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Aula 07

Auditoria p/ TCE-PA (Auditor - Área Administrativa e Fiscalização - Especialidade


Administração)

Professor: Claudenir Brito

02397505355 - Jean Carlos da Silva Sousa


Auditoria Governamental p/TCE-PA
Teoria e exercícios comentados
Prof Claudenir Brito Aula 07

AULA 07: Auditoria governamental segundo a


INTOSAI (International Organization of Supreme Audit
Institutions). Normas da INTOSAI: código de ética.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Auditoria Governamental segundo a INTOSAI 2
2. Código de Ética da INTOSAI 8
Questões comentadas 25
Referências bibliográficas 32

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(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida
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Olá, pessoal.

Estamos avançando na nossa matéria, e hoje vamos estudar a Auditoria


Governamental segundo a INTOSAI, e seu Código de Ética.

Estes temas também são bastante recorrentes nos editais de concursos


do CESPE, nas disciplina Auditoria Governamental, mas o número de
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questões não é tão grande, motivo pelo qual vamos utilizar exercícios de
outras bancas, além de exercícios de nossa autoria.

A INTOSAI é a Organização Internacional das Instituições Superiores de


Auditoria (International Organization of Supreme Audit Institutions -
INTOSAI)1, organização central de auditoria externa que reúne as
Entidades Fiscalizadoras Superiors – EFS – dos países membros da ONU,
e que suas atividades envolvem o intercâmbio, a disseminação e o
aprimoramento de técnicas de fiscalização relacionadas ao Controle
Externo governamental.

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É um organismo autônomo, independente e apolítico e suas decisões


devem visar ao atendimento das necessidades dos seus membros. O TCU
é o representante do Brasil na INTOSAI, e aqui somente esse
Tribunal se enquadra na definição de EFS.

Os editais normalmente cobram as seguintes normas da INTOSAI:

- Declaração de Lima (vista na aula anterior);


- Código de Ética; e
- Normas da INTOSAI: princípios fundamentais de auditoria
do setor público (ISSAIs 100, 200, 300 e 400).

O Código de Ética e as normas de auditoria tomaram por base a


Declaração de Lima, que, por sua vez, é considerada um documento
básico da INTOSAI, que estabelece as linhas gerais de auditoria no
Setor Público.

De acordo com a INTOSAI, o Código de Ética representa o próximo nível,


após a Declaração de Lima, com a declaração dos valores e princípios que
apoiam os auditores na execução de suas tarefas. Um dos princípios
estabelecidos no Código de Ética é a obrigação do auditor de aplicar as
normas de auditoria geralmente aceitas.

Já as Normas de Auditoria (ISSAIs 100, 200, 300 e 400), no nível


subsequente, serão estudados em nossa Aula 10.

Feitas essas rápidas considerações, vamos à matéria. Dúvidas que forem


surgindo, só perguntar no fórum do curso, enviar um email para
claudenirbrito@gmail.com ou, ainda:

02397505355
(61) 8104-2123

Uma boa aula para todos nós.

1. Auditoria Governamental segundo a INTOSAI

Enquanto a INTOSAI trata da Auditoria Externa (governamental), o


IIA trata da Auditoria Interna (tanto governamental quanto privada).

Como vocês já sabem a definição de Auditoria Governamental, vamos


reforçar a ideia sobre o que é INTOSAI?

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De acordo com a página da Instituição na internet -
http://www.intosai.org –, a Organização Internacional das Instituições
Superiores de Auditoria (International Organization of Supreme Audit
Institutions - INTOSAI) é a organização central de auditoria externa
do Estado, que há mais de 50 anos fornece um quadro institucional para a
transferência e o aumento do conhecimento para melhorar a auditoria de
governo em todo o mundo fora e, por conseguinte, reforçar a posição, a
concorrência e o prestígio das diferentes Entidades Fiscalizadoras
Superiores – EFS – nos respectivos países. (tradução livre)

Conforme o lema da INTOSAI, a troca de experiências entre os membros,


além das descobertas posteriores e perspectivas, são uma garantia para
que a Auditoria Governamental continue avançando para novos objetivos.

De acordo com Lima (2007), suas atividades envolvem “o intercâmbio, a


disseminação e o aprimoramento de técnicas de fiscalização, objetivando
a indução de melhorias na gestão pública”.

Foi fundada em 1953 por iniciativa do então Presidente da EFS de Cuba,


Emilio Fernandez Camus, reunindo 34 EFS para o primeiro Congresso
daquele ano, e que atualmente possui 189 membros de pleno direito e 4
membros associados.

O que vocês devem estar imaginando é que o TCU seja o representante


do Brasil na INTOSAI, o que está correto. Alguns autores afirmam que
a INTOSAI congrega as entidades supremas de fiscalização pública dos
países membros da Organização das Nações Unidas – ONU –, o que
também está correto.

Entretanto, não podemos interpretar “suprema” como aquela que detém


superioridade sobre as demais, pois sabemos que os órgãos de Controle
Interno – CGU, Secretarias de Controle Interno dos Poderes Legislativo e
Judiciário, Auditoria Interna do MPU, dentre outros - não são
subordinados ao órgão de Controle Externo – TCU.
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Dessa forma, podemos afirmar que a INTOSAI congrega as entidades


supremas de fiscalização, relacionadas ao Controle Externo, dos países
membros da ONU.

Uma dúvida que sempre surge entre os alunos de nossas aulas


presenciais é se os Tribunais de Contas dos Estados, do DF, dos
Municípios e do Município, onde existem, são Entidades Fiscalizadoras
Superiores.

Levando-se em conta as finalidades e conceitos da INTOSAI, no Brasil,


somente o TCU se enquadraria na definição de EFS.

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No próximo tópico, vamos nos ater à Declaração de Lima sobre Diretrizes
para Preceitos de Auditoria, ou simplesmente Declaração de Lima, editada
em 1977 na cidade de Lima, no Peru.

A Declaração de Lima se constitui num documento básico da


INTOSAI, e estabelece as linhas gerais de auditoria no Setor
Público. Com base nesse documento, foram editados o Código de Ética e
as Normas (padrões) de auditoria.

Enquanto a INTOSAI trata da Auditoria Externa (governamental), o


IIA trata da Auditoria Interna (tanto governamental quanto privada).

1.1 Declaração de Lima

De acordo com a norma, o conceito e o estabelecimento da auditoria são


inerentes à gestão financeira pública, já que a gestão de recursos públicos
envolve um voto de confiança. Lembrem-se do que dissemos na aula 00,
sobre o proprietário dos recursos escolher um gestor para se
responsabilizar por sua administração. Não há como se proceder dessa
forma sem um mínimo de confiança nos responsáveis.

No Setor Público, as coisas funcionam mais ou menos do mesmo modo: a


sociedade (proprietária dos recursos) elege um governante (gestor) para
se responsabilizar pelos recursos públicos, dando a eles um voto de
confiança para essa gestão.

Quanto à definição de Auditoria, para a INTOSAI:


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“A auditoria não é um fim em si, e sim um elemento


indispensável de um sistema regulatório cujo objetivo é
revelar desvios das normas e violações dos princípios da
legalidade, eficiência, eficácia e economia na gestão financeira
com a tempestividade necessária para que medidas
corretivas possam ter tomadas em casos individuais, para
fazer com que os responsáveis por esses desvios assumam a
responsabilidade por eles, para obter o devido
ressarcimento ou para tomar medidas para impedir - ou
pelo menos dificultar - a ocorrência dessas violações.”
(tradução livre – grifei)

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Alguns pontos merecem destaque na definição. Inicialmente, vemos que


a Auditoria não existe de forma isolada, mas fazendo parte de um
sistema de regulação – que podemos chamar de sistema de controle –
cujo objetivo pode ser dividido em 4 itens:

- assinalar desvios em relação às normas e aos princípios da gestão;


- possibilitar a efetivação de medidas para corrigir os desvios;
- promover a responsabilização dos que incorrerem nos desvios;
- impedir ou dificultar a reincidência dos desvios.

Na Declaração de Lima, estão dispostos dois momentos de controle: o


prévio, denominado pré-auditoria e o posterior, denominado pós-
auditoria, não se fazendo menção ao controle concomitante.

O controle prévio tem a vantagem de poder impedir prejuízos antes de


sua ocorrência, mas tem a desvantagem de gerar um volume excessivo
de trabalho e de tornar indistintas as responsabilidades previstas no
direito público.

Vamos trazer essa ideia para a vida prática para facilitar o entendimento.
Do ponto de vista da prevenção – estamos presos culturalmente à ideia
de que prevenir é melhor que remediar – o mais eficiente seria que
realizássemos um controle prévio de todos os atos da administração
pública.

Mas imaginem como seria trabalhoso se a EFS – TCU, no nosso caso –


tivesse que analisar todos os atos relativos à utilização de recursos
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públicos antes de sua realização. Imaginem quantos processos licitatórios,


atos de admissão, convênios, teriam de ser analisados. Concordam que
seria impraticável? O Tribunal não teria estrutura para isso tudo, além do
fato de que atrasaria por demais a realização das atividades de governo.

Outro problema seria a identificação dos responsáveis por um ato que


“ainda não aconteceu”, pois não se pode culpar alguém por um erro que
ainda não tenha ocorrido.

Já o controle posterior enfatiza a responsabilidade dos responsáveis


pela gestão financeira, fiscal e patrimonial, e pode determinar o
ressarcimento por prejuízos provocados, além de impedir novas
ocorrências de violações às normas.
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Complementando, a Declaração de Lima dispõe que a existência de um


controle prévio vai depender da situação jurídica de cada país, mas que o
controle posterior sempre deverá existir, independentemente da
existência, ou não, do controle prévio.

Sobre a diferença entre Auditoria Interna e Externa, a INTOSAI


esclarece que “Os serviços de auditoria interna são estabelecidos dentro
dos órgãos e instituições governamentais, enquanto os serviços de
auditoria externa não fazem parte da estrutura organizacional das
instituições a serem auditadas.” E que, apesar de a auditoria interna ser
subordinada ao chefe do departamento no qual foi estabelecida, deve ser,
na maior medida possível, funcional e organizacionalmente
independentes.

O que fica claro, em seguida, é que “As Entidades Fiscalizadoras


Superiores prestam serviços de auditoria externa”.

Auditoria de Legalidade, de Regularidade e Operacional, segundo a


INTOSAI, são os tipos de Auditoria que a EFS tem a seu dispor para
cumprir suas finalidades, sendo que as duas primeiras são consideradas
sua tarefa tradicional. Não há uma mais importante que as outras, apenas
uma importância relativa dada pela EFS no momento de sua realização.

Quanto à Auditoria Operacional, estabelece que sua finalidade é verificar


o desempenho, a economia, a eficiência e a eficácia da administração
pública, não se restringindo a operações financeiras específicas,
abrangendo todas as atividades governamentais, inclusive seus sistemas
organizacionais e administrativos.

Prosseguindo no estudo da Declaração de Lima, vamos abordar o


entendimento de independência para a INTOSAI. De acordo com a
norma, a independência da EFS deve ser entendida sob três aspectos:
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- independência da EFS propriamente dita: independência da entidade


auditada e proteção contra influências externas, inclusive do Parlamento,
conseguidas por meio de previsão constitucional;
- independência dos membros e diretores da EFS: no caso do TCU, a
independência de seus Ministros, estabelecida na Constituição, incluindo
seus quadros, que não podem ser dependentes das entidades auditadas;
- independência financeira: A EFS devem poder solicitar diretamente os
recursos financeiros necessários junto ao órgão público responsável por
decisões relativas ao orçamento nacional.

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Outro ponto abordado na Declaração de Lima se refere aos métodos e


procedimentos de Auditoria, cujos aspectos principais estão
relacionados a seguir:
1 – as EFS deverão estabelecer programas de auditoria,
embora alguns órgãos tenham a prerrogativa de poder
solicitar auditorias específicas.
2 – as EFS deverão avaliar a necessidade de adotar a
amostragem na seleção do que será auditado.
3 – as EFS devem elaborar manuais para orientação de
seus auditores.

Por fim, vamos ressaltar algumas competências das EFS, de acordo com a
Declaração de Lima, especificadas nos tipos de auditoria seguintes:

- Auditoria da Gestão Financeira Pública: todas as operações


financeiras públicas, a despeito de estarem ou não refletidas no
orçamento nacional, ficarão sujeitas à auditoria das EFS;

- Auditoria de Instituições no Exterior: lembrem-se de que o que dá a


competência de um órgão de fiscalização não é a área geográfica, mas a
origem (o dono) dos recursos.

- Auditorias Fiscais: relacionadas à arrecadação de receitas.


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- Contratos e Obras públicas.

- Auditorias de sistemas de processamento eletrônico de dados.

- Auditorias de empresas comerciais com participação pública.

- Auditorias de instituições subsidiadas: aquelas que receberem


subsídios públicos.

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2. Código de Ética da INTOSAI

O Código de Ética da INTOSAI foi aprovado pelo Comitê de Normas de


Auditoria, no XVI Congresso da INTOSAI (1998, Montevidéu, Uruguai).

É dividido em cinco capítulos, da seguinte forma, além de um glossário:


- Capítulo 1: Introdução;
- Capítulo 2: Integridade;
- Capítulo 3: Independência, Objetividade e Imparcialidade;
- Capítulo 4: Segredo profissional; e
- Capítulo 5: Competência profissional.

2.1 Capítulo I - Introdução

O Código de ética da INTOSAI apresenta os valores e princípios que


guiam o trabalho dos auditores. A independência e as responsabilidades
do auditor no setor público ocasionam elevadas exigências éticas das
EFS, do seu pessoal e dos especialistas contratados para os trabalhos
(lembrem-se de que aqui estamos falando do patrimônio público).

Está dirigido ao auditor e a todas as pessoas que trabalham a serviço


da EFS ou que intervenham no trabalho de auditoria, mas não deve
influenciar a estrutura organizacional da EFS.

Devido às diferenças nacionais de cultura, de idioma e de sistemas


jurídicos e sociais, cada cada EFS deve elaborar um Código de Ética
próprio, fundamentado no Código de Ética da INTOSAI.

Qualquer conduta inadequada dos auditores em sua vida profissional ou


pessoal prejudica a imagem de integridade dos próprios auditores, da EFS
que representam, da qualidade e da validade de seu trabalho, podendo
ocasionar dúvidas acerca da confiabilidade e da competência profissional
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da própria EFS.

E como é que o auditor vai passar essa confiança?

De acordo com a INTOSAI, mediante a aplicação das exigências éticas


descritas nos seguintes conceitos-chave: integridade, independência
e objetividade, confidencialidade e competência profissional.

E para que os relatórios e pareceres da EFS sejam considerados precisos


e confiáveis, o Código de Ética prevê que todo o trabalho realizado seja
submetido à avaliação pública acerca de sua correção, mediante inspeção
realizada pelo Poder Legislativo e/ou Executivo.

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2.2 Capítulo 2 – Integridade

A integridade constitui o valor central do Código de Ética da INTOSAI.


Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir normas
elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu trabalho
e em suas relações com o pessoal das entidades auditadas.

Essa afirmação pode ser mais bem entendida quando imaginamos um


auditor com excelente capacidade técnica, discreto, competente,
impessoal, mas... desonesto. Vocês concordam que todo o trabalho
resultante de seu julgamento seria suspeito?

Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os


auditores ajustem-se às normas de auditoria e de ética, e aos princípios
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de objetividade e independência, além de manterem conduta


profissional exemplar, tomando decisões de acordo com o interesse
público.

2.3 Capítulo 3 - Independência, objetividade e imparcialidade

Para os auditores, é indispensável que haja independência em relação à


entidade auditada e a outros grupos de interesses externos. Pessoal,
muito importante: é essencial que não apenas sejam independentes e
imparciais de fato, como também pareçam ser independentes.

Esse aspecto é considerado muito importante: não basta SER


independente, é preciso PARECER SER independente. Ou seja, não
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basta que o auditor atue com independência na apresentação do
resultado final se, durante os trabalhos de auditoria, apresentou uma
conduta muito próxima do auditado, participando de suas atividades,
recebendo presentes, e outras condutas incoerentes com sua
demonstração de independência. A partir do momento em que sua
independência foi colocada em dúvida, sua confiabilidade já foi
prejudicada.

Em todas as questões relacionadas com o trabalho de auditoria, a


independência dos auditores não deve ser afetada por interesses pessoais
ou externos.

Por exemplo, a independência poderia ser afetada pelas pressões e por


influências externas; pelos prejulgamentos dos auditores; por haver
trabalhado recentemente na entidade auditada; ou por relações pessoais
ou financeiras que provoquem conflitos de lealdade ou de interesse. Para
tanto, estão obrigados a não intervir em qualquer assunto em que
tenham algum interesse pessoal.

Essa objetividade e imparcialidade é requerida em todo trabalho efetuado


pelos auditores, e em particular em seus relatórios, que deverão ser
exatos e objetivos. Suas conclusões devem se basear exclusivamente
nas evidências obtidas.

Isso serve para impedir que o auditor, em vista de um prejulgamento


(“naquela unidade sempre encontramos problemas...”) chegue a
determinadas conclusões que não tenham amparo nas evidências
apresentadas.

Os auditores deverão utilizar a informação fornecida pela entidade


auditada e por terceiros, que deverá ser considerada de modo imparcial
nos pareceres emitidos. Essa informação deve ser analisada em relação à
fonte e à forma como foi elaborada pelo “terceiro”.
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Neutralidade política

É importante manter a neutralidade política da EFS — tanto a real quanto


a percebida. Isso é essencial, pois as EFSs trabalham em estreito
contato com o Poder Legislativo, com o Poder Executivo e outros órgãos.

Conflitos de interesses

Quando os auditores estão autorizados a assessorar uma entidade


auditada, não podem ser conduzidos a um conflito de interesses, nem
podem incluir responsabilidades na gestão, que devem continuar
sendo desempenhadas com transparência.

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Os auditores devem dispensar regalias ou gratificações que possam vir
a ser interpretadas como tentativas de influenciar sua independência e
integridade. Devem evitar qualquer tipo de relação com os diretores e
com o pessoal da entidade auditada ou outras pessoas que possam
influenciar sua independência.

Não deverão utilizar o seu cargo oficial com propósitos privados e não
deverão utilizar informação recebida no desempenho de suas obrigações
como meio de obter benefícios pessoais para si ou para outrem.

2.4 Capítulo 4 - Segredo profissional (sigilo)

A informação obtida no processo de auditoria não deve ser revelada a


terceiros, salvo aos responsáveis pelo cumprimento de determinações
legais ou outra classe que correspondam às EFSs, como parte dos
procedimentos normais desta, ou em conformidade com as leis
pertinentes.

Aqui, segredo profissional se refere ao sigilo das informações


obtidas no exercício de suas atividades profissionais.

2.5 Capítulo 5 - Competência profissional

Os auditores têm a obrigação de atuar de maneira profissional e de


aplicar elevados níveis profissionais na realização de seu trabalho, para
desempenhar suas atribuições de maneira competente e imparcial.

Os auditores não devem realizar trabalhos para os quais não


possuam a competência profissional necessária.

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Os auditores não devem realizar trabalhos para os quais não


possuam a competência profissional necessária.

Desenvolvimento profissional

Os auditores devem atuar com o profissionalismo devido na realização e


supervisão da auditoria e na preparação dos relatórios correspondentes,
devem ajustar-se aos postulados básicos e às normas de auditoria, e tem
a obrigação de se atualizarem, melhorando as capacidades requeridas
para o desempenho de suas responsabilidades profissionais.

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Glossário

Accountability Pública (Obrigação de Prestar Contas Públicas)


A obrigação que têm as pessoas ou entidades as quais se tenham
confiados recursos públicos (incluídas as empresas e corporações
públicas) de assumir as responsabilidades que lhes foram conferidas; e de
informar a quem lhes delegou essas responsabilidades.

Auditoria da devida gestão


Análises dos gastos públicos com base nos princípios gerais da devida
gestão.

Controle Interno
Conjunto de sistemas de controles financeiros e outros — que abarcam a
estrutura organizacional, os métodos, os procedimentos e a auditoria
interna — estabelecido pela direção como parte de seus objetivos
corporativos para ajudar a realizar as operações da entidade auditada de
forma regular, econômica, eficiente e eficaz; para permitir a observância
às políticas administrativas; para salvaguardar os bens e recursos; para
assegurar a exatidão e a completude dos registros contábeis; e para
produzir informação financeira e gerencial oportuna e confiável.

Economia
Consiste em reduzir ao mínimo o custo dos recursos utilizados para
desempenhar uma atividade a um nível de qualidade apropriado.

Eficácia
A medida em que se alcançam os objetivos, e a relação entre os
resultados pretendidos e os resultados alcançados.

Eficiência
Relação entre o produto — expresso em bens, serviços e outros produtos
— e os recursos utilizados para produzi-los.
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Escopo da Auditoria
O marco ou limites da auditoria e as matérias que são objeto da mesma.

Evidências de Auditoria
Informação que constitui a base em que se sustentam as opiniões,
conclusões ou relatórios do auditor ou da EFS.

Adequadas: informação que, quantitativamente, é suficiente e


apropriada para alcançar os resultados da auditoria; e que,
qualitativamente, tem a imparcialidade necessária para inspirar
confiança e confiabilidade.
Pertinentes: informação que é pertinente em relação aos objetivos
da auditoria.
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Razoáveis: informação que é econômica, ou seja, que o custo de
reuni-la guarda razoável proporção com o resultado que o auditor
ou a EFS tem de alcançar.

Postulados
Pressupostos básicos, premissas coerentes e princípios lógicos que
representam o marco geral de referência para a elaboração de normas de
auditoria.

Procedimentos de Auditoria
Comprovações, instruções e detalhes incluídos no programa de auditoria
que devem ser executados de forma sistemática e razoável.

Resultados, Conclusões e Recomendações


Os resultados ou fatos postos em destaque são as evidências concretas
reunidas pelo auditor para cumprir os objetivos da auditoria; as
conclusões são declarações deduzidas pelo auditor a partir desses fatos;
as recomendações são medidas sugeridas pelo auditor, atendendo aos
objetivos da auditoria.

Sistema de Controle
Série de ações que se consideram como parte do sistema total de controle
interno e que se refere à realização dos fins contábeis da entidade. Isto
inclui o cumprimento das políticas e dos procedimentos contábeis e
financeiros, a salvaguarda dos recursos da entidade e a preparação de
relatórios contábeis confiáveis.

Sistema de Controle Administrativo


Série de ações que é parte integrante do sistema de controle interno e
que se refere aos procedimentos administrativos necessários para adotar
decisões gerais, alcançar a máxima eficiência econômica e administrativa
possível, e assegurar a aplicação das políticas administrativas
relacionados ou não a assuntos financeiros.
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EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CESPE/TCE-PR/2016) Relativamente às EFSs e às diretrizes


para preceitos de auditoria definidas na Declaração de Lima,
assinale a opção correta.
A) O Poder Executivo deve estabelecer o grau necessário de
independência de que deve gozar a EFS e garantir a proteção adequada
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contra qualquer interferência sobre a referida independência e(ou) o
mandato de auditoria da EFS.
B) As normas de auditoria, às quais as EFSs devem obediência, podem
ser divididas em dois grandes grupos: as que contemplam os requisitos
da auditoria do setor público no nível operacional e as normas que visam
regulamentar a formatação dos trabalhos de auditoria.
C) Qualquer que seja o normativo vigente e qualquer que seja a natureza
das disposições adotadas, às EFSs cabe, fundamentalmente, fomentar e
fazer respeitar a obrigação da prestação de contas no setor público.
D) Segundo a Declaração de Lima, a EFS poderá atuar como um agente
do parlamento, fazendo auditorias segundo as instruções dessa casa
legislativa, em posição de entidade auxiliar ou consultora, mas, nesse
caso, para assegurar sua independência e autonomia, as matérias de que
ela tratar deverão ser submetidas ao seu pleno para decisão por
escrutínio nominal.
E) As EFSs devem cumprir as normas de auditoria da INTOSAI em todas
as questões consideradas relevantes; como consequência, as normas de
auditoria da INTOSAI, exceto qualquer outra norma de auditoria alheia à
própria EFS, são de aplicação obrigatória para as EFSs, inclusive para o
seu pessoal.
Comentários:
A – ERRADA. A independência das EFS deve ser dada por meio de
previsão constitucional, e não pelo Poder Executivo.
B – ERRADA. O documento “normas de Auditoria” é composto por
quatro capítulos, da seguinte forma, além de um glossário:
- Capítulo I: Postulados básicos de auditoria pública;
- Capítulo II: Normas gerais e profissionais;
- Capítulo III: Normas de procedimentos na execução da auditoria;
- Capítulo IV: Normas para elaboração dos relatórios de auditoria.
C – CERTA. A assertiva apresenta corretamente a função primordial
da EFS.
D – ERRADA. A independência da EFS propriamente dita diz respeito
à independência da entidade auditada e proteção contra influências
externas, inclusive do Parlamento, conseguidas por meio de previsão
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constitucional. Assim, ainda que a EFS atue sob solicitação do


Parlamento, a conclusão de seus trabalhos deverá ser independente, não
cabendo qualquer tipo de ratificação parlamentar posterior.
E – ERRADA. As EFS devem julgar quais normas são compatíveis
com os trabalhos a serem desenvolvidos, a fim de garantir um alto nível
de qualidade em seus trabalhos.
Gabarito: C

2. (CESPE/FUB/2015) Relativamente às normas internacionais


para o exercício profissional da auditoria, julgue os itens que se
seguem. A integridade exige que os auditores mantenham normas

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irretocáveis de conduta profissional, ajustem-se tanto à forma
quanto ao espírito das normas de auditoria e de ética e evitem
tomar decisões contrárias aos interesses públicos.
Comentários:
Segundo o Código de Ética da Intosai, a integridade pode ser
medida em função do que é correto e justo. A integridade exige que os
auditores se ajustem tanto à forma quanto ao espírito das normas de
auditoria e de ética. A integridade também exige que os auditores se
ajustem aos princípios de objetividade e independência, mantenham
normas irretocáveis de conduta profissional, tomem decisões de acordo
com os interesses públicos, e apliquem um critério de honradez absoluta
na realização de seu trabalho e no emprego dos recursos da EFS.
Gabarito: C

3. (CESPE/CGE-PI/2015) O Tribunal de Contas da União (TCU),


no desempenho de auditoria solicitada pelo Poder Legislativo,
deve atuar de modo a resguardar sua independência e autonomia,
observando a hierarquia institucional de subordinação existente
entre os controles interno e externo no setor público.
Comentários:
Não existe subordinação entre os controles interno e externo no
setor público. A Constituição estabelece dois sistemas de controle no
âmbito da gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União, o externo, exercido pelo Congresso Nacional com o
auxílio do TCU e o interno, no âmbito de cada Poder. Embora o controle
interno tenha o dever estabelecido constitucionalmente de apoiar o
controle externo, não há relação de hierarquia entre eles, há
complementaridade.
Gabarito: E

4. (CESPE/TCU/2013) Acerca das Entidades Fiscalizadoras


Superiores (EFS) e da Declaração de Lima, julgue o item a seguir.
Consoante a Declaração de Lima de Diretrizes para Preceitos de
Auditoria, é permitido às Entidades Fiscalizadoras Superiores
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usar, à sua discrição, os recursos alocados a elas em uma rubrica


orçamentária separada.
Comentários:
De acordo com a Declaração de Lima, a independência da EFS deve
ser entendida sob três aspectos:
– independência da EFS propriamente dita: independência da entidade
auditada e proteção contra influências externas, inclusive do Parlamento;
– independência dos membros e diretores da EFS: seus quadros não
podem ser dependentes das entidades auditadas;
– independência financeira: A EFS deve poder solicitar diretamente os
recursos financeiros necessários junto ao órgão público responsável por
decisões relativas ao orçamento nacional.

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Com base no terceiro aspecto, podemos concluir que as EFS
possuem a discricionariedade na utilização dos recursos alocados a elas
no orçamento público.
Gabarito: C

5. (CESPE/TCU/2013) No que se refere às normas


internacionais para o exercício profissional da auditoria e às
normas específicas do TCU, julgue o item que se segue. As
entidades fiscalizadoras superiores que compõem a Organização
Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI)
estão obrigadas a adotar um código de ética comum, o qual se
aplica tanto aos auditores governamentais e aos dirigentes de
suas próprias organizações quanto aos auditores das respectivas
entidades auditadas.
Comentários:
Como vimos no decorrer da aula, o Código de Ética da INTOSAI está
dirigido ao auditor e a todas as pessoas que trabalham a serviço da EFS
ou que intervenham no trabalho de auditoria, mas não deve influenciar
a estrutura organizacional da EFS.
Devido às diferenças nacionais de cultura, de idioma e de sistemas
jurídicos e sociais, cada cada EFS deve elaborar um Código de Ética
próprio, fundamentado no Código de Ética da INTOSAI, o que torna a
assertiva incorreta, ao afirmar que deverá haver um Código comum.
Gabarito: E

6. (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às


entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima.
A Organização das Entidades Fiscalizadoras dos Estados partes do
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), da Bolívia e do Chile, além
de seus respectivos órgãos nacionais, admitidos como membros
ativos, pode admitir, como membros associados, organizações
supranacionais de controle e fiscalização dos recursos públicos,
bem como EFSs dos países com expressão comunitária e
organismos internacionais de crédito. 02397505355

Comentários:
A questão foi anulada pelo CESPE, com a seguinte justificativa: “A
utilização do termo "experiência" no lugar do termo "expressão"
prejudicou o julgamento objetivo do item.” (?)
O Gabarito inicial havia sido dado como certo, mas em nossa
opinião, a matéria não constava do edital do concurso, o que justificaria
sua anulação.
O estatuto da Organização das Entidades Fiscalizadoras dos Estados
partes do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), da Bolívia e do Chile
pode ser consultado por meio do link:
http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/relacoes_institucionais/r
elacoes_internacionais/organizacoes_internacionais/ESTATUTO_MERCOSU
L.pdf

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Gabarito: X (anulada)

7. (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às


entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima.
O fato de órgãos e entidades governamentais serem objeto do
controle exercido por uma EFS não implica subordinação de tal
maneira que eles possam isentar-se de responsabilidades em
relação às suas operações e decisões. Se, entretanto, em vez de
recomendações, a EFS emitir resoluções ou atos similares, o seu
cumprimento se tornará obrigatório.
Comentários:
A questão apresenta duas informações principais, ambas corretas.
Primeiro, afirmando que não há subordinação entre a EFS e os órgãos e
entidades governamentais auditados. Logo após, informando acerca da
possibilidade de a EFS editar resoluções e outros atos normativos de
cumprimento obrigatório.
Gabarito: C

8. (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às


entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima.
As obras públicas, em geral, por envolverem recursos
consideráveis, requerem atenção especial, cabendo à EFS
exclusivamente o controle da regularidade das despesas
efetuadas. A avaliação dos resultados e a qualidade da execução
das obras constituem responsabilidade exclusiva dos próprios
contratantes.
Comentários:
Como vimos, as EFS podem avaliar os resultados e a qualidade das
obras públicas, por meio das auditorias operacionais, não se limitando à
verificação da regularidade das despesas.
Gabarito: E

9. (CESPE/TCU/2011) Com relação às características da


auditoria governamental e às instituições reguladoras de seu
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exercício, julgue o item a seguir. De acordo com o Código de Ética


para os auditores do setor público, da INTOSAI, o preceito do
sigilo profissional, segundo o qual as informações obtidas pelos
auditores em razão de suas funções não podem ser reveladas a
terceiros, não se aplica aos casos de cumprimento das
responsabilidades próprias da respectiva entidade de fiscalização
superior.
Comentários:
De acordo com o Código de Ética da INTOSAI, a informação obtida
no processo de auditoria não deve ser revelada a terceiros, salvo aos
responsáveis pelo cumprimento de determinações legais ou outra classe
que correspondam às EFSs, como parte dos procedimentos normais
desta, ou em conformidade com as leis pertinentes.

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Aqui, segredo profissional se refere ao sigilo das informações
obtidas no exercício de suas atividades profissionais.
Gabarito: C

10. (CESPE/TCU/2008) As normas de auditoria da INTOSAI, ao


contrário das de outras procedências, em particular no âmbito
interno de cada país, não podem ser prescritivas nem aplicadas
compulsoriamente pelas entidades fiscalizadoras superiores ou
por seu pessoal. Julgue CERTO ou ERRADO.
Comentários:
Um dos postulados básicos das Normas de Auditoria da INTOSAI
dispõe que a competência legal da EFS está acima de quaisquer
convenções contábeis ou de auditoria com as quais possa conflitar e,
portanto, guarda uma relação significativa com as normas de auditoria
empregadas pelas EFSs.
Consequentemente, as normas de auditoria da INTOSAI — e
também quaisquer normas de auditoria de outras procedências — não
podem ser prescritivas nem de aplicação compulsória por parte da
EFS ou de seu pessoal.
A questão afirma que as normas de outras procedências – como as
normas de auditoria de cada país – podem ser aplicadas
compulsoriamente. As normas da INTOSAI, como podemos ver no trecho
sublinhado acima, consideram de forma contrária, o que, a meu ver,
tornaria a questão correta.
O CESPE alterou o gabarito de ERRADO para CERTO da divulgação
preliminar para a definitiva, de forma equivocada.
Gabarito: C

11. (CESPE/AUGE_Auditor Interno/2008) A INTOSAI emitiu um


conjunto de normas gerais e específicas que definem um nível
mínimo de aceitabilidade para os sistemas de controle interno.
Entre as normas específicas, citam-se as que estabelecem que
A) as principais responsabilidades, nos diferentes estágios das transações,
devem ser atribuídas às mesmas pessoas. 02397505355

B) o acesso a recursos e registros pode ser irrestrito, desde que


monitorado pelos responsáveis por sua custódia ou uso.
C) o registro das transações e atividades deve ser imediato.
D) os objetivos de controle específico para cada atividade da organização
devem ser definidos.
E) o sistema deve fornecer garantia absoluta de que os objetivos de
controle interno serão cumpridos.
Comentários:
A alternativa A está incorreta porque é contrária ao princípio da
segregação de funções, que é um dos princípios do controle interno.
A alternativa B está incorreta, pois os acesso a recursos e registros
deve ser limitado a seus responsáveis, a fim de manter um sistema de
responsabilização adequado.

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A alternativa C está correta, e é o gabarito da questão, pois o
sistema de controle interno deve possibilitar o registro tempestivo das
transações e atividades.
A alternativa D está incorreta, pois os objetivos de controle
específicos devem ser definidos para as atividades da organização que
foram selecionadas durante a avaliação dos riscos na entidade. Ou seja,
nem toda atividade vai receber tratamento específico.
A alternativa E está incorreta, pois, em controle interno, não se
pode falar em garantia “absoluta”. Existem uma série de variáveis que
podem influenciar o resultado da organização, e consequentemente dos
controles internos, independentemente da qualidade dos trabalhos
desenvolvidos. O máximo que se deve esperar é uma garantia “razoável”.
Gabarito: C

12. (CESPE/TCU/2008) A exemplo da auditoria no setor privado,


as entidades públicas auditadas devem manter uma relação de
cliente com a entidade fiscalizada superior (EFS). Nesse sentido,
ao levar em consideração as opiniões da administração em suas
conclusões e recomendações, a EFS assume, perante essa
administração, quaisquer responsabilidades quanto ao âmbito ou
à natureza de sua auditoria. Julgue CERTO ou ERRADO.
Comentários:
Ao contrário da auditoria do setor privado, onde se estipula o
trabalho do auditor em um contrato de prestação de serviços, a entidade
auditada não mantém uma relação de cliente para com a EFS, que
deve ser livre e imparcial no desempenho de sua competência legal e
levar em consideração as opiniões da administração ao formular seus
pareceres, conclusões e recomendações de auditoria, sem assumir,
todavia, qualquer responsabilidade perante a administração da entidade
auditada quanto ao escopo ou natureza de sua auditoria.
Gabarito: E

13. (CESPE/TCU/2008) De acordo com o INTOSAI, as entidades


fiscalizadoras superiores, quando responsáveis pela auditoria
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financeira das empresas privatizáveis, devem considerar que a


auditoria contábil prévia à venda das empresas implica, para o
auditor, menor nível de risco do que nos casos em que não haja
transferência de propriedade. Julgue CERTO ou ERRADO.
Comentários:
Uma empresa “privatizável” é uma empresa na iminência de ser
privatizada, ou seja, de ser transferida para controle particular.
Uma empresa nessa condição será avaliada, dentre outros fatores,
pelo resultado da auditoria financeira realizada pela EFS, na hipótese da
questão. Ou seja, os interessados podem levar em consideração a opinião
do auditor da EFS.

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Assim, a auditoria contábil prévia à venda da empresa implica
maior nível de risco do que nos casos em que não haja transferência de
propriedade, contrariando o que se afirma na questão.
Gabarito: E

14. (CESPE/TCU/2007) Julgue os seguintes itens, que versam


sobre auditoria governamental. A INTOSAI é um organismo
internacional cujo objetivo é fomentar o intercâmbio de idéias e
experiências entre entidades fiscalizadoras superiores quanto ao
controle das finanças públicas. Entre os documentos elaborados
pela INTOSAI, destacam-se a Declaração de Lima, o código de
ética e normas de auditoria. Na Declaração de Lima, só constam o
controle prévio e o controle posterior, ao passo que, no Brasil,
além desses, há o controle concomitante, por expressa disposição
legal.
Comentários:
Na Declaração de Lima, estão dispostos dois momentos de
controle: o prévio, denominado pré-auditoria e o posterior,
denominado pós-auditoria, não se fazendo menção ao controle
concomitante.
Gabarito: C

15. (FGV/TCM-SP/2015) A Organização Internacional das


Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês)
foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e
de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras
superiores (EFS), que são organizações de auditoria
governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias
gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde
estão instituídas.
A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai,
ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna
carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e
conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS.
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De acordo com a Declaração de Lima, é atividade considerada


típica e indispensável de uma EFS:
A) a realização de pré-auditorias;
B) a realização de pós-auditorias;
C) a realização de auditorias estritamente nas operações previstas no
orçamento;
D) o estabelecimento de procedimentos operacionais para a
administração pública;
E) o estabelecimento de normas de auditoria para o setor governamental.
Comentários:
A Declaração de Lima dispõe (item 4, seção 2) que a existência
de um controle prévio vai depender da situação jurídica de cada país, mas

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que o controle posterior (pós-auditoria) sempre deverá existir,
independentemente da existência, ou não, do controle prévio.
Ou seja, a pós-auditoria é atividade considerada típica e
indispensável de uma EFS.
Gabarito: B

16. (FGV/TCM-SP/2015) A Organização Internacional das


Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês)
foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e
de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras
superiores (EFS), que são organizações de auditoria
governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias
gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde
estão instituídas.
A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai,
ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna
carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e
conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS.
A Seção 3 da Declaração de Lima trata de preceitos aplicáveis aos
serviços de auditoria interna e externa.
Sobre esse tema, analise as afirmativas a seguir:
(I) As entidades fiscalizadoras superiores são serviços de
auditoria externa.
(II) Apesar de o serviço de auditoria interna ser subordinado ao
chefe do departamento no qual foi estabelecido, ele deve ser, na
medida do possível, funcional e organizacionalmente
independente.
(III) Incumbe aos responsáveis pelo serviço de auditoria externa
avaliar a eficácia dos serviços de auditoria interna.
Está correto o que se afirma em:
A) somente (I);
B) somente (I) e (II);
C) somente (I) e (III);
D) somente (II) e (III); 02397505355

E) (I), (II) e (III).


Comentários:
I – CORRETO. Vimos que Enquanto a INTOSAI trata da Auditoria
Externa (governamental), o IIA trata da Auditoria Interna (tanto
governamental quanto privada).
II – CORRETO. A INTOSAI esclarece que “Os serviços de auditoria
interna são estabelecidos dentro dos órgãos e instituições
governamentais, enquanto os serviços de auditoria externa não fazem
parte da estrutura organizacional das instituições a serem auditadas.” E
que, apesar de a auditoria interna ser subordinada ao chefe do
departamento no qual foi estabelecida, deve ser, na maior medida
possível, funcional e organizacionalmente independentes.

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III – CORRETO. Uma das atribuições dos auditores externos
(governamentais) e promover a avaliação da estrutura, da implementação
e da eficácia dos controles internos (governamentais).
Gabarito: E

17. (FCC/TCM-GO/2015) Na condução de auditorias, devem ser


observados os princípios éticos estruturais do Código de Ética do
International Organization of Supreme Audit Institutions −
INTOSAI, recomendado às Entidades Fiscalizadoras Superiores −
EFS, tais como os princípios de integridade, da independência, do
conflito de interesse, da objetividade, da imparcialidade, da
aparência, da neutralidade política, da confidencialidade e do
profissionalismo. O princípio ético que requer que o auditor
observe a forma e a finalidade dos padrões de auditoria e de ética,
considere os princípios de independência e objetividade, seja
absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na
utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de
conduta profissional e tome decisões de acordo com o interesse
público, é o princípio:
a) de integridade;
b) da neutralidade política;
c) da objetividade;
d) da aparência;
e) do conflito de interesse.
Comentários:
De acordo com a INTOSAI, mediante a aplicação das exigências
éticas descritas nos seguintes conceitos-chave: integridade,
independência e objetividade, confidencialidade e competência
profissional.
A integridade constitui o valor central do Código de Ética da
INTOSAI. Segundo esse princípio, os auditores estão obrigados a cumprir
normas elevadas de conduta (honradez e imparcialidade) durante seu
trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades auditadas.
Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que
02397505355

os auditores se ajustem às normas de auditoria e de ética, e aos


princípios de objetividade e independência, além de manterem
conduta profissional exemplar, tomando decisões de acordo com o
interesse público.
Gabarito: A

18. (FMP/CGE-MT/2015) Tendo em vista o Código de Ética da


INTOSAI, considere as seguintes assertivas:
I – Os Auditores são obrigados a cumprir normas superiores de
conduta, como por exemplo, honradez e imparcialidade, durante
seu trabalho, e em suas relações com o pessoal das entidades
fiscalizadas.

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II – O Auditor deve tratar os colegas e o público em geral de
forma autoritária, para que compreendam a hierarquia e a
necessária obediência aos seus comandos imperativos.
III – Os Auditores devem portar-se de maneira que promova a
cooperação e as boas relações entre eles e dentro da profissão. A
cooperação recíproca e o apoio à profissão constituem elementos
essenciais do profissionalismo.
Estão corretas apenas
A) I e II.
B) II e III.
C) I e III.
D) I, II e III.
E) Nenhuma assertiva está correta.
Comentários:
I – CORRETA.
II – INCORRETA. O Auditor deve tratar os colegas e o público em
geral de forma cordial e educada, jamais autoritária. A autoridade do
auditor é dada pelas normas, não pelo autoritarismo.
III – CORRETA.
Gabarito: C

19. (ESTRATÉGIA/2011) São conceitos-chave apresentados no


Código de Ética da INTOSAI, exceto:
A) integridade
B) independência e objetividade
C) confidencialidade
D) legalidade
E) competência profissional
Comentários:
Como vimos, o auditor promove credibilidade e confiança mediante
a aplicação das exigências éticas das noções descritas nos seguintes
conceitos-chave: integridade, independência e objetividade,
confidencialidade e competência profissional.
A alternativa que não se traduz em conceito-chave é a letra D.
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Gabarito: D

20. (ESTRATÉGIA/2011) Com relação a Noções, antecedentes e


objetivos do Código de Ética da INTOSAI, assinale a alternativa
incorreta:
A) Tendo como fundamento a Declaração de Lima de Diretrizes sobre
Preceitos da Auditoria, o Código de Ética da INTOSAI deverá constituir-se
em um complemento necessário que fortaleça ainda mais as Normas de
Auditoria da INTOSAI.
B) O conceito de integridade é considerado o valor central do Código de
Ética, e pode ser medido em função do que é correto e justo.
C) O Código de Ética da INTOSAI está dirigido ao auditor individualmente,
ao diretor da EFS, aos responsáveis executivos e todas as pessoas que

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trabalham a serviço da EFS ou em representação desta e que
intervenham no trabalho de auditoria. Assim, deve-se considerar que o
Código influencie a estrutura organizativa da EFS.
D) É responsabilidade de cada EFS a elaboração de um Código de Ética
próprio que se ajuste otimamente às suas próprias características. A
adoção e aplicação de um código de ética para auditores do setor público
promovem a confiança nos auditores e em seu trabalho.
E) O auditor alcança credibilidade e confiança mediante a adoção e
aplicação das exigências éticas das noções descritas nos seguintes
conceitos-chave: integridade, independência e objetividade,
confidencialidade e competência profissional.
Comentários:
Com essa questão proposta, procuramos passar por vários conceitos
do Código de Ética da INTOSAI, e vamos apresentar os principais pontos
de cada alternativa.
A: o Código de Ética (juntamente com as Normas de Auditoria) teve
como fundamento a Declaração de Lima.
B: a integridade é o valor central do Código de Ética, e é medida em
função do que é correto e justo.
C está errada, e é o gabarito da questão, por afirmar que o Código
vai influenciar a estrutura organizativa da EFS, o que vimos que não é
verdadeiro.
D: cada EFS deve elaborar seu próprio Código de Ética.
E: correta.
Gabarito: C

21. (ESTRATÉGIA/2011) Com relação à independência,


objetividade e imparcialidade descritas no Código de Ética da
INTOSAI, assinale a alternativa incorreta:
A) É essencial que os auditores não somente sejam independentes e
imparciais de fato, como também pareçam ser.
B) Requer-se objetividade e imparcialidade em todo trabalho efetuado
pelos auditores, e em particular em seus relatórios, que deverão ser
exatos e objetivos. 02397505355

C) As conclusões dos pareceres e relatórios, por conseguinte, devem


basear-se exclusivamente nas evidências obtidas e reunidas de acordo
com as normas de auditoria da EFS.
D) Os auditores não deverão utilizar a informação fornecida pela entidade
auditada e por terceiros, limitando-se, por uma questão de confiabilidade,
às informações obtidas por suas próprias observações.
E) Quando os auditores se dedicam ou estudam a possibilidade de
dedicar-se a atividades políticas, é importante que considerem a forma
que tal dedicação poderá afetar sua imparcialidade.
Comentários:
Questão proposta que trata dos atributos “independência,
objetividade e imparcialidade” do Código de Ética da INTOSAI,
requerendo a marcação da alternativa incorreta.
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A única alternativa que contraria a norma é a letra D, por afirmar
que os auditores não deverão utilizar a informação fornecida pela
entidade auditada e por terceiros.
Na prática, qualquer informação que o auditor possa utilizar para a
formação de sua opinião é válida, desde que tenha um mínimo de
confiança na fonte e no processo utilizado em sua obtenção.
Gabarito: D

Pessoal, concluimos nossa aula 7. Espero que tenham gostado. A seguir,


como de costume, seguem as questões sem os comentários, com gabarito
ao final, para que vocês possam resolvê-las em outra oportunidade, como
um simulado.

Abraços e bons estudos.

Claudenir

QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

1. (CESPE/TCE-PR/2016) Relativamente às EFSs e às diretrizes


para preceitos de auditoria definidas na Declaração de Lima,
assinale a opção correta.
A) O Poder Executivo deve estabelecer o grau necessário de
independência de que deve gozar a EFS e garantir a proteção adequada
contra qualquer interferência sobre a referida independência e(ou) o
mandato de auditoria da EFS.
B) As normas de auditoria, às quais as EFSs devem obediência, podem
ser divididas em dois grandes grupos: as que contemplam os requisitos
02397505355

da auditoria do setor público no nível operacional e as normas que visam


regulamentar a formatação dos trabalhos de auditoria.
C) Qualquer que seja o normativo vigente e qualquer que seja a natureza
das disposições adotadas, às EFSs cabe, fundamentalmente, fomentar e
fazer respeitar a obrigação da prestação de contas no setor público.
D) Segundo a Declaração de Lima, a EFS poderá atuar como um agente
do parlamento, fazendo auditorias segundo as instruções dessa casa
legislativa, em posição de entidade auxiliar ou consultora, mas, nesse
caso, para assegurar sua independência e autonomia, as matérias de que
ela tratar deverão ser submetidas ao seu pleno para decisão por
escrutínio nominal.
E) As EFSs devem cumprir as normas de auditoria da INTOSAI em todas
as questões consideradas relevantes; como consequência, as normas de
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auditoria da INTOSAI, exceto qualquer outra norma de auditoria alheia à
própria EFS, são de aplicação obrigatória para as EFSs, inclusive para o
seu pessoal.

2. (CESPE/FUB/2015) Relativamente às normas internacionais


para o exercício profissional da auditoria, julgue os itens que se
seguem. A integridade exige que os auditores mantenham normas
irretocáveis de conduta profissional, ajustem-se tanto à forma
quanto ao espírito das normas de auditoria e de ética e evitem
tomar decisões contrárias aos interesses públicos.

3. (CESPE/CGE-PI/2015) O Tribunal de Contas da União (TCU),


no desempenho de auditoria solicitada pelo Poder Legislativo,
deve atuar de modo a resguardar sua independência e autonomia,
observando a hierarquia institucional de subordinação existente
entre os controles interno e externo no setor público.

4. (CESPE/TCU/2013) Acerca das Entidades Fiscalizadoras


Superiores (EFS) e da Declaração de Lima, julgue o item a seguir.
Consoante a Declaração de Lima de Diretrizes para Preceitos de
Auditoria, é permitido às Entidades Fiscalizadoras Superiores
usar, à sua discrição, os recursos alocados a elas em uma rubrica
orçamentária separada.

5. (CESPE/TCU/2013) No que se refere às normas


internacionais para o exercício profissional da auditoria e às
normas específicas do TCU, julgue o item que se segue. As
entidades fiscalizadoras superiores que compõem a Organização
Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI)
estão obrigadas a adotar um código de ética comum, o qual se
aplica tanto aos auditores governamentais e aos dirigentes de
suas próprias organizações quanto aos auditores das respectivas
entidades auditadas.
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6. (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às


entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima.
A Organização das Entidades Fiscalizadoras dos Estados partes do
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), da Bolívia e do Chile, além
de seus respectivos órgãos nacionais, admitidos como membros
ativos, pode admitir, como membros associados, organizações
supranacionais de controle e fiscalização dos recursos públicos,
bem como EFSs dos países com expressão comunitária e
organismos internacionais de crédito.

7. (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às


entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima.
O fato de órgãos e entidades governamentais serem objeto do
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controle exercido por uma EFS não implica subordinação de tal
maneira que eles possam isentar-se de responsabilidades em
relação às suas operações e decisões. Se, entretanto, em vez de
recomendações, a EFS emitir resoluções ou atos similares, o seu
cumprimento se tornará obrigatório.

8. (CESPE/TCU/2012) Julgue os itens a seguir, relativos às


entidades fiscalizadoras superiores (EFSs) e à Declaração de Lima.
As obras públicas, em geral, por envolverem recursos
consideráveis, requerem atenção especial, cabendo à EFS
exclusivamente o controle da regularidade das despesas
efetuadas. A avaliação dos resultados e a qualidade da execução
das obras constituem responsabilidade exclusiva dos próprios
contratantes.

9. (CESPE/TCU/2011) Com relação às características da


auditoria governamental e às instituições reguladoras de seu
exercício, julgue o item a seguir. De acordo com o Código de Ética
para os auditores do setor público, da INTOSAI, o preceito do
sigilo profissional, segundo o qual as informações obtidas pelos
auditores em razão de suas funções não podem ser reveladas a
terceiros, não se aplica aos casos de cumprimento das
responsabilidades próprias da respectiva entidade de fiscalização
superior.

10. (CESPE/TCU/2008) As normas de auditoria da INTOSAI, ao


contrário das de outras procedências, em particular no âmbito
interno de cada país, não podem ser prescritivas nem aplicadas
compulsoriamente pelas entidades fiscalizadoras superiores ou
por seu pessoal. Julgue CERTO ou ERRADO.

11. (CESPE/AUGE_Auditor Interno/2008) A INTOSAI emitiu um


conjunto de normas gerais e específicas que definem um nível
mínimo de aceitabilidade para os sistemas de controle interno.
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Entre as normas específicas, citam-se as que estabelecem que


A) as principais responsabilidades, nos diferentes estágios das transações,
devem ser atribuídas às mesmas pessoas.
B) o acesso a recursos e registros pode ser irrestrito, desde que
monitorado pelos responsáveis por sua custódia ou uso.
C) o registro das transações e atividades deve ser imediato.
D) os objetivos de controle específico para cada atividade da organização
devem ser definidos.
E) o sistema deve fornecer garantia absoluta de que os objetivos de
controle interno serão cumpridos.

12. (CESPE/TCU/2008) A exemplo da auditoria no setor privado,


as entidades públicas auditadas devem manter uma relação de

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cliente com a entidade fiscalizada superior (EFS). Nesse sentido,
ao levar em consideração as opiniões da administração em suas
conclusões e recomendações, a EFS assume, perante essa
administração, quaisquer responsabilidades quanto ao âmbito ou
à natureza de sua auditoria. Julgue CERTO ou ERRADO.

13. (CESPE/TCU/2008) De acordo com o INTOSAI, as entidades


fiscalizadoras superiores, quando responsáveis pela auditoria
financeira das empresas privatizáveis, devem considerar que a
auditoria contábil prévia à venda das empresas implica, para o
auditor, menor nível de risco do que nos casos em que não haja
transferência de propriedade. Julgue CERTO ou ERRADO.

14. (CESPE/TCU/2007) Julgue os seguintes itens, que versam


sobre auditoria governamental. A INTOSAI é um organismo
internacional cujo objetivo é fomentar o intercâmbio de idéias e
experiências entre entidades fiscalizadoras superiores quanto ao
controle das finanças públicas. Entre os documentos elaborados
pela INTOSAI, destacam-se a Declaração de Lima, o código de
ética e normas de auditoria. Na Declaração de Lima, só constam o
controle prévio e o controle posterior, ao passo que, no Brasil,
além desses, há o controle concomitante, por expressa disposição
legal.

15. (FGV/TCM-SP/2015) A Organização Internacional das


Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês)
foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e
de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras
superiores (EFS), que são organizações de auditoria
governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias
gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde
estão instituídas.
A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai,
ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna
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carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e


conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS.
De acordo com a Declaração de Lima, é atividade considerada
típica e indispensável de uma EFS:
A) a realização de pré-auditorias;
B) a realização de pós-auditorias;
C) a realização de auditorias estritamente nas operações previstas no
orçamento;
D) o estabelecimento de procedimentos operacionais para a
administração pública;
E) o estabelecimento de normas de auditoria para o setor governamental.

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16. (FGV/TCM-SP/2015) A Organização Internacional das
Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês)
foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio de informações e
de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras
superiores (EFS), que são organizações de auditoria
governamental externa, entre elas tribunais de contas, auditorias
gerais, controladorias e congêneres, a depender do país onde
estão instituídas.
A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai,
ocorrido em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna
carta da auditoria governamental, e fornece as bases filosóficas e
conceituais para os trabalhos desenvolvidos pelas EFS.
A Seção 3 da Declaração de Lima trata de preceitos aplicáveis aos
serviços de auditoria interna e externa.
Sobre esse tema, analise as afirmativas a seguir:
(I) As entidades fiscalizadoras superiores são serviços de
auditoria externa.
(II) Apesar de o serviço de auditoria interna ser subordinado ao
chefe do departamento no qual foi estabelecido, ele deve ser, na
medida do possível, funcional e organizacionalmente
independente.
(III) Incumbe aos responsáveis pelo serviço de auditoria externa
avaliar a eficácia dos serviços de auditoria interna.
Está correto o que se afirma em:
A) somente (I);
B) somente (I) e (II);
C) somente (I) e (III);
D) somente (II) e (III);
E) (I), (II) e (III).

17. (FCC/TCM-GO/2015) Na condução de auditorias, devem ser


observados os princípios éticos estruturais do Código de Ética do
International Organization of Supreme Audit Institutions −
INTOSAI, recomendado às Entidades Fiscalizadoras Superiores −
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EFS, tais como os princípios de integridade, da independência, do


conflito de interesse, da objetividade, da imparcialidade, da
aparência, da neutralidade política, da confidencialidade e do
profissionalismo. O princípio ético que requer que o auditor
observe a forma e a finalidade dos padrões de auditoria e de ética,
considere os princípios de independência e objetividade, seja
absolutamente honesto na realização de seu trabalho e na
utilização dos recursos da EFS, mantenha impecáveis padrões de
conduta profissional e tome decisões de acordo com o interesse
público, é o princípio:
a) de integridade;
b) da neutralidade política;
c) da objetividade;

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d) da aparência;
e) do conflito de interesse.

18. (FMP/CGE-MT/2015) Tendo em vista o Código de Ética da


INTOSAI, considere as seguintes assertivas:
I – Os Auditores são obrigados a cumprir normas superiores de
conduta, como por exemplo, honradez e imparcialidade, durante
seu trabalho, e em suas relações com o pessoal das entidades
fiscalizadas.
II – O Auditor deve tratar os colegas e o público em geral de
forma autoritária, para que compreendam a hierarquia e a
necessária obediência aos seus comandos imperativos.
III – Os Auditores devem portar-se de maneira que promova a
cooperação e as boas relações entre eles e dentro da profissão. A
cooperação recíproca e o apoio à profissão constituem elementos
essenciais do profissionalismo.
Estão corretas apenas
A) I e II.
B) II e III.
C) I e III.
D) I, II e III.
E) Nenhuma assertiva está correta.

19. (ESTRATÉGIA/2011) São conceitos-chave apresentados no


Código de Ética da INTOSAI, exceto:
A) integridade
B) independência e objetividade
C) confidencialidade
D) legalidade
E) competência profissional

20. (ESTRATÉGIA/2011) Com relação a Noções, antecedentes e


objetivos do Código de Ética da INTOSAI, assinale a alternativa
incorreta: 02397505355

A) Tendo como fundamento a Declaração de Lima de Diretrizes sobre


Preceitos da Auditoria, o Código de Ética da INTOSAI deverá constituir-se
em um complemento necessário que fortaleça ainda mais as Normas de
Auditoria da INTOSAI.
B) O conceito de integridade é considerado o valor central do Código de
Ética, e pode ser medido em função do que é correto e justo.
C) O Código de Ética da INTOSAI está dirigido ao auditor individualmente,
ao diretor da EFS, aos responsáveis executivos e todas as pessoas que
trabalham a serviço da EFS ou em representação desta e que
intervenham no trabalho de auditoria. Assim, deve-se considerar que o
Código influencie a estrutura organizativa da EFS.
D) É responsabilidade de cada EFS a elaboração de um Código de Ética
próprio que se ajuste otimamente às suas próprias características. A

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adoção e aplicação de um código de ética para auditores do setor público
promovem a confiança nos auditores e em seu trabalho.
E) O auditor alcança credibilidade e confiança mediante a adoção e
aplicação das exigências éticas das noções descritas nos seguintes
conceitos-chave: integridade, independência e objetividade,
confidencialidade e competência profissional.

21. (ESTRATÉGIA/2011) Com relação à independência,


objetividade e imparcialidade descritas no Código de Ética da
INTOSAI, assinale a alternativa incorreta:
A) É essencial que os auditores não somente sejam independentes e
imparciais de fato, como também pareçam ser.
B) Requer-se objetividade e imparcialidade em todo trabalho efetuado
pelos auditores, e em particular em seus relatórios, que deverão ser
exatos e objetivos.
C) As conclusões dos pareceres e relatórios, por conseguinte, devem
basear-se exclusivamente nas evidências obtidas e reunidas de acordo
com as normas de auditoria da EFS.
D) Os auditores não deverão utilizar a informação fornecida pela entidade
auditada e por terceiros, limitando-se, por uma questão de confiabilidade,
às informações obtidas por suas próprias observações.
E) Quando os auditores se dedicam ou estudam a possibilidade de
dedicar-se a atividades políticas, é importante que considerem a forma
que tal dedicação poderá afetar sua imparcialidade.

Gabarito:

1 – C 8–E 15 – B
2 – C 9–C 16 – E
– 10 – C –
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3 E 17 A
4 – C 11 – C 18 – C
5 – E 12 – E 19 – D
6 – X 13 – E 20 – C
7 – C 14 – C 21 – D

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Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.


7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

BRITO, Claudenir e FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
comentadas. 2. ed. Niterói: Impetus, 2015.

CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na


administração pública. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Instrução Normativa 01, de 06 de


abril de 2001. Brasília, 2001.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 200 E NBC TI 01.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2010.

MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual


de auditoria governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Ś, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2000.

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