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Matematicamente o fator de potência pode ser definido como a relação entre a potência ativa
solicitada da rede e a potência aparente total:
P P
fp = = ativa
S P (1.1)
aparente
e levando em conta a forma senoidal associada a todas as grandezas elétricas envolvidas, obtém-se
o denominado triângulo de potências:
S
Q
V ef φ
Ie f φ P
P = V e f.Ie f. c o s φ
S = V e f.I e f
Q = V e f .Ie f. s e n φ
Este conceito de fator de potência e seu triângulo de potência aplicam-se, sem alterações,
somente às cargas ditas “lineares” (aquecedores, lâmpadas incandescentes, reatores, capacitores e
motores elétricos). Entretanto, a evolução da eletrônica de potência, nas últimas décadas, tem
permitido a fabricação e a crescente utilização de conversores estáticos a semicondutores de
potência nos sistemas de condicionamento de energia e em acionamentos de máquinas elétricas, em
CC e CA, dentre outras aplicações. Em conseqüência, tem-se hoje (1998), um elevado montante de
equipamentos desse tipo que se apresentam para a rede elétrica como cargas “não-lineares”,
opondo-se às convencionais cargas “lineares”, acima citadas.
Uma carga não-linear típica pode ser exemplificada como um simples retificador
monofásico a diodo, cuja corrente solicitada da rede ilustra bem esse comportamento dito não-
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linear, comum aos conversores estáticos de potência. A Fig. 1.2 apresenta a forma-de-onda típica da
corrente de linha, solicitada da rede, por tal retificador.
ie v ca
ie
+
vca
∼ Co Ro
Vo vale
-
Onde I1ef é a componente fundamental eficaz da corrente de entrada (na freqüência da rede), Io é a
componente de corrente contínua, ou componente de seqüência zero (que é nula para uma corrente
alternada periódica, com simetria de meia onda), e I2ef ... Inef são os valores eficazes das
componentes harmônicas criadas pela distorção na corrente de linha.
P I1ef ⋅ cos φ 1
fp = = (1.3)
S I ef ( total )
Fazendo-se, agora, uma associação entre Ief(total) e uma grandeza elétrica senoidal na
freqüência da rede, pode-se estabelecer uma relação angular (θ ) entre esta e a corrente eficaz
fundamental (I1ef). O cosseno deste ângulo resulta, portanto:
I 1ef
cosθ = (1.4)
I ef (total)
e θ estará ligado ao conteúdo harmônico da corrente de linha; à medida em que esse conteúdo
harmônico de Ief(total) se aproxima de zero, θ se aproxima de zero e o cos θ se aproxima de 1.
Levando-se em conta as duas últimas expressões, o fator de potência pode ser expresso
como:
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fp = cos θ ⋅ cos φ 1 (1.5)
S D D = Vef ⋅ ∑I 2
nef
n =2
S=Vef.Ief(total)
Fig. 1.3 Triângulo de potências de cargas não-lineares.
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terá economia no dimensionamento de transistores, transformador de isolamento e no
capacitor de saída da fonte.
∑I
n =2
2
nef
TDH = (1.6)
I1ef
onde o numerador representa a corrente harmônica eficaz total, a menos da fundamental. Ou, dentro
da expressão geral para o fator de potência:
cosφ 1
fp = (1.7)
1 + TDH 2
O valor ideal da TDH tenderá a ser o mais próximo de zero possível. Quanto menor o seu
valor numérico menor o conteúdo harmônico da forma-de-onda considerada. Através desta TDH
pode-se, portanto, expressar numericamente o conteúdo harmônico de formas-de-onda com vistas a
normalização, quantificação e comparação. Quanto mais distante da forma-de-onda senoidal for a
forma-de-onda da corrente de linha, maior será o seu conteúdo harmônico, pior sua distorção
harmônica e, conseqüentemente, sua TDH.
• Principais:
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♦ regulamentação imposta por instituições regulamentadoras (como, por exemplo: IEC,
IEEE, CENELEC, ANSI, dentre outras);
♦ especificações e expectativas do mercado.
• Secundárias:
♦ aumento do fator de potência, com conseqüente aumento da potência disponível;
♦ redução da corrente no neutro;
♦ redução da capacidade nominal necessária para sistemas ininterruptos de energia
(UPS/no breaks).
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