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I-BREVE RELATO
O autor, enquanto transitava pela calçada da rua onde morava, foi atingido
por um objeto que caiu por um descuido da janela do apartamento nº 201
edifício do Clóvis Bevilaqua com o impacto do objeto o autor caiu desfalecido
ao solo, sendo socorrido por socorristas do SAMU que passavam pelo local.
A cirurgia foi realizada no Hospital João XXIII sendo esta pelo SUS.Cleber tem
como única fonte de renda a realização de viagens pelo aplicativo e
permaneceu internado por 30 dias, deixando de auferir sua renda mensal
comprovada de R$15.000,00 (quinze mil reais).
Após sua alta o autor voltou a trabalhar, passados 15 dias o mesmo passou
mal e voltou ao João XXIII, lá foi constatado que este necessitaria de outra
cirurgia, pois estava com uma infecção no crânio causada por uma gaze
cirúrgica deixada na última cirurgia, neste período Cleber deixando de auferir
sua renda mensal comprovada de R$15.000,00 (quinze mil reais)por não poder
trabalhar.Cleber ajuíza ação indenizatória perante a 1ª Vara Cível da Comarca
de Belo Horizonte em face de Condomínio Clóvis Bevilaqua, pleiteando a
reparação pelos danos sofridos, alegando que a integralidade dos danos
suportados é decorrente da queda do objeto cilíndrico do condomínio, no valor
total de R$ 30.000,00, a título de lucros cessantes, e 30 salários mínimos a
título de danos morais em razão de violação de sua integridade física.
II- PRELIMINARES
III- MÉRITO
Diante o exposto percebe-se que a responsabilização da segunda cirurgia
não é do Condomínio Clóvis Bevilaqua e sim inteiramente do Hospital João
XXIII, resultando a ausência do dever de indenizar do réu, pois não tem
sequer culpa deste.
Assim para que o condomínio tenha que indenizar a vítima seria necessário a
total comprovação da culpa e nexo de causalidade deste dano. No entanto
está presente que o primeiro dano ocorrido ao requerente foi sim de origem
da queda do objeto do apartamento, sendo o proprietário deste responsável,
porém, já o segundo dano advém de uma negligencia do hospital não tendo
relação nem nexo de causalidade alguma com o condomínio Suplicio das
Almas.
Por fim, cabe ao morador de prédio responder pelos danos causados pela
queda de objetos de sua janela. Entretanto se ainda assim Vossa Excelência
entenda que o condomínio tem alguma responsabilidade pelos fatos narrados,
então aceite as teses abaixo e diminuindo o quanto indenizatório.
Aliás, eventual indenização por dano moral deve levar em conta que o
ofendido não pode ficar em situação melhor do que aquela que se encontrava
antes de ter sofrido o pretenso dano.
Assim, inexiste dano moral a ser indenizado, seja pela ausência de culpa da
Requerida no evento danoso, seja pela ausência do abalo moral aduzido na
petição inicial.Portanto, os elementos essenciais e necessários para o
nascimento da obrigação de indenizar estão ausentes, e por tais razões, deve
a ação ser julgada totalmente improcedente.
IV – CONCLUSÃO
De tudo quanto foi exposto no caso em tela e argumentado, conclui-se que:
Nestes termos
Pede deferimento
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Advogado