja um curto-circuito trifásico,
te de seqüência positiva. Portanto, a solução usual dos cir· como mostra a Figura 2.28. Trata-se de um circuito equi-
cuitos equilibrados é, na verdade, um c.:1so específico, que librado e, portanto, i.,2 • i"" • O e Ú" 1 ª ú..2 • Úr,0 • O.
envolve apenas o sistema de seqüência positiva, ou seja, Nessas condições, da Expressão 2. 100 resulta
tensões, correntes e impedâncias de seqüência positiva.
Os geradores, como foram construídos bem equili·
. t,,
(2.101 )
brados, só produzem tensões de seqüência positiva. As '·· = i
tensões ele seqüência negativa e zero resultam de quedas
Pode-se então escrever:
em im1>edâncias produzidas pela circulação de compo-
nentes de seqüência negativa e zero da corrente. . . É,,
l=l,= -a-
Tensões e correntes de seq(iência positiva (negativa)
produzem e estão associadas a campos magnéticos nas
" "' z
máquinas, que giram no sentido (oposto ao) da rotação . - 2'
ft, - (l ~' (2.102)
da máquina.
As correntes ele seqüência zero estão em fase nos três i, = niu
condutores de um circuito trifásico. Para que possam cir· Para um cur(o·circuilo bif.isico nas fases b e e (Fi-
cular, o ponto neutro deverá estar ligado a um quarto gura 2.29), tem-se como condições do defeito
condutor ou à terra. As três correntes se somam no ponto
neutro e tornan,wse 3/a0 110 condutor neutro ou no de Í. = O, ib = - i, e Úb = Ú,
terra. Elas produzem nas máquinas um campo magnéti·
Ec1uacionando o problema e aplicando as condições
co estacionário e pulsante. As correntes de seqüência
impostas, chega-se à expressão
zero são raramente encontradas e1n motores, pois neles
dificilmente o neutro é aterrado.
. . .. r- É. (2 .103)
Jb = -1, = -1 V 3 . a
o= (Z + 37.,)i.., + ú.., Z, + Z2
No caso de uma falta clire(a fase-terr,, (Figura 2.30(a)),
as condições desse defeito serão
o = :â,a + ú,,, (2.100)
ú, = O, i, = i,. = Oresultando em
i::. = ti., + ú., . 3Í;,
1.= Í. + i,+Z,+3Í. (2.104)
Aplicações Se tiver uma falta não-direta fase-terra (Figura 2.30(b))
Considere o circuito simétrico mostrado na Figura 2.27, con) Z,.. como in,pecfância ele falta, resultará em
na qual são apresentadas as im1>edâncias de cada fase,
com exceção da impedância de carga (ligada entre fase . 3É,, (2.1 OS)
e neutro). fu =:: • • • • •
2 1 + Z1 + Z 0 + 32,, + 3ZF
Lembrando que Ê..o = Ê~, = O e E,, = E. (gerador
síncrono), 1>0de-se escrever da Expressão 2.98:
Ê,,
u,,
z
E,,
i u~
Ec u,
z
.i,:n
52 lnslala900s elétricas
E,,
~ ·· ~l
z
i:.,,
- .. t,,
i
- ..Ê,. ,,. z 1
2,.
-~
Figura 2.28 • Diagrama de um curlo·circoito trifásico no final da linho
-
- yy
E" 1
• z 1
--
- y
~b-
y
,. ' z ' u.
' '
- - y
Ec_
y
i, 1
• i 1
u,
1
• i,i 1 --
Ê,, i«
- .' '
' z •
•
-
Eb
. '
' i •
•
E, 1 1
- yy
1 z 1
1 1
1 i., 1
(a)
-~
E. i/1
i
t.
z
Ec-
i
z
(b)
é. lb
~-~~
z > - - - - - - - - - - -• ub
E.e ,.. i ,. u,.
Figura 2.3 1 • Diagramo geral de t.1 m gerador síncrono e de uma linho de transmissão
SU$W ü
54 lnslalações elétricas
127 Ou então
127 = L,0 pu ou 100%
zII(n) = [ u,,{kv)J' x 10' (2.110)
220 _ '.l S11 (kVA)
127 - 1,7. pu ou 173%
(0.24 + ,;o.os1 n
(0,06 + j0.2 I) J>U
+
200 V IOOkVA
I pu
I J>U
0,8 indutivo
(c) Resolvendo o circuito, obtém-se: Com isso, tem-se, para as bases, a relação
• A corrente:
1
S 100 U,, 8 =. r.U1 ,,
/ = - = - = 500A · v3 ··
U 0,2
E para a tensão pu
• O fasor corrente (referência):
u =Up U1 •
-=-
Í= 500..IJ!A pu u,.._,, u,. 11
• A tensão na carga: o que significa que o valor pu de uma tensão de fase,
cuja base é uma tensão de fase, é igual ao valor pu da
Ú = 200J.co~- • 0.8 = 200 137"= (160 + jJ20) V
tensão de linha correspondente cuja base é a tensão de
• A tensão no gerador: linha correspondente à base anterior. Assim, por exem-
plo, se o valor ele
Üc; = :ii + IÍ
U,.. 11 = lOkV
Üc; = (0.024 + j0.08)500 + (160 + j120) =
tem-se
= (172 + jl60) V= 234,9 l43•V l
U,:11 = V3 10 = 5,77 kV
(d) Resolvendo em pu, obtém-se:
• A corrente:
Para uma tensão de linha,
t•. = l ..lJ! u,. = 4,16 kv,
• A tensão na carga: A tensão ele fase correspondente será igual a
ú,.. = 1 137" = 0,8 + j0,6
Ur- =
l
V3 4,16 = 2,4 kV
• A tensão no gerador:
o que resulta em
ú0 ,.. = :i,.J.., + ú,. =
4.15 2.4
= (0,06 + j0,21) 1 + 0,8 + j0,6 = u•• = W = • = 0,416 pu
5 77
= 0.86 + j0,8 = l,175 l 43° A potência aparente trifásica é igual ao triplo da
potência aparente por fase, ou seja,
• A tensão em vohs:
S.,,1 = 3S
Úo = 1,175 143° X 200 = 234,9 143° V
De maneira semelhante, tem-se para as bases
Sistema trifásico
Os circuitos trifásicos, quando equilibrados, são
resolvidos como uma linha simples (fase), com retorno Com isso,
pelo neutro, isto é, como um circuito n,onofásico. No
diagrama ele impedâncias, que será apresentado adiante,
as bases são a potência aparente por fase, em kVA, e a
tensão ele fase (entre a linha e o neutro), em kV. Nos sis-
O valor pu da potência aparente trifásica, cuja base é
temas trifásicos são, e,n geral, fornecidas a potência apa-
uma potência aparente trifásica, é igual ao valor puda po-
rente trifásica e a tensão de linha (entre linhas). Isso pode
tência aparente por fase correspondente cuja base é a
dar origem a un1a confusão entre un1a tensão de linha pu
potência aparente por fase correspondente à base ante·
e uma tensão ele fase pu. Embora uma tensão ele linha
rior. Assim, por exemplo, se a base for
possa ser a base, a tensão a ser usada no circuito mono-
fásico equivalente é ainda a tensão de fase. S.,11,11 = 30.000 kVA
Para un1 sis1ema triíásico equilibrado, tem-se, en1re as
ten1-se
tensões de linha, U,., e de fase, U,·, a relação
1 3
SH = 0.000 = 10.000 kVA
u,.= . r.
v3
u,· 3
SU$W ü
56 lnslalações elétricas
Então,
18.000 6.000
s•• = 30.000 = 10.000 = 0•6 pu
É comum, nos sistemas trifásicos, adotar como bases
a potência aparente trifásica em kVA e a tensão ele linha
em kV. Nessas condições, para as demais grandezas,
te,n-se:
• A corrente-base em an1pêres: Figura 2.33 • Diagrama de um sistema trifásico
z 2_ Z X S1, 2
(2.116)
EXEMPLO
"" - UJ12 X 1Q}
Considerando um motor ele induç.'io trifásica de 800
Dividindo a Expressão 2. 11 6 1>ela 2.11 5, obtém-se HP, 2.300 V, com reatância subtransitória de 15%, ren-
uma expressão que permite mudar as bases da impedân-
dimento de 90% e fator de potência igual a 0,88.
Sm, u.,>
cia Z, de (Sn,, Um ) 1>ara < (a) A potência non1inal de entrada será igual a:
800 X 0,746
= 0,90 X O,S8 ; 753,5 k VA
EXEMPLO
(b) O valor em ohn,s da reatãncia subtransitória será,
Considere uma impedância de S !l, nas bases 1O kV
ela Expressão 2 .113,
e 15.000 kVA. Seu valor pu será, da Expressão 2 .1 15,
igual a X" = 0,15 X 2,32 X 1()3
753,5 l ,OS !l
, 5 X 15.000
z,.,, = lQ2 X JQ} = 0,75
Na prática, são usadas as seguintes relações, que
Mudando as bases para 1S kV e 30.000 kVA, o fornecem valores bem aproximados:
novo valor pu da impedância ele 5 !l será, ela Expres- • Motores de inclução e motores síncronos com fator
são 2 .1 17, igual a de potência igual a 0,8:
S00,.(k VA); P00.,(H Pou CV ) (2.118)
( 1º) 0 667
2
zp,'2 = O'75. X (30.000)
15.000 X 15 = • • Motores síncronos com fator ele potência unitário:
s..,,,( kVA) = 0,8P.... (HPouCV) (2.119)
Escolha de base s
Para um transformador, o valor da impedância em
A escolha cios valores-base a serem utilizados quan-
ohms depende do lado em que é medido, se no lado da
do se estuda um sistema (por exemplo, para cálculos de
alta ou no da baixa tensão. Quando a impedância for
curto-circuilo) deve ser feila tendo em vista a simplifica-
dada em porcentagem (ou em pu), a tensão-base será a
ç.io cio trabalho. A princípio, são escolhidas as bases para
nominal ele baixa, se a impedância se referir à baixa, ou
uma parte do sistema, sendo que as bases para as demais
será a tensão nominal de alta, se ela se referir à alta.
partes, separadas da inicial e interligadas por meio de
Sejam:
transformadores, serão determinadas de acordo com os
• Z,r: impedância referida ao lado de alta (ohms).
princípios expostos a seguir.
• Z,n·: impedância referida ao lado de baixa (ohms).
As bases escolhidas inicialmente devem conduzir à
• U,11, tensão nominal de alta (kV).
obtenção, sempre que possível, de valores pu de ten-
• U,,,.: tensão nominal de baixa tkV).
sões e correntes próximos de 1, para simplificar os cál·
Pode-se escrever
culos. Por sua vez, haverá grande economia de tempo se
a escolha for feita de modo que poucos valores pu, pre-
viamente determinados, tenham de ser convertidos e1n
Z111· = (U•r)' (2.120)
ZM· UAT
novas bases.
Para equipamentos como transformadores e máqui- Da Expressão 2.114, onde Sé a potência nominal do
nas girantes, os fabricantes fornecem, em geral, as impe- transformador e levando em conta a Expressão 2.120,
dâncias (ou as reatâncias) em porcentagem cujas bases pode-se escrever
são a potência e a tensão nominais dos equipamentos.
No caso de motores, são geralmente especificadas a
, .. =-~-~
z,, z,,.,. S
X (Uu/UAr)2ZAT X S
potência non1inal, que é a potência de saída, no eixo do
• ,.,,. U11· X lOJ UJn. X 103
motor em HP, CV ou kW, e a tensão nominal, tensão de
Z,,r X S
linha, para motores trifásicos. Assim, conhecendo-se o ; u~.,. X 10' = ZA7: pu
rendimento e o fator de potência, será fácil determinar a
potência aparente no,ninal na entrada do n1otor, que é a Dessa n1aneira, en, un, transforn,ador, a impedância
base adotada. pu será a mesn1a em ambos os lados (alta e baixa ten-
SU$W ü
58 lnslaloções elétricas
são), o que é uma das grandes vantagens de se utilizar os • Os dois valores relacionam-se entre si de acordo
valores em pu. com a Express.io 2 .120:
A escolha adequada das diferentes bases para as par- 2
tes de um sistema interligado por transformador pode 1,27 = ( 13,8)
simplificar bastante os cálculos com valores pu. Nesse 127 138
caso, recomenda-se as seguintes regras:
• Para circuitos ligados por transformador monofásico, as
tensões-base devem estar relacionadas en1re si como a EXEMPLO
relaç;io nominal dos números de espiras do transforma- Suponha que o gerador de 20.000 kVA, 13,8 kV, X;
dor. Dessa maneira, com a mesn1a potência-base, o 30% seja ligado ao lado da baixa do transformador do
valor pu de uma impedância será o mesmo, indepen- exemplo anterior.
dentemente de ela ser expressa em função da tensão· • Sua reatância em ohms será, da Expressão 2 .113,
base relativa ao lado em que está situada ou em fun· igual a:
ção da tensão-base relativa ao outro lado do
transformador. 0,30 X 13,82 X l(Y
• P.lra circuitos 1.riíásicos interligados por transformador X= 20.000 =
(ou banco de transformadores), as tensões-base nos = 2,86 n (no lado de 13,8 kV)
dois lados devem estar relacionadas entre si em uma
relação igual à das tensões nominais (de linha) em • Quando o gerador é visto do lado de 138 kV do
ambos os lados. Nessas condições, as tensões-base transíorn1ador, a reatância em ohms será, da
deverão ter a mesma relação que as tensões (nomi· Expressão 2.120, igual a:
nais) entre fase e neutro em ambos os lados do trans-
formador, e a mesma relaçfo de números ele espiras X = 2,86 x{ ;3.;,)' = 286 n (no lado de 138 kV)
de um transfom1ador ligado em Y - Y.
que, em 1>u, representa, ela Expressão 2.114:
>
""
00
,,; >
""
oc
"·
2 .6 Análise de um circuito RL
A Figura 2.35 mostr,, um circuito constituído pela
associação em série de uma resistência R ede uma indu-
tâncía L, alimentado por uma tensão instantânea II e
- i R l
tante do fechamento da chave S, sua fase seja ,J, (fase ini- ~ possível determinar o valor de A, lembrando que
cial), como mostra a Figura 2.36. i = Ono instante 1 = O(fechamento da chave). Assim, da
Seja U.., seu valor de crista, pode-se escrever: Expressão 2.124, tem-se
cuja solução é
i = l,11 sen (wl + 'I' - <J>) -
(2. 127)
i = I,,sen (M + w- <1>) + Ae-(~' (2. 124) - ( 11 sen ( \JI - <l>)e·(:)'
cuja expressão indica que a corrente é constituída por
onde J,, vale
dois com1>0nentes:
I - U,11 • Componente periódico:
11, - V'
R· + (wL)·, /.11 scn ( wl + "1 - <I>)
e <!>, defasagem entre II e i, é • Componente aperiódico:
li - f.11scn ( IJI - <l>)e-(:)'
C05 <P = --:====
Y R' + (wl,)2
(2.1 25)
como mostra a Figura 2.37.
li
(w1)
_ _.. q,
r=O
(F<:ch,unen,o da chave S)
Figura 2 .36 • Gráfico da tensão aplicado ao circuito Rl
SU$W ü
60 lnslolações elétricas
I
i
Co1nponente periódico
Co111ponente aperiódico
A
.. ''• •••.
''.... .... '' .
'.....' .'
• '
••
: ,l.._' '
~-1-.~-+1--~;!---if----l!---+-~+.-'-=-=-'1""--+~+---1~+----l'---+--+~~> wl
.•
•
•• .
••
.• ••.
•
••• •
•
' • '.
' .
•• ',:
r= O
IJ
N,
N,:..1-+it-l'HJ-'-1e_2-O:---': \ 1112
,.,
'P1 Carga
Pri1nário Secunddrio
\.
-
Núcleo
62 lnslalações elétricas
A
+
1,
• • /2
r
~
ci, >
8 - 1
N,
(a)
(NYNiJZi
1,
• • i,.·- ,,
A
+ A-+ -
1
u, >
> ci, (N(NJ'z1
B - 1
N, l\'2
B
(b) (e)
;, --- -------
.,
'1f2...+ J, 1
~ ....:...+•
+ x, 1 ;~
X2 +
y
•• 112
/~!
ü, x., 'IÊ .,'
i.,,1 U2
' 1
I f..'1 N2 1
1 -------- 1
x; ;,
--1i.. X, ~
+ i.J,
ii., ••
ú, R,, Xm t, ú; ú,
N, N2
64 lnslakições elétricas
/'
-4
ü,
(a)
(b)
(e)
Z,.11r (2.160)
z. = -z;; = " • (2.15 7)
[U ( kY )) 2 (2.161)
Z · (fi) = N.A1 X 103 (2.158)
AT " • SN( kYA)
X= YZ2 - R1 (2.162)
SU$W ü
x, X',
••
EXERCÍCIOS
1. Calcule as potências aparente, ativa e reativa de uma carga monofásica com uma tensão e correntes de
U = 220/íf' V e I = J0/-3<:!' A
2. Uma carga trifásica ligada em estrela tem impedâncias iguais de 10 + j 10 ll por fase. Com uma tensão de linha
de 220 V. quais são as potências ativa e reativa da carga?
3. Dado um circuito monofásico com três cargas, no desenho a seguir, detenninar as quedas de tensão em cada tre-
cho e a total.
Considere que os cabos tenham r = 4,5 !1/m, x = O e ocos<!> = 0,8 indutivo para todas as cargas.
10 m 15 111 20 m
10 A 30 A
4. Dada uma carga trifásica com potência ativa de 50 kW e reativa de 50 kvar indutiva, determine a potência do
banco de capacitores para corrigir o fator de potência para 0,92.
S. Determinem as componentes simétricas das seguintes correntes:
t. = 20/9<:f' A, !• = 20/-9<:f' A e /, = O A
6. Para uma carga trifásica ligada em delta com as impedâncias z..,, =
:lOll, Z"' =
10/90" !l e z.. =
10/-90" !l e
com tensões V.. = 220/íf' V, V,,.. = 220/J2<r V e V"' = 220/- 12<:f' V, determine as correntes de linha e as com·
ponentes simétricas.
7. Qual é o valor real da impedância de um gerador monofásico de 20 porcento cuja potência nominal é de 10 kVA
e tem tensão de 220 V?
8. Qual é o novo valor da impedância em pude cinco por cento representada nas bases 13,8 kV e 30 MVA, se repre·
sentada nas bases 138 kV e 60 MVA?
9. t dado um gerador trifásico ele 20 MVA em 13,8 kV com reatância de 30 por cento ligado a um transformador ele
20 MVA, de 13.8 para 138 kV e reatância de dez por cento. Determine a tensão do gerador em pu, quando uma
carga de 15 MVA com fator de potência 0,8 indutivo sob uma tensão de 138 kV for ligada no secundário do trans·
formador.
1O. Para as medições do ensaio de curto-circuito do transformador monofásico de 2.000 VA e tensões de 200 V no pri·
mário e 100 V no secundário, determine a impedância série em pu.
P = 8 W, I = 10 A e U = l V
Sn$W
SU$W 6
68 lnslaloções elétricas
Correntes superiores ao limite de largar, mas com Se à atividade elétrica fisiológica normal se acres-
pouca intensidade, podem causar uma parada respirató· centa urna corrente elétrica de origen, externa e n1uitas
ria, se a corrente for de longa duração. Essas correntes vezes maior que a corrente biológica, é fácil imaginar o
produzem sinais de asfixia na 1:>essoa, graças à contração que sucede com o equilíbrio elétrico do corpo. As íibras
de músculos ligados à respiração e/ou à paralisia dos do coração passam a receber sinais elétricos excessivos
centros nervosos que comandan, a funÇ<iO respiratória. e irregulares, e as fibras ventriculares ficam superestí-
Se a corrente pem1anece, a pessoa perde a consciência muladas de maneira caótica e passam a contrair-se
e morre por asfixia. desordenadamente, uma independente da outra, de
Por isso é in1portante prestar os primeiros socorros, modo que o coração não possa mais exercer sua fun·
fazendo respir,,ção artiíicial (boca a boca). É necessário ção. É a fibrilação ventricular, respons.ivel por tantas
intervir imediatamente a1>Õs o acidente (no máximo em mortes decorrentes de acidentes elétricos, na qual as
três ou quatro minutos), para evitar asfixia ou lesões irre- fibras musculares cio ventrículo vibram desordenada-
versíveis nos tecidos cerebrais. mente_, estagnando o sangue dentro do coração. Des~1
maneira, não há irrigação sangüínea pelo corpo, a pres-
Q ueimaduras são arterial cai a zero e a pessoa desmaia e fica em esta~
A passagem ela corrente elétrica 1>elo corpo humano do de morte aparente. A fibrilação ventricular é acom-
é acompanhada do desenvolvimento de calor por efeito panhada da parada respiratória da vítima.
Joule, podendo produzir queimaduras. A situação torna· O fenômeno da fibrilação ventricular é irreversível.
se mais crítica nos pontos de entrada e de saída da cor- No entanto, sabe-se hoje que, se adequadamente aplica·
rente., uma vez que: da, uma carga elétrica violenta pode reverter o processo
• A pele apresenta elevada resistência elétrica, enquan- de fibrilação. Isso é feito com um clesfibrilador elétrico,
to os tecidos internos indican'I resistência baixa. que utiliza dois eletrodos aplicados ao tórax, os quais
• À resistência de contato entre a pele e as partes sob provocam uma descarga elétrica na região cardíaca do
tensão soma-se a resistência da pele. paciente. Mesmo assim, para efeitos práticos, a fibrilação
• A densidade de corrente é alta nos pontos de entrada é considerada fatal, pois dificilmente existem pessoas
e de saída da corrente, principalmente se as áreas de especializadas à dis1>0sição e equipamento necess.'\rio
contato forem pequenas. para prestar socorro à vítin1a e1n tempo hábil. Observe
que, cessada a atividade cardíaca normal, depois ele três
Quanto maior a densidade de corrente e mais longo
n1inu1os con1eçan1 a ocorrer lesões irreparáveis no teci-
o tempo pelo qual a corrente permanece, n1ais graves
do cerebral.
são as queimaduras produzidas. Nas altas tensões, em
A onda T representa o período de repolarização das
que há o predomínio dos efeitos térmicos da corrente, o
fibras musculares do ventrículo do coração.
calor produz a destruição de tecidos superíicíais e pro-
O período vulnerável corresponde a uma parte rela-
fundos, bem como o rompimento ele artérias, con, con-
seqüente hemorrasia e destruição dos centros nervosos. tivamente 1:>equena do ciclo cardíaco, durante a qual as
fibras cio coração estão em um estado inicial de re1>0la-
Observe que as queimaduras produzidas por correntes
rização. A fibrilação ventricular ocorrerá se elas forem
elétricas são internas, profundas e de difícil cura.
excitadas por uma corrente externa de intensidade sufi-
Fibrilação ventricular ciente. O 1>eríodo vulnerável corres1>0nde à primeira
O fenômeno fisiológico mais grave que pode ocorrer parte da ondil 7· (como indicado) e representa cerca de
quando a corrente elétrica passa pelo corpo humano é a 10% a 20% do ciclo cardíaco.
fibrilação veniricular do coraç,'io. Trata-se ele um fenôme- Os pesquisadores têm concentrado seus esforços na
no complexo e geralmente fatal, como explicado de procura pelo valor mínimo de corrente capaz de dar iní-
maneira simplificada a seguir (ver figuras 3 .1 e 3.2). cio à fibrilação, em função do tem1>0 pelo qual a corren-
Sabe-se que o músculo cardíaco (miocárdio) se con· te circula pelo cor1>0 humano. Os experimentos não têm
trai ritmícanlente de 60 a 90 vezes por n1inuto e susten- fornecido resultados coerentes, un1a vez que as n1aiores
ta, con10 se fosse un,a bon1ba, a circulação sangüínea dificuldades que impedem uma definição precisa do
nos vasos. A contração da libra muscular é estimulada lin1iar de fibrilação ventricular são as seguintes:
por impulsos elétricos provenientes do nódulo sinoatrial • Impossibilidade de realizar experiências com seres
(NSA), situado na parte su1:>erior do átrio direito, e é um humanos e dificuldade ele adequar ao corpo humano
gerador biológico de impulsos elétricos que comanda o os resultados obtidos com animais.
coração. Por meio de tecidos especfficos de condução • A corrente /0 que atinge o coração e causa direta·
(feixe de His e rede de Purkinje), os impulsos de coman· mente a fibrilação é apenas uma fração da corrente I
do provenientes do nódulo sinoatrial são transmitidos às que circula pelo cor1>0 humano; como apenas / é
fibras musculares da parede do ventrículo do coração. mensurável, a ela se refere o limiar ele fibrilação; como
SU$W ü
70 lnslolações elétricas
Á1rios
Ventrículos
, Despolarização 1
1 1
1( •i 1
R 1 Rceo1an7 1
1
1. . ..3Çí.10
• 111 I
1
1 1
1 1
1 1
1 T 1
2 3 51
1
1
1 1
/' 1 1 1
4 1 1 1
1 1 1
1
1
1
1
Q 1 1
s
Período vulnerável
i; \l
' J
dos ventrículos
Figura 3.1 • Ciclo cordioeo com indicoçõo do período vulneróvel dos ventrículos (os n(,meros sinalizam os etapas progres·
sivos do ciclo)
a relaÇ<i.o /0 / / não é constante, pode variar de pessoa A Zona I é aquela em que a corrente elétrica não
1>ara pessoa e também em uma mesma pessoa, produz reação algun1a no corpo humano. Situa-se abai-
dependerá do trajeto da corrente. xo do chamado limiar de percepção (0, 5 mA) e é repre·
• As condições o rgânicas são distintas no s seres hu· sentada pela reta da Figura 3.3. ~ importante salientar
manos. que esse valor varia de acordo com a pessoa. sendo
menor para mulheres e crianças.
Zonas de efeitos A Zona Z é aquela em que a corrente não produz
nenhum eíeito íisiopatológico perigoso. Está entre o limiar
A publicação IEC!TS 60479- 1 deíine cinco zonas de de percepção e a curva limite de corrente fisiopatologi·
efeitos para correntes alternadas ele 50 ou 60 Hz e lev,1 camente perigos., (curva b) e é dada pela Expressão 3.1,
em consideração pessoas que pesam 50 kg e um trajeto a seguir.
de corrente entre as extremidades do corpo (mão/mão
ou mão/pé), mostradas na Figura 3.3 . 10 (3 .1)
/ = ! ,, + - I
R R ~ hoquc elétrico
ECG
Q
Fibrilação ventricular
Pressão árterial
mmHg
40
400 ms
o
Figura 3.2 • Elelrocardiogromo (ECG} que mostro o fibrilação ventricular e o pre,sõo arterial
SU$W li
Legcndn:
Zona 1: E 111 geral. nenhurna reação.
Zona 2: E,n geral. nenhurn cfeiro tisiopatológico perigoso.
Zona 3: E,n geral. nenhu,n risco de fibrilação.
Zona 4: Fibrilação pos.,ívcl (probabilidade de até 50%).
Zona 5: Risco de fibrilação ( probabil idade superiora 50%).
t(ms)
10.000
5.000
\ \
2.000
o
\;' \
e d
\
1.000
\ \
\ ' \
500
Q) @ \ Q) \ © \ ®
200 '
100
50
"' \ \
\
\
\
\ \
""' """
20
tO
-
\ \ l(mA)
Nol~ :
0, 1 0,2 0,5 2
' 'º 20
50 100 200 500 1.000 2.000 5.000 10.000
1. No que-diz. n-sl')l!ito :1 fibrilação vcntricul:lr. a Figura 3.4 rel.:iciona-sc co1n os efcilos do:t oom:ntc que p..'l~i.<, no trajeto ··indo esquerda/pés"'.
2. No ponlo 500 ,n,VIOO 1ns há probabilidade de 0.14% de ocorrer fibrilação.
Figura 3.3 • Zonas de efeito de corrente alternado (50 ou 60 Hz) sobre adultos
onde J é o valor eficaz da corrente (mA), / 1_ é o limite de dacle ele respiração e perturbações reversíveis no coração.
largar (valor eficaz) igual a 1O mA (em mulheres) e 1 é o e,.
A Zona 3 é limitada pelas curvas b e Na Zona 4, além
tempo de duração do choque. dos efeitos da Zona 3, a probabilidacle de fibrilação ventri-
Na Zona 3, con1preendida entre a curva b e a curva cular aumenta cerca de 5 por cento (curva e,) a 50 por
e, não há risco de fibrilaçilo ventricular, n1as a corrente cento (curva e,) e acima de 50 por cento além d,, curva e,.
pode provoc.1r outros i11co11veníe11tes - de modo geral, A publícação IEC/TS 60479- 1 define o fator de cor·
não perigosos - caso a duração da corrente não seja rente do coração (f) como o fator que relaciona a equi-
longa. 1\Jessa zona, se a duração for n1uito extensa, há valência ela corrente elétrica no coração para dado per-
possibílidades de problemas respiratórios. curso com urna corrente que passa entre a mão esquerda
Na Zona 4, a corrente do choque elétrico pode provo· e o pé. O fator de corrente do coração permite calcular
car fibrilação ventricular, com uma probabilidade que as correntes/" para percursos diferentes desse, que repre--
vai ele 0,5 por cento (curva e) a 50 por cento {curva d). sentam o mesmo perigo de fibrilação ventricular que o
Na Zona 5, situada após a curva d, há o perigo efetivo correspondente à corrente de referência /~e,, entre a mão
d, ocorrência de fibrilação ventricular. esquerda e o pé, ou seja,
No caso de corrente alternada, com freqüência de 15
a 100 Hz, são caracterizadas quatro zonas, con10 n1ostra a
Figura 3.4, para correntes de choque entre mão e pé. (3 .2)
Na Zona J não ocorre nenhuma reação. Na Zona 2,
não ocorre nenhum efeito fisiológíco perigoso. Na Zona un1a vez que os valores de f " estão na Tabela 3.1, para
3, 11ão acontece, em geral, nenhum dano orgâníco. Para trajetos diferentes da corrente elétrica que passa pelo
tempos longos ocorrem contrações musculares, dificul- corpo humano.
SU$W ü
72 lnslakições elétricas
lllS
10. 000
1
i 5.000
a I b
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mA
Correme que passa pelo corpo I -
Figura 3.4 • Zonas de efeito de corrente alternada (15 a 100 Hz) entre mão e pé sobre as pessoas
I Tabela 3.1 • Valants da fator de carrente do co~õoI F} f!!!rG diferentes traietos da corrente 1
Trajeto da corrente que pas.sa pelo corpo hun1ano F
Da ,não esquerda ao pé esquerdo. ao pé direito ou a a111bos os pés 1,0
Das mãos aos pés 1,0
Da 1niio esquerda à direita 0.4
Da mão direiia ao ])é esquerdo. ao pé direi10 ou a ambos os pés 0.8
Das cos.tas à nü1o direi1a 0,3
Da'> costas à rnão esquerda 0.7
Do peito à nlão direita 1,3
Do peito à n1ão esquerda 1,5
Mão esquerda, mão direita ou mãos e nádegas 0.7
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Figura 3.5 • Correnle elétrico vef'$(1.S freqüência poro o mesmo contrcçõo musOJlor
Quadro 3.1 • Valores médios da resistência do corpo humano em fun~ão do trajeto da corrente
• Mão/pé: 1.000 a 1.500 fi • Mão/mão: 1.000 a 1.500 a • Mão/tórax: 450 a 700 fi
SU$W li
74 lnslolações elétricas
mesma pessoa, de acordo com as condições fisiológicas A publicação IECITS 60479· 1 define uma série de
e ambientais. As principais variáveis que influem no valor impedâncias para o corpo humano e apresenta o •mode-
da resistência elétrica do corpo humano são: lo elétrico• que está reproduzido na Figura 3.6.
• Estado da pele: a maior resistência do corpo está na
Impedâncias interna, da pele e total do
pele, nos pontos de entrada e saída da corrente. A umi-
dade diminui a resistência da pele, e o suor (solução
corpo humano
condutora de cloreto de sódio e de outros sais) agrava A impedância intema do corpo humano (Z 1) é a
ainda mais a situação. O contato da pele com um con- impedância entre dois eletrodos em contato com duas
dutor energizado em um ponto em c1ue há um corte ou partes cio corpo, após a remoção da pele sob os eletro-
uma ferida din1inui a resistência à corrente. Ao contrá- dos. Pode ser considerada puramente resistiva, unia vez
rio, se na zona de contato a pele está endurecida, por que seu valor depende do trajeto da corrente e, em
exemplo, com calos, o aumento de espessura da pele menor intensidade, da superfície de contato.
contribui para aumentar a resistência, íavorecendo a A impedânci,1 da pele (Z") é a impedância entre um
segurança. eletrodo sobre a pele e os tecidos condutores subjacen-
tes. Pode ser considerada um circuito equivalente de
• Local do cont,1to: a resistência do corpo hun1ano
depende, logicamente, do trajeto ela corrente, que, resistência e capacitância em paralelo, e sua estrutura é
por sua vez, é determinado pelas partes do corpo constituída por uma camada semicondutora e por peque-
nos elementos condutores (poros). Seu valor decresce
nas quais é aplicada a tensão elétrica, por exemplo,
rapidamente com o aumento ela corrente elétrica. De
mão/mão, mão direita/pé esquerdo etc.
modo geral, pode-se dizer que a ímpedância da pele
• Área de contato: o aumento ela área de contato com depende da tensão, da freqüência, da dtoração da passa-
a parte sob tensão clirninui a resistência cio corpo. gem ela corrente, do estado de umidade da pele e da
Ampla superfície de contato torna a pessoa muito temperatura.
vulnerável. É o que pode ocorrer, por exemplo, com A ímpedâncía total do corpo huma,10 (Z,) é definida
pessoas trabalhando no interior de uma caldeira ou como a soma das impedâncias internas e da pele, de acor·
de uma tubulação (condição BC4). do com o modelo apresent,,do na Figura 3.6.
• Pressão de contato: quanto maior a pressão de con-
tato, menor a resistência elétrica da pele. É o caso Tensão de contato
das ferran1entas portáteis, seguras firmemente pelo Para dado percurso de choque elétrico pelo corpo
operador durante o uso. humano, o perigo depende do valor da corrente elétrica e
• Dvr,,ção do contato: ao prolongar o tempo de con- do tempo que ela persiste. As zonas de efeito tempo-cor-
tato, a resistência diniinui. No entanto, se a quanti- rente perniitetn avaliar as conseqüências causadas a unia
dade de calor desenvolvida chegar a queimar a pele, pessoa pela circulação de dada corrente, durante certo
a resistência elétrica ela pele atingirá valores muito período e para deterniinado trajeto. No entanto, essas
baixos. zonas não são convenientes para aplicação ao projeto ele
• Natureza ela corrente: os valores da resistência do instalações elétricas. Em geral, é mais útil ao projetista que
corpo humano medidos em corrente contínua e nas as prescrições prátícas de segurança sejam especificadas
freqüências de 50 a 60 Hz são quase os mesmos. Em em termos de tensão elétrica. Por isso é importante definir
freqüências elevadas, a resistência, mais precisa· o que é "tensão de contato".
1nente a inipedância, aumenta bastante, devido ao Nas Seções 3.2 e 3.3 são definidas e analisadas a "ten-
efeito pelicular. são de contato-limite" e a •tensão ele contato". Tensão de
• Ta.xa de álcool no sansue: verifica-se que uma eleva- cont,ito é definida como a tensão que pode aparecer aci·
da taxa de álcool no sangue diminui a resistência dental mente, por ocasião ele uma falha ele isolamento entre
elétrica do corpo. duas partes ao mesmo tempo acessíveis.
O critério para estabelecer a proteção contra cho-
• Tens,lo elétrica do choque: a resistência do corpo
ques elétricos é o do limite admissível da tens.10 de con-
diminui com o aumento da ten.são elétrica de choque,
tato, isto é, o produto ela corrente que passa pelo corpo
ocorrendo as maiores variações nos níveis mais baixos humano por sua impedância total em função do tempo.
de tensão. Tensões elevadas provocam queimaduras e A relação entre a tensão e a corrente elétrica não é
danificam a pele.
linear, uma vez que a impedância do corpo humano
Além cressas variáveis, é muito importante observar que varia co1n a tensão de contato.
a resistência elétrica está intimamente ligada à atividade A publicação IEC/TS 60479-1 apresenta uma tabela
biológica do corpo humano e que varia, por exemplo, com dos valores da impedância lotai do co~>o humano em
a excitação, a concentraÇ<io mental, o cansaço físico e a função da tensão de contato (Tabela 3.2). Os valores de
doença. Z, nela indicados são válidos para os seres vivos, con-
SU$W li
(]a bela 3,2 • lm~ &ncia total do,c- humano (Z,) e m~ ão da tensão de contato 1
Valores da imped.ância total (!l) do corpo humano que n.ão são ultrapassados por
Tensüo de contato (V) 5% 50% 95 %
da população
25 1.750 3.250 6.100
50 1.450 2.625 4.375
75 1.250 2.200 3.500
100 1.200 1.875 3.200
125 1.125 1.625 2.875
220 1.000 1.350 2.125
700 750 1. 100 1.550
1.000 700 1.050 1.500
Valor assint61ico 650 750 850
síderando um trajeto da corrente elétrica de mão a mão operário que toca na carcaça acidentalmente energizada
ou de mão a pé, superfícíes de contato de tamanho razoá· de un, n,otor elétrico, e, ainda, para un1a dona de casa
vel (de 50 a 100 cm2), condições secas e correntes alter- que encosta a mão na caixa metálica de uma máquina
nadas. de lavar roupa ou de uma geladeira, colocada sob tensão
P.lra tensões de contato alé 50V, os valores medid05 em por uma falha na isolação.
superiícíes de contato molhadas com água normal são de ( n,uito importante observar que, para uma pessoa,
75 por cenlo a 90 por cento dos valores indicados; com o perigo não está sin1plesnleote en, tocar un, elen1ento
soluções condutoras, a impedância diminui consideravel- energizado, seja uma 1>arte viva (cor>t.110 direto) seja
mente, chegando à metade dos valores medidosem condi· un1a massa sob tensão (contato indireto), e sim en1 tocar
ções sec.1s. Para tensões superíores a 150 V, a impedância simultaneamente outro elen,ento que possui um poten-
depende pouco da umidade e da superfície de contato. cial diferente do primeiro, ou seja, o perigo é prove11ien-
Observando a Tabela 3.2, verifica-se que para uma te da diferença de potencial. Como regra, deve-se levar
tensão (de contato) aplicada de SO V a impedância total em consideração que as pessoas estão sempre em con-
do corpo humano em 95 por cento dos casos pode atin· tato com um elemento da edificação - por exen1plo, o
gira 4.375 n, enquanto em cinco por cento pode bai· piso ou a parede - com um potencial bem-definido, em
xar até cerca ele 1.450 n. Com 220 V a situação é bem geral o ela terra; nessa condição, qualquer contato com
mais desfavorável, uma vez que em 95 por cento dos outro elemento que esteja em um potencial diferente
casos a impedãncía pode atingir 2.125 n, enquanto em pode ser perigoso.
cinco por cento pode reduzir para 1.000 n. Os contatos diretos, em sua maior parte, são devidos
a desconhecimento, negligência ou irnprudência das
pessoas, e por isso são ,nais raros. Os contatos incliretos,
3.2 Fundamentos da p roteção por sua vez, são mais freqüentes e imprevisíveis, e repre~
contra choques elétricos sentam maior perigo. A eles a norma ckí maior importân·
eia, como não poderia deixar de ser.
A exemplo de outras normas. a NBR 5410 dá grande
A NBR 5410:2004 introduziu os conceitos de "pro·
in1portãncia à proteção contra choques elétricos, o que
teção básica" e "'proteçflo supletiva", que corresponden1,
é plenamente justificável, tendo em vista a quantidade
de equipamentos elétricos utilizados pela população. respectivamente, aos conceitos de "proteção contra con·
tatos diretos• e de "proteção contra contatos indiretos",
Com eíeito, se nas instalações elétricas de qualquer
que eram utilizados nas versões anteriores da norma.
local não forem adotadas medidas •1>ropriadas de segu·
rança e proteção, serão altos os riscos de ferimentos ou
até mesmo de morte por eletrocussão. Princípio fundamental de proteção
contra choques elétricos
Contatos direto e indireto A NBR 5410:2004 indica que o princípio fundamen-
O perigo pode existir tanto para o eletricista que, por tal relativo à proteção contra choques elét.ric~ compreen-
acidente, toca em uma barra energizada de uma subos, de que as partes vivas perigosas não devem ser acessíveis,
tação ou ele um quadro de distribu ição, como para o a fi m de evitar o contato direto, e que as massas ou
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76 lnslakições elétricos
partes condutoras acessíveis não devem oferecer peri· Regra da p roteção contra
go, a fim de evitar o contato indireto, seja em condições
choques elétricos
normais, seja em caso de alguma falha que as torne aci-
dentalmente vivas. A regra da proteção contra choques elétricos conti·
Bas~ida nesse princípio fundamental, a norma indi· da na NBR 54 1O (as partes vivas não devem ser acessí-
ca, então, que a proteção contra choques elétricos inclui veis e as massas acessíveis não devem oferecer perigo}
dois tipos de proteções: a básica e a supletiva. estabelece que seja assegurado, no mínimo, o provi-
mento conj unto de proteção básica e de proteção suple-
Proteção básica tiva, mediante combinação de meios independentes ou
mediante aplic.:,ção de uma medida capaz de prover am~
A proteção básica (contra contatos diretos), a ser bas as proteções, simultaneamente.
estudada na Seção 3.5, é garantida pela qualidade dos
componentes e da instalação e por determinadas dispo·
sições físicas dos componentes, que podem ser utiliza-
Proteções ativa e passiva
dos para: Os métodos prescritos pela NBR 541 Opara a proteção
contra choques elétricos podem ser divididos em dois
• Isolação das partes vivas. grupos: proteção passiva e proteção ativa.
• Barreiras ou invólucros de proteção. A proteçlio passiva consiste em limitar a corrente elé-
• Obstáculos. trica que pode atravessar o corpo humano ou em impe-
• Colocação fora do alcance das pessoas. dir o acesso de pessoas a partes vivas. São medidas que
• Dispositivos de proteção à corrente diferencial residual. não levam en1 conta a interrupção ele circuitos com íalta.
• Limitação de tensão. A prowç.fo ativ,, consiste na utilização de métodos e
dispositivos que proporcionam o seccionamento (abertu-
Proteção sup letiva ra) automático de um circuito, sempre que houver faltas
que possam trazer perigo para o operador ou usuário.
A proteção supletiva (contra contatos indiretos), a A Tabela 3.3 resume a classificação dos métodos de
ser abordada nos capítulos 7 e 8, é prevista por meio
proteção contra choques elétricos prescritos pela N BR
de medidas que incluem a adoção de eqüipotenciali- 541 O divididos em ativos e passivos.
zação e seccionamento auton1ático da alimentação, o
As medidas de proteção por seccionamento (abertu-
emprego de isolação suplementar e o uso de separação
ra) automático da alimentação não dependem da qua-
elétrica.
lidade da instalação. De acordo com essas medidas,
A proteção supletiva (contra contatos indiretos) pode
um dispositivo de proteção deve fazer o seccionamen-
ser omitida para:
to de um circuito quando ocorrer uma falta para terra,
• Suportes metálicos de isoladores de linhas aéreas e impedindo que essa situação resulte en1 perigo para as
partes metálicas associadas (por exemplo, ferragens), pessoas. Sua aplicação exige a coordenação entre o es-
se não estiverem dentro da zona de alcance normal quema de aterramento e as características dos dispositivos
das pessoas (ver Seção 3.5). de proteção, levando em consideração os seguintes
• Postes de concreto reforçados com aço em que o esquemas:
reforço não seja acessível. • Esquema TN.
• Massas que, por suas dimensões reduzidas (até 50 • Esqueman.
mm x 50 mm) ou por sua disposição, não possam • Esquema IT.
ser agarradas ou não possam estabelecer contato
significativo com parte do corpo humano, desde Influê ncias exter na s dete rminantes
que a ligação a um condutor de proteção seja difí-
Para a seleção das medidas de proteção contra cho-
cil ou pouco confiável (por exemplo, parafusos,
ques elétricos (por contato direto ou indireto), a N BR
pinos, placas de identificação e grampos de fixação
541 O recomenda que sejam especialmente observadas
de condutores).
as seguintes condições de influências externas:
• Tubos ou i,wólucros metálicos que protejam equipa-
mentos Classe li ou com isolação equivalente. • BA - competência das pessoas;
• BB - resistência elétrica do corpo humano;
As proteções básica e svple(iva combinadas (conYa • BC - contato das pessoas com o potencial da terra.
contatos dirmos e indiretos), a ser estudada no Capítulo 7,
têm como base o uso ele tensões extrabaixas e pode ser A Figura 3.7 indica os valores da resistência (impe-
realizada por: dância) do corpo humano, em função da tensão ele con-
tato, para correntes alternadas de até 100 Hz, conside-
• Tensão extrabaixa de segurança (SELV). rando pele seca (condição BB 1) e pele úmida (condição
• Tensão extrabaixa funcional (PELV). 682), respectivamente, zonas (1) e (2).
SU$ W ü
Nas condições 881 e 882, considera-se o contato local considerado; em particular, o piso e as paredes são
entre as mãos ou entre uma mão e os pés. É o caso, por isolantes. Nessa situação podem, eventualmente, ser
exemplo, de uma pessoa com os pés no chão, que toca admitidos contatos diretos com um único condutor
com a mão um objeto sob tensão. Nas condições 003 (parte viva). Na condição ele contatos fracos (8C2), o
(pele molhada) e 884 (pele imersa em água), admite-se o piso e as paredes são isolantes, mas podem existir ele-
contato duplo entre as mãos e os pés; por exemplo, uma mentos condutores em pequena quantidade ou de
pessoa com os pés molhados que toca com as mãos, tam· pequenas dimensões, que gera(mente não são tocados
bém molhadas, um objeto energizado (883) ou que toma por pessoas ou, então, as pessoas que os tocam não
um banho de imersão (884). estão en, contato simultâneo con1 n1assas de equipa·
Nas condições de contato nulo com o potencial da mentas elétricos. Os locais BC1 e BC2 são chamados
terra (BCI), não existe qualquer elemento condutor no locais não condutores; é o caso de salas, quartos e escri-
s~-.-~"T""~~-.-~~---,.--~~..-~~-.
Z(kfl)
41--~-',!--~--!l--~--!~~--4~~-l
Figura 3.7 • Impedância do corpo humano em função da lensõo de conlolo (CA com olé 100 Hz)
SU$W li
78 lnslakições elétricas
·tórios, como, por exernplo, pisos de madeira e paredes A NBR 541O estabelece os seguintes valores para a tensão
de alvenaria. de contato-limite (Tabela 3.5): SOV na Situação 1, 2SV na
A condição ele contatos freqüentes (BC3) corresponde Situação 2 e 12 V na Situação 3, levando em considera-
ao caso em que o piso e as paredes são condutores e/ou ção tensões alternadas de 15 a 1.000 Hz e, respectiva-
onde o local comporta elementos condutores <1ue podem mente, 120, 60 V e 30 V, para tensões contínuas sem
ser tocados simultaneanlente com massas de equipamen .. ondulação. Uma tensão contínua sem ondulação é defi·
tos elétricos. Por exemplo, é o caso de cozinhas, banhei- nida como a que apresenta uma faixa de ondulação não
ros, locais externos e locais industriais em geral. superior a 10% em valor eficaz; o valor de crista máxi-
A condição de contatos contínuos (BC4) corresponde a mo não deve ultrapassar 140 V para um sistema em cor-
locais estreitos e condutores, em que a falta de liberdade rente contínua sem ondulação com 120 V nominais, ou
de movimentos impede que as pessoas escapem facilmen- 70 V para un1 sistema em corrente contínua sen1 ondula-
te do perigo. ~ o caso de caldeiras, tubulações e outros ção com 60 V nominais.
recintos metálicos cujas dimensões sejam tais que as pes-
soas que penetrem nesses recintos estejam continuamente
em contato com as paredes. 3 .3 Aterramento e
eqüipotencialização
Situações 1, 2 e 3 Conforme a NBR 541 O, o aterramente e a eqüipoten·
A NBR 541 0:2004, no Anexo C, define três "situa- cialização xio fundamentais para a garantia do funciona-
ções', função das influências externas BB e BC. Quando mento adequado dos sistemas de proteção contra cho-
existem as duas influências sin, ultaneamente, a situa- ques elétricos.
ção a ser levada em conta é a mais grave considerada Para entender a diferença entre aterramente e e.:1üi·
individualmente. potencialização, vejamos as definições a seguir:
• Situação I: corresponde às condições 881, 882, • Aterran,ento: ligação elétrica intencional e de baixa
BC1, 8C2, 8C3; é a mais encontrada nos locais resi- impedância com a terra (solo).
denciais (por exemplo, em quartos. salas, cozinhas e • Ugação ec,üipotencial: ligação elétrica que coloca
corredores), comerciais (por exemplo, em lojas e massas e elementos condutores praticamente no
escritórios) e industriais (é o caso de depósitos e da mesmo potencial.
maior parte dos locais de produção).
• Situação 2: corresponde às condições 883 e 8C4; é Assim, o conceito de NaterramentoN envolve necessa-
encontrada en1 áreas externas (c.omo e1n jardins e en, rian1ente algun1 tipo ele contato das n1assas e elen1entos
feiras), canteiros de obras, estabelecimentos pecuá· condutores com o solo, visando levar todos os componen-
rios, ca,npings, n1arinas, trailers, compartin1entos tes do sistema de aterramente a ficar no potencial mais
condutivos, edificação, volume 1 de banheiros e pis- próximo possível cio solo. Por sua vez, o conceito de
cinas, dependências interiores molhadas e,n uso nor- lfeqüipotencializaçãoN não envolve diretan1ente o solo,
mal, entre outras. mas está relacionado ao objetivo de colocarmos todas as
• Situ,1ção 3: corresponde à condição 884; é encon- massas e elementos condutores no mesmo potencial entre
trada princi1>almente no volume O de banheiros e si, independentemente de qual seja esse potencial em
piscinas. relaç.cio ao solo.
Tabela 3A • Situa~s 1, 2 e 3 1
Condição de influência externa Situação
88 1. 882
BCI. B<.'2. BC3
BB3 2
BC4 2
884 3
SU$ W ü
de ali;uns tipos de solos. Observe que são considerados Pode·se falar tan1bém no aterramento de trab,1/ho
"'bons condutores" solos co1n resistividades entre 50 e (temporárío) cujo objetivo é permitir ações seguras de
100 nn, (apenas como comparação, a resístivídade do manutenção em 1>artes da instalação normalmente sol>
cobre é de 17 X 10- 1 !!m). tensão, 1>ostas fora de serviço para esse fim. Trata-se de um
aterran1ento provisório.
Aterramento
Arerramento é a lígação intencíonal da carcaça de Eletrodos de aterramento
um equípamento elétríco com a terra, que pode ser rea- O eletrodo de aterramento é o condutor ou o conjun·
I izada utilízando apenas os condutores elétricos neces- to de condutores enterrado(s) no solo, íntímamente liga-
sários - é o aterramento direto - ou por meio cfa inser· clo(s) à terra para fazer um aterramento. O termo se apli-
ção (íntencíonal) de um resístor ou reator, íntroduzindo ca tanto a uma simples haste enterrada como a várías
uma impedância no caminho da corrente à terra (ater- hastes enterradas e interligadas, e a diversos outros tipos
ramento indireto). de condutores em dive~as configurações.
Nas ínstalações elétrícas são considerados doís típos
ele aterramento: 0s solos. geralmente, são constituídos por n1is1uras de
materiais isolantes (silicatos e óxidos) con1 sais nlinerais
• Aterr<11nen10 funcional: co,,siste na ligação à terra de
ionizáveis, água~ por vezes, carbono. como resíduo da
um dos condutores do sistema, geralmente o neutro,
decomposição de vegetais. Neles, a condução de corren·
e está relacionado ao íuncionamento correto, seguro tes elétricas se dá pela ionizaç.ão dos sais.
e confiável da instalação. A resístivídade do solo depende. logicamen1e. de sua
• Aterramento de proteção: consiste na ligação à terra composição, sendo mui10 influenciada pela temperatura
das massas e dos elementos condutores estranhos à e pela um\dade.
instalação, que visa à proteção contra choques elétrí· Os sol.os que apresen1an1 resistividade rnais baixa são çs
cos por contato indireto. que contê1n resíduos vegetais, os pantanosos e os situa-
dos no fundo de vales e nas n1argens de rios. Os de 1naior
De acordo com determinadas condições, pode-se ter, resistividade são os arenosos, os rochosos e os situados
em urna instalaÇ<io, um alerran1enlo (combinado) func-io· en1 locais altos e desprovidos de vegetação.
na/ e de proteção.
80 lnslalações elétricas
R,, = I
u,. (3.3)
20V
u• 43 V
7V
4V
3V
~ 2.25 V
1.8 V 1.5 V
t,3 V
, 1.15 V
o 1 2 4 5 6 7 8 9 10 - IV
Eletrodos de aterramento independentes flui entre eles. Tudo se passa como se a corrente, em vez
de ircula r no solo, percorresse um condutor equiv.ile nte
Sejam E, e E, dois eletrodos (no c.,so, hastes) sufi- formado pela justaposição dos conduto res equivalentes
cientemente distantes um do outro e I a corrente que dos ele trodos E, e E,, como mostra a Figura 3.12.
SU$W li
82 lnslalações elétricos
M N
I
- --
M N
No trecho MN, a seção do condutor é tão grande que Observe que a tensão de passo diminui à medida que
a resistência se anula e, con1 ela, a tensão necessária a pessoa se afasta do aterramento. A tensão de passo será
para fazer circular a corrente no trecho. É o que ocorre máxima quando um pé estiver junto ela haste de terra e
no solo: a uma distância suficientemente grande do ele-- o outro, afastado unl n1etro.
trodo, a seção do terreno por onde circula a corrente é A tensão de falta (U,}- ou "tensão total para terra•
tão grande que a resistência é praticamente nula (a ten- - é a tensão que aparece, entre uma massa e unia
são tende a zero para pontos muito distantes do eletro- haste de aterran1ento ele referência, quando ocorre
do). A resistência que o solo oferece entre os eletrodos uma falha de isolamento.
E, e E,, sendo o trecho MN de resistência nula (seção A tensão de co111ato (U8) é a tensão que pode aparecer
infinita), é independente da distância entre eles; ou seja, acidentalmente entre duas partes ao mesmo tempo acessí-
tat1to faz os eletrodos estarem a 50 m ou a 50 km que a ,,eis, quando há uma falha de isolamento. A Figura 3.1 4
resistência ent.re eles não muda, uma vez que sueis res· iloslra esses dois conceitos; nela, R é a resistência entre o
pectivas zonas de dispersão n,10 se tocam. Os eletrodos elemento condutor e a terra, por meio da qual se tem a ten-
E, e Ez são eletrodos de aterramento independentes. são U"' e R., a resistência de aterramento das massas
(resistência do eletrodo de aterramento ele referêl1cia). Pelo
Tensões de passo, de falta e de contato circuito da Figura 3.14, tem-se:
A corrente que entra no sistema de aterramento !ie dis·
persa no solo, gerando tensões elétricas. Essas tensões, se u,, = U11 + U11 (3 .5)
aplicadas ao ser humano, provocam choques elétricos e
De acordo com a Expressão 3.5, a tensão de conta·
podem causar a fibrilação ventricular do coração.
A tensiío de passo (U,J é definida como parte da tensão to<V.> é, em geral, inferior à tensão de falta (U,). Se o
de um sistema de aterran1ento à qual pode ser submetida elemento condutor estiver no 1>otencial da terra, onde
uma pessoa com os pés separados pela distância equiva- N = O e U • = O, então U r, = U11 • No Capítulo 8, as
lente a um passo (geralmente igual a um metro). A tensão prescrições da NBR 541 O levam em consideração a ten-
de passo, indicada na Figura 3.1 3, depende da posição do são de falta, e não a tensão ele contato, pois está a favor
passo da pessoa no solo em relação à haste de aterramento. da segurança .
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haste
84 lnslalações elétricas
Materia is dos eletrodos de aterramento blocos de fundação e vigas baldrames), pode-se conside-
Os materiais dos eletrodos de aterramento e as rar que as interligações naturalmente existentes entre
dimensões desses materiais devem ser selecionados de esses elementos são suficientes para se obter um eletrodo
modo a resistir à corrosão e a apresentar resistência de aterramento com características elétricas adequadas,
n1ecânica adequada. sendo dispensável qualquer medida adicional.
A Tabela 3.7 mostra os materiais e as características Uma característica importante desse tipo ele eletrodo é
dos eletrodos mais comumente utilizáveis em eletrodos que a corrosão dos elementos metálicos da armadura é pra-
de aterramento. ticamente inexistente, em conseqüência de sua imersão no
É importante observar que as canalizações metáli- concreto. Além disso, geralmente a resistência elétrica total
cas de forn.ecin1ento cre água e outros serviços não são desse eletrodo (armadura metálica + concreto) resulta
admitidos como eletrodos de aterramento, tendo em extrema1nente baixa, principalmente 1.>0r causa da natureza
vista o uso muito difundido de componentes isolantes altamente higroscópica (absorção de umidade) do concreto.
nessas canaliwções. No segundo caso, mais usual em edificaçê<.,s de menor
Também se deve notar que, quando forem utiliw- porte, a infra-estrutura de aterramento pode ser consútuí·
dos diferentes metais na infra-estrutura de aterramento, da por fita, barra ou cabo de aço galvanizado imerso no
devem ser tomadas precauções contra os efeitos da cor· concreto das fundações, formando, no mínimo, um anel
rosão eletrolítica. em todo o perímetro da edificação. Nessa situação, a fita,
a barra ou o cabo devem ser envolvidos por uma camada
Eletrodo de aterramento nas fundações de concreto de, no mínimo, 5 cm de espessura, a uma
Há duas formas básicas de realizar o eletrodo de ater- profundidade ele, no n1ínin,o, 0,5 n,, sendo suas seções
ramento pelo uso das fundações de uma ediíicação: os mínin1as aquelas indicadas na Tabela 3.7.
elen,entos metálicos são constituídos pelas próprias arnla- Os condutores de aterramento, que ligam o eletrodo
duras ernbutidas no concreto ou insere·,n-se no concreto (composto 1>0r fita ou cabo de aço) aos condutores de
os elementos metálicos diferentes daqueles da armadura. proteção d:is massas, devem ser constituídos de verga·
No primeiro caso, mais comum em edificações de lhões redondos lisos para concreto de, pelo menos,
nlaior porte, nas quais a infra-estrutura de aterramento é 50 mm' de seção, imersos no concreto durante a cons-
constituída pelas próf)fias armaduras embutidas no con· trução da edificação, e ser soldados às fitas ou aos cabos
creto das fundações (armaduras de aço das estacas, dos que constituem o eletrodo.
Tabela 3.7 • Eletrodos de aterramento mais comumente utt1izáwis, de acordo com a NBR 541 O
Dimensõts n1íninlaS
Material Superfície For1na Espessura média
Diâmetro Seção Espessura do
do re\•estil_
nento
mm mm• n1aterial em mm
µm
Fitn1 100 3 70
Zincndn a Perfil 120 3 70
quente• ou Haste de seção circular' 15 70
inoxidável' Câbo de seção circular 95 50
Aço Tubo 25 2 55
Capa de cobre Haste de seção circular' 15 2.000
Revesiida de
cobre po,· Haste de seção circular' 15 254
c lctrodcposição
f ita 50 2
Cabo de seçílo circular 50
Nu'
Cobre Cordoa lha 1,8 (cada veia) 50
Tubo 20 2
Zincada Fita1 50 2 40
No1ns...
1. Pode ser u1iU1.ado paro embutir no conc:~10.
2. Fita oom can1os arredondadolt
3. Par.t elt 1rodo 00 profundidade.
SU$W li
Deve-se ligar ao conjunto eletrodo-condutores de como mostrado pela Expressão 3 .6. Em geral, não são
proteção os elementos con(futores da construção, tanto usadas hastes com diân1etro superior a 25 n1m.
os elementos metálicos quanto as arn,ações de concreto, Muito iníluente na resistência de atermmento é a pro-
no maior número de pontos possível. Além disso, é fundidade da haste (distância de sua extremidade infe-
aconselhável evitar ligar ao sistema eqüipotencial, assim rior à superfície). De fato, observa-se facilmente que, se
constituído, armaduras ativas de pretensão e suas capas a haste for enterrada a uma grande profundidade a área
eventuais. de dispersão da corrente elétrica, será n1aior e conse·
Nessa configuração, do ponto de vista de obtenção de qüentemente ter.-\ uma resistência elétrica menor.
uma eqüipotencialização ideal, além do anel envolvendo A haste encravada verticalmente no solo apresenta
todo o perín1etro da edificação, seria recomencL:ível a bons resultados para as correntes de curto-círcuito na
existência de uma malha interna a esse anel com dimen· freqüência industrial e para surtos de corrente prove-
sões máximas em torno de 20 m X 20 m. nientes dos surtos de tensões induzidas ou das descargas
atmosférícas diretas. No caso de hastes profundas, os
Eletrodo de oterramento constituído curtos-circuitos e os surtos são dispersos profundamente
por hastes no solo, atenuando os perigos das tensões de passo e de
As l1as1es de aço com capa de cobre constituem o tipo toque na superfícíe do solo.
de e1etrodo mais sin,ples e mais comun,, e são utilizadas A ligação de hastes em paralelo reduz a resistência
maciçamente nos sisten1as de aterran1ento, sobretudo resi· do sistema de aterramento. Se as hastes 1>aralelas forem
denciais. cravadas próximas urnas das outras, haverá uma zona de
A Figura 3.15 mostra uma haste de aterramento de interferência que reduz a eíiciência do sistema de aterra-
comprimento I = AD e diâmetro d cravada em um solo mento (ver Fígura 3.1 6(b)). Se elas forem afastadas, a
homogêneo de resistívidade f>, com sua extremidade A zona de interferência diminuirá até atingir o ponto de
na superfície do solo. A resístência de aterramento teóri- interferência nula (ver Figura 3.18(a)).
ca R-r é dada pela Expressão 3 .6: Na prática.., utiliza.se muito o afastamento entre has-
tes ígual ou superior ao comprimento da haste. Todas as
Rr= 2:,1n [;:] (3.6) hastes deverão ser conectadas por um condutor de cobre
para formar o sistema de aterran1ento.
A Expressão 3.6 mostra que, quanto maior o compri-
mento da haste, menor a resistência de aterramento. No Expressões práticas da resistência
entanto, não é prático utilizar hastes muito longas, pois
de aterramento
não são tão simples de cravar no solo. As mais usadas
são as que medem 2,4 e 3 m. Os valores da resistência de aterran1ento podem ser cal-
A importância cio diân1etro da haste é bem 111enor, culaclos de maneira aproximada pelas seguintes expressões:
uma vez que a resistência depende do seu logaritmo, (a) Condutor enterrado horizontalmente no solo
2p
R1· = - (3.7)
I
onde p (ílm) é a resistívidade do solo e 1 (m) é o
comprimento que pode ser considerado igual:
• Ao próprio perímetro, em anéis de fundo de
escavação ao longo do perímetro da edificação
ou en, anéis enterrados a 0,5 n1 ao longo do
1>erimetro.
• Ao comprimento da vala, em valas horizontais.
(b) H,1s1e cravada verticalmenle no solo.
Uti lize a Expressão 3.6, onde I (m) é o compri-
mento da haste e d é o diâmetro em metros.
(c) Chapa emerrada verlicalmenle no solo
y (3.8)
B
Figura 3. 1S • Eletrodo con•tituiclo por uma ho•te cravado onde / (m) é o perímetro da placa.
verticolmente no $OIO
SU$W ü
86 lnslalações elétricas
Solo l
li
li
I I Has.te
I \
I \
I \
/
I '
''
/
/
''
' , ........
---
/
,.,,..,,. /
(a) Eficiência 1ntixin1a
.... __ ---
+-- - - x - - -..
.-- -- X- -- -+
Solo 1I I'
I I
Hasre
\,\ I
,'~
\ I
X
/ '' Zonas de inlel'fcrência
_______ _ _,,..,,."'
/
/
' ',, ....
--- ---
....
(cl) Viga met,ilica basta (como muitos supõem) que não possuam elementos
,, 3/ (por exemplo, hastes e cabos) comuns. De fato, dois ele-
Rr = O 366 - log - (3.9) trodos próximos podem influenciar-se eletricamente, ou
' I cr
seja, é possível encontrar en1 un1 deles un1a tensão elétri·
onde I (m) é o comprimento da viga enterrada no ca imposta pela passagem de corrente no outro. Por exem-
solo e a(m) é o diâmetro cio círculo circunscrito à plo, considere que o eletrodo A ela Figura 3.17 dispersa no
seção transversal da viga. O eventual revestimen- solo uma corrente I e admite uma tens.'io de 300 V e o ele-
to com cimento que está enterrado no solo e que trodo 8 , um pouco distante, tem uma tensfo de 70 V,
se mantém úmido ajuda a diminuir o valor de R,.. nesse caso, A e 8 não são eletricamente independentes.
As diferentes correntes para as quais os aterran1entos
Eletrodos de aterramento são dimensionados podem ser o motivo de a indepen-
independentes dência não ser necessarian1ente recíproca. Assim, por
Pode-se definir eletrodos de awramento eletricamen- exemplo, se o eletrodo A dispersa uma corrente máxima
te independentes como eletrodos localizados a distân- de 1 .000 A e IJ apenas 1O A, dependendo do valor da
cias entre si, uma vez que, quando um deles é percorri· resistência cio aterr,1mento de A e 8, é provável que A
do pela corrente máxima para ele prevista, a variação do possa gerar em /J uma tensão perigosa, mas é difícil que
potencial dos demais não ultrapassa um valor específico o inverso ocorra. Nessas condições, A será independen-
(em geral, adota-se o valor ele 50 VJ. te de 8, mas 8 não será independente de A.
Na prática, pode-se dizer que, para que dois eletrodos Por sua vez, não se pode esquecer ela influência do
de aterramento sejam considerados independentes, não solo, como ilust.ra a Figura 3.18.
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P.Jra veríficar a índependência entre os doís eletrodos, é se a ligação entre os dois for feita por linha aérea ou
necessário, inicialn1ente, fazer passar por um deles a cor- por linha subterrânea sem elementos metálicos e não
rente para a qual ele é dimensionado e medir a tensão no houver qualquer canalização metálica entre eles.
outro, que não deverá ultrapassar SOV; em seguida, deve·
se repetír o procedimento com o outro eletrodo. • Nos centros urbanos, em r.aZcio da pequena distância
É evidente que um eletrodo de aterramente, ainda ent<e edificações e da existência de diverSc1s canaliia·
que bem-dimensionado e executado, não poderá garantir ções metálícas no subsolo, é extremamente difícil ter
uma proteção adequada se não for eletricamente indepen· eletrodos de aterramente independentes.
I
A 8
(a)
Solo ,nau condu1or Solo bo,n condutor Solo excelente condutor
I
A
Figura 3. 18 • Devido o, corocieristico, do ,alo {nõo·homogêneo): {o) o corrente que ffvi do ele1rodo A dirige·,e, em suo
moior porte, ô áreo no quol está contido o eletrodo 8; (b) o correnle que Rui do elelrodo Botinge frocomen·
te o eletrodo A Nessas condições, A é indep<1nden1e de B, ma, B podo não ser indep<1ndenle de A
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88 lnslalações elétricas
Caixa de inspeção
Haste
1.,;,; 51
(a)
l "Z:. 5d
(b)
Figura 3.19 • Distância mínimo de separação en1re sistemas de oterramento: {o) hostes iguais; (b) molhos (indicado o con·
torno dos molhas)
Com ponentes do aterra mento de Todos esses elementos devem ser escolhidos e instala·
dos de modo a resistir às solicitações térmicas, elétricas e
proteção e eqüipotencialização mecânicas, bem como às influências externas a que pos,
As medidas de proteção contra choques elétricos, san1 estar sujeitos.
de acordo com a NBR 541 O, obrigatórias em qualquer A resistência de aterra,nento deve ser medida entre
tipo ele edificação, baseiam-se na eqüipotencialidacle o barramento de eqüipotencialização principal e um
das massas e dos elementos condutores estranhos à ponto no solo distante. Para isso, deve ser previsto
instalação. um dispositivo, combinado ao barramento, que possibi-
Seu "coração" é o barramento de eqüipolencializa· lite desligar o condutor de aterramento. O valor medido
çào principal (BEP), geralmente uma barra, que realiza a inclui, portanto:
chamada ligação eqliipo1encial principal (ver figuras 3.20
• Resistência do condutor de aterramento, resistência
e 3.21 - cortesia de Celso L. Pereira Mendes):
do eletrodo de aterramento e resistências das cone-
• O condutor de a1erramento liga o barramento de
xões respectivas.
eqüipotencialização principal ao eletrodo de aterra-
1nento. • Resistência de contato entre o eletrodo e o meio cir-
cundante (solo).
• O(s) condutor(es) de eqüipo1encialidade principa/(is)
liga(m) ao barramento de eqüipotencialização princi· • Resistência do solo que circunda o eletrodo.
pai as canalizações n1etJlicas de água, gás e outras O primeiro componente tem, eni geral, pouca influên-
utilidades, as colunas ascendentes de sistemas de cia, uma vez que essa resistência 1xxle ser reduzida ainda
aquecimento central ou de ar-condicionado, os ele- mais com o aumento da seção do condutor de aterramen-
mentos metálicos da construção e outras estruturas to e do eletrodo de aterramento. Varia com o tempo devido
metálicas, os cabos de telecomunicação (com o con- à corrosão que pode ocorrer nas conexões, em função
sentimento da empresa operadora); quando qualquer
do meio em que elas se encontram. Utilizando uma solda
desses elementos se originar no exterior da edifica-
ou revestindo as conexões com material emborrachado,
ção, sua ligação ao terminal de aterramento principal
pode-se minimizar o efeito de corrosão.
deve ser feita o mais próximo do ponto en1 que
O segundo componente também pode ser considera-
entram na edificação.
do desprezível se o eletrodo e a terra que o envolve não
• Os condutores de descida de pára,raios devem ser contiveren, gorduras, óxidos, materiais orgânicos, tinta,
ligados diretamente aos eletrodos de aterramento. vernizes, pedras, entre outros.
• Os condutores de proreção principais s.,o os conduto- Pode também variar com o tempo, devido à oxidação
res de proteç.'ío que estão diretamente ligados ao bar- do eletrodo. A utilização de eletrodos cobreados minimi-
ramento de eqüipotencialização principal. za o efeito da corrosão.
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Condutor de projeção
principal Condu1orde
eqiiipo1c:ncialidi,dc
principnl
Ligação do neu1ro
(esquema TN) ~---1--+--1-~
Condutor de ~ 8arr~ul1cn10 de
:11errn1nento~ eqilipotencialização principal
(a)
Condutor de proteção
priocipal
Condutor de
Ligação do neutro
A } eqüipotcnci.,lid:.tdc
principal
(esquema Tii)
~ Barr::unen10 de
Condutor de
eqliipote1lch1lização pri11cipa1
:ue1Ta1ne1110
(b)
Condutor de proteção
Neu1ro ·rerr,t da antena
Tcrr.t da instafaç·ão telefônica Terra da tubulação de gás
- ·rcrra da tubulação de água e esgoto
1C-rr,1 da calefação e ar
condicion:l.do
Condutor de Ao eletrodo
:.uerr::unento de fundação
(e)
O terceiro con1ponente é o de maior importância. De aeotdo com a Seção •Fundamentos sol>re aterra·
Depende da geometria e das dimensões do eletrodo e da mento•, a resistência elétrica do solo é calculada pela
resistividade do solo, que varia com a temperatura e com soma das resistências das diversas •cascas• do solo. Inter·
a umidade. Em grande parte, esse componente define a postas entre superfícies eqüipotenciais espaçadas, essas
resistência de aterramento, ou seja, a corrente de curto- "cascas" apresentanl superfícies de passage,n de corrente
circuito é limitada por ele. cacfa vez maiores à medida que se afastam do eletrodo.
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90 lnslalações elétricas
Esquemas de aterramento
QJ) de unidade
Barrnn1cn10 de
Os aterran1entos deven1 assegurar, de n1odo efic.az, as
necessidades de segurança e de funcionamento ele uma
' eqüipotencialização
local instalação elétrica, constituindo-se em um dos pontos
........_ PE principal éôn1un1 mais importantes de seu projeto e de sua montagem.
Aterramento de proteção
O aterramento de proteção consiste na ligação à terra
das massas e dos elementos condutores estranhos à insta·
( 1 lação. Possui como objetivos:
"' O.arran1<.:nlo de c<1iiípotenciali1.:tção
J>rincipal • Limitar o potencial entre n1assas, entre n1as.sas e ele--
n1entos condutores estranhos à instalação, e entre os
(b)
dois e a terra, a um valor seguro sob condições nor·
Figura 3.21 • Condutar de proteção principal mais e anormais de íunciona111ento.
Conseqüentemente, as "cascasN internas, mais próximas • Proporcionar às correntes de falta um caminho de
do eletrodo, são as que apresentam valores mais elevados retorno para lerra de baixa in11>ed5nci~ de modo
de resistência. que o dispositivo de proteção possa atuar adequada·
mente.
Quando o neutro do sistema de alimentação da ins·
talação é aterrado junt<1n1ente com as n1assas, sua liga ..
ção ao eletrodo de aterramento é feita pelo barramento
Aterramento funcional
de eqüipotencialização principal. É o caso dos esquemas O aterramento funcional - a ligaç.'ío à terra de um
TN (ver Seção "Expressões práticas ela resistência de dos condutores vivos do sistema (em geral, o neutro) -
aterramento,,), nos quais existe un1 aterramento combi· proporciona:
nado, ou seja, funcional e de proteção. • Definição e estabili zação da tensão da instalação em
Os condutores energizados cios circuitos terminais relação à terra durante o funcionamento.
devem ser acompanhados por condutores de proteção,
• Limitação de sobretensões devidas a manobras, des·
que visam a eqüipotencializar as massas dos equipa·
n1entos de utilização e originan1-se nos barran1entos de cargas atn1osféricas e contatos acidentais com linhas
de tensão mais elevada.
eqüipotencialização local dos quadros de distribuição
de onde partem os circuitos terminais. Sua ligação às mas- • Retorno ao s-iste1na elétrico da corrente de curto-cir-
sas é íeita diretamente ou pelo 1erminal terra das tomadas cuito monofásica ou bifásica à terra.
de energia elétrica. Quanto ao aterramento funcional, os sistemas podem
Segundo a N8R I.EC 60050 (826). condu1or de proteção ser classiíicados em:
(símbolo PE) é definido como o condutor que interliga
• Diretamente aterrados.
elerrican1eote n1a.')sas. elementos condutores estranhos :.\
instalação, os barr.unentos de eqUipotencializ.ação e/ou • Aterrados por n1eio de ín1pedãncia (resistor ou reator).
pontos de alimcntaç.'lo ligados à !erra. • Não aterrados.
SU$W li
92 lnslalações elétricas
Fonte
l'YY"'l----1-----------------...- - - - - LI
rY--Y-"--<~--------------t------L2
l'Y"Y"'-1---------------+-~ .--- - -L3
e--- - - - 1 - -- - ---- - - - -----,1---+----N
Secundá.rio do 1ransforn1aclor
e------------------ --t---+-----PE
Massa genérica
..,. R,.·
L.::::::::::J do equipa1nen10 elétrico
(a) Esquema TN-S
Fonte
Massa genérica
do equi1nunento elétrico
'--------'
(b) Esquema TN·C
A cor,ente de curto-circuito, no sistenla TN, não fase passa para a massa da carga, colocando em risco a
depende cio valor do aterramento da fonte (R,), mas segurança humana (ver Figura 8.4).
somente elas impedâncias dos condutores pelas quais o
sistema é constituído. Por isso, ela é elevada e a prote- Esquema IT
ção é íortemente sensibilizada" provocando sua atuação. No esquema IT, não existe nenhun1 ponto ela alimen-
Deve-se sempre dar preferência ao sistema TN-S por- tação diretamente aterrado; ele é isolado da terra ou
que, na operação normal do sistema, todo o condutor PE aterrado por uma impedância (Z) ele valor elevado. As
está sempre praticamente no mesmo potencial do aterra· massas são ligadas à terra por meio de eletrodo ou ele-
mento da fonte, ou seja, com tensão zero ou quase zero trodos de aterramento próprios (ver Figura 3.24).
em toda sua extensão. Nesse esquema, a corrente resultante de u1na úoica
Por sua vez, no sistema TN-C, a tensão do condutor falta fase-massa não possui, em geral, intensidade sufi·
PEN junto da carga não é igual a zero, porque existem ciente para fazer a proteção atuar, mas pode representar
correntes de carga (incluindo harmônicas) e de desequi· um perigo para as pessoas que tocarem a n1assa energi-
líbrio retornando pelo neutro, causando assim quedas de zada, em virtude das capacitâncias da linha em relação
tensão ao longo do condutor PEN. Portanto, as massas à terra (principalmente no caso de alimentadores longos)
dos equipamentos elétricos não estão no n1esmo poten· e à eventual impedância existente entre a alimentação e
cial do aterrarnento da fonte. Nesse caso, sempre há uma a terra. Somente em dupla falta fase-massa, em fases dis-
diferença de potencial entre a mão e o pé do operador tintas, a corrente de curto-circuito poderá provocar a
que toca o equipamento elétrico. Outro perigo do siste- atuação da proteção.
ma TN·C é a perda (ruptura) do condutor neutro (NJ, Muitas indúst,rias utilizam em alguns setores o siste--
quando, instantaneamente, o potencial do condutor de ma IT, no qual a impedância (Z) é constituída por uma
SU$W li
Fonte
./',"Y'\.--1---- - - -- -- ----· - - - - - - l I
1-....rY'<'"'---I----- - -- --- - - - + - - - - - - l 2
rY"Y'\'-l---------------+--t~- - -l3
Secundário do transfonnador
z Massa genérica
'------' do equipan1ento elétrico
reatâncía projetada, a fim de que a corrente ele curto-cir- dutores elétricos específicos). No primeiro caso, a NBR
cuíto, para a primeira falta fase-massa, seja limitada a um 5419 reconhece os seguintes tipos: pilares metálicos ela
valor pequeno (por exemplo, 5 A). Essa corrente ele curto- estrutura; elementos da fachada (perfís e suportes metáli-
circoito sinaliza apenas a existência ela primeira falta, se,n cos) e instalações metálicas da estrutura (por exemplo,
necessidade de desligar o circuito, acionando apenas a tubulações metálicas - exceto gás), desde que possuam
equipe de manutenção. seções elétricM adequadas e contiiiuiclade garantida; e
A equipe de manutenç.io não precísa corrigir a falha armaduras de aço interligadas das estruturas de concreto
imediatamente; a produção do setor industrial contínua arn1ado.
normalmente, e a equipe ele manutenção pode progra-
• Se não houver SPDA, deve ser instalado um condutor
mar seu serviço para um horário mais adequado.
ele descida exclusivo para o aterramento da antena,
com seção mínima de 16 mm' em cobre, ligado ao
Interligação dos aterramentos de eletrodo de aterramento.
baixa tensão, do sistema de proteção Con10 afirmado anteriorn1ente, os aterramentos do
contra descargas atmosféricas (pára· SPDA, do mastro ela antena e da instalação de baixa ten-
são elevem ser interligados. De preferência. deve ser uli·
raios) e dos mastros das antenas lizado um único eletrodo de aterramento, como mostra
Conforme a NBR 541 O, como todas as opções de ele- a Figura 3.2S(c). No entanto, se o eletrodo de aterra-
trodos de aterramentos previstas na norma são também mento cio pára-raios e/ou da antena for distinto do da
reconhecidas pela NBR 5419 - Proteção de estruturas instalação de baixa tensão, é preciso que haja uma inter-
contra descargas atmosférícas, então o eletrodo de ater· ligação entre os dois, como indicado nas Figuras 3.25(a)
ramento de uma edificação deve ser usado conjunta- e (b).
mente pelos sistemas de baixa tensão e de proteção con-
tra descargas atmosféricas (SPDA).
De acordo com a NBR 5419, o mastro metálico da 3.4 As isolações e os graus de
antena externa de televisão ou sua torre de suporte, ins- proteção
talados sobre uma estrutura, deverão ser aterrados
segundo uma das seguintes alternativas: Os diversos componentes elétricos são isolados, ou
seja, possuem isolação, o que signifíca que não só prole·
• O mastro metálico da antena deve ser conectado ao gem contra choques elétricos, como também asseguram
condutor de descida do SPDA, por meio de solda exo- o funcionamento adequado cio componente.
térmica ou braçadeira com dois 1x1rafusos M8. Essa São considerados os seguintes tipos de isolação:
ligação deve ser a mais curta e retilínea possível e uli·
lizar um condutor ele cobre ele, no mínimo, 16 mm' • Isolação básica, que é a isolação aplicada às partes
(ou condutor de alumínio de, no mínimo, 25 mm 2, vivas para assegurar o mínimo de proteção contra
ou liga de aço de seção mínima 50 mm' ). A cone- choques elétricos.
xão com parafusos M8 cfeverá ser coberta com • Isolação suplen1ent<.1t, que é un1a isolaçiio adicional
material emborrachado. e independente da isolação básica, destinada a asse-
O condutor de descida do SPDA a que se reíere este gurar a proteção contra choques elétricos no caso de
i1en1 pode ser natural ou não natural (instalação de con· falha ela isolação básica.
SU$W ü
94 lnslalações elétricas
u.-gcndn:
BEP = Barran1ento de eqliipotencializaç.."io principal
CB = Condu1or de eqüipo1encialídade
CA = Condutor de ,uel'ra,nento principal
EF = Eterrodo e1nbu1ido na rundaçiio ou enterrado no solo
lll,P
CB
+ çA
(b) Aterrarnento cxclusÍ\IO dn antena s.en1 pára~mios
BEP
+ CA (e) Alcrramcnto da antena. do pám~raios e da instalação
elétrica que utiliza 0111 eletrodo comunt (por exe,nplo. embutido
na fundação ou en1errndo no solo)
~ EF• CE
Figura 3.25 • Aterromento ele SPDA, ela instalação ele baixo tensão e do antena
• Isolação dupla, que é a isolação composta por isola· técnica de isolar eletricamente tem sentido estrila·
ção básica e isolação suplementar. mente qualitativo.)
• Isolação reforçada, que é uma isolação única, não • Isolamento: conjunto das propriedades adquiridas por
necessariamente homogênea, aplicada às partes vivas um corpo condutor, decorrentes de sua isolação.
e que tem propriedades elétricas equivalentes às de !Nota: Esse termo tem sentido estritamente quantita·
uma isolação dupla. tivo e seu emprego é sempre associado à idéia de
valor, que pode ser dada de forma explícita (isola·
As isolações dos com1>0nentes de uma instalação mento para baixa tensão, isolamento para 698 V etc.)
desem1)enham um papel fundamenial na proteção con· ou implícita (coordenação do isolamento, distância
tra choques elétricos, por contato direto ou indireto. É
de isolamento, nível de isolamento, resistência de iso-
im1>0rtante lembrar que as faltas elétricas são geralmen·
lamento etc.J
te causadas por "falhas de isolação".
Da NBR 5456, têm·se as seguintes definições: As isolações podem, com o passar do tempo, devi·
do a causas naturais (por exemplo, ação de umidade e
• lsolaç,io: conjunto dos ma1eriais isolanies u1ilizados temperaturas elevadas ou baixas) ou acidentais {con,o é
para isolar eletricamente. (Nota: Por extensão, a ação ou o caso ele choques mecânicos), ter suas propriedades
SU$W li
prejudicadas. No limite, há a possibilidade de ocorrer uma internas dos aparelhos. Éo caso dos aparelhos eletro-
Nanulay:io" do isolamento garantido pela isolaç-<iO. Dessa domésticos de maior porte ou potência (lava-louças,
maneira, é produzida uma falha de isolação, que resulta na ar-condicionado, forno de microonclas, entre outros)
propagação do potencial da parte viva para as massas que e da maioria dos aparelhos eletroprofissionais (como
estejam em contato. máquina copiadora e equipamento odontológico).
Na prática, a falha da isolaç.ão manifesta•se por um • Classe /1: equipamento que tem isolação dupla ou
"caminho condutor", seja na superfície da isolação ou reforçada em todas as suas 1>arte-s vivas, sem previ·
por perfuração no interior cio material isolante. Produz- são para aterramento ou outras precauções que
se uma "fuga" de corrente, que pode evoluir para uma dependam elas condições da instalação. Podem ser
corrente de curto·circuito. ele três tipos:
O uso ele uma isolação dupla em um componente
• Con, carcaça isolante durável e substancialmente
reduz os riscos, uma vez que, se uma das isolações
contínua, que envolve todas as partes metálicas
falhar, a outra mantém a segurança do componente, que
(exceto pequenas partes, como, por exemplo, pla-
passa a contar apenas com uma isolação. ~ possível
cas de iclentiíicação, parafusos e rebites), as quais
argumentar que, nessas condições, se corre o risco de
elevem ser isolada.s das partes vivas por isolação
uma falha na isolação restante.
(>elo menos equivalente à isolaç.'io reforçada.
Os equipamentos elétricos (em particular, os apare-
Nesse caso. poden1oscitar a maioria dos aspiriJdo-
lhos eletrodomé'Sticos e eletroprofissionais) são classifica-
res de pó, alguns chuveiros elétricos e quase todas
dos pela IEC 61140 - Protection against electric shock
- Common aspects for installalion and eqvipment quan· as furadeiras elétricas.
to à proteção contra choques elétricos. Trata-se de classi- • Com carcaça metálica substancialmente contí-
ficação internacional aplicável aos equip.,"lmentos previs.. nua, que tem isolação dupla em todas as suas par..
tos para serem alimentados por fonte externa sob tensões tes internas, exceto naquelas em que é utilizada
de até 400 V entre fases ou de até 250 V entre fase e neu- isolaçc"ío reforçada por ser impraticável a aplica-
tro, destinados a uso póblico em residências, escritórios, ção de isolação dupla. Como exemplo, tem-se o
oficinas, escolas, fazendas e locais semelhantes, bem caso de ferramentas elétricas portáteis com carca-
como à prática médica e odontológica. São consideradas ças externas metálicas.
cinco classes, descritas a seguir: • Co,n carcaça nlist(1 que conlbina as características
• Classe O: equipamento ou aparelho no qual a proteção dos típos com carcaça isolante e com carcaça
contra choques elétricos é assegurada exclusivamente metálica, como em algumas ferramentas portáteis.
pela isolação básica, não sendo previstos n,eios para • Classe Ili: equipamento no qual a proteção contra
ligar as partes metálicas acessíveis, se existentes, ao choques elétricos é assegurada pela sua alimentação
condutor de proteção d.> instalação. Em caso de falha em extrabaixa tensão, pois, durante seu funciona·
ela isolação básica, a proteção dependerá apenas do mento, não poden1 ser induzidas tensões 1nais eleva-
meio ambiente. Como exemplo, podem-se citar os das. É o caso, por exemplo, de equipamentos para
aparelhos eletrodomésticos portáteis, como liquidifo- uso subaquático, como ilumi nação de piscinas,
~1dores e bate<Jeiras. hidromassagem etc.
• Classe OI: equipamento ou aparelho que tem pelo Observe que, quando um equipamento tiver partes
menos isolação básica em todas as suas partes vivas e com diferentes classes de isolamento, a parte de menor
possui tern1inal para aterramento das partes metálicas classe é considerada a classe do equipamento, para efei-
acessíveis não destinadas a conduzir corrente (n1as.- to de aplicações de todas as medidas de proteção contra
sas), e que pode ficar sob tensão em caso de falha de choques elétricos.
isolação. Entretanto, o cabo de alimentação não pos- A Tabela 3.8 mostra as correntes de fuga máximas
sui condutor de proteção e o plugue não possui o pino típicas de diversos equipamentos elétricos.
terra. é o caso, por exemplo, de algumas geladeiras e Os invólucros cios equipamentos elétricos são classifi-
lavadoras de uso caseiro. Nesses equipamentos, o con- cados por waus de proteção, definidos pela norma NBR
dutor ele proteção (PE) do circuito elétrico deve ser IEC 60529 - Graus de proteção para invólucros de equi-
conectado à massa (c.1rcaça) metálica do aparelho. pamentos elétricos (código IP) e indicados f>elas letras
• Classe/: equipamento no qual a proteção contra cho- "IP" e, em seguida, por dois algarismos. O primeiro alga-
ques elétricos não é assegurada apenas pela isolação, rismo indica a proteção contra a penetração de corpos
mas inclui uma precaução de segurança adicional, sólidos estranhos e contatos acidentais, e o segundo indi-
em que o cabo de alimentação contém um condutor ca a proteção contra a penetração de líquidos. As tabelas
ele proteção (PE) conectado diretamente às massas 3.9 e 3.10 apresentam os algarismos utilizados.
SU$ W ü
96 lnslaloções elétricos
Tabela 3.9 • Graus de prole ã o dos invólucros contra a P.!!ne~ão de C2!'f!OS sólidos
Proteção contra o ingresso de corpos sólidos estranhos e contra acesso a 1>artes perigosas
Primeiro algaris mo Grau de proteção
Nenhu1na proteção de pessoas contra o con1a10 con1 partes internas sob tens.lo ou en1 n1ovi-
o n1ento. Nenhun1a J>roteção do equipan1ento contra a penetração de corpos sólidos estranhos.
Proceção contra contato acidental ou inadvenido de grande superfície do corpo hun1ano. Por
1 exe,nplo. a n1ão, co,n as partes intentas sob ten$.10 ou en1 n1ovin1ento. Não oferece, porén1~ pro-
teção contra a penetmção de srandes corpos sólidos estranhos.
Proteção contra o con1a10 dos dedos con1 as par1es in1en1as sob 1ensiio ou e1n n1ovin1ento.
2
Proteção contra a penetraç-ão de corpos sólidos estranhos de n1édio porte.
Proteção contra o con1ato de fcrrnn1entas, tios ou outros objetos, de dí1nensão míni1na superior a
3 2,5 n1n1, co,n as panes in1en1as sob lensão ou e111 1novi1nen10. Pro1eçao contra a penetração de
corpos sólidos estranhos de pequeno porte.
Pro1eção contra o co111.1to de ferr::unentas. fios ou ou1ros obje1os. de di1nensão n1íni111á superior a
4 1 1nn1. con1 as panes intentas sob tensão ou e1n 1novilnento. Proteção contra a peneiração de cor·
pos sólidos estranhos de pequeno porte.
Proteçâo to1al con1ra o contato con1 as panes sob 1cnsâo ou en1 1novi1nen10 dentro do invólucro.
5 Proteção contra pó. A penetração de p6 não é evitada 1otallnen1e, mas o pó não pode entrar e1n
quantidade. que possa prejudicar o funcionamento sa1isfa16rio do equipamc,uo.
Proteção total co,un, o c-0ntato co1n as partes sob 1ensão ou en1 1novi1nento. Proteção 10H1I contra
6 a penetração de pó.
SU$ W 6
3.5 Proteção básica gos não são considerados proteção adequada. Quando a
ísolaçào for provída durante a execução da instalação,
(contra contatos diretos) ela eleve ser verificada por meio de ensaios análogos aos
A NBR 541 O considera que a proteção básica (contra aplicados aos componentes montados em fábrica.
contatos diretos} possa ser de três tipos: completa, 1>ar-
cial ou adicional. Da NBR IEG 60050 (826), têm-se as seguintes definições:
• /Jdrreira: ele1nento que assegura a proteção contra con-
Proteção completa tatos diretos, em toda,; as direções habituais de acesso.
• invólucro: eletnCJUO que assegura a groteção de un1 equj-
A proteç.'io complet.1 é necessária nos locais acessí-
pamento conlrn detcnninadas influências ex.temas e a
veis a qualquer tipo de pessoa, principalmente pessoas proteção con1ra contatos dire1os en1 qualquer direção.
comuns (BA 1), crianças (BA2) e incapacitados (8A3).
• obstáculo: elemento que jm_pcde um cont;-tto direto
Pode ser realizada por isolação básica das partes vivas,
acidental, 1nas não impede o contato direto por ação
por meio de invólucros ou utilizando barreiras (tratados deliberada.
no Anexo B da NBR 541 O).
Uso de barreiras ou invólucros
Isolação básica das partes vivas
Por definição, o uso de barreiras ou invólucros desti-
A isolação das parles viv,,s (energizadas} consiste no na-se a ímpedir qualquer contato com partes vivas, cum-
recobrimento total dessas partes por orna isolação que só prindo assim o 1x1pel ele proteção b,isica.
pode ser removida com sua destruição. A norma indica que as partes vívas devem ser confi-
Para os componentes montados em fábrica, a ísolação nadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que
deve atender às prescrições relativas a esses componen- confiram, pelo menos, o grau de proteç,10 IP2X (proteção
tes, geraln1ente indicadas nas normas técnicas cabíveis. contra contato cios dedos com partes vívas; abertur,,s de
Para os demais com1>0nentes, ou seja, aqueles que diâmetro inferior a 12 mm).
são providos, completados ou restaurados na execução Admilem-se, no entanto, aberturas superiores às IP2X
da inst.ilação, a proteção deve ser garantida por uma íso- para a substituição de partes (troca de lâmpadas ou fusí-
laç.:io capaz de suportar as solicitações n1ecãnicas, quí- veis) ou quando necessárias ao funcionamento adequae
micas, elétricas e térmicas a que possa ser submetida. Em do de um equipamento ou componente (para ventilação,
geral, os vernizes, as lacas, as tintas e os prodtdos análo- por exemplo). Em todos os casos, as aberturas elevem ser
SU$W li
98 lnslolações elétricas
Tabela 3,11 • Distâncias minimas a serem observadas nas passagens de serviço (considerando os
serviços de manutenção e ão)
Oistânc.in míni,na (m)
Deseriçâo Proteção completa ou
parcial existente Proteção inexistente'
Entre obstáculos' 0,7 -
Entre manípulos de dispositivos elétricos {punhos. ,•olantes:. alavancas
etc.)'
0,7 -
En1re obstáculos C· partde 1 0,7 -
En,re 1na,1rpulos e parede1 0.7 --
Altura de J>a..wigent sob tela ou painel 1 2,0
Apenas un1 dos lados apresenta partes vivas despro1egidas:
• entre paredes e partes vivas - 1.0
• passagen1 livre defronte a 1nanípulos de dispositivos elétricos (pu·
nhos, vola1ues. alavancas etc.) - 0.7
• colocação
passagen1 destinada 1anto à operação quanto à n1anutenção sen1
de barreiras.
1
- 1,5
• disposi1ivos
passagenl lh,rc destinada à n1anutenção defronte e a manípulos de:
eléiricos (punhos. volan1es para a equipe de operação). - 1.1
• Os circuitos que sirvam a pontos de utilização situa- situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias,
dos em locais contendo banheira ou chuveiro. áreas de serviço, garagens e, no gerat em áreas inter·
• Os circuitos que alimenten1 ton1adas de corrente nas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.
(cada 1omada até 32 A) situadas em áreas externas à
Em todos os casos, a proteção dos circuitos 1>0cle ser
edificação. realizada individualmente, por equipamento, por ponto ele
• Os circuitos de tomadas de corrente (cada tomada
utilização, por circuito ou por grupo de circuitos.
até 32 A) situadas em áreas internas que possam vir a
alimentílr equipamentos na área externa. Omissão da proteção contra
• Os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pon·
tos de utilização situados en1cozinhas, copas<ozinhas, contatos diretos
lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais depen- A norma admite que sejam omitidas as medidas de
dências internas molhadas em uso noonal ou sujeitas a proteção contra contatos diretos nos locais acessíveis
lavagens. Exclui-se dessa exigência os pontos que ali- somen1e a pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas
n1enten1 aparelhos de ilun1inação posicionados a un1a (BA5), desde que elas sejam devidamen1e ins1ruídas com
ahura igual ou superior a 2,50 m. relação às condições cio local e às tarefas a serem execu-
• Os circuitos que, em edificações não residenciais, tadas, se forem simultaneamente atendidas as seguintes
sirvam a pontos de tomada (cada tomada até 32 A) condições:
SU$W ü
G 1,25 rn
1,25 m
s
(a) Vista lateral
------------------'
' s
( b) Vista superior
Partes vivas
Obs1áculos
,. .. _
.•
................... ..
.
----~
''
.---···········''
'
'
''
2.000 nln1 ;' '
'' .' Parede
'
J' :t '
J
'
''
/ j ''
'
Hrrr,--rrr-r,-rrrrr,'777"77rrl-r7-,>77"777~~~
· 7777"77"777r)7"77~
• Os locais devern ser sinalizados de maneira clara e • As portas de acesso aos locais devem permitir a fácil
visível; não é possível entrar nos locais, a não ser saída das pessoas, abrindo no sentido da fuga (abrin-
corn o auxílio ou a liberação de algum dispositivo do para fora). A abertura das portas, pelo lado inter-
especial. no dos locais, deve ser possível sem o uso de chaves,
SU$W ü
mesmo que as portas sejam fechadas à chave pelo ma.s com comprimento superior a 6 m, também
lado de fora. sejam acessíveis nas duas extremidades.
• As passagens cuja extensão for superior a 20 m • As passagens livres elevem obedecer às distâncias
devem ser acessíveis nas duas extre1n idades, reco~ mínimas indicadas na Tabela 3 .11 e ilustradas nas
mendando-se que as passagens de serviço menores, figuras 3.27, 3.28 e 3.29.
Part.;s cncrgizadas
2.300 nun
7001nn1
~
1.000 llllll ~1 1.000 1n1n • I
I• I•
Figura 3.28 • Passagens sem proteção com portes energizaclos ele um único lodo
Pat1es
Q) oncrgizad~
• CD .
(
Ala,-anca /~. 2.300nun
EXERCÍCIOS
1. Quais são os principais efeitos que uma corrente elétrica externa pode produzir no corpo hun,ano?
2. Defina o que é o conceito "limite de largar" de uma corrente elétrica.
3. Quais são os valores médios do "limite de largar" em corrente alternada para 50 e 60 Hz para homens e
n"llllheres?
4. O que é o fenômeno da fibrilação ventricular?
5. Quais são as principais variáveis que influem no valor da resistência elétrica do corpo humano?
6. Como se definem proteção básica e proteção supletiva?
7. O que são proteção 1>assiva e proteção ativa contra choques elétricos?
8. Quais as condições de influências externas devem ser observadas na seleção das medidas de proteção contra cho-
ques elétricos (por contato direto ou indireto)?
9. Qual é a diferença entre aterramento e eqüipotencialização?
1O. Que valores podem ter as duas letras utilizadas na simbologia cios esquemas básicos de aterramento, para repre-
sentar a Íl1nçâo do aterramento da fonte de .alimentaÇ<io da instalação (transforn1ador, no caso n1ais comum, ou
gerador) e das massas?
SU$W li
Planeiamento da instalação
.........""'"'~~------
P (kW)
onde <1> é o ângulo cujo cosseno é o fotor de potência da possui uma forma característi<:<1 para sua curva de carga
instalação elétrica. diária. Por um lado, a curva diária típica de um prédio
A área entre a curva P(I) e o eixo dos tempos é a de escritórios é diíerente da ele um prédio de apartamen-
energia consumida pela instalação no intervalo conside· tos, e ambas são diferentes da de uma indústria química.
rado. De acordo com a Figura 4 .1, pela própria defini- Por outro )ado, em instalações situadas em regiões onde
ção ele demanda, a área cinza é a energia e consumida as estações do ano são bem-diferenciadas, as curvas de
durante 61, ou seja, carga típica variam confonne a época do ano.
t +àl
É importante observar que os conceitos de demanda
e = D · tlt = j, P(t ) · dt (4.3) e curva de carga apresentados valem não só para uma
instalação (como um todo), mas também para os diver·
sos setores considerados em uma instalação, para um
Curva de carga circuito apenas ou mesmo para um conjunto de equipa·
Define-se ct1rva ele cc1r3(1 como a curva que apresen· mentos elétricos.
ta a demanda em função do tempo, D(t), para dado t con1um indicar, con1 a curva de carga, a potência
período T (ver Figura 4.2). Na verdade, ela é constituída instalada da instalação ou do setor considerado, como é
por patamares; no entanto, é mais comum apresentá·la apresentado na Figura 4.3.
como uma curva, resultado da união dos pontos médios
das bases superiores dos retângulos de largura AI. Para
um perio<io 1; a ordenada máxima da curva deíine a 4.2 Fatores de projeto
dem,1nda máxima (D-"). A energia lotai consumida no
Fatores ele projeto são os fatores utilizados durante o
período &.,. é medida pela área entre a curva e o eixo dos
projeto de uma instalação elétrica, mais precisamente na
tempos, ou seja,
fase ele quantificaç,io (ver Seção 4.6), para a determina-
T
ção das demandas máximas dos diversos setores da ins·
&·r = Ío D(t) · tit (4.4)
ta lação e ela demanda máxima global. Nesta seção, são
apresentados os fatores ele llli/ização, de demanda e de
A demanda média (D.,) é cleíinicla como a altura de
diversidade, bem como suas definições e características.
um retângulo cuja base é o período T e cuja área é a
Na Seção 4.3, serão analisados os detalhes de sua apli-
energia total (e,.), ou seja,
cação prática.
&•r É apresentada, também nessa seção, a deíinição do
D., = T (4.5)
fator de carea, que, embora não seja especificamente
um fator de projeto, pode ser utilizado no planejamento
como mostr,1 a Figura 4.3.
da instalação (por exemplo, quando for necessário esti·
A demanda média é, em outras palavras, a demanda
mar a demanda média ou o consumo de energia).
constante que uma instalação elétrica deve apresentar
para, no período considerado, consumir uma energia
igual à que é consumida en, funcionamento norn1al. Fator de utilização
PMa estudos e análise do desempenho de instalações No regime de funcionamento de um equipamento de
prediais, a curva de carga diária (ou seja, para T = 24 h) utilização pode ocorrer de a potência eíetivamente
é a mais comun1, unia vez. que cada tipo de instalação absorvida seja inferior à respectiva potência nominal. É,
por exemplo, o caso dos motores elétricos, suscetíveis
de funcionar abaixo de sua carga plena. O fator de 11tili·
O(t) O,i - - -
zação (11) é definido, para um equipamento de utiliza-
ção, como a razão da potência (máxima) eíetivamente
absorvida W.v) - também chamada de potência de tra·
balho -, para sua potência nominal (P.v), ou seja,
(4.6)
onde, logicamente, 11 s 1.
O fator de utilização, citado em muitas norn,as euro·
péias e na antiga NBR 5410: 1980, só pode ser aplicado
o T no projeto quando há um perfeito conhecimento do
equipamento e ele suas condições ele uso. Embora esse
íator não tenha sido incluído nas edições posteriores da
Figura 4.2 • Curvo de corgo do$ demondo$ norma, ainda pode ser útil em situações específicas.
SU$W ü
D(kW)
Pinsi 1------------------~ ~ - - - - - - - - -
Ocn1anda 1náxin1a Potência instalada
D~, ...................................... . .. .
•r
- 0 - + - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ' T -+ t(h)
Assim, em uma instalação i11dustrial usual, os equipa- nar simultaneamente. A potência ele alimentação deve
mentos a motor apresentam, geraln1ente, fatores de utili- corresponder à demanda máxima presumida de uma ins·
zação na faixa de 0,3 a 0,8; para tais equípamentos, a talação, ou ele uma parte da instalação, em um período
exemplo de outras normas, a NBR 541 O: 1980 admitia, ele 24 horas.
na falta ele indicação mais precisa, o uso de 11 = 0,75. A potência instalada (de uma instalação, de uma
Por sua vez, para os aparelhos de iluminação, para equi- parte da instalação ou de um conjunto de equipamentos
pan1entos de aquecifftento e de ar-condicionado, a norn1a de utilização), Pir.Su é a soma das !X)tências no1ninais de
recomendava que o fator ele utilização fosse sempre con- todos os equipamentos ele utilização existentes ou pre-
siderado igual a 1. vistos na instalação, na parte considerada da instalação
É muito importante observar que, se mal-aplicado, o ou no conjunto de equipamentos considerado.
fator de utiliwção pode conduzir ao subdimensionamen· Dessa íorma, ten1os:
to ele circuitos (terminais e de distribuição). Portanto, seu
emprego eleve ser cercado de iodo o cuidado. g' = D," (4.7)
p ll'l$t
Fator de demanda Esse fator, sempre inferior à unidade, deve ser aplica-
O fator de demanda de um conjunto de equipamen- do a "pontos de distribuição" da instalação, isto é, a qua-
tos de utiliwção (g') é definido pela NBR IEC 60050 (826) dros de distribuição em geral. Leva em conta a provável
como a razão entre a soma das potências nominais dos não simultaneidade no funcionamento cios equipamen-
equipamentos - de um conjunto de equipamentos ele tos ligados a um ponto de distribuição e, nessas condi-
utilização suscetíveis de funcionar simultaneamente em ções, sua aplicação exige o conhecimento detalhado do
determinado instante - e a potência inst,Jlada do con- ti1>0 de instalação que está sendo projetado.
junto. Geralmente, o instante considerado é aquele cor- Seja uma instalação elétrica, seja um setor de uma
respondente à demanda máxima da instalação ou da instalação, constituída(o) por três conjuntos de cargas, A,
parte ela instalação que alimenta o conjunto. B e C (por exemplo, motores, iluminação e tomadas de
Define,se também o fator de demanda da inswfaçào corrente). Cada conjunto possui sua 1>0tência instalada e
ov de parte da instalação (g') como a razão entre a sua curva de carga diária, e as denlandas 1náxin,as (D·"'"
potência de alimentação, ou da parte considerada da D.une D,",:) ocorren, nos instantes ,,L• 18 e te, respectiva-
instalação, e a respectiva potência instalada. mente, como mostra a Figura 4.4.
Por sua vez, a potência de alimentação (de uma insta· Os fatores de demanda dos setores A, B e C, são. res-
lação ou de parte de uma instalação), D,,1, é considerada pectivamente:
a soma elas potências nominais de todos os equipamen-
tos de utilização existentes ou previstos na instalação, ou
D ,\IA , D.11c
=--egu =--ice = - -
P ins1,t1
º·"" ,
Pins1.11 P;~i. c:
na parte considerada da instalação, suscetíveis de íuncio·
SU$W ü
º"ª
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.
o i rc T
Figura 4.4 • Curvas de carga dos conjuntos de cargas A, B e C de uma instalação e curva de carga total
Fator de diversidade
Note que, na Figura 4.4, as demandas m,~ximas da
instalação e dos setores A, B e C não ocorrem ao mesmo
tempo, n1as em instantes distintos, u1na vez que há un1a
diversidade de consumo de energia em cada trecho da
instalação elétrica. e D
Desse modo, deíine·se o f.lror de diversidade (d) o ,,, T
para un1 ponto de distribuição de energia como a razão
da soma das demandas máximas dos diversos conjuntos Figura 4.5 • Tempo de utilização
de cargas ligadas ao ponto (D.,u) para a demanda máxi·
ma do f>Onto de distribuição ( D,,), ou seja:
"
LDM.I
(/ = .!l.:c
• :..
I --
(4 .1O) ou seja,
D,,,
-,,, =-D"' (4.13)
onde o fator de diversidade é, logicamente, maior ou T D.11
igual a 1.
Então, da Expressão 4 .1 2, tem-se:
No exenlplo anterior, tem-se:
1,, (4.14)
I = 1.0 + 14 + 15 = 1 Sl c= -
T
' 21.5 '
Das expressões 4. 13 e 4.5, obtém-se:
Assim, a demanda máxima de urna instalação ou de
um setor de uma instalação do ponto de distribuição er = D,11 • T = D 1,, , ,, (4.15)
(geral) da instalação ou do setor, à qual estão ligados 11
conjuntos de carga, é dada por:
onde e., é a energia elétrica consumida pela instalação
no período T.
"
LDM.I
A Ex1>ressão 4. 15 mostra que o tempo ele utilização
,..
D,\{ = -'--~-
(4.11 ) (1.) é o tem1>0 no qual a instalação deve funcionar com a
c= -Dm (4.12) e=
Dm · T ,írea FGDO
= (4.16)
D,, D..,· T área EADO
sendo c :S 1. A área FGDO corresponde à energia consumida, e."'
A Figura 4.5 n1ostra uma curva de carga e indica a no período 7; e a área EA DO, corres1>0nde à energia,
demanda média.., D,,,, e a máxima, D,v· s.u, que seri~ consumida durante 7', caso íosse n,antida
Trace a reta que une o ponto O ao ponto A, situado a demanda n1áxirna, D.v· Assi1n, da Expressão 4. 16, ten1-
sobre o eixo vertical traçado na abscissa 7; na altura cor- se:
respondente à ordenada D \r· Essa rela cruza a correspon-
1
e,· (4.17)
dente Dm no ponto 8; desse ponto, baixa-se a vertical c= -
que encontra o eixo das abscissas no ponto C. Chama-se
e,,,
a abscissa OC de tempo de utilização, t,.. Dos triângulos e então
semelhantes OBC e OAD, pode·se escrever: (4.18)
SU$W ü
10 8 lnslakições elétricas
Potência de alimentação
Como vimos anteriormente, a potência de alimema-
ção deve corresponder à demanda. máxima presumida
de uma instalação, ou de un1a parte da instalaÇ<.i.o, en1 un1
período ele 24 horas.
De acordo com a NBR 541 o, a determinação da
24 h I
potência de alimentação é essencial para a concepção
lp econômica e segura de uma instalaçãol dentro de limites
adequados ele elevação de temperatura e de queda de
Figura 4 .6 • Cargo operando em um ciclo menor que 24 tensão. Na determinação da potência de alimentação,
horas
SU$W li
Fatores de demanda
- -+ !,, PA,QA,s,, A escolha dos fatores de demanda a serem uti lizados
costJ> no projeto de uma instalaç.'io elétrica deve levar em con-
sideração, no caso mais geral:
• As atividades previstas para os diversos locais cio
prédio.
Figura 4 .7 • Ponto de distribuiçõo
SU$ W ü
11 O lnsloloções elétricas
• O funcionamento previsto para os diferentes equipa- cm risco toda a instalaç.:io. Por sua vez, a otilízação
mentos de utilização. No caso específico de equipa- de um fator de demanda maior que a real produz um
mentos de aquecimento e de refrigeração, devem ser superdimensionamento da instalação elétrica, que, do
considerados os fatores climáticos. ponto de vista da segurança, é ótimo, mas penaliza o
lado econômico.
• As possibilidades de alteração de layout de equipa-
A Tabela 4.1 apresenta os valores típicos dos fatores
mentos, isto é, a flexibilidade necessária nos diversos
de demanda globais e dos fotores de carga diários para
setores do prédio, no que diz respeito aos circuitos.
vários r,:sn,os ele atividade. As tabelas 4.2 a 4.6 mostram
• As condições econômicas locais.
os valores típicos dos fatores de demanda práticos em
A adoção de fatores de demanda muito baixos diversas situações e s;io os resultados da experiência de
conduz ao subdimensionamento do circuito que ali- companhias concessionárias e de projetistas. Em particu-
menta o ponto de distribuição considerado. Esse faro, lar, são mostradas algun1as tabelas da concessionária
en1 pri ncípio, causará problenlas principaln,ente na AES Eletropaulo, mas isso deve ser tomado pelo leitor
hora do pico do consumo cuja corrente real será apenas como exemplo. É importante destacar que essas
maior que a projetada. Com o tempo, esse sobreaque- tabelas podem não ser adequadas em algumas situações,
cimento diminuirá a vida útil da isolação, colocando tendo em vista as particularidades da concessionária de
Tabela 4.1 • Valores rielco• cio fator ele demanéla g lobal (9) e cio fa- de carga diário (e) para
diverso, tipos de inotala,ões. (Fonte: Cesp)
Ramo de atividade da empresa Potência instalada g e
Extra\'.âO de ntinerais
J - Pedreira. 0.64 0,16
2 - Extração de n1incrais ,nctálicos e não n1etálicos (extração de n1incrais: Até200 kW 0,43 0.17
ex1ração de areia; extração e beneficia,nerno de rninerais: nlineração de argila.
calco e xisto). Acima de 200 k\11 0.57 0.33
-
Produtos n11ncrais nao metálicos
1- Brita,nento de pedra (bri1an1ento de granito; brita1nen10 de pedras; pedreira e
Acé5()()k\V 0,55 0,15
britador associados).
2 - Aparelha1ncnto de pedras, mánnorc. granito, serraria de gr.inito. O.SI 0,39
3 - Fabricação de cal.
Alé 500 k\V 0.47 0.17
Acima de 500 k\V 0,62 0,74
4 - Ccrâ.inica (sem especificação). Acé 150 RW 0,79 0,22
Acima de 150 k\11 0.62 0.38
(continua)
SU$ W li
(continuação)
Ramo de atívida de da empresa Potência instalada g e
Cerftn1i<:3
Até 75 k\V 0,82 0,24
5 - Cerâ1nica de lijolos. 1el_has e telhões
Acima de 75 k\V 0,68 0,22
Até 140kW 0,57 0.21
6 - Cerâ1nica de n1anilhas, associada ou não a telhas. lajota.~. tubos e conexões
Acima de 140 kW 0.69 0,29
7 - Cerâ1nica de lajotas. associada ou não a tijolos, telhas. tubos e guias 0,5 1 0.24
8 - Cerâmica de rcfr.llários 0,48 0,27
Até 250 kW 0.62 0,39
9 - Pisos cerâ,nicos, vi1.rificados. es,naltados. ladrilhos e 1>astilhas
Acima de 250 kW 0,56 0.64
IO- Louças e porcelanas. 0.62 0,48
J 1 - Cerârnica de nuue.rial vazado, associado ou não a outras cerâ1nicas 0,65 0,24
12 - Anefatos de cimento (cin1cnto a,nianto. chapa de ci1nento. telhas: caixas
0,28 0,36
d'água)
13 - Fabricação e elaboração de vidro (de fib ras de vidro. fábrica de garrafas.
0,67 0,6 1
vidraria)
14 - Moage,n de pó calcário. nlincração e n1oage1n de calc-~rio, pó c alcário) Até IOOkW 0.75 0, 15
Acima de 100 k\V 0,65 0,30
...: ,.
Metalurgia
1 - Metalurgia (n1etalurgia, redução e refino de cobre, fundição, recuperação de Até300kW 0,28 0,22
meio.is) Acima de 300 k\V 0.37 0,43
2 - Lan1inação e n1c.tais 0.42 0.22
3 - Melalurgia: diversos (fábrica de arantes, esquadrias n1etálicas. artefa1os de Até 150kW 0.28 0, 16
nletais. annaçõcs e cs1ruturns n1e1álicas. serralharias. cutelaria) Acima de 150 k\V 0,25 0,3 1
Mecâruca
J - Fabrição de n1áquioas operatrizes (indt1stria de 1náquioas pesadas. fundição de Até500 k\V 0,25 0,23
n1áquinas. índústria 1nccânica1 indús1ria de 1náquinas e cquip;unentos, índús~
triade n1áquinas-ferran1entas) Acima de 500 kW 0.25 0,37
2 - Fabricação de n1áquinas agrícolas (fabric:,ção de arado~. de peças de tratores e
0,35 0,25
de máquinas. i1nple1ne111os e ferran1en1as agrícolas)
3 - Indústria de femunen1as agrícolas e-indústrias rnecãni-cas diversas (pregos.
corrente.,ç, panelas, caldeirões. frigideiras, enxadas. enxadões. peneiras, 0 ,48 0,19
adubadeiras)
Materiais elélrict,s e de con1unicaçoes -
1 - lndtí.-stría de trnnsfomH1dores e equipantentos elétricos 0,34 0.33
2 - Fabricação de 1naterial elétrico e de co1nunicações: diversos (indús1ria de
eletrofones. geradores, equipa1ne1tto elevador de c.arga, controles elétricos, 0,44
chaves elétricas, válvulns. instalações 1cm1clétricas industriais)
Material de trnnsporle
1 - Estaleiro (oficina naval. oficina rnecãnica paro conserto de barcos. instalações
0.26 0.32
navais)
2 - lndústri:1 de rodas 0.35 0 ..25
3 - Indústria de escapanientos 0.48 0.28
4 - Indústria de freios para veículos (autopeças) e la111ernas 0.23 0.34
5 - lndúsoria de tanques (tanques. basculames, reboque.,, carretas) 0.22 0,19
6- Indústria de carrocerías 0.47 0,20
7 - Indústria de carrinhos de bebês 0.4 1 0,23
8 - Indústria de n1ancais é buchas 0,44 0,25
(continua)
SU$ W li
11 2 lnslalações elétricas
(cominuaçâo)
Ramo de atividade da empresa Potência instalada e
Madeira
1 - Serraria e carpintaria 0.4 1 0.18
2 - Fabricação de 1naterial de e,nbalagen, (fábrica de caixas de ,nadcirn. de c1nbalagen~
0. 35 0,24
de madeira. palha de 1nadeir.1 para c111balagcm)
3 - Fabricação de artigos de n1adeira e la1ninação de madeira {cabides, cruzetas de Até 100 kW 0,59 0, 19
rnadcir:t. anefatos de ,nadeira, ponas. janelas, 1acos1 donnen1es, 1anoaria) Acima de 100 kW 0.25 0.23
Mobilillrio
l - Fábrica de 1n6veis (n1óvei.s de 1nadeira, de fónnic:3, es1ilo colo11ial. n1óveis para Até 120 kW 0.40 0,19
escritório) Acima de 120 kW 0.30 0,28
2 - F.íbrica de móveis e cofre,; de aço 0.24 0.28
3 - Fábrica de móveis estofados 0,62 0,23
Celulose, papel e 1>apclão
Até IOOkW 0.3 1 0.31
1 - Fábrica de papel e papelão (indústrias de celulose, papel, cartolina, papelão, Acima de 100 kW e até
0,54 0.56
papel miolo. papelão ondulado, saco de papel) I.OOOkW
Acima de 1.000 kW 0.62 0.66
Borracha, quhnica e 1>rodutos farrnacêuhcos e vetcr1nár1os
Até 300 kW 0.66 0, 13
l - Indústria e usina de asfal10
Acima de 300 kW 0,37 0.20
2- Diversos (indústria de adubos. produtos fannacêuticos. ,1uín1icos. veterinários.
pirotécnicos, inse1icidas. p6 e talco para inseticida, pneus e resso.lage111,
artefatos de borracha. 1in1a para ,nadcir-J, cera par-d assoalho. tintura têxtil. 0.40 0,37
extn1ç.ão de 1anino. óleo lubrific.ante, derivados: de petróleo. indústria de sinléti·
cos, resinas anificiais)
Couros e peles
Até 100 kW 0.43 0,27
Acima de 100 kW e até
l - Indústria de peles. cunun1e e indlístria de couro 0.29 0,2 1
300 kW
Acima de 300 k\V 0,45 0,43
Produtos de matéria pláshca
Até 150 kW 0.54 0.23
1 - Indústria de plástico (beneficiamento de plástico e espuma)
Acima de 150 kW 0.40 0,55
2 - Recuperação de plá.~tieo 0,6 1 0.38
3 - Indústria de embalagem de plástico (sacos plásticos, cordas e fios plásticos) 0.52 0.35
T êxtil
l - 8cneficia1ne1uo e industrialização de algodão 0.25 0,31
2 - Fi<1ção (sem especificação) 0,57 0.58
3 - Torção e rotação de fios: indústria de linhas para coser 0,48 0,68
4 - I ndústria têxtil - 1ecclagcn, - fábrica de 1ecidos 0.58 0,40
5 - Fiação e tecelagcn1 associados 0,47 0,45
6 - Fábrica de tecidos de tergal. de tecidos de fios plásticos. de tecidos de algodão 0,47 0,34
7 - Fábrica de 1ncias. rendas. n1alharia. chcnilhas e pelúcia 0.46 0.45
8 - Tecelagen1 de sacos 0,60 0,29
Vestuário, calçados e artefatos de tecído
l - Indústria de chapéus associado ou não a calçados ou a confecções têx1cis 0.46 0,24
Até 150 kW 0,33 0,27
2 - lnchlstria de calçados: calçados plásticos
Acima de 150 kW 0.59 0,26
(continua)
SU$W li
lconrinvaçiio)
Ramo de atívidade da empresa Potêncía instalada g e
Produtos ali1nentares
l - Fábrica de chá. bencficia,nento de chá 0.43 0.38
Até IOOkW 0,60 0.17
2 - Beneficia.n1e1Ho de café e a,·roz, associada ou não ao a,nendoim
Acima de 100 kW 0.26 0.18
3 - Beneficiamento de café associado ao algodão à rnção. ao cereal - Até90kW 0.50 0.09
Benelician1cnto. torrefação e ,noagcnt de café Acima de 90 kW 0,45 0.15
4 - Ucncficia,nento de a1nendoin1. ass1Xiado ou oão ao café 0.26
5 - Bcneticia1nento de café 0,45 0. 13
6 - Bcncticia1ncnto de arroz - 111ác1uina de arroz 0,64 0.23
7 - Cli1natização de banana - industrialização de banana 0.39 0,43
8 - Industrialização de laranja (barracão de laranja~benefician1ento de laranja,
0.59 0,25
comércio e embalagem de laranja)
9 - Indústria de gelo Até 500 kW 0,64 0,53
Acima de 500 kW 0,62 0.7 1
10 - lndúsll'ia de óleo vegetal - extraçilo de óleo vegetal 0.37 0.47
11 - Fecularia (se1n especificação) - fábrica de farinha 0.33 0. 16
12 - Fecularia de 1ni1ho 0,54 0,22
13 - Produtos derivados da n1andioca (fecularia. ração de ,nandioca,
0,36 0,25
industrialização de n1andioca)
14 - Abate de anirnais (indústria e cornércio de frongos. ,na1adouro. abate de
0,38 0.39
aves, fábrica de conservas de carne)
15 - lndus tríalização de pe.~cado 0,46 0,4()
16 - Frígorítico 0.41 0.42
Até60kW 0,71 0,30
Acima de 60 kW e até
l7 - Rc..'\fria1ncn10 de leite. posto de recebi1ncn10 de leirc 0,63 0.37
IOOkW
Acima de 100 kW 0.44 0.38
18 - Pas1eurização de leí1e e/ou man,eiga 0.57 0.29
Até50kW 0.78 0.33
19 - lndus1rialização de leite (sen1 especificar a oper"çào. laticínios. usinas de
Acima de 50 kW 0.63 0.39
leite, cooperativa de leite)
Acima de 150 kW 0,56 0.48
20 - Derivados de leíte (fábrica de leite em p6, queijo. manteiga) 0,33 0,38
21 - Fabricação e refino de açúcar, associado ou não à fabricação de álcool,
0.28 0,39
melaço o u moogem de café
22 - Fabricação de ,nassas a1i1nentícítts - pastifício 0.50 0,35
23 - Produtos alirnentares diversos (fábrica de rações, farinha de ossos, 111oagen1
0,50 0,26
de l'açâo, farelo~geléia. conservas de , 1egerais. veg_crais indus1rializados)
Bebídns
A1é80kW 0.72 0.16
1 - Indústria de bebídas (cerveja, reírigeranles)
Acima de 80 kW 0.49 0.40
Até 140kW 0,38 0.27
2 - indústria de aguardente (destilaria, alan1biquc, engenho)
Acima de 140 kW 0,28 0,42
3 - Engarrafamento de água e de aguardente 0,55 0,34
4 - E.x.1ração de suco cítrico e derivados (indústria de sucos. indústria de suco de
0.73 0,58
laranja)
(continva)
SU$W li
(continuação)
Ramo de atívídade da empresa Potência inS1alada g e
Indústria de transforn1açõcs divcrs<L'i
1 - Diversos (fábrica de enfeite.e; me1áHcos, instru1nen1os n1usicais. jóia..~; indústria
0.36 0.24
gráfica, annações de óculos. perucas. escovas. cadcmos)
lndústría de oonS1ruçiio
1 - Construção c ivil (engenharia de const'rução, cante iro de obras, constn1tora) 0,45 0.29
2 - Pavimentação - terr.:tplenagen1 - construção de estradas (cons1rução., pavimen-
0.38 0.31
1ação e/ou conservação de es1radas)
Agr icultura e c riação de animais
Até80kW 0,25 0,30
Acima de 80 kW e até
1 - Agricultura (estação experimental de agricultura: pesquisa de agricultura) 0.38 0,37
150 kW
Acima de 150 k\V 0.18 0.36
Até 150 kW 0.30 0.31
2 - Agropecuária
Acima de 150 k\V 0.19 0.34
3 - Criação de eqüinos 0.36 0,40
4 -Granja (sem especificação) Até 70 kW 0.74 0,40
Acima de 70 k\V 0.45 0.47
5 - Avicultura (granja avícola. agricuhura e avicultura, agropc-cuária e avicultura) 0,33 0,43
6 - Incubação de ovos 0.32 0.47
7 - Floricultura e fruticultura (granja e cultivo de flores. irrigação de norcs) 0.45 0.30
8 - Posto de se,ncnte (classificação. secagen1. tratamento de sen1e111es) 0.23 0,23
9 -Alividades agrícolas. diversas (alividade rural senl especificação. cultivo de
cogu1nelo, rcnorcsta1nenro, cooperJtiva agrícola, hortoflorestal, produção de 0,27 0,36
1n udas1 piscicultura. prestação de servjços e agriculU.1l'a)
Serviço de tr••nsporte
1- Ferrovia 10.28 10.40
Serviço de alojamento e alirnentação
Até80kW 0,56 0,30
Acima de 80 kW e até
1 - Hotel e n1otel 0.19 0.37
200kW
Acima de 200 kW 0,16 0.51
2 - Hotel e restaurante, refeitório e alojan1ento 0,31 0.34
3 - ResraurJ1ue (cantina, bar e restaurante. escritório e refeitório) 0,77 0.50
Ser\•íço de n,nnutençâo, reparaçiio e conservação
1-Oficina 1nec.ânica (oficina de locomo1ivas. manutenção de locomo1ivas.
retífica de n1áquinas de temtplenage,n. garagen1 e oficina, recondjcionan1ento 0,35 0,31
de máquinas, escritório e oficina)
Serviços 1>essoais
Até80 kW 0.37 0.28
Acima de 80 kW e até
1 - Hospiral (as.~istência hospitalar, Santa Casa, hospilal com pro,no-socorro) 0,31 0,38
200kW
Acima de 200 k\V 0. 18 0.46
2 - Hospital psiqui~\trico 0.43 0.49
3 - Ambulatório. centro de saôde 0.22 0.23
4 - Hospital e matemidade 0.24 0,37
Até 100 k\V 0.40 0,22
5 - Sanatório
Acima de 100 k\V 0.27 0.39
(continua)
SU$W li
(continuação)
Ramo de a tividade da empresa Potência instalada g e
6 - Es1abeleci111en10 de ensino de ,~ e 2~· graus: traclicional (es1abelecirnen10 ele
ensino técnico-educacio-nal. educandário. ginásio pluricurricular. escola nonnal. 0.36 0. 17
colégio, ginásio. escola, centro educacional. instituto de educação)
7 - Estabclecilnento de ensino superior: faculdade 0.35 0,33
8 - Escola profissionalizante (estabeleci1nen10 de ensino indus1rial. escola do
Se.nai. ginásio industrial, ginásio vocacional. escola profissionalizante, colégio 0,29 0,23
técnico-agrfcola 1 ginásio orientacio11al)
Serviços comerc1a1s
..
1 -Annazéns gerais (silos e amlazén1. depósito de n1ercadorias. depósito de Até40kW 0.44 0,34
gêneros alünentícios. annazé1n de café e cereais. depósilo e d istribuição de
petróleo e derivados) Acima de 40 kW 0,24 0.33
Entidades financeiras
1 - E.stabelecintento de crédho (banco. es1abeJecirltento bancário. casa bancária. Até80kW 0,59 0,32
centro de computação de dados de banco) Acima de 80 kW 0,61 0,25
Co1nérc10 varejista
l - Contél'cio varejista de ve{culos (agência de veículos. agê.ncia de tratores, con· Até60 kW 0.52 0.23
cessionária de veículos, associada ou não ao pos10 de gasolina e oficina. co1nér·
cio de 1náquina..~ e in1plen1entos agrícolas) Acima de 60 kW 0.28 0.24
Até40 kW 0.67 0.43
2 - Posto de gasolina. associado ou não à lubrificação
Acima de 40 kW 0,41 0,53
Até90kW 0.58 0.49
3 - Posto e res1aurante
Acima de 90 kW 0.46 0.53
4 - Posto de ga.wlina associado a outras forn1as de co1nércio (exceto restaurante e
0.41 0.22
lubrificação)
Até80 k\V 0.62 0,59
5 - Su1>em1ercado, associado ou não à panificação
Acima de 80 kW 0.49 0,5 1
- enlldades e associaçoes
Fundaçoes, - de fins nao lucrallvos -
l - Entidades beneficentes, religiosas e assistenciais (instituto bíblico, assistência Até 130kW 0, 16 0,20
social, pro1noç;lo social. n1os1eiro, i11S1ituto bcncficiente, previdência social. asilo) Acima de 130 kW 0,26 0,43
2 - Organizações para a prática de esporte (praça de esportes. c lube de campo, Até 150kW 0,52 0,23
clube náu1ico~ c::unpo de fu1ebol, clube esponivo e re.creacivo. ginásio de
esportes, sociedade esportiva) Acima de 150 kW 0,31 0.39
Até70 kW 0.47 0,34
3 - Colônia de férias: balneários
Acima de 70 kW 0.23 0.25
Até80kW 0.62 0.24
4 - Clube social (clube, clube recreativo. centro rccrea1ivo)
Acima de 80 kW 0.41 0.27
-
Serviço de cornun1caçoes
Até 75 kW 0.58 0,50
1 - Tclcco1nunicações
Acima de 75 kW 0.13 0,35
Indústria de utilidade pública
1 - Trotomento e distribuição de água (abastecimento de água. bomba, poço. Até 150 kW 0.67 0,53
trata1nen10) captação, serviço de água e esgoto) Acin,a de 150 kW 0,53 0,58
Admini~1raç:ão pública direta e autírquica
1 - Adn1inistração ptíblica 1nunicipalt federal ou es1adual (cadeia, delegacia de Até70 kW 0.31 0,29
polícia. paço. f6ru1n. auditório. depaname.nto de estr..i.da de rodage1n) Acima de 70 kW 0, 14 0,35
2-Quanel 0.29 0,39
Residenchll
Até IOOkW 0,35 0,41
l - Administração de prédios de depana1nentos
Acima de 100 kW 0.13 0,29
Até200kW 0.39 0,33
2 - Resideocial (re.sidência, colônia residencial. núcleo residencial)
Acima de 200 kW 0,20 0.33
SU$ W ü
11 6 lnslalações elétricas
Taliela 4.2 • Fatores ele ilemanela para iluminafão e toiiicii:las ele uso geral em uniclãdes residen·
ciais e acomodafÕOS ele hotéis, motéis e similares (Fonte: NBR 5410:2004)
•
Potência - P (k W) Fator de demanda(%)
O < P :S I 86
l < P:S2 75
2 < P :S 3 66
3 < P :S 4 59
4 < P:S5 52
5 < P:S6 45
6 < P :S 7 40
7 < P:S8 35
8 < P:S9 31
9 < P :S 10 27
Acima de 1O 24
f Tabela 4 .3 • coletivo,
Fatores ele demanda para iluminQfãa e tomadas ele uso geràl em edificQfões ele uso
com finalidade comercial ou industrial (Fonte: AES Eletropaulo) 1
Dcscrii;ão Fator de demanda(%)
Auditórios. salões para exposiç~io e sernelhantes 1.0
Bancos, lojas e sen1elh:u11es 1,0
Barbearia.'i, salões de beleza e semelhant.es 1.0
Clubes e se1nelhantes 1.0
1,0 para os primeiros 12 kW e
Escolas e sen1elh.antes
0,5 pam o que exceder a 12 k\V
1,0 pam os primeiros 20 k\V e
Escri1órios
0.7 para o que exceder a 20 kW
Garagens co1nerciais e semelhantes 1.0
0.4 para os primeiros 50 kW e
Hospi1ais e sc1nelhantes
0.2 para o que exceder a 50 kW
Igrejas e semelhantes 1.0
Indústrias 1,0
Restaurantes e se,ne1hantes 1,0
Tabela 4.4 • Fatores de demanda para aparelhos ele ar-condicionado (tipo janela ou centrais indivi·
duais) ªf>licáveis a edifícios reoiclenciais e comerciais (Fonte: AES Eletrof'_Clulo)
-- -
Número de aparelhos Faiõr d-;;r.;;;anda (%-) - -
2 88
3 82
4 78
5 76
6 74
7 72
8 71
9 a li 70
12 a 14 68
15 a 16 67
17 a 22 66
23 a 20 65
31 a 50 64
Acimade50 62
NoLa.: Em Ulll3 unid.td~ residencial eon, tnais de um .1p.1.relho. tt(01nenda-se uülizat g • 1.
SU$ W li
ITatiela 4 ,5 • !Fonte:
Fatores demandei de alguns equipamentos ele usa residencial
AIS El~ulo)
de
l
Chuveiro, torneira Máquinas de lavar Aquecedor Fogão elétrico, Máquina de secar
Núrnero de Hídro-
elé,trica, aquecedor indi· louças, aquecedor cen- central de- fomo de roupas. sauna. 1nassagem
aparelhos
vidual de passagen1 traJ de passagem acun1ulação n1icroondas ferro elétrico
01 100 100 100 100 100 100
02 68 n 71 60 100 56
03 56 62 64 48 100 47
04 48 57 60 40 100 39
05 43 54 57 37 80 35
06 39 52 54 35 70 25
07 36 50 53 33 62 25
08 33 49 51 32 60 25
09 31 48 50 31 54 25
'ºª 11
12 a 15
30
29
46
44
50
50
30
28
50
46
25
20
J6a 20 28 42 47 26 40 20
21 a 25 27 40 46 26 36 18
26 a 35 26 38 45 25 32 18
36a40 26 36 45 25 26 15
41 a45 25 35 45 24 25 15
46a 55 25 34 45 24 25 15
56a65 24 33 45 24 25 15
66a 75 24 32 45 24 25 15
76a80 24 31 45 23 25 15
81 a90 23 31 45 23 25 15
9 1 a 100 23 30 45 23 25 15
101 a 120 22 30 45 23 25 15
121 a 150 22 29 45 23 25 15
151 a 200 21 28 45 23 25 15
201 a 250 21 27 45 23 25 15
251 a 350 20 26 45 23 25 15
351 a 450 20 25 45 23 25 15
451 a800 20 24 45 23 25 15
801 :1 1.000 20 23 45 23 25 15
Norns:
1. So,ucn1e p,.1r.l. o cálculo da dcm.:'lnda de cl1u\·ciros elé1riros e aqucct~ clt eticosde passagem ulilb..·1dos e,n lav':l.1órios. pias e bld~. e,n qualquer
dí:J)("1tdênci:t d:t uttidàde de consu,no. dt\'tOt·se $01nar a.~ qu3111idade-s de aparelhos é aplic3r o fator de dcrn:J.nda COl'1\1'$po11den1e à w n1a16ri:1 de suas
po1énci:1s. P.'.lr.l os demais equipa,ne1uos. 3 detcnnin~lO do f3h)f d~m.'l.Oda dt\'t ser feha por tipo de cquip.tn~n10.
2. l:Wa fomos cléuicos illdus1riais a dcmand3 dC\'C ser de 100% i»ra q1.1al,qucr qua111ld3dc. dc .'tp.1tclhos.
energia no local da instalação em quesrão. Sempre con- b) Aplica-se o fator de demanda ele 100 por cenro para
sulte as rabeias específicas da concessionária local. o moror de maior potência e 50 por cenro para os
demais motores, em kVA.
Motores elétricos
De acordo com a orientação da concessionária AES Cargas especiais
Elerropaulo, a demanda dos motores elétricos deve ser De acordo com a orienraç.'\o da concession.iria AES
determinada conforme a seguir: Elerropaulo, são considerados equi1>amentos especiais os
a) Converre-se as potências ele motores, de CV/HP para a1>arelhos de raio X, as máquinas de solda, os fornos elétri-
kVA, utilizando-se a Tabela 4.6. cos a arco, os fornos elétricos de inclução, os retificadores
SU$W li
11 8 lnsloloções elétricas
Talitla 4 ,6 • Fatores ele clemancla de motores elétricos. (Fonte: AES Eleh apaulo)
Potêncía no,ninal Potência absorvida na rede Corrente à plena carga (A] Corrente de partida [AI
cos g) médio
(CV ou HP)
kW kVA 380V 220V 380V 220V
1/3 0,39 0,65 0,90 1,70 4.10 7, 10 0.6 1
1/2 0,58 0.87 1.10 2.30 5.80 9,90 0,66
3/4 0.83 1.26 1,90 3,30 9.40 16.30 0.66
1 1.05 1.52 2.30 4.00 11.90 20.70 0.69
1,5 1,54 2.17 3,30 5.70 19.10 33.10 0.7 1
2 1,95 2.70 4.1 0 7,10 25.00 44,30 0,72
3 2,95 4,04 6. 10 10,60 38.00 65,90 0.73
4 3,72 5.03 7.60 13.20 43.00 74.40 0.74
5 4,51 6,02 9, 10 15,80 57.10 98,90 0,75
~
1.5
-~ 6.57 8.65 12.70 22.70 90.70 157.10 0.76
~
~ 'º
12.5
8,89
10.85
11 .54
14.09
17.50
2 1.30
30.30
37.00
116.10
156.00
201, 10
270.50
0.77
0.77
YI
...
o 15 12,82 16,65 25.20 43,70 196.60 340,60 0.77
õ
:. 20 17,01 22, 10 33,50 58,00 243,70 422, 10 0,77
25 20.92 25,83 39,10 67,80 275,70 477,60 0,8 1
30 25,03 30,52 46,20 80, 10 326,70 566,00 0,82
40 33,38 39,74 60.20 104,30 414,00 7 17,30 0.84
50 40,93 48.73 73,80 127.90 528.50 9 15,50 0.84
60 49.42 58, 15 88.10 152.60 632.60 1.095.70 0.85
75 61.44 72.28 109.50 189.70 743.60 1.288.00 0.85
100 81.23 95.56 144.80 250.80 934.70 1.6 19.00 0.85
125 100,67 117,05 177,30 307,20 1162.70 2.0 14.00 0,86
150 120,09 141,29 2 14,00 370,80 1455.90 2.52 1,70 0,85
200 161 ,65 190,18 288, 10 499,10 1996.40 3.458.00 0 .85
1/4 0,42 0.66 5.90 3.00 27.00 14.00 0.63
~
1/3 0,5 1 0.77 7,10 3,50 31,00 16.00 0,66
..
8
1o 1/2
3/4
0,79
0.90
1,18
1,34
11 ,60
12,20
5,40
6, 10
47,00
63.00
24,00
33,00
0.67
0.67
"e
o
1 1,14 1,56 14,20 7, 10 68,00 35,00 0,73
YI
...
o 1,5 1,67 2,35 21,40 10,70 % ,00 48,00 0,71
õ
:. 2 2,17 2,97 27,00 13,50 132,00 68,00 0,73
3 3,22 4,07 37,00 18,50 220,00 110,00 0.79
çôes (apartamentos) de hotéis, Oats, motéis e similares - Quanto à potência a ser atribuída a cada ponto de
a detenninação da potência instalada e da potência de tomada, ela é função dos equipamentos que o ponto
alimentação pode ser feita, segundo a NBR 5410, consi- poderá vir a alimentar e não cfeve se-r inferior aos seguin-
derando-se as seguintes condições: tes valores 1nínimos:
• Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas,
lluminafÔO áreas ele serviço, lavanderias e locais análogos, no
A potência de iluminação mínima de dado local é mínimo 600VA por ponto de tomada, até três pontos,
obtida em função da área ($) : e 100 VA por ponto para os excedentes, consideran-
• P.lra S s 6 m' adota-se 100 VA. do-se cada um desses ambientes separadamente.
• P.lra S > 6 m' adota-se 100 VA para os primeiros 6 Quando o total de tomadas no conjunto desses
m2 e son1a-se 60 VA J)<1ra cada 4 m l inteiros. ambientes íor superior a seis pontos, admite-se que o
critério de atribuição de potências seja de no mínimo
Ponto s de tomada 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100
VA por ponto para os excedentes, sempre conside-
O número ele pontos de tomada deve ser determina- rando e.ida um dos ambientes separadamente.
do em função da destinação do local e dos equipamen- • Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo
tos elétricos que podem ser nele utilizados, observando- 100 VA por ponto de tomada.
se no mínimo os seguintes critérios:
A NBR 5410 indieaque emcadaeômodoou dependência
• Em lxlnheiros, deve ser previsto pelo menos um deve Ser previ$fo pelo n1enos u1n ponto de luz fixo no teto.
ponto de ton1ada próximo ao lavatório. comandado por interruptor. No enranto. adn1ite-se que o
• Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de sesviço, ponto de luz, fixo no teto seja substituído por ponto na
cozinha-área de sesviço, lavanderias e locais análogos, parede em espaçoo sob escada. dep6si100, despensas. lava·
deve ser previsto, no mínin10, un1ponto de toma-c"-1 para bos e varandas. desde que de pequenas dimensões e onde
cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, e acima da banca- a colocação do ponto no teto seja de difl<:il exe<:uçi!o ou
da da pia deven1 ser previstas1 no n1ínin10, duas ton1adas não conveniente. Além disso, nas acomodações de hotéis.
motéis e similares, pode-se substituir o ponto ije luz fixo
de corrente, no mesmo ponto ou em pontos dist.intos.
no reto por tomada de corrente, com potência mfuima de
• Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de 100 VA. comandada por intem,pcor de-parede.
tomada, admitindo-se que o ponto de tomada não seja
instalado na própria varanda, mas próximo ao seu acesso,
quando a varanda, por razões construtivas, não comportar Potência de alimentação de
o ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 n>' ou, iluminação e tomadas
ainda, quando sua prof1indiclade for inferior a 0,80 m.
• Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo A potência de alimentação de iluminação e tomadas
n1enos un1 ponto de lon1ada para cada 5 01, ou fração pode ser calculada por:
de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados
tão uniformemente quanto possível. Particularmente, Pa = (/'""'" + P,.5)g + (4.30)
no caso de s.1las de estar, deve-se atentar para a pos-
sibilidade de que um ponto de tomada venha a ser onde
usado para alimentação de mais de um equipamen-
• J'ilu.·m = potência instalada de ilu1ninaÇ<io.
to, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a
quantidade de tomadas julgada adequada.
• P.,, = potência instalada ele tomadas de uso geral.
• g = fator ele demanda relacionado na Tabela 4 .2, em
• Em cada um cios demais cômodos e dependências de
função ela potência instalada de iluminação e toma-
habitação devem ser previstos pelo menos um ponto
das de uso geral (P;i.,,. + P,.g).
ele tomada, se a área do cômodo ou dependência for
igual ou inferior a 2,25 m' (admite-se que esse ponto
seja posicionado externamente ao cômodo ou L"' PN.; = soma das potências nominais dos
dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta ,. , equipamentos específicos.
ele acesso). Se a área do cômodo ou dependência for
Deve-se ainda observar que:
superior a 2,25 m1 e igual ou inferior a 6 m1, deve ser
previsto um ponto ele tomada. E se a área cio cômo- • O fator de potência das cargas de iluminação depen-
do ou dependência for superior a ó m' , deve ser pre- derá do tipo de lâmpada utilizada. Como geralmente
visto um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração são utilizadas Ul"mpadas incilndescentes, o mais
de perimetro, devendo esses pontos ser espaçados comum é adotar-se um fator igual à unidade, Para
tão uniformemente quanto possível. outros tipos de lâmpadas, ver Quadro 4.1.
SU$W li
• O fator de potência atribuído às tomadas de uso geral (a) Os valores mínimos das cargas de i luminação são:
é, quase sempre, igual a 0,8 indutivo;
• Hall: l 00 VA
• Para a instalação global, no caso de ilun1inação incan-
• Salas: 40 m' = 6 m' + 8 X 4 m' + 2 m2 _ _
descente, adota-se o íator de potência 0,95 i11dutivo.
100 + 6 X 60 = 580VA
En, projetos, para o din1ensionamento de circuito, • Varanda: 100 VA
com respeito às tomadas de uso geral, observe que, • Lavabo: 100 VA
quando se atribui certa potência aparente a uma tomada • Distribuição: 11 m' = 6 m' + 1 x 4 m' + 1 m'
de uso geral, corno 100 ou 600 VA nos locais de habita- _ _ 100 + 1 X 60 = 160VA
ção, considera-se, na real idade, um fator ele utilização. • Dormitório 1: 18 m 1 = 6 m1 + 3 x 4 m 2 _ _
Assim, 1>0r exemplo, para uma tomada de 1 O A em 100 + 3 X60 =280VA
um circuito de 127V, a potência nominal é igual a 10 X • Banheiro 1: 100 VA
127 = 1.270 VA, e os fatores de utilização serão: • Dormitório 2: 14 rn' = 6 rn 2 + 2 X 4 m'__
100 + 2 X 60 = 220VA
100
• Para 100 VA ---> l.270 = 0,078 • Banheiro 2: 100 VA
• Dormitório 3: 20,25 m' = 6 m' + 3 X 4 m' +
600 2,25 m' _ _ 100 + 3 X 60 = 280VA
• Para 600VA ---> I.270 = 0,47 • Copa-cozi nha: 24,75 m' = 6 ml + 4 x 4 m' +
2,75 m 2 _ _ 100 + 4 X 60 = 340VA
• Área ele serviço: 16,5 m' = 6 m2 + 2 x 4 m' +
EXEMPLO 2,5 m•__ 100 + 2 X 60 = 220 VA
• Quarto de empregada: 100VA
Calcule a potência instalada de um apartamento
• Banheiro de empregada: 100 VA.
padrão de um prédio residencial com as seguintes depen-
dências e respectivas dimensões (em metros): Os resultados estão na Tabela 4.7.
• Hall ele entrada 2x 2 lb) Determinação da quantidade e potência dos pontos
• Salas (conjugadas) 5X8 de tomadas de uso geral:
• Varanda 1,5 X 5
• Hall: 1 _ _ 1 X 100 = lOOVA
• Lavabo 1,5 X 1,5 • Salas: 26/5 = 5,2 _ _ 6 _ _ 6 x 100 =
• Distribuição 2 X 5,5 600VA
• Dorn1itório 14,5 X 4 • Varanda: 1 _ _ 1 x 100 s 100VA
• Banheiro 1 2,5 X 2 • Lavabo: 1 _ _ 1 X 100 = lOOVA
• Dormitório 2 3,5 X 4 • Distribuição: 15 I 5 = 3 _ _ 3 _ _ 3 X 100 =
• Banheiro 2 2 X2 300VA
• Dormitório 3 4,5 X 4,5 • Dormitório 1: 17/5 • 3,4 _ _ 4 _ _ 4 X
100 = 400VA
• Copa-cozinha 4, 5 X 5,5
• Banheiro l: 1 _ _ 1 x 600 = 600 VA
• Área ele serviço 3 X 5,5
• Dormitório 2: 15/5 = 3 _ _ 3 _ _ 3 x 100
• Quarto de empregada 2 X 2,5 = 300VA
• Banheiro de empregada 2 X 1,5 • Banheiro 2: 1 _ _ 1 x 600 = 600VA
Estão previstos os seguintes pontos ou pontos de • Dormitório 3: 18/5 = 3,6 _ _ 4 x 100 = 400
tomadas de uso específico: VA
• Copa e cozinha: 20/3,5 • 5,7 _ _ 6 _ _ (3
• Aquecedor de água (central) de 300 l itros, ou 2.000 X 600) + (3 x 100) = 2. lOOVA
W, na área de serviço • Área de serviço: 17/3,5 = 4,8 _ _ 5 _ _ 3
• Chuveiro de 6.000 W no banheiro de empregada
X 600 + 2 X 100 C 2.000VA
• Exaustor de 300 W na cozinha
• Quarto de empregada: 1 _ _ 1 x 100 • 100
• Forno de microondas de 1.200 VA (cos <1> = 0,8) na VA
cozinha • Banheiro de empregada: 1_ _ l X 600 = 600
• Lava-louç,1 de 2.800 VA (cos <f> 0 0,8) na cozinha
VA
• Torneira elétrica ele 5.000 W na cozinha
• Lavadora de roupa de 770 VA (cos <I> = 0,8) na área Os resullados estão na Tabela 4.7.
de serviço (c) D eterminação da potência instalada:
• Secadora de roupa de 5.000 W na área de serviço • Iluminação P,,,~ = 2.780 x 1 = 2.780 W
• Três aparelhos ar-condicionador de l 0.000 BTU/h, • Ton,adas de uso geral /',ur. =
1.400 W cada, um por dormitório. 8.300 X 0,8 = 6.640 W
SU$ W ü
m
Iluminação
• Tomadas/pontos de uso específico ~ PN./ =
j• I As cargas de iluminação (quantidade e potência)
P,,. = 24.700 W devem ser determínadas como resultado da aplícação da
• P.,., = 34.120 W ABNT NBR 5413. Para os aparell1os fixos de iluminação
à cfescarga, a potência nominal a ser considerada deve
(d) Determinação da potência de alimentação conside- íncluir a potência das lâmpadas, as perdas e o íator ele
mndo a Tabela 4.2: potência dos e<1uipamentos auxiliares.
• P,,., + P,,. = 9.420W _ _ g = 0,27 (Tabe~14.2)
• Da Expressão 4.30 _ _ P,1 = 9.420 X 0,27 + Pontos de tomada
24.700 = 27 .243,4 W
• Em halls ele serviço, salas de manutenção e salas ele
equipamentos, tais como casas de máquinas, salas
Previsão de cargas de iluminação e ele bombas, barriletes e locais análogos, deve ser pre-
tomadas em locais não destinados visto no mínimo um ponto de tomada de uso geral, e
à habitação aos circuitos terminais respectivos deve ser atribuída
uma potência de no mínimo 1.000 VA.
f\s prescrições da NBR 54 1O sobre cargas de ilumína-
ção e tomadas em locais não destinados à habitação • Quando um ponto de tomada for previsto para uso
(estabelecimentos con1erciais, i ndustriais, institucionais específico, deve ser a ele atribuída uma potência
etc.) são as seguintes: igual à potência nominal do equipan1ento a ser
SU$W li
Aparelho de ilu-
1nin:tção incan~ 8 127 0.1 1 1 - - 1
descente
Tomada de uso
ge.r::il
28 127 - - 0.9 - 0.2 0.3
To,nada para
chuveiro elétrico
1 220 - - 1 6 - -
Ton1ada para
aquecedor de
1nanni1as
1 220 - - 1 2,5 - -
To,nada para
1náquina 1 220 - - 0.8 2,5 - -
copiadora
Quando uma carga trabalhar com fator de utilização transporte vertical, refrigeração, produção de vapor,
menor que a unidade e esse íator for conhecido, nas bombeamento de água, preparação de alimentos e
expressões 4.25, 4 .26, 4.31 e 4.32, deve ser usada a aquecímentos de água).
potência máxima (ou de 1rabalho) da carga. Este é o caso • O dimensionamento dos equipamentos elétricos a
de certos equipamentos industriais de grande porte. serem utilizados nos diversos processos (como transfor-
madores e motores, aparelhos de iluminação).
• O dimensíonamento dos demais componentes elétri·
EXEMPLO cos a serem utilizados na instalação (como cabos,
condutos e barras).
Do quadro de distríbuição do exemplo anterior par·
• Cuidados a serem tomados na execuç.io da instalação.
tem os circuitos tern,inais indicados nas colunas 1, 2 e 3
• Regime de funcionamento dos diversos equipamentos.
da Tabela 4.10 a seguir. As respectivas correntes de pro·
• Manutenção da ínstalaçào (incluindo equipamentos).
jeto são calculadas, utilí2ando as expressões 4.3 1 e 4.32,
por meio das colunas 4, 5, 6, 7 e 6 da referida tabela. t fácil 1:>erceber que a conservação e o uso racional
de energia elétrica, no tocante à instalação elétriC<1 pro~
príamente dita, começ.,m no projeto, passam pela exe·
4 .5 Conservação e uso racional de cução e conti nuam con, a n,anutenção periódica.
energia elétrica A NBR 541O, que justamente se refere ao projeto, à
execução e à manutenção de instalações de baixa ten·
A conservação e o uso racional de energia elétrica em
são, n1uito e1nbora não seja especifican1ente un,a. norma
determínado loc.,I consístem, basicamente, em uti lizar o
que trate de conservação e uso racional de energia elé·
mfnimo de energia elétrica que possibilite a realiwção
trica, tem como um de seus objetivos garantir o bom
de todas as ativídades inerentes ao local. ~ conseguída
funcion<1n,ento da instalaçfio e i!.present.:i inún,eras pres·
com um conjunto de procedimentos que envolvem:
crições englobando a otimização de desempenho e a
• A escolha dos processos a serem utilizados para a redução de perdas, entre elas:
realização das atividades (por exemplo: iluminação,
-
~
3'
flu1ninação nuorescenre 4 X 0,04 - 0229 32 X 0.229 = 7.33 7,33 X 1 = 7,33 0.62 7.33 X 0.62 = 4.54 - - - ê
0 ,7 '
llu1ni11ação incandes-
centc
0,1 =
1
o•I 8 X 0,1 = 0,8 0.8Xl=0,8 o 0,8 X O= 0 - - -
Tornadas de uso geral 0.2 X 0.9 • 0. 18 28 X 0,18 • 5.04 5.04 X 0,3 e 1.51 0.48 1.5 1 X 0.48 e 0,72 - - -
Ar-condicionado 2,2 X 0,8 = 1,76 6 X 1,76 = 10,6 10.6 X 1 = 10,6 0,75 10.6 X 0,75 = 7,95 - - -
Chuveiro elétrico - - - - - 6 o o
(±1';.fl ,·~)
/• I
(±,.,
P;,,u · g, · tg <!>)
.
~ PN.j
j• I
) ,f /• I
PN.j . lg q,)
'
SU$W li
Tabela 4 .10 • Circuitos terminais ele um quadro de distribui~õo e suas respectivas cornmtes
de .
• Exigência dos corretos dimensionamentos dos con- racional, selecionar, dimensionar e localizar os equipa·
dutores e equipamentos. mentos e outros componentes necessários para propor-
• Exigência de coordenação entre condutores e dispo· cionar, de modo seguro e eletivo, a transferência de ener·
sitivos de proteção contra correntes de sobrecarga, gia elétrica de uma fonte até os pontos de utilização.
limitando o aquecimento dos condutores e, portanto, O projeto de instalação elétríc.1 não se resume em
reduzindo as perdas. um simples trabalho mecânico ele consulta a tabelas e de
• Exigências do equilíbrio das cargas elétricas, evitan- aplicação de formas e fórmulas padroni zadas. Muito
do perdas decorrentes do desequilíbrio. pelo contrário, o projeto é dinâmico e diretamente liga·
• Exigência de instalação de condutores ele proteção cles- do aos avanços tecnológicos. O projetista deve conhecer
tinados a provocar a atuação ela proteção, eliminando a fundo todas as técnicas usadas pela engenharia elétri-
o deleito (e as conseqüentes r>erclas) rapidamente. ca, bem como toda a nonnalização aplicável; e, uma
• Exigência {e1n várias situações) de instalação de dis.· ve·z familiarizado com o projeto que vai executa,:. deve
positivos de proteção a corrente diferencial-residual, ter a preocupação constante com a conservação de ener·
que detectam e eliminam as correntes de fuga e de gia elétrica.
falta para a terra. Convém lembrar que o projeto de instalações elétricas
Nessas condições, pode-se afinnar que a conserva-
é apenas um dos vários projetos necessários para a cons·
troção de um prédio, assim, sua elaboração deve ser
ção e o uso racional de energia elétrica começa com a
conduzida em perfeita harmonia com os demais projetos
observ,;ncia da NBR 5410 e é completada com outras
(como arquitetura, estrutura e tubulações).
medidas específicas de cada caso.
Passa-se, agora, a enumerar as etapas que devem ser
seguidas em un1 projeto de instalações elétricas prediais,
4.6 O projeto de instalações válidas, a princípio, para qualquer tipo de prédio (indus-
trial, residencial ou comercial). A ordem indicada é a
elétricas
geralmente seguida pelos projetistas de empresas de
engenharia. No entanto, é bom frisar que, em muitos
O projeto e suas etapas casos, não só a ordem pode ser alterada, como também
Projetar uma instalação elétrica para qualquer tipo de etapas podem ser suprimidas ou, ainda, duas ou mais ela·
prédio ou local consiste essencialmente em, de maneira pas podem vir a ser única. São elas:
SU$W ü
(continua)
SU$W li
lconrinuaçiio)
Etapa Elementos necessários Determinar D<>cun1entos gerados
3. Quantificação da • Localização/características du(s) fontc(s)
instalação de subs1i1uição: rnarcação crn planta
(continuação) • Localizaçào/caracterlsticas da(s) fonte(s)
de segurança: n1arcação e1n plarua
• Tensões de distribuição e utilização
• Determinação, com o cliente e/ou consultores e pro- ela instalação (como cabos em bandejas, em eletro-
jelistas dos demais sistemas a serem implantados no clutos embutidos. em eletrodutos aparentes, barra-
local (hidráulicos, tubulações, ar-condicionado, mentos blindados e sistema vndercJrper).
entre outros), do layout cios equipamentos de utiliza- • Verificação de quais setores e/ou equipamentos
ção (elétricos), de suas características de instalação e necessitam de energia de substituição. ~ o caso, por
funcionamento e, muitas vezes, no caso de instala· exemplo, de centros de processamentos de dados
ções industriais, dO(s) iluxograma(s) do(s) processo(s) (CPDs), de elevadores, ele certos equi1>amentos envol-
envolviclo(s). Devem também ser estudadas as possí- vidos em determinados processos etc.
veis limitações (físicas) à instalação de componentes • Verificação dos setores que necessitam de iluminação
elétricos nos diversos locais, graças à instalação pre- ele segurança e dos e<1uipamentos que necessitam de
vista para con1ponentes não elétricos dos outros sis· alimentação ele segurança (por exemplo, bombas ele
temas (por exemplo, tubulações de água, ele ar-con- incêndio e elevadores utilizados para a evacuaÇ<i.o de
dicionaclo e de outros fluidos). · locais).
• Em função dos dados obtidos anteriormente, devem • Estimativa preliminar de potência instalada global e
ser classiíicadas todas as áreas do prédio quanto às de potência de alimentação (demanda) global, obti-
influências externas, tendo e,n vista o meio an1biente, das, em geral, com base em tabelas ele densidade de
as utilizações e a construção. Para consulta posterior, potência e de fatores ele demanda e de carga conve-
devem ser anotadas eventuais restrições existentes nientes. Como exemplo, são apresentadas as tal)elas
quanto ao tipo ou uso <fe componentes nos vários 4. 12, 4.13 e 4.14, relativas a densidades de potência
locais. típicas.
• Determinação dos tipos de linhas elétricas a serem • Determinação da localização preferencial da entra-
utilizadas em função das características e limitações da, que pode ser, dependendo da instalação, cabina
SU$W li
primária, subestação, cabina de barramentos ou sim- provém de rede de distribuição de energia elétrica (de
ples caixas de entrada. Densidades de potência típi· baixa ou de média tensão), ou seja, da concessionária.
cas de força motriz em áreas de produção industriais. Assim, nessa fase, é imprescindível conhecer os regu-
lamentos locais de fornecimento ele energia e, quase
Fornecimento de energia normal sempre, estabelecer contato com a concessionária, a fim
Nessa etapa, deverão ser cfetenninadas as condições de determinar:
em que o prédio será alimentado com a energia elétrica • O tipo de sistema de distribuição (rede aérea ou sub-
chamada NnormalN, ou seja, a energia que o alimentará terrânea, em n1édia ou en1 baixa tensão) e ele ent,rada
em condições normais. Esta, na maior parte dos casos, (aérea ou subterrânea).
I Taliela 4.12 • Densidacles de ~tência tí~icas de ~ a motriz em áreas ele ~ ução industriais J
Atividade Densidade de potência (kVAim')
Pintura 0,35
Caldeiraria 0.45
Usinagcm 0.30
Montagem 0.07
Expedição 0.05
Trata1nento rénnico 0,70
• O esquema ou esquemas de aterramento a utilizar pria) e a parte comum (geralmente uma instalação sepa-
em funç,io do tipo de instalação. rada) formada em geral pelos subsetores, pelas garagens,
• As tensões de íornecin1ento. pelo hall principal, pela escadaria, pelo hall dos andares
• Os pontos de entrega de energia em (unção dos regu· e pelas casas de máquinas (elevadores e bombas).
lamentos (legislação) e das condições do prédio. A quantificação da instalação é íeita, no c.1so mais
• O padrão de entrada e medição a ser utilizado em geral, em vários níveis: em subsetores, setores e global-
íunç,io da potência instalada (ou de alimentação), mente. Em cada um, os pontos de utilização devem ser
das condições de fornecimento e do tipo de prédio. agrupados, de acordo com seu tipo e características de
São várias as possibilidades: cabina primária, subes- funcionamento_, ou seja, em "conju1,tos homogêneos".
tação, cabina de barramentos, caixas de entrada, um Os demais pontos, que aparecem isoladamente, isto é,
ou mais centros de medição, entre outras. um de cada tipo, devem ser considerados individualmen-
• O nível de curto-circuito no ponto de entrega de te. Por exemplo, em determinado setor de uma instalação
energia elétrica, a ser obtido da concessionária. industrial, em uma áre,1 de produção, é possível ter ilumi·
nação, tomos, pontos de força (tomadas para ligação de
No caso de o prédio íazer parte de um conjunto de
equipamentos móveis ou portáteis), forno (um ponto).
prédios (por exemplo, em uma indústria com diversos
Em um prédio de escritórios, considerado globalmente,
prédios independentes), é comun1 ter uma única entrada
pode-se ter iluminação, tomadas de uso geral, chuveiros
{por exemplo, unia única cabina primária) e o prédio ser
elétricos, elevadores e bombas.
alimentado por uma rede de distribuição interna, de pro-
Para cada conjunto de pontos de utiliz.1çào, a potência
priedade do consumidor.
instalada será a soma das potências nominais dos diversos
Nessas condições, essa etapa é aplicável à referida
pontos, e a potência de alimentação será obtida da aplica-
entrada única.
ção dos fatores de projetos convenientes à potência ins·
talada. Para pontos de utilização individuais, a potência
Quantificacão
'
das instalacões
, de alimentação será, exceto no c,1so da eventual aplica-
Nessa etapa, devem ser determinadas as potências ção de íator de utilização, igual à respectiva potência
instaladas e as potências de alimentação da instalação nominal.
como um todo e de todos os setores e subsetores a serem Nessas condições, para cada subsetor, setor e instala-
considerados. A rigor, isso só poderá ser (eito quando ção global, tem-se:
todos os pontos de utilização forem conhecidos.
Lembre-se de que muitos deles (geralmente equipamen- • Um valor de potência instalada e um valor de potên-
cia de alimentação (demanda) para cada um cios
tos de produção e/ou os relacionados com os sistemas
•conjuntos homogêneos• de pontos de utilização.
de utilidades) já íoram detenninados na análise inicial.
Portanto, agora deverão ser deternlinados, ou seja, loca· • Um valor de potência nominal e um valor de potên·
lizados, caracterizados e rnarcados em planta: eia de alimentação (geralmente iguais) para cada um
dos pontos de utilização de cargas individuais.
• Os pontos de luz (aparelhos de iluminação), geral- • Se necessário, um valor único de potência instalada
mente no(s) projeto(s) de luminotécnica. e de potência de alimentação, obtido, em princípio,
• As tomadas de corrente (uso geral e específico). pela son1a dos respectivos valores ele cada conj unto
• Outros equipamentos de ulilizaç,io que possivelmen· e de cada ponto isolado do subsetor, do setor Oll da
te não tenham sido determinados. instalação geral.
t importante observar que, em muitos casos (por exem- Denomina-se cenuo de carga o ponto teórico em que,
plo, grandes prédios industriais ou comerciais), é comum para eíeíto de distribuição elétrica, pode-se considerar
que, durante a elaboração do projeto, não tenham ainda concentrada toda a potência (carga) ele determinada área.
sido escolhidos todos os equipamentos de utilização. t t o ponto em que deveria se localizar o quadro de distri-
então necessário recorrer a inforn1ações ou previsões coo,... buição ou a subestação da área considerada, ele modo a
plementares, com dados obtidos, em geral, de instalações reduzir ao mínimo os custos de instalação e funcionan1en-
semelhantes, obviamente sujeitos a revisões posteriores. to. Existe um processo analítico para sua cfetern1inação,
Em qualquer tipo de prédio, a instalaç,io elétrica deve em função da potência e das coordenadas dos diversos
ser dividida en1 setores, e estes, se possível, en, subseto-- pontos alimentados (pontos de utilização ou quadros ele
res. Assim, por exemplo, em um prédio industrial pode- distribuição) no quadro de distribuição ou da subestação
se ter uma ou mais áreas de produção, nas quais cada considerada (cuja posição se quer determinar).
uma pode ser dividida (em (unção do layoul) em diversas Cada subsetor, setor e instalação como um todo
subáreas, além de depósito, expedição e escritórios. Em possuem seus centros de carga e, nesses pontos, deve-
um prédio comercial ou residencial há conjuntos de riam idealmente se localizar os respectivos quadros de
salas, lojas ou apartamentos (a rigor, cada um constitui distribuição ou subestações. Na prática, apenas em casos
uma instalação separada, desde que possua medição pró- excepcionais se efetua a determinação exata dos centros
SU$W li
de ca.rga, recorrendo-se quase sempre à determinação Inicialmente, deve ser escolhido o sistema de distribui-
aproximada, considerando-se as exigências e as limita· ção adequado às condições da instalação. Nesse esque-
ções de cada área. n,a, não deven1 constar detalhes quantitativos resultantes
Nessa etapa, elevem ser localizados (incluindo marca- ele dimensionamentos (feitos posteriormente), mas ape-
ção em planta) e qua11tificados os diversos centros de car- nas aspectos qualitativos.
gas "reais" cio prédio, ou seja, os diversos quadros de dis- O esquema básico pode se< concebido, a princípio,
tribuição e subestações. A cada um desses centros de carga como um esquema simples, no qual são indicados, como
devem se.r associados um ou mais valores de 1>0tência ins- blocos, as subestações e os quadros ele distribuição delas
talada e de potência ele alimentação, que são os valores derivados, inte<ligados por linhas, representando os respecti·
correspondentes à área servida pelo quadro de distribuição vos circuitos de distribuição. Nessa etapa, eleve se,- feita tam-
ou pela subestação respectiva, já determinados anterior- bém uma escolha preliminar dos dispositivos de proteção.
mente. Nas instalações alimentadas em baixa tensão, tem- A seqüência do projeto consiste na implementação do
se, em ge<al, apenas quadros de distribuição, que podem esquema básico, transformando-o, por meio do dimensio-
se,- simples quadros de luz ou painéis ou centros de namento de todos os componentes, no esquen,a uniíilar
comando de motores (CCMs). Nas instalações alimentadas final da instalação.
e.rn média tensão, além dos quadros de distribuição, é pos-
sível ter uma ou mais subestações distribuídas na área. Escolha e dimensionamento dos
Na análise inicial, foram determinados os setores e/ou componentes
equipamentos que necessitam ele energia de substituição
e ele alimentação de segurança. Agora, ainda nessa etapa, É a etapa íundamental de um projeto de instalações
devem-se escolher e quantificar as respectivas fo11tes, elétricas, que consiste basicamente nos seguintes passos:
com base no tipo de potência dos equipamentos a serem • Em função ele dados obtidos em etapas anteriores,
alimentados, be.rn como as localizar (em planta) de modo escolha os componentes de todas as partes da insta-
adequado, levando-se em consideração as exigências e laç,io e proceda a todos os dimensionamentos neces·
as limitações do prédio. Tanto grupos geradores como sários. Devem ser considerados, enl princípio:
baterias de acumuladores deverão ser instalados em local • Entrada {cabine primária, cabine de barramentos
apropriado, obedecendo a critérios rígidos e, no caso de ou, simplesmente, caixa ele entrada), incluindo a(s)
grupos geradores, deverá ser cuidadosamente analisado o respectiva(s) linha(s) elétrica(s).
problema de ruídos e armazenamento ele combustível. • Subestação(ões) de distribuição.
Também nessa fase deverão ser fixados os diversos • Linhas elétricas relativas aos diversos circuitos de dis-
níveis e valores de tensões a seren, utilizados no prédio. tribuição e terminais com as respectivas proteções.
Em instalações ele médio e de grande porte, existem • Quadros de distribuição (quadros de luz, painéis
geralmente três níveis ele tensão: de força, CCMs, entre outros).
1. Nível ele entrada, com média ou alta tensão. • Aterramento(s) ele proteção e/ou funcional(is).
2. Nível de distribuição, com média tensão. • Sistema(s) de proteção contra descargas atmos-
3. Nível de utilização, com baixa ou média tensão. féricas.
• Complementação dos diversos desenhos que vinham
A escolha dos valores das tensões, nos diferentes sendo elaborados ao longo das etapas anteriores.
níveis, é função de un1a série de fatores, entre os quais • Cálculos ele curto-circuito, obtendo valores ele correntes
se destacam: de curto-circuito presumidas em todos os pontos neces-
• Tensões de fornecin1ento da concessionária. sários, o que poderá, eventualn1ente, alterar a escolha
• Tensões nominais dos equipamentos de utilização de certos dispositivos de comando e de proteção, e
previstos. mesmo de certos condutores que haviam sido escolhi-
• Existência, na instalaç.io, de equipamentos especiais, dos e di1nensionados previamente.
por exemplo, grandes motores, fornos a arco, máqui- • Veriíic.1ção da coordenação dos diversos dispositi·
nas ele soldas e equipamentos com ciclos especiais vos de proteção, o que também J>Oderá conduzir a
de funcionamento. alterações nos dispositivos previamente escolhidos.
• Distâncias entre o ponto ele entrega da. concessioná· • Revisão final dos diversos desenhos, verificando e
ria e os centros de carga principais, e entre eles e os corrigindo possíveis interferências con1 outros sis·
centros de carga secundários. temas do prédio.
• Especificações de todos os componentes da instala· nhos de projetos de instalações elétricas. A norma bra·
ção, constando, para cada um, de descrição sucinta, sileira em vigor - NBR 5444: 1989 - Símbolos
citação da(s) norma(s) a que deve atender e, sempre Gráficos para Instalações Elétricas Prediais: Simbo·
que possível, indicação de pelo menos um tipo e logia -, por várias razões. nunca íoi plenamente ado·
uma marca de referência. tada pelos projetistas.
• Contagem de todos os componentes da instalação. Por isso, a simbologia apresentada na Tabela 4.14
baseada na Publicação IEC 60617 - (Graphical Sym·
bois for Diagram), íoí complementada, quando neces·
4 .7 Simbologia gráfica sário, por símbolos adotados em diversos países mem-
Infelizmente, não existe ainda no Brasil um consen· bros da IEC e por outros que são de uso já consagrado
so a respeito ela simbologia a ser utilizada nos dese- no Brasil.
Tatiela 4 , 14 • Simliologia
DisposiJivo fusível
Chave fusível
Disjunlor
Condu10 (ele1rodu10) embu1ido em 1e10 ou parede
Condu10 (ele1rodu10) a))(1ren1e
Condu10 (ele1roduto) e1nbu1ido no piso
Condu1ores de fase. neu1ro. de proteção e rc1on10 (rcs))C(tiva,ncnte)
Ili' en1 condu10
X º" s,
li
huerruptor in1emH.?diário (four·u·ay)
~ ou s Jruem1ptor bipolar
Din,mer
e (Baixa FN)
1
,......._ ou
l
€) (Baixtt 2F)
& (Alia FN)
€),, (Alfa 2F)
I
;>""<; ou
l
C (Baixa 2F)
@-< (Alia FNl
C, (Alfa 2F)
'J'o1n:1da bipolar con, conta10 de terra (2P + ·r), e1n pare<te ou rodapé
Caixa de 1>assagc111
Ponto de força 1r'ifásico
(con1inu,1)
SU$W ü
(continuação>
e (Notem)
X Otl { 6<Embutido)
Ponto de lui inca11desceote
~ ou õ Can1painha
l
:~ interruptor DR
1
:~ Disjuntor DR
-
1!:31
0
(®:
Botão dn c~unpainha
Quadro de distribuição
Quadro de dis1ribuição geral
Projetor de luz
El Medidor de Cllergia
EXERCÍCIOS
1. Defina os fatores de demanda, de utilização e de c~rga.
2. Qual é a definição do fator de diversidade para um ponto de distribuição de energia?
3. P.va uma indústria que consome 2.000 kWh diários, trabalhando 24 l1oras por dia, calcule a demanda média e o
fator de carga p..1rc1 unla demanda máxima de 200 kW?
4. Defina corrente de projeto para circuitos monofásicos e trifásicos.
5. Qual é o critério para obter a potência ele iluminação mínima em função da área do cômodo?
6. Qual é o número mínimo ele pontos ele tomadas de 600 VA para banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas
de serviço, lavanderias e locais análogos?
7. Quais são os passos ela etapa preliminar da análise inicial ele um projeto ele instalações elétricas ele qualquer prédio?
8. Qual é a definição de centro ele carga?
9. De quais fatores dependem a escolha dos valores das tensões, nos diferentes níveis de uma ins1alação elé1rica?
1O. Quais são os símbolos dos condutores fase, neutro, de proteção e de retorno/
SU$W ü
Linhas elétricas
1. ~ flniçOC's de t\('O(d<> oon1 :1 NOR 147 1. 3. Stste,na cons1i1ufdo por cabo tipo r:.çc (/111t t'011d11ctQr roblr). com
2. Vcrdcfinjção n::a Seção 1.3. os respec1í"os protetores. co,~ tof'Cs. tennináii. ad.tprndorcs. cai·
X.IS e rcC(ptáculos. <k-sen,vh·ido para in:;.1.11aç!lo sob o carpct~.
SU$W ü
'ti~@-
• Composto: formado por pernas.
• Bicomposto: formado por cochas.
Coroa é o conjunto ele componentes ou de partes de
componentes de um cabo, dispostos helicoidalmente e
eqüidistantes de um centro de referência. Alma é o fio
ou conjunto de fios que fonnam o núcleo central do 259 fios 427 lios 427 ÍIOiõ
cabo, para aun1entar a sua resistência n1ecânica. Nas 37x7 7x6t 6 1x7
linhas de transmissão são muito comuns os cabos de Figura S.2 • Cabos com encordoomento simples (o) e com·
alumínio com alma de aço (CAA) (ver Figura 5.3). posto (b). O. espaços vazios do ter~iro oo
A Tabela 5.1 sintetiza o número de fios e cordas nos último cabo de (b) são os mesmos da ~no
cabos apresentados na Figura 5.3. preenchido
SU$W ü
36 AJ/1 aço
18 Al/1 aço
6AI/I aço
3
Scçtio 1ransversaJ
Legenda:
1. Condutor de cobre
2. lsolaç~o de PVC
3. Capa constituída por enfr1ixa1nen10 con1 fi1a de J>Oliéstcr
4. Cobertu,:a de J'VC
Fio nu é um fio sem reveslimento, isolação ou cober· Algumas vezes, nos cabos uni e muhipolares são usa-
tura, enquanto cabo nu é um cabo sem isolação ou dos os separadores, que são invólucros não metálicos
cober1ura, constituído por fios nus. sem função de isolação, colocados entre os componen-
Cabo unipolar é um cabo isolado do1ado de coberiu- tes dos cabos para impedir conlatos diretos en1re eles.
ra. Cabo multipolar é cons1i1uído por dois ou mais cabos As coberturas, capas, armações etc. são abordadas
isolados e do1ado, no mínimo, de cobertura. Os condu- na Seção 5.5.
tores isolados que fazem parte dos cabos uni e multipo- Um cabo multiplexado é um cabo formado por dois
lares são denominadas veias. Os cabos multipolares que ou n1ais condutores isolados ou 1>0r cabos unipolares,
contêm 2, 3, 4 ou mais veias são chan1ados, respectiva· dispostos helicoidalmen1e, sem cobertura. Um cabo
men1e, cabos bipolares, tripolares, letrapolares e assim multiplexado auto-sustentado (ou cabo pré·reunido) é
por diante (ver Figura 5.7). um cabo multiplexado que contém um elemento ou
Nos cabos uni e multipolares, a coberiura age princi- condu1or de sustentação, isolado ou não. Os condutores
palmen1e como proteção da isolação, impedindo seu con· isolados - ou mesmo os cabos unipolares cons1i1uin1es
talo direto com o ambiente. Deve, portanto, possuir pro· dos cabos muhiplexados e dos cabos pré-reunidos -
priedades con1patíveis com as características do lambém são chamados veias. A Figura 5.9 moslra um
ambiente e do cabo. cabo multiplexado formado por condutores isolados.
Enchimento é o malerial utilizado em cabos mult.ipo- U1n condutor setori<1l é un1 condutor cuja seção trans-
lares, para preencher os interslícios entre as veias. Capa é versal 1em a forma aproximada de um setor de um circulo.
o invólucro interno, n1etálíco ou não, aplicado sobre unia Um cabo setorial é um cabo multipolar cujas veias são
veia ou sobre um conjunlo de veias de um cabo. As capas condutores isolados setoriais, geralmente compactados.
não me1álicas, geralmen1e de polímeros 1ermopláslicos, Esse lipo de cons1rução reduz o diâmetro externo do cabo,
têm como finalidade principal dar ao cabo a fonna cilín· resultando em economia nos ma1eriais da capa e cober-
drica. As c.;1pas n1etálicas, nom1almente, de chumbo ou de tura (ver Figura 5.1O).
alumínio, exercem também função mecãnica e elétrica. Cordo,1/ha é um condutor com forma de 1ecido de
A armaç,10 de um cabo é o elemento me1álico que o fios me1álicos, ex1remamente flexível.
prolege conlra esforços mecânicos. O acolchoamento wdào é um cabo flexível com reduzido número de
consiste no material não metálico que protege mecani· condutores isolados (em geral 2 ou 3) de pequena seção
camente o componente situado sob ele, en1 uni cabo uni transversal, dispostos em paralelo ou torcidos (Figura 5.11 ).
ou multipolar. Geralmente, o acolchoamento é colocado Blindagem é o envol1ório condulor ou semicondutor,
sob a armação nos chamados • cabos armados" (ver aplicado sobre o condutor ou sobre o condulor isolado
Figura 5 .6). (ou eventualmente sobre um conjunlo de condutores iso-
lados), para fins elé1ricos. As blindagens são analisadas
na Seção 5.4.
Cabos secos são cabos unipolares ou multipolares cuja
isolação é cons1i1uída exclusivamente por ma1erial sólido.
Cabo sob pressão é um cabo de po1ência cuja isola-
ção é mantida sob pressão superior à pressão atmosféri-
ca, por meio de um fluido adequado com função isolan-
te. No cabo a óleo fluido, o fluido u1ili2ado é um óleo
isolante que pode mover..se livremente en1 seu interior;
no cabo a gás, o fluido é um gás inerte (por exemplo,
hexafluorelo ele enxofre, SF6).
Um cabo concêntrico é um cabo multipolar consti-
tuído por um condutor central isolado e por uma ou mais
camadas isoladas en1re si de condutores dispostos con-
Figura 5.8 • Cabo armado (com onnoçõo} cen1ricamen1e (ver Figura 5.12).
SU$ W ü
Legenda:
1. Condutor: fios de cobre nu
2. lsol<,ção de vohalene
(Polic1ile110-Reticulado). cor 1,re1a
3. Enchime1110 de PVC
4. Enfaixarnento: fila de poliéster
5. Cobertura de PVC, na cor preta
3 2
Legend;1:
1. Cond111or fase
2. lsolnç.ão da fase
3. Conduor neutro (e/ou de proteção)
4. CobenurJ
Figura 5.12 • Cabo concêntrico
O Quadro 5.1 apresema algumas aplicações de cabos Os cabos de potência são caracterizados por três 1em·
e1n instalações elétricas de baixa tens<io. peraiuras (medidas no condutor):
1. Temperatura em regime permanente: que é a tempe· O alumínio para condutores, com uma pureza de cerca
ratura alcançada em qualquer ponto cio condutor em de 99,5 por cento, é obtido normalmente por laminação
condições estáveis de funcionan1ento; é tan1bém cha· contínua. Por meio ele processos análogos aos do cobre,
macia temperatura máxüna para serviço contínuo (ver obtém-se, o alumínio meio·cluro. O uso desse metal baseia-
Seção 9.2). se principalmente na relação condutividade/peso, a mais
2. Temperatura em regime de sobrecarga: que é a tem· elevada entre todos os materiais condutores, e 110 seu
peratura alcançada em qualquer ponto do condutor preço, bem mais estável que o cio cobre e inferior a ele.
em regime de sobrecarga (ver Seção 9.6).
3. Ten1per,1tur(1 en1 regime de curto-circuito: que é a tem· Resistência, resistividade e
peratura alcançada em qualquer ponto cio condutor condutividade
durante o período do curto-circuito (ver Seção 9.7).
A resísténcia elétrica (R) de um condutor cilíndrico
A capacidade de condução de corrente de um condu- de comprimento/, seção transversal uniforme S, é obtida
tor constituinte ele um condutor isolado ou ele um cabo pela Expressão 5 .1
isolado é a corrente m,íxima que pode ser conduzida
continuamente pelo condutor, em condições especifica· (5. 1)
das1 sen1 que sua temperatura em regin1e pern1anente
ultrapasse um valor especificado (ver Seção 9.2). onde p é a resistivíclade do material, também chamada
A tens.ia de isolamento nominal de um cabo é uma resistividade de volume, expressa em ohm X n1etro
característica relacionada com o material isolante, com a (11.m) ou, em termos mais práticos, ohm X milímetro
es.pessura da isolação e com as carac,erísticas de íuncio· quadrado por metro (l1.mm 2/m).
namento cio sistema (instalação) em que o cabo vai atuar.
p
s
= R (0.mou0.mm2/ m) (5.2)
É indicada por dois valores de tensão separados por uma 1
barra, designados por Vo!V, onde Vo se refere à tensão A resis1ividade de massa, P= de um condutor é defi·
fase-terra e V à tensão fase-fase, em volts ou em quilo· nida como a relação entre o produto ela resistência (R)
volts. Os valores normalizados são os seguintes: cio condutor por sua massa (111) e o quadrado ele seu
• Baixa tensão: 300/300V; 300/SOOV; 450/750V; 0,6/1 comprimento, I, sendo medida em ohm x grama por
kV. metro quadrado. (O.gim' ), isto é
• Média tensão: 1,8/3 kV; 3.616 kV; 6/1o kV; 8,7/1 s kV;
= R. "'(" . , ' ) (5.3)
12/20 kV; 15/25 kV; 20/35 kV; 27/35 kV. Pm (- "·Y m
A Tabela 5.2 apresenta os valores ele resistividade e • k, é um fator que depende do tipo de reunião dos
de condutividade de alguns materiais condutores impor- condutores, valendo:
tantes. • 1,00 para condutores isolados, cabos unipolares e
A norma brasileira NBR NM 280 para condutores ele cabos multipolares cujos condutores não são tor-
cobre e alumínio apresenta, para o cálculo da resistência cidos.
a 20-C, R,., a seguinte expressão: • 1,2 para cabos multipolares de alumínio e para
cabos multipolares não flexíveis de cobre cujos
4p,o
Rro =----=:;, · k,k2k., (.nlkm) (5 .7) condutores são torcidos.
lt 7r a- • 1,05 para cabos multipolares flexíveis de cobre
onde cujos condutores 5'io torcidos.
Para o cobre, a NBR NM 280 considera a,.= 0,004 Assim, chamando de R a resistência em corrente
•e-• e, para o alumínio, adota cr,0 = 0,00403 •e-•. contínua e de Ro. a resistência em corrente alternada,
Nessas condições, tem-se: pode-se escrever:
• Cobre
RcA = R + ó.R (!l/ km) (5 .16)
1 250 sendo
K, = 1 + 0,004(0 - 20) = (230 + 6) (5. 12) ó. R = R(ys + Y1,) (5 .1 7)
• Alumínio e
248 1.000
Rio = R, . {228 + 9) (5.15)
I x;
192 +O.&; . (d')'[
I 0,3 l 2 - ,d; +
As Tabelas 5.5 e 5.6, respectivamente, dão os valores
de K, para condutores de cobre e de alumínio.
Conhecendo-se o valor ela resistência R ele uma
amostra ele comprimento l à temperatura O, pode-se obter
a resistência /?20 a 20ºC, em !lJkm, usando-se a Expressão +- , -'-
1,18_ ] (5.20
.r,,
5.11 e as Tabelas 5.5 ou 5.6 ou, ainda, usando-se a -,19_
-?-'--- , + 0,27
+ 0,8x1,
Expr~o 5.14 ou a Expressão5.15.
SU$W li
I Tabela 5.5 • ' - ele e - ela temp11ahlra_,(/(, ) aara conclu"'"'• êle cobre 1
Temperatura do condutor no momento da medição (' C) Fator de correção para condutores de cobre K,
5 1.064
6 1,059
7 1.055
s 1,050
9 1.046
10 1,042
tI 1.037
12 1.033
13 1.029
14 1.025
IS 1,020
16 1,016
17 1,012
18 1.008
19 1,004
20 1,000
21 0.996
22 0,992
23 0,988
24 0,984
25 0,980
26 0.977
27 0.973
28 0,969
29 0.965
30 0.962
Tabela 5.6 • Fatoreo ele - ela ~ 1alura (/{, ) ~ cond......_ ele alumínio 1
Temperatura do condutor no momento da med ição ('C) Fatores de correção para condutores de alun1ínio K.,
5 1,0644
6 1.0598
7 1,0553
8 1,0509
9 1.0464
10 1.0420
11 1.0377
12 1.0333
13 1.0290
14 1.0248
15 1,0206
(continua)
SU$W ü
(continvaçiio)
Temperatura do tondutor no momento da medição ('C) Fator~ de correção para condutor~ de alumínio K,
16 1.0164
17 1.0122
18 1.0081
19 1.0041
20 1.0000
21 0,9960
22 0,9920
23 0.9881
24 0.9841
25 0.9802
26 0.9764
27 0,9726
28 0,9688
29 0.9650
30 0.9612
.. . .
Tabela 5,7 • Condutof'es sólidos (macil;os) ,de cobre para cabos uni e muhi~res (NBR NM 280) J
R~ístência má.xirna do condulor a 20 °C
Condutores circulares
Seçiio nominal (mm!)
Fios nus Fios revestidos
(fl/km) (a/km)
0,5 36,0 36,7
0,75 24.5 24,8
1 18, 1 18.2
1.5 12.1 12.2
2,5 7,41 7,56
4 4.61 4,70
6 3.08 3,11
10 1.83 1,84
16 1.15 1.16
25 0,727 (A) -
35 0,524 (A) -
50 0.387 (A) -
70 0,268 (A) -
95 0, 193 (A) -
120 0.153 (A) -
150 0,154 (A) -
Nota:
(A) Condu1Qre$ sólillO:; de si..-ç4o =-c.•i1na de 16 n1m! si1Q para ti1>0s dé éabo:; c..•spcciai.s.
(continuação)
Resistência máx,ima do
Seção Número rnínin,o de fios no condutor
condutor a 20 -C
nominal
(mm') Condutor não Condutor Condutor compacto Formados com fios Forn1ados con1 fios
con1pacto circular con1pacto circular não circular nus (O/km) revestidos (O/km)
185 37 30 30 0,0991 0. 100
240 61 34 34 0,0754 0,0762
300 61 34 34 0,060 1 0,0607
400 61 53 53 0.0470 0,0475
500 61 53 53 0.0366 0.0369
630 91 53 53 0.0283 0,0286
800 91 53 - 0.0221 0,0224
1.000 91 53 - 0.0 176 0,0 177
1.200 (A) (A) - 0.0 151 0.015 1
1,400 (B) (A) (A) - 0.0 129 0.0 129
1.600 (A) (A) - 0,0113 0,0 113
1.800 (B) (A) (A) - 0.0 10 1 0,0 10 1
2,000 (A) (A) - 0,0090 0,0090
NOt:t$:
(A) NU.mero tn(nimo de fios n3o c-specifk·ados
(H) Seções n:lo recomend3dtl~
I Tabela 5.9 • Classe 3 - condutores encordoados não-com~ctoclos !!!'Ira cqbos uni e multi~ares 1
I Tabela 5.10 • Classe 4 - condutores flexiveis ~ra cabos uni e multi~ lares -,
Resistência máxima do condutor a 20 •e
Diâmelro nu'iximo dos fios
Seção nominal (mm') no condutor Formados com Forn1ados con1
(mm) fios nus fiO<S revestidO<S
(ntkm) (fl/km)
o.5 0.3 1 39.0 40, 1
0.75 0. 31 26.0 26,7
1 o.3 1 19,5 20,0
(continva)
SU$W li
(continuação)
(continuação)
Resistê.ncia máxima do condutor a 20 ºC
Diâmetro n1áximo dos fios
Seção nominal (mm') Formados com fios nus Formados com fios
no condutor (mm)
(D/km) revestidos (nlkm)
240 0,51 0,0801 0,817
300 0,51 0,0641 0,0654
400 0.51 0.0486 0.0495
500 0.6 1 0.0384 0.039 1
630 0.61 0,0287 0.0292
I Tabela 5.12 • Classe 6 - condutores flexívéis Dara cabos uni e multiDÕlares --,
Resistência máxima do condutor a 20 11C
Diâmetro nuíxin10 dos fios
Seç,io nominal (mm') Formados com fios nus Formados com fios
no condutor (mm)
(.O/km) revestidos (.O/km)
0.5 0.16 39.0 40.J
0.75 0,16 26,0 26,7
1 0.16 19.5 20.0
1.5 0.16 13.3 13,7
2,5 0.16 7.98 8,21
4 0.16 4.95 5.09
6 0.2 1 3,30 3,39
10 0.2 1 1.9 1 1.95
16 0.2 1 1.21 1,24
25 0,21 0.780 0,795
35 0,2 1 0.554 0.565
50 0.31 0.386 0.393
70 0.31 0.272 0.277
95 0.3 1 0.206 0,2 10
120 0,3 1 0.161 0,164
150 0.3 1 0.129 0.1 32
185 0.4 1 0, 106 0. 108
240 0,4 1 0,0801 0.0817
300 0,41 0.0641 0,0654
I Tabela 5.13 • Cabos P!lrG insto~ões fixas - condutores circulares de alumínio Classe 1 1
Número ,nJnimo Resistência máxima do condutor a 20 •e
Seção nominal (mn,z) de fiQS no Condutores de alu,nínio
condutor Unipolares (.nlkrn) Multipolares (.nlkn,)
1 1 29.3 29.9
1.5 1 19.7 20.0
2.5 1 11.8 12.0
4 1 7.39 7.54
6 1 4.9 1 5.01
10 1 2,94 3.00
16 1 1,85 1,89
25 1 1,17 1,20
35 1 0.859 0,876
50 7 0,592 0.604
(continua)
SU$W li
(continuação)
H abela 5.14 ,• Cabos nnra instalações fixas - condutores circulares e oerfilaclos de aluminio Classe 2 1
Número mínimo d e fios no condutor Res.istência máxinta do condutor a 20 11C
1 7 - 34,8 35,4
1,5 7 - 22,2 22,7
2,5 7 - 12.1 12,4
4 7 - 7.5 7,70
6 7 - 4.99 5.09
10 7 1 2.% 3,02
16 7 1 1.87 1,91
25 7 1 1, 18 1,20
35 7 6 (A) 0,85 1 0.868
50 (B) 19 6 (A) 0,628 0.641
70 19 15 (A) 0.435 0.443
95 19 15 (A) 0.313 0,320
120 37 15 (A) 0,148 0,253
150 37 15 (A) 0.202 0.206
185 37 30(A) 0, 161 0.164
240 61 30(A) 0.122 0.125
300 61 30(A) 0.0976 0.100
400 61 53 0.0763 0.0778
500 61 53 0,0605 0,06 17
630 127 114 0,0469 0,0478
soo 127 - 0,0367 0.0374
1.000 127 - 0,0291 0,0297
N04.lS:
(A) Para :ipticaçôes n1ui10 especiais. esses çondutores poden1 ser f.'lbricados como çondu1or~ m.,'lciços.
(U) A $eÇ!io crc1i\'A é. de nproxim3damcnte 47 1nn12•
SU$W li
15 0 lnslakições elétricas
Tabela 5.18 • Distâncias médias geométricas ~ algumas cli~s· ões de cabos em circuitos trifásicos
.: s •'' SM =~
Cálculo de$"'
R s T
óº-,,;/:o
ªRS
Três cabos unipolares
espaçados a S1u = ~ ªRs · ªS1· · ªR.r
,1s:sin1e1rican1cn1e
T S
SU$W li
Para cabos com condutores setoriais, devem-se con- • O alumínio representa a solução ideal para linhas de
siderar d, e S,, com valores iguais aos de um cabo com transmissão e de distribuição (cabos nus), tendo em
condutores redondos e seção equivalente. vista, principalmente, a relação condutividade/peso,
com a utilização de maiores vãos empregando~se
Cobre versus alumínio menor nú,nero de torres de transmissão.
O cobre e o alumínio são os n1ateriais condutores • Em instalações em que as linhas possuam muitas
mais utilizados na fabricação dos condutores elétricos. A conexões, não são realizadas manutenções periódicas
e/ou são utilizados componentes com liga de cobre
seguir, são apresentados alguns aspectos comparativos
em seus pontos de contato (por exemplo, interrupto-
entre esses dois 111etais.
res, tomadas de corrente etc.), geralmente os condu·
• Condutividade: o alumínio apresenta uma condutivi· tores ele cobre (condutores e/ou cabos isolados) são
dade de cerca de 60 por cento da do cobre. Assim, os mais recomendados.
para dada capacidade de condução de corrente, é • Em locais da alta salinidade, tais como em regiões lito-
necessário usar um condutor de alumínio com seção râneas, os condutores ele cobre são recomendáveis.
nomi nal de 1,67 vez maior que a seção do condutor
A NBR 5410, em sua última edição, só admite o uso
de cobre.
de condutores de alumínio:
• Densidade: a densidade do alumínio é de 2,7 gtcm'
e a do cobre de 8,89 gtcm•. Por ser mais leve, o alu- • Em linhas aéreas externas, sem qualquer restrição cio
n1ínio é mais fácil de ser transportado e suspenso. ponto de vista elétrico.
• A relação entre as densidades e as condutividades • Em instaláções industriais, desde que sejam atendidas
mostra que 1 kg de alumínio realiza o mesmo "traba- as três condições a seguir:
lho elétrico• que cerca de 2 kg de cobre. (a) A seção nominal elos condutores deve ter, no
• Oxidação: quando ex1)()Sta ao ar, a superfície cio alu· n1ínimo, 16 mm2.
mínio fica recoberta por uma camada invisível de lb) A instalação de alumínio deve ser alimentada
óxido, de características altamente isolantes e de difí- diretamente por uma subestação, por um trans-
cil renloção. Nas conexões con, alumínio, un, bom formador ou por geração própria.
contato só será conseguido com a ruptura dessa cama· (c) A instalação e a manutenção devem ser realiza-
da . Com efeito, a principal finalidade dos conectores das por pessoas qualificadas (BAS).
utilizados, de pressão e aparafusados, é a de romper o
filme de óxido. Uma vez removida a camada inicial, • Em inscalações comerciais (e análogas), desde que se-
jam atendidas as três condições a seguir:
costuma-se usar, durante a preparação de uma cone-
xão, compostos que inibem a forn1ação de uma nova (a) A seção nomi nal cios condutores deve ter, no
camada de óxido. O cobre, com relação a esse aspec· mínin,o, 50 mmª.
to, é superior ao alumínio. (b) O local deve ser de baixa densidade de ocupa·
• Escoamento: 1>0r ser mais n1ole que o cobre, o alumí- ção e possuir condições de íuga fáceis, isto é,
nio escoa com pec1uenas pressões. Por esse motivo, os local BD l (como é o caso de prédios comer-
conectores usados em condutores cfe alun,ínio devem ciais de até seis andares).
ter as superfícies de contato grandes o suficiente para lc) A instalaçã.o e a manutenção devem ser reali-
distribuir as tensões e evitar danos no local cio condu· zadas por pessoas qualificadas (BAS).
tor a ser comprimido. Por sua vez, é indispensável o Por sua vez, a NBR 541 O não admite, sob nenhuma
reapeno periódico dos conectores, afrouxados pelo circunstância, o uso de condutores de alumínio em
escoamento, r>ara evitar a formação de óxiclo, que locais de alta densidade de ocupação e com condições
eleva a resistência elétrica da conexão, provocando o de fuga difíceis, isto é, locais 804 (caso de hotéis, hos-
seu aquecimento. Para o condutor ele alumínio, as pitais, casas de sh O\\IS etc.) e em locais residenciais.
conexões devem atender às normas NBR 9513, NBR
9313 e a NBR 9326.
• Eletropositividacle: o alumínio e o cobre estão sepa· 5.3 lsolações4
rados eletroquímicamente por 2 V. Essa diferença de
potencial é responsável pela predisposição ela cone- Gradiente de potencial e rigidez
xão cobre-alumínio (ou liga de cobre - liga de alumí· dielétrica
nio) à corrosão galvânica. Devem-se utilizar conecto-
Chama-se gr,1diente ele potencial, dado normalmente
res especiais pa.ra evitar a ocorrência da corrosão
em kV/mn1, a relação entre a ten$<iO aplicada a un1a cama·
galvânica. da elementar ele dielétrico e a espessura dessa camada.
Dos aspectos comparativos apresentados, pode-se
chegar a algumas conclusões, a seguir elenc<1das: 4. ~1:u~rial cedido pcl:t Prysmi:in.
SU$W li
uso de uma proteção mecânica só é imposto por con· • Seu ângulo de perdas é bastante baixo para as mistu·
dições de instalação ou de funcionamento. ras destinadas aos cabos de média tensão.
• Bom comportamento ao fogo: a resistência à propa· • Possui uma resistência à deformação térmica que
gação do fogo pode ser garantida por composições permite temperaturas de 250' C, durante os curtos-
adequadas de isolantes sólidos, e a atenuação de pro- circuitos.
pagação pode ser obtida com o uso ele isolações espe· • Apresenta uma absorção razoável de umidade, que,
ciais e por uma construção judiciosa cio cabo. no ental\lo, pode ser reduzida por meio de formula-
As características específicas dos três isolantes sóli- ção adequada.
dos mais usados nos cabos de potência - o PVC (termo- • Possui boa característica no que diz respeito ao enve·
plástico), o EPR e o XLPE (termoíixos) - são apresenta· lhecimento térmico, o que permite conservar densida-
das a seguir. des de corrente aceitáveis quando os cabos íuncio·
nam en1 ten1peratura ambiente elevada.
Cloreto de polivinila (PVC} • Apresenta baixa dispersão da rigidez dielétrica e é
• É uma mistura de cloreto de polivinila puro (resina praticamente isento do treeing - fenômeno que con-
sintética), plastificante, cargas e estabilizantes. siste na formação de arborescências no material, pro..
• Sua rigidez dielétrica é elevada, porém, comparado vocando descargas parciais localizadas e sua conse-
com o polietileno, seu poder indutor específico é alto qüente deterioração.
e sua resistência de isolamento mais fraca. • A borracha EPR é considerada um ótimo isolante sóli-
• Suas perdas dielétricas são elevadas, princip.1lrnen1e do. Há exaustiva experiência n1undial e nacional de
acima de 20 kV, limitando o seu emprego a sistemas utilização desse material, em baixa e em média ten-
ele até I o kV. sões, bem como em alta tensão.
• Sua estabilidade química é considerável ante os pro-
dutos usuais. Misturas adequadas são muito pouco Polietileno reticulado (XLPE}
sensíveis à água. • A reticulação química do polietileno torna-o um mate-
• Trans1nite mal o fogo, mas sua co,nbustão (em gran-
rial termofixo adequado à construção de isolações ele
de quantidade) provoca a produção de fumaça, gases
cabos. O processo de reticulação consiste em criar, no
corrosivos e tóxicos. A quantidade de gases e fumaça
interior do material, pontos intern1oleculares estáveis
pode ser reduzida pela utilização de un,a mistura de
por via química, corn o auxílio de peróxidos orgânicos
formulação adequada.
ou ele moléculas de ligação especiais. Pode-se dizer
• O envelhecimento térmico pode ser eficazmente
que o polietileno sofre uma transformação interna aná-
combatido por estabilizantes apropriados.
loga à da borracha quando vulcanizada.
• É facilmente colorido com cores vivas.
• O material apresenta uma resistência à deformação
• É um isolante muito bom para os cabos ele potência
térmica bastante satisfatória em temperaturas ele até
e para os cabos de teletransmissão a distância média.
• De modo geral, o fabricante pode jogar com a íormu·
2so•c.
• A reticulação faz desaparecer por completo a tendên-
lação da mistura para satisfazer às mais variadas exi-
gências. Assim, pode-se conseguir, por exemplo, para cia à fissuração (stress cracking). apresentada pela
resina original.
as coberturas, uma fraca absorção de água e uma ele-
vada resistência mecânica e à abrasão, um bom com· • A reticulação não modifica sensivelmente o bom com-
portamento com relaç.io ao fogo e resistência especí- portamento do polietileno a baixas temperaturas e. por
fica aos solventes ou à gasolina. outro lado. reforç.1 a estabilidade química.
• A reticulação cio polietileno permite a incorporação
Borracha etileno·propileno (EPR} de cargas minerais e orgânicas uti lizadas para melho·
rar o com1>0rtan,ento mecânico, a resistência às in·-
• Os compostos de EPR são, em geral, reticulados por
tempéries e, $0bretudo, o comportamento ao logo.
meio de 1~r6xidos orgânicos. As misturas correspon-
• O XLPE é utilizado em cabos de baixa e de média
dentes tên1, por conseguinte, a ,nelhor resistência
tensões. Apresenta dispersão relativamente aha da ri·
possível ao envelhecimento térmico e aos agentes
giclez dielétrica, bem como o fenômeno cio treeing
oxidantes.
• Sua flexibilidade é muito grande, mesmo a tempera- (com certa freqüência); por isso, seu uso para tensões
turas inferiores a OºC. superiores a 15 kV exige certos cuidados.
• Apresenta uma resistência excepcional às descargas O Quadro 5.2 apresenta a identific.1ção dos condu·
e radiações ionizantes, mesn10 a quente. tores pela cor.
SU$W ü
Cabos em papel
Aplicação de pa1>el semicondutor. Nesses cabos em
papel, o elemento de baixa impedância é constiluíclo pela
Cinta isolante capa metálica (chumbo ou alumínio) que os recobre.
Ênchimcnto
~ - - lsolnç-
j o do condutor
1
~ - - 8l indngc1n i n1cn1a 5.5 Proteção
Condu1or
As proteções dos cabos podem ser de dois tipos: não
(b)
n,etálicas e metálicas.
Figura 5.1 5 • Blindo9em sobre o isoloçõo
Proteções não metálicas
Da mesrna maneira que a blindagem interna, a blin· Os cabos de potência são normalmente protegidos
dagem externa deve ser construída de modo a eliminar com uma cobertura, geralmente íeita com PVC, polieti·
qualquer possibilidade de vazios entre ela e a superfície leno ou neoprene, polietileno clorossulfonado e outros,
externa da isolação. Isso pode ser obtido por meio das se- e sua escolha ba.seia-se na resistência e nas ações ele
guintes formas: natureza mecânica ou química.
Na n1aioria dos casos, a cobertura dos cabos com
Cabos secos isolação seca é de PVC (ver Figura 5 .17), que é um mate·
• Extn,são simultânea do material semicondutor e iso- rial mais econômico e com resist@ncia suíiciente para o
lação. uso corrente.
• Aplicação de uma camada contínua de verniz se,ni· O polietileno (pigmentado com negro ele lumo para
condutor seguida de fila têxtil semicondutora (em torná-lo resistente à luz solar) é utilizado nas instalações
desuso). em ambientes com alto teor de ácidos, b.1ses ou solventes
Nos cabos secos, a camada condutora é constituída orgânicos.
por filas ou íios de cobre e fornece um caminho de baixa Não metálicas (PVC)
in,pedância para a conclução das correntes induzidas
provenientes das correntes de curto-circuito de outros
cabos. Quando se deseja uma capacidade de condução
de corrente bem-definida, a construção mais indicada é
a de fios cuja resistência ôhmica é praticamente constan-
te ao longo da vida do cabo, o que não ocorre com
OE o
Figura 5. 17 • Proteçõo não metâlico
Em cabos de uso móvel, que requerem boa llexibi·
!idade e grande resistência à abrasão e à laceração, a
capa usual é o neoprene ou o polietileno clorossulfona-
do (H)'palon) .
Verniz scn1icondutor
Nos cabos isolados em pa1>el, exige-se uma cobertura
Fita se1nicondutora
metálica do tipo contínuo, para assegurar a estanqueida-
Fila de cobre
de do núcleo. Emprega-se tradicionalmente o chumbo e,
mais recenten,ente, o alumínio.
Esses materiais são protegidos contra corrosfo por
uma cobertura de PVC ou polietileno.
Proteções metálicas
Scn1icondu1orn cx1n1dada Proteções metálicas adicionais com íunção ele arma-
l'ios de cobre ção são empregadas nas instalações sujeitas a danos
n,ecânicos.
Figura 5. 16 • Cabos blindados
SU$W ü
Os tipos mais usados de proteções metálicas s,io: 5.6 Níveis de isolamento dos cabos
• Armações de fitas planas de aço, aplicadas helicoi- de potência
dalmente.
• Armações de fita de aço ou alumínio, aplicadas trans- A n,aioria dos circuitos elétricos destinados a trans-
versalmente, corrugada e intertravada (interlocked). ~ mit,ir potência, em corrente alternada, tem a configura-
o tipo mais moderno, que confere boa flexibilidade ção trifásica, ou seja, é constituído por três fases, com ou
ao cabo, além de garantir maior resistência aos esfor.. sem o neutro. Nos equipamentos elétricos (por exemplo,
ços radiais que o tipo tradicional (fitas planas). geradores, transformadores, motores etc.), as três fases
• Empregam-se armações de fios de aço nos casos em podem ser interligadas em estrela ou em delta (triângu·
que se deseja atribuir ao cabo resistência aos esforços lo). A Figura 5.19 apresenta uma ligação em estrela.
de tração (cabos submarinos, por exemplo). Nesses sisten1as, indívidualizan1-se dois valores para
a tensão, quais sejam:
A Figura 5.18 apresenta três cabos com proteção
(a) Tensão entre as fases: U.
metálicas.
(b) Tensão entre iases e neutro: U0 •
-- ---·
Annação :i
Condu1or Isolação E11chi1nc1110 fi1as pl.1nas Cobertura
131inda.gcn1 ,\colchoamcnto
Condutor Cobcruira
n1c1:1.ltCa
Blindagen1
~u1icondutora J;nchilncn10 Annação a fios
do c-0ndu1or do condutor
Cabo
Í'.1SC I
u u Carga.
111olor ou oulro
······-----------·----
~"'---
Fase3
..... ut ... Neutrú
Cabo ••
e<1uipa1nenlo
elétrico
F"sc2
Uy Cabo
Trnnsíonnador ou gerador
Em uma carga equilibrada, a tensão fase-fase e fase- menta fase-fase' denominada V. O valor dessa tensão é
neutro (fase-terra) é dilda pela seguinte expressão: dado por:
(5.25) (5.26)
O diagrama fasorial das tensões de fase-neutro e de Seguindo a tendência internacional, as normas brasi-
fase-fase é apresentado na Figura 5.20. leiras passaram a adota.r, para designação das classes de
O projeto elétrico dos cabos e seus respectivos aces- tensão dos cabos e acessórios, o par de valores VofV cuja
sórios, embora seja feito de maneira desvinculada do definição é:
sistema, utiliza os mes1nos conceitos anteriormente
• V0 = tensão fase-terra para a qual o cabo ou o aces-
abordados. Isso pode ser mais bem visualizado no caso sório é projetado.
ele cabos a •campo elétrico radial", ou seja, naqueles • V = tensão fase-fase para a qual o cabo ou o acessó-
cabos que possuem uma blindagem sobre a isolação (ver rio é projetado.
Figura 5 .21 ).
associar ao cabo e ao acessório uma tensão de isola· de cabos .i cainpo f:léuico rtno•t:X1i.ll.
SU$ W 6
Esses valores podem ser entendidos como as classes secundária de um transformador. O neutro, ponto comum
de tensão para cabos e acessórios de potência. dos enrolamentos, pode ter uma das seguintes ligações:
Para uma adequada escolha da tensão de isolamento • Diretamente ligado à terra.
do cabo é necessário un1 prévio conhecin,ento da cale-
• Completamente isolado da terra.
goria do sistema elétrico a que se destina. Essa categoria
• Ligado à terra par meio de impedância.
é definida considerando-se a possibilídade de uma falta
para a terra (curto·circuito) de u1na fase do sistema. Na Figura 5.22, apresenta-se a condição normal de
A norma NBR 6251 define duas categorias de siste· operação cio sistema.
mas para a escolha da tensão de isolamento do cabo. Nessas condições, a tensão Ué a n1esn1a entre quais-
quer duas fases do sistema. Entre qualquer fase e o neu·
(a) Categoria /: abrange os sistemas que, sob condição Iro a tensão é U/V3.
de uma falta de urna fase-terra são previstos para con- Supondo a ocorrência de uma falta provocada pelo
tinuar operando por um curto período, desde que contato acidental fase-terra ou urn dano mecânico ele uma
somente com uma fase-terra. Esse período, em geral, fase do cabo isolado, pode-se ter uma das seguintes situa-
não deve exceder urna hora; porém, um período ções, que dependerá da condição ele ligação do neutro:
maior pode ser tolerado para o camr>o elétrico radial
e em circunstâncias especiais. TodaviaF em nenhun,a • No caso ele neutro diretamente ligado à terra, uma
condição esse período pode exceder oito horas. intensa corrente percorrerá o circuito NCDT (ver
(b) Catesoria 2: compreende todo o sistema que não se Figura 5.23), fazendo 01>erar a proteç,'\o. Durante o
enquadra na Categoria 1. período ele curto-circuito, o patencial de N permane-
ce aquele ele terra e as tensões entre as fas~ não afe·
Esses critérios devem ser utilizados também para a esco- taclas e terra continuam a ser iguais a U/V3.
lha,da tensão do isolamento dos acessórios, uma vez que • No caso ele neulfo isolado ela terra, o potencial da fa-
estes devem suportar as mesmas condições de sobreten- se C passa a ser aquele da t'l(ra e o potencial cio
são previStas para os cabos aos quais se Qestin.a.n,. panto N assume o valor U/V3. Nessa condição, a
tensão entre as fases não afetadas e terra assun1e o
Após definida a categoria à qual pertence o sistema, valor U; portanto, a isolação dessas fases fica sujeita
a escolha da tensão ele isolamento cio cabo (Vo) pode ser a uma tens.ão 1,73 superior à tensão normal de servi·
feita utiliz.1ndo-se a Tabela 5.19. ço (ver Figura 5.24).
• No caso ele neutro ligado à terra por meio de impe·
A ten$ão máxiana de operação de urn si~lema é a tensão dância, a corrente de curto.circuito que circulará no
n1á.xima existente entre as fa~c; (valor: eficaz). que pode circuito NCDT é limita<Li pela impedância a um valor
ser n1antida cm condições nonnais de operação cm qual- suficiente para operar o sistema de proteção, reduzin-
quer te,1npo e cm qualquer ponto do sisten1a.
do os danos causados aos componentes dos sistemas
envolvidos. O potencial do ponto N dependerá cL1
Interpretação das categorias do queda de tensão na impedância Z, podendo atingir,
sistema no máximo, o valor UIV3. A tensão entre as fases
não afetadas e terra pode assumir valor entre U/V3 e
Para melhor interpretação das categorias do sistema,
U (ver Figura 5.25).
considere urna carga sendo alimentada pela bobina
u u
N 8 Carga
i I
Fonte
- Solo
Carga
Das considerações anteriores, pode-se concluir que, da atuação da proteção. Éde esperar, portanto, que a es-
en1 sisten1as com o neutro direta,nente ligado à lerra, pessura da isolação dos cabos previstos para esses siste·
uma falta não provoca solicitações extras na isolação dos mas seja maior que a espessura da isolação dos cabos
cabos das fases não afetadas, ou seja, a tensão dessas em sistemas com o neutro diretamente ligado à terra.
fases para a terra continua igual a u/\/3. As normas norte-americanas para cabos de potência
Em sistemas com o neutro completamente isolado ela (ICEA e AEIC) defi nem três níveis de isolamento para os
terra ou ligado à terra por meio de impedância, uma falta cabos isolados, quais sejam:
provoca uma elevação na tensão das fases não afetadas, (a) Nível 100 por cento - NA: cabos com essa categoria
podendo chegar a assumir um valor 1,73 vezes superior podem ser usados em sistemas com proteções tais que
àquele de regime normal. A isolação dos cabos fica, por- faltas para a terra são eliminadas em um tempo máxi-
tanto, subrnetida a unia tensão muito superior àquela e1n mo de um minuto. Tais sistemas normalmente pos-
regime normal, por um período que é função do temi><> suem o neutro diretamente ligado à terra .
SU$W ü
~ . fl. . /j Carga
z t,. I
I• - i - D
Figura 5.25 • Defeito fose·terra no sistema aterrado por meio de uma impedância Z
(b) Nível 133 por cento - N/: cabos com essa ca1egoria não existir uma correspondência direta entre a classifi-
podem ser usados em sislemas em que o tempo de cação segundo as normas norte-americanas e a norma
desligamen10 de no máximo um minuto não pode ser brasileira - NBR 6251.
garaniido, 1>0rém exisle significa1iva probabilidade de Todavia, no que se refere às dimensões dos cabos, é
que a faha possa ser eliminada em um 1empo máximo possível estabelecer uma equivalência entre as duas clas-
de un)a hora. Tais sistemas norn1almente possuem o sificações. Essa equivalência, baseada exclosiv<1mente
neu1ro isolado ou aterrado por meio de impedância. nas dimensões dos cabos, é dada na Tabela 5.20.
(c) Nível 113 por cento - cabos com essa caiegoria
devem ser usados em sistemas que não se enquadram
nas categorias anteriores, ou seja, cujo tempo de des-
5.7 Perdas dielétricas
ligamen10 é indefinido. As perdas dielélricas ocorrem nos cabos energizados
Comparando essa classificação com a apresen1ada do mesmo modo que nos capaci1ores. A corren1e I que
pela NBR 625 1, verifica-se que os cabos de Calegoria 1 flui pelo dielélrico é composta por duas parcelas, uma
englobam os níveis de isolamenlo 100 por cenlo e 133 ativa (perdas) e oulra puramenie reativa (capaciliva ) (ver
por cenlo, ou seja, níveis NA e NI. Figura 5 .26).
Na prática, os acessórios (terminais e emendas) são A corren1e verdadeira I que flui pelo dielé1rico dos
normalmen1e definidos em função dos cabos uliliza- cabos é dada pela Expressão 5.27.
dos, os quais foram previamenle especificados com
base nas lensões de isolamenlo, em que se observou I = Y/2p + / '2 (5.27)
I = -
u. (S.32)
processo ele deterioraç.'\o da estrutura do prédio.
Por sua vez, apenas a propagação da chama - con-
' X,
siderada isoladamente - é sempre indesejável, uma vez
Substituindo as Expressões 5.31 e S.32 na Expressão que pode transformar um incêndio ele pequenas propor-
5.30, obtêm-se duas expressões para as perdas dielétri- ções em uma grande tragédia.
cas, isto é,
Classificação
1~1 = 2'1T[CUõ • tg 15 (W/km ) (5 .33) Em princípio, tendo em vista o comportamento ele
seu invólucro externo, isto é, a isolação no caso de con-
dutores isolados e a cobertura no caso ele cabos uni e
multipolares, os condutores e cabos isolados podem ser
classificados em cinco categorias:
(a) Propagador da chama
:, -··----------------------· '" (b) Com propagação reduzida da chama
(c) Resistente à chama
'
(d) Resistente à chama, com baixa en, issão de fumaça e
gases tóxicos e corrosivos
'e (e) P.ua circuitos de segurança
da intensidade da chama, do agrupamento com outros De acordo com a NBR 5410,em áreas comuns. em áreas
cabos etc. Os condutores isolados de cobre com isola- de circulação e em áreas de concentração de páblico, em
ção ele PVC cio tipo BW (NBR NM 247-3) enquadram-se tocais B02, BD3 e 804, as linhas elétricas aparentes e as
nessa categoria. linhas no interior de paredes oca.5 ou de outros espaços de
Os cabos resistentes à cham,1 (não propagantes de construção devem atender a u1na das seguintes condições:
chama) são aqueles em que a chama não se propaga, • No caso de linhas consti1uídas por cabos fixados em
mesmo em caso de exposição prolongada ao fogo. paredes ou em te1os. os cabos devem ser não propa-
Quando submetidos ao rigoroso ensaio de queima verti- gantes de chama. livres de haJogênio e co,n bajxa
cal, efetuado em feixe de cabos com concentração de e,nissão de fun,aça e gases tóxicos.
material combustível bem-definida (de acordo com as • No caso de linhas coostituídas por condutos abertQ$.
normas NBR NM IEC 60332-3-1 O, 3-22, 3-23, 3-24 e 3- os cabos deven1 ser não P,ropagantes de ch:una, livres
25), os danos causados pela chama ficam limitados a ae Halogênio e com baixa em.issão ae fumaça e gases
poucas dezenas de centimetros. tóxicos. Já os condutos, caso não sejam me1álicos ou
de outro marcrial incombuslívcl, devem ser não propa·
Cabos com baixa emissão de fumaça games de chama. livres de halogênio e com baixa
e de gases tóxicos e corrosivos emissão de fumaça e gases tóxicos.
• No caso de linhas em condu1os fechados. os condutos
A obtenç,10 da propriedade de resistência à chama, ou que não sejam 1netálicos ou de outro n1aterial incom·
seja, a propriedade de não propagação do fogo sol> condi- bustfvel deven1 ser não propagantes de chama, livres
ções simuladas de incêndio (queima vertical) é, em muitos de halogênios e com baixa emissão de fu1naça e gases
casos, conseguida à custa da utilização de compostos tóxicos. Na primeira hipótese (condutos me1álieos ou
halogenados (à base de cloro, bromo e flúor), que são de outro n1a1erial incon1bustfvel), pode,n ser usados
incombustiveis. No entanto, cabos que empregam esses condutores e cabos apenas não propagantes de chama:
materiais geran, fun,aça e gases tóxicos e corrosivos, o que na segunda. devem ser usados cabos não propagantes
os torna inadequados para uso em linhas elétricas abertas, de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de
em áreas comuns, de circulação e de concentração de fu,naça e gases tóxicos.
público locais 6D2 e 8D3 e em ambientes fechados.
Tais cabos elevem ser construídos e ensaiados segun- A construção dos cabos da Figura 5.2 7 caracteriza-se
do a NBR 13248:2000 - Cabos de potência e controle e por utilizar materiais de alta resistência a ten1peraturas
condutores isolados sen, cobertura, com isolação extruda- elevadas, garanti ndo que, n1esmo e.m u,n incêndio, o
da e com baixa emissão de fumaça para tensões até 1 kV cabo manterá a integridade cio circuito de segurança.
- Requisitos de desempenho. Isso permite a continuidade do funcionamento durante
A Tabela 5.21 apresenta os gases mais importantes, incêndios de circuitos de detectores, alarmes e bombas
suas fontes e seus efeitos, enquanto a Tabela 5.22 mostra de incêndio, além de iluminação de emergência.
as concentrações letais desses gases. A Tabela 5.23 apre-
senta uma comparação de diversos n1ateriais quanto ao
.,índice de toxidez".
5.9 Designação dos condutores e
dos cabos isolados (de acordo
Cabos para circuitos de segurança com a NBR 9311 )6
Os cabos para circuitos de segur,wça são os cabos
utilizados nas linhas elétricas das instalações de seguran- Introdução
ça, conforme recomenda a NBR 5410.
Os condutores e os c.1bos isolados são classificados
Esses cabos devem ser construídos e ensaiados de
acordo com a NBR 13418:1995: Cabos resistentes ao de acordo com a norma NBR 93 11 .
fogo para instalações de segurança. Segundo essa norma, eles são designados por siglas
compostas pela seguinte sucessão, partindo do condu-
tor (propriamente dito) para a parte externa do condutor
l$olaçiio c1n con1posto de ou cabo:
alia pcrfonuancc ,10 fogo.
livre de hatog~nio • Número, seção nominal e eventuais 1>articularidades
Condu1or de cobre do(s) condutor(es).
• Material, grau de flexibilidade e forma cio condutor.
• Material e qualidade ela isolação.
Figura 5.27 • Cabo que atende à norma NBR 13418 6. Col:'lbomçl'to dOengcnhéir() l..uii!'. C:,sfos Str:tcicri.
SU$W li
Ácido cianídrico (HCN) Là. seda. nailon. poliure1a110. Bloqueio da função respim1ória.
Dióxido e n1onóxido de
Composto orgânicos. Falia de oxigenação.
carbono (CO,. CO)
• Proteção sobre o cabo unipolar ou sobre cada veia grupos distintos e esses grupos, 1>0r sua vez, são reunidos
ele cabo multiplexado ou multipolares. para formar o núcleo do cabo -, também abrangida
• Composição e forma cio cabo. pela NBR 9311.
• Condutor concêntrico ou blindagem metálica sobre a
reunião de veias de cabos n1ultipolar. Número, seção nominal e eventuais
• Proteção(ões) sobre a reunião de veias de cabo mul-
particularidades do(s) condutor(es)
tipolar.
• Eventuais con1ponentes esJ>ecíficos. Para a designação cios condutores (principais), que
• Tensão de isolamento do condutor ou do cabo iso- constituem o cabo, xi.o indicados o nún1ero e a seção
lado. non1inal em n1mi, separados pelo sinal de n1uhiplicação.
Assim, por exemplo:
Diz a nornla, ainda, que, na eventualidade de un1 ou
mais símbolos requererem uma indicação complemen- • 3 x 70 indica um cabo tri1>0lar com três condutores
tar, deve ser colocado um asterisco ao final da sigla, de 70 mm•.
seguido dessa indicação complementar. Por sua vez, • 1 X 25 pode indicar um condutor isolado ou um
cabos que possuam designação própria prevista na res- cabo unipolar ele 25 mm•.
pectiva especi ficação (como BW ou BWF, segundo a Quando faz(em) parte clo(s) cabo(s) conclutor(es) com
NBR NM 247-3) não necessitam seguir a N BR 9311 . forma, identificação ou seção espedfica, este(s) é(são)
Esta se<;<io não fará referência à designação utilizada caracterizado(s) pela seç.10 nominal em mm' seguida
para condutores ele cabos para sinali zação, controle e pelas letras T, N, C ou C7; indic.,ndo seu possível
instrumentação - nos quais as veias são reunidas ern emprego, como se segue:
SU$W li
• 1': condutor de mesma seção dos condutores principais Material e qualidade da isolação
ou não, com isolação de cor verde ou verde-amarelo
A qualidade da isolação é relativa a uma ou mais
ou não isolado, singelo ou subdividido, para uso como
características próprias do composto isolante, por exem·
condutor de proteção (PEJ.
pio, temperatura máxin1a de serviço, condição não mi-
• N: condutor isolado ou não, quando de seção infe- grante da isolação em papel impregnado etc.
rior à dos condutores principais, para uso con10 con-
Para designação da isolação, util izam-se uma ou
dutor neutro; no caso de cabo multiplexado auto-sus-
mais letras que definem o material que serviu de base
teniado, a letra N designa o condutor neutro de
para sua composição_, seguida(s) ou não de un1 algarismo
sustentação, mesmo que seja de seção igual ou supe-
que i ndica sua qual idade. A ausência do algarismo indi-
rior às dos condutores principais.
ca a isolação no seu tipo mais usual. A Tabela 5.24 mos-
• C: condutor concêntrico de qualquer seção ou
tra os materiais isolantes mais con,uns.
forma, isolado ou não.
• cr: condutor de verificação do aterramento. Condutor concêntrico ou blindagem
A notação dos condutores específicos deve seguir a metálica sobre a veia
dos condutores pri ncipais, intercalada por um sinal de
Para um condutor concêntrico ou uma bl indagem
adiç.io. Exemplos:
metálica sobre a veia de cabos unipolares ou multipola-
• 2 >< 50 + 25 T: i ndica um cabo tripol ar com dois res, são usadas uma ou mais letras, seguidas ou não de
condutores de fase de 50 mm' e um condutor de pro- um algarismo, isto é:
teção de 25 mm' . • C (ou A): condutor concêntrico de cobre (alumínio),
• 3 x 35 + 25 N + 25 C: indica um cabo multipolar
constituído por uma coroa helicoidal de fios.
com três condutores de fase de 35 mm' , um condu-
• Cl (ou A 1): condutor concêntrico de cobre (alumí-
tor neutro ele 25 mn1 2 e u1n condutor concêntrico de
nio), apl icação S-Z (tipo •ceancler").
25 mm' . • H: blindagem hel icoidal de fios redondos ou fios cha-
No caso de cabos multiplexados, são indicados o tos.
número de condutores e a seção nominal, em mm2, • H l : bli ndagem helicoidal de fitas de cobre.
intercalados por (xx). Assim: • H2: blindagem de trança de fios de cobre.
• H3: blindagem S - Z (tipo "ceander" ).
• 3 x 1 X 50 indica um cabo triplexado com três con-
• H4: bli ndagem de dupla trança de cobre
dutores ele 50 mm' ;
• H5: bl indagem de J>apel ou plástico metalizado ou
• 3 x 1 x 70 + 70 N: indica um cabo multiplexado
papel carbono ou tecido misto de têxtil e cobre.
auto-sustentado com três condutores de fase de 70
• H6: bli ndagem de fita de alumínio longitudinal cola-
mm1 e um condutor neutro de 70 n1mi .
da à cobertura de pol ietileno (A PL).
Material, grau de flexibilidade e Ent todos este.s casos. o cobre pode ser revestido ou não.
forma do condutor
Qua ndo o materi al do condutor for cobre, nenhum Proteção sobre cabo unipolar ou
símbol o é u ti li zado; quando for alumíni o, usa-se a le- sobre cada veia de cabo multipolar
tra *A".
ou multiplex ado
Conforme a flexibil idade e a forma do condutor, são
uti lizadas as seguintes designações: As designações estão apresentadas na Tabela 5.25.
(b) Condutor concêntrico ou blindagem metálica sobre a (b) 1 X 25 R2 V-F 450/750 V: condutor isolado, consti·
reunião ele veias ele cabo multipolar: como indicado tuído por um condutor de cobre de seção nominal 25
na Seção "Condutor concên1rico ou blindagem metá· mm', encordoamento classe 2, isolação de PVC para
lica sobre a veia", son1ente os sín1bolos são escritos temperatura de serviço de 70ºC, tens.iode isolamen-
na seqüência de construção, após os símbolos indi· to 450/750 V. resistente à chama.
cados no item (a). (c) 1 x 4 R4 V-F 450/750 V: condutor isolado, consti·
(c) Proreção(ões) sobre a reunião ele veias ele cabo mui· tuído por um condlltor de cobre ele seção nominal 4
tipo/ar: como na Seção 'Proteção sobre cabo unipo- mm•, encordoamento classe 4, isolação de PVC para
lar ou sobre c,,da veia de cabo multipolar ou muhiple· temperaturn de serviço de 70°(, tens.iode isolamen·
xado", somente os símbolos são escritos na seqüência to 450/750 V. resistente à chama.
de construção. após o símbolo correspondente indi· (d) 1 X 35 R 2 VV - F 0,6/1 kV: cabo unipolar, consti·
cado no item (a). tuído por um condutor de cobre de seção nominal 35
(d) Eventuais componentes específicos: caso exista um mm', encorcloamento classe 2, isolação de PVC para
elemento de sustentação, ele é indicado com a letra: 70ºC, cobertura de PVC, tensão de isolamento 0,6/1
kV, resistente à chan1a.
• S: se for de material metálico incorporado na cober-
(e) 3 x 25 R2 E OV 0,6/1 kV: cabo tripolar, constituído
tura; ou
• Y: se o elemento de sustentação for inserido entre as por condutores de cobre de seção nominal 25 mm•,
encordoamento classe 2, isolação de EPR para 90'C,
veias ou ligado externan1ente ao CTtbo.
cobertura de PVC, tensão de isolamento 0,6/1 kV.
(e) Tensão ele isolamento cio cabo: após a sigla alfanu- (0 3 x 70 x OV 0,6 /1 kV: cabo tripolar, constituído por
mérica, é acrescentada a tensão de isolamento do condutores de cobre de seção nominal 70 mm', setorial
cabo, tal como previsto na respectiva especificação. encordoado, isolação em XLPE para 90ºC. cobertura ele
{0 C.aract_erístic~,s adicionais: eventuais caraclerísticas PVC, tensão de isolamento 0,6/1 kV.
adicionais do cabo, por exemplo, resistência à chama, (g} 2 x 2,5 R4 VW 300/300V: cordão bipolar, constituído
resistência aos óleos etc., podem ser evidenciadas por condutor de cobre de seção nominal 2,5 mml,
acrescentando, após o último símbolo da sigla, o sím- encordoamento classe 4, isolação de PVC para 70 ºC,
bolo correspondente a essa característica, intercalado com veias paralelas divisíveis, fornlando um conjunto
por um hífen, como segue: de formato plano, tensão de isolamento 300/300 V.
• F: cabo resistente ao ensaio de queima vertical (NBR (h) 3 x 70 AR2 EHOV 8.7115 kV: cabo tripolar, consti·
NM IEC 60332-3). tuído por condutores de alumínio de seção nominal
• HF: cabo resistente ao ensaio de queima vertical 70 mm', encordoamento classe 2, isolação de EPR
(NBR NM IEC 60332-3), porém isento de halogê- para 90ºC, com blindagem individual de íios de cobre,
nios. veias reunidas, cobertura de PVC, tensão de isolamen·
• RO: cabo resistente aos óleos. to 8,7/15 kV.
• WR: cabo resistente às intempéries. (i) 3 x 1 x 95 + 50 N AR 2 x Z 0,6/1 kV: condutor neu-
tro de alumínio liga NU - cabo multiplexado autO·
sustentaclo, com três condutores fase de alumínio
Exemplos
seção nominal 95 mm', condutor neutro de sustenta·
(a) 1 X 6 MV·F 450/750 V: condulor isolado, constituído ção de alu1nínio liga NU de seção non1inal 50 rru11~,
por um condutor de cobre de seção nominal 6 mm', encorcloamento classe 2, condutores íase isolados em
maciço. isolação de PVC para temperatura de servi· XLPE para 90ºC e reunidos ao redor do neutro, ten-
ço de 70ºC, tensão de isolamento 450/750V resisten- s.io de isolamento 0,6/1 kV.
te à chama.
Trança têxtil T -
Revestimento de juta J' -
Nota:
1. Antes e/ou d~pc,is da protcçãó rn<:lálic:1. conforme. a protc:ção 00 cabo.
(continua)
SU$W li
(continuação)
maciça com proteção mecânica, que se ajustam entre si • Eletrocalha: elemento ele li nha elé1rica fechada e
no local da instalaç.10. aparente, constituído por uma base com cobertura
Os condutores, e os eventuais elementos de fixação, desmontável, destinado a envolver r>or completo
suporte e proteção mecânica a eles associados são os condutores elétricos providos de isolação, permi-
seguintes: tindo também a acomodação de certos equipamen-
tos elétricos. As calhas podem ser metálicas (aço,
• Bandeja: suporte de cabos constituído por uma base alumínio) ou isolantes (plástico); as paredes podem
contínua, com rebordos e sem cobertura, podendo ser lisas ou perfuradas (ver Figura 5.28) e a tampa
ser perfurada ou não (lisa). A Figura 5.31 apresenta simplesmente encaixada ou íixada com auxílio de
unla instalação elétrica com bandejas e eletrodutos ferramenta.
aparentes.
• Bloco alveolado: bloco de construção com um ou
mais furos que., por justaposição, forman, un1 ou mais
condutos (ver Figura 5.29).
• Caixa de derivação (ver Figura 5.33) é uma caixa uti-
lizada para passagem e/ou ligações ele condutores
entre si e/ou dispositivos nela instalados. Espelho é a
peça que serve de tampa para uma ec1ixa de deriva-
l~[(l{((~[([([~~[(I
ção ou de suporte e remate para dispositivos de aces-
so externo.
• Canaleta: elemento de linha elétrica instalado ou
construído no solo ou no piso, ou acima do solo ou
do piso, aberto, ventilado ou fechado, com dimen-
sões insuficientes para a entrada de pessoas, n1as que
permitem o acesso aos condutores ou eletrodutos
nele instalados, em toda a sua extensão, durante e
após a instalação. Uma canaleta pode ser parte, ou
(= ==º
não, ela construção da edificação (ver Figura 5.31).
•
•
Condulete: é un1a caixa ele derivação para linhas apa-
rentes, dotada de tampa própria (ver Figura 5.35)
Conduto elétrico: elemento de linha eléuica destina-
do a conter condutores elétricos.
((((((((((((0
• Escada ou leito 1>ara cabos: suporte de cabos consti-
tuído por uma base descontínua, formada por traves-
sas ligadas rigidamente a duas longarinas longitudi-
•
nais, sem cobertura (ver Figura 5.32).
Espaço de construção: espaço existente na estrutura
ou nos com1>onentes de uma edificação, acessível
( ((((0
apenas em determinados pontos.
• Eletroduto: elemento de linha elétrica fechada, de
seção circular ou não, destinado a conter condutores
o
elétricos providos de isolação, permitindo tanto a
enfiação como a retirada destes. Na prática, o lermo
se refere tanto ao elemento (tubo), como ao conduto
fom1ado por diversos tubos. Os eletroclutos podem ser
metálicos (aço, alumínio) ou de material isolante
(PVC, polietileno, fibrocimen10 etc.). São usados em
linhas elétricas en1butidas, subterrâneas ou aparentes. Figura 5.28 • Alguns tipos de eletrodutos
SU$W ü
DDDDDD
Piso
ou solo 1+---Coth
Figura S.29 • Eletrocolho com paredes perfuradas e Figura S.31 • Carte de uma canaleta (com tampo) ventilada
tampa removível encaixado
parede/piso, a moldura é também denominada
Nrodapé"'.
• Perfilado: eletrocalha ou bandeja de dimensões trans-
versais reduzidas. Um dos tipos mais comuns de per-
filados tem a dimensão 38 x 38 mm.
• Poço: espaço de construção vertical, estendendo-se
geralmente por t0<los os pavimentos da edificação.
• Prateleira para cabos: suporte contínuo para condu-
tores, engastado ou fixado em uma parede ou teto
por um de seus lados, e com uma borda livre.
Figura S.30 • Carte de um bloco olveolado com dois furos • Suportes horizontais /Jara cabos: suportes individuais
espaçados entre si, nos quais é fixado n1ecanica1nen-
• Galeria: corredorcujas dimensões pern1iten1 quepes- te um cabo ou um eletroduto.
soas transitem livremente por ele em toda a sua ex-
tensão, contendo estruturas de suporte para os con- Nas instalações de baixa tensão, a NBR 5410 pres-
dutores e suas junções elou outros elementos de linhas creve, nas linhas elétricas, o uso de condutores isolados,
elétricas. cabos uni e multipolares, cabos multiplexados e condu-
• Moldura: conduto aparente, fixado ao longo de tores nus, de cobre e de alu,nínio {ver Seção *Cobre ver-
superfícies, compreendendo uma base fixa, com sus alumfnio", em 5.2).
ranhuras para a colocação de condutores e uma Para linha pré-fabricada e barramento blindados, ver
tampa desmontável. Quando fixada junto ao ângulo Quadro 5.3.
Aspectos gerais das linhas Exceto nos c.,sos de linhas aéreas e de linhas de con-
tato que alimentam equipamentos móveis, as conexões
Conexões de condutores entre si e com equipamentos não devem
Aspectos gerais das conexões ser submetidas a qualquer esforço ele tração ou de torsão.
Recomenda a NBR 541 Oque as conexões entre con- Devem ser tomadas todas as precauções para evitar
dutores e com equipamentos devem ser realizadas de que as partes metálicas das conexões energizem outras
modo a assegurar contatos firmes e duráveis e permitir partes metálicas normahnente isoladas de partes vivas.
sua inspeção. É importante observar que tais conexões As conexões devem estar em condições de suportar
devem estar contidas em invólucros adequados (tais os esforços provocados por correntes de valores iguais às
como caixas, quadros, canaletas etc.), que garantam a capacidades de conclução de corrente e por correntes de
necess.íria proteção mecânica, e, na escolha dos dispo- curto.circuito determinadas pelas características dos dis..
sitivos de conexão, devem ser considerados: positivos de proteção. Por sua vez, as conexões não
• O material cios condutores. deven, sofrer modiíic.:,ções inadn1issíveis em clecorrên·
• A quantidade e a forma dos condutores. eia de seu aquecimento, do envelhecimento dos isolan-
• A seção dos condutores. tes e das vibrações que ocorrem em serviço normal. Em
• O número de condutores a serem ligados entre si. particular, devem ser consideradas as influências da dila-
tação térmica e <las tensões eletroquímicas, que vatiam
As conexões devem satisfazer às seguintes condições:
de metal 1>ara me.tal, bem como a influência das tempe-
• Serem garantidas por dis1>0sitivos adequados à natu- raturas que afetam a resistência mecânica dos materiais.
reza cios condutores e a sua seção. As conexões devem ser realizadas de modo que a
• Serem acessíveis, mas apenas após a desmontagem pressão de contato não dependa cio material isolante.
de uma tampa ou de um obstáculo com o auxílio de
uma ferramenta, de modo a permitir a inspeção dos Soldagem e contato a pressão
contatos. As conexões elevem ser feitas 1>0r soldagem ou por con-
tato a pressão. Observe-se que o uso de conexões soldadas
É importante observar que a acessibilidade das cone- deve s.er evilado em circuitos cfe potênciaJ sendo ainda
xões é dispensada em certos casos, para atender a neces- proibida a aplica<;Jo de solda a estanho na terminação de
sidades específicas, tais como a proteção contra corro- concfutores, para conectá-los a bo,nes ou tern1inais de dis-
são, penetração de líquidos, inacessibilidade, vibrações positivos ou equipan,entos elétricos. No entanto, se usa-
etc. É o que ocorre em: das, devem ser concebidas levando em conta o escoamen-
• Emendas de cabos diretamente enterrados. to e os esforços mecânicos. Por sua vez, deve ser lembrado
• Emendas encapsuladas ou preenchidas com massa. que o uso de solda em condutores e cabos com isolação
• Equipamentos especiais termofixa limita a temperatura de curto-circuito a 1óOºC.
No caso de conexões soldadas, as superfícies dos metais
devem ser devidamente preparadas e protegidas de oxi-
dação, principalmente no caso do alumínio.
As conexões prensadas devem ser realizadas por meio deve ser utilizado um eletroduto por condutor, devendo
de ferramentas adequadas ao tipo e ao tamanho de conec- a distância entre os condutores ser a mesma adotada fora
tor utilizado, de acordo com as recomendações do labri· da travessia.
cante do conector. Na travessia de pisos, deve ser assegurada a proteção
da linha, no nível do piso acabado, contra as degrada-
Conexões de condutores de alumínio
ções mecânicas e o escoamento de líquidos que possam
Os meios de conex.io utilizados na ligaç.io direta de con·
ser derramados. Se a travessia for efetuada com conduto-
dutores de alumínio a terminais de dispositivos ou equipa-
res contidos em eletroclutos, estes devem ser estanques e
me,itos elétricos c1ue admi~1m tal conexão devem atende< aos
sua extremidade superior deve ficar acima cio piso, a
requisitos elas nonnas aplicáveis a conexões para alumínio.
uma altura no mínimo igual à dos rodapés, se existirem,
Na faha de meios ele conexão adequados para conexão
e de pelo menos 11 centímetros.
direta com alumínio, o condutor deve ser emendado com
um condutor ele cobre, por meio de conector especial, e Proximidade de linhas não-elétricas
então ligado ao equipamento. Nos casos de vizinhanças entre linhas elétricas e
As conexões para alumínio com aperto por meio de linhas (canalizações) não·elétrícas, as linhas e as ~1nali-
parafuso devem ser executadas de forma a garantir pres· zações devem ser dispostas ele nlaneira a nlanter entre
são adequada sobre o condutor de alumínio. Essa pressão suas superfícies externas uma distância tal que toda
é assegurada pelo controle de torque durante o aperto do intervenção realizada em uma instalação não danifique
parafuso. O Iorque adequado deve ser fornecido pelo fa. as demais. Na prática, uma distância de 3 cm é conside-
bricante do conector ou cio equipamento que inclua os rada suficiente. Essa recomendação não se aplica às li·
conectores. nhas e canalizações embutidas.
Em condutores ele alumínio somente são admitidas Na vizinhança de canalizações de calefação, de ar
emendas por meio de conectores por compressão ou solda quente ou ele dutos de exaustão de fumaça, as linhas elé·
adequada. trícas não devenl correr o risco de atingir uma tenlpera-
A conexão entre cobre e alu1nínio deve ser realizada tura prejudicial e, por conseguinte, devem ser mantidas
exclusivamente por meio de conectores adequados a esse a uma distância suficiente ou ser separadas daquelas
fim (conectores bimetálicos). canalizações por telas (anteparos) adequadas.
As linhas elétricas não elevem utilizar dutos de exaus-
Condições gerais de instalação tão de fumaça ou de ventilação, nem ser colocadas para-
Influências externas lelamente abaixo de canalizações que possam gerar con-
A proteção contra as influências externas conferida densações (tais como tubulações de água, de vapor, de
ao tipo de linha instalada deve ser assegurada de ,nanei- gás etc.), a menos que sejam tomadas precauções para
ra contínua, de acordo com as condições apresentadas proteger as linhas dos efeitos dessas condensações.
no Apêndice A. Não é recomendável que as linhas elétricas utiliz.en1
as 1nesn1as canaletas ou poços que as canalizações não-
Extremidades
elétricas, a menos que sejan, atendidas, sinluhanean1ente,
Nas extremidades das linhas elétricas e especialmente
nos locais ele entrada nos equipamentos, a proteção eleve as condições a seguir:
se manter de maneira contínua e, se necessário. deve ser • A proteção contra contatos indiretos eleve ser assegu-
assegurada a sua estanqueidade. rada, con.siderando·se as canalizações metálicas não-
elétricas como elementos condutores.
Travessías de paredes e pisos • As linhas elétricas devem ser completamente protegi-
Nas travessias de paredes, as linhas elétricas elevem
das contra perigos que possam resultar da presença
ser providas de proteção mecânica adequada, a menos
de outras instalações.
que sua robustez seja suficiente para garantir a integrida-
de nos trechos de travessia. Proximidade de outras linhas elétricas
Para as travessias entre locais que poss.,m apresentar As linhas elétricas de baixa tensão e as linhas de ten-
diferenças importantes de estado higrométrico, devem sões superiores a 1.000 V não devem ser colocadas nas
ser ton,aclas precauções especiais, a fim de evitar a intro- mesmas canaletas ou poços, a menos que sejam toma-
dução e a condensação de água na travessia. Se forem das precauções adequadas para evitar que, em caso de
utilizados condutos não obturados, estes devem ser incli· defeito, a linha de alta tensão energize a linha de baixa
nados no sentido do local mais úmido e dispostos de tensão.
maneira que os condutores sejam ventilados livren1ente. Além disso, os circuitos sob tensões que se enqua·
As mesmas precauções deve,n ser ton1adas em rela- drem uma(s) na faixa I e outra(s) na faixa li. definida(s) na
ção às travessias para o exterior. Tabela 5.26, não devem compartilhar a mesma linha elé-
Se os condutores forem nus, as travessias deven1 ser trica, a menos que todos os condutores sejam isolados
efetuadas por meio de buchas de passagem ou de eletro- para a tensão mais elevada presente ou, então, que seja
dutos de material isolante não hidrófilo. Nesse caso, atendida uma das seguintes condições:
SU$W 6
• Os condutores com isolação apenas suficiente para a • Ter uma resistência aos produtos de combustão equiva-
aplicação a que se destinam forem instalados em lente à dos elementos da construção nos quais íorem
compartimentos separados do conduto a ser compar- aplicadas.
tilhado. • Apresentar u1n grau de proteção contra penetração
• Forem utilizados condutos fechados separados. ele água pelo menos igual ao requetido dos elemen-
tos da construção nos quais forem aplicadas.
Obturações
• Ser protegida, tanto quanto as linhas, contra goras de
Quando uma linha elétrica atravessar elementos da água que, escorrendo ao longo da linha, possam vir
construção, tais como pisos, paredes, coberturas, tetos a se concentrar no ponto obturado, a menos que os
etc., as aberturas remanescentes à passagem da linha de- materiais utilizados sejam todos resistentes il umida-
vem ser obturadas ele modo a preservar a característica de, originalmente e/ou após finalizada a obturação.
de resistência ao fogo de que o elemento for dotado.
A obturação de travessias pode ser executada com Em particular, nos espaços de construção e nas gale-
materiais específicos, tais con,o compostos de an1ianto, rias cfeven, ser tomadas precauções adequadas para evi-
fibras, cerâmicas etc. Tais obturações deven1 permitir tar a propagação de um incêndio, colocando-se, por
modificações na instalação, sem afetar as linhas elétricas exemplo, obturações nos pontos ele entrada e de saída
existentes. Deve,..se atentar para o fato de que a presen· de condutos e/ou condutores desses locais.
ça de materiais de obturaç<'io pode reduzir, significativa-
mente, a capacidade de condução de corrente dos con- Instalação de condutores
dutores e cabos instalados, que é função da resistividade Segundo a NBR 541 O, os cabos multipolares só elevem
térmica dos materiais, de sua espessura e das dimensões conter os condutores de um e apenas un1 circuito e, se for
da obturaç.10. o caso, seu respectivo condutor de proteção.
Toda obturação deve atender às seguintes prescrições: Nos condutos fechados (eletrodutos, nas eletroca-
• Ser con,patível com os materiais da linha elétrica lhas, nos blocos alveolados etc.), podem ser instalados
com os quais tiver contato. condutores de mais de um circuito nos seguintes casos:
• Permitir as dilatações e contrações da linha elétrica {a) quando íorem atendidas simuhanean1ente as três
sem que isso reduza sua efetividade como barreira condições a seguir:
corta-fogo. • Os circuitos pertençam às n1esn1as instalações, isto é,
• Apresentar estabilidade mecânica adequada, capaz originem-se cio mesmo dispositivo geral de manobra
de suportar os esforços que podem sobrevir de danos e proteç.10, sem a interposição de equipamentos que
causados pelo fogo aos meios ele fixação e de supor- trans(ormem a corrente.
te da linha elétrica. Esta prescrição é considerada • As seções nominais dos condutores de fase devem estar
atendida se a fixação da linha elétrica for reforçada contidas em um intervalo de três valores normalizados
com grampos, abraçadeiras ou suportes, instalados a sucessivos (por exemplo, 2, 5, 4 e 6 mm').
não mais de 750 mm da obturação e capazes de • Os condutores isolados ou cabos isolados devem ter
suportar as cargas 1necânicas esperadas en, conse- a n1esma ten1peratura máxi1na para serviço contínuo.
qüência da ruptura dos suportes situados do lado da • Todos os condutores forem isolados para a mais alta
parede já atingido pelo fogo, e de tal forma que tensão nominal presente.
nenhum esforço seja transmitido à obturação, ou se a (b) no caso dos circuitos de força, de comando e/ou
concepção da própria obturação garantir uma susten-
sinalização de um mes1no equipan,ento.
tação adequada, na situação considerada.
• Suportar as mesmas influências externas a que a A NBR 5410 recomenda, ainda, que os condutores
linha elétrica for submetida. isolados e os cabos unipolares de un1 mesn10 circuito
SU$W 6
sejam instalados próximos uns dos outros, o mesmo Tipos de linhas recomendados pela
ocorrendo com o condutor de proteção correspondente.
No caso ele condutores em p.1ralelo, eles elevem ser reu·
NBR 5410
niclos em tantos grupos quantos forem os condutores em A NBR 54 10 indica que a inS1alação de um circuito
paralelo, cada grupo contendo um condutor ele cada ou de uma linha elétrica deve se enquadrar nos seguin-
fase; os condutores de cada grupo devem ser instalados tes tipos de linhas elétricas (maneira de instalar), confor·
nas proxin1idades imediatas uns dos outros. Esses proce- me apresentado na Tabela 5.27.
din1entos, conforme apresentados no Capítulo 8, visam à
redução da reatância indutiva dos circuitos, no caso do Linhas com eletrodutos
condutor ele proteção, bem como à redução ela impe- A função principal de um eletroduto é conter o cami·
dância cio percurso da corrente ele falta. Msim, por nho da fiação elétrica e proteger os condutores elétricos
exemplo., no caso ele um circuito com três íases, neutro contra certas influências externas (por exemplo, choques
e condutor de proteção, com três condutores por fase e mecânicos, agentes qurmicos etc.). Podem também, em
instalação em eletroduto, a solução poderia ser utilizar alguns casos, proteger o meio ambiente contra incêndios
três eletrodutos, cada um contendo as três fases, um neu· e das explosões resultantes de curto-circuito envolvendo
tro e uni condutor de proteção, e1nbora esta não seja a condutores.
solução mais econômica. Outra solução poderia ser utili- Os eletrodutos, dependendo do material usado, po-
zar um único eleirocluto, contendo os nove condut0<es fase, dem ser metálicos ou isolantes, ou ainda magnéticos ou
um neutro único e um condutor de proteção único. Nesse não magnéticos. Classificam-se em rígidos, curváveis,
caso, o efeito tét'mico é m.ais acentuado. trallSversalmente elás6cos e flexíveis. Veja o Quadro 5.4.
- -
Método de referência a
Método de
Esquema ilustrativo da utilizar para a capaci·
instalação DO$<rição da instalação
instalação dade de condução de
número
corrente'
~
Condutores isolados unipolares
e1n eletroduto de seção circular
1 AI
e111butido e,n parede 1ermican1ente
isolante. 1
~
Cabo mullipolar cm clctroduto de
2 seção circular en1butido em parede A2
tem1ican1en1e isolan1e.
p
Condutores isolados ou cabos
[Q
unipolares en1 elc1roduto aparente
3 de seção circular sobre 1>arcde ou 81
espaçado desta ,nenos 0,3 vez o
diâme1ro do cle1roduto.
(continua)
SU$W ü
(concinvaçào)
Método de referência a
Método de
Esquema ilustrath·o da ulili7..ar para a c.apaci-
instalação Descrição da instalaç,io
instalação dade de condu,.io de
núm,ero
corrente'
~~
aparente de seção circular sobre
4 parede ou espaçado des1a 1nenos 82
de 0.3 "ºt o diâmetro do
cletroduto.
tJ
Condutores isolados ou cabos
unipolares en1 eletroduto aparente
5 81
de seção não c ireular sobre
parede.
~
Cabo 1nultipolar ern elc1rodu10
6 aparente de seção nfio circular 82
sobre parede.
lil
Condu1ores isolados ou cabos
7 unipolares en1 cletrodu10 de seção BI
circular e1nbu1ido e,n alve-naria.
~~
polar sobre parede ou afastado
li
desta menos de 0,3 "ºto diâmetro
c
do cabo.'
V
Cabos unipolares ou cabo
I IA muhipolar fixado direta1nen1e c
no teto.J
118
1@J Cabos unipolares ou cabo
rnultipolar afastado do 1cto n1ais
de 0.3 vez o diâ1netro do cabo:'
c
(conrinuação)
Método de referência a
Métod.o de
F...~quen1a ilu.c;trativo da utíii1..ar para a capaci·
instalação D~criç.ão da inSlalaçào
instalação dade de condução de
número
corrente 1
~--
Cabos unipolares ou cabo
E (multipolar)
13 n,ullipolar en1 bandeja
P (unipolares)
perfurada, horizon1al ou venic,;tl ...
°'' cabo
~
Cabos unipolares
1nuhipolar sobre supones E (multipolar)
14
horizontais, eletroc.alha ara1nada F (unipolares)
ou tela.
~
Cabos unipolares ou c.abo
multipolar afas1ado(s) da parede E (multipolar)
15
1nais de 0.3 vez o diântetro do F (unipolare.,)
cabo.
16
@e
Cabos unipolares ou cabo
E (multipolar)
17 multipolar suspenso(s) por cabo
I' (unipolares)
de supone. incorporado ou não.
~
Condutores nus ou isolados sobre
18 AI
isoladores.
(continua)
SU$W ü
(continuação)
Método de referência a
Método de
Esquen1a ilu.~trativo da utilizar para a capaci-
instalação Descrição da instalação
inst.alaç.ã o dade d e condução de
número
corrente( 11
31
Condutores isolados ou cabos
tutipola~s en1eletrocalha sobre
~~~~~~~~~~+-~~~~~~~~~~ 81
parede en1 percurso
horiionrul ou vertical.
32
(continua)
SU$W ü
(conrinvaçâo)
Método de referência a
Método de
Esquenta ilustrativo da utilizar para a C'dpaci·
instalação Descrição da instalação
instalação dadc de condução de
nún1cro
corrente'
~
Cabo multipolar em ele1rocalha
31A sobre parede e1n percur.so
horizontal.
82
34
l,i l ....._3
Cabo 1nut1ipolar ern canale1a
fec hada embutida no piso.
82
rº ll
unipolares e1n eletroduto de seção
41 circular contido em canaleca
82
fechada co1n percurso horizontal \I ~ 20D,
ou venica1.7 BI
(continua)
SU$W ü
(concinvaçào)
Método de referência a
Método de
Esquema ilustrat.i,,o da utili1...ar para a capaci-
instalação Descrição da instalação
instalação dade de condução de
núntero
cor rcnte 1
(continua)
SU$W ü
(conrinuação)
Método de referência a
Método de
Esquema iluSlrativo da utili1,ar para a capaci·
instalação Descrição da inSlalação
inst alação dade de condução de
número
corrente•
Condutores isolados em
eletroduto, cabos unipolares ou
73 AI
cabo ntultipolar entbutido(s) en1
caixi lho de pona.
Vista superior
(continua)
SU$W ü
lconrinvaçiio)
Método de referência a
Método de
Esqucnla ilustrativo d.a utilii.ar para a capaci·
instalação Descrição da instalação
instalação dade de condução de
número
correntc 1
Nol:t$:
1 ~ié1Q<Jo de reJcrência :.. ser t.11ilii.:ldo nu (k•1crmin:1ção da t.1p:1cid:1de de condução de corrcn1e.
2 Ms,1mc-~ <11.lC a Íat."e d:t parede apre.scn1a um:1 condu1ânci:1 1énnica não inferior ;1 10 \V/m:·K.
3 Admi1cm-se u1mbé1n rondutore! isol.ooos c,n perlilOOO.
4 A 4..·;1.p.; cid.ide de oondução de CQfre11te 1>.1ra OOndej.'\ perfur:'lda íoi dettnninOOa oonside.r;11ido-se que os furos ocupasssern 1\0 mínimo 30% da :1.n!à
da ba1ideja Se os furos ocupattm ,nenos de 30'~ da :1rea da bondéja. ela deve ser 1."0nsider"Odil conu) "n."io-petfumda"'.
5 Confonne a ABNT NBR lEC 60050 (826). ~ poços.as s;alcl'W. os pisos 1ée:njc0$, os conduto.ç formados Jk)r blocos alv'"-01.-c.1os. os íorros r.11sos.
os pisos ete,-ados e os csp:.ços internos e.xis1en(es en, certos tipos de divisórias (como. por cxc1nplo. :is paredes de gc."SSO :i.canonado) s.iio oonsi·
dcrados t!"SJl3ÇOSde conscn1ç~).
6 Deé o diilmclro cxlcmo do cabo. no caso de cabo n,ullipolar. No caso de cabos unipolares ou condulorcs isolados. disdns ucm·sc duas situações:
- tlis cabos unipolan:.s (ou condutores isol:M.los) dispostos cm trifólio: De> dcvc ser 1on1ado islml a 2.'2 ,-czcs o diâ,nctro do cabo uni1>0lar ou con·
dutor isoln.do;
- três c:abós unipolares (Ou condutOl'C$ isolados) agn,p;ldos num nll!Sn10 plano: De deve St.':r 1omado igual ;i 3 , ~ o diâme1ro do en.bo unipolilf
ou conduto!' isolado.
7 D4' é o diâme1ro exierno do clc1rodu10. quando de $1.."ÇÜO circular'. ou at1ut.Vprofundid;1de do clettotluto de S\.."\-.;i.o nào-ci.reul:i.r ou da elt1l'ocalht1.
8 Adn,ile,se tan1bém o uso de condu1ores isolados.
9 Admi1cm-se c:.tbos dil'CJ:t.t»ente en1e1Tados sem pro1eç,'\o n1ecll.nic:, :i.dicional. d~cle qw esses cabos siejan, pr'ovidos de ann:,ç;1o. Oe\·e~se notar',
porém. que l!Ssa nonna nt\o fom...,-c valores de cap;1cid:idc de condl.tÇ;lo de t-omnte p..va ~bos 3nnados. Tais cap.1cid.1dé-s Je\'e1n ser detc,.'fflli·
nada.5 como indic-ado na ABNT NJ)R 11301.
No1a: e,n linh:.s ou tn.."éhOS \>tl1k:Us. qu.tndo a vtntilaçao for n..-s1.ri1a. de\·t·se a1tn1ar p.'113 risoo de aumento roosiderjvel d,11empe-.r.11ul<'I ambii!nte
no topo do trecho ,'t11ical.
Diâ1netro interno
Tamanho
(Designação da rosca)
no1ninal
(polegadas)
10 3/8
15 1/2
20 3/4
25 1
32 1 1/4
40 1 1/2
50 2
65 2 1/2
80 3
90 3 1/2
100 4
Figura 5.35 • Conduletes 125 5
150 6
Eletrodutos isolantes
Os ele1tod11tos isolanres rfgidos constituem outro tipo Tabela 5,29 • Eletroclutos rígidos de PVC
im1>ortante de concluro. São fabricados em PVC, polieri-
Diâmetro interno
leno ele alta densidade, barro vitrificado (manilhas),
Tamanho nominal (Designação da rosca)
cimento-a111ianto etc. P<1ra linhas acima do solol aparen-
(polegadas)
tes ou en1butidas e para linhas subterrâneas en1 envelo-
16 1/2
pes de concrero, os de PVC são os mais utilizados no
20 3/4
Brasil. Eles devem atender à norma NBR 15465:2007 -
25 1
Sistemas de eletroclutos plásticos para instalações elétri-
32 1 1/4
cas de baixa tensão - Requisitos de desempenho, que
40 1 1/2
prevê elerrodutos roscáveis e soldáveis, com duas espes-
50 2
suras (classe A e classe B) e •varas" também de 3 merros.
60 2 1/2
Os demais tipos, com exceção dos de polietileno, são
15 3
usados exclusivan1ente en1 linhas subterrâneas ou, even-
85 3 1/2
tualmente, contidos em canaletas. A Tabela 5.31 apre-
senra as principais dimensões dos elerroclutos ele PVC.
Tabela 5.31 • Dimensões Drincipc,is cios eletrodutos rigiclos ele PVC .(NBR 154651 J
Espessura de parede (mm)
Tan1anho nominal Diâmetro externo (mm)
Classe A I Cla.s.~e B
Tipo soldável
16 16.0 ::!: 0.3 1.5 1.0
20 20.0 :t 0.3 1.5 1.0
25 25,0 :t 0.3 1,7 1,0
32 32.0 :t 0.3 2. 1 1,0
40 40,0 :t 0,4 2,4 1,0
50 50.0 :t 0.4 3.0 1.1
60 60.0 :!: 0.4 3.3 1.3
75 75.0 :t 0.4 4,2 1.5
85 85,0 :t 0.4 4,7 1,8
Tapo rosd,el
16 16,7 :t 0,3 2.0 1.8
20 2 1.1 :t 0.3 2,5 1,8
25 26.2 :t 0.3 2.6 2,3
32 33,2 :t 0.3 3.2 1.,7
40 42.2 ::!: 0.3 3,6 2.9
50 47,8 :!: 0.4 4.0 3.0
60 59.4 :t 0,4 4,6 3.1
75 75, I ::!: 0,4 5,5 3,8
85 88.0 ::!: 0,4 6,2 4,0
N otas.
1. Para ambos os tipos Sõi.o adn1i1id.,s as scguin1cs YMi~ n.'I espessura oo p:,.n.."dc:
• p:i.r.t uunanhos de 16 a 32 + 0.4 - 0:
• p.,ra t.1manhos de 40 a 75 + 0.5. - O:
• p.m r.1manho $$ + 0.6. - O.
2. Os clc1rod1Jtos dc\-çm ser íabricados cn1 vnms de 3.00 m com v:uiaçóes de+ 1 par cento e • 0.5 por ccn1o.
ou sem tampa, desde que sejam instalados em locais só Espaços de construção, poços e
acessíveis a pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas
{BAS), ou sejan, instalados a uma altura mínin,a de 2,50 m
galerias
cio piso. Nos espaços ele construção, nos poços e nas gale-
Os perfilados devem ser escolhidos e dispostos de rias•, podem ser instalados condutores isolados e cabos
modo a não danificar os cabos nem comprometer seu uni ou multipolares em linhas cios tipos constantes da
desempenho. Eles devem possuir propriedades que lhes Tabela 5.2 7, desde que os condutores ou cabos possam
permitam suportar sem danos as influências externas a ser colocados ou retirados sem intervenção nos elemen-
que forem submetidos. tos de construção do prédio.
Nas galerias, <1 solução n1ais comu1n consiste em insta~
Linhas subterrâneas e em canaletas lar diversas camadas ele bandejas ou escadas para cabos,
A NBR 5410 admite, em linhas enterradas (cabos dire-
em uma ou em ambas as paredes laterais.
Para as prumadas de prédios verticais, uma solução
tamente enterrados ou contidos em eletrodutos enterra-
con1un1 consiste em utiliic1r poços com cabos uni ou
dos), somente cabos unipolares ou multipolares, e, em
multipolares fixados a bandejas ou a escadas verticais.
linhas com cabos diretamente enterrados desprovidas de
proteção mecânica adicional, só são admitidos cabos
armados. Admite-se o uso ele condutores isolados em ele-
Bandejas, leitos, prateleiras,
troduto enterrado se, no trecho enterrado, não houver suportes hori:r:ontais e fixação direta
nenhuma caixa de passagem e/ou derivação enterrada e dos cabos em paredes ou tetos
for garantida a estanqueidade do eletrocfuto. Muito embora para esses tipos de linha só sejam
Como regra, a norma recomenda que os cabos sejam recomendados cabos unipolares e cabos multipolares,
protegidos contra as deteriorações causadas por movi· admite·se utilizar condutores isolados, com isolação de
mentação ele terra, contato com corpos duros, choque de XLPE, que atendam à NBR 7283, devido à espessura da
ferramentas (no caso de escavações) e também contra isolação.
umidade e ações químicas. Geralmente, isso s6 é conse- No caso de bandejas, escadas para cabos e pratelei·
guido com cabos uni ou multipolares cuja cobertura ras, a norma recomenda que os cabos sejam dispostos
garanta uma estanqueidade suficiente, providos de ar· em uma única camada, porén, admite a existência de
mação, contidos em eletroduto, ou com outra proteção várias camadas, o que está mais de acordo com a reali-
mecânica . dade, desde que seja reduzida a possibilidade de propa·
A NBR 54 1Orecomenda, ainda, que a linha subterrã· gação ele incêndio pelas isolações, capas ou coberturas
nea seja adequadamente sinalizada por um elemento de cios cabos. Para isso, é recomendado que o volume ele
advertência, que pode ser uma fita colorida, situada, no material combustível por metro linear de linha não exce-
mínimo, a 0,1O m acima da linha. da a 3,5 clm', para cabos ela categoria B da NBR NM IEC
São ainda fixadas, como prevenção contra os eíeitos 60332·3·23, e 7 clm' para cabos da categoria A ou A F/R
da movimentação de terra, profundidades mínimas para elas NBR NM IEC 60332-3-22 e 3-21, respectivamente.
a instalação dos cabos: Seja, por exemplo, um cabo unipolar categoria A ele
50 mm' com isolação e cobertura de PVC, com diâmetro
• 0,70 1n em terreno normal; nominàl do condutor d, = 8,05 mm e com diâmetro exter-
• 1 m na travessia de vias acessíveis a veículos e corn no nominal d = 14 mm. O volume de material combustí·
0,50 m de largura disponível, de um lado ao outro da vel (isolação e cobertura) será, por metro linear (em dm'):
via.
A classific&Ç'lo dos cabos - para efeito do ensaio de
Tais profundidades podem ser reduzidas em terreno queima vertical - é feita c.m três categorias. em função
rochoso ou quando os cabos estiverem protegidos, por da quantidade de material combustível:
exemplo, por eletrodutos que suportem as influências
• NBR NM IEC,60332-3-22 categoria A ou NBR NM
externas a que possan1 ser subn1etidos.
IEC 60332·3-2 I A FIR: quer corpos de prova em
Deve ser observado um afastamento mínimo de 0,20 número suficiente, de modo a se obter um volume
m entre duas linhas elétricas enterradas que venham a se total de material cornbustívcl de 7 dm' por ,netro
cruzar, além de urn afastan1ento n1ínin10 de 0,20 m entre linear do feixe:
uma linha elétrica enterrada e qualquer linha não-elétri· • NBR NM IEC 60332,3-23 ca1egori11 8: idem. com
ca cujo percurso se avizinhe ou cruze co,n o da linha 3.5 dm 1 por 1netro linear do feiÃe:
elétrica. As canaletas, classificadas sempre como local • NBR NM IEC 60332-3-24 c<11egoria C: idem, com
AD4 (sujeito a projeções ele água), podem conter cabos 1..5 dm.l por n1crro iinear do.feixe.
unipolares ou multipolares ou mesmo condutores isola-
dos, desde que contidos em eletrodutos. 9. Nllocitnd~ na N8~ 5410.
SU$W ü
1T
4 · [(14 X 10-
2 2
) - (8,05 X 10- 2)Zj · 10 = de incêndio, terraços e locais análogos, devendo, para
tanto, atender a uma das seguintes condições:
= 0,103 dm3 • Estar a uma distância horizontal de, no mínimo, 1,20 m.
Considerando apenas as condições de p,opagaçJo • Estar acima do nível superior das janelas.
de fogo, 1>0de-se ter, agrupados, até • Estar a uma distância vertical de, no mínimo, 3,50 m
7 acima do piso ele sacadas, terraços ou varandas.
- - = 67,96 • Estar a uma distância vertical de, no mínimo, 0,50 m
0.103 = 68 cabos
abaixo do piso de sacadas, terraços ou varandas.
o que, logicamente, não é uma solução adequada do
ponto de vista da capacidade de condução ele corrente.
Linhas sobre isoladores
Linhas aéreas externas Nas linhas constituídas por condutores montados
sobre isoladores, podem ser usados condutores nus, con-
Nas linhas aéreas externas, podenl ser utilizados con-
dutores isolados, condutores isolados em feixe, cabos
dutores nus ou providos ele cobertura resistente às intem-
péries, condutores isolados com isolação resistente às unipolares, cabos multipolares e barras (as barras são
inten1péries, ou cabos n1uhiplexados resistentes às intem- limitadas aos locais ele serviço elétrico).
péries montados sobre postes ou estruturas. Devem ser Seu uso não é permitido em locais ele habitação.
observadas distâncias n1ínimas entre o ponto mais baixo No caso de locais comerciais ou análogos, só se
da linha e o solo, que, segundo a NBR 5410, são: admite o uso de linhas co,n condutores nus, conlo linhas
em extrabaixa tensão, para alimentação ele lâmpadas ou
• 5,50 monde houver tráfego de veículos pesados; equipamentos móveis.
• 4,50 m onde houver tráfego de veículos leves; No caso de locais industriais, os condutores nus
• 3,50 monde houver passagem exclusiva de pedestres. montados sobre isoladores só são admitidos em locais de
Por sua vez, no caso de condutores nus, estes devem serviço elétrico e em utilizações específicas, como é o
fic.:,r fora do alcance de janelas, sacadas, escadas, saídas caso de 1>0n1es rolantes.
EXERCÍCIOS
0
•• •
Figura 6. 1 • Disjuntore. tripolares
o~
g Porta-fusível
- - - - - - - - - Base ~
ô Dincd
Chave
Chave é um termo geral que designa um dispositivo
de manobra (mecânico) que, na posiç,;o aberta, assegu·
ra uma distância de isolamento e, na posição fechada,
mantém a continuidade do circuito elétrico, nas condi-
ções especificadas.
Uma chave de faca é uma chave na qual, em cada
pólo, o contato móvel é constituído por uma lâmina ani- Figura 6,3 • Chave soccionodoro·fusível
culada em uma extremidade, enquanto a outra extren1i·
dade se encaixa no contato fixo correspondente. Em cer-
tos tipos, o contato móvel é um tubo. A chave de faca
não é adequada para operar o circuito sob carga.
Chave eletromagnética é un1a chave na qual a forç<1
necessária para o fechamento e a abertura dos contatos
principais é íei1a por un'I eletroírnã.
Chave de parüda de um motor elétrico é o conjunto
de todos os n1eios necessários para dar a partida e par(lr
o motor, combinado com uma proteção adequada con-
tra sobrecargas.
Seccionador
Figura 6.4 • lnlerruplor trifásico
Seccionaclor é um d ispositivo de manobra (mecânico)
que assegura, na posição aberta, uma distância de isola- como as de curto-circuito, f>Or tempo especificado. A
mento que satisfaz os requisitos de segurança especifica- Figura 6.4 mostra um interruptor trifásico freqlientemen1e
dos. usado como chave em quadros de distribuição.
Um seccionado, deve ser capaz de fechar ou abrir um Um interruptor-seccionado, (lambém chamado "sec-
circuito quando a corrente estabele<:ida ou interrompida cionado, sob carga") é uma chave que reúne as carac-
é desprezível ou, ainda, quando não se verifica uma terísticas ele um interruptor e de un1 seccionacfor.
variação significativa na tensão entre os termin~is de Um interruptor de uso geral é uma chave seca de baixa
cada um cios seus pólos. Um seccionador também eleve tensão, de construção e características elétricas adequa-
ser capaz de conduzir correntes em condições normais das à manobro de circuitos de iluminação, de aparelhos
do circuito, bem como de conduzir, por tempo especifi- de iluminação, de aparelhos ele1,oclomésticos e aplica·
cado, correntes enl condições anormais do circuito, tais ções equivalentes.
co,no as de curto-circuito.
A Figura 6.3 mostra um dispositivo geralmente desig- Contator
nado por "chave seccionaclora-fusivel"'. Cont,110, é um dispositivo de manobra (mecânico) ele
or>eração não manual (geralmente eletromagnética), que
Interruptor tem uma única posição ele repouso e é capaz de estabe-
Um interruptor' é uma chave capaz de estabelecer, lecer, conduzir e interromper correntes em condições
de conduzir e ele interromper correntes sob condições normais cfe circuito, inclusive sobrecargas.
normais cio circuito- que podem incluir sobrecargas de
funcionamento especifica~,s -, e também de conduzir Relé
correntes sob condições anormais especificadas, tais Relé é o dispositivo elétrico destinado a produzir modi-
ficações súbitas e predeterminadas em um ou mais cir-
cuitos elétricos de saída, quando certas condições são
2. A definição de -intcm1ptor"' dada na NUR S4~9 cotTcspondc à que
satisfeitas nos circuitos ele entrada que controlam o dis-
se ~rescnta :iqui para "'iruerruptor de uso get;.d", positivo. t importante observar que a definição se aplica
SU$ W ü
19 2 lnslaloções elétricas
aos relés elétricos de qualquer tipo e para qualquer fina- ção. São elas: a proteção contra choques elétricos (conta·
lidade, no sentido elen1entar, isto é, con1 apenas unla tos indiretos), a 1Jroteçâo contra sobrecorrentes, o con1an-
função lógica entre os circuitos de entrada e os circuitos do funcional e o seccionamento não automático, apre-
de saída, incluindo todos os elementos adicionais neces- sentadas sucintamente a seguir:
s:irios ao seu perfeito funcionamento específico. • A proreçiio contra choques elétricos (contatos indire·
Os relés são associados eletricamente aos disjuntores tos) destina-se a proteger as pessoas e os animais
ou contatores, provocando sua abertura quando detecta- domésticos contra os perigos que possam resultar de
da alguma condição anormal (sobrecorrente, subtensão, um cont(ltO com massas energizadas. Consiste na
desequilíbrios etc.). No Quadro 6.1 são apresentadas detecção de tensões de contato perigosas e no sec-
algumas definições relativas aos relés. cionamento automático do circuito e,n que ocorreu
Não se deve confundir relé com disparador. Muito o problema.
embora an,bos possam funcionar sob o n1esn10 princípio • A promção conua sobre<:orrences tem como objetivo
e realizar íunções análogas, o relé é associado eletrica- limitar as conseqüências destrutivas das sobrecorrentes
mente ao dispositivo ele manobra, ao passo que o dispa- e separar o restante da instalação da parte em que ocor-
rador é associado mecânica e diretamente ao dispositivo. reu o problen1a. Con1porta a detecção de correntes de
sobrecarga e de falta (principalmente de curto-circuito)
Dispositivo DR e o seccionamento automático do circuito protegido.
Um dispositivo a corrente diferencial-residual (disposi- • O con,,1nclo funcional pern1ite ao usuário intervir1 vo-
tivo DR) é um dispositivo de proteção que detecta a exis- luntariamente, em qualquer setor da instalação, sec-
tência de corrente diferencial em un, circuito. Ele provo- cionando ou ligando circuitos, sob carga, bem como
ca a abertura do circuito quando o valor da corrente ligando ou desligando equipamentos ele utiliz.1ção.
diferencial ultrapassa um valor preestabelecido. • O seccionamento não automático (manual) é destinado
a garantir a separação de uma parte da instalação de
Funções básicas dos dispositivos de sua fonte ele tensão, a fim de permitir a execução de tra-
balhos, consertos, localizaç.io de defeitos, substituição
manobra e proteçã o de componentes ou medição cio isolamento da parte
Em uma instalação elétrica de baixa tensão, pode-se da instalação correspondente. Consiste no secciona-
distinguir quatro funções básicas, que 1>0dem ser exerci- mento n1anual, e,n carga ou em vazio, do circuito que
das por um ou mais dispositivos de manobra e/ou prole· alimenta o setor considerado.
Quadro 6.1 • Definições relativas aas relés contidas na nonna NBR IEC 60050 (446)
• Relé eletromecânico: é aquele no qual a operação lógica é produzida pelo movimento relativo de elementos mecâ-
nicos, sob a ação de uma corrente elé.trica nos circuitos de entrada.
• Relé estático 011 eletrônico: é aquele no qual a operação lógica é produzida por componentes eletrônicos. magnéti-
cos. ópticos ou outros. sem movimento mec.ânico de componentes.
• Relé monoestável: é aquele que, tendo alterado seu estado sob a ação de uma grandeza de alimeniação de entrada.
ou de sua grandeza característica, retoma a seu estado anterior após a remoção da grandeza.
• Relé biestável: é aquele que, tendo se alterado sob a ação de uma grandeza de alimentação de entrada, ou de sua
grandeza caractcris1ica. pem1anccc no mesn10 estado após a re,noção da grandeza. sendo necessária uma ação
suple1nen1ar para alterar seu estado.
• Relé de te111110 especificado: é aquele no qual um ou mais dos tempos que o caracterizam deve(m) satisfazer a requi-
sitos especificados, sobretudo quanto à exatidão.
• Relé de tempo não esf)ecijicado: é aquele para cujos tempos que o caracterizam não se especificam quaisquer exi-
gênci,L5 relativas à exatidão.
• Relé de medição: é aquele destinado a comutar quando sua grandeza característica alcança, sob condições e com
exatidão especificadas. seu valor de operação. Pode ser de dois tipos:
1. A temf)O der,e11dentc: relé a tempo especificado para o qual os tempos dependem, de maneira especificada. do
valor da grandeza característica.
2. A tempo i11depe11de111e: relé a tempo especificado para o qual o tempo especificado pode ser considerado inde-
pendente do valor da grandeza característicá. dentro de limites especificados desta.
• Relé tél'mico: é aquele de medição a tempo dependente, que protege um equipamento contra danos téimicos de ori-
gem elétrica. pela medição da corrente que percorre o e<juipamento protegido e utilizando uma curva característica
que sin1ula se.u conl ponan1ento 1ém1ico.
SU$W li
'-'
Instante enl que ocorre ~
~
o eurto-c1rcuuo
sitivo é designado, e ao qual são referidos outros valores tante em que se inicia o arco; em un, dispositivo ele n1ano-
no,ninais. bra multipolar é o intervalo de tempo entre o instante em
Em particular, a NBR IEC 60947-2 define para um dis- que se inicia e se extingue o arco no prin1eiro pólo e o ins-
positivo de baixa tensão: tante da extinção final do arco em todos os pólos.
Tempo ele interrupção é o intervalo de tempo que
• Tensão nominal' (UJ é o valor de tensão ao qual são
decorre entre o início do tempo de abertura de um dispo-
referidas as capacidades de interrupção e de estabe-
sitivo de rnanobra, de proteção ou o início do ternpo de
lecin1ento noff1inais, ben, co1no as categorias de
fusã.o de um dispositivo fusível e o fim do tempo de arco.
desempenho em curto-circuito; para circuitos polifá-
Pàra um dispositivo de manobra ou de proteção, o
sicos é a tensão entre Iases.
tempo ele fechamento é o intervalo de tem1>0 que decorre
• Tensão de isof,,menio nominal (U1) é o valor de ten-
erllre o instante en1 que se inicia a operação de íechan-ien-
são que designa o dispositivo e ao qual são referidos
to, definido na norn,a pertinente, e o instante e1n que os
os ensaios dielétricos e as distâncias de isolamento e
contatos se tocam em todos os pólos.
de escoamento; a não ser quando indicado ern con- O tempo de estabelecimento é o intervalo de tempo que
trário, a tensão de isolamento nominal é o valor da decorre entre o instante em que se inicia a operação de
n1áxima tensão non1inal.
fecharnento, definido na norma peninente, e o instante em
que a corrente começa a percorrer o circuito principal.
Tempos Tempo morto (durante um religamento automático) é o
Tempo de fusão de um dispositivo fusível é o interva- intervalo de tem1>0 que decorre entre o instante da extin-
lo de tempo que decorre entre o instante em que a cor- ção final do arco em todos os pólos, na operação de aber-
rente atinge valor suficiente para fundir o elemento fusí- tura, e o primeiro restabelecimento de corrente em qual-
vel e o instante em que se inicia o arco. quer pólo, na operação ele fechamento subseqüente.
Tempo de abertura de um dispositivo de manobra ou O tempo de estabelecimento-interrupção é o intervalo
proteção é o intervalo de tempo entre o instante em que de tempo que decorre entre o instante em que começa a
se inicia a operação de abertura, definido na norma per· circular corrente em um 1>álo e o instante da extinção final
tinente, e o instante de separação dos contatos de arco do arco em todos os pólos.
em todos os pólos.
Tanto o tempo de fus.io como o de abertura podem ser Integral de Joule
chamados tempo ele pr~arco. O 1empo de arco em um A integral de /ou/e (símbolo / 21) é a integral do qua-
pólo de um dispositivo de manobra, de proteção ou de drado da corrente ern um intervalo de tem1>0 especifica-
um dispositivo fusível é o intervalo de tempo entre o ins- do, isto é:
I
~ Valor de cris1.-
/ -,
I
/
''
Corrente de c o r t e ~ I \
I \
1 \
- - - • J •• \ Corrente de curto-circuito
Corrente de interrupção~ ~ presumida
1
1
1
1
\
\
\
\
A integral de Joule dá o valor da energia térmica por a sua alta resistência 1 sofre um aquecimento maior que o
unidade de resistência (1 A 2s = 1 J/Ü) liberada em um dos outros condutores à passagen1 da corrente. ?.ira unia
circuito. relação adequada entre a seção do elemento fusível e a
Trata-se de uma grandeza que atualmente assume do condutor protegido, ocorrerá a fusão do metal do ele-
uma import3ncia fundamental nos estudos de proteção, mento, quando o condutor atingir uma temperatura pró-
assunto tratado no Capítulo 11. xima da máxima admissível.
O elemento fusível é um fio ou uma lâmina, geral-
Representações gráficas mente de cobre, prata, estanho, chumbo ou l iga, coloca-
do no interior do corpo do fusível, em geral de porcela-
A c.1r;1cterfslica ten,po·corrente de um dispositivo de
na, esteatite ou 1>apelão, hermeticamente fechado.
manobra ou de proteção é a representação gráfica do
A lguns fusíveis possuem um indicador, que permite
tempo de fusão - ou do tempo de operação-, em fun-
verificar se o dispositivo fusível operou ou não, o qual
ção da corrente presumida, em condições de operação
é composto por um fio (por exemplo, de aço) ligado
especificadas. É muitas vezes designada por "caracterís.-
em paralelo com o elemento fusível e libera uma mola
tica de atuação#.
após a operação. Essa mola atua sobre uma plaqueta
A cc1raclerfstica de corte de um dispositivo ele mano·
ou botão, ou mesmo sobre um parafuso preso na
bra ou de proteção é a representação gráfica da corren-
tampa do corpo.
te de corte em função da corrente presumida, em condi-
A maioria dos fusíveis contém material granulado
ções de operação especificadas.
ex(intor em seu i nterior, envolvendo por completo o ele-
mento fusível; para isso se utiliza, em geral, areia de
6.3 Dispositivos fusíveis de quartzo de granulometria conveniente.
A Figura 6.7 mostra a composição de um fusível {no
baixa tensão caso mais geral).
Generalidades O elemento fusível pode ter diversas formas. Em
Os dispositivos fuslveis constituem a proteção mais função da corrente nominal cio fusível, ele pode ser
tradicional dos circuitos e dos sistemas elétricos. Sua composto por um ou mais fios ele lâminas em parale-
operação consiste na iusão do elemento fusfvel (elo) con- lo, com trecho{s) ele seção reduzida. No elemento íusf-
tido no fusível. vel existe, ainda, uni n1aterial adicional, um ponto de
O elemento fusível, isto é, o '"'ponto fraco" do circuito, solda cuja temperatura de fusão é bem menor que o do
é um condutor de pequena seção transvers.11 que, devido elemento.
SU$W ü
~k
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~.\~r,
1
-,.
Li"(
- d
: Corre.nle J':ustvel Ponto de Condutor
de cari;:i (/) solda
êlo fusível
(3) (b)
Nos fustveis limitadores de corrente, devido às eleva- nominal) e a capacidade de interrupção nominal; são,
das sobrecorrentes que ocorren) em um curto-circuito, a assim, fusíveis que atuan, em íaix<1 p<1rclal.
fusão pode ocorrer em um tempo inferior a 5 ms, isto é, Os fusíveis "L" são adequados para proteção ele cabos
dentro do primeiro quarto de ciclo, como mostra a e linhas, os "M" protegem equipamentos eletromecâni-
Figura 6.1O. cos (motores), os " R" são próprios para proteção de dis-
positivos sen,iconclutores, e os na" são recomendados
Características para instalações em condições pesadas (por exemplo,
locais de mineração etc.).
A NBR IEC 60269-1 - Dispositivos fusíveis de baixa
tensão, baseada na série de publicações IEC 60269, con- Nas instalações elétricas de baixa tensão, os tipos
sidera, 1>ara a proteçiío de circuitos (em CA, com tensão mais comuns são: gl, gC, gM e aM.
até 1 kV e em CC, até 1,5 kV), dispositivos limitadores de Os fusíveis gugc são de aplicação geral, utilizados na
proteção de circuitos contra correntes de sobrecarga e
corrente, com ca1>acidade de interru1>Ção de corrente a
l)artir de 6 kA.
contra correntes de curto~circuito. São caracl'erizados
por um único valor de corrente nominal (/,-).
Formato dos fusíveis Os fusíveis aM são destinados à proteção ele circuitos
de motores contra correntes de curto-circuito, sendo
Um fustvel cartucho é um fusível de baixa tensão cujo
também caracterizados por um único valor de corrente
elemento físico é encerrado em um tubo protetor de nominal U.vl e apresentando o limite inferior da faixa de
1naterial isolante, com contatos nas extren1idades {en1
atuação indicado por K, 1,- (com K2 > ! ).
fonna de virola ou de faca), fed1ando o tubo. Os fusíveis gM, destinados à proteção de circuitos ele
Um fustvel rolha é um fusível de baixa tensão em que motores contra correntes de curto-circuito, são caracteri-
um dos contatos é uma peça roscada, a qual se íixa no zados por dois valores de corrente: o primeiro, l.v, repre-
contato roscado correspondente da base. senta a corrente nominal do fusível e do respectivo
Um fustvel encapsulado é um fusível cujo elemento porta-fusível (isto é, elas respectivas partes condutoras); o
fusível é completamente encerrado em um invólucro
segundo, r.. (se11do 1,1, > l.vl, refere-se à característica
fechado, capaz de impedir a formação de arco externo e tempo-corrente do fusível, correspondendo à de um fusí-
a emissão de gases, chama o u partículas n,etálicas para vel C; a indicação é feita por l.v M r...Assim, por exem-
o exterior, durante a fusão cio elemento fusível, dentro plo, 16M32 A indica um fusível gM montado em um dis-
dos limites ele sua característica nominal. positivo cuja corrente permanente máxima é de 16 A e
cuja característica tempo-corrente é igual à de um fusí·
Faixa de interrupfão e categoria de vel gG ele 32 A.
utilização
Os fusíveis são classificados inicialmente de acordo Tipo de pessoa indicada para utilização
com a faixa de interrupçJo e com a catt~orh1 de ulilização, As norn,as ainda classificam os dispositivos fusíveis
sendo usadas, P<,ra isso, duas letras - a prin,eira n,inúscu- q uanto ao tipo de pessoa indicada para sua utilização,
la, llg" ou Na", indicando a faixa, e a segunda, maiúscula, en, "para uso por pessoas aotorizadas,,. e "para uso por
"C" ou 'M", indicando a categoria. pessoas não qualificadas•.
Os fusíveis "gN são aqueles capazes de interromper Os dispositivos fusíveis para uso por pessoas autoriza·
todas as correntes que causam a fusão do elemento fusí- <las (anteriormente denominados Hdispositivos fusíveis
vel, até sua capacidade de interrupção nominal; são, para uso industrial") são destinados a instalações em que
portanto, fusíveis que atuam em toda a faixa. Os fusíveis os fusíveis são, intencionalmente, só acessíveis para
são capazes de interromper todas as correntes com·
l;aN reposição por pessoas BA4 (qualificadas) e BA5 (habilita-
preendidas entre um valor prefixado (sllperior à corrente das). Podem ser gUgC, gM ou aM, com correntes nomi-
SU$W ü
A
I0.000
1. Carac.1crís.1ic.a~ do cu110-citcui10:
corrcn1c pre.su,nida de 4.000 A (valor
eficaz): 10.000 A de cris1a (ad1niti11do
onda assirné1rica). 2.000
2.5 nlS
A
10.000 .. '
2. O curto-circoi10 se desc,l\·olve: o
clcn1en10 rusJvcl se a<1uc<.-c: a
tCnlper:uum da scç5o reduzida do
clcn1ento :uingc l .08:'\°C. ponto de
3.SOO
fusão do cobre.
4 11\S
A •••••••• --~· .
3. O curto--circuito é lin1itado: o I0.000
clcn1cnto fusível ;1Ci1ba de fundir-se
5.000
cm duas panes; cria-se u,n arco
eléLrit'O que. pode atingir 2.000 11C; a
corre,nc co,uinua a 1>assar.
4.S lllS
A -----------··
.'
10.000
4. O arco elétrico fa1. rundir a areia
(e,xtinlor) e o clc1nento fusí\'cl;
3 areia, ao fundir-se. resfria o arco e 3.000 •• •
au1nenta a resistência interna
do fusível: a corrente cai. 6 1ns
A ----------.....'
10.000
''
S. O arco está extinto: o elc1ncn10
fush•cl dcsaJX.lrc<.1.:u: n u.:1npcr;uur;1 intcn,a
do fusível está caindo: a areia rundida se
solidifica: a corrcnlc não p~,ss:i 111:1is.
9.5 ,ns
Figuro 6. 1O• Ação de fusíveis limitaclores de corrente com dois elos em paralelo (Cortesio da l egrand)
nais até 1.250 A, capacidades de interrupção não infe- Os disposilivos fusíveis para uso por pessoas não qua-
riores a 50 kA (com tensão nominal até 660 V. em CA) ou lificadas (anteriormente designados por "dispositivos fusí·
25 kA (com tensão nomi nal até 750 V. em CQ, sendo veis para uso doméstico"') destinan,.-.se a instalações en,
considerados os fusíveis: que os íusíveis são acessíveis e poden, ser substituídos
por pessoas comuns. São gl/gG, com correntes non,inais
• Com contatos cilíndricos (geralmente chamados
até 100 A, capacidades de interrupç.'\o não inferiores a 6
"cartuchos tipo industrial").
kA (com tensão nominal até 240 V) ou 20 kA (com ten-
• Com contatos tipo faca (correspondendo ao tipo NH). são nominal superior a 240 V e até 500 V), sendo consi-
• Com contatos parafusados. derados os fusíveis:
SU$ W 6
Quadro 6 .2 • Fusíveis cartucho e fusíveis rolha não permitidos pela NBR 541 O
Deve-se considerar que osji,sfveis ctmucho-' cobenos pela nonna NBR IEC 60269-1 nada têm a ver com outros tipos
de fusíveis cartucho ainda existentes no n1ercado. con1 corpo de papelão e se-111 n1eio extintor. Tais fusíveis. que deve1n
atender às nom1as NBR 6254/1988 e NBR 6996/1988. devem ser cenificados compulsoriamente, de acordo com a
Ponaria do lnmetro 101. de 16 de julho de 2001.
Existem tarnbérn ainda disponíveis no mercado os fusíveis do tipo rolha, que devem atender à., nonnas NBR
5113/1988. NBR 5157/1988. NBR 6253/1988 e NBR 6280/1988, e devem ser certificados compulsoriamente, de
acordo com a Portaria do Inrnetro 101, de 16 de julho de 2001.
Tanto os fusíveis do tipo canucho da nonna NBR 6254 quanto os fusíveis do tipo "rolha" da nomia NBR 5113 não
são pemlitidos pela NBR 541 O para utilização como dispositivos de proteção contra sobrccorrentc desde a sua edi·
ção de 1997. Isso significa que as novas instalações elétricas de baixa tensão e as refomms realizadas a começar daque-
le ano não poderian1 n1ais empregar tais disposi1ivos.
S4 1.5 ,. 1
2.1 '"
4 < 1.S IO 1,51. 1.9 ,,. 1
10 < 1. s 25 1,4 ,. 1,75 ,. 1
1 (:s 63A)
25< / . S IOO 1.3 ,. 1.6/,.
2(S IOOA)
2(100 S 1. s 160A)
100 < 1. s 1.000 1.2 ,. 1.61,. 3 ( 160 < 1. S 400A)
4 (400 < 1. S 1.()()0 A)
= corrente nornin;.d do fusível
/ 11
• As curvas devem ser apresentadas em papel tama- A seguir, é apresentada a definição da curva tempo
nho A3 ou A4. versus corrente do dispositivo fusível segundo a ANSI.
• As dimensões das décadas devem ser escolhidas das A atuação ele um fusível limitador fica bem-definida
séries: 2 cm, 4 cm, 8 cm, 16 cm e 2,8 cm, 5,6 cm e por meio da característica de corte. Essa curva, definida
11,2 cm (são considerados preferenciais os valores para valores nominais especiíicados (lensão, freqüência e
de 2,8 cm e 5,6 cm). fator de potência do curto-circuito), permite obter, dada a
• Salvo indicação em contrário, as curvas devem refe-- corrente presun,ida shnétrica:
rir-se à temperatura ambiente de 20 •e.
Zona te1npo~corrente
Legenda:
'" = Te,npo convencional de fusão
lnt= Corrente convencional de não Í\ISâo
11= Correrue convencional de fusão
104
4
2
.,,..li1ni1e rétmico (P~\r:t lod:i.s âS oorrentes
1()3
/ no1nin:1is)
4
2
\
r,,.
'
1()2
'\ i... Curva 1cnlpo 1níniino de fus.'io-correntc:
4 1
/
2
1
\ .V
101
Curva tcn1 ,o 1n:ixin10 de intern1pçiio·corrente
4
2 \ \
,oo \
4 \ \
2
\ \
10 - 1
\
4
\
2
"
10· ! "
4
100 2 :l 4 5
'º' 2 3 4 5
"" 102 22 3 4 5 1()3
As normas ANSI dcfine1n a cur:,•a 111ldia " ten1po de fabricantes geralmente apresentam duas linhas diagonais,
fusão·corrente" co1no a curva que indica o ten1po ntédio uma para o fator de 1>0tência de curto-circuito 100 por
nccessá.rio para fundir o elemento fusível. Es~as nonnas cento, isto é, XIR = O, correspondendo a V2 "" 1,4, e
recomendam que a corrente de fusão não deve variar de outra para o fator de potência 15 por cento, isto é, XI R =
::!: 10 por cento para ~ualquer valor do tempo. Nessas 6,6, corresponden<lo a A Y2 "'
2,5 (ver Capítulo 1O).
condições~ em vez de uma curva. temos uma faixa (ou As Figuras 6.14 e 6.1 S mostram as características
zona) de ± 10 por cento e1n tomo da curva n1édin; os te1npo-corrente para fusíveis gG.
limites dessa faixa são a.~ curva.~ "tempo ntfnimo de
fusão.,corrente" e ..,entpo 1náxirno de fusão-corrente".
Ainda de acordo com a ANSI. para tempos superiores a
EXEMPLO
0,08 s. a curva ''tempo máx:in10 de íusão-correntet' repre-
senta a característica ''tempo de intcrrupção~onente..; A Figura 6.16 mostra a característica de corte de
para tcnipos inferiores a 0,08 s os fabricantes devein indi· um fusível limitador gL, considerando fator de potên-
car a curva "tempo de interrupção-corrente''. cia de curto-circuito 1Opor cento, correspondendo a
AV2 a 2,5
• O valor de crista da corrente presumida. Considerando uma corrente de c urto<ircuito presu·
• A corrente de corte. n1ída sin1étrica de
t, = 0,9 kA = 900A
A Figura 6.13 mostra a característica de corte e indica
como, para dado fusível (ele corrente nominal l,v), dada a o valor de crista seria de
corrente presumida simétrica J., obtém-se o valor de crista AV2 i, = 2.5 X 0,9 = 2.25 kA = 2.2.'iO A
da corrente presumida, AV2 /• e a corrente de corte lc. Os como mostra a Figura (>.16.
SU$W ü
_
Valor de cris1a ,náxi,na da corrente J>rcstnnida (..\
_ __,/
../2 tK )
/
• Presu1nida (>. ,f7f IR)
IN - Correntes non1inais
dos fusíveis (A)
Figura 6.14 • Zonas tempo-corrente paro fusíveis tipo ' gG" de 2, 6, 16, 25, 40, 63, 100, 160, 250, 400, 630 e 1.000 A
A corrente de corte, limitada pelo fusível, será, para O Quadro 6.3 apresenta as características básicas cios
um fusível de 16 A fusíveis.
/,. = 0.90 kA = 900 A
SU$ W ü
1
10 2 3 4 5 2 3 4 5 2 3 4 5 2 3 4 5
Figura 6.1 S • Zonas tempo·corrente poro fusíveis tipo 'gG' de 4, 10, 20, 32, 50, 80, 125, 200, 315, 500, 800 e 1.250 A
Corrcrue de
cone (kA)
.
?
100
9
i•
50
10
9
8
·-
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......
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1 ...
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•
2 3 .i 67 8 9 1 3 4 6 7 $9
0.1 o.s I 5 10 50 100
l ikA)
uso freqüente. Isso pode levar a uma situação em que periódicas e verificação cuidadosa das condições dos
os fios elementares que fazem rarte do condutor fle- contatos elétricos.
xível de uma fase laçam contato com os da fase opos-
ta, estabelecendo, assim, um arco elétrico com uma Disparadores de um disjuntor
corrente abaixo da corrente nominal do disjuntor. Um disparador é um dispositivo associado mecanica-
Nesse caso, claran1ente não haverá uma $0brecorren· mente a um disjuntor e que libera os órgãos de retenção
te, os condutores não estarão experin1entando unia (trava) dos contatos principais, provocando seu fecha-
temperatura excessiva e, conseqüentemente, por defi- mento ou abertura.
nição~ o disjuntor não vai atuar. Um disparador de sobrecorrente é aquele que provo-
Caso o arco permaneça, ele poderá causar um incên- ca a abertura de u1n disjuntor, conl ou senl retardo inten-
dio. Pode ser também que esse arco leve ao rompimento cional, quando a corrente no disparador exc::ede um valor
total da isolação dos condutores, levando-os a uma situa- predeterminado, em condições especificadas. Pode ser
ção de curto<ircuito, ía.zendo então o disjuntor atuar; n1as direto, quando energi1..ado pela corrente no circuito prin·
isso poderá ocorrer, em alguns casos, somente após um cipal do disjuntor, ou indirélo, quando a energização é
incêndio já ter sido i niciado. feita por meio de um transformador de corrente ou ele um
O exemplo foi dado para um ferro de passar roupas, derivado,.
mas poderia facilmente ser t.ransportado para o caso gené- No que diz respeito ao retardo, o disparador de sobre·
rico de uso de extensões, em que o •enrola-desenrola" de corrente pode ser:
condutores é usual. A melhor proteção, nesses casos, é a • lnstantáneo: quando opera sem qualquer retardo
freqüente inspeção e manutenção de todos os cordões fle- intencional de tempo.
xíveis de aparelhos e extensões, com a imediata substitui- • Com retardo (ou tempo) definido: quando opera
ção ou reparo dos produtos suspeitos de defeitos. com um retardo definido, que pode ser:
• Ajustável, mas que é independente do valor da sobre-
• Correntes de falta à terra de pequena intensidade: as
corrente;
correntes de falta à terra são similares às faltas entre
• A tempo inverso: quando opera após um retardo
linha, exceto que elas pode111 apresentar uma inten·
inversa1nente ao valor da sobrecorrente.
sidade muito menor, uma vez que as impedâncias
envolvidas no circuito fase-terra podem ser maiores Um disp,1rador de sobrec,1,ga é um disparador ele
do que as de um circuito fase-fase ou fase-neutro. sobrecorrente destinado à proteção contra sobrecargas.
Nesses casos, os disjuntores poden, não ser cc1pazes Um disparador térmico de sobrecarga é um disparador
de detectar essas correntes, o que levaria a instala- de sobrecarga a tempo inverso que depende, para sua
ção a uma eventual situação perigosa. ~ra essa operaç.'io (incluindo seu retardo), da ação térmica da cor-
si luação de falta fase-terra, os dispositivos DR são os rente que circula no disparador.
recomendados. Dispar,,dor en, derivação é aquele energizado por uma
• Surtos de tenS<io: durante uma tempestade com raios forne de tensão.
ou devido às manobras na rede das concessionárias, Um disparador de subtensão é um disparador em deri-
pode ocorrer a propagação de sobretensões em uma vação que provoca a abertura de um disjuntor, com ou sem
instalação pela linha de alimentação do consumidor. retardo intencional, quando a 1ensão ,,os 1erminais do dis-
No entanto, essa sobretensão não é reconhecida parador cai abaixo de um valor prede1erminado.
pelos disjuntores como uma sobrecorrente e o disjun-
tor não vai atuar. Para esses casos, a solução indica- Câmara de extinção
da na NBR 54 1O é o emprego de dispositivos espe- A c3ma,a de extinção de um disjun1or é o comparti-
cializados en1 identificar sobretensões. chamados mento que envolve os contatos do circuito principal,
dispositivos de proteção contra surtos (OPS). capaz de resislir às solicilações térmicas devidas ao arco,
• Sobreaquecimentos em conexões: se a ligação entre projetada especificamente para promover a extinção ele
um condutor e um tern1inal de um componente qual· arco elélrico.
quer não está adequada, podem ocorrer sérias eleva-
ções ele temperatura naquele ponto de mau contato. Características básicas
O equipamento pode ser dani ficado e até incêndios Pode-se a.presentar conlo c.an.l cterísticas básicas dos
podem ser provocados por esse motivo. Apesar do disjuntores as seguintes:
enorme calor naquela conexão e da progressiva dete- • Operam por meio de disparadores ou, principal-
rioração do componente, a corrente que circula pela mente no caso dos de média e alta tensão, de relés
inslalação eslá normal e, portanto, não há uma sobre- separados.
corrente que possa ser detectada pelo disjuntor. • Apresentam (os tipos multipolares), ao contrário dos
Nesses casos, a rnelhor proteção para a instalação é a dispositivos fusíveis, atuação multipolar, evitando a
prática de uma cuidadosa manutenção, com insp(!ÇôeS operação desequilibrada em equipamentos trifásicos,
SU$W li
r1- t
0
= 1cn11>0 de
pré-a.rco
',
t - I - lClllf)O de
2 1
arco
, - 1 = 1cn1podc
2
o interrupção
'
'
'o ', '2
A caracterização de cada tipo de disjuntor é: com respeito a seu valor teórico máximo; nessas con-
• Disjuntores lentos: com tempos de pré-arco longos, dições, o arco se extingue durante o primeiro semici-
superiores a 60 ms, destinados a intervir apenas em clo de corrente e o tempo de interrupção é, em geral,
casos extrenlos, quando, por exemplo, o curto-circui- inferior a 10 ms. A Figura 6.16 mostra um oscilogra-
to ocorre no circuito de distribuição principal, a ma típico da atuação de um disjuntor limitador.
montante dos disjuntores divisionários. Os pequenos disjuntores termomagnélicos em caixa
• Disjuntores rápidos: com tempos de pré-arco da moldada são hoje utilizados na proteção da grande
ordem de 2 a 3 ms, com os quais a corrente de curto· maioria dos circuitos terminais, em todos os tipos de ins-
circuito não chega a estabili4e1r-se com seu valor teó- talação. Sua imporlânci<, é decisiv<1. na proteção da insta·
rico n1áximo, antes que se forme o arco de interro1:r
lação, uma vez que os incêndios de origem elétrica
çâo; nessas condições, o arco se extingue à prin1eira
geralmente se iniciam de problemas nos circuitos termi-
passagem da tensão pelo zero.
nais ou nos equipamentos a eles ligados, por exemplo,
• Disjuntores limitadores de corrente: com tempos de
pré-arco da ordem de 0, 6 a 0,9 ms, com os quais a
en1 unia fiação em canaleta, em uma tomada de corrente,
corrente de curto-circuito resulta fortemente limitada em uma derivação para a ligação de um equipamento etc.
u Lc~,cnda:
t /
1 ='Tc1npo de abcnura
a
'L.•Ten,po de arco
Un= ·rcnsaode :lrco
1 = Corrente de cone
'
1 • Corrc,uc de -cuno.-circui10
s Valor de cris1a da corrente de
i cuno-circuito presu,n ida
t
I -+t
'' I
'' ' - /
/
Entreferro
!
Mola
Arn1adura ( ala\!anca)
Ntíclco ,nagnéttCo
1.000
\
\ Tcmpo ,oial
de extinção
100
Lilnite inferior_J\
·"-
\\
Carac,1críS1.ic.1 de
longa duração
(1, 1)) ajusie
100%
da / , ,
J- lns.tan1ânoo
ajuslado para
9 X IN= 5.400A
·re,npo 1náxi1no
de intcm.ipção do
instantâneo
o.1
'
O.O I
0.5 10 100 1.000 10.000
Corrente e,u a.1npCres X 100
Figura 6.20 • Coraderístico tempo·corrente de um disparador eletromagnético com carocteris.ticas de longa duração e
instantâneo
Muitas vezes são utilizados disparadores eletromag- • Característica LD: faixa de corrente de ajuste de 80
néticos que con,binan, diferentes características, tais por cento a 160 por cento de IN; corrente de ajuste
con10: fixada em 100 por cento /N = 600 A
• Característica instantânea: (aix_a de corrente de ajuste
• LD + CD.
ele 6 a 12 l ,v; corrente de ajuste fixada em 9 lN =
• LD + instantâneo.
5.400A
• LD + CD + instantâneo.
A Figura 6.20 most.ra a característica tempo·corrente
Disparador térmico
de um disparador com as características de longa dura-
ção e instantânea, usadas em alguns disjuntores abertos. Funcionamento
Tem-se: Os disp,1r.,dores 1érmicos operam baseados no princípio
• Corrente nominal: IN = 600 A dos pares (bimetálico) termoelétricos, isto é, n.1s diferentes
SU$W ü
21 O lnslalações elétricas
,..
/'
Bi1ne1:tl
,.t
n
(a) Posição d!! repouso (b) Posição de auiaç;io
A Figura 6.21 mostra o funcionamento de um dispara- que está calibrado a uma temperatura O, com uma cor·
dor térmico bimetálico. rente de operação /:
onde: • ~ ra urna ten,peratura a,nbiente O + ó.O, as lâminas
• I = corrente de operação do circuito protegido. Se a bimetálicas sofrem dilatação e se curvam, fazendo
corrente for maior que o ajuste, ela promove o aque- com que o cursor se desloque, percorrendo parte do
cimento que é transferido ao bimetal, que se curvará seu percurso.
acionando a mudança nos contatos iluxiliares. • Para uma corrente igual a /, o disparador já poderia
• /' = corrente auxiliar de um circuilo qualquer, por atuar o que não aconteceria se a ternperalura
1
Tabela 6.3 • Correntes convencionais de atuação, de não atuação e tempos convencionais para
disjuntores tennomagnéticos, de acordo com o RTQ da Portaria do lnmetro 243, a
NBR NM 60898 e a NBR IEC 60947·2
RTQ do Portaria do s 50 1
25 1,05 1. 1,35 1.
hunetro 243 > 50 2
S 63 1
NBR NM60898 30 1.13 1. 1,45 1.
> 63 2
S6'.l 1
NBR IEC 6()<)47-2 30 1.05 1. 1.30 /,
> 63 2
I. = rorrenle uontinal (ou se ajuste) do d~jun!Of
1_ = co1Tcn11~con,·ccional de não a1uaçik> do disjumor
l. = rom:n1c <:onct.-çion-11 de atuaç:lo do disjuntor
e.• tcn1pcr.llura do ar nmbie.ntal durante o ensaio
• FrecJüência nominal: 60 Hz. • Faixa 8: atuação instantânea do disparador para cor-
• Capacidade de in<errupção: também reíerido como rentes acima de 3 J" até 5 l,v, inclusive. São indica-
capacidade de ruptura, é a maior corrente de curto· dos para a proteção ele circuitos onde são previstas
circuito que o disjuntor consegue interromper sem baixas correnles de curtO·,circuito presun,idas, como
se danificar, referida às suas características non1inais aquele,; compostos por linhas longas de condutores
de tensão, freqüência e para um fator de potência ele pequena seção transversal. Devem ser evitados
onde houver equipamentos com corrente,; de partida
determinado.
ou correntes transitórias moderadas ou altas.
Os valores de capacidade de interrupção de disjun- • Faixa C: atuação instantânea do disparador para cor-
tores de baixa tensão poden, variar, geralmente, na rentes acima de 5 J" até 1O J,v, inclusive. São indica-
dos para a proteção de circuitos elétricos em geral e
faixa de 1,5 a 200 kA, dependendo do modelo de cada
devem ser evitados onde houver altas correntes de
fabricante.
partida ou transitórias.
• Faixas de atuaçiio instant(lnea: no caso específico da • Faixa O: atuação instantânea do disparador para cor-
norma NBR NM 60898, são definidas três faixas de rentes acima de 1O JN até 20 f.,•, inclusive. São indi-
cados para a proteção de circuitos com elevadas cor-
atuação instantâneas (em curto-circuito), a saber (ver
rentes de partida ou transitórias.
Figura 6.23):
A faixa de atuação instantânea deve vir gravada no
corpo dos disjuntores. Por exemplo, 050, significa que o
disjuntor é do tipo (faixa ou curva) D com corrente nomi-
e
« ,,, i:l l nal 50 A.
Sl' 2 10 ' Nos casos do RTQ da Portaria do lnmetro 243 e da
t:
:os
.g i ª o norma NBR IEC 60947-2, a definição ela íaixa ele atua-
ção instantânea é deixada por conta de cada fabricante.
oo. - - 1 ~
E
~
\ ' Dessa iom1a, é irnportante ter acesso às curvas caracte-
~ 1 rísticas tempo-corrente, para que seja escolhido o disjun-
'' tor mais adequado em íunção do tipo de circuito a ser
' ' ~~ protegido. A Figura 6.24 fornece um exemplo de curva
' '' carac1erística de urn disjuntor caixa n1oldada conforme a
' -
0.1 m •' -=
NBR IEC 60947-2.
120
r 90
60
50
40
30
20
10
8 \
6 \
4
\
2
\ i\.
I' \. IY
30
'\ '
i\
20
10 " "'
8
6
Valor ruín.
/
' '
4 ' i' ~~
2
1
0.8
0.6
is 0.4
'O
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t
0,1
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0.04
0.02
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~ \..
0,008 '
0,006
0.004
"
0,002
0,001
1 2 3 4 5 6 7 8 910 15 20 40 50 60708090
100
Múhi1,lo d:t corrente (xi,,)
Figura 6.24 • Curvo coro<:teri,tico de um disjunt0< em coixo moldodo, conforme o NBR IEC 60947·2
SU$W 6
tantâneos, com correntes nominais de 5 a 3.000 A. São eficaz ele proteção das pessoas (e dos animais domésti·
utilizados na 1>roteçã.o de circuitos ele distribuição, de cos) contra choques elétricos, sendo largamente utiliza-
circuítos terminais e de equipame11tos. geralmente mon- dos hoje em quase todos os países cio mundo. São o
tados em quadros de distribuição. único n1eio "ativo" ele proteção contra contatos diretos e,
Dentre os disjuntores enl caixa moldada destacam·se na grande n,aioria dos casos, o meio mais adequado
os chamados pequenos disjun<ores (ou "minidisjun- para proteção contra contatos indiretos. Por sua vez,
tores"). con1 correntes nominais na faixa de 5 a 125 A, podem exercer proteção contra incêndios e também se
utilizados, 1>rincipalmente, na proteção de circuitos ter- constituir em "vigilantes" da qualidade da instalação.
minais e também na proteção e no comando de certos O dispositivo DR detecta a soma fasorial das corren-
equipamentos (por exemplo, condicionadores de ar tipo tes que percorrem os co,1dutores vivos de um circuito em
janela) e na proteção de circuitos de distribuição divisio- determinado ponto do circuito, ou seja, a corrente dife-
nários. A figura 6.25 mostra exemplos de disjuntores rencial·resid11<1I (11>«> no ponto considerado provoca a
conforme RTQ ela Portaria cio lnmetro 243. A figura 6.26 interrupção do circuito, dentro de um tempo especifica-
n1ostra curva característica de disjuntores conforn1e NBR do, quando l t>R ultr,1passa un, valor preestabelecido,
NM 60898. chamado corrente diferenci,1/-residual nominal de atua·
Dependendo cio documento técnico correspondente, ç.io (l,,,vl. Ver Figura 6.28.
os pequenos disjuntores são calibrados a 20 ºC. 25 ºC Teoricamente, em un, circuito normal, il soma fasorial
ou 40 º C e, em geral, são instalados em quadros de dis- das correntes que percorrem os condutores vivos, n1esn10
tribuição. Nesses quadros, a temperatura é superior à que haja um desequi líbrio ele correntes (circuito trifásico
temperatura ambiente cio local em que se encontram, de desequilibrado) é igual a zero (1• lei de Kirchhoff),
no mínimo 1 O ºC, dependendo da ocu1>ação (quantida- ou seja, a corrente diferencial-residual é nula. Na práti·
de de disjuntores). ca, no entanto, não existe nenhum circuito absolutamen~
Como geralmente, os pequenos disjuntores etn caix<, te "normal": os equipamentos de utilização e as linhas
moldada não são compensados, a corrente nomina.1(isto elétricas sempre apresentam correntes de fuga conside-
é, a corrente de operação dos dis1:,,1radores ténnicos) radas "norn,ais"'. São essas correntes e as eventuais cor-
pode ser mocliíicada e fica reduzida pela aplicação de rentes de falta fase-massa que os dispositivos DR sentem,
um fator, conforme exemplo da Figurá 6.27. isto é:
• Sem fuga ou falta
6.5 Dispositivos a corrente
d iferencial-residual ~I + i.1 + + i!, ::: 0 Um, = O)
i_J
{
,, + ,, + /3 + '· = o (i,,« = O)
Generalidades • Com fuga ou la lta
Os dispositivos a corrente diferencial-residual, abre-
viadamente dispositivos DR, constituem-se no meio mais (il)R * O)
(ÍI)« t, O)
SU$W ü
o o
• •
1.3
..............
.. .. '---.... . . . ... Bipolar- 1'ripolar
1.2
~..r:-:--- Unipolar
1.1
··~
~
~
""'-:..
0.9
o.s
50"
1
- 10 o 10 20 30 40
Figura 6.27 • Falo, de correção típico aplicável aos disjuntores termomagnéticos. libro e Supertibro (Cortesia da Bticino)
SU$W ü
21 6 lnslala900s elétricas
(e). Interrupção: consiste em mover automalicamente os A Figura 6.29 indica esquematicamente as partes
contatos principais do DR da posição fechado para a essenciais de um dispositivo DR, assinalando as respec-
posição aber(O, interrompendo assim o íluxo de cor- tivas funções.
rente por ele. O circuito magnético de um DR., para poder detectar
a corrente cliferencial-resiclual, eleve envolver todos os
Lt
1,_
"'-
Ir-+"
l2
/, . /3 ->-
N 1.---+
l11R-
'
""' \
E
\
Condu1or de pfo1cção Dc1ccção rlO JlOIHO
P do circui10
L l - - - - --e
,.___ _ _ Circuito n1agné1ico
(dcoccçõo)
L2------.. ~ .-------1--<0-~ - - - -
L~~------e
PE----------------------
Figura 6.29 • Partes essenciais de vm dispositivo DR
SU$W li
condutores vivos do circuito (íase e neutro); o condutor proteção contra sobrecorrentes, isto é, contra corren-
de proteção correspondente deve ser exterior ao circuito tes ele sobrecarga e de curto-circui to.
magnético (Figuras 6.26 e 6.29). Em circuitos de i nstala-
~ importante notar que ambos os tipos exercem tam-
ções com esquema TN-C (isto é, que usam condutores
bém as funções de comando e de seccionamento.
PEN) não podem ser aplicados dispositivos DR.
No dispositivo DR, o disparador pode ser acionado
Princípio de funcionamento de
diretamente pelo circuito magnético ou por meio de um
amplificador de estado sólido, e deve promover o sec- um DR eletromecânico
cionamento (abertura) de todos os condutores vivos do Um dispositivo DR do tipo eletromecânico é consti-
circuito. tuído por (Figura 6.30):
21 8 lnslalações elétricas
~~~~~~~~~~~~~~~~-<1>-~~~~~~~~~~~ L,
·~~~~~~~~~~~~~~~1----~1~~~~~~~~-Li (ooN)
D
/ e
···------------
..••
•
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... •
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F 'O
IJ2
)·: - .1
Legenda:
A • Tr:.1nsfom1ador
a 1 • bobinas priln~ri:.1 s E
fl 2- bobina Sc.!Cundári.1
13 - RclÇpolarii ado
b1- i,ni'í pcrnli1ncn1e
b2 • 1>artc 1nóvel
C - Contatos priix~ipais
D - Circuito.~ vivos do circuito
E· Circuito de prova
e1 - rcsistancin
e2 • bolão
17 - Circuito con11,11ador
/ 1- con1u1:1dor
/2 • bobina
Fechando o contato do circuito de prova, simula-se a Observe que a segurança e a precisão de um disposi-
existência de un1a corrente diferencial-residual superior tivo DR residem na utilização de materiais magnéticos de
ao valor nominal (por meio de resistência adequada) e alta qualidade e em un1a construção mecânica acurada.
pode-se verificar o funcionamento correto do dispositivo. São conseguidos tempos de atuação da ordem de poucas
O fechamento do contato do circuito comutador de dezenas de milissegundos para qualquer corrente acima
sensibilidade provoca, no caso de existência de corrente da corrente diferencial-residual nominal de atuação.
diferencial-residual no circuito, o aparecimento de outra
força magnetomotriz no núcleo do transformador, redu- Características
zindo o fluxo resultante e, portanto, reduzindo a sensibi- Conforme a IEC 60755, os dispositivos DR, interrup-
lidade do dispositivo. Em outras palavras, com essa ope- tores ou disjuntores, são caracterizados pelos seguintes
ração s.:io inseridas espirais adicionais no secundário do valores nominais:
transforn1ador., sendo então necessário un'I valor maior de • Corrente nominal(/,,,): maior valor de corrente que pode
corrente diferencial-residual para detern1inar a atuação circular continuamente pelo dispositivo e que pode ser
do dispositivo. interrompida sem danificar seus componentes. Os valo-
SU$ W ü
res caracteríS1icos são (em A): 6, 1O, 16, 20, 25, 40, 50, também as corremes com componentes contínuas.
63, 80, 100, 125, 160, 200. Dessa forma, os DRs são classificados em três categorias:
• Tensão non1inal (UN): valor de tensão ao qual são
(a) Tipo AC: sensível apenas a correntes alternadas
referidas certas características de funcionan1ento do
senoidais.
DR. Os valores característicos são (em V): 100, 1 1O,
(b) Tipo A: sensível a correntes alternadas senoidais e
120, 200, 220, 230, 240, 380, 400, 415 e 440.
• Freqüência nominal (1). Os valores característicos são correntes contínuas pulsantes.
(e) Tipo 8: sensível a correntes alternadas senoidais, cor-
(em Hz): 50/60 Hz.
• Corrente diferencial-residual nominal de atuação(/'"'): rentes contínuas pulsantes e correntes contínuas
corrente diferencial-residual que provoca a atuação do puras {lisas).
dispositivo. Os valores c.1racteríS1icos são (em A): 0,006; Em instalações elétricas com grande presença ele car·
0,01; 0,03; 0,1; 0,3; 0,5, 1; 3; 5; 10; 20. gas eletrônicas deve ser considerada a utilização de,
• Capacidade de interrupç,'ío nominal (/ çN): maior cor- pelo menos, ORs tipo A, enquanto que nas instalações
rente de curto-circuito que o DR consegue suportar mais usuais, tais quais as residenciais, o DR tipo AC
sern se danificar, referida às suas características nomi· pode funcionar adequadamente.
nais de tens.ão, freqüência e para un1 íator de potência
determinado. Os valores característicos são (em kA): Tipos construtivos de DRs
0,5; 1; 1,5; 3; 4,5; 6; 1O; 20; 50. Os tipos construtivos de DRs existentes no mercado
Deve-se ainda considerar a corrente diferenc;;:,J-resi· mundial podem ser agrupados como segue:
dual de não atuação (/,..,.> fixada em 0,5 1,,, . Isso signi- • Interruptores diferenciais-residuais para uso em
fica que um dispositivo DR pode atuar para qualquer painéis (ver Figura 6.31).
valor de corrente diferencial-residual superior a 015 I ~N· • Disjuntores con1 proteção clife,encial-residual incor-
Por essa razão1 na escolha de un1 DR para un1 cfeterrni- porada para uso em painéis (ver Figura 6.32).
nado circuito, deve ser es1imada criteriosamente a cor-
• Tomadas com interruptor diferencial-residual incor-
rente de fuga que pode circular durante o luncionamen·
porado para uso em caixas ele ligação instaladas em
to normal das cargas alimentares pelo circuito. Se o valor
parecles ou tipo condulete (ver Figura 6.33).
dessa corrente íor superior a 0,5 1,,,, o dispositivo pode·
rá atuar sem que haja nada de anormal no circuito.
Assim, para o correte funcionamento de um dispositivo
DR, eleve ser observada a condição
t1 s 0,5 I õ.,,
sendo Ira corrente de fuga total pelo isolamento das car·
gas alimentadas.
Os tempos de atuação máximos cios dispositivos DR
são fixados em função de valores da corrente difere11cial-
residual múltiplos de t,,v. como mostra a Tabela 6.4.
Figuro 6.32 • Disjuntores com proteção dilerenciol·resi· Figura 6.35 • lnlerruplores diferenc.iois·residoois poro uso
dual incorporacla poro uso em painéis móvel ou incorporado o cordões de ligoções
de equipamentos
1($)
10
0.2 ®•• ©
0.1 . DR~c30mA
/(mA)
10 3-0 100 350 1.000 10.000
Verifica-se que o dispositivo oferece (considerando os Felizmente, os casos de contato de uma pessoa com
tempos m:íximos de atuação) proteção entre 30 e 350 duas fases de um circuito são muito raros e, quando
mA, isto é, para correntes inferiores a 30 mA, ele pode ocorrem, norrnalmente se con1ple1am co,n um terceiro
não atuar, e, para correntes superiores a 350 n,A, ele contato com um elemento no potencial da terra, por
pode não atuar em um tempo considerado como sufi- exemplo, o piso, o que garante a atuação do DR.
ciente; no primeiro caso, com correntes entre 1O e 30 Além ele desenergizar o circuito, a ação cio DR limita
mA., a abertura ocorre na zona 3, onde os efeitos são o tempo da corrente através do corpo humano. Sua ação
reversíveis, e para correntes menores dentro zona 2, de proteção consiste em abrir o circuito tanto n1ais rapi·
onde os eíeitos não são danosos; no segundo caso, exis.· damente quanto maior for a corrente que atinge a pes-
te o perigo de fibrilação ventricular. soa, sem influir no valor dessa corrente.
Analisando ern termos de resistência do corpo hun,a· A proteção adicional contra contatos diretos propor·
no, para um sistema de 127J220V, a pessoa ficará prote- cionada pelos DRs de alta sensibilidade (com corrente
gida se sua resistência para terra estiver compreendida diferencial-residual nominal igual ou inferior a 30 mA) é
entre 363 e 4.233 fl; para um sistema de 220/380 V, os obrigatória, segundo a NBR 5410, nos seguintes casos:
limites serão ele 629 e 7.333 n. Resistências inferiores a
363 n são muito pouco prováveis, só ocorrendo en, casos • Os circuitos que sirvam a pontos de utilização situa·
excepcionais (corpo totalmente imerso); assim, o DR de dos em locais contendo banheira ou chuveiro.
30 mA oíerece uma proteção muito eficaz contra a fibri- • Os circuitos que alin,entem tomadas de corrente
lação ventricular do coração humano para a condição situadas em áreas externas à edificação.
682 ela pele. Por sua vez, resistências superiores a 4.233 • Os circuitos de tomadas de corrente situadas em
n já são mais freqüentes devido à presenç., de sapatos e áreas internas que possan1 vir a alimentar equipa-
à existência de pisos mais ou menos isolantes; no entan· mentos no exterior.
to, nesse caso, os eventuais efeitos sobre uma pessoa só • Os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a
serão mais evidenciados para tempos longos. pontos de utilização situados em cozinhas, copas~
Assim, podemos concluir que um DR de 30 mA é
cozinhas, lavanderias, áreas ele serviço, garagens e
uma boa proteção contra contatos diretos, embora valo-
demais dependências internas molhadas em uso nor-
res menores de J._,, (tais como l O mA ou 6 mA) sejam
mal ou sujeitas a lavagens.
altamente recomendados em situações críticas (locais
úmidos, molhados, presença de crianças etc.). • Os circuitos que, em edificações não residenciais,
Deve-se observar, ainda, que os DRs não protegem con· sirvam a pontos ele tomada situados em cozinhas,
tra contatos diretos entre dois condutores ele fases dife<en· copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, gara-
tes, pertencentes ao n1esn10 circuito. Aliás, não existe gens e, no geral, en, áreas internas molhadas em uso
atualmente nenhum dispositivo que proteja nessa situação. normal ou sujeitas a lavagens.
SU$W 6
F Dispositivos
N A Tabela 6.5 apresenta as características que, segundo
a NBR 541 O, devem ser atendidas pelos dispositivos uti·
lizados no seccionamento e no comando funcional.
U1npadaou Como exemplos de dispositivos usados no secciona·
RctOnlO
grupo de mento, podem ser citados os seccionadores, os interrup·
: ------: ~ lâ,npadas tores-seccionadores, as tomadas de corrente, os fusíveis
.
' •
,, cn, paralelo
!__ . _.. _: , interruptor si1nples
(retirada de), as barras, os terminais especialmente con·
cebidos que não exijam a retirada de condutores, os dis-
Co1na.11do de u1n ponto (Interruptor sin1ples) positivos de comando e os contatares.
Para o seccionamento de n1anutenção mecânica
Figura 6.37 • Tipos de comando com interruptores unipo· podem ser usados, por exemplo, interruptores multi1>0la-
lares (simples) res, disjuntores multipolares, dispositivos de comando,
que 1>0ssam ser travados na posição aberta e tomadas de
Os dispositivos de comando íui,cional, que garantem
corrente.
a permutação de fontes de alimentação, devem abranger
O seccionamento de emergência pode ser executado,
todos os condutores vivos e, a menos que seja especial- por exemplo, por meio de interruptores multi1>0lares,
mente requerido, não devem poder colocar as fontes em disjuntores multipolares e dis1>0sitivos de comando
paralelo. atuando sobre contatores.
Segundo a norma, os circuitos de comando devem ser
Para o comando funcional podem-se utilizar interru1>·
concebidos, dispostos e protegidos de modo a limitar os
tores, dispositivos a semicondutores, disjuntores, conta·
perigos que possam resultar de faltas entre o circuito de
tores, telerruptores e tomadas de corrente com corrente
comando e outras partes condutoras que venham a pro-
nominal igual ou inferior a 20 A etc.
vocar um funcionamento inadequado do equipamento
comandado, por exemplo, uma manobra inadvertida.
;---e-- -:
• , A: Lâ1npada ou gnapo de
O .,
', e"O .•
I 1 ; t
lâ1npadas c1n paralelo
, e .•
'O"
· · · · · · · · ~ · · · · · · ·'
N
©® ©®
lnten·uptorcs paralelos
nas extrcn1idades
, .
: · · · :- ~ · -
'
· ··: . Lân1pt1ela ou gn1po de
.....
1
' .
1
....
~ ....
'
' '
.. , .. .. ' ' •
lân1padas en1 paralelo
:.......• '..\·····' '········ Retomo
lnrem1ptorcs intern1ediflrios (four \Vay)
Con1:indo de três ou 1nais pontos (Par.l N pontos - dois intcn11prores paralelos+ (N- 2) lntc1Tuptores intcm1cdiários)
22 4 lnsloloções elétricas
Tabela 6.5 • Características dos di~sitivos ele seccionamento e comando ~undo a NBR 5410
Contando funcional - Podenl apen,,s intcrron1per a con-ente se1n, necessario111eote. abrir os pólos correspo1ldcnte.~ (caso.
por exen1plo. dos d ispositivos a sc1nicondutor).
- Não deve1n ser us.1dos dispositivos fusíveis, b.1rms e seccionadore.s.
SU$W ü
Rede
N r;
. .
'
fase; aí são usados interruptores bipolares (ver Figura
6.40) ou, por vezes, contatores.
Os interruptores unipolares são normalmente fabrica-
f3se
dos com os valores nominais de 1OA e 250 V, ao passo
o o que os bipolares são geralmente de 25 A e 250 V.
BI BI D
lmcrrupior par.ll1"1o
o o
N ·r; rase
Interruptor
bipolar
Fase
Figura 6 .39 • Esquemas ele ligaçõo de inlemiplores uni· Figura 6.40 • Esquema do ligaçõo de interruptor bipolar
polares
EXERCÍCIOS
1. Quais são os três tipos de circuitos internos dos dispositivos de manobra e ele proteção?
2. Qual é a diferença dos conceitos ciclo ele operação e seqüência de operações?
3. O que é um disjuntor?
4 . O que é um dispositivo fusível?
5. Como é feita a indicação visível da atuação de uma chave fusível de distribuição ele energia elétrica?
6. A quais elementos são em geral associados os relés provocando a abertura destes em condições anormais?
7. Quais são as quatro funções básic.15 exercidas pelos dispositivos de manobra e de proteção?
8. Quais são as características básicas dos fusíveis?
9. Quais são as características básicas dos disjuntores?
1O. Qual é a diferença entre interruptores e disjuntores DR?
Sn$W
SU$W ü
Isso só é assegurado na tensão nominal do circuito ondulação é definida, convencionalmente, como a que
em SELV ou em PELV, não podendo ser superior aos limi- apresenta uma taxa de ondulação não superior a 1O por
tes da faixa I da Tabela 7. 1. cento em valor eíicaz; o valor de crista n1áximo não deve
ultrapassar 140 V, para um sistema em corrente contínua
Proteção básica (contatos diretos} em sem ondulação com 120V nominais, ou 70V para um sis-
sistemas SELV e PELV tema em corrente contínua sem ondulação com 60 V
Dependendo da tensão nominal do sistema SELV ou nominais.
PELV e das condições de influências externas, a proteção
contra contatos diretos nos seus circuitos é proporciona· Proteção supletiva (contatos indiretos} em
da pela limitação da tensão, pela isolação básica ou pelo sistemas SELV e PELV
uso de barreiras ou invólucros.
Nos sistemas SELV e PELV, a proteção supletiva é
Assim, as partes vivas de um sistema SELV ou PELV
assegurada pelos seguintes meios:
não precisam necessarian1ente ser inacessíveis, podendo
dispensar isolação básica, barreira ou invólucro nos casos • Se1>aração de proteção entte o sistema SELV ou PELV e
elencados a seguir. quaisquer owos circuitos que não sejam SELV ou PELV,
• Se a tensão nominal elo sistema SELV ou PELV não for incluindo o circuito primário da fonte SELV ou PELV.
superior a 25\/, valor eficaz, em corrente alternada, ou • Isolação básica entre o sistema SELV ou PELV e
a 60 V em corrente contínua sem ondulação, e o sis· outros sistemas SELV ou PELV.
tema lor usado sob condições ele influências externas • Especificamente no caso de sistemas SELV, isolação
cuja severidade, elo ponto de vista ela segurança con- básica entre o sistema SELV e a terra.
tra choques elétricos, não ultrapasse aquela corres-
1>0nden1e às condições BB 1, 882, BCl, BC2 e BC3. Fontes SELV ou PELV
• Se a tensão nominal elo sistema SELV ou PELV não for
Os circuitos em SELV e PELV devem ser alimentados
superior a 12 V, valor eficaz, em corrente alternada,
por fontes que proporcionem uma completa se1>aração
ou a 30 V em corrente contínua sem ondulação, e o
galvânica entre eles e os circuitos a tensão mais elevada
sistema for usado sob condições de influências exter·
ou por fontes autônomas. Assim, podem ser as seguintes
nas cuja severidade, do ponto de vista da segurança
fontes:
contra choques elétricos, não ultrapasse aquela cor-
respondente às condições 883 e BC4 (áreas externas, • Um /fansformador ele separação ele segurança (TSS),
jardins, feiras, canteiros de obras, campings, volume que é um transfonnador cujos enrolamentos são sepa-
1 de banheiros e piscinas, compartimentos conduti- rados por isolação pelo menos equivalente à isolação
vos, dependências molhadas em uso normal et.c). dupla ou reforçada (ver Seção 3.4) e cujo enrolamento
• No caso de sistemas PELV, se as massas e/ou partes secundário, sem espiras comuns com o enrolamento
vivas, cujo aterramento for previsto, estiverem vincu .. primário, é projetado para fornecer ex1rabaixa tensão
lactas, via condutores de proteção, à eqüi1>0tenciali- de segurança. Esse transforn1ador deve se, conforme
zação principal. a norma IEC 61558-2·6.
Não sendo satisíeitas essas condições, as partes vivas • Uma fonte ele corrente que garanta um grau de sepa-
do sistema SELV ou PELV devem ser providas ele isolação raç3o equivalente ao ele um TSS, por exemplo, um
básica ou ele barreiras ou invólucros. grupo motor-gerador com enrolamentos possuindo
De todo modo, a tensão nominal do sistema SELV ou separação elétrica adequada.
PELV não pode exceder o limite superior da faixa I da • Uma fonte eletroquímica (pilhas ou acumuladores) ou
Tabela 7, 1: 50 V em corrente alternada ou 120 V em cor- outra que não dependa de circuito de tensão mais ele-
rente contínua. sem ondulação. Unia tens.Ii.o contínua sem vacla, por exemplo, um grupo motor térmico-gerador.
SU$W li
Capítulo 7 • Medidas de proteção contra choques elétricos {I) - básica e supletivo 229
• Uma fonte eletrônica na qual, mesmo ocorrendo um As tomadas de corrente dos circuitos em SELV não
defeito interno, a tensão de saída seja mantida igual devem possuir contato para o condutor de proteção nem
ou inferior a U, .. permitir a introduç.'io de plugues ele sistemas de tensões
A NBR 541O admite o uso de fontes de segurança diferentes. Por sua vez, não deve ser possível inserir plu·
1nóveis desde que, adicionaln,ente, 1>0ssuam isolação gues de circuitos em SELV em tomadas alimentadas sob
equivalente à da classe ti ou isolação equivalente. outras tensões.
Essa medida de proteção deve ser usada para apa-
Circuitos SELV ou PELV relhos classe Ili (ver Seção 3.4), tais como brinquedos
elétricos e aparelhos elétricos para tratamento de pele,
No que diz respeito aos circuitos em SELV, deve haver
cabelos etc.
unla .separação con1pleta entre suas partes vivas e as de
Os componentes dos sistemas PELV e/ou suas massas
outros circuitos de tensão mais elevada, por ,neio de
podem ser aterrados.
dupla isolação ou isolação reforçada, por exemplo.
Tan,bém podem ser en,pregadas uma isolação básica e
blindagem ele proteção, dimensionadas para a tensão 7.3 Extrabaixa tensão funcional
mais elevada.
Isso se refere não só aos condutores vivos,. con10 tam· Quando, por razões funcionais, for usada extrabaixa
bém às partes vivas cfe relês, interruptores etc. tensão, n, as não for possível ou necesxírio respeitar
As formas de separação de proteção relacionadas quaisquer das condições impostas à SELV e à PELV, a
anteriorn1ente resultam nas seguintes possibilidades, em extrabaixa tensão não 1>0derá ser considerada "de
relação às linhas elétricas SELV ou PELV, sendo admitida segurança". A NBR 541 O utiliza o termo extrabaixa len-
qualquer un,a delas: são funcional, denominada de FELV {do inglês, Functional
Extra-low Voltage). Isso ocorrerá quando um sistema em
• Condutores dos circuitos SELV e/ou PELV providos de
cobertura não-metálica ou envolvidos por um invólu- extrabaixa tensão for alimentado de um sisten1a de tensão
cro isolante (eletroduto, moldura etc.), adicionalmen- mais elevada, por um e<Juipamento que assegure pelo
te à sua isolação básica. menos separação básica entre os dois sistemas, mas não
• Condutores dos circuitos SELV e/ou PELV providos de preencha os requisitos de SELV e PELV mencionados
sua isolação básica, separados dos condutores dos anteriormente. ~ o caso, por exemplo, de:
circuitos em outras tensões por uma cobertura metá- • Circuitos alimentados por fontes que não sejam de
lica aterrada ou uma blindagem metálica aterrada. seguranç.1.
• Compartilhamento pelo circuito SELV e/ou PELV e • Circuitos com um ponto aterrado.
outros circuitos en, outras tensões, de un, n,esmo • Circuitos com equipamentos (relés, contatores, inter-
cabo multipolar, desde que os condutores, em espe- ruptores etc.) que não apresentem propriedades de
cial os dos circuitos SELV e/ou PELV, sejam isolados
ísolamento suficiente em relação aos circuitos de ten-
para a tensão mais elevada presente.
são mais elevada.
• Condutores SELV e/ou PELV e condutores de outros
circuitos em outras tensões, todos providos de sua A FELV não se constitui, por si só, en, un,a medida ele
isolação básica, formando um agrupamento, desde proteção, devendo ser complementada por outras medi-
que os condutores, em es1:>ecial os dos circuitos SELV das. Assim, no caso de contatosdiretos, se a alimentação
e/ou PELV, sejam isolados para a tensão mais elevada do circuito for proveniente de fonte de segurança e se
presente. todos os componentes do circuito estiverem adequada-
• Condutores de circuitos SELV e/ou PELV físicamente mente separados de outros circuitos, como indicado na
separados dos condutores de qualquer outro circuito. Seção 7 .2, a proteção deve ser garantida por barreiras ou
Tanto as panes vivas como as massas de circuitos em invólucros ou, então, por meio ele isolação capaz ele
SELV não devem possuir qualquer ligação com elementos suportar uma tensão de 500 V (CA) durante um minuto.
suscetíveis de propagar potenciais incompativeis com a No caso de não ser o circuito alimentado por fonte de
segurança proporcionada pela extrabaixa tensão de segu· segurança ou de seus componentes não estarem adequa-
rança. Nessas condições, não deve existir nenhuma liga- damente separados dos outros circuitos, a proteção contra
ção de qualquer componente de um circuito em SELV contatos diretos eleve ser assegurada por meio de barreiras
con, a terra nem con1 condutores de proteção ou n,ass..1 ou invólucros, ou, por meio de isolação correspondente
ele outras instalações nem tan,pouco con, elen1entos con- à tensão mínima requerida pelo circuito prin,ário.
dutores estranhos à instalação (a não ser que haja urna Observe que, por meio de um circuíto em FELV, é
garantia de que tais elementos não possan, ser levados a possível alimentar con1ponentes cuja isolação corres·
um potencial superior à extrabaixa tensão do circuito). ponda a um valor iníeríor, desde que a isolação das par-
SU$W ü
tes acessíveis, não condutoras, seja reforçada na execu- 7 .4 Proteção pelo emprego de
ção da instalação, de modo a poder suportar uma tensão
de ensaio de 1.SOOV (CA) por um minuto.
equipamentos classe li ou
No que diz respeito à proteção contra contatos indire- por isolação equivalente
tos, quando o circuito em FELV tiver um ponto aterrado, A utilização ele equipamentos classe li (definidos na
porém forem atendidas todas as demais condições impos- Seção 3.4) é por si só uma medida de proteção, dispen-
tas à SELV, não será necessária qualquer outra n1edida de sando qualquer outra. Tais equipamentos, cuja seguran-
proteção con1plementar contra contatos indiretos, con10 ça é garantida pela própria construção, não devem ser
podemos verificar com o auxílio da Figura 7. 1. aterra.cios (diretamente) nem ligados a condutores de pro-
No circuito mostrado, só são significativas as resistên~ teção, o que poderia expor acidentalmente suas partes
cias U,, do corpo e RA de aterramento. metálicas a um potencial perigo (ver Figura 7.2).
Nessas condições a relação entre a tensão U s U,. e I'. importante observar que certos equipamentos ele-
a tensão de contato U• será trônicos necessitan1 de un1 aterramento por razões técni-
cas, o que nada tem a ver con1 proteção contra contatos
U R,, indiretos. Nesses casos, as disposições adequadas para
- = 1+ -
u,, !?,,
(7.1) impedir que tal aterramento comprometa a segurança
conferida pela classe li devem ser observadas.
indicando que Uu será sen1pre inferior a U1/ A chamada "isolação equivalente• (à classe li) é uma
No caso de o circuito não ser alimentado por fonte isolação suplementar colocada em torno de componen-
de segurança ou se não houver separação adequada tes elétricos que tenham uma isolação básica. Assim, o
entre seus con1ponentes e os de outros circuitos, a prote,. equipamento passa a apresentar uma segurança equiva-
ç.cio contra contatos indiretos deve ser garantida: lente à da classe li. ~ o caso, por exemplo:
• De linhas elétricas constituídas por condutores isola-
• Pela ligação das massas dos componentes do cir-
dos contidos em eletrodutos isolantes, 1>0r cabos uni-
cuito em FELV ao condutor de proteção cio circuito
polares ou 1>0r cal>as multipolares
primário, desde que o circuito primátio atenda
• De dispositivos ele comando e de proteção contidos
uma das medidas de proteção 1>0r seccionamento em caixas isolantes
automático da alimentação (ver Capítulo 8); isso
não im1>ede a ligação de um condutor vivo do cir- A NBR 541 O apresenta prescrições bastante comple-
cuito em FELV ao condutor de proteção do circuito tas quanto à construção e às disposições a ton1ar para a
prin,ário. instalação desses componentes, de tal modo que a segu-
• Pela ligação das massas dos componentes do cir- rança apresentada pelo conjunto seja equivalente à da
classe li.
cuito em FELV ao condutor de eqüipotencialidacle
não aterrado cio circuito primário, quando nele seja lovólucro
aplicável a proteção por separação elétrica (ver ntelilit.~
Seção 7.7). C\'en1ual
~R,,
-
Figura 7 . 1 • Proteção contra contatos indiretos em circui· Figura 7 .2 • Exemplo de equipomento d osse li com seu
tos FELV respectivo símbolo
SU$W ü
Capítulo 7 • Medidas de proteção contra choques elétricos {I) - básica e supletiva 231
;;,: 1.25 m
Elemento
condutor~
~I
es1r:1nho ---------- --'
E
l'arc"dc
isol:1111c ou
provida de·
isolação
Peça isolante
Elc1nc1uo
Obstáculo
condu1or
estranho
Figura 7.3 • Condições do aplicação da, medida, do proteção om locais não condutore<
SU$W li
valentes aos indicados anteriormente (ver Figura 7 .3 Nesse sistema de proteção passiva, a segunda dessas
para essas duas condições). condições deve ser cumprida, o qtie significa que entre
• Os elementos condutores devem possuir uma isola- os pontos que 1:><>ssam estar ao alcance elas mãos e elos
ção com resistência mecânica adequada e que supor· pés de uma pessoa não deve existir tensão, ou seja, eles
te uma tensão de ensaio de no mínimo 2.000 V, elevem ser eqüipotenciais. Na prática, isso significa ligar
sendo de no máximo 1 mA a corrente de fuga em todas as partes metálicas que o corpo possa tocar. Com
condições normais. essa ligaçáo, qualquer que seja a tensão ele falta, a ten-
são de contato será (praticamente) nula.
Nos locais não conduto res, não deve ser possível a
As ligações ,'<)üipotenci.Jis locais não elevem ser con-
ligação de qualquer equipamento com um condutor de
fundidas com as outras ligações eqüi1:><>tenciais, a princi-
proteção, devido ao perigo de ser introduzido acidenial-
pal e as suplementares, de aplicação geral, definidas na
mente um potencial perigoso. Nessas condições, os equi-
Seção 3.3 e descritas no Capítulo 6. Trata-se, aqui, de
pan1entos utilizados deven1 ser, em princípio, das classes
uma medida de proteção inde1>endente, cuja aplicação
O e OI.
é lin,itada, na prátic.c1, a certos locais de trabalho onde
As providências tomadas para garantir a proteção
seja difícil ou inviável a aplicação de outras medidas
contra contatos indiretos deven1 ser duráveis e não deve
de proteção, em particular as que provoquem o seccio-
ser possível torná·las ineficazes, o que poderia ocorrer,
namento auton1ático da alimentação.
por exemplo, com a introdução posterior de um elemen- Segundo a NBR 5410, todas as massas e todos os ele-
to condutor estranho à instalação (tal como uma canali-
mentos condutores elevem ser interligados por conduto-
zação metálica de água ou de ar-condicionado).
res de eqüipotencialidacle, e a ligação eqüipotencial local
É importante observar que, muito embora as medidas
não deve ter qualquer ligação com a terra, seja direta-
prescritas sejan1 principalmente aplicáveis a locais que mente, seja por intermédio de massas ou de elementos
só possuam equipamentos fixos, admite-se a utilização condutores.
de equipamentos móveis, recomendando que, nesse caso, Se o conjunto eqüipotencial estiver totalmente isola-
sejam tomadas providências para garantir a segurança; do da terra, não haverá perigo., pois unia pess0<1 não
uma dessas providências poderá ser a instalação de poderá tocar simultaneamente em um componente elo
tomadas de corrente a uma d istância mínima de 1 m conjunto e em ou1ro elemento extemo. ~ importante obser-
ele qualquer elemento condutor estranho à instalação. var que o piso elo local tanto pode ser isolante como liga-
Na prática, a aplicação dessa medida de proteção é do à ligação eqüipotencial.
limitada a certos locais de trabalho nos quais possa haver A NBR 541 O recomenda, ainda, que devem ser toma-
uma supervisão constante por pessoal qualificado e onde das precauções para garantir o acesso de pessoas ao local
não seja conveniente a utilização da proteção por seccio- considerado, sem que elas possam ser submetidas a uma
namento da alimentação: por exemplo, em uma instalação diferença ele potencial perigosa. Isso se aplica, principal-
TN ou n, para a alimentação ele um e<1uipamento cujo mente, ao caso en1que un, piso condutor isolado do solo
funcionamento não deva ser interron1pido, seja por r,1zões é ligado à ligação eqüipotencial (ver Figura 7.4).
de processamento ele um produto vital ou de segurança.
A aplicaç.ão dessa medida de proteção a certos seto·
res de locais ele habitação (por exemplo, salas, quartos, 7 .7 Proteção por separação elétrica
corre<lores com piso ele madeira e paredes de alvenaria)
A proteção por separação elétrica, prevista na NBR
deve ser encarada con1 certa reserva, pois nesses locais,
5410, consiste na ali111entação de um circuito por n1eio
geralmente, não há qualquer supervisão por pessoal qua- de uma fonte de separação, que pode ser um transforma-
lificado e podem ocorrer modificações (relacionadas ou dor de st!paração (caso mais comum), confonne normas
não com a instalação elétrica) que anulem a segurança da série IEC 61558, ou uma fonte de corrente que asse·
prevista. gure um grau de segurança equivalente ao do transfor-
mador de separação, por exemplo, um gru1><> motor-
geraclor com enrolamentos que forneçam uma separação
7 .6 Proteção por ligações e<1uivalente.
eqüipotenciais locais não Esse sistema de proteção baseia-se na impossibilidade
aterradas ele •fechamento" da corrente pela terra no caso ele conta-
to ele uma 1>essoa com uma 1>arte energizada, como ilus-
Para que a corrente elétrica passe através cio corpo tra a Figura 7.5. Tal impossibilidade perdura enquanto
humano, é necessário que un.1 pessoa toque em dois pon- estiver garantida a isolação para a terra e cessa após a pri-
tos das extremidades de um circuito e que en1re os pontos meira falta para a terra, o que toma evidente a necessidade
tocados exista uma diferença de potencial. de controlar permanentemente o isolamento.
SU$W ü
Capítulo 7 • Medidos de proteção contra choques elétricos (1) - básico e supletivo 233
Luv-J isolada
na saída. na entrada
e nas proxio1id:1des
Ligação
cqüipotcncia1
A fonte de separação pode ser fixa ou móvel. No O comprimento cio circuito separado deve ser limit.ido,
caso de fonte fixa, esta deve ser de classe li ou possuir a fim de evitar acoplamentos capacitivos com a terra.
isolação equivalente, ou deve ser ele tal forma que o cir- Nesse sentido, recomenda-se que o produto da tensão
cuito secunclárío esteja separado do circuito primário nominal do circuito separado, que não deve ser superior a
por isolação equivalente à classe li; se uma fonte desse 500 V, pelo co,nprimento cfo circuito, em metros, não ultra-
ti1>0 alimentar vários equipamentos, suas n1assas não passe 100.000 e que o comprimento do circuito não seja
devem estar ligadas ao invólucro metálico da fonte. superior a 500 m.
Se a fonte for móvel ela deverá ser ele classe li ou pos- As partes vivas elo circuito separado não elevem ter
suir isolação equivalente. qualquer ponto con1un1 con1 outro circuito nen1 qual-
quer ponto aterrado. Para evitar riscos de faltas para
terra, recomenda a NBR 5410 que seja dada atenç,io
especial à isolação dessas partes em relação à terra, prin·
cipalmente no que concerne aos c,1bos flexíveis. Estes
devem ser visíveis em toda sua extensão e capazes de
suportar solicitações mecânicas (condições AC2) - podem
ser usados cabos uni ou multipolares flexíveis ou condu-
tores isolados flexíveis, nesse caso, contidos em eletro-
Defeito dutos isolantes ou metálicos.
Transfor,nador
de s.eparaç5o
Os condutores de um circuito devem estar fisicamen-
te separados cios condutores de outros circuitos, não
havendo, no caso ele cabos não flexíveis, quaisquer res-
trições quanto ao tipo ele linha.
Quando um circuito separado alin1entar uni único
equipamento, suas massas não devem ser ligadas intendo·
nalmente a condutores de proteção, a massas de outros cir-
Figura 7.5 • A falto não dó origem o nenhuma corrente do cuitos ou a elementos condutores estranhos à instalação.
falta, devido à inexistência de um percurso Quando forem alimentados dois ou mais equipamen-
de retorno ao circuito tos (ver Figura 7.6), as massas existentes elevem ser ligadas
SU$W ü
..
•
U,v ,s 500V Com1>ri,,1cnto
..•• docirçui10 s 1
.•
>
.••• >
..
con1 un1n1áxilno de 500 m
º
'fr:1nsforn1:a-ção Ligação
de separação 1 c<1Uipotcncial
Q 000 Ó 000
lsola.n\Cnto ' Não ligue
~ 1.ooonx u
(Q) (Q) - àlem
'\. '/
--
- --
- 7-"'-
Figura 7.6 • Circuito seporodo alimentando maii de umo cargo
entre si por condutores de eqüipotencialidacle não ater- possuir um contato exclusivo para a ligação aos condu-
rados; esses condutores não devem ser ligados a con- tores de eqüipotencialidade. No caso de serem uti liza-
dutores de proteção, às massas de outros circuitos nem dos cabos flexíveis, estes devem possuir um condutor
a elementos condutores estranhos à instalação. As de proteção, que será utilizado como condutor de eqüi-
tomadas de corrente eventualmente exist·entes devem potencialidade.
EXERCÍCIOS
8
Medidas de proteção contra
choques elétricos (11)
,
seccionamento automat1co
.- .
8. 1 Fundamentos da proteção por (hl Seccionamento da corrente de falta por um dispositi-
vo de proteção apropriado, atuando em um tempo
seccionamento automático da adequado.
alimentação
A primeira condição implica a existência de ligações
A proteção por seccionamento automático da a/imen· de todas as massas da instalação a uma "infra-estrutura
wção é a principal medida de proteção supletiva contra ele aterramente• de proteç,lo (ver Quadro 8.1 ), o que
contatos indiretos, prescrita pela NBR 541O. Destina-se a possibilit.irá a formação de um caminho para uma even-
evitar que uma tensào de contato (Uni superior à tensão tual corrente ele falta fase-massa. A constituição de tal
de contato-limite (U1) se mantenha por um tempo que cami nho, o percurso ela corrente ele falta, dependerá do
possa resultar em risco de efeito fisiológico adverso (fibri- esquema de aterramento adotado.
lação ventricular) para as pessoas (ver Figura 8.1).
A proteção por secionamento automático ela alimen- Qualquer que seja o esquema de ate1Tanlento, TN~Tf ou
frl'. a instalação deverá possuir uma infra-estrutura de
tação baseia-se, fundamentalmente, em duas condições:
aterran,e1110 de proteç<io. constituído pelos condutores de
(a) Existência ele um percurso para a corrente de falta proteção (das m~ e principais). pelo condutor de ater-
fase-massa (/ ,~ cuja composição depende do tipo de rnmentos e pelos condutores das ligações eqUipotenciais,
esquema de aterramente adotado (TN, n ou IT). 1odos ligados ao tenninal de ate.rran1en10 principal.
_
~ - - -- : ~ IF
:__!.,,!.: r = f(Uh)
DP
,,.. 1 - ~ - / Curvado OP
.
...
,.. I
(a)
(b)
Figura 8. 1 • (o) Proteção contro contoto$ indireto$ por $eccionomento outomótico do olimentoção; (bl o di$po$itivo de pro·
teçõo (OPJpercorrido por corrente t. otuo no tempo 1, determinado de u.
SU$W ü
.... -l..____J----,
Uo z, Z.,
.
DP :
.. * ...
.- . . .1 . . . :
, la.t
'-- --
(Zs =
•
! Z·)
l• I I
lp z. Z;+ 1
A segunda condição exige a instalação de dispositivos uma falta (entre parte viva e massa ou entre parte viva e
de proteção cujas características são definidas de acordo condutor de proteção) no circuito ou equipamento der
com o esquema TN, n ou IT. origen, a u,na tensão de contato su1>erior ao valor perti-
A tensão de contato presumida CU,,) em qualquer nente da tensão de contato limite U,..
massa da instalação energizada devido a uma falta, é As tensões de contato limite para diferentes situações,
admitida igual à tensão de fa lta CU,) e depende da tensão em função das influências externas don1inantes, são
fase-neutro da instalaç.10 Uo, e das impedâncias existentes dadas na Tabela 8. 1.
no percurso da corrente de falta (ver Figura 8.2). As condições a serem observadas no seccionamen-
U n"I dispositivo de proteção deve seccionar automa- to automático da ali mentação, incluindo o tempo máximo
ticamente, en1 un1 tenlpo adequado, a alimentaç.:io do admissível para atuação do dispositivo de proteção, são
circuito ou equipamento por ele protegido, sempre que aquelas estabelecidas adiante em 8.2 (para o esquema
Capítulo 8 • Medidos de proteção contro choques elétricos (li) - seccionamento outomático 237
1
buiç.10, circuito terminal ou equipamento lixo (para os Atl'man,euiodo PF P11 T '-L...J' 1
_/l'tC-lll roe d:iS Ol.US.'\$ • :,,,,::
quais esteja sendo considerado o tempo de secciona·
mento de até 5 s) não propague, para equipamentos por- Esq\lClll:\ TN·S
condutor PEN. É importante observar que esse condutor Em um esquema TN, as massas estão sempre sujeitas
é, antes de mais nada, um condutor de proteção e deve às sobretensões do neutro do sistema de alimentação. Por
obedecer a todas as características e condições exigidas sua vez, como se pode observar na Figura 8.3, em um
para os condutores de proteção. O rompimento de um eS<1uema TN-S, a tensão nas massas, em condições nor-
condutor PEN em uma instalação traz problemas sérios mais, é aproximadamente ígual à tensão no ponto de
para a segurança, como mostra a Figura 8.4, em que um ligação entre o neutro e o condutor de proteção (no BEP);
equipan1ento alin1entado com fase e neutro ficará, devi- no esquema TN-C, a tensão nas massas, en, condições
do ao rompimento do PEN, com a massa em um poten- normais, é igual à tensão no ponto de ligação entre o
cial igual ao da fase em relação à terra. Nessas condi- neutro e as massas. Assim, a tensão nas n,assas será n,aior
ções, a NBR 5410, para minimizar os riscos, só admite o no TN-C cio que no TN-S devido à queda de tens.io no
uso do esquema TN-C em instalações fixas cujos condu- condutor neutro.
tores tenham seção mínima de 10 mm2, em cobre, ou 16
mm2, ern alumínio, e que não utilizen, cabos flexíveis. Condições de proteção
Acrescente~se, ainda, que nesse esquen,a não se admite A Figura 8.5 indíca uma situação de falta fase-massa
o uso de dispositivos OR, pelo simples motivo de que tal
em um esquema TN. São consideradas a resistência de
dispositivo não seria capaz de funcionar adequadamen-
aterramento elo secundário do transformador (R 11), a resis-
·te, como tratado na Seção 6.5.
tência e a reatância do secundário do transformador (R,,
e X,), a resistência e a reatância (totais) dos condutores
Esquema TN·S
de fase, desde o transformador até a massa sob falta (R,.
Para o esquema TN-S não existen1 as restrições indica- e X 1.), a resistência e a reatância (totais) cios condutores
das 1>ara o TN-C, isto é, ele pode ser usado em instalações de proteção - e/ou dos condutores PEN nos esquemas
que não sejam fixas, com condutores de qualquer tipo e TN-C ou TN-C-S -, desde a massa sob falta até o termi-
seção, além de permitir o uso de dispositivos OR, quer nal de aterramento principal (R rr, e x ,.,), a impedância
como proteção contra contatos indiretos quer como pro- de falta (Z,J, a impedância do corpo humano (Z 11), e a
teção adicional contra contatos diretos. Devemos lem- resistência entre a pessoa e a terra (R ) - resistência do
brar, no entanto, que no TN-S não existe a •economia" de piso e, se for o caso, elo sapato.
um condutor, visto que o neutro e o condutor de prote- Tendo em vista os valores de Z11, R e R11 (da ordem
ção (PE) s.io separados.
de muitos ohms), geralmente muito superior à impedân-
cia total dos condutores de proteção e/ou PEN (da ordem
Esquema TN·C·S de miliohms), pode-se considerar a malha superior como
Na prática, 11rincipalmente em instalações de porte, o único percurso da corrente de falta l ,. Para uma falta
utiliza-se também o esquema TN-C-S nos circuitos de direta fase-massa, Z" = o, pode-se escrever para a impe-
maior seção, co1n condutores PEN, e nos demais circui- dância desse percurso, Zs=
tos, contendo separadamente os condutores neutro e de
proteção. É importante observar que, 1>artindo do ponto Zs= Y(R,:+ u,. + u,.EJ2 + (Xr.+ x,. + x,.,y (8.1)
en, que esses condutores se separanl., a NBR 541 O não
chamando U0 à tensão fase-neutro, pode-se escrever
permite juntá-los novamente.
Uo/U
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~-
L1
l,z
l;
PEN
' "'
~ · -
,__
1-
Figura 8.4 • O rompimento do condutor PEN do sistema TN·C coloca a ma ssa em um potencial i9ual ao da fase em
refação à terra
SU$W ü
Capírulo 8 • Medidos de proteção oontro choques elétricos (li) - seccionamento automático 239
R,.. x,.
-;-
.•
Uo e lpZs e f,.,\f(R,-: + R1, + R,.,;)l + ( X,:+ X,. + X,.,-:)2 sua se<;<i.o. Por sua vez, é fácil verificar que o sin1ples c1ter~
(8.2) rãn1ento das m,1ssas~ou seja, sua ligação aos condutores
de proteção, não é su(icienu, para garantir uma siwação
A tensão de contato U8 , que, no pior caso, é igual à s~ ura: de fato, da Express1io 8.8, mesmo com Rp6 = 111,
tens1io de falta U,. (por se ter desprezado a malha infe- (condutores de proteção de mesmo tipo, seção e compri-
rior), será igual à queda de tensão (total) dos condutores mento que os respectivos condutores de fase) e desprezan-
de proteção (e/ou PEN), isto é, a queda entre os pontos do a resistência da fonte de alimentação ideal, isto é, R,:
Me O, ou sej a :::: O, tem·se:
(8.3) • ComU0 =127V Un = 63,5 V
dividindo a Expressão 8.2 pela Express.i o 8.3, tem-se: • Com U0 = 220V U 8 = 110V
sendo ambos os valores de tensão de contato considera-
U0 Y(f?,: + R1• + fi nJ' + (X,: + X1• + XnJ2
dos perigosos, se não houver um seccionamento do cir-
U11 = Vti;,,.. + X ~e cuito correspondente em um tempo adequado (cerca de
(8.4) 0,85 s para 63,5 V e 0,36 s para 110 V, situação 1 ela
Figura 3.8).
Desprezando-se as reatâncias do percurso de 1"' o
A condição de proteção prescrita pela NBR 541 O,
que, na prática, só é possível para condutores de
seção igual ou inferior a 35 mm' , e admitindo-se a admitindo íalta direta fase-massa, é:
instalação dos condutores de proteção junto dos con- Zs · I. :s Uo (8.9)
dutores vivos (para se desprezar a reatância mútua), ob-
tém-se, da Expressão 8.1 onde:
Zs = 1111 + R,. + R,,E (8.5) • Zs é a impedância, em ohms, do r>ercu~o da corren-
te de falta, composto pela fonte, pelo condutor vivo,
da Expressão 8.2
até o ponto de ocorrência da falta, e pelo condutor de
U0 = 1, lR 8 + R,. + R,,,;2 (8.6) proteção, do ponto de ocorrência da falta até a fonte.
• 1(1 é a corrente, en1 ampêres, que assegura a atuação
e da Expressão 8.3 do dispositivo de proteção em um tempo no máximo
U11 a 1,.11,.,, (8.7) igual ao especificado na Tabela 8.2, ou a 5 s, nos
casos descritos anteriormente (alimentação de equi-
Dividindo a Expressão 8.8 pela Expressão 8.7, tem-se:
pamentos fixos).
Uo • R,: + 111• + l (8 _8) • U0 é a tensão nominal, em volts, entre fase e neutro,
U8 R1,, valor eficaz em corrente alternada.
A análise das Expressões 8.4 ou 8.8 mostra que a rela- t importante notar que, no caso de uso de dispositi·
ção U,!U8 cresce e que, portanto, o perigo diminui (já que vos DR, na prática, essa condição nen1 precisa ser verifi.
U0 é constante), ao diminuir a impedância (ou a resistên· cada. Isso porque z.,
é da ordem de mn
(condutores
eia) dos condutores de proteção, isto é, ao aumentar metálicos) e,.
é da ordem de mA (corrente de atuação do
SU$W ü
24 0 lnslolações elétricas
DR), resultando no produto z,.1. da ordem de µ,V, valor • Basta então verificar se o produto Zs · l,, é igual ou
signific.1tivamente inferior a Uo, indicado na Tabela 8.2. inferior a Uo,.
No entanto, embora simples, a aplicação dessa con-
dição é sempre necessária no caso do emprego de dispo-
sitivos de proteção contra sobrecorrente, para a proteção EXEMPLO
contra choques elétricos. Assim:
• A tensão fase-neutro, Uo, é sempre conhecida. Seja o trecho de instalação mostrado na Figura 8.6,
• A impedância, Zs, pode ser calculada pela Expressão onde se tem uma subestação (com um transformador),
8.3 ou pela Expressão 8.7. un, circuito de distribuição e un, circuito terminal, que
• Conhecendo a situação (1 ou 2), entra-se com u, na alimenta uma massa admitida sob falta.
Tabela 8.2 e obtém-se o tempo máximo de secciona- São dados:
mento t. • Transíorn1ador:
• Entrando com I na curva tempo-corrente do dispositivo 50 kVA; 220/380 V; RI! • 27,9 mn, XI! • 42,4 mn
de proteção escolhido, obtém-se a corrente de atuação
l,. (no caso de circuitos de distribuição e de circuitos • Circuito ele distribuição:
terminais que só alime.ntenl equipamentos fixos, na • fases e neutro
situação 1, entra-se diretamente na curva do dispo- S, = 35 mm', I = 100 m; r, = 0,841 mn/m,
sitivo com 1 = 5 s). x, = o, 101 mn tm
UtfU S1 (3F- N)
\,,
~ ------------ --- ------------- ---~-----~--- ----
.....•
~
Sub<:s",ção
\sn:,. .!••
••
1- - -
.
;
....!...
'... '
Quadro de
distribuiç!io
Sen ~ Si(2F)
-.._; 12
,
'
\. u.
Figura 8.6 • Diogromo do exemplo
SU$W li
Capítulo 8 • Medidas de proteção contra choques elétricos (li) - seccionamento automático 241
Rs = 0.59 x, = 0.06
• condutor de proteção 10.000
s,.m = 1& mm1, 1 = 100 m; rp,:1 = 1,41 mO/m, , - (s)
x,.m = O,11 2 mO/m
1.000 -
• Circuito terminal:
5 2 = 5 111-:z = 4 mm2, /1 = 30 m;
100
\ 1\
r2 = r1,,:1 = 5,57 mO/m, :r2 = x,,;2 = O, 143 m!l/m
• Disjuntor (circuito terminal) conforme NBR NM \ i\
60898, 25 A.
10 \ \.
• Situação 1. 5 - --1-> --
(a) Impedância do 1>ercurso da corrente de falta, da
Expressão 8.3 "1.1"
~
Zs = Vo.s9' + o,o62 "' o,59 n 't
- -- -- • --
(b) Entrando com U0 = 220 V na Tabela 8.2 (Situação
0.2 -- >
.'
~
0,35 2,44m
R ;:; Resistência. Clll !11300 111, 50 ·e 25,nrn
0,30 X= Rcmância cm fl/300 m, 60 Hz
Z = Lmpcdânci;i, (R +jX)
Ê 0.25
~ Esp:t,Çantento:
1õ 0,20
8" 0, 15
0.10
0.05
Capítulo 8 • Medidas de proteção contra choques e létricos (li) - seccionamento automático 243
Tabela 8A • ValON1s máximas ela impedância da percurso da corrente de falta fase-massa (Z,,...) .
quando a proteção contra cantatas indiretos é realizada por disjuntares em caixa
moldada conforme NBR NM 60898, considerando-se o tempo de seccionamento de
5 !!'9Unclos '
I' e das massas por ocasião da ocorrência da falta. Des· já se U0 = 220 V. tem-se
considerando-se as imi>edãncias da fonte e dos cabos de
alimentação, pode-se escrever:
R11 s: 1,47 n
Se o circuito apresent.iclo na Figura 8.9 for protegido
Uo= (R11 + R,;}lp (8.13)
por un1 dispositivo D~ a proteção contra contato indire-
to nas massas estará sempre assegurada.
Ur = R11 , 1,, (8.14)
Das Expressões 8.13 e 8. 14, obtém-se Dispositivos de proteção
A N8R 5410 indica, para a proteção contra contatos
R11
U,. = U0 (8.15) indiretos nos esquemas TN, o uso de dispositivos DR
R11 + Ri;
(logicamente, nunca nos esquemas TN-C) ou dispositivos
Para ter-se a proteção na situação mostrada, é neces· de proteção a sobrecorrente.
sário que as massas dos equipa1nentos elétricos não atin- O uso de DRs de ah.a sensibilidade é obrigatório,
jam um potencial superior à tensão de contato-limite pela nornla, en1 circuitos tern,inais:
W,). isto é: • Que sirvam a pontos de utilização situados en, locais
R,, contendo banheira ou chuveiro.
Uo s U,. • Que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas
RJJ + RR
externas à edificação.
rearranjando essa expressão, tem-se • De tomadas de corrente situadas en1 áreas internas
que possam vir a alin1entar equipamentos no exterior.
- s : - U,.
R11
~- (8.16) • Que, en, locais de habitação, sirvam a pontos de uti-
R,: Uo - U,. lização situados en, cozinhas, copas-cozinhas, lavan..
derias, áreas de serviço, garagens e demais depen-
Assim, por exemplo, com U0 = =
127 V, V,. 50 V dências internas n1olhadas em uso norn1al ou sujeitas
(Situação 1) e R,:= s n, a resistência de aterramento da ali-
a lavagens.
mentação e das massas deverá ser, da Expressão 8.16, ele
• Que, em edificações não residenciais, sirvam a pon·
tos de ton,ada situados em cozinhas, copas-cozinhas,
R8 s /~ · 5 = 3,250 lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral,
12 50
SU$W ü
,.l"-rv'-~~~..-~~~~~~~~~~~~~~~~~~L ,
~Y"'>r""l..~~~~l--.-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~.Li
if"--V-'--~~--1--1---~~~~~~..._~~~~~~~-~
1-~~~~~~1--1-~~~~~~~~+-....~~~~~~~~~N
t--~~~.-~-,--;--~~~~~~~-;--+,;-~~~~~~~~PE
Circuito a ser
cos1sid~rado
co1no 1T
Capítulo 8 • Medidos de proteção contro choques elétricos (li) - seccionamento automático 245
""-
-
~
----
R PE
~
Ponto de Mas..">-"l
Ele1ne1110 referência
condutor
PE principal
Ligação
eqllipotenc ia.1
princiJ>al
"-... Darran1ento de
'r-,.. 1• •
,
1
&1üipotencializnção Principal (BEP)
- 1
l
Figura 8. 11 • Exemplo de ponto de referência
(R,. + R,,,;), pode-se escrever, a partir da Expressão 8.17: • Para U0 = 127V_ _ _ _ _ 38,1 V s U• s 95,JV
• Para U0 = 220 V 66 V s U n s 165 V
Rl'I! R,.,H
u,. = U0 - cU0 ---'-"--
(8.17) Da Expressão 8.9, pode-se escrever, considerando as
.!.e (J'\ J. + R,,,:) I?,. + R,,e
condições im1>ostas:
Chamando ma relação de R,w para R,, obtém-se da
Expressão 8.17
el (R,. + R,,e) · I. S Uo
e daí
u,, = cU0 -1-+111- 111
(8.18)
J s
cUo
(8.20)
Observe que, se os condutores forem do mesmo li R,. + !?,,,:
material, 111 tan1bé1n será igual à relação da seção do
Sendo p a resistividade do material dos condutores e
condutor de fase para a do condutor de proteção, isto é,
I o comprin1ento do circuito terminal, ten, ..se, da
R ,,c S,. Expressão 8.20
Ili =1- - - (8.19)
R,. S1,,: cU0
1
Assim, de acordo com a Expressão 8.20, na.s condi- • s p( il - +1-)
ções indicadas, a tensão de contato pode ser determina- s,. s,,F.
da em função apenas da tensão fase-neutro e dos fatores e n, ultiplicando numerador e denominador por S,., con-
e e m. O fator e pode variar de 0,6 (caso de circuito siderando a definição ele m dada na Expressão 8.19,
muito distanciado da fonte) a 1 (caso de circuito ligado obtém-se
diretamente à fonte), sendo geralmente tomado igual a
0,8, o que atende à maior parte dos casos verificados na I s cUo .S
prática. Por sua vez, 111 varia de 1 a 3, sendo geraln,ente " pi (1 + m) ,.
igual à unidade para seções iguais e inferiores a 16 mm' .
e então
Considerando 0,6 :s: e s 1 e I s m s 3, verifica-se
que a tensão de contato presumida (U0 ) pode variar de cUo S
IS . I (8.21)
0,3 U0 a 0,75 U0 • Assim: pl, (l + m) ·
SU$W li
0,8 X 127
EXEMPLO
l,ná., • 0,0225 X 160 X 2 X 2•5 • 35•3 m
Admite-se que o circuito terminal do exemplo ante-
A Expressão 8.24 é a base do •critério da proteção rior seja protegido por um dispositivo fusível com um
contra contatos indiretos", aplicável a circuitos terminais fusível gG de 16 A (cuja característica é dada na figura
de instalações TN, protegidos por dispositivos a sobre· 8. 12).
corrente, admitindo-se que: • Tem-se do exemplo U0 = 127 V e t = 0,35 s (ver
Tabela 8.2)
• O condutor de proteção esteja contido na mesma • Da f igura 8.1 2: /., = 110A
linha elétrica dos condutores vivos. • Da Expressão 8.24:
• Exista un1 ~ponto ele referência" no nível ela origem
0.8 X 127
do circuito.
ln,j, ; 0,0226 X l10 X 2 X 2 •5 ; St ,3 m
SU$ W ü
Capítulo 8 • Medidos de proteção contro choques e létricos (li) - seccionamento outomático 247
Tabela 8.5 • C.omprimento máximo de circuitos terminais protegidos por disjuntores termomagnéti·
co• confonne N BR NM 60898 contra oobrecorrenles e contra contatos indiretos (esque-
-
•
mo TN), considerondo:
I (S)
4
2
102
4
2
10•
4
2
10"
0.35 s
2
10- 1
4
2
10- z
4 '--l-+-+- -+- -f--+--Hf----1-1~-+--+-++- I (A)
2 '.l 4 5 10• 2 3 4 3 1()2 2 3 4 5
IIOA
Seções dos Circuito com 2 Circuito con1 3 Circ:uito com 4 Circuito com 6
condutores condutores carregados condutores carregados condutores carregados condutores carregados
(mm') 1,.., (127/220 V) (m) ,.., (127/220 V) (m) /..;, (127/220 V) (m) I.,., (127/220 V) (m)
l.v l,v l .v l.v
Vh,os PE (A) Situação Situação (A) Situação Situação (A) Situação Situação (A)
Situação Situação
1 2 1 2 1 2 1 2
1.5 1.5 16 50/39 22/39 16 50/39 22/39 10 75/59 34/59 10 75/59 34/59
2.5 2,5 20 63/49 28/49 20 63/49 28/49 16 84/65 38/65 16 84/65 38/65
4 4 30 67/52 30/52 25 80/62 36/62 25 80/62 36/62 20 1oons 45fl8
6 6 40 75/59 34/58 35 86/67 38/66 30 1oons 45n& 25 120/94 54/94
10 10 50 ,oons 45n8 50 ,oons 45ns 40 126/98 56191 40 126/98 56/98
16 16 70 11 5/89 52189 60 134/104 61/105 60 l'.l4/I 04 61/105 50 161/125 72/ 125
25 16 100 49n6 44n6 70 45/109 63/109 70 45/ 109 63/109 70 45/109 63/1 09
35 16 100 52/86 49/86 100 52/86 49/86 100 52/86 49/86 70 75/122 71/122
50 25 100 84/130 75/130 100 84/130 75/130 100 84/130 75/130 100 84/130 75/130
u., Uo
1,. • - s - - - - - - ' - - - -
. Zs I< + Rr,11 • (Rm + Rm)
Uo (8.24)
Capítulo 8 • Medidos de proteção contra choques e létricos (li) - seccionamento outomótico 249
~ ..
Uo lp
R/,
l"' ln
<C------'-'+
... Pé
R,,e V'
"
u, }n
, ~l
u, \_L
lF
-~ ln ... ._R112
u• (a)
(b)
u, Terra
vinual
(e)
A impedância do percurso da corrente de falta será, Com esse exemplo, percebe-se que o aterramento
da Expressão 8.26 múltiplo do condutor de proteção, feito a intervalos
0,070 X 20 regulares, reduzirá as tensões de contato presumidas ao
Zs = 0,044 + 0.070 + = 0,114 n longo da instalação. Observe-se, no entanto, que nem
20 sempre é possível (ou viável) realizar tal aterramento
A corrente de falta será, da Expressão 8.25 múltiplo. A desvantagem do aterramento múltiplo é que
as correntes de curtos-circuitos de outros circuitos
220
I ,· = 0.1 l = 1.929,S A podem compartilhar desse caminho condutor de baixa
4 irnpedância, "contaminando" as massas dos equipamen-
A tensiío entre os eletrodos será, da Expressão 8.26 tos elétricos (introduzindo 1>0tenciais indesejado nessas
massas).
,_ 0.o70X20_
U - 1.929,8 X 0,0 0 +
7 20 134,6 V
As correntes parciais de falta serão, das Expressões 8.3 Esquema n
8.27 e 8.28
Genera lidades
134.6
1" • 0,070 • l.92•3 A Como apresentado na Seção 3.3 .6, o esquema TT é
concebido de tal moclo que o percurso de uma corren-
134,6
ln= 20 = 6,73 A te 1>roduzida por uma falta fase-massa em um compo-
nente ou em um equipan1ento cfe utilização da instalação
As tensões nos eletrodos serão inclua a terra e que a elevada impedância desse percur-
so limite o valor da corrente ele falta. Nesse esquema,
U0 = U2 = 6,73 X l.O = 67,3 V um 1>0nto da alimentação, isto é, cio secundário cio trans-
isto é, a maior tensão de contato presumida na instala- formador (ou, eventualmente, o gerador), geralmente, o
ção será de 67,3 V; se o aterramento fosse feito apenas ponto neutro, é diretan1ente aterrado, sendo as n1assas
no transformador, essa tensão poderia atingir 134,6 V. da instalação aterradas, individualmente ou por grupos,
SU$W li
--------- L,
--------- l,z
--------- LJ
N
---------
Secundário Pro1eção PE
do crafo geral PE
Atcmunen10 Atcrra,ncnto
do neutro das n1as.."as
/ ~
~ .
Figura 8. 15 • Esquema TT
Uo
Rt,
'"
~
+
Ra
f8
Uo
- ~
Rn
-.•
1 - - - · · · · · · - - · · - · - · · · · · ; __ _
Capítulo 8 • Medidas de proteção contra choques elétricos (li) - seccionamento automático 251
Nessas condições, pode-se es,;rever para o circuito Isso mostra que apenas o aterramento das massas,
embora ben1~executado, não é suficiente para garantir
RA • R11 ) tensões ele contato suficientemente baixas, ainda mais
Uo = 1,.( RA + R11 + 1111 (8.30)
porque geralmente não se tem, no caso típico de instala-
A tensão de contato, U11 (igual à tensão de falta, U,., ção alimentada por rede pública de baixa tensão, con-
por ter-se desconsiderado R), será trole algum sobre o valor da resistência de aterramento
da alimentação (secundário do transformador). É neces-
li,, . 1?11
U11 • I,, • J'\ A + Rli (8.31) sário, portanto, que, além do aterramento das massas,
exista um dispositivo em condições ele proporcionar o
seccionan1ento automático em um tempo adequado,
Dividindo a Expressão 8.30 pela Expressão 8.31,
obtém-se sempre que a tensão ele contato atinja valores perigosos.
No esquema TT, a impedância do percurso ela corren-
R. • R11 R te de falta será limitada praticamente por
+ li
Uo R,. + R 11 = 1 + R 11 + R 11
(8.32) Zs = R,, + lln (8.34)
U11 = /IA º R11 RA R11
RA + R11 Por sua vez, da Expressão 8.33, obtém-se
Considerando que a resistência de aterra,nento da
alimentação, 118 , é pequena (geralmente de 1 a 1O!l) em
( R,,)
Uo= U11 1 +R- = U11
,1
RA +
R
A
R,, (8.35)
con11>aração com a do corpo hun1ano, R11 (em geral,
substituindo a Expressão 8.34 e a Expressão 8.35 na
superior a 1.000 !l), pode-se escrever, ela Expressão 8.32 Expressão 8.9, tem-se
Uo
-= 1 (8.33) <
I., - R,1
u,,
U11
A análise dessa expressão mostra que a relação U0 /U1, e fazendo u. = U 1,
cresce, e, portanto, o perigo diminui, com a redução da
resistência de aterramento das massas, /?A- Fazendo RA
(8.36)
tender a zero, U0 /U11 tenderia ao infinito e o perigo, isto é,
a tensão de contato u. tenderia a anular-se. Observe que
não se pode, na prática, contar efetivamente corn isso, seja ou então, como apresenta a NBR 541O(ver Figura 8.17)
porque a resistência de aterramento, !~1,, da alimentação é R11 • la s: U,, (8.37)
geralmente baixa, seja porque dificilmente se consegue
reduzir R. a valores desprezíveis ante a R,,. onde /,,, é a corrente que assegura a atuaÇ<io do dispositi·
Sejam, por exemplo, U0 = 127V, RA = 5 n e R. = 4 n. vo de proteção. Quanclo a proteção for realizada por dis-
A tensão de contato valerá, da Expressão 8.35 positivos a sobrecorrente, 1., será a corrente que garante
o seccionamento em 5 segundos, situação quase impos-
5 sível de ocorrer devido à exit,'€ncia, 1>ara atender a essa
U11= RA
RA + R,,
u..=-
5+4
- · l27=706Y
' condição, de que ela só será possível com baixíssimos
valores de resistência ele aterramento.
que é uma tensão perigosa, com o agravante que a cor-
rente de falta (curto-circuito) é muito baixa (/,. = 14, 11 /p
A), podendo ser até menor qtie a corrente de demanda - '
Uo
máxima do circuito, impossibilitando a atuação cios dis-
positivos automáticos de proteção a sobrecorrente. Isso
ilustra por que é obrigatória a utilização dos dispositivos
,,
DRs nos esquemas TT. --
Para que a tensão de contato seja inferior à tensão de
contato-limite, U,. = 50 V (Situação 1), deve-se ter:
• para U0 = 127V
• R, s 0,65 R11
• para U0 = 220V
• RA s 0,29 R11 -~º -!-A - -
Assim, por exemplo, para 1111 = 4 !l, deveríamos ter,
com Uo= 127V, li,,= 2,6 íl e Uo = 220 V, RA = 1, 16 Q, Figura 8. 17 • Circuito equivalente considerado pela
valores não muilo fáceis de se obter na prática. NBR 5410
SU$ W li
Seja, por exemplo, a proteção contra contatos indire- O valor de t,,, é, como apresentado na Seção 6.5,
tos exercida, em dado circuito1 por un1 disjuntor tern10· geralmente muito baixo (desde uns poucos miliam1:ieres
n1agnético con1 /,,, = 20 A cuja característica tempo·cor- a1é 2 ou 3 A), pem1itinclo assim que as resistências de
rente é mostrada na Figura 8.18; a corrente 1. será da aterramento das massas tenham valores elevados, corno
ordem de 90 A. se pode verificar por meio da expressão a seguir
Se as massas protegidas estiverem na situação 1, U,.
= 50 V, a resistência de aterramento das massas deverá (8.39)
valer, da Expressão 8.37
A Tabela 8.6 indica os valores máximos típicos de RA-
50
R,, s 90 = 0,55 !1
100
\ nada a primeira.
No sistema IT o primeiro defeito deve ser corrigido
in,ediatan,ente, portanto eleve ser previsto unl dispositivo
\ I\ supervisor de isolamento (DSI), para indicar a ocorrência
Capítulo 8 • Medidos de proteção oontro choques elétricos (li) - seccionamento automático 253
Tabela 8.6 • Valores máximos ela resistência de aten"Gmento das massas (R, ) em um esquema n, '
em fu~ão da conente diferencial-residual nominal de atuação do dispositivo DR (1..,.) ej
d!' tensão de contato-limite (U,.l
Valor máximo de R, (!l}
l ,1,,·
Situação 1 Situação 2
(A)
(U,. =
50 V) =
(U,. 25 V)
0,03 1,667 833
0.3 167 83.3
0.5 100 50
No caso de ser a instalação isolada da terra (Figura radas em eletrodo(s) independente(s) (Figura 8.19(b)), a
8. 19(a}), a corrente produzida por uma primeira falta condição ele 1><oteção, análoga à ele um esquema TT,
fase-massa fecha-se por meio das capacitãncias das duas pode ser escrita
outras fases em relação à terra. R,1 • 11, s U,. (8.40)
Quando a instalação é ligada à terra por uma impe-
dância {Figura 8.19(b)), a corrente produ1,ida 1>0r uma sendo 11,a corrente ele falta, que, no caso de instalação
primeira falta fase-massa é limitada pelas resistências de isolada, leva em consideração as correntes de fuga natu-
aterramento dos dois eletrodos, R,, das massas e R11 da rais e a impedância global de aterramento da instalação,
alimentação, e pela impedância Z. e RA, a resistência de aterramento elas massas.
Quando os aterrame.ntos da alin1entação e das mas- Quando os eletrodos de aterramento da alimentação
sas se confundem (Figura 8.19(c)), a limitação da corren- e das massas se confundem (Figura 8.19(C)), não a1>are-
te é feita apenas por z. ce, em uma massa sob falta, nenhuma tensão de conta-
Quando a alimentação é aterrada por meio de impe- to perigosa, pois esta é igual à queda de tensão nos con-
dância, as capacitãncias das duas fases não envolvidas na dutores de proteção {como em um esquema TN) cujas
falta fase-massa apresentam, em geral, uma impedância impedâncias, no caso, são desprezíveis, se con1paradas
muito superior a Zf a menos que a instalação possua cabos con1 a in1pedância Z de aterramento da alimentação.
de grande comprimento ou uma cobertura metálica. Nesse caso, não é necessário, na prática, verificar a con·
A ligação da ai imentação à terra por meio de uma diçào dada na Expressão 8.40.
impedância é prevista principalmente quando são Muito embora em uma primeira falta não haja neces·
esperadas sobretensôes ou oscilações de tensão, devi- sidade de provocar o seccionamento automático da ali·
das a fenômenos de ressonância. O valor de Zé esco- mentação cio respec1ivo circuito, ela deve ser delectacla,
lhido de modo a evitar oscilações e a provocar a circu- localizada e eliminada no menor 1empo possível.
laç.'io ele uma corrente de falta que possa ser detectada,
com o objetivo de promover a sinalização. Esta não eleve Condições de proteção - 2!! falta
ser muito elevada para não provocar aquecimentos inde- Se a primeira falta fase-massa não for eliminada e
sejáveis nos condutores de proteção e, eventualmente,
ocorrer uma segunda falta fase-massa, envolvendo outra
nos eletrodos de aterramento.
fase, circulará na instalação uma corrente de clupla falt<1,
Em geral, adota-se para Z um valor ela ordem ele
na verdade, uma corrente de falta entre duas fases. Esta
cinco a seis vezes a tensão U0 = UV3 da instalação, ou
deverá ser eliminada por seccionamento automático.
seja, aproxinladamente 1.000 n, para un1a instalaçà'o
com U = 380V. O seccionamento automático da alimentação que
~ conveniente, em princípio, não distribuir o condu· visa à proteção contra choques elétricos na ocorrência de
tor neutro em instalações IT. Com efeito, se tal ocorrer, uma segunda falta deve ser equacionado, seguindo-se as
uma falta para terra envolvendo aquele condutor suprimi- regras definidas para o esquema TN ou TT, dependendo
rá as vantagens obtidas com seu não aterramento direto. de como as massas estão aterradas.
Quando a proteção envolver massas ou grupos de
massas vinculadas a eletrodos de a1erramen10 distintos,
Condições de proteção - lll falta as condições aplicáveis são aquelas prescritas para o
Nos esquemas IT, é necessário assegurar que, quan· esquema TI e, quando a proteção envolver massas ou
do da ocorrência de un1a primeiriJ ftdta l(1se·massa, a grupos de massas que eslejam todas interligadas por
massa em questão não assuma um potencial perigoso, condulor de pro1eção (vinculadas todas ao mesmo ele-
isto é, superior à tensão de contato-limite u,.. No caso trodo de aterramento), as considerações aplicáveis são
de instalações isoladas da terra (Figura 8. 19(a)) e de ins· aquelas do esquema TN, devendo ser atendida a seguin-
talações aterradas por impedância, com as massas ater- te condição, quando o neutro não for diwibuído:
SU$W ü
Fonrc
-- 1.,
1.,:
L,
---+
tr
! 1., e, e,
Fo111e.
!''
-·
(,)
rrr
r·onlc
L, "-1
L1 L1
...,,, - ,, !
1.,
r -· ,, !
1.,
" •
,,
~
" -(b)
~ kAB
+---
(C)
Figura 8.19 • Tipos de esquema IT indicando os respectivos percursos de corrente de falta (primeira falta)
NOl.lS:
1. Ué 1cns:lo non1in.'l.l cnll\! , ~ v:,IOf ..:íicat cm corrtntc al1crrnida.
2. U0 é tens:'io nominal entre fase e oeu1ro, \':llor cfica1, cm concn1e al1cm:1da.
3. l>am v:,IOfeS in1ermcdiários de ,ens.10. de\•e s.,?r ado1nd0 o v:ilor (da 1abel:V imedi.ru:in~1e s,1perior.
É lógico que, nessas condições, deve-se dar preferên- cuito em u1n único circuito, visto que, agora, sfio dois os
cia às proteções diferenciais-residuais, isto é, aos DRs. circuitos envolvidos, como mostra a Figura 8.21.
Observe, no entanto., que é necessário garantir a não Desprezando-se o risco de contato simultâneo com
atuação desses disposilivos quando ocorre uma primeira ns duas massas sob falta, a tensão de contato a conside-
falta; para tanto, reconlencla-se que, para cada dispositi- rar será a que aparece, quando ocorre a segunda falta,
vo, a corrente diferencial-residual ele não atuação seja, entre uma ,nassa e o tern,inal de aterran1ento principal,
no mínimo, igual à corrente que circula no respectivo isto é, a queda ele tens.ia nos condutores de proteção
circuito em uma prin1eira falta direta fase-massa~ou seja, entre a massa e o referido terminal.
Admita-se que sejam previstos pontos de referência
(8.41) no nível dos quadros terminais (tal como foi feito no
esquema TN), por exemplo, ligando o terminal ele aterra-
Assirn, no exemplo anterior, deveríamos ter, nos cir- mento de cada quadro a um ponto ela ferragem da estru-
cuitos 1 e 2, dispositivos DR com t.,,v .e 438 mA, ou tura do prédio; sejam P 1 e P, os pontos de referência
seja, DRs de 500 mA. para os circuitos 1 e 2. Nessas condições, a impedância
Considere agora o esquema IT com as massas interli- do percurso ela corrente ele dupla falta (Zsl poderá ser
gadas. A corrente de dupla falta, no caso de faltas dire- escrita, desprezando as reatãncias (ver Figura 8.21):
tas fase-massa, afetando duas fases distintas, será uma
corrente de curto-circuito entre fases, porém sua intensi-
dade será bem maior que a de uma corrente de curto-cir-
z.• = -e1 (R1,1•,, + R,.,,- + R2 + R,) (8.42)
t
'
r .......,
:' z :'
: :
~. r . · '
'
Figura 8 .20 • Corrente de duplo falto em um esquema IT com mossas não interligados
SU$W ü
sendo R, e R, as resistências cios condutores vivos fazendo 1,,11,, = p, virá da Expressão 8.47
(envolvidos na falta) dos circuitos 1 e 2, RN:, e R,.., as ,,,, 1
resistências dos respectivos condutores de proteção e 1/c ,,,,, = - - = ,,. , - - (8.48)
p + l l+p
u,n fator que corrige a son,a das resistências dos dois cir·
cuitos levando em considera~io a impedância a mon- Da Expressão 8.50, verifica-se que, se I , 1 for superior
!
1
isto é será sempre maior que 1/2, visto que seu clenominaclor será
,,.,2= - ---------
cu sempre inferior a 2, ou seja, / 1.12 será necessariamente
superior a l n 12.
(8.44)
R, (l + 111 ) + R,(1 + 111 )
1 1
Assim, a corrente ele dupla falta / 1.12 será sempre
Chamando 1,, à corrente de falta que circularia no superior à metade da menor das correntes 1,., e l 11z; e são
circuito 1, devido a uma (única) falta direta fase-massa, essas correntes de falta (única) direta fase-massa que cir·
admitindo que a instalação seguisse o esquema TN (com culariam nos circuitos 1 e 2, respectivamente se a insta·
1
(8.47) 1
u
• "' 2 Zs
p
R2.X2 t
1,X1._.,
l(p1.:.·, X l'I}'
Rplf'1. i
Uo , Uu2
Xpe1 XPh'2
0 0
,,
Figura 8.21 • Corrente de dupla folia em um esquema IT com massas interligadas
SU$W li
Capítulo 8 • Medidas de proteção contra choques elétricos (li) - seccionamento automático 257
zada por dispositivos DR, observada a condição indica- do neutro na origem da instalação, só podem ser
da na Expressão 8.41. usados os esquemas TN e TT (ver Seção 8.6).
No caso de esquemas IT com massas interligadas, a • Em instalações alimentadas por transformador (ou
proteção pode ser garantida por dispositivos a sobrecor- gerador) próprio, em princípio, qualquer esquema
rente (disjuntores ou dispositivos fusíveis) como no esque- r>0de ser utilizado, entretanto, é preferível utilizar
ma TN, desde que observada a condição dada na o esquema TN (caso típico de instalações indus-
Express.10 8.52, quando o neutro não for distribuído, ou triais e ele certos prédios comerciais ou institucio-
na Expressão 8.53, quando existir condutor neutro. nais de porte) e, em alguns casos específicos, o
Quando tal condição não puder ser cumprida, devido ao
esquema IT (como em certos setores industriais
elevado valor e~, impedância do percurso ela corrente de
hospitalares e em instalações de mineração).
falta (isto é, no caso ele circuitos cujo comprimento seja
(b) Equip,,mentos de utilização:
superior ao valor máximo dado na Express.io 8.54 ou na
• Quando existirem na instalação equi~><1mentos de
Express.io 8.55, a proteção deve ser executada por dispo-
sitivos DR ou, alternativanlente, eíetuando·se unia ligação utilização com elevada corrente ele fuga, como
eqüipotencial suplementar. fornos e certos tipos de filtros, não é conveniente
Quando as massas forem aterradas por grupo,, a pro- utilizar o esqt1ema TT, em virtude da possibilidade
teção de cada circuito deverá ~tuar: ele disparos intempestivos dos DRs.
• No caso de equipan1entos com elevada vibração
• Con,o no caso de massas aterradas individualn1ente, mecânica, não é recomendável o uso do esquema
para quando a primeir,1 falta tiver ocorrido e1n um
TN, devido à possibilidade de rompimento cio con-
outro grupo de massas.
dt1tor de proteção (contido na mesma linha elétri-
• Como no caso de n1assas interligadas, para quando
ca dos condutore, vivos).
a primeira falta tiver ocorrido no mesmo grupo de
massas. (c) Nawreza dos locais:
• Em locais com risco de incêndio (BE2) ou de
Ness.,s condições, a proteção ideal é a efetuada por explosão (8E3), f>Ocle não ser conveniente o uso
dispositivos DR, observando a condição dada na Ex-
cio esquema TN, devido ao valor elevado das cor-
pressão 8.43.
rentes de faha fase-massa.
(d) Funcionamento:
8.5 Aplicação dos esquemas de • Em instalações onde seja fundamental e indispen-
aterramento sável a continu idade no serviço, como em certos
setores de hospitais, de indústrias etc., deve-se
Comparação optar pelo esquema IT.
A escolha do esquema de aterramento a utilizar em
uma instalação deve ser feita pelo projetista logo no iní- Aterramentos de subestações
cio do projeto, tendo em vista a influência que isso terá
em diversas etapas do trabalho (escolha ele dispositivos de transformação
de proteç.io, dimensionamento de circuitos etc.). Deve A análise dos aterramentos ele subestações de trans,
basear.se em dados de nature.za diversa a serem conside+ formação (ou de •postos primários•, na terminologia de
rados em conjunto, a fim de ser tomada un1a decisão que algumas concessionárias) envolve considerações a res-
traduza a solução ótima para a instalação.
peito de:
Em princípio, os três esquemas oferecem o mesmo grau
de segurança no tocante à proteção elas pessoas, apresen- • Aterramento de proteção da subestação, ou seja, o
tando, no entanto, características de aplicação diferentes, aterramen10 elas massas, dos elementos condutores
que se traduzem em vantagens e desvantagens fundamen- estranhos à instalação e cios pára-raios.
tais na escolha para uma instalação. • Aterramento (funcional) do neutro do{s) transíorma-
Pode-se considerar quatro aspectos funclamen~1is para dor(es).
a escolha do esquema de aterramento: • Aterrameoto de proteção da instalação de baixa tensão.
• Alimentação. As posições relativas ela subestação e cio prédio, cuja
• Equi1><1mentos ele utilizaç.io.
instalação é alimentada, conduzem a duas soluções
• Natureza dos locais.
possíveis:
• Funcionamento.
A seguir, a análise de cada u,n desses aspectos: (a) Interligação dos aterramentos ele proteção ela subes-
(a) Alimentaç,io: tação e da instalação de baixa tensão.
• Em instalações alimentadas por rede pública em (b) Separação cios aterramentos de proteção da subesta-
baixa tenxio, devido à exigência de aterran1ento ção e da instalação de baixa tensão.
SU$W ü
Capítulo 8 • Medidos de proteção contro choques elétricos (li) - seccionamento automático 259
_ v
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Consunlidor
(b)
1 1
R,l
•
~ -~~
Figura 8.2 2 • Esquemas de aterramentos em instalações olimentoclos por rede de distribuição em baixo tensão· (a) TN·C·
~~n .
SU$W ü
instalação do consumidor, con, resistência /~ ',Jt não sendo impedância do percurso da corrente de falta poderá ser
necessária a independência elétrica entre ambos. A impe- calculada (aproximadamente) por:
dância do percurso da corrente de falta será constituída
basicamente por: 2,. = -e1 (R,
- -
. + R1,p)
. (8.57)
• li" - resistência do secundário do transfonnador.
• n·,.- resistência do condutor de fase da rede, desde onde R,. é a resistência do condutor fase do circuito ter·
o transformador até o ponto de derivação. minai e ii,./i, a resistência cio respectivo condutor de pro-
• ll'í. - resistência cio condutor de fase desde o ponto teção, como sugere a Figura 8.23, e e um fator que pode
de derivaç.'\o da rede até a origem da instalação. variar de 0,6 a 1 (geralmente tomado igual a 0,8).
• 1?1• - resistência dos condutores de fase desde a ori· Outra solução é proteger a instillaçâo con10 se o
gen, da instalação até <"' massa sob falta. esquema utilizado fosse TI, isto é, utilizando dispositivos
• !?,,,: - resistência dos condutores de proteção, desde a DR. Esta, por sinal, pode ser a solução mais indicada no
massa sob falta até o terminal de aterramento principal. caso de ser aérea a rede de distribuição pública, onde
• !?",, - resistência do condutor neutro (na realidade, existe maior probabilidade de rompimento do condutor
PEN) desde o terminal de aterramento principal até o neutro. (Rompendo o condutor neutro da rede, o percur-
ponto de derivação. so da corrente de falta envolverá a terra e, na prática,
• li',,, - resistência do condutor neutro (na realidade, tem-se um esquema TI.)
PEN) desde o ponto de derivação ela rede até o O uso de um esquema TI em uma instalação alimenta-
secundário do transformador. da por rede pública ele baixa tensão (ver Figura 8.22(b))
pressupõe, em princfpioi a existência de três aterramentos,
Pode-se escrever:
o do secundário do transformador, de resistência R11, o cio
Zs = 1111 + Ri + Ri. + R,. + R,,e + R",, + ll;v (8.56) neutro, de resistência Rí,, e o das massas, de resistência
!?A, esses dois últimos eletrodos deverão ser eletricamente
É importante observar que as resistências R,, !<',. e
independentes, o que nem sempre é possível em centros
R·N devem ser fornecidas pela concessionária e, em
urbanos, devido não só às distâncias, como também à exis-
geral, são inacessíveis na fase de projeto da instalação.
tência, em n1uitos C<'lSOS, de elen1entos metálicos no subso-
Portanto, em princípio, o valor de Zs não pode ser deter-
lo que acabam interliganclo os eletrodos.
minado pelo projetista e não é possível verificar a condi-
A impedância do percurso ela corrente de falta será
ção de proteção dada na Expressão 8.9.
O problema pode ser resolvido se for previsto um Zs = R, + Rí,IIR" (8.58)
ponto de referência no nível de quadro terminal, como
apresentado na Seção 8.2, isto é, se for prevista uma Se ocorrer o rompimento cio condutor neutro da rede,
o esquen,a permanece TT e a impedância Z.,· passa a valer
interligação entre o terminal de aterramento do quadro e
um elen1ento condutor estranho à instalação. Assin1, a (8.59)
L, -
!.,, _-
_-_-
_-_-
_-, -,
N-----~
PE -,~ --.
QD
Pomo de Barrn de Barra de
rcfc.rência atcrra1ncnto neu1ro
Elen1cn10 condutor
cs:iranho à instalação
Capítulo 8 • Medidos de proteção oontro choques elétrico, (li) - seccionomento outomático 261
Na prática, não é necessário que os eletrodos de tribuição (geral) da instalação, desde que o trecho com·
aterramento do neutro (na origem da instalação) e das preendiclo entre a origem e o dispositivo não possua
massas sejam eletricamente independentes para que a qualquer massa e satisfaça a medida de proteção pelo
instalação seja considerada TT. Basta que o percurso de emprego ele componentes Classe li ou pela aplicação de
uma corrente de falta fase..massa inclua a terra, o que, isolação suplementar. Na prática, essa condição pode
geralmente, lhe confere uma impedância razoavelmente ser realizada se, entre a origem e o dispositivo, existirem
elevada . ~ o que ocorre, por exemplo, quando a conces· apenas condutores isolados em eletroduto isolante ou
sionária exige, além do aterramento do neutro na orige1n cabos uni ou multi1>0lares contidos ou não em eletrodu·
ela instalação, outro {separado) para as n1assas. to isolante.
No Brasil, para as instalações elétricas alimentadas
~ importante observar que:
por redes de distribuição pública em baixa tensão, a ado·
çâo do esquema TN-C-S é, em geral, a solução mais con- • O DR único deverá ser, na maioria dos casos, de alta
veniente do ponto de vista ele segurança, uma vez que; sensibilidade, tendo em vista as necessidades de pro·
• É utilizado um único sistema de aterramento na ori· teção adicional con1ra contatos diretos.
gem da instalação do consumidor. • Para que seja viável a uti lização de um único DR ele
• As correntes de curto-circuito são elevadas e a prote- alta sensibilidade (na caixa de entrada ou no quadro
ção atua efic,,zmente. geralt é fundamental que ele não atue com a corren·
• A rápida atuação da proteção diminui o tempo de cho- te de fuga total normal da instalação; assim, no caso
que elétrico, proporcionando proteção contra o conta- ele um DR de 30 mA, a corrente de fuga em condi·
ções normais não deve ultrapassar 15 mA.
to indireto.
• O surgimen<o de uma falta fase-massa que provoque
o aparecin1ento de uma tensão de contato perigosa
8.6 Aplicação dos dispositivos DR deverá fazer o dispositivo atuar, desligando toda a
instalação.
Generalidades Nessas condições, o uso de um único DR (interruptor
Os dispositivos DR são utilizados na proteção contra ou disjuntor) é, em geral, uma solução aplicável a insta·
contatos indiretos qualquer que seja o esquema de aterra- lações de pequeno e médio porte.
mento utilizado (TN, n ou 1n, podendo, em princípio, ser Assim pode-se utilizar, por exemplo:
utilizados dispositivos de baixa ou de alta sensibil idade.
• Um disjuntor DR de alla sensibilidade na caixa de
~ preciso observar, por sua vez, que os DRs ele alta
entrada de uma unidade isolada, o que penmite reu·
sensibilidade constituem uma proteção adicional obriga-
nir, em un, único dispositivo, a "chave geral da
tória contra contatos diretos, conforme a NBR 5410.
instalação" de proteções contra sobrecorrentes e
contra choques elétricos (ver Figura 8.24(a)).
Esquema TT • Um interruptor ou disjuntor DR de alta sensibílidade
Nas instalações com esquema TT, como enfatiza a no quadro de distribuição de cada unidade, em pré-
NBR 541 O, o DR é atualmente o único meio adequado dios com várias unidades (observadas as condições,
para proteção contra contatos indiretos, o mesmo ocor- já citadas, que permitem o deslocamento do DR),
rendo com as instalações alimenladas por redes p,íblicas com proteção de retaguarda adequada no centro de
em baixa tensão com esquema TN·C.S. medição !disjuntor ou dispositivo fusível) (ver Figura
A norma admite nesse esquema o uso de un1 único 8.24(b)).
dispositivo DR, instalado na origem da instalação, pro· Quando não for possível ou recomendável utilizar
porcionando uma proteção geral contra contatos indire- um único DR, duas são as soluções mais indicadas:
tos. Assin1, nas unidades de consumo alin1en1adas por
rede pública em baixa tensão, o dispositivo 1>0deria ser (a) Instalar um disjuntor DR de baixa sensibilid,1de como
localizado junto do medidor, isto é: proteção geral (na origem ou no quadro de distribui-
ção, quando possível) e disjuntores DR de alra sensi·
• Na caixa de entrada de unidades isoladas (como nas bilidade nos circuitos terminais onde se faça necessá-
residências e em pequenos estabelecimentos rio; obtendo-se uma coordenação entre os DRs (ver
con1erciais). Figura 8.25(a)).
• No centro de 1nediç,ão de prédios com várias unida· (b) Instalar um inrem,ptor DR em cada derivação da ins-
eles (por exemplo, em prédios residenciais ou comer- talação, isto é, em cada um dos circuitos de distribui·
ciais e em shopping centers). ção, se existir mais de um, ou em cada subdivisão
No caso de un1 único DR, a norn1a acln1ite seu deslo- feita no próprio quadro. Observe que os dispositivos
camento da origem, por exemplo, para o quadro de dis- só poderão ser instalados no quadro de distribuição
se, entre a origem e o quadro, forem observadas as
SU$W ü
l
não ultra.passar 63 A
Cha\•e-gcral e
~
protcçâo de
retaguarda do
DR (disjuntor ou fusível)
Centro de no caso de ser usado unt
rncdi ão interruptor
(b)
Figura 8.24 • Exemplos de utilização de um único DR: (a) unidade isolada; (b) unidade de prédio com vários unidades
condições indicadas anteriorn1ente (para o desloca~ derivações. Assim, por exen1plo, se na instalaçêlo repre-
mento de um DR da origem para outra posição). A sentada na Figura 8.25(b) tiver um DR de 30 mA e outro
corrente nominal de cada DR não cfeverá ser inferior de 300 mA, a resistência deverá valer, 1>ara = 50 V u,.
à soma das correntes de projetos dos circuitos deriva, 50
dos (ver Figura 8.2S(b)). li, S X • = 167 0
300 10 3
No caso de uma instalação con1 várias derivações,
cada uma protegida por um DR (como na Figura 8.25(b)) Existe, no entanto, a 1>0ssibilidade de que correntes
e com um aterramento comum, a resistência de aterra- diferenciais-residuais (de fuga ou de falta) nas deriva-
ções, um pouco inferiores aos l .,,v, dos respectivos DRs e
mento (li,) deve ser obtida pela expressão a seguir
que não provoquem sua atuação, somando-se, colo-
li S,~ (8.60) quem sob tensão as d iversas massas. Essa condição é
A / ,1.1\' nux mostrada na Figura 8.26.
onde J~.,·nui é o maior dos valores de corrente diferen- Considerando /IA= 167 O e,,,=l n = 0,2 A e'"'=
cial-residual nominal de atuação dos DRs utilizados nas 0,019 A, ten1-se, nas n1assas, a censão
SU$W li
Capítulo 8 • Medidos de proteção contro choques elétricos (Ili - seccionamento automático 263
2F. 2F-N
3F, 3F-N Quadro de
---+
Entrad• distribuição
(a)
Quadro de
\
Condutores isolados cn1 clc1roduto ~
dis1ribuiç5o
Emrada
isolante ou e,n cabos uni ou ,nuhipoJares
(con1idos ou oão e,n elctroduto isolante)
Interruptor DR
4 pólos. 40 e 63 A
Ili Ili
(b)
Figura 8.25 • Exemplos de utilizações típicos de DRs: (oi disjuntor DR ele 85 no entrado e disjuntor DR de AS em determi·
nodos circuitos terminais; (bl um interruptor DR em cada subdivisão da instalação
Up = U,, = 167 · (0,2 + 0,2 + 0,019) = 70 V dai-residual pouco inferior ao l.,Ndo DR respectivo, é tam-
bém verdade que tal possibilidade é bastante remota. Por
Para evitar esse problema e reduzir a tensão de conta· outro lado, como sabemos, o DR pode atuar para qualquer
to, a resistência de aterramento deverá ser dimensionada valor ele Ir na faixa 1,"'2 s I,, s /,,, . Nessas condições, é
com base na soma das correntes diferenciais-residuais geralmente suficiente dimensionar R, pela Expressão 8.62.
nominais de atuaç.'io dos diversos DRs instalados nas deri- No caso de um aterran1ento con1um a várias unida·
vações cujo aterramento é comum. Assim, tem-se no caso eles de consumo, como enl unl p(édio de apartan1encos
do esquema da Figura 8.26 ou de escritórios (com esquema n, onde sejam impor-
tantes os valores de corrente de luga das diversas unida-
n, s :~ = 79,4n
0• 0 des, para maior segurança, é oportuno considerar a
máxima corrente diferencial residual que possa perma-
Mas, se é verdade que existe a "possibilidade" citada, necer na instalação comum de terra, sem provocar a
isto é, que em cada derivação exista uma corrente diferen- atuação das proteções rliíerenciais.
SU$W ü
R
s
T
I DR I I DR I 1 DR I
~
- I.<' CD
~
I.<' Q)
~
CD -
,,t '1+ 1
IR
Figura 8.27 • Derivações ou instoloções
SU$W ü
Capítulo 8 • Medidos de proteção contra choques elétricos (li) - seccionamento automático 265
s
T
1, Legenda:
RS=0,5 A
ST = 0,5 + 0,03 = 0,53 A
RT = 0,3 + 0,03 = 0,33 A
R = 0.5 + 0,33 = 0,83 A
S=0.5 +0,53= l.03A
T = 0.53 + 0.33 = 0.86 A
Figura 8.28 • Fose S com maior corrente
s
T
1,13A
- - - -
~- i0.5A i0,3A i 0,03A i0,3A
1
Figura 8.29 • Defeito simultâneo na mesma fase (improvável)
SU$W ü
r
•
-
DR DR
DR
!
- !
DR
<(- -
Nessas condições, a resistência de aterramente deve- atuará, uma vez que não é detectada 1>0r ele nenhuma
ria estar coordenada com a soma das correntes de fuga. corrente diferencial-residual.
No entanto, sendo a corrente de fuga total de difícil (pra· A solução para garantir proteção contra contato indi-
tic.1mente impossível) determinação, é usual adotar-se reto para esse problenla seria dín,ensionar R" em função
para R, um valor não superior a 100 !!, o que geralmen- da corrente que garante a atuação do disjuntor em 5 s, o
te é suficiente. que fatalmente levaria a um valor extremamente baixo e
A análise feita é pessimista, na verdade, uma ve.z que praticamente impossível de obter. Outra solução mais
as correntes de fuga de fases diferentes estão defasadas e adequada seria prover o circuito (1) de dispositivo DR.
a soma fasorial delas, na realidade, é menor que o valor
apresentado pela Expressão 8.63, fornecendo uma tensão Esquema TN
de contato menor que a apresentada pela Expressão 8.64.
Nas instalações com esquema TN (exceto nas que
Outro aspecto interessante a observ<1r é sugerido na
Figura 8.31. utilizam o TN·C), como apresentado na Seção 8.2, os
dispositivos DR, geralmente, são a melhor opção para a
Duas cargas (ou duas instalações) (1) e (2), uma pro-
proteção de circuitos em que não puder ser atendida a
tegida contra contatos indiretos por um disjuntor termo-
condição de proteção dada pela Expressão 8.11, como
magnélico e outra por Lun DR, co,n u1n aterran1ento
no caso de circuitos terminais n1uito distantes do trans-
comum cuja R,. foi escolhida em função do DR.
forrnador (por exemplo, em prédios de grande altura ou
Ocorrendo uma falta fase-massa em (1), com corrente lt,
comprimento). Nesses casos, as massas protegidas
a1>arecerá uma tensão de contato
podem não ser ligadas ao condutor de proleç,io ao TN,
u/J. = ,,.. · R,, mas devem ser ligadas a um eletrodo de aterran,ento
provavelmente superior à tensão de contato-limite, que cuja resistência seja compatível com a corrente diferen-
n.io será eliminada em tempo hábil {devido ao valor de cial-residual nominal de atuação do DR utilizado. Então,
R,), porque o esquema é TI. O condutor de proteção nessas condições, o setor da instalação considerado
colOC<1 (2) sob tensão de contato Um = Um e o DR não deve ser admitido como TI.
SU$W ü
Capítulo 8 • Medidos de proteção oontro choques elétricos (li} - seccionamento automático 267
I ( 1) (2)
lfs,
PE
Também, em instalações alimentadas por rede de dis· neutro, ou na Expressão 8.53, quando o neutro for distri·
tribuição pública em baixa tensão, com esquema TN-C- buído. No caso, são válidas as observações referentes à
S, a proteção (global) por DR é a solução indicada: aplicação da proteção diferencial do esquema TN.
• Quando não houver possibilidade de verificar a condi-
ção de proteção, devido ao desconhecimento das im· Outros aspectos
pedâncias situadas entre a entrada e o transfonmador da A experiência internacional com o uso de dispositi-
concessionária, incluindo a deste (caso freqüente). vos ORI que já vem de vários anos tanto na Europa como
• Quando não puder ser garantida a integridade do nos Estados Unidos e em outros países da América Latina
neutro da concessionária (o condutor PEN), como (Chile e Argentina), onde existem dezenas de milhares
ocorre em alimentações por rede aérea (para essa de dispositivos instalados, mostra que muitos acidentes
situação, o DR é explicitamente recomendado pela - choques por contato direto e por contato indireto e
NBR 5410). princípios de incêndio - já foram evitados, salvando-se
Nesses dois casos, as instalações devem ser conside- vidas, equipamentos e propriedades.
radas como se seguissem o esquema n . Pode-se relacionar, com base na citada experiência,
que os disparos dos dispositivos DR se devem a:
Esquema IT • Uso de equipamentos com elevado nível de corrente
Nas instalações com esquema IT, o DR é o dispositivo de fuga (por exemplo, chuveiros elétricos metálicos
mais indicado no caso de massas aterradas individual- co1n resistência nua).
mente ou por grupos, observando-se que, para garantir • Faltas em aparelhos eletrodomésticos e em aparelhos
sua não atuação em uma primeira falta, a corrente dife- ele iluminação.
rencial-residual de cada dispositivo deve, no mínimo, ser • Umidade em eletrodutos (ou eletrocalhas) metálicos,
igual ao dobro da corrente que circularia no circuito se sendo essa umidade geralmente resultante de inun·
ocorresse uma primeira falta (direta) fa.se·n1assa (ver dações, de lavagem de pisos ou de condensações.
Expressão 8.43). Valem, no caso, todas as observações • Introdução de agulhas, clipes ou objetos análogos em
concernentes à aplicação do dispositivo no esquen1a TT. tomadas de corrente.
Quando as massas forem todas interligadas, o uso dos • Falhas nas isolações de condutores, provenientes de
DRs é particularmente indicado na proteção de circuitos problemas na instalação (puxamento de condutores
em que não possa ser atendida a condição de proteção isolados em eletrodutos metálicos com rebarbas ou
dada na Expressão 8.52, quando não houver condutor com estreitamento ele seção em curvas).
SU$W li
• Contato direto de uma pessoa com um condutor • Em um circuito terminal ligando a(s) massa(s) do(s)
•desencapado" de um cabo flexível de alimentação equipamento(s) de utilização e, se for o caso, o(s) ter·
de um equipamento ele utilização (aparelho eletrodo- minal(is) "terra• da(s) tomada(s) ele corrente, alimen-
méstico ou de iluminação móvel ou poriátil). taclo(s) pelo circuito ao terminal de aterramento cio
quadro ele distribuição respectivo.
O emprego de dispositivos DR é um bom diagnóstico
• Em um circuito de distribuiç,io, interligando o termi-
para detectar instalações mal-executadas ou em mau
nal de aterramento do quadro ele onde 1><1r1e o circui-
estado de conservação. A corrente diferencial-residual
to ao terminal de aterramento do quadro alimentado
funciona como um elemento ele controle do nível de iso-
por circuito.
lamento ele uma instalação ou ele um setor ele uma insta-
lação e, conseqüentemente, da segurança e do conforto Um condutor de proteção deve fazer parte ela mesma
das pessoas. Nessas condições, o dispositivo DR, princi- linha elétrica do circuito, como está explicitamente reco-
palmente o de alta sensibilidade, é um vigilante da boa mendado pela NBR 541 O no caso dos esquemas TN (ver
qualidade de uma instalação elétrica, pern1itindo n1an- Seção "Condições de proteção"). Por sua vez, pode-se ter
ter a instalação em bon1 estado. Por sua vez, ao limitar um condutor ele proteção comum a vários circuitos, desde
as correntes de fuga a valores aceitáveis, o dispositivo que estes estejam contidos na mesma linha elétrica.
evita o desperdício, contribuindo para a conservação da Podem ser usados como condutores ele proteção:
energia elétrica.
• Veias ele cabos multipolares.
Por último, é importante observar que os dispositivos
• Condutores isolados, c.1bos unipolares ou condutores
DR podem ser utilizados na proteção contra incêndios.
nus en1conduto co1num co,n os condutores vivos.
Com efeito, uma corrente de falta fase-massa elevada (da
• Armações, coberturas metálicas ou blindagens de
ordem de algumas centenas ele miliam1>i?res) pode provo-
cabos.
car aquecimentos indesejáveis em seu percurso, que mui-
• Eletrodutos metálicos e outros condutos metálicos,
tas vezes é imprevisível, devido a circunstâncias locais.
desde que sua continuidade elétrica seja assegurada
Tais aquecimentos, quando ocorrem em ambientes que
por disposições construtivas ou conexões adequadas,
armazenen1 ou processem materiais conlbustíveis,
e que constituam proteção contra deteriorações de
podem significar o início ele um incêndio.
natureza meecinica, quín1ica ou eletroquímica. Além
Nessas condições, a NBR 541 Orecomenda que os cir-
disso, desde que sua condutância seja, no mínimo,
cuitos terminais situados em ambientes classificados
igual à resultante da aplicação ela Expressão 8.65.
como BE2 contenham dispositivos DR com corrente dife-
rencial-residual nominal máxima de 500 mA, o que Quando a instalação contiver barramentos blindados
representa uma proteção eficaz contra riscos de incêndio com invólucros metálicos, esses invólucros podem ser
de origem elétrica. Na realidade, a NBR 541 O apresenta, usados como condutores ele proteção, desde que satisfa-
além da solução com DR, que nos parece a mais viável, çan, sin1ultanean1ente às três prescrições seguintes:
outra que consiste na supervisão do circuito por um dis-
(a) Sua continuidade elétrica deve ser assegurada por dis-
positivo supervisor (0$1) pem,anente de isolamento que
posições construtivas ou conexões adequadas, que
sinalize quando surgir uma falta no esquema IT. constituam proteção co,nra deteriorações de natureza
Pode~se~ adicionaln1ente, colocar dispositivos próprios
n1ecânica, química ou eletroquímica.
para detectar princípios de incêndios, tais como detector
(b) Sua condutância seja, no mínimo, igual à resultante
de fumaça, de calor, de radiações infravermelhas etc.
ela aplicação da Expressão 8.65.
(c) Permitam a conexão de outros condutores ele proteção
8 .7 Condutores de proteção em todos os pontos de derivação predeterminados.
Muito embora a NBR 5410 utilize a expressão •con- No caso de elementos condutores estranhos à insta-
dutor de proteção" referindo-se principalmente aos con- lação, é importante observar que sua aplicação a esse
dutores de proteção 'dos circuitos', isto é, os que acom- uso deve ser analisadél e, se necessário, deven1 ser feitas
panhan, os circuitos terminais e ele distribu ição, o tern,o as adaptações necessárias.
apresentado na Seç.ão 3.3 (em "Eletrodos de aterramento") Os seguintes elementos metálicos não são admitidos
é mais abrangente, englobando todos os condutores liga- como condutor de proteção:
dos ao aterramento de proteção da instalação, o que inclui
• Tubulações de água.
os condutores de aterramento e os de eqüipotencialidade
• Tubulações ele gases ou líquidos combustíveis ou
(ver Figura 8.32). Todos eles devem sempre estar presen-
inflamáveis.
tes nas instalações, seja qual for o esquema de aterramen-
• Elementos ele construção sujeitos a esforços medni-
to adotado (TN, n ou IT).
cos em serviço normal.
Os condutores de proteção (cios circuitos) (PEs) • Eletrodutos flexíveis, exceto quando concebidos para
devem estar presentes: esse fim.
SU$W ü
Capítulo 8 • Medidas de proteção contra choques elétricos (li) - seccionamento automático 269
Condutores de proteção
QD
Ban-amento P E - - ---+ • • •
~ ~ Eletrodo de aterramento
8arru1nen10 de
eqüipotencialização
principal
Tabela 8.9 • Fator k para condutor de prateção isolado não Incorporado a cabo multipolar e nãa
enfeixado com outras cabos
Isolação
Material do condutor
PV(:<"> EPR ou XLPE
Cobre 143/133 176
Alumínio 95/88 116
Aço 52/49 64
(*) O valor m;\is balxo aplica-se 3 condu1orcs c:01n scç.ão n1aiot <1ue 300 n1m 1
Not3s:
1. A 1cn1pcr:11urn inicial considerada é de 30 •'(:.
2. A 11.•n1pcr:ttum lin:11 cunside:r:1d:l é:
• PVC,ué 300 1n1n!: 160 "C.
• rvc n13iorq11e 300 1nm!: 140~.
• EPR e XI.PF.: 250 <C.
Tabela 8.1O • Fator k para condutor de prateção nu em contato cam a cobertura de cabo, mas não
enfeixado com outras cabos
Cobertura do cabo
Material do coi:adutor
PVC Polietileno
Cobre- 159 138
A lu,nínio 105 91
Aço 58 50
Now:
1. A 1cn1Jl('raturft inicial c:onsider:Mla é de 30 l'Ç'.
2. A 1e1nperatur.1 fin:d considerada é de 200 "C para o PVC e 150 "C pata o poli<:tllcno.
Tabela 8. 11 • fator k para condutor de prai.ção con,tituído pc>!' veia de cabo multipolar ou enfei·
X ado com outros ca bos ou cond utores .I soladó
• 1
Cobertura do cabo
Material do condutor
PVC Polietileno
Capítulo 8 • Medidos de proteção oonlro choques elétricos (li) - seccionamento automático 271
ITabela 8.12 • Fator k para condutor de pro~ ão constituído por armação, capa metálica ou
condutor concêntrico de um cabo _J
Isolação
Material do condutor
PVC EPR ou XLPE
Cobre 141 128
Alumínio 93 85
Chumbo 26 23
Aço 51 46
No1as:
1. A te111pemh1ra inicial considet3da é de 60 "C (101'3 o PVC e 80 "C p.\rn o EPR e o XLPE.
2. A tcmpt.•ratura linal considerada é de 200 "C p.,ra o PVC. (\J>Jt e X LPf:.
I Tabela 8.13 • Fator k para condutor de pro~ão nu onde não houver risco de que a s tempet"atu::J
indicadas possam danificar qualquer material adjace nte
Material do condutor
Cobre Alumínio Aço
Ternperatura Temperatura Tem1>eratura Ten1peratura
Condições Fator k Fator k Fator k
inicial ('C) máxima (•C) máxima ('C) máxima (>C)
Visível e e1n áreas restrita$ 30 228 500 125 300 82 500
Condições normais 30 159 200 105 200 58 200
Risco de incêndio 30 138 150 91 150 50 150
rior à seção do condutor de proteção de menor seção o potencial da terra, merecem um tratamento ~pecial
ligado a essas massas. Quando ligarem uma massa a um por parte da NBR 541 O.
elemento condutor estranho à instalação, devem possuir Nessas áreas são considerados quatro volumes, con-
uma seção equivalente igual ou superior à metade da forme indicado nas Figuras 8.33 e 8.34.
seção do condutor de proteção ligado a essa massa, com Em caso de cabine de banho pré-fabricada, no volu-
uma seção mínima de 2,5 mm2, se protegidos n,ecanica· me gerado a 60 cm ela porta ele entrada, não ;>Ode ser
mente, ou de 4 mm2, caso contrário. instalado nenhum interruptor de tomada de corrente,
1: importante observar que uma ligação eqüipotencial conforme mostra a Figura 8.35.
su1>lementar pode ser executada por elementos conduto- A Tabela 8.15 apresenta as características dos com1>0·
res estranhos à instalação, desde que não desmontáveis, nentes da instalação em cada um dos volumes definidos.
como é o caso ele estruturas metálicas. No volume O, admite-se apenas o uso de SELV com
tensão nominal não superior a 12 V, e as partes vivas do
sistema SELV, qualquer que seja sua tensão nominal,
8.8 Locais especiais elevem ser providas de isolação capaz ele suportar ensaio
de tensão aplicada de 500 V durante 1 min ou devem ser
Locais contendo banhe ira ou chuveiro usadas barreiras ou invólucros com grau de proteção
Os locais contendo banheira ou chuveiro, onde é pelo menos IP2X. Além disso, a fonte de segurança deve
maior o perigo do choque elétrico devido à redução da ser instalada fora cio volume O e deve ser realizada uma
resistência elétrica do corpo humano e ao contato com eqüipotencialização supleme,1tar, reuninclo todos os ele-
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Vol. 2 : Vol. 3 Vol. 2: Vol.3
0.60m: 2,40m .••
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' 2.40 m
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(e) Chuveiro ou ducha se1n clara (1) Chuveiro ou ducha sem piso do boxe e
delimitação do boxe se111 rebaixo. n1as corn parede fixa
Ponto do
() --., chuveiro
"62> I '
___ _,,:">O''5o
Vol. 1
•
• ... --- Vohunc 2 ,
.!),., .,'
mentos condutivos dos volumes O, 1, 2 e 3 e os condutores Nos volumes O e 1, admite-se apenas o uso de SELV
de proteção de todas as massas situadas nesses volumes. com tensão nominal não superior a 12 V em corrente
alternada, ou 30 V en, corrente contínua~e as partes vivas
do sistema SELV, qualquer que seja sua tensão nominal,
Piscinas devem ser providas de isolação capaz de suportar ensaio
A redução da resistência elétrica do corpo humano e de tensão aplicada de 500 V durante 1 min ou devem ser
o contato com o potencial da terra toma as piscinas usadas barreiras ou invólucros com grau de proteção pelo
(inclusive lava-pés e áreas adjacentes) locais tão perigo- menos IP2X. Além disso, a fonte de segurança deve ser
sos quanto os que contêm banheira ou chuveiro. instalada fora dos volumes O, 1 e 2.
A NBR 541 Oconsidera, nesse caso, três volumes con- No volume 2, são admitidas uma ou mais das seguin-
forme indicado nas Figuras 8.36 e 8.37. tes medidas de proteção:
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Capítulo 8 • Medidas de proteção contra choques elétricos (li) - seccionamento automático 273
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I Tabela 8.15 • Características dos coml)Clflentes instalados em locais com banheira ou chuveiro
Volume O
-Volume 1 Volume2 Volume 3
_J
IPX3 lPXJ
Grau de proteção 1nínin10
IPX7 IPX4 IPX5 IPX5
dos eo1n1>0ncn1es
(banheiros públicos) (banheiros públicos)
Linhas elétricas aparentes Linhas li111itadas son1ente à necessidade de alin1cntação Linhas aparentes ou en1butidas
ou embutidas (até a prof,111- dos equipa_1nen1os usados nesses voh1n1es. Uso de (a1é a profundidade de 5 cm)
didade de 5 cm) condu1ores isolados ern condutos fechados isol:uues, iguais às pern1i1idas nos volun1es
cabos uni ou n1ultipolare.~ dispostos ou não e,n O. 1 e 2; ou linhas constituídas por
condutos de quakJucr tipo condutores isolados ou por cabos
unipolares contidos en1 condutos
fechados metálicos embutidos.
desde q ue sejam incluídos na lig·
aç5o eqUipo1encial
suple1nen1ar. e que os circui1os
seja,n protegidos por DR de ai.ia
sensibilidade
Ligação equipotencial Ligação eqüipotencial sup1e,nent~\r deve reunir todos os elen1entos condutivos dos volu,nes
suple1ncntar O. l. 2 e 3 e os condutores de proteção de todas as ,nassas desses volu1nes
Dispositivos de co1nando, Ncnhun, dispositivo de J)rotcção, co,nando ou Apenas 10,nadas de con'Cnte.
de proteção e seccion:unen· scccionan1ento ou tomada. Nos volumes l e 2 são desde q ue:
to, 1on1adas de corrente adn1itidos cordões isolantes de inte.rruptores acionados a • Alimentadas
cordão, desde que atendam aos requi.sitos da JEC 60669-1, in<lividualme,ue por
ben1 con10 ele1nentos de co,nando (circuitos auxiliares) 1ransfonnador de separaç-{io ou
ali,nc111ados e1n SELV ou funcionando por • Ali111entadás enl SELV ou
rndiofreqüência. infrave.nnelho ou outro 111eio que • Protegidas por DR de alta
ofereça grau de segurança equivalente sensibilidade
Apenas Apenas :1quc· Apenas aquecedores de Ncnhu1na restrição
cquiparncn- cedores de água elé1ricos e aparelhos
Outros ros previstos água elétricos de ilun1inação elas.~ li,
para uso cm classe 11 ou classe 1 ou protegidos por
Con1poncn1es fixos
banheira. protegidos por DR de alta sensibilidade.
DR de alta
sensibilidade.
Volume O
--·--·--·---·---·--·
VolunlcO
1,5 lll 2,001 2.0m l,Sm
Vohune O
Lava-pés
Figura 8.36 • Dimeniões dos volumes poro pisdnos e lava·pés. As dimeniões podem ser mediclas levando·se em conta
paredes e diví,ões fixos
SU$W ü
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·------------r-···- Volu1ne 1 c-Í ----~--
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Vohnne 2 ''
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Volu111c
J. .1. .1. .l .1. ..
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• • • VolunteO
h
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1 '
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'• • .... •
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: 1
Figura 8 .37 • Dimensões dos volumes poro piscina acima do soJo. As dimensões podem ser medidas leva ndo-se em conto
paredes e d imensões lixos
0,3 mi Volurnc 4
Vohnnc 3 Volun1c I
0.5 111
1
0,5 111
0,5ml
/
Isolação ténnica b = caixa de ligação
Capítulo 8 • Medidos de proteção oontro choques elétricos (li} - seccionamento automático 277
(Continuação)
Volume O Volume l Volume2
IPX5 IPX2 (para as piscinas cobertas)
IPX4 (para pequenas piscim,s 1PX4 (para as piscinas ao 1cmp0)
Grau de proreção
IPX8 cobert3S que não sejam nonnal· IPX5 (quando o volume estiver
1ní11in10 dos con1ponen1cs
n1ente sub,netidas a lavagens com sujeito a lavagens con1jatos d'água
jatos d ' água sob pres.são) sob pressão)
• Uma vez aberta a tan1pa ou a port:t.
o grau de pro1eção apresentado pelo
cquipatnen10 deve ser IPXXB. no
nlÍnin10.
• A alimcntaçüo do cquip;.in1cnto
deve ser:
• Ern SEI...V sob 1cns:ão não superior
a 25 V CA ou 60 V CC. sendo a
fonte de segurança ins1al.1da fora
dos volun1es O. 1 e 2: ou
• Pro11:gido por dispositivo l)R
con1 corrente diferencial-residual
no,ninal não superior a 30 ntA; ou
• Protegida por separação elénica
individual. sendo a fon1c de scpa-
r:1ção insu1htda rora dos \tOlun1es
O. t e2.
En1 1>e<1ucnas piscinas onde a ins1a-
Jação de luminárias fora do volu1nc 1
não for possível. ad1ni1e-se sua ins1a-
lação no voltnni! 1. desde que elas
fiquc111 posicionadas fora de alcance
(1.25 m) do volume Oe
possuam invólucro que assegure
isolaçao classe li (ou equivalente) e
protcç5o mecânica AG2. Afé,n disso.
as lun1ínarias devem ser:
• Afhnentadas c1n SELV: ou
• Protegidas por disposilivo DR
cont corren1c difcn:ncial-rcsidual
no1ninal não superior a 30 rnA: ou
• Protegidas J>Ot separação clC:1.rica
individu,d. sendo as fonlcs de
scparnção. 1anu1s qu:uuas forem
as lumin:iri:.s. instaladas fora dos
volu1ncs Oe 1.
Nesses locais, quando for utilizada SELV, a proteção Locais contendo aquecedores
contra contatos diretos, qualquer que seja a tensão de sauna
nominal, deve ser garantida por barreiras ou invólucros Os locais contendo aquecedores de sauna também
com grau de proteção IP2X, no mínimo, ou por isolação merecem um tratamento especial por parte da NBR 5410.
capaz de suportar um ensaio de tensão aplicada de 500 Nessas áras são considerados quatro volun1es, confor-
V, por um minuto. Observe que não são permitidos, me indicado na Figura 8.38.
como proteção contra contatos diretos, o uso de obstá- Em locais destinados a sauna, quando for usada SELV
culos e a colocação fora de alcance. ou PELV, as partes vivas do sistema SELV ou PELV, qual-
quer que seja sua tensão nominal, devem ser providas ele
No que diz respeito à proteção contra contatos indi- isolação capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de
retos, as medidas indicadas pela NBR 54 10 são indica- 500 V durante 1 min ou se< protegidas por barreiras ou
das na Tabela 8.1G. invólucros com grau de proteção pelo menos IP2X.
A Tabela 8.18 apresenta as características dos compo-
nentes da instalação em cada um dos volumes definidos.
SU$W ü
I Tabela 8.17 • Medidas ele proteção contra contatos indiretos em comportimenlos condutivos 1
Equipamento Medidas de proteç,io Observações
f'erran1cn1as ponátcis e Preferência ao uso de equiparncntos classe li:
• SELV: ou adn1i1ido o uso de equipamen1os classe 1.
ap,1..rcJhos de ,ncdiçtio • Separação clé1,rica (u1n e<1uip:.uncn10 por enrola1ne,n10
portáteis secundário do transformador de separação). con1. pel o n1enos. punhos cm n1atcrial
isolante ou t..-0111 reves1irncn10 isolant~.
• Sl!LV: ou
LâmJl"d~s ponáteis • Aparelho nuore.~<..-en1c com transfom1ador de dois:
cnrolantentos incorporado e al in1cn1:1çào Clll $€1.~V.
• Seccionamento auton1á1ico dà ;1.li1ncntação e
rc~1liz.ando-sc ligação cqUipo1cncial suplc1nc111ar
envolvendo as rnassas dos cquipa1ncntos fixos e
as 1>al'ICS coodutoras do con11>:1ni1nc,nto: Qu
Equipan1en1os fixos
• SELV: ou
• Sep:iração clf1rica lin1i1ada a un1 úni<."O equip::i1oon10
por cnrola,ncnto secundário do trans-fomuu.tor
<lc scpantção.
No1as:
l . As fon1cs. de segurança e as de s e ~ . execro as deslinadas à alin1er.i1aç~ ele ferranlén1as a ap3rclhos de medição portá1eis e de (.'(l\1ip.1men10$
fixos. devem s..:r instalad~ for:i do <"omp.1nimcn10 condu1or.
2. se ccnos cquip..,n1en1os fixos.. 1ais cont0 1.-'(luipa111en1os de n1cdiç!o e de controle. nc..-c.:ssiU\ren, de a1errn1nc1uo funcional. de\'e ser n.·ali·1,:id:i tuna
lig,.ç.llo cqtiipo1encial envolvendo todas as n,as~i.s. 1odos os ele1ne01os condu1ores no imerior do com1>3njmen10 e o :11cmn1cn10 funcion3I.
EXERCÍCIOS
1. Quais são as duas condições e111 que se baseia a proteção por seccionamento auton1ático da alimentiição?
2. Qual é o tempo máximo, independentemente do esquema de aterramento, que se admite para o seccionamento
e,n cada esquema de aterramento?
3. Quais dispositivos apropriados foram desenvolvidos déc;idas atrás com a finalidade específica de proteção con·
tra contatos indiretos, independentemente do esquema de aterramento utilizado?
SU$W ü
Capítulo 8 • Medidas de proteção contra choques elétricos (li) - seccionamento automático 279
º• .....................................................
Tc,npcnttura de rcgin,e
.
Tc111pcrJturJ a1nbicntc
o,, ---------------- ------- ------------------------------
Condutor l sol:i.çilo 1, •I
o
Condu1or
Isolação r
r - Raio do condutor
'' (COn$Kl~rnnd<> un1 éilindro hon1o~oê11<.."<>)
' : - Espessu~ da iS.Oln~-3.o
''
{·········r1' Te1nperalura
1 1
' __ .,1 ____ cxten1~, Figura 9.3 • Modelo simplificado de condutor isolado
_ ____ 1
1 __
Modelo simplificado
A Figura 9.3 mowa um modelo simplificado ele condu- virá
tor isolado. O condutor propriamente dilo é um cilindro
2,r, o0.2<
homogêneo ele raio r; a isolação tem uma espessura z. K = k, ~ .,--· /
0,7-rr
Valem as relações
resultando
Tabela 9 .1 • Compa~ão entre valores reais ela espessura z da isolaçãa e valores calculados pela
- z = O,7 Vrr Dara con d utores I'solad os SU Der'aStic
exoressao "'
Fios Cabos
Seção Espessura F.s pes-sura
nominal Díilmctro Raio Oi,lmctro Ra ío
nominal d a nominal da
(mm') nominal r= d/2 0,7 Vr nominal r = d/2 0,7Vr
iso lação isolação
d (mm) (mm) d (mm) (mm)
z(mm) z(mm)
1.5 1.36 0.68 0.70 0.58 1.55 0.78 0.70 0,62
2.5 1.74 0.87 0,80 0.65 2,00 1,00 0.80 0,70
4 2.20 1,10 0.80 0.73 2,50 1,25 0.80 0,78
6 2,70 t.35 0,80 0.8 1 3.10 1,55 0.80 0,87
3,50 1,75 1,00 0.92 3,75 1,88 1,00 0,96
'º
16 4.4 1 2.2 1 1,00 1.04 4,75 2,38 1,00 1,08
25 5,95 2,98 1,20 1,21
35 7.00 3.50 1.20 1,31
50 8.05 4.03 1.40 1,41
70 9,70 4 ,85 t,40 1,54
95 11,45 5,73 1,60 1,68
120 12.80 6.40 1,60 1.77
150 14,25 7,13 1,80 1,87
185 15,85 7.93 2,00 1,97
240 18,35 9. 18 2,20 2.12
• Condutores isolados de cobre com isol:iç:lo e PVC. 1ipo o,vr. 1cn.s::\o de isol.:uncn10 450/750 V.
de acordo con1 as nonn:l$ NOR Nl\11 247·3. NUR 6245 e NOR N~1 lt(.'60332-3.
Substituindo a Expressão 9.5 ou a Expressão 9.6 na ra máxima para serviço contínuo, 07., função do material
Expressão 9.1 e explicitanclo o valor de /, corrente em que constitui a isolação do condutor ou cabo. A Tabela
regime permanente, obtém-se 9.2 indica os valores de o,.para as isolações usuais de
condutores e cabos de baixa tensão.
I = (2,2 OU 2,6) J[j- v7i:õ;, = 5<MlS (9.7) 1
Capacidade de condução de corrente
Para dado condutor isolado, para uma mesma sobre-
ten1peratura de reginte, a corrente em regime permanente Para dado condutor isolado ou cabo isolado, em de-
pode ser escrita por terminada condição de instalação e para dada tempera-
I = a S"-62:S tura ambiente O., a capacidade de condução de corren·
(9.8)
te (/z) é a corrente que, circulando continuamente pelo
sendo a uma constante. condutor, produz a máxima sobretemperawra de regime,
ti.O,. = o,. - O.- Assim, pode-se escrever da Expressão
Temperatura máx.i ma para serviço 9.7:
contínuo
A temperatura de regime de um condutor ou de um
1, = {2,2 ou 2,6) ~~ 5o.r u
(9.9)
cabo isolado não deve ultrapassar a chamada 1emperaw- expressão que evidencia que l z clepende:
I Tabela 9 .2 • Temf!!t.raturas máximas nnrn servi~o contínuo 1
• Do material condutor, representado pela resistividade p. Generican1ente, 1>ara a temper;itura nláxima enl regi·
• Da seç.io nominal S. n,e pernlanente do condutor, tenl-se
• Da máxima sobretemperatura de regime ilOz, isto é,
da temperatura máxima para serviço contínuo Oz e da
AO. / 2
- - = - ou
o,, - ºA :i -
,2
temperatura ambiente ou do solo (para linhas sub- ll.O, I; O, - 11,1 /;
e daí
terrâneas) O,.
• Do coeficiente de transmissão global de calor k 1, que
depende do material da isolação e das condições de (9.12)
instalação (1naneira de instalar, agrupan1ento de con· ou ainda
clutores e, no caso cfe linhas subterrâneils, da resisti-
vidade térmica do solo). (9.13)
Em diversas publicações, a capacidade ele condução
ele corrente dos condutores isolados e dos cabos isola- expressão que permite obter a temperatura final (de regi·
dos, para dada temperatura ambiente e em certa condi· me) O, produzida por uma corrente /, conhecendo-se a
ção de instalação, é expressa por capacidade de conduç.ão ele corrente /-,, a temperatura
n1á.xima para serviço contínuo Ox. e a ten,peratura an,bien-
I, = o S"l,Zj (9.1 O) te O,,. Da Expressão 9.13, obtém-se os gráficos da Figura
E a se refere à capacidade de condução ele corrente de 9.4, para os condutores isolados com PVC e com EPR
um condutor ou cabo isolado de mesmo tipo e com ou XLPE, que permí1em determinar a temperatura Ok
seção unitária (1 mn12), na mesma temperatura ambiente conhecendo-se l llz.
e nas mesmas condições ele instalação e de ambiente, e Considere, agora, um condutor isolado com dado O;,;
S à seção nominal do condutor ou cabo. A Tabela 9.3 e que, a uma temperatura ambiente de 30 ºC, possuí
apresenta os valores de a para diversos tipos de linhas uma capacidade de condução de corrente!;,;. Determine
(ver Tabela 5.28) considerando dois e três condutores sua nova capacidade de condução de corrente I r.,
carregados e un1a ten1peratur(, an1biente de 30 ºC. sabendo-se que são mantidas as demais condições e que
a temperatura ambiente (1• é diferente de 30 ºC. Assim,
Temperatura (final) de regime ela Expressão 9.11, pode-se escrever
Em relação à Expressão 9.7, para determinado tipo de
tJ.O. /~
condutor isolado, em dada condição ele instalação (por-
tanto k ,. p e S constantes), pode-se escrever que a cor-
AO;, = 11, (9.14)
rente / é igual a uma constante multiplicada pela raiz
fazendo
quadrilda da sobretemperatura dOR. Para duas condições
ele sobretemperatura no mesmo condutor, pode-se che- AO, = O, - 30
gar à expressão e
tJ.O,, = O, - O,
virá, da Expressão 9.14
(9.11)
I Tabela 9,3 • Valorei dó coeficienbl a P_!!ra al!l',!n• ti1>n1 de linhas (tem-ratvra ambiente 30 ºC) 1
Valor deac
Condutor de cobre Condutor de alumínio
Tipo de
Isolação de PVC Isolação de EPR/XL PE Isolação de PVC Isolação de EPR/XLPE
linha
·2 condutores 3 condutores 2 condutores 3 condutores 2 condutores 3 condutores 2 condutores 3 c.-ondutores
carregados carregados corregudos CBrregados carregados carregQdOS carregados carregados
A 11 10.5 15 13.5 8.5 8 11 .5 8
B 13.5 12 18 16 10.5 9.5 14 9.5
e 15 13.5 19 17 11 ,5 10,5 15 10,5
D 17.5 l4.5 21 17.5 13.5 11,5 16 11 .5
E 17 l4,5 21 l8 13 ll 16 13,5
F 17 14.5 21 18 13 11 16 13.5
SU$W ü
A panir desses dados. pode-se concluir que não convém levar a tempera1ura de regime de um cabo a limites extre-
n1os~ porque o pouco que se ganha en1 corrente não co111pensa o risco que se corre de reduzir excessivan1ente a vida
útil do cabo. Com efei10. a vida ótil de um cabo é de cerca de 20 anos, considerando sua utilização em temperaturas
não superiores à temperatura máxima para serviço contínuo. Admite.se que, para cada 5 º C al~1n de Oz, cai pela meta·
de a vida útil do cabo. Assim, por exemplo, es1ima-se que um condu1or de cobre isolado com PVC (Oz = 70 ºC) dure
dez anos com 75 ºC, dois anos e meio com 85 ºC e pouco mais de se1e meses com 95 ºC, desde que opere em regi-
me conrínuo com a corrente de sobrecarga. n1antida.
e daí
1,,=l,M (9.15)
, k,
(2,2 ou 2,6·)
'
Pao, = ,,.'
o que evidencia o foro de que, com uma tempera1ura
ambiente sul)erior a uma temperatllra prefixada - no Considerando condutores de cobre, onde p = 20 x
caso, 30 •e -, ocorre uma redução ela capacidade de LO-, fl · mm 1/m (faixa de 70 a 90 ºC), então
conclução de corrente.
(2' 22 ou 2 16' )k 1 e 20 X 10· 3
ae:
2
a
EXEMPLO ou
Seja um circuito trifásico constituído por três con· 20 X 10- 3 ,
(5 ou 6.7)k 1 = <l. tr
dutores de cobre, isolado com PVC, de 4 mml, instala- o,
do em eletroduto, embutido em alvenaria em um local
onde a temperat.ura ambienie é de 30 ºC. Para isolação de PVC, com O, = 30 ªC, !!.01, = 40 ºC,
(a) A capacidade de conclução de corrente pode ser a expressão fica
obtida da Expressão 9.1 O (5 OU 6,7) k 1 = 0,5 X 10- 30 2 (9.16)
• Da Tabela 9.3, tipo de linha B, 3 condutores car-
regados: a = 12 A Para isolação de EPR ou XLPE, com O, = 30 ' C, !!.Oz
= 60 ºC, a expressão é
I, = 12 X 40.62.S = 28 A
(5 ou 6, 7) k1 = 0,33 X 10"3a2 (9.17)
(b) A temperatura de regime atingida com uma corren-
Tirando o valor de k, das expressões 9.16 e nas 9.17
te I = 56 A pode ser obtida da Express.'lo 9.1 3, lem- e substituindo nas expressões 9.5 e 9.6, obtém-se:
brando que O, = 70 ºC e O• = 30 ºC
• Para PVC
1, , = 28
Fiõ=45 =22.13 A
V~ I = 0.128aS"·625 VAõ,; (9.21)
Das expressões 9.20 e 9 .21 , obtém-se uma expres-
Igualando-se as expressões 9.9 e 9.10, obtém-se são 1>ara O•·
que será
onde P vale 0, 158 para isolação em PVC e O, 128 para cidade de condução de corrente de cabos isolados em
isolação em EPR ou XLPE, da qual também se pode regime pennanente (fator de carga 100%) - Procedimento.
obter os gráficos da Figura 9.4. As tabelas de capacidades de condução de corrente
Para o item (b) do exemplo ante.rior, obtém-se, utili- de condutores e cabos isolados de baixa tensão indica-
zando a Expressão 9.22, das na NBR 541 O foram mont.idas utilizando valores
562 obtidos por ensaios ou por cálculos. Nas tabelas, os
O - • +30-!90 ºC valores de lx são apresentados em função de:
R - 0.1581 X 122 X 41.?S • -
• Material condutor (cobre ou alumínio).
• Tipo de isolação (PVC, EPR ou XLPE).
9.3 Capacidades de condu~ão • Tipo de linhas elétricas (de acordo com a Tabela
de corre nte 5.28).
• Número de condutores carregados (2 ou 3).
Os valores das capacidades de condução ele corrente • Temperatura ambiente ou do solo (30 •e
ou 20 •e,
de condutores isolados e cios cabos isolados, funcionando respectivamente).
em regime permanente, en, todas as tensões alternadas ou • Resistividade térmica do solo, para linhas subterrâ-
em tensões contínuas até 5 kV, enterrados diretamente no neas (2,5 K.mlW).
solo, contidos em condutos ou ao ar livre, podem ser deter-
Na Tabela 5.28, os ensaios ou cálculos foram basea-
minados a partir da n0<ma NBR 11301: Cálculo da capa-
dos em métodos de referência, de acordo com o tipo de
400
300
250
200
150
O'
~
!!
·..," 100
.,,,,
~
e 80
.'::
r:
g-
;,;
;-
50
40
30
o 0.5 1.0 t.5 2.0 3,0
I
n= -
1:
Figura 9 .4 • Temperatura de regime permanente em h,nçõo do relação II poro condutore• de cobre com isolações ele PVC
e de EPR ou XlPE poro temperatura ambiente de 30 •e
SU$W li
linhas elétricas utilizadas. Os métodos de referência são fases e neutro, se existir, não sendo levada em conside-
caracterizados por: ração a existência de condutor de proteção, a menos que
se trate de condutor PEN.
• A 1 --> condutores isolados em eletroduto de seção
Em particular, no caso de circuito trifásico com
circular en1butido en, parede tern1ican1ente
neutro, quando a circulação de corrente no neutro não
isolante.
for acompanhada de redução correspondente na carga
• A , --> cabo multipolar em eletroduto de seção circu-
dos condutores de fase, o neutro deve ser computado
lar embutido em parede termicamente isolante.
como condutor carregado. É o que acontece quando a
• IJ, --> condutores isolados em eletroduto de seção
corrente nos condutores de fase contém componentes
circular sobre parede de madeira.
harmônicas de ordem três e múltiplos em uma taxa supe..
• /J2 --> cabo multipolar em eletroduto de seção circu-
rior a 1So/o. Nessas condições, o circuito trifásico com
lar sobre parede de madeira.
neutro deve ser considerado como constituído de 4 con-
• C--> cabos unipolares ou cabo multi1>0lar sobre
dutores carregados e a determinação da capacidade de
parede de madeira.
condução de corrente dos condutores deve ser afetada
• D --> cabo multipolar em eletroduto enterrado no
do fator de correção devido ao carregamento do neutro.
solo a uma profundidade de 70 cm;
Tal fator, que em caráter geral é de 0,86, independente-
• E-+ cabo multipolar ao ar livre;
mente do método de instalação, é aplicável então às
• F -+ c.1bos unipolares justapostos (na horizontal, na
capacidades de condução de corrente válidas para três
vertical ou em trifólio) ao ar livre.
condutores carregados.
• G--, cabos unipolares espaçados ao ar livre.
As tabelas de capacidade de condução de corrente
Com base nessas referências, que estão relacionadas (Tabelas 9.4 a 9.7) trazem colunas para dois e p;,ra três
na Tabela 5.28, foram feitos os ensaios ou cálculos da condutores carregados, mas nenhuma coluna válida
capacidade de condução de corrente <1ue estão apresen- especificamente para quatro condutores carregados. Por
tados nas tabelas 9.4, 9.5, 9.ó e 9.7. Essas tabelas corres- isso, a determinação da capacidade de condução de cor-
pondem às tabelas da NBR 5410 e são válidas para cir- rente para quatro condutores carregados deve ser feita apli-
cuitos simples com dois ou três condutores carregados, cando-se o fator de 0,86 às capacidades de condução de
is1oé: corrente válidas para três condutores carregados, sem
prejuízo dos demais fato,es ele correção eventualn1ente
• dois condutores isolados, dois cabos unipolares ou
aplicáveis, como os referentes a temperatura ambiente,
un1 cabo bipolar; ou
resistividade térmica do solo e agrupamento de circuitos.
• três condutores isolados, três cabos unipolares ou um Alternativamente, o fator de correção devido ao car-
cabo tripolar. regamento do neutro pode ser determinado caso a caso,
Nos métodos E, F e G, a distância entre o cabo mul- de acordo com o método de instalação, assumindo-se
ti1>0lar - ou qualquer cabo unipolar - e qualquer que quatro condutores carregados correspondem a dois
superfície adjacente deve ser de, no mínimo, 30% do circuitos de dois condutores carregados cada. Nessas con-
diâmetro externo do cabo, para o multipolar, ou no míni- dições, o fator de correção devido ao carregamento do
mo igual ao diâmetro do cabo, para cabos unipolares. neutro corresponde então ao fator de agrupamento válido
No método G, o espaçamento mínimo entre os cabos para dois circuitos e para o método de instalação consi-
deve ser igual ao diâmetro externo do cabo. derado e é aplicável às capacidades de condução ele
Os valores apresentados nas tabelas 9.4, 9.5, 9.6 e corrente válidas para dois condutores carregados.
9.7 são valores em amperes da corrente de 17, que em Em ,esumo, te.nos a seguinte situação para o núm~
regime permanente levará a temperatura interna do con- ro ele condutores carregados a considerar:
dutor a 70 ºC para PVC ou a 90 ºC para EPR ou XLPE. • dois condutores carregados: circuito monofásico a dois
Por exemplo, um c.1bo tripolar de cobre, isolaç,io de condutores e dois fases sem neutro.
PVC, de 1O mm1, temperatura ambiente de 30 ºC, operan-
do dentro de um eletroduto de seção circula, embutido • três condutores carregados: circuito monofásico a três
condutores, duas fases com neutro, trifásico sem neu-
em parede de alvenaria, terá pela Tabela 5.28 o método de
tro e trifásico com neutro.
referência 82, e pela Tabela 9.4, a corrente n1áxima em
regime permanente será de 46 A. Essa corrente de 46 A
levará a temperatura interna cio condutor a 70 ºC. Temperatura ambiente
O valor da temper,,wra ambiente a utilizar é o da
Número de condutores carregados temperatura cio meio circundante, quando os condutores
Em princípio, o número de condutores carregados a ou cabos considerados não estiverem operando. As tabe-
considerar é o de condutores vivos do circuito, isto é, las 9.4 a 9.7 consideram como temperaturas de referên·
cia: 20•c, para cabos enterrados diretamente no solo ou
SU$W 6
Tabela 9,5 • Capacidade ele condução ele corrente, em ampêres, para as métodos ele referência A 1,
A2, 81, 82, Ce D
• Condutores isolados, cabos unipolares e multipolares - cobre e alumínio, isolação ele EPR ou XLPE
• Temperatura no condutor: 90 ºC
• Temperatura: 30 •e (ambiente); 20 •e (solo)
Métodos de ínstalação e de referência defenidos na Tabela 5.58
Seçõe.~
no1ninais AI A2 81 82 e D
(mm')
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
cc cc cc cc cc cc cc cc cc cc cc cc
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
Cobre
0,5 10 9 10 9 12 10 tI 10 12 li 14 12
0,75 12 li 12 11 15 13 15 13 16 14 18 15
1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 17 21 17
1,5 19 17 18,5 16,5 23 20 22 19,5 24 22 26 22
2.5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 34 29
4 35 31 33 30 42 57 40 35 45 40 44 37
6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 56 46
10 61 54 57 51 75 66 69 60 80 71 73 61
16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 95 79
25 106 95 99 89 133 11 7 119 105 138 119 121 101
35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 146 122
50 158 141 145 130 198 175 175 154 209 179 173 144
70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 213 178
95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 252 211
120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 287 240
150 318 285 290 259 407 358 349 307 441 371 324 271
185 362 324 329 295 464 408 395 348 506 424 363 304
240 424 380 386 346 546 481 462 407 599 500 419 351
300 486 435 442 396 628 553 529 465 693 576 474 396
400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464
500 664 595 604 541 864 760 718 63 1 966 797 627 525
630 765 685 696 623 998 879 825 725 1.1 22 923 711 596
800 885 792 805 721 1.158 1.020 952 837 1.3 t I 1.074 811 679
1.000 1014 908 923 826 1.333 1.173 1.088 957 1.5 15 1.237 916 767
Alurnínio
16 64 58 60 55 79 71 72 64 84 76 73 61
25 84 76 78 71 105 93 94 84 101 90 93 78
35 103 94 96 87 130 116 115 103 126 112 11 2 94
50 125 113 115 104 157 140 138 124 154 136 132 112
70 158 142 145 131 200 179 175 156 198 174 163 138
95 191 171 175 157 242 217 210 188 241 211 193 164
120 220 197 201 180 281 251 242 216 280 245 220 186
150 253 226 230 206 323 289 277 248 324 283 249 210
185 288 256 262 233 368 330 314 281 371 323 279 236
240 338 300 307 273 433 389 368 329 439 382 322 272
300 387 344 352 313 499 447 421 377 508 440 364 308
400 462 409 421 372 597 536 500 448 612 529 426 361
500 530 468 483 426 687 61 7 573 513 707 610 482 408
630 611 538 556 490 794 714 658 590 821 707 547 464
800 708 622 644 566 922 830 760 682 958 824 624 529
1.000 812 712 739 648 1.061 955 870 780 1.108 950 706 598
No1a:
CC = C01kh.tlOl'CS (.'Ml\!&~dos
SU$W li
29 0 lnsloloções elétricas
Tabela 9 ,6 • Capaciclacles ele condução ele corrente, em amperes, para os métodos de referência
E, F e G
J~ J~ r~ r~i
lt E F F p G G
j~-
Seções
...
j~ ~~
nominais
: : ou
( 1nm1) r,,y
i0
0
: º•
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (1) (8 )
Cobre
0-5 11 9 li 8 9 12 10
0,75 14 12 14 li li 16 13
1 17 14 17 13 14 19 16
1,5 22 18,5 22 17 18 24 21
2.5 30 25 31 24 25 34 29
4 40 34 41 33 '.l4 45 39
6 51 43 53 43 45 59 51
10 70 60 73 60 63 81 71
16 94 80 99 82 85 110 97
25 119 101 13 1 110 11 4 146 130
35 148 126 162 137 143 18 1 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 2(>4 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 3 19 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 54ó 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 715 597 754 656 689 852 795
500 826 689 868 749 789 982 920
630 958 798 1.005 855 905 1. 138 1.070
800 1.118 930 1. 169 971 1.119 1.325 1.251
1.000 1.292 1.073 1.346 1.079 1.269 1.528 1.448
Alun1ín10
16 73 61 73 62 65 84 73
25 89 78 98 84 87 112 99
35 11 1 96 122 105 109 139 124
50 135 11 7 149 128 133 169 152
70 173 150 192 166 173 217 196
95 210 183 235 203 2 12 265 24 1
120 244 2 12 273 237 247 308 282
150 282 245 316 274 287 356 327
185 322 280 3(,3 31 5 330 407 :l76
240 380 3:lO 4:,0 375 392 482 447
300 439 381 497 434 455 557 519
400 528 458 600 526 552 67 1 629
500 608 528 694 610 640 775 730
630 705 6 13 808 711 640 775 730
800 822 714 944 832 875 1.050 1.000
1.000 948 823 1.092 965 1.015 1.213 1.161
SU$W li
• Condutores isolados, cabos unipolares e multipolares - cobre e alumrnio, isolação de EPR ou XLPE
• Temperatura de 90 ºC no condutor
• Temperatura ambiente: 30 •c
~1étodos de instalação e de referência definidos nu làbeJa S.28
p
J~ ~~
E E F F G G
Se\-iies
non1innis
(mm')
(J)
Cobre
Jf(2)
~~
(3)
~~
'®
: ou
:<,)
(4)
~ !
~
(5)
: ou
i
(6)
: º•
(7)
r
~~º•
(8)
0.5 13 12 13 10 10 15 12
0.75 17 15 17 13 14 19 16
1 21 18 21 16 17 23 19
1.5 26 23 27 21 22 30 25
2,5 36 32 37 29 30 41 35
4 49 42 50 40 42 56 48
6 63 54 65 .53 55 73 63
10 86 75 90 74 77 101 88
16 115 100 121 10 1 105 137 120
25 149 127 161 135 141 182 161
35 185 158 200 169 176 226 201
50 225 192 242 207 2 16 275 246
70 289 246 3 10 268 279 353 318
95 352 298 377 328 342 430 389
120 410 346 437 38'.l 400 5()0 454
150 473 399 504 444 464 577 527
185 542 456 575 510 533 661 605
240 641 538 679 607 634 781 719
300 74 1 621 783 703 736 902 833
400 892 745 940 823 868 1.085 1.008
500 1.030 859 1.083 94<, 998 1.253 1. 169
630 1.1 96 995 1.254 1.088 1. 151 1.454 1.362
800 1.396 1. 159 1.460 1.252 1.328 1.696 1.595
1.000 1.613 1.336 1.683 1.420 1.511 1.958 1.849
~ '
16 91 77 90 76 79 103 90
25 108 97 121 103 107 138 122
35 135 120 150 129 135 172 153
50 164 146 184 159 165 2 10 188
70 211 187 237 206 2 15 271 244
95 257 227 289 253 264 332 300
120 3()() 263 337 296 308 387 35 1
150 346 304 389 343 358 448 408
185 397 347 447 395 4 13 515 470
240 470 409 530 471 492 6)1 561
300 543 471 6 13 547 571 708 652
400 654 566 740 663 694 856 792
500 756 652 856 770 806 991 92 )
630 879 755 996 899 942 1.154 1.077
800 J.026 879 1.164 1.056 1.1 06 1.351 1.26(,
1.000 1.186 1.0 12 1.347 1.226 1.285 1.565 1.472
SU$W ü
contidos em eletrodutos enterrados; e 30 ºC, para as Para linhas subterrâneas, quando forem conhecidos
den1ais maneiras de instalar. valores mais precisos de resistividade térmica cio solo e
No caso ele a tem1>ert1tura an1biente ou do solo no estes forem diferentes do valor de referência, 2,5 K.m/W,
local da instalação ser diferente das temperaturas de refe- utiliza-se à Tabela 9.9, que apresenta fatores ele corre-
rência, haverá alteração no valor da capacidade de condu- ção lf,).
ção de corrente, e Quanto maior a resistividade térn,ica, piores as con·
• Iz será reduzido para OA > 30 •e ou 20 ºC; e dições de dissipação e, portanto, menor t,..
• /7. aun,entará. paraº"< 30 ~e ou 20 ~e.
Fatores de agrupamento
como pode ser deduzido da Expressão 9.15. Nessas con-
dições, devem ser utilizados os fatores ele correção (!,) Quando for instalado mais ele um circuito na mesma
constantes ela Tabela 9.8. linha elétrica, ou quando tivermos linhas elétricas conti-
~ importante observar que tais fatores não consicle- guas, devem ser aplicados os f.,tores de agrupamento (h)
r,1n1 o aumento de temperatura devido à radiação solar das tabelas 9.1O a 9.13, extraídas da NBR 541 O.
ou a outras radiações infravermelhas. Quando os cabos ou
condutores forem submetídos a tais radiações, as capaci- Omissão dos fatores de
dades de condução de corrente deverão ser calculcadas
pelos métodos especificados na NBR 11301. agrupamento
Os fatores de agrup.1n1ento são sempre calculados
Resistividade térmica do solo
admitindo-se que todos os condutores ou cabos agrupados
Para as linhas subterrâneas, as tabelas consideran, u1na sejam de mesmo tipo, têm a mesma seção e estão igual-
resis(iviclacle térmica cio solo de 2,5 K.m/W, valor reco-
mente carregados, condições que ocorrern n1oito raramen·
mendado pela IEC no caso geral para percursos no inte-
te na prática. Em geral:
rior ou em torno de prédios.
• Os condutores ou cabos 1>0ssuem seções diferentes,
A resistividade tém1ica do solo é extremamente sen- que podem, eventualmente, até ser de tipos diferen-
sível ao conteúdo de umidade, que pode apresentar tes.
grandes variações ao longo do tempo, dependendo do • Os agrupamentos podem compreender condutores
tipo de solo, das condições topográficas e meteo- ou cabos de circuitos de potência e de circuitos de
rológicas e, sobretudo, do carregamento do cabo. Por comando, sinalização etc.
isso, ent linhas elétrjca~ subterrâneas constituídas gor
• As capacidades de condução de corrente dos condu-
cabos diretamente e111errados, quando se deseja man- tores e cabos podem ser sensivelmente superiores às
ter un1 conteúdo mínimo de umidade residual, n1esmo
correntes de projeto dos circuitos correspondentes,
sob severos gradientes ténnicos, é costume reconsti-
por exemplo, devido às quedas de tensão.
tuir a região da vala em tomo dos cabos com areias
selecionadas (bllckfills). • Os condutores ou cabos não são pe,corridos constan-
No entanto, pesquisas recentes realizadas no Brasil temente pelas correntes de projeto dos respectivos cir-
indicam. ao contrario do que se estabelecerá até então. cuitos, podendo as cargas ser cíclicas ou intermitentes.
que o uso de areias com carac1erísticas controladas • Os condutores ou cabos dos diferentes circuitos não
não goranre a 1nanutençüo de uma quantidade míni1na são simultaneamente carregados com as respectivas
de umidade do solo e, ponanto. de um valor aceitável correntes de projeto.
de resistividade ténnica. Nessas condições pode-se, na aplicação dos fatores
A partir dos resultados de tais pesquisas. a tendência de agrupamento, deixar de computar:
atual é utilizar materiais de formulação específica (os
chamados bllckfil/s estabilizados) em tomo dos • Os condutores ou cabos cuja seção seja sensivelmen-
cabos. que garantam uma baixa resistividade tém1ica te superior à correspondente corrente de projeto do
(inferior a I I<.m/W), mesmo em condições de baixís- circuito respectivo, por exemplo, devido ao critério
simo conteúdo de umidade. Quando isso não for feito, ele atendin1ento à queda de tensão; é o CilSO de ter-se
silo recomendados critérios restritivos 110 climer1sio- 111 :S 0,7 t,., considerados os outros fatores de corre-
1ll11ne1110 tér111ico dos G't1bos. tais con10 fixar u1na ção eventuais (r>0r exemplo, o fator de correção de
temperatura-limite na cobenura dos cabos (da ordem temperatura ambiente).
de 50 ºC) para conter a migração de umidade ou utili- • Os condutores ou cabos levemente carregados, como
zar a resistividade 1énnica na condição de solo seco é o caso cios circuitos de comando, sinalização e
(da ordem de 2,5 K.m/W). análogos.
SU$W li
ITabela 9,8 • Fatores ele correção para temperaturas ambientes d iferentes de 30 'C para linhas
não-subterrâneas e ele 20 'C (temperatura do solo) para linhas subterraneas l
Tempi:ratura Isola~ão
('C) PVC EPR ou XLPE
10 1.22 1. 15
15 1.17 1. 12
~ 20 1,12 1,08
..."c
.. 25 1.06 1.04
~ 35 0.94 0,96
.Q
."oe.
'f 40 0.87 0,91
45 0,79 0,87
V.
"
.e
c
50 0.7 1 0,82
:::l 55 0.6 1 0.76
60 0.50 0,71
65 - 0,65
70 - 0,58
75 - 0.50
80 - 0,4 1
10 1.10 1,07
15 1.05 1,04
25 0.95 0.96
"""'c 30 0.89 0,93
..
·e
35 0,84 0,89
J:i
::, 40 0.77 0,85
"'~
.e 45 0.7 1 0.80
=
:::l 50 0,63 0.76
55 0.55 0,71
60 0.45 0.65
65 - 0,60
70 - 0,53
75 - 0,46
80 - 0,38
Tabela 9 ,9 • Fatores ele correção para cabos contidos em eletrodutos enterrados no solo, com resis·
tividades térmicas ele 2,5 K.m/W, a serem aplicados às capacidades ele condução ele
corrente do método ele refet-ência O
Resislívídade térmica (K.m\W) 1 1.5 2 3
Fator de correção 1,18 1, 1 1.05 0.96
NOl3S:
1. Os fhtore.1 de correção dados s.llo \':tlorcs nlédios para ai; seções non1inais incluídas n:15 Tabelas 9.4 e 9.5. con1 un1a dispc~o gcmlmcntc inferior
a cinco por cento.
2. Os falares de correç:Jo s.1lo aplicáveis a cabos c1n elclmdutos enterrados. a urna profundidade de até 80 c,n.
3. Os f:itores de correção p:.m cabos din.:ta1ncntc cn1crr.'ldos são mnis elevados ~va re.sisti\'id.'ttks 1érmicJS inrcriOrC$ a 2.5 K.m/\V e J)O(lc,n ser C'!l·
c ul 3dos pck>s 1né1odo.,; d:idos n.1 NBR 11301.
SU$W 6
Tabela 9 .10 • Fatores de coneção aplicáveis a condutores em linhas abertas ou fechadas, agrupados
em um mesma plano e em camada única
3 Carnada única no telo 0.95 0.81 0.72 0.68 0.66 0.64 0.63 0.62 0,6 1
Tabela 9 .11 • Falares de corresão aplicáveis a agrupamentos que oon,iotem em mais de uma
camada de condutores: aplicar - s métodos de referência C (tâbelas 9.4 e 9.5), E e F
(tâbela s 9.6 e 9.7)
I
Tabela 9 .12 • fatores ele agrupamento para mais de um circuito - cabos unipalares ou cabos
mullipalaref diretamente enterrados (método ele referência D) l
Número de
Distância entre cabos (a)
circuitos
Nula 1 diâmetro de cabo 01125 m o,zs m O,Sm
2 0,75 0,80 0,85 0.90 0,90
3 0.65 0,70 0 ,75 0,80 0.85
4 0.60 0.60 0.70 0.75 0.80
5 0.55 0,55 0,65 0,70 0.80
6 0,50 0,55 0,60 0,70 0,80
No1a:
®® @@
---l•f-- ---l•f-- -- --
1@)__
---l•f--
1@)__
---l•f--
Os valores indic.:,,d0$ s!io ~pticá\'eis p..va uma profundidade de 0,7 1n e uma rc.sisth•idade térmica do solo de 2.5 K.m/\V. S.'lo valores médios para as
dinu~ns6es dos cabo$ constantes n:t.i 1:lbcl~ 9.4 e 9.5. Os valores médi()S am:doodado.s poden1 apre$Cntar erros de ± 10% en1 cer10.~ C:lSOS.. Se roren,
rte<XS$.-1.rios v:1.lores ma.is precisos. de\-e·se 1\.--correr à NHR 11301 •
(@) (@)
-----i•I-
(;Q c;x;)
-----i•I-
No1x
Os v.tlól'e$ indic-.ados s;\o ~plicáveis pará um., proíundid:tdc de 0.7 1n e umà resistivid.1.dc 1érmic:1 do solo de 2.5 K.mJ\V. São valores nlédios para tu
dln,cnsõc:s dos (.Lhos cons1an1es n.u Tàbcl:.s 9.4 e 9.5. Os valores 1nédios arredond,\dos pode1n apresentar erros de ± 1~ en, certos casos. Se fortn,
1"ttX:css:1rios \•;dores mais pre<:is-os. de\-C•st re<:OITer ~ NBR l l 30l •
SU$W li
Elctroduto
Condutor (332.27 A)
0, =65.16 'C
Condutor (2 tO A)
Equivalente
Linha subterrânea com dois circuitos de distribuição, • Da Expressão 9.2 -> 1;16 = o.~~2 = 202,9 A
a e b, com as seguintes características:
• Da Tabela 9.5, coluna D com 3 condutores carre-
• 18, = 123 A; IIJ• = 150 A. gados, tem-se que:
• Cabos unipolares, cobre com isolação de EPR e
cobertura de PVC. s,. = 95 mm!, com
• Eletrocluto enterrado a 70 cm no solo (Tabela 5.28, I',.. = 211 X 0,7392 = 155,97 A
método de referência D).
• º• = 25 ·e (solo).
9.5 Condutores e m paralelo
• Resistividade térmica do solo 1,5 K.m/W.
• Circuito a: 3/.-.N, alimentando carga constituída prin·
cipalmente por aparelhos de iluminação com lâmpa- O uso de condutores em paralelo em vez de um único
das de descarga, ligadas entre fases e neutro condutor, na mesma fase ou polaridade, pode representar
• Circuito b: 3F uma solução mais prática e ecorlÕmica quando se trata
de transportar correntes elevadas.
Dentro do eletroduto., têm-se dois circuitos, um Embora não haja qualquer restrição normativa, por
co,n quatro condutores carregados - circuito a - e razões práticas geralmente não são utilizados em parale-
outro com três condutores carregados - circuito b. Isso lo condutores cuja seção nominal seja inferior a 50 mm'
e<Juivale a ter três circuitos no eletroduto, sendo dois de cobre ou a 70 mm' de alumínio.
circuitos com dois condutores carregados e um circuito Os condutores isolados, os cabos unipolares ou as
com três condu1ores carregados; assim veias de cabos multipolares são reunidos eletrican1ente
• Circuito a: dois circuitos de dois condutores carrega-
em ambas as extremidades, devendo ser tomadas medi-
dos cada. das para garantir igual divisão ele corrente entre eles.
• Circuito b: um circuito com tri:--s condutores carregados.
Assim:
• Da Tabela 9.10-+ !, = 0,7.
Os demais fatores sã.o: • Os condutores devem ter a mesma constituição, a
mesma seção nominal e aproximadamente o mesmo
• Da Tabela 9.8 -, !. = 0,96.
comprimento, e não devem apresentar derivações ao
• Da Tabela 9.9 -, f, = l,l.
longo de seu percurso.
• O fator de correção total será-> f = 0,7 X 0.% X
• No caso de condutores isolados ou cabos unipolares
l,l = 0,7392
em trifólio, em formação plana ou em conduto fecha·
Para o circuito a virá: do, com seção igual ou inferior a 50 mm' em cobre,
ou 70 mm' em alumínio, cada grupo ou conduto
• Da Expressão 9.23 -> lí,. = ,123 = 1664A
·
0 7392 fechado deve conter todas as fases ou polaridades e
o respectivo neutro, se existir.
• Da Tabela 9.5, coluna D com dois condutores • No caso de cabos unipolares com seção superior a 50
carregados, tem-se que: mm• em cobre ou 70 mm' em alumínio, eles devem
ser agrupados segundo configurações especiais adap-
sld = 50 mm 1, co1n tadas a cada caso, cada grupo contendo todas as fases
f,.= 173 X 0,7392 = 127,88 A e o respectivo neutro, se existir, sendo as configur<Jções
SU$W li
definidas de modo a obter-se o maior equil íbrio possí· No caso de cabos unipolares em bandejas, escadas
vel entre as impedâncias dos condutores de cada fase. para cabos ou ern prateleiras, recomenda-se que a dis-
tância entre os grupos de cabos (cada um com as fases
Os condutores ligados em paralelo devem ser reuni·
dos em tantos grupos quantos forem os condtitores por R, Se 7) seja cerca do dobro da distância entre os cabos
fase ou polaridade, cada grupo contendo um condutor de ele um grupo. Observe que a seqüência de fases nos
cada fase ou polaridade. Assim, em um circuito trifásico diversos grupos é também de grande importância.
com três fases e neutro sendo dois condutores por fase e Dependendo do número de grupos. recomenda-se fazer
dois para o neutro, deve-se ter dois grupos de condutores, RST TSR RST TSR etc.
cada um contendo as três fases e o neutro, podendo ser, Con1 esse arranjo, as reatâncias indutivas dos cabos
em princípio, em paralelo de uma mesma fase serão muito parecidas,
• Dois grupos de quatro condutores isolados ou cabos diferindo, no entanto, de fase para fase. Essa diferença
unipolares; ou é menos crítica do que se fossem diferentes as reatân·
• Dois cabos tetrapolares. cias de cabos da mesma fase.
Se os cabos unipolares estiverem dispostos em dife-
Os condutores de cada grupo deverão estar instala- rentes níveis de bandejas, escadas para cabos ou prate-
dos nas proxin1idades in1ediatas uns dos outros, n1esn10 leiras, os cabos de cada fase não devem ser colocados
que se situem em linhas elétricas separadas. Pode-se ter,
lado a lado. A distância vertical entre os níveis não
por exemplo, todos os condutores instalados no mesmo
deve ser inferior a 300 mm. Se o espaço for suficiente,
eletroduto ou em eletrodutos separados e próximos, cada
dois grupos com seqüências de fases opostas podem
conduto contendo um grupo.
ocupar o mes1no nível. Assin,, deve-se tec
o..
º• ----------- Te1npern1ura
1náxin1a (regin1c)
AO
ºº ----------- 'fe111per:.uura
inici:tl
ll00
Te1npc1-a1um
QA - -- -- - · -··- ·- --------- - - ------·- - - -- - --- - - - -··· · - tunbicnte
A equação cio transitório pode ser escrita como indica a Tabela 9.14; a operação nessas temperaturas
não deve superar 100 h durante 12 meses consecutivos
' nem superar 500 h durante a vicia do cabo.
AO= i!,.OR - (ão. - Mo)e°;;;: (9.24)
Analisam-se dois casos separadamente: quando o tran-
onde Ao.=º• - o,.. ll00 = 80 - º• e k r é a constante sitório ténnico parte da temperatura ambiente, ON e quan-
do ele parte ela temperatura máxima para serviço contínuo,
de tempo.
Podemos escrever O,. Seja a corrente I (admitid.1 constante) definida por
/ =11 /7. (9.26)
sendo / 2 a capacidade de conclução de corrente e n a
refação de sobrecarga
(9.27)
Para uni condutor ou cabo isolado com isolação de PVC r = k,. ln ., (9.35)
tem-se O, = 70 'C. Considerando a temperatura (m:!xi- Jr - IU
ma) de sobrecarga 85 = IOO'C (rabeia 9.14) e uma tem-
Essa expressão permite determinar, para dado condu-
peratu_ra ambieme OA = 30 'C. virá
tor ou cabo isolado (isto é, tipo e seç,10 conhecidos), o
!l.Oz = 70 - 30 = 40 'C 1 _ 70 _ tempo necessário para atingir unla ten1peratura de sobre-
!J.O = 100 -30 =W'C --" m - 40 - 1,75 carga prefixada, quando percorrido por uma corrente de
Analogamente. para isolação em EPR ou XLPE. tem-se sobrecarga, considerando inicialmente o condutor na
temperatura ambiente ('parlida' a frio). Observe que,
!J.O~ = 90 - 30 = 60'C 1 100
para essa condição, se pode ter m = l , isto é, conside-
!J.O ~ 130 - 30 = 100 'C -> 111 = 60 = 1.67
rar como temperatura final a temperatura máxima para
serviço contínuo Oz.
Da Expressão 9.20 ou 9.21, lembrando que 0, 158 a No caso de ser a temperatura inicial igual a tem- o,.,
So,•15 ou 0.128 a So,615 é constante para dado condutor ou se que tJ.00 = O,. - O• = !J.O,. e um procedimento análo-
cabo isolado e designando por h tal valor, pode-se go ao feito anteriormente conduz à expressão
escrever
,,, - 1
f = "-Jiõ;, (9.31) t =kr ln , (9.36)
1r - n,
e também que sendo f, para dado condutor ou cabo isolado, o tempo
necessário para atingir uma temperatura de sobrecarga
prefixada, quando percorrido por determinada corren1e
resultando
,, (9.32)
de sobrecarga, considerando inicialmente o condutor na
temperatura máxima pt1ra serviço contínuo 61 ('partida' a
quente). Pela expressão, sem = 1, o logaritmo será zero
ªº• = " ' e também 1, e, portanto, para o início do transitório é
/~ necessário que m > 1, ou seja, !J.O > !J.O,.
tl.O;,.= é (9.33)
Ver temperatura de regime, a seguir.
Considerando inicialmente que o transitório tenha
início com o conduior na temperatura ambiente 00 = O• Considerando a Expressão 9.27. tem-se para a expressão
e - tJ.00 = O, pode-se escrever, então, a partir da 9. 13
Expressão 9.25
º• = º" + (07, - º•)I•'
e daí
(9.34) (9.13)
,,
substituindo as expressões 9.32 e 9.28 na Expressão 9.34
Pretende-se determinar o valor da constance de tempo
kr, que representa o tempo necessário para atingir a
1 • k 7·1o ,
1 "'
li' - 111t!.8z
temperatura de regime com dissipação de calor nula, isto
é, em uma situação de balanço térmico igual à inicial
(r = 0), como mostra a Figura 9.7.
A partir da Expressão 9.34, pode-se facilmente con-
considerando a Expressão 9.33 cluir que a constante de ten1po representa o tcn,po neces·
/~ sário para atingir um 60 de cerca de 63% de !J.O•· Com
efeito, fazendo naquela expressão f = k,·, resultará que
r =k, ln
f2
--11,-
"' f 7.2
t!.O" t!.OR
Ji? h2 lo o.o. _ tJ.O • 1 - - .-_~
60
tJ.-fJ .. 2.1
e considerando finalmente a Expressão 9.26, resultará
11
2
li 68 "' 0,63 o.o.
,T Vemos que, nas expressões 9.35 e 9.36, a constante
1 = k,. ln , , 12
,,,
ll 1X
---111-
%
,,, de tempo k 7 aparece multiplicando
kr Ternper.uura de regilne
l<----'---->1- - -- -- - - - - - - - - - - - - - -- - - -- - --- -- - - - - - - - - - --- - - - - - - - - - -
0.63 ,:,.o.
e
k.,=-
K
(9.37)
r = /!; = 0,564 5"5 (9.42)
a = 12
3.600
3.000
,..,, a e: 13,5
a= 15
,/
/ /
a= 11
2.000 ,
a;:;10,5 / ,V VV ªª 19
V V ,... , a =21
1.500
/
/ , ....---::: V / V V ,V
'.§: 1.000
, , , ,
8. 700 , , , , ,
~ / , , / ,
- 500
a 400
, , , , , ,
, , ,
j:,, 150
/
./
/ /
,
,
/
,
/
/
/
/
/
/
,
1/
/, :--:::: :.--::: /
/
100
/
,
, ,
/
50
1 1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 95120130 185240
Seção (mm')
Figura 9.8 • Constante de tempo (k ,1,) em função de S, para alguns valores de a; condutores isolados Cu/PVC
O ('C) O ('C)
o, i--~~-,t-~~-:::""'"""T"~~~
AO,
40
(a) (b)
Figuro 9.9 • Transitório e equilíbrio térmico no condutor isolado do exemplo; (o) partido o frio, (b) partido o quente
_ 1.000
sendo
AO = 57,6 - (57.6 - 40)c 364 = 56.4 ºC
AOR = 011 - 30º e A00 = 00 - 30°
Considerando partida ·a frio' , isto é, e, portanto
O = 56,4 + 30 = 86.4 º C
00 = O, = 30° e, portanto, A00 = O
Nesse caso, sendo
te,n-se
AOR = 86.4 - 30 = 56.4 ºC
'
364
AO = á/J11 - AO• ; A00 e 40 º C
Nesse e.aso, na Expressão 9.48, a temperatura de a temperatura de regime será alC<1nçada em
regin)e será alcançada após
56,4 - 40
111 a 4,6 X 366 = l.684.r r« ili 366 ln , _ 0, X ,4 = 3,38 X 366 = 1.237 s
56 4 99 56
~ o que mostra a Figura 9.9 (a) Para partida •a
(e) Circulando pelo condutor uma sobrecorrente I =
quente". isto é, com
52,2 A (n = 1,45), a temperatura de regime será, da
00 =o, =70 º Ce A()0 = 70 - 30 = 40 ºC, tem-se Expressão 9.13
OR = 30 + (70 - 30) 1.45' = 114 ºC
AO = A011 - (A011 -
'
40)e " 366
Calcular, para essa sobrecorrente, qual o ten1po
como mostra a Figura 9.9 (b), sendo'• função deº•· necessário para atingir a temperatura de sobrecarga Os
{d) Circulando pelo condutor uma sobrecorrente I = = 100 º C, admitindo partida a írio. A relação de sobre-
43,2 A (11 = 1,2), a temperatura de regime será, da carga térmica, 111, será pela Expressão 9.30
Expressão 9.13 100 - 30
º• = 30 + c10 - 30)1 ,22 = 87,6 ·e Ili = 70 - 30 1,75
Calcular a temperatura que o condutor atingirá com e então, da Expressão 9.35 obtém-se
43.2 A após 1.000 segundos, partindo da temperatura 1,45'
ambiente ('a frio'). Da Expressão 9.25', com AO• = 1 = 366 ln l ,45' _ 1_75 = 654 s
87,6 - 30 = 57,6 •e, tem-se
seção e da maneira de instalar, como indicam as expres- capacidade ele condução de corrente, o tem1>0 necessá-
sões 9.46 e 9.47 e de m (determinados em função das rio para atingir unla temperatura perigos.a torna· se uma
temperaturas de sobrecarga e máxima para serviço con- pequena fração da constante de tempo. Assim, por
tínuo, ambas dependentes da isolação e da temperatura exemplo, com 11 = 20, o tempo necessário para atingir
ambiente). Portanto, pode-se obter elas expressões 9.35 uma sobretemperatura igual ao dobro da má.xima sobre-
e 9.36 as curvas t = f(n}, que fornecem o tempo neces· temperatura em regime permanente (.d07), isto é, ,n = 2,
sário para o condutor atingir uma temperatura de sobre· será, para partida a quente, da Expressão 9.36
carga, considerando partida a frio e a quente, para os
202 - 1
diversos valores da relação de sobrecarga. São as cha- t = k·r ln _ - 0,0025 kr
madas curvas de sobrecarga elo condutor ou cabo isola· 202 2
do. Para um tempo tão curto, onde não há dissipação de
A Figura 9.10 mostra as curvas de sobrecarga de um calor, o transitório térmico deve ser considerado em seu
condutor isolado ou de um cabo isolado para kr = 300 início e pode-se escrever a respeito da Figura 9.11 que
se m = 2.
No exemplo indicado, para u1n<1 relação de sobrecar- 110, 1111.
- - • t0 a • - -
ga 11 = 4, isto é, com uma corrente de sobrecarga igual a 111 " kr
quatro vezes a capacidade de conclução de corrente, a resultando
temperatura ele sobrecarga Os prefixada é atingida em tJ.o. · tJ.1
cerca de 45 segundos, no caso de 1><1rtida a frio, ou em 110,=-~-- (9.49)
k1·
cerca de 20 segundos, par,, partida a quente.
onde !J.OK é a diferença entre dada temperatura de curto-
circuito e a ten1peratura n,áxin'la para serviço contínuo
9.7 Transitório térmico rápido (07),admitida como temperatura inicial.
A sobretemperatura de regime ti.o. pode ser definida
Se em um condutor ou cabo isolado a sobrecorrente como a relação entre a potência desenvolvida por eleito
(curto-circuito) for da ordem ele 1Oa 20 vezes a respectiva Joule (P1) e a condutância térmica (/(), ou seja,
l(S) 3 .6()()
2.000
1.000
500
400
300
200
50 ' ' P,
40
30 ' '
-· -- _..
20 I• ~i---
.. __ -- ~ , ):, '
1 ' I'~
'º
1
'
5 .
4 ' '
3 '
1
'
2 '
1 ' ~
'·
1
1 ' ' ,,
1,5 2 3 4 5 6 7 S 9 'º 15 11
Figura 9.10 • Curvas 1 = f(n) para k -r = 300 s em = 2, considerando partida a Iria (11) e a quente (r2)
SU$W ü
!l.On = K
P,
(9.50) h'fli dt = !l.O, · cySI
1 (9.55)
Substituindo a Expressâo 9.50 na Expressão 9.49 e expressão que dá a energia necessária para, en1 um pro-
considerando o valor ela capacidade térmica C, obtido cesso adiabático, elevar a temperatura cio condutor ele
ela Expressão 9.37, tem-se !l.O,, isto é, desde a temperatura máxima para serviço
contínuo, Oz., até uma temperatura.limite de curtO·Circui·
P !l.t r::, to O,, prefixada.
!l.O, e C1 • C (9.5 1)
As normas ele cabos e inclusive a NBR 541 O fixam os
onde E, é a energia desenvolvida por efeito Joule. Essa valores de O« em função do material da isolação, como
expressão indica que a temperatura de curto-circuito 60,: está apresentado na Tabela 9.1 5.
é independente da condutância térmica K. A Tabela 9. 16 apresenta o resun10 das temperaturas
Pode-se admitir que o aquecimento do condutor ou características cios condutores de cobre com isolação ele
cabo isolado ocorra em um inteivalo de tempo tão peque- PVC, EPR e XLPE.
no que o calor 1ransrnitido, do condu1or propriamente
dito aos meios que o circundam, possa ser desprezado 9.8 Queda de tensão nos
diante cio calor armazenado. Nessas condições, toda
energia térmica desenvolvida é usada para elevar a tem·
circuitos
peratura do condutor; é o aqul'Cimento adiabático.
Assim, pode-se escrever que Introdução
Em uma instalação elétrica, a tensão nos terminais
!l.O• =
s,
C (9 .52) de um equipamento ele utilização, qualquer que seja
< ele, deve ser igual à respectiva tensão nominal, admitin-
onde C, é a capacidade térmica apenas cio condutor. do-se sempre uma pequena variação, fixc1da, en, geral,
A energia desenvolvida no condutor é na norma correspondente. Pode-se afirmar que, sempre
que a tensão aplicada varia além dos limites prefixados
E1 = !o' R{1·d1 (9 .53) (V.- :!: AU), alguma coisa é sacrificada, seja na vida útil,
perdas, seja no desempenho do equipamento. Alguns
sendo R a resistência cio condutor. casos típicos:
Da Expressão 9.38, pode-se escrever
• Nos motores de indução, os efeitos principais de uma
C,. = c-y SI (9.54)
tensão muito baixa são a redução do conjugado de
onde e é o calor es1>ecífico do material do condutor, -y é partida e a elevação da temperatura em condições
a sua massa específica, S é a seção do condutor, e I é o de carga plena; o pri1neiro é crítico em acionamen·
seu comprimento. tos de cargas de inércia elevada, resultando em
Substituindo as expressões 9.53 e 9.54 na Expressão 1:>eríodos muito longos de aceleração, e o segundo
9.52, obtém-se reduz a vida útil da isolação do motor.
SU$W ü
• Nas lãn1padas incandescentes, o fluxo luminoso e a • Quedas de tensão diferentes nas fases provocam
vida útil são muito afetados pela tensão aplicada; desequiltbrio nas tensões dos circuitos trifásicos, com
assim, uma queda ele tensão de 10% reduz em cerca graves conseqüências, principaln1ente nos nlotores
de 30% o fluxo luminoso emitido, enquanto uma trifásicos de indução, onde a seqüência negativa atua
sobretensão de 1Oo/o reduz a menos de um terço a freando a rotação do rotor, produzindo acentuadas
vida útil da lâmpada. perdas Joules e vibrações no eixo do rotor.
• As lâmpadas de descarga, en1 geral, são menos afeta~ A queda de tensão deve ser calculada durante o pro-
das do que as incandescentes por variações ele ten· jeto, quer em condições de funcionamento normal dos
são, no que diz respeito à vida útil, porém não são circuitos quer considerando a partida ele motores, r>ara
desprezíveis as reduções de fluxo luminoso causadas que se 1>ossa verificar se a tensão permanecerá dentro
por redução da tensão aplicada, devendo-se também dos limites tolerados. A Figura 9.12 dá um exemplo das
observar que uma tensão muito baixa pode dificultar quedas que ocorrem em uma instalação elétrica em
ou impedir a partida da lâmpada. 01>eração.
Transronnador
--<IDi
~
'-~~~~~4-K~
Orige111 da Quadro
i1lStalaç-.ào 8'1" geral
Circuito de
distribuição
Quadro
~ Circuito
1em1inal tcmlinal
380
V 1 3.5V
370
l 9.5V 26V
360
0% 0.92% 3.42% IJV
350
6.84%
" · I, EX EMPLO
tJ.U=t(rcos<~ +.rsen<~)L/1 (9.58)
,., Circuito de distribuição com as seguintes caracterís·
ticas:
--+ 1
1
• 111 = 2!0 A.
• Condutores isolados, cobre com isolação de PVC
carga cos <I> (Superastic).
• Elettoduto circular ele PVC instalação aparente
(Tabela 5.28, letra 1)1).
• O• = 30 ºC {temperatura ambiente).
Figura 9. 13 • Cargo conc:entrodo no extremidade do circuito • Circuito trifásico a três condutores, 220\/, com cos q,
= 0,8.
1 1 1 1 1 1
Í;t,COS ti> /9,COS <.I> 111,COS <I> 11, cos <J) /R,cos <I>
S; 10 cm
.._............
~o
S; 20 cm S :2D S = 10 cm
~o
s
~ll'iüs,c,o
S:20 cm S :2D ~
- .......
.
-
@oo
o...
@@
......
~
300
400
0.35
0,32
0.26
0,22
0.41
0,37
0.29
0,26
0,30
0.27
0,23
0,2 1
0.32
0,29
0.23
0,20
0.37
0,34
0.26
0,2 3
0.28
0,25
0.21
0, 19
0,21
0,18
0.1 9
O.IS
0.23
-
0.20
-
0,20
-
0 .18
- lg-
500 0 .28 0.20 0.34 0.23 0,25 0, 18 0 ,26 0, 18 0 .32 0,21 0,24 0.17 0 .17 0.14 - - - - 1
630 0.26 0.17 0 .32 0.21 0,24 0, 16 0.24 0. 16 0.29 0.19 0.22 0.15 0. 16 0.12 - - - - oª'
800 0.23 0, 15 0.29 O. IS 0,22 0. 15 0 .22 0. 14 0.27 0. 17 0.21 0. 14 0. 15 O.li - - - -
1.000 0 ,21 0, 14 0,27 0, 17 0.2 1 0.14 0,20 0. 13 0,25 0, 16 0.20 0, 13 0, 14
º·'º - - -
(contmua)
-. "',oo
(cominuação)
Instalação ao ar livre'
-
(.)
o
Cabos Eprotenax, Eprotrenax Grelte e Afumex 0,6/ lk V
;;
Cabos Cabos
5'
~
·"
Cabos unipolares' unipolares trifásicos ou õ
-
Seção ou bipolares tetrapolares
nominal .,.._ ....... .......
·--a...
~
......
~·
OroMo n'O'-cf6.~ ~
~
(mm)' a·
S=lOcrn
~o
S=20 crn S= 20 S = 10 crn S=20crn S = 20
@~
., @@
:,.
ê
FP: FP: FP= FP: FP : FP : FP: FP = FP= FP= FP = FP: FP: FP = FP= FP: FP = FP=
0,8 0,95 0,8 0,95 0,8 0,95 0,8 0,95 0,8 0,95 0,8 0,95 0,8 0,95 0,8 0,95 0,8 0,95
1.5 23.8 28.0 23.9 28.0 23,6 27.9 20.7 24.2 20,7 24,3 20.5 24.1 20.4 24. 1 23.5 27.8 20.3 24.1
2,5 14.9 17,4 15,0 17.5 14,7 17.3 12.9 15, 1 13,0 15. 1 12.8 15.0 12.7 15,0 14,6 17.3 12,7 15,0
4.0 9.4 10,9 9,5 10,9 9,2 10.8 8.2 9.5 8,2 9,5 8.0 9,4 7,9 9,3 9. 1 10.8 7,9 9,3
6.0 6.4 7,3 6.4 7.3 6.2 7.2 5.5 6.3 5.6 6.3 5.4 6.2 5,3 6.2 6. 1 7.1 5.3 6.2
10 3,9 4,4 4.0 4,4 3,7 4,3 3,4 3,8 3,5 3,8 3,3 3,7 3,2 3,7 3,6 4.2 3,2 3,7
16 2.58 2,83 2.64 2.86 2.42 2.74 2.25 2,46 2.31 2.48 2.12 2.39 2.05 2,35 2,34 2.70 2.03 2.34
25 1,74 1,85 1,8 1 1.88 1,6 1 1,77 1,53 1,6 1 1,58 1,64 1,41 1.55 1,34 1,5 1 I.S2 1,73 1,32 1,50
35 1.34 1,37 1,40 1.41 1,2 1 1,30 1.18 1,20 1,23 1.23 1.06 1, 14 0,99 1,IO 1,15 1.26 0.98 1.0')
50 1.06 1.05 1.12 1.09 0.94 0.99 0.94 0.92 0.99 0.95 0.83 0.87 0.76 0 ,83 0.86 0.95 0.75 0.82
70 0,81 0,77 0,88 0.80 0,70 0.71 0,72 0.68 0,78 0.70 0.63 0,63 0.56 0,59 0.63 0.67 0,54 0.58
95 0,66 º ~~9 0,72 0,62 0,56 0,54 0,59 0,52 0,64 0,55 0,50 0,48 0,43 0,44 0,48 0,50 0,42 0,44
120 0.57 0,49 0.63 0.53 0.48 0.45 0.51 0,44 0.56 0.46 0.43 0.40 0,36 0.36 0.40 0.4 1 0.35 0.35
150 0 ,50 0,42 0.57 0,46 0,42 0,38 0,45 0.38 0,51 0,4 1 0,39 0,34 0.32 0 ,3 1 0,35 0.35 0.30 0,30
185 0.44 0,36 0,51 0,39 0,38 0,32 0.40 0,32 0,46 0,35 0,34 0,29 0.27 0 ,26 0,30 0.29 0.26 0,25
240 0.39 0.30 0.45 0.33 0.33 0,27 0.35 0,27 0.41 0.30 0.30 0,24 0,23 0.2 1 0.26 0.24 0.22 0.21
300 0,35 0,26 0,4 1 0,29 0.30 0,24 0,32 0,24 0,37 0,26 0,28 0,21 0,21 0 ,18 0,23 0,20 0,20 0, 18
400 0.31 0.23 0,38 0,36 0.27 0.21 0.29 0,2 1 0,34 0.23 0.25 0.19 0.19 0 ,16 - - - -
500 0,28 0,20 0.34 0.23 0.25 0. 18 0,26 0, 18 0.32 0.2 1 0 .24 0.17 0, 17 0.14 - - - -
630
800
0.26
0.23
0, 17
0,15
0.32
0,29
0,21
0, 18
0,24
0 .22
0, 16
0, 15
0.24
0.22
0, 16
0,14
0,29
0.27
0, 19
0, 17
0,22
0,2 1
0.15
0, 14
0, 16
0. 15
0 ,12
0,1 1
-- -- -- --
1.000 0 .21 0, 14 0.27 0. 17 0 .21 0. 14 0,21 0.1 3 0.25 0. 16 0 .20 0.13 0, 14 0 .10 - - - -
NôljS:
1. Válido p.i.m in$L.1l:iç-ão cn1 clctroduto nâo·lnaJ;,nético e dirctan1ente cn1errado.
2. A1,lká\·el p~V'.'I fixaçlo direta na parede ou 1e10. en1 calh.a. abéna, ,-entilad3 ou rcch:i.da. en1 poços. em es-1,:.ço de e0tis1ruçào. e.1n Nndej:a. em prateleira. cn1supones sobre isol:tdores e em linha .\érca.
3. i\plicá\·el 1M1bém ;.os conJu1orcs isolados Cabo Supçras1ic. C.i.bo Su1>cros1ie Super e i\f111ncx 750V sob<c isol.-dores e cn1 linh.:l ~ n;:a.
SU$W 6
seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão ca de ordem " 11" e / 1 é o valor eficaz da corrente funda-
nominal da instalação: mental. Assim, 15% refere-se ao THD, = 15%. Por
exen1plo, se a corrente fundamental en1 un, circuito é
(a) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do
transformador MT/BT, no C.150 de transformador de
100 A e a corren1e de 3' harmônica é 15 A , leremos um
propriedade da(s) uniclade(s) consumiclora(s);
THD., = 100 /,.//1 = lOO x 151 LOO = 15%.
Em segundo lugar, como se sabe, as correntes de ordem
(b) 7%, calculados a partir dos terminais secundários cio
3 e seus múltiplosque circulam pelas fases somam-se alge-
transformador MTJBT da empresa dist.ribuidora de ele-
bricamente no neutro, quando este existir, obviamente.
tricidade, quando o ponto de entrega for aí loc.1lizado;
Assim, se tivermos um circuito trifásico c.om neutro,
(c) 5%, calculados a partir do ponto ele entrega, nos
onde a correnle fundamental nas iases é 100 A e a cor-
demais casos de ponto de entrega com fornecimento
rente de 3' harmônica é 15 A (fHD, = 15%), a corren-
em tensão secundária de distribuição;
te no neu1ro será f,v; = 15 + 15 + 15 = 45 A, inferior à
(d) 7%, calculados a partir dos terminais de saída do
corrente total na fase, permilindo assim, sob certas con·
gerador, no caso de grupo gerador próprio.
dições indicadas a seguir, que possa ser reduzida a seção
Esses limites ele queda de tensão são válidos quando cio neutro em relação à seçfo do condutor de fase.
a tensão nominal cios equipamentos de utilização previs- En1 outra situação. poderíamos ter, por exemplo, um
tos íor coincidente com a tensão nominal da instalação. circuito trifásico com neutro, onde a corrente fundamen·
En1 nenhun1 caso a queda de tensão nos circuitos termi- tal nas fases é 100 A e a corrente de 3• harmônica é 33
nais p<Xfe ser superior a 4'Yi,. A (THD, = 33%). Nesse caso, a corrente no neutro será
Nos casos (a), (b) e (d), quando as linhas principais da f ,v; = 33 + 33 + 33 = 99 A , valor pra1icamente igual à
instalação tiverem um comprimento superior a 100 m, as corrente 101al na fase, indicando assim que a seção do
quedas de tensão podem ser aumentadas de 0,005% por neutro deve ser igual à seção do condutor de fase.
metro de linha superior a 100 m, sem que, no entanto, E, por fim, poderíamos ter um caso em que, por
essa suplementação seja superior a 0,5%, exen11>lo, e1n um circuito trifásico com neutro, a corren-
A norma admite quedas de tensão superiores às indi· 1e fundamen1al nas fases é 100 A e a corren1e de 3' har-
cadas, no caso de equipamentos com correntes ele parti- mônica é 50 A (THD., = 50%). Nessa hipótese, a cor-
da elevadas, durante o período de partida, desde que rente no neutro será /.,, = 50 + 50 + 50 = 150 A, valor
dentro dos limites permitidos em suas respectivas nor- maior que a corrente total na fase, indicando assim que
mas e nas recomendações das concessionárias de distri· a seção cio neu1ro deve ser maior do que a seção cio
buição de energia elétrica. conclu1or de fase.
Os esquemas da Figura 9 .1 5 elucidam os casos (a)
a1é (d) descritos anteriormente. O neutro pode ser menor que o
condutor de fase
9 .9 Seção do condutor neutro
A norma acln,ite que em um circuito tri íásico com
A NBR 541 O fa7. considerações sobre o dimensiona- neutro, onde os condutores de fase tenham seção maior
mento cio condu1or neutro em função da taxa de 1erceira que 25 mm•, a seção do neutro pode ser menor que a do
harmônica (e suas múltiplas) presentes no circuilo. Dessa condu1or de fase, limitada aos valores da Tabela 9.19,
forma, são consideradas 1rês situações: 1axa inferior a 15%, desde que (1) o circuito seja equilibrado, (2) a taxa ele 3•
taxa entre 15% e 33% e taxa superior a 33%. harmônica e múltiplas seja menor que 15% e (3) qtie o
neutro seja pro1egido contra sobrecorrentes. Ora, na prá-
Por que os números 15 e tica, garantir o atendimento a essas três condições não é
33 por cento são utilizados? nada fácil e, conseqüenten1ente, reduzir a seção do neu-
tro deve ser uma decisão tomada somente após uma aná-
Em primeiro lugar, vamos rever a definição de taxa de lise muito cri1eriosa do caso. No1e que a norma não obri-
distorção harmônica (THD), que é dada por THD = 100 ga a redução do neutro, mas apenas deixa uma
/ , 1/ / 1, onde/" é o valor eficaz de uma corrente harn1ôni- possibilidade para que essa redução aconteça.
Taxa de 3 1 harmônica e múltiplM Taxa de 31 harmônica e múltiplas entre Taxa de 31 harmônica e n1úlliplas
menor que 15 por cento 15 por cento e 33 por cento inclusive superior a 33 por cento
O nculro pode ser ,nenor que o fase. O neutro pode ser igual ao fase. O neutro pode ser 1naior que o fase.
SU$W ü
3 12 lnslalações elétricas
BT- ~
"--~~~~~--l-><~
5%
(a)
~
AT-(])T
"-~~~~~~~-!-,~
5%
7%
(b)
Figura 9.1 5 • limites de queda de tensão: (a) instalação alimentada por rede de distribuição pública em baixa
tensão; (b) instalação alimentada por subestação de transformação ou por transformador próprio.
Seja um transformador de 1.000 kVA, que alimenta Sendo a corrente de terceira harmônica no condu-
inúmeros computadores, central telefônica e toda a tor de fase igual a 64,0 A e a corrente fundamental de
sorte de equipamentos de tecnologia de informação. fase é 773,0 A, temos que o THD, = 64.0 I 773.0 X
Tais equipamentos são grandes geradores de terceiras 100% = 8.'.1%.
harmônicas, que têm u1na influência significativa sobre Em circuitos trifásicos com neutro com taxas de ter-
o dimensionamento dos condutores neutros, conforme ceiras harmônicas e suas n1últiplas superiores a 1 So/o nos
visto ~nteriormente. condutores de fase, o circuito deve ser considerado
Seja um circuito de três fases com neutro instalado como constituído de quatro condutores carregados e
sozinho no interior de unla bandeja, con, temperatura
deve ser aplicado um fator de correção devido ao car-
ambiente de 30 ·e, onde são utili1.ados cabos unipola-
regamento do neutro igual a 0,86, independentemente
res em trifólio com isolação em EPR.
do método de instalação. Esse fator é aplicado sobre a
As correntes máximas nos condutores de fase que
capacidade de corrente válida para 3 condutores carre-
estão presentes nesse circuito são de ordens 1 (funda-
gados. Como em nosso exemplo o THD3 é menor do
mental), 3 (terceira harmônica), 5 (quinta) e 7 (sétima),
que 15%, então o circuito será considerado como ape-
com intensidades (valores eficazes) de, respectivamen·
nas de três condutores carregados.
te, 773.0 A , 64,0 A, 24,8 A e 12,8 A. Nessas condições,
a corrente de projeto 111 a considerar no cálculo da Assim, entrando com o valor de 111 = 776,J na Tabe-
seção dos condutores desse circuito é calculada por: la 9.7, coluna de três condutores carregados, método
F, temos que a seção dos condutores de fase será S,-,.
111 = v'rt + /~+ I; + /~= = 400 mm1 (lz = 823 A).
SU$W li
Se admitirmos que esse circuito trifásico con1 neu· '• = v'tl + tl + ... + [;,
tro é equilibrado e que o neulro será protegido contra
sobrecorrentes, uma vez que a taxa ele 3' harmônica A norma faz uma observação que é muito útil na prá-
(8,3%) é menor que 15%, então a seção do neutro tica e que resulta em um dimensionamento a favor da
pode ser menor que a do condutor de fase. Entrando na segurança: na falta de estin1ativa mais precisa da taxil de
Tabela 9.20, então S.v = 185 mm'. 3• harmônica, recomenda-se a adoção dos maiores fato-
Assim, a especiflcação desse alimentador será 3 x res da tabela, ou seja, 1,73 e 1,41, res1>ectivamente, para
# 400 mm' + # 18.5 mm 2 (o condutor de proteção teria cirçuitos trifásicos e duas fases.
seção de # 24-0 mm2J.
A norma estabelece que, em circuitos trifásicos com Em nosso caso, uma vez que a taxa de terceira har-
neutro com tax.as de terceiras harmônicas e suas n1últi· mônica presente no circuito (64,3%) é maior do que
pias superiores a 15% nos condutores de fase, o circui- 33%, então a seç.io do neutro será maior do que a cio
to deve ser considerado como constituído por quatro condutor ele fase e o cálculo será feito de acordo com
condutores carregados e deve ser aplicado um fator de o Anexo F ela NBR 5410.
correção devido ao carregamento do neutro igual a Entrando com THD, = 64,3% na Tabela 9.21, temos
0,86, independentemente do método de instalação. 1. = J,64.
Esse fator é aplicado sobre a capacidade de corrente Enlão, 18 ,,. = !,, 111 = 1,64 X 88,6 = 145,3 A.
válida para três condutores carregados. Entrando com esse valor na Tabela 9.7, coluna de 3
Em nosso caso, a taxa de 3" harmônica é igual a condutores carregados, método r-: vemos que a seção
64,3% e. dessa forma, a corrente fictícia de projeto (lí1) dos condutor neutro será S.v = 35 mm2 Uz = 169 A)
a ser utilizada para determinar a seção do condutor de Assim, a especificação deste alimentador será 3 X
t;,
fase será = 88,6/0,86 = 103,0 A. Entrando com esse # 25 mm' + # 35 mm' (o condutor de proteção teria
valor na Tabela 9.7, coluna de 3 condutores carrega- seção ele # 16 mm2).
dos, método /~ vemos que a seção dos condutores de
fase será S1, . = 25 mm' {/z = l:15 A).
EXERCÍCIOS
10
31 6 lnslalações elétricas
Quando unia (alta faz que a tens.cio de alimentação caia, o atrasada em relação à da tensão, o que só poderá ocor·
n1otor passa a receber menos potência para acionar sua rer se o seu eixo de simetria estiver deslocado do eixo
carga e, ao n1esn10 tempo, a tensão induzida interna faz original. como mostra a Figura 1 0.1 (b).
circular corrente para a falta. A inércia do motor e a carga Os dois casos mostrados na Figura 10 .1 são extre·
agem como máquina motriz e, mantida a excitação do mos: o caso (a) mostra uma corrente simétrica e o caso
campo, o motor passa a agir como gerador, alimentando a {b), uma corrente completamente assimétrica. Se em um
corrente de falta. Esta diminuirá gradativamente, com o sisten1a con1cos <1>.c. =O o curto acontecer em um instan-
decréscimo da ro~1ção do rotor da máquina. te em que a tensão não estiver passando nem por zero
A contribuição dos motOrii,s ele indução tipo gaiola nem por seu valor de crista, sempre haverá um desloc.1-
também resulta da ação da inércia do rOlor após a ocor· mento cio eixo da corrente, cujo valor dependerá do ins-
rência da falta. Nesse caso, o fluxo de campo é produzi· tante em que ocorre a falta em relação à onda de tensão.
do por induç.io ao estator, em vez de sê-lo por bobina de Em sistemas onde a resistência não seja desprezível
campo. Como esse fluxo decai com a remoção da fonte em relação à reatância, o deslocamento da senóicle da
de tensão, devido à ocorrência da falta, a contribuição corrente de curto-circuito tan1bén1 variará de zero até un1
desses motores desaparece rapidamente. A excitação de valor máximo. No entanto, o ponto na onda ele tensão no
campo não é mantida, portanto, não aparece um valor qual o curto deverá ocorrer, para que se tenha máxima
considerá,•el para a corrente de falta produzida, como no assimetria, depen<ferá da relação entre a reatância indu·
caso das máquinas síncronas. tiva e a resistência do sistema. A máxima assimetria será
Os motores de indução do tipo anéis, que funcio· obtida quando o curto se der no instante correspondente
nam normalmente con, os anéis no rotor curto·cire-uita· ao ângulo (90° + <I>,), medido a partir do ponto de tensão
cios, atuarão em uma falta de modo idêntico aos do tipo zero; a corrente será simétrica quando o curto ocorrer a
gaiola. Ocasionalmente, motores maiores, que funcio- 90' desse ponto. Como exemplo, considere um circuito
nam con1 resistência externa nos circuitos cio rotor,
1>0derão ter desprezada sua contribuição para uma cor· Tensão
rente de falta.
Os geradores síncronos do sistema de trans,nissâo ou
L.;- ~orrcntc ~~ c.urto--cirtuho
• '
'.
praticamente de 90° em relação à tensão. Se o curto ocor·
•'• . • '
'. •'
..
rer no instante em que a tensão esteja passando por seu
• •' •
valor de crista, a corrente instantânea de curto con1eçará
de zero e traçará uma senóide sin1étrica em relação ao
'' '
'.' ."
' ' '.
•• '
,,' • ''
"
mesmo eixo da tensão, como mostra a Figura 10.1 (a). (b)
Se, no mesmo sisterna, o curto ocorrer no instante
em que a tensão estiver passando por zero, a corrente Figura 10. 1 • Corrente$ de curto·circvilo em um $Í$temo
de curto começará de zero, porém, não poderá ter o com fator de potência praticamente i9uol o
mesmo eixo de simetria que a tensão, porque ficaria em zero; (a) corrente simétrico, (b) corrente
totalmente ossimétrico
fase com ela. A senóide da corrente deverá estar 90º
SU$W ü
cuja resistência seja igual à reatância, isto é, cuja rela· É importante observar que os exemplos apresentados
ção ent.re reatância e resistência seja igual a 1 . A defa· nas figuras 10.1 a 10.3 têm apenas a finalidade de ilus·
sagenl entre tensão e corrente será ct>t = 45° e a máxin,a trar a análise do fenômeno. Nos circuitos reais,. o con,-
assimetria será obtida quando o curto-circuito ocorre, a ponente 'contínuo' decresce rapidamente.
90 + 45 = 135º do ponto zero da onda de tensão, como O valor do componente co,1tínuo da corrente de curto-
mostra a Figura 10.2. circuito depende do instante em que ocorre a falta, poden·
Para simplificar a análise, considere a corrente de do variar de zero até un, valor máxin,o igual ao valor de
curto-circuito assimétrica como formada por duas com- crista do componente alternado (Figura 10.3). Quando o
ponentes: uma ,,/remada (senoidal) e outra contínua. A curto não é totalmente assimé1rico, o valor cio componen-
soma de ambas dará a corrente assimétrica real, como te contínuo é igual ao da corrente simétrica no instante da
mostra a Figura 10.3. falta, como mostra a Figura 10.4.
Corrente
'
''
''• '•
Ponto ',..._. ·1cnsão
zero ' '
'
''
••
135·, ; :; •
'•
•
'' ''
'
' ,
,'
,'
Figura 10.2 • Curto-circuito com máxima ossimetrio em um circuito com o resistência igual õ reotôncio
Corrente 10 1:-\I
assin1étricn
)
Conlponcnte CC
.'' ..'•
-,....,-'
'
'
.. --~--·---
,' ' ,'
•' '
' . ---' --
'
-····T-...j
•' •
•
'
.
'•
, •
•'
•
•
lnsra,~te ~e _J
ocorrcnc1a , ~
de curto-circui10 :
' .. '
'
''
.'. ,'. \..-->
'
Contponente CA (sin1é1rica)
31 8 lnslalações elétricas
Con1ponen1e ;llten1ado
.
...' '-:..
. ..
J ' .,''" . .'.. '.'
'
~
,.
'
,,
••
t .......
~ ....... .. ·-,
-......
.• .•
.• ' .• ..•'
•• •• '•
•
•
.. '
.•
•
•.
. .••
''
' ',,''
'
·'
.'·'
Figura 10.5 • Corrente de curfo·circuito assimétrica
SU$W li
Corrente • ro,
Envollório superior
-·T ·
~
··1
11 ',
- 1 -- - -- - --- --- ---
'• ., V
.
Tempo
·,
...
Figura 10.8 • Corrente de curto·cireuito presumida relativo a uma falta distante do gerador
A Figura 10.9 indica os valores de ).. em função de alimentado por um sistema de tensões de seqüência
IUX ede XIR. negativa. (Ver SEção 2.4 .)
A Tabela 10.1 apresenta os valores de,\ e de AV2em • Impedância de curto-circuito ele seqüência zero (.Í,)
função de XIR (XI R = tg <!>,), indicando também o valor - razão da tensão ele fase para a corrente de curto-cir-
correspondente ele cos <!>,; são utilizados valores típicos cuito de uma fase ele um componente alimentado por
de XIR. uma fonte ele tensão alternada monofásica, qtoando
Nos cálculos das correntes ele curto-circuito (ou de os três condutores de fase estão em paralelo para a
faha direta) em sistemas de baixa tensão, são considera- corrente de saída e um quarto condutor e/ou a terra
das as seguintes impedâncias para os diversos compo- funcio11a como condutor comum de retorno. (Ver
nentes: Seção 2.4.)
• Impedância de curto-circuito de seqüência positi va Considerando faltas distantes dos geradores, pode-se
{i1) - razão da tensão de fase para a corrente de curto- admitir que 7-, = z,.
circuito da fase correspondente em um componente Nos cálculos, são consideradas as impedâncias de
alimentado por um sistema de tensões de seqüência curto-circuito i, e Zo
vistas do ponto em que ocorre a
positiva. (Ver Seção 2.4.) falia (ver Figura 10. 1O), definidas por:
• Impedância de curto·circuito de sec1üêncla negativa
(?.,)- razão da tensão ele fase para a corrente de curto- . u,
Z1 = -.- (10.6)
circuito ela fase correspondente em um componente 1,
(a) (b)
2.0 ......
\ ~
1.8
1.6 \ /
/'
t 1.4 "\. t
>.
J
A
1,2 " '- r---
/
,.o ~
/
O 0.2 0,4 0.6 0.8 1.0 1.2 0.5 1 2 5 10 20 50 100 200
R/X - X/R-
o 2.00 2,8:)
"'
9,95 0.10 1,75 2,47
8.27 0,12 1,70 2,41
6,59 0.15 1,64 2,32
3.18 0,30 1.40 1.98
1,98 0,45 1,23 1,75
1,33 0,60 1.12 1,59
0,88 0,75 1,05 1.49
o 1.00 1.00 1.41
.l
u,
fator de tensão e U,,. é a tensão nominal cio sistema.
O fator e cujos valores são apresentados na Tabela
10.2, é introduzido para levar em conta:
• As variações ele tensão no tempo e no espaço.
(a)
• As mudanças de derivação dos transfonnadores.
• O fato de nã_o teren, sido consideradas as reatâncias
capacitivas.
L3 A tensão cU\/\/"'5 é considerada a única ativa do sis-
1
.l
Uo
(b)
i. tensão do sisten1a e de ser a corrente de falta máxima ou
a corrente ele falta mínima.
A corrente de curto-circuito presumida, no caso ele
um curto trifásico, é calculada a partir do circuito (RL)
equivalente, mostrado, por exemplo, na Figura 10.1 1,
Figura 10.1 O • Circuitos paro o obtenção dos impedâncias onde são consideradas, no caso n,ais geral, as seguintes
de curtos·circuitos de seqüência positivo impedâncias:
e de seqüência zero
• Rede ele alta tensão (valor referido ao lado da baixa
tensão)
, _ Uo
Z~o - -.- (10.7)
'•
I Tabela 10.2 • Valores do fator de tensão e 1
Fator de tensão 1>ara cálculo de
Tensões non1jnais
Corrente de curlo-circuito má.xhna c,11$~ Corrente de curto-circuito mínima e"'"'
Baixa 1c1\siiO
• 2J0/400V 1.00 0,95
• outros valores 1,05 1,00
Alia tensão 1.10 1.00
SU$W ü
Figura 10.11 • Circuito equivalente poro o cólculo de corrente de curto-circuito trifósico presumido
• Linha de alta tensão (valor referido ao lado da baixa sendo c0 o fator de tensão relativo ao barramento Q
tensão) (Tabela 10.2) e U.vo a tensão nominal da rede.
Para o cálculo das correntes de curto-circuito máxi·
Z,:r a R,.,. + jX1:r n,a e n1ínin1a no sistema são utilizados na Expressão
• Transformador (valor referido ao lado da baixa tensão) 10.9 os valofes lkmS._" e l kfl""' respectivamente. Se lkmrn
não for conhecido, o valor de Z0 a considerar pode ser
Zror = Rr,rr + jX,·11·r o mesmo utilizado para calcular a corrente de curto-cir·
cuito máxin1a.
• Li1,ha de baixa tensão
Quando não se conhece o valor preciso da resistência
Zl = N,. + jX1• R0 nem o da reatância XQ, o que é muito comum,
pode-se utilizar as expressões:
A contribuição dos motores assíncronos à corrente de
curto-circuito I Z será desprezível se (1 0.10)
(10.8)
e
U.v
Q
AT BT AKF Falia
interrupção mínima do disjuntor de proteção da entrada,
geralmente fixado pelas concessionárias.
A impedância ele curto-circuito de seqüência positiva
dos transformadores a dois enrolamentos separados
21 = 27 = R 7 + jX7 é calculada, a partir de suas c.,rac-
terlsticas nominais.
Figura 1 O. 12 • Diagramo unifilor de um sislemo elétrico O módulo da impedância referida ao lado da baixa,
z.,." é obtido em função da tensão de curto-circuito
SU$W li
nonlinal, U,.,.., da tensão nominal da baixa, U.v1: ,ni e da cálculo das correntes de falta máximas e uma t.empera·
potência aparente nominal S,vr, isto é tura mais elevada para o cálculo das correntes de falta
n1ínin1as) e da reat<íncia por unidade de comprimento
, . ·{ = 11•.v( %). [U,vr.11,{V) J' (10.13) X'í. (para as linhas ele alta tensão, usa-se as designações
mll) IOO SN-r(kVA)
Z11n
7i\ e X'i para dife.renciar.
Por sua vez, a resistência R.,.,,., pode ser obtida em Pode·se escrever para uma linha de alta tensão:
função de U,vr.11 .,., de s,,,
e da queda de t.ensão resistiva R1.(mH) = /(m) X Rí.(mílfm) (10.17)
nominal, UNN• isto é
e
R ( !l) _ 11•,v(%) [ U.vr.f!r(V)J' (10.14)
rm m - 100 · SNr(kVA) x,.(m!l) = /(m) x Xí. (1 0.18)
ou a partir das perdas no cobre, P tN• e da corrente no,ni- Os valores de Rí. e de Xí. (geralmente dados em
nal de baixa tensão INt ,,rr, sendo !Vkm • mn/m são obtidos de c.1tálogos de fabricantes.
pkN(\V) , Para uma linha de baixa tensão, te1n·se:
N,m(míl) = J [f,vr. ,,.,{A ) ]' X 10· (10.15)
R,.(mn) = i(m) X Rí.(m!l/ m) (1 0.19)
P(1ra as reatâncias, X·r. 1:,1; tem-se: e
Xr,,r = V'Z},,,, - R~1,1· (10.16) x,.(míl) = l(m) x Xí.(mnlm) (10.20)
A Tabela 10.3 apresenta as potências nominais e os
Os valores de R11• e ele X 11• podem ser obtidos, para
respectivos valores de tensão de curto-circuito nominal e
os casos mais comuns, na Tabela 10.4, e, em casos espe-
de perdas no cobre tí1>icos de transformadores de potên·
cias fabricados no Brasil.
ciais,X,,. pode ser calculado.
. A impedância ele curto-circuito ele seqüência zero,
A série de normas NBR 5356 considera como 'valo-
2 01., depende do percurso de retorno da corrente e pode
res típicos', 4,0% até 630 kVA, inclusive, e 5,0% até
ser determinada, seja com o auxílio das relações R00/R1•
1.250 kVA.
e X 0 ,/ X 1, seja por medida ou por cálculo.
A impedância de curto-circuito de seqüência zero 01• z Para calcular a corrente de curto-circuito en1 baixa
dos transformadores, do lado da baixa, pode ser obtida
tensão, todas as impedâncias do lado ela alta devem ser
do fabricante ou determinada pelas relações X<t,tX,.,,.,e referidas ao lado da baixa tensão. Isso é leito por meio
R0,tR.,•.,.. . . da relação de transformação nominal, l,v, definida pela
As impedâncias Z 11• e Zo,. elas linhas elétricas podem
razão da tensão non1inal de alta do transforn1ador, U,vr.,rr,
ser obtidas de normas e/ou de catálogos ele fabricantes.
para a respectiva tens.fio non1inal de baixa., U N·i; H1i isto é
A impedância de curto-circuito ele seqüência positiva
z,.
211• = = R1• + jX,. é determinada a partir da resis- (10.2 1)
tência por unidade ele comprimento Ri. (a 20 ºC para o
I Tabela 10.3 • ValONJs típico• cle-lnJnsformadONI$ nacional, (dados fornecidos - fabrica ntes) J
Potência nominal (kVA) Tensêlo de curto·circuito1 (%) Perdas no cobre (W)
15 3.5 340
30 3.5 570
45 3,5 780
75 3.5 1.140
112.S 3.5 1.500
ISO 3,5 1.910
225 4 ,5 2.700
300 4.5 3.360
500 5.0 6.800
750 5.0 12.650
1.000 5,0 14.550
Nota:
1. A NOR 5356 considera como ·\JtjJores típicos·. 4.0% :ué 630 l:V;\, incluSÍ\'e, e 5.0%:i1é 1.2501:VA.
SU$W li
Tabela lOA • Valores da resislincia e da reatância ele condutores ele cobre (utilizáveis nas cákulos
ele curto-circuito)
Reatânc.ia induti,·a
Seção nominal (mm') Resistência (m!l/m) Condutores i.solados
Cabos unipolares (millm)
(m!l/m)
1.5 12, 1 0,1236 0.1585
2 ,5 7,41 0,1202 0.1459
4 4.61 0.1 130 0. 1430
6 3.08 0,1068 0.1 335
10 1,83 0.1090 0,1262
16 1.15 0,1036 0.1175
25 0.727 0.1020 0. 1146
35 0.524 0.0980 0.1 095
50 0.387 0,0974 (), 1090
70 0.268 0.0963 0. 1038
95 0,193 0.0945 0. 1024
120 0.153 0,0933 0.0993
150 0.124 0,0915 0,0990
185 0,099 1 0,0916 0,0986
240 0.0754 0.09 J I 0,0976
300 0.060 1 0,0918 0,0968
Notas:
1. Rcsistêncins ffil\xin1as a 20 º C segundo a NUR N~-t 280, considcrnndo-sc condutores Cl:u.se li.
2. Rc-,cincias induli\':IS e~culnd.1S considerando-se c:ibos di.spos1os cn1 1rifólio.
3. Vakm.~s \'álidos para condutores isol:\dos Supcr.u1ic e t.tbos Wlípolares Síntcoo.x Af.
As impedâncias do lado AT referidas à BT podem N~se caso, para correntes de curto-circuito cuja
ser obtidas como indica a Expressão 10.22. localização está distante do gerador, a corrente de curto-
circuito tri fásico permanente, t,,, "a maior das corren-
Z ~1r,t = +zAT
16"
(10.22) tes de falta presumida, sendo a mais utili zada e, também,
a mais fáci I de se obter.
(o índice I i ndica os valor~ referidos à 87). Para um curto-circuito bifásico, a obtellção ela corrente
é feita recorrendo-se aos component~ simétricos (ver
Seção 2.4). Sua expr~são, considerando-se Zi z, = =z,,
10.6 Cálculo das corre ntes de falta será
presumidas
.. cU.v V31
Expressão das correntes I " = ,., = 2 z, = T 11
" (10.24)
• RedeAT
U<Q = 13,8 kV
! r 'l"''" = 15 kA; obtém-se c(I = l ,l (Tabela 10.2)
• Linha Ll
I = 1,7 km
cabos unipolares Sintenax 12/20 kV, 3 X 1 X 150
mm2, con,
Rí. = O, 1S1 nlkm (mnlm)
1 i i
ee,. . . .... . . l Mn
Xi = O, 132 Q/km (mnlm)
• Transformador T1
S,vr = 400 kVA
U,v,:•,-= 13,8 kV
Um:n-r= 380 V
llt.v = 4°/o
lln.v= 1, 15o/o
Figura 10.13 • Aplicoçâ<> do contribviçõo cios motores
no.s correntes de curto~circuilo
• Linha L2
Assim, chamando de U0 à tensão de fase, U,I VJ, tem-
I= S m
se da Expressão 10.25
cabos unipolares Sintenax AF, 2 X (4 X 1 X 240 mm');
17:, = ft1 =
e· V3
.
· V3Uo
.
obt.ém·se (Tabela 10.4)
Rí. = 0,0754 mnlm
132, + 32,,,:1 Xí. = 0,0976 mnlm
e daí
Linha L3
• cU0
(10.26) I = 20 m
' ·· = i., = . + Z,.d
IZ, .
cabos unipolares Sintenax AF, 4 x 1 x 70 mm';
obtém-se (rabeia 10.4)
expressão absolutamente análoga (com exceção do fator
e, que é qua~e sempre igual a 1) à Expressão 8.1, onde Rí. = 0,268 mnlm
Zs = IZ, + Z,.,;1.
Xí. = O, 1038 mnlm
Q l';Q= 15 kA
U,,o = 13.8 kV
Linha LI
l =l.7 km
-,.- - - --+-- - - - , - 13.8 K V
S,\'l'l = 400 kVA ~ s.,,.1 = 400 kVA
T2
L2. I = 5 111
380V
L3 MI M2
3-
1 = 20m Pm = 20 k\V P,12 = 40 kW
l
Figura 10.14 • Diagrama unifilar do exemplo citado no exemplo anterior
1 ::410 111
~4
( Tabela 10.S • Cálculo deu impeclancias ele seqüência positiva do lado éla alta tensao (c.,....ntes ele
cul'to-circuilo P.!!!Sumidos máximas) 1
l.f.vQ = 13,8 kV 1 1:Q"fflh = 15 kA 1 CQ: 1,1
Ll<Ar 314.8
L ZAT·
L XAr 805,8
(Continu,:1}
SU$W ü
(Con tl1JU/JÇJO)
(2) O cálculo das impedâncias ele seqüência 1>0sitiva (3) O cálculo das impedâncias de seqüência positiva
do transformador referidas li baixa tensão é apresentado ao lado da baixa tens.10 é apresentado na Tabela 10.7.
na Tabela 10.6.
ITabela 10.6 • Cálculo das impedâncias de seqüência positiva dos transformadores referidas á
baixa ten5éio (corrente• de curto-,cin:uito pre1umida1 máxima•) 1
Transrormador Express.io Cálculo
R X z
m!l m!l m!l
ITabela 10,7 • Cálculo das impedâncias de seqüência ao lado ela baixa ten5éio (conentes de curto· 1
circuito presumidas máximas) .
R X
Componente Expressão Cálculo
m!l m!l
1
Linha L2 (dois cabos
R ,. = IR\. R ,. =
2 x 5X 0.0754 0.188
(Co,uit>u.J}
SU$W ü
R X
Componente Expn?SSiio Cálculo
mfi mfi
(4) O c.ílculo das correntes de curto-circuito presumi· Nessas condições, o valor inicial da corrente presu·
das máximas é apresentado na Tabela 10.8. mida a considerar é o da corrente de curto-circuito per-
(S) Avaliação da influência dos motores manente no secundário do transformador, l,r, que pode
ser obtido das expressões 10.23 e 10.13. Assim, fazendo
i,111 = 20 = 0,0384 k A e: = 1, U.v = UN'I:IJ1, e 2 4, = Zr/Jr, virá
\/3 X 0.8.5 X 0.93 X 380
U,w:irr
,.,. = -:--'"--- (10.28)
40 V3 Zr,rr
{.,r, = = O0769 kA
~
V3 X 0,8.5 X 0,93 X 380 '
V'l substituindo a Expressão 10.13 na Expressão 10.28
3 1+2 4,389 14,442 15,094 14,535 0,304 1,381 28,38 12,59 24,57 Fl
4 L2 0.188 0.244
5 3+4 4,577 14.686 15,383 14,262 0,3 12 1,372 27,67 12,35 23,96 F2
7
L3
5+6
5.36
9.937
2,076
~
IIN = 380 V; C = 1.00
[
g-
Õ'
ª
...,
(.)
,o
~
~
111 =4%
50
100
1!\()
16.9
1$.7
20.1
2 1.4
20,9 111
300
-= 4%
50
100
150
9.8
10.5
10.8
11.6
12.3
12.6
500
"· =4%
50
100
150
12..3
13.8
14.4
14.8
16.J
16,9
~
·"
õ
~
~
3.2 1.8 2.5 3'.
250 19.0 21.2 250 11.0 12,8 250 14.9 17.4
ê
500
..
soo
50
19.4
19.7
25.8
22.6
22.9
3 1. 1 500
500
"50
11.2
11.4
14.9
13.0
13.2
17.9 750
500
"
50
15.2
15.7
14.1
17.7
18.2
17.9
100 28.9 34.2 100 16.7 19.7 100 16.1 19.9
u, = 4% 150 30.1
5.3
35.4 "t = 4% 150 17.4
3.0
2().4 11, = 4% 150 16.9
3.8
20.7
250 31. 1 36.4 250 18.0 21.0 250 17.7 21.5
soo 31.9 37.2 500 18.5 21.5 500 18.2 22.0
32.8 38.1 19.0 22.0 18.8 22.6
750
"
50 29.6 37.5 750
"
50 17.1 21.6 1.000
"
50 17.4 22.4
100 33.8 41.7 100 19.6 24.1 100 20.6 25.6
u,= 5% 150 35.5 43.4 "t • 5% 150 20.5 25.0 11, • 5% 150 21.9 26.9
7.9 4.5 5.0
250 36.9 44.8 250 21.4 25.9 2.50 23.0 28.0
500 38.1 46.0 500 22.0 26.S 500 24.0 29.0
39.3 47.2 22.8 27.3 25.1 30.1
" " "
1.000 50 .ló.5 47.0 1.000 50 21.1 27.1 1.500 50 20.2 27.7
100 43.0 53.5 100 24.9 30.9 100 24.6 32.1
,,, = 5<4 150 45.8 56.3 " ~= 5% 150 26.5 32.5 it, =5% 150 26.5 34.0
10.5 6.0 7.5
250 48.3 58.8 250 27.9 33.9 2.50 28.2 35.7
500 50.l 60.8 500 29.1 35.1 500 29.7 37.2
52.5 63.0 30.4 36.4 31.3 38.8
" " "'
1.500 50 24.5 33.5 2.000 50 24.1 34.1
100 29.8 38.8 100 30.6 40.6
"i =6% 150 32.1
9.0
41.1 1t1=6% 150 33.6
10.0
43.6
250 34.2 43,2 2.50 36.5 46.5
500
"
36.0
38.0
45.0
47.0 ..
500 38.9
41.8
48.9
51.8
l':ontç: ~·lcndes, ClJ>, CQm:ntcs de cuno,circuilo cm n.:dc$ industriais
SU$W ü
e daí
(10.30) (10.35)
f, = 22
4$4 l()()co,;q\,0 1 5/2 (10.37)
J,1.
-+
f, 0 S
+-
S1-
e para circuitos com tensões 127/220 V (U 0 = 127 VJ
12,7
I. = --;======= =
162 57 CúS <l>;o / 5/l (10.38)
/-+
' ,1. ,,,,s +-
s2
U,v= VJU. O fator ele potência cos <J>,. é dado em função de I,o,
na Tabela 10.1O:
Dobrando o valor do comprimento /, a Expressão
10.37 é aplicável a circuit.os monofásicos de 220 V e a
Expressão 10.33 a circuitos monofásicos de 127 V.
As expressões 10.37 e 10.38 dão origem aos gráficos
.,, das figuras 10.1 7 e 10.18, respectivamente .
S.R.X / f
EXEMPLO
F /V k
25
20
,,. (kA)
15
10
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Fig ura 10 .17 • Diagramo poro o determinação rápido do corrente de curto·circuito presumido (Cortesia do Sticino)
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·u1ilir.Jvel 1an,OOm fJá~ linhas n1onoíásicas de 220 V. dobrando o v~lor do c-0n1pri1nen10 I
Figura 1O. 18 • Diagrama poro o determinação rápido do corrente de curto-circuito presumida {Cortesia da Bticino)
EXERCÍCIOS
1. O valor da corrente de crista de falta em instalações de baixa tensão depende de quais parâmetros?
2. Quais fontes de correntes de faltas são consideradas as principais?
3. Como é determinado o lator ele potência de curto-circui to?
4. Qual é a clelinição da corrente de curto-circuito simétrica inicial (r,)?
S. Qual é a definição da corrente de curto-circuito simétrica permanente ( t,)1
6. Delina valor de crista da corrente de curto-circuito.
7. Quais são as impedâncias consideradas para os diversos componentes nos cálculos elas correntes de curto-circui·
to em sisten1as de baixa tensão?
8. Em que situação deve ser considerada a contribuição dos motores assíncronos à corrente de curto·circuito?
9. Qual é a relação entre as correntes de curto-circuito bifásica ( f',.) e a fase-terra ( r.,>com a corrente de curto-cir-
cuito trifásica ( r,,)?
1 o. Quando temos impedância de neutro (Z.l, a impedância Z,, é acrescida de que valor?
SU$W ü
11
11.2 Limitação da duração • ()s 1cn1r>os de atuação ,,, t1, tl etc. dcvc,n ser 1an10 menores
de uma corrente de sobrecarga quanto nlaior for ::t reloção de sobrec,1rg.1 11 .
• Para ,, • l.45, ad,ni1e.se un1 tc!nlpo de atu~1ção no nlá>:in10 igual
Como apresentado no Capítulo 9, na Expressão 9.13, ;:io lcmpo con\'enc.Onal (ir> <lo dispositivo.
a temperatura final assumida por um condutor aumenta
figura 11 . 1 • Atuação o tempo inverso
com o quadrado da corrente que circula por ele. Do pon-
to de vista dos efeitos térmicos produzidos, as c0<rentes
A partir desse conceito são obtidas as chamadas cur-
de sobrecarga de pequena intensidade e as de grande vas-limites de sobrecarga apresentadas na Seção 9.6.
intensidade podem ser consideradas separadamente.
Assim, para dado condutor ou cabo isolado, em da-
Uma correnle de sobrecarga é considerada de pe·
da condição de instalação, existem duas curvas t ~ f
quena intensidade quando a temperatura de regi1ne
(11), tempo em função da relação de sobrecarga, que
atingida não for superior à temperatura (máxima) de
dão o tempo necessário 1x1ra o condutor atingir un1a
sobrecarga O, (ver Tabela 9.16). Tais correntes não
temperatura de sobrecarga prefixada O., (ver Figura
devem tornar-se permanentes para não comprome1er a
9.1 O); a primeira válida para a hipótese do inicio da
vida da isolação, mas podem ser supo<1adas por 1empos
relalivamente longos, acima de uma hora. Pode-se dizer, sobrecarga com o c.1bo na temperatura ambiente (par-
fazendo referência à NBR 541 O, que são consideradas de tida a frio) e a segunda, acentuadamente mais baixa,
pequena intensidade corren1es de sobrecarga de até 1,45 válida para o início da sobrecarga com o cabo na tem-
vez a capacidade de conclução de corrente do condutor peratura máxima para serviço contínuo (partida a
ou cabo isolado. quente). As duas curvas delimitam a zona de <1tuação
Se a corrente de sobrecarga for de grande intensidade, ideal de um dispositivo de proteção; se a curva do dis-
a temperatura de regime assume valores excessivamente positivo estiver abaixo das duas curvas de sobrecarga,
elevados, que comprometem não só a durabilidade da não se aproveita plenamente a 1>ossibilidade de o con-
isolação., con10 tan11>ém sua integridade física e qufn1ica. dutor, ou cabo isolado, suportar sobrecargas transitó-
Assim, por exemplo, com uma corrente de sobrecarga rias; se estiver acima das curv.,s de sobrecarga, o con ..
de 21,, um condutor com isolação de PVC atinge uma dutor atingirá e superará a temperatura O, sem que o
temperatura da ordem de 190 •c,
que provoca a rápida dispositivo ele proteção alue (em tempo hábil). A Figura
destruição da isolação, possibilitando, comoconseq(iên- 11 .2 mostra a condição ideal. Observe que a curva de
cia, uma falta. Nessas condições, é necessário que o cir- atuação indicada para o dispositivo é a que correspon-
cuito seja interrompido em um tempo tanto menor quanto de à pior condiçiio, isto é, a curva ten1po máxin10 de
maior a corrente de sobrecarga, como ilustra a Figura 11.1. atuação-corrente.
SU$W ü
--
aruaç50-corren1e cionamento a estado sólido e por dísposítivos de proteção
do disposilivo
a sobrecorrente do tipo límítador (fusíveis e disjuntores).
de pro1eçào
(condição ideal) Em particular, Pt é uma ferramenta de grande utilidade no
Curva de sobrecarga do trabalho com problemas térmicos resultantes da circula-
cabo (partida a qucnle)
ção de correntes de valor elevado e de curta duração,
como as de falta direta em círcuítos elétricos, no que con-
cerne ao aquecimento dos condutores e à atuaçào das
proteções.
Quando as sobrecorrentes assumem valores muito ele-
li vados, con10 no caso de curtos-circuitos, ten1peraturas
da ordem de centenas de graus são atingidas pelos con-
Figura 11.2 • Curvos·limite de sobrecarga e curvo de dutores em tempos muito pequenos, freqüentemente da
atuação ideal de um dispositivo de proteção ordem de centésimos de segundos. P.lra tempos tão cur-
contra sobrecargas tos não é viável considerar constanle o valor eficaz da cor-
rente, como no caso de correntes de sobrecarga.
Nas figuras 11.3(a) e 11 .3(b), são mostradas duas situa- De fato, seja pela forma de onda da corrente, seja
ções bastante comuns: pelo efeito da indutância da linha, nos primeiros ciclos
• O dispositivo de proteção contra corrente de sobre- da corrente de falta direta, seus efeitos não devem ser
carga só protege a partir de determinado valor da rela- avaliados pelo valor eficaz. Assim, para o estudo dos
ção de sobrecarga (ver Figura 11 .3(a)). eíeitos térmicos dessa corrente, considerando ten1pos
• O dispositivo de proteção contra correntes de sobre- extremamente pequenos, não se pode separar a grandeza
carga só protege até determinado valor da relação de corrence ela grandeza tempo, sendo necessário conside-
sobrecarga (ver Figura 11.3(b)); rá-las em conjunto no produto integral
1
Curva de sobrecarga do
cabo (partida a frio)
Cur,•a de sobrecarga do cabo
(partida a frio) Curva te1n1>0 n,áxin10 de
atuação-corrente do dispositivo
,,
"• (a) "
(b}
Figura 11.3 • Proteçõo de condutor contra correntes de sobrecarga: (a) dispositivo só protege a partir de n, ; (b) di,po,itivo
só protege até ""
SU$ W ü
33 8 lnsloloções elétricas
A respeito da in1eg,at de Joule (1'1), diz o 8111! Book do Integral de Joule dos condutores
IEEE (Recomnumded Practice{or Pr()le<:1io11 mui Coordi- Nos cabos de baixa tensão, as faltas de origem inter·
nation oflndustrial and Conunercial Pon1er Syscen,s - na geralmente não são causadas pela tensão aplicada.
Std 242 - ): "O conceito de 121 foi introduzido para suple-
Neles, a espessura da isolação, por razões exclusivamente
n1entar o conceito de corrente simétrica porque reprc·
senta os esforços ténnicos e magnéticos reais impostos mecânicas, é sempre bastante superior à que seria ne-
a um con1ponc.nte conduzindo uma corrente de curto· cessária para garantir a rigidez dielétrica diante das (mo-
circuito nos printeiros ciclos. A grandez.a / lt representa destas) tensões aplicadas.
Nos condutores isolados, ben1 con10 nos cabos uni e
]i dt
1
multipolares de baixa tensão, em linhas elétricas fixas, as
a integtal do.quadrado<!• corrente durante o intervalo de faltas, geralmente, são causadas por problemas termome-
tempo considerado. Valores nominais de l 't estão sen- cânicos, ou seja, pelas solicilações mecânicas a <1ue o
do aplicados cada vez mais a equipa,nenl'os elétricos. e cabo é submetido durante seu funcionamento (movi·
alguns disposítivos de proteção são e<>ordenados tam- mento do(s) condutor(e,;) provocado por seu aquecimento
bé1n con1 base em / 21, en1 vez de considerar·se so1nente e resfriamento) associadas a unia ten11:>eratura superior à
a 1náxima corrente de cuno..circuito.'" ten1peratura anlbiente.
Na isolação de um condutor ou cabo isolado, o mate-
Essa grandeza é proporcional à área compreendida
rial isolante que a compõe possui uma 'vida útil conven-
entre a curva i' = /(1) e o eixo das abcissas, como mos-
cional', ao fin1 da qual suas características n1ecânicas es·
tra a Figura 11.4.
tarão bastante prejudicadas. É importante observar que,
A integral de Joule pode ser calculável ou mensurável
caso a caso, em ensaio de curto-circuito. Observe que, há
nessas condições, a isolação ainda poderia suportar a
algum tempo, a integral de Joule não constituía nenhum baixa tensão do circuito (normalmente as propriedade,;
proble.rna para o projetista, e sim apenas para o fabricante
elétricas não decaem como as mecânicas), desde que o
de dispositivos de proteção. Hoje, tal grandeza é bastan- cabo não esteja submetido a qualquer movimento. Na
te utilizada na análise da coordenação entre condutores prática, isso não é possível, ainc~1 que, mesmo en1 linhas
e dispositivos de proteção contra sobrecorrente,;. fixas, exista movimentação graças à dilatação térmica dos
No estudo da proteção dos condutores contra sobre- componente,; do cabo.
correntes, é muito importante d ispor das curvas i 2 = f( [), A curva de vida convencional de um material isolante
integral de Joule, em funç.'\o da corrente para os condu- fornece o correspondente tempo de vida útil, para cada
tores e para os dispositivos de proteção. temperatura de funcionamento, adn1itindo·se continua-
mente n1antida . A curva A da Fi~ura 11 .5 n1ostra a curva
;cc de vida convencional de urna isolação de PVC, como a
utilizada nos condutores isolados que atendem à N8R
NM 247-3.
A temperatura de 700C é a 1emperawra máxima para
serviço contínuo dos cabos com isolação de PVC. Com
essa temperatura, a isolação e, conseqüentemente, o cabo
têm uma vida úti l estimada de ce,ca de 20 anos. Assim
como em n1uitas instalações, os cabos funcionan, com
temperaturas inferiores à máxima admissível, em razão,
por exemplo, de limitar a queda de tensão. Para que a
o vida útil dos cabos ultrapasse os 20 anos, não devem ser
submetidos à carga máxima durante as 24 horas do dia
l (como em locc1is residenciais, con1erciais etc.)
l 2nn x f - - --,-,. Por outro lado, a vicia dos cabos pode ser bastante
reduzida por solicitações anormais que ocorrem com fre-
qüência nas instalações. ( por exemplo, o caso de:
• Elevada temperatura dos condutores nos pontos de
conexão con1 dispositivos de proteção; mesmo en1
serviço normal, essa temperatura pode ser superior à
temperatura máxima para serviço contínuo caracte-
rística da isolação.
• Concentração de esforços de compressão sobre a iso-
º !+-- - - ' - - -~
lação, em alguns pontos de um circuito, provocada
Figura 11.4 • lnterpretoçõo do integral de Joule pe la dilatação térmica do condutor.
SU$ W Ci
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.l , S 1 10 )) » ..,!O ,o 100 ~ )00 jCO 1!00 ?Q:IJ .utO
• Sobreten,peratura.s verificadas nos condutores, cau· A hipótese de o cabo perder, a cada ocorrência ele
sacias por sobrecorrentes. sobrecorrente, 1/1 .000 ele sua vicia útil é arbitrária e, sem
dúvida, está a favor da segurança, não influenciando de-
A isolação de PVC apresenta uma vida útil bem infe-
cisivamente; no entanto, na escolha da proteção do cabo
rior aos 20 anos para temperaturas superiores a 70 •c,
contra as sobrecorrentes.
tanto menor quanto maior a temperatura. Assim, por
Na Figura 11 .5, a curva A e a curva C, da sobretem-
exemplo, com funcionamento permanente a 100 ' C (tem-
peratura admissível durante a ocorrência ele uma sobre-
peratura de sobrecarga) sua duração é de cerca de 200
corrente, são cortadas em correspondência à temperatura
dias (Figura 11.5). Logicamente, a temperatura ele 100 •c
de 160 ' C (Tabela 9.17), que é a temperawra de curto·cir·
em um condutor ou cabo isolado só é admissível em con-
cuito característica do PVC, na qual a mistura isolante
dições de sobrecorrente por um tempo sensivelmente infe-
sofre um amolecimento de tal ordem que a mais leve soli-
rior a 200 dias, devendo o cabo conservar boa parte de
citação de compressão aplicada 1>0Cle determinar a com·
sua vida útil para assegurar o funcionamento a 70 ºC.
pleta destruição da camada isolante.
Geralmente, admite-se que, para cada sobrecorrente,
Desse modo, para determinado cabo, com um tipo de
um cabo possa permanecer exposto à correspondente
isolação, para cada sobretemperatura e, portanto, para
sobretemperatura por um tempo igual a 1/1.000 de sua
cada sobrecorrente, há determinado tempo admissível.
vida útil, de 1nodo que, mesn10 ocorrendo certo núme.ro
Nessas condições, a cada sobrecorrente, corresponde
ele sobrecorrentes ao longo da vida do cabo, elas não
~ma 'energia específica' l'r, que pode 'passar' pelo cabo.
provoquem uma redução sensível de sua vida útil.
E possível, portanto, traçar uma curva (/21) = f{I), isto é,
De acordo com essa consideração, a duração do fun·
integral de Joule admitida pelo cabo, em função da cor-
cionamento admissível para cada sobretemperatura (e
rente que circula pelo cabo. A Figura 11 .6 mostra uma
para cada ocorrência) é representada, para o PVC, pela
curva típica, na qual:
curva Cela Figura 11 .5, na qual cada temperatura corres-
ponde a uma duração de 1/1 .000 da indicada na curva A. • O trecho assintótico vertical corresponde a um valor
Assim, por exemplo, tome-se a temperatura ele 80 •c: ele corrente igual à capacidade de condução de cor-
• Funcionando continuan, ente com seu condutor a rente (fz) cio cabo, fazendo que o condutor atinja sua
80 ºC, Ufn cabo pode durar até, aproximadamente, temperatura máxima para serviço contínuo (Oi> o
seis anos (2.190 dias) (curva A). que, como vimos, corresponde um valor ele / 21 prati·
• Uma sobrecorrente que eleve a temperatura do con· camente iníinito.
•c
dutor a 80 deverá ter uma duração máxima de cer· • O trecho assintótico horizontal corresponde aos valores
ca de dois dias (2.190/1.000) (curva q. de corrente para os quais o aquecimento cio condutor
SU$W ü
....
(O• - OJ ,,,,
..: PtQ
cy = " - (11.6)
E la 11 ,2 • Valores da in:-J..ral ele Joule (121) para aquecimento adiabálico dos condutores ele 8, a '
8,; condutores cobre
Seç,io (mm1) Integral de Joule (A's X 10')
Isolação de PVC Isolação de EPR ou XLPE
1.5 29.7 46
2,5 82,6 127
4 21 1.6 327
6 476, I 736
10 1.322.S 2.045
16 3.385 5.235
25 8.265.6 12.781
35 16.200 25.050
so 35.062 51.123
70 64.802 100.200
95 119.355 184.552
120 190.440 294.466
150 297.562 460.103
185 452.625 699.867
240 761.760 1.177.862
• Para correntes inferiores ou iguais à respectiva capa- ele valor eficaz constante ele 2.000 A poderá circular por
cidade de condução de corrente (!,.) o condutor um tempo máximo de
deixa passar um valor de (121) que tende a infinito
(indeterminado). a. l.322,5 X 1<l3 = O
1 2.0002 ,13
.. s
• O valor de (f-t) vai decrescendo até que a corrente
assuma determinado valor, chamado ' limite adia- No caso de correntes de curto-circuito cujo valor efi-
bático'. caz possa ser considerado constante (por exemplo, cur-
A Figura 11.7 mostra as curvas {f'i) = f(f) para con- tos-circuitos de duração superior a O, 1 s = 6 ciclos),
dutores e cabos isolados de cobre, considerando linhas pode-se escrever da Expressão 11 .7
elétricas tipo B (Tabela 5.28), com dois condutores carre-
gados, indicando aproximadamente os 'limites adia-
báticos'.
É importante observar que pequenas alterações nos e daí
valores das capacidades de condução de corrente pratica-
mente não aheram as curvas. Nessas condições, em prin- 1
cípio, as curvas apresentadas podem ser consideradas I = KS--
válidas para todos os tipos de linha elétrica. Vt (11.10)
Por exemplo, um condutor isolado Cu/PVC ele seção expressão da qual resultam as curvas I = f(s), tendo I
nominal de 1O mm' (Figura 11.7(a)) a uma corrente de como parâmetro, como as curvas n,ostradas na Figura
200 A possuirá uma energia de aproximadamente 4 x 11.8 referentes aos cabos Sintenax da Prysmian.
1O" A' s, significando que uma corrente de valor eficaz
constante de 200 A pode circular pelo condutor por um
ten1po máximo de A integral de Joule dos disjuntores
termomagnéticos
4 X 106
1 "' 2oo' = 100 s A característica (/ 21) = /(/) dos disjuntores termo-
magnéticos representa o valor máximo da integral de
Por outro lado, para esse condutor, verifica-se que o Joule onde o dispositivo deixa passar, em função do valor
limite adiabático é de cerca ele 1.030 A e que, a partir eficaz da corrente que por ele circula. A curva caracterís-
daí, a energia máxima que o condutor deixa passar é de tica é mostrada na Figura 11 .9, onde se dest.acam quatro
1.322,5 x 10 ' A's. Assim, por exemplo, uma corrente regiões:
SU$ W ü
,~,
(A' · s)
10•
10' 95 nun1
70
50
· 35
10' '. 2~
16
10• 10
10'
2
f 1.5 mn1
/(A)
10'
1 10 10'
(3)
,-:, 10
1
º
(A'- s)
10•
io' 1 1 li Jl 95 ,urn:
70
50
35
10' 25
16
10
10•
6
4
10' 2.5
1_5 rnn,:
/(A)
10'
1 10 10' 10' 10' 10'
(b)
AL $ X 10' 1,. (A) Limite adiabático (A) AL S X 10' 1, (A) (,imite adiabático (A)
119.355 232 1.200 184.552 306 1.050
64.802 142 1. 100 100.200 254 1.050
35.062 151 1.100 51.123 198 1.050
16.200 125 1.100 25.050 164 1.050
8.265,6 101 1.1 00 12.781 133 1.050
3.855,6 76 1.050 5.235 100 1.050
1.322"~ 57 1.030 2.045 74 1.100
476.1 41 1.030 736 54 1.100
2 11 ,6 32 1.100 327 42 1.100
82.6 24 900 127 31 1.100
29.7 17,5 900 46 23 1.100
Figure, 11,7 • Curvas (!2-1) = f(l) poro condulores e cabos isolados de cobre, com isolação de PVC (a) e EPR ou XLPE (b),
considerando a maneira de inslalar B e dois condulores carregados (Cortesia da Blicino)
SU$W li
103 200 _, i i i 11
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Máxiina tc111pcratura do curto·circuito.. 160 ºC
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Fígura 11.8 • Curvos de corrente de curto·circuiio em função dos seções, com o lempo (em ciclos) como parômelro poro os
cobos Sintenox 0,6/ 1 kV do Prysmion
• Região (1): correntes J ,; /,,·, sendo 1,, a corrente nomi- Para os disjuntores rápidos, sendo praticamente lixo o
nal do disjuntor - não existe limitação. tempo máximo de atuação (ela orde1n de 13 minutos), a
• Região (li): corrente 1.- < J ,; 1,., sendo!,, o limiar de integral ele Joule é, aproxin1adan1ente, pro1>0rcional ao
atuação magnética - os tempos de atuação são rela· quadrado da corrente na região (Ili). Nessas condições,
tivamente longos (atua o disparador térmico); a curva no diagrama (escala logarítmica), a característica aparece
pode ser obtida da característica tempo-corrente do sensivelmente retilínea. Assi1n, aceita essa simplificação,
disjuntor. bastará um único valor ele 12,, correspondente a dada cor-
rente, para que possam ser calculados todos os outros
• e.-
Regíão (Ili): corrente I ,. , < I ,; I CN• sendo I a capa- valores compreendidos entre o lin1iar de atuação n1agné·
cidade de interrupção nomínal; os tempos de atua- tica e a capacidade de interrupção. A título de ilustração,
ção são curtos (atua o disparador eletromagnético); a a Figura 11.1 O apresenta as curvas (1 11) = / (/) de alguns
integral de Joule aumenta com a corrente; a curva disjuntores tipo rápido.
pode ser obtida a partir de um ensaio de curto-circui· Para os disjuntores limitadores, cujas curvas (1 11) = /(/)
to com o fator de potência igual ao indícado pela estão na Figura 11.11, a integral ele Joule na região Ili não é
norma cio disjuntor para a determinação de I c.v· nem aproxímadamente proporcional a I ' e a ca.racterlstica
• Região (IV): correntes I > l çN - o disjuntor não eleve é curva. Nesse caso, não é possível nenhum cálculo, deven-
ser utilizado. do os valores ser obtidos diretamente da característica.
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Legenda:
1 • Disjuntor rápido 3P SOA 380 V-
2 · Disjuntor rápido 3P 35 A 380 V-
3 • Disjuntor rápido 3P 20 A 380 V-
4 • Disjuntorrápido 2P 15 A 220 V-
5 - Disjuntor 1'ápido IP IOA 110 V-
Figura 11 .1 O • Curvos (l'r) = /(/) do d isiunlores rápidos; disparo térmico com partida o quente (70 •q
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100 101 10' ,os
I (A)
Figura 1 1.1 1 • Curvos (/ 2() =/(/)de disjuntores limitadores; disparo térmico com partido a quente (70 ' C)
que é praticamente fixo nos disjuntores rápidos -, nos arco, que é a integral de Joule que o fusível deixa passar
fusíveis, além de certos limites de sobrecorrente, pode entre os limites do tempo ele arco; e a de interrupção,
ser considerado, com alguma aproximação, inversamente que é a que o fusível deixa passar entre os limites do
proporcional ao quadrado da corrente, razão pela qual tempo de interrupção. Ess.1 última corresponde, para dado
exercem um forte poder de limitação sobre os valores de valor de corrente, à soma das outras duas.
crista das correntes de curto-circuito. Por isso, é relativa- No que diz respeito à proteç.io dos condutores, a
mente fácil obter capacidade de interrupção elevada. Na característica (1 21) =/(/) que interessa é a de interrupção,
grande maioria dos casos, os fusíveis atendem às condi- ou seja, a que dá o valor máximo da energia específica
ções mais críticas, sencfo quase sen1pre dispenS<ível a que o fusível deixa passar, em função do valor eficaz da
determinação da corrente ele curto-circuito presumida corrente que por ele circula. Seu aspecto é mostrado na
no ponto de aplicação do dispositivo. Figura 11.14.
No caso dos fusíveis, há que se considerar: a integral Como se pode verificar pela forma das curvas, o pro-
de Joule de fusão, isto é, a integral de Joule que o fusível blema da limitaç.io da integral de Joule praticamente ine-
deixa passar entre os limites do tempo ele fusão; a de xiste para valores elevados de corrente.
SU$W ü
I (kA)
U(V)
8 f-1 ª 360.000 A2 s
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7
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4
300
200
2
100
5 10 1 ( ms)
Te
As atuais normas de dispositivos fusíveis definem as Tais gráficos são utilizados principalmente para a veri-
'c~racterísticas 121 de fusão e de interrupção', isto é, as ficação da seletividade enlfe fusíveis. A Figura 11 .16 apre-
curvas (/ '1) = /(/), e recomendam que os fabricantes for- senta os valores de I '1para alguns fusíveis gG.
neçam:
• A característica / 2t de fusão, para tempos inferiores a 11 .4 Critérios gerais da proteção
O, 1 s até o tempo correspondente à <:<1pacidade de
interrupção nominal. contra sobrecorrentes
• A característica / 2/ de inte-rrup~1.o, tendo a tensão
con,o parân,etro, para tempos inferiores a O, t s. Os condutores vivos de um circuito devem ser prote·
gidos contra sobrecorrentes, isto é, contra correntes de
São também apresentadas tabelas que dão, para o
valor de corrente nominal, os valores de ' 111 de fusão sobrecarga e contra correntes de curto.,círcoito. Excetua·
mínimo' e de 'l't de interrupção máximo', ambos consi- se o caso em que os condutores sejam alimentados por
derando um ten1po de O,1 s, muito importantes para o uma fonte cuja impedância (interna) seja tal que a máxi-
estabelecimento da seletividade entre fusíveis. ma corrente que possa ser fornecida seja inferior à capa-
Os fabricantes costumam fornecer, para cad,1 valor de cidade de condução dos condutores; é o c.iso de certos
corrente nominal, um gráfico, com uma das formas apre- transformadores de solda, de alguns tipos ele geradores
sentadas na Figura 11 .15, dando os valores de J'r de fusão, termoelétricas e de certos transformadores para disposi-
de arco e de interrupção em condições especificadas. tivos sonoros.
SU$W li
C. l
C.2
8 16 24 32 40 48 56 64 72 ms
M ax corrente de cuno·circuito (C. I) 2.598 Â
Max tensão de rc,tomo (C.2) 334 ~
Max tensão ele arco (C.3) 305 ~
Ângulo de. inserção 3 grau
lCn11>0101al deextinç·ão 9.4 1llS
Tcn1po de pré..arco 2,1 lllS
Po1ên<:i,1 do ;lrco 696 kW
Energi3 do arco 2.884 J
Energia específica de pré-arco 1.040 A2s
Energi3 específic.a de arco 26. 101 A2s
Energia específie:.\ tot:tl 27.14 1 A2s
escala (C. I ): 256 A/mm escala (C.2): 13 V/nun
É importante observar que as prescrições da NBR • Intervenha sempre, embora em um tempo longo, com
541O se referem exclusivamente à proteção dos condu· correntes de sobrecarga até 1,45 1,..
tores, o que não garante, necessariamente, a proteção • Intervenha em tempos decrescentes, desde uma ou
dos equipamentos ligados aos circuitos. mais horas até uns poucos segundos, para correntes ele
As sobrecorrentes e1n uni circuito deven, ser inter· sobrecarga com1>reendidas entre 1,45 e 6 ou 7 I ,.
rompidas antes que possam provocar efeitos térmicos ou • Intervenha em tempos brevíssimos no caso ele cor-
mec.inicos prejudiciais aos condutores ou cabos isolados, rentes ele curto-circuito.
às ligações, aos terminais ou às vizinhanças da linha.
Pode-se definir um dispositivo de proteção ideal co- A Figura 11.17 n1ostra a característica de atuação ideal
de um dispositivo, con1paracla com as características reais
mo aquele que:
de disjuntores termomagnéticos e de fusíveis de uso geral.
• Não intervenha para correntes inferiores ou iguais à Com esse gráfico, pode-se verificar que os disjuntores
capacidade de condução de corrente I,. do condutor. termonlagnéticos estão próxin-tos da condição ideal no
SU$W ü
campo das sobrecorrentes consideradas como correntes • Disjuntores conforme RTQ da Ponaria lnmetro 243/
de sobrecarga, assim como para correntes de cuno-circui· 2006, NBR IEC 60947-2, N BR NM 60898 ou IEC
to não excessivamente elevadas; os fusíveis comportan1-se 61009-2.1.
bem no caso de correntes ele cuno-circuito elevadas e não • Dispositivos fusíveis tipo gG, conforme NBR IEC
tão bem no caso de correntes de sobrecarga, principal- 60269· 1 e NBR IEC 60269-2 ou NBR IEC 60269·3.
mente nas menos intensas. • Disjuntores associados a dispositivos fusíveis, confor·
me NBR IEC 60947-2 ou NBR NM 60898.
12, de
lnterrupção
f21dc
fusão
/21 de
121 de lnterru1,ção
fusão
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Legenda:
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[=i Arco paru 220 V
- ArcoparaSOOV
Fígura 11 . 16 • Valores de (/' ri poro fusíveis gG (Cortesia do Legrondl
t (S) 10.000 •
5.000
2.000
1.000 .
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0.002 '
0.00 1
0.8 1,52 345 'º 15 20 50 100 200 500
1/1,v
Legenda:
A A1uação ide,,11 p...1r:- correntes de sobrecarga
B - - - .. Atuação ideal para correntes ele curto-circuito
- -- Característic-a típica de disjuntor 1en1101nagné1ico
.. .. .. .. .. .. ... Ca.rac1crís1ica típica de fusível de uso geral (Tipo gG)
Figuro 11.17 • Coroclerístico de atuação ideal comparado com os corocterislicos de ohJoçõo típicos de disjuntores lermo·
mo9néticos e fusíveis de uso geral
A última condição diz que o dispositivo de proteção sendo a o fator indicado na Tabela 6 .1. Assim a condi·
deve atuar com segurança (dentro do tempo convencio- ção dada na Expressão 11 .13 pode ser escrita
nal, ,,, lixado pela norma respectiva) para sobrecorrentes
não superiores a 1,45 J,, o que pode ser escrito: (11.14)
Quando percorrido por uma sobrecorrente constante
,, s 1,45 /Y. (11.13) I = 1,45 I,. (isto é, n = 1,45), o condutor atingirá uma
temperatura de regime que pode ser calculada pela
sendo /2 a corrente convencional ele atuação para clis·
juntares ou a corrente convencional de fusão para fusí-
Expressão 9.13 (considerando o,=
30 ºC, ou seja):
veis (tabelas 6. 1 e 6.2). O condutor, na pior elas hipóte- I ,
ses, deverá suportar uma sobrecorrente correspondente a OH =ºA + (O, - OA>(,J
11 = 1,45 por um tempo igual ao tempo convencional do
dispositivo ele proteção. Eo caso de 12 = 1,45 /Y.·
• ~ra isolação de PVC
As condições dadas pelas expressões 11.11 , 11.12 e
11.13 são representadas na Figura 1 1.18. OH= 1,45? X 70 - ( 1,45? - l } 30 = 114 ºÇ
O bserve que, nas expressões 11 . 12 e 11.13, /Y. é a ca-
pacidade de condução de corrente do condutor ou cabo, • ~ ra isolação EPR/XLPE
considerando c1S condições reais de instala.çiío.
A corrente convencional ele fusão ou de atuação dos OH e 1,45? X 90 - ( 1,45? - l ) 30 = 156°C
clis1>0sitivos de proteç.10 (fusíveis ou disjuntores) pode se<
posta em função ela respectiva corrente nominal, ou seja, A temperatura de sobrecarga, o.,
(Tabela 9 .1 6), que
vale 100 •e para isolação de PVC, e 130 •e no caso de
/2 = '· (ou ,,) = e,/,, ,
EPR ou XLPE, ser alcançada, 1>0rtanto, ainda no período
SU$W ü
lz
·-----------· .
ln
1.45/7.
'• /z
/,v ,, • . I
l ,v
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Figura 11 . 18 • Condições de coorclenoçõo entre condutores e d ispositivos ele proteção contra sobrecargas, ele acordo com
o NBR 54 10
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EPR
PVC ou
XLPE
.• . .
. .
,---------k----J----
º• 114 °C 156 °C ••
Os IOO ºC 130°C
.. ..
•
: : I + 1
····r·r·····--- ~---------~-
• - --,·---
• • •
ts,
ts,
'Sl IR'l
'••
PVC 1,15 kr 1.19kr
3,95 k7 4.6kr
EPR
0.94k7 l,58kr
º"
XLPE
Com uma corrente de sobrecarga I = 1,45; l z = • ts, "' 1,79 k,· = 705 s
1,45 x 17,5 = 25,4 A, a temperatura de sobre<:arga • lso iil J,15 k r = 453 S
O, = 100 •e (m = 1,75) será atingida em um tempo
• 1., '" 4,6 X 394 = 1,812 s
• partindo de O, = 30 •e, da Expressão 11.17
• 1•2 • 3,95 X 394 = 1,556 s
ts, = 1,79k7 = 1,79 · 130 = 232,7s
• partindo de o,.= 70 •e, da Expressão 9.18 Curvas-limites de sobrecarga
,,-2 = 1,15 k,. = J50 s Considerando as três condições ela NBR 541 O, po-
dem-se definir as curvas·limiles de sobrecarga (ver
Permanecendo essa corrente, a temperatura de
seç.'io 11 .2) a partir das expressões 9.35 e 9.36, adotan-
regime de 114 ºC será atingida em um tempo de (ver
do param o valor arredondado 2. Tem-se, portanto:
o quadro cinza na página 35 1)
• Para partida a frio (O,)
• partindo de O,= 30 ºC _ ,i?
I = k,- ln - , - - (11.21 )
/RI ' " 4 ,6 X 130 = 598 S ,r - 2
SU$W li
Para partida a quente (O,.) ele EPR ou XLPE.' A Figura 11.20 mostra três conj untos
,,. - 1 dessas curvas.
I = k7· lll -y--- (1 1.22) Quando o tempo convencional cio dispositivo ele pro-
2 /J -
teção for superior ao tem1>0 necessário para o condutor
Essas curvas delimitam a zona de atuação ideal do atingir a ten1peratura de regime, o condutor poderá per·
dispositívo de proteção contra correntes de sobrecar- manecer nessa temperatura durante certo tempo, o que
ga, considerando as temperaturas 'de sobrecarga' ele constitui unla condição bastante crítica. É o caso dos
11 o •e para isolação ele PVC e 150 •e para isolação condutores de pequena seçfo (até 1O mm' ), como foi
l(S)
3.600 EElEEl33HEffil
1000
100
10
1.5 2 2.5 3 4 15 20
100
1.5 2 2.5 3 4
Figura 11 .20 • Curva·limite de sobrecarga nos condições da NBR 541 O para 111 = 2 e k 1• = 130, 300 e 500 segundos
mostrado no exemplo anterior. Tais condutores são, em Quando forem previstas pequenas correntes de so-
geral, protegidos contra correntes de sobrecarga por dis· brecarga, para garantir unia atuação tão logo a corrente
positivos para os quais o tempo convencional é ele uma supere a capacidade de condução do condutor, deve-se
hora (ver tabelas 6.2 e 6.3). Assim, nas condições do escolher fusíveis com corrente nominal não superior a
exemplo citado, um condutor de 1,5 mm' poderá per· 55 por cento a 60 por cento de I z, o que significa eles·
manecer a 114 ºC por 3.600 - 598 = 3.002 segundos frutar apenas 55 por cento a 60 1>0r cento do condutor
{partida a frio) ou 3.600 - 514 = 3.086 segundos {partida de cobre instalado. Esse problema assume rlOlável impor-
a quente); p.ira um condutor de 1O mm' os tempos serão tância econômica em instalações de médio e grande
de 3.600- 1.612 = t .786 se 3.600 - 1.556 = 2.044 s, portes, nas quais, desejando-se proteger os circuitos
respectivamente. contra pequenas correntes ele sobrecarga, se gasta segu·
Na Tabela 6.3, Capítulo 6, verifica-se que, para os dis· ramente mais cobre do que se economiza em disposili·
j uniores, o fator <X (que multiplica a corrente nominal para vos de proteção.
obter a corrente convencional de atuaç.io) vale 1,30, 1,35
ou 1,45. Ness.is condições, basta escolher um dispositivo
com corrente nominal l.v não superior à ca1l<lciclacle de EXEMPLO
conduç.io ele corrente cio condutor (!,,), para garantir que
a corrente convencional de atuação do disjuntor (/., ) ntío Circuito com condutores isolados, Cu!PVC, contido
seja superior a 1,45/x. em ele1rodu10 embutido em parede de alvenaria, com
En, outras palavras, para os disjuntores, tendo e1n vista dois condutores carregados, corrente de projeto / 11 e 28
os valores de a, a condição dada na Expressão 11.12 é A. A temperatura ambiente considerada é de 30 °C e é
mais crítica que a dada na Expressão 11.13 ou 11.14; previsto outro circuito no mesmo eletroduto.
atendendo a condição das expressões 11.12, 11.13 ou
11 .14 estará automaticamente atendida. (a) Critério da capacidade de condução de corrente:
É evidente que, quanto maior a faixa entre I 8 e Jx, • Da Tabela 9.1O, obtém-se, para dois circuitos com·
mais fácil é encontrar o disjuntor con, corrente nominal partilhando o mesmo eletroduto, o fator h = 0,8;
adequada à proteção do circuito, que satisfaça as expres· • A corrente fictícia de projeto será
sões 11.1 2 e 11 .13.
Os disjuntores termomagnéticos em caixa moldada,
como apresentados na Seção 6.4, podem ser mais ou
lí, = ~! = 35 A
menos sensiveis à temperatura do local em que estão ins· • Da Tabela 5.27, obtém-se a letra 8, e, da Tabela
talados; esta é geralmente superior {caso de quadros de 9.4, tem-se a seção de 6 mm', para a qual a c,1pa·
distribuição) à temperatura ambiente externa. Os fabri· cidade de condução de corrente real será, no caso
cantes, além de indicar a corrente nominal cio disjuntor
I, = 41 X 0,8 = 32,8 A
n.1 temperatura ele referência (geralmente 20 ou 40 ºCJ,
devem tan1bén1 indicar: (b) Proteção contra correntes de sobrecarga feita com
• F;itores a aplicar para ten,peraturas diferentes da de disjuntor tennomagnético em caixa moldada cujas
referência. correntes non1inais são referidas ~ 40 ºC.
• Correntes nominais en1 diversas ten1peraturas. Deverão ser atendidas as condições dadas pelas
~ importante observar que, para os disjuntores termo· expressões 11.11 e 11.12. Assim, considerando
magnéticos em caixa moldada, a corrente nominal a con·
igual a 40•c (30 •c
+ 10 º() a temperatura no qua·
dro de distribuição onde está instalado o disjuntor,
siderar na aplicação das Expressões 11.11 e 11.12 é a
tem-se:
correspondente à temperatura no local da instalação do
disjumor. • Da Expressão 1 t .11
Para os fusíveis, o fator pode variar ele 1,6 a 2, 1 (ver
28s l.v
Tabela 6.2). Nessas condições, é fácil verificar que não
basta escolher un, dispositivo con, corrente non1inal não na qual o menor disjuntor escolhido é com l,v = 30A.
superior à capacidade de condução de corrente do con·
• Da Expressão 1 1.1 2
dutor. Com efeito, da Expressão 11.1 4, tem-se que:
30 < 32,8 A
I < 1,45 I
j, , - a : atendendo, portanto, à segunda condição prevista
pela NBR 54 t O.
o que leva a concluir que o limite superior da corrente
nominal do fusível deverá estar contido na faixa ele 69% (c) Proteção contra correntes de sobrecarga feita com
a 91% de 1,,. dispositivo fusível gG.
SU$W li
Deverão ser atendidas as condições dadas pelas não atendendo à condição da Expressão 11.12.
expressões 11.11 e 11.14: Utilizando um condutor de 1O mm 2, virá:
• Da Expresão 11.11 1,6 X 35 < 1,45 X 45,6
28 :s 1.,
o que atende à condição da Expressão 11 .1 2.
escolhendo-se fusíveis gG com /,v = 35 A.
A Tabela 11.3 permite efetuar um dimensionamento
• Da Tabela 6.1, obtém-se, 1>ara o fusível de 35 A,
a= 1,6. rápido de circuitos protegidos por disjuntores termomag·
néticos ern caixa n'loldacla. se,n levar err1 consideração a
• Para o condutor de 6 nlm:t, virá queda de tens.io. Considerando condutores de cobre com
1,6 .X '.l5 > 1,45 X 32,8 isolação de PVC nas condições indicadas, pode-se:
Tabela 11.3 • Condutores e cabos com isolação de PVC/70 •e, temperatura ambiente de 30 •e, tem·
peratura máxima no local ele instalação dos disjuntores ele 40 •e (C-sia da Bticlno)
Corrente no,ninal máxin1a dos disjuntores
Seção 6 condutores carregad~
non1inal 2 3
4 condutores carregados
(mm') condutores condutores
(2 circuitos com 2 condutores cada) (3 circuitos com (2 circuitos com
carregados carregados
2 condutores cada) 3 condut ores cada)
Método de referência (letra B da Ta bela 5.27)
Cobre
1,5 15 15 10 10 10
2,5 20 20 15 15 15
4 30 25 25 20 20
6 40 35 30 25 25
10 50 50 40 40 40
16 70 60 60 50 50
25 100 70 70 70 70
35 100 100 100 70 70
50 100 100 100 100 100
Alumínio
35 90 70 70 60 60
50 100 100 90 70 70
Método de referência (letra C da Tabela S.Z.7)
Cobre
1,5 15 15 15 10 10
2,5 25 20 20 15 15
4 35 30 25 25 25
6 40 40 35 30 30
10 60 50 50 40 40
16 70 70 60 60 60
25 100 90 90 70 70
35 100 100 100 90 90
50 100 100 100 IOO 100
Aluntínio
35 100 90 70 70 70
50 100 100 100 70 70
SU$W li
• Obter a corrente nominal máxima do disjuntor para Admite-se deslocar o ponto de aplicação do disposi-
proteger um circuito com condutores de dada seção. tivo de proteção ao longo do circuito protegido, se a
• Obter o disjuntor e a seção dos condutores, conhe- parte da linha compreendida entre a troca ele seção -
cendo a corrente de projeto. de natureza, ele modo de instalação ou ele constituição
- e o dispositivo de proteção não possuir qualquer deri-
vação nem tomada de corrente e atender a uma das duas
EXEMPLOS condições a seguir:
(apliC<1ções da Tabela 11.3) • Estar adequadan,ente J:>rotegida contra curtos.circuitos.
• Circuito com condutores Cu/PVC de 6 mm', manei- • Seu comprin1ento não exceder a 3 m, ser instalada de
ra de instalar B,, três condutores carregados, tempe- modo a reduzir ao mínimo o risco de curto-circuito e
ratura ambiente de 30 ºC: o disjuntor a utilizar na não estar situada nas proximidades de materiais com-
proteção contra sobrecargas será de 35 A. bustíveis.
• Do exemplo anterior, se / 11 = 28 A, circuito em ele-
troduto embutido en, parede de alvenaria, dois cir-
cuitos com dois condutores carregados, 0,1 = 30 ºC: 11 .7 Omissão da proteção contra
• na parte correspondente à maneira de instalar 8 1, sobrecargas
ton1a-se a coluna de dois circuitos con1 dois con-
dutores C<1rregados e escolhe-se o valor mais pró- A NBR 541 O permite omitir a proteção contra corren-
ximo (superior) de 28 A; obtém-se, assim, 30 A, tes de sobrecarga, desde que os circuitos não estejam
que corresponde a l,v do disjuntor; situados em locais que apresentem riscos de incêndio
• na linha correspondente a l.v = 30 A, obtém-se a (BE2) ou ele explosão (BE3), ou que sejam sujeitos a pres-
seção S = 6 mm'. crições particulares, nos seguintes casos:
(os mesmos valores obtidos na pane (b) do exem-
(a) Em uma linha situada a jusante de uma troca de se-
1>IO anterior).
ç.:io, de natureza,, de rnodo de instalação ou de consti-
tuição, e efetivamente protegida contra correntes de
11.6 Localização dos dispositivos sobrecarga por um clisposilivo ele proteção localizado
de proteção contra correntes a. montante.
(b) Em uma linha que não seja suscetível de ser percor-
de sobrecargas rida por correntes de sobrecarga, desde que essa linha
Como regra, pode-se dizer que todo circuito, desde esteja adequadamente protegida contra correntes de
que sujeito a COlfentes de sobrecarga, deve ser protegido curtos-circuitos e não possua deriv<1ções ou tomadas
por um dispositivo acleqt1ado instalado e1n série no circui- de corrente.
to a montante da carga. (e) Nas instalações de telecomunicaç,io, de comando,
Tendo em vista que os dispositivos de proteção contra de sinalização e análogas.
correntes de sobrecarga destinam-se à proteção dos con· O caso (a) ocorre, por exemplo, quando um circuito
dutores, recomenda-se, em princípio, sua localização no é protegido contra correntes de sobrec.1rga, com condu-
ponto em que uma 11n1udanç.a"' venha a provocar unia tores cuja seção s, tenha sido determinada pelo critério
redução na capacidade de condução de corrente dos con· da queda de lensão ou quando há uma derivação cujos
dutores. Tal •mudança• pode ser: condutores têm uma seção S,,, devidamente coordenada
• Uma uoca (redução) de seção. com o dispositivo de proteção a n1on1ante. Nesses casos
• Uma alterar;Jo na natureza dos condutores, por exem- a linha ele instalação está adequadamente protegida, co-
plo, a passagem de um conjunto de barras para um mo mostra a Figura 11 .21(a).
conjunto de condutores isolados, como nos quadros O caso (b) ocorre:
de distribuição.
• Quando o circuito alimenla exclusivamente equi-
• Uma alteração no modo de instalação, por exemplo,
pamentos que já esteíam individualmente protegi-
a passagem de u1na linha aérea para unia linha em
dos contra correntes de sobrecarga, como é o caso
eletroduto.
de motores protegidos por relês térmicos, ou que
• Uma mudança de consrítuição dos condutores, isto é,
não possam dar origem a correntes de sobrecarga,
uma mudança do tipo de material usado como con-
caso de aquecedores de água, radiadores, fogões
dutor, por exemplo, de cobre para alumínio, ou do
elétricos etc., e de motores cuja corrente de rotor
tipo de isolação, por exemplo, de EPR para PVC.
travado não seja superior à capacidade de condu-
Na n,aioria das vezes, o ponto em que ocorre a n1u- ção de corrente dos condutores (ver Figura
dança é a origem do circuito. 1 1.21(b1 )).
SU$W ü
s, s,
S11 < S1
(Não h:i necessidade de
($11 coordenada con1 l)P}
prOl(:_gcr ;\ deriv:tção)
(a)
(Con1r:\ curios)
(Proteção indi, idual do
1
(bl)
(b2)
• No caso de uni circuito principal que alin1ente vários protegidos por dispositivo a corrente diferencial-residual
circuitos protegidos individualmente contra corren- ou em que todos os componentes, incluindo linhas elé-
tes de sobrecarga. quando a soma das correntes tricas, sejam de Classe li ou possuam isolação equivalen-
nominais dos dispositivos de proteção dos circuitos te. Em um esquema IT, a corrente ele falta resultante de
(or inferior à corrente non1inal do dispositivo que duas falhas de isolamento em dois circuitos diferentes
protegeria o circuito principal (ver Figura 11 .21(b2)). pode ter uma intensidade inferior à da corrente de curto-
Por outro lado, a norma recomenda a omissào da pro- circuito presumida mínin,a em um dos circuitos. Nessa
teção contra sobt<.>cargc1s, por razões de segurança, quan· situação, o tempo de interrupção dessa corrente pode
do a abertura inesperada do circuito puder causar perigos. ser suficientemente longo e pode danificar os conduto-
t o caso típico de: res ele um dos circuitos.
• Circuitos de excitação de máquinas rotativas.
• Circuitos de alimentação de eletroímãs para eleva-
EXEMPLOS
ção de cargas.
• Circuitos secundários de transformadores de corrente.
Circuitos protegidos por disjuntores que atendem
Nesses casos, pode ser útil a previsão de un, disposi· ao RTQ ela Portaria lnmetro 243/2006.
tivo de sinalização de correntes de sobrecarga. (a) Na Figura 11 .22, a derivação com t,. = 42 A já está
t importante observar que nos esquemas IT só pode- protegida pelo disjuntor geral com /,v = 40 A; da
rão ser deslocados ou omitidos os dispositivos de prote- Expressão 1 1.12, tem-se que 40 < 42 A.
ção contra correntes de sobrecarga no caso de circuitos (b) Na Figura 11 .23:
SU$W li
-
Dispositivo de proteção Linha clé1tica
(IN. lcN· Pr) (S. K2S2)
No estudo da proteç.io contra correntes ele curto-cir- Para curtos-circuitos de qualquer duração, onde a
cuito, elevem, el'n princípio, ser determinadas as corren-
assimetria da corrente não seja signiíicativ.1, bem como
tes de curto-circuito presumidas simétricas em todos os para curtos·circuitos assin1étricos de duração na faixa de
pontos julgados necessários. Essa determinação pode ser O, 1 a 5 segundos, a condição pode ser escrita
feita por um cios métodos apresentados no Capítulo 1O.
O dispositivo destinado a proteger os condutores vivos tl · r s K 2S2 (11.25)
de um circuito deve estar adequadamente coordenado
onde ' • é a corrente de curto-circuito presumida simétri-
com os condutores. Para isso, a NBR 54 1O impõe duas
condições: ca e 1, sua duração.
A Figura 1 1.24 ilustra as condições dadas nas Expres-
(al Que a capacidade de interrupção nominal do disposi- sões 11.23e 11 .24.
tivo Uc,,·) seja, no mínimo, igual à corrente de curto-cir-
cuito presumida simétrica (!,) no ponto de aplicação Condição específica: capacidade de
do dispositivo, isto é
interrupção menor do que a corrente
(11.23)
de curto-circuito presumida
(b) Que o tempo de interrupção ele toda corrente resultan- A NBR 5410 admite, como exceção, que seja insta-
te ele um curto-circuito, que se produza em um ponto lado em dado ponto um dispositivo de proteção cuja
1! l!
Figura 11 .23 • Diagramo do item (b)
SU$W ü
capacidade de interrupção nominal seja inferior à cor- de curto·circuito presumida simétrica por um dos méto·
rente ele curto-circuito presumida simétrica no ponto, dos simplificados apresentados na Seção 10.6.
desde que, a montante, seja instalado outro dispositivo Para que haja coorden.,ção entre o dis1>0sitivo de pro-
com a capacidade de interrupção necessária. As caracte- teção contra correntes ele curto-circuito e o condutor pro-
rísticas dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tegido, é necessário que:
tal maneira que a energia que o dispositivo situado a A corrente /", correspondente à interseção da curva
montante deixa passar não seja superior à que podem de atuação do disjuntor (limíte superior da zona de
su1>0rtar, sem danos, o dispositivo e as linhas situadas a atuação) com a curva do tempo em função da correme
jusante. Éo que mostra a Figura 11.25: a integral ele Joule de curto-circuito dos condutores, seja igual ou inferior
do dispositivo situado a montante, (l't) 1, não deve ser à corrente de curto·circuito presun1ida mínima (ver em
superior à linha por ele protegida, K'SI nem à do dispo- "Corrente de curto-circuito presumida mínima", Capítulo
sitivo a jusante, (1'1)1, nem a das linhas a jusante, K'Sf. 1O, Seção 10.6) ,.,,,, como mostra a Figura 11.26. Isso
garante a atuação do disjuntor mesmo nas condições
Uso de disjuntores mínin,as de curto-circuito.
Quando a proteção con1ra correntes de curtos-circui-
1 ...
tos for realizada por disjuntores, exige-se, essencialmente,
que o disjuntor possua uma capacidade de interrupção Curvn de
non1inal não inferior à corrente de curto-circuito presu- +------ atuaç.l.o do
mida simétrica no ponto de aplicação e que o disposi- disjuntor
tivo atue e,n um tempo suíicientemente breve para evi· (lirnite superior)
tar que a integral de Joule supere o valor suportável
pelo cabo.
Para atender à primeira condição, no caso ele disjun-
tores instalados em quadros próximos ao 1>0nto de entre- Curva de
ga de energia ou à cabine prin1ária, é necessária uma solicitação
cuidadosa avaliação de ' • pelo método analítico. Nesse
~t---- té-m1ica
ad,niSSÍ\'el
caso, o disjuntor <geral) deverá 1>0ssuir uma capacidade dos condutores
de interrupção nominal elevada (geralmente acima de
1O a 20 kAJ. Em geral, os disjuntores divisionários tam-
bém deverão possuir capacidades de interrupções eleva-
das (as mesmas do disjuntor geral). No entanto, os dis-
juntores divisionários poderão até possuir capacidades
de interrupção inferiores aos respectivos 1,, bastando
para isso que a energia que o disjuntor geral deixa pas- Figura 11. 26 • Limite inferior do corrente de curto·c-ircuito
sar não seja superior à suportável sem danos pelos dis- pre,sumido mínimo
juntores divisionários e pelos cabos instalados a jusante. A corrente 1,,. correspondente à interseção das curvas
Logicamente, ess., condição exige estudos de coordena- / 21= f(I) do disjuntor e do condutor (ver figuras 11.6 e
ção acurados. 11 .9), deve ser no 1nínin10 igual à corrente de curto-cir-
Para a proteç.'\o de quadros de distribuição de setores, cuito presumida simétrica no 1>0nto de instalação do dis-
de andares ou de apartan,entos, basta avaliar a corrente juntor, como mostra a Figura 11.27.
l cNI > ft
K2S2
(12,J, s { cl,>2'
K2S\
DPl t-~~~~~--t~ ~ ~~~-:-:--~
.f<2s',)
(S1 1, s'i)
(S 1.K1
llcN? (/ 2 t)zl
Figura 11.25 • Condições poro in,tolor um di,posifivo cujo copocidode ele interrupçõo nominal seja inferior à corrente de
curto·circuito presumido no ponto de instoloçõo
SU$W ü
Curva de
\U\lflÇâ.O e.lo
, ...________ rosívcl
(limi1c superior)
.: s
11.9 Localização dos dispositivos
de proteção contra
correntes de curto-circuito
.. Os dispositivos ele proteção contra correntes de
curto-circuito destinam-se à proteção dos condutores.
Figura 11 .28 • Aplicaçõe, das curva, (l'r) = f(I) da, 1. Considere-se 3qui apcn."\S os r~f\'cls que ,t1en~m à série de tlOC'l"ll 3.~
disiuntores NOR l~C 60269.
SU$W ü
Por essa razão, recomenda·se, en, princípio, sua locali· não esteja situada nas proxin,idades de n,ateriais con,.
zação no ponto em que uma ' mudança' provoque uma bustíveis, nos seguintes casos:
redução do valor ela capacidade de condução de corren-
• Em linhas ligando geradores, transíormadores, retifi-
te dos condutores, ponto este que, geralmente, é a ori-
cadores ou baterias aos quadros de comando respec-
gem do circuito (ver Seção 11.6).
tivos. estando os dispositivos de proteção situados
A NBR 541O admite que o ponto de aplicação do dis-
nesses quadros.
positivo seja deslocado em relação ao ponto em que ocor-
re a eirada mudança em duas situações: • Em circuitos cujo desligamento possa trazer perigos
para a instalação correspondente, tais como os secun-
(a) Quando outro dispositivo de proteção situado a mon- dários de transiormadores de corrente, os de excitação
tante proteger adequadamente os condutores contra
ele máquinas rotativas e os circuitos de alimentação dé
corrente de curto-circuito (como mostra a Figura
eletroímãs para elevação de cargas.
11 .30).
Em alguns circuitos de medição, coníorme caso a caso.
s,
Disjuntor D
L,o- -
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Pt,
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~ ............... ~ .................... T Rs
Figura 11 .33 • Se pree><i$te uma foko ne<ilro·te«o em A, o aporecimenlo de umo segundo folio em 8 provoco o circuloçõo no
condut0< N. (ne<Jlro) de umo corrente cujo intensidade pocleró ser superior à wo copocidocle cle condução ele
corrente, principalmente se suo seção for inferK>t' à dos condutores do circuito B
SU$W ü
- y y
- • y
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., ., .,
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A
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-,
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' -+----
1 7
Pe
~-----·--···----~----··-------------·--- ·
Fig ura 11.34 • Dupla folia no esquema IT
(A)~
( importante distinguir as condições de seletividade
' para correntes de sobrecarga (pequenas sobrecorrentes)
ela seletividade para correntes de curto-circuito (sobre-
correntes elevadas).
No primeiro caso, é suficiente que o disjuntor a mon-
-
(B) ' tante possua uma característica tempo·corrente mais alta
que a do disjuntor a jusante e que ambas não se inter-
(121) de (111) de ceptem, como está ilustrado na Figura. 11.37, para os
i,uc.mipçiio fusão disjuntores A e B. No exemplo, o limite de seletividade é
1.000 A.
Para os disjuntores termomagnéticos, tendo em vista a
forma ele suas características tempo-corrente, para garan-
1 - tir a seletividade em toda a gama de pequenas sobrecor-
rentes, isto é, na região de atuação do disparador térmi-
Figura 11.36 • Condiçõo de .eletividode lolol entre fusíveis co, verilica-se que a corrente nominal (ou de ajuste) do
disjuntor a jusante, 1,,,1,, não deve ser em princípio supe-
rior a 40 por cento da corrente nominal (ou de ajuste) do
Seletividade entre disjuntores disjuntor imediatamente a montante, (w., ou seja
N;;is instalações de baixa tensão é muito comum a
existência de diversos disjuntores em série, como mostra
a Figura 11 .37.
Nessas condições, é necessário que, em caso de sobre- isto é
corrente, só atue o disjuntor que protege o circuito onde (1 1.28)
teve origem a sobrecorrente. Em outras palavr<1s, para que
o disjuntor C seja seletivo em relação ao disjuntor B, e B sendo a seletividade limitada ao valor inferior do limiar
em relação ao disjuntor A, é preciso que, ocorrendo uma de atuaç.io magnética do disjuntor a montante.
sobrecorrente a jusante ele C, só atue o disjuntor C e, veri- A Tabela 11 .4 mostra a seletividade entre disjuntores
ficando-se urna falta entre C e B, só atue o disjuntor B. termomagnéticos usuais, considerando sobrecorrentes de
Observe que, considerando os trechos a e b como cir- pequena intensidade.
cuitos ele distribuição e o trecho c como circuito terminal, Quanto à seletividade para sobrecorrentes elevadas
apenas nesse último poderá ter origem uma corrente de (como as de curto-circuito), é necessário que o disjuntor
sobrecarga; nos outros dois as sobrecorrentes só poderão a montante possua um tempo ele disparo relativamente
provir de faltas (curtos-circuitos ou faltas para terraJ. superior ao do disjuntor a jusante.
1(<)
10.000
l.v,i.= 1251\
1.000
•
A \ \A
100 1'-
10
. d" ' 1
' '
...... 1- -~ ,;: ~
--~
0.1
B
• • ••
b 0.00 1 111 11
t; < t.OOOA "º ;o so 100 ,;o 200 300 400 500 800 1.000 1.500
/(A)
e
figura 11 .37 • Seletividade entro disjuntores
SU$W 6
Disjuntor a
jusante I ., (A)
6
10
15
20
25
30
35
40
Se1e1ivo até o lin1ite indicado para o disjuntor a 1no111an1e (SI.\• do disjuntor a n1001ante)
Não-seletivo
Apenas os disjuntores lentos possuem um tempo ele Por sua vez, os pequenos disjuntores rápidos só são
disparo suficientemente retardado (de 60 a 100 minu- seletivos para sobrecorrentes inferiores a cerca ele clez ve-
tos) cm relação aos disjuntores rápidos e podem garan- zes a corrente nominal do disjuntor instalado a 1nontante.
tir a seletividade até mesn10 para sobrecorrentes muitís- De modo geral, pode-se dizer que, tratando-se de dis-
sin10 elevadas. Eles são dispositivos de porte maior, juntores termomagnéticos, existem grandes possibilidades
com correntes nominais na (a ixa de 600 a 1.000 A, de ter atuação seletiva se, a montante dos pequenos dis-
indicados apenas para a proteção de I inhas de grande juntores de 25 a 32 A, forem instalados disjuntores de 80
seção e/ou para a proteção geral de uma instalação ou a 100 A e, por sua vez, a montante desses, forem instala-
de um setor. dos dispositivos com correntes nominais (ou ele ajuste)
Os pequenos disjuntores limitadores de corrente, se não inferiores a 250 A. Nessas condições, as correntes de
instalados a jus,1nte de disjuntores rápidos de maior curto-circuito de menor intensidade agirão sobre os dispa-
porte, podem garantir, e m geral, uma seletividade radores eletromagnéticos dos disjuntores menores e sobre
bastante razoável, un,a vez que atuan1 antes que as cor- os disparadores térmicos dos maiores.
rentes de curto-circuito atinjam valores elevados. No Do exposto, pode-se tirar uma regra prática para a
entanto, as reais condições de seletividade para sobre- subdivisão dos circuitos de uni a instalação utilizando
correntes de alto valor só podem ser avaliadas a partir da disjuntores: a corrente de operação do disjun<or a mon·
análise das características (curvas) dos dispositivos, for- tante deve ser, pelo menos, o triplo da corrente de ope-
necidas pelos fabricantes. raç,io do disjuntor a jusante.
l (S) fl1(AZs IQ})
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/(A) / (A)
Figura 11.38 • Condições poro a praleçõo de retagoorda com lusivel o montante e disjuntor o jusante
SU$W 6
Coordenação entre disjuntor e fusível próximo possível (mas não superior) à capacidade ele
interrupção cio disjuntor, pern1anecendo, no restante,
Um caso particular muito importante é o ela coorde-
nação entre disjuntor terrnomagnético (geralmente em a característica do fusível acima do disjuntor.
caixa moldada) e fusível a montante, quando a capaci- • A integral de Joule de interrupção do fusível deve ser
dade de interrupção nominal do disjuntor é inferior à inferior à do disjuntor, após a capacidade de interrup-
corrente ele curto-circuito presumida no ponto de apli- ção do disjuntor.
cação do disjuntor. Assim, caberá ao fusível a função de Geralmente, para dado tipo de disjuntor, a cada valor
atuar no caso ele sobrecorrentes superiores à capacida- de corrente nominal existe un1a faixa de valores de cor-
de de interrupção do disjuntor, deixando a esse último rentes nominais de determinado tipo de fusível, para os
a tarefa de interromper todas as sobrecorrentes inferio- quais é garantida a proteção de retaguarda. Com valores
res. Na prática, o disjuntor atuará na grande maioria dos inferiores ao mínimo, há o risco de atuaç,'ío do fusível
casos e o íusível se constituirá apenas em u,n 'dispositi· para sobrecorrentes de pequena intensidade; com valo·
vo de segurança' para garantir a íntegridade do disjun- res superiores ao máximo, não haverá proteção de reta-
tor. É a chamada proceção de retayvarda (backup). guarda até um sobrecorrente igual à capacidade de
Esse tipo de coordenação deve satisfazer a duas con- interrupção do fusível.
dições, como está indicado na f igura 1 1.38: A Tabela 11.S trata da proteção de retaguarda exer-
• As características tempo-corrente dos dois dispositi- cida por fusíveis gG sobre disjuntores termomagné1icos
vos somente deven1 cruzar-se em uma região o n1ais usuais.
20 25 32 40 50 63 80 100
IP
6 2P
3P
IP
10 2P
3P
IP
15 2P
3P
IP
20 2P
3P 1
IP
25 2P
3P 1
IP
30 2P
3P
IP •
35 2P
3P 1
Protege ' Não protege
(contin ua)
SU$W ü
(continuação)
20 25 32 40 50 63 80 100
IP
40 2P
3P
IP
50 2P
3P
IP
60 2P
3P
IP
70 2P
3f>
IP
90 2P
3P
IP
100 2P
3P
Protege N5o 1>rotege
EXERCÍCIOS
9. Das afirmações a seguir, indique quais são corretas, no caso de dois fusíveis colocados em série e considerados
seletivos:
(a) As suas características (curvas) tempo-corrente não se interceptam e mantêm entre si um distanciamento (de
tempo) adequado.
(b) É necessário que a integral de Joule de interrupção do fusível instalado a jusante seja inferior à integral de Joule
de fusão do fusível instalado a montante.
(cl Entre dois fusíveis gG, é necessário que a corrente nominal do fusível a montante seja, no mínimo, igual a 1,6
vez a corrente nominal do fusível a jusante.
1O. Quão superior deve ser o ajuste da corrente nominal do disparador térmico do disjuntor U.v,l a jusante em rela-
ção ao do disjuntor imediatamente a montante U.v8 )?
Sn$W
SU$W ü
12
Protecões
, contra sobretensões
Por Eng. Jobson Modena
12. 1 Aspectos gerais lugar: quando ocorre uma falta para terra no lado da ins·
t<liação de tensão mais elevada; quando un1 condutor do
As sobretensões que podem ocorrer em uma instala- circuito nessa te11são acidentaln1ente entra eo1 contato
ção elétrica de baixa tensão são classificadas, de acordo com outro do circuito de baixa tensão; ou, ainda, quan-
com sua origem, em: do ocorre um defeito no transformador (contato entre
enrolamentos de aha e de baixa tensão ou, o que é n1ais
• Sobretensões transit6rias
comun,, contato ent,e en,olamento de alta tensão e car-
As sobretensões transit6rias são aquelas originadas
principalmente das descargas atmosféricas e manobras. caça). São consideradas sobretensões à freqüência indus-
As sobretensões provenientes das descargas atmosfé- 1rial (60 Hz) e caracterizam-se por seu valor eficaz.
ricas, que inciden, diretamente nas edificações, en, Para caracterizar o comportamento dos componentes
redes aéreas de alimentação da instalação ou muito pr6· da instalação diante das sobretensões, define-se um
xin10 a elas, produzen1 tensões conduzidas e induzidas
nível de isolamento que se baseia na suportabilidade às
com impulsos caracterizados por seu valor de crista, na tensões em freqüência industrial e de impulso.
prática, são as sobretensões que podem causar danos A suportabilidade à sobretensão em freqüência indus·
triai durante um minuto, que está relacionada con1 o com-
mais freqüentes às instalações, aos equipamentos por
elas se.rvidos e a seus usuários.
portamento dos componentes contra sobretensões devidas
As sobretensões de manobra não dependem, em a falias entre instalações de tensões diferentes, é a lensâo
geral, da intensidade da corrente seccionada. Decorrem normalizada do ensaio de rigidez dielétrica a que são sub-
do seccionamento rápido (brusco) de corrente em um metidos todos os componentes, de um modo geral.
circuito de indutância elevada; é o caso, por exemplo,
Asuportabilidade à sobre1ensão impulsiva está relacio-
dos curtos-circuitos caracterizados por baixos fatores de nada à coordenação ele isolamento em baixa tensão. Essa
potência. O valor da sobretensão é tanto maior quanto coordenação tem como referência a IEC 60664· 1, e os
menor for o tempo real de seccionamento e pode chegar valores, apresentados em quatro categorias distintas, cons-
a quatro ou cinco vezes a tensão nominal para ten1pos
tam também da Tabela 31 da NBR 5410 (Tabela 12.1).
inferiores a 1 ms, como os obtidos com disjuntores de
abertura rápida ou pela atuação de dispositivos fusíveis. 12.2 Sobretensões devidas às
• Sobretensões temporárias descargas atmosféricas
Temos como exemplos de fontes de sobretensões (surtos de tensão}
ten1porárias a falha cJe isolan1ento para outra instalaç.:io
de tensão mais elevada e a perda do condutor neutro em No caso dos surros de rensão, deve-se considerar, sepa·
esquemas TN e n. ,,,damente, a proteçiio das redes de distribuição em baixa
As sobretensões causadas por falhas do isolamento tensão que alimentam edificações, as edificações propria-
em instalayio de tensão mais elevada para outra tên1 mente ditas e suas instalações elétric.is internas.
SU$W ü
Tabela 12.1 • Suportabilidade a impulso exigível dos componentes ela instalação (Tabela 31 da
NBR 5410)
400/690 - 8 6 4 2,5
Nota:
~til coo,ponen1es :associ;1dos a linhas de sil\.1.1 udH;,.ados na enu:ula da in.stalaç;·IO (C3teg_oria IV de :w1>0ttabilldade}. a 1ens.lo dt hnpulso suPoná\'el
mínima é de 1500V (vtr lEC 61663·2).
Para as redes subterrâneas, e1n região onde o índice • Surtos conduzidos ou diretos
ceráunico seja menor que 25, a NBR 5410 dispensa a Quando un1a descarga atmosférica incide diretamente
utilização de proteção. Para as redes aéreas, situadas em sobre um componente da instalação, sobre a edificação
região com índice ceráunico maior que 25, e para locais ou sobre pontos muito próximos a eles, todos os elemen·
onde haja incidência direta de raios na instalação ou tos n1etálicos ali existentes e o eletrodo de aterran1ento
muito próximo a ela, a proteção deve ser realizada. ficam, por frações de segundo, submetidos a níveis dife-
Basican1ente, a necessidade da proteção contra surtos rentes de tensão. Essas diferenças de tensão vão gerar
deve prever as seguintes situações: correntes de surto que circularão por diversos pontos ela
estrutura, inclusive, e, no nosso caso, principaln1ente pela
• Surtos induzidos ou indiretos instalação elétrica.
Quando as descargas atmosféricas atingem as linhas Podem ocorrer, ainda, diferenças de tensão entre ele-
de transn1issão e distribuição de energia e incidem dire- trodos de aterramente de estruturas diferentes; por exem-
1an1ente en, árvores, estruturas ou no solo, as ondas ele- plo, o eletrodo do prédio e o(s) eletrodo(s) de aterramen-
tromagnéticas originadas pela corrente elétrica que cir- to do{s) serviço(s) público(s) (concessionárias de energia,
cula no canal da descarga atmosférica se propagam pelo TV a cabo, telefonia etc.). Quando chega à terra, por
meio (geralmente o ar), induzindo corrente elétrica nos incidência direta ou através de condutores aterrados, a
condutores n1etálicos que estiverem em seu raio de alcan· corrente elétrica das descargas atmosféricas ílui pelo
ce. Estima-se essa distância da ordem de 1 a 3 km. solo. Ao encontrar resistência (oposição) à sua passa-
Manobras na rede elétrica de energia, como chave. gem, dá origem a linhas de tensão assin1étricas e com
amento para abertura ou fechamento de circuitos elé- intensidades diferentes. Essas linhas têm ponto de origem
tricos de trans1nissão e distribuição, tambén1 geram no local de incidência da corrente na terra e podem man·
impulsos de tensão na rede elétrica. Esses impulsos são ter valor significativo, en-ibora decrescente, a distâncias
chan,ados 'surto ele n1anobra' e, do ponto de vista da que variam conforme as influências do solo e outros ele-
proteção, seus efeitos devem ser tratados e, portanto, mentos enterrados. As diferenças de tensão no solo
atenuados, ela mesma forma que os efeitos indiretos podem gerar correntes circulantes indesejáveis em mui-
causados pelos raios. tos componentes que tenham suas partes condutoras ele
SU$W ü
eletricidade integradas a duas ou mais dessas linhas com diferença de tensões entre os componentes envolvidos
tensões diferentes. - aqui incluída a instalação de pára·raios de linha e de
Se uma instalaç.,o elétrica de energia e de sinal (dados, OPS do tipo comutador de tensão -, bem como a dimi-
voz, vídeo etc.) possui vários eletrodos de aterramento nuição elas tensões induzidas que adeniram a instalação,
diierentes e independentes, haverá circulação dessas realizadas por meio de DPS cio tipo atenuador de tensão.
correntes indesejáveis entre os equipamentos servidos Nessa linha de pensamento, os parâmetros conside-
pela instalação, o que pode causar danos significativos rados ao se iniciar a verificação das condições das insta-
ou até definitivos a eles. Assim, não é concebível a exis- lações elétricas para determinação da necessidade de
tência ele eletrodos de aterramento distintos para servir proteção contra surtos, bem como os resultados do rotei-
componentes diferentes de un1a instalação na mesma ro mostrado a seguir, deverão fornecer as condições
edificação. necessárias para que o projetista defina se a proteção a
ser instalada será contra surtos conduzidos ou induzidos.
Devem ser considerados:
Proteção contra surtos
• A probabilidade de danos a essas instalações, causados
Conceitos preestabelecidos ele que somente a instala- por impacto direto de descargas atmosféricas (raios).
ção de pára-raios ele linha ou de dispositivo de proteção
• O índice ceráunico d;i região (~
t:,) e a forma como os
contra surto (OPS) seria medida suficiente para a prote-
condutores alin1entadores, de energia e de sinal,
ção contra surtos cfe tensão induze,n a ulilizaÇ<1o indevida
adentram na edificação.
desses componentes e fazem com que a proteção resulte
inócua. Com a ajuda do n,a.pa isoceráunico, co1no o n1ostra-
As condições mínimas para proteção da instalaç;fo do na Figura 12 .1, que mostra o número médio de dias
elétrica, segundo a NBR 5410 e a NBR 5419, são a exis· con1 ocorrência de trovoadas em uma região por ano,
tência ele um eletrodo ele aterramento eficiente, a garan- apresentado na NBR 5419, há como obter dados iniciais
tia das ligações equipotenciais locais de uma menor para essa análise.
I Tabela 12.2 • fator A: Tina de OCUf!!!SÕO da eafnltura ('!'.abéla B.1 da NBR 5419) l
Tipo de cx:upação Fator A
Casas e ou1ras estruturas de pone equivalente 0,3
Casas e outras estruturas de porte equivalente com antena externa 0,7
Fábricas. oficinas e labomtórios 1,0
Ediíícios de escritórios. hotéis e ,,p-.m,unc.ntos e ouiros edifícios residenciais não incluídos a seguir 1.2
Locais de afluência de público (1>0r exe,nplo: igrcjo\S, pavilhões. teatros. ntuscus. exposição. lojas de t,3
dep-.1nan1ento~correios, estações e aeroportos. estádios de esportes)
Escolas. hospi1ais, creches e outras instituições. estruturas de 1nlíltiplas atividades 1,7
I Tabela 12.;J • fa1ot, B: Ti~ de constn,,ão da estrutura ('!'.abela B.2 da NBR 5419) 1
Tipo de ton.st ruçáo Fator B
Es.trutura de aço revestida, com cobertura não·metáfica 1 0,2
Estrutura de concreto annado. com cobertura não-n1e1álica 0.4
Estrutura de aço reves1ida1 ou de concreto annado, co1n cobertura n1et:11ica 0,8
E.\trutura de alvenaria ou concreto sin,ples. con, qualquer cobertur.1, exce10 metálica ou de palha t,O
Estrutura de n1adeir.1. ou revestida de n1adeira. co111 qualquer cobenur.1. exceto n1e1álica ou de palha 1.4
Estrutura de n1adcira. alvenaria ou concreto si,np1cs. con1 cobertura ,netálic.;.t 1.7
Qualquer estrutura co1n 1e10 de palha 2.0
1. f..si rutur.tS de nli!tlll :tp:i.ren1c que $C}am ('Ontínuas até o nível do solo estão éx('.luí<.1'1$ tk.st:l l;tbela.. porque rcquen,m lipt·nas um su1)si.stc1na dé
;tlcrr.unento.
SU$ W li
(!abela 12A • Fator C: Conteúdo ele estnitura (Tabela B.3 da NBR 54191. 1
edificação tiverem-se alterado favoravelmente, estaremos o índice ceráunico da região (T,, > 25) e a configu-
superdimensionando a proteção contra surtos. Por exem· ração da instalaÇ<io da rede (aérea), para, assin,,
pio: construção de edificações mais altas, que melhoram determinar a necessidade da instalação da proteção
as condições de proteção ela eclificaçfo no local; refor- para surtos induzidos.
mas na própria edificação; algum outro fator que tornou O intervalo compreendido por 10-s s N,,r < t0-3
aquele SPDA desnecessário, embora ele não tenha sido
é mencionado na N BR 5419 como sendo motivo de
desinstalado. estudo individualizado (caso a caso) em função da
• N,0 s 10- s (um dano a cada 100 mil anos): freqüên- ocupação, utilização, construção e localização da edi·
cia ele danos considerada aceitável pela NBR 5419. íicaç.ão, da instalaç"ão e seus componentes. Portanto, a
Com isso, entende-se que, probabilisticamente, somen- necessidade e o tipo de proteção contra surtos cle1:>en·
te haverá uma incidência direta de raio a cada 100 mil derão de decisão simultânea tomada quanto à instala·
anos na eclificaç.'lo. Nessas condições, eleve-se verificar ção ou não do SPDA no local.
SU$W li
E '° 12,7 • Va lOI' minima de U, exigível da DPS, em função cio esquema de atel'l'amento (Ta bela
49 da N BR 541O! .,
[ Tabela 12.9 • Parâmetros aara a correnle ele simulacão ela Drimeira clescargc, atmosférica 1
Nível de proteçã o para o SPDA
Parâmetros de corrente
1 II Hl elV
Corrente de pico (kA) 200 150 100
Tempo de frente (T,) (1<s) 10 10 10
Tempo de 50% da cauda (T,) (j.<s) 350 350 350
Carga para condições de pritneiro raio (Q,)1 (C) 100 75 50
Energia específica (WIR)' (MJ/!!) 10 5,6 2.5
No1as;
1. Ocsde que par11! substancial da c.1.rsa lotal (Qi) cs1h•c.r conlid:t no prime.iro raio.
2. IX'Sdc que J),lrtc substancial d.-i energia ~pe,cflica (\V/R) csli\'c.r con1id:t no primeiro r:,io.
I Tabela 12.1O • Cásp narticular da •Tabela 12. 1 qua nto à sunortabilidade a surtos J
Tensão nominal da Tensão de impulso suportá,·el requerida kV
instalação (V) Categoria de produto
P.roduto a ser utili,,ado
Produto a ser utilizado
em circuitos de Equipamentos de Produtos especial-
na entrad.a da insta-
distribuição e circuitos utilização ntc-nte protegidos
Sistemas trifásicos lação
terminais
Categoria de suporlabilidade a impulsos
IV llJ li 1
220/380 6 4 2,5 1,5
SU$W li
(segundo, terceiro, etc.) repetido, dependendo da locali· Para a coordenação por tempo, considera-se que cada
zaç.io dos circuitos, componentes e equi1>amentos a DPS tem um tempo de resposta (atuação) em função cios
serem protegidos. componentes que foram utilizados em sua construção.
Como o nível ele proteção deve obedecer às tensões Geralmente, adota·se a seguinte correlação: DPSs com
impulsivas normalizadas, e a característica de U, en1 u,n nlaior capaciclacle de dissipação de energia levan1 mais
DPS é determinada pela tensão que aparecerá em seus tem1>0 1>ara 'sentir' o surto. Essa característica exige que
terminais a jusante do 1>0nto onde este estiver instalado, o projetista coordene adequadamente os dispositivos na
deduz-se que o DPS deve ter U, igual à categoria de instalação, para que o DPS mais robusto sempre atue
suportabilidade a impulso subseqüente ao seu ponto de primeiro.
instalação (ver Figura 12 .2). Para que haja coordenação efetiva, os fabricantes ado-
A NBR 54 1Odetermina que, quando for instalado um tam distâncias mínimas de condutores entre os níveis de
único conjunto ele DPS, no primeiro nível de proteção da proteção. Quando não existe essa distância n1ínima reco-
mendada, há necessidade da inserção no circuito de um
instalação, este deve possuir U, compatível com a cate·
elemento que 'atrase' o surto, geralmente indutores ou ter·
goria li para qualquer tensão ou sistema de distribuição.
mistores, a fim de fazer com que o DPS instalado no
Os conceitos de nível de proteção da instalação e
primeiro nível de proteção 'sinta' o surto e atue antes cio
classe do DPS não devem estar diretamente atrelados,
OPS instalado no segundo nível ele proteção, e assim
1>0r exemplo:
sucessivamente.
• O DPS classe I sempre deve ser instalado no primeiro
nível de proteção da instalação, quando o objetivo Posicionamento dos DPS no
for o da proteção contra surtos conduzidos. primeiro nível de proteção da
• O OPS classe li também pode ser instalado no
primeiro nível de proteyio da instalação, quando o
instalação
objetivo for o da proteção contra surtos induzidos, ou Seguindo a classificação das influências externas e
no segundo e demais níveis de proteção da instala- análise de riscos, a NBR 541 O divide em duas as possi-
ção, quando o objetivo for proteger contra surtos bilidades de instalação do conjunto de DPS no primeiro
conduzidos e houver um DPS cla.sse I já instalado no nível de proteção:
primeiro nível de proteção.
• Proteção contra surtos induzidos na linha externa de
• O DPS classe Ili funciona como 'atenuador local' que alimentaç.'io ou contra surtos causados por manobra.
praticamente restabelece as condições normais de Os DPSs devem ser instalados junto do ponto ele
tensão. Con1parado como un1 'ajuste fino' na prote- entrada da linha na edificação ou no QDP, localiza·
ção, está sempre instalado nos últimos níveis de pro· do o mais próximo possível do ponto de entrada.
teção, ou seja, exatamente antes do equipamento, Simplificando: para a proteção contra surtos condu·
algumas vezes embutido nele. ziclos, é correto instalar os OPSs sempre no QOP.
19 Ní\ el
de
Proteçào
1
2" Nível
de
Proteç,'io
39 Ní, el
de
Proteção
1 4 9 Ní\'el
de
Proteção
-
Ex: Ponto Ex:QOP Ex: QOS Ex:
de ou Ton1adas
Entr:ida 1·on,ndas pnra E'fl
• Proteção contra sobretensões provocadas por descar- prescreve que o circuito do DPS deverá ser provido de
gas atmosféricas diretas sobre a edifiC<1ção ou próxi· proteção contra curto·circuito instalada a n1ontante. As
mo a ela, surtos conduzidos. Os DPSs devem ser ins- alternativas de arranjos J>ara instalação desses clispositrvos
talados unicamente no ponto de entrada da linha na podem permitir, na hipótese de falha cio DPS, priorizar a
edificação. O ponto de entrada da instalação na edi- continuidade do serviço ou a continuidade ela proteção.
ficação é definido pela NBR 54 1O como o ponto em Então, os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes
que o condutor penetra (adentra) a edificação. Vale podem estar posicionados:
salientar que nem sempre o QDP está posicionado
• Em série com a linha ele conexão do DPS - esse dis-
nesse local. Assim, medidas devem ser estudadas para
positivo ele prOleção também pode ser um desligaclor
que se cumpra essa deternlinação.
interno que, eventualmente, integre o dispositivo, mas
~ admitida apenas uma exceção: quando há edifica- não deve ser confundido com o dispositivo desligado,
ções de uso individual, atendidas pela rede pública de auton1ático instalado nos DPSs à base de varistores
distribuição e,n baixa tenS<io, a barra PE utilizada na caixa para prevenir as falhas causadas por correntes de ava-
da medição deve ser interligada ao BEP, e essa caixa de lanche. Essa ligação assegura continuidade de serviço,
medição não deve distar mais de dez metros do ponto de mas signiíica ausência de prOleção contra qualquer
entrada da instalação na edificação. Nessas condições, os novo surto que venha <'l ocorrer antes da troca do DPS.
DPSs podem ser instalados junto do barramento na caixa • No circuito ao qual está conectado o DPS - corres-
de medição. ponde, geralmente, ao próprio dispositivo de prote-
ção contra sobrecorrentes do circuito. Afeta a conti·
Condutores de conexão nuidade do serviço, uma vez que a atuação do
dispositivo de proteção, devido à falha do DPS, inter-
entre DPS e instalação
rompe a alimentação do circuito. Cuidados especiais
O comprimento dos condutores para a conexão do com a coordenação devem ser considerados.
DPS deve ser o mais curto possível, sem curvas ou • Em uma repetição da primeira situação., com redun·
laços. No prin,eiro nível de proteção, o comprimento dância da proteção. Embora ele maior custo, essa
total do condutor de ligação não deve exceder 0, 5 m. A alternativa mi nimiza a possibilidade ele perda de pro-
justificativa dada para a coordenação por tempo pode teç.io contra surto em caso de dano em um dos DPSs.
ser utilizada para explicar essa prescrição. Se, nas con .. Para essa situação, os dispositivos devem ter as me-s·
dições de instalação o DPS, for posicionado no quadro mas características técnicas.
de modo a existir excesso de condutores - as íamosas
'folgas' -, poderão ocorrer as seguin1es situações de O dispositivo de 1><oteção contra sobrecorrentes a ser
mau funcionamento: instalado deve possuir corrente nominal compatível à indi-
cada pelo fabricante do DPS. A capacidade de interrupção
• Excesso de cabo a montante do DPS. Atraso no deve ser superior ou igual à corrente de curto-circuito pre-
tempo de atuação do dispositivo, fazendo com que sumida naquele ponto.
uma parcela n1aior de surto passe para o próximo A seção nominal dos condutores destinados à cone-
nível de proteção ou para a instalação. xão do dispositivo de proteção co11tra sobrecorren1es
• Excesso de cabo a jusMte do DPS. Dificuldade na es·peciíicamente previsto para e-liminar um curto-circuito
dissipação da corrente do surto, elevando a energia aos condutores de fase do circuito deve ser dimensiona·
dissipada (calor) no DPS e chegando, em situação da, levando em conta a n1áxin1a corrente de curto-circui-
extrema, a explodir o dispositivo. to possível no local. Essa recomendação também eleve
A seção nominal mínima do condutor para interligação levar em consideração a seção mínima estipulada para
do DPS à instalação deve seguir as seguintes prescrições: esses condutores.
porizado, também deve possuir imunidade a correntes rer o rompimento de um condutor de alta tensão e seu
de surto de, no mínimo, 3 kA (8/20). DR tipo 'S'. contato con, um condutor de baixa tensão nas linhas
aéreas de distribuição, o que não é n,uilo cornun, nas ins-
talações de consumidores. Nessas instalações, geralmente,
12.3 Sobretensões causadas os circuitos de alta e de baixa tensào estão contidos em
por falhas da isolação para condutos separados, por exemplo, bandejas ou escadas
para cabos superpostos, ou, ainda, em eletrodutos. Di-
outra instalação de tensão ficilmente, os condutores de AT e BT compartilham o
mais elevada 1 mesmo conduto (p. ex., a mesma bandeja).
l recomendado que os condutores de baixa tensão
Considera-se, aqui, o caso de instalações elétricas de não utilizem os mesmos condutos que os condutores ele
baixa tensão alimentadas a partir de subestações de alta tensão, a não ser que sejam tomadas inedidas para
transformação de responsabilidade do consumidor, ou evitar que os condutores de baixa tensão sejam submeti-
seja., locais (p. ex., industriais) que possuem subestação dos a uma tensão superior à sua tensão non,inal, mesmo
própria e/ou circuitos ele distribuição em alta tensão. no caso de falha da isolação dos condutores ele alta ten-
O contato acidental entre condutores vivos de alta e são, o que pode ser conseguido, por exemplo, por meio
ele baixa tensão, bem como o contato entre os enrola- ele uma barreira que separe os dois circuitos.
1nentos de alta e de baixa tensão em un1 transformador Para as instalações com esc1uema IT, recomenda-se
com cleieito, faz com que o mesmo potencial (ou prati- ligar um limitador de sobretensões na origem da insta-
can,ente o mesmo) apareça em ambos os circuitos, de lação, entre o eletrodo de aterramento (das massas) da
alta e de baixa tensão, através do ponto ele contato. Se instalação e o ponto neutro ou um condutor de fase.
a instalação de baixa tensão não tiver seu neutro dire-- A seguir, apresenta-se o caso da ocorrência de un,a
tamente aterrado (esquema IT), seu potencial atingirá o falta para terra na instalação de alta tensão ocorrida
ela instalação de alta tensão. No entanto, se a instala- por causa ele um condutor rompido e caído ao solo ou
ção de baixa tensão tiver seu neutro diretamente ater· pelo contato acidental da fase-carcaça no interior do
rado (esquema TN ou TT), embora possa circular uma transfornlaclor.
corrente elevada a partir cio circuito de alta tensão, o Se as massas da instalação ele baixa tensão estiverem
potencial atingido na instalação de baixa tensão será ligadas ao eletrodo de aterramento da subestação (ver
muito menor. Figura 12.3), situação muito comum, a falta para terra na
São extren1amente raros os deíeitos en, transformado· alta tensão poderá levar as massas cio lado da baixa ten-
res que dêem origem a contatos entre enrolamentos de são a potenciais perigosos, isto é, poderão surgir tensões
alta e de baixa tensão. Por sua vez, é mais provável ocor- de contato perigosas.
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Figura 12.3 • Folto poro terra no AT: esquemo TN com mossos interligado,
3 84 lnslakições elétricas
onde:
Se as massas da instalação de baixa tensão não forem
interligadas ao eletrodo de aterramento da subestação • (x, y) indica todos os pontos da região onde 1>0derão
(ver figuras 12 .4 e 12 .5), enfatiza-se a necessidade de ser encontradas massas de ec1uipamento.
evitar, no caso de falta para terra no sistema de alta ten· • U,,;, (x, y) é a maior tensão em relação à terra que
são, o surgimento de 1ensões superiores à tensão supor· aparece na região (x, y) quando ele uma falta íase-
tável à freqüência industrial: lerra.
• U.,rs (x, y) é a menor tensão em relaç.io à terra que
• De qualquer dos equipamentos ligados à instalação aparece por ocasião de uma falta fase-terra.
de baixa tensão, se o neutro for ligado ao eletrodo de • U8 (t) é a tensão máxima de contato permitida.
aterramento da subestação (ver Figura 12 .4).
• Somente dos equipamentos ele baixa tensão ligados • (t) é o tempo máximo de operação da proteção para a
ao eletrodo de aterramento ela subestação (geral- corrente de falta fase-terra, no local, sendo que o
mente, equipamentos BT da própria subestação), se o valor ela corrente de falta eleve ser fornecido pela con-
neutro for ligado ao eletrodo das massas ou a outro cessionária.
eletrodo independente (ver Figura 12 .5). Além dessa precaução, eleve ser garantida a segurança,
Para atender a essas prescrições, basta que no que se refere às tensões de passo, pela expressão
Subes1ação Instalação BT
AT BT
., y ~ • . R
-
.I y y - T
s
-Ir,
y y y .
.
T
Faha
lp
! ~ 1
~11/i!I
PE U0 = O
•
-- 1
--
Figura 12.4 • Folta poro terra no AT: esquemo TN com ma, ,o, nõo interligada, e neutro ligock, oo eletrodo do subestaçõo
SU$W ü
Sul>estação Instalação BT
AT
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Figura 12.5 • Falta para terra na AT: esquema TN com mossas não interligados e neutro ligado ao eletrodo independente
U(x.y) passos U,(t) (1 2.10) • Ujt) é a tensão limite de segurança para o tempo
onde: máximo ' t' de abertura da proteção, para a corrente
• U (x, y) passo é a tensão máxima de passo pern,itida ele falia fase-terra no local. O valor da corrente ele
para qualquer ponto (x, y) do local. falta deve ser fornecido pela concessionária.
• U (x,y)
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o : u>t.<x.:•
A F
Hastes
EXERCÍCIOS
13
Dimensionamentos
13. 1 Circuitos de motores dos pela NBR 541 Oe apresentados na Seção "Limites de
queda de tensão e<;tabelecidos pela NBR 54 1 o•, no
Introdução Capítulo 9.
Basicamente, existem três configurações clássicas para
Vimos antertiormente que as características que dife-
a ligação de equipamentos a motor. ~o elas:
renciam os equipamentos a motor das demais cargas e
também os dois grandes grupos em que podem ser dividi- (a) Circuitos terminais individuais, um para cada motor,
das tais cargas: inclus(riais e similares e residenci(1is e partindo de um quadro de distribuição (p. ex., um
con1erciais. Agorc1, o assunto é o din1ensionamento dos cir- CCM); eventualmente, poderão partir, do quadro,
cuitos terminais e de distribuição que alimentam as cargas, circuitos terminais para outras cargas; é a configura-
de acordo com as prescrições da NBR 54 1O, quais sejam: ção mais comum (Figura 13.l(a)).
(b) Circuitos ele distribuição com derivações em pontos
(a) Cargas industriais e similares:
determinados e com circuitos terminais individuais
• Motores de indução de gaiola trifásicos de (um por motor), podendo também existir derivações
potência não superior a 150 kW (200 CV), para outras cargas; caso típico de instalação com
com características normalizados conforn1e a barramento blindado (Figura 13.1(b)).
NBR 7094. (c) Circuito terminal único que serve a vários motores e,
• Cargas acionadas em regime S, e com carac- eventualmente, a outras cargas; caso típico de moto-
terísticas de 1><1rtida conforme e<;peciíicadas res de pequeno porte (figura 13 .1 (c)).
na NBR 7094.
A Figura 13.2 indica os diversos componentes dos
(b) Cargas residenciais e comerciais: circuitos de equipan1entos a n1otor, no caso n1ais geral:
• Motores de potência non1inal não su1>erior a
1,5 kW (2 CV), constituindo parte integrante • Conduto,es do circuito terminal: condutores que vão
ele aparelhos eletrodomésticos e eletroproíis- desde o QO, na configuração (1 ), ou desde o circuito
sionais. de distribuição, na configuração (2), até o motor.
• Dispositivo de proteção do circuito terminal: disposi-
Os equipamenl'os a n1otor não deve1n, durante sua tivo com a função de proteger os condutores do cir-
partida, causar perturbações inaceitáveis na rede de dis- cuito terminal, o dispositivo de comando e o motor
tribuição, na instalação propriamente dita e nos demais contra correntes de curto-circuito; geralmente, dispo-
equipamentos. Énecessário consultar sempre as conces- sitivo fusível (Figura 13.3).
sionárias para a partida direta de motores com potência • Dispositivo de seccionamemo: destina-se a desligar o
acima de 3,7 kW (5 CV), em instalações alimentadas por circuito tern,inal, o dispositivo de con,ando e o motor;
rede pública em baixa tensão. Por outro lacto, durante a geralmente, são usaclos seccionadores, interruptores
partida, a queda de tensão nos demais pontos de utiliza- ou dis1>0sitivos que atuam sobre contatores e que pos-
ção d;. inst;.layio não deve ultrap<1ssar os valores indic.:1- sam ser travados na posição aberta (Figura 13.3).
SU$W ü
QI) - - - ~ - - - - -
Circuito de dis:tribuiçrto
Circuitos
tenninai.s
,.
~1otores Ou1ras t-.1otorcs Outras
cargas cargas
(a) (b)
ºº---~-----
Circuito 1cnnin:rl
Motores Ou1r.,s
cargas
(e)
Figura 13.1 • Configurações de circuitos de motores: (a) circuitos terminais individuais; (b) circuito de distribuição
com derivações; (c) circuito terminal com derivações
Dispositivo de protcçito
/ de reia.guarda
Condutores do circuito
~ de diS1ribuição
Dispositivo de pro1cç.\o
....____ do circuito tenninal
~ sposilivo de scccion:uneruo
---
Dispositi\'O dé co1nando
Oisposi1ivo de proteção
co,nra correntes de sobrctarga
~1otor
•
carga; geralmente, um relé bimetálico (Figura 13.S).
Condutores do círcui/o de distribuição: condutores •• ••
que alimentam o quadro ele distribuição, na configu-
ração (1li ou diretamente os circuitos terminais, na
configuração (2). Figura 13 -6 • Chave de portído direto de motores
• Proteção de retaguarda: dispositivo que protege o cir- • Dispositivo de comando (p. ex., contator tripolar).
cuito ele distribuição contra corrente de curto-circui- • Dispositivo ele proteção contra correntes ele sobrecar-
to; geralmente, dispositivo íusível. ga (p. ex., relé bimetálico).
• Proteção do circuito terminal contra correntes de cur-
tos-circuitos (p. ex., clíspositívo fusível).
Partida de motores
trifásicos de gaiola Um desses dispositivos é mostrado na Figura 13 .6.
///,, CJC,,
6
5 2
4 e.
Figura 13.7 • Chove eslréki·triôngulo aulomálica
3
que era aproxin1aclamente a non1inal, ou seja, 100 por
cento - salta para 320 por cento, o que não é van-
tajoso, pois, na partida em Y, a corrente era somente de
2
190 por cento.
Na fig,ira 13.6(b), vê-se o motor com as mesmas carac-
terísticas, porém o conjugado resistente da carga é bem
n1enor. Na ligação Y, o motor acelera a carga até 95 por
cento da rotação nominal. Quando a chave é ligada em e.,
a corrente, que era aproximadamente 50 por cento, sobe O O'--~~~~~~~~~-"'
li
para 170 por cento, ou seja, praticamente igual à da parti-
O 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100%
da em Y. Aqui, a ligação estrela-triângulo apresenta vanta- rprn
gem, porque, se a ligação do n1otor fosse direta, a corren· (a)
te ele partida seria de 600 por cento.
Geralmente, a chave estrela·triângulo so1nente deve IJI,, CJC.,
ser empregada em partidas em vazio ou com carga 1>ar- 6
cial; ou a c,1rga (lotai) só poderá ser aplicada depois de
ter sido atingida a rotação non1i nal,.
5
A Figura 13.9 mostra esquemalic,1mente a ligação 2
estrela-triângulo em um motor, para um circuito de 220
V; nota-se que, durante a partida, a tensão é reduzida
4
para 127 V.
Chave compensadora
A chave compensadora pode ser usada para a partida J
de motores sob carga. Ela reduz a corrente de partida,
pOfém deixa o motor com um conjugado suficiente para
a partida e aceleração. 2 /y
A tensão na chave compensadora é reduzida por
meio de um autotransformador que possui, normalmen·
te, taps de 50 por cento, 65 por cento e 80 por cento da
tensão nominal.
A Figura 13.10 mostra uma chave compensadora
auto1nática, equipada con1 autotransforn1ador, dispositi· o ot...::::::::=::::::=--~~~_;_1
vo fusível para a proteção do circuito terminal, dis1>0· li
220V. 220V.
Panida ó.
1+--- 220V--.i
Figura 13. 1O • Chave compensadora automática
22ov_.l220v
motor, proporcionando uma "partida suave", de forma a
não provocar quedas de tensão bruscas na rede de ali-
...
>
N
mentaç<'ío. como ocorre em partidas diretas. Com o soft·
starter, consegue--se, tambén,, menores quedas de tensão
do que com as chaves estrela-triângulo e compensadoras.
O soft·starter funciona, geraln1ente, com un1a tecnolo-
gia chamada by-pass, na qual, após a partida do motor,
PanidoY liga-se um contator que substitui os módulos de tiristores,
evitando assim o sobreaquecin1ento deles, aumentando
Figura 13.9 • Esc1uema de tensões na ligação Y sua vida útil.
c AU :S 10% , Dispositivo
(Durante a partida) / de panida
l
>-i-f....lf--1,....-1-~~~~~~~~~-l--í"l-~--{M
1
·rransformador Carga
nonnal
AU :5 7%
(En1 funciona1ncnto nom1nl)
AU :5 7%
(Mesmo dura111e o partida do motor)
Figura 13.12 • Limites de quedo de tensão em instolo.ção de motores e corgos normais
SU$W ü
Corrente de ,vtor bloqueailo é·a n1áxima corre.nte absor.- contatos, por meio dos quais o circuito fica normal-
vi~ pelo motor com o rotor travado (velocidade zero) nlente fechado. Se ocorrer uma sobrecarga no motor e
sob tensão e freqtiêncin no1ninais. sua ten1peratura subir a u1n dado valor, o disco 1>assa
Nota: a cxJ>rcssão 'máxima' detom: da possibilidade de i1 para a posição 'abeno' e abre o circuito. O dispositivo
wrrcntc aboorvida variar com a posição angular do rotor. ainda inclui uma bobina de aquecimento em série com
Corrente. de partida é a corrente -absorvida pelo 1notor o enrolan1ento do motor, que faz com que o disco se
durante a partida. sob ten,$,ão e freqüência nominais. aqueça mais rapidamente no caso ele uma súbita e
/i.,Ola: O tenno 'pM:ida' diz rospci10 ao funcionamento do severa sobrecarga. Uma vez aberto o circuito, o dispo-
n1otor atelei'anclo. no in1ervalo de velocidade$ que. vão dc.'7.CJ'O sitivo, após o resfriamento do motor, fecha auton,atica~
até a \'Clõcidadc detc.•nninada pela condição de cargà do mOlor. mente e parte o motor. Esse tipo de dispositivo é muito
Portanto. a rigor. a corrente de panjda 1en1, dur..\llte CSSé inter· utilizado em geladeira, freezer, compressor etc. Em
valo. valor variá-.,cl decl'C$CCOte. que vai do vnlor inicial. cor· algumas aplicações isso pode não ser desejável, e, nes-
responden1c ao Válor do rotor bloqueado. até o VàlOr detenni·
ses casos, o dispositivo é projetado ele modo que, uma
nad!) pela condição de C'.'tfSá em n..--gi,nc pcnnanente do rnotor.
vez aberto, o contator do motor seja desarmado, dei·
Na prá1icat o termo 'corrente de partida· é en1pregado
xando o circuito do motor desenergizado. Para que o
co1no sinônimo de 'corrente de rotor bloqueado.
motor entre novamente em operação, o dispositivo
deve ser ativado manualmente (por meio de um botão),
Deve-se observar que, em casos específicos, a queda
a fim ele que volte à posição ' fechado'. O motor e o
de tens.'\o nos terminais do dispositivo de r>anida cio
dispositivo integrante devem ser ensaiados em conjunto
motor pode ser su1>erior a 1 0% da tensão nominal, levan-
e, segundo o NEC, sua atuação deve ocorrer com uma
do-se em consideração o tempo ele aceleração devido à
corrente que não exceda as seguintes percentagens da
menor tensão nos terminais.
corrente nominal do motor:
Ligação ao .
enrola1nen10
Figura 13. 13 • Dispositivo de proteç.io contra correntes de sobrecarga integrante do motor: (a) posição 'fechado';
(b) posição 'abeno'; (c) montagem do dispositivo
SU$W li
Os relés térmicos bimetál icos são os dispositivos Deve-se observar que, para motores de indução
(independentes) mais uti lizados na proteção ele motores fabricados conforme a NBR 7094, pode ser adotado,
contra correntes de sobrecarga, sendo, geraln1ente, aco· para corrente de rotor bloqueado, o valor máximo
piados a contatores. As tabelas de escolha dos relés admissível indicado na norma.
bimetálicos apresentadas pelos fabricantes costumam No caso de um circuito terminal que alimenta mais
trazer as seguintes informações: de um motor e, eventualmente, outras cargas, deve-se
observar o seguinte:
• As potências máximas de motores protegidos.
• As faixas de corrente de ajuste cio relé de sobrecarga. • Os motores devem ser protegidos individualmente
• As correntes non1inais máximas de fusíveis que pro- contra correntes de sobrecarga.
tejam contra correntes de curto-circuito. • A proteção contra correntes de curto-circuito pode
ser realizada utilizando-se um dos dois equipamen-
Assim, por exemplo, um relé Siemens tipo 3RU11 tos a seguir:
26-4CBO protege contra correntes de sobrecarga motores • Um dispositivo de proteção capaz ele proteger
de 7,5 CV em 220 V (/,1 = 21 A); sua faixa de ajuste é de os condutores da derivação cio motor de menor
17 a 22 A, e o maior fusível recomendado é de 32 A. corrente nominal e que não atue indevida-
Motores de potência nominal não superior a 0,5 CV, mente sob qualquer condição de carga nor-
integrantes de aparel hos eletrodomésticos e eletroprofis· mal do circuito;
sionais, podem ser considerados protegidos contra cor· • Uma proteção individual na derivação de
rentes de sobrecarga quando utilizado um dispositivo de cada motor, o que é recomendado para moto-
proteção cio circuito terminal escolhido de acordo com res de potência superior a 0,37 kW (0,5 CV).
as regras apresentadas na Seção 11 .5.
No entanto, convém observar que a solução para
Proteção contra correntes de curto-circuito que un1 único circuito terminal contenha vários motores
só se justifica, na prática, quando os motores são de
Conforme a NBR 541 O, quando os condutores dos cir- pequeno porte. Por outro lado, é sempre preferível que
cuitos que alimentam motores forem protegidos contra cargas de outra natureza sejan1 alin1entadas por outros
correntes de sobrecarga por dispositivos que se limitem a circuitos terminais.
essa proteção, como relés térn1icos, a proteção contra cor-
rentes de curto-circuito pode ser assegurada por dispositi-
vo de proteção exclusivamente contra curtos-circuitos. 13.2 Circuitos que não
Os dispositivos que protegem exclusivamente contra contêm motores
curtos~circuitos podem ser:
• Disjuntores equipados apenas com disparadores de Apresentação
sobrecorrente instantâneos: recomenda-se, na práti- O dimensionamento de um circuito ele uma instala·
ca, que a corrente de disparo magnético seja maior ção de baixa tensão, circuito de distribuição ou circuito
que a corrente de rotor bloqueado do motor, porém terminal consiste na determinação da seção dos condu-
não superior a 12 vezes a corrente nominal do motor. tores, na escolha cla(s) proteção(ões) contra sobrecorren-
• Dispositivos fusíveis con1 característica gM ou aM: tes e, eventualmente, no dimensionamento do conduto
recomenda-se que, para aplicações normais, a cor- que conterá os condutores.
rente nominal dos fusíveis não seja superior ao No caso mais geral, devem ser cumpridas as seguin-
va lor obtido multiplicanclo-se a corrente de rotor tes etapas:
bloqueado do motor pelo fator i ndicado na Tabela (a) Escolha cio tipo de l inha elétric.1 (ver Tabela 5.27), o
13: t (elaborada a partir das características tempo- que inclui a escolha da maneira de instalar, propria-
corrente dos fusíveis gMJ. Quando o valor obtido mente dita, do tipo de conduto e do tipo de condutor.
não corresponder a um valor padroni zado, podem (b) Determinação ela corrente de projeto do circuito.
ser utilizados fusíveis de corrente nominal imedia- (c) Aplicação do critério ela capacidade de condução de
tamente superior. corrente.
Tabela 13.1 • Fàtor pc,ra a determinação ela corrente nominal máxima de fusíveis ti 'gl,!'
1, s 40 0.5
40 < 1,s 500 0..4
500 < Ir 0.3
SU$W ü
Cálculos preliminares: U,v (V) tensão (de linha) nominal, para circuito trifási-
co e tens.ão de fase, para circuito monofásico
potências e correntes
71 = rendimento
Ex.pressões' cos <I>,,, = fator de potência nominal
l'.v (W) = potência nominal de entrada
Seja a representação simbólica do dispositivo de uti-
S,v (VA) = potência aparente nomi nal de entrada
lização do circuito da Figura 13.14.
l,v (A) = corrente nominal
li = fator de uti lização
A,. (W) = potência de trabalho
cos <t>,.,, I''
.V S, (VA) = potência aparente ele trabalho
') / 1{A) corrente de trabalho
P,,. (W) • potência instalada
Observação: O fator de utilização pode ser usado com
Figura 13.14 • Corgo genérico certos equipamentos, por exemplo, máquinas de grande
• • Da Expressão 13.11:
L, P.,,,_, "'
QA =
i• I
g, tg <I>, + L
/• I
P.".f tg <1>1 (13. 1O)
9 S,, = v'7.5 l 42 + 2.2682 = 7.849 VA
• Da Expressão 13 .12:
(13.11 )
. 7.514
,.,w <I>
=
=- - = O.•
7.849 9'i7
(13. 12)
II conjunto EXEMPLO 4
PA. QA· SA I - -• de cargas
Corrente de projeto do circuito de distribuição que
cos ((:> ,n cargas
isoktdas alimenta o quadro do Exemplo (3).
• Da Expressão 13 .13:
Figura 13. 15 • Ponto de distriooição
l - 7.514 35 7 ;\
PA s,, 8
- l X 220 X 0,957 . '
18 = -,_U_
.v..,.cos'--<-
1> U (13 .13)
I ,V
SU$W ü
(13.19)
U,v
li>--'-><
· ·· ··- - -~
I,. (A) = capacidade ele condução ele corrente cio condutor;
o (A) = capacidade de condução de corrente do condu-
tor de seção unilária (S = 1 mm1);
P,v1 PA'2 f):\'K - 1 P,vK
cos cf> cos <!> cos <I> cos (() S (mm') = seção nominal do condutor;
O,. (0 0 = temperatura máxima 1><1ra serviço contínuo cio
Figura 13. 16 • Circuito terminal condutor/cabo isolado, valendo 70 •e para isolação em
PVC e 90 •e para isolação em EPR/XLPE;
L
• P.v.1 •
L S,v.1
6A 0 = 1emperatura ambiente;
(
0
~ 78cm
~
1
78cm • 20cm 78cm
Multiplicar pel<>S valores
da coluna 0 /3cc
da Tabela 9.4 ou
da Tabela 9.5
. . .I,, @@ •
00,, '°"" ~ . . I. I•
@@ •
@O l '°""
,!
53cm
®@ I..,..
@@
I• 53CITI •I
Até sec-Jo 95 ,nol2
53cm
0.91 "'""
0.85 0.79
Acima de 95 mm' 088 0.81 0.73
S.r.x
U 1,=1,.
NO ----+- A ----+- 8
)
Dados básicos
(13.26)
• Tipo de linha (Tabela 5.28).
• Tipo de condutor:
r = r:ro(l + «:rol!.O) = r:ro{ I + "'"'(º• - 20) ] (13.27) • Condutor isolado, cabo unipolar ou cabo tri/tetra-
polar.
X = 2r.f X 10- { k+ 0.46 log 2Sd;") (13.28) • Cobre ou alumínio.
• Isolação: PVC ou EPR/XLPE.
• Disposição dos condutores ou cabos isolados.
l!.UCV) = queda de tensão do circuito; • Tipo de circuito:
/(ml = comprimento do circuito ou do trecho; • Monofásico (1 = 1).
r(O/km) = resistência dos condutores na tempe- • Trifásico (/ = 3).
ratura de regin1e; • Temperatura ambiente, O, (ºC).
x(O/km) = reatãncia cio circuito; • Para circuitos com carga na extremidade:
l!.U' (V/A.km) = queda de tensão unitária; • Corrente de projeto, ln(A).
au.. <vi = queda de tensão máxima; • Comprimento do circuito, /(m).
r"'(O/km) resistência dos co11dutores a 20 ºC; • Para circuitos com carga distribuída:
()( (ºC-') • Correntes nos trechos entre derivações 11(A).
= coeíiciente de ten,peratura;
• Ois1ância da origem do circuito à primeira deriva-
º•
[(Hz)
k
(ºO
S.11 (mm)
=
-
temperatura de regime dos condutores;
freqüência;
= fator usado no cálculo da reatância;
= distância média geométrica;
•
•
ção e distâncias entre derivações. l, (m).
Fator de potência do circuito, cos <I>.
Tensão nominal do circuito, U.v(V).
(7895)2= 58,4 •e
750V, linhas tipo A, B e C, fatores de potência 0,8 e
0,95 : Tabela 9.19.
o. = 30 + (10 - 30)
SU$W li
o A 8 e o E r G ... J K
7m
IOm
,, Ólll óm
., 8m 6m
., IOm Sm 8m IOm
'
Figura 13 . 19 • Circuito com lâmpadas de vapor de mercúrio distribuídos
SU$W ü
I Tabela 13.6 • Quedas ele tensão nos trechos ela Figura 13,19 1
Trecho 11 [AI 11 fm] 11 • 11 (A.111)
OA 26.1 10 261,00
AB 23.49 6 140.94
BC 20.88 6 125.28
co 18,27 8 146, 16
DE 15.66 6 93,96
EF
FG
13,05
10,44
'º5 130,50
52.20
GH 7,83 7 54.81
HJ 5,22 8 41 ,76
JK 2.61 10 26, 10
'Y.I, 1, 1.072.71
220/380V
o
8<1rrnmen10 bl indado de 1.250 A. 3F + N + PE:
AU = O. 091 V/A.km (c/cos <I> = 0.8): / = 15 m
A
700 kVA; cos <I> • 0.8: 220/380 V
8
350 kVA: cos <I> = 0,8; 380 V
e
PM = 50 CV: '7 = 0.8: cos<l> = 0.8
• Portanto, U 11 = 378,6 - 9,2 1 = 369,4 V. /.v(A) = corrente nominal ou de ajuste do dispositivo ele
proteção;
(d) Trecho BC: / 2(A) = corrente convencional de atuação (ou de fusão,
50X736 _ no caso de fusíveis) do dispositivo de proteção
• 111, = . r. - 899
, A.
V3 X 369,4 X 0,8 X 0,8 lz
(X ;:- -
l.v
• Da Expressão 13.21, com
ó.V"= ó.V= 1.32 VIA.km-> ó.V;= 89.9 X 52 Observações:
• Para disjuntores termomagnéticos, o valor IN deve
X 1,32 X 10- 3 = 6,17 V . referir-se à temperatura prevista para o local da insta-
lação do dispositivo.
• Portanto, Vc = 369,4 - 6.17 = 363,2 V. • P<1ra disjuntores termon1agnéticos con-1 / 2 s 1,45 l.v a
(e) A queda total será condição dada na Expressão 13.29 é suficiente.
ó. U,,,. = 380 - 363,2 = 16,8 V = 4,4%
Tabelas e gráficos
Critério da proteção contra • Correntes convencionais de não fusão e de íusão para
fusíveis de baixa tensão (ver Tabela 6.2).
correntes de sobrecarga • Correntes convencionais de atuação, de não atuação
Expressões e tempos convencionais para disjuntores termomag-
néticos de acordo com o RTQ da Por1aria 243 cio
111 s l,v s /z (13.29) lnmetro, a N8R NM 60898 e a NBR IEC 60947-2 (ver
Tabela 6.3).
(13.30) • Tabela para a escolha de disjuntores em função da
seção nominal dos condutores e do número de con·
l,45 clurores carregados na linha elétrica, para linhas tipo
l,v s 7 11. (13.3 1)
8 e C: Tabela 11 .3.
SU$W ü
600
500
Mn 17
.-
23 ? I
I / / / 19
ªl
IN (J\)400 ./. './ ~ fi
15
i 300
250
,:. ,, ,,.
; "/ 13.5
..,.,,,, 12
200 ~ ~~ / ~
., 10,5
175 ,,.. ...... ~ ; ..... .....
~
9
150 ...... ........ V. ,, "
125
./.
.... "'9 ~ ~~
., ..... / 8
100
...... V/ ~ ~ ~ ~
80
63 0 // ~ ~ ~
50 ~ :ó' w V,.. /
40 ló.: :.;,: ~ f i V
32 _ ,M ., 'l. ~ './""
vh
1:,., / /
~ v,... ~
25
20
16 ~ ~~
,,z
10
~~
V
6
1 15 2.5 4 6 10 16 25 35 50 70 9:1 120 150 2:10
- S (1111112)
Figura 13.21 • Gráfica poro o oblençõo do correnle nominal de disjuntores lermomognético, com /1 s 1.45 1, , em função
do seçõo nominal dos condutores e cio fa1or 'o' (Tobela 9.3) (Cortesia do Bticino)
SU$W ü
25 35 50 70 95 150
- scnun2)
Figura 13.22 • Gráfico poro a obtenção da corrente nominal de fusíveis tipo gl (com t..,;;,: 32 A), em função da seção nomi·
nal dos condutores e do fator 'a' (Tabela 9.3) (Cortesia da Bticino)
~ ,.
• A Expressão 13.29: .16,5 s /N s 16,8 A - não existe
disjuntor que atenda a Expressão 13 .29; sendo assim,
deve-se passar para outro condutor com seção ime--
diata1nente superior.
• f>assando para S = 4 mm', da Tabela 9.4: 1,. = 28 A.
• Da Expressão 13.18: fx = 0,8 X 28 = 22,4 A. Figura 13.23 • Correntes de cvrtos·circuitos nos extremos
• Da Expressão 13.2 9: 1.6,5 s I,, s 22,4 A; f .v = 20 A. de uma linha elétrica
SU$W ü
'• = --;=========.
22
484 100 cos <1>, 0 /0 5 /5 (13.32)
-+
l i:<) '10 So
+-
Sã
r =
• Curvas (I'r) = f(f) para disjuntores: •Na Figura 13 .26, verifica-se que o disjuntor NBR NM
•
• Disjuntores rápidos: Figura 11.1 O.
• Disjuntores limitadores: f igura 11.11.
Fator para a detern1inação da corrente nominal máxi-
I 60898 de 36 A cumpre a condição da Expressão
13.35, com efeito
para S = 4 mm' ... K'S' = 211.600 A1s e
ma de fusíveis tipo 'gG': Tabela 13.1.
• Zonas tempo-corrente para fusíveis tipo 'gC': figuras para l ,v = 36 A ... Ío' i tlr "' 12.000 A s
2 2
~........~ Chuveiro
(6kW) • Na Figura 6.15, verificamos que, para 1,.,1• = 563 A,
o fusível de IN = 32 A atuará em um tempo máximo
Figura 13.25 • Diogromo do circuito do Exemplo 18 ele 0,02 s < 0,26 s, atendendo a condição.
SU$W ü
IOS'
) 50 nlln2
\
'
\ '~
10'
16 l)llll2
~ l_,,_
i
8
o-
~o ~ \ ......,~ 10 1111112
106
e
-
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o'° \ 1
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:, !:(-~ ...
N
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o
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-"'
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102
10•
100 10' 102 1().' 10' l(A) 10>
Figura 13.26 • Corocteristica de atuação térmico o quente (0-0 = 70 ºC) 1,. = corrente de.curto-circuito presumido simétri·
ca (valor eficaz em A) r-, = integral de Joule em A's (Cortesia da Bticino)
• Na Tabela 13.1 verifica-se que, para /,, = 76 A, a cor- Seções dos condutores neutro e
rente nominal máxima de fusível gG, que ptoteje o
n1otor contra correntes de curto-circuito será de proteção
IN = 0,4 X 76 = 30,4 A Os condutores neutros devem ser din1ensionados
o que mostra que o fusível (previamente) escolhido de conforme Seção 9.9, e os condutores de proteção, con-
l.v s 32 A atende a condição. forme Seção 8.7.
SU$W li
43.240 S
I 11= = 119,. A
V:Í X 220 X 0,95
M 1,.,=19A
/p = 76A • Desprezando a queda de tensão, tem-se para os con-
dutores fase, da Tabela 9.4, B,13 cc: S = 50 mm1 .
Figura 13.27 • Circuito do Exemplo 19 • A Tabela 9.22 indica, nesse caso, para o condutor
neutro, a seção 1nínima de 25 mm 2 .
• A pior condição para o neutro é estarem ligadas ape-
EXEMPLO 20 nas as cargas de L, (maior carga total).
Nessas condições_.. a corrente de neutro seria de
Alimentaç,io de quadro de distribuição de adminis-
tração de prédio; circuito JF-N, 127/220V. Cargas indi- 3.280 2- S
cadas a seguir. Admitir condutores isolados, Cu/PVC, f,v = 1 X 127 X l = ), A
em eletroduto circular embutido em alvenaria e queda
de tensão desprezível. Considerar, ainda, que a taxa de e, da Tabela 9.4 (B 1/2 cc), verifica-se que seria sufi-
3• harmônica e múltiplas é menor que 15% e que o neu- ciente uma seção de 4 mm', i11íerior à seç,'lo mínima
tro é protegido contra sobrecorrentes (ver Seção 9.9). que será a adotada, ou seja, SN= 25 mm1.
41 O lnslalações elétricos
,v ,.__
- - -- - ~'·'-',.,_______,__ _.,
Í.Ji
F---i- -e
F_
PE
Princ ipal
PE
Circuito tcrn1inal
QD
Ele,nento condutor
estranho á instalação I· ·I
Figura 13.29 • Circuito genérico com condutor de proteçõo PE
SU$W li
41 2 lnslakições elétricas
exclusivamente a sistemas de distribuição em média ten- • f.u é a máxima corrente {valor eficaz) prevista para
são, resultando, geralmente, em economia de energia e circular por unl condutor-fase do circuito, durante o
en1 reduções de custo bastante significativas. Em siste- e!imeiro ano (A).
mas de baixa tensão, o uso desse critério pode ser bas- • R é a resistência em corrente alternada de um con·
l'ante vantajoso em instalações industriais, comerciais e dutor-fase por unidade de comprimento (Mm).
institucionais, considerando principalmente circuitos de • I é o comprimento da linha (km).
distribuição com seções iguais ou superiores a 25 mm' . • 11 é o número ele conclulores-fase ela linha, ou seja,
~ importante acrescentar que o dimensionamento cios no caso mais geral, o produto do número de fases
cabos de potência de um circuito pelo critério econômi- pelo número de condutores por fase.
co, admitindo que a seção obtida seja superior à seção • li é o número de horas por ano em que eleve circu-
técnica, traz algun,as vantagens adicionais, como o lar a corrente 1,., para produzir as mesmas perdas que
aumento da vida útil cios cabos e seu melhor comporta- a corrente real (de valor eficaz) variável, /(1) (hfano).
mento diante das sobrecorrentes e das quedas de tensão.
A resistência R deve ser considerada a uma tempera-
No estudo que se segue, foi utilizado o documento
tura (Om) inferior à temperatura máxima para serviço con-
IEC 60287-3-2: Electric cables - Calculation of the cur-
tínuo (O.:>, adn1itindo que a seção econômica seja inferior
rent rating - Part 3: Sections on operating conditions -
à determinada considerando apenas o aquecimento nor-
Section 2: Economic optimization of power cable size.
mal. Considera-se, em princípio, chamando de O, a tem-
peratura ambiente, que:
Equacionamento básico
Considere uma linha elétrica constituída por condu- O = 67. - o, + o,.
m 3 (13.49)
tores isolados por cabos unipolares ou multipolares e
con1 custo total C, incluindo a con1pra e a instalação dos Por sua vez, o tempo li é definido pela expressão
cabos, bem como sua operação durante uma vida (eco-
nômica) de N anos. Considerando-se valores referidos à ,s.,ro t(r)Z l ,s.,ro
li = l o -,-- rlt = -;. }o /(1)2.r/1
data da instalação (ver Quadro 13 .4) e expressos em ,., ,,, (13.50)
uma dada unidade n,onetária u, pode·se escrever:
O custo das perdas de energia no primeiro ano (Cn,>
C=C,+C, (13.46) será, da Expressão 13.48
onde:
Cm = 1, · R · I · 11 · H · e X 10- .1 (13.51)
• e, é o custo do comprimento instalado de linha (1t). sendo o custo da energia (ufkWh).
• C, é o custo das perdas Joule durante uma vida de N O custo da capacidade adicional para prover as per-
anos, en1 valores atuais (11).
das será, no primeiro ano
" J - ,"' Por sua vez, a resistência R(S) pode ser dada pela
Q= í: l-1= - - (13.55) expressão
/=I 1. - r
sendo
R(S) = ±· P'11J • B [I + a o(O., - 20)]
2
(13 .63)
sendo
cabos. (13.65)
Adotando um modelo linear para o custo inicial e
considerando o tipo de cabo e a instalação, pode-se Cada seção de um cabo possui uma 'faixa eco·
escrever nôn,ica' de correntes para unia dada condição de insta-
lação. O limite superior de corrente para uma dada
C1(S) = l(F + GS) (13.61 ) seção é o limite de corrente 1>ara a seção imediatamente
superior. Assim, considerando a Expressão 13 .59, pode-
sendo se escrever
•
•
G o componente variável do custo relacionado com
a seção do cabo (u/km.mm').
F o com1>0nen1e constante do custo, não afetado
J
M
=J C,-C11
M · (R, - R)
X10~ (13 .66)
,....-,
Perdas de energia Pe kWh - Idem
Corren1e ,náxirna durante o l o ano A A -
Resistência CA de unt condutor por unidade '"'ii
de con1pri1nen10
O/km R 0/m -
Con1prin1ento da linha I kn1 I m -
Núntero e condutores-fase pior ciruito - - N,, - -
Nún1ero de circuitos con1 a 1nes1na corrente - - N, - -
Níintero de condutore.<;-fase da linha li - - - 11 ::: 1\1,. X Nr
Tc1npo de operação con1 perda n1áxhna H h T h -
•e -
Temperatura de operação do condutor
·1e 1nperatur.1 n1áxi1n.:, p,ira serviço contínuo
º·o, 'C
º·- 'C
- -
Tc.1nperatura an1bicnte
º· •e o, 'C -
Corrente variável (valor eficaz) /(t) A /(1) A -
Cus-rode c1,ergia u/k\Vh p u/Wh -
Custo anual de de1nanda ,,' u/W.ano D 1
u/\\ .aoo -
Variável auxiliar Q - Q - Definida em (9)
Taxa anual de juros 1
,.
% i
,.
% -
Variável :.,uxiliar - - Definida e,n ( 11)
Aun1e1lto anual de carga a % a % -
Au1nento anual de energia b % b % -
Variável auxiliar M u/kW F u/W -
Co111ponente variável do custo relacionado
com a seção do cabo
G u/1n.m1n~ A - -
Componente o <:usto não áfetado 1>ela seção
do cobo
F
" e u -
Preço dos cabos da linha e res1>ectivn
instalação
p u/km - - -
Resistividade p fl.n1ni1Jkn1 p n.,n -
Coeficien1e de ternperatur.l a 'C''
"s
,ç·• -
Seção nominal s n1n12 111012 Índice E pnro n seção econô1ni·
Variável auxiliar 8 - IJ - ca Definida por (19)
Fatores de perdas dos condutores ys. )'/J - )'S, )'/1 -
Fa1ores de 1>erdas na blindagc,n e na annação
dos cabos
Ài, À: - À,. ,1, -
SU$W ü
Copirulo 13 • Dimensionamentos 4 15
Linha triíásica subterrânea constituída por um cabo M = 3(2.250 X 60,9 X 10- 3 + 3) X Z3,08l
tripolar de cobre com isolação ele EPR, 6/1 O kV, sendo 1 + ....?_
100
dados:
• Comprimento ela linha: / = 500 m = 0,5 km. = 9.234,04 u/kW
• Corrente máxi1na no primeiro ano: IJ, e 160 A.
(b) Cálculo das 'faixas econômicas' das diversas seções
• Tem1>era1ura ambiente: O, = 20 ºC. non1inais:
• Preços dos cabos e de sua instalação (valores íictí·
• Da Expressão 13 .49
cios) (em u/m): na Tabela 13.9.
• Vida econôn1ica considerada para o cabo: N = 30 90 - 20
o,,. = + 20 = 43,3 •e
anos. 3
• Tem1>0 de operação con, perda máxin,a: 11 m • Da Expressão 13.63
2.250 h/ano. - 1
• Custo da energia ao íim do pri1neiro ano: e= 60,9 R(S) u
5 x 18,35X 1,023(1 + 3,93x 10-'(43.3 - 20) )
X 1O" u/kWh.
• Custo da demanda: d= 3,0 ulkW ano. = Sl X 20,491
• Aumento anual de carga: a = 0,5% ano.
• Aumento anual do custo da energia: b ~ 2,0%. • Das expressôes 13.66 e 13.67, utilizando os valo-
• Taxa anual de juros: t = 5,0º/o. res de R(S) e os custos fictícios anteriormente
(a) Cálculo das grandezas auxiliares: indicados, obtêm-se as faixas de correntes indica-
• Da Expressão 13.56 das na Tabela 13.10.
Para a corrente indicada ele 160 A, a seção indica-
o.sxl + ~)
(l + 100 200
da ser.í, pela Tabela 13.8, de 185 mm' .
(c) Cálculo pela Expressão 13.65:
r= = 0,98 117 • Da Expressão 13 .62, considerando as seções 150
5
l +- e 185 mm2, obtém-se
100
• Da Express.io 13.55 ( 45,96 - 42,00) x 1(P
G= _ - 113.14 u/km .mm2
185 150
1 - 098117'.lO
Q = 1 - 0,98117 23,081 • Da Expressão 13.65
l
.SH= , X 1602 X 9234 X 1$,35 X 1,023[1 + 3,93 X 10- 3(43,3 - 20) X 10-3]
113 14
S 11 = 207 mm2
SU$W li
_1 /N· e (1 - 0,037.v)
• Da Expressão 13.72
S" - l.S4 ', G' (13.74) -; 1 - 0,93710 .,
M • :l X 2.250 X 36 X 10 X 0.06 S • 2.534 US,, kW
9
fazendo • Da Expressão 13.75
e,,= 2,66
vii (13.75) e,, = J&o -o,os6
2.250
e • Da Expressão 13.76
e,, = o,69
' V I - 0,937"'
(1 3.76) C.v = vô,69 = 0,809
VI - 0,9372º
virá, da Expressão 13.74 (b) Cálculo da seção econômica
• Da Expressão 13.77, adotando para G' o valor
25 3.169 9.507 -
35 4.308 12.924 114
50 5.969 17.907 t li
70 8.256 24.768 t 14
95 11.209 33.627 11 8
120 13.976 4 1.928 111
150 17.470 52.4 10 116
185 21.546 64.638 116
240 28.964 86.892 135
No1a:
1. Tli.'$ c:tbos.
SU$W ü
41 8 lnslalações elétricos
EXERCÍCIOS
1. Quais são as características das cargas industriais e sinli lares consideradas na NBR 5410 para dimensionan1ento
dos circuitos terminais?
2. Quais são as características das cargas residenciais e comerciais consideradas na NBR 541 O para dimensionamen-
to dos circuitos terminais?
3. Quais são as três configurações clássicas para a ligação de equipamentos a motor?
4. No caso de partida de motores mais suaves, quais são os três métodos ele partida mais utilizados?
S. Quais são as vantagens e desvantagens da chave estrela.triângulo?
6. Quais são as vantagens e desvantagens da chave compensadora?
7. Qual é o limite da queda de tensão nos terminais cio dispositivo de partida durante a J)<lrtida ele um motor?
8. Quais são os dispositivos específicos para 1>roteção contra curto-circuito?
9. Quais são as etapas para o dimensionamento de um circuito de uma instalação de baixa tensão, circuito de dis-
tribuição ou circuito terminal, incluindo a determinação da seção dos condutores, a escolha da(s) proteç.io(ões)
contra sobrecorrentes e, eventualmente, o dimensionamento cio conduto que conterá os condutores?
1O. Quais são os critérios para escolha da proteção contra correntes de sobrecarga e contra correntes de curto-circui-
to de disjuntores ele baixa tensão?
SU$W ü
14
midores que apresentassem valores médios mensais de a definição do fator de potência incorpora não só as
fator de potência menores que um valor fixo definido, componentes de 60 Hz, mas também as outras freqüên·
inicialmente de 65 por cento. cias eventualn1ente presentes no sisten1a,. os novos n1ecli·
A mudança desse valor para 92 por cento ocorreu dores eletrônicos implementados para atender à portaria
juntamente com a mudança cio período ele medição para (atual ANEEL 456) de e11ergia reativa podem considerar,
média horária, conseguindo-se assim um grau bem indiretamente, o incremento do 'consun10 de energia
maior de sofisticação de avaliação, graças aos medidores reativa' na presença de cargas distorcidas. Isto é, as car-
eletrônicos que chegavam ao nlercado. Essa n1udança, gas distorcidas consideradas pelo novo sistema de medi-
que ocorreu no Brasil na primeira metade ela década de ção acabam por reduzir o fator de potência em relação
1990, seguiu urna tendência mundial e trouxe a necessí· ao conceito anteriorn1ente empregado no uso dos medi-
dade ele ajuste fino da injeção de reativos, pois diversas dores eletromec.inicos, ou mesmo de eletrônicos de pri·
instalações que estavam incólumes ao critério anterior meira geração, nos quais son1ente a componente funda·
passaram a ser consideradas na cobrança da multa. mental (60 ~lz) era considerada.
O que se observou, então, foi uma ve-rcfadeira corrida
pela adequação cio fator de potência aos novos níveis e
padrões estipulados. Consumidores desavisados assistiam 14.2 Aspectos conceituais
às falhas de seus capacitores, e nem sempre descobriam
as causas e as soluções para os problemas. Definições
Entre outras mudanças, o que era tratado como •multa Em qualquer instalação alimentada em corre11te alter·
por fator de potência# passou a ser tratado como "tarifação nada, a energia elétrica absorvida pela carga pode ser
de energia reativa excedente" ou outras tern1inologias decomposta em:
si1nilares. Muitas dessas expressões ainda não foram absor-
viclas até hoje pelos consumidores, que 1><1gam as contas • Energia aciv,,, medida em kWh, transformada em
de energia sem as entender e analisar adequadamente, em energia n1ecânica, em calor ou em outra n1odalidacfe.
todos os seus aspectos. A relação entre a energia ativa consumida em um
Alguns consumidores consideram o 'faturamento de intervalo de tempo e esse próprio período é definida
energia reativa' como uma cobrança normal, tal qual a como a demanda média, ou simplesmente a deman-
energia ativa, sem a mínin1a idéia de seu potencial em da de energi<1 ativa, ou, ainda, a potência aava desse
'gerar' sua prói>ria energia reativa con1 a correta aplicação intervalo (medida em kW). A potência ativa ou
de ca1><1eitores. Outros consumidores ainda absorvem tais demanda costuma ser representada 1>ela letra P.
custos, pois consideram equivocadamente a inexistência • Energia reaciv,,, medida em kvarh, necessária à exci·
de tecnologia para adequação do fator de potência e taç.io magnética dos equipamentos indutivos (moto-
compensação reativa da instalação. Cansados de observar res, transformadores etc.). Analogamente, a demanda
sistemas simplesmente explodirem, com fortes implica· de energia ativa, que é obtida 1>ela relação entre a
ções na produção, eles se permitem arcar com os custos energia reativa e o período em que foi consumida,
de uma energia mais cara, a fim de preservar a capaci· define a demanda de energia reativa, ou potênci,1
dade de produção. reativ;, média do intervalo (medida em kvar). A po-
Por outro lado, nem todas as concessionárias alertam tência reativa é representada pela letra Q.
e orientam seus consun1idores para a situação, infonnan· A potência apareme, medida em kVA (quilo volt
do sobre a possibilidade de evitar o faturamento adicio- ampere), é representada pela letra S, sendo definida
nal de forma adequada e, ainda, com ganhos técnicos. como o produto das correntes e tensões eficazes:
É muito importante observar que, para a escolha da
metodologia e do projeto de compensação de energia S = U 1, X / 1• (14.1)
reativa, o perfil ele carga da instalação deve ser consi- onde:
derado cuidadosa,nente, pois a simples análise do fator
• U L = tensão de linha;
de potência médio induzirá, na n1aioria dos casos, à
• 11• = corrente de linha .
escolha de solução inadequada. Esse perfil de carga
pode ser obtido com o uso de instrumento adequado Em um sistema trifásico,
pelo próprio consumidor, ou, em muitos casos, pode (14.2)
ser solicitado às concessionárias, que gera lmente S= V3 X U 1, X Ir.
cobram por esse serviço. O fator ele potência é definido pela relação das
Outra discussfo pertinente refere-se à própria legisla· potências ativa e aparente:
ção, que sen1pre utiliza o termo l.1tor ele potência, sen1
p
nenhuma referência às componentes harmônicas. Como FP= - (14.3)
S
SU$W ü
·~ p
Figura 14.1 • Triângulo das potências (válido openos
Q --------- S'
,,
I I
I
14.3 Razões do baixo tivas), tiveram essa condição alterada ao longo do tempo,
graças à presença de, por exemplo, sistemas de controle
fator de potência e de potência no próprio chuveiro (que podem reduzir o
comportamento das instalações fator de potência) e sistemas de iluminação fluorescentes
também com baixo fator de potência (notadamente as
O baixo fator de potência das instalações pode advir
lâmpadas fluorescentes compactas). As bombas, eleva-
de diversas causas, sendo estas as principais: dores e sistemas de ar condicionado, também presentes
• Motores de induçáo operando em vazio ou sobre- nas instalações prediais (de uso residencial), são cargas
carregados: tais motores consomem praticamente a que merecem atenção do ponto de vista de baixo fator
1nesma energia reativa,. quer operando em vazio, de potência.
quer operando à plena carga. A energia ativa, entre- Nos prédios con1erciais, como edifícios de escritórios
tanto, é diretamente proporcional à carga mecânica e corporativos, shoppings centers, hospitais, agências
aplicada ao eixo do motor. Nessas condições, quan· bancárias, supermercados e centros de processamento
to n1enor a carga, n1enor a energia ativa consumida e de dados (data centers), devido à forte presença de car·
menor o fator de potência. gas de sisten1as de resfriamento e ar condicionado, bon1·
• Transformadores operando em vazio ou com peque· bas, sistemas de transporte vertical (elevadores, escadas
nas cargc1s: analogamente aos n1otores, os transíor· rolantes, monta cargas), iluminações fluorescentes, UPSs
,nadores,. quando superdi1nensionados para a carga (Uninterruptible Power Supply), cargas de tecnologia de
que devem alimentar, consomem uma quaniidade inforn,ação e outras, o fator ele potência merece atenção,
de energia reativa relativamente grande, se compara- pois essas cargas possuem forte característica indutiva.
da à energia ativa, dando origem a um fator de Nas indústrias, a situação não é diferente. Há alto
potência baixo. consumo de energia realiva pelas cargas típicas indus ..
• Uimpadas de descarga: as lâmpadas de descarga triais, como as injetoras, extrusoras, fornos de indução
(vapor de mercúrio, vapor de sódio, fluorescentes ou a arco, sistemas de solda, prensas, guindastes,
etc.) necessitam do auxílio de um reator para funcio- monta-cargas e ponte rolantes, bombas, compressores,
nar. Os reatores n1agnéticos, co1no os motores e os ventiladores, tornos, retíficas, sistemas de galvanoplastia
transíorn1adores, possuem bobinas que conson1en1 e eletrólise, entre tantos outros.
energia reativa, contribuindo para a redução do fator
de potência. O uso de reatores compensados (com
alto fator de potência) pode contornar o problema.
14.4 Compensação
Os reatores eletrônicos, de boa procedência e espe- da energia reativa
cificação, apresentam um bom comportamento rela-
tivo ao fator de potência, alguns até próximos de Princípio
100%.
A elevação, ou adequação, do íator de potência é
• Grande quantidade de motores de pequena potên·
realizada com a instalação de sistemas de compensação
eia: a grande quantidade de motores de pequena
potência provoca, muitas vezes, um baixo fator de de energia reativa compostos por capacitores, também
potência, pois o correto dimensionamento de tais chamado de bancos de capacitores, em ligação em para·
motores em funç.:lo elas n1áquinas a eles acopladas leio (tipo sl>unt) conectado no mesmo ponto da carga ou
pode apresentar dificuldades. por motores síncronos superexcitados. A determinação
• Tensão achna da nominal: a potência reativa é, apro~ da potência reativa dessa instalação adicional pode ser
ximadan1ente, proporcional ao quadrado da tensão feita com o auxílio das expressões utilizadas nas defini·
aplicada; já no caso dos motores de induçlío, a çôes do 'triângulo ou tetraedro das potências'.
potência ativa só depende_, pratica,nente, da carga A resposta ao problema é definir quanto de potência
reativa (Q) injetar, de modo a compe11sar a potência rea-
mecânica aplicada ao eixo do motor. Assim, quanto
maior a tensão aplicada aos motores, maior a energia tiva consumida pela carga. A convenção de sinal adotada
reativa consumida e menor o fator de potência. para a potência reativa, considera a potência consumida
pela carga com sinal positivo e aquela injetada pelos
De modo geral, o comportamento do fator de potên- capacitores com sinal negativo.
cia nas instalações elétricas vari.J conforn1e a atividade e Outra possibilidade de injeção de energia reativa é o
o tipo das cargas. Instalações residenciais, que outrora uso de motores síncronos superexcitados, que possuem
possuíam comportamento com fator de potência próxi· a possibilidade de injetar maior volume de energia reati·
mo da unidade, em função da maciça presença de chu- va que seu consumo próprio e podem ser um bom recur-
veiros elétricos e lâmpadas incandescentes (cargas resis- so nas instalações industriais de grande porte.
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L .. -··-··-.. -··-··-.. J
Possibilidade de localização dos cnpacitores (bancos) cnt u111a instalação elétrica
Figura 14.4 • Possibilidades de locolizoçõo dos copocitores (bancos) em vmo instoloçõo elétrico
tes circuitos ele distribuição (principais) que partem do A localização dos capacitares em um quadro de dis·
quadro geral. tribuição divisionário representa uma solução internle-
Haverá necessidade, nesse caso, de instalar-se um diária entre as d~1as anteriores, sendo indicada quando
dispositivo ele manobra que permita desliga, os capaci· um ou mais dos circuitos de distribuição principais ali·
tores quando a instalação cessar suas atividades diárias. mentam quadros em que estão ligadas muitas cargas de
Do contrário, poderão ocorrer sobretensões indesejáveis pequeno porte, para as quais não se justifica a compen-
na instalação, além das já citadas cobranças ele reativos sação individual.
capacitivos no período da madrugada.
Essa solução, com a utilização de fatores de deman- ções pode resultar em economia na quantidade de capa-
da adequados, pode proporcionar uma economia razoá· çitores a instalar.
vel (embora, geralmente, menor que a do caso anterior). Em instalações que possuam equipamentos cujas
Com ela, haverá, além da liberação de carga no transforma· potências absorvidas sejam variáveis e extremamente
dor, a redução de perda nos circuitos de distribuição que variáveis e cujas variações possam levar o fator de potên-
alimentam quadros onde estejam ligados os capacitores. cia a valores indesejáveis, justifica-se a utilização da
A localização dos capacitores no lado da média ou alta compens<1çlío automática, aplicada globalmente ou a
tensão é uma solução usada em instalações de grande setores da instalação, conforme o caso.
porte em que grandes volumes de energia reativa são A forma de ligação dos capacitares nos diversos pon-
compensados próximos li entrada da concessionária. tos da instalação definirá como a injeção da energia rea-
Apesar de economicamente interessante, essa solução tiva será efetuada. Os capacitares podem ser constituí-
não proporciona liberação de capacidade no transforma- dos por células (ou bancos) fixas(os), automáticas(os)
dor nem redução de perdas, além de exigir a uti lização (con1 manobra eletron1ecãnica O\J estática) ou sen1i-auto-
de um dispositivo de manobra e proteç.ío de alta tensão máticas(os). conforme descrito a seguir.
para os capacitares, muito embora o preço por kvar cios (a) Banco fixo:
capacitares seja menor para tensões mais elevadas. Os capacitares são instalados junto das cargas, ligados
Necessariamente, essa instalação somente é viabilizada diretamenle aos barramentos, podendo ainda ser instala-
quando a medição de energia pela concessionária é feita dos no primário das instalações alin1entadas em média ou
em alta tensão a montante do banco de capacitares. alta tensão. A injeção ele energia reativa é fixa, indepen-
Geralmente, essa solução só é utilizada em instalações de da carga e tem como principais características:
de grande porte, com várias subestações transformado- • Baixo custo.
ras. Nessas condições, a diversidade entre as subesta- • Impossibilidade de controle.
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Figura 14.6 • Compensação estático lempo real em sistemas de solda o ponto (Fanle: Elspec Ltd.}
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Figura 14.7 • Regislro de Rickcr, cousoclo por conwmo instantâneo de energia reativa (Fonte: Ação Engenharia e
Insta lações.}
Figura 14.8 • Modelo elétrico de copacilor in>tolodo em Portanto, capacitares preexistentes em uma instala-
rede com harmônicos ção, especificados apenas de acordo com a tensão
nominal do sistema, não poderão ser reaproveitados
ZLO na construção de um novo sistema anti-ressonante para
a mesn1a instalação.
Zn:de
EXEMPLO
tt
Capacitar trifásico de 40 kvar - 480V, com impe-
dância total trifásica de 5,76 n e capacitãncia total ele
462 µ.F (3 x 154 µ.F). Para a instalação de capacita r
Figura 14.9 • Modelo elétrico de conjunto copocitor/rea·
de forma anti-ressonante com reator de p = 7 por cento
tor inserido em rede com honnônicos em rede 440 V, teremos a seguinte situação:
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Prensas 1-lidráulicttS
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Figura 14. 1O • Comportamento dos variáveis elétricas de transformador que a limento prensas com cons.umo instantâneo
de energia realiva - período de integração: 1 ciclo (Fonte: Ação Engenharia e ln,talaçõe. Ltda.)
EXERCÍCIOS
4. Qual a expressão que pern,ite determinar o valor da potência reativa do banco de capacit_ores para realizar a cor·
reção do fator ele potência em função da potência ativa da carga e dos valores dos ângulos entre tensão e corren-
te, antes e depois da correção?
5. Quais são os métodos para aumentar o fator de potência?
6. Quais são as principais características das instalações de bancos de capacitores fixos?
7. Quais são as principais características das instalações de bancos de capacitores semi-automáticos?
8. Quais são os pri ncipais cuidados que devem ser tornados em instalações de bancos ele capacitores automáticos
acionados por contatores?
9. Quais as principais características do sistema de compensação estática?
1O. Quais são as soluções para os casos em que possa existir ressonância devido ao foto de a freqüência de ressonân-
cia forn,ada pelo conjunto das impedâncias da rede e dos capacitores ficar próxima da freqüência de un1a das
correntes típicas cio espectro harmônico da carga?
SU$W ü
15
Instalações de segurança
e de reserva
das por falha de fonte normal. Observe que o local de 15.5 Circuitos de segurança
instalação das fontes deve ser suficientemente ventilado,
de maneira a evitar que gases ou fun1os delas provenien·
tes possam penetrar em áreas ocu1>adas por pessoas. Generalidades
Uma fonte de segurança só pode ser utilizada para
Nas instalações ele segurança, os circuitos, tanto os
outros serviços que não os de segurança se is.so não
ele distribuição quanto os tenninais, são independentes
comprometer sua disponibilidade para os serviços de
dos circuitos 'normais' da instalação. Isso significa que
segurança. Em um equipamento alimentado por dois cir-
nenhuma falta, intervenção ou n1oclificação em circuito
cuitos distintos (normal e segurança), uma falta em um
não pertencente aos serviços de segurança deve afetar o
dos circuitos não eleve prejudicar a proteção contra cho-
funcioi,amento elo(s) circuito(s) dos serviços de seguran-
ques elétricos nem o funciont1mento correto do outro
ça. Para tanto, pode ser necessário separar os circuitos
circuito. Além disso, qualquer falta ou perturbação que
dos serviços ele segurança dos demais circuitos, median-
venha a ocorrer em circuito não d~tin.ado a alimentar
te materiais resistentes ao fogo, condutos e/ou percursos
serviços de segurança não deve provocar a abertura de
distintos.
nenhum circuito que alimente serviços de segurança. En1
No caso de equipamentos alimentados individual-
situações de eme'l,>ência, e quando o serviço de seguran-
ça envolvido assim exigir, pode ser necessário o desliga- mente por baterias autônomas, a alimentação para carga
mento automático de cargas não vinculadas a serviços da bateria autônon1a não precisa ser independente da
de segurança. alimentação de outros circuitos. Entende-se por bateria
autônon,a o conjunto constituído de bateria isenta ele
manutenção, carregador e dispositivo de teste.
1 5,4 Classificação das alimentações Os circuitos de segurança podem, em princípio, ser
de segurança instalados ele todas as maneiras normalizadas, obede-
cendo a todas as prescrições relativas aos circuitos nor·
As alimentações elas instalações de segurança, segun- mais de uma instalação. Seus componentes devem ser
do a NBR 541O, podem ser: dispostos de modo a facilitar os ensaios, a inspeção e a
• Não-automáticas: quando sua ligação é realizada por manutenção r>eriódicos.
um operador. As linhas elétricas com circuitos ele serviços de segu-
• Automáticas: quando sua ligação não depende da rança não devem atravessar locais com riscos de incên·
intervenç.'io ele um operador. dio (BE2), a menos que elas sejam resistentes ao fogo. As
linhas não devem atravessar, em nenhuma hipótese,
Preferencialmente, as instalações ele segurança locais com riscos de explosão (8E3).
devem ser alimentadas automaticamente.
As alimentações automáticas podem ser classificadas
em função da duração da comutação, como:
Cabos para circuitos de segurança
Os cabos elétricos devem ser considerados compo-
• Sem interrupç.lo: quando a alimentação pode ser ga- nentes críticos de uma instalação de segurança, uma vez
rantida de modo contínuo, nas condições especifica- que são os responsáveis pela detecção e sinalizaç.'io (ali-
das durante o período de transição, por exemplo, no
mentando detectores de fogo e fumaça, alarmes etc.),
que diz respeito às variações de tensão e freqüência. bem como 1>elo acionamento dos equipamentos ele
• Com interrupção muito breve: quando a alimentação
segurança (bombas de incêndio, ilumi nação de seguran-
fica indisponível em até O, 15 segundo.
ça etc.).
• Com interrupção breve: quando a alimentação fica
Os cabos para circuitos de segurança (ver Seção 5.8,
indisponível em até 0,5 segundo.
em "Cabos para circuitos de segurança") devem suportar
• Com interrupção média: quando a alimentação fica
os efeitos da exposição ao fogo por um tempo adequado
indisponível em, no máxin10, 15 segundos.
sem perder suas propriedades elétricas.
• Com interrupção longa: quando o tempo de comuta-
ção é superior a 15 segundos.
Proteções
Para os serviços de segurança destinados a funcionar
em condições de incêndio (bomba de incêndio, ilumina- No que diz respeito às proteções contra contatos
ção ele emergência etc.), deve-se selecionar uma fonte indiretos, as instalações ele segurança devem atender ao
ele segurança que possa manter a alimentaç.lo pelo tem- esquema IT, isto é, não deve haver seccionamento quan·
po adequado, e todos os componentes do sistema devem cio ocorrer uma primeira falta íase·niassa. No entanto,
apresentar adequada resistência ao fogo, seja conwuti- devem ser utilizados dispositivos de controle de falha do
vamente, seja por meio de disposições equivalentes isolamento que produzam uma indicação sonora e vi-
quando de sua instalação. sual por ocasião da primeira falta.
SU$W ü
Os circuitos de segurança, sejam elés de distribuição No que se refere à proteção contra choques elétricos,
ou terminais, devem ser protegidos contra corrente de a parte da instalação representada pelos serviços de
curto·circuito. No entanto, tendo ern vista principalmen- segurança (fontes, linhas e equipamentos alimentados)
te as características dos cabos e a natureza elo serviço, a deve ser, preferencialmente, objeto de medida que não
proteção contra correntes de sobrecarga pode ser omiti· in1plique seccionamento automático da alin1entação na
da, por exemplo, se a 1>erda da alimentaç,10 representar ocorrência de uma falta. Se os serviços de segurança
um perigo maior. forem concebidos, eletricamente, como um esquema IT,
Os dispositivos de proteção contra sobrecorrente o conjunto deve ser provido de dispositivo supervisor de
devem ser selecionados e inst.alados de modo a evitar isolamento (DSI).
que a sobrecorrente em um circuito prejudique o funcio· Os dispositivos de proteção, manobra e controle,
namento correto dos demais circuitos dos serviços de incluindo os controles da ilun1inação de en1ergência,
segurança. deven1ser claran1ente identiíicaclos e acessíveis apenas a
A proteção contra curtos-circuitos deve ser sempre pessoas advertidas ou qualificadas (BA4 ou BAS).
garantida, exceto nos casos dispensados pela legislação.
EXERCÍCIOS
1. Em quais tipos de prédios o restabelecimento de energia de serviços essenciais à segurança das pessoas deve ser
leito, no caso de falta de energia elétrica?
2. Em quais setores cios hospitais os tempos ele interru1:,ção toleráveis são extremamente curtos?
3. Quais são as principais normas de instalações elétricas que tratanl de instalações de segurança e de reserva?
4. Qual é a definição de sistema de alimentaç.'io elétrica para serviços de segurança?
s. Apresente alguns exemplos de serviços ele segurança.
6. Que elementos compõem uma instalação de serviços de segurança?
7. Quais fontes podem ser utilizadas em instalações de segurança e de reserva?
8. Como podem ser classificadas as alimentações automáticas, em função da duração da comutação?
9. Que tipos de locais as linhas elétricas com circuitos de serviços de segurança não devem atravessar?
1 O. Quanto às proteções contra contatos indiretos, as instalações de seguranç,, devem atender a qual esquema de
aterramento?
SU$W ü
16
Luminotécnica
O íluxo (ou potência) radiante é a potência emitida, Fluxo luminoso {<~) é uma grandeza derivada do fluxo
transferida ou recebida em forma de radiação, sendo radiante pela avaliação da radiação, de acordo com a sua
medidoemW. ClÇâO sobre um recept<>r seletivo, cuja sensibilidade
A luz {ou 'radiação visível') pode ser definida como espectral é definida pelas curvas de eficácia espectral
a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sen- padrão CIE (Comissão Internacional de ilumi nação).
sação visual. é a radiação eletromagnética compreendi- É entendido como a quantidade total de luz emitida por
da em uma faixa de comprimentos de onda cujos l imi- segundo por uma fonte luminosa, sendo medido em
tes, ainda não perfeitamente definidos, são ger<1lmente lumens (lm). Um lúmen (1 lm) corresponde à quantidade
considerados entre 380 e 400 nanômetros (nm), como de luz produzida em 1 segundo por uma radiação
limite inferior, e 760 e 780 nanômetros, como limite eletromagnética com X = 555 nm e fluxo radiante de
superior. 1/680 W.
O espectro visível pode ser dividido em um certo Eficácia luminosa {de uma radiação) é a razão do
número de faixas de compri mento de onda, cada uma fluxo luminoso para o fluxo radiante correspondente. O
causando no olho humano uma impressão de cor. São tern10 'eíicácia' foi adotado lh"IJa indicar a qualidade de
elas: uma radiação de ser eíicaz quanto à possibilidade de pro·
• 380 a 436 nm: violeta; duzir uma sensação lu1ninosa, não devendo ser confundi-
• 436 a 495 nm: azul; da com eficiência. A eficiência para as lâmpadas (elétric-
1. Definições de acordoco,n a NOR 5461. 2. Os prctixQS ··uttr:,.. e "infra.. C;St.1lo rcl:;1cion.,dos- à froqOência.
SU$W ü
as) é dada pela razão do lluxo luminoso produzido para a recomendados de iluminamento (médio), de acordo com
potência elétrica consumida, sendo indicada em lm/W. a N6R 5413.
A intensidade luminosa (1) de uma fonte em uma Uma lun,inária é um aparelho que distribui_, dire,.
direção dada é o lin,ite da razão do fluxo luminoso no ciona, filtra ou converte a luz en1itida por un,a ou mais
interior de um ângulo sólido' cujo eixo é a direção con- lâmpadas e que contém todos os dispositivos necessários
siderada para esse ângulo sólido quando tende para zero para fixar e proteger essas lâmpadas e para ligá-las ao cir-
r
(Figura 1 6 .1 ). medida em candeias (cd), sendo que 1 cd cuito ele alimentação.
corresponde à intensidade luminosa de uma fonte esféri· São considerados rec1uisitos bc:ísicos de un'la luminária:
ca com en1issão uniíorn1e en, todas as direções, que • Proporcionar suporte e conexão elétrica para a(s) lãm-
emite um fluxo total de 12,56 lm. Pode-se escrever: pada(s).
. ti. <l> d•~ • Controlar e distribuir o fluxo luminoso proveniente
I = ;A~. Ml = dfl (16.2)
•
da(s) lâmpada(s).
Manter a temperatura de operação da(s) lâmpada(s)
A íluminância ou iluminamento (E) é o limite da dentro de limites prefixados.
razão do fluxo luminoso recebido por uma superfície, • Permitir uma instalação fácil da(s) lâmpada(s) e de ou-
en, torno de un, ponto considerado, para a área dessa tros equipamentos (se for o caso).
superfície (Figura 16.1). É medida em lux (lx), observan· • Permitir fácil n1anutenção.
do-se que 1 lx é a iluminância de uma superfície de 1 m2
• Ser adequada ao an, biente, quanto a aparência e
sobre a qual incide um fluxo luminoso ele 1 lm. Pode-se influências externas.
escrever:
• Se metálica, permitir fácil ligação do condutor ele
âtf-> d<J> proteção.
E = lim
.is~o
--=-
as dS (16.3)
• Absorver o mínimo de fluxo luminoso produzido
pela(s) lâmpada(s).
A iluminância (iluminamento) ele ambientes de tra- O termo "aparelho de iluminaç.10• é muitas vezes
balho costuma ser definida em termos de iluminância usado como sinônin10 de "luminária".
média no plano de trabalho (Em), sendo este um plano Uma parte cio fluxo luminoso emitido por uma lâm-
horizontal imaginário acima do piso, com uma altura pada é absorvida pela lurninária e não contribui para a
variando de 0,75 a I m, cobrindo a área total. A ilu- iluminaç.'io do ambiente. O fluxo restante é irradiado
minância média é calculada por parcialmente para cima e parcialmente para baixo, ou
tJ~T seja, por cima e por baixo do nível de um plano hori-
/!"' ;:::; T.71·11 (16.4) zontal que passa pelo centro da lun,inária, como mostra
a Figura 16.2. A parte ela luz irradiada diretamente para
onde </>7 é o lluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas o plano de trabalho é a que mais contribui para o ilumi·
(lm), Sé a área cio plano de trabalho (m2), 1J é o " fator de namento. Apenas uma parte da luz irradiada para o teto
utilização" e d é o " fator de depreciação". A Tabela 16.1 e paredes atinge esse plano, muitas vezes, após várias
apresenta, em função cio tipo de atividade, os valores reílexões. O fator de utilização (11) é a razão do fluxo útil,
1
1
h:
...... 1
1
··.... ······....
...........
1
. ....' 1
--· 1
3. Âng1.1lo sólido é <> ângulo subemendido n<> centro de u1na esfern por
tuna áre:t na sua superfície.
SU$W ü
Plano de
trabalho
isto é, aquele que incide efetivamente sobre o plano de u111 certo período de uso da iluminação, para o ilumina-
trabalho, para o fluxo total emitido. mento médio obtido nas mesmas condições, com a illsta-
O fator de utilização depende: laç.,o nova. Esse fator leva em consideração o fato de
• Da distribuição de luz da lun,inária. que, com o decorrer do te111po, haverá acumulação ele
• Do rendimento da luminária, entendido como a poeira nos aparelhos de iluminação, o teto e as paredes
razão do fluxo emitido para a soma dos fluxos (indi- ficarão sujos, e as lâmpadas fornecerão menor quanti-
viduais) das lâmpadas. dade de luz. Alguns desses problemas pode111 ser elimina·
• Da reflexão do teto, paredes e plano de trabalho (ou cios ou an1enizados por n1eio de mi'tnutenção periódica,
piso). sendo que, na prática, pode111 ser adotados os valores
indicados na Tabela 16.2. Os fabricantes fornecem, para
• Do fator do local (K), função das dimensões do ambi-
ente e definido por cada conjunto de luminárias, os fatores de utilização
e depreciação.
K=-1-·_b_ (16.5)
h.,(l + b)
16.2 Tipos de lâmpadas4
Onde:
• I = cornprin1ento do local; Lâmpadas incandescentes
• b = largura do local;
As principais partes de unia lâmJ>ada incandescente
• h., = altura de montagem da luminária (distância da
são o filamento, o bulbo, o gás e a base, como mostra a
fonte de luz ao plano de trabalho) (ver Figura 16.2);
Figura 16.3.
• Da distribuição das luminárias no ambiente.
O fator ele depreciação (d) pode ser definido co1110 a 4, Co,n b:t$e na publkaçtio N(J(Qrs b6slc,,s ,I<· l/11,11/,u1t·1io da rhilips
razão do iluminamento médio no plano de trabalho, após llu1nin.1ção.
SU$W li
elétrica em um gás ou vapor ionizado, às vezes em com· é eletricamente ligado à base da lâmpada através de uma
binação com a lu,ninescência de fósforos, que são exci- ligação hermética.
tados pela radiação da descarga. Lâmpadas de descarga A base pode ser do tipo rosca ou baioneta, servindo
geralmente não podem ser operadas sem um dispositivo para ligar a lâmpada ao receptáculo.
de limitação da corrente, ou reator, ligado no circuito da Exceto no caso da lâmpada fluorescente tubular, o
lâmpada. tubo de descarga é colocado em um bulbo externo. Esse
As partes principais de uma lâmpad;:i de descarga, bulbo serve para proteger o tubo ele descarga contra
como a lâmpada de mercúrio de alta pressão, são mo- influências externas. Para essa finalidade, ele é preenchi-
stradas na Figura 16.4. do com um gás inerte (nitrogênio) ou é mantido a vácuo.
O tubo no qual a descarga elét.rica se manifesta tem, O bullx> poderá ser internamente coberto com un1a ec1ma..
geralmente, a forma cilíndrica. Em lâmpadas fluores- da difusa ou com uma camada de fósforo para melhorar a
centes tubulares (ou mercúrio de baixa pressão), esse reprodução de cor. Ele absorve a radiação ultravioleta
tubo é feito de vidro alcalino-silicato transparente. Em emitida por diversos tipos de lâmpadas. Algumas fonnas
lâ1npadas de n,ercúrio de alta pressão, é usado quartzo típicas de bulbos são apresentadas na Figura 16.5.
ou sílica. Nas lâmpadas de sódio de baixa pressão, é As lâmpadas de descarga são operadas juntamente
usado um tubo de vidro alcalino forrado internamente com um reator, cuja principal função é limitar a cor-
com vidro borosilicato resistente ao sódio; para sódio rente na lâmpada ao valor recomendado. Na maioria
de alta pressão, o material usado é o óxido de alun1ínio das vezes, o reator é uma combinação de uma indutân·
sintetizado e transluzente. eia e de capacitores.
Os eletrodos geralmente são feitos ele tungstênio, Um starter ou ignitor é usado para iniciar a descarga.
espiralados em forma de colméia, dependendo do ti1>0 Sozinho ou em combinação com o reator, ele fornece
de lâmpada. Em todos os casos, contêm um material pulsos de 1ensão, que facilitam a ionização do caminho
en,issivo para íacilitar a emissão de elétrons. O eletrodo da descarga e provocam a partida da lâmpada.
---9
A ignição é seguida pela estabilização do gás ou Na lâmpada de partida instantânea, a ignição de-
vapor, que poder,l demorar alguns minutos, dependendo pende exclusivamente da aplicação de uma alta tensão
do tipo de lâmpada. Ourante esse tempo, o fluxo lumi- sobre a lâmpada, sendo essa tensão fornecida pelo reator.
noso aumenta com o aumento do consumo, até a lâmpa- Atualmente, os reatores eletrônicos produzem uma fre-
da atingir seu valor nominal. qüência elevada, facilitando a partida da lâmpada.
Lâmpadas fluorescentes t~m um tempo de estabiliza-
ção menor, sendo esse tempo maior para lâmpadas de Lâmpadas fluorescentes compactas
alta pressão. A lâmr>ada fluorescente compacta, como mostra a
A descarga forma um espectro de linhas múltiplas, Figura 16.7, possui uma única base e é formada de tubos
cuja composição é determinada pelo gás associado à sua finos íluorescentes. Podem possuir reator e base já incor-
pressão. A lâmpada de sódio de baixa pressão. com porados aos tubos fluorescentes ou não incorporados;
somente uma linha de ressonância, é um exemplo nesse caso, é necessário o uso de equipamentos auxilia-
extremo de uma fonte de luz monocromática. Um exem- res de partida separados da lâmpada.
plo oposto é a lâmpada de mercúrio de alta pressão com As lâmpadas compactas possuem as boas caracterís·
aditivos de diversos metais e terras rarasl cujo espectro ticas de cor das lãn1padas incandescentes, porém con1
de linhas múltiplas abrange completamente a faixa visí- unl consun10 consideravelmente menor de energia. Essas
vel, tendo melhor reprodução de cores. qualidades tornam a lâmpada compacta adequada para
O atual conhecimento do mecanismo de percepção um grande número de aplicações, especialmente quan-
da cor e o avanço da tecnologia de pós fluorescentes do se desejJ criar unia atmosfera agradável, como en1
foram um avanço para conseguir-se uma boa reprodução residências, hotéis, restaurantes, museus e teatros, sen1
de cor. Uma reprodução de cor é combinada com a alta perder as vantagens das lâmpadas fluorescentes.
eficácia pela aplicação de pós íluorescentes especiais, os A lâmpada está disponível em versões de 5 até 55 W.
quais contêm certos tipos de elementos de terras raras e
proporcionam um pico de radiação com comprimento Lâmpadas a vapor de mercúrio
de onda bem deíinido.
As lâmpadas a vapor de ,nercúrio são disponíveis na
faixa de 80 até 1.000 W. Além de um reator, não há
Lâmpadas fluorescentes tubulares
necessidade de dispositivos de controre especiais. A igni-
A lâmpada fluorescente é uma lâmpada de descarga ção costuma ser obtida por um e letrodo auxiliar monta-
de baixa pressão, na qual a luz é predominantemente do ao lado de um eletrodo principal, porém, ligado ao
produzida por pós fluorescentes ativados pela energia
ultravioleta da descarga.
A lâmpada, geralmente em forma de um bulbo tubular
longo, com um eletrodo em cada extremidade, contém Tubo fluorescente
vapor de mercúrio sob baixa pressão, com uma pequena
quantidade de gás inerte para facilitar a p,1rtida. A superfí-
cie interna do bulbo é coberta com um pó fluorescente ou
fósforo, cuja composição determina a quantidade e a cor ª"'e-------
da luz emitida (ver Figura 16.6).
As lâmpadas fluorescentes tubulare1; são produzidas
na faixa de 15 até 110 W e em duas modalidades, com
e sem starter (ignição de partida da lâmpada). Figura 16 .7 • l õmpado Huore..:ente compacto
Jl adiaç5o ultravioleta
outro eletrodo por meio de um resistor. Na energização nifica que as instalações de iluminação existentes, quan-
da lân,pada, n,anifesta·se un1a lun, inescência entre o do usam lâmpadas incandescentes, podem substituí-las
eletrodo principal e o auxiliar, provocando a formação de facilmente por lâmpadas de luz mista, pois estas têm
uma quantidade de íons e elétrons suficiente para iniciar praticamente duas vezes a eficiência e quase seis vezes
a descarga. A luminescência é limitada pelo resistor. Após a vida daquelas, sem o custo extra em termos de
a ignição, a corrente flui entre os eletrodos principais. reatores, fiação ou luminárias.
O bulbo externo geralmente contém um gás inerte
(sob pressão atmosférica, quando a lâmpada está em Lâmpadas de sódio de alta pressão
operação), que estabil iza a lâmpada, mantendo uma O tubo de descarga em uma lâmpada de sódio de
temperatura praticamente constante sobre a faixa normal alta pressão contém um excesso de sódio, para dar
das condições ambient;iis. condições de saturação do vapor quando a lâmpada está
A lâmpada de mercúrio de alta pressão tem a aparên- funcionando ta uma pressão entre 13 e 26 kN!m' ) e para
cia branco-azulada, com uma emissão de radiações na permitir absorção interna na superfície. Também é usado
região visível nos comprimentos de onda de amarelo, um excesso de mercúrio para proporcionar um gás de
verde e azul, faltando, porém, a radiaç,io vermelha. O proteção, e o xênon é incluído sob baixa pressão para
arco de mercúrio puro tem aparência e reprodução de facilitar a ignição e limitar a condução do calor cio arco
cor pobres, porém, emite uma quantidade significativa de de descarga para a parede do tubo. O tubo ele descarga,
sua energia na região ultravioleta do espectro. Usando-se feito de óxido de alun,ínio sinterizado, para resistir à
uma can'lada de fósforo na parede interna <lo invólucro, intensa atividade quín1ica do vapor de sódio à ten1per·
que será incitado pela energia ultravioleta, produz um atura de operação de 700 •e, é colocado em um invólu-
componente vermelho que melhora a reprodução de cor cro de vidro duro a vácuo.
e a cor a1,arente. As lâmpadas de sódio de alta pressão irradiam ener·
gia sobre uma grande parte do espectro visível.
Lâmpadas a vapor metálico Em comparação com as lâmpadas ele sódio de baixa
A lâm1>ada a vapor metálico, muito similar em cons- pressão, elas proporcionam uma reprodução de cor razoa-
trução à lâmpada de mercúrio, contém aditivos de velmente boa. São disponíveis com eíiciência luminosa ele
iodeto, como índio, tálio e sódio, para melhorar a sua cerca de 150 lm/W e uma temperatura de cor de aproxi-
eficácia e a reprodução de cor. madamente 2.100 K.
São identificadas pelas letras HPI (bulbo ovóide As lâmpadas de sódio de ah.a pressão, com sua ele-
com camada difusa) e HPlfT (claro, tubular). É espe- vada eficiência luminosa e propriedade de cor agradá·
cialmente usada na iluminação de campos para a práti· vel, são usadas em escala sempre crescente para rodos
ca de esportes e em outras áreas silnilares, como cen· os tipos de iluminação externa e para iluminação
tros de cidades. industrial de grande altura. Os tipos SON e SON-H têm
Na sua forma mais compacta, essas lâmpadas são um bulbo elíptico com uma camada difusora na parede
usadas en1 diversas aplicações, sendo disponíveis na interna; o invólucro da lâmpada SONfT é claro e de
faixa de 400 a 2.000 W. forma tubular.
A título de exemplo, as Tabelas 16.3 e 16.4 apresen-
Lâmpadas de luz mista tam as características genéricas elas lâm1>adas Philips.
A lâmpada de luz mista consiste em um bt1lbo
preenchido com gás, cuja parede interna é revestida com LED
t1m fósforo, contendo um tllbo de descarga ligado em LED é a sigla em inglês para Light Emitting Diode, ou
série com um íilamento de tungstênio. Diodo Emissor de Luz.
Na lâmpada de luz mista (série M L), assim como na Trata-se de um diodo semicondutor (junção P-N)
lâmpada de mercúrio HPL-N, da qual é derivada, a radi- que, quando energizado, emite luz visível, por isso LED
ação ultravioleta da descarga de mercúrio é convertida (Diodo Emissor ele Luz).
em radiação visível pela camada de fósforo. Somada a O processo de emissão de luz pela aplicação de uma
essa radiação visível pela camada de fósforo está a radi· fonte elétrica de energia é chamado eletroluminescência.
ação visível do próprio tubo de descarga, bem como a Em qualquer junção P-N polarizada diretamente, dentro
luz de cor quente do íilamento incandescente. A radi- da estrutura, próximo à junção, ocorrem recombinações
ação das duas fontes mistura-se harmoniosamente, pas- de lacunas e elétrons. Essa recombinação exige que a
sando através da camada de fósforo, para fornecer uma energia possuíd<1 por esse elétron, que até então era livre,
luz branca difusa com uma aparência de cor agradável. seja liberada, o que ocorre na forma de calor ou fótonsde
O filamento age como um reator para a descarga, luz. Como a recombinação ocorre mais facilmente no
estabili2anclo, assim, a corrente da lâmpada. Tais lâm- nível de energia mais próximo da banda de condução,
padas poderão ser ligadas diretamente à rede. Isso sig- podem-se escolher adequadamente as impurezas para a
SU$W 6
Tabela 16.3 • Princi-is características elas lâmpadas Philips para iluminaçãa comercial e de
escrit6rios
Tabela Geral de Lâmpadas
Fluxo Eficiência lndicc de
Potência 1Cmpcrarura
Código comercial Cor Base luminoso luminosa reprodução
(w) de cor (K)
(hn) (lm/W) de cor (lRC)
Fluorescentes TI,5
TL5 • 14 W • HE/830 83 14 G5 3.000 1.350 96 85
TL5 • 14 W • HE/840 84 14 G5 4.000 1.350 96 85
TL5 · 14 W • liE/850 85 14 G5 5.000 1.350 96 85
TL5 · 28 W · li.EJ830 83 28 G5 3.000 2.900 103 85
TL5 · 28 W • liE/840 84 28 G5 4.000 2.900 103 85
TL5 · 28 W · HEJ850 85 28 G5 5.000 2.900 103 85
TL5 . 49 W • H0/840 84 49 G5 4.000 4.900 100 85
TL5 · 54 \V • H0/840 84 54 G5 4.000 5.000 92 85
' .
Fluorescentes TLDRS Serie 80
TLDRS 16 W-$83-25 83 16 Gl3 3.000 1.200 75 85
TLDRS 16 W-584-25 84 16 Gl3 4.000 1.200 75 85
TLDRS 16 W-585-25 85 16 Gl3 5.000 1.150 71 85
TLDRS 32 W-583-25 83 32 Gl3 3.000 2.700 84 85
TLDRS 32 W-$84-25 84 32 Gl3 4.000 2.700 84 85
TLDRS 32 W-S85·25 85 32 Gl3 5.000 2.600 81 85
TLD 18 W-830 83 18 Gl3 3.000 1.350 75 85
TL.036 W-830 83 36 Gl3 3.000 3.350 93 85
TLD 18 W-840 84 18 Gl3 4.000 1.350 75 85
TLD36 W-840 84 36 Gl3 4.000 3.350 93 85
TLD58 W-840 84 58 Gl3 4.000 5.500 89 85
Fluorescentes TLO Série 90
TLD 18 W/930 93 18 Gl3 3.000 940 52 95
TLD 18W/940 94 18 Gl3 3.800 1.000 55 95
TLD 18 W/965 965 18 Gl3 6.500 1.050 58 95
TLO 36 W/930 93 36 Gl3 3.000 2.250 62 95
TLD 36 W!')40 94 36 Gl3 3.800 2.400 66 95
TLD 36 \V/%5 965 36 Gl3 6.500 2.300 63 95
TLD58 W/965 965 58 Gl3 6.500 3.700 63 95
Fluorescentes TLTRS Série 80
TL:rRS 20 W-$84-25 84 20 Gl3 4.000 1.350 67 85
TLTRS 20 W-$85-25 85 20 Gl3 5.000 1.300 65 85
TLTRS 40 W-$84-25 84 40 Gl3 4.000 3.250 81 85
TLTRS 40 W-$85-25 85 40 Gl3 5.000 3.150 78 85
TL:l'RS li OW-$84 84 110 DCE 4.000 9.500 86 85
TLTRS li OW-S85 85 110 DCE 5.000 9.500 86 85
Fluorescentes Compactas PL-C
PL-C/2P 13 W1827 827 13 GX23 2.700 860 66 82
PL·C/2P 13 W/840 84 13 GX23 4.100 860 66 82
PL-C/2P 18 \V/827 827 18 GX240-2 2.700 1.200 67 82
PL-C/2P 18 \V/840 84 18 GX240-2 4.000 1.200 67 82
PL-C/2P 26 W/827 827 26 GX240-3 2.700 1.800 69 82
PL·C/2P 26 W/840 84 26 GX240-3 4.000 1.800 69 82
(conânua)
SU$W 6
(continuação)
Fluxo Eficiência bidice de
Potência Ten1pemtum
Código co,nercial Cor Base lu1ninoso lun1inosa reprodução
(w) de cor (K)
(lm) (hn/W) de cor ([RC)
Fluorescentes Compactas PL· T
PL-T/4P 18W/827 827 18 GX24Q·2 2.700 1.200 66 82
PL·T/4P 18W/840 84 18 GX24Q·2 4.000 1.200 66 82
PL·T/4P26W/827 827 26 GX24Q·3 2.700 1.800 69 82
PL-T/4P26W/840 84 26 GX24Q·3 4.000 1.800 69 82
PL·T/4P 32W/827 827 32 GX24Q·3 2.700 2.400 75 82
PL-T/4P 32W/840 84 32 GX24Q·3 4.000 2.400 75 82
PL· T/4P 42W/827 827 42 GX24Q-4 2.700 3.200 76 82
PL·T/4P 42W/840 84 42 GX24Q-4 4.000 3.200 76 82
Fluorescentes Compactas PL-L
PL·L/4P 36W/827 827 36 2GII 2.700 2.900 80 82
PL-L/4P 36W/840 84 36 2G I I 4.000 2.900 80 82
PL·I.J4P 55W830HF 827 55 2G I I 2.700 4.800 87 82
PL-I.J4P 55W840HF 84 55 2011 4.000 4.800 87 82
Fluorescentes Compactas PL-S
PL-S/2P 9\V/827 827 9 G23 2.700 600 66 82
PL·S/2P 9\V/840 84 9 G23 4.000 600 66 82
PL-S/2P 11W/827 827 11 G23 2.700 900 81 82
PL·S/2P 11W/840 84 11 G23 4.000 900 81 82
PL-S/2P 13\V/827 827 13 GX23 2.700 810 62 82
PL·S/2P 13\V/840 84 13 GX23 4.000 810 62 82
Fluxo Eficiência f,ldice de
Tensão Potência Temperatura
Código Comercial Base luminoso luminosa reprodução
(V) (W) de cor (K)
(lm) (lm/W) de cor (IRC)
Fluorescentes Con1pactas: lntegr-..1das
PL ELET 15W-230V
0 0 230-240V 15 E27 2.700 900 60 82
PLE/T· l 5W-230V-D 230-240V 15 E27 6.500 820 53 78
PL-ELET· l 5W-l 20V 120· 127V 15 E27 2.700 900 60 82
PLE/T· l5W-120V-D 120· 127V 15 E27 6.500 820 53 78
PL-ELET-20W-230V 230-240V 20 E27 2.700 1.200 60 82
PLE/T-20W'230V·D 230·240V 20 E27 6.500 1.100 55 78
PL-ELET·20W-l 20V 120·127V 20 E27 2.700 1.200 60 82
PLE/T-20W-l 20V·D 120· 127V 20 E27 6.500 1.100 55 78
PL·ELET·23W-230V 230·240V 23 E27 2.700 1.500 65 82
PLE/T-23W-230V-D 230-240V 23 E27 6.500 1.4 10 59 78
PL-ELET-23W- l 20V 120-127V 23 E27 2.700 1.500 65 82
PLE/T-23W-l 20V-0 120- 127V 23 E27 6.500 1.410 59 78
Mastercolour CDM-TC
CDM-TC 35W/830 83 35 G8.5 3.000 3.300 94 81
Mastercolour COM-T
CDM-T 35W/830 83 35 G l2 3.000 3.400 97 81
CDM-T 70W/830 83 70 G l2 3.000 6.600 94 83
CDM·T 70\V/942 942 70 G l2 4.200 6.400 91 92
CDM·T ISOW/830 83 150 G l2 3.000 14.000 93 85
CDM·T 150\V/942 942 150 G l2 4.200 12.700 84 96
(continva)
SU$W li
(continuação)
Fluxo Eficiência lodice de
Pocência Teo1pecatura
Código Cornercial Cor
(W)
Base de cor (K)
lu1niooso lu1ninosa reprodução de
(lm) (lm/W) cor (IRC)
MastercotourCOM-TO
COM-TO 70\V/830 83 70 RX7S 3.000 6.100 87 82
COM-TO 70W/942 942 70 RX7S 4.200 5.800 82 92
COM -TO 150\V/830 83 150 RX7S-24 3.000 12.500 83 85
COM-TO ISOW/942 942 150 RX7S-24 4.200 12.000 80 96
Mastcrcolour COM-ET
CDM-ET 70\V/830 83 72 E27 3.000 5.900 82 83
COM-ET 150\V/830 83 147 E40 3.000 13.000 88 85
Mastercolour COM-TT
CoM:n 70W/830 83 72 E27 3.000 6.300 87 83
COM-Tf150W/830 83 148 E40 3.000 13.500 91 85
Máxin1u Índice de
Potência 'fempcratura
Código Comercial Cor Base intensidade reprodução
(W) de cor (K)
luminosa (cd) de cor (IRC)
M,1stercolour COM-R
COMR 3SWPA.R20LIOG 83 38 E27 3.000 23.000 81
CDMR 35WPAR20WOG 83 38 E27 3.000 5.000 81
CDMR 35WPAR30LIOG 83 38 E27 3.000 44.000 81
CDMR 35WPAR30L30G 83 38 E27 3.000 7.400 81
COMR 70WPAR30LIOG 83 73 E27 3.000 69.000 83
COMR 70WPAR301AOG 83 73 E27 3.000 10.000 83
Máxi,na inten- índice de
Tensão Potência Abertura de Te1nperntura
Código Comercial Base sidade lumi· reprodução de
(V) (W) Facho de cor (K)
nosa (cd) cor (IRC)
Halógcna< Oicróica JIRILLIANThne
DIC 12V 20W-t0-F 12 20 GU 5.3 ,o• 3.1 00 5.000 100
DIC12V 20W-36-F 12 20 GUS.3 36° 3.1 00 780 100
OIC l2V 20W-60-F 12 20 GU 5.3 60º 3. 100 350 100
DIC l2V SOW-10-F 12 50 GU 5.3 10• 3.200 13.000 100
DIC 12V 50W-36-F 12 50 GU 5.3 36° 3.200 2.200 100
DIC 12V 50W-60-F 12 50 GU 5.3 60º 3.200 1.100 100
Hnlógena< AI.Uline
ALRI I l- 12V50-8G 12 50 G53 8º 3.000 23.000 100
ALRll 1-12V75-8G 12 75 G53 8º 3.000 30.000 100
ALRI I l-12V l00-8G 12 100 GS3 8º 3.000 48.000 100
ALRI 11 -1 2V50-24G 12 50 053 24º 3.000 4.000 100
ALRI 11 · 12V75-24G 12 75 G53 24° 3.000 5.300 100
ALR I l l-12VI00-24G 12 100 G53 24° 3.000 8.500 100
SU$W li
Tabela 16.4 • Principais características das lâmpadas Philips para iluminafão industrial (conti·
nuação)
Tabela Geral d e Lâmpadas
Fluxo Eficiência Índice de
Potência Temperatura
Código co,nercial Base lutninoso luntinosa reprodução de
(w) de cor (K)
(lm) (lm/\V) cor (IRC)
Ulmpa da de vapor metá lico
HPI Plus Ovóide com reator de mercúrio
HPI Ptus 250 WBU 256 E40 4.200 19.000 76 69
HPI Ptus 400 WBU 400 E40 4.200 35.000 87 69
HPI Plus 400 WBUS 400 E40 4.200 35.000 87 69
HPI Plus 400 WBUP 400 E40 4.200 35.000 87 69
HPI Plus o,•óide com reator de sódio
HPl Plus 250 WBU 302 E40 3.800 25.500 102 69
HPI Plus 400 WBU 454 .640 3.800 42.500 106 69
Hi>l .Plus 400 WBU 454 .640 3.800 42.500 106 69
HPI Plus 400 WBU 454 E40 3.800 42.500 93 69
HPI-T Plus tubular con1 reator de mercúrio
Hi>I-T Plus 250 W 250 E40 4.500 19.000 76 65
HPI-T Plus 400 W 400 E40 4.300 35.000 87 65
Hi>I-T 1.000 W 985 E40 4.500 85.000 85 65
HPI-T2.000 W/220V 1.960/220V E40 4.900 189.000 94 65
l{Pl-T 2.000 W/380V l .930/380V E40 4.300 183.000 91 65
HPI-T Plus tubuhir com reator de sódio
HPI-T Plus 250 W 250 E40 3.800 23.000 92 65
HPI·T Plus 400 W 400 E40 3.800 38.000 95 65
Lâmpada de vapor de mercúrio
HPL-N
HPL N 80W 80 E27 4.300 3.700 48 48
HPL N 125W 125 E27 4.100 6 .200 46 46
HPL N 250 W 250 E40 4.100 12.700 40 40
HPL N 400 W 400 E40 3.900 22.000 40 40
Hi>L N 700W 700 E40 3.900 40.000 45 45
~IPL N 1.000 W 1.000 E40 3.900 58.000 45 45
Làm11a da de vapor de sódio
SON
SON 70W-E 70 E27 1.950 5.600 80 25
SON 150W-E 147 E40 1.950 14.500 97 25
SON250W-E 250 E40 1.950 27.00 !08 25
SON 400W-E 400 E40 1.950 48.000 120 25
SON-H
SON H 220W 220 E40 2.000 20.000 91 25
SON H 350\V 350 E40 2.000 34.000 97 25
SON-T
SON-T 150\V-RE 150 E40 1.950 15.000 100 25
SON-T 250 W-RE 250 E40 1.950 28.000 112 25
SON-T 400 W-RE 400 E40 1.950 48.000 120 25
SU$W li
confecção dos LEDs, de modo a exibirem bandas ade- 16.3 Cálculos práticos de iluminação
quadas para a emissão da cor ele luz desejada (compri- interior5
mento ele onda específico).
A luz en1itida n.io é monocromática, n1as a banda Nos cálculos de iluminação interna, eleve ser seguido
colorida é relativamente estreita. A cor, portanto, depen- o seguinte roteiro:
dente do cristal e da impureza ele clopagem com que o
com1>0nente é fabricado. O LED que utiliza o arseneto (a) Escolha criteriosa do ti1>0 de lâmpada e luminária
de gálio emite radiações infravermelhas. Dopando-se adequado ao local.
com fósforo, a emissão pode ser vermelha ou amarela, (b) Escolha do iluminamento (é), utilizando, 1>0r exem-
de acordo com a concentração. Utilizando-se íosfeto de plo, a Tabela 16.1 ou os valores recomendados pela
gálio com clopagem de nitrogênio, a luz emitida pode ser norma NBR 5413 ou pela NR 1S.
verde ou amarela. Conl o uso de outros ff'lateriais, con· (c) Cálculo do fator elo local (/(), a partir da Expressão
seguem-se fabricar LEDs que emitem luz azul, violeta e 16.5.
até ultravioleta. Existem também os LEDs brancos, que (d) Determinação do fator de utiliwção (1)), com o
são geralmente emissores ele cor azul, revestidos com auxílio dos valores fornecidos pelo fabricante, ou pela
oma can,ada de fósforo do mesmo tipo usado nas lân,- Tabela 16.6. Atenção: <1s lun1inárias indicadas na
padas fluorescentes, o qual absorve a luz azul e emite a Tabela 16.6 são a1,enas exemplos para fins dick'lticos;
luz branca. Há ainda os LEDs brancos chamados RGB, nos casos reais, o projetista deverá consultar o fabri-
que são formados por três 'chips', um vermelho (R de cante para saber os valores reais das luminárias con-
red), um verde (G de green) e um azul (6 de blue). sideradas no projeto.
Em geral, os LEDs operam com nível ele tensão de 1,6
a 3,3 V, sendo compatíveis com os circuitos de estado As refletãncias são indicadas por três algarismos, cor-
sólido. ~ interessante notar que a tensão é dependente do respondendo a teto-paredes-piso (ver Tabela 16.5).
comprimento da onda emitida. Assim, os LEDs infraver- Caso o valor de K calculado em (Ili) não correspon-
melhos geralmente funcionam com menos de 1,5 V, os da a nenhum valor constante ela Tabela 16.6, adota-se o
vermelhos, com 1,7 V, os amarelos, com 1,7 V ou 2,0 V, mais próxin,o.
os verdes entre 2,0V e 3,0V, enquanto os LEDs azuis, vio-
leta e ultravioleta em geral precisam de mais de 3,V. A (e) Determinação do fator de depreciação (d), por exem-
potência de um LED está na faixa típica de 1O a 150 mW, plo, utilizando a Tabela 16.2 ou valores fornecidos
com um tempo de vida útil de 100.000 ou mais horas. pelo fabricante.
Os LEDs tem muitas vantagens sobre lâmpadas (f) Cálculo do fluxo total (q>.,), sendo, da Expressão 16.4
incandescentes convencionais. Uma delas é que eles SE (16.6)
não tên1 un1 fi la1nento que se queime e então duran1 <!>.,= -
11d
muito mais tempo. Além disso, seus pequenos bulbos
de plástico tornam-nos muito mais duráveis. Eles tam· (g) Determinação do número de luminárias através de
bém cabem mais facilmente nos modernos circuitos
eletrônicos. Mas a principal vantagem é a eficiência . N = tf>t
(16.7)
tf>
Em uma lân1pada incandescente convencional, o
processo de produção de luz envolve a geração de Sendo <l>(lm) o fluxo de cada luminária.
muito calor (o filamento deve ser aquecido), enquanto
os LEDs geram pouco calor. Uma percentagem muito (h) Distribuição elas luminárias: o espaçamento entre as
n1ais alta de energia elétrica está indo diretan1ente para luminárias depende ele sua altura em relação ao
a geração de luz, o que diminui a demanda de eletrici· plano de trabalho (h.J e da sua distribuição de luz;
dade consideravelmente. esse valor situa-se, geralrnente, entre 1 e 1,5 vezes a
7 70 Superfrcie br.:ulCa
S. Com base n.t pubfic.:.çlio Cálrulo tlc lhuninação h1u•r110 d:t l'hilips-
llumin~ção.
SU$W ü
(e) Tem-se: (h) Ver Figura 16.8, para fazer a distribuição de lu-
I • 18 m; minárias.
HDK 472
ZDK472
HDK 472 CI ZDK 472 • HPL-N 250W SDK 472 d ZDK 472 • SON 400W
Roosn Reíletâncias Roon1 Renetâncias
lndex lndex
K 75 1 731 7 11 55 1 531 331 3 11 000 K
511 751 73 1 7 11 551 53 1 5 11 331 31 1 000
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SU$W 6
(continuação)
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(continua)
SU$W 6
(continuação)
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(continua)
SU$ W li
(continuação)
2,00 0,51 0.48 0,45 0,50 0.47 0 ,45 0,46 0,44 0,43 2.00 0.19 0, 18 0.18 0.18 0,18 0, 18 0,18 0,17 0, 17
2.50 0.54 0.5 1 0.49 0.53 0.50 0.48 0.49 0,48 0.46 2.50 0.19 0.19 0, 19 0.19 0.19 0, 18 0.18 0.18 0. 18
3,00 0.56 0.53 0.5 1 0,54 0.52 0.5 1 0.52 0,50 0,49 3,00 0.20 0.19 0, 19 0.19 0,19 0, 19 0,19 0.19 0, 18
4.00 0.58 0.56 0.54 0.57 0.55 0.54 0,54 0,53 0.51 4.00 0.20 0.20 0,20 0.20 0.20 0, 19 0.19 0.19 0, 19
5,00 0,59 0,58 0,56 0,58 0,57 0,55 0.56 0,55 0,53 5,00 0,20 ·0,20 0,20 0,20 0,20 0.20 0,20 0,19 0. 19
2,00 0,52 0,49 0.47 0,5 1 0,48 0,46 0,48 0,46 0,44 2,00 0,6 1 0,54 0,49 0 ,55 0.50 0,45 0,45 0,4 1 0,35
2,50 0.55 0.52 0.50 0.54 0.51 0,50 0.51 0,49 0.48 2.50 0.65 0,59 0.54 0.59 0.54 0.50 0.49 0.46 0.39
3,00 0,57 0.55 0.53 0.55 0,54 0,52 0.53 0,5 1 0,50 3,00 0,68 0,63 0.58 0 ,62 0,58 0,54 0,52 0.49 0,42
4.00 0.59 0.57 0.55 0.58 0.56 0.55 0.55 0.54 0.52 4.00 0.72 0,68 0.64 0.66 0.62 0.59 0.57 0.54 0.46
5.00 0.60 0.59 0.57 0.59 0,57 0.56 0.56 0,55 0.54 5.00 0.75 0,71 0,68 0.68 0.65 0.62 0.60 0,57 0.49
(continua)
SU$W 6
(continuação)
2,00 0,53 0,50 0,47 0,52 0,49 0,47 0,48 0,46 0,45 2,00 0,63 0,57 0,52 0,57 0,52 0,48 0,48 0,44 0,37
2,50 0.55 0,53 0,51 0.54 0,52 0,50 0,51 0,49 0.48 2.50 0,68 0.62 0,57 0.62 0.57 0,5'.l 0,52 0,49 0.42
3,00 0.57 0,55 0,53 0,56 0.54 0,52 0.53 0.52 0.50 3,00 0.71 0,66 0,61 0,65 0.60 0.57 0,55 0,52 0.45
4,00 0.59 0.58 0,56 0.58 0.57 0.55 0.56 0.54 0.53 4.00 0.75 0.7 1 0.67 0.69 0.65 0.62 0.60 0.57 0.49
5,00 0,6 1 0,59 0,58 0,59 0.58 0.57 º"'7 0,56 0.54 5,00 0.78 0,74 0,71 0,71 0.68 0.65 0,63 0,60 0.52
2.00 0.57 0.54 0,51 0.56 0.53 0.50 0.52 0.50 0.48 2.00 0.610,55 0.49 0,55 0.50 0.46 0.46 0,42 0.35
2.50 0.60 0.57 0.44 0.59 0.56 0,54 0.55 0.54 0.52 2.50 0.660.60 0.55 0.60 0.55 0.51 0.50 0.47 0.39
3.00 0.62 0,60 0,58 0,61 0.59 0.57 0,58 0,56 0.55 3.00 0.69 0.64 0,59 0,63 0,58 0.54 0.53 0.50 0,43
4,00 0,65 0,63 0,61 0,6'.l 0,62 0,60 0,61 0.59 0.58 4,0() 0,730,69 0,65 0,67 0,63 0,60 0,58 0,55 0,47
5.00 0,66 0,65 0,63 0.65 0,63 0,62 0,62 0,61 0,59 5.00 0.76 0.72 /69 0.69 0,66 0,63 0.60 0,58 0,50
(continua)
SU$ W 6
(continuação)
FBN 801
2.00 0.64 0,57 0.52 0.58 0.52 0.48 0,48 0.44 0.37 2.00 0.65 0.60 0.55 0.63 0,58 0.54 0.57 0.53 0.51
2 ,50 0,68 0,62 0.57 0,62 0,57 0,53 0,52 0,49 0,42 2,50 0.70 0,65 0,61 0,67 0,63 0,60 0,62 0,59 0.57
3.00 0,71 0,66 0,62 0,65 0,61 0,51 0.56 0,52 0,45 3,00 0,73 0.69 0.65 0,70 0.67 0 ,64 0,66 0,63 0,60
4.00 0 ,76 0.71 0,67 0,69 0.66 0.62 0,50 0.57 0.49 4.00 0.77 0.74 0,70 0,75 0.72 0,69 0,70 0.68 0.66
5.00 0,79 0 ,75 0.71 0.72 0,69 0.66 0.63 0,61 0,52 5,00 0.80 0,77 0,74 0,77 0.75 0,72 0,73 0.71 0.69
2.00 0.61 0,55 0.50 0,56 0,50 0.46 0,46 0,42 0,35 2.00 0,63 0.58 0.54 0,61 0,57 0.53 0,56 0,53 0.50
2.50 0.66 0.60 0.55 0.60 0.55 0.5 1 0.50 0.47 0.39 2.50 0.67 0.63 0.59 0.66 0.62 0.59 0.6 1 0.58 0.55
3.00 0.69 0.64 0.59 0,63 0,58 0.55 0.53 0,50 0,42 3.00 0,71 0,67 0.63 0.69 0.65 0,62 0.64 0.61 0.59
4.00 0.73 0,69 0.65 0.67 0,63 0.60 0.57 0,55 0,47 4,00 0,74 0.71 0.69 0,72 0,70 0.67 0,60 0,66 0,64
5,00 0 ,76 0,72 0,69 0,69 0,66 0,63 0,60 0,58 0,49 5,00 0 .77 0.74 0,72 0,75 0,73 0.74 0,7 1 0,69 0,67
(continua)
SU$W 6
(continuação)
2,00 0,63 0.58 0,54 0.61 0,57 0.53 0,56 0,52 0.50 2.00 0 ,67 0,61 0,57 0,65 0.60 0.56 0,59 0,56 0.53
2,50 0,68 0,63 0.59 0 ,66 0,62 0,58 0,60 0,57 0.55 2,50 0,7 1 0,67 0.63 0,69 0.65 0,62 0,64 0,61 0,59
3,00 0,7 1 0,67 0,63 0.69 0,65 0,62 0,64 0.61 0.59 3,00 0 ,74 0,70 0,67 0.72 0,69 0,66 0,68 0,65 0,63
4.00 0,75 0,72 0,69 0.73 0.70 0.67 0,68 0.66 0,64 4 .00 0.79 0,75 0.72 0.77 0.74 0,7 1 0.72 0.70 0.68
5.00 0.78 0.75 0.72 0.75 0.73 0.71 0.71 0.69 0.67 5.00 0,8 1 0.78 0.76 0 .79 o.n 0.75 0,75 0.73 0.7. 1
2.00 0.65 0.59 0,55 0,63 0.58 0,54 057 0,53 0.51 2.00 0,59 0,54 0,50 0,51 0 ,47 0,44 0.41 0,38 0 .29
2.50 0.69 0.65 0 ,61 0,67 0,63 0.60 0.62 0.59 0,57 2.50 0.63 0 .59 0.55 0,55 0.51 0.48 0,44 0.42 0 .34
3,00 0 ,72 0,68 0,65 0,70 0,67 0.64 0,66 0,63 0,60 3.00 0,66 0,62 0,58 0,57 0,54 0,5 1 0.47 0,44 0,34
4.00 0,77 0.73 0.70 0.75 0,72 0,69 0.70 0.68 0,66 4,00 0.70 0.66 0.63 0,61 0.50 0.55 0,50 0.48 0.37
5,00 0.79 0.76 0 ,74 o,n 0,75 0,72 0,73 0.71 0,69 5,00 0,72 0,69 0,66 0,63 0 ,60 0,58 0,52 0,50 0,38
(continua)
SU$ W 6
(continuação)
Tabela 16.6 • F - de utilização
TMS500
2 ,00 0,75 0,7 1 0,67 0.73 0.70 0,67 0,69 0.66 0.64 2,00 0.60 0,55 0,50 0,52 0,48 0 ,44 0.4 1 0.38 0.29
2,50 0,79 0,75 0.72 0.77 0,74 0,71 0,73 0 ,7 1 0,69 2,50 0,64 0,60 0.55 0,56 0,52 0.49 0,45 0,42 0.32
3.00 0,8 1 0.78 0,76 0.79 0.77 0.75 0.76 0.74 0,72 3,00 0.67 0.63 0.59 0,58 0.55 0.52 0,47 0.45 0.34
4,00 0.84 0.82 0.80 0.82 0.80 0.79 0.79 0.78 0,75 4.00 0.71 0.67 0.64 0.62 0.59 0.56 0.5 1 0.49 0.37
5.00 0.86 0.84 0,82 0.84 0.82 0,81 0.81 0.80 0.77 5.00 0.73 0,70 0.67 0.64 0,61 0.59 0.53 0,51 0.39
2.00 0.63 0,60 0,57 0.62 0,59 0.57 0.58 0.56 0.54 2,00 0,60 0.55 0.5 1 0,52 0.48 0,45 0.4 1 0,39 0.29
2.50 0.67 0.64 0.61 0.65 0.63 0,61 0.62 0.60 0,58 2.50 0.64 0.60 0.56 0.56 0.52 0.49 0.45 0.42 0.32
3.00 0,69 0.66 0,64 0 .67 0,65 0,63 0.64 0,63 0,61 3,00 0,67 0,63 0,59 0.58 0.55 0 ,52 0.47 0.45 0.34
4,00 0.7 1 0,69 0.68 0.70 0.68 0,67 0.67 0.66 0,64 4.00 0,71 0,67 0 ,64 0,62 0.59 0.56 0.5 1 0.49 0.37
5,00 0,73 0,71 0,70 0.7 1 0,70 0,69 0,69 0,68 0,66 5,00 0,73 0,70 0,6.7 0,64 0,61 0 ,59 0,53 0,51 0.39
(continl/J)
SU$W 6
(continuação)
2,00 0.59 0.54 0,50 0.5 1 0,47 0,44 0.40 0.38 0.28 2.00 0.58 0.54 0.5 1 0,57 0.54 O.S I 0,53 0.50 0,48
2,50 0.63 0,58 0,54 0,55 0,51 0,48 0.44 0,41 0,31 2,50 0,62 0,58 0.56 0,60 0,57 0.55 0,56 0,54 0,52
3.00 0,66 0,62 0,58 0.57 0,54 0,51 0,46 0,44 0,34 3,00 0,64 0,61 0,59 0,63 0.60 0,58 0,59 0,57 0,55
4,00 0.69 0.66 0.63 0.60 0.58 0.55 0.50 0.48 0,36 4.00 0.67 0.65 0.63 0.65 0.63 0.62 0,62 0.61 0.59
5.00 0.72 0.69 0.66 0.62 0.60 0,58 0.52 0.50 0.38 5,00 0,69 0.67 0.65 0,67 0.65 0,64 0.64 0.63 0.61
2.00 0,59 0.54 0,49 O.S I 0.47 0.43 0,40 0,38 0,39 2,00 0,55 0,52 0,49 0,54 0.51 0.48 0,50 0.47 0.46
2.50 0.63 0.58 0.54 0.54 0.51 0.48 0.44 0.4 1 0.31 2.50 0.59 0.55 0.53 0,57 0.54 0.52 0.53 0.51 0.50
3.00 0,65 0,61 0,58 0.57 0.54 0.51 0.46 0.44 0.33 3,00 0,6 1 0.58 0.56 0.59 0.57 0.55 0,56 0,54 0,52
4.00 0.69 0.66 0.62 0.60 0.57 0.55 0.49 0.47 0.36 4.00 0.64 0.61 0.59 0,62 0,60 0.58 0,59 0.58 0.56
5,00 0,71 0,68 0,66 0,62 0,60 0,58 0,51 0,50 0.38 5,00 0,65 0,63 0.62 0,64 0,62 0,6 1 0,61 50 0,58
(continua)
SU$W 6
(continuação)
0.60 0.3 1 0.26 0.22 0.30 0.26 0.22 0.25 0.22 0.21 0.60 0.31 0.26 0.22 0.30 0.25 0.22 0.25 0.22 0.21
0.80 0.38 0.32 0,29 0.37 0.32 0,28 0.32 0.28 0.27 0.80 0,37 0.32 0.29 0.37 0,32 0,28 0.31 0.28 0.27
1,00 0,43 0.38 0,34 0.42 0.37 0,34 0.37 0.34 0,32 1,00 0,43 0,38 0,34 0,42 0,37 0.34 0,37 0,34 0.32
1,25 0.48 0.43 0.39 0,47 0.42 0,39 0,42 0.39 0,37 1,25 0.48 0.43 0.39 0.46 0,42 0.39 0,42 0.39 0.37
1,50 0.52 0,47 0,44 0.50 0,46 0,43 0,46 0,43 0.41 1,50 0,51 0,47 0,43 0,50 0,46 0,43 0,45 0,43 0,41
2,00 0,57 0,53 0.50 0,56 0.52 0.49 0.51 0.49 0,47 2,00 0.57 0,53 0,50 0,55 0,52 0,49 O.S I 0.49 0.47
2,50 0,60 0,57 0,54 º "59 0,56 0.53 0,55 0,53 0,51 2,50 0,60 0,57 0,54 0.58 0,56 0,53 0,55 0,53 0,51
3.00 0,63 0,60 0,57 0,6 1 0,59 0,56 0,50 0,56 0,54 3,00 0,62 0.59 0.57 0,61 0,58 0,56 0,57 0,55 0.54
4,00 0.66 0,63 0.61 0.64 0.62 0.60 0.61 0.59 0.57 4.00 0.65 0,63 0.6 1 0,63 0,61 0.60 0.60 0.59 0,57
5.00 0.67 0.65 0.63 0.66 0.64 0.62 0.63 0.6 1 0.59 5,00 0.66 0,65 0.63 0.65 0,63 0.62 0.62 0,61 0.59
2.00 0,54 0,50 0.47 0.52 0,49 0.47 0.48 0,46 0.44 2.00 0,45 0.41 0.37 0,43 0,39 0,36 0.38 0,35 0.32
2.50 0.57 0.54 0.51 0.55 0.53 0.50 0.52 0.50 0.48 2.50 0,48 0.45 0.4 1 0.46 0.43 0.40 0.41 0.39 0.36
3.00 0.59 0.54 0,54 0.58 0,55 0,53 0,54 0.53 0,51 3,00 0,51 0,47 0,44 0.48 0.45 0,43 0,43 0.4 1 0,38
4.00 0.62 0,59 0.57 0.60 0,58 0,57 0.57 0.56 0.54 4.00 0,53 0,51 0.48 0.51 0.49 0.46 0.46 0.45 0.42
5.00 0,63 0,61 0,60 0.62 0,60 0,59 0,59 0,58 0,56 5,00 0,55 0.53 0,5 1 0,53 0,51 0,49 0,49 0,47 0.44
(continua)
SU$W li
(continuação)
2,00 0,63 0,60 0.57 0,62 0,59 0,57 0.58 0,56 0,54 2,00 0,54 0,49 0,45 0,52 0,48 0,44 0,46 0,43 0,4 1
2,50 0,67 0,64 0.61 0.65 0,63 0,61 0.62 0,60 0,58 2.50 0.57 0.53 0.50 0.55 0.52 0.48 0.50 0,47 0.45
3.00 0.69 0.66 0.64 0.67 0,65 0.63 0.64 0,63 ,.0.61 3,00 0,60 0.56 0.53 0.58 0.55 0.52 0.53 0.50 0.48
4.00 0.71 0.69 0.68 0.70 0,68 0.67 0.67 0.66 0.64 4.00 0.63 0.60 0.57 0.61 0.58 0.56 0.57 0.55 0.52
5.00 0.73 0,71 0.70 0.71 0,70 0.69 0.69 0,68 0.66 5,00 0.66 0,63 0.60 0,63 0,61 0.59 0.59 0,57 0.54
2.00 0.52 0.46 0.42 0,48 0,44 0.40 0.41 0.38 0.34 2.00 0.55 0.49 0.45 0.52 0.47 0.43 0.44 0.41 0.37
2.50 0.55 0.51 0,46 0.52 0.48 0,44 0.45 0.42 0.38 2.50 0.59 0.54 0.49 0.55 0.51 0.47 0,48 0.45 0.41
3.00 0.58 0,54 0.50 0,55 0,51 0,48 0.48 0.45 0.41 3,00 0,62 0.57 0.53 0,58 0.54 0,51 0,51 0,48 0,44
4.00 0,62 0,58 0,55 0,58 0,55 0,52 0,52 0,50 0,45 4,00 0,66 0.62 0,58 0,62 0.59 0,56 0,56 0,53 0,48
5,00 0.64 0.61 0.58 0.61 0,58 0,55 0,55 0,53 0,48 5.00 0.68 0.65 0.6 1 0.64 0,61 0.59 0,58 0,56 O.SI
(continua)
SU$W ü
(continuação)
Tabelei 16.6 • F - de util" ão 'll,_____________________~ -
0.60 0,27 0.21 0.17 0,26 0 ,21 0.17 0,20 0.17 0.15 0.60 0.24 0,19 0.16 0.23 0.19 0.16 0.18 0.16 0.14
0,80 0.33 0.27 0.23 0,31 0,26 0.22 0,25 0,22 0.20 0.80 0.29 0,24 0.21 0.28 0.24 0.21 0.23 0.29 0,19
1.00 0,37 0.32 0,28 0,36 0.3 1 0.27 0.30 0.26 0.24 1.00 0.33 0,29 0.25 0.32 0.28 0.25 0.27 0.24 0,23
1.25 0,42 0,37 0,32 0,40 0,35 0,32 0,34 0,31 0,29 1,25 0,37 0,33 0,30 0.36 0,32 0,29 0,31 0,28 0,27
1.50 0,46 0,4 1 0,36 0,44 0,39 0,35 0.38 0,35 0,32 1,50 0,40 0.36 0,33 0,39 0,35 0,32 0,34 0,32 0.30
2.00 0,51 0,46 0,43 0,49 0 ,45 0.4 1 0,43 0.40 0.38 2.00 0.45 0,41 0.38 0.43 0,40 0,37 0,39 0,37 0,34
2.50 0.55 0,56 0,47 0,52 0.49 0,46 0,47 0,44 0.42 2.50 0,48 0,45 0.42 0.46 0,43 0,41 0.42 0,40 0,38
3.00 0.57 0,53 0,50 0.55 0.51 0.49 0.50 0.47 0.44 3,00 0.50 0.47 0.44 0 ,48 0.46 0.43 0.44 0,42 0,40
4.00 0.60 0.57 0.54 0.58 0.55 0,53 0,53 0,51 0.48 4.00 0.52 0.50 0.48 0.50 0.48 0.47 0.47 0.45 0.43
5,00 0.62 0,60 0.57 0.60 0,58 0.55 0.56 0.54 0.51 5.00 0.54 0.52 0.50 0.52 0.50 0.49 0,49 0,47 0.45
EX ERCÍCIOS
A
Apêndice
Influências externas
A. 1 Seleção dos componentes nom,as do componente, forem realizados sob tais condi·
ções.
em função das influências Para eleito de entendimento da Tabela A.1, são con-
externas sideradas 'normais' as seguintes classes de influências
externas:
Os componentes da instalação devem ser seleciona-
dos e instalados de acordo com as prescrições da Tabe- • M (temperatura ambiente): M4.
la A 1. As características cios componentes são determi· • AB (umidade atmosférica): A84.
nadas por um grau de proteção ou por conformidade • Outras condições ambientais (AC a AS): XX 1 de cada
com ensaios. parâmetro.
Quando um componente não possuir características • Condições de utilização e de construção das edifica-
cons.trutivas con1patíveis com as influências externas ções (B e C): XXl de cada parâmetro, exceto no caso
presentes no local, ele pode ser utilizado sob a condição do parâmetro BC, que é BC2.
de que lhe seja provida, na execução da instalação, uma
A palavra 'normal' que aparece na terceira coluna da
proteção complementar apropriada. Essa proteção não
deve afetar as condições de funcionamento do compo- Tabela A.1 significa que um componente que atenda aos
nente.
requisitos das norn1as técnicas aplicáveis, dentro das con·
Quando diferentes influências externas ocorrerem dições de funcionamento por elas definidas como nor-
simultaneamente, seus efeitos podem ser independentes n,ais, reúne as características necessárias para operar
ou mútuos, e os graus de proteção devem ser escolhidos satisfatoriamente sob as influências externas descritas.
de acordo.
A escolha das características dos componentes em A.2 Seleção das linhas
função das influências externas é necessária não somen-
te para seu funcionamento correto, n,as tan1bén1 1:>ara elétricas em função das
garantir a confiabilidade das medidas de proteção es1:>e· influências externas
cificadas na NBR 5410.
As medidas de proteção associadas à construção do As prescrições relativas à seleção e à instalação das
componente são válidas para condições de influências linhas elétricas, sob o ponto de vista das influências
externas apenas se os ensaios respectivos, previstos nas externas, são apresentadas na Tabela A.2.
SU$W ü
l5 u,g
.:" ·e ~.g ~
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E~ ·..Je8. ·=·-" ·e:l5,:: ·-'ê 8."
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ABl - 60 +5 3 100 0.003 7 R04uer medidas adequadas'
AB2 - 40 +5 10 100 0, 1 7 Requer mc<lidas adequadas'
AB3 -25 +5 10 100 0.5 7 Requer n1edidus adC4.1uadasz
AB - Condições climáticas do ambiente (4.2.6.1.2)
Umidade
Ten1peratura Umidade
absoluta
doar'C relativa %
&fm'
·-~.2
=~ ~
- ~
~
AC - Altitude
AC I s 2.000m Nonnal
Poden1 ser necessárias prec-auções especiais con10 a aplicaç:-l o
de faiores de correção
Nora: Para cenos co,nponenres pode1n ser necessárias medidas
AC2 > 2.000 m
especiais a pa.11ir de l .000 111
Fon1c: 'l'3bcla 32 da NBR S4l0
(COfltillud)
SU$W ü
(COlllitt(IJ)
SU$W ü
(continuJçiio)
AH - Vibraçiíés
Mi l Fr..tcas Nonnal
AH2 Médias Contponentes projetados especiahnente para a aplicação~ou
AIH Severas 1nedidas adequadas 1
AL-Presença de fauna
Nomtal
A pro1eção pode compreender:
ALI Desprezível
- grau de pro1eção adequado con1ra a peneiração de corpos
sólidos (ver AE)
- resistência 1nccâ.nica suficien te {ver AG)
- J>recauções para evitar a presença da rauna (co1no lintpeza.
AL2 Prejudicial uso de pes1icidas)
- contponentes especiais ou revestintentos protegendo os
invólucros
(continuJ)
SU$W ü
(cOt1ti1JuaçJo)
N(\'CI 2 de JEÇ
AM22 - 2 Nível n1édio Requer 1nedidas de proteção 61000-4-
J:2004
Nível 3 de IEC
AM22-3 Nível alto Equipan1en10 nonnal 61000·4·
4:2004
Nh·el 4 da lêC
AM22-4 Nível rnuito alto E<1uiparncnto nonnaJ 61000-4-
4:2004
(continua)
SU$W ü
(Contifluaçdo)
Nível 2 da
AM25-2 Nível médio Nom1al IEC 61000-
4-3:2002
Nível 3 da
AM25-3 Nível alio Nível reforçado IEC 61000-
4-3:2002
(contl,1u1JçJo)
B - Utilização (4. Z. 6. 2)
BA - Competência de pes.<oas (4. 2. 6. 2. 1)
BAI Con1uns Nonnal
Co1nponcnte com grau de proteção superior a lP2X
Co1nponcntes cont te1nperaturas de superfície exten1a
BA2 Crianças
superiores a 80 •c (60 "C 1>ara creches e locais análogos)
deven1 ser inaces:síveis
(continuJçiio)
Tabela A.2 • Se~ão e instalação de linhas elétricas em função das influêncios externas (origem:
Tabela 34 da NBR 5410)
CódigoJ Classificação Sí:leção e instalação das linhas
A - Condições ambientais
AA - Temperatura ambiente
AAI -60°C +5 'C
Sob ten1pcratums inferiores a - 10 (IC os condu1ores ou cabos con1 isolação
AA2 -40 °C +5'C e/ou cobcnura de PVC. bem como os condu1orcs de PVC não devem ser
AA3 -25 °C + 5'C n1anipulados nen1 sub,netidos a esforços n1ccânicos, visto que o PVC pode se
AA4 - 5 °C +40 ' C tonar quebradiço
AAS + s •c + 40 °C Quando a ten11>era1ura a1nbien1e (ou do solo) for superior aos valores de
AA6 + s •c + 60 ' C referência (20 •e para linhas sub1erraneas e 30 'C para as demais). as capaci-
AA7 - 25'C + 55 °C dades de condução de corre nte dos condutores e cabos isolados devcn1 ser
reduzidas de acordo com 6.2.5.3.3
AA8 -so•c +40 •C
AC - Altitude (sem influência)
AD - Presença de água
ADI Despre2ível
O uso de ,nolduras só é pennitido em AD I
A02 Go1ejan1ento
AD3 Precipi1açuo Nas condições A03 a A06 só devem ser usadas linhas com pro1eção adicional
AD4 Aspersão à penetração de águn. co1n os graus JP adequados. e111 princípio se1n revesti..
AD5 Ja1os mento 1nerático externo
A06 Onda Os c.abos uni e n,uhipolares do1ados de cobenura cx1rudada pode1n ser usados
AD7 ln1crs.:1o c.1n qualquer tipo de linha. n1es1no cont condutos 1netálicos
AD8 Submersão Cabo~ para uso subnterso
AE - Presença de corpos sólidos
AEI Desprezível Nenhunta lin1itação
AE2 Pequenos obje1os Nenhu,na limitaç-Jo, desde que não haja exposição a danos n1ecânicos
AE3 Objetos ntuíto pequenos Nenhurna li1nitoç-ão
AEA Poeira teve Pode1n sei· necessárias precauções para evitar que a deposição de poeira ou
outras substâncias chegue ao ponto de prejudicar n dissipação térn1ica das
AE5 Poeira moderada
linhas elétric-as.tsso inclui a seleção de u1n ntétodo de instalaç.ão que facilite a
AE6 Poeira intensa remoção da poeira
AF - Presença de substâncias corrosivas ou poluentes
AFI Desprezível Nenhurna li1nitaç-ão
AF2 At1nosféric;.l As linhas devenl ser protegidas contra corrosão ou contra agentes quínt icos:
os cabos uni e mullipolares con1 cobercura ex1rudad;.\ são considerados ade·
quados: os condutores isolados só po<le111 ser usados en1 eletrodutos que apre·
AF3 lntern1itente se1Hc1n rcsis1ência adequadas aos agc11tes 1>resentes
Só é admitido o uso de cabos uni ou ,nuhipolares adequados aos ,,gentes
Af4 Pennanente
quín1icos presentes
(COl>rinua)
SU$W ü
(continu,>ç,i o)
AH - Vibrações
AHI fracas Nenhu,na li1nhaçào
AH2 Médias Podem ser nccess:1rias linhas flexíveis
Só pode,n ser uti liiadas l inhas flexíveis constiluídas por cabos uni ou 1nulti-
AH3 Severas
polares flexíveis ou condutores isolados flexíveis em eletroduto flexível
AL - Presença de fauna
ALI Desprezível Nenhuma limitação
Linhas com proteção especial. Se exisrir risco devido à presença de roedores
e cupin.s, deve ser usada u,na das soluções:
- cabos providos de annaç{io
AL2 Prejudicial
- condutores isolados ern condutos co1n grau de proteção adequado
- 1nateriais espooiahncnte adilivados ou tevestinlc11to adequado c,n cabos ou
clctrodutos
AN2 Média Os cabo$ ao ar livre ou e1n condutos abertos deven1 ser resistentes às inte,n-
péries. A elevação da 1e1npennurn da superrfcie dos condutores ou cabos deve
AN3 Alta ser levada en1 conta nos cálculos da capacidade de condução de corrente
B - U1ili7.ações
BA - Compelência das pessoas (stm iníluência)
BB - ResíS1êncla clélriea do corpo humano
B81 Alta Nenhu1na lin1itação
882 Norn1al
883 Saixa Ver 5.1 e Seção 9
884 Muito baixa
(conti11uaçio)
B
Apênd ice
Os eletroclos de fundação e a
equalização de potencial
Por Celso Luiz Pereira Mendes
Consultor, SM IEEE, VDE
A iníra·estrutura de aterramento de uma edificação, nicos, ou de choques elétricos causados por essas
cujo elemento central é o eletrodo de aterramento, deve correntes.
observar os seguintes requisitos da norma NBR 541 O ela • Quando aplicável, atender também aos requisitos
ABNT, conforme edição 2004: funcionais da instalação.
• Ser confiável e satisfazer os requisitos de segurança Eletrodos de aterramento embutidos nas fundações
das pessoas. represe1,tam u1na soluçllo econô1nica e altamente eficaz
• Poder conduzir correntes de falta à terra sen1 risco para assegurar a manutenção de suas características
de danos térn1icos, termon1e<:ânicos e eletron,ecã- durante a vida útil das edificações.
Tennioal
interno do
eletrodo
(b) O eletrodo deve formar um anel fechada, embutido da, instalando-se essa emenda em um nicho na 1>are·
nas fundações ao longo de todo o perímetro do pré- de. Além disso, toda e qualquer junção que conec1e
dio, ele n1odo a se situar, no n1ínin10, 5 cn, acin1a do metais distintos eleve ser protegida contra os efeitos
fundo do concreto (Figura B.2). da corrosão eletrolrtica.
(c) A fita de aço deve ser disposta com a largura na verti· (g) A norma alemã determina que conexões e derivações
cal, para facilitar que fique completamente imers.1 no no eletrodo de fundação embutidas no concreto
concreto, o que lhe confere proteção contra corrosão. sejam soldadas, a1>araíusaclas (Figura B.6) ou tenha
(d) Se a fundação for de concreto armaclo, a norma NBR conectores de pressão específicos para tal fim, dispo-
541 O admite o uso das armaduras como eletrodo níveis no mercado. O uso de solda nas armaduras cio
natural, como já mencionado, sendo suficientes as concreto depende de aprovaç,io prévia dos enge-
an1arrações com aran1e de aço torcido existentes. nheiros responsáveis pela estrutura.
Pela norma alemã, nesse caso o eletrodo deve ser (h) O terminal ele acesso ao eletrodo ele fundação eleve
assentado logo acima da armadura mais profunda aflorar no local de entrada do cabo de energia elétri·
(Figura 8 .3). ca (pressupondo-se entrada subterrânea). Nesse
(e) Se a fundação não for de concreto armado, será ponto, deve situar·se, também, o barramento de eqüí·
necessário cravar suportes de fixação a cada 2 m potencialização principal (BEPJ cio prédio. A Figura
(Figura 8.4), de modo a manter o eleirodo em posi· 8.2 ilustra o terminal em questão. Trata-se ele uma fita
ção, como prescrevem os itens (b) e (e) anteriores. de aço zincada a íogo, ou revestida contra corrosão, de
(() Juntas de di latação existentes en1 estruturas armadas seção igual à do eletrodo, emergindo a 30 cm do piso
elevem ser transpostas pelo eletrodo de fundação por cio pavimento mais baixo e prolongando-se por 1,5 m
meio de elementos ílexíveis externos ao concreto até o BEP. Essa conexão é tratada em 6.4.1.2.3 da
(Figura B.51. A proteção mecânica poderá ser provi· NBR 5410.
1
A
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1
-,
Tenninal
intcn10 do
eletrodo
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Ili Piso acaba do
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t . •1 • .j
fita de aço
4 80 lnslalações elétricas
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o o . /:,
o /:,
<l
o o
o •
A,;.ão
Legenda:
1 • Fita de "Ǻ
2 - "fenninal inten\O
3 - Conexões en1butidas
4 - Tenninais para as descidas dos párn-raios
5 .. Ligaç-ão transversal
Figura 8. 7 • lnfro·estrutwa de oterramento da edificaçõo
(i) O eletrodo de fundação poderá ser provido de outros 8 .2 Ate rramento do SPDA
terminais que afloram externamente ao prédio, desti-
nados a receber as descidas dos pára-raios (Figura Quando o eletrodo de fundação for utilizado também
8.7). Aqui se aplicam, também, as prescrições da para aterramento do sistema de proteção contra descar-
norma NBR 5419. gas atn1osféricas (SPDA), a norma alen1ã prescreve liga-
SU$W li
ções no sentido transversal, através das fundações, de estacas profundas, tendem a apresentar resistências de
modo que o reticulado interno não exceda 20 X 20 m aterramente extremamente baixas.
(figura 8.7). Em galpões industriais onde houver pilares P<1ra determinar o valor de /?A, pode-se adotar a
internos, estes podem eventualmente funcionar como equação simplificada da resistência de aterramento de
condutores de descida das correntes dos raios. Nesses um anel não-circular:
casos, é necesStírio que os pilares internos sejan1 interli·
gados com o eletrodo de fundação instalado no períme-
tro do prédio. O projeto deve contemplar os requisitos
de segurança específicos para a equalização de poten- onde:
cial no solo. • RA = resistência de aterramento do eletrodo (!l);
• ,, =resistividade do solo (!l.m);
B.3 Compatibilidade eletromagné·
tica
• D=J(A;, 4)=1.13VA;
Com a disseminação das instalações e equipamentos • A ;;; área circunscrita pelo anel (m2).
de tecnologia da informação (TI), as medidas de compa- A partir de medições realizadas em eletrodos insta·
tibilidade eletromagnética tornaram-se mais rigorosas. lados, a Associação das Concessionárias Alemãs de
Nos locais com uso extensivo de TI, recomendam·se Energia Elétrica (VOEW) demonstra que esse método é
malhas de aterramento com módulos de no má.ximo 5 x suficientemente exato. Já outros autores sugerem uma
5 m ligados às armaduras da fundação (41. Nesses locais, fórmula específica:
dois outros requisitos são relevantes: a eqüipotencializa-
ção dita funcional, tratada na seção 6.4.5 da NBR 5410,
e o aterran1ento do neutro num único ponto (quando
existem mais de um transformador ou fonte de seguran-
na qual V é o volume das fundações de concreto.
ça), com o fim de evitar perturbações eletromagnéticas
A NBR 54 19 assim se refere à resistência de aterra-
causadas pela circulação de correntes de retorno no sis-
n,ento:
te.ma de aterrarnento.
5.1.J .1.2 - Para assegurar a dispersão da corrente de
descarga atmosférica na terra sem causar sobretensões
8.4 Resistência de aterramento perigosas, o arranjo e as dimensões do subsistema de
aterramento são mais importantes que o próprio valor
Medições relatadas por Wiesinger e Hasse, pesquisa- da resistência de aterramento. Para o caso de eletrodos
dores alemães muito atuantes nos fóruns de norn1aliza· não naturais, recomenda.se uma resist~ncia de aproxi·
ção internacional, den1onstran1 que a resistividade cio maciamente 1O n. como forma de reduzir os gradientes
solo (p), até uma profundidade de 1,5 m, sofre variações de potencial no solo e a probabilidade de centelhamen-
sazonais da ordem de 60% (+/- 30% em torno de um to perigoso.
valor médio), verificando~se o valor n1áxin10 no inverno Como se observa, quando se utilizam eletrodos natu·
e o n,ínimo no verão, devido às variações climáticas. rais (de fundação) a NBR 5419 não se preocupa em fixar
Nas profundidades n1aiores que 1,5 m, essa variação un1 valor específico de resistência de aterramento.
pode diminuir para 20%. Em ambos os casos, entende- Outros requisitos para eletrodos naturais são definidos
se excluída a influência das chuvas. em 5.1.3.3 da norma. Sabe-se ainda que, devido à topo-
O elemento metálico do eletrodo de fundação não logia dos eletrodos de fundação, sua impedância de
se acha em contato direto com a tecra, mas por nteio da surto Z1, isto é, sua i1npedância perante um impulso de
camada de concreto que o envolve. Uma vez que o corrente, como nas descargas atmosféricas, pode ser
concreto conserva calor e certo teor de umidade, a considerada menor <1ue a resistência de aterramento R,.
resistência de aterramento (RA) de um eletrodo de fun-
dação resulta mais estável que a de qualquer outro ti1>0
de eletrodo. Na prática, essa resistência situa-se entre 1 B.5 Barramento de eqüipotenciali·
n. n
e 1O sendo de 2 a 6 para edificações habitacionais :z:ação principal (BEP)
uniíamiliares típicas, conforme a resistividade do solo,
as características do concreto e as condições de tempe- Um requisito fundamental das nonnas NBR 541 O e
ratura e un1idade. OIN VOE 0100, diretamente vinculado à questão cio
Eletrodos de fundação naturais em edifícios de múlti· aterramento, é a equalização de potencial. Em cada edi-
pios pavimentos e análogos, providos de fundações de ficação, um ou mais condutores de eqüipotencialização
concreto arn,ado extensas, em ger<1I construídas sobre principal deven1 reunir os seguintes elen1entos:
SU$W ü
±O
....... ...... · 1.====
14
Legenda:
1 - Condulor de atemunento princi1>al
2 - Conclu1or de pro1cção principal (PEN)
3 • Canalização de água
4 - Canalização de aquecin1c1HOce111ral
5 • Canalização de g:1$
6 - Ao eletrodo de ,nerran1cn10 da antena
7 • À instalação de teleco1nunicação
8 - Ao cleirodo de a1errmnen10 do p;lra-raios
9 · Reser. a
1
• As armaduras de concreto annado e outras estruturas • O condutor neutro da alimentação elétrica, salvo se
metálicas da edificação. não existente ou se a edificação precisar ser alhnen-
• As tubulações metálicas de água, de gás combustível, tada, por qualquer motivo, em esquema TI ou IT.
de esgoto, de sistemas de ar-condicionado, de gases • O (s) condutor(es) ele proteção princi1>al(is) da instala-
industriais, ele ar comprimido, de vapor e1c., bem ção elétrica (interna) da edificação.
como os elementos estruturais metálicos a elas asso- Atestando a importância da eqüipotencialização
ciados. como medida de seguranç.1, observa-se que, já na déca-
• Os condutos metálicos das linhas ele energia e de da ele 1980, idênticos re<1uisitos constavam das normas
sinal que en1ram e/ou s.1em ela edificação. NFPA-78 (Estados Unidos), BS-6651 (Grã-Bretanha), UTE
• As blindagens, armações, coberturas ou capas melá· C17-100 (França), VDE 0100 (Alemanha) e no projeto
licas de cabos das linhas de energia e de sinal que IEC 81(C0)6, que deu origem à revisão da NBR 541 9 na
entran, e/ou saem da edificação. época.
• Os condutores de proteção das linhas de energia e de O objetivo da eqüipotencialização é evitar tensões
sinal que en1ram e/ou saem da edificação. de contato perigosas em caso de faltas fase-massa inter-
• Os condutores ele interligaç.'io provenientes ele outros nas ou externas à edificação (transferência de poten-
eletrodos de aterramento porventura e,istentes ou cial). Analogamente, a eqüipotencialização contra des-
previstos no entorno ela edificação. cargas atmosféricas (8/Uzschu1z-Po1en1ialausgleic/1, da
• Os condutores de interligação provenientes de ele- norma DIN VDE) visa evitar centelhamentos perigosos
trodos de a1erramento ele edificações vizinhas, nos causados pelos raios. A proteção adicional contra
casos em que esta interligaç.io for necessária ou sobretensões transitórias deve ser provida por dispositi-
recomendável. vos de proteção contra surtos (DPSJ; uma abordagem
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Ao eletrodo de Ao eletrodo de
a1ernunento do fundação
pira.raios
minuciosa desse conceito encontra·se no Capítulo 12. sos M6) ou simples (um parafuso M 10), protegidas con-
No ãmbilo iniernacional, este tópico é tratado pela tra danos mecânicos, ténmicos e químicos. Conexões
nonma IEC 62305 :2006 - Parte 4. subterrâneas ou em atmosferas agressivas podem ser pro-
Em instalações industriais, a eqüipotencialização tegidas com luvas termocontráteis conforme DIN 30672.
principal de uma área pode ser realizada no barramento
PE do quadro geral de baixa tensão da respectiva subes·
ta<;<io tr,,nsformadora. Já para locais de habitação, o B.6 Aterramento de antenas
arranjo físico recomendado é mostrado na Figura B.8, externas
associado a um eletrodo de fundação. Essa figura, extraí·
da originalmente da nom1a alemã, íoi de certa forma A Figurn B.8 indica que está prevista a eqüipotencía·
precursora cio atual Anexo G ela NBR 541 O. lização com o eletrodo de aterramento da antena (posi-
O barramento OEP padroni zado, reproduzido na ção n• 6 na legenda). De lato, o mastro de uma antena
Figura 8.9, é de cobre com seção de 25 mm' ou de aço externa de TV instalado sobre uma estrutura deve ser
zincado a fogo com seção equivalente, e dispõe no míni- aterrado conforme prescreve a NBR 5419, Anexo A,
mo dos seguintes terminais: seção A.3.1. A norma adn1ite duas alternativas:
• 1 ele 30 x 4 mm ou <I> 10 mm. • O mastro da antena deve ser interligado ao SPDA
• 1 ele 50 mm>. co1n solda exotérn1ica ou braçadeira con1 dois para·
• 6 de 6 a 25 mm' . fusos M8 (uma interligação curta e retilínea, para
• 1 de 2,5 a 6 mm'. obter baixa indutância).
Os condutores de eqüipotencialização são conecta- • Se não hou11er SPDA, a antena deve 1>0Ssuír um condu·
dos às tubulações em 1>0ntos acessíveis e identiíicados, tor de aterran,ento exclusivo, de seção 0tio inferior a 16
mediante braçadeiras metálicas duplas (com dois parafu- mm" em cobre, ligado a um eletrodo ele aterramento.
(a) (b)
Mastro da antcnn ligado ao Condutor de aterra1nento
coodutor de descida do pára·raios exclusivo para a antena
Figura 8. 1O• Atorramento ele antena,: {ai eletrodo do fundação; (b) eletrodo do antena
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