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CONTENÇÃO DE TALUDE EM ILHA DA UHE IGARAPAVA

Kessius Moraes de L. e Silva


kessiusmoraes@bol.com.br
Paulo Roberto Garcia
eng.prgarcia@gmail.com

RESUMO:

Este trabalho apresenta de forma analítica a solução adotada para o controle de erosão na encosta de
uma ilha localizada no reservatório da Usina Hidrelétrica de Igarapava (UHE Igarapava), como
resultado de pesquisas e análises do histórico deste processo erosivo, levantamento das técnicas de
intervenção e ainda a avaliação dos trabalhos de proteção e contenção já realizados no local, sem
obter uma solução apropriada. A área estudada envolve um trecho da margem mineira do
reservatório da UHE Igarapava situada no Rio Grande, município de Conquista-MG. Os taludes
marginais existentes no reservatório da UHE Igarapava não apresentam grandes problemas
causados pelo avanço da erosão, entretanto os problemas isolados identificados sofrem praticamente
o mesmo processo erosivo, denominada de erosão fluvial. A proposta deste trabalho foi apresentar
de maneira pratica uma intervenção realizada, visando conter uma encosta medindo 50 metros de
comprimento por 3 metros de altura. A intervenção foi realizada através da proteção da parte
inferior do talude com colchão Reno e recomposição de toda a encosta com aplicação de manta
geotêxtil. Após a intervenção os resultados foram monitorados, onde foi possível notar a eficácia do
tratamento realizado.

Palavras-chave: Erosão Fluvial, encosta, erosão.


CONTAINMENT OF A SLOPE IN A ISLAND OF HPP IGARAPAVA

ABSTRACT:

This paper presents analytically the solution adopted for the control of erosion on the slope of an
island located in the reservoir Igarapava Hydroelectric Power Plant (HPP Igarapava) as a result of
research and analysis of the historical of this erosion process, survey of the intervention techniques
and the avaliation of the protection and containment work already made on site, without obtaining
an appropriate solution. The study area involves a stretch of the Minas Gerais state border of
Igarapava HPP reservoir located in Rio Grande, city of Conquista-MG. The existing marginal
slopes in the vessel HPP Igarapava do not exhibit major problems caused by the increase in erosion,
however the isolated problems identified suffer almost the same erosion process, called fluvial
erosion. The purpose of this paper is to present, in a practical way, an intervention conducted, to
contain a slope measuring 50 meters long and 3 meters high. The intervention was performed by
protecting the inferior part of the slope with Reno mattress and recomposition of the entire slope
with the application of geotextile blanket. After the intervention the results were monitored, where
it was possible to observe the effectiveness of the treatment performed.

Keywords: Fluvial erosion, slope, erosion.

1 INTRODUÇÃO

A proteção e conservação ambiental são fundamentais para se criar ou manter todo e qualquer
empreendimento, devido a obrigações impostas em leis e condicionantes ambientais. Por ser um
país que possui características climáticas agudas, o Brasil está exposto a fortes raios solares, ventos
e chuvas intensas, contribuindo assim para o crescimento dos processos erosivos, que na maioria
das vezes não possibilita um tratamento preventivo, o que acarreta na maioria das vezes em grandes
obras de recuperação e volumosos investimentos (PEREIRA, 1996).

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De acordo com Carvalho (2008) a erosão pode ser definida como sendo o desgaste das rochas e do
solo, causando deslocamento das partículas devido à atuação da água ou outros fatores como o
vento. Na agricultura os estudos sobre a erosão são de grande importância devido à necessidade de
se conservar o solo. A engenharia vem buscando cada vez mais estudar o fenômeno da erosão, pois
este conhecimento é de suma importância na elaboração de projetos e execução de obras como:
construções de estradas, proteção de obras civis, estabilização de taludes, proteção de margens e
encostas de rios e reservatórios d'água, dentre outros.

Segundo Ramos (1995) apud Silva et al. (2003) os processos erosivos e o carreamento de
sedimentos que ocorrem em uma área urbana são muito diferentes dos processos observados em
áreas onde predomina as atividades rurais. Ainda que seja possível observar nas áreas urbanas tipos
de erosão semelhantes com as das áreas rurais, as mais incidentes decorrem da concentração de
fluxo, devido aos problemas com drenagem.

Sob o aspecto hidráulico, o principal motivo para estabilizar e proteger as margens de um curso
d'água é conservar a seção do mesmo e mantê-lo dentro dos limites aceitáveis para sua correta e
utilização (BRIGHETTI, 2001).

Para se caracterizar um processo erosivo são necessárias pesquisas relacionadas a vários fatores.
Para Carvalho (2008), de uma forma geral existem três fatores que devem ser considerados para
avaliação de um processo erosivo. Quanto à forma, a erosão dos solos é dividida em: geológica e
acelerada. A erosão geológica, também chamada de erosão natural, é aquela que age normalmente,
sem a intervenção humana, promovendo o arranque de partículas ou materiais que são transportados
com o passar do tempo, e ocorre em todos os meios. Erosão acelerada, também conhecida como
erosão antrópica, é aquela gerada pela ação do homem como em grandes obras que causem
impactos ao meio, ou mesmo por danos que agricultura venha trazer ao solo. O segundo fator a ser
considerado são os elementos que originam a erosão, chamados de agentes erosivos, estes agentes
são subdivididos em dois grupos, agentes ativos e passivos. Como agentes ativos podem-se citar o
vento, temperatura, água, gelo, neve, insolação, ação dos micro-organismos e a ação humana. Já os
agentes passivos são a gravidade, a cobertura vegetal, a topografia, tipo de solo, formações
superficiais e as práticas gerais realizadas pelo homem (ações antrópicas). Quanto ao tipo de erosão,
pode-se dizer que são classificadas em quatro grandes tipos: A erosão eólica ou erosão provocada
pelo vento tem mais incidência em terrenos secos, quando o solo perde a sua coesão. Esta erosão

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esta ligada ainda a outros fatores como tamanho e estabilidade das partículas, velocidade e
turbulência do vento, rugosidade da superfície, dentre outros. A erosão fluvial ocorre em cursos
d'agua através de escavações ou como erosão de leito e de margem, é processada continuamente por
ação das correntes dos rios, o sedimento erodido é transportado e depositado ao longo dos rios
temporária ou permanentemente, este material é chamado aluvião. A erosão hídrica superficial é
formada geralmente pelo efeito das chuvas, onde ocorre a desintegração parcial dos agregados
naturais do solo, libertando estas partículas e as projetando até certa distância, esta mobilização das
partículas causa este tipo de erosão, que pode ser laminar ou em sulcos (ravinas). A erosão por
remoção em massa corresponde a movimentação de uma grande quantidade de material. Esta
movimentação ocorre pela ação combinada da gravidade e saturação do solo, a deformação
acontece de acordo com o teor de água presente, onde o solo pode se apresentar plástico ou mesmo
líquido, perdendo a sua coesão interna e permitindo a ação da gravidade.

Os rios estão passíveis de várias alterações seja de forma natural ou mesmo pela ação do homem,
tais alterações podem ser corrigidas ou evitadas através de obras apropriadas a cada situação
(BRANDÃO, 2001).

O lançamento de pedras para estabilização de taludes, desde que seja observado ou projetado locais
para escoamento da água, é uma das maneiras mais empregadas para evitar desmoronamentos
(PENTEADO, 1983). Este processo, também conhecido como enroncamento, é apenas um dentre
diversos métodos de proteção de taludes em rios e cursos d'água utilizados para mitigar os danos
causados pela erosão.

As ondas que incidem nas margens dos taludes é um dos mais danosos processos erosivos
observados em reservatórios de Usinas Hidrelétricas, onde os ventos agem com facilidade devido a
grande extensão do lago formado, o que favorece a formação de ondas. A gravidade ou intensidade
com que estes processos avançam dependem não apenas da ação das ondas, mas ainda diretamente
da posição do lençol freático, das características do solo que constitui as encostas, da elevação e da
condição da cobertura vegetal das margens (SIQUEIRA et al, 2010). Entretanto podemos classificar
as ondas como sendo o principal fator colaborador para o surgimento de processos erosivos nas
encostas de reservatórios d'água, devido aos grandes esforços e ao carregamento de sedimentos.

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Uma das medidas adotadas para correção de processos erosivos causados pelo embate das ondas é a
proteção do talude utilizando Colchão Reno. O colchão Reno consiste em uma estrutura metálica
possuindo uma grande área e espessura reduzida, após montado apresenta a forma de um
paralelepípedo. É formado por duas peças separadas, a base e a tampa, sendo os dois produzidos
com uma malha hexagonal de dupla torção. Por serem flexíveis, estas estruturas são adequadas para
obras de construção complementares como proteção de base de muros, revestimentos de taludes ou
barrancos, canaletas para de drenagem e principalmente como revestimento flexível utilizado em
margens e encostas de rios e demais cursos d'água. Por sua malha ser produzida com baixo teor de
carbono e revestida com uma liga de zinco e alumínio, possui uma alta resistência a corrosão
(BARROS, 2010).

O presente trabalho apresenta o estudo sobre um processo erosivo presente na encosta de uma ilha
situada no reservatório da UHE Igarapava. Os estudos e resultados apresentados buscam demonstrar
de forma técnica e pratica a metodologia adotada para correção e proteção de um talude que possui
acentuado grau de erosão por solapamento.

Devido ao crescimento populacional nos últimos anos, e consequentemente os problemas gerados


por ele, o homem cada vez mais busca a utilização dos rios para diversas funções como a
navegação, abastecimento d’agua, irrigação, geração de energia, dentre outras. Com o tempo várias
interferências ocorreram nos cursos d’agua visando manter as necessidades da população, o que
levou a realização de várias obras como a construção diques, barragens, alteração de rios, etc. Estas
atividades causam impacto direto na estabilidade das encostas e alteram totalmente o
comportamento dos rios, desencadeando vários processos erosivos, que através do carreamento de
sedimentos para a água gera a perda de qualidade da mesma e consequentemente o aumento dos
custos para tratamento e distribuição às comunidades. Além disto, as alterações na água geram
desequilíbrio ao meio aquático, como a proliferação de plantas aquáticas e o surgimento de novas
patologias, podendo levar a morte de peixes e demais seres vivos presentes no ambiente. Os
sedimentos e materiais depositados no fundo dos rios, devido à erosão das margens, contribuem
com os riscos de inundações e geram problemas para a navegação, devido a redução da lâmina
d’agua pelo assoreamento, o que diminui a vida útil dos reservatórios constituídos pelas Usinas
Hidrelétricas. Em consequência destes fatores os estudos voltados para a solução destes problemas

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são de suma importância, pois além dos problemas sociais gerados, causam grande impacto
ambiental.

2 ÁREA DE ESTUDO

A área onde está situado o ponto de erosão encontra-se no Sudeste do Brasil, na bacia hidrográfica
do Rio Grande, Estado de Minas Gerais, entre os municípios de Sacramento e Conquista,
coordenadas UTM: 7789640,533 / 242963,562. O reservatório da USINA apresenta área de
36,5 km2. O clima na região de estudo é classificado como , segundo Köppen, como Aw, primeiro
úmido com pequena deficiência hídrica no inverno e verões quentes. A pluviometria regional
apresenta regime nitidamente tropical, com 50% das chuvas concentradas no período de dezembro-
fevereiro, e precipitação média anual girando em torno de 1500 mm.
Quanto à formação geológica da área em estudo, podemos dizer que os afloramentos rochosos são
escassos, visto que ela se encontra quase que recoberta por solos, sobretudo aluviais, de fertilidade
variável. Quatro trechos podem ser identificados, onde predominam diferentes substratos rochosos,
partindo da jusante para a montante: basalto (da UHE Igarapava até as proximidades da ilha dos
Cinco Veados); diabásio (deste ultimo até as proximidades da ilha Grande); arenito (até as
proximidades da Ilha dos Belém ou dos Cabritos); e quartizito (até o final da área, junto a UHE
Jaguara). Os solos predominantes são Cambissolo, Latossolo roxo, Latossolo Vermelho-amarelo e
Areias Quartzozas. A área em estudo é representativa do sistema agrícola e agrário, predominando o
cultivo da cana de açúcar na maioria das propriedades, devido a proximidade de grandes Usinas de
açúcar e álcool (IESA, 1990).

2.1 Bacia Hidrográfica

O reservatório da UHE Igarapava esta localizado na Bacia Hidrográfica do Rio Grande (BHRG)
que está situada no Sudeste do Brasil, região Hidrográfica Paraná que, juntamente com as bacias
Hidrográficas Paraguai e Uruguai, formam a Bacia do Prata. É uma bacia hidrográfica que possui
uma grande área territorial, somando mais de 143.000 km² de área de drenagem. A Bacia
Hidrográfica do Rio Grande é formada por 393 municípios, chegando a uma população de
aproximadamente 9 milhões de habitantes, o que comprova sua grandeza como bacia hidrográfica

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presente em dois dos mais importantes estados brasileiros: ao norte Minas Gerais com 60,2% de
toda a área de drenagem, e ao sul São Paulo, completando o total da área da Bacia. A grande área
onde esta inserida a Bacia Hidrográfica dispõe a ela uma enorme diversidade de ambientes, como os
da Região Centro-Oeste, onde o solo é coberto por vegetação típica de cerrado, e ainda áreas
montanhosas e próprias da costa Sudeste, com presença de Mata Atlântica. A bacia Hidrográfica do
Rio Grande possui capacidade instalada de geração de energia elétrica de 7800 M watts, sendo que
destes, 60% encontram-se em barragens formadas na divisa entre os estados de Minas Gerais e São
Paulo. Todas as bacias afluentes da Bacia do Rio Grande possuem hoje comitês de Bacia, visando
realizar a gestão destes recursos hídricos. Ao todo existem 6 comitês no estado de São Paulo e oito
no estado mineiro da Bacia (CBH GRANDE, 2012).

A UHE Igarapava é integrante do Comitê de Bacias Hidrográficas do Baixo Rio Grande (GD8). A
Bacia Hidrográfica do Baixo Rio Grande se encontra na região Sul-sudoeste, abrangendo os
municípios de Uberaba, Araxá e Frutal. Com uma área de drenagem aproximada de 18784 km² e
envolvendo 18 municípios, possui uma população média de 455401 habitantes. Quanto ao clima,
podemos dizer que a bacia se enquadra como semiúmido, onde ocorre em torno de 5 meses secos
por ano, possuindo uma disponibilidade hídrica de 2 a 10 l/s por km². Quanto a qualidade da água,
em 2005 o Rio Uberaba apresentou um IQA (Índice de Qualidade da Água) Bom, superando o
índice atingido em 2004, considerado Médio. Em Volta Grande, a jusante da UHE Igarapava, o
IQA obteve a classificação de Médio.

2.2 Descrição do empreendimento UHE Igarapava

Em julho de 1994 constituiu-se o Consórcio da Usina Hidrelétrica de Igarapava, com personalidade


jurídica, com a participação da Vale, CSN, Cemig, Votorantim, AngloGold, representando uma
iniciativa inédita no Brasil, sendo sua implantação iniciada em outubro de 1995. A Usina
Hidrelétrica de Igarapava está implantada no Rio Grande, na divisa dos estados de Minas Gerais e
São Paulo, abrangendo áreas dos municípios de Conquista, Sacramento, Igarapava e Rifaina. A
barragem é situada a aproximadamente 1 km da ponte de Delta-MG na Rodovia BR 050, a UHE
Jaguara representa o trecho final do reservatório.

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A turbina tipo bulbo, empregada da UHE Igarapava, opera com fluxo d'água em eixo horizontal,
diferentemente das turbinas convencionais. Com a escolha deste tipo de turbina, as escavações
foram de menor magnitude, o que resultou em economia de tempo e dinheiro na implantação das
estruturas de concreto, além de causar menor impacto ambiental, devido a altura da barragem,
considerada baixa, que resultou em menor área de inundação (IESA, 1999).

A Usina Hidrelétrica de Igarapava (UHE Igarapava) entrou em operação em 1998. Devido ao


impacto ambiental que a implantação de uma Usina causa ao seu entorno, o IBAMA inseriu na
Licença de Operação (LO) concedida, algumas condicionantes ambientais. Estas condicionantes
podem ser definidas como obrigações que um empreendimento deve cumprir periodicamente
durante a vigência de sua LO no âmbito social, econômico, físico e biótico (CONAMA 001, 1986).
O programa de identificação de processos erosivos e recuperação de taludes é uma das
condicionantes impostas a USINA. Através de inspeções realizadas em todo o reservatório foi
elaborado um diagnóstico dos processos erosivos encontrados.

3 DIAGNÓSTICO DO PROCESSO EROSIVO

De posse do diagnóstico e identificando os vários pontos de erosão presentes no reservatório, a


USINA elaborou um cronograma com o objetivo de corrigir todos estes processos. Anualmente os
trabalhos foram realizados, juntamente com novas inspeções buscando identificar o andamento dos
processos já tratados e o surgimento de novos pontos de erosão.
Em novembro de 2008 foi realizado um levantamento dos processos erosivos pela empresa Sete
Soluções e Tecnologia Ambiental. Os resultados apresentados concluíram que as características
geomorfopedológicas da área de inserção do reservatório, o atual padrão de uso e ocupação dos
solos no entorno do lago e a manutenção constante do nível da água do reservatório são
características que favorecem a estabilidade das encostas que margeiam o reservatório. O principal
fator responsável pelos focos de instabilidade presentes é o embate de marolas nas margens do
reservatório, portanto o estudo apontou naquela época um ponto de erosão localizado em uma ilha
no reservatório da UHE Igarapava conforme ilustrado nas Figuras 01 e 02 (SETE, 2008).

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Figura 01 – Vista frontal aproximada da parte direita do talude

Fonte – SETE (2008)

Figura 02 – Vista frontal recuada do talude

Fonte – SETE (2008)

Conforme constatado durante os trabalhos, o talude apresenta pequena altura, textura arenosa, com
deslocamento basal, solapamento por embate de marolas e apresenta-se parcialmente revegetado. O
ponto de erosão esta localizado nas coordenadas (UTM): 240.089/7.790.213. (SETE, 2008).

Estas coordenadas remetem a localização da ilha denominada Ilha dos Cabritos, antiga Ilha Belém,
identificada nos estudos de impacto ambiental da USINA. Tais estudos confirmam a predominância
naquela região de substratos rochosos qualificados como arenito (EIA, 1990).

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4 INTERVENÇÃO REALIZADA ANTERIORMENTE

Visando corrigir o processo erosivo identificado na ilha conforme Figura 03, vários estudos foram
realizados buscando verificar qual o melhor tratamento e/ou metodologia a ser adotada para este
caso. Em fevereiro de 2011 a empresa MTP Tecnologia e Projetos realizou uma intervenção no
local utilizando a metodologia de revegetação na realização dos serviços para conter os processos
erosivos. Estes trabalhos buscaram impedir a erosão proporcionada pela desagregação das partículas
do solo, e em situações mais emergenciais onde o solo já se encontrava em processo avançado de
fragmentação, foi necessário instalar geotêxtis para evitar maiores danos ao talude. Estes geotêxtis
atuam contendo fisicamente o solo que, juntamente com a vegetação que é instalada para fazer o
recobrimento e estabilizar a superfície que esta em risco, impedindo a erosão e escorrimento de
material para o rio. Nesse contexto a empresa responsável pelos serviços buscou a contenção do
solo através de plantio de espécies vegetais com o objetivo de estancar e minimizar o problema da
erodibilidade devolvendo a capacidade regenerativa do ambiente.

Figura 03 - Aspecto do talude antes da correção

Fonte: MTP (2011)

Os trabalhos se iniciaram com a preparação manual do talude, realizando a quebra da angulação.


Posteriormente, após o solo ter sido preparado para receber a revegetação, foi realizado o plantio de
grama do tipo esmeralda em placas que foram instaladas em toda a extensão do talude. Estas placas
foram fixadas com estacas de bambu, sendo que na sua porção mais baixa uma tela de contenção foi
instalada buscando dar maior estabilidade ao plantio. Em seguida foram semeadas gramíneas sobre
a tela para posterior germinação, visando garantir assim a cobertura vegetal do local.

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Figura 04 - Vista geral do talude após término dos serviços

Fonte: MTP (2011)

Os serviços foram realizados em um período total de 16 dias, iniciando-se em 01/02/2011 e


finalizando em 16/02/2011 com o repasse no local dos serviços e realização de nova semeadura.

5 RETIFICAÇÂO ATUAL DO TALUDE

Diante da necessidade em se realizar inspeções em toda a área do reservatório da USINA, visando


identificar novos focos erosivos e verificar a real eficiência das correções anteriormente realizadas,
em dezembro de 2011 um novo diagnóstico verificou que o tratamento dado nos serviços de
correção do talude na Ilha dos Cabritos em janeiro/fevereiro de 2011 não obteve sucesso, visto que
toda a revegetação implantada no local com intuito de conter a erosão não foi encontrada, conforme
observado na Figura 05.

Figura 05

Fonte: Acervo do autor (2012)

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Constatada a ineficiência no tratamento anteriormente realizado, partiu-se então para o estudo da
real causa do processo formado no local. No primeiro momento foi elaborado um cronograma de
visitas no local em forma de planilha conforme Quadro 01, constando datas, horário de permanência
na Ilha e detalhes observados, que juntamente com algumas imagens fotográficas retiradas in situ,
possibilitou a análise do trabalho de recuperação do talude e dos possíveis agentes erosivos.

Quadro 01 - Planilha de dados coletados na Ilha dos Cabritos

CRONOGRAMA DE VISITAS ILHA DOS CABRITOS


Horario Visita
Data Observações
Início Fim
Verificado fortes ventos em toda a estensão do talude. Ocorrência de pequenas ondas e consequente
9/1/2012 10:00 12:00 albaroamento no talude. Evidenciado o encharcamento e desmoronamento de parte da base do
talude.
No periodo de visita à ilha foi observado ventos moderados e pequeno solapamento da base do
11/1/2012 14:00 16:00
talude. Verficado ainda que a água nas proximidades da ilha apresentava pouca turbidez.
Evidenciado formação de fortes ondas, desmoronamento da base do talude. Verificado que a parte
16/1/2012 08:00 10:00 superior do talude possuia uma estreita camada de gramíneas que protegia a superficie da ilha de
possivel arraste do solo.
Verificado que o talude não possuia vegetação na sua parte vertical. Observada a ação dos ventos
19/1/2012 15:00 17:00 direcionados predominantemente para a encosta da ilha. Evidenciado grande saturação da base do
talude.
Fonte: Acervo do autor (2012)

O resultado dos estudos in loco, por meio da análise diária dos dados obtidos nas visitas, apontou
para um tipo de erosão bem comum às margens de reservatórios de Usinas Hidrelétricas, a erosão
fluvial, através do solapamento que pode ser observado claramente em todo o período em que a
equipe esteve presente no local. O principal agente erosivo observado foi o vento, que por ser
abundante no local, impulsiona e potencializa a força da água formando pequenas ondas, que ao se
dissiparem na encosta da ilha causam a saturação do solo e consequentemente o desmoronamento
do mesmo.

Paralelamente às visitas in loco, foi colhida uma amostra do solo encontrado na base do talude, e
posteriormente realizado ensaio de granulometria. Este ensaio foi de suma importância no contexto
dos estudos, pois por meio dos resultados foi possível observar qual o tipo de solo encontrado no
local, e cientes da porção do talude que sofria maior dano, foi possível entender melhor a

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ineficiência da correção anterior e estruturar a metodologia ideal para um tratamento corretivo que
obtivesse sucesso. Os resultados do ensaio granulométrico são ilustrados na Quadro 02.

Quadro 02 - Resultado da análise granulométrica


CERTIFICADO N˚

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DATA


15/02/12

CLIENTE: Consórcio da UHE Igarapava

ENDEREÇO: Rod. BR 050 Km 208, Conquista-MG ESTACA À

TRECHO: Ilha dos Cabritos Material Ensaiado: Areia

Peso da Amostra Total Seca (538,270)


PENEIRAMENTO

PENEIRA MATERIAL RETIDO MAT. PASSANDO

ABERTURA PESO PARCIAL (p) % SIMPLES-PARCIAL Porcentagem Porcentagem



(mm) (g) (p pt0 x 100 Acumulada AMOST. PASS.

3" 76,20
2" 50,80
11/2" 38,10
1" 25,40
3/4" 19,10
1/2" 12,70
3/8" 9,52
4 4,56
8 2,40
10 2,00
16 1,19
30 0,59 100,00%
40 0,42 3,25 0,6% 0,6% 99,00%
50 0,30
80 0,18 234,90 43,6% 44,2% 56,00%
100 15,00 42,80 8,0% 52,2% 48,00%
200 0,074 218,60 40,6% 92,8% 7,00%
Fundo 0 38,72 7,2% 100% 0,00%

GRANULOMETRIA - ANÁLISE GRÁFICA


100% 100%
90% 90%
80% 80%
70% 70%
60% 60%
50% 50%
40% 40%
30% 30%
20% 20%
10% 10%
0% 0%
200 100 80 50 40 30 16 10 8 4 3/8" 1/2" 3/4" 1" 11/2" 2" 3"

Gran ulometria En contrada


Faixa

Fonte: F&G Consultoria e Engenharia Ltda (2012)

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Diante dos resultados obtidos no ensaio de granulometria, o solo foi caracterizado como sendo areia
fina, o que explica a dificuldade de sustentação da vegetação na encosta da ilha e a erosão causada
pelo embate das ondas no pé do talude. Tal característica vai ao encontro dos resultados obtidos nos
estudos de impacto ambiental (EIA) da Usina Hidrelétrica de Igarapava. Estes estudos apontam que
na região onde esta localizada a Ilha dos Cabritos o solo apresenta características de arenoso.

Terminada a fase de pesquisa, iniciaram-se os estudos visando determinar a melhor técnica de


correção para este talude. Com os resultados dos ensaios do solo, afirmando se tratar de areia fina, e
cientes dos agentes causadores daquele tipo de erosão, chegou-se a conclusão que para conter o
avanço do processo seria necessário a proteção do pé do talude com a utilização de rochas.

Em situações nas quais é possível o acesso de máquinas para preparação do terreno e caminhões
para o transporte de material até o ponto da intervenção, o lançamento de matacões (grandes peças
de rocha) seria uma opção, visto que a rocha seria lançada e assentada no terreno já preparado por
escavadeiras hidráulicas, devido a fácil locomoção na parte superior do talude, realizando com isto
um muro de contenção com matacões.

Portanto, devido ao difícil acesso ao local, foi concluído que os trabalhos de intervenção deveriam
ser realizados manualmente, e os materiais necessários seriam transportados por embarcação
adaptada. Para proteção do pé do talude foi utilizado colchão Reno com malha de 5", devido a
facilidade de transportá-lo e montá-lo no local, e ainda pela facilidade com que o colchão, após
montado e preenchido com pedra de mão, molda-se ao terreno preparado manualmente.

Visando preparar o talude para receber a proteção, uma equipe composta por seis ajudantes e um
supervisor realizou a regularização da encosta e a construção de uma ensecadeira em frente ao
talude, ou seja, uma pequena barragem utilizando o próprio solo da Ilha. Esse procedimento foi
necessário devido a dificuldade de se trabalhar com solo presente no local, que com o embate das
ondas não permitia que fossem realizados os ajustes necessários para receber o colchão Reno.

A regularização da encosta foi realizada visando diminuir a declividade superior e possibilitar o


melhor acondicionamento dos colchões. Para isto, após construída a ensecadeira, o talude existente
que apresentava um formato vertical (caixão) recebeu os serviços de corte buscando um formato

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ideal, com inclinação (rampa) para instalação do colchão Reno. Importante salientar que devido ao
solo ser extremamente arenoso, ocorreram durante os trabalhos vários desmoronamentos
impossibilitando o perfeito abaulamento do talude, dificultando a execução do corte com a
inclinação necessária.

Terminada a primeira parte dos serviços com os acertos do talude, teve início o processo de corte do
pé do talude, pois devido a construção da ensecadeira foi necessário a escavação de uma trincheira
visando o perfeito encaixe do pé do colchão. Para estes trabalhos foi necessário solicitar a operação
da UHE Igarapava o rebaixamento do NA1 de operação para o seu mínimo. Cientes de que a
oscilação máxima do reservatório é de 0,40 metros, o solo foi escavado até que se obtivesse a
profundidade de 0,5 metro abaixo do NA atual, ou seja, o mínimo operativo do reservatório. Assim,
o pé do colchão estaria em caso de NA mínimo a 50 centímetros abaixo da lâmina d'água e no caso
de NA máximo, a 90 centímetros abaixo da superfície da água, possibilitando a perfeita proteção do
talude em ambos os casos, pois devido a largura de 2 metros do colchão, retirando-se a inclinação
ainda haveria cerca de 80 centímetros de colchão acima da lâmina d'água protegendo o restante do
talude do embate das ondas.

A montagem do colchão se deu na parte plana da ilha, logo acima do talude, visando permitir com
que o mesmo fosse transportado facilmente até o local de sua instalação. Os colchões foram
montados seguindo a especificação do fabricante.

Figura 06 - Montagem do colchão Reno

Fonte: Acervo do autor (2012)

1
Nível de água

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Primeiramente foi separada a base de cada peça que ainda dobrada foi transportada ao local de
montagem. Após serem desdobrados, os painéis foram regularizados até que se atingisse o
comprimento nominal da peça e que as abas estivessem juntas. As paredes externas foram então
levantadas e amarradas às abas internas com os arames fornecidos juntamente com os colchões.
Após todo o processo tem-se um elemento retangular com grande área superficial e pequena
espessura conforme ilustrado na Figura 06.

Para preenchimento do Colchão Reno, utilizou-se rochas com diâmetro médio de 30 cm.
Conhecidas as dimensões do talude e do colchão, foi calculado o volume de rocha necessário, cerca
de 30 m³. Para transporte das rochas até a ilha, primeiramente foi necessário identificar o local da
margem mais próximo a ilha, visando percorrer a menor distancia possível com a embarcação. Toda
a rocha foi transportada até esta margem, distante cerca de 300 metros da ilha, e uma canoa com
capacidade de para 6 pessoas e motor de 25 HP foi adaptada para o transporte da rocha.
Com capacidade para carregar cerca de 500 kg em cada viagem da embarcação, foram necessárias
60 viagens de barco num período de 10 dias para transportar todo o material até a ilha. As pedras
foram depositadas sobre a ensecadeira, bem em frente ao canal preparado para abrigar a proteção,
permitindo com isto agilidade quando do processo de enchimento dos colchões.

Com os colchões já montados, foi necessário realizar o fechamento da tampa de cada peça até a 1/3
de sua altura, devido a dificuldade de manter a inclinação do terreno abaixo do colchão. Foi
necessário ainda realizar um procedimento diferenciado para assentamento dos colchões, pois
conforme se abria a trincheira a água percolava ascendentemente, desmoronando as paredes das
valas, sendo assim o processo foi realizado da seguinte maneira: Uma peça de colchão era descida e
posicionada próxima a trincheira semipronta. A perfuração final era realizada manualmente até que
se atingisse a profundidade necessária. Logo em seguida o colchão já pronto e com a tampa
parcialmente costurada era acondicionado na trincheira. As rochas eram lançadas manualmente até
que o colchão fosse totalmente preenchido e logo após a tampa era totalmente costurada com arame
fio 14 galvanizado, já fornecido juntamente com os colchões. Os procedimentos foram realizados
até que todos os 10 colchões fossem assentados, sendo que sempre após a montagem do colchão
seguinte ambos eram costurados buscando formar um maciço apenas conforme ilustrado na Figura
07. Este último procedimento é normalmente realizado antes do lançamento das rochas, entretanto

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devido a especificidade do local foi necessário realizar a amarração após a montagem de cada
colchão seguindo a sequência horizontal.

Figura 07 - Execução do fechamento superior dos colchões

Fonte: Acervo do autor (2012)

Para garantir uma melhor fixação do colchão junto ao talude, foram cravados vergalhões em forma
de “U” perpendicularmente ao talude na parte superior e inferior dos colchões a cada 2 metros na
horizontal, conforme ilustrado na Figura 08.

Figura 08 - Croqui com detalhes da fixação do colchão

Fonte: Acervo do autor (2012)

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Devido a baixa resistência do solo e buscando evitar o escorregamento do colchão com o passar do
tempo, foi realizada a construção de estacas em concreto na parte plana da ilha acima do talude para
que funcionassem como poitas de amarração dos colchões. As estacas foram locadas a cada 3
metros na horizontal e a 5 metros do talude. A perfuração foi realizada manualmente com
escavadeira, atingindo a profundidade de 1,5 metros, e 0,20 metros de diâmetro. Após a perfuração
as mesmas foram preenchidas com concreto fck 20 Mpa, armada de tal maneira que após lançado o
concreto um vergalhão de 12mm estivesse posicionado acima do terreno funcionando como um
gancho. Após a cura do concreto os cabos em aço galvanizados com espessura de ½” e medindo
aproximadamente 7 metros foram lançados, sendo fixados na parte superior através do gancho das
estacas e nos colchões através de um segundo cabo de aço de mesma característica que foi trançado
ao longo dos colchões já assentados. Este procedimento foi adotado como medida de segurança,
visto que os grampos em “U” garantem a fixação dos colchões junto ao talude.

Buscando manter as características naturais do local, após a conclusão dos serviços de preparação
do talude em solo, do lançamento do Colchão Reno e do preenchimento dos mesmos, foi instalada
ao longo de todo o talude uma manta orgânica. A manta foi preparada e lançada em toda a extensão
do talude, sendo que a sua parte superior foi grampeada logo acima, ainda na parte plana da ilha,
desta maneira toda a manta foi desenrolada e fixada na parte superior do talude, e ainda sobre os
colchões Reno conforme observado na Figura 09. Para fixação da manta foi utilizado grampos em
forma de “U” instalados a cada 1,0 metro longitudinalmente ao longo dos 50,00 metros.

Figura 09 - Vista da manta após fixação

Fonte: Acervo do autor (2012)

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A manta orgânica utilizada é composta por um material vegetal fibroso e foi instalada para
contribuir com a consolidação da área erosiva. Para agilizar o processo de regeneração do local,
foram semeadas sementes de Brachiaria Decumbens Stapf, vegetação típica já presente na ilha,
sobre toda manta orgânica.

6 CONCLUSÃO

Os estudos do local da intervenção através de analise dos históricos possibilitou constatar que o
talude recuperado sofria, pelo menos há 4 anos, com o solapamento da sua base, através do
abalroamento das ondas, desmoronamento e perda do solo. Consequentemente observou-se o
avanço constante do processo erosivo no local. Foi possível ainda verificar, através do relatório dos
serviços executados em 2011, que a proteção do talude com técnicas de plantio e germinação não
foi satisfatória. A análise dos agentes erosivos concluiu que o vento agindo sobre a água foi o
principal fator causador da erosão no local. A analise da granulometria determinou que o solo
presente no talude é composto de areia fina, e que por este motivo a proteção deveria ser realizada
com um aglomerado rígido e não com técnicas simples de plantio ou mesmo bioengenharia. Os
trabalhos de recuperação do processo erosivo através de aplicação de colchão Reno se mostraram
bastante eficientes, visto que foi possível observar a estagnação do processo que se originava
sempre no pé do talude que ao perder sua resistência desmoronava levando todo o restante do talude
abaixo. Portanto foi possível contemplar todo o projeto de uma forma eficiente a um custo pequeno.
Como trabalhos seguintes sugere-se a realização de monitoramento no local da intervenção, com o
intuito de verificar o possível avanço da erosão a longo prazo, registrando durante um determinado
período a situação da proteção realizada e se necessário propor uma nova metodologia de
intervenção.

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7 REFERÊNCIAS

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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

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Obras Hidráulicas. Escola Politécnica / Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária, São
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Janeiro: Interciência, 2008. xxvi, 33-89

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Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html> Acesso em: Ago.
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