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A história da Netflix
20 anos de muitas coisas boas. Mas você sabe como surgiu? Então é melhor ver como foi difícil o caminho até chegar à resolução 4
Você nunca mais vai reclamar do loading.
Por MAXIMILIANO MEYER | @Evilmaax em 21/01/2016 - atualização: 28/08/2017 13:30 em ENTRETENIMENTO PULAR PARA COMEN
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Diferentemente do que todo mundo pensa, a NetFlix (ela tinha o “F” maiúsculo até 2002) é
mais velha do que muitos usuários. Ela foi fundada por Reed Hastings - matemático e
cientista da computação - e Marc Randolph - marketeiro e empreendedor - em 1997 (sim, lá
se vão 20 anos).Os 2 se conheceram na primeira empresa fundada por Hastings, a
Atria Software, uma empresa que fazia o controle e identificação de bugs e controle de
desenvolvimento para softwares mais complexos, onde Rudolph assumiu o cargo de diretor
de marketing.
Em suas conversas eles viram que tinham algo em comum: ambos admiravam o modelo de
negócios online que a Amazon tinha implementado e, assim como Elon Musk, os criadores
do Google, e tantos outros empreendedores desta época, eles queriam descobrir algo que
também pudessem vender pela internet.
O mercado escolhido foi o da locação de filmes, que girava 16 bilhões de dólares por ano nos
Estados Unidos. Só havia um porém: As fitas VHS eram muito frágeis para serem
despachadas via correio. Problema que foi resolvido quando eles ficaram sabendo dos tais
DVD's, novidade no mercado que eram perfeitos para o envio: leves, pequenos, resistentes e
cabiam em um envelope.
A lógica do negócio seria a seguinte: o usuário do serviço entraria no site (que seria a
plataforma escolhida), selecionaria o título que desejava ver; o DVD era enviado pelos
correios; o assinante ficava com o disco por quanto tempo quisesse; e depois o mesmo era
retornado gratuitamento também pelos correios. Tudo por apenas 50 centavos de frete por
cada DVD enviado (custo de envio extinto depois), sem multas por atraso, sem custo extra
por determinado título e o principal: a possibilidade de um mesmo usuário receber vários
DVD’s em casa ao mesmo tempo de acordo com o seu plano de assinatura (até o máximo de
8). O assinante ainda tinha ainda a opção de comprar o DVD caso quisesse.
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O início oficial das operações ao público ocorreu em 1998, quando eles lançaram o site onde
você fazia a solicitação de quais DVD's gostaria de receber na porta da sua casa através dos
correios. Nesse primeiro momento os valores ainda eram cobrados por disco separado. Mas
quem poderia reclamar? Se antes você tinha que ir até uma videolocadora, ou um cinema
para assistir um filminho, a partir de então poderia fazer tudo isso através de um site. Foi
verdadeiramente revolucionário.
O irônico é que a marca não quis comprar a Netflix por desacreditar na premissa de locar um
filme sem pegá-lo na mão, sem ver a caixinha, o encarte, etc. O resultado disso, como a
gente já sabe, foi que a Netflix não fracassou como a Blockbuster previu e, para piorar, quem
faliu foram eles!! 2010 foi o ano em que a tradicional rede de videolocadoras anunciou sua
falência e começou a negociar seu desmanche para outras marcas ¯l_( )_/¯
Proposta rejeitada, concorrência ainda mais acirrada após a Redbox surgir (que alugava
DVD's a partir de quiosques automáticos) e vida que segue para a Netflix. O próximo passo
foi abrir a empresa aos acionistas em 2001, em uma tentativa de equilibrar as contas, já que,
mesmo com todo o sucesso e a avaliação milionária do mercado, o negócio ainda era
deficitário e o balanço sempre fechava no vermelho. O valor da ação foi estipulado em 15
dólares (hoje está em 168 USD, após atingir um pico de 189 dólares por papel) e 5.5 milhões
de ações foram emitidas: arrecadação de 82.5 milhões de dólares.
Evolução das ações da Netflix após 15 anos de oferta pública completados em 2017
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o que pouca gente sabe é que, ainda em 2006, a Netflix daria um passo importante para se
tornar o que ela é hoje. Foi quando eles esboçaram pela primeira vez a vontade em ser um
distribuidor e criador de conteúdo original.
Até então o serviço avançava somente com DVDs físicos, chegando a mais de 35 mil títulos
diferentes disponíveis e despachando mais de 1 milhão de cartinhas por dia em 2005 (eram
190 mil em 2002 e, em breve, em 2007, a marca de seria atingida). Porém, a competição se
acirrava cada vez mais: a Blockbuster, ciente de ter feito a maior c!#&¨#@ da sua história
teve de correr atrás do prejuízo e lançou o seu próprio serviço ilimitado de empréstimo de
filmes, por U$ 19,99 ao mês; e para piorar, a Amazon, inspiração inicial para o modelo da
Netflix resolveu entrar na briga também. Ironicamente, a entrada da Amazon foi a melhor
coisa que poderia ter acontecido para Hastings e a Netflix: eles "inventaram" o streaming.
Mas antes de falar do capítulo principal dessa história, um pequeno adendo sobre as
cartinhas: Parte desse prejuízo que a empresa tomava vinha do fato de que o mesmo
envelope em que você receberia o disco seria também o envelope que você devolveria o
DVD, tudo de graça, sem gastar 1 centavo pela devolução. A Netflix queria garantir que tudo
desse certo, assim, mais de 200 modelos de envelopes foram testados até achar aquele que
melhor se adaptaria à função.
Com tudo pronto, agora estava garantido o retorno correto e em segurança dos discos, além
de uma conta alta com os correios, é claro. Tá achando exagero? Pois saiba que a empresa
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chegou a gastar mais de 20 milhões de dólares somente em 2007 com as postagens dos
seus discos.
Pois bem, a Amazon tem mesmo o dom de ser inovadora, e o streaming foi mais um deles.
Vendo que a Netflix estava deslanchando no mercado de vídeo doméstico, que diversos
concorrentes estavam surgindo e que a grana que iria girar nesse modelo de negócios era
assustadora, eles resolveram entrar na briga. Sua contribuição foi introduzir o conceito de
streaming, ou seja, acesso imediato ao conteúdo, sem ter que solicitar o DVD e esperar o
correio entregá-lo para você.
Hastings adorou a ideia e decidiu que a sua empresa tinha que entrar nessa onda para não
ficar para trás, afinal, este foi o erro da Blockbuster há alguns anos e ele não queria repeti-lo.
Assim, pouco mais de 4 meses depois do surgimento da Amazon Video, a Netflix anuncia,
em 15 de janeiro de 2007, que também ofereceria o seu conteúdo no formato acesso
imediato. Viu só? Foram quase 10 anos de história para que o streaming aparecesse na
Netflix, e você aí reclamando quando sua transmissão em 4K tranca. Shame on you.
E quem acha que com o início das atividades de streaming a Netflix aposentou o “obsoleto”
DVD físico e o sistema de entrega via correio está redondamente enganado.
Em informações oficiais aos investidores, a Netflix anunciou que, embora venha perdendo
assinantes mês após mês, no final do segundo quartel de atividades de 2017 (abril ~ junho),
o formato de assinanatura do serviço de envio de DVD físico ainda conta com mais 3.7
milhões de assinantes mensais e cerca de 20 centros de distribuição (contra 103 milhões no
sistema de streaming, porém os DVD's só estão disponíveis nos EUA enquanto o streaming
em quase todos os países, como vimos no início do texto).
Embora os números mostrem que aqueles que preferem o sistema de aluguel de DVD físico
já é irrisório frente o seu auge em 2010 (quando 20 milhões tinham a assinatura e cerca de
50 centros de distribuição, cada um com capacidade para enviar 50 mil encomendas por dia,
na média, corriam para fazer os despachos), somente nos 6 primeiros meses de 2017 o
sistema de envio de DVD já gerou uma receita de mais de 235 milhões de dólares para a
Netflix. Descontados os quase 113 milhões de custos de operação (novos DVD's, correios,
manutenção, armazenamento, etc.) o lucro líquido foi de mais de 122 milhões de dólares.
Tá bom para uma mídia considerada ultrapassada, certo? A média de perda de assinantes
neste formato é de 800 mil por ano, o que dá ainda mais uns 4 ou 5 anos de envio de DVD's
caso a Netflix queira extinguir o serviço somente após o último assinante cancelar o contrato.
E um último dado: Embora o streaming seja mais volumoso e rentável por conta de uma base
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de assinantes bem maior, seu lucro líquido é de 23% sob a receita, enquanto que com os
DVD's a margem é de 52%. Sim, contrariando o pensamento geral, o DVD é bem mais
rentável do que o streaming, ao menos na proporção lucro x receita.
A diferença entre o streaming e o envio de DVD é que no DVD não há as séries exclusivas
Netflix, como Orange is the New Black que nunca foi lançado em mídia física. Já as
vantagens do DVD é que um novo filme sai em mídia física (e chega no depósito da Netflix)
meses antes do contrato com os estúdios permitir que ele seja distribuído pelo site e
aplicativos on demand. Quanto ao tempo de entrega, a Netflix informa que em 92% dos
casos o DVD chega em até 24 horas ao solicitante.
Mas voltando ao streaming, foi em 2007 que o jogo começaria a virar para a empresa.
Porém, naquela época as coisas eram um pouco diferentes de como estamos acostumados
hoje em dia. No lançamento cada assinante tinha direito a apenas 1 hora de vídeo por dólar
da assinatura, em média. O plano de U$$ 16.99 permitia que o usuário assistisse 17 horas de
vídeo no mês. Note que nesse momento não havia assinatura específica para streaming
como acontece hoje nos EUA, onde você opta por assinar o serviço de entrega de DVD, o
conteúdo on demand ou ambos.
Ao ver que as pessoas estavam gostando do novo formato de entrega do conteúdo, a Netflix
começou a fazer testes no ano seguinte, quando liberou o streaming sem cláusulas de X
horas assistidas por mês, pelo menos para aqueles que tinham uma assinatura mais robusta,
pois quem tinha o plano de U$$4,99 - que dava direito a 2 DVD’s por mês - ainda ficaria com
a condição de poder assistir somente 2 horas de streaming a cada 30 dias. A medida foi,
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Mas nem tudo pode ser considerado acertos na vida da Netflix, na verda houve erros feios na
trajetória. O maior deles, sem dúvida, aconteceu em 2011 quando Hastings anunciou que
tinha a intenção de desmembrar o serviço de streaming (que continuaria chamando-se
Netflix) e o serviço de envio de DVD’s e também videogames (que se chamaria Qwickster,
uma nova empresa). A ideia não foi bem recebida e as ações da companhia despencaram ao
ponto do CEO cancelar essa ideia menos de 1 mês depois. As perdas incluíram cerca de 600
mil cancelamentos de assinaturas naquele quadrimestre e uma baixa de 11 dólares no valor
das ações somente em 1 dia.
Claro que um ponto errado em meio a uma trajetória de acertos não desqualifica em nada o
resultado final. E os números provam isso. em 2014 alcançou-se a marca de 50 milhões de
assinantes espalhados pelos 41 países do mundo onde a empresa operava. Em 2015 ela
teve uma grande valorização e foi avaliada em 32.9 bilhões de dólares, superando o valor de
mercado da rede tradicionais de televisão como a americana CBS, avaliada em 30.6 bilhões.
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Bom, hoje, ninguém pode negar que a Netflix é sucesso absoluto. Nos Estados Unidos, por
exemplo, ela apareceu como responsável por 37% de todo o tráfego de internet no país na
última pesquisa feita em 2015 (estima-se que o número esteja ainda maior). Isso é o
suficiente para começar a pensar no peso e impacto que uma única empresa tem sobre o
tráfego de dados. E olha só esse dado: No mundo inteiro são assistidas mais de 125
milhões de horas de conteúdo por dia!!
Todo esse sucesso é culpa do conteúdo oferecido. E você tem noção de quanto é esse
conteúdo? Somente em streaming a Netflix possui mais de 3.5 petabytes de dados (cada
petabyte corresponde a 1024 terabytes, que, por sua vez, cada terabyte é 1024 gigabytes.
Assim, 1 petabyte é 1 milhão 48 mil e 576 gigas). Cada filme ou episódio está armazenado
em mais de 50 formatos de dados diferentes, tudo para garantir que de alguma forma vai
funcionar.
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Netflix pagava pela tv a cabo caiu de 88% para 80% (dados de 2010 e 2014,
respectivamente), ou seja, as pessoas estão cancelando suas tv's a cabo e ficando apenas
com o streaming.
A última grande "inovação" (entre aspas pois já existia na Amazon Prime Video há mais de
ano) foi a possibilidade dos assinantes baixarem o conteúdo em seus dispositivos para que
assistissem enquanto offline. O recurso era o mais aguardado de todos.
Segundo Neil Hunt, chefe de produtos da Netflix, o modelo que eles apresentam hoje é o
modelo padrão para as emissoras de televisão em 2025, onde cada usuário terá a liberdade
de escolher o que assistir e quando assistir. Torçamos =D
Problemas judiciais
Claro que não há a possibilidade de se tornar a maior empresa do mundo sem um
probleminha aqui, outro ali, certo? Em 2010, mesmo ano em que começou a expansão
internacional, ocorreu a primeira grande controvérsia da Netflix. Foi durante um concurso
para que fosse desenvolvido um algoritmo de sugestões para os usuários melhor do que o
utilizado na época (criado em 2006 também através de um concurso no qual o prêmio foi de
1 milhão de dólares). Para que as equipes pudessem começar a criar a ferramenta foi preciso
que a Netflix disponibilizasse informações de usuários, como lista do que assiste, tempo que
fica vendo, rotina, etc. Claro que todos os dados seriam passados de maneira anônima.
Pois é, mas não foi. Descobriu-se depois que os dados eram vulneráveis e podiam ser
rastreados e decodificados para se chegar até seu dono. Isto causou uma grande discussão
sobre direitos e sobre privacidade. A FSF – Free Software Foundation – promoveu uma
campanha para que os usuários cancelassem a assinatura. Mais pontual do que uma
campanha de internet foi o processo judicial movido pela KamberLaw, que foi encerrado após
um acordo.
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Expansão internacional
Como vimos, a Netflix começou com o serviço de streaming em 2007, mas o primeiro país a
poder usufruir do serviço iria demorar mais alguns aninhos. Foi o Canadá, em 2010. Menos
de 4 anos depois, 30% da população de língua inglesa do país já eram usuários de Netflix.
O sucesso da empreitada canadense foi excelente para nós, pois deu a ideia para que a
Netflix continuasse conquistando mais e mais países. O alvo da vez foram 43 países da
América Latina, entre eles países como Brasil (1º país do bloco a receber e o 3º do mundo),
Argentina, Chile, Colômbia, México, e outros 38 países.
Hoje a Netflix é um sucesso por aqui, porém, no início a coisa foi temerosa, pois o Brasil, e
todos os países em geral, possuíam uma conexão de internet média muito lenta. No Brasil,
por exemplo, somente 20% de usuários tinham a velocidade acima de 500 KB/s quando 800
KB/s eram considerados o mínimo necessário para conectar no serviço.
Em 2012 foi a vez da Europa receber a Netflix. Os primeiros países foram Reino Unido e
Irlanda em janeiro. Quase terminando o ano foi a vez da Escandinávia: Dinamarca, Suécia,
Finlândia e Noruega. A Holanda foi o próximo, em 2013, e este ano foi especial pelo seguinte
motivo: 3 bilhões de dólares em assinatura nesse ano. A essa altura já eram 32 milhões de
usuários nos EUA (30% da população) e 10 milhões espalhados pelo restante do mundo.
Grande sacada investir em expansão. Note que se antes a base de usuários crescia a uma
taxa de 2.4 milhões de usuários ao ano, depois, em 2014 essa taxa passou a ser de 7
milhões por ano.
Oceania recebeu o serviço em março de 2015 com a estreia de Austrália e Nova Zelândia na
lista de países disponíveis. A Ásia receberia alguns meses depois, sendo o Japão o pioneiro
por lá.
O grande (gigante) passo foi dado na CES de 2016, quando em 6 de janeiro, Reed Hastings
anunciou que mais de 130 novos países iam passar a assistir Narcos, House of Cards, etc.
Agora a dominação total está cada vez mais próxima. Teve até vídeo de comemoração.
Isso porque a Netflix já está distribuindo seu conteúdo no país através de um licenciamento
com o serviço local de streaming chamado iQiyi, que faz parte do império Baidu. O serviço,
que tem cerca de 500 milhões de telespectadores mensais e mais de 5.5 bilhões de horas
assistidas por mês, aceitou disponibilizar alguns conteúdos originais Netflix.
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Após anos de negociações, com o governo local, as barreiras chinesas impediram que a
Netflix estreasse por lá. O que denota a intenção clara da empresa de Hastings de se fazer
presente no país pode ser notada no títulos originais com temas e ambientações na própria
China, como o filme Sword of Destiny e a série (já cancelada) Marco Polo.
Para ver como é difícil entrar na China com qualquer tipo de RELACIONADO
conteúdo, clique no box ao lado.
Conteúdo original
Hoje a Netflix não é somente conhecida por ser uma Como funciona a
censura e o acesso à
distribuidora de conteúdo, ela é uma produtora de conteúdo
internet da China
original. Somente nos últimos anos foram anunciados
investimentos de mais de 5 BILHÕES de dólares em conteúdo
assinado com a marca Netflix. O valor é pouco mais do dobro
do orçamento da poderosa HBO, produtora de, entre outros, do incrível Game of Thrones.
A primeira série própria a estrear foi House of Cards, em 2013, um drama político que até o
momento já recebeu dezenas de prêmios e indicações a Emmy, Golden Globe Awards,
People’s Choice Awards e muito mais.
House of Cards foi um marco também por dispensar a necessidade de um piloto para aprovar
o início de uma produção e isso, por mais indiferente que possa parecer, é bastante
significativo para a indústria cinematográfica. Kevin Spacey, o Frank Underwood da série,
disse que no ano em que começou a produção do show, foram feitos 113 pilotos no circuito
das emissoras estadunidenses, onde 35 foram escolhidos para serem produzidos e somente
13 ganharam uma 2ª temporada. O custo disso foi em torno de 300 a 400 milhões de dólares.
Na decisão de produzir House of Cards sem uma avaliação prévia e deixar com que os
assinantes decidissem se ela faria sucesso ou não a Netflix poupou milhões de dólares e
provou que essa poderia ser a fórmula de sucesso.
Por causa disso depois vieram outras produções originais: Orange Is the Black, Sense 8,
Narcos, a série brasileira 3%, BoJack Horseman, Making a Murderer, Unbreakable
Kimmy Schmidt, o sucesso Stranger Things, que foi feito com base em um algoritmos que
identificou os traços que os assinantes mais gostavam nas séries, entre muitas outras.
O mais legal de tudo é que a Netflix não é mais vista como uma coadjuvante. Prova disso é a
parceria até então inédita com a Marvel que irá resultou em 5 títulos: Demolidor; Jessica
Jones, Luke Cage; Punho de Ferro; Os Defensores e O Justiceiro, ainda em produção.
Além disso a Netflix se destaca por ser uma nova maneira de distribuir conteúdo. Séries
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E a marca também investe na produção de seus próprios filmes. O primeiro a ser lançado foi
o drama Beasts of No Nation ganhador de diversos prêmios por sua qualidade técnica. O
segundo lançamento foi a comédia Ridiculous 6 com um elenco de peso como Adam
Sandler, Terry Crews, Jorge Garcia, Taylor Lautner, Rob Schneider, entre outros. Com menos
de 1 mês o filme já era o mais assistido da história da plataforma.
Em 2015 a Netflix lançou, aproximadamente, 450 horas de conteúdo original e, em 2016 mais
de 700 horas, segundo anúncio oficial. Os dados de 2016 são referentes a 30 novas séries, 8
filmes, 35 novas temporadas de séries infantis, 12 documentários e 9 shows de stand-up.
Já entraram na degola:
Se você gosta muito de uma série, a saída parece ser fazer muuuuita propaganda dela para
que seus amigos também assistam e assim a Netflix não queira cortar ela.
A boa notícia tanto para a Netflix quando para os fãs do conteúdo original da marca é
que recentemente a Netflix firmou acordo com alguns cinemas de Los Angeles para que eles
exibam suas produções originais. E se você acha que isso é só capricho da marca de
streaming, errou feio, pois exibir o filme em um cinema da cidade é um pré-requisito para
adivinhe o quê: PARTICIPAR DO OSCAR.
Sim, pode ser que estejamos bem próximos do momento em que um filme criado
originalmente para uma plataforma online consiga sua primeira estatuera do Oscar. A
Academia tenta barrar, é claro, mas isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde, é inevitável.
Só resta saber quando será esse "mais tarde", já que o mais cedo tá difícil.
Beasts of No Nation, de 2015, por exemplo, o primeiro filme original da marca foi visto 3
milhões de vezes na época de seu lançamento, somente nos Estados Unidos. Isso é mais do
que muito filme holywoodiano por aí. Além do número de espactadores a crítica (exceto os
chatos do Oscar) ficaram impressionados com a qualidade técnica. Tanto que ele teve
diversas indicações e vitórias no Globo de Ouro, BAFTA e Screen Actors Guild Awards.
Mas o que passou passou, bola para a frente e que venha o próximo candidato. E ele já tem
nome e elenco: The Irishman estreará em 2018 e contará a história de Frank "O Irlandês"
Sheeran, um ex-líder sindical acusado de envolvimento com o crime organizado. O longa
será dirigido por Martin Scorsese e terá os clássicos mafiosos Robert De Niro, Al Pacino e
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Inovações
E não foi somente no campo da transmissão de conteúdo que a Netflix iniciou uma nova era.
Eles foram mais longe e inventaram um meio de alterar a própria experiência do usuário. Em
setembro de 2015 eles deixaram os usuários ansiosos ao anunciar que tinham criado um
botão “mágico”.
Segundo os criadores, ao toque do botão chamado “Switch”, por exemplo, as luzes da sala
baixariam, a tv liga, o Netflix faz login, o som é ajustado, o celular entra em modo silencioso,
etc. O único porém é que a Netflix não tem a mínima previsão de comercializar o dispositivo.
A criação foi feita e mostrada na Maker Faire de Nova Iorque, contudo, eles explicam passo a
passo no site como você pode fazer seu próprio botão.
Abaixo um vídeo da Netflix mostrando as possibilidades do que pode ser feito com esse
botão.
Mas não foi somente um botão místico que os caras criaram. A próxima invenção foram
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meias. Sim, meias. Dessas bem confortáveis que você usa para ficar atirado no sofá
assistindo How To Get Away With Murder ou qualquer outra série.
Mas obviamente que não é uma meia convencional. Assim como o Switch que vimos há
pouco, as meias possuem uma boa dose de tecnologia. Assim como a anterior ela também
será feita por você e vem repleta de fios e placas de circuitos. Você veste a meia e começa a
assistir suas séries. Caso você durma a meia percebe através dos sensores e seu batimento
cardíaco. Quando isto acontece ela manda um comando para o arduíno que desliga a tv e a
Netflix pra você não perder nada.
O projeto completo pode ser baixado no site também, e mais: Vem, inclusive, com 5 modelos
de meia e o passo a passo para você BORDAR os logotipos das séries. Ficou interessado?
Então veja como fazer:
Depois foi a vez do personal trainer da Netflix que só te deixa assistir os episódios
enquanto estiver malhando. Pois é, parece que criatividade não falta para esse pessoal.
VPN
Como a maioria dos usuários já sabe, cada país tem seu próprio conteúdo. Sendo assim a
Netflix possui 247 catálogos, sendo a grande parte diferentes um do outro, para atender seus
mais de 190 países. O Brasil, por exemplo, tem pouco mais de 3.500 títulos, estando na
frente de países como Canadá e qualquer país da Europa.
Alguns países possuem títulos que somente estão disponíveis em determinado catálogo. Por
isso que a cobiça por catálogos estrangeiros é tão grande. O catálogo estadunidense é o
maior do mundo, com quase 6 mil títulos e por isso o mais desejado.
Isso faz com que alguns usuários desenvolvessem ferramentas capazes de burlar o sistema
e acessar qualquer Netflix do mundo. São os famosos VPN’s, ou, Virtual Private Network.
Mas o que é e como funciona essa sigla?
Resumidamente funciona assim: Quando você acessa o Netflix pelas redes normais a sua
conexão passa por protocolos de segurança que autenticam a conexão proporcionados pelo
ISP (Internet Service provider). Esse servidor "seguro" tem a função de barrar os possíveis
invasores, as tentativas de ataques, os sites ou conexões sem certificados válidos, etc. Sim,
o VPN é um túnel entre sua conexão e o local onde você está indo. Como esse túnel é fictício
a ferramenta consegue simular como se você estivesse em qualquer país. Você pode simular
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CONTEÚDOS RECENTES
SMARTPHONES
Um dos mais famosos provedores VPN é a extensão Hola do Google Chrome que funciona e Celular quebrou a te
faz tudo de uma forma bem fácil. O problema é que a Netflix é contra qualquer mutreta para garantia? Empresas
ter que emprestar o
fraudar sua política de direitos e permissões e, anunciaram recentemente, 14 de janeiro de
2016, que quem for pego fazendo isso será banido automaticamente, inclusive, do seu país
LANÇAMENTOS NETFLIX 20
de origem. Datas de estreia das
mais aguardadas na
Netflix em 2019
Olha só o que está escrito na sua política de uso: [ATUALI...
LANÇAMENTOS NETFLIX 20
Séries adicionadas n
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Netflix em 2019
(i) infração de qualquer dos presentes Termos de
uso ou LANÇAMENTOS NETFLIX 20
Filmes adicionados
Netflix em 2019
(ii) envolvimento com uso ilegal ou inadequado do
serviço”
Notícias Smartphones Hardware Games Entretenimento Vídeos Cupons
Segundo a Netflix mais de 30 milhões de usuários utilizam VPN e proxy para burlar a
NÃO PERCA ESTA CHANC
proteção, sendo 20 milhões deles somente da China, onde a Netflix não está presente por
restrições do governo local.
Acha que eles estão brincando? Poucos dias depois do anúncio já deu pra ver alguns
usuários brasileiros falando nos grupos de Facebook que tiveram suas contas suspensas.
Bom, o uso de VPN é fácil e está muito bem explicado pela internet afora. Então pense muito
bem antes de usar.
Parece que a Netflix ainda vai mudar, em muito, o jeito como consumimos entretenimento
Notebooks e Desktops Dell
televisivo. E você tem algum palpite para como serão as coisas daqui 10 ou 20 anos? Conta Com a 8a geração dos
pra gente nos comentários. processadores Intel® Core™
Utilize o cupom VOLTALOGO
Intel e Netflix criam codec AV1 para fornecer tecnologia de compactação para próximas
gerações de vídeos
Netflix encerra suporte ao AirPlay, impossibilitando enviar vídeos da plataforma para Apple TV
14"
Notebooks e Desktops Dell
Com a 8a geração
dos processadores
Intel® Core™
Utilize o cupom
VOLTALOGO
Os 10 melhores filmes Os melhores Novidades e Novidades e
na Netflix, segundo documentários sobre lançamentos Netflix lançamentos Netflix
Compre agora
nota no IMDb videogames no Netflix da semana (20/12 - da semana (13/12 -
+
por Debora Pricila Silveira por Maximiliano Meyer 26/12/2016) 19/12/2016)
por Debora Pricila Silveira por Debora Pricila Silveira
COMENTÁRIOS DESTAQUES
Séries mais maratonadas na N
22 Comentários Oficina da Net !
1 Entrar 1 em 2017
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Que bom que gostou, Lourdes. Agora que você vai começar a usar o serviço não esqueça de
conferir nossos posts sobre as atualizações da Netflix para fica por dentro das novidades.
Abraços
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A história da Netflix 12/04/19 15:09
Muito boa e explicativa a matéria, mas que não me tira algo da cabeça: Netflix parece bom demais pra
ser verdade. Já estou esperando a hora que o governo brasileiro, junto com as operadoras de TV a
cabo e abertas vão criar um boicote que funcione, porque já começaram a ameaçar no ano passado.
E sobre o uso de VPN, tem uma coisa que não faz muito sentido pra mim. Pra alguém acessar o
conteúdo norte-americano, não seriam disponibilizados legendas e muito menos conteúdo dublado;
ou seja, só sendo fluente em inglês pra aproveitar a chance. E a grande maioria que observo por aí
prefere o dublado, porque tem preguiça de ler em português, imagina ser fluente em outra língua....
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Eu divulgo tanto a netflix que com certeza sou responsável pela assinatura de no mínimo um desses
milhões de assinantes aí.
Eu sinceramente nem imaginava que nos primórdios os dvd's eram entregues pelos correios, que
onda!
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