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30/11/2012

Enfermagem Cirúrgica
Prof Lorena Raizama
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ENFERMAGEM EM CLINICA CIRURGICA

 Objetivo:

 assistir o paciente antes e após uma cirurgia

 rápida recuperação

 prevenção de complicações

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RISCO CIRÚRGICO

É toda possibilidade de dano que ocorre com um


paciente cirúrgico.

Está relacionado:
 condições físicas e psíquicas do paciente

 falhas das equipes de cirurgia e de enfermagem

 a fatores imprevistos durante o pré, intra e pós-operatório”.

• NÃO EXISTE CIRURGIA SEM RISCO - Mortalidade


cirúrgica: 0,3% todas cirurgias
• O risco de uma cirurgia = risco cirúrgico + o risco
anestésico
Depende
• Do porte e o tipo da cirurgia
• As condições de saúde do paciente
• Os recursos do serviço no qual se pretende operar
o paciente
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CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA
QUANTO A INDICAÇÃO

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TIPO OBJETIVO EXEMPLOS

DIAGNÓTICA REMOÇÃO E ESTUDO DE BIÓPSIA


TECIDO PARA
ESTABELECIEMTO DE UM
DIAGNÓTICO

EXPLORADORA EXPLORAÇÃO DE UMA LAPAROSCOPIA


CAVIDADE CORPÓREA PARA
CONFIRMAÇÃO DIAGNÓTICA

CURATIVA REMOÇÃO OU SUBTITUIÇÃO COLECISTECTOMIA


DE UM TECIDO DEFEITUOSO PROTESE TOTAL DE QUADRIL
PARA RESTAURAÇÃO DA
FUNÇÃO

PALIATIVA ALIVIO DOS SINTOMAS OU RESSECÇÃO DE UM TU PARA


MELHORIA DE UMA FUNÇÃO ALIVIAR A PRESSÃO E A DOR
SEM CURA

PLASTICA CORREÇÃO DE DEFEITOS RINOPLASTIA


ALTERAÇÃO DE UMA REPARO DE LABIO LEPORINO
CARACTERISTICA FÍSICA

AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
PRÉ-OPERATÓRIA

+
Objetivos da avaliação de enfermagem pré operatória:

• Preparar o paciente para o procedimento proposto.

• Detectar doenças presentes ou subclínicas que

coloquem o paciente sob risco acima da média

• Identificar novas doenças que possam comprometer

o ato operatório

• Traçar condutas que minimizem problemas no pré e pós

operatório.

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+
PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO
- Preparo emocional

- Orientar quanto a dor e náusea

- Orientar quanto a deambulação precoce,ensinar movimentos


ativos dos MMII

- Mensurar dados Antropométricos(peso e altura) e sinais

vitais.

+
PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO

Prevenindo complicações anestésicas:

Jejum de 8 a 12 horas antes da cirurgia como objetivode evitar


vômitos e prevenir a aspiração de resíduos alimentares por
ocasião da anestesia.

+
Dieta:

• A restrição depende do tipo de anestesia, da doença e do tipo


de procedimento cirúrgico a ser realizado.

• Geralmente o jejum é de no mínimo 8h a 10h:

- Evitar broncoaspiração na indução anestésica

- Diminuir distensão abdominal no pós-operatório

- Evitar náuseas, vômitos e dilatação gástrica

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+
Cateterismo:

• Aspiração gástrica pré-operatória:

- Pacientes com dificuldade de esvaziamento gástrico, estenose


pilórica, sub-oclusão ou oclusão intestinal e na emergência.

• O Cateterismo vesical:

- Somente quando há necessidade de monitorização do equilíbrio


hidroeletrolítico, cirurgias pélvicas ou das vias urinárias

Antibiótico profilático:

Visa a prevenção apenas as infecções do sítio


cirúrgico e não previne comprometimento
respiratório ou urinário.

+
Preparo da pele no dia da cirurgia:

• Boa higiene, banho com soluções antissépticas, lavando


principalmente a região a ser operada.

• Orientar não usar maquiagem e nem esmalte

• Tricotomia:

- Não realizar na noite anterior, pois aumenta em 100% a

taxa de infecção.

- Realizar no centro cirúrgico

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+
Preparo intestinal:

• Esvaziamento Intestinal (8 a 12 horas antes do ato cirúrgico)


• Laxativos (medicamentos)
• Lavagem intestinal ou Enteroclisma – é a introdução de
líquido (volume máximo de 2000ml) no intestino, através do
ânus ou da boca da colostomia, com o objetivo de promover o
esvaziamento intestinal)
• Enema (é a aplicação de no máximo 500ml de substância
(contraste radiológico, medicamento, etc.) pelo reto.

+
Medicação pré-anestésica:

 Indicação:

- Ajuda a administração de anestésicos

- Minimiza alterações da frequência cardíaca

- Relaxar o paciente e reduzir a ansiedade

+
• Retirada de adornos: Remoção de jóias, anéis ,
próteses dentárias, lente de contato

• Verificar Sinais Vitais antes de encaminhar para CC

• Verificar o prontuário, , exames, consentimento


livre informado, prescrição e registro de
enfermagem e encaminhamento junto ao paciente

• Administrar medicamento pré-anestésico: 45 a 60


minutos antes do início da anestesia

• Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico

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+
PERÍODO TRANSOPERATÓRIO

Desde o momento em que o paciente é


recebido no CC, até o momento de seu
encaminhamento para a SRPA ou UTI.

PERÍODO INTRA-OPERATÓRIO

Compreende desde o início até o final da


anestesia.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS


OPERATÓRIO IMEDIATO

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PÓS-OPERATÓRIO

 OBJETIVOS
 Restabelecer as funções orgânicas;

 Prevenir os desconfortos e as complicações pós-operatórias;

 CLASSIFICAÇÃO
 PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO (POI OU PO ZERO): Período de 24h que
se inicia ao término do ato cirúrgico.Essa fase, em geral, tem início na
Recuperação Pós-anestésica (R.P.A.), para onde o paciente é levado
ainda sob efeito da anestesia.

 :
PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO (1ºPO, 2ºPO) Após as 24 horas que se
sucedem ao ato cirúrgico, até o momento da alta do paciente;

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+
• Receber e transferir o paciente da maca para o
leito com cuidado com os dispositivos
• Posicionar o paciente no leito, conforme o tipo de
anestesia
• Verificar sinais vitais
• Cuidados com sondas e drenos
• Observar o estado de consciência
• Avaliar drenagens e soroterapia
• Fazer medicações conforme prescrição
• Controlar a diurese

+
• Assistir psicologicamente o paciente e os
familiares
• Observar e relatar as seguintes complicações:
- Estabilidade hemodinâmica
- Amplitude respiratória normalizadas
- Saturação de O² nos limites normais
- Estabilidade da temperatura corporal
- Estado de consciente

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COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS

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Podem surgir nas primeiras horas de PO ou


vários dias após a cirurgia. As complicações
retardam a recuperação fisiológica, afetando o
resultado da cirurgia.

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS


CIRÚRGICAS

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+
SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA CIRCULATÓRIO
•Atelectasia •Hemorragia
•Pneumonia •TVP
•Embolia pulmonar SISTEMA GENITOURINÁRIO
SISTEMA NERVOSO •Retenção urinária
•Dor SISTEMA TEGUMENTAR
•Hipotermia •Deiscência da ferida
•Hipertermia •Evisceração da ferida
• Sonolência OUTROS

+
SISTEMA GASTRINTESTINAL
•Distensão abdominal
•Constipação
•Náusea e vômito

+
ATELECTASIA: consiste no colapso dos alvéolos com acúmulo
de secreções mucosas ou coágulos.

CAUSAS: AÇOES:

• Anestesia • Manutenção da ventilação (artificial)

• Imobilidade Expansão pulmonar• Permeabilidade das vias aéreas

• Aumento da FR • Aspiração traqueal

• Dispnéia • Posicionamento adequado

• Hipertermia • Estimulação da tosse

• Tosse produtiva • Estimulação de exercícios respiratórios,

• Realizar nebulização

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+
SINAIS E SINTOMAS:

• Dispnéia

• Hipoventilação
pulmonar

• Cianose

• Agitação

• Alteração de nível de
consciência

HEMORRAGIA: é a perda de grande quantidade de sangue,

externa ou internamente, num curto período de tempo

CAUSAS Hipotensão / fraqueza


Rompimento da sutura incisional ou
•Débito urinário reduzido
alterações de coagulação
•Lábios e conjuntivas pálidas
SINAIS E SINTOMAS

•Apreensão / inquietude

•Pele fria / úmida / palidez

•Taquicardia / taquipnéia / pulso filiforme

• Hipotermia

HEMORRAGIA: é a perda de grande quantidade de sangue,

externa ou internamente, num curto período de tempo


CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Repor líquidos de acordo com a


prescrição médica;

• Elevar membros inferiores;

• Monitorar os sinais vitais;

• Manter acesso venoso adequado;

• Manter o material de atendimento


de emergência próximo e registrar
a assistência prestada.

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ESTADO DE CHOQUE: É a diminuição da passagem do sangue para os tecidos.

 CLASSIFICAÇÃO
 HIPOVOLÊMICO: CAUSAS: hemorragias, grandes queimaduras, vômitos,
diarréia.
 CARDIOGÊNICO: CAUSAS: IAM - infarto agudo do miocárdio, ICC -
insuficiência cardíaca congestiva, hipervolemia.
 NEUROGÊNICO: CAUSAS: superdosagem de drogas hipotensoras
(nitroprussiato de sódio), anestésicos, narcóticos e transtornos
emocionais;
 SÉPTICO: CAUSAS: septicemia.

 ANAFILÁTICO: CAUSAS: alergia (medicamentos, alimentos, substâncias


químicas).

+
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP):
CAUSAS

•Estase sanguínea (imobilidade)

•Distúrbios de coagulação

•Lesão venosa

SINAIS E SINTOMAS

+
•Dor / cãibra

•Edema de extremidades

•Aumento da temperatura local (membro afetado)

TRATAMENTO

Exercícios, anticoagulantes e meias elásticas.

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COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS


SISTEMA GENITOURINÁRIO

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+
Retenção urinária: é o acúmulo involuntário de urina na
bexiga,
como resultado da perda do tônus muscular
CAUSAS

• Anestésicos

• Manipulação local em torno dos tecidos da bexiga / edema

SINAIS E SINTOMAS

• Inquietação

• Distensão da bexiga

• Inabilidade para urinar

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AÇÕES

Higiene íntima adequada do cliente, bem


como técnica asséptica na passagem da
sonda
e sempre utilizar extensões, conectores e
coletores esterilizados com sistema fechado
de drenagem.

COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS


SISTEMA TEGUMENTAR

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+
INFECÇÃO DA FERIDA : invasão dos tecidos superficiais
ou profundos da ferida por microrganismos patogênicos
CAUSAS

• Técnica asséptica inadequada

• Contaminação da ferida antes da exploração cirúrgica

SINAIS E SINTOMAS

• Aumento da temperatura local / rubor

• Hipertermia

• Drenagem de exsudato purulento (3-6 dias após o ato cirúrgico)

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COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS


SISTEMA TEGUMENTAR

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+
DEISCÊNCIA: Ocorre normalmente no pós-operatório

imediato mas também entre o 5o. e 8o. dia de PO


SINAIS E SINTOMAS: rompimento da sutura da ferida

CAUSAS: técnica de sutura inadequada, aumento da pressão abdominal

(pela distensão e tosse), movimentação brusca, vômitos, deficiência da

cicatrização

+
DEISCÊNCIA
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:

Verificar temperatura,

• Manter secas as roupas pessoais e as de cama,

•Trocar curativos compressivos e oclusivos quando necessário com


coberturas indicadas

• Anotar débito e características das secreções,

• Estimular a aceitação da dieta e ingesta hídrica,

• Cuidados na administração de antibióticos,

• Estimular e auxiliar no uso correto da técnica da tosse.

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+
EVISCERAÇÃO: Deiscência com exposição de vísceras.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Acalmar paciente e acompanhante, solicitar que


um membro da equipe enfermagem acione o cirurgião e o centro cirúrgico,
calçar luvas estéreis, cobrir vísceras com gazes ou compressas úmidas com
SF e esterilizadas.

Fatores que interferem retardando ou impedindo a


cicatrização de feridas:

• Pressão
• Ambiente seco
• Traumatismos e edema
• Infecção
• Necrose
• Incontinência

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DESCONFORTOS PÓS-OPERATÓRIOS

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DISTENSÃO ABDOMINAL: Acúmulo de líquidos e gases no estômago e intestinos.

 CAUSAS:
 Imobilidade do paciente no pós-operatório;
 Alimentação imprópria no pós-operatório;
 Traumatismo cirúrgico intestinal no transoperatório;

 SINAIS E SINTOMAS
 Abdômen aumentado e sensação de plenitude gástrica;
 Dor abdominal tipo cólica e dispnéia;

 MEDIDAS PROFILÁTICAS
 Deambulação precoce;
 Mobilização no leito dos pacientes impossibilitados de deambular;

VÔMITO: Quando em excesso será chamado de

Hiperemese. Pode ser atribuído ao efeito

anestésico, deglutição de sangue, muco e saliva ou

não observância do jejum no pré-operatório.

 CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Manter a cabeça lateralizada ou lateralizar o pacte;
 Higiene oral do pacte após o episódio do vômito;
 Administrar Antiemético prescrito e comunicar ao enfermeiro;
 Anotar no prontuário;
 Paciente em uso de SNG, limpar a mesma evitando obstrução;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA
ALTA HOSPITAL

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1. Orientar quanto necessidade de intercalar períodos de repouso


e caminhada;

2. Uso correto das medicações, como dose,horário e término,


entregar receita;

3. Data prevista de retorno;

4. Manutenção dos cuidados com cicatriz cirúrgica.

QUESTÕES DE PROVA

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São cuidados de enfermagem a serem observados no pré-


operatório:

A. Remover próteses, remover maquiagem e administrar a


medicação pré-operatória prescrita
B. Oferecer apoio emocional, estimular a deambulação e
orientar cuidados para alta hospitalar
C. Remover grampos de cabelo, encaminhar para o serviço de
saúde coletiva e puncionar acesso venoso
D. Oferecer dieta ao paciente, puncionar veia e administrar
medicamentos
E. Iniciar oxigenoterapia, oferecer apoio emocional e puncionar
acesso venoso
Profundo

+
4. Cirurgias contaminadas são aquelas realizadas em tecidos
traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora
bacteriana, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido
falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Dentre
as cirurgias a seguir, qual a que se enquadra nessa descrição?

a) Mastectomia parcial

b) Cirurgia de ovário

c) Desbridamento de queimaduras

d) Cirurgia do reto e ânus com abscesso

e) Nefrolitotripsia

+
5. A equipe de enfermagem, ao participar do preparo pré-
operatório de um paciente, reconhece que o jejum antes da
cirurgia tem como objetivo prevenir a ocorrência de:

a) Febre intensa

b) Broncoaspiração

c) Dor do tipo cólica

d) Hipertensão arterial

e) Hipertemia maligna

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+
6. Espasmos diafragmáticos intermitentes, produzidos pela irritação
do nervo frênico, denominam-se:

a) Espirros

b) Soluços

c) Meteorismos

d) Contrações

e) Rotura de uma artéria

+
7. Dos sufixos a seguir, o que significa nova abertura é:

a) Rafia

b) Stomia

c) Oscopia

d) Centese

e) Pexia

+
8. Um exemplo de intervenção cirúrgica paliativa é:

a) Colostomia

b) Apendicectomia

c) Mastectomia

d) Laparotomia exploradora

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+
9. O termo “gastrectomia” significa:

a) Operação plástica do estômago

b) Retirada total ou parcial do estômago

c) Sutura de ferimento no estômago

d) Abertura do estômago

e) Remoção das glândulas sexuais

+
10. A medida adotada no pré-operatório que auxilia na prevenção
de complicações pulmonares é o (a):

a) Transfusão sanguínea

b) Controle rigoroso dos sinais vitais

c) Exercício respiratório

d) Mudança de decúbito

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