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Sumário

O que podemos esperar do futuro? ...................... 03

O que é Foresight? .................................................... 05

Foresight e Prospectiva Estratégica ........................ 13

Por que Foresight e Prospectiva são importantes? 16

Foresight e os negócios ............................................. 19

Os desafios do Foresight ............................................ 22

Foresight na prática ................................................... 27

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O que podemos esperar do futuro?

O futuro está na moda. O mundo discute intensamente sua


realidade e suas possibilidades nos próximos anos. Ao
contrário do que parece, o futurismo não é uma ciência
nova.  Governos e universidades no mundo inteiro já usam o
Foresight para cenários futuros há muitos anos.

O assunto pode ter ficado restrito ao universo acadêmico e


até hoje é pouco conhecido entre a maioria das pessoas.
Porém, com a conectividade, o assunto ampliou seu
alcance.

Os assuntos ligados ao futuro dominam as pautas da


sociedade e dos negócios, e muitos ainda não
compreendem como as disciplinas ligadas ao futuro podem
nos aproximar do mundo que desejamos nas próximas
décadas.

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Muito se fala sobre o futuro, sobre as tecnologias e sobre as
mudanças do mundo. O termo  inovação  já deu espaço
para a transformação, que representa melhor o momento
que vivemos.

Como sempre, as ondas fazem com que disciplinas sérias e


nem tão novas virem “arroz de festa” quando se
popularizam.

Sociólogos, filósofos, historiadores,  trendwatchers, áreas


de  marketing  e governos já fazem uso dessas metodologias
há muito tempo.

O futuro é incerto e desconhecido, mas emite sinais do que


pode acontecer do presente para o tempo infinito.

Na física quântica, aprendemos que tudo que é manifestado


na matéria foi criado antes no pensamento ou no mundo
invisível da energia combinada.

Dentro da disciplina de Futurismo, os termos Foresight e


Prospectiva Estratégica ganham destaque quando o assunto
é inovação nos negócios.

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O que é Foresight?

Mais conhecido como Futurismo no Brasil, o nome mais


adequado para a disciplina de estudo de futuros é Foresight,
também conhecida globalmente como Futures Studies ou
Futures Research.

Essa disciplina de futuros usa um olhar transversal e sistêmico,


considera macropilares do ecossistema global e usa
metodologias variadas para antecipar, acelerar e influenciar
futuros preferidos.

Futuristas  profissionais traduzem sinais de tempos vindouros


para ajudar a sociedade e as empresas na tomada de
decisões do presente.

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Estamos em um momento de profundas transformações do
mundo. A era 4.0 terá várias etapas, e a duração estimada é
de 20 a 25 anos.

A disciplina de Foresight ajuda empresas e pessoas a olharem


de forma disciplinada para futuros plurais, tempos de futuro
de curto, médio e longo prazo.

Além disso, ajuda a construírem, na prática, estratégias que


unem Planejamento e Prospectiva para que a rota de futuros
dos negócios seja robusta, contemple futuros prováveis e não
previsíveis e  torne o  ambiente capaz de responder
rapidamente ao mercado em mutação.

As metodologias trazem vantagens porque colocam a


empresa à frente do tempo padrão das ondas de inovação,
e permitem que elas se antecipem às novas demandas da
sociedade.

A pesquisa de futuros oferece resultados para apoiar a


tomada de decisões em organizações públicas e privadas.

Os cursos de Estudos Futuros são baseados em um modelo de


aprendizado combinado, consistindo em métodos de
aprendizagem, como estudo colaborativo e independente,
educação à distância, com ferramentas virtuais de
aprendizado, e palestras tradicionais. 

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Em cenários complexos há um desejo natural de entender o
mundo, perceber movimentos e criar oportunidades ou
condições favoráveis à raça humana.

Antecipar tendências e gerenciar mudanças são grandes


desafios para o ser humano e para os organismos
corporativos.

Movimentos em larga escala com impactos diversos estão


por todos os lados. Entender estes movimentos, reorganizar
negócios e melhorar a interação social são chaves para o
sucesso dos negócios e para a sociedade. Tudo está sendo
rearranjado.

Educar e alfabetizar-se para o futuro vai muito além da


fluência digital. A alfabetização para o futuro inclui oferecer
métodos e ferramentas para que se consiga visualizar o
futuro de longo prazo, não óbvio e, através de metodologias
interconectadas, criar a realidade desejada para o futuro, na
prática.

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“Foresight é uma arte que
transcende a mente. Uma
ciência universal que conecta
pontos ainda não
manifestados e os tangibiliza
no presente.

Usa diferentes abordagens


para enxergar o possível
caminho ainda invisível, faz a
leitura de padrões
considerando sua
continuidade ou ruptura,
influencia a mudança sem
previsões ou contaminações,
considerando todas as
dimensões da vida. Integra o
mundo possível com a vida
existente, criando ou
polinizando diferentes
métodos, oferecendo clareza
sobre as tendências e os sinais
do futuro que se aproxima.”  

Jaqueline Weigel

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Principais pilares do Foresight:

• Estratégias de futuros alternativos


• Ferramentas para mapear o futuro
• Gestão da Mudança
• Design criativo de ambientes

Principais objetivos do Foresight:

• Capacitar pessoas a olharem de forma ampla e


transversal para a complexidade global do mundo
conectado;
• Habilitar os praticantes do Foresight a usarem métodos de
visualização de futuros que cabem em diferentes
contextos;
• Ajudar empresas a responderem pró ativamente as novas
demandas de mercado;
• Interpretar e usar sinais;
• Despertar criatividade e iniciativas de disrupção.

Segundo Erik Overland, da WFSF, o Foresight não trata da


previsão de fatos e sim da criação de consciência. Países
vêm estudando como lidar com o que está acontecendo e
mapeando o que pode acontecer antecipadamente.

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Ele afirma acreditar que nada pertence a um grupo ou a
uma pessoa, e não há verdade absoluta nem
um framework fechado sobre o que é ou não é Futurismo ou
sobre quem é futurista ou trendwatcher, palestrante, curioso,
futurólogo ou  surfista da onda da moda  apenas. A seguir,
alguns excertos de uma entrevista com Erik Overland.

Algumas provocações:

• Futurismo é só sobre relatar como será o mundo no


futuro?
• É estar por dentro da linguagem do mundo digital?
• É entender de tecnologias exponenciais ou ter visitado o
Vale do Silício?

Talvez não. Pesquiso bastante sobre o assunto e percebi que


cada profissional o define de uma forma, e claramente existe
uma diferença enorme entre a Arte e a Ciência do Futurismo
no mundo e alguns recortes mais rasos do mundo apressado.

• Futurismo é observar tendências?

Também, mas não só.

• É adivinhar o futuro?

Não.

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• É dizer que sabe o que acontecerá até 2038?

Não mesmo.

• É antever e conectar pontes e padrões?

Sim, também.

• É estudar em escolas futuristas e criar teses autorais sobre


os estudos?

Sim, na maioria das vezes, mas nem sempre.

• É observar, conectar, imaginar possibilidades, trazer


clareza, gerar  insights  que viram ações e decisões no
presente?

Sim, quase sempre.

• É influenciar a mudança?

Sim, mas com metodologia, não com falas vazias ou


palestras.

• É estudar em escolas de futurismo globais, aplicar


diferentes metodologias de Foresight e Prospectiva
Estratégica, estimular a criatividade, acelerar ou
antecipar o futuro construindo boas decisões no
presente?

Sim, e aqui se começa a ver quem estuda, tem preparo e


habilidades de um futurista e quem fala sobre, mas não sabe
aplicar a disciplina na realidade presente.

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“Foresight é uma ciência transdisciplinar que procura
antecipar, criar, gerenciar mudanças em uma
variedade de domínios (científico, tecnológico,
ambiental, político e societal), em diferentes escalas,
usando uma variedade de especialidades, teorias e
métodos.” – Acceleration Studies Foundation

Quem inventou a disciplina Foresight?

O francês Bertrand de Jouvenel é considerado um dos pais


da disciplina no âmbito da ciência.

Porém, a primeira ferramenta de pesquisa de futuros foi


criada pelo germano-americano Olaf Helmer e sua equipe
na  RAND Corporation, uma organização fundada para
estudar os caminhos do mundo no pós-guerra.

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Foresight e prospectiva estratégica

Prospectiva e Foresight andam juntos, antecipando, trazendo


clareza e organização e ajustando planos do presente.

Não garantem o futuro mas reduzem a margem de erro dos


movimentos de inovação. Há uma série de questionamentos
sobre o futuro do mundo e dos negócios.

Dentro da disciplina do Futurismo, os termos Foresight e


Prospectiva Estratégica ganham destaque quando o assunto
é inovação nos negócios.

N o m u n d o c o r p o r a t i v o , é  s o b r e q u e s t i o n a r o
atual  status  da  gestão dos  negócios, frágil e pouco
competitivo perante os formatos digitais.

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O Foresight  é um processo sistemático para visualizar as
possibilidades do futuro a longo prazo, identificando
tendências emergentes e áreas de pesquisa da ciência,
tecnologia, meio ambiente e sociedade que impactam a
economia e o modo de viver do planeta.

No Futurismo, os cenários do tempo que ainda virá são


definidos como prováveis, possíveis, plausíveis e desejados ou
preferidos. Também existem diferentes intensidades, como
fraca, média ou forte de acontecer, emitindo sinais que
podem servir de base para as decisões imediatas do
momento presente.

Com pontos-chave mais claros, temos mais possibilidades de


construir a realidade que desejamos.

A  Prospectiva Estratégica  vem substituindo ou


complementando o Planejamento Estratégico tradicional nas
empresas, e traz vantagem competitiva em tempos de
inovação.

Na maioria dos debates sobre o momento disruptivo do


mercado, ouvimos muitos executivos entendendo
claramente o que vai acontecer, mas não sabendo com
precisão como se preparar para o que vem ou antecipar o
cenário na prática, através de metodologias pragmáticas.

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Esta é questão para a qual essas duas metodologias trazem
a resposta: como antecipar o futuro na prática, usando e
polinizando metodologias de diversas escolas de futurismo do
mundo.

Jouvenel, Goudet, Peter Schwartz, Martini são boas


referências de estudo no assunto.

O processo prospectivo promove prontidão para a mudança


organizacional, possibilita que as empresas se preparem e se
adaptem para absorver as ameaças e aproveitar as
oportunidades da era pós-digital.

Prospectar é observar causas que ensejam mudanças; é


investigar para antecipar o que poderá acontecer em
determinada área.

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Por que Foresight e Prospectiva são
importantes?

O Foresight e a Prospectiva são importantes porque


permitem identificar o estado atual real e construir uma visão
de médio e longo prazo, onde os agentes sociais e
corporativos estejam integrados e interligados.

Não é possível falarmos de um ponto isolado do complexo


universo que compõe o ecossistema do mundo e dos
negócios.

Tecnologias exponenciais tem sido as grandes estrelas.


Transformação Digital é o tema da moda, mas sinaliza
apenas o início da mudança.

Todos esses assuntos precisam estar conectados ao contexto


global e ao ecossistema do planeta; do contrário, não farão
sentido em momento algum.

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As organizações estão inseridas em dimensões complexas:
culturais, sociais, políticas, demográficas, tecnológicas, de
infraestrutura, de segurança, de meio ambiente. Logo, a
gestão de negócios precisa contemplar todas essas
dimensões para prestar seu serviço à sociedade.

O Design Thinking atende o curto prazo e Prospectiva


Estratégica o médio e longo prazo da mudança.

Ver longe, de forma profunda, diversa, contemplar o


humano, ser ousado usando técnicas e métodos de
cocriação é fundamental.

As organizações não têm o hábito de pensar o futuro porque


o foco é colocado principalmente nos problemas do
presente.

Precisamos romper com a cultura do fazer coisas e sucumbir


a pressões do imediatismo. Vamos criar o costume de
construir o futuro com ações definidas a partir de hoje.

Quem o fizer não precisará temer o futuro, pois estará


preparado para ele.

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O Processo Prospectivo

Ver o presente com clareza, fazer uma retrospectiva, criar


uma visão estratégica de futuro com várias alternativas e
definir o futuro desejado auxilia-nos a criar ações e políticas
para que o plano possa começar a ser executado.

Entre os métodos mais usados de Foresight e Prospectiva


Estratégica estão o Future Forecast, Trendstudies, Painel de
Experts, Futurologia e Ideação, Mapa de Predições, Matriz
STEEPH, FOG, Cone do Futuro.

Em diversas conversas de negócio dos últimos meses, percebi


um recuo e uma retomada da preocupação sobre o lado
humano do futuro do mundo. O futuro é humano! Temos
ciência, metodologia, recursos, criatividade à nossa
disposição de forma abundante.

Podemos inovar de forma consistente, criar o futuro que


desejamos, decidir o que faremos no presente. Para isso, é
urgente que aprofundemos o olhar sobre o momento do
mundo. A Revolução 4.0 é o começo de um longo tempo de
mutação do planeta. Tudo será diferente, incluindo nossa
espécie.

Imaginar o futuro requer tempo, paciência. Criá-lo exige


método e estrutura, ou criaremos castelos de areia que
desabarão na primeira tempestade. O futuro é plural,
múltiplo e para todos. Movemo-nos por medo ou por
esperança. Quando se sabe como usar os sinais do que
ainda não existe  para criar o que existirá de fato,  a
esperança predomina.

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Foresight e os negócios

Muitas são as questões sobre o futuro no ambiente


dos negócios.

Talvez a primeira pergunta, dentre tantas a serem


respondidas neste momento, é: o que se pretende nos
próximos anos para o negócio?

Entre as possibilidades estão aceitar a possível extinção,


inovar de maneira incremental para aumentar a sobrevida,
investir em disrupção ou preparar-se para ela por meio da
auto-disrupção.

Quem estará no comando dessa difícil jornada?

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Muitas são as questões sobre o futuro no ambiente dos
negócios.
 
São perguntas complexas que deveriam dar o tom de
qualquer iniciativa de inovação a ser implementada nas
empresas. Questionar a existência da empresa também
deveria estar na pauta.

• Porque a empresa existe?


• Que falta faria ao mercado?
• Como as tecnologias afetam o negócio e o segmento?
• Quais os riscos imediatos e quais as oportunidades?
• O que precisa mudar no modelo do negócio e nos
processos?
• Como a empresa pode estar dentro de 2, 5 e 10 anos?

Pressa e aceleração são coisas diferentes. O olhar sobre o


assunto precisa ampliar o espectro e o alcance. O debate
precisa ficar mais robusto, mais profundo. Podemos ser ágeis
sem sermos superficiais.

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Hackatons, Festivais, Labs e Corporate Venture são incríveis, e
talvez tenham sido a parte inicial de experimentação antes
de investimentos maiores e mais estratégicos em inovação
ou disrupção.

O que sua empresa deseja para 2025?


Que futuro o seu negócio está criando?
Como absorve as informações e o que faz com elas na
prática?

Saber as respostas para essas perguntas é o que definirá o


futuro de qualquer negócio que exista hoje  – ou a partir de
hoje!

Novos métodos de Foresight estão sendo estudados para a


inovação dos negócios e das instituições sociais.

A Astana – capital do Cazaquistão – é a cidade zero


carbono, concebida para viver sem emissão de carbono. Ela
é um bom exemplo de que temos inspirações para que um
futuro mais sustentável seja possível.

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Os desafios do Foresight

Durante muito tempo, o Foresight foi um assunto apenas


acadêmico ou ligado a charlatanismo.

Previsões de futuro não são adequadas nem possíveis.

Hoje, as principais universidades do mundo ensinam sobre o


futuro, não para se preparar para a próxima etapa, mas sim
para enxergar o que vem depois dela.

Volkswagen e Hershey, por exemplo, são empresas que


contrataram futuristas para  ajudá-los a lidar com mudanças
aceleradas.

No Brasil esse movimento já existe, mas ainda é lento e


modesto. 

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Passada a primeira onda de experimentação, empresas de
todos os tamanhos talvez comecem a investir em iniciativas
com estratégias mais sólidas que o formato de
empreendimento corporativo - Corporate Venture -
experimentado até agora.

Sabemos que muitos casos não deram certo, e que quem


está acertando respeitou premissas, como visão de longo
prazo, estratégias bem elaboradas, tempo de
experimentação, mais de uma hipótese em teste,
investimento considerável em inovação e ROI (Retorno sobre
investimento) negativo por um determinado tempo.

Futuristas são os profissionais que mais aplicam as


metodologias de Foresight e Prospectiva Estratégica com
diferentes focos. Alguns são mais voltados ao meio ambiente,
outros a negócios, ou à economia, a tendências, a
tecnologia.

Uma das questões fundamentais sobre o futuro é entender o


ser humano e sua evolução planetária, em vez de pautar
futuros em matizes parciais da transformação da grande Vila
Global.

A ficção científica é uma narrativa relevante, criativa, e


prototipagens de futuros são muito úteis na
prática, especialmente se conectadas à metodologias como
Design Thinking e Métodos Ágeis. Há um caminho para ativar
ideias disruptivas.

Temos que  ampliar e contestar o futuro  “enlatado” que a


indústria da tecnologia nos ofereceu nos  últimos anos. O
Foresight torna as reflexões mais robustas e sistemáticas.

 
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Os estudos do futuro apontam que, no caso do Brasil, o
governo está muito atrasado no conceito de Foresight.

Imagine que a Finlândia tem um Ministério voltado para o


futuro, o Chile tem uma Comissão do Senado focada em
estudos do futuro há cinco anos, a Austrália tem uma
governança muito avançada também em modelos de
gestão no governo.

Casos de Foresight em empreendimentos demonstram que


muitas empresas, como Basf e Volks, entre outras, estão
testando novos modelos da Europa e obtendo sucesso.

Na Europa, o termo “prospectiva” tornou-se amplamente


usado para descrever atividade como: pensamento crítico
sobre desenvolvimentos em longo prazo, debates. A
prospectiva é questionada por alguns futuristas que são
normativos e se concentram na ação dirigida por seus
valores que podem estar preocupados com o esforço para
criar uma democracia participativa mais ampla.

A prospectiva é um conjunto de competências, e não um


sistema de valores. 

É preciso agir coletivamente, exercitarmos a nossa


indignação de forma positiva. O brasileiro está inerte,
paralisado e é preciso mudar o modelo vigente para
avançarmos em nova direção.

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A maior habilidade dessa nova era é a presença: a
capacidade de observar, tomar decisões e fazer as suas
escolhas. Vivemos um momento de estado de alerta: os
líderes do futuro precisam encontrar a sua identidade.

O Brasil está experimentando um movimento progressivo


para uma evolução do modelo no mercado de trabalho e a
alfabetização de novo profissional.

Os investidores querem saber qual o impacto social dos


negócios. As mudanças são estruturais, e a tecnologia
precisa de tempo para amadurecer isso.

Atualmente, uma das maiores lacunas de gestão é a cultura


imediatista e materialista. Faltam líderes com um mindset
diferente, digital, exponencial.

Ser futurista tornar-se-á uma habilidade para os novos líderes,


mas o futurismo profissional é uma disciplina acadêmica e
aplicável a negócios e sistemas sociais.

Futuristas trazem clareza, não certeza, e adotam um discurso


moderado e estruturado, mostrando formas práticas para
antecipar o futuro desejado ou preparar-se para ele.

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Olhar para o futuro é fazer um exercício de que as
possibilidades são plurais e não previsíveis.

Os estudos de Foresight podem contribuir para que os


executivos se aproximem da nova realidade.

Como dizia o guru Alvin Tofler, o analfabeto do século XXI não


será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele
que não consegue aprender, desaprender e reaprender.

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Foresight na prática

Olhar à frente para imaginar o que ainda não existe.


Prospectar o futuro para decidir o presente. Antecipar o
futuro e se preparar para recebê-lo. Ter clareza sobre as
possibilidades emergentes para a sociedade, para o
mercado e para o escopo do trabalho. Alimentar a
criatividade, fomentar a discussão e dar base para
estratégias, decisões e ações no presente. Essa é a missão de
um futurista. 

O Futurismo é prático, tangível, inteligente.

É sobre transformar ideias em práticas para adaptar algo que


já existe ou para dar vida ao que ainda não conhecemos. É
pensar no absurdo, inventar o extraordinário, romper as
barreiras da mente e os padrões fechados do mundo linear. É
transcender de forma quase que infantil e ingênua.

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Quais os riscos de continuarmos conduzindo os debates
somente em torno da tecnologia e das inovações com foco
no curto prazo?

O Futurismo é uma disciplina, uma ciência que traz como


proposta uma visão maior e sistêmica da interligação de
todos os desafios globais. É possível aplicá-lo na prática e
usá-lo como guia condutor na transformação dos negócios
para a versão digital.

Fundamentada em dados, padrões, tendências, esta nem


tão nova disciplina se apresenta ao mundo com métodos
práticos, que fomentam algo essencial para a mudança
humana no ambiente de trabalho: a construção
colaborativa, consciente e progressiva de um novo
pensamento, e, como consequência, a criação espontânea
de uma nova cultura dentro das organizações, fundamental
para o nosso sucesso em médio prazo.

Vivemos um momento acelerado e explosivo. A onda 4.0


invade os negócios, a indústria e a mídia.  Há anúncios por
todos os lados sobre novas descobertas ou as belas iniciativas
do mercado digital. O Fórum Econômico Mundial nos chama
à consciência e revela o tamanho do desafio global.

Precisamos ligar tudo que está acontecendo no mundo com


a nossa realidade para criar algo concreto e possível
imediatamente. Soluções de prateleira na era 4.0 não
existem.

Estamos construindo o futuro juntos e cada um tem um papel


relevante.

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