OBJETIVO GERAL: Valorizar a cultura afro, incentivar o respeito às diferenças e estimular reflexões sobre o preconceito e discriminação racial. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Proporcionar condições a alunos e professores de apropriarem-se de novos saberes sobre a história e a cultura Afro-brasileira; - Difundir a paz e tolerância entre os povos; - Trazer a tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos. MATERIAIS UTILIZADOS: Livros, internet, músicas, filmes e papéis diversos. PESSOAS ENVOLVIDAS: Supervisora, Professores, Técnico do LIED e alunos. LOCAL: Sala de aula, pátio interno e LIED. SUGESTÕES DE ATIVIDADES: - Apresentação do assunto à turma, fazendo a leitura de textos informativos e curiosidades do surgimento desta data; - Aprofundar a discussão sobre racismo utilizando materiais como textos, sites, livros, vídeos e filmes; - Construção de murais e/ou exposição dos trabalhos feitos em sala de aula; - Produção de textos ou poemas, ilustrações e confecções de cartazes sobre a temática trabalhada em sala de aula e no LIED; - Preparo e apresentação de pratos típicos africanos, danças, músicas, roda de capoeira, desfile de trajes típicos. SUGESTÕES DE MATERIAIS A SEREM TRABALHADOS: VÍDEOS: - Bruna e a Galinha d’Angola (6:24 min): Os negros que foram trazidos da África contra a sua vontade, há muitos anos, e aqui participaram como brasileiros, intimamente, do esforço de fazer do Brasil uma nação, trouxeram com eles suas tradições que se tornaram tradições do Brasil como um todo. Louve-se Gercilga de Almeida por haver escolhido a bela imagem da galinha d’angola para com ela contar, a crianças e adultos, a história de como a terra ficou segura e de como Bruna e suas amiguinhas da grande aldeia chamada Terra se afeiçoaram à conquém, na beleza de sua pele escura pintada de pequenas bolas brancas. - Ana x Ana (3:20 min): Ana e Ana, conta a história de duas irmãs que eram gêmeas idênticas. Quando eram bebês, por serem iguaizinhas, a avó vivia confundindo uma com a outra: achava que Ana Carolina fosse Ana Beatriz e vice-versa. Assim, uma delas acabava tomando duas mamadeiras, enquanto a outra ficava com fome, entre outras trapalhadas. À medida que elas cresciam, a confusão aumentava junto. Para o desespero das meninas, elas só ganhavam roupas e brinquedos iguais. Parece até que ninguém notava que os gostos e as manias delas eram completamente diferentes. Certo dia, quando elas já estavam crescidas e vivendo distantes uma da outra — com apelidos e profissões diferentes —, perceberam que, bem no fundo, eram mais parecidas do que imaginavam. - Menina Bonita do Laço de Fita (4:46 min): A história apaixonante de uma menina linda, com cabelos enroladinhos e negros e pele escura e lustrosa (que nem o pelo da pantera negra quando pula na chuva) que encanta um coelho que mora ao lado de sua casa, que gostava tanto de sua cor que tentou fazer de tudo para ficar pretinho como ela. - O cabelo de Lelê (4:09 min): A historinha "O cabelo de Lelê" da escritora Valéria Belém é uma linda historinha que levará as crianças à valorizarem seus cabelos como eles são. Pode gerar uma produtiva discussão sobre diversidade. - A ovelha negra (5:31 min):Tita era uma ovelha negra e ela queria ser branca igual às suas amigas. Queria, mas não era. Tudo para ela se tornava mais difícil, até amar era complicado. De nada adiantavam os carinhos e a atenção das outras ovelhas. Será que ser igual a todo mundo é tão bom assim? - A bonequinha preta (7:48 min): Há 75 anos, nascia uma boneca “preta como carvão” – com duas trancinhas, boca vermelha e olhos bem redondos. Um livro que seria capaz de entrar no imaginário das crianças e se perpetuar por gerações, se tornando o maior clássico mineiro da literatura infantil. A trama de A Bonequinha Preta, de Alaíde Lisboa, conta a história de Mariazinha, que ao sair para passear com a mãe, deixa a bonequinha em casa, que a desobedece e acaba caindo da janela. Resultado? Ela acaba sendo “sequestrada” por um gato e quase se perde de sua dona. FILMES: - Vista a minha pele: Joel Zito Araújo & Dandara. Brasil, 2004. Sinopse: é uma paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala de aula. Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. - Kirikú e a Feiticeira: O filme retrata uma lenda africana, em que um recém-nascido superdotado que sabe falar, andar e correr muito rápido se incumbe de salvar a sua aldeia de Karabá, uma feiticeira terrível que deu fim a todos os guerreiros da aldeia, secou a sua fonte d'água e roubou todo o ouro das mulheres. Kiriku é tratado de forma ambígua pelas pessoas de sua aldeia, por ser um bebê, é desprezado pelos mais velhos quando tenta ajudá-los, porém, quando realiza atos heróicos, suas façanhas são muito comemoradas, embora logo em seguida voltem a desprezá-lo. Apenas a sua mãe lhe trata de acordo com sua inteligência. SITES PARA PESQUISA: -http://www.palmares.gov.br/ :No dia 22 de agosto de 1988, o Governo Federal fundou a primeira instituição pública voltada para promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira: a Fundação Cultural Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). A FCP comemora meio quarto de século de trabalho por uma política cultural igualitária e inclusiva, que busca contribuir para a valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais. -http://www.capoeiradobrasil.com.br/ :Se você quer saber alguma coisa a respeito da Capoeira, você veio ao lugar certo: este é o site; este é o point de quem quer ficar por dentro do que acontece no empolgante mundo da Capoeira. Estamos aqui para trocar com você informações as mais variadas sobre os diversos aspectos da capoeira. Aqui, você encontrará: história, arte, cultura, debates, relatos, artigos, canções, polêmicas, entrevistas, notícias, esportes... -http://www.acordacultura.org.br/ : A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira, fruto de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan - Centro de Informação e Documentação do Artista Negro, o MEC, a Fundação Palmares, a TV Globo e a Seppir - Secretaria de políticas de promoção da igualdade racial. O projeto teve seu início em 2004 e, desde então, tem realizado produtos audiovisuais, ações culturais e coletivas que visam práticas positivas, valorizando a história deste segmento sob um ponto de vista afirmativo. LIVROS: - O Menino Marrom Autor: Ziraldo Faixa Etária: a partir de 06 anos O Menino Marrom conta a história da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos. - Flicts Autor: Ziraldo Faixa Etária: a partir de 06 anos "Flicts" conta a história de uma cor "diferente", que não consegue se encaixar no arco-íris, nas bandeiras e em lugar nenhum, e que ninguém, a princípio, reconhece seu merecido valor. Ao longo do livro, Flicts vai se conformando que "não tinha a força do Vermelho, não tinha a imensidão do Amarelo, nem a paz que tem o Azul". Contudo, Ziraldo presenteia o leitor com uma fantástica mensagem de caráter e respeito, dando a entender que todas as pessoas, por mais diferentes que sejam, possuem seu lugar no mundo. E Flicts também encontra seu lugar: na Lua. Editado em 1969, mesmo ano em que o homem chegou à Lua, "Flicts" é uma daquelas obras que resiste ao tempo, tal como a viagem de Neil Armstrong. - O menino de cor Faixa etária: a partir de 04 anos Adaptação de um conto tradicional africano. - Vovó Nanã Vai à Escola Autor: Dagoberto José Fonseca Faixa etária: a partir de 08 anos Aisha e Yetundê são primas e moram juntas na casa da avó. Vovó Nanã nasceu na Nigéria, África, e conta muitas histórias interessantes sobre as origens africanas. Este ano ela vai ser muito importante para a Semana Cultural da escola de suas netas. Por meio da tradição da oralidade na cultura dos povos africanos, Nanã reconstrói as origens da África e do Brasil. - Nina África – Contos de uma África menina para ninar gente de todas as idades Autores: Lenice Gomes, Arlene Holanda e Clayson Gomes Faixa etária: a partir de 06 anos Houve um tempo em que o céu e a Terra eram muito próximos um do outro. Houve um tempo em que se ouvia a voz do rei da terra e do rei do céu. Houve um tempo em que, fizesse chuva ou sol, jamais faltava verde nos roçados. Nesse tempo, que nem cabe em nosso calendário, todos os seres inanimados tinham personalidade e viviam entre os humanos. Foi quando nasceu a brisa. Foi quando pela primeira vez choveu sobre a terra. Estas histórias se passaram quando a África ainda era uma imensa floresta e homens e animais viviam em harmonia. Nestas histórias, está o segredo da memória, as histórias dos antigos e a fonte de toda sabedoria. - Bichos da África – A mosca Trapalhona, A Tartaruga e o Leopardo Autor: Rogério Andrade Barbosa Nas sociedades africanas que ainda não têm escrita, a tradição e a história desses povos são transmitidas em belas narrativas por velhos sábios, chamados griots. Debaixo de uma árvore ou em volta de uma fogueira, homens, mulheres e crianças se reúnem para ouvir essas narrativas envolventes, que divertem, transmitem costumes e valores morais MÚSICAS: - Alma Negra (Edu Ribeiro e Cativeiro) - Quem planta o preconceito (Banda Natiruts) - Desperta (Margareth Menezes) - Cem anos de liberdade: realidade ou ilusão (Jurandir da Mangueira) - Olhos Coloridos (Sandra de Sá) OUTROS: - Ilustrações dos trabalhos de Cândido Portinari – “Menina com tranças e laços” fazendo uma analogia com o livro “Menina Bonita do Laço de Fita”. CULMINÂNCIA: Exposição das produções de textos, cartazes, murais e apresentação de músicas, danças, roda de capoeira, desfiles de trajes típicos e comidas típicas. AVALIAÇÃO: A avaliação levará em consideração os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento das atividades propostas, oportunizando ao professor, de rever a própria prática docente criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem suas potencialidades e mudanças de postura, mostrando-lhes que uma sociedade democrática e justa, inclui todos os setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação.