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MATERIAL DE APOIO

XIX EXAME DE ORDEM

Curso: Online | Disciplina: Filosofia do Direito

ANOTAÇÃO DE AULA

EMENTA DA AULA
1. TEORIAS DO DIREITO
2. DOUTRINAS
3. LACUNAS
GUIA DE ESTUDO

1) TEORIAS DO DIREITO
1. 1- Utilitarismo (teoria da utilidade)
Utilitarismo: Trata-se de teoria ética que possui como característica o consequencialismo.
Consequencialismo: Um ato será considerado bom ou ruim de acordo com a sua conseqüência
Dica: A teoria da utilidade visa o bem estar social
Obs. Essa teoria é relativa e não absoluta (ex. Se a questão falar em vida/dignidade humana relativiza
essa teoria).

2) DOUTRINAS
2.1- DOUTRINA JUSNATURALISTA: A doutrina jusnaturalista considera tanto o direito natural quanto o
direito Positivo. Porém confere maior importância ao direito natural.
Direito natural: Não é o direito criado pelo homem → Justiça, princípios
Direito Positivo: Direito criado pelo homem→ direito posto
(*) IMPORTANTE! Pela doutrina naturalista o direito esta associado à JUSTIÇA
Dica: A FGV pode cobrar da seguinte maneira:
 A doutrina jusnaturalista confere maior importância aos Valores;
 A doutrina Jusnaturalista confere menor importância aos aspectos formais (forma)
2.1.1- Jusnaturalismo na História
a) Antiguidade: Direito associado as leis do universo;
As vontades do indivíduo não podem sobrepor à vontade do universo
(*) IMPORTANTE! Direito natural associado as questões da natureza (princípios superiores)
Pensadores: P.A.C {Platão, Aristóteles e Cícero}

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b) Idade Média : Jusnaturalismo Teocêntrico (igreja)


Justiça divina (justiça de Deus)
Forte influencia da igreja no Direito e Justiça
Tentativa de conciliação do cristianismo na filosofia
(*) IMPORTANTE! Nessa etapa o direito esta associado a lei de Deus
Pensadores: São Tomás de Aquino

c) Idade Moderna: Século XVII e XVIII


Nesse momento temos o rompimento com a teocracia
Natureza humana (conteúdo racional)
O homem passa ter importância para o direito e justiça
O homem é o criador da lei/ possuidor da natureza (leis do homem)
Surge a autonomia da vontade / Direito subjetivo
(*) IMPORTANTE! Nesse momento o direito esta associado à Razão
Pensadores: Hugo Grócio, Escola do direito natural racional

QUANDRO COMPARATIVO

DIFERENÇAS DO JUSNATURALISMO NA HISTÓRIA

DIREITO NATURAL DIREITO NATURAL DIREITO NATURAL


MODERNO ANTIGUIDADE MEDIEVAL

RAZÃO (homem) Questões da natureza (leis eternas) IGREJA (justiça divina)

2.1.2 – Fim do Jusnaturalismo e Surgimento do Juspositivismo


No início do Século XIX surge o Juspositivismo
Há o Conflito entre o juspositivismo com o jusnaturalimo
→Nesse momento temos um crescimento da visão juspositivista e enfraquecimento do pensamento
jusnaturalista
Pensadores: Hans Kelsen

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2.2- DOUTRINA JUSPOSITIVISTA: A doutrina juspositivista confere ênfase ao direito positivo (direito
posto/escrito)
(*) IMPORTANTE! Nesse momento o Direito está associado às leis
2.2.1- Positivismo jurídico
Surgimento: Início do Séc. XIX
Crescimento da sociedade
Lei como meio adequado para o Estado controlar o comportamento do homem na sociedade
O positivismo jurídico afasta os valores, fatores externos, justiça (importa apenas a Lei)
Não leva em consideração o direito natural
(*)IMPORTANTE! Nesse momento o direito esta associado somente à razão
Pensadores:
A) Hans Kelsen (teoria pura do direito)
Para Kelsen a norma válida é aquela editada pelo Estado, independentemente de
fatores externos.
Norma jurídica como objeto de estudo pelos operadores de direito
→Elementos que devem ser levados em consideração no estudo da Norma Jurídica
[1] Neutralidade: a norma criada pelo Estado é valida, não devemos atribuir juízo de valor
[2] Coação: Coação diante do descumprimento da norma jurídica
[3] Norma superior: A norma inferior deve estar em conformidade com a norma superior

B) Escola da exegese
É o ponto alto do positivismo (ápice do positivismo jurídico) ≅ 1804 a 1880
A escola da exegese defende a neutralidade
A lei estabelece todas as soluções (legislador onipotente)
O juiz deve simplesmente aplicar a lei (e não interpretá-la)
2.2.2- Neopositivismo
O neopositivismo é uma crítica ao positivismo jurídico
Não podemos fundamentar o direito somente com base na razão
Não podemos afastar valores (ética) do direito
Pensadores: Marx: a razão pode se tornar refém de um Ideal
Freud: O inconsciente domina o consciente

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2.2.3- Normativismo jurídico


É o aperfeiçoamento do positivismo jurídico (desenvolvimento do positivismo jurídico)
Leis impostas pelo Estado com aceitação social (Valores da norma)
PASSAGEM DE KELSEN PARA CHAIN PERELMAN
H. KELSEN CHAIN PERELMAN
SISTEMA NORMATIVO FECHADO SISTEMA NORMATIVO ABERTO

ORDENAMENTO JURÍDICO COMPLETO (Lei ORDENAMENTO JURÍDICO INCOMPLETO (lei não


estabelece SOLUÇÃO) traz todas soluções)

-ESCOLA EXEGESE -LACUNAS


-NEUTRALIDADE -ANTINOMIAS

→ Raciocínio Jurídico formal (forma) → Raciocínio Jurídico Dialético (diálogo)

Kelsen: Confere ênfase à Norma Jurídica Perelman: Confere importância ao Julgamento


É leva-se em consideração: I-Argumentação,
II- Interesse das Partes,
III- Opinião Pública
Obs. Estão na transição do sistema fechado para o Aberto: Miguel Reale, Bobbio
2.3- LACUNAS E ANTINOMIAS JURÍDICAS
2.3.1-Espécies de lacunas:
I) Reais, Autênticas, Próprias : A lei não estabelece solução
II) Ideológicas, Não autênticas, impróprias: A lei estabelece a solução; Mas essa solução
apresentada não é satisfatória (a solução não é justa)
III) Subjetiva: decorre da pessoa do legislador, que voluntária ou involuntariamente, deixa de
estabelecer determinada situação
IV) Objetiva: Decorre de acontecimento externo (ex. calamidade pública, caso fortuito)
2.3.2- Antinomia jurídica:
Antinomia significa conflito entre normas/ princípios
Requisitos: [1] Norma jurídica; [2]Autoridade competente; [3] Norma Vigente;
[4] Mesmo ordenamento jurídico; [5] Ordem opostas; [6] Aplicável ao mesmo indivíduo
Espécies de antinomias:
I) Aparentes: são solúveis (Ex. Critério cronológico, hierárquico, especialidade)
II) Reais: São insolúveis

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