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Alimentos
Esse tipo de calor pode ser utilizado para praticamente todos os alimentos,
variando o tempo e a temperatura de acordo com a consistência do produto. A
quantidade de água deve ser mínima, para evitar perdas excessivas de
substâncias hidrossolúveis (ARAUJO, 2007).
Em todos os métodos que utilizam calor úmido, a troca de energia ocorre por
condução, da fonte de calor para a panela, e da panela para a água; por
convecção, por meio de correntes de calor na água; e novamente por
condução no interior do alimento (ARAUJO, 2007).
3.2 Calor seco
Os meios utilizados são o ar e/ou óleo. É um método concentrante
em que as substâncias sensoriais, os nutrientes e os elementos
solúveis, em presença do calor seco, se concentram no interior do
alimento, intensificando suas características sensoriais,
principalmente em relação ao sabor, à consistência e à textura. Atua
direta ou indiretamente no alimento. A transmissão de calor é por
condução (panela – alimento e interior do alimento) ou por
convecção (fornos) (ARAUJO, 2007). Importante salientar que,
preferencialmente, a aplicação de calor seco deve ser lenta e a
baixas temperaturas, pois, como a condução é mais lenta do que os
demais métodos de transmissão de calor, se altas temperaturas
forem aplicadas o alimento ficará cozido na superfície e cru em seu
interior. No caso de frituras em imersão, o alimento absorverá mais
gordura se o óleo estiver em baixas temperaturas, o que não é
recomendável quando se deseja manter a crocância externa do
mesmo.
Contaminantes Alimentares Resultantes do
Processamento:
Acrilamida: é produzida por meio da reação entre açúcares e
aminoácidos presentes em alimentos que são submetidos a altas
temperaturas. Esse processo denomina-se reação de Maillard e se
desenvolve quando cozinhamos ou fritamos alimentos
em temperatura acima de 120°C. Devido a essa reação, os alimentos
mudam de tonalidade, como ocorre com o "pão na chapa", muito
presente no café da manhã de muitos brasileiros. É um contaminante
formado em alimentos ricos em açúcares redutores quando são
submetidos a vários processos de cocção (cozedura, torra, fritura,
esterilização. A substância está presente em alimentos ricos em
amido como batata chips, batata frita industrializada, batata frita pré-
frita, batata frita feita em casa, pães de leite, biscoitos (cookie,
bolacha recheada), mistura para mingau infantil, cereais matinais e
café instantâneo.
Aminas Aromáticas Heterocíclicas (AAHs): Os alimentos que na sua
composição apresentam teores elevados de certos nutrientes, como
proteínas, aminoácidos e creatina, quando submetidos a
temperaturas superiores a 160° C.
Nos últimos anos, alguns dos estudos epidemiológicos realizados
revelaram a existência de possíveis correlações entre os diferentes
carcinomas humanos e o consumo de carne e peixe, o que foi
atribuído à presença de AAHs nestes alimentos quando cozinhados a
temperaturas elevadas, com a designação de “bem passado”.
Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAPs): A defumação, a secagem
de grãos e a torrefação são exemplos de processamentos que contribuem para o
aporte de HAPs em carnes, queijos, grãos, café, óleos vegetais, entre outros
alimentos. Diversos estudos apontam para que os cereais, as gorduras, os óleos e os
respectivos produtos derivados sejam os principais responsáveis pelo consumo
diário de HAPs. No entanto, os alimentos defumados ou grelhados no carvão
podem apresentar quantidades consideráveis de HAPs, resultantes do processo de
fumagem ou de grelha, especialmente quando a fumaça incide diretamente no
alimento.
3.3. Cocção mista: utiliza-se calor seco e calor úmido.
3.4 Auxiliares de métodos de cocção
BANHO MARIA (ARAUJO, 2007)
Proteínas:
- Calor seco (concentração/coagulação maior
sabor);
- Calor úmido (substâncias extrativas passam para
o meio da cocção/gelatinação).
Lipídios:
- Decomposição glicerol acroleína
Vitaminas:
- Hidrossolúveis; Perdem-se na água de
cocção, destroem-se em temperaturas
elevada.
Minerais:
- Perdem-se em parte, podendo formar sais
insolúveis na água de cocção.
Indicadores no preparo dos
alimentos:
Fator de correção: para poder-se determinar as
quantidades certas, para comprar e avaliar o preço total
da compra de alimentos, principalmente daqueles que
apresentam perdas inevitáveis, foi estabelecido o fator
de correção. É uma constante para uma determinada
qualidade de alimentos decorrente da relação entre peso
bruto (alimento conforme se adquire) e peso líquido
(alimento depois de limpo e preparado para utilizar).
Fc = Peso Bruto/ Peso Líquido
D = M/V
Percentual de Desperdício (%D) :