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História das Universidades no Mundo

e no Brasil
Profa. Dra. Luci Bonini
Profa. Ms. Fernanda de Carvalho
Universidade
"São Universidades que fazem, hoje, com efeito, a
vida marchar.Nada as substitui.Nada as
dispensa.Nenhuma outra instituição é tão
assombrosamente útil" Anísio Teixeira
Pré Socráticos

Os pré-socráticos são filósofos que


viveram na Grécia Antiga e nas suas
colônias.
Assim são chamados, pois são os
que vieram antes de Sócrates,
considerado um divisor de águas na
filosofia.
Muito pouco de suas obras está
disponível, restando apenas
fragmentos.
Uma sociedade racionalizada
 A Grécia entre os séculos VII e V a.C era uma sociedade
justa, livre de preconceitos e democrata......?????? ERA?????
 Na verdade democracia era um equilíbrio entre as diferentes
camadas sociais
A escrita
 Entre os gregos ela é de domínio comum 
ideologicamente isso poderia significar que todos tinham
acesso ao conhecimento, à ampla difusão das ideias
 Não há sacerdotes que tenham monopólio de livros sagrados,
por exemplo
A religião
 É frágil  os deuses têm
características humanas e
pouco servem para
inspirar um pensamento
religioso
Antes de Sócrates
 Homero = Ilíada e Odisseia – narrativas épicas que
mostravam as guerras entre gregos e outras cidades estados
 Ilíada narra a guerra de Tróia (Ílion em grego)
 Odisséia  narra as viagens de Ulisses
Péricles (c. 495/492 a.C.–429 a.C.)
 Justiça é a realização palpável da atividade humana
 O homem é responsável pelo seu destino
 A vontade humana deve conter o desejo de ser bom
Anaximandro (610 - 547 a.C.)
 Há uma lei que governa o cosmos (kosmos)
 Isso nos dá certeza e regularidade
 O Universo se governa pelo equilíbrio das forças contrárias
( ódio/amor; quente/frio; justo/injusto)
Heráclito de Éfeso (aprox. 540 a.C. - 470 a.C.)
 A todos os homens é compartilhado o conhecer-se a si
mesmo e pensar sensatamente
 A lei serve à cidade: deve ser re´peitada e conservada para a
manutenção da ordem
Demócrito (cerca de 460 a.C. - 370 a.C.)
 Inimigo não é quem comete injustiça, mas o que quer
cometê-la
 Não por medo, mas por dever, evitai os erros
Sofistas I (século IV a.C)
 Protágoras  o mais célebre advogado da relatividade de
valores
 O que é bom para A pode ser mau para B
 O que é Bom para A em certas circunstâncias pode ser mau
para ele em outras
 O que está na Lei é o que está dito pelo legislador, e esse é o
começo, o meio e o fim de toda justiça.
Sofistas II
 Houve um avanço significativo na importância da oratória, da
argumentação
 Eles eram acusados de cobrar pelo que ensinavam, foram
perseguidos por isso e muito criticados
 "Protágoras obrigou-se a ensinar a lei a Euatlo, combinando com
este um determinado preço que só seria pago quando o aluno
vencesse o seu primeiro caso. Concluída a formação acordada,
Euatlo absteve-se de acompanhar qualquer processo e o
impaciente Protágoras demandou-o judicialmente para que lhe
fosse pago o que entendia ser devido. Raciocinou assim: se
ganhasse, Euatlo teria de pagar o valor acordado; se perdesse,
então Euatlo teria ganho o seu primeiro caso e ficava obrigado a
pagar nos termos do contrato. Mas não foi este o raciocínio de
Euatlo: argumentava este que se Protágoras ganhasse ele não
seria obrigado a qualquer pagamento, porque só a tal seria
obrigado quando tivesse ganho o primeiro caso; caso Protágoras
perdesse também não pagaria, porque o tribunal decidira que ele
nada tinha a pagar. Qual dos dois teria razão?"
Sócrates (469-399 a.C.)
 O pensamento socrático é profundamente ético
 Conhece-te a ti mesmo
 Verdade, justiça e virtude devem ser buscadas para um fim
maior (post mortem)
 Acreditava que o conhecimento deveria ser compartilhado
em praça pública com aqueles que ‘poderiam’ receber o
conhecimento, ou seja os filhos dos burgueses
Platão (427-347 a.C.)
Corpo

O modus vivendi virtuoso


faz o homem obter o favor
dos deuses
Paidéia (Educação em Platão)
O mito da Caverna
Aristóteles (384-322 a.C.)
O HELENISMO
 O final do séc. IV a.C. até por volta de 400 d.C
 Alexandre foi uma figura importante nesta época, pois ele conseguiu a
derradeira e decisiva vitória sobre os persas e também uniu o Egito e
todo o Oriente, até a Índia, à civilização grega.
 A partir de 50 a.C. Roma, que tinha sido província da cultura grega,
assumiu o predomínio militar e começou o período romano também
conhecido como final da Antigüidade.
 O helenismo foi marcado pelo rompimento de fronteiras entre países
e culturas.
 Quanto à religião houve uma espécie de sincretismo; na ciência, a
mistura de diferentes experiências culturais; e a filosofia dos pré-
socráticos e de Sócrates, Platão e Aristóteles serviu como fonte de
inspiração para diferentes correntes filosóficas.
Os Cínicos
 A filosofia cínica foi fundada em Atenas por Antístenes (discípulo
de Sócrates) por volta de 400 a.C.
 Os cínicos diziam que a felicidade podia ser alcançada por todos
 Achavam que as pessoas não deviam se preocupar com o
sofrimento (próprio ou alheio) nem com a morte.
 O principal representante desta corrente filosófica foi Diógenes
(discípulo de Antístenes).
Os Estóicos
 A filosofia estóica surgiu em Atenas por volta de 300 a.C. e seu
fundador foi Zenão
 Os estóicos consideravam as pessoas como parte de uma mesma razão
universal e isto levou à idéia de um direito universalmente válido,
inclusive para os escravos.
 Eram monistas (negavam a oposição entre espírito e matéria) e
cosmopolitas.
 Interessavam-se pela convivência em sociedade, por política e
acreditavam que os processos naturais (morte, por exemplo) eram
regidos pelas leis da natureza e por isso o homem deveria aceitar deu
destino.
 O imperador romano Marco Aurélio (121-180), o filósofo e político
Cícero (106-43 a.C.) e Sêneca (4 a.C.-65 d.C.) foram alguns que
seguiram o estoicismo.
A morte de Sêneca
Os Epicureus
 Por volta de 300 a.C. Epicuro (341-270 a.C.) fundou em Atenas a
escola dos epicureus que desenvolveu mais ainda a ética do prazer de
Aristipo e a combinou com a teoria atômica de Demócrito.
 Epicuro ensinava que o resultado prazeroso de uma ação devia ser
ponderado, por causa dos efeitos colaterais.
 Achava também que o prazer a longo prazo possibilitava mais
satisfação ao homem. Ele se utilizava da teoria de Demócrito contra a
religião e superstição.
 Os epicureus quase não se interessavam pela política e sociedade e sua
palavra de ordem era "Viver o momento“  carpe diem
O Neoplatonismo
Plotino

 O neoplatonismo foi a mais importante corrente filosófica da


Antigüidade.
 O neoplatônico mais importante foi Plotino (c. 205-270). Ele via o
mundo como algo dividido entre dois pólos
  numa extremidade estava a luz divina, Uno ou Deus
  Na outra reinavam as trevas absolutas.
 A seu ver, a luz do Uno iluminava a alma, ao passo que a matéria
eram as trevas. O neoplatonismo exerceu forte influência sobre a
teologia cristã.
Biblioteca de Alexandria
 Entre 280 a.C. a 416, a biblioteca de Alexandria reuniu o
maior acervo de cultura e ciência que existiu na antigüidade.
 Tornou-se uma fonte de instigação a que os homens de ciência e
de letras,deixando assim um notável legado para o
desenvolvimento geral da humanidade.
 Fascinada por leituras, Cleópatra visitava quase que diariamente
a grande biblioteca da cidade de Alexandria.
 Acoplada ao Museu, mandando construir pelo seu ilustre
antepassado e fundador da dinastia, o rei do Egito Ptolomeu I
Sóter (o Salvador), que reinou de 305 a 283 a.C. , a biblioteca
tornara-se, até aquela época, o maior referencial científico e
cultural do Mundo Antigo
O Islã
 Podemos citar a Matemática como ciência revolucionária do
Islã, mas aliada a ela vêm também a Física, a Química (e por
que não a Alquimia) e a Astronomia.
 No campo da Literatura, muitos poetas Árabes adquiriram
renome no mundo, mas nenhuma obra supera em
grandiosidade "As mil e um noites".
 Uma aliança entre a literatura, a Alquimia e cultos antigos fez
com que florescessem no mundo Islâmico Medieval homens
como o Persa Omar Khayyam 
 Revolucionaram a matemática e são, seguramente a forma
mais perfeita de representação numérica já inventada.
 Além de contarem com a noção do zero, noção inexistente
nos algarismos romanos utilizados até então, contavam com
dez símbolos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), proporcionando
uma escrita muito mais simples dos números do que os sete
símbolos romanos (I, V, X, L, C, D e M).
 É claro que a Matemática, por si só, é uma Filosofia e, como
tal, deve ser incluída na seção de Legados Culturais, mas os
algarismos são uma nova tecnologia.
 Muitos estudiosos acreditam que
os árabes não desenvolveram um
saber, mas sim traduziram os
gregos e demais textos de cada
região que invadiam.
 Outros há que acreditam que a
pólvora, o astrolábio e outras
invenções foram trazidas pelos
árabes da China.
 O Centro do saber dos islâmicos
ficava em Bagdá, uma espécie de
biblioteca, escola e centro de
traduções
Anaximandro (610 - 547 a.C.)
 Há uma lei que governa o cosmos (kosmos)
 Isso nos dá certeza e regularidade
 O Universo se governa pelo equilíbrio das forças
contrárias ( ódio/amor; quente/frio; justo/injusto)
Heráclito de Éfeso (aprox. 540 a.C. - 470
a.C.)
 Para muitos - filosofia contraditória, mas é nela
que observamos profundos pensamentos.

 A todos os homens é compartilhado o conhecer-


se a si mesmo e pensar sensatamente

 Seus escritos reuniam ciência, relações humanas e


teologia
Demócrito (cerca de 460 a.C. - 370
a.C.)
 Desenvolveu a doutrina atomísta;

 Os átomos estão em movimento constante


no espaço;

 Aspectos similares às noções científicas


modernas.
Sócrates (469-399 a.C.)
 O pensamento socrático é profundamente ético
 Conhece-te a ti mesmo

 Verdade, justiça e virtude devem ser buscadas para um


fim maior (post mortem)

 Acreditava que o conhecimento deveria ser


compartilhado em praça pública com aqueles que
‘poderiam’ receber o conhecimento, ou seja os filhos dos
burgueses
Sofistas I (século IV a.C)
 Protágoras  o mais célebre advogado da relatividade
de valores

 O que é bom para A pode ser mau para B


 O que é bom para A em certas circunstâncias pode ser
mau para ele em outras
 O que está na Lei é o que está dito pelo legislador, e
esse é o começo, o meio e o fim de toda justiça.
Sofistas II
 Houve um avanço significativo na
importância da oratória, da argumentação;

 Eles eram acusados de cobrar pelo que


ensinavam, foram perseguidos por isso e
muito criticados
 "Protágoras obrigou-se a ensinar a lei a Euatlo, combinando com
este um determinado preço que só seria pago quando o aluno
vencesse o seu primeiro caso. Concluída a formação acordada,
Euatlo absteve-se de acompanhar qualquer processo e o
impaciente Protágoras demandou-o judicialmente para que lhe
fosse pago o que entendia ser devido. Raciocinou assim: se
ganhasse, Euatlo teria de pagar o valor acordado; se perdesse,
então Euatlo teria ganho o seu primeiro caso e ficava obrigado a
pagar nos termos do contrato. Mas não foi este o raciocínio de
Euatlo: argumentava este que se Protágoras ganhasse ele não
seria obrigado a qualquer pagamento, porque só a tal seria
obrigado quando tivesse ganho o primeiro caso; caso Protágoras
perdesse também não pagaria, porque o tribunal decidira que ele
nada tinha a pagar. Qual dos dois teria razão?"
Platão (427-347 a.C.)
Corpo

O modus vivendi virtuoso


faz o homem obter o favor
dos deuses
Paidéia (Educação em Platão)
O mito da Caverna
Aristóteles (384-322 a.C.)
O Helenismo
 O final do séc. IV a.C. até por volta de 400 d.C

 Alexandre foi uma figura importante nesta época, pois ele


conseguiu a derradeira e decisiva vitória sobre os persas e
também uniu o Egito e todo o Oriente, até a Índia, à civilização
grega.

 A partir de 50 a.C. Roma, que tinha sido província da cultura


grega, assumiu o predomínio militar e começou o período
romano também conhecido como final da Antigüidade.
Os Cínicos
 O helenismo foi marcado pelo rompimento de fronteiras
entre países e culturas.

 Quanto à religião houve uma espécie de sincretismo; na


ciência, a mistura de diferentes experiências culturais; e a
filosofia dos pré-socráticos e de Sócrates, Platão e Aristóteles
serviu como fonte de inspiração para diferentes correntes
filosóficas.
 A filosofia cínica foi fundada em Atenas por Antístenes
(discípulo de Sócrates) por volta de 400 a.C.

 Os cínicos diziam que a felicidade podia ser alcançada por


todos

 Achavam que as pessoas não deviam se preocupar com o


sofrimento (próprio ou alheio) nem com a morte.

 O principal representante desta corrente filosófica foi


Diógenes (discípulo de Antístenes).
Os Epicureus

 Por volta de 300 a.C. Epicuro (341-270 a.C.)


fundou em Atenas a escola dos epicureus que
desenvolveu mais ainda a ética do prazer de Aristipo
e a combinou com a teoria atômica de Demócrito.

 Epicuro ensinava que o resultado prazeroso de uma


ação devia ser ponderado, por causa dos efeitos
colaterais.
 Achava também que o prazer a longo prazo
possibilitava mais satisfação ao homem. Ele se
utilizava da teoria de Demócrito contra a religião
e superstição.

 Os epicureus quase não se interessavam pela


política e sociedade e sua palavra de ordem era
"Viver o momento“  carpe diem
Os Estóicos
 A filosofia estóica surgiu em Atenas por volta de 300 a.C. e
seu fundador foi Zenão

 Os estóicos consideravam as pessoas como parte de uma


mesma razão universal e isto levou à idéia de um direito
universalmente válido, inclusive para os escravos.

 Eram monistas (negavam a oposição entre espírito e


matéria) e cosmopolitas.
 Interessavam-se pela convivência em sociedade, por
política e acreditavam que os processos naturais (morte,
por exemplo) eram regidos pelas leis da natureza e por
isso o homem deveria aceitar deu destino.

 O imperador romano Marco Aurélio (121-180), o


filósofo e político Cícero (106-43 a.C.) e Sêneca (4
a.C.-65 d.C.) foram alguns que seguiram o estoicismo.
O
Neoplatonismo
Plotino
 O neoplatonismo foi a mais importante corrente
filosófica da Antiguidade.

 O neoplatônico mais importante foi Plotino (c.


205-270). Ele via o mundo como algo dividido entre
dois pólos
  numa extremidade estava a luz divina, Uno ou
Deus
  Na outra reinavam as trevas absolutas.

 A seu ver, a luz do Uno iluminava a alma, ao passo


que a matéria eram as trevas. O neoplatonismo
exerceu forte influência sobre a teologia cristã.
Biblioteca de Alexandria
 Entre 280 a.C. a 416, a biblioteca de Alexandria
reuniu o maior acervo de cultura e ciência que
existiu na antiguidade.

 Tornou-se uma fonte de instigação a que os homens


de ciência e de letras,deixando assim um notável
legado para o desenvolvimento geral da
humanidade.
 Fascinada por leituras, Cleópatra visitava quase que
diariamente a grande biblioteca da cidade de
Alexandria.

 Acoplada ao Museu, mandando construir pelo seu


ilustre antepassado e fundador da dinastia, o rei do
Egito Ptolomeu I Sóter (o Salvador), que reinou de
305 a 283 a.C. , a biblioteca tornara-se, até aquela
época, o maior referencial científico e cultural do
Mundo Antigo
O Islã
 Podemos citar a Matemática como ciência revolucionária
do Islã, mas aliada a ela vêm também a Física, a Química
(e por que não a Alquimia) e a Astronomia.

 No campo da Literatura, muitos poetas Árabes


adquiriram renome no mundo, mas nenhuma obra
supera em grandiosidade "As mil e um noites".

 Uma aliança entre a literatura, a Alquimia e cultos


antigos fez com que florescessem no mundo Islâmico
Medieval homens como o Persa Omar Khayyam 
 Revolucionaram a matemática e são, seguramente a
forma mais perfeita de representação numérica já
inventada.

 Além de contarem com a noção do zero, noção


inexistente nos algarismos romanos utilizados até então,
contavam com dez símbolos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e
9), proporcionando uma escrita muito mais simples dos
números do que os sete símbolos romanos (I, V, X, L,
C, D e M).

 É claro que a Matemática, por si só, é uma Filosofia e,


como tal, deve ser incluída na seção de Legados
Culturais, mas os algarismos são uma nova tecnologia.
 Muitos estudiosos acreditam que os
árabes não desenvolveram um saber,
mas sim traduziram os gregos e
demais textos de cada região que
invadiam.

 Outros há que acreditam que a


pólvora, o astrolábio e outras
invenções foram trazidas pelos árabes
da China.

 O Centro do saber dos islâmicos


ficava em Bagdá, uma espécie de
biblioteca, escola e centro de
traduções
A Idade Média
O nascimento das universidades:
as corporações de ofício
 A estrutura  universitária
surgiu no período medieval
ocidental o fortalecimento
do meio urbano foi propício
para o aparecimento desta
nova estrutura  em
consequência do
fortalecimento do comércio, o
qual só foi possível com o
movimento das Cruzadas
entre o Ocidente e o Oriente.
Corporações de Ofício
 Reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma profissão
 para defender os interesses da classe
 - Mestres: eram os donos de oficina e com muita experiência no
ramo em que atuava;
- Oficiais: tinham uma boa experiência na área e recebiam
salário pela função exercida;
- Aprendizes: eram jovens em começo de carreira que estavam
na oficina para aprender o trabalho. Não recebiam salário, mas
ganhavam, muitas vezes, uma espécie de ajuda.
 Podemos considerar as corporações de ofício sob duas óticas:
um centro de saber e conhecimento e como uma espécie de
embrião dos sindicatos modernos.
 Nelas se compartilhavam as técnicas e as boas práticas que
levaram à produção de obras imperecíveis. a maçonaria (da
palavra francesa para pedreiro) foi, em sua origem, uma espécie de "academia
de ciências" da construção civil, responsável pelos avanços tecnológicos que
permitiram as catedrais góticas.
 Regras sob as quais os mestres transmitiam para seus
aprendizes tudo o que sabiam  origem da formação
profissional
 Impunham exames rígidos para a concessão de uma carta de
ofício – o que protegia também os clientes  obra-prima
designava o trabalho de formatura, na qual o aprendiz
mostrava o seu virtuosismo.
 Universitas significa Corporação   instituições de saber
medieval.
 As Corporações de Ofício medievais congregavam pessoas com um mesmo interesse
econômico, político ou cultural.
 Tais pessoas agrupavam-se, criavam um estatuto para garantir os melhores preços e
impedir a entrada de produtos ou de pessoas em seu meio. 
 Cada membro da corporação deveria respeitar um estatuto próprio.

 O termo latino universitas significa também agrupamento ou


universalidade.
 Tal palavra poderia caracterizar qualquer corporação de ofício, inclusive a de
mestres e/ou alunos.
 Com o passar do tempo, passou a caracterizar somente a corporação do saber.
 No século XIII já existiam documentos que comprovavam a especificação para
o  termo.
 A universitas constituía uma simples associação de
indivíduos, sem o caráter institucional das Universidades
modernas. Bastava que os alunos estivessem ligados a um
mestre e o seguisse.
 Essa agregação formava a chamada schola ou “família”.
 Os alunos seguiam os mestres por todos os lugares e as aulas
poderiam acontecer em qualquer lugar.
O saber era considerado um “Dom” divino e, como tal, caberia a qualquer cristão que
fosse agraciado por Deus e tivesse assim o Dom do conhecimento do latim.
 As Universidades poderiam surgir de três formas distintas:
espontaneamente, por parte de um poder local ou das escolas
catedralícias e por migração de uma Universidade pré-
existente. “(...) a nova instituição pedagógica medieval
formou-se em conseqüência do desenvolvimento das escolas
episcopais, dos novos métodos didáticos, do aumento do
saber em virtude das tradições das obras gregas e árabes, da
proteção ao ensino por papas e príncipes, mas o fator
essencial para sua gênese, foi o caráter corporativo que
assumiram as escolas de artes, direito, teologia e medicina.” (
Nunes, 1878, p. 212)
 A ingressão dos alunos acontecia entre os 12 e 15 anos
iniciando o curso das artes liberais, com  as disciplinas
do  trivium  e o quadrivium.
 As disciplinas do trivium, ou ciência da palavra, dividiam-se
em gramática latina, retórica e dialética.
 Já o quadrivium, ou ciência das coisas, dividia-se em
aritmética, geometria, astronomia e música.
 Tentando controlar a Universidade medieval, a Igreja
Católica instituiu a Licentia Docendi ( permissão para
ensinar), a qual só poderia ser  concedida pela Igreja. 
 Instituiu também as prebendas, salários para os mestres, os
quais, a partir desse momento, tornavam-se funcionários
eclesiásticos ou principescos. 
 A partir desse momento, a influência dos meios certos levava
então ao cargo, ou seja, os mestres teriam que possuir bons
relacionamentos nas esferas de poder.
 Fonte: Ana Cristina P Lage, in http://goo.gl/ziqH
Escolas Monásticas e episcopais
 Escolas Monásticas que visam a formação de futuros
monges, em regime de internato
 Mais tarde escolas externas com o propósito da formação de
leigos cultos (filhos dos Reis e os servidores também).
 O programa de ensino, de início, muito elementar - aprender a ler, escrever,
conhecer a bíblia (se possível de cor), canto e um pouco de aritmética - vai-se
enriquecendo de forma a incluir o ensino do latim, gramática, retórica e
dialéctica.  
 Escolas Episcopais que  funcionam numa dependência da
habitação do bispo visavam a formação do clero secular e
também de leigos instruídos que assim eram preparados para
defender a doutrina da Igreja na vida civil.
Nome Cidade Sede País Ano de Fundação

Universidade de Bolonha Bolonha Itália 1088


Universidade de Oxford Oxford Inglaterra 1096
Universidade de Paris Paris França 1170
Universidade de Modena Modena Itália 1175
Universidade de Cambridge Cambridge Inglaterra cerca de 1209
Universidade de Salamanca Salamanca Espanha 1218
Universidade de Montpellier Montpellier França 1220
Universidade de Pádua Pádua Itália 1222

Universidade de Nápoles Federico Nápoles


II Itália 1224

Universidade de Toulouse Toulouse França 1229


Universidade de Siena Siena Itália 1240
Universidade de Valladolid Valladolid Espanha 1241
Universidade de Múrcia Múrcia Espanha 1272
Universidade de Coimbra Coimbra Portugal 1290
Aula anatomia séc XVII, quadro de
Rembrandt
Mestres livres ou independentes
 Pedro Abelardo (em francês Pierre Abélard, 1079-1142),
cristão nutrido na filosofia antiga e tido como o primeiro
intelectual pelo historiador Jacques Le Goff, torna-se célebre
pela força de sua oratória, utilizada para promover a aliança
entre razão e fé com a junção da dialética e da teologia,
renovando assim os estudos das Sagradas Escrituras.
 Ainda jovem, saía sempre vitorioso dos embates discursivos
que travava com seu mestre Guillaume de Champeaux
(1070-1121), acabando por ocupar seu lugar como preletor
(mestre) na escola da catedral de Paris. 
 Cada mestre livre tinha suas próprias especialidades e os alunos
acorriam a eles de acordo com seus interesses intelectuais e
crenças. 
 São Tomás de Aquino (1227-1274), o flamenco Sigerio de
Brabante (1235-1284) e também o francês São Bernardo de
Claraval (1090-1153).
 Foi este movimento que propiciou que centros urbanos como
Montpellier, na França, e Bolonha, na Itália, por exemplo, se
especializassem no ensino de medicina e direito,
respectivamente.
O ensino nas universidades
 "Nos tempos medievais as artes liberais eram divididas em
duas categorias: "trivium", ou os três caminhos para a
eloqüência – gramática, retórica e lógica – e "quadrivium",
ou os quatro caminhos para a sabedoria: aritmética, música,
geometria e astronomia.
 Os caminhos do "quadrivium" eram superiores aos caminhos
do "trivium", a sabedoria melhor do que a eloqüência, que
era uma virtude abstrata e narcisista."
Trivium
 Ou “encontro dos três caminhos” compreendia a gramática, a
Dialéctica e a Retórica.
 Gramática é o conhecimento de como falar sem cometer erro
 Dialéctica é a discussão perspicaz e solidamente argumentada
por meio da qual o verdadeiro se separa do falso
 Retórica é a disciplina da persuasão para toda e qualquer coisa
apropriada e conveniente
 Eram as disciplinas essenciais para quem pretendesse o
sacerdócio ou qualquer lugar na hierarquia eclesiástica: nestas
três disciplinas estava contido todo o conhecimento
necessário para a administração da Igreja
Quadrivium
 Os estudos mais avançados estavam reservados para o
Quadrivium: Aritmética, Geometria, Astronomia e Música).
 A arquitetura medieval, por exemplo necessitava do
conhecimento profundo de todas estas matérias do
Quadrivium
 Um arquitecto medieval não era só aquele que desenhava as
plantas, mas todas as modificações, os planos de construção, o
fornecimento de materiais e desenhava todos os pormenores
decorativos.
Marten de Vos – Alegoria das Sete Artes Liberais 1590
Capela da Universidade de Coimbra
Universidade de Bolonha
Sorbonne
 Sorbonne (em francês, La Sorbonne) era um apelido da
antiga Universidade de Paris e hoje é usada para se referir às
suas instituições sucessoras, que hoje são quatro
universidades (Université Paris I - Panthéon-Sorbonne;
Université Paris III - Nouvelle-Sorbonne e Université Paris
IV - Paris-Sorbonne).
 Localiza-se no centro de Paris, no quinto arrondissement
(distrito), em frente ao Lycée Louis-Le-Grand (escola
secundária) e ao Collège de France (universidade , próximo
ao monumento Le Pantheón, às universidades Paris I, Paris
II, Paris IV e Paris V, e ao Parque Luxemburgo (onde
encontra-se o Senado), no chamado Quartier Latin (Bairro
Latino), onde concentram-se várias escolas superiores, os
museus e os turistas.
 Foi fundada como colégio integrante da Universidade de
Paris em 1257 por Robert de Sorbón, com a intenção de
facilitar o ensino da teologia a alunos pobres.
 Três séculos depois, o local converteu-se em lugar
privilegiado para a realização dos debates da faculdade de
teologia e teve um papel importante nas querelas religiosas
do país contra os jesuítas no século XVI e contra os janseistas
no século XVII.
O campus
 O espaço universitáriopara Le Goff : "... o mundo dos sábios e o
mundo dos práticos, entre a teoria e a prática, entre a ciência e a
técnica... entre as artes liberais e as artes mecânicas”
 "materializa em comunas as liberdades políticas conquistadas, e em
corporações as posições adquiridas no domínio econômico (...) o
nascimento do ‘intelectual’ como tipo sociológico pressupõe a
divisão do trabalho urbano; o caráter corporativo que se origina com
a divisão do trabalho é assumido igualmente pelos intelectuais,
autorizado, da mesma forma que o comerciante, a obter lucro de sua
profissão, graças ao seu trabalho, à sua utilidade e à sua criação de
bens de consumo"
 A história dos espaços universitários se confunde, nas suas
origens, com a dos mosteiros; nestes a educação, em mãos da
igreja, era exercida quase como monopólio desde os
primórdios da Idade Média.
 Os mosteiros se configuram como expressão arquitetônica de
um espaço organizado para ordenação geral e permanente de
uma vida em comum dedicada ao estudo e exercício da
doutrina cristã.
Harvard
Na américa
 No final do século XIX renasce, na América do Norte, a
tradição interrompida da universidade como um conjunto
que reúne as modalidades do saber, agora integrando as artes
mecânicas e as liberais.
 Estes grandes complexos, que as maiores fortunas americanas
podiam viabilizar, retomam o caráter monumental já
anteriormente sugerido pelo traçado de Thomas Jefferson
para a Universidade de Virginia em Charlottesville,
reforçado, agora, pela tradição Beaux-Arts então em voga.
Bibliotecas
República (res publica)
 Entre os séculos XII e XIII, com o florescimento das
universidades, começam a se agrupar no entorno dessas
instituições diversos pensionatos de estudantes, chamados
"colégios". 
 Muitos cursos já eram pagos e não era pequeno o número de
alunos bolsistas e pensionistas sustentados por príncipes ou
mesmo agrupamentos de interessados que formavam redes
de ajuda
Algumas considerações
 A universidade é uma instituição européiapor excelência
 [...] É, além disso, a única instituição européia que preservou os
seus padrões fundamentais, o seu papel social e as suas funções
básicas ao longo da história...
 Nenhuma outra instituição européia se expandiu
pelo mundo inteiro nos mesmos moldes em que o
fez a universidade na sua forma tradicional.
 Os graus conferidos — os de bacharel, de
licenciado, de mestre e de doutor—foram adotados
pelas mais diversas sociedades de todo o mundo.
 A universidade, enquanto instituição social, vem
relacionado-se desde sua criação com a sociedade
instituinte através da mediação dos poderes
religiosos, políticos e econômicos.
 Esses poderes, enquanto pretensos porta-vozes ou
tradutores das demandas/necessidades, expectativas
da sociedade elaboraram e desenvolveram diversas
estratégias de controle
 às vezes denominadas de avaliação, no intuito de
subordinar a seus interesses, em tese da sociedade, os
rumos das instituições de ensino superior.
Universidade de Coimbra: Biblioteca
Universidade do Porto
A gestão, a avaliação, a produção
do saber
 Nas primeiras escolas medievais, o direito de
atribuir a licentia docendi (autorização para
leccionar) pertencia ao scholasticus, ou
magister scholarum
 Nas escolas das catedrais pertencia ao
chanceler do cabido, que estava encarregado
do scriptorium, ou gabinete de escrita, do
bispo ou arcebispo.
 No decurso do século XIII tornou-se prática
corrente o chanceler superintender também
nas escolas universitárias, que estavam sob
jurisdição episcopal. Ainda em 1212-1213, [...]
 Uma segunda exigência da universidade
enquanto corporação foi o direito de redigir
estatutos que regulassem a organização interna
do studium.
 Em consequência, a universidade precisava de
funcionários para a gestão do studium e para as
negociações com o mundo exterior
Universidade de Oxford
 A história das universidades é a história
espiritual das nações.
 A França medieval é a Sorbonne, cujo
enfraquecimento coincide com a fundação
renascentista do Collège de France, e cujo
prolongamento moderno é a Ecole Normale
Supérieure.
 A Inglaterra, mais conservadora, é sempre
Oxford e Cambridge.
 A Alemanha luterana é Wittemberg e Iena; a
Alemanha moderna é Bonn e Berlim.
 As velhas universidades são de utilidade muito
reduzida. Elas não fornecem homens práticos;
formam o tipo ideal da nação: o lettré, o
gentleman, o Gebildeter. Elas formam os
homens que substituem, nos tempos modernos,
o clero das universidades medievais. Elas
formam os clercs. (Otto Maria Carpeaux)
 “mal libertou-se da supervisão da Igreja, a universidade caiu sob
o controle do Estado. A primeira exercia um controle mais
distante e doutrinário, o segundo, um poder mais próximo e
político”.
(Renaut, apud Ana Lúcia G. de Freitas Borghi e Jean Vincent M.
Guhur)
O Renascimento
O MECENATO

 "Esses financiadores de uma nova cultura, burguesia,


príncipes e monarcas, eram chamados mecenas, isto é,
protetores das artes. Seu objetivo não era somente a
autopromoção, mas também a propaganda e difusão de novos
hábitos, valores e comportamentos. Mais do que sua
imagem, que podia ou não aparecer nas obras, o que elas
deveriam veicular era uma visão racional, dinâmica,
progressista, otimista e opulenta do mundo e da sociedade"
 Nicolau Sevcenko
  antropocentrismo (o homem no centro): valorização do
homem como ser racional.
 otimismo: os renascentistas acreditavam no progresso e na
capacidade do homem de resolver problemas.
 racionalismo: tentativa de descobrir pela observação e pela
experiência as leis que governam o mundo.
 humanismo: o humanista era o indivíduo que traduzia e
estudava os textos antigos, principalmente gregos e romanos.
 hedonismo: valorização dos prazeres sensoriais.
 individualismo: a afirmação do artista como criador
individual da obra de arte se deu no Renascimento. O artista
renascentista assinava suas obras, tomando se famoso.
 inspiração na antiguidade clássica: os artistas renascentistas
procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos.
 Entre o século XV e XVI prevaleceu a
Universidade renascentista que estendeu para os
principais países da Europa, influenciada
principalmente, pelas transformações comerciais
do capitalismo e do humanismo literário e artístico.
DESCARTES
 Nasceu em 1596.
 Foi o fundador da filosofia dos novos tempos e o
primeiro grande construtor de um sistema filosófico
que foi seguido por Spinoza e Leibniz, Locke e
Berkeley, Hume e Kant.
 Sua obra mais importante é Discurso do Método,
onde explica, entre outras coisas, que não se deve
considerar nada como verdadeiro.
 Ele queria aplicar o método matemático à reflexão
da filosofia e provar as verdades filosóficas como se
prova um princípio de matemática, ou seja,
empregando a razão.
 Em seu raciocínio, Descartes objetiva chegar a um
conhecimento seguro sobre a natureza da vida e
afirma que para tanto deve-se partir da dúvida.
 Ele achava importante descartar primeiro todo o
conhecimento constituído antes dele, para só então
começar a trabalhar em seu projeto filosófico
 Era racionalista.
 Uma das conclusões a que chegou foi a de que a
única coisa sobre a qual se podia ter certeza era a de
que duvidava de tudo.
 Morreu aos 54 anos, mas mesmo após sua morte
continuou a ser uma figura de grande importância
para a filosofia.
LOCKE
  Estudou Filosofia, Medicina e Ciências
Naturais na Universidade de Oxford
 Acreditava que antes de sentirmos
qualquer coisa nossa mente era como
uma tábula rasa, uma lousa vazia.
 Ele estabeleceu a diferença entre aquilo
que se chama de qualidades sensoriais
primárias e secundárias.
 Por qualidades sensoriais primárias
Locke entendia a extensão, peso,
forma, movimento e número das
coisas.
 As secundárias eram as que não
reproduziam as características
verdadeiras das coisas e sim o efeito
que essas características exteriores
exerciam sobre os nossos sentidos.
Sir Isaac Newton
 Tornou-se professor
de matemática em Cambridge
 (1669) e entrou para a Royal
Society (1672). Sua principal
obra foi a
publicação Princípios
matemáticos da filosofia
natural - 1687, em três
volumes, na qual enunciou
a lei da gravitação universal
GEORGE BERKELEY
 Foi um bispo irlandês. Ele cria que a filosofia e a
ciência de seu tempo constituíam uma ameaça para a
visão cristã do mundo.
 Além disso, achava que o materialismo, cada vez
mais consistente e difundido, colocava em risco a
crença cristã de que Deus criou e mantém vivo tudo
existente na natureza.
 Ao mesmo tempo, porém, Berkeley foi um dos mais
coerentes representantes do empirismo.
 Estudou no Trinity College de Dublin, onde se
tornou fellow em 1707. Lecionou hebraico, grego
e teologia Por esta época, dedicou-se ao estudo
sistemático da filosofia (em especial John
Locke, Isaac Newton).
ILUMINISMO
 Movimento que caracterizou o pensamento europeu do
século XVIII, baseado na crença do poder da razão e do
progresso, na liberdade de pensamento e na emancipação
política.
 Muitos dos filósofos do iluminismo francês tinham visitado a
Inglaterra, que em certo sentido era mais liberal do que a
França. A ciência natural inglesa encantou esses filósofos
franceses.
 De volta a sua pátria, a França, eles começaram pouco a
pouco a se rebelar contra o autoritarismo vigente e não
tardou muito a se voltarem também contra o poder da
Igreja, do rei e da aristocracia.
 Eles começaram a reimplantar o racionalismo em sua
revolução. A maioria dos filósofos do Iluminismo tinham
uma crença inabalável na razão humana.
 A nova ciência natural deixava claro que tudo na natureza
era racional. De certa forma, os filósofos iluministas
consideravam sua tarefa criar um alicerce para a moral, a
ética e a religião que estivesse em sintonia com a razão
imutável do homem.
 Os filósofos desta época diziam que só quando a razão e o
conhecimento se difundissem era que a humanidade faria
grandes progressos.
 A natureza para eles era quase a mesma coisa que a razão e
por isso enfatizavam um retorno de homem a ela.
 Falavam também que a religião deveria estar em consonância
com a razão natural do homem.
 O iluminismo foi o alicerce para a Revolução Francesa de
1789.
KANT
 Achava que tanto os sentidos quanto a razão eram muito
importantes para a experiência do mundo e concordava com
Hume e com os empíricos quanto ao fato de que todos os
conhecimentos deviam-se às impressões dos sentidos.
 Concordava com os racionalistas, a razão também continha
pressupostos importantes para o modo como o mundo era
percebido.
 Explicava que o espaço e o tempo pertenciam à condição
humana sendo propriedades da consciência, e não atributos
do mundo físico.
 Ele afirmava que a consciência se adaptava às coisas e vice-
versa acreditava que a lei da causalidade era o elemento
componente da razão humana e que era eterna e absoluta,
simplesmente porque a razão humana considerava tudo o
que acontecia dentro de uma relação de causa e efeito.
O ROMANTISMO
 O Romantismo começou na Alemanha, em fins do século
XVIII, como uma reação à parcialidade do culto à razão
apregoado pelo iluminismo e durou até meados do século
passado.
 Suas palavras de ordem eram: sentimento, imaginação,
experiência e anseio.
 No Romantismo, o indivíduo encontrava caminho livre para
fazer sua interpretação e professava uma glorificação quase
irrestrita do "eu". Os românticos acreditavam que só a arte
era capaz de aproximar alguém do indizível. Alguns levaram
essa reflexão às últimas conseqüências e chegaram a
comparar o artista com Deus.
 O Romantismo foi sobretudo um fenômeno urbano.
Precisamente na primeira metade do século XIX, a cultura
urbana vivia um período de apogeu em muitas regiões da
Europa.
 O Romantismo também foi uma reação à visão do
mundo mecanicista do iluminismo. Isto significa que
a natureza voltou a ser vista como um todo, como
uma unidade.
 Devido ao fato de o Romantismo ter trazido consigo
uma reorientação em tantos setores, costuma-se
distingui-lo de duas formas: Romantismo Universal e
o Nacional.
 No primeiro, os românticos se preocupavam com a
natureza, a alma do mundo e com o gênio artístico.
 No segundo, eles interessavam-se sobretudo pela
história do povo, sua língua e também pela cultura
popular.
HEGEL
 Depois de ter se tornado tutor em Berna,
começou a lecionar na Universidade de Jena,
onde permaneceu de1801 a 1806.
 Achava também que as bases do conhecimento
mudavam de geração para geração e, por
conseqüência, não existiam verdades eternas.
 Ele dizia que a razão era algo dinâmico e que fora do
processo histórico não existia qualquer critério capaz
de decidir sobre o que era mais verdadeiro e o que era
mais racional.
 Ele reuniu e desenvolveu quase todos os
pensamentos surgidos entre os românticos.
 Hegel também empregou o conceito espírito do
mundo, mas lhe atribuiu um sentido diferente do de
outros românticos.
 Quando falava de espírito ou razão do mundo, ele estava
se referindo à soma de todas as manifestações humanas.
 Ele dizia que a verdade era basicamente subjetiva e
contestava a possibilidade de haver uma verdade
acima ou além da razão humana.
 Para ele, quem dava as costas à sociedade na qual vivia e
preferia encontrar-se a si mesmo era um louco.
 Ele falava que não era o indivíduo que encontrava a si mesmo, mas
o espírito do mundo e tentou mostrar que este retorna a si em três
estágios:
 em primeiro lugar, o espírito do mundo se conscientiza de si mesmo no
indivíduo (chama-se de razão subjetiva);
 depois, atinge um nível mais elevado de consciência na família, na sociedade e
no Estado, (chama-se de razão objetiva); e enfim atinge a forma mais elevada
de autoconhecimento na razão absoluta. E esta razão absoluta eram a arte, a
religião e a filosofia, sendo esta última a mais elevada da razão. Só na filosofia
era que o espírito do mundo se encontraria.
 Desse ponto de vista, a filosofia podia ser considerada o
espelho do espírito do mundo.
MARX
 Universidade de Berlim foi professor e reitor
 Foi um filósofo materialista e seu pensamento tinha um
objetivo prático e político.
 Foi também um historiador, sociólogo e economista.
 Ele achava que eram as condições materiais de vida numa
sociedade que determinavam o pensamento e a
consciência e que tais condições eram decisivas também
para a evolução da história.
 Dizia que não eram os pressupostos espirituais numa
sociedade que levavam a modificações materiais, mas
exatamente o oposto: as condições materiais
determinavam, em última instância, também as condições
espirituais.
 Para Marx, as condições materiais sustentavam todos
os pensamentos e idéias de uma sociedade sendo esta
composta por três camadas: embaixo de tudo
estavam as condições naturais de produção que
compreendiam os recursos naturais; a próxima
camada era formada pelas forças de produção de uma
sociedade, que não era só a força de trabalho do
próprio homem, mas também os tipos de
equipamentos, ferramentas e máquinas, os chamados
meios de produção; a terceira trata das relações de
posse e da divisão do trabalho, chamada de relações
de produção de uma sociedade.
 Para ele, o modo de produção determinava se
relações políticas e ideológicas podiam existir.
 Marx falava que toda a história era a história das lutas
de classes. Pensava a respeito do trabalho humano
falando que quando o homem labutava, ele interferia
na natureza e deixava nela suas marcas e vice-versa.
 Marx foi a pessoa que deu grande impulso ao
comunismo.
DARWIN
 Darwin foi um cientista que, mais do que qualquer
outro em tempos mais modernos, questionou e
colocou em dúvida a visão bíblica sobre o lugar do
homem na criação.
 Ele achava que precisava se libertar da doutrina
cristã sobre o surgimento do homem e dos animais,
vigente em sua época.
 Em um de seus livros publicados, Origem das
espécies, defendeu duas teorias ou idéias
principais: em primeiro lugar dizia que todas as
espécies de plantas e animais existentes descendiam
de formas mais primitivas, que viveram em tempos
passados.
 Ele explicou que esta evolução se devia à seleção
natural. Um dos argumentos propostos por ele
para a evolução biológica era o fato de existir
depósitos de fósseis estratificados em diferentes
formações rochosas.
 Outro argumento era a distribuição geográfica
das espécies vivas (ele havia visto com seus
próprios olhos que as diferentes espécies de
animais de uma região distinguiam-se umas das
outras por detalhes mínimos).
 Foi laureado com a medalha Wollaston concedida
pela Sociedade Geológica de Londres
 "As constantes variações entre indivíduos
de uma mesma espécie e as elevadas taxas
de nascimento constituem a matéria-
prima para a evolução da vida na Terra. A
seleção natural na luta pela sobrevivência
é o mecanismo, a força propulsora que
está por trás desta evolução. A seleção
natural é responsável pela sobrevivência
dos mais fortes, ou dos que melhor se
adaptam ao seu meio".
FREUD
 Freud nasceu em 1856 e estudou medicina na
Universidade de Viena.
 Ele achava que sempre havia uma tensão entre o homem e o seu
meio.
 Para ser mais exato, um conflito entre o próprio homem e
aquilo que o seu meio exigia dele.
 Ele descobriu o universo dos impulsos que regiam a vida
do ser humano. Com freqüência, impulsos irracionais
determinavam os pensamentos, os sonhos e as ações das
pessoas.
 Tais impulsos irracionais eram capazes de trazer à luz
instintos e necessidades que estavam profundamente
enraizados no interior dos indivíduos.
NOSSO

PRÓPRIO

TEMPO
Albert Einstein
 Em 1932 aceitou uma posição no
Instituto de Estudos Avançados
da Universidade de Princeton, Nova
Jersey como professor de física teórica
e em 1933 com a subida
dos Nazis decidiu viver
permanentemente aí.
 Recebeu o Nobel de Física de 1921,
fotoelétrico pela correta explicação do
efeito; no entanto, o prêmio só foi
anunciado em 1922
Niels Bohr
 Físico dinamarquês
(7/10/1885-18/11/1962). Prêmio
Nobel de Física de 1922. Autor da
descoberta da estrutura do átomo e da
posição dos elétrons dentro dele
 Em 1957, Niels Bohr recebeu o Prémio
Átomos para a Paz.
 Ao mesmo tempo, o Instituto de Física
Teórica, por ele dirigido desde 1920,
afirmou-se como um dos principais
centros intelectuais da Europa.
Carl Sagan
 Em 1960, obteve o título de doutor
pela Universidade de Chicago.
 Dedicou-se à pesquisa e à divulgação da
astronomia, como também ao estudo
da chamada exobiologias.
 Foi um excelente divulgador da
ciência (considerado por muitos o
maior divulgador da ciência que o
mundo já conheceu).
 Foi consultor e conselheiro
da NASA desde os anos 1950
A

GRANDE

EXPLOSÃO
Stephen Hawking
 Depois de obter doutorado, passou a
ser investigador e, mais tarde,
professor nos Colégios Maiores de
Gonville e Caius. Depois de
abandonar o Instituto de Astronomia
em 1973, Stephen entrou para o
Departamento de Matemática
Aplicada e Física Teórica e,
desde 1979 ocupa o posto de
professor lucasiano de Matemática,
cátedra que fora de Isaac Newton
Stephen Jay Gould
 Stephen Jay Gould formou-se em geologia em
1963, pelo Antioch College e em 1967 recebeu
um doutoramento em  paleontologia pela
universidade de Columbia.
 Foi professor em Harvard
 Desde de 1973 Gould era o Curador da colecção
de Palentologia de Invertebrados do Museu de
Zoologia Comparada de Harvard e membro
adjunto do Departamento de História das
Ciências em Harvard.
 Em 1996 Professor Convidado de Biologia
na Universidade de Nova York. Gould manteve
todos estes cargos até 2002.
 A americana Elinor
Ostrom, da
Universidade de
Indiana, e Oliver
E. Williamson (de
mesma nacionalidade),
da Universidade da
Califórnia, são os
vencedores do prêmio
Nobel de Economia
(2009)
O conhecimento é em si mesmo um
poder. (Francis Bacon)
Referências
 Os intelectuais da Idade Média, Le Goff
 O mundo de Sofia, Jostein Gaarder
 E alguns sites específicos sobre história da
filosofia da ciência (alguns foram colocados
diretamente no slide)
 Imagens: Google search

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