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[m'illfl\fil
 GUIA Do AVENTUREIRO
. PARA A COSTA DA ESPADA

► • Gale Force ,m
:~nine
.,. ....
CRÉDITOS BIBLIOGRAFIA
Este livro foi uma colaboração entre a Wizards of the Coaste a Green Aqui estão listados os trabalhos em Forgotten Realm s que mais
Ronin Publishing. Os membros da equipe criativa da Green Ronin influenciaram este livro.
estão listados abaixo, seguidos de um asterisco.
Athans, Ph ilip. A Reader's Cuide to R.A. Salvatore's Legend of Drizzt. 2008.
Designer Principal: Steve Kenson'''
Baker, Richard , Ed Bonny e Travis Stout. Lost Em pires of FaerCm . 2005.
Designers: Joseph Carrike r,* Brian Cortijo,"' Jeremy Crawford , Peter Le e,
Boyd, Eric L. City of Splendors: Wa terdeep. 2005 .
Jon Leitheussert Mike Mearls , Jack Norris,'' Sean K Reynold s, Matt
- -- . Drizzt do'Urden's Cuide to the Underdark . 1999.
Sernett, Rodney Thompson
Connors, Wil liam W. Hordes ofDragonspear. 1992.
Editor Chefe: Jeremy Crawford
Cordell , Bruce R., Ed Green wood e Chris Sims. Forgotten Realms
Editor: Kim Mohan 1'
Campaign Cuide. 2008 .
Editor Assistente: Chris Sims, Matt Sernett, Dan Helmick
Crawford, Jeremy e Christopher Perkins. Chosts of Dragonspear Castle. 2073.
Produção: Greg Bilsland
Cunningham, Elaine. Thornhold . 2007.
D&D - Designers Principais: Mike Mearls, Jeremy Crawford
Greenwood , Ed. Dwarves Deep. 7990.
Direção de Arte: Kate lrwin, Hal Mangold / ' Shauna Narciso - - - . Vo/o's Cuide to Baldur's Cate li. 2000.
Design Gráfico: Emi Tanji - - - . Volo 's Cuide to the North . 1993.
Ilustração de Capa: Tyler Jacobson - - - . Volo's Cuide to the Sword Coast. 7994.
Ilustração do Livro: Conceptopolis, Olga Drebas, Ja son A. Engle, Rand y - --. Volo's Cuide to Waterdeep. 1992.
Gallegos , llich Henriquez, David Heuso, Tyler Jacobson, McLean - - - . Wat erdeep and the North . 1987.
Kendree, Howard Lyon, William O'Connor, Claudio Pazas , Bryan - - -. Wat erdeep. 1989.
Syme, Eva Widermann - - - . City ofSplendors. 7994.
Cartógrafos: Jared Biando, Mike Schley Greenwood , Ed e Jason Carl. Si/ver March es. 2002 .
Design de Fonte: Daniel Reeve Greenwood , Ed , Matt Sernett e outros . Murder in Baldur's Cate. 2073.
Greenwood, Ed, Sean K Reynolds , Skip William s e Rob Heinsoo
Gestão de Projeto: Neil Shinkle, John Hay Forgotten Rea/ms Campaign Setting. 2007 .
Serviços de Produção: Cynda Callaway, Jefferson Dunlap, Grubb, Jeff, Kate Novak e outros . Hall of Heroes. 1989.
David Gershman Jaquays, Paul. Th e Savage Frontier. 1988.
Gestão de Marcas e M arketi ng: Nathan Stewa rt, Liz Schuh , Chris Leati, Tito, Matt Sernett e Ch ris Sim s. Sco urge of the Sword Coast. 2014.
Lindsay, Shelly Mazzanoble, Hilary Ross, John Feil , Greg Tito, Kim Perrin, Steve. Under /1/efarn . 1987.
Lund strom , Trevor Kidd Sal vato re, R.A . The Crystal Shard. 1988.
Jogadores da Fase de Teste: Adam Henn ebeck, Anthony Carose lli , - - - . Rise ofthe King. 2015.
Arthur Wri ght, Bill Benham, Bryce Haley, Christopher Hackl er, Salvatore , R.A ., Jame s Wyatt e Jeffrey Ludwig. Legacy of the Crystal
Claudio Pozas, Daniel Oquendo, David "Oak" Stark, Gregory Shard. 2013.
L. Harris , Jas on Baxter, Jason Fuller, Jay Anderson, JeffGreiner, Se rnett, Matt, Eri k Scott de Bie e Ari Marmell. Neverwinter Campaign
Jonathan Longstaff, Jonathan Urman , Josh Dillard, Karl Resch, Setting. 2011 .
Ken J Breese, Keoki You ng, Kevin Neff, Krupal Desai , Kyle Turn er, si ade, Ed Greenwood , Jeff Grubb e outros. Th e North: Cuide to the
Liam Gulliver, Logan Neufeld , Lou Michelli, Matt Maranda, Mik Savage Frontier. 1996.
Calow, Mike Mih alas, Nao mi Kellerman-Bernard, Paul Hughes, Paul
Melamed, Richard Green, Rob ert Alaniz, Rory Madden , Shane Leahy, C RÉDITO S D A V ERS ÃO BRASI LEIRA:
Shawn Merwin , Stacy Bermes, Teos Abadia , Tom Lommel , Travis Gestão de Projeto: Persio Sposito
Brock, Yan Lacharité
Tradução: Daniel Bartolomei
Revisão: Carlos Eduard o "Ximu"
Suporte Comunidade: Thiago Lefundes
Localização e Edição: Persio Sposito
Design e Layout: Tati Hapanchuk
Suporte e Produção: Danilo Sardinha
e Paula Pizauro

EQUIPE DE PROD U ÇÃO DA GA LE FOR CE NINE:

Gestão de Projeto: Matthew Vaugh an
Equipe de Projeto: Chris Forgham ,
Emil y Harwood e Xander Weeks
Produtor: John -Paul Brisigotti

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tomadas por en t idades nativas de - ou atualmente habit ando-, Forgotten Realms, incluindo
lordes necromantes de magocracias dis tantes, magos residentes em qualquer dos Vales, mas
especialmente no Vale das Sombras, drow guardiões empunhando uma ou mais cimitarras e
acompanhado por uma ou mais panteras negras, magos loucos que ha bitam vastas masmorras
acess(veis através de um poço no meio da tave rna, obse rva dores que chefia m cartéis do crim e
e qualquer um que carregue a palavra Muitas- Flechas no nome. No evento de um encontro
ca t astrófico com qualquer uma ou com todas est as entidades, culpe o seu Dungeon Mas t er.
Se não funciona r, culp e o Ed Greenwoo d, mas não diga a ele que nós disse mos pa ra fazer isso.
Ele conhece mais arq uimagos do que nós.
S OBRE A C APA
Tyler Jacobson ilustra um bando de aventureiros no momento em que
eles entram em uma negociação agressiva com um feroz grupo de ores.
Apresentando (da esquerda para a direita) : Salto Tijoloduro, um
pequenino guerreiro com uma bronca do tamanho dos ores; lllydia
Maethellyn, uma idosa elfa lunar e clériga de Sehanine Arco Lunar;
Encrenca, um impetuoso ladino cujo passado sombrio tem li gações
com os Zhentarim; Makos, um tiferino bruxo com uma determinação
infernal de vingar-se de seu diabólico pai; e Nayeli Flor d'Ouro, um a
poderosa humana paladina guiada pelo juramento da vingan ça.

DND006 73604-P ISBN : 978-85-68059-34-0 P impressão em português: Março de 2021.

l ª 1m pressã o (Esta edição inclui a errata oficia l Sa ge Advice, versão 2. 5, diretamente incorporada ao texto.)

DUNGEO N S & D RAGON S, D&D, Wi zards ofth e Coa st, Forgotten Rea lms, o ampe rsa nd do dragão, Sword Coas t Adventurer's Guid e, Playe r's Handbook, Monster Ma nua l, Dungeon Mas te r's
Cuide, os demais nom es de produtos da W iz ards oft he Co ast e sua s resp ectivas logos, são marcas re gist rada s da Wizard s of the Coast nos EUA e em out ros países . Todos os person age ns
e sua s caracter ísticas marcan tes são propri eda des da W iza rds of th e Coast. Este material es tá protegid o sob a lei de D ire itos Autora is dos Estados Un idos da América. Tod a e qualq uer
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C ONTEÚDO
Prefácio ......................................................................................... 4
Capítulo 1: Bem-vindo aos Reinos ........................................ 7
A Costa da Espada e o Norte ........... ................................ 7
Toril e Suas Terras ............................................................. 9
O Tempo nos Reinos ........................................... ............. 14
Uma Breve História .......................................................... 15
A Magia nos Reinos ......................................................:... 18
A Religião nos Reinos .......................... ............................ 19
Os Deuses de Faerím ....................................................... 23
Capítulo 2: A Costa da Espada e o Norte .... ...................... 43
A Aliança dos Lordes ......................... .............................. 43
As Fortalezas dos Anões do Norte ............................... 58
Os Reinos Insulares ......................................................... 66
Os Reinos Independentes ............................................... 73
A Umbreterna .. .................................... ........................... .. . 99
Capítulo 3: As Raças dos Reinos ...................................... 103
Anões ................................................................................. 103
Elfos ................................................................................... 105
Humanos .......................................................................... 108
Pequeninos ....................................................................... 111
Draconatos ....................................................................... 112
Gnomos .................................................. .................. -....... 114
Meio-Elfos .................................................................... ..... 116
Meio-Orcs ............................................. ............................ 117
Tiferinos ............................................................................ 118
Capítulo 4: Classes ................................... ............................. 121
Bárbaros ................................................... ........................ 121
Trilhas Ancestrais ........................ .............................. 121
Bardos ............................................................................... 122
Os Harpistas ................................................................ 123
Colégios de -B ardo ...................................................... 123
Instrumentos Musicais ............................................. 124
Bruxos ............................................................................... 125
Patronos nos Reinos .................................................. 125
Patrono Transcendental ........................................... 126
Clérigos .............................................. ............................... 127
Domínio Divino ............................. .. ............................ 127
Druidas ............................................... ............................... 128
Círculos Druídicos ..................................................... 128
Feiticeiros ......................................................................... 129
Origem de Feitiçaria ...................... .. .......................... 130
Guardiões ......................................................................... 131
Guerreiros ........................................................................ 132
Arquétipo Marcial ...................................................... 133
Ladinos .................................................................. ............ 134
Arquétipos de Ladino ......................... ....................... 134
Magos ................................................................................ 135
Grupos de Magos ....................................................... 136
Tradição Arcana .............................. ........................... 137
Monges ................................................. ...... ....................... 138
Ordens Monásticas ......... ............................'. .............. 138
Tradições Monásticas ............................................... 139
Paladinos ................................................ .......................... 140
Ordens Paladínicas .................................................... 141
Juramento Sagrado .................................................... 141
Truques para Bruxos, Feiticeiros e Magos ............... 142
Capítulo 5: Antecedentes .................................................... 145
Acadêmico Recluso ........................................................ 145
Agente de Facção ............................................................ 145
Artesão de Clã ................................................................. 146
Caçador de Recompensas Urbano ............................. 146
Cavaleiro da Ordem ...... ,................................................ 147
Cortesão ............................................................................ 148
Herdeiro ............................................................................ 149
Mercenário Veterano ..................................................... 149
Membro da Tribo Uthgardt .......................................... 150
Nobre Águaprofundense ............................................... 151
Viajante Distante ...................................... ....................... 152
Vigília da Cidade ............................................................. 154
Apêndice: Opções de Classes em Outros Mundos ..... 155
Dragonlance ..................................................................... 155
Eberron ............................................ ................................. 155
Greyhawk .......................................................................... 156
Mundos Criados por Você ........................,.................... 157
Índice Remissivo ............................ ........................................ 158
Barras Laterais:
As Regiões dos Reinos .................................................... 11
A Moeda nos Reinos ........................................................ 13
O Calendário de Harptos ................................................ 15
A Magia Afetada pela Trama .......................................... 19
A Mãe-Terra ........................................................................ 27
A Lenda da Bugalha de Ossos, do Arremesso
de Crânio e do Trono Vazio ........................................ 31
A Lenda de Tyche e de suas Filhas Gêmeas .............. 40
Os Deuses de Mulhorand ............................................... 41
Nota para o DM: Tornando os Reinos Seus .............. .44
Semprebrilho ..................................................................... 48
Os Reinos em Ruínas do Norte ..................................... 54
Os Distritos de Águas Profundas ................................. 57
Os Reinos Caídos dos Anões e Seus Feitos ............... 58
O Lamento de Delzoun .................................................... 60
O Cântico de Fortekruel... ............................................... 61
Valkur, o Deus-Herói dos Nortenhos ........................... 68
Forte Senhor-da-Manhã .................................................. 80
As Tribos Uthgardt e Seus Territórios ........................ 93
As Tribos Perdidas dos Uthgardt... ............................... 94
A Caverna de Mezoberranzan ..................................... 101
Os Clãs de Anões no Norte ........................................... 103
Raras Sub-raças de Elfos ............................................. 106
Opção: Idiomas Humanos ............................................ 110
P equeninos Fantasmasbios ......................................... 112
As Senhoras das Colinas Douradas .......................... 114
Talento de Gnomo das Profundezas .......................... 115
Variantes de Meio-Elfo .................................................. 116
Variantes de Tiferino ..................................................... 118
Aasimar ............................................................................. 119
Armadura com Cravos ................................................... 121
Totems Uthgardt ............................................................. 122
Os Lua-Estrela ................................................................. 124
Os Harpistas e os Druidas ........................................... 129
Conjuradores Arcanos ................................................... 131
Os Espadachins e o Combate com Duas Armas ..... 135
Símbolos Mágicos .......................................................... 136
Estilos do Lâmina Cantante ........................................ 137
As Ordens de Cavalaria de Faerún ............................. 148
Os Mercenários do Norte .............................................. 150
As Tribos de Bárbaros de Faerún ............................... 151
PREFÁCIO
AUDAÇÕES E MINHAS ESTIMAS, VIAJANTE!
Bem-vindo a um mundo de magia e aventura.
Originalmente criado por Ed Greenwood,
o cenário de Forgotten Realms, os Reinos
Esquecidos, tem sido o lar de muitas histórias
e jogos de DUNGE0NS & DRAGONS durante
décadas. Construído para contos de espada
e feitiçaria, os Reinos acabaram crescendo e prosperando
inicialmente nas campanhas de D&D narradas por Ed,
campanhas essas que apresentavam heróis como os
Cavaleiros de Myth Drannor, nas Terras dos Vales. Ed
também compartilhou vislumbres de seus Reinos nas
páginas da revista Dragon, o que apresentou aos jogadores
de D&D os primeiros contos do mago Elminster, o velho
sábio do Vale das Sombras, que acabou encontrando
caminho através de um portal que conectava Faerun ao
nosso mundo, mais especificamente na sala de estar de Ed.
PREFÁCIO
Quando a TSR, a companhia que era a proprietária de
D&D na época, buscava um novo mundo de campanha para
expandir o multiverso de D&D, eles escolheram Forgotten
·Realms, e em 1987, os portais foram escancarados para
jogadores e Dungeon Masters do mundo todo, para que estes
viessem até FaerO.n e criassem seus próprios contos heroicos.
Um anos depois, o escritor R. A. Salvatore introduziu os
leitores às aventuras do proscrito drow Drizzt Do'Urden e seu
primeiro romance, publicado aqui no Brasil com o título de
A Estilha de Cristal, estabelecendo a Umbreterna como uma
parte de extrema importância para os Reinos.
Nos anos que se seguiram, Forgotten Realms recebeu
uma enorme quantidade de produtos de jogo, romances,
jogos eletrônicos e muito mais, tornando-se dos cenários de
fantasia mais visitados já criado. Os portais perdidos para
os Reinos retornaram e permaneceram abertos no fundo de
nossas imaginações até os dias de hoje, conforme cada vez
mais visitantes encontravam um caminho até lá.
Portanto, não é nenhuma surpresa que Forgotten Realms
tenha se tornado o cenário das primeiras aventuras para
a quinta edição de Dungeons & Dragons. Novos heróis já
realizaram grandes feitos e salvaram Faerun das garras
de males terríveis e continuarão a fazê-lo, contanto que a
chama da imaginação os leve até lá.
Este livro é tanto um combustível para o fogo que se
iniciou com essas aventuras quanto um vislumbre dos
Reinos que você pode encontrar na quinta edição do Player's
Handbook: Livro do jogador, Dungeon Master's Guide: Livro
do Mestre e Monster Manual: Livro dos Monstros. Ele dá a
você um amplo olhar sobre o continente de FaerO.n e sobre
o mundo de Toril em geral, mas principalmente sobre as
regiões da Costa da Espada e do Norte.
Nestas páginas, você aprenderá sobre a história, terras e
povos de Faerun, sobre as grandes cidades-estado da Costa
da Espada e do Norte, sobre os deuses do mundo e sobre as
facções e forças que sustentam e que ameaçam a civilização.
O capítulo 1 deste livro oferece uma visão geral sobre a
Costa da Espada e as terras vizinhas, sua história, o papel
da magia e suas religiões. O capítulo 2 trata dos detalhes
sobre as cidades e outros locais na Costa da Espada. O
capítulo 3 aborda a história e algum material de jogo para
várias raças e sub-raças, sejam elas comuns ou exóticas,
que podem ser encontradas na Costa da Espada e no
Norte. O capítulo 4 mostra como as opções de personagem
apresentadas no Player's Handbook: Livro do jogador se
encaixam nesta região e apresenta novas opções de classe
de personagem que são específicos para Forgotten Realms.
O capítulo 5 oferece antecedentes desenvolvidos para criar
uma conexão entre seus personagens e grandes locais,
pessoas e eventos em FaerO.n.
Embora o conteúdo do conhecimento sobre os Reinos s eja
vasto, e este livro seja apenas uma introdução, o cenário de
Forgotten Realms - assim como o próprio D&D - é seu, e
tem sido assim desde que Ed abriu aquele primeiro portal
e nos convidou para vir e visitá-lo. Os Reinos são um local
para criar e contar suas histórias, sobre seus aventureiros
e os feitos deles. As terras e povos de FaerO.n recepcionam
você, viajante, pois este é um local de p'e rigo intenso, ávido
pelos heróis que você trará consigo.
Vá agora, através do portal da imaginação e para dentro
de reinos vastos e maravilhosos que esperam por você do
outro lado.
C APÍTULO 1: BEM-VINDO AOS REINOS
O MUNDO DE TORIL, ENTRE O VENTOSO MAR DAS é o caso dos goblinoides, ores e drow - e às vezes até

1~
Espadas a oeste e as misteriosas terras de m esmo de criaturas ainda mais perigosas. Aventureiros
Kara-Tur a leste, fica o continente de Faerun. tendem a serem mais tolerantes, aceitando povos exilados,
Um lugar de diversas culturas e raç~s, Faerun desajustados e refugiados de terras estranhas e com
é dominada por terras humanas, seJam formas incomuns.
elas reinos, cidades-estado ou alianças de
comunidades rurais cuidadosamente protegidas.
Intercalando as terras dos humanos estão os antigos reinos
A COSTA DA ESPADA
dos anões e enclaves élficos escondidos, populações mistas E o NORTE
de gnomos e pequeninos, e povos mais exóticos ainda.
Estendendo-se ao longo do Mar das Espadas, desde o norte
Para quem procura por aventuras, há uma enorme
de Amn até o Mar de Gelo Flutuante, a Costa da Espada é
quantidade delas nos Reinos. As rotas entre cidades e
uma estreita faixa de território dominada pelas
nações frequentemente cruzam o território de humanoides
cidades-estado da área que usam o mar para fazer
bandidos e saqueadores. Cada floresta, pântano e
comércio. Para a maioria daqueles que se preocupam
cordilheira de montanhas tem seus próprios perigos,
com tais coisas, a área é delimitada por Neverwinter
sejam eles bandidos à espreita, ores e goblins selvagens
(Nevenunca) ao norte e por Baldur's Gate (Portão de Baldur)
ou poderosas criaturas como gigantes ou dragões.
ao sul, mas o território mais para o norte e sul que não
Diversas ruínas pontilham as paisagens e cavernas que se
está sob um poder mais influente normalmente também é
estendem abaixo da superfície. Nestes locais, os tesouros
incluído nos mapas da Costa da Espada.
pertencentes a qualquer raça vivente - e um bom número
De uma forma mais ampla, o Norte é uma referência a
das que se foram - aguardam para serem clamadas por
todo o território ao norte de Amn, dividido em duas grandes
aventureiros intrépidos o suficiente.
regiões: as Terras Centrais do Ocidente e a Fronteira
Faerun está cheia de uma história riquíssima e de contos
Selvagem. As Terras Centrais do Ocidente englobam uma
maravilhosos sobre aventura e magia, mas o meio de vida
estreita faixa de civilização que vai desde as Montanhas do
das pessoas comuns é a agricultura e o comércio. A maioria
Crepúsculo até o Mar das Espadas, e em direção ao norte
das pessoas do campo dependem da agricultura para
desde a faixa de terras conhecidas como Picos Nebulosos
comer, e os faerfmianos que vivem nas cidades fazem uso de
e as Montanhas Troll até onde começa o Caminho do
talentos com o comércio ou usam os músculos para ganhar
Comércio. A Fronteira Selvagem é o nome que foi dado
seu sustento, pois assim eles podem comprar bens de
ao restante do território não povoado ou esparsamente
consumo e comida que são oferecidos por outros. Notícias e
povoado no Norte, sem incluir as cidades e aldeias maiores e
fofocas são levadas daqui pra lá entre os centros populosos
quaisquer povoados nas suas imediatas esferas de influência.
pelas caravanas e navios que trazem suprimentos para o
A maioria das comunidades, nações e governos do
comércio, bem como pelos bardos viajantes e menestréis
Norte podem ser agrupados em cinco categorias: as
que recontam (ou inventam) histórias para informar e
cidades e aldeias que são membros da Aliança dos Lordes,
entreter as pessoas nas tavernas, estalagens e castelos.
as fortalezas dos anões que tem sido construídas por
Aventureiros também espalham as notícias - ao mesmo
toda a região, o reino insular longe da costa, os reinos
tempo que as criam!
independentes espalhados de cima abaixo pela costa e os
As pessoas comuns de faerun olham para os aventureiros
ambientes subterrâneos da Umbreterna. Cada uma destas
com um misto de admiração, inveja e desconfiança. O
categorias são discutidas aqui de forma breve; mais detalhes
povo acredita que quaisquer pessoas em que se possa
podem ser encontrados no capítulo 2.
acreditar e que estejam dispostos a arriscar suas vidas em
nome de completos estranhos deveriam ser enaltecidas e
recompensadas. Mas tais aventureiros, caso sejam bem-
AALIANÇA DOS LORDES
sucedidos, acabam por juntar riquezas e status pessoal de A Aliança dos Lordes é uma confederação formada entre
uma forma que as outras pessoas acham deveras alarmante. os regentes de vários povoados nortenhos. O número de
Até mesmo as pessoas que admiram estes aventureiros membros no Conselho dos Lordes, o grupo governante,
pela sua iniciativa e atos de valor acabam tendo uma altera-se dependendo da mudança de status das cidades
certa desconfiança: quais horrores serão liberados se membro e das tensões políticas na região. Atualmente,
aventureiros, negligentes ou alheios ao perigo, abrirem uma a Aliança dos Lordes conta com estes indivíduos como
ruína ou tumba e libertarem um mal antigo no mundo? membros do conselho:
A maioria das pessoas que moram no continente • Laeral Mão Argêntea, a Lady Declarada de Waterdeep
tem pouco ou nenhum conhecimento sobre as terras (Águas Profundas)
fora de Faerun. Os mais educados entre a população , Dagult Brasanunca, Lorde Protetor de Neverwinter
concordam que Faerun é apenas um continente e que Taern Chiflâmina, Alto Mago de Lua Argêntea
Toril é um mundo inteiro, mas para a maioria das pessoas, Ulder Ravengard, Grão Duque de Baldur's Gate e
aquelas que nunca tiveram a experiência de uma viagem Marechal do Punho Flamejante
intercontinental, "Faerun" é um conceito grande demais , Morwen Vaudaga, Duquesa de Vau da Adaga
para compreenderem. , Selin Ramur, Marquês de Mirabar
Exceto nos locais mais remotos e nas ilhas no meio , Dowell Harpell de Selalonga
dos oceanos, os faerunianos estão acostumados a ver Dagnabbet Barbabrava, Rainha do Salão de Mitral
pessoas de diferentes culturas, etnias e raças. Apenas as Lorde Dauner Ilzimmer de Amfail
áreas mais cosmopolitas acabam tendo uma aceitação Nestra Ruthiol, Baronesa d'Água de Yartar
mais casual das raças humanoides malignas - como

CAPÍTULO 1 [ BEM-VINDO AOS REINOS

A Aliança dos Lordes inclui os maiores poderes mercantis
do Norte. Além de fornecer apoio militar e um foro para a
resolução pacífica de diferenças, a Aliança sempre atuou
segundo o princípio de que comunidades com uma causa
em comum que entram em uma negociação têm menor
probabilidade de guerrearem entre si. Ao manter fortes
laços comerciais dentro da aliança bem como fora dela, a
Aliança dos Lordes ajuda a manter a paz.
As FORTALEZAS DOS ANÕES DO NORTE
As várias comunidades de anões do Norte são as herdeiras
e sobreviventes de Delzoun, o grande Norterreino de eras
atrás. A despeito de estarem, ao longo dos séculos, sempre
em guerra com os ores e goblinoides da região, e tendo
que repelir ataques vindos de baixo nas mãos dos duergar
e drow, os anões do escudo têm resistido, ferrenhamente
determinados a proteger seus salões contra todas as
ameaças - e, quando necessário, retomá-los.
As fortalezas que sobreviveram aos antigos dias de Delzoun
incluem o Salão de Mitral, a Cidadela Adbar e a Cidadela
Felbarr. A lendária cidade de Gauntlgrym, construída pelos
anões de Delzoun e recentemente recuperadada dos drow,
ergue-se como um farol da ressurgência da força dos anões
no Norte. A Fortaleza Túnel de Pedra e Mestre de Ferro são
povoados isolados que constantemente se cercam contra
ameaças reais e imaginárias. Sundabar e Mirabar também
são consideradas fortalezas dos anões, independentemente de
suas consideráveis populações de humanos.
Até recentemente, muitas das fortalezas dos anões eram
membros das Fronteiras Prateadas (também conhecida
por Luruar), uma aliança de cidades que forneciam
proteção mútua por todo o Norte. Desentendimentos e
descumprimento de obrigações durante uma guerra contra
o reino ore de Muitas-Flechas acabaram por destruir a
confiança que restava entre os membros das Fronteiras,
e o pacto não existe mais. As fortalezas dos anões ainda
continuam aliadas umas das outras, e individualmente
com os reinos humanos vizinhos, mas não mais juram
permanecer unificados com todos os seus vizinhos.
Os REINOS INSULARES
Bem longe da costa oeste de Faerfm há um bom número
de reinos insulares de tamanhos variados. O mais distante,
ainda que talvez o mais simbolicamente importante ao
continente, e Encontro Eterno, a paradisíaca ilha dos
elfos, com a reputação de fazer parte do divino reino de
Arvandor. Bem mais próximo de Faerun ficam as Baleossos
e Ruathym, os antigos lares dos ancestrais do povo Iluskano,
e as Altalúnias, onde muitos deste mesmo povo hoje
compartilham as ilhas com o Ppovo e com uma ramificação
dos elfos conhecidos como Llewyr. O porto livre de Mintam
fica próximo, um local neutro para as reuniões entre inimigos
e um ponto de recrutamento que oferece bastante trabalho
para marinheiros. Independentemente de seu tamanho, a
minúscula ilha de Orlumbor, com seu porto traiçoeiro e seus
habilidosos e sempre ocupados construtores de navios, é uma
nação independente e influente por si só.
Nos mares do sul, piratas de diversas raças e preferências
navegam as Ilhas Nelanther, atacando os navios mercantes
que cruzam a costa de norte a sul. As lendárias ilhas Lantan
e Nimbral reapareceram desde o começo da Separação.
Centros de inovação, invenções e lar dos ilusionistas
adoradores de Leira, ambas as ilhas estão ainda mais
reservadas e menos inclinadas a receber estrangeiros do
que antes de desaparecerem.
Os REINOS INDEPENDENTES
Intercalados entre as fortalezas dos anões e os povoados
protegidos pela Aliança dos Lordes, existem vários locais
que não têm um caráter de coletividade, sobrevivendo
totalmente fora da proteção ou do alcance dos grandes
poderes da região. Até mesmo nos mais civilizados
desses locais, como Elturgard, existe, na melhor das
hipóteses, uma tensão desconfortável com os habitantes
das terras mais selvagens dentro e fora de suas fronteiras,
sobrevivendo apenas graças a um estado de constante
vigilância e pronto recrutamento de novos defensores.
Uma enorme variedade de nações independentes e locais
notáveis são encampadas pelas terras selvagens do Norte.
Entre elas estão a grande biblioteca do Candlekeep (Forte
da Vela), lar da maior coleção de conhecimento escrito em
Faerun; o imponente e gigantesco castelo de Fortescuro; a
abadia fortificada de Fortaleza de Helm; locais de gradiosas
batalhas, como a Ponte Boareskyr e os Campos dos
Mortos; reinos de alguma segurança, como Elturgard e o
Vale do Corço; e o reino yuan-ti de Najara. As terras dos
Uthgardt, as aldeias do enregelante Vale do Vento Gélido, as
tranquilas Colinas Trielta, a mortífera cidade de Luskan e a
lendária Cripta do Bruxo, o domínio do grande lich Larloch,
todos são reinos independentes, assim como o Charco
Elevado, as Garrastroll e a Floresta Alta.
Há muito mais perigo e aventura a serem encontradas
nestes locais isolados do Norte, bem como uma boa
quantidade de riqueza e tesouro. As ruínas de reinos
antigos e incontáveis povoados menores enchem o
interior do continente, aguardando pelo aparecimento dos
exploradores certos.
A UMBRETERNA
Estendendo-se por quilômetros para baixo e por todos os
lados abaixo da superfície de Faerún, e alcançando até
mesmo outros continentes, a gigantesca rede de cavernas
subterrâneas conhecida como a Umbreterna é lar para todo
tipo de criaturas estranhas e fatais. Os duergar e os drow -
reflexos obscuros dos anões e elfos - vivem nestas terras
desprovidas da luz do sol, assim como os svirfneblin, ou
mais conhecidos como gnomos das profundezas. A maioria
dos povos que vive na superfície não são ameaçados, sequer
incomodados pelos habitantes dos locais mais profundos,
mas algumas criaturas podem por vezes emergir para atacar
ou procurar por algum objetivo no mundo da superfície.
Entre as terras da Umbreterna abaixo do Norte ficam a
cidade svirfneblin de Brilha Pedraluzente, a cidade duergar
de Gracklstugh e a infame cidade drow de Menzoberranzan.
Também se destaca Mantol-Derith, um posto comercial para
os mercadores da Umbreterna.
TORIL E SUAS TERRAS
Toril é um mundo vasto e maravilhoso, repleto de uma
imensa diversidade de pessoas, possuindo história rica
e completa. Contudo, para a maioria dos povos da Costa
da Espada, o conhecimento não vai muito mais além dos
confins do Norte, e qualquer coisa "conhecida" que seja de
fora de Faerún é mais propriamente baseada em rumores
do que em fatos.
FAERUN
O vasto continente central de Toril, Faerún é uma massa
de terra dividida por um grande mar conhecido como Mar
Interno, ou o Mar das Estrelas Cadentes. As terras que
ficam além do Norte podem ser grosseiramente divididas
naquelas ao sul e naquelas a leste, tornando-se muito mais
estrangeiras ao póvo da Costa da Espada e do Norte quanto
mais distante ficam.
O uso de magia arcana é ilegal em Amn, o que significa
que os únicos conjuradores autorizados na nação são
os usuários de magia divina que gostam do auxílio e do
patrocínio de um templo, e aqueles que usam magia arcana
e que receberam uma autorização especial de um dos
oligarcas. Tão difundida é a influência da oligarquia de Amn
que ppucos crimes merecem punição física, exceto aqueles
que envolvem o uso de magia arcana ou uma ofensa contra
uma das casas mercantis membros do conselho. Outras
infrações são perdoadas após criminoso fazer o pagamento
de uma multa apropriada.
Calimshan. Esta terra mais ao sul foi há muito tempo
o campo de batalha para gênios em guerra. Após anos
de conflito entre seus mestres gênasi, escravos humanos
ergueram-se para seguir um Escolhido de Ilmater, primeiro
oferecendo uma resistência não violenta e depois explodindo
em uma rebelião quando o Escolhido desapareceu. Eles
derrubaram o lordes gênios de Calimporto e Memnon,
expulsando os últimos gênios das cidades e mandando-os
para seus lares nos planos elementais ou para os confins
dos desertos.
A maior parte de Calimshan é de locais caóticos
dominados pela riqueza, influência política e poder pessoal.
Muitos oram pelo retorno do Escolhido e pela conclusão
de seu trabalho. Outros ainda estão aprendendo a conviver
entre si sem seus mestres gênios, e aceitam com certo
ressentimento os gênasi que estão entre eles.
Chult. As extensas e sufocantes selvas de Chult escondem
o que se acredita ser uma gigantesca riqueza mineral,
incluindo enormes pedras preciosas e veios de minério.
Uma flora e fauna venenosas infestam as selvas, mas ainda
assim alguns mais corajosos enfrentam estes perigos em
busca de suas fortunas. Algumas das plantas exóticas que
crescem somente em Chult alcançam preços exorbitantes
nos mercados do continente. A arruinada cidade de Mezro

TERRAS AO SUL
Ao sul da Costa da Espada encontram-se nações antigas,
uma tremenda e ameaçadora selva e todos os tipos de terras
que foram destruídas e transformadas por cataclismos
mágicos e perturbações. Entre as ruínas e os perigos
destes reinos existem sinais de renovação e esperança,
pois civilizações e povos determinados os reconstroem,
reclamam e recriam.
Amn. Uma nação liderada por representantes de cinco
famílias nobres, Amn é um local onde os ricos governam,
abertamente e sem fingimento. Astutos comerciantes e
implacáveis nos negócios, os amnianos acreditam que o
desfecho de uma transação bem-sucedida é justificado
pelos métodos, sejam eles éticos ou não. Embora a nação
seja muito mais rica que até mesmo as metrópoles ao norte,
como Baldur's Gate (Portão de Baldur) e Waterdeep (Águas
Profundas), sua influência é diminuída pela má vontade que
seus governantes têm em trabalhar conjuntamente em prol
dos interesses da nação. Os membros do Conselho dos Cinco
são razoavelmente unificados e avarentos no controle de
Amn, mas a habilidade que eles têm em afetar eventos do lado
de fora de suas próprias fronteiras é limitado, pois eles não
entram em comum acordo no que diz respeito aos principais
assuntos de política estrangeira. Os oligarcas controlam
totalmente a nação, mas para além das áreas que cada um
governa, suas famílias e negócios acabam competindo entre si
e com os residentes de locais mais afastados.

CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS .

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expulsando os últimos gênios das cidades e mandando-os
para seus lares nos planos elementais ou para os confins
dos desertos.
A maior parte de Calimshan é de locais caóticos
dominados pela riqueza, influência política e poder pessoal.
Muitos oram pelo retorno do Escolhido e pela conclusão
de seu trabalho. Outros ainda estão aprendendo a conviver
entre si sem seus mestres gênios, e aceitam com certo
ressentimento os gênasi que estão entre eles.
Chult. As extensas e sufocantes selvas de Chult escondem
o que se acredita ser uma gigantesca riqueza mineral,
incluindo enormes pedras preciosas e veios de minério.
Uma flora e fauna venenosas infestam as selvas, mas ainda
assim alguns mais corajosos enfrentam estes perigos em
busca de suas fortunas. Algumas das plantas exóticas que
crescem somente em Chult alcançam preços exorbitantes
nos mercados do continente. A arruinada cidade de Mezro
fica do outro lado do mar, contrapondo Calimshan, apenas
aguardando que exploradores e seus estrangeiros limpem
a cidade dos seus habitantes mortos-vivos e descubram os
tesouros que estão escondido por lá.
A leste, ao longo da península Chultiana, ficam os
resquícios de Thindol e Samarach. Independentemente
da aparente queda de ambas as civilizações, Thindol
permanece infestada por yuan-ti, enquanto as ilusões
que encobrem as montanhas de Samarach escondam as
atividades daquela nação.
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
Dambrath. Situada em uma planície quente nas praias
do Grande Mar, Dambrath é regida por clãs nômades de
humanos que montam cavalos e que reverenciam Silvanus,
Malar e, algumas vezes, Selfme. Devido à história de que
os dambrathanos sofreram sob o domínio dos Crinti, uma
casta governante de meio-drow, não é de se surpreender que
eles guardam um grande ódio pelos drow.
Os clãs reunem-se duas vezes por ano em um local
sagrado conhecido como Colinas dos Reis, onde dezenas
de esculturas de totens são preservadas. Durante estas
reuniões, cada clã atualiza seu totem com uma contagem
das façanhas ocorridas nas estações anteriores. Muitos
dambrathanos procuram na licantropia um meio de mostrar
reverência para com seus deuses de preferência e para
honrar sua herança.
Halruaa. Acreditava-se que Halruaa havia sido
destruída pela conflagração da Praga Mágica, mas ela foi
amplamente restaurada para se tornar a nação insular e de
enorme poder mágico que foi um dia. Por causa da previsão
de seus presságios, os magos halruaanos foram capazes
de usar o devastador fogo azul que se seguiu à morte de
Mystra para levar sua nação em segurança até o reino da
gêmea de Toril, Abeir (deslocando parte deste mundo para
o Plano das Sombras).
Agora que os eventos daquela época foram quase
totalmente desfeitos, os famosos dirigíveis e embarcações
aquáticas haruaanos começaram a se espalhar por aí
novamente, procurando estabelecer rotas comerciais e As REGIÕES DOS REINOS
conexões políticas, bem como descobrir o que mudou no Exatame nte da mesma forma que "o Norte" descreve uma
mundo no século em que ficaram ausentes. área que incl ui uma quantidade de nações e govern os, existe
o Lago de Vapor. Bem ao sul e a leste da Costa da Espada, uma quantidade de termos co letivos para outras regiões
0 Lago de Vapor é mais precisamente um mar interno, e por toda Faeru n. Nem todos esses nomes são usados
suas águas são contaminadas pelas atividades vulcânicas na universalmente, e opin iões costumam variar sobre quais
região e não são boas para consumo. Ao redor do perímetro terras qua lifi ca m qua is grupos. Aqui são apresenta dos alguns
do lago há um conglomerado de cidades-estado e pequenos _ agrupament os regiona is atua lme nte recon hecidos:
baronatos que são representados pelos precários domínios
As Terras Frias: Dam ara, Narfell , Sossa l e Vaasa
conhecidos como Reinos Fronteiriços. Aqui, ao longo da orla
As Terras Centrais: Cormyr, o Mar da Lua, Sembia
sul do lago, exploradores e caçadores de tesouro esbanjam
e a Terra dos Va les
suas riquezas na construção de castelos, na fundação de As Terras da Intriga: Amn, Cal imshan e Tethyr, agrupamento
comunidades e na compra de vassalos leais somente a eles também con heci do como Impérios das Are ias
_ apenas para ver esses bons trabalhadores desaparecerem Os Antigos Impérios: Chessenta, Mu lhorand e Unther
em uma geração ou duas. Em alguns casos, um destes
reinos é afortunado o bastante para ser salvo de seu declínio
Chessenta. Um agrupamento de cidades-estado unidas por
inevitável por outro grupo de aventureiros de sucesso, que
uma cultura em comum e pela defesa mútua, Chessenta não
investem riquezas e sabedoria suficientes para manter o
é uma nação de verdade. Cada cidade ostenta seus próprios
empreendimento funcionando por mais algumas décadas.
heróis, idolatra seus próprios campeões gladiadores e passa
Luiren. Há muito tempo o lar de pequeninos e
tanto tempo insultando e competindo com as outras cidades
considerado como o local de origem de sua raça, Luiren
quanto o faria em qualquer outra atividade. A cidade de
s e perdeu durante a Praga Mágica devido a uma invasão
Luthcheq é dominada pela adoração da bizarra divindade
do mar. No século seguinte a este gigantesco desastre, as
conhecida como Entropia, enquanto Erebos é governada
águas recuaram e agora histórias contadas por viaj~ntes
pela última encarnação do dragão vermelho conhecido como
vindos do sul dizem que as comunidades de pequenmos
Tchazzar, o Imortal. Heptios abriga a maior biblioteca de
sobreviveram como redutos insulares.
Chessenta, um centro de aprendizado onde todos os nobres
Tethyr. Tethyr é um reino feudal regido pela Rainha
aspiram enviar seus filhos para serem tutorados. Essa cidade
Annah a partir da capital do reinos, Darromar. A rainha
é vista com desdém pelas pessoas de Akanax, cujo desprezo
comanda seus duques, que em troca recebem obediência
contínuo pelos "filósofos gordos" de Heptos é amplamente
dos condes e condessas do reino, apontam condestáveis
conhecido. Toerus recebe bem todos os visitantes, até
para os condados e, de modo geral, mantêm a ordem. As
mesmo aqueles vindos de terras que são menosprezadas ou
terras agrícolas de Tethyr são abundantes, e seus mercados
suspeitas, e moeda estrangeira pode comprar praticamente
fazem comércio livremente com as Terras Centrais
qualquer coisa lá. A cidade flutuante de Impulsar ainda paira
do Ocidente.
de alguma forma, sua ilha de terra flutuante permanecendo
Tethyr já viu durante sua história uma boa cota de intriga
intocada mesmo quando suas companheiras caíram quando
entre a nobreza e assassinato régio, e aventureiros que são
ocorreu a Separação.
nativos de Tethyr ou que estejam apenas passando por esta
Cormyr. Para a maioria das pessoas na região central de
terra são frequentemente envolvidos em tais tramas, seja como
Faerun, a noção de um reino humano está intrínsecamente
cúmplices involuntários ou como simples bodes expiatórios.
ligada à imagem de Cormyr. Um reino forte e reforçado por
T ERRAS A LESTE um exército leal (os Dragões Púrpura), com um regimento de
defensores mágicos e investigadores (os Magos de Guerra)
A leste ficam muitas das nações mais antigas dos Reinos,
e uma numerosa nobreza rica e influente, Cormyr está se
incluindo as Terras Centrais do Ocidente de Faerun - as
recuperando de uma guerra com Sembia e Netheril- um
civilizações localizadas no centro do continente e, portanto,
conflito que custou muito à nação, mas que ainda deixou o
muito mais aptas a levar vantagem nas rotas comerciais e
reino em pé e que, no fim, levou à destruição de Netheril. O
no acesso ao Mar das Estrelas Cadentes. Assim como no
orgulho dessa vitória permanece forte na consciência coletiva
Norte, há terras frias a leste, bem como regiões de clima
de Cormyr, mesmo quando a Rainha Raedra retirou os
mais temperado. À medida que se viaja para mais longe
planos de incluir permanentemente ao reino as aldeias que
da Costa da Espada, passa-se por terras estrangeiras
ficavam fora das fronteiras tradicionais de Cormyr.
não tão diferentes de lá, terras essas que podem existir
Os cormyreanos são muito orgulhosos de sua pátria e vão
em outros continentes ou mundos - e algumas delas
longe para protegê-la e honrá-la. Ainda assim, não há menos
realmente existem.
perigo dentro do Reino Florestal, seja ele vindo das intrigas,
Aglarond. A grande península de Aglarond adentra o Mar
do nobres traiçoeiros, dos monstros da Floresta Hullack ou
Interno, e esse corpo d'água e as florestas do Bosque Yuir
das Terras Rochosas, ou se alguma magia antiga escondida.
definem a maior parte das características da nação. Um
Cormyr é muitas coisas, mas tediosa não é uma delas.
reino de humanos vivendo em harmonia com seus vizinhos
elfos e meio-elfos, Aglarond tem sido um grande inimigo
lmpiltur. Com a elevação das águas do Mar das Estrelas
Cadentes, algumas das riquezas e influência de Impiltur
de Thay por séculos, em parte graças ao temperamento
estão retornando, levando a população a sussurrar que um rei
de sua governante anterior, a Simbul. A nação agora é
perdido da antiga linhagem ascenderá para reerguer Impiltur,
governada por um Conselho Simbarca, que já abriu mão
afastar suas aflições e levá-la a ser a grande nação de outrora.
das hostilidades declaradas contra Thay. Com a restauração
Impiltur é uma nação de humanos com redutos de anões
da Trama, as mudanças em andamento no cenário político
e pequeninos em meio à população. Havia antes uma longa
e as solicitações pela independência dos elfos que vivem
linhagem real que sentou-se ao trono e governou um reino
na nação, é difícil dizer que tipo de lugar Aglarond será no
unificado. Agora, um Grande Conselho senta-se ao redor de
período de uma geração, exceto que há potencial para que
uma mesa e luta para combater a presença de demônios e
grandes mudanças ocorram.
adoradores de demônios dentro das fronteiras da nação.

CAPÍT U LO 1 1 BEM-VIN D O AOS REINOS

II
 O Mar da Lua. O litoral do Mar da Lua há muito tempo é
o lar de cidades que cresceram rapidamente, dependendo
de um comércio vigoroso e na concentração de poderosos
mercenários sob seus estandartes, apenas para crescerem
demais e acabarem caindo - algumas vezes ruindo com o
tempo e outras tombando como pedras caindo do céu.
Agora que Netheril e Myth Drannor caíram, esses dois
grandes poderes não podem mais exercer influência sobre
o Mar da Lua, permitindo que a cidade de Longecerro
espalhasse sua presença e mirasse a expansão para o sul, '
e Mulmaster mais uma vez passasse a adorar Bane. Flan,
Aluvião Tesh, Thentia e Voolar - todas cidades do Mar da Lua
eram grandes poderes que disputavam por influência - agora
trabalham para encontrar suas próprias identidades antes que
um reino sem controle ou maligno os engula, um por um.
Esta região também é o lar das ruínas da Cidadela do Corvo
e do Forte Zhentil, antigas fortalezas dos Zhentarim, nos quais
a Rede Obscura demonstra algum interesse em restaurar.
Mulhorand. Desde que os Escolhidos dos deuses
11 começaram a surgir nos últimos anos, Mulhorand se tornou
11 uma terra transformada. Suas divindades se manifestaram
totalmente nas formas de alguns de seus descendentes e
11
rapidamente reuniram os mulan para derrubar os imaskari.
1 Auxiliados pelo poderoso mago Nezram, conhecido como
o Andarilho de Mundos, os mulhorandi derrubaram os
governantes da Alta Imaskar, que fugiram para as Planícies
da Poeira Púrpura ou para refúgios extraplanares.
Quando o levante terminou e os Escolhidos começaram a
desaparecer, os deuses de Mulhorand ficaram para governar
o povo, concentrando sua atenção em defender sua pátria
restaurada de modo a impedir que a guerra em Unther e
Tymanther chegasse às suas fronteiras. Pela primeira vez
em séculos, o povo de Mulhorand é livre, com os deuses
declarando desde que retornaram que a escravidão não deve
mais ser praticada entre os mulan.
Portão Ocidental. A sombria cidade de Portão Ocidental
não é um local romântico, mas alguém que esteja procurando
por emprego atrás de um serviço suspeito, ou procurando
contratar alguém para este mesmo tipo de serviço, encontrará
poucos locais em toda Faerun tão perfeitos quanto este.
Portão Ocidental é considerado por alguns faerunianos
como um presságio do eventual destino de locais como
Amn e Sembia, onde a moeda governa sobre tudo o mais.
Em Portão Ocidental, assim como em muitos lugares do
tipo, a concepção moral de alguém é menos importante do
que a sua atitude com relação ao suborno. A proximidade
da cidade com Cormyr faz dela um terreno fértil para os
inimigos daquela nação, incluindo as Facas Ígneas, uma
guilda de ladrões e assassinos que os ingênuos fingem
sequer saber que exista.
Rashemen. Uma terra fria e austera repleta de um povo
empedernido, Rashemen é uma nação tradicionalmente
implacável. Ela é governada por seu Lorde de Ferro, Mangan
Uruk, que é a voz do poder por trás do trono: a Wychlaran, a
sociedade de bruxas mascaradas que determinam o curso
de Rashemen. Estas bruxas possuem urp grande poder
vinculado à terra e a magia desta, e protegem o reino contra
feéricos malignos e espíritos vingativos. Um pequeno número
de conjuradores do sexo masculino, conhecidos como Os
Antigos, criam itens mágicos e tecem rituais arcanos para
as bruxas. As bruxas rashemi reverenciam a Tríade, um
triumvirato de deusas que eles chamam de Bhalla (a Mãe
Gruta), Khelliara (a Donzela da Floresta) e A Oculta. Ao longo
dos séculos, estudiosos de outras terras têm especulado que
essas deusas poderiam ser, respectivamente, outras faces de
Chauntea, Mielikki e Mystra.
CAPÍTULO 1 1
--------------------=:~
BEM - VINDO AOS REINOS
Os combatentes da nação são ferozes, estóicos e famosos
por sua força, vigor e teimosia em batalha. Rashemen é
um inimigo de longa data de Thay, e tem constantemente
frustrado as ambições dessa nação de governar Faerun.
Pouca coisa satisfaz mais um combatente rashemi do que ter
a oportunidade de derrubar um Mago Vermelho em batalha.
Sembia. Após um período em que Sembia ficou
subjugada a Netheril, a nação já está a meio caminho de se
tornar o poderio econômico que era anos antes. Embora as
relações tenham esfriado com os Vales e Cormyr devido os
eventos da recente guerra, os mercadores sembianos são
rápidos para negar os conflitos anteriores ao jogar a culpa
nos netherenses, e relembram seus antigos parceiros da
longa e lucrativa relação das quais desfrutavam antigamente
Para provar suas boas intenções, Sembia "permitiu"
que o Vale da Pena e o Vale da Borla recuperassem sua
independência, ainda que os investidores sembianos
tenham adquirido boa parte das terras do Vale da Pena nos
últimos setenta anos, quando a guerra chegou ao fim.
Antes mesmo de Netheril reivindicar Sembia como um
estado vassalo, o trabalho de mercenário e aventureiro
era um meio de vida bastante popular entre os sembianos
que não tinham famílias para sustentar. Agora, essas
empreitadas estão cada vez mais populares entre os
veteranos de guerra, que são melhores treinados do que
seus predecessores. Alguns dos antigos soldados de
Sembia que possuem menos escrúpulos voltaram-se para
a bandidagem, o que acaba oferecendo a outros sembianos
mais oportunidades de trabalho como guardas.
As Terras Frias. As nações de Damara, Narfell, Sossal
e Vaasa, conhecidas coletivamente pelos faerunianos em
geral como as Terras Frias ficam próximas da Grande
Geleira na região gélida e seca do nordeste do continente.
Poucas pessoas que não são dessa região têm algum
interesse sobre o que acontece por aqui, exceto por aqueles
que vivem nas terras imediatamente vizinhas, que temem
o retorno de maus antigos na região - embora não tenham
medo o suficiente para fazer mais do que enviar um grupo
ou dois de aventureiros até a região para investigar.
Em Damara, o usurpador Rei Yarin Mantogelado senta-se
no trono da dinastia Banedrago enquanto seu povo reclama
de sua tirania e da ameaça crescente dos demônios que
vagam pela nação. Em Narfell, cavaleiros e arqueiros
habilidosos caçam, atacam e aos poucos retomam sua
herança como a grande nação de magos que barganhava
com diabos. Os Cavaleiros Bruxos de Vaasa ameaçam
romper as fronteiras de sua nação e invadir Damara, o
Mar da Lua ou ambos, enquanto alguns de seus membros
observam com desconfiança o silêncio ameaçador do
Castelo Venturoso, talvez planejando outra excursão até
o local. A minúscula nação de Sossal faz comércio com
seus vizinhos, mas compartilha muito pouco de si com o
mundo lá fora.
As Terras da Horda. Anteriormente conhecida como os
Ermos Infindáveis, esta terra ganhou um novo nome entre
os faerunianos, dado após uma gigantesca horda Tuigana
ter ribombado pelo leste e cavalgado na direção de Faerun
mais de um século atrás. Após estes povos tribais terem sido
derrotados, alguns dos combatentes montados mais ferozes
que sobreviveram ao conflito acabaram por se reunir na
pequena nação de Ya1munnahar. Alguns outros se agarraram
aos velhos hábitos, especializando-se na espada e no arco
e cavalgando pelas estepes sobre seus cavalos de pernas
curtas. Comerciantes corajosos ainda atravessam o Caminho
Dourado, indo e vindo de Kara-Tur. Porém, são poucos aqueles
que retornam desta viagem, bem menos do que antigamente.
 As Terras dos Vales. Os humanos que chamam as Terras
dos Vales de lar não querem mais do que uma vida sem
os problemas que afligem as grandes nações. Eles sentem
grande orgulho se sua coexistência pacífica com os elfos de
Cormanthor, e em sua habilidade de permanecer
auto-suficientes e autônomos mesmo quando sua pátria
foi usada como campo de batalha por Cormyr, Netheril,
Sembia e Myth Drannor nos recentes conflitos que
se sucederam. O Vale da Pena e o Vale da Borla têm
reafirmado sua independência desde o fim da guerra, e
juntaram-se novamente ao Vale da Adaga, Vale da Batalha,
Vale da Cicatriz, Vale da Névoa, Vale das Sombras, Vale do
Arco, Vale do Rastelo e o Vale Profundo no Conselho dos
Vales. O Vale Alto fez o mesmo algum tempo depois.
O povo dos vales desconfiam de qualquer um que não
esteja disposto a se sacrificar pelo bem comum, mas
aqueles que trabalham bem - seja na defesa ou no trabalho
diário - são aceitos como iguais e ganham o direito de
compartilhar as recompensas de sua labuta.
Thay. Uma das maiores concentrações de poderio
mágico em Faerfin durante séculos, Thay é governada pelo
ancestral lich Szass Tam e pelo Conselho de Zulkires,
tornando-a uma magocracia impiedosa. A vontade
do conselho é exercida pelos tárquions e burocratas
regionais, deixando que os Magos Vermelhos no governo se
concentrem no estudo da magia e em assuntos arcanos de
maior importância.
Durante um tempo, magos viventes não tinham esperança
alguma de se tornarem notáveis em Thay: Szass Tam
promoveu a desmorte como um meio de existência com
ilimitadas possibilidades, e afastaram aqueles que não
concordaram com essa filosofia. Entretanto, as batalhas
recentes com o demônio Eltab têm levado Szass Tam a
afrouxar um pouco esta estrutura - agora, os vivos têm
alguma esperança de ascender dentro dos Magos Vermelhos,
mesmo que essa esperança seja meramente um avanço a um
posto mais elevado no quadro de servos de Szass Tam.
Thesk. Os resquícios de uma guerra secular com a
horda Tuigana permanecem por toda Thesk, marcando
as características dos seus habitantes atuais de diversas e
variadas formas, com destaque para os descendentes meio-
ores dos mercenários que lutaram naquele grande conflito.
Thesk é conhecida para muitos como o Portão para o
Leste, pois a nação é o terminal ocidental do Caminho
Dourado, que cruza as Terras da Horda e segue para Kara-
Tur. Como suas cidades são um tipo de encruzilhada entre
Faerfin e o leste, não é nenhuma surpresa que os theskianos
sejam um povo que não julga rapidamente estrangeiros
e que não desrespeitam os visitantes que demonstram
peculiaridades na fala e no comportamento. O povo de
Thesk comercia sem nenhuma dificuldade com quaisquer
povos, até mesmo com os ores e goblins que vivem ali perto
e que estejam dispostos a negociar com eles pacificamente.
Contudo, ele não são tolos e possuem pouca paciência com
humanoides violentos e invasores de qualquer tipo.
Turmish. Localizada na costa meridional do Mar das
Estrelas Cadentes, Turmish é uma nação de cidades
mercantis governadas por sua Assembleia Estelar, um
grupo de representantes de cada cidade que formam
uma democracia parlamentar. Após ter sua população
enormemente diminuída pela devastação que ocorreu
nesta região um século atrás, Turmish está atualmente
desfrutando de um renascimento de suas riquezas, já que
a elevação das águas do Mar Interno facilitaram o retorno
do comércio que havia sido perdido durante o cataclismo.
Turmish é o local de origem do Enclave Esmeralda, que
• J
A MOEDA NOS REINOS
Quase todo poder maior de FaerOn tem sua própria moeda:
moedas cunhadas dentro de suas fronteiras que representam
tanto sua influência quanto sua riqueza material. A maioria
das moedas de composição pura e de peso padronizado são
aceitas sob o mesmo valor em qualquer lugar do continente,
já que nem toda cidade-estado ou nação se preocupa em
cunhar todo tipo de moeda .
Algumas das mais comumente encontradas e amplamente
aceitas moedas dos Reinos são apresentadas aba ixo. Cada
agrupamento é arranjado em ordem de va lor: cobre, prata,
elektro, ouro e (quando disponível) platina. A maioria das
pessoas em FaerOn se refere às moedas por quaisquer
nomes que seu governo esteja adotando no momento,
independentemente da origem, com exceção do Forte Zhentil
- por alguma razão, todas as moedas do Forte Zhentil
possuem apelidos pejorativos associados a elas.
Amn: fander, taran, centauro, danter, roldon
Cormyr: polegar, falcão, olho azul, leão dourado, tricoroa
Sembia: centavo de aço (uma moedade ferro), gavião,
olho azul, nobre
Lua Argêntea: glampejo, escudo, espada, dragão, unicórnio
Águas Profundas: naco, lasca, sambar, dragão, sol
Forte Zhentil: presa ("peça de bosta"), garra/naal ("mordida
de pulga"), tarenth ("martelada") , glória ("lobo chorão"),
glória platinada ("gema metálica achatada")
Lua Argêntea também cunha duas moedas especiais: a
lua e a lua eclipsada. A lua é uma moeda de um a tonalidade
azul brilhante no formato de crescente, feita de elektro com
valor cotado de 2 unicórnios na própria Lua Argêntea e nos
povoados vizin hos, e 1 unicórnio em qualquer outro lugar.
A lua eclipsada estampa uma lua de elektro com uma borda
de prata escura completando o formato arredondado da
moeda. Ela vale 5 unicórnios na cidade, mas apenas
2 unicórnios em qualquer outro lugar.
Waterdeep (Águas Profundas) tem suas próprias moedas.
O taol é uma peça quadrada de latão, com valor de 2 dragões
na cidade - e sem valor algum para qualquer um que não
negocie com Waterdeep. A maioria dos comerciantes troca seus
taols por moedas comuns antes de viajar. A "lua do porto" é um
crescente do tamanho da palma de uma mão feita de platina e
detalhes em elektro, e va le 50 dragões na cidade e 30 dragões
em qualquer outro lugar. Seu nome vêm do uso comum que ela
têm na compra de grandes quantidades de carga. Tanto os taols
quanto as luas do porto são perfuradas para permitir que várias
moedas sejam amarradas em conjunto.
Baldur's Gate (Portão de Baldur) padronizou a cunhagem
de barras comerciais - lingotes de metal (normalmente de
prata) feitos em um tamanho e peso ace itáveis, usados em
no lu gar de enormes pilhas de moedas ou gemas, facilitando
transações maiores. A barra comercial mais comum é a de
2,5 quilos, com 15 centímetros de comprimento,
5 centímetros de largura e 2,5 centímetros de espessura,
no va lor de 25 PO.
CAPÍTULO 1 J BEM-VI NDO AOS REINOS
r3
)
orgulhosamente assumiu os créditos pelo renascimento
da agricultura turmishiana, pela interrupção das grandes
chuvas que afligiram a região há alguns anos, e pela
restauração do deus Lathander.
Tymanther. Em décadas passadas, a terra dos draconatos
reivindicou como seu parte do território do que foi a
desaparecida nação de Unther. Então, subitamente Unther
retornou a Faerun alguns anos atrás e imediatamente foi
à guerra contra Tymanther. Desde o ocorrido, o reino foi
reduzido a pequenas faixas territoriais ao longo da costa
do Mar Alamber e do Lago das Cinzas. Os draconatos que
recuaram para essas áreas não perderam nada de sua tradição
militar, e sua habilidade de proteger este pequeno território faz'
com que seja improvável que Unther faça novas tentativas de
invasão - principalmente porque a marinha untherita tem sido
incapaz de superar as feras que protegem os portos de Djerad
Kethendi e das águas próximas ao Alamber.
Alguns dos draconatos de Tymanther se espalharam por
Faerún e conquistaram a reputação de serem mercenários
competentes e são altamente requisitados.
Unther. Aprisionado em um outro mundo, o povo de
Unther sucumbiu à dominação de outros. Então, entre eles,
ergueu-se alguém que chamava a si mesmo de Gilgeam e que
os lembrou de quão grandes eles eram antes. Sob a liderança
desse deus reencarnado, o povo de Unther ascendeu
como um exército disposto a enfrentar seus mestres. Na
véspera de uma grande batalha, o povo de Unther estavam
miraculosamente de volta ao seu lar, e Gilgeam não perdeu
tempo e liderá-los contra os draconatos que ocupavam agora
seus lares ancestrais. Os untheritas conseguiram retomar
boa parte das terras que eles tinham antes ao mesmo tempo
em que devastavam os "lagartos sem deuses" aos quais
culpam pelo tempo que passaram oprimidos em Abeir.
Gilgeam não quer nada menos do que um retorno
completo de Unther à sua glória prévia. Obviamente que
alcançar este objetivo exigirá a destruição completa de
Tymanther, bem como uma eventual guerra com Mulhorand
será necessária para recuperar terras que foram perdidas
séculos atrás. Entretanto, como todo untherita bem sabe, o
grande Deus-Rei é paciente, pois ele é eterno.
KARA-TUR
No leste distante, para além das vastidões das Terras da
Horda, situam-se os impérios de Shou Lung, Kozakura, Wa
e as outras terras do enorme continente de Kara-Tur. Para
a maioria das pessoas de Faerún, Kara-Tur é como se fosse
um outro mundo, e as histórias contadas pelos viajantes que
foram até estas nações parecem confirmar isso. Os deuses
que os humanos adoram em Faerún são desconhecidos lá,
assim como povos comuns tais quais os gnomos e ores.
Outros dragões, nem os cromáticos e nem os metálicos,
habitam aquelas terras e voam naqueles céus. E os magos
de lá praticam formas de magia misteriosas até mesmo para
os arquimagos de Faerún.
As histórias que vêm de Kara-Tur falam de ouro e jade em
absurdas quantidades, temperos ricos, sedas e outros bens
raros ou desconhecidos nas terras ocidentais - bem como
contos de pessoas-espírito que mudam de forma, gigantes
com chifres e monstros que parecem vindos dos pesadelos
mais terríveis e que não existem em Faerún.
ZAKHARA
Bem ao sul de Faerún, para além de Calimshan e até mesmo
das selvas de Chult, ficam as Terras do Destino. Cercada por
águas repletas de piratas e corsários, Zakhara é um local
CAPÍTULO 1 1 BEM - VIND O AOS RE I NOS
bem menos hospitaleiro que a maioria, mas continua sendo
desbravada por viajantes que esperam lucrar com seus bens
exóticos e magia estranha. Exatamente como Kara-Tur,
Zakhara parece um mundo a parte para os faerúnianos.
Ela é vista como um imenso deserto pontilhado por cidades
resplandecentes como joias espalhadas pela areia. Inúmeros
contos românticos falam sobre ladinos empunhando
· cimitarras e voando tapetes mágicos e sobre gênios obrigados
a servir humanos. Os magos de lá, chamados sha'ir, praticam
a magia com o auxílio de gênios e, dizem, poderiam carregar
em seu sangue a linhagem desses seres elementais.
PARA ALÉM DO MAR DESCONHEC I DO
Bem para o oeste, passando até mesmo Encontro Eterno,
ficam as terras incógnitas e misteriosas para além do Mar
Desconhecido. Muitos exploradores visitaram tais terras
e alguns até mesmo conseguiram retornar, carregando
consigo contos que mudam de geração para geração e falam
sobre locais exóticos, de arquipélagos que são os locais de
incontáveis naufrágios, de destemidos combatentes que
se enfeitam com penas, e sobre vastos continentes que
aparecem subitamente onde nada - ou onde algo muito
diferente - existia apenas algumas estações antes.
0 TEMPO NOS REINOS
Embora existam vários meios de marcar os dias e a
passagem do tempo durante um ano, quase todos os povos
de Faerún adotaram o Calendário de Harptos. Até mesmo as
culturas e raças que não adotaram este método de marcação
do tempo estão cientes dele, o que significa que o calendário é
reconhecido por quase todas as raças, idiomas e culturas.
Um ano em Toril consiste de 365 dias. No Calendário
de Harptos, o ano é dividido em doze meses de trinta dias,
mais ou menos seguindo o ciclo de Selúne, a lua. Um mês
é composto de três dezêndias, também conhecidas como
cavalgadas. Cinco feriados anuais que caem entre os meses
completam os 365 dias do calendário. Uma vez a cada quatro
anos, o Calendário de Harptos inclui o Encontro dos Escudos
como um "dia bissexto" logo após o Festival de Verão.
Os dias individuais de uma dezêndia não possuem
nomes em especial. Em vez disso, eles são diferenciados
pela contagem desde o início do período ("primeiro
dia", "segundo dia" e assim por diante). Dias do mês são
designados por um número e o nome do mês, separados
pela preposição. Por exemplo, os sábios recordam de um
evento como tendo ocorrido em "1 de Mirtul" ou
"27 de Uktar" As pessoas também podem se referir a um
determinado dia pela relação que ele tem com a data atual
("duas dezêndias a partir de hoje") ou com o feriado mais
próximo ("três dias depois do Festival do Plantio").
DIAS ESPECIAIS DO CALENDÁRIO
Cada nação, fé e cultura por toda Faerún tem seus próprios
festivais e feriados, e a realização deles é governada pelos
ciclos do sol, da lua, das estrelas ou por algum outro evento.
Além disso, o Calendário de Harptos estabelece cinco
festivais anuais ligados à mudança das estações e um
festival quadrienal que é realizado em quase todas as terras,
com celebrações específicas que variam de acordo com as
tradições locais ou com as fés do povo.
Festival de Inverno. O primeiro dia de festival do ano é
conhecido comumente como Festival de Inverno, embora
alguns povos o chamem de outros nomes. Os nobres e
monarcas das Terras Centrais veem o Grande Festival do
Inverno como um dia para comemorar e renovar alianças.
Plebeus no Norte, no Mar da Lua e outros que vivem em
climas mais frios celebram o Dia do Fim do Inverno como a
marcação do meio da estação, com momentos difíceis ainda
pela frente , mas com os piores dias já tendo ficado para trás.
Festival do Plantio. Como o tradicional início da
primavera, o Festival do Plantio é celebrado pela exibição
de flores recém colhidas (cultivadas em estufas especiais
caso o clima não permita a colheita de flores tão cedo) que
são ofertadas aos deuses ou espalhadas pelos campos na
esperança de uma estação farta e vistosa.
Festival de Verão. O meio do verão é um dia de comer,
beber, noivar e desfrutar do sol neste momento de clima
agradável. Tempestades no noite do Festival de Verão
são vistas como maus presságios e sinais de má sorte, e
algumas vezes isso é interpretado como uma desaprovação
divina para com os romances e casamentos iniciados no dia
dos eventos.
Encontro dos Escudos. O grande feriado do Calendário
de Harptos, o Encontro dos Escudos ocorre uma vez a
cada quatro a nos, imediatamente depois do Festival do
Verão. É um dia de franqueza e de conselho público entre
governantes e s eus governados, para a renovação de pactos
e contratos e para a realização de tratados entre povos.
Muitos torneios e competições de habilidade são realizados
no Encontro dos Escudos, e a maioria das fés marcam o
fer iado com o fortalecimento de um de principais dogmas.
Nos Reinos, o próximo Encontro dos Escudos acontecerá
no ano de 1492 CV.
Festival da Colheita. Um dia de festejar e agradecer, o
Festival da Colheita marca a colheita do outono. A maioria
dos humanos dá graças a Chauntea neste dia por uma
dádiva abundante antes que o inverno se aproxime. Muitos
que ganham a vida viajando por estrada ou pelo mar dão
uma pausa de seus afazeres logo após o feri ado, antes que o
inverno chegue com força total e bloqueie as passagens nas
montanhas e os portos.
O Festival da Lua. Conforme as noites ficam mais
longas e os ventos do inverno começam a s e aproximar, o
Festival da Lua é o momento em que os povos celebram
seus ancestrais e aqueles que s e foram com honra. Durante
as celebrações deste dia, as pessoas se reúnem para
compartilhar contos e lendas, oferecer preces aos caídos e
se preparar para frio que está chegando.
C ONTAGEM DO TEMPO NO DIA A DIA
A maioria das pessoas não faz registro da hora do dia
além das noções básicas como "meio da manhã" ou "quase
pôr do sol". S e as pessoas planejam se encontrar em
um determinado horário, elas costumam combinar seus
compromissos fazendo uso de expressões.
O conceito de horas e minutos existe principalmente onde
pessoas abastadas usam relógios, mas relógios mecânicos
não estão normalmente disponíveis, e raramente dois
exemplares estão no mesmo tempo. Se um templo local ou
se um prédio público possui um relógio que marque com
um sino a passagem das horas, as pessoas s e,referem às
horas bomo "badaladas" e dizem "Me encontro com vossa
senhoria às s ete badaladas".
A MUDAN A :J;)AS ESTA ÕES
Os mundos de Abeire Toril se separaram entre 1487 CV e
1488 CV. Em alguns locais, esta mudança veio acompanhada
por um cataclismo, embora em outros locais a mudança
tenha vindo e sequer foi notada. Astrônomos e navegadores
que observavam as estrelas de perto não deixaram de notar
0 CALENDÁRIO DE HARPTOS
Mês Nome Nome Comum
Martelo Grand inverno
Feriado Anual: Festival de Inverno
2 Alturiak A Garra do Inverno
3 Ches A Garra dos Pôr do Sois
4 Tarsahk A Garra das Tempestades
Feriado Anual: Festival do Plantio
5 Mirtul O Derreter
6 Kythorn O Tempo das Flores
7 Flameru le Veronda
Feriado Anual: Festiva l de Verão
Feriado Quadrienal: Encontro dos Escudos
8 Eleasis Alto -So l
9 Elient O Cair
Feriado Anual: Feriado da Colheita
10 Marpenoth Desabrochar
11 Uktar O Apodrecer
Feriado Anual: O Festival da Lua
12 Noitar O Desvanecer
que houveram noites em que elas pareciam dependuradas no
céu. O inverno de 1487- 1488 durou muito mais que o norma l.
Foi então que percebeu-se que os solstícios e equinócios
tinham, de alguma forma, mudado. Isso começou quando
o equinócio de primavera caiu no Festival do Plantio de
1488 CV. As estações seguiram esse padrão, com cada uma
começando e encerrando tardiamente.
Essa mudança nas estações motivou alguns sábios e os
sacerdotes de Chauntea a considerarem mudar a marcação
de alguns dos festivais anuais, mas a maioria dos povos
aconselha ter paciência, pois acreditam que as estações
voltarão ao seu ciclo, como era antes, com o passar dos anos.
UMA BREVE HISTÓRIA
A história conhecida da região da Costa da Espada possui
milhares de anos, começando nas épocas nebulosas das
raças criadoras e passando pelas eras das primeiras nações
dos elfos e anões. A história comparativamente recente fala
sobre a ascenção e os feitos dos humanos e das outras raças
mais novas.
Muito do que se seguiu após esse eventos é conhecido
na sua totalidade pelos sábios, um ou outro destes estão
vivos a pelo menos alguns s éculos da história recente de
Faerun. As pessoas comuns por todo o continente têm
pouco conhecimento, e menos uso ainda, sobre eventos
que ocorreram em uma época muito distante do tempo
e do espaço. Porém as notícias correm, é claro, então as
pessoas que vivem em uma vilazinha em algum lugar da
Costa da Espada poderiam ficar sabendo de acontecimentos
ocorridos em terras distantes.
Os DIAS DE TR.ovÃo
Dezenas de milhares de anos atrás, impérios de povos
reptilianos, anfíbios e aviários - conhecidos em élfico
como os Iqua'Tel"Quessir, as raças criadoras - dominavam
o mundo. Eles construíram enormes cidades de pedra e
vidro, esculpiram caminhos através dos ermos, domaram
os grandes lagartos, trabalharam poderosas magias,
moldaram o mundo ao redor de si e guerrearam uns com os
outros. Aqueles foram os Dias de Trovão.
V \
A era das raças criadoras teve um fim súbito cerca de
trinta mil anos atrás. Talvez as guerras entre eles tenham
chegado a um terrível e inevitável ápic~ u talvez eles
I
tenham mexido com forças proibidas. Seja qual tenha
sido a razão, o mundo mudou e aqueles vastos impérios
desapareceram. Tudo o que restou deles foram ruínas e
algumas tribos espalhadas do povo-lagarto, batraquianos e
aarakocra, meros descendentes barbarizados daqueles que
certa vez haviam dominado o mundo.
Ü PRIMEIRO FLORESCER
Das ruínas dos Dias de Trovão ergueram-se as primeiras
nações do Povo Orgulhoso - os elfos e anões - na região.
Os elfos fundaram as nações de Aryvandaar, Ardeep e
Illythiir. Eles estabeleceram Illefarn ao longo da Costa da
Espada, desde a Espinha do Mundo Até o Rio Delimbiyr -
sua capital, Aelinthaldaar, fica sob as sombras do que hoje
é o Monte Águas Profundas. Os elfos silvestres e os elfos
lunares fundaram o reino de Earlann no Vale Delimbiyr e na
Floresta Alta, e separatistas de Aryvandaar estabeleceram
Miyeritar nas terras onde hoje fica o Charco Elevado e a
Floresta das Brumas.
Os clãs de anões unidos como a nação de Delzoun,
nomeada assim em homenagem ao fundador de sua forja,
junto com as fortalezas anãs construídas em locais que iam
das Montanhas de Gelo até as Montanhas Inferiores e o Mar
Estreito, e os povoados e salões a oeste das Escarpas e das
Montanhas da Espada.
O Povo Orgulhoso constantemente defendia suas pátrias
de invasões de hordas de ores que desciam das montanhas
da Espinha do Mundo e avançavam em direção ao sul para
atacar e pilhar.
A PRIMEIRA SEPARAÇÃO
Milhares de anos após a ascensão das grandes nações
élficas, centenas de altos elfos magos se uniram para
conjurar uma magia desenvolvida para criar uma gloriosa
pátria para a sua raça. A magia em si foi bem-sucedida, mas
ela ondulou o contínuo temporal para frente e para trás,
e a terra se rasgou, alterando drasticamente a superfície
do mundo. O maior continente deste novo mundo é agora
o que conhecemos por FaerO.n. Bem distante das praias
do ocidente elevou-se do mar a ilha de Encontro Eterno,
considerada uma parte de Arvandor, o lar dos deuses élficos
que fica no plano de Arbórea, formando uma ponte entre os
dois mundos.
As GUERRAS DA COROA
Cerca de treze mil anos atrás, uma guerra irrompeu entre
as nações élficas de Aryvandaar e Miyeritar, dando início
a uma série de conflitos conhecidos com as Guerras da
Coroa. Com uma duração de três milênios, estes conflitos
culminaram com o Desastre Sombrio, no qual terríveis
tempestades engoliram Miyeritar e a transformaram em
uma terra devastada em um tempo equivalente a uma
estação. O que ficou para trás é o que ho}e se conhece como
Charco Elevado. Os altos magos de Aryvandaar foram
culpados pela destruição, embora jamais nenhuma prova
tenha sido apresentada.
Os vingativos elfos obscuros de Ilythiir acabaram se
corrompendo diante de poderes corruptos e demoníacos e
lançaram-se contra Aryvandaar. Nos séculos de destruição
que se seguiram, os sacerdotes e altos magos élficos
suplicaram fervorosamente a Corellon Larethian e aos
outros deuses do panteão élfico em busca de salvação.
CAPÍTUL O 1 1
-------~---.;._------~.: :·.
BEM - VIN DO AO S REIN OS
Ü D ECLÍNIO DOS DROW
Corellon acabou intercedendo nas Guerras da Coroa e
amaldiçoou os elfos obscuros de modo que eles jamais
poderiam viver confortavelmente sob o brilho da luz do
sol. Agora, encontrando-se dolorosamente afetados pela
exposição à luz do dia - em um período de cerca de dois
_m eses - eles recuaram para as terras escuras do Mundo
Abaixo, até a Umbreterna. Eles abandonaram toda e
qualquer lealdade que tinham para com as divindades
élficas que os traíram e os baniram, voltando-se para Lolth,
a Rainha Demoníaca das Aranhas, adotando-a como sua
patrona. Logo, diversas guerrar começaram entre os drow e
as cidades subterrâneas dos anões.
A ERA DA HUMANIDADE
Pelo milênio que se seguiu após o fim das Guerras da Coroa,
os humanos começaram a se espalhar e se estabelecer por
toda FaerO.n conforme as nações élficas e anãs pararam
de crescer e começaram o seu longo e lento declínio. Nas
profundezas da Umbreterna, os drow lutavam suas guerras
para sobreviver e conquistar território em seu novo domínio.
A ASCENSÃO E QUEDA DE NETHERIL
Há mais de cinco mil anos, um grupo de vilarejos de pesca
humanos, localizados no litoral do Mar Estreito, juntaram-se
sob o governo do rei-xamã chamado Nether. Essa união
passou a ser conhecida e deu origem ao império de Netheril.
Os netherienses aprenderam o uso da magia com os elfos
Eaerlanni e tornaram-se magos de renome. Séculos depois,
eles descobriram os textos arcanos conhecidos como
Pergaminhos Nether nas ruínas de Aryvandaar e acabaram
abandonando as práticas arcanas dos Eaerlanni e passaram
a buscar poderes mágicos ainda maiores.
Netheril cresceu para se tornar uma nação invencível na
magia e nas maravilhas, dominando boa parte do Norte
durante três mil anos. Então, o arcanista netheriense
chamado Karsus, enlouquecido pelo poder, tentou usurpar
o papel que pertencia à deusa da magia. Na tentativa, a
ruptura na trama da magia enviou as cidades flutuantes de
Netheril ao chão, destruindo uma enorme quantidade de
outras proteções mágicas e encantamentos, o que levou ao
fim daquele grandioso império.
As GRANDES CIDADES
Nas décadas e séculos que se seguiram ao colapso de
Netheril, muitas cidades da Costa da Espada e do Norte,
como Illusk e a Cidadela Sundbarr abraçaram os refugiados
do império caído, e novos povoados surgiram inteira ou
predominantemente dos sobreviventes humanos de Netheril
e dos descendentes deles, que se estabeleceram por todo o
Norte e pelas Terras Centrais do Ocidente.
Quase mil e quinhentos anos atrás, os colonos humanos
das Terras dos Vales e os elfos de Cormanthor juraram
aliança em um acordo conhecido como o Pacto dos Vales.
Um monumento chamado de Pedra do Acordo foi erguido
para marcar a ocasião, e o início do Cômputo dos Vales (CV)
foi decretado, começando com o ano 1 CV. Este método
de contagem dos anos na história de Toril espalhou-se
por toda FaerO.n e é comumente reconhecida (se não
universalmente aceita). .
A cidade de Neverwinter (Nevenunca)- chamada de
Eigersstor quando ainda era um mero povoado - foi
fundada em 87 CV. Nas margens do Rio Raurin, a humilde
comunidade de Vau Lua Argêntea veio a ser fundada em
384 CV, e menos de dois séculos depois havia crescido e
tornado-se a cidade de Lua Argêntea.
 Em 882 CV, uma vila e posto comercial no litoral de uma
baía sob as sombras de uma grande montanha foi chamada
de Forte de Nimoar após um chefe Uthgardt ter reivindicado a
posse da área e a fortificado. O lugar passou a,ser conhecido
pelos capitães dos navios como "Waterdeep (Aguas
Profundas)", um nome que substituiu o original no período
de algumas gerações. Em 1032 CV, Ahgharion, herdeiro das
artes de Netheril, salvou a cidade de si mesma ao destronar o
líder militar e pretenso imperador de Waterdeep, um homem
chamado Raurlor. Ahgharion declarou que a sabedoria e não
a força das armas iria governar a cidade dali por diante, e
criou os Lordes de Waterdeep.
Essas e outras nações e grandes cidades-estado surgiram
e adquiriram destaque por toda a Costa da Espada,
formando uma corrente ao longo do Caminho do Comércio,
desde Illusk no extremo norte até Baldur's Gate (Portão
de Baldur) ao sul, perto das fronteiras com Amn. Assim
como seus predecessores, os elfos e anões, eles lutaram
para afastar constantes ataques de humanoides selvagens,
incluindo hordas de ores vindos da Espinha do Mundo.
Waterdeep (Águas Profundas), orientada pelos misteriosos
Lordes , tornou-se um poder em ascensão, enquanto a antiga
Illusk caiu perante ores durante décadas de ataques, até
que acabou sendo reconquistada e a cidade de Luskan foi
construída sobre suas ruínas.
A ERA ATUAL
Os quatro séculos e meio que se seguiram ao
estabelecimento dos Lordes de Waterdeep foram tempos
conturbados para a Costa da Espada e para o restante do
mundo. Durante esse período, a civilização lutou contra
forças selvagens do caos, e a vida tentou se perseverar diante
dos agentes da morte e do conflito, por vezes em locais onde
até mesmo os deuses foram isentos da destruição.
Os últimos cento e cinquenta anos vivenciaram um dos
mais cataclísmicos períodos da história de Faerfin. Em
não menos do que três ocasiões, Toril foi abalada até o
seu âmago por forças que repetidamente reescreveram os
ditames da realidade.
Ü TEM PO DAS PERTURBAÇÕES
Em 1358 CV, os deuses foram lançados de seus domínios
extraplanares e tiveram que vagar pela terra incarnado como
meros mortais. Na busca para recuperar sua divindade
perdida, eles guerrearam entre si. A magia tornou-se
imprevisível, e as preces dos fiéis não foram atendidas. Alguns
dos deuses tornados mortais foram mortos no processo,
enquanto alguns mortais ascenderam à divindade, assumindo
as responsabilidades dos deuses que haviam perecido.
o RETORNO DE NETHERIL
Em 1374 CV, o Império de Netheril ergueu-se novamente
quando as cidades flutuantes de Thultanthar, comumente
conhecida como Obscura, retornou quase dois mil anos
depois de sua excursão pelo Sombra!, pairando sobre o
deserto Anauroch. Os nobres da cidade, tocados pelas
sombras, quase que imediatamente começar;m a sair
em busca das antigas ruínas e artefatos netherienses, na
tentativa de restaurar seu antigo grande império.
A PRAGA MÁGICA
Em 1385 CV, o deus Cyric ascendeu e, auxiliado por Shar,
matou Mystra, a deusa da magia no domínio em que ela
vivia, Aurâmago. Este ato despedaçou o tecido da magia no
mundo, liberando seu poder bruto de forma catastrófica em
um evento que foi chamado de Praga Mágica. Milhares de
. ...
praticantes da Arte foram levados à loucura ou morreram,
enquanto a superfície de Faerfin foi reformulada por ondas e
véus de fogo azul místico. Nações inteiras foram deslocadas
ou trocadas com reinos de outros mundos, e partes da terra
soltaram-se e passaram a flutuar.
A SEGUNDA SEPARAÇÃO
Um século após a Praga Mágica, as terras e povos de
Faerfin começando a se acostumar com o estado das coisas
- justamente quando tudo mudou mais uma vez.
A primeira indicação de um de uma nova mudança drástica
surgiu em 1482 CV, quando Bhaal, o deus do assassinato que
há muitos anos estava morto, foi renascido em Baldur's Gate
(Portão de Baldur) em meio ao caos e ao derramamento de
sangue, deixando dois duques da cidade e muitos cidadãos
mortos. O retorno de Bhaal e sua aparente reivindicação do
domínio do assassinato que estava com Cyric levaram alguns
estudiosos e sábios a acreditar que as regras que todas as
divindades deveriam respeitar estavam mudando.
Em 1484 CV, estranhas calamidades começaram a
ocorrer por toda Faerfin. Um terremoto atingiu Iriaebor.
Uma praga de gafanhotos afligiu Amn. Estiagens assolaram
as terras do sul, conforme os mares recuavam em alguns
lugares. Entre todo este tumulto, o conflito irrompeu em
muitas regiões do continente. Os ores dos Muitas-Flechas
guerrearam contra as fortalezas dos anões e seus aliados no
Norte. Sembia invadiu as Terras dos Vales, e Cormyr juntou
um exército para correr em auxílio ao Povo dos Vales.
Netheril levou forças até as fronteiras de Cormyr, e a própria
Cormyr foi atraída para uma guerra em duas frentes.
Durante todo este período, começaram a se espalhar
histórias sobre indivíduos que haviam sido tocados pelos
deuses e possuíam estranhos poderes. Alguns desses
chamados Escolhidos foram o estopim dos conflitos
que assolaram as terras. Alguns pareciam guiados por
propósitos divinos, enquanto outros alegavam se sentirem
confusos pelo fato de terem sido escolhidos.
Em 1485 CV, no Vale do Vento Gélido, a Escolhida de Auril
fomentou uma guerra contra Dez-Burgos e foi derrotada.
No deserto de Anauroch, vendo que as forçar netherienses
enfraqueceram, o povo Bedine que há tempos estava sendo
subjugado, se rebelou. Após derrotar ou sitiar as fortalezas
dos anões do Norte, os ores marcharam em direção a
Lua Argêntea. Em Cormyr e Sembia, os netherienses e
os cormyreanos negociavam território enquanto a Terra
dos Vales tornou-se uma zona de guerra. Como se para
compensar a seca que ocorria no sul, no outono de 1485 CV a
Grande Chuva começou a cair por toda a extensão do
Mar das Estrelas Cadentes e continuou sem parar.
Enquanto as águas se elevavam no leste no começo de 1486
CV, a maré virou para os ores no Norte, e até o final daquele
ano o exército deles estava fragmentado e espalhado. Também
durante aquele ano, os elfos de Myth Drannor correram em
auxílio à Terra dos Vales e ajudaram a expulsar as forças
sembianas. Na Costa da Espada, a Torre das Hostes Arcanas
ascendeu novamente em Luskan, junto com a Irmandade
Arcana. Nas cidades de Waterdeep (Águas Profundas) e
Neverwinter (Nevenunca), fizeram-se várias tentativas de
livrá-las de entulhos acumulados por séculos de negligência.
Cormyr expulsou as últimas forças sembianas e netherienses
da nação, reivindicando territórios e reconvocando suas forças
para dentro das fronteiras de modo a iniciar uma reconstrução.
Ao fim de 1486 CV, o Dilúvio finalmente cessou, mas isso
não significou o fim do caos. O Mar das Estrelas Cadentes
havia aumentado, engolindo grandes faixas de terra sob
suas ondas.
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
 No começo de 1487 CV, terremotos e erupções vulcânicas
ocorreram durante meses, como se o mundo todo estivesse
entrando em convulsão. Espalharam-se rumores de que as
fendas abertas pela Praga Mágica subitamente começaram
a desaparecer, enquanto outras histórias diziam que lugares
conhecidos começaram a se distanciar uns dos outros,
como se o mundo estivesse silenciosamente acrescentando
quilômetros de ermos na distância entre eles. O mundo
começou a se esparramar para receber locais e povos
dos quais não se ouvia falar desde os ocorridos da Praga
Mágica. Começou a ficar aparente que alguns dos terríveis
efeitos daquela época passaram a se reverter. Durante todo
aquele ano, navios alegando vir de Encontro Eterno, Lantan
e Nimbral - nações que se pensava estarem desaparecidas
ou destruídas - atracaram nos portos da Costa da Espada
e no Sul Brilhante. Contos sobre os lendários dirigíveis de
Halruaa sendo vistos nos céus do sul, corriam de boca em
boca. Não mais preocupada com Cormyr, Netheril atacou
Myth Drannor ao fazer a Cidade de Obscura sobrevoar o
local. Em uma disputa pelo controle do mythal de Myth
Drannor e e da própria Trama, a capital flutuante de
Netheril foi colocada abaixo sobre Myth Drannor, o que
resultou na destruição cataclísmica de ambas.
Conforme se aproximou o final daquele ano, houve noites
em que os céus pareciam estar imóveis. Em maior parte de
Faerun, o inverno de 1487 CV e 1488 CV durou muito mais
tempo que qualquer registro já havia indicado. Os solstícios
e equinócios, de alguma forma, haviam se deslocado. Mais
tarde, as estações começaram a fazer o mesmo, com cada
uma começando e terminando mais tardiamente do que o
esperado. Preces aos deuses em busca de conhecimento e
misericórdia pareciam sequer serem reconhecidos, exceto
pela presença de seus Escolhidos.
Embora os ores tivessem sido derrotados no Norte, a Liga
das Fronteiras Prateadas foi desfeita em 1488 CV, assim
que antigos aliados começaram a se culpar mutuamente
pelas falhas ocorridas durante a guerra. Sembia dividiu-se
em cidades-estado separadas, aliadas apenas nominalmente
umas às outras. Embora um punhado de povoados tenha
sobrevivido, o Império Netheriense não existia mais. O
restante das forças netherienses lutou contra os Bedine pelo
controle do Pináculo Evocativo, considerado uma tumba
dos phaerimm, inimigos ancestrais de Netheril. A batalha
despertou algo que era um coletivo dessas criaturas, e elas
usaram os poderes do pináculo capazes de drenar a vida e
poderes mágicos de tudo o que havia nas terras abaixo.
Em 1489 CV, muitas das guerras que haviam se iniciado
durante a Separação chegaram a um desfecho. Outros
conflitos se iniciaram, e poderosas ameaças ainda ofereciam
grande ameaça ao mundo, mas as divindades pararam de
interferir com o mundo através de seus Escolhidos. Os
deuses não estavam mais em silêncio, mas ainda estavam
quietos, e em muitos locais sacerdócios surgiram para
interpretar os sutis sinais deixados pelos deuses.
O mundo hoje parece um local cheio de novas terras e
oportunidades, onde aqueles que ousam peidem deixar a
sua marca. Estudantes da história e os elfos e anões que se
lembram do passado que os humanos de vida tão curta veem
apenas como algo distante, percebem um mundo muito mais
parecido com o que existia a mais de um século. Para a maioria
das pessoas, estranhos contos sobre pessoas empoderadas
pelos deuses e sobre terras distantes ressurgidas no mundo
são apenas assunto de conversas à beira de uma fogueira. As
preocupações diárias e os perigos e oportunidades que ficam
logo do lado de fora de suas portas é a prioridade, e muito de
ambos existe na Costa da Espada e no Norte.
' ,\
18
-------....,~-------e
CAPÍTULO 1 [ BEM-VINDO AOS REINOS
A MAGIA NOS REINOS
Desde o mais simples dos truques até os mais poderosos
efeitos da Alta Magia, desde as bençãos da misericordiosa
cura até ressucitação dos mais poderoso heróis das
garras da morte, a magia permeia os Reinos. Qualquer
entendimento sobre magia começa e termina com a
-compreensão da Trama.
A TRAMA
A Trama é um elemento essencial do universo, correndo
através de tudo por meio de fios invisíveis. Algumas criaturas,
objetos e locais possuem profundos e intrínsecos laços com
a Trama e podem realizar feitos extraordinários que surgem
naturalmente a partir deles próprios (a capacidade de voo
de um observador, o olhar hipnotizante de um vampiro, a
arma de sopro de um dragão e coisas do tipo). Criaturas com
o talento e perícia necessários também podem manipular a
Trama para realizar magia através da conjuração.
A Trama não é visível ou detectável, mesmo através do uso
de magias. Detectar magia não permite que você perceba a
Trama, só para exemplificar. A Trama não é mágica, mais
precisamente dizendo, tampouco um agrupamento de fios é
um tecido ou traje; ela é o material bruto a partir do qual a
tapeçaria da magia é tecida.
Sob dois critérios, tanto o metafórico quanto o real, a deusa
Mystra é a Trama. Ela é a protetora e a feitora, mas todas as
três vezes que a deusa da magia morreu ou foi desvinculada
de sua divindade (em duas ocasiões como Mystra e uma
vez como sua predecessora, Mystryl), a magia foi distorcida
ou falhou por completo. Com a última morte de Mystra e o
advento da Praga Mágica, pensou-se que a Trama havia sido
destruída, e o termo acabou perdendo significado. Desde o
fim da mais recente Separação, tanto Mystra quanto a Trama
retornaram para ocupar os papéis que sempre tiveram, e
as magias e itens mágicos estão mais confiáveis do que se
apresentavam durante o período da Praga Mágica.
PODERES SOBRENATURA IS E PSIÔN I CO S
As habilidades mágicas inatas de certas criaturas, os poderes
sobrenaturais adquiridos por pessoas como os monges e
as habilidades psiônicas são semelhantes no sentido que
quem as usa não manipula a Trama da mesma maneira
que os conjuradores costumam fazer. O estado mental de
quem faz esse uso é de vital importância: monges e alguns
psiônicos treinam bastante e por muito tempo para manter o
mesmo estado de espírito, enquanto criaturas com poderes
sobrenaturais tem tal mentalidade como parte de sua própria
natureza. O modo como tais habilidades estão relacionadas à
Trama continua sendo assunto de debates; muitos estudantes
do arcanismo acreditam que o uso da tão mencionada Arte
Invisível é um aspecto do talento mágico que não pode ser
estudado ou ensinado por completo.
ITENS MÁGICOS
Enquanto um efeito mágico é criado a partir da manipulação
dos fios da Trama, a criação de um item mágico liga alguns
desses fios uns aos outros de uma maneira determinada e
específica, de modo a produzir o efeito desejado enquanto
tal item durar. A Trama fornece de forma imediata a energia
disponível para magias e também permite que aqueles
que conhecem o ofício da criação do item controlem essa
energia e insiram no objeto até que ele seja utilizado por
quem o veste ou empunha (que, obviamente, não precisa ser
necessariamente um conjurador).
 Em alguns casos, a magia de um item deve ser
vinculada a quem o está usando, algo representado por um
entrelaçamento dos fios da Trama entre o usuário e o objeto
conhecido como sintonização. Assim como todas as coisas
relacionadas à magia, o número de itens aos quais um único
ser pode se sintonizar é limitado, mas os benefícios de tal
relação podem ser consideráveis.
MYTHALS
Mythals são alguns dos mais poderosos tipo de magia no
mundo de Toril, constructos que aprisionam e moldam
a Trama em um determinado local, algumas vezes tão
poderosos que as regras da magia e até mesmo a realidade
podem ser dobradas ou reescritas.
Um mythal é um campo permanente de proteções
mágicas e efeitos se sobrepondo, ligados a um local
específico. Em seu uso original, este termo era aplicado aos
trabalhos com Alta Magia que protegiam as antigas cidades
élficas. Desde então, ele foi expandido para cobrir todos os
tipos de proteção semelhantes, desde as imensas cidades
flutuantes da caída Netheril, passando pelas proteções de
Lua Argêntea, até os pequenos - mas nem por isso menos
efetivos - trabalhos em magia que mantém protegidos
locais importantes como o Candlekeep (Forte da Vela).
Até mesmo as proteções e efeitos de múltiplas camadas da
S ubmontanha, abaixo de Waterdeep (Águas Profundas),
são consideradas um mythal por alguns.
A maioria dos mythals são de natureza defensiva, criados
para restringir os tipos de magia que são usados na área
onde estão, e a maioria das restrições mais comuns estão
associadas às magias de teleporte e invocação. O mythal de
Evereska influencia o clima da área e protege os habitantes
locais contra doenças, enquanto o mythal da submarina Myth
Nantar torna as água! no local respiráveis e mais confortáveis
para criaturas não adaptadas à vida subaquática.
De muitas maneiras, um mythal é menos uma magia ou
um item mágico e mais uma criação viva da magia, capaz
de crescer em força ou fraqueza , absorver dano ou morrer.
Mythals algumas vezes também são capazes de se curar,
como fez o mythal de Lua Argêntea, desabrochando da
Pontelua, acompanhando o retorno mais recente de Mystra.
Cada mythal ativo possui um ou mais seres sintonizados
aos seus efeitos, que podem ignorar quaisquer restrições
de conjuração, pode direcionar efeitos capazes de serem
mirados a partir do mythal e podem ensinar outros que
possuam as habilidades necessárias sobre como acessar
os seus segredos.
Exceto pelas cidades como Lua Argêntea e Evereska,
é mais provável que aventureiros encontrem mythals
danificados e decadentes nos locais de ruínas onde a magia
já exerceu grande influência. Embora uma magia identificar
possa revelar alguns dos efeitos mais simples de um mythal,
restrições ativas sobre conjurações podem ser descobertas
apenas através da tentativa (e erro) de se conjurar uma magia
proibida. Um conjurador poderoso poderia descobrir como
acessar ou reparar um mythal sem qualquer a;,sistência,
mas tal recurso é algo lendário e raramente é tentado por, até
mesmo, a maioria dos magos renomados. Qualquer cidade
élfica com Myth em seu título (como Myth Drannor, Myth
Glaurach, Myth Nantar e outras) possuem, ou possuíam, um
mythal que a protegia. As ruínas de tais locais certamente
possuem efeitos imprevisíveis relacionados aos seus mythais,
estejam eles danificados ou destruídos.
A MACIA AFETADA PELA TRAMA
Certas magias permitem que os conjuradores percebam ou
manipulem os efeitos da Trama de maneiras particulares.
A Tram a em si também possui irregularidades que afetam
as magias.
Detectar Magia. Detectar magia revela os fios da Tram a
entrelaçados através da conjuração, ou os "nós" da Tram a em
. um item mágico. O item mágico aparece enredado em fios de
um a cor azul prateada da Trama, e a maneira como esses fios
estão arranjados revela o tipo de magia usado (necromancia,
abjuração, e assim por diante). Da mesma forma , magias
ativas e áreas carregadas de magia são representadas
por uma rede de fios prateados, que podem retorcer-se e
enredarem-se dependendo da magia envolvida.
Dissipar Magia. Di ssipar magia desata e prematuramente
encerra a magia, desmanchando qualqu er construção criada
pela Trama.
Antimagia. Efeitos anti magia podem dissipar magias
existentes e desenred ar qu alquer tecido mágico da Tram a.
Efeitos permanentes, como aqueles dos itens mágicos, são
normalmente suprimidos por anti magia: enquanto o efeito
esteja em uma área de ant imagia, a construção da Trama se
desenrola, mas os fios voltam para o lu gar uma vez que a
magia esteja fora dessa área.
Magia Morta. Nas raras áreas de magia morta, a Trama está
ausente. Não somente magias e itens mágicos param de fun-
cionar, mas até mesmo habilidades sobrenaturais das criaturas
que são inatamente ligadas a Trama podem falhar assim que
os nós da Trama que eles carregam consigo são desfeitos.
Magia Selvagem. Em uma área de magia selvagem, a Trama
torn a-se "emaranhada", formando espontaneamente suas
próprias construções e magias resultantes. El a também tende
a distorcer as construções da Trama criadas pela conjuração,
criando resultados inesperados.
A RELIGIÃO NOS REINOS
Embora os magos operem maravilhas com sua Arte e
aventureiros tenham tenham controle do seu destino nas
próprias mãos, é nos deuses que a maioria das pessoas
em Forgotten Realms confiam quando em momentos de
necessidade. Os deuses cumprem um papel nas vidas de
quase todo mundo, do mais poderoso e influente lorde a até
a mais da insignificante criança de rua.
As mais variadas raças de Toril adoram seus respectivos
panteões, que permanecem aproximadamente os mesmos
de região para região, com culturas e sociedades diferentes
dando preferência para alguma divindade mais do que
para outras. Embora existam algumas excessões - os
deuses de Mulhorand, por exemplo - todos os deuses são
reverenciados por toda a Faerun.
FORMASDEADORAQÃO
- ----------
Um a pessoa comum adora diferentes deuses em diferentes
contextos. A maioria das vocações possuem uma divindade
patrona: agricultores fazem oferendas a Chauntea em busca
da prosperidade de suas plantações, escribas afiam suas
penas com uma prece a Deneir, enquanto comerciantes
devotos lembram-se de separar algumas moedas para
ofertar a Waukeen ao final de um dia de trabalho. A maioria
das pessoas adora uma divindade associada ao seu meio
de vida, à família ou ao lar, enquanto outras sentem-se
conectadas à um determinado deus por diversas outras
razões. Indivíduos normalmente carregam ou vestem
pequenos símbolos que representam sua divindade
preferida: um pingente ou um broche com a imagem do
símbolo sagrado do deus ou alguma recordação pessoal.
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
AY
 Além disso, as pessoas costumam venerar deuses com
base em suas necessidades e circunstâncias: um agricultor
cuja divindade favorita é Chauntea faria uma prece a
Amaunator por alguns dias de céu límpido e sol, e um
nobre águaprofundense que normalmente adora Deneir
agradeceria a Surre após uma festa de apresentação de seu
filho à sociedade. Até mesmo sacerdotes de um determinado
deus reconhece os papéis que outras divindades exercem no
mundo e em suas vidas.
No geral, adoradores enxergam suas relações com os
deuses como práticas e recíprocas: eles oram e fazem
oferendas porque é o modo como alguém invoca as bençãos
dos deuses e retornam o favor para aplacar a ira deles.
Estas preces e outros atos de devoção são normalmente
feitos em silêncio no altar na casa de uma família ou em
uma comunidade, ou por vezes em um templo dedicado a
uma divindade, quando um adorador sente a necessidade de
"bater às portas do deus" pedindo por alguma atenção.
Formas de adoração são frequentemente atos de
veneração: agradecer por um favor concedido, fazer
solicitações por bençãos futuras e oferecer louvor pelas
intervenções favoráveis, sejam elas grandes ou pequenas.
Como a maioria das pessoas em Faeríln não quer atrair
a ira dos deuses cruéis ou ferozes, suplicar a eles para
aplacá-los e manter a paz também é um ato de adoração.
Um caçador ou agricultor pode fazer oferendas a Malar
na esperança de manter predadores afastados, e um
marinheiro pode rezar a Umberlee para que ela contenha
sua fúria enquanto durar a viagem.
DEUSES Novos E ESTRANGEIROS
O panteão faerílniano não é o único conhecido em Toril.
Raças não-humanas honram seus próprios deuses, por
exemplo, e os povos de terras distantes são conhecidas
por adorar deuses totalmente diferentes. Ocasionalmente,
estrangeiros trazem a adoração de tais deuses para Faeríln.
Além disso, em raras ocasiões um novo deus vem a existir,
talvez um mortal que se elevou à divindade ou uma divindade
cuja chegada foi prenunciada por profetas e líderes de novas
religiões. Em locais cosmopolitas como Waterdeep (Águas
Profundas) e Calimshan, pequenos santuários e templos a
deuses estranhos surgem de tempos em tempos.
A adoração crescente de uma divindade nova raramente
é uma preocupação para os outros deuses do panteão
faerílniano e para as pessoas que reverenciam tais deuses,
exceto quando a preocupação direta daqueles que recém
chegaram à região compete com aquela da divindade já
estabelecida. Os métodos para resolver tais conflitos vão
desde festivais de duelos ou ritos amigáveis, designados a
enfatizar a glória de um deus sobre o outro, até campanhas
completas de derramamento de sangue em nome da religião.
Ao longo de gerações, um novo deus poderia se tornar
um membro definitivo de um panteão. De fato, alguns
i
estudiosos dizem que Faeríln possui muitos deuses
11 "imigrantes", que se uniram ao panteão há tanto tempo que
suas origens estrangeiras foram perdida,s na antiguidade.
DEUSES MORTOS E RESSUCITADOS
Repetidas vezes, os sinos da manhã soaram em homenagem
a alguma das divindades dos Reinos. Deuses foram mortos
no Tempo das Perturbações, quando a Praga Mágica
espalhou sua destruição e, a mais recente, quando Netheril
caiu. Algumas divindades foram mortas por mortais fazendo
uso de magias inimaginavelmente poderosas.
Quando um deus sai de um panteão, a magia divina para
de fluir até os fiéis, e milagres e presságios associados àquele
CAP ÍT U L O 1 1 B E M-VIN D O AOS RE IN OS
20 1
deus cessam por completo, o sacerdócio daquela divindade
perde a fé e locais sagrados são abandonados ou tomados por
outras fés. Para os adoradores de uma divindade no mundo,
existe uma certa imaterialidade no fato de uma divindade
estar verdadeiramente morta ou apenas dormente - as
consequências para eles são as mesmas seja como for. Ainda
assim, como os eventos recentes confirmaram, um deus
que se foi pode não permanecer ausente para sempre. Mais
do que alguns deuses supostamente mortos retornaram e
reuniram novos grupos de adoradores. Inclusive, as lendas de
alguns deuses mencionam um ciclo de morte e ressurreição.
Como o Sábio do Vale das Sombras já disse uma vez,
"Se os deuses podem garantir o poder de ressuscitar
mortais que sucumbiram à morte, porque assumiremos que
eles deveriam se render a ela pela eternidade?"
O Pós-VIDA
A maioria dos humanos acreditam que as almas dos recém
mortos são enviadas para o Plano de Fuga, onde eles vagam
até a grande Cidade do Julgamento, frequentemente alheios
ao fato de estarem mortos. Os servos dos deuses vêm e
coletam tais almas e, se forem valorosas, são levadas para o
tão esperado pós-vida no domínio de alguma divindade.
Às vezes, os fiéis são mandados de volta para ressuscitarem
no mundo para terminar um trabalho inconcluído.
Almas que são rejeitadas pelos servos dos deuses são
julgadas por Kelemvor, que decide o destino de cada um.
Alguns são encarregados de servirem como guias para
outras almas perdidas, enquanto outros são transformados
em larvas rastejantes e lançados na poeira. Os falsos
e infiéis são usados como argamassa para constituir a
Muralha dos Infiéis, a grande barreira que cerca a Cidade
dos Mortos, onde suas almas lentamente se dissolvem e
começam a se tornar parte da matéria da Muralha.
INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS
Aqueles que servem como sacerdotes de um deus não são
necessariamente clérigos. Na verdade, o poder investido
pelos deuses nos clérigos e outros conjuradores divinos é
concedido apenas raramente (veja "Magia Divina" na página
23). O trabalho de um sacerdote é servir a uma divindade e
à fé dessa divindade, uma tarefa que não necessariamente
requer o uso de magia.
O tipo de pessoa atraída ao sacerdócio de uma divindade
depende dos dogmas desse deus: os ladinos astutos que
veneram Mask têm muito pouco em comum com os justos
mantenedores da lei que seguem Tyr, e os agradáveis foliões
de Lliira são completamente diferentes desses dois.
TEMPLOS E SANTUÁRIOS
O centro das instituições religiosas de Faeríln são os
templos e santuários. Seja um pequeno prédio afastado ou
um complexo feito de várias estruturas e trechos de terra,
cada templo funciona de acordo com as tradições de sua fé,
embora poderosas ou carismáticas figuras que se destacam
dentro da hierarquia do templo possam motivar ou inspirar
mudanças dessas tradições.
Os templos em Faeríln não possuem serviços regulares.
Costumes em grupo em um templo ocorrem somente em
épocas específicas de festivais, e sacerdotes também saem
para realizar serviços na comunidade e executar ritos, como
casamentos e funerais. Templos são locais de espaço sagrado
para uma divindade, que os adoradores recorrem para passar
algum tempo com suas famílias ou sozinhos em reflexão, ou
em busca do auxílio dos sacerdotes por alguma razão.
 o PANTEÃO FAERÜNIANO
Divindade Alinhamento Domínios Símbolo
Akadi , deusa do ar N Tempestade Nuvem
Amaunator, deus do sol ON Vida, Luz Sol dourado
Asmodeu s, deus da indulgência OM Conhecimento, Três triângulos invertidos arranjados para formar
Trapaça um triangulo maior
Auril , deusa do in verno NM Natureza, Tempestade Floco de neve de seis pontas
Azuth , deus dos magos ON Arcanismo, Conhecimento Mão esquerda apontando para cima, cercada por fogo
Bane, deus da tirania OM Guerra Mão direita negra voltada para cima, dedão e dedos juntos
Beshaba, deusa do infortúnio CM Trapaça Galhada negra
Bhaal , deus do assassinato NM Morte Crânio cercado por um círculo de gotas de sangue
A Cavaleira Verm elha, ON Guerra Uma peça de tabu lança do cavaleiro vermelho com
! deusa da estratégia estrelas nos lugar dos olhos
'. Chauntea, deusa da agricultura NB Vida Feixe de cereais ou uma rosa florescendo acima de cereais
: Cyric, deus das mentiras CM Trapaça Crânio branco sem mandíbulas sobre uma explosão
solar roxa
Deneir, deus da escrita NB Arcanismo, Conhecimento Vela acesa acima de um olho aberto
Eldath, deusa da paz NB Natureza, Vida Cachoeira desaguando em uma lagoa
! Gond, deus dos ofícios N Conhecimento Roda dentada com quatro raias
' Grumbar, deus da terra N Conhecimento Montanha
; Gwaeron Laçavento, deus do rastreio NB Conhecimento, Natureza Marca de uma pata com uma estrela de cinco pontas
no centro
1
Helm , deus da vigilância ON Vida, Luz Olho vigilante nas costas de uma manopla erguida
, Hoar, deus da vingança e retribuição ON Guerra Uma moeda com cabeça de duas faces
' llmater, deus da resiliência OB Vida Mãos atadas pelos punhos com um cordão vermelho
lstishia, deus da água N Tempestade Onda
: Jergal, escriba da morte ON Conhecimento, Morte Um crânio mordendo um pergaminho
Kele mvor, deus dos mortos ON Morte Esqueleto de um braço erguido segurando uma
balança de pratos equilibrada
1 Koss uth, deus do fogo N Luz Chama
Lathander, deus do amanhecer NB Vida, Luz Estrada em direção ao nascer do sol
: e da renovação
Leira, deusa da ilus ão CN Trapaça Triângulo contendo um redemoinho de névoas
apontado para baixo
Lliira, deusa da alegria CB Vida Triângulo com estrelas de seis pontas nas extremidades
1
Loviatar, deusa da dor OM Morte Flagelo com nove caudas farpadas
Malar, deus da caça CM Natureza, Tempestade Pata com garras
Mask, deus dos ladrões CN Trapaça Máscara negra
Mieli kki, deusa das florestas NB Natureza, Tempestade Cabeça de unicórnio
Milil, deus da poesia e canção NB Luz Harpa com cinco cordas feita de folhas
Myrkul, deus da morte NM Morte Crânio humano branco
Mystra, deusa da magia NB Arcanismo, Círculo de sete estrelas , nove estrelas circundando
Conhecimento uma névoa vermelha, ou uma única estrela
Oghm a, deus do conhecimento N Conhecimento Pergaminho em branco
Savras, deus da adivinhação e destino ON Arcanismo, Conhecimento Bola de cristal contendo vários tipos de olhos
SelCin e, deusa da lua CB Conhecimento, Vida Par de olhos cercados por sete estrelas
Shar, deusa da escuridão e da perda NM Trapaça, Morte Disco negro contornado por um disco roxo
i Silvanus, deus da natureza selvagem N Natureza Folha de carvalho
1
Sune, deusa do amor e da beleza CB Vida, Luz Rosto de uma mulher bela de cabelos ruivos
Talon a, deusa do veneno e da doença GM Morte Três lágrimas sobre um triângulo
Talos , deus das tempestades CM Tempestade Três relâmpagos irradiando de um ponto central
Tempus, deus da guerra N Guerra Espada flamejante erguida
, Torm , deus da coragem e auto-sacrifício OB Guerra Manopla direita branca
Tymora, deusa da boa fortuna CB Trapaça Moeda com a cara voltada para cima
Tyr, deus da justiça OB Guerra Balança de pratos equilibrada sobre um martelo de batalha
Umberlee, deusa do mar CM Tempestade Onda quebrando para a direita e para a esquerda
Valkur, Nortenho deus dos marinheiros CB Guerra , Tempestade Uma nuvem e três raios
Waukeen, deusa do comércio N Conhecimento, Trapaça Moeda erguida com o perfil esquerdo de Waukeen

CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS

J
0 PANTEÃO ANÃO
Divindade Alinhamento
Abbathor, deus da ganância NM
Berronar Pratafiel, deusa da laleira e do lar OB
Clangeddin Barbaprata, deus da guerra OB
Duerra das Profundezas, deusa duergar da OM
conquista e dos psiônicos
Dugmaren Mantorreluzente, deus da descoberta CB
Dumathoin, deus dos segredos enterrados N Conhecimento, Morte Contorno de uma montanha com uma
Gorm Gulthyn, deus da vigilância OB
Haela Machadorreluzente, CB
deusa da sorte na guerra
Laduguer, deus duergar da magia e escravidão OM
Marthammor Duin, deus dos viajantes NB
Moradin, deus da criação OB
Sharindlar, deusa da cura CB
Vergadain, deus da sorte e da riqueza N Trapaça
Pequenos santuários e capelas particulares, diferente dos
templos completos, são bastante comuns por toda Faerun,
principalmente em regiões onde não existe um templo.
Santuários costumam não ter cuidadores, sendo mantidos
apenas pelos moradores locais ou por visitantes que o usam
para fazer suas preces. Um santuário pode ser tão modesto
quanto um poço de beira de estrada, onde os mercadores
viajantes podem arremessar uma moeda e pedirem a
Waukeen por boa sorte, ou tão grande como uma estátua
de Amaunator cercada por braseiros e um pavilhão no meio
de uma vila.
Sacerdotes itinerantes costumam procurar e visitar estes
locais, e essas santuários acabam servindo como locais de
encontro para os fiéis . Quando as palavras sobre a presença
de uma sacerdotisa itinerante de Eldath se espalham pela
aldeia, os fiéis a procuram na fonte sagrada dedicada à
deusa às margens da cidade.
Uma família ou comércio pode manter um santuário
ou capela dedicado à sua divindade favorita, talvez um
conjunto sinos de vento ou espanta-espíritos consagrados a
Akadi pendurados nos galhos de uma árvore no jardim, ou
um símbolo de madeira entalhado no formato da mão em
miniatura de Azuth, exibido em destaque em uma parede
com uma pequena alcova onde pode se acender uma vela ou
um incenso.
COMUNGANDO COM OS DEUSES
Embora existam muitos contos do passado quando os
deuses surgiram em suas formas físicas e andaram pela
terra, ocasiões deste tipo são raras. Para a maioria, os
deuses se comunicam com seus fiéis através de sinais e
presságios, apreciados por aqueles que sabem interpretá-los.
Obviamente, alguns sinais são mais sutis' - e, portanto, mais
abertos a interpretações - do que outros.
O tipo de comunicação mais comum que adoradores
e sacerdotes têm com suas divindades são as preces,
louvores ou meditação. Tais experiências são intensamente
pessoais, e é senso comum que elas sejam mantidas assim.
Afinal de contas, o "conselho" dado para alguém por sua
divindade durante as preces matinais e que resultam em
um bom dia tem valor apenas para si próprio. É como diz
o ditado: deixemos que cada adorador comungue à sua
própria maneira.
CAPÍTULO l I BEM-VINDO AOS REINOS
Domínios Símbolo
Trapaça Adaga cravejada de joias, apontada para baixo
Vida, Luz Anéis de prata entrelaçados
Guerra Machados de batalha prateados cruzados
Arcanismo; Guerra Crânio de um devorador de mentes
Conhecimento Livro aberto
central pedra preciosa
Guerra Meia máscara de bronze
Guerra Espada voltada para cima, a lâmina envolta
por chamas espiraladas
Arcanismo, Morte Flecha quebrada
Trapaça, Natureza Maça voltada para cima diante de uma
bota de cano longo
Conhecimento Martelo e bigorna
Vida Agulha em chamas
Moeda dourada com o rosto de um anão
A magia divina também proporciona meios de
comungar com os deuses e pode ser usada para pedir
pela orientação deles. Pronunciamentos divinos deste tipo
são frequentemente de alcance pessoal e muito breves,
e aqueles éditos que dizem respeito a assuntos maiores
tendem a serem abertos a interpretação ou debate.
SACERDÓCIO
O sacerdócio é uma vocação como qualquer outra, e aqueles
que a abraçam frequentemente aprimoram suas habilidades
através de um sistema de aprendizado. Em um pequeno
templo, um noviço ou um acólito podem estudar sob a tutela
do único sacerdote ali disponível. Templos maiores podem
acomodar grupos de acólitos, e cada aprendizado é feito sob a
orientação de um ou mais mentores responsáveis por
treiná-los em tarefas e habilidades aplicadas pelo sacerdócio.
Uma vez que os acólitos completem sua instrução, eles são
normalmente ordenados em um ritual no qual um candidato
bem-sucedido recebe as responsabilidades do sacerdócio.
CONFLITOS E PERSEGUIÇÃO
Os valores éticos e morais das divindades de Faerun são
os mais variados, representando todas as perspectivas
que seus seguidores mortais demonstram, desde os éticos
agentes do bem até os perigosos facilitadores do mal.
Muitas culturas e sociedades não são tão cosmopolitas
quanto a população de Faerun vista como um todo; o
resultado disso é que a perseguição religiosa (do ponto de
vista daqueles que chamam a atenção) é praticada em locais
onde a adoração de certas divindades é mal-vista.
A maioria dos governos que entram em perseguição
religiosa impões restrições ao estabelecimento de templos
formais, sacerdócios e festivais organizados (o fato é que
é impossível impedir que indivíduos formem inofensiva
ou secretamente adorações a quaisquer divindades que
escolham). Por exemplo, embora a adoração de Talona -
assim como a de muitos deuses malignos - seja proibida
em Waterdeep (Águas Profundas), essa proibição se vai até
somente a criação de templos e a presença de um sacerdócio
dedicado a ela na cidade. Cidadões individuais ou famílias
que reverenciam Talona podem ser vistos pela sociedade
como mal orientados, mas eles não são levados presos ou
punidos, contanto que obedeçam as leis da cidade.
Q PANTEÃO ÉLFICO
Divi ndade Alinh amento Dom ínios Símbolo
Aerdrie Faenya , deusa do céu CB Trapaça, Tempestade Contorno de um pássaro e uma nuvem ao fundo
An gharradh, deusa tripla da sabedoria CB Conhecimento, Vida Triângulo com três círculos entrelaçados
e proteção em seu interior
Corellon Larethian, deus da arte e da magia CB Arcan ismo , Luz Lua crescente
Erevan ll esere, deus da travessura CN Trapaça Estrela de oito pontas assimétrica
Fenm arel M esta rine, deus dos exilados CN Trapaça Dois olhos élficos espiando
Han al i Celanil, deusa do amor e da beleza CB Vida ' Coração dourado
Labelas Enoreth, deus do tempo, CB Arcanismo, Sol poente
da história e filosofia Conhecimento
Rillifane Rallathil, deus da natureza CB Natureza Carvalho
Sashel as das Profundezas, deus élfico do mar CB Natureza, Tempestade Golfinho
Sehanine Arco Lunar, deusa da adiv inhação, CB Conhecimento Lua cheia sob um arco lunar
dos sonhos, da viagem e da morte
Shevarash, deus da vingança CN Guerra Flecha quebrada sobre uma lágrima
Solonor Thel an dira, deus da arquearia CB Guerra Flecha prateada com penas verdes

o PANTEÃO D ROW
Divi nd ade Alin hamento Domínios Símbolo
Eilistraee, deusa da canção e do luar CB Luz, Natureza O contorno de uma drow dançando e empunhando
uma espada contra uma lua cheia ao fundo
Kiaransal ee, deusa da necromancia CM Arcan ismo Uma drow usando muitos anéis de prata
Lolth , deusa drow das aranhas CM Trapaça Aranha
Selvetarm, deus dos combatentes CM Guerra Aranha sobre uma espada e maça cruzados
Vhaeraun , deus dos ladrões CM Trapaça Máscara negra com lentes de vidro azul no lugar
da abertura para os olhos

0 PANT EÃO P EQ UE N INO

Divin dade Alinhamento Domínios Símbolo
1

Arvoreen , deusa da vigilância e da guerra 0B Guerra Espadas curtas cruzadas

Brandobaris, deus da lad inagem e da aventura N Trapaça
Cyrrol alee, deusa da lare ira e do lar 0B Vida
Sh eela Peryoryl, deusa da agr icultura e N Natureza, Tempestade
do clima
Urogalan, deus da terra e da morte ON Conhecimento, Morte
Yondall a, deusa da fertilidade e da proteção 0B Vida
Pegada de um pequenino
Uma porta aberta
Flor
Contorno da cabeça de um cachorro
Cornucópia em um escudo

Alguns locais levam essa forma de perseguição um passo
além, por uma variedade de razões. Um tirano poderia
banir a adoração de Torm para que isso não inspire nenhum
tipo de rebelião, enquanto por outro lado um burgomestre
justo de uma comunidade que possui um moinho d'água
à beira de um rio poderia ordenar que os adoradores de
Silvanus encontrem outro lugar para morar devido os
recentes problemas que os lenhadores passaram a ter com
os druidas da região.
MAGIA DIVINA
Os deus es demonstram sua graça para com oB mortais
de uma infinidade de maneiras. Bem poucos escolhidos
possuem suas mentes e almas abertas para o poder da magia.
Não existe uma receita para determinar aqueles que recebem
ou não essa intuição divina, já que os deuses guardam para
si os critérios para essa escolha. Alguns desses favorecidos
procuram ignorar ou negar esse dom, enquanto outros
abraçam essa dádiva com os corações abertos.
Alguns que demonstram o potencial para a magia divina
desenvolvem e praticam suas habilidades em um templo,
uma clareira sagrada ou em a lgum local de espiritualidade
elevada, talvez na compa nhia de outros estudantes . Outros
praticantes da magia divina descobrem e alimentam
seus poderes concedidos pelos deuses inteiramente por
conta própria.
ÜS DEUSES DE FAERÚN
Os deuses que compõe o panteão de Faerun são como a
população de algumas das maiores cidades dos Reinos: uma
m istura eclética de indivíduos vindos de diversos locais.
A composição do panteão tem mudado ao longo das eras,
principalmente como resultado das mudanças nos Reinos
e no povo (ou o contrário, dependendo dos estudiosos em
quem você acredita). As páginas a seguir descrevem a
maioria dos m embros mais proeminentes do panteão.
As divindades do panteão faeruniano não são de modo
algum os únicos poderes adorados nos Reinos. As raças
não-humanas possuem seus próprios panteões (descritos
no capítulo 3), e outros cultos e divindades locais estão
espalhados e podem ser encontrados em todos os lugares
de Faerun.

CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS

o PANTEÃO GNôMICO
Divindade Alinhamento Domínios Símbolo
Baervan Passagresteandante, NB Natureza Rosto de um guaxinim
deus dos florestas
Baravar Capasombriomanto, NB Arcanismo, Trapaça Adaga com um manto encapuzado ao fundo
deus da ilusão e enganação
Callarduran Precisamãossutil, N Conhecimento, Natureza Anel de sinete dourado com uma estrela
deus d a mineração e enta lhe d e pedras de seis pontas
Flandal Durapelaço, NB Conhecimento Marte lo flamejante
deus dos traba lhos em metal
Gaerdal Robustamaniferro, deus da proteção OB Guerra Barra de ferro
Gari Brilhouro-Resplandecente, de us OB Trapaça Pepita de ouro
gnomo da trapaça e das pedras prec iosas
Nebelun, deus da invenção e da sorte CB Conhecimento, Trapaça Barriga e cauda de um lagarto
Segojan Ouveclamaterra, NB Luz Pedra preciosa brilhante
deus da terra e dos mortos
Urdlen, deus da ganância e do assass inato CM Guerra, Morte Toupeira branca com garras emergindo da terra

0 PANTEÃO ORC
Divindade Alinhamento Domínios Símbolo
Bahgtru, deus da força OM Guerra Fêmur quebrado
Gruumsh, deus das tempestades e da guerra CM Guerra, Tempestade Olho sem pá lpebra
llneval, deus da estratég ia e das hordas OM Guerra Espada respingada de sangue vo ltada para cima
Luthic, deusa -mãe da fertilidade e da cura OM Natureza, Vida Runa ore que significa "entrada da caverna"
Shargaas, deus da furtividade e escuridão NM Trapaça Lua crescente vermelha com um crânio entre as
extremidades da lua
Yurtrus, deus da morte e da doença NM Morte Mão branca, palma voltada para cima

AMAUNATOR favorável no clima. Entretanto, a forma mais comum de

O Protetor do Sol Eterno, a Luz da Lei, o Deus Áureo
O governo da lei e da glória do sol estão sob o domínio
de Amaunator. Seus sacerdotes ajudam a estabelecer
burocracias e organizações ordeiras nas comunidades. Eles
frequentemente são testemunhas de contratos e de acordos
assinados, atestando tais documentos com um carimbo do
sol-símbolo de Amaunator de forma a validá-los.
Seus sacerdotes pregam que Amaunator morreu e renasceu
por diversas vezes. Exatamente como o sol, ele pode passar
por um reino de escuridão, mas inevitavelmente o brilho
de seu olhar cairá sobre a superfície do mundo outra vez.
Amaunator é visto como uma divindade austera e implacável,
não muito diferente de Silvanus em seu comportamento, mas
sua preocupação não é o equilíbrio da vida - ele se preocupa
com que as coisas aconteçam exatamente como a ordem
celestial, que promessas sejam mantidas e que o governo da
ordem perdure.
Agricultores e viajantes suplicam a ele quando rezam por
chuva ou sol, assim como outros buscando por uma mudança
apaziguamento de Amaunator é a prática de proclamação
de juramentos, assinatura de contrato e a declaração de
leis sob a luz do sol. Tão enraizada no senso comum é a
conexão entre um juramento solene e o sol, que aqueles
envolvidos no fechamento de acordos ou emissão de decretos
frequentemente param e esperam a passagem das nuvens
antes de completar a transação ou o pronunciamento.
ASMODEUS
O Senhor dos Nove, O Fendido, Velho Cascudo e Chifrudo
A adoração declarada a Asmodeus começou aproximadamente
um século atrás quando pequenos cultos com líderes
carismáticos surgiram na sequência da Praga Mágica. Aquela
catástrofe deixou muitos se perguntando por quê os deuses
estavam furiosos e os abandonaram. Para aqueles que
questionavam, os tementes a Asmodeus forneceram respostas
e apresentaram um deus que perdoaria-lhes as falhas.

S ÍMBOL O D E AMAUNATOR SÍMBOLO DE AsMODEus

CAPÍTULO 1 1
-------------------=e~..,.,-
BE M-VINDO AOS REI NOS
Ainda assim, na década seguinte, o culto de Asmodeus
permanecia lutando por aceitação.
Na crença das pessoas do Norte - que coincide com
muitos contos dos anões, elfos e outros - Asmodeus é
0 Senhor dos Nove, o líder de todos os diabos dos Nove
Infernos. As pessoas sabem que diabos são provedores de
tentações, determinados e eloquentes, cujo preço cobrado
por suas dádivas pode ser a tão estimada alma de alguém.
Diz-se por aí que quando uma alma aguarda no Plano de
Fuga até que uma divindade a leve até o pós-vida, diabos
abordam tal alma e a oferecem a ela uma oportunidade
de desfrutar do poder e do prazer eternos. Tudo o que
uma alma precisa fazer é sair da poeira e do meio daquela
multidão e colocar os pés no primeiro degrau da escadaria
infernal que representa a hierarquia dos Nove Infernos.
Os tementes a Asmodeus admitem que os diabos
oferecem aos seus adoradores um caminho que não é para
todos - exatamente como aquecer-se eternamente na luz
de Lathander ou brandir um martelo interminavelmente
nas minas de Moradin também pode não ser para todos.
Aqueles que servem Asmodeus em vida esperam por serem
invocados do meio das multidões queixantes do Plano de
Fuga após a morte. Eles anseiam pela chance de terem
controle sobre seus destinos, tendo pela frente toda a
eternidade para atingirem seus objetivos.
Para aqueles que não são tão dedicados, os sacerdotes
de Asmodeus oferecem a perspectiva de um pós-vida mais
longo. Todas as almas aguardam no Plano de Fuga pela
graça de uma divindade, o que determina onde uma alma
passará o restante da eternidade. Aqueles que viviam suas
vidas mantendo-se sob os preceitos de uma divindade
são levados primeiro. Outros, que foram transgressores
aos olhos de sua divindade favorita ou que não seguiram
qualquer dogma, podem ter que esperar séculos antes
que Kelemvor julgue para onde devem ir. As pessoas que
temem tal destino podem rezar para Asmodeus, dizem seus
sacerdotes, e em retorno um diabo garantirá à alma em
espera algum conforto.
Hoje, santuários dedicados a Asmodeus ainda são raros
e jamais se ouviu falar de templos, mas muitas pessoas
adotaram o hábito de pedir a Asmodeus pela expiação
de seus pecados. Após cometer transgressão contra um
deus de alguma forma, uma pessoa reza para Asmodeus
pedindo-lhe que ele intervenha na longa espera na fila das
almas. Asmodeus é conhecido por garantir o desejo das
pessoas, portanto as pessoas rezam por todos os prazeres
e distrações que mais desejam em vida. Aqueles que
transgridem excessivamente costumam pedir a Asmodeus
que ele lhes esconda os pecados dos deuses, e sacerdotes
dizem que ele fará isso, mas com um preço a se pagar
após a morte.
SÍMBOLO DE AURIL
--
AURIL
A Donzela Invernal, Senhora do Beijo Gélido, Aurorafria
Auril, a impiedosa deusa do frio e do inverno, é adorada
principalmente nas regiões que são afetadas pelos mais
intensos invernos. As pessoas apaziguam a fúria fria de
Auril com oferendas e preces por misericórdia. Seus
sácerdotes alertam os outros para se prepararem para o
inverno, e para estocarem provisões adicionais para que
tenham algo a ofertar para a deusa.
Poucos favorecem Auril, exceto por aqueles que ganham
a vida do inverno ou daqueles que amam de verdade esta
estação. Seus raros sacerdotes são pessoas desse tipo,
mas por conta disso provavelmente são exilados de suas
comunidades. Eles praticam o celibato e permanecem
afastados dos outros quando não estão servindo oficialmente.
A cidade de Luskan possui um templo dedicado a Auril, o
alvo e pinaculado Palácio Invernal. A estrutura do lugar é um
arranjo de pilares e arcos sem teto, entalhados na pedra branca.
Os rituais dos adoradores de Auril frequentemente parecem
cruéis para quem vê de fora. Em Luskan, visitantes se reúnem
no templo para observar os frequentes "cortejos molhados",
um ritual no qual os suplicantes vestem trajes cheios de gelo.
Então, eles caminham entre seis pilares brancos conhecidos
como os Beijos de Auril, que estão espalhados pela cidade. Os
adoradores se deslocam de pilar em pilar, entoando louvores
à deusa. Ao alcançar um pilar, um suplicante deve escalá-lo e
então "beijar a senhora", tocando os lábios em um enferrujada
placa de metal pregada ao topo. No inverno, estes eventos se
parecem com frenéticas corridas feitas a pé, com o acréscimo
do risco de congelamento e ferimentos causados pelas quedas
dos escorregadios pilares. Os corredores do cortejo são
aplaudidos pelos cidadãos que vêm das tavernas próximas até o
local para apostar na resistência dos participantes. Aqueles que
terminam a corrida são considerados como os responsáveis por
terem tornado o inverno mais fácil, e raramente têm que pagar
por comida ou cerveja durante todo o inverno.
AZUTH
O Elevado, o Senhor do Ofício Mágico, o Primeiro Mági
Poucos prestam respeitos a Azuth além dos magos. Para eles,
o Elevado é a personificação suprema de tudo o que respeitam.
Mystra serve como a deusa da magia; Oghma é o deus do
conhecimento; e Deneir é o deus da escrita e da linguagem.
Azuth pega os aspectos destas áreas e os aplica nas práticas
específicas dos magos. Por exemplo, enquanto Mystra é a
divindade que representa a essência, a arte e as maravilhas
da magia, Azuth é o deus das longas horas de estudo de
um mago, da prática de padrões de movimento e fala, e dos
dedos frágeis e manchados de tinta. Os magos invocam
Azuth quando escrevem pergaminhos mágicos, quando
SÍMBOLO DE A2UTH
CAPÍTULO l I BEM-VINDO AOS REINOS
inscrevem círculos mágicos, quando tentam memorizar
magias e até mesmo quando as conjuram. Frequentemente,
este reconhecimento vem na forma de silenciosamente
reproduzir o símbolo sagrado de Azuth, apontando o dedo
indicador da mãos esquerda para o céu. Para muitos magos
o gesto é um ato reflexo em suas vidas que o reproduzem
como um hábito inconsciente.
São poucos os templos dedicados a Azuth, e clérigos da
divindade são raros. Até mesmo na magicamente saturada
terra de Halruaa, apenas alguns locais sagrados são
dedicados a Azuth. Algumas vezes uma estátua ou um altar
dedicado a ele fica em um canto de um templo de Mystra
ou de outra divindade. É mais comum que um mago tenha
um santuário particular em casa. Azuth é representado em
tais locais como uma figura encapuzada e barbuda, com a
mão esquerda erguida, um dedo apontando para cima. Por
vezes ele é representado meramente pela mão reproduzindo
o gesto. Seja qual for o caso, o dedo frequentemente serve
como um apoio para vela ou ele está apontando para a
origem de uma magia luz.
BANE
A Mão Negra, o Senhor da Escuridão
Bane tem um dogma simples: os fortes não têm o direito,
mas o dever de governar os mais fracos. Um tirano capaz
de tomar o poder para fazer o que precisa ser feito, não
só pelos benefícios da tirania, mas também para aqueles
que estão sob o governo do tirano. Quando um governante
sucumbe à decadência, à corrupção ou à decrepitude, um
governante mais forte e mais capaz deve ascender ao poder.
Bane é tido como vilão em muitas lendas. Através da
história, queles que o adoravam cometeram atos sombrios
em seu nome, mas a maioria das pessoas adoram Bane
não por maldade. Bane representa ambição e controle,
e aqueles que têm o primeiro, mas carecem do segundo,
suplicam a ele por força. Diz-se que Bane favorece aqueles
que exibem liderança e coragem, e que ele ajuda aqueles que
procuram se tornar conquistadores, criando reinos a partir
do nada nos ermos e trazendo ordem onde há baderna.
Em muitas épocas e em muitos lugares em Faerfin, os
fiéis de Bane têm sido vistos como salvadores por suas
tentativas em exterminar invasores, derrubar governos
corruptos ou salvar exércitos à beira da derrota. Mas assim
como em muitos outros lugares, a adoração a Bane criou
ou deu suporte a ditaduras cruéis, auxiliou monopólios
mercantis ou trouxe a prática da escravidão onde ela
não existia.
SÍMBOLO DE BANE
CAPÍTULO 1 J
-----------------~
BEM-VINDO AOS REINOS
BESHABA
A Donzela do Infortúnio, Senhora da Perdição,
Benção Obscura
Beshaba é a oposição de Tymora e é normalmente
reconhecida na vida cotidiana, assim como sua "irmã" mais
benevolente. Ela é vista como uma deusa cruel e caprichosa
que deve ser agradada para evitar que tenha sua atenção e
interesse atraídos de uma forma negativa.
O nome de Beshaba é invocado quando alguém é
atormentado pela má sorte - o que poderia ser algo tão mínimo
quanto bater um dedinho em um canto quanto quebrar a roda
de uma carroça, ou algo tão catastrófico quanto escorregar e
cair acidentalmente de um penhasco. Ela também é invocada
quando se quer desviar a atenção dela no momento em que
alguém está fazendo algo no qual a boa sorte não contribuiria
com nada, mas a má sorte sim. Por exemplo, alguém jogando
um dado invocaria Tymora porque quer uma chance aleatória
de cair no favor dela, mas alguém prestes a cruzar uma ponte
bamba pediria a Beshaba para manter a ponte intacta.
As pessoas reproduzem o símbolo de Beshaba ao dobrar
seus dedões e esticar os dedos em uma ou ambas as mãos
(imitando os chifres de seu símbolo sagrado) como uma forma
de afastar os infortúnios. O mesmo gesto feito acima da cabeça
significa um cumprimento; quando apontado para alguém, os
"chifres" indicam desfavor para com aquela pessoa.
Muitos druidas adoram Beshaba como alguém do
Primeiro Círculo. Eles a apaziguam com danças enquanto
vestem galhadas enegrecidas pelo fogo, molhadas de
sangue. De acordo com esses druidas, o símbolo sagrado
dela são os chifres de um cervo porque quando Beshaba
foi adorada pela primeira vez, os humanos eram simples
caçadores-coletores e acreditavam que ela trazia má sorte
ao caçadores, como serem chifrados por um cervo.
Embora a maioria das pessoas tremam de medo com a
possibilidade de participação de Beshaba em qualquer evento
(mesmo que seja em espírito), ela é quase sempre invocada
e formalmente recepcionada na abertura de discursos ou
cerimônias de acontecimentos formais, como casamentos e
coroações, disputas esportivas ou de proeza marcial, e nas
cerimônias de nomeação de crianças. Se não for convidada
para tais eventos, ela poderia se sentir ofendida e lançar o
infortúnio sobre aqueles envolvidos nas cerimônias.
Desconhece-se a existência de templos dedicados a
Beshaba. No entanto, é comum para as pessoas do campo
levantar um poste e colocar uma galhada sobre ele, bem
ao lado do local onde houve algum assassinato ou acidente
na beira de estrada. Em cidades, onde galhadas podem
ser mais difíceis de serem encontradas e assassinatos e
acidentes acontecem com mais frequência, costuma-se
desenhar os chifres negros de Beshaba com carvão em
uma parede nas proximidades, deixando o símbolo à vista
SÍMBOLO
DE BESHABA
 té que as intempéries o levem embora. Estes "santuários",
:eja em que forma for, servem como um tipo de aviso para
outros sobre locais de infortúnio e má sorte. . é o poder criador da própria terra. Para algumas pessoas do
Existem santuários mais formais de Beshaba em locais
onde as pessoas frequentemente esperam afastar a má
sorte. Estes locais costumam a ter postes ou pedras
pintadas de vermelho com chifres enegrecidos presos a eles,
ou então uma placa vermelha e triangular com uma galhada
presa a ela, colocada em uma parede. Qualqu:r uma delas
possui um tigela de pedra ou bronze logo abaixo, onde
moedas podem ser colocadas ou oferendas em sacrifícios de
fogo são feitas. Os Magos Vermelhos de Thay normalmente
erguem altares do lado de fora de suas câmaras ritualísticas
para protegê-las de erros infelizes e infortúnios.
Poucos adotam Beshaba como patrona. Os raros clérigos
da Dama do Infortúnio são aqueles que foram afetados
profundamente por grandes adversidades e que procuram
alertar os outros da essencial injustiça da vida - ou para
infligir essa tal injustiça sobre eles.
BHAAL
O S enhor do Assassinato
As pessoas de Faeríln normalmente não rezam para Bhaal
ou sequer manifestam qualquer apreço por ele. Ele é visto
como um mal profundo e uma divindade destrutiva que
anseia pela morte - mais especificamente, pela morte de
quaisquer seres vivos através de meios sórdidos e ilegais.
Alguma pessoas suplicam a Bhaal quando estão prestes
a cometer um assassinato. Uma pessoa poderia ter uma
boa razão para recorrer ao homicídio, como quando ela é
incapaz de reparar uma injustiça através de meios legais.
Porém, é muito mais comum que as súplicas a Bhaal sejam
proferidas por aqueles que procuram matar alguém por inveja,
ganância ou por ira. É raro que alguém, exceto assassinos e
assassinos em série, adote Bhaal como patrono, e clérigos que
reverenciam Bhaal frequentemente se qualificam como ambos.
Cultos homicidas dedicados a Bhaal já existiram
no passado, cada um liderado por um carismático e
autoproclamado sacerdote de Bhaal, mas uma adoração mais
organizada do que isso dedicada ao Senhor do Assassinato
é extremamente incomum. Templos e santuários são
igualmente raros. Aqueles que erguem um santuário a Bhaal
normalmente o fazem para agradecê-lo por um homicídio
bem-sucedido. Tais santuários normalmente ostentam um
crânio ou uma cabeça decepada cercada por gotas de sangue
(ambas, muitas vezes, da vítima assassinada).
SÍMBOLO DE BHAAL
A MÃE-TERRA
Os druidas das Ilhas Alta lúnia adoram a Mãe-Terra, ela que
continente, a Mãe-Terra é uma apresentação ou manifestação
de Chauntea, mas para o Ppovo, ela é simplesmente a
Mãe-Terra, a assim sempre será. Os poços-da-lua das ilhas são
locais sagrados para ela, e janelas que ela usa para ver este
mundo. Veja "Druidas" no capítulo 4 para mais informações.
A CAVALEIRA VERMELHA
A Senhora da Estratégia, a General Escarlate, a Grande
Mestre da Tabulança
A Cavaleira Vermelha é a deusa do planejamento e da
estratégia. Aqueles que a seguem chamam a si mesmos
de Irmandade Vermelha. Eles acreditam que as guerras
são vencidas pelos melhores planejamentos, estratégias e
táticas. Várias doutrinas sobre estratégia fazem parte da
adoração à Cavaleira Vermelha, como por exemplo: "Toda
guerra é uma série de batalhas. Perder uma batalha não
significa perder a guerra". "Na guerra, planeje-se para a paz.
Em paz, planeje-se para a guerra". "Procure aliados entre os
inimigos do seu inimigo."
A adoração a Cavaleira Vermelha surgiu entre uma ordem
monástica de Tempus, em Tethyr, que venerava os heróis,
logo após o Tempo dos Pertubações. Desde então, a Cavaleira
Vermelha cresceu em popularidade por causa do que seus
seguidores chamam de Grande Estratagema: há décadas, seus
sacerdotes viajam para locais à beira da guerra para educar
generais e reis nas artes da estratégia e das táticas do campo
de batalha. Muitos dos líderes aos quais eles abordaram os
afastaram de início, mas logo ficou claro que aqueles que
aceitaram o conselho dos seguidores da General Escarlate
obtiveram um grande e destacado benefício. Vencedores
agradecidos construíram templos em homenagem à Senhora
da Estratégia e aos poucos sua fé foi se espalhando.
Hoje, os seguidores da Cavaleira Vermelha podem ser
encontrados em quase todas as terras que viveram situações
de guerra no século passado. Adoradores da Cavaleira
Vermelha são raros entre a população em geral, mas aqueles
que a reverenciam podem ser encontrados com frequência
entre comandantes de alto escalão dos exércitos, instrutores
em escolas de guerra, contramestres e autores de tomos
dedicados ao assunto da estratégia. Cada templo da Cavaleira
Vermelha inclui um altar dedicado a Tempus e, portanto, é
provável que esse lugar seja frequentado por mercenários e
soldados. Um templo dedicado a ela é cercado por um vasto
pavilhão e pátio, que pode ser alugado por companhias de
soldados e mercenários para prática e treinamento. Seus
sacerdotes acreditam que treinar as tropas em um pátio
do templo é uma forma de apaziguamento que a Cavaleira
Vermelha vê com um favor especial.
SÍ M BOLO DA
C AVA LEIR A VER M ELHA
CAPÍTULO 1 1 BEM - VINDO AOS REINOS
 CHAUNTEA
A Grande Mãe, a Deusa dos Grãos
Chauntea é a deusa da agricultura: semeando e ceifando,
plantando e colhendo, criando e abatendo, tosando e tecendo.
Nesse aspecto, ela é uma divindade rural raramente louvada
atrás das muralhas de uma cidade, exceto por jardineiros de
ervas e hortaliças. Mas Chauntea também é a Grande Mãe,
uma deusa de manjedoura, lareira e do lar. Como tal, ela é
bem-vinda em todos os lares, seja na hora das refeições ou '
no nascimento das crianças, e as pessoas dão a ela graças
sempre que eles sentem o prazer de sentarem-se diante de
uma lareira e sentirem-se seguros e amados.
A fé de Chauntea é responsável por nutrir e cultivar.
Ditados agrícolas e parábolas campesinas dominam seus
ensinamentos. Cultivar e ceifar, o ciclo eterno, é um tema
recorrente de sua fé . A destruição por si só, ou o aterramento
sem reconstrução, é motivo de excomungação para ela.
Templos dedicados a Chauntea abrigam um grande
conjunto de pessoas com conhecimento sobre a criação de
animais e o cultivo da terra. Seus sacerdotes trabalham junto
com comunidades em áreas rurais, e estão sempre dispostos
a arregaçar as mangas e sujar as mãos com a terra sagrada.
CYRIC
O Príncipe das Mentiras, o Sol Negro
A adoração a Cyric origina-se diretamente da história de
sua ascensão como um deus. Cyric era um mortal durante
o Tempo das Perturbações e uma das peças principais de
como esse período caótico se concluiu, mas ele também
era um traidor egoísta e um assassino. Quando se tornou
um deus, Cyric continuou a criar várias conspirações para
enganar e matar - a mais famosa dessas, de acordo com
as lendas, foi quando Cyric matou Mystra e desencadeou a
Praga Mágica há mais de um século.
Aqueles que não adoram Cyric o veem como um deus da
loucura, do conflito e da enganação, embora seus sacerdotes
considerem que tais alegações sejam uma heresia. Seu
Príncipe das Mentiras não é um homem torpe, mas um deus
de majestade sombria que prova que, no fim, tudo se resume
a pessoas corruptas e decadência.
A igreja de Cyric funciona abertamente em Amn, onde
.os cidadãos defendem os princípios da ambição, da
autoconfiança e do "ônus é do comprador". Aqueles que
tomam Cyric como patrono tendem a ser sádicos, golpistas,
excessivamente indulgentes e coisas piores. Outras pessoas
suplicam a Cyric quando querem fazer algo errado, mas não
querem que os outros fiquem sabendo.
1. SÍMBOLO
! DE CHAUNTEA
SÍMBOLO DE CYRIC
CAPÍTULO 1 1
_______.....,"!""""-------~
BEM-VINDO AOS REINOS
"O Sol Negro", originalmente um dos apelidos de Cyric,
tornou-se uma metáfora pelos conflitos que ele causaou aos
Reinos. "Um Sol Negro nasceu sobre esta corte", alguém
poderia dizer como um alerta sobre as intrigas e conflitos
internos que saíram do controle dentro de uma família da
nobreza; e casais desposados conhecidos por procurar
conselho de outros se "um Sol Negro brilhar pelas janelas"
de seu relacionamento.
DENEIR
O Senhor de Todos os Símbolos e Imagens, o Primeiro
Escriba, o Escriba de Oghma
Deneir é o deus da literatura e da instrução, o patrono
dos artistas e dos escribas. Dele é o poder de apresentar
e descrever, para escrever e ler e para passar adiante a
informação, sempre com extrema precisão e clareza. Nas
lendas, Deneir é normalmente retratado como um escriba a
serviço de Oghma, e ele muitas vezes é considerado como a
mão direita de Oghma.
É uma prática bastante comum que alguém que escreva
uma carta ou registre alguma informação faça uma prece
a Deneir de forma a evitar erros. Da mesma forma, artistas
manifestam apreço a Deneir antes de começar e ao concluir
pinturas, principalmente em ilustrações em manuscritos, em
tapeçarias retratando histórias e em quaisquer tentativas de
usar a arte para capturar a verdade do momento.
Seguidores de Deneir acreditam que a informação não
registrada e não guardada para uso posterior é informação
perdida. Eles consideram a instrução uma dádiva dos deuses,
uma que deve ser ensinada e disseminada. Seus seguidores
são escribas e estudiosos devotados, exatamente como o
patrono deles, preservando trabalhos escritos e também
vivenciando-os, pois como eles dizem o próprio Deneir está
escondido entre as linhas, contornos e trechos de todos os
trabalhos escritos. Sacerdotes de Deneir também fazem .um
juramento de caridade que os obriga a aceitar os pedidos de
outros para escrever cartas e transcrever informações.
Os seguidores do deus costumam ser individualistas,
unidos apenas por sua fé compartilhada, mas não
totalmente preocupados com hierarquia religiosa e
protocolos. Esse comportamento é sustentado pelo fato de
que as bençãos de magia divina dadas por Deneir são mais
frequentemente concedidas para aqueles que se entregam
a trabalhos escritos do que para aqueles que se vangloriam
de ser parte de algum templo ou ordem religiosa. A
contemplação do livro mais sagrado para a fé, o Tomo da
Harmonia Universal é o meio mais eficiente de ser tornar
um merecedor das bençãos de Deneir.
SÍMBOLO DE DENEIR
r
ELDATH
A Silenciosa, a Protetora dos Arvoredos, a Mãe das Águas
Eldath é a deusa das cachoeiras, nascentes, lagoas, quietude,
paz e arvoredos tranquilos. Considera-se que ela esteja
presente em muitos desses lugares, principalmente naqueles
que servem como bosques druídicos. Eldath é a deusa do
conforto, da cura e da calma. Suas águas abençoadas curam os
enfermos, sanam a insanidade e dão conforto ao moribundos.
A maioria das regiões rurais possuem uma lagoa ou
arvoredo que os moradores locais reservam para a adoração
de Eldath. A tradição· dita que este deve ser um local de
reflexão silenciosa onde os outros devem ser deixados com
seus próprios pensamentos. Um corpo d'água tal como uma
lagoa ou nascente normalmente serve como repositório para
oferendas. Se o local sagrado for um bosque, um riacho
que cruze poderia servir como este repositório, ou alguma
árvore ou arbusto que se destaque poderia ser o local onde
as pessoas penduram suas oferendas. As oferendas mais
comuns são armas quebradas ou itens que são lembranças
de alguma discussão, os quais os fiéis descartam enquanto
fazem um desejo por paz no futuro. Muitos daqueles
que adoram Eldath são pacifistas ou pessoas que são
perturbadas pela violência que testemunharam ou viveram.
Os sacedotes de Eldath não se organizam em grandes
séquitos. Na verdade, muito deles são itinerantes, vagando
entre vários locais sagrados e santuários, sempre
verificando se estes locais necessitam de cuidados e se
permanecem como ambientes de plena serenidade. Os
fiéis de Eldath são muito próximos da natureza e aliados
aos druidas, que consideram Eldath entre os do Primeiro
Círculo. É considerado um tabu atacar um sacerdote de
Eldath, e diz-se que matar um traz uma imensa má sorte
para o restante da vida. Independentemente da medida
-de proteção que essa crença lhes concede, a maioria dos
sacerdotes de Eldath evitam conflitos, preferindo ignorá-los.
Aqueles que servem Eldath presidem com alegria as
negociações pacíficas e certificam tratados, mas eles não
podem forçar outros a entrarem em harmonia.
GON D
O Arauto das Maravilhas, a Inspiração Divina, o Criador
Sagrado de Todas as Coisas
Gond é o deus dos artífices, do ofício e da construção. Ele
é reverenciado por ferreiros, carpinteiros, engenheiros e
inventores. Qualquer um que esteja criando algo poderia
recitar uma prece a Gond para guiá-lo durante o trabalho,
mas as pessoas sabem que Gond sorri mais diante de
invenções nas quais os outros podem encontrar utilidade.
Sacerdotres de Gond vagam pelo Norte vestidos com
trajes amarelo cor de açafrão, adornados com cinturões que
contêm suas ferramentas, fechaduras, ganchos e pedaços
SÍMBOLO DE ELD/ITH
SÍMBOLO DE GoND
de aço, estanho e madeira que podem ser úteis em uma
emergência. Eles também usam cintos feitos de grandes
medalhões ligados uns aos outros e enormes chapéus de
sol. Um sacerdote itinerante de Gond oferece seus serviços
para vilarejos distantes como inventor, carpinteiro e como
engenheiro civil, tudo ao mesmo tempo, sempre disposto a
ajudar a construir uma cerca de pasto melhor, cavar um novo
poço ou reparar panelas e móveis que poderiam estar sendo
descartados. Todos os sacerdotes de Gond mantêm consigo
diários nos quais registram ideias, invenções e inovações
descobertas durante suas viagens, e se deliciam em encontrar
companheiros de sacerdócio e compartilhar tais descobertas.
Nas grandes cidades, os seguidores de Gond constroem
templos que servem como enormes oficinas e laboratórios
de invenções. Sacerdotes itinerantes devolvem seus diários
para os escribas residentes nestes templos, que então
registram as observações dos sacerdotes para a posteridade e
benefício de todos.
A maioria daqueles que seguem Gond exercem profissões
antigas e honradas que envolvem trabalho manual: eles são
ferreiros e engenheiros, arquitetos e alfaiates, coureiros e
joalheiros. Ainda assim, esta fé tem uma reputação merecida
como um refúgio para inventores excêntricos e visionários.
O centro de adoração a Gond na Costa da Espada fica em
Baldu's Gate (Portão de Baldur), onde os fiéis ergueram duas
enormes estruturas em honra ao Arauto das Maravilhas: um
templo chamado Grande Casa das Maravilhas e um museu do
ofício e da criação chamado Salão das Maravilhas. Lantan era
um local de destaque na adoração a Gond há cerca de um sé-
culo, quando a ilha nação desapareceu, e desde que retornou
os pouco comerciantes lantaneses vistos na Costa da Espada
têm dito muito pouco a respeito do estado atual de sua pátria.
GWAERON LAÇAVENTO
A Boca de Mielikki, o Mestre Rastreado, o Rastreador que
Nunca se Perde
Poucas pessoas, exceto os guardiões do Norte rezam por
Gwaeron Laçavento. A história que se conta é que Gwaeron
era um homem mortal que foi elevado a divindade por Mielikki,
e agora serve aos guardiões como um intercessor à deusa. Ele
é visto como um guardião exímio, o rastreador perfeito, um
tratador de animais inigualável e um oponente dedicado de
criaturas ferozes como trolls e ores. Dizem que ele se parece
com um velho que tem uma longa barba branca, mas que ainda
é forte e imponente, e acredita-se que ele sempre descansa e
dorme em um pequeno bosque nas proximidades de Trijavali.
Guardiões oram a Gwaeron porque ele representa muito
do que eles fazem, e porque pode falar com Mielikki em
nome deles. No Norte, a maioria dos guardiões enxergam
Mielikki como demasiado misteriosa, sagrada e selvagem
demais para que seja abordada diretamente com seus
CAPÍTULO 1 1 BEM-VIND O AOS REINOS )
 pedidos, mas eles consideram Gwaeron Laçavento como um
deles e alguém capaz de entender suas necessidades.
Gwaeron não possui templos, mas santuários dedicados
a ele podem ser encontrados em muitos locais que servem
como marcadores de trilhas para aqueles que andam pelos
ermos. Cada um desses santuários é marcado com um
entalhe do símbolo de Gwaeron, uma pegada da pata de um
animal com uma estrela na palma, seja em uma árvore ou
pedra que se destaque no local.
HELM
O Vigilante, Ele dos Olhos Vigilantes, Aquele que Vigia
Deus da vigilância e da proteção, Helm é visto como
a epítome do protetor, do vigilante e da guarda. Ele é
venerado por aqueles que permanecem vigilantes para com
os inimigos ou o perigo. Helm é a divindade favorita das
pessoas que ganham a vida protegendo alguém ou alguma
coisa, como os leões de chácara, os membros da vigília da
cidade e os guardas da câmara de um tesouro.
Helm incorpora o espírito da vigilância, sem se preocupar
com bem ou mal. Nas lendas, ele é honrado e mantém sua
palavra até o fim, como quando ele protegeu as escadas
celestiais durante o Tempo das Perturbações, evitando
que os deuses as subissem e continuassem a espalhar o
caos que caracterizou aquela época, até que as Tábuas dos
Destino fossem encontradas.
Embora sua fé tenha visto dias sombrios, a adoração a
Helm nunca chegou a diminuir de verdade. A maioria de seus
seguidores acredita que o Vigilante jamais pode ser derrotado
1
totalmente, e eventos recentes reafirmaram essa crença.
1
Os sacerdotes de Helm ensinam que a pessoa deve ser
1
vigilante, sempre ciente do que acontece ao seu redor,
i sempre preparada para encarar seus inimigos. Paciência,
1 ;
pensamento claro e planejamento cuidadoso sempre irão
1
derrotar' ações impulsivas no final de tudo. Aqueles que
seguem Helm esforçam-se para estarem sempre alertas,
com a mente limpa e a manterem sua palavra. Todavia,
essas características não necessariamente as tornam
boas pessoas, e muitos consideram que a fé em Helm seja
demasiado inflexível e impiedosa.
HOAR
O Arauto da Destruição, Poeta da justiça
Hoar, conhecido nas terras ao longo do Mar Interno
como Assuran, é um deus da vingança e da retribuição.
Normalmente ele não é adorado no dia a dia, mas seu nome
sempre é invocado por aqueles em busca de vingança. Quando
algum criminoso torna-se uma presa do destino - como
quando um assassino escapa da acusação, mas logo depois
acidentalmente acaba se matando - dá-se crédito a uma
SÍ M BOLO DE 110 /IR
S ÍM B OL O OE 11 EL M
CAPÍTULO 1 1
-------------------~
BEM-VINDO AOS REINO S
interferência de Hoar. Quando alguém ouve três trovoadas em
sequência, é comum considerar que isso é um sinal dado por
Hoar de que algum ato de vingança foi colocado em prática.
Muitas sociedades humanas têm o costume de soar um sino
ou gongo três vezes quando está havendo o julgamento de um
crime ou quando acontece uma execução.
As pessoas pronunciam o nome de Hoar quando querem
vingança, principalmente quando são incapazes de se
vingaram por conta própria. Esta invocação pode ser em
resposta a uma ofensa mesquinha ou a uma verdadeira
injustiça, e o agradecimento a Hoar pode ser uma prece
curta dita em voz alta ou pode ser escrita em algum lugar. É
uma crença geral de que quão mais permanente é a forma da
prece, mais provavelmente ela é cumprida. Por esse motivo,
alguns gravam tais preces em chumbo e as enterram ou as
escondem dentro de diários. Com exceção dos caçadores de
recompensa e daqueles empenhados em uma cruzada de
vingança, poucos reverenciam Hoar, e ele é servido por menos
ainda que poderiam ser chamados de sacerdotes. Templos
ou santuários dedicados a Hoar são quase que inexistentes,
exceto por locais antigos em Chessenta e Unther.
Hoar tornou-se membro do panteão faerilniano quando
a adoração a ele foi estendida para além das terras que o
reverenciavam originalmente. Muitos consideram Tyr o
árbitro das leis e Hoar como sendo o deus que define as
punições que virão como resultado de quebrar tais códigos.
Um juiz pode preferir a adoração a Tyr, enquanto um
carcereiro ou um carrasco mais provavelmente ora a Hoar.
lLMATER
O Deus Lamentoso, o Senhor Alquebrado, Ele Que Resiste
Ilmater é o deus do sofrimento, do martírio e da
perseverança, conhecido por sua compaixão e resiliência.
É ele que oferece auxílio e palavras acalentadoras para
aqueles que estão sofrendo, que são vítimas ou que estão
em grande necessidade. Ele é quem está disposto a sofrer,
aquele que toma o lugar do outro para suportar-lhe o fardo,
o que sente a dor pelo outro. Ele é o deus dos oprimidos e
dos tratados com injustiça.
É comum dizer que se fosse por ele, o Deus Lamentoso
tomaria todas as dores do mundo para si, poupando assim
os outros deste fardo. Mas como ele não pode fazer isso, ele
abençoa aqueles que resistem em nome dos outros, e alivia
o sofrimento sempre quando pode. Mártires que morrem
para que outros possam viver sempre serão abençoados por
Ilmater com o descanso final e a recompensa no pós vida do
deus, se assim eles escolherem.
Os sacerdotes de Ilmater cuidam dos doentes, dos famintos
e dos feridos, e seus templos dão muito mais do que recebem
para ajudar a compensar todo o sofrimento que existe no
mundo. Seus seguidores prestam socorro sempre quando
podem, mas também fazem uso da força para colocar
um fim na tortura e no sofrimento imposto em outros. Os
 A LENDA DA BUGALHA DE Ossos, DO ARREMESSO DE CRÂNIO E DO TRONO VAZIO
Há muito tempo havia apenas um deus do conflito, morte
e dos mortos, e ele era conhecido como Jergal, o Senhor do
Fim de Tudo. Jergal fomentou e alimentou a discórdia entre
mortais e entidades divinas. Quando os seres matavam uns
aos outros em sua busca por poder ou por puro ódio, ele os
recebia em seu reino sombrio de eterna obscuridade. Todas
as coisas morreram, no fim tudo vinha até ele, e com o tempo
ele construiu um reino que não poderia ser equiparado ao
de nenhum outro deus . Porém, ele começou a ficar cansado
de seus trabalhos, pois ele os conhecia muito bem, e sem
nenhum desafio não restava mais nada - e no nada há apenas
melancolia. Nesse estado, a diferença entre poder absoluto e
sua ausência total é imperceptível.
Durante essa era sombria ascenderam três poderosos mortais
- Bane, Bhaal e Myrkul - que cobiçavam o poder que Jergal
possuía. O trio forjou um pacto profano que ou eles ganhariam
o poder supremo ou morreriam na tentativa. Por todo o mundo
eles caminharam, sempre procurando poder mágico e magias,
desafiando a morte a cada momento. Não importava qual mons-
tro haviam enfrentado ou quais magia eles desafiaram, os três
mortais emergiram ilesos todas as vezes. Por fim, o trio viajou até
a Desolação Cinzenta e procuraram pelo Castelo de Osso. Através
de exércitos de esqueletos, legiões de zumbis, hordas de apari-
ções e um agrupamento de liches eles batalharam. Por fim eles
alcançaram o objeto da busca de suas vidas - o Trono de Osso.
"Eu clamo tal maligno trono", Bane, o tirano , gritou a Jergal.
"Eu destruirei a ti antes que possa sequer erguer um dedo",
ameaçõu Bhaal, o assassino.
"E eu aprisionarei vossa essência para todo o sempre",
prometeu Myrkul, o necromante.
Jergal levantou-se de seu trono com uma expressão fatigada e
disse, "O trono é vosso. Estou deveras cansado deste poder vazio.
Peguem-no se assim desejarem - Prometo-lhes servi-los e guiá-los
como vosso senescal até que estejam mais confortáveis com a
posição". Então, antes que o trio estupefato pudesse reagir, o
Senhor da Morte perguntou, "Quem entre você deverá governar?"
O trio imediatamente começou a lutar entre si enquanto
Jergal observava com indiferença. Quando acabou ficando
evidente que ou todos eles morreriam de exaustão ou lutariam
pela eternidade, o Senhor do Fim de Tudo interveio.
sacerdotes de Ilmater viajam para lugares onde existem as
piores condições, auxiliando a prover as necessidades dos
oprimidos, dos pobres e dos que se foram. Eles colocam as
necessidades dos outros diante de si, compartilhando tudo o
que possuem e enfatizando que a natureza espiritual da vida
é maior do que o bem-estar do corpo material.
Sacerdotes de Ilmater que estão em uma missão de
auxílio a outros podem ser reconhecidos por seus cilícios,
vestes de pelagem grossa usadas contra a pele nua. É um
tabu ferir tais sacerdotes enquanto eles estiverem a serviço,
como por exemplo quando eles estão cuidando dos feridos
em um campo de batalha. O tabu também é tão forte entre
-..,,.~....,.-......~~----------------
"Após tudo o que sacrificastes, partiriam vocês sem nada? Por
que não dividistes os aspectos do ofício através de uma disputa
de habilidades?", perguntou Jergal.
Bane, Bhaal e Myrkul consideraram a oferta do deus e concor-
daram com ele. Então Jergal pegou os crânios de seus três mais
poderosos liches e os deu ao trio de modo que eles pudessem
competir em um jogo de arremesso de crânios. Cada mortal lan-
çou um crânio através da Desolação Cinzenta, tendo concordado
previamente que o vencedor seria o que arremessasse mais longe.
Malar, o Senhor das Feras chegou para prestar uma visita
a Jergal nesse exato momento. Após uma rápida apuração
de que o vencedor da disputa receberia todos os poderes de
Jergal , ele foi atrás dos crânios para garantir que a disputa fosse
interrompida até que tivesse uma chance de participar por uma
parte do prêmio. Bane, Bhaal e Myrkul novamente começaram
a lutar entre si, pois havia ficado claro que a disputa havia sido
arruinada, mas mais uma vez Jergal interviu . "Por que não
permitistes que a Senhora da Sorte decida, pois dessa forma
não precisastes dividir nada com a Besta?"
O trio concordou com esta alternativa, e Jergal arrancou os
dedos esqueléticos de sua mão e os deus aos competidores.
Quando Malar retornou de sua busca pelos crânios, encontrou
o trio no término de uma disputa de bugalha de ossos .
Bane gritou triunfante, "Como vencedor, escolho governar por
toda a eternidade como o tirano supremo. Posso induzir o ódio
e o conflito por puro capricho, e todos se curvarão diante de
mim quando estiverem em meu reino".
Myrkul, que havia ficado em segundo lugar, declarou, "Eu
escolho os mortos, e ao fazê-lo eu sou o verdadeiro vencedor,
pois tudo que o mestre Bane governar, no fim será meu. Todas
as coisas devem morrer - até mesmo os deuses".
Bhaal, que terminou em terceiro, proclamou, "Eu escolho a
morte, e é pelas minhas mãos, Mestre Bane, que tudo o que
governas passará ao Mestre Myrkul. E vocês dois devem me
prestar honras e obedecer meus desejos, pois posso destruir
vosso reino , Bane, ao matar vossos súditos, e posso fazer
passar fome vosso reino , Myrkul ,segurando a minha mão".
Malar rosnou de frustração, mas não podia fazer nada a respeito,
e assim mais uma vez somente as feras foram deixadas para ele.
E Jergal apenas sorriu, pois ele havia se livrado de seu dever.
os humanos que até mesmo outras raças respeitam esse
costume. Até mesmo ores e goblinoides evitam atacar
diretamente um pacífico sacerdote de Ilmater, contanto que
ele esteja cuidando dos combatentes caídos.
A maioria das pessoas têm um enorme respeito pelo
traba lho e sacrifício feito pela fé de Ilmater, e prestam ajuda
sempre quando podem. Quando um templo de ilmater envia
seus fiéis para auxiliar refugiados de guerra ou vítimas de
pragas, a boa vontade deles em sacrificar seu próprio
bem-estar e sempre incita as pessoas comuns a ajudá-los,
estejam as pessoas verdadeiramente inspiradas ou
envergonhadas a entrar em ação.
SÍMBOLO DE lLMATER
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
jERGAL
O Último Escriba, o Impiedoso, o Senescal Insensível
Dizem as lendas queJergal é uma divindade muito antiga.
A história diz que nos tempos de Netheril ele era adorado
como o deus da morte, do assassinato e do conflito. Mas
com o passar do tempo, ele começou a se entediar com esta
posição. Então, certo dia, três mortais, cada um deles um
poderoso aventureiro, encontraramJergal nas terras dos
mortos, determinados a destruí-lo e tomar-lhe o poder. Em
vez disso,Jergal calmamente abdicou de seu trono de ossos
e permitiu que cada um dos três mortais assumissem um
aspecto de sua divindade. Foi assim que Bane assumiu o
aspecto do conflito, Myrkul passou a reger sobre os mortos
e Bhaal o aspecto do assassinato.Jergal perdeu seu antigo
posto e tornou-se o escriba dos mortos.
Jergal agora é visto como um indiferente zelador dos mortos.
Considera-se que ele registra a passagem dos vivos e auxilia
Kelemvor a verificar se tais almas estão adequadamente
vinculadas ao respectivo pós-vida. Raramente ele é reconhecido
diretamente, exceto quando é mencionado em funerais e entre
aqueles que praticam o costume de escrever o nome do falecido
em um pedaço de pergaminho e colocá-lo na boca do morto.
Esse ritual é comum em locais onde um túmulo ou tumba do
indivíduo não é marcado com o nome da pessoa.
Poucas pessoas seguemJergal como uma divindade, e a
maioria dos que o fazem estão preocupados de alguma forma
com a dispensa dos mortos. Sacerdotes de Jergal servem
nas comunidades como coveiros e zeladores de cemitérios.
Jergal não possui templos dedicados a si, com exceção de
locais abandonados que eram dedicados a antiga e sombria
encarnação dele, mas seus sacerdotes são sempre bem
recebidos nos templos de Kelemvor, Deneir e Myrkul. Sua fé
envia anualmente registros das mortes até locais sagrados
onde este 'tipo de documentação costuma ser mantido.
KELEMVOR
O Senhor dos Mortos, ojuíz dos Condenados
Kelemvor é visto como um deus da morte imparcial, justo
e reconfortante. A morte chega para todos, e quando ela
ocorre Kelemvor está lá para levar cada alma pelas mãos
e conduzi-la até o pós-vida. Os sacerdotes de kelemvor
ensinam que aqueles que reverenciam os deuses de
acordo com os rituais daquela religião cumpriram o seu
serviço e lhes será oferecido o merecido pós-vida que eles
tanto buscam.
Os fiéis de Kelemvor dão para as pessoas a transição
pacífica até os cuidados do Senhor da Morte. Eles ajudam os
moribundos a tratar seus assuntos pendentes, e conduzem
rituais funerários para aqueles que não podem pagar pelos
custos elevados das cerimônias de suas fés. Os princípios
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
dos fiéis de Kelemvor os obrigam a prevenir ou evitar mortes
prematuras sempre que possível. "Prematuro", todavia,
é um termo que diferentes seitas e adoradores definem
de diversas maneiras. Um grupo pode se concentrar em
impedir a propagação de doenças, enquanto outro pode se
responsabilizar pela prevenção de assassinatos e outro ainda
na eliminação do flagelo representado pelos mortos-vivos. Na
verdade, todos os fiéis de Kelemvor desprezam os mortos-vivos
e trabalham até certo ponto para eliminá-los, pois mortos-
vivos de qualquer espécie são vistos como uma subversão da
ordem natural. Obviamente que essa crença coloca os fiéis de
Kelemvor em desacordo com necromantes, com sacerdotes
de Myrkul e outros que promovem a criação dos mortos-vivos.
Porém, isso também causa conflitos de fontes inesperadas.
Por exemplo, é rotina dos sacerdotes de Kelemvor destruir
quaisquer escritos sobre a criação dos mortos-vivos que
eles venham a encontrar - um ato que ofende aqueles que
valorizam o conhecimento por si só, como é o caso dos fiéis de
Oghma e Deneir. Além disso, também existem mortos-vivos
que não são maus, como os baelnorn, que os elfos consideram
sagrados. Os devotos de Kelemvor também buscam o fim de
tais seres, independentemente desse fato.
LATHANDER
O Senhor da Manhã, Inspiração da Alvorada, o Deus da
Rosa d'Ouro
Lathander é o deus da primavera, do nascimento e da
renovação, uma divindade da concepção, vitalidade,
juventude , restauração e auto-perfeição. Ele não é deus do
sol, mas do amanhecer, o que representa o início de um
novo dia cheio de potencial.
Lathander é um deus dos começos. Por costume, as pessoas
fazem uma oração a ele antes de empreender qualquer jornada
ou diligência. O nome de Lathander é invocado para selar
alianças e batizar novos empreendimentos ou companhias.
Por causa disso, o deus é muito popular entre as classes
mercantes, e a igreja se beneficiou muito com isso.
Seu símbolo é o sol nascente e suas cores são o rosa,
o dourado e o tom violeta da alvorada. Os templos e
santuários de Lathander abrigam uma ampla gama de
funções, tanto cívicas quanto pessoais. Nesses locais, as
pessoas se casam em cerimônias realizadas no amanhecer,
anunciam o início de projetos cívicos e até dão à luz quando
possível, de modo a proporcionar boa sorte ao bebê.
Os fiéis de Lathander abraçam a fundação de novas
comunidades e o crescimento da civilização, desde que tal
civilização ofereça a todos o potencial para o sucesso. Eles
desprezam os mortos-vivos, vendo-os como uma corrupção
da ordem natural e uma negação de novos começos, porque
os mortos-vivos se apegam à sua antiga existência em vez de
seguir em frente.
SÍ M BOLO DE LATH AN DER
SÍMBOLO
DE KELE MV OR

LE IRA
A Senhora das Brumas, Névoasombra, a Senhora
da Trapaça
Leira usou muitas máscaras, e mais de uma vez ela foi
considerada morta ou ser totalmente outra divindade.
Talvez tal reputação seja apenas a natureza da deusa da
ilusão e da enganação. Seus fiéis concordam que seja qual
for a "verdade" disso, a Senhora deles se deleita com a
confusão semeada por suas várias encarnações. Até mesmo ,
os fiéis de Cyric espalharam certa vez que o deus deles
havia matado Leira, mas agora eles adotam a estranha ideia
de que de alguma forma ela é filha dele.
Leira é vista mais como enigmática, silenciosa e
reservada e menos como maliciosa ou trapaceira. Credita-se
a ela a invenção de Ruathlek, o idioma dos ilusionistas e o
idioma falado de Nimbral.
Os fiéis de Leira parecem ser bem poucos, embora seja
difícil saber isso com certeza, pois aqueles que a seguem
raramente transparecem suas inclinações. Leira é a patrona
dos ilusionistas e mentirosos. Ela recebe pouca adoração
constante, exceto dos ilusionistas, que rezam para a
Névoasombra em busca de potencialização em suas magias,
e dos vigaristas, para quem ela é uma espécie de campeã.
A maioria das pessoas ora para ela quando espera manter
algo em segredo, ou a apazigua com uma prece antes de
tomar uma decisão importante quando teme ser enganada.
Algumas pessoas fazem um movimento rodopiante com um
dedo atrás das costas ao contar uma mentira, um gesto feito
como forma de pedir ajuda a ela.
Seus sacerdotes usam vestes brancas e cinza-névoa,
e seus rostos são cobertos por máscaras lisas e sem
características faciais. Somente em Nimbral existem
templos dedicados a Leira, e os santuários dedicados a
ela encontrados por todo o continente costumam estar
disfarçados d~ outros tipos de locais, marcados com sinais
que somente os fiéis reconheceriam.
LLII RA
Nossa Senhora da Alegria, Arauta do júbilo, a Dama
dos Festins
Lliira é uma deusa deveras amada, uma divindade de
contentamento, libertação, alegria, felicidade, dança e
liberdade. Como patrona dos festivais ela é homenageada
em qualquer celebração, sendo a dança a principal maneira
de adorá-la. Diz-se que a Senhora dos Festins abomina a
violência, e qualquer luta ou o saque de armas (exceto em
cerimônia) durante uma celebração fará com que ela retire
seu favor. Seus sacerdotes e sacerdotisas, conhecidos como
arautos do júbilo, têm como missão fazer outras pessoas
felizes, mesmo que seja apenas por um momento.
SÍMBOLO DE LEIRA
Seus fiéis sempre usam pelo menos uma peça de roupa
de uma cor brilhante e alegre, enquanto os trajes de seus
sacerdotes se parecem mais com roupas festivas do que com
as sóbrias vestes eclesiásticas. Rubis e safiras são gemas
sagradas para a Nossa Senhora da Alegria, e seus sacerdotes
abençoam qualquer um que vejam usando tais adornos.
Contudo, os seguidores de Lliira não são fúteis. Para eles,
a _alegria divina é um verdadeiro presente para o mundo dos
mortais, e um presente muito necessário. Por causa disso,
eles lutam contra aqueles que trariam miséria para os ou-
tros. Eles são ferozes contra seus inimigos e alegres foliões
quando seu trabalho é concluído.
LOVIATAR
A Donzela da Dor, a Dama do Flagelo, o Açoite-Ávido
Segundo os fiéis de Loviatar, a dor não é um meio para
um fim, mas um fim em si mesmo. Para eles, nada é tão
transcendental quanto o sofrimento, e toda dor é sagrada,
desde a barbárie mais cruel até a mais sutil das torturas,
bem como o sofrimento emocional dos que estão com o
coração partido ou dos que foram traídos.
A dor que se sente é a maior prova da atenção dadq_ pela
Senhora e, portanto, seus fiéis são notoriamente reconhecidos
como auto-flagelantes. A dor também é um caminho para o
poder, considerando a capacidade de infligi-la e de suportá-la.
Um comportamento frio e cruel é considerado ideal porque
é o que melhor simula a Dama do Flagelo e, por essa mesma
razão, seus fiéis apreciam a beleza, o refinamento cultural e
uma certa habilidade em ser manipulador.
Embora os templos dedicados a Loviatar sejam raros,
seus fiéis são mais numerosos do que se poderia esperar.
Loviatar é a divindade escolhida por aqueles que causam
dor, obviamente, e isto inclui torturadores e outros que pre-
cisam quebrar a vontade de suas vítimas. Ela é adorada por
sádicos e masoquistas, e alguns de seus seguidores formam
células cultistas secretas. Cada grupo desses é liderado por
alguém que gosta de administrar a dor e dominar os outros,
rodeado e apoiado por vários bajuladores submissos.
Os adoradores de Loviatar raramente se reúnem em
grandes números, exceto nas cidades mais populosas.
Quando pequenos grupos de fiéis operam silenciosamente
nesses lugares, quase nenhum cidadãos nota ou se
preocupa caso testemunhem atividades de algum culto
do tipo. Todavia, sofredores que encaram açoite nem
sempre estão participando por vontade própria, e os cultos
de Loviatar muitas vezes controlam células secretas de
escravidão, o que pode chamar a atenção das autoridades.
A adoração aberta a Loviatar e os templos claramente
dedicados a ela são raramente vistos, exceto em terras onde
a escravidão é uma prática aceita.
 MALAR
O Senhor das Feras, Aquele do Sangue das Trevas
Malar simboliza o lado sombrio da natureza, o mundo
tingido de vermelho por dentes e garras. Seus fiéis
acreditam que a caça é o ponto central entre a vida e a
morte - a situação onde caçadores e presas de enfrentam,
forçando a questão de quem vive e quem morre. As pessoas
acreditam que Malar não pode ser apaziguado e que ele
não é piedoso. Por isso ele recebe preces apenas daque\es
que estão envolvidos em uma caçada. Tais suplicantes
oram a Malar por duas razões: par implorar pela ajuda
de sua habilidade inigualável como caçador ou para que ',
ele conceda seu temível manto e, assim, afastar outros
predadores. Malar é o deus daqueles que se deleitam com a
caça, que não se intimidam com o derramamento de sangue
e que saboreiam o medo de suas presas.
Muitos licantropos consideram Malar seu pai divino, assim
como outros predadores inteligentes. Ele tem muitos devotos
que são druidas e guardiões com uma tendência especialmente
selvagem, e muitos bárbaros adotam Malar como patrono por
sua ferocidade e crueldade. Seus sacerdotes usam braçadeiras
com garras, impressionantes manoplas enfeitadas com garras
estilizadas que se projetam das extremidades dos punhos e que
servem como armas cerimoniais.
MASK
O Senhas das Sombras, o Mestre de Todos os Ladrões
Mask é um deus trapaceiro, o patrono dos mal-feitores,
1 espiões e ladrões. Tudo o que acontece nas sombras está
sob a alçada de Mask. As pessoas sussurram uma prece a
' 1
Mask sempre que é necessário furtividade ou quando estão
envolvidas em alguma intriga em andamento.Já os cortesãos
e diplomatas invocam o nome do deus na esperança de uma
negociação tranquila.
Aqueles que seguem Mask geralmente dão prioridade à
ladinagem e a outras formas de aquisição dos pertences
que são de outras pessoas, como furtos , roubos, assaltos e
estelionato. As pessoas comuns oram para Mask pedindo
que ele desvie os olhos de seus objetos de valor, mas os mais
cautelosos muitas vezes empregam a "bolsa de Mask", uma
pequena bolsa feita .de pano barato usada à vista de todos
(e, portanto, facilmente cortada ou sacada) contendo uma
pequena oferta em moedas. Convencionou-se que um batedor
de carteira que roube a bolsa de Mask ao encontrar uma
pessoa usando-a considere o ganho como um presente do
deus, enquanto quem perdeu a bolsa é grato ao Senhor das
Sombras por aceitar um sacrifício respeitoso constituído de
uma pequena porção de seus bens. Obviamente, nada impede
que outro batedor de carteiras tenha como alvo alguém que
perdeu a bolsa de Mask, mas qualquer pessoa com azar
.SÍMBOLO DE MALAR
suficiente para atrair vários batedores de carteira em um único
passeio provavelmente é alvo da ira de Mask por algum motivo.
Os sacerdotes de Mask geralmente são ladrões por
profissão e costumam servir como líderes no submundo ou
no sindicato do crime local. Eles usam o título de demarquês
ou demarquesa e usam máscaras de véu quando prestam
serviços sacerdotais.
MIELIKKI
Nossa Senhora da Floresta, a Rainha da Floresta
As pessoas raramente falam de Mielikki, exceto quando
estão em locais tranquilos da floresta. Ela reina suprema
nos bosques que evocam as maiores maravilhas, mas
diz-se que ela vigia pessoas boas em qualquer floresta,
não importa o quão sombria ou cruel a mata seja. Quando
crianças se perdem nas matas, as pessoas suplicam a
Mielikki que as protejam até que sejam encontradas.
Mielikki é a deusa da floresta e as criaturas que vivem
nela. Ela é vista como uma divindade distante e espiritual
- bem menos humanizada do que muitos outros deuses.
Ela não é negligente com as pessoas, mas sua atenção e
favor são difíceis de serem conquistados. Ela é a patrona
dos guardiões exatamente da mesma maneira que Milil
é a patrona dos bardos, mas ainda assim os guardiões
raramente oram diretamente para ela. Em vez disso, rezam
para Gwaeron Laçavento, que eles acreditam que levará
suas preces até deusa, seguindo-a seja lá qual for a floresta
na qual ela se esconde.
O símbolo de Mielikki é um unicórnio, algo que que leva
alguns a pensar nela como tal e a confundem com Lurue,
a Rainha dos Unicórnios e a verdadeira deusa dessas
criaturas. Entretanto, a maioria dos contos retrata Mielikki
como uma bela mulher que Lurue permite-se montar,
e acredita-se que as duas sejam boas companheiras.
As relações de Mielikki com as outras divindades do
mundo natural são mais complexas. Silvanus por vezes é
considerado seu pai e Eldath é considerada sua irmã, mas
Mielikki segue seu próprio caminho através da natureza.
Existem muitos santuários dedicados a Mielikki,
principalmente na Fronteira Selvagem. A maioria destes
consiste em um tronco de árvore morta no qual foi
entalhado algo que lembra seu símbolo sagrado, a cabeça
de um unicórnio. Como alternativa, esse entalhe pode ser
feito em um pedaço de madeira separado e pregado a umâ
árvore viva. Esses santuários costumam marcam um ponto
na floresta além do qual os habitantes da região sabem que
não devem cortar madeira ou caçar. Muitas vezes, esses
tributos são criados pelos madeireiros no final de uma
excursão madeireira como um sinal de agradecimento à
deusa por fornecer a madeira e por manter os lenhadores
em segurança durante todo o trabalho.
SÍMBOLO DE M IELIK KI
SÍMBOLO DE MASK

M ILIL
O Senhor da Canção, a Verdadeira Mão do Onisciente Oghma
Milil é o deus da poesia, da eloquência e da música. Ele é
um deus da criatividade e da inspiração, da canção como
um todo, muito mais do que apenas a letra ou a melodia.
Ele representa o pensamento acabado, o resultado do
processo que leva da concepção à realização de uma ideia.
Milil é mais venerado por bardos, trovadores e outros
artistas do entretenimento, mas qualquer pessoa que
esteja se preparando para entreter ou falar diante de uma
multidão pode oferec"er uma rápida prece a Milil em busca
de uma apresentação bem-sucedida. Aqueles que buscam
inspiração para um esforço criativo também oram a Milil.
Seus símbolos o representam como um homem belo, às
vezes como um humano, às vezes como um elfo e até mesmo
como um meio-elfo em lugares (como Aglarond) que têm
uma grande população de meio-elfos. Ele é retratado de
várias formas, seja jovem ou seja velho, mas sua identidade
é sempre aparente devido sua harpa de cinco cordas feita de
folhas prateadas, que ele carrega sempre consigo. Ele é o ideal
ao qual todos os artistas aspiram: equilibrado e confiante,
extremamente carismático e uma fonte de inspiração para
quem o ouve. Diz-se que ele se lembra absolutamente de tudo
o que ouve ou que é dito enquanto a música toca, bem como
tem a maior habilidade em improvisação.
Locais sagrados dedicados a Milil são frequentemente
encontrados em casas de espetáculos e escolas de música.
Quer seja uma vasta sala de concertos ou uma pequena
câmara de coral, o local deve ter excelentes qualidades
acústicas. Os sacerdotes de Milil patrocinam eventos que
envolvam as artes, além de eles próprios serem artistas, e
frequentemente atuam como tutores nas artes da atuação
em seus santuários e templos.
Assim como Deneir, Milil às vezes é visto como estando
a serviço de Oghma. Nestes retratos da divindade,
Milil é a mão esquerda do deus, também conhecida
como a Verdadeira Mão. Essa expressão não pretende
denegrir a mão direita (Deneir); muito pelo contrário
inclusive, e decorre do fato de que a mão esquerda é mais
frequentemente associada a grande habilidade artística e a
crença de que a maior arte vem da aceitação da verdade.
MYRKUL
O Senhor dos Ossos, Velhor Lorde Crânio, o Ceifador
Myrkul é um deus antigo, um dos três ex-mortais que foram
elevados à divindade quandoJergal se cansou de seus deveres
divinos e distribuiu sua influência entre eles. Myrkul tornou-se
o deus da morte e dos mortos, e governou a Cidade dos
Mortos durante séculos até que, por sua vez, foi morto. Com
o tempo Myrkul voltou, pois afinal a própria morte pode de
fato morrer? Os fiéis de Myrkul o vêem como o Ceifador, que
reivindica almas e as leva até Kelemvor para serem julgadas.
Myrkul é uma divindade da morte, da decadência, da
velhice, da exaustão, do crepúsculo e do outono. Ele é o deus
do fim das coisas e da desesperança, tanto quanto Lathander
é o deus do começo e da esperança. As pessoas não oram
para Myrkul tanto quanto o temem e o culpam por ossos
doloridos e pela perda da visão. É um consenso que Myrkul
seja uma divindade sem paixão e indiferente até mesmo
para com seus seguidores mais devotos. Aqueles que tomam
Myrkul como patrono tendem a ser melancólicos, taciturnos
e obcecados pelos mortos e mortos-vivos. Como muitos
seguidores de Kelemvor eJergal, os sacerdotes de Myrkul
servem como coveiros e normalmente mantêm em segredo a
identidade de seu patrono.
Santuários dedicados a Myrkul ou gravuras de seu símbolo
sagrado aparecem em muitos lugares onde os humanos
enterram seus mortos, mas templos completos são raros.
Os poucos que existem são lugares consagrados onde os
mortos trazidos de centenas de quilômetros são levados para
serem enterrados, mesmo que não sejam da fé de Myrkul.
Há pouco espaço reservado para os vivos em tal localidade,
sendo normalmente um santuário modesto, mas com vastas
catacumbas e ossários. Na câmara mais profunda de cada
templo repousa um trono, e sobre esse trono está sentado o
condenado - o cadáver preservado do santo mais reverenciado
da história do templo (geralmente seu fundador). Os iniciados
na fé são trazidos até este local para se ajoelharem diante do
condenado do templo, onde devem passar uma noite e um dia
jejuando e meditando na completa escuridão.
MYSTRA
A Senhora dos Mistérios, Nossa Senhora das Magias,
a Mãe de Toda a Magia
Mystra é a deusa da magia, e isso significa também ser a
deusa das possibilidades. Ela é venerada por magos e por
aqueles que usam objetos mágicos ou magia em suas vidas
diárias. Ela também recebe preces daqueles que acham a
magia maravilhosa ou se deparam com a magia que temem.
Mystra é a deusa da força essencial que torna possível toda a
conjuração das magias. Ela fornece e cuida da Trama, o canal
através do qual conjuradores mortíferos e artesãos mágicos
podem acessar com segurança a força bruta da magia.
Como é de se esperar para uma terra tão tocada pela
magia, a fé de Mystra é bem difundida por toda Faerfi.n.
Seus adoradores incluem aqueles que usam magia ou que
trabalham diretamente com ela, como alquimistas e sábios.
Entre os sacerdotes vestidos de azul dos templos de Mystra
existem magos e feiticeiros, assim como ocasionais bardos.
O objetivo dos fiéis de Mystra é simples: que a mágica
seja preservada e proclamada por todos os Reinos. Não é
incomum que seus seguidores estejam atentos àqueles que
demonstram alto potencial para o uso de magia e sempre
ajudam e providenciam que essas pessoas encontrem tutela
com um mentor adequado.
SÍMBOLO DE M v sTRA
-
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
35
ÜGHMA
O Encadernador, o Senhor do Conhecimento
Oghma é o deus da inspiração, da invenção e do
conhecimento. Acima de tudo, Oghma representa o
conhecimento em sua forma mais suprema e bruta - a
ideia. Um provérbio citado por seus fiéis sobre esse conceito
os serve de prece quando repetidos em voz alta: "Uma ideia
não tem peso, mas pode mover montanhas. Uma ideia não
tem autoridade, mas pode dominar as pessoas. Uma ideia '
não tem força, mas pode afastar impérios. O conhecimento
é a maior ferramenta da mente mortal, superando qualquer
coisa feita por mãos mortais. Antes que qualquer outra coisa
possa existir, a ideia deve existir."
Os fiéis de Oghma disseminam o conhecimento e a
alfabetização o mais amplamente possível, acreditando
que as mentes nunca devem ser presas pelos grilhões da
ignorância e, portanto, incapazes de transmitir o legado
benéfico que proporcionariam aos seus iguais. Não é de
surpreender que aqueles que seguem Oghma se opõem
àqueles que promovem enganos, truques e ignorância.
Pessoas de muitas profissões seguem o Encadernador:
magos, cartógrafos, artistas, bardos, escriturários,
inventores, sábios, escribas e todo tipo de pessoa que
descobre, preserva e cria conhecimento e aprendizado.
O culto a Oghma foi, em certo momento, uma das poucas
religiões organizadas em toda Faerun que tinha uma
ortodoxia estabelecida e uma rede completa de templos
que aderiam a essa ortodoxia. Entretanto, cismas durante
o Tempo das Perturbações abalaram essa rede, e agora
as estruturas que abrigam a fé são templos individuais ou
pequenas redes de templos aliados, exatamente como nas
outras religiões.
SAVRAS
Aquele que Tudo Vê, o Terceiro Olho, Senhor da Adivinhação
Savras é um deus de adivinhação e predição. Poucas
pessoas o seguem, mas muitas oram a ele ao realizar
pequenos rituais de previsão. Por exemplo, rapazes e
moças às vezes tentam adivinhar os nomes de seus futuros
cônjuges colocando-se diante de um espelho e declamando
um cântico rimado que invoca Savras.
Savras não tem templos ativos nos dias de hoje
em Faerfrn, e seus santuários são poucos e distantes
entre si, escondidos nos cantos das bibliotecas e da
scriptorias. Apesar dessa falta de destaque, certas pessoas
prestam homenagem regularmente a Savras, incluindo
investigadores, adivinhos, juízes e outros que precisam
descobrir a verdade. Às vezes, esses indivíduos podem
SÍMBOLO
OE ÜGHMA
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
ser identificados pelos elaborados cajados que carregam
em homenagem a Savras. Segundo diz a lenda, Savras
ficou preso no cajado de Azuth por eras. Azuth finalmente
libertou Savras contanto que Savras lhe jurasse lealdade,
e hoje o cajado é um símbolo poderoso para aqueles que
reverenciam Savras. Os fiéis mais devotos se esforçam
ao máximo para decorar e embelezar seus cajados na
esperança de que Savras ache um local acolhedor para
parar por um tempo.
SELUNE
Nossa Senhora de Prata, a Donzela da Lua, a Alva S enhora
da Noite
Acredita-se que Selune esteja entre as mais antigas
divindades de Faerun. A maioria dos humanos em Faerun
considera que a lua no céu é literalmente a deusa que olha
para o mundo, e as centelhas de luzes estreladas que a
acompanham são suas lágrimas. Ela também é uma deusa
das estrelas e da navegação, assim como da maternidade e
dos ciclos reprodutivos. Ela é vista como um poder sereno,
frequentemente venerada por humanas e também por uma
mistura de outras pessoas: navegadores e marinheiros,
aqueles que trabalham honestamente durante noite, aqueles
que buscam proteção no escuro, os perdidos e os indagadores.
Existem muitas lendas sobre Seh1ne, e a principal delas é
a que conta a história da batalha no início dos tempos entre
Selfrne e sua irmã sombria, Shar. As Lágrimas de Selune,
o aglomerado de luzes estreladas que seguem a lua ao
redor do céu, dizem, são causadas pela alegria, tristeza, ou
ambas, da deusa.
O leite, um símbolo da maternidade, é usado em muitos
rituais realizados pelos adoradores de Selune, assim como
os transes e a meditação. Aqueles que a seguem geralmente
colocam uma tigela de leite do lado de fora a cada noite de
lua cheia.
SHAR
A Dama da Noite, a Senhora Sombria, Nossa Senhora
da Perda
A irmã gêmea sombria de Selune, Shar é a deusa das trevas,
tanto em sua forma física quanto na mente e na alma dos
mortais. As pessoas adoram Shar como a deusa da noite, dos
segredos, da perda e do esquecimento. Ela representa as dores
ocultas, mas não esquecidas, e as vinganças cuidadosamente
alimentadas longe do alcance da luz. É comum dizer que
ela tem o poder de fazer as pessoas esquecerem a dor que
sentem ou ficarem acostumadas às perdas, e muitas pessoas
angustiadas oram a Shar por essa bênção.
 Shar é reverenciada por aqueles que se aventuram em
lugares escuros e, portanto, oram a ela em busca de proteção,
como os mineiros, e também por aqueles que caíram em um
estado melancólico e de desespero, que desejam esquecer
algo ou que perderam algo e desejam recuperá-lo. Os
sacerdotes que servem a Shar normalmente nutrem suas
próprias feridas profundas ou segredos sombrios, o que, em
suas mentes, os torna mais adequados para consolar aqueles
que sofrem de um mal semelhante. Ao longo da história do
mundo, muitos seguidores de Shar realizaram atos obscuros
em nome dela - principalmente os sombravar de Netheril,
uma sociedade inteira dedicada a Shar. As tragédias e perdas
provocadas pelo fanatismo de seus seguidores fizeram com
que muitos lugares proibissem sua adoração e, portanto,
levaram a maioria de seus sacerdotes a agirem secretamente.
Entretanto, essas proibições apenas aumentam a revolta
dos sacerdotes para com as autoridades e tornam os fiéis
um ponto crucial para incitação de rebeliões e atos vingança
contra quem quer que esteja governando.
SILVANUS
Pai Carvalho, o Velho Carvalho, Velho Pai Árvore
Silvanus representa toda a natureza, dos mais áridos desertos
até as florestas mais abundantes, dos vorazes tubarões aos
pacíficos cervos. Mas o povo do Norte, principalmente os que
enfrentam os perigos das florestas, montanhas e planícies,
enxergam Silvanus mais como um deus desses lugares.
Silvanus é visto como uma figura paterna sisuda e severa que
cria inundações e secas, incêndios e nevascas, e vida e morte
nos ermos. Nas lendas, ele muitas vezes comanda outras
divindades da natureza, distribuindo recompensas e punições
para elas conforme for adequado.
A natureza e sua imparcialidade são tópicos centrais
no dogma da fé de Silvanus. Seus sacerdotes procuram
1
conhecer a sit uação como um todo, enxergar o macrocosmo;
o ponto de vista deles não se limita à ideia de somente
uma pessoa ou de uma nação sobre o que é o melhor. Para
alguns, a perda de uma comunidade agrícola devido a
ataques de goblins é uma tragédia, mas o evento oferece
uma oportunidade para o ermo crescer e tornar a terra fértil
novamente, o que, por sua vez, oferece novos desafios para
aqueles que retornariam para domá-lo.
A crença em Silvanus determina que a glória da natureza
deve ser preservada não apenas porque a natureza é bela,
mas porque a natureza selvagem é o verdadeiro estado
do mundo. Onde quer que a natureza selvagem exista, ela
revigora e revitaliza a alma mortal e dá fôlego a todo o
mundo. Muitos de seus fiéis se opõem ao estabelecimento
de povoados em lugares selvagens e consideram o consumo
excessivo de recursos naturais não apenas um desperdício,
mas uma blasfêmia.
S Í MBO LO DE SiLV AN US
Silvanus costuma receber a veneração de viajantes que
passam por terras selvagens, exploradores e residentes de
comunidades rurais longe da proteção de um lorde local ou
de uma grande cidade. A folha de carvalho é o símbolo de
Silvanus, e um bosque de carvalhos dentro de uma vila ou
nos seus arredores é frequentemente dedicado a ele como
santuário. Em locais rurais onde os carvalhos não crescem,
uma folha de carvalho gravada na casca de outro tipo de
árvore significa que aquele é um local sagrado para a fé.
SUNE
Senhora Fios-de-Fogo, a Senhora dos Amores, a Princesa
das Paixões
Sune Fios-de-Fogo é uma divindade da paixão e dos
prazeres dos sentidos. Ela é a deusa da beleza em todas
as suas formas - não apenas das visões agradáveis, mas
também dos sons encantadores, dos sabores e aromas
luxuosos, e dos prazeres requintados da carne, da carícia
de um amante ao roçar da seda sobre a pele. Seus
adoradores buscam esses prazeres na vida, não por mera
decadência, mas porque a experiência do prazer é o toque
da própria Sune.
Os seguidores de Sune têm a reputação de serem
hedonistas, e de fato são, até certo ponto. Eles são muito
mais do que isso, pois seus sacerdotes promovem a
beleza no mundo. Eles fazem isso criando arte, agindo
como patronos de talentos promissores e investindo em
comerciantes que levam artigos de luxo para lugares
distantes que nunca viram cetim ou provaram um
delicioso vinho.
Seus sacerdotes consideram a beleza uma das suas
maiores vocações, e todos são treinados em etiqueta, moda
e cosméticos. De fato, os sacerdotes e sacerdotisas de
Sune são tão talentosos na criação de belas aparências que
muitos se orgulham de sua capacidade de se apresentar
como exemplos surpreendentemente atraentes de
ambos os sexos.
Mas a beleza é mais do que superficial, dizem os sunitas;
ela vem do âmago do seu ser e mostra sua verdadeira face
ao mundo, seja ela bela ou abominável. Os seguidores de
Sune são devotos ao romance, creem que o verdadeiro amor
vence tudo e que a pessoa que segue o seu coração encontra
o seu verdadeiro destino. Casais predestinados a ficarem
juntos, amores impossíveis e patinhos feios que se tornam
cisnes estão todos sob a responsabilidade de Sune.
Os templos dedicados a Sune são comuns em terras
humanas e costumam servir como casas de banho públicos
e locais de relaxamento. Um templo normalmente conta
com um salão espelhado e bem iluminado, onde as pessoas
podem se arrumar, além de ver outras pessoas e serem
vistas. Onde não existe um templo dedicado a Sune, ou em
SÍMBOLO DESUNE
CAPÍTULO 1 1 BEM-VINDO AOS REINOS
uma cidade grande onde o templo mais próximo pode ficar
longe demais, um pequeno santuário à deusa costuma fica
perto de uma esquina. Esses locais possuem um espelho
pendurado sob um pequeno teto, onde alguém se pode
fazer uma prece enquanto confere a aparência. O local
pode apresentar uma prateleira ou um armário com vários
perfumes e cosméticos, para que aqueles que não têm
dinheiro para comprar esses itens ainda possam se sentir
bonitos e atraentes.
TALONA
Senhora do Veneno, Dama da Mazela, a Velha da Praga
Talona, uma das mais frequentemente solicitadas divindades
de Faerun, é a deusa da doença e do veneno, culpada por
tudo, desde doenças comuns até fracassos na colheita, desde
poços salobros até pragas. Representada na iconografia de
seus raros templos como uma velha enrugada segurando
uma caneca ou um jarro contendo todas as variedades de
doenças e venenos, Talona é uma deusa temida e muitas são
as preces que imploram a ela por proteção contra doenças
e venenos. Vários rituais para apaziguá-la envolvem o uso
de três gotas de sangue ou três lágrimas - que devem ser
jogadas em um poço que não deu certo, pingadas no lenço
de alguém atacado pela tosse, jogadas no fogueira da queima
de uma colheita murcha, pingadas na boca de quem sofre de
peste e assim por diante. É uma prática comum marcar um
recipiente de veneno com seu símbolo sagrado, três gotas em
um triângulo e, durante as epidemias, as pessoas pintam a
mesma imagem nas casas dos infectados.
Embora muitas vezes receba diversas orações, Talona
quase não tem templos e poucos cultos são dedicados a
ela. Um culto ou um santuário dedicado a ela pode surgir
em uma área depois que esta foi assolada pela pestilência,
quando alguns dos que sobrevivem decidem venerá-la ou até
mesmo se tornarem sacerdotes.
TALOS
Senhor das Tempestades, o Destruidor
Talos é o lado sombrio da natureza, a força indiferente
e destrutiva que pode atacar a qualquer momento. Ele
é o deus das tempestades, dos incêndios florestais, dos
terremotos, dos tornados e dos desastres naturais. Entre
seus seguidores podem ser encontrados assaltantes,
invasores, saqueadores e salteadores. Quem o segue
enxerga a vida como uma sucessão de efeitos aleatórios
em um mar de caos. Dessa forma, os devotos devem pegar
o que podem e quando podem - pois quem pode dizer
quando o Talos atacará e os enviará para o pós-vida?
SÍMBOLO DE TALONA
CAPÍTULO 1 1
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BEM-VINDO AOS REINOS
Talos é retratado como um jovem barbudo de ombros
largos com um único olho bom e o outro coberto por um
tapa-olho escuro. Dizem que ele carrega uma coleção de
três cajados, um feito com a madeira da primeira árvore
cortada no mundo, outro feito com primeira prata fundida e
último com o primeiro ferro forjado. Ele usa esses cajados
para levantar ventos destrutivos, causar tempestades
terríveis e dividir a terra em atos de raiva. Os três raios
de seu símbolo sagrado representam esses cajados, e
quando ele libera sua ira no mundo, acredita-se que ele os
arremessa do céu como se fossem raios.
Embora Talos seja uma divindade popular, seu nome
é invocado com mais frequência por medo do que por
reverência. Ele tem sacerdotes, principalmente pessimistas
e fatalistas itinerantes que alertam que catástrofes se
aproximam e que aceitam caridade em troca de bênçãos
de proteção. Muitos de seus fiéis usam um tapa-olho preto,
mesmo que os dois olhos estejam intactos.
TEMPUS
O Martelo Inimigo, o Senhor das Batalhas
Tempus é um deus da guerra preocupado com uma conduta
corajosa durante a batalha, usando a força das armas em
vez da conversa para resolver disputas e encorajando o
derramamento de sangue. O deus da guerra é aleatório
em seus favores, o que significa que sua natureza caótica
favorece igualmente todos os lados. Lorde Tempus pode
ser aliado de um exército em um dia e inimigo em outro.
Ele pode ser visto se manifestando antes de uma batalha,
aparecendo de um lado ou de outro. Se ele for visto
montando uma égua branca (Veiros), o exército terá sucesso.
Se ele monta um garanhão preto (Deiros), a derrota é certa.
Na maioria das vezes, ele parece estar andando com um
pé no estribo de cada montaria, o que significa a natureza
imprevisível da batalha. Em tais visões, Tempus é sempre
um combatente de de porte físico poderoso, vestido para a
batalha no estilo daqueles que o imaginam.
O favor de Tempus pode ser distribuído aleatoriamente,
mas, ao longo dos séculos, seus sacerdotes fizeram um
esforço para espalhar e aplicar um código de guerra comum
- tornar a guerra um jogo com regras, com respeito à
reputação do outro e com comportamento profissional. Esse
código, chamado de Honra de Tempus, tem o objetivo de
tornar os conflitos breves, decisivos e tão seguros quanto
possível para aqueles que não estão diretamente envolvidos.
As regras no código incluem o seguinte: arme qualquer
pessoa que precise de uma arma; não despreze um inimigo;
absolva-se com bravura; treine todos para a batalha; e não
se envolva em contendas. Aqueles que envenenam poços,
salgam campos, matam não-combatentes ou praticam
tortura em nome da guerra são considerados pecadores.
SÍMBOLO DE TALOS
 Os adoradores de Tempus são uma legião, e o nome
dele está constantemente nos lábios dos soldados. Seus
sacerdotes são estrategistas, muitas vezes hábeis na arte da
guerra. Muitos de seus ordenados não servem em templos,
mas sim como capelães no campo de batalha acompanhando
exércitos e companhias mercenárias, sempre incentivando
seus companheiros soldados tanto com palavras quanto com
lâminas. Os sacerdotes de Tempus ensinam que a guerra
conduzida corretamente é justa, pois oprime todos os lados
igualmente e que, em qualquer batalha, um mortal pode ser
morto ou tornar-se um grande líder entre seus companheiros.
Os mortais não devem temer a guerra, mas sim vê-la como
uma força natural, a tempestade que a civilização provoca por
sua própria existência.
T oRM
A Fúria Leal, o Verdadeiro, a Mão da justiça
Torm é o deus do dever e da lealdade, reverenciado por
aqueles que enfrentam o perigo em busca de um bem maior.
Aqueles que seguem Torm acreditam que a salvação pode
ser encontrada através do serviço. Assim, cada falha no
cumprimento de seu dever diminui Torm e todo sucesso
aumenta seu brilho. Aqueles que carregam Torm no coração
devem.se esforçar para cumprir seu preceito de sair pelo
mundo e ser uma força ativa em nome do bem, de corrigir
erros e ajudar aqueles os desamparados. Eles devem se
esforçar para manter a paz e a ordem enquanto se opõem
às leis injustas. Os seguidores de Torm estão sempre alerta
contra a corrupção e devem agir rápida e firmemente contra
qualquer evidência de corrupção no coração dos mortais.
Como braço armado da justiça, espera-se que os fiéis de
Torm tragam morte rápida aos traidores. Considerando
esses princípios, não é de se surpreender que a maioria dos
humanos paladinos tenha Torm como patrono.
A maioria dos templos dedicados a Torm são fortalezas
construídas em locais elevados. Essas estruturas oferecem
alojamentos austeros para residentes e cavaleiros visitantes,
campos de treinamento e estábulos. Na arquitetura
predominam o granito branco, estátuas leoninas e figuras
usando armaduras, e os brasões de heróis caídos decoram
as paredes dos grandes salões.
Torm é visto como a mão direita boa de Tyr, e como tal
seu símbolo é uma manopla branca da mão direita. Ela
representa a mão da espada de Tyr, mas também é um
símbolo de paciência. Torm é frequentemente retratado
com a palma da mão direita estendida para a frente, algo
que os seus adoradores chamam de Mão Resoluta. Ela
indica o princípio de que o justo e o verdadeiro devem fazer
uma pausa antes de agir para julgar se as suas intenções
corroboram os ideais de Torm. Templos, estruturas cívicas e
os lares dos fiéis costumam ser decorados com imagens da
Mão Resoluta, como um lembrete constante desse princípio.
SÍMBOLO DE TEMPUS
Os adoradores de Torm vêm de diversos estilos de vida,
pois ele acolhe aqueles que buscam o melhor de si mesmos
e dos outros, que mantêm seus princípios de lealdade,
responsabilidade, dever e bondade, ou que estão dispostos
a se sacrificar para impedir que o mal cresça no mundo. Os
fiéis sabem que todos tropeçarão de vez em quando enquanto
seguem os passos de Torm, mas os sacerdotes de Torm
ensinam que a vergonha de um deslize menor é bem menos
grave do que se recusar a elevar-se aos padrões de Torm.
TYMORA
Senhora da Sorte, Nossa Senhora Sorridente
Tymora é a radiante deusa da fortuna, a quem os
apostadores e jogadores fazem suas preces em Faerftn.
Diz-se que Nossa Senhora Sorridente ama mais aqueles
que jogam com a máxima habilidade e ousadia. Mesmo
assim, acredita-se que ela cuide de todos os que correm
riscos para melhorar suas fortunas.
O grito de guerra dos seguidores de Tymora é "A sorte
favorece os ousados". Alguém pode proferir palavras a
Tymora antes de qualquer empreendimento em que um pouco
de boa sorte seria bem-vinda, mas não quando uma incidência
de má sorte possa ocorrer (nessas ocasiões, as pessoas oram
a Beshaba para poupá-las da má sorte; acredita-se que orar a
ambas irrita as duas deusas). Um método comum de adivinhar
o futuro é jogar uma moeda a um estranho (geralmente um
mendigo) e perguntar-lhe se deu cara. Se assim o for, a moeda
é deixada com o estranho como pagamento pelo favor de
Tymora. Caso contrário, o estranho pode optar por mantê-la
(assim como manter a má sorte) ou devolvê-la.
Aqueles que seguem Tymora - diferentemente das
pessoas que invocam seu nome resmungando do resultado
nos dados - tendem a ser ousados. Aventureiros e
jogadores compõem grande parte de seus seguidores.
Todos eles acreditam que o que há de bom em suas vidas
é o resultado de terem boa sorte e coragem para buscá-la.
Tymora tem adoradores entre todos os tipos de gente: o
impetuoso jovem da nobreza, o comerciante que assume 1
riscos, o sonhador camponês e o ardiloso malandro.
Os sacerdotes de Tymora e os templos dedicados à
Senhora da Sorte são escassos, pois sua fé tende a não se 1
submeter à necessidade de intermediários: É como diz o -
velho ditado, "Deixe o homem de sorte e a Dama Sorridente
terem um com o outro". Entretanto, a existência de santuários
dedicados a Tymora em salões de jogos de azar não é algo
incomum, e às vezes esses estabelecimentos atraem um
sacerdote e acabam por se tornarem um tipo de templo.
SÍ M BOLO OE T ORM
CAPÍTULO 1 [ BEM-VI N DO AOS REINOS
 A LENDA DE TYCHE E DE SUAS FILHAS GÊMEAS
Antes do Cataclismo da Alvorada, havia somente uma deusa
da sorte, Tyche. Eternamente flertando com a sorte e o
desastre, a Senhora da Sorte concedia e retirava o seu favor
por mero capricho. Quando seu atual amante, Lathander,
começou uma luta com outros deuses, Tyche beijou o Senhor
da Manhã lançando sobre ele o infortúnio, e saiu para
explorar o mundo.
Durante suas viagens, a Senhora da Sorte descobriu uma
rosa brotando que possuía uma beleza inigualável. Fascinada
por esse afortunado acontecimento, Tyche alcançou a flor
para arrancar este maravilhoso símbolo, que ela acreditou
ser uma oferta de Lathander, a procurando para recuperar as
boas graças. Para absoluto espanto dela, a Senhora da Sorte
não conseguiu arrancar o botão da roseira, não importava o
quanto tentasse. Frustrada, ela amaldiçoou a rosa com a má
sorte, e o talo da flor quebrou em suas mãos. Tyche colocou
a rosa arrancada atrás da orelha e continuou sua jornada . O
que Tyche não sabia era que a rosa era uma manifestação
de Moander, o deus da corrupção e da decadência. O talo
danificado da rosa rastejou para dentro do ouvido de Tyche e
imediatamente começou a apodrece-la por dentro .
Quando Tyche retornou para casa, ela se encontrou com
sua querida amiga, a deusa SelCine, que esperava para
conversar com ela. Também aguardando por ela estava
Lathander, que desejava recuperar sua afeição, bem como
Azuth, que havia vindo mediar a conversa entre os dois.
SelCine chorou copiosamente ao ver a corrupção destruindo
sua amiga por dentro, e antes que Tyche pudesse perceber
a intenção da amiga, SelCine arremessou-lhe um raio de luz
purificadora. O núcleo apodrecido de Tyche rachou ao meio
e uma versão menor e mais brilhante da deusa da sorte deu
um passo adiante, permitindo que a deusa da lua salvasse
aquilo que era bom e puro em sua amiga. No entanto,
nos calcanhares desta primeira figura, saiu daquela casca
outra forma terrível de contemplar e cheia de uma malícia
sombria e uma força de vontade terrivelmente caprichosa.
Assim que as duas formas emergiram, elas imediatamente
passaram a se odiar, caindo uma sobre a outra, lutando
incontrolavelmente e acabaram sendo separadas apenas
pelos esforços combinados dos três visitantes.
Diz-se que Tymora, a Filha com os Belos Cabelos de Tyche
incorpora toda a graça e gentileza de sua mãe, enquanto
Beshaba, a Filha Desagradável de Tymora ficou apenas com
a aparência da mãe. Desde seu nascimento, os aspectos
gêmeos de Tyche - Tymora, a Senmhora da Sorte e Beshaba,
a Donzela do Infortúnio -tem batalhado uma contra a
outra, contestando assuntos tão grandes como o destino
de nações quanto coisas ínfimas como o arremesso de
uma moeda.
TYR
Taciturno, o Deus Mutilado, o Imparcial
Tyr Taciturno, Tyr, o Imparcial, Alanceado Tyr, o Deus
Mutilado, o Cego, o Cego Tyr, o Senhor da Justiça - todos
esses nomes indicam a natureza do deus da justiça de
FaerO.n. Tyr aparece como um nobre guerreiro sem a mão
direita, que perdeu para Kezef, o Sabujo do Caos, em um
ato de bravura e sacrifício, e com os olhos envoltos em
trapos para indicar sua cegueira causada por um ferimento./ '
infligido por Ao quando ele questionou a justiça das açõe~
do Deus Supremo.
/
CAPÍTULO 1 1
-------~...........---------
BEM-VINDO AOS REINOS //
Os seguidores de Tyr se dedicam à causa da justiça,
à correção de erros e ao livramento da vingança. Essa
devoção não está necessariamente relacionada à igualdade
ou justiça, mas à descoberta da verdade e à punição dos
culpados. Aqueles que seguem Tyr tendem a ser obstinados
em questões teológicas e da aplicação das leis, enxergando
as coisas em termos de preto e branco. O credo de Tyr sobre
a legalidade e honestidade é exigente, e seus sacerdotes
lembram os fiéis de não desprezarem aqueles que não podem
viver pela mesma causa - não seria um chamado honroso se
todos pudessem reunir a força de vontade para segui-lo.
Muitas ordens de cavalaria são dedicadas a Tyr, incluindo
os Cavaleiros do Santo Julgamento e os Cavaleiros da
Espada Misericordiosa. Tais cavaleiros - assim como
juízes e sacerdotes, clérigos e paladinos que adoram Tyr
- às vezes usam finas tiras de um tecido diáfano sobre os
olhos para lembrar os outros que justiça é cega.
UMBELEE
A Rainha Leviana, a Rainha das Profundezas, a Ondamãe
Nenhuma comunidade que vive à beira-mar pode
ignorar a influência de Umberlee, a furiosa deusa cuja
natureza tempestuosa reflete e é refletida pelas águas
das profundezas dos oceanos. Qualquer uma dessas
comunidades certifica-se de sediar festivais para apaziguar
a Ondamãe e buscar o favor dela. Embora de temperamento
volúvel, ela pode ser generosa com aqueles que a honram,
como qualquer grande rainha o faria.
A Rainha Leviana é adorada através do medo, em vez da
veneração, e as tripulações dos navios oferecem suas joias,
jogadas ao mar, de modo a acalmar as águas agitadas pela
tempestade. Como sugere seu apelido mais comum, ela é
vista como caprichosa e cruel, sem um ponto de vista ético
mais firme; o mar é um lugar selvagem, e quem viaja deve
estar disposto a pagar o preço de desafiar o domínio dela.
Existe muito pouco sobre um clero organizado dedicado
a Umberlee. Seus sacerdotes percorrem cidades costeiras,
alertando sobre a destruição e exigindo passagem livre em
navios em troca de garantir a graça da deusa. Muitas vezes
costumam usar as cores das ondas e das tempestades, e
decoram-se com itens que lembram a natureza perigosa
do mar - um colar de dentes de tubarão, algas enroladas
em um osso humano e coisas do tipo. Acredita-se que
a mão preservada de uma pessoa afogada é um objeto
SÍMB OLO DE T v R
,
/
//
particularmente sagrado, e alguns de seus poucos clérigos
usam mãos decepadas como símbolos sagrados . Umberlee
tem um grande número de santuá rios nas cidades costeiras,
e os marinheiros costumam deixa r flores ou pequenos
doces na esperanç~ de que ela os poupe na próxima viagem.
Tanto Waterdeep (Aguas Profundas) qua nto Baldu's Gate
(Portão de Baldur) têm verdadeiros te mplos de dicados
a Umberlee, atendidos em grande pa r te pelas viúvas de
marinheiros perdidos no ma r.
WAUK EEN
Nossa Senhora do Ouro, a Dama da Moeda,
a Amiga dos Comerciantes
Waukeen é a deus a da riqueza e do comércio, dos dois lados
da lei. Seus adoradores mais fervorosos incluem lojistas,
importadores, ricos comerciantes, guias de caravanas,
mascates, cambistas e contrabandistas. Ela tem interesse
em qualquer coisa que aumente o comé rcio e o fluxo de
dinheiro, seja m novas rotas comerciais, novas invenções
ou o mero capricho de mudar de moda. Aqueles que
tomam Waukeen como patrona podem cer tam ente serem
considerados gananciosos, mas diz-se que a Dama da
Moeda desaprova os avarentos e sorri para os trabalhadores
e os esbanjadores, e assim os sacerdotes que carregam
seu símbolo sagrado são bem-vindos em muitas aldeias
e cidades.
Os templos de Waukeen se assem elha m a edifícios
comerciais e costumam servir como locais de reunião
para consórcios mercantes. Aqueles que segue m o espírito
de Waukeen procuram criar m a is oportunidades para
todos e enxergam a competição pela riqueza como um dos
principais meios de progresso da s ociedade. Assim, os fiéis
da Nossa S enhora do Ouro frequentem ente s e veem em
desacordo com guildas mercantes e outros que formariam
monopólios. É uma prática comum entre aqueles que
buscam o favor de Waukeen reser var um dízimo de dez por
cento de seus lucros. Entretanto, em vez de s er dado a um
templo, o dinheiro deve ser gas to para ajudar uma empres a
em dificuldades, para financiar um novo empreendimento,
ou, se tudo m ais falhar, que seja gasto em diversão frívola .
SÍMBOLO DE WAUKEEN
DE LiMBERLEE
Os D EU S ES D E MU LH ORAN D
O s povos de Faerun se referem a Mu lhorand como um dos
Ant igos Impérios, mas a maioria sequer sabe que Mulhorand
é, na verdade, um dos ma is antigos impérios humanos que
ainda existe no contine nte . O panteão de di vindades de
Mu lhorand, por vezes chamados de deuses-reis ou faraós,
podem traçar sua linhagem para mu ito tempo antes disso.
De acordo com os semideuses que assumiram o trono de
Mu lhorand, os ancestrais do povo mu lhorandi foram trazidos
de outro mundo e foram escravizados pelos imaskari em
um antigo império que ficava em algum lugar do que hoje
é o Raurin, o Deserto de Pó. Quando os deuses daqueles
ancestrais ouviram as súp licas de seus fiéis à distância ,
eles criaram um gigantesco arco celestial gu iado por uma
entidade chamada Ptah . Ao chegarem no mundo , duas das
divindades , Re e Enl il , começaram a empoderas os escravos e
a fomentgar uma rebe lião.
A revolta foi um sucesso, mas Ré e Enlil não consegu iram
manter a paz entre si mesmos. Cada um fundou uma dinastia
diferente const ituída de mosrtais divinos , Ré em Mu lhorand
e En lil (pa i de Gil geam) em Unther. Re e suas d ivindades
relacionadas governaram Mu lhorand através de incarnações
mortais durante mil hares de anos.
Mas o tempo cobrou o seu preço, e a atenção dos
segu idores para com as divindades de Mulhorand oscil ou e
diminuiu . Cada nova incarnação de lsi s, Osiris e Thoth tornou-
se cada vez mais humana e cada vez menos divina. Quando os
magicamente poderosos imaskari retornaram para se vingar há
cerca de um século atrás , e les roubaram o cetro de regência de
mãos tão fracas que quase não tinham forças para res istir.
Embora os conquistadores de Mulhorand tenham banido a
escravidão da reg ião que eles agora chamam de Alta lmaskar,
o povo mu lhorandi sabe muito bem que agora est ão em uma
tremenda enrascada. Os imaskari trouxeram consigo os d ias
dos antigos senhores de escravos, conforme descrito nos
pictogramas das tumbas dos faraós . Mu itos rezaram para
que os deuses desaparecidos retornassem e mais uma vez os
libertassem do domínio dos imaskari , e durante a Separação,
isso aconteceu. O que era chamado de Esco lhido em outras
terras foi reconhecido em Mu lhorand como deuses vivos ,
vindos para liderar os mulhorandi em um levante.
Hoje Mulhorand é governada por s emideuses que chamam
a si próprios por nomes como Ré, Anhur, Hórus , lsis, Néftis,
Sete Thoth Eles assumem diferentes formas , algumas huma-
nas e outras tiferinas ou aasimar, mas todos falam e agem
como os deuses das lendas que vieram à vida, exatamente
como devem ser. Essa família de divindades carrega as
cicatrizes de todos os amores , rivalidades e guerras passados
entre eles, mas por enquanto e les colocaram suas d iferenças
de lado para a melhoria de Mulhorand e seu povo, e o povo
de Mulhorand os ama exatamente por isso.
C APÍTULO 2: A COSTA DA ESPADA E O NORTE
STE CAPÍTULO DETALHA VÁRIOS DOS LOCAIS
existentes na Costa da Espada e no Norte,
como seriam vistos através dos olhos e
lembranças de uma pessoa que vive em
Faerfrn. Em vez de serem descrições
exaustivas, o que se apresenta são trechos
de informações extraídos da experiência
de cinco indivíduos que atravessaram, viveram e exploraram
essas áreas. Assim como qualquer outro narrador, eles
têm' opiniões e preconceitos e podem tirar conclusões de
informações incompletas. Ninguém nos Reinos sabe tudo
sobre qualquer assunto, até mesmo os sábios mais antigos e
mais instruídos, e as visões formadas a partir de informações
incompletas podem sugerir uma conclusão imprecisa. Mas
isso também não significa que qualquer informação fornecida
pelos narradores seja falsa, apenas que eles podem não ser
totalmente conhecedores de suas declarações.
Os detalhes apresentados aqui apenas começam a
arranhar a superfície das possibilidades de aventuras no
Norte. Embora alguns desses locais sejam praticamente
desconhecidos para quem é de fora, livros inteiros maiores
que este podem ser (e foram) escritos sobre outros. Se as
descrições deixarem você querendo saber mais, considere-as
como um incentivo para que você e seus companheiros
visitem esses lugares e experimente-os por si mesmos.
Esteja ciente, contudo, de que existe muito mais coisas
no Norte do que o que é apresentado aqui. Há ruínas sem
nome e povoados tão pequenos que nem merecem menção
neste tomo. O que se esconde nas áreas desconhecidas,
esperando para atormentar ou talvez aterrorizar, é ainda
mais formidável, pois é algo que não pode ser previsto.
A ALIANÇA DOS LORDES
DURANTE UM SÉCULO E MEIO E MAIS, AALIANÇADOS LORDES
permaneceu como o grupo mais importante e influente no
Norte. O poder da organização manteve as cidades protegidas
das predações de potências maiores, manteve as ambições
de Luskan sob controle e ensinou aos governantes de muitas
cidades que é melhor cooperar, mesmo que seja por algum
tempo, do que simplesmente fechar as portas e permitir as
tempestades rugissem do lado de fora. Foi essafilosofw que levou
à fundação de Luruar, e quando a lição foi esquecida, perdeu-se
as Fronteiras Prateadas. Mas de nada serve insistir nas tolices do
passado. Em vez disso, é melhor olhar para o futuro, reparar as
muralhas e aguardar notícias das sentinelas de vigia.
- Anduê Cururen, agente da Aliança dos Lordes
A Aliança dos Lordes não é uma nação por si,só, mas uma
parceria dos governantes das aldeias e cidades por todo o
Norte, que juraram paz entre si e prometeram compartilhar
informações e esforços contra ameaças em comum, como
as hordas de ores e os piratas nortenhos. É uma livre
confederação desses assentamentos e de seus agentes,
todos os quais devem lealdade primeiro às suas pátrias e
depois à Aliança dos Lordes.
Nas duras terras do Norte, onde os invernos são frios e
monstros e bárbaros humanos saem constantemente das
sombras das montanhas para saquear povoados isolados,
grandes nações são realmente raras, principalmente no
estado atual do mundo. Em vez disso, surgiram grandes
cidades-estado, enriquecidas pelo comércio e protegidas por
fortes muralhas e defensores leais. Essas cidades - incluindo
o Waterdeep (Águas Profundas), Lua Argêntea, Mirabar e
Neverwinter (Nevenunca) e Baldur's Gate (Portão de Baldur) -
estendem sua influência até as regiões mais próximas, criando
ou aceitando povoados vassalos. Considerando tudo, no fim
esses reinos são cidades, levadas a considerar sua própria
proteção e seu destino antes de quaisquer outras preocupações.
Nos anos que se seguiram à sua fundação, há mais de
cento e cinquenta anos, havia muito mais interesse em ser
um membro da organização, e a Aliança acabou por aceitar
alguns membros que ficavam mais distantes, no sul. Desde
então, eventos como o crescimento de Elturgard até se
tornar um poder por si só e a recente queda das Fronteiras
Prateadas fizeram com que o grupo se fechasse ao redor de si,
restringindo sua participação a poderes no Norte. Os membros
atuais da Aliança são Waterdeep, Anfail, Lua Argêntea,
Mirabar, Neverwinter, Baldur's Gate, Salão de Mitral,
Selalonga, Vau da Adaga e Yartar. Há alguma dúvida sobre se
o Salão de Mitral ainda fará parte da aliança por muito mais
tempo, mas até que o governo da cidade dos anões esteja mais
firmemente estabelecido, ela permanecerá como um membro.
É impossível atribuir uma característica geral aos
membros individuais da aliança. Como um grupo, os
agentes dos membros estão interessados na preservação
da civilização no Norte e compartilham as informações
que podem - e se opõem às ameaças que devem - para
promover esse objetivo. No final, porém, um comerciante
de Waterdeep (Águas Profundas) e um de Baldur's Gate
(Portão de Baldur) preocupam-se principalmente com seus
próprios bolsos e com o bem-estar de suas cidades natal,
e é improvável que se importem com o que acontece com o
outro, exceto na medida em que isso afeta o comércio.
Os conselhos e ideias desta seção são de Anduê Cururen,
uma meia-elfa nativa de Lua Argêntea que já foi dos
Cavaleiro em Prata (um membro do exército dessa cidade)
e agora serve como emissária e, quando necessário, como
uma agente ativa para Aliança dos Lordes. Ela viaja pelo
Norte em nome da Aliança, representando os interesses da
organização e coletando e atualizando informações sobre os
povoados para seus superiores, colegas agentes e possíveis
recrutas, incluindo aventureiros que podem servir a Aliança
ou um de seus membros.
ANFAIL
Nomeada assim por causa de seu fundador, um ex-senhor da
guerra de Waterdeep (Águas Profundas), a pequena aldeia
de Anfail abriga pouca coisa mais do que setecentas almas,
mas buscou e recebeu a adesão à Aliança dos Lordes pouco
menos de um século atrás, graças às manobras das famílias
nobres que controlam suas terras. O que antes era apenas
um exemplo da extensão do alcance de Waterdeep, Anfail
se tornou o retiro das famílias nobres da cidade, um lugar
onde podem conspirar contra seus rivais e enviar seus filhos
mais indisciplinados para liberar algumas de suas tendências
destrutivas sem prejudicar a reputação da família no seio
da sociedade. Como membro da Aliança dos Lordes, Anfail
é tratada igualmente a grandes cidades como Neverwinter
(Nevenunca) e Baldur's Gate (Portão de Baldur) em assuntos
que dizem respeito aos outros poderes da região, apesar de
sua clara inferioridade em tamanho e força.

NOTA PARA O DM: TORNANDO OS REINOS SEUS
As informações contidas neste capítulo são intencionalmente
vagas em re lação a ameaças, monst ros e estatísticas.
Embora você possa usar esses deta lhes para incrementar as
suas descrições das alde ias e cidades que seus jogadores
podem visitar, você não deve considerar esses fragmentos
de narração como sendo defin it ivos. Eles foram criados para
oferecer referênc ias, não para restringir seus jogadores a uma
concepção limitada do mundo.
Você pode dec idir alterar alguns dos deta lhes para
surpreender seus jogadores ou para expl icar eventos
que ocorreram depois que eles tiveram contato com as
informações aqui contidas. Assim, você é encorajado a pegar
o que é apresentado aqui, e os próprios Reinos Esquecidos, e
torná-los seus.
A soberania de Anfail significa que, embora as patrulhas
da Guarda da Cidade de Waterdeep às vezes viajem para o
norte para verificar assuntos na aldeia, a única autoridade
verdadeira ali é a vontade das famílias nobres que a
controlam. O principal negócio da Anfail é a criação de
cavalos, e a aldeia é um ótimo local para encontrar montarias
de reposição e todo tipo de rédeas, arreios, alimentação e
outros bens necessários para que alguém mantenha um
cavalo. A maioria das fazendas tem ferradores ou, pelo menos,
mãos que podem rapidamente colocar a ferradura em um
cavalo, e ferraduras sobressalentes quase entulham a aldeia.
Aqueles que visitam Anfail costumam receber uma
advertência educada dos moradores locais para "evitar os
bem nascidos" ou "furtar-se dos selas de prata", porém
aqueles que ignoram tais avisos não devem esperar
nenhuma ajuda se tiverem problemas com a nobreza. Os
anfailanos são desconfiados por natureza e se calam diante
de pessoas que exibem abertamente riqueza ou status,
pois aprenderam muito cedo que os nobres são pessoas
que gostam de se gabar em detrimento de qualquer pessoa
por perto que não tenha dinheiro suficiente ou um título
significante para que eles possam comparar. Penso eu que
essas pessoas comuns são as fontes ideais de informação
sobre as pessoas das quais desconfiam.
Por sua vez, os jovens nobres que causam desordem
na aldeia parecem fazer isso justamente porque podem.
As contendas e rivalidades que gerariam apenas insultos
cuidadosamente escritos na cidade, aqui podem se
transformar em vias de fato quando esses delinquentes
estão longe dos olhos atentos de seus papais. Já faz muito
tempo que os duelos estão proibidos por um acordo feito
mutuamente, pois causaram brigas sangrentas no passado.
Todavia, as mãos ainda costumam cair nos punhos das
espadas quando são palavras mais acaloradas são trocadas.
Os moradores de Anfail têm que engolir quase todos os
outros tipos de indiscrição da nobreza. Aqueles que sofrem
danos materiais ou algo pior nas mãos dos nobres são
forçados a perdoar a ofensa em troca do oferecimento de
moedas ou de uma promessa feita em nome do transgressor
(sugerindo que os parentes do jovem cumprirão qualquer
obrigação devida). Alguns empreendimentos sobrevivem
inteiramente de trazer o conforto de Waterdeep (Águas
Profundas) até Anfail, criando locais de reunião onde jovens
nobres podem se sentir mais como em casa.
As três maiores famílias com interesses significativos em
Anfail são as Casas Amcathra, Ilzimmer e Chifre-Berrante;
muitas moedas e negócios acabam passando pelas mãos
de uma dessas casas ou de seus intermediários. Quando
Anfail ingressou na Aliança dos Lordes essas três casas
eram as vozes mais altas e influentes, e agora elas controlam
CAPÍTULO 2 1A COSTA DA ESPADA E O NORTE
44 ,1
:/i
o governo da aldeia, com a família que detém o controle
se revezando a cada Encontro dos Escudos. O atual Lorde
Protetor é Dauner Ilzimmer, que fala pela aldeia à Aliança dos
Lordes. A Casa Amcathra ainda não escolheu seu sucessor
para o próximo Encontro dos Escudos. As casasJhansczil e
Tarm têm preocupações menores como a criação de animais
na área, e a Casa Águiaescudo tem propriedades próximas
a Anfail, usadas para continuar sua longa tradição de cuidar
de animais não saudáveis das fazendas das redondezas, e
oferece à venda boas rédeas e outros equipamentos.
Entre o povo comum, a família Oglyntyr possui a maior e
mais antiga fazenda de gado e cavalos de Anfail, e fornece
alguns dos melhores cinzentos de Anfail (corcéis leais e
inteligentes, preferidos como montarias pessoais) aos nobres
e viajantes da região. Uma nova família, não da nobreza, mas
com muito dinheiro, comprou a antigo rancho Baldasker.
Suspeitamos que a família Hemzar, totalmente desconhecida
em Anfail ou em Waterdeep até antes da compra, assim como
a maioria dos assuntos misteriosos de Anfail, possa ter o
apoio secreto de uma casa nobre ou outra.
Os Oglyntyrs, assim dizem meus contatos, solicitaram
aos Ilzimmers que ajudassem a refrear esse negócio inicial,
uma medida que eles estão considerando. Eu mesma visitei
o rancho Hemzar e desaconselharia tal medida. Trata-se
de uma grande família de descendentes de Tashlutar, e eles
pareciam bastante capazes e confiantes de sua posição,
apesar do meu aviso. Não me foi dada a oportunidade de
explorar a propriedade por completo, todavia notei sinais de
que os Hemzars estão preparados para criar e treinar feras
muito mais perigosas do que cavalos e gado. Fiquei, então,
tentada a avisar os Oglyntyrs, mas essa família pode ser tão
odiosa quanto os piores dos nobres. Essas coisas tendem a
se resolver sozinhas.
Quando as famílias nobres de Waterdeep que mandam
seus filhos para Anfail ou que permitem que eles vão para
lá, esperam que eles aprendam algumas lições sobre a vida
enquanto estiverem longe de Waterdeep. Se eles estão indo
para causar dano ou ferir sentimentos no processo, pelo
menos o farão tão longe dos olhos atentos dos outros nobres
da cidade. Para os jovens nobres, não há ninguém importante
ou relevante em Anfail que possa ser permanentemente
prejudicado por quaisquer inconveniências que sejam. Eles
também acreditam que não há ninguém digno de nota por
perto para ouvir esses impetuosos jovens se gabarem e
proclamarem seus planos - mais de uma vez eu soube de
uma ameaça simplesmente ouvindo os filhos de diferentes
casas se gabando uns para os outros sobre assuntos que
deveriam apenas dizer respeito à família.
Tirando o fato do excesso de nobres, Anfail até que é uma
aldeia pacífica, já que a ameaça de retaliação em larga escala
vinda tanto de Waterdeep quanto da Aliança dos Lordes lança
uma sombra longa e escura sobre qualquer plano de perturbar
as coisas por lá. Os nobres de Waterdeep têm bolsas pesadas
e estão dispostos a gastar o máximo de moedas necessário
para proteger seu parquinho favorito - e punir qualquer
pessoa que possa atrapalhar seu controle sobre ele. A única
coisa que os nobres parecem incapazes de colocar um fim é
no cheiro de estrume, que nos meses de verão paira pesado
sobre a aldeia. É esse estrume que ajuda a alimentar o
verdadeiro negócio de Anfail: alimentar Waterdeep com os
produtos das muitas fazendas que cercam a aldeia.
Como muitas fazendas da Anfail são de propriedade da
Casa Ammakyl, os membros dessa família nobre são de
longe os mais enriquecidos pelo comércio local. Eles se
consideram bons senhorios para as pessoas que cultivam
suas terras e certamente trarão à atenção do Lorde Protetor
e dos Senhores de Waterdeep quaisquer am:aças feitas
os plebeus honestos e trabalhadores a serviço deles.
;ualquer coisa que ameace a agricultura em An~ail a1=1eaça
diretamente a Cidade dos Esplendores, e essas situaçoes
são tratadas com rapidez e segurança pela Guarda de
Waterdeep. O resultado disso é que até mesmo os nobres
mais rebeldes tomam cuidado para não pisar muito no
gramado dos Ammakyl em Anfail, pois u~a casa que fa_z isso ') 1
pode rapidamente se deparar com seus alimentos favontos
inesperadamente difíceis de se obter na ocasião de uma festa
ou outro evento em que o status da família esteja em risco.
B ALD UR'S GATE (PORTÃO DE BALDUR)
No Caminho da Costa, ao longo da Costa da Espada e a cerca
de sessenta quilômetros a montante do Rio Chionthar, fica
a movimentada cidade de Baldur's Gate (Portão de Baldur).
Lar de dezenas de milhares de pessoas, a cidade portuária
tem um solo pobre, mas sua baía protegida e bem longe das
marés que se assolam sobre a costa a tornam um local ideal
para o comércio de mercadorias vindas de locais que ficam
a oeste no Mar das Espadas, no interior ao longo do rio e de
cima a baixo da costa. Baldur's Gate é um local de comércio,
e a cidade desfruta de grande sucesso aceitando as moedas
de outros poderes e tornando-as suas próprias.
Infelizmente, Baldur's Gate tem uma longa história de
relação com o deus sombrio, Bhaal. Há apenas alguns
anos a cidade testemunhou o terrível retorno do Senhor
do Assassinato. Após várias mortes, um dos duques da
cidade, Torlin Prataescudo revelou-se como o Escolhido
de Bhaal e passou por uma transformação monstruosa,
convertendo muitos cidadãos em assassinos sedentos de
sangue e inspirando uma revolta e mais mortes antes de
finalmente ser derrubado por bravos aventureiros. Até agora
ecos assassinos reverberam pela cidade e para além dela,
e relatos de assassinatos inexplicáveis e hediondos ainda
escapam de Baldur's Gate.
Baldur's Gate (Portão de Baldur) é governado pelo Conselho
dos Quatro, duques que votam entre si nas questões legais
e políticas da cidade. Um único grão-duque é escolhido
dentre os quatro e este tem o poder de desempate quando
o conselho estiver em um impasse. O atual Grão-Duque é
Ulder Ravengard, com a companhia dos duques Thalamra
Vanthampur, Belynne Stelmane e Dillard Portyr,
ex-grão-duque, que cedeu o cargo aJardimcorvo após os
recentes problemas da cidade. Abaixo do conselho fica o
Parlamento dos Pares, um grupo de cerca de cinquenta
baldurianos que se reúnem diariamente (embora quase
nunca em número total) para discutir o futuro da cidade e
recomendar ações que os duques devem realizar sobre todas
as questões, sejam elas grandes ou pequenas. A qualquer
momento, cerca de um quarto dos pares são membros
poderosos da sociedade da Cidade Baixa, com o restante vindo
das famílias nobres da Cidade Alta, chamados de patriarcas.
A defesa da Cidade Alta é realizada pela Vigília, o força
policial oficial da elite da cidade. Seu dever é defender
os patriarcas e fazer cumprir as leis criadas ppr eles e
pouca coisa a mais que isso. Para o restante de Baldur's
Gate, a segurança é imposta e mantida em ordem pela
companhia mercenária Punho Flamejante, uma força
supostamente neutra que é livre para lutar em conflitos
externos, desde que ~ão esteja contra Baldur's Gate. É
uma tradição que o mais alto oficial do Punho F lamejante
seja um dos duques da cidade, e o Grão-Duque Ulder
Ravengard cumpre essa tradição com orgulho. É bastante
fácil de conseguir ser um membro do Punho Flamejante,
e aventureiros com experiência avançam rapidamente na
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hierarquia (e, consequentemente, em influência política)
quando se tornam membros permanentes da companhia.
Muitos oficiais superiores são ex-aventureiros que se
"aposentaram" e entraram para a vida militar.
Nas Cidades Alta e Baixa, o submundo é controlado por
um grupo sombrio conhecido apenas como a Guilda. Os
duques não reconhecem o poder desse grupo de maneira
significativa - ao menos não publicamente -, mas tentam
(pelo menos nominalmente) reduzir sua influência onde
e como puderem. Eu mesma perdi a conta de quantas
gangues reivindicam território na Cidade Baixa e Externa,
e todas elas parecem dever alguma lealdade à Guilda.
Até agora os esforços para destruir a Guilda falharam,
principalmente em parte à incapacidade das pessoas que
estão de fora em identificar um verdadeiro líder do grupo,
mas em grande parte à vergonhosa falta de esforço por
parte dos governantes da cidade em proteger seu povo.
ÜIDADEALTA
A Cidade Alta de Baldur's Gate (Portão de Baldur) é o refúgio
cercado da nobreza da cidade - os patriares. Sentados no topo
de sua colina, os patriarcas olham para o restante de Baldur's
Gate em todos os sentidos possíveis, usando sua riqueza e
influência para pressionar o Conselho dos Quatro a proteger
seu estilo de vida. Embora algum dia um comerciante rico
ou aventureiro poderoso possa ter a esperança de galgar a
posição de patriarca, não há mais espaço, seja físico ou não,
para o crescimento da classe na Cidade Alta. Agora, apenas
os nascidos nas famílias patriarcas habitam as mansões desta
parte mais antiga de Baldur's Gate. Os mais pobres dentre
esses chegam ao ponto de ter que vender móveis e decorações
de dentro de suas casas de modo de manter as aparências para
com seus companheiros patriarcas.
Muitos diriam que a vida dos patriarcas é marcada
pelo luxo e pela decadência e, para muitos deles, isso
provavelmente é uma grande verdade. Todavia, algumas
famílias fazem tentativas honestas de melhorar a cidade, e
quase todas as famílias têm ao menos um membro que se
envolve em grandes negócios - não importa a herança, todos
precisam de moedas para comer. Há apenas uma família não
humana entre os patriarcas, os anões Fende Broquei, que
estão em Baldur's Gate há tempo suficiente para que sejam
tão talentosos quanto seus conterrâneos humanos ao voltar
seus olhares para o restante dos cidadãos.
Vários portões dividem a Cidade Alta da Cidade Baixa,
mas o mais importante é o famoso Baldur's Gate, do qual
a cidade pegou o nome. O comércio só passa por esse
portão e é tributado pela cidade - apesar do fato de que
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
45
foram exatamente esses impostos que levaram a cidade a
ser derrubada por seus primeiros duques e a Cidade Baixa
cercada por sua muralha. Os outros portões existem apenas
para a conveniência dos patriarcas e seus seguidores.
Qualquer pessoa que não esteja na presença de um patriarca,
ou que não esteja vestindo o uniforme de um patriarca ou
portando uma carta que prove vínculo empregatício com
um patriarca deve usar o Baldur's Gate para passar entre
as Cidades Alta e Baixa. Tenha isso em mente ao tentar
esgueirar-se de uma parte da cidade para outra.
CIDADE BAIXA
Bem junto ao porto fica a Cidade Baixa, onde as casas são
de pedra com telhados de ardósia (muitas vezes precárias)
e moram as pessoas que executam o verdadeiro trabalho
da cidade. Baldur's Gate (Portão de Baldur) depende do
comércio, este flui para dentro e para fora do Porto Cinzento.
Aqui moram as mãos que carregam e descarregam navios,
que registram e transportam mercadorias, que reparam
quilhas e remendam velas. Uma névoa úmida se agarra firme
nesta parte da cidade - e alguns dizem que isso acontece
por causa da Antiga Muralha - e lâmpadas (iluminadas e
reabastecidas pelos cidadãos, não pela cidade) perfuram
a névoa aqui e ali. A maioria dos habitantes locais é sábia
o suficiente para carregar lanternas ou lâmpadas, e os
visitantes que não aprenderam a fazê-lo geralmente podem
contratar um jovem balduriano para guiá-los pelas ruas.
A Cidade Baixa foi cercada há muito tempo para se
beneficiar da proteção da cidade, mas a divisão entre os
dois distritos é tão gritante quanto sempre foi. O P unho
F lamejante é responsável por manter a ordem na Cidade
Baixa, e isso ele faz com brutal eficiência, impedindo que a
CAPÍ TULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
maioria dos habitantes se envolva em ousados atos públicos
de roubo, vandalismo ou violência.
Diferentemente de outras cidades onde os comerciantes
esperaram um dia se juntar à nobreza, em Baldur's Gate
o melhor que se pode esperar é tornar-se um comerciante
absurdamente rico e influente. Tornar-se um patriarca
está fora de cogitação. Ainda assim, os baldurianos mais
ricos vivem o máximo que podem junto aos patriarcas,
comprando propriedades adjacentes na esperança de
demoli-las e construir grandes casas para rivalizar com as
mansões da Cidade Alta. O distrito de Floridencosta possui
várias casas desse tipo, e alguns patriarcas reclamam que
esses comerciantes estão ficando demasiado confortáveis
com seu novo status.
CIDADE DE FORA
Do lado de fora dos muros não existem leis que proíbam
a construção ou o assentamento. Assim, aqueles que são
pobres demais para residir na cidade ou para comprar
propriedades aos poucos construíram um terceiro distrito
da cidade, vivendo à sombra de suas muralhas, pagando
seus impostos e cobrindo os dois lados das estradas que
chegam até Baldur's Gate (Portão de Baldur). Aqui, os mais
pobres vivem na Cidade de Fora, mas também aqueles cujos
negócios são considerados problemáticos, barulhentos ou
têm mau cheiro para que funcionem dentro das muralhas,
de modo que ali existem diversos curtidores, ferreiros,
pedreiros, tintureiros e outros comerciantes. A cidade faz
muito pouco para ajudar o povo daqui, e almas caridosas
(eu inclusa) às vezes começam a andar a partir de uma
extremidade da estrada com uma bolsa cheia, apenas para
vê-la vazia quando chegam à outra extremidade.
 A falta de leis na Cidade de Fora levou a dois fenômenos Pessoas que procuram por conhecimento perdido ou
estranhos, não relacionados entre si. Um distrito murado esquecido normalmente vêm até Lua Argêntea em busca de
calishita cresceu a leste da cidade, conhecido pelos meios de encontrá-lo, seja através do estudo na Câmara dos
baldurianos como Pequena Calimshan. Dentro do distrito, Sábios ou pesquisa na Casa dos Mapas atrás da localização
os bairros são divididos por muros, mas esses muros têm de uma cidade ou bosque perdido. Estes são dois dos vários
passarelas sobre eles para que o tráfego de pedestres possa edifícios e casas de estudo no Conclave de Lua Argêntea,o
continuar sem ser impedido por portões que desaceleram grande centro de aprendizagem e sabedoria que constitui
carroças e montarias. Aqui, os refugiados de Calimshan grande parte da porção sul da cidade. Se um mapa, um
encontraram um lar longe dessa nação do sul e dependem em livro ou uma magia existem em algum lugar de Faen1n, o
grande parte de si mesmos para o comércio, cultura e defesa. conhecimento sobre isso muito provavelmente exista aqui,
Também foram construídos edifícios ao longo da mesmo que seja meramente mencionado em um tomo ou
Travessia do Ancião sobre o Chionthar. Lojas, tavernas e em recordações de algum dos grandes sábios da cidade.
cortiços estrangulam a passagem da ponte, suspensos entre O Candlekeep (Forte da Vela) pode muito bem ser a maior
os dois vãos e, em alguns casos, construídos para ficarem coleção de conhecimento escrito que existe no mundo,
pendurados nos suportes que a sustentam. As pessoas mas no fim, esse local é apenas um depósito de livros. Lua
precisam pagar pedágio para atravessar a pé ou de carroça Argêntea é onde o estudo e a sabedoria são honrados. Se sua
ou carruagem, mas muitos juram que pagariam ainda mais necessidade é de traduzir um tomo antigo escrito em uma
para poder usar a ponte sem ter que desviar dos pedintes e idioma esquecido, de aprender a entonação correta de uma
crianças de rua que infestam a área. complexa canção ou de entender melhor os escritos secretos
de um sábio que se foi faz tempo, não existe lugar melhor
L uAARGÊNTEA para procurar por este tipo de ajuda do que em Lua Argêntea.
É muito fácil vir até Lua Argêntea em busca do
Há muito tempo um membro poderoso e influente da Aliança
conhecimento sobre um determinado assunto e
dos Lordes - e, por toda a sua existência, as Fronteiras
encontrar-se tão completamente envolvido em tal estudo,
Prateadas de Luruar - Lua Argêntea é aquilo que muitas
que se poderia passar uma vida inteira completando-o
cidades aspiram ser: um reino tranquilo e pacífico onde
- ou perceber que era o estudo, e não o fato procurado,
diversas raças convivem juntas em prol do conhecimento,
o que se queria de verdade. Embora tutores e sábios em
da celebração e da defesa. A cidade é habitada em maior
cada campo de estudo possam ser encontrados em Lua
número pelas raças consideradas "do bem" (humanos, anões,
Argêntea, raramente a interação com um deles é algo tão
gnomos, elfos, pequeninos e meio-elfos), mas ninguém é
simples, como fazer-lhe uma pergunta e receber a resposta.
rejeitado em Lua Argêntea por causa de sua raça - embora
Aprender a conjurar uma determinada magia, encontrar
um drow ou um ore que se prove fiel demais às suas raízes
uma antiga ruína ou entender um segredo específico
certamente será punido por transgredir a paz na cidade. Não
poderia envolver ter que se submeter a meses de instruções
esconderei o amor que sinto pelo meu lar ao longo do resumo
para provar a um professor que o conhecimento sendo
que farei, porém me esforçarei para ser tão imparcial quanto
transmitido está sendo confiado a uma pessoa merecedora.
possível ao descrevê-lo.
No leste da cidade fica o Grande Palácio, a capital da
A Joia do Norte é um local estonteante, cheio de curvas,
cidade e do estado caído de Luruar. O Lorde Methrammar
torres enormes e estruturas construídas entre as árvores.
Aerasumé mora nesta estrutura alta e de pináculos estreitos.
Para muitos elfos, a cidade é uma recordação das antigas
Os merlões de suas ameias são entalhadas para se parecerem
cidades élficas; alguns a chamam de Myth Drannor do
com cabeças de unicórnio. Os soldados da Grande Guarda,
Norte, mesmo hoje em dia após a restauração e subsequente
trajados com reluzentes armaduras de placas de prata, fazem
queda daquela lendária. Até mesmo quando pedra é usada
a proteção da residência e sede do trono, e mantêm do lado de
na construção, a hera e outras plantas crescem através,
fora aqueles que não assuntos a tratar ali.
sobre ou ao redor da maioria dos elementos estruturais,
Lua Argêntea, durante muito tempo, foi governada por
dando à cidade ares arborizados.
uma grande maga. Uma das mais duradouras regentes,
A despeito de sua arquitetura arbórea, Lua Argêntea
e certamente a mais influente, Alustriel Mão Argêntea
é deveras civilizada, repleta de escolas de música e de
renunciou do cargo há mais de cem anos para tornar-se a Grã
magia, uma grande biblioteca, ensino bárdico e templos ou
Senhora de Luruar, e foi sucedida por Taern Chifre-lâmina.
santuários dedicados a Mielikki, Oghma, Silvanus, Sune,
Tymora e Mystra. Assim como magia ou riquezas são
valorizados em outros locais, o verdadeiro tesouro de Lua
Argêntea é o conhecimento, seja a aquisição dele quanto a
sabedoria oriunda do estudo diligente.
Embora seja fácil e prazeroso se perder entre as árvores
da cidade, qualquer um que se aproxima demais do Rio
Raurin é surpreendido pela visão da Pontelua: o enorme
arco de energia prateada que cruza as águas c\o rio. Até
mesmo para aqueles nativos da cidade, esta é uma vista
poderosa e impressionante, e alguns alegam ver a deusa
Lurue (de quem a cidade recebeu o nome) dançando sobre o
topo da ponte quando ninguém mais está observando.
Dada a sua beleza, Lua Argêntea está entre as
experiências mais memoráveis que a maioria dos não
argenteanos poderia ter. Mesmo entre aqueles que
constantemente lutam contra monstros ou que lidam
com magia, Lua Argêntea é um local de tranquilidade,

__,_:"";.,..
~::~~;:~~~p~:;~r:;:ae~~l~:~~dr::~~~~~u-~-~d_N
_ª_~_~_:e_~-e- --''.~ ~ ~
 Embora tenha governado sabiamente durante o século que
se passou, Taern recentemente abdicou-se da liderança da
cidade e passou o cargo para Methrammar Aerasumé, o
filho meio-elfo de Alustriel e líder das forças armadas de
Lua Argêntea. Taern ainda representa a cidade em nome de
11
Methrammar durante as reuniões da Aliança dos Lordes,
1 já que o novo regente é demasiado direto e impaciente para
lidar com os outros lordes do pacto.
Lua Argêntea é defendida por diversas forças. Na
vanguarda estão os Cavaleiros em Prata, os combatentes
vestidos com reluzentes armaduras que patrulham a cidade
e as terras circunvizinhas. Os oficiais dos Cavaleiros são
bem treinados nas táticas e história militar, e possuem total
confiança em suas habilidades e nas de seus camaradas
- confiança essa que pode ser frequentemente atestada.
Eles são reforçados pela Guarda Mágica, uma companhia
de poderosos magos e feiticeiros treinados em combate
mágico. Por fim, existe o mythal da cidade, o grande
campo de energia mágica que evita que os moradores da
cidade se envolvam com qualquer tipo de conjuração. Mais
precisamente, falham as magias que conjuram chamas,
invocam criaturas ou tenh_a m com alvo de um teleporte
algo que esteja dentro do limite do Mythal. Se um inimigo
tentar atravessar a Pontelua, a estrutura pode desaparecer
(sob a vontade de um dos governantes e de certas pessoas
especialmente sintonizadas ao mythal) da existência,
lançando o atacante nas águas do rio.
Nenhuma cidade teve o prestígio tão prejudicado do que o
de Lua Argêntea durante a recente guerra e o subsequente
desmantelamento das Fronteiras Prateadas. Embora tenham
tentado reforçar as cidades próximas, os argenteanos foram
acusados de fornecer suporte insuficiente e incompetente
a Sundabar, cuja população da superfície foi dizimada por
completo. No fim, todos os estados anões se afastaram de
Luruar, e sem o auxílio destes reinos ou sem o auxílio que
Alustriel fornecia durante sua fundação, a confederação
entrou em colapso. Taern Chifre-lâmina não é uma voz
poderosa na Aliança dos Lordes tal qual era Alustriel, seja
em parte devido a afeição e respeito que ele tem pela antiga
Grã Senhora tenham se estendido, mas principalmente
porque a irmã dela, Laeral, é agora um Lorde Conhecido de
Waterdeep (Águas Profundas).
A despeito dos relatos de sua morte décadas atrás,
recentemente chegaram rumores na cidade de que a Grã
Senhora Alustriel está, na verdade, viva e bem nas terras
ao sul. Aparentemente, ela não contactou nem seu filho e
nem seu antigo camarada, Taern Chifre-lâmina - embora
como quão amplamente conhecido era o amor sem
esperanças que ele tinha pela Grã Senhora, e os vários
anos que levaram para que superarsse o luto, não se sabe
qual seria a reação dele diante do recebimento de provas da
sobrevivência da Senhora Alustriel.
Não obstante, Lua Argêntea há muito tempo é conhecida
como sendo um porto seguro para Harpistas no Norte, pois
a cidade não enxerga os objetivos da Aliança como sendo
conflitantes com dos d'Aqueles Que Tocstm Harpa. Onde
outras cidades podem ver a presença dos Harpistas como
sendo uma ameaça à autoridade, Lua Argêntea deseja
colocar um fim na tirania tão fervorosamente quando os
Harpistas, e assim o bem maior será feito. Ao mesmo
tempo, alguns argenteanos acreditam que a tolerância da
cidade para com determinados membros da Aliança (alguns
mencionam Mirabar, outros Baldur's Gate (Portão de
Baldur) é um pouco de ingenuidade.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
MIRABAR
-------------
Mirabar é uma cidade humana que repousa sobre cavernas
anãs. Na superfície, os humanos dominam a população,
com alguns anões misturados e um punhado de gnomos
e pequeninos. O nível mais alto do subterrâneo da cidade
é formado principalmente por anões, com alguns poucos
humanos. A mistura de raças se deve à conveniência do
comércio, preferência ou habilidade; da mesma maneira que
alguns humanos gostam de minerar, de beber bebidas fortes
dos anões e de trabalhar no subsolo, uma minoria de anões
segue para o céu aberto, trabalhando em docas ou até mesmo
tripulando e construindo navios. Os níveis inferiores abaixo
de Mirabar são todos ocupados por anões, já que nem o mais
humanizado dos anões pode viver tão profundamente no
subsolo por demasiado tempo. Quase todos os seus cidadãos,
independentemente da raça, honram Moradin e os deuses
anões, fazendo de Mirabar uma cidade anã em espírito e
ética, já que não inteiramente por população. Para fazer uma
analogia, é exatamente da mesma maneira que minha Lua
Argêntea conversa com os ideais élficos de beleza natural.
Há muito tempo, o grande reino anão de Gharraghaur
ficava a oeste de Delzoun, escavando minas perto do
Rio Mirar e encontrando grandes veios de pedras preciosas
quase infinitas. Como muitos reinos anões, Gharraghaur
caiu perante ores saqueadores que destruíram o reino e
sua capital, mas não conseguiram tirar proveito da riqueza
lá existente. Por milênios, a cidade baixa ficou vazia, até
cerca de oitocentos anos atrás, quando o Príncipe Ereskas
de Amn se estabeleceu no mesmo local, criando a cidade
de Mirabar (ecoando coincidentemente com o sufixo "-bar"
convencionado na nomenclatura dos anões para designar as
cidadelas em todo o Norte). Foi somente quando os anões
voltaram a trabalhar nas minas abaixo do local que Mirabar
começou a ver suas fortunas aumentarem.
Mirabar é governada por seu marquês hereditário, Selin
Raurym, que emite decretos que o Conselho de Pedras
Cintilantes lhe apresenta. O conselho é um grupo de anões
e alguns poucos humanos eleitos para fazer política para
a cidade e que determinam onde a produção das minas de
Mirabar será vendida. Embora o conselho tenha mantido
Mirabar por muito tempo associada à Aliança dos Lordes, é
o marquês que negocia com seus compatriotas lordes. Até
agora, Selin Raurym provou ser muito mais capaz do que seus
antecessores em tomar decisões benéficas para a cidade, e o
conselho lhe deu uma grande liberdade para falar por Mirabar
fora de suas muralhas. Embora a ameaça feita pelo marquês
de sair da Aliança após o fracasso da organização em ajudar
as cidades outras do norte contra as hordas de ores mais
recentes seja considerada por alguns como um gesto vazio,
isso acabou apro~imando Mirabar de relações mais vantajosas
com Waterdeep (Aguas Profundas) e Baldur's Gate (Portão de
Baldur), algo que não foi desvalorizado por o conselho.
BOM BRILHO
Os anões foram os prime iros a descobrir os segredos do
tratamento de seu metal com bombrilho. A técnica foi até
im itada por outras raças, com variados graus de sucesso.
Armaduras, armas e outros objetos de metal ao qual o
bombrilho é apl icado mantém seu brilho sem necessitar
serem polidos, e são resistentes à corrosão, ferrugem
e manchas de origem natural (e, em alguns casos, até
mesmo mágica).
 A guarda da cidade, o Machado de Mirabar, existe
principalmente para impedir e evitar a sabotagem das
minas, sem as quais Mirabar entraria em colapso. A guarda
também garante defesa e aplicação da lei rápidas e eficientes
dentro da cidade. A riqueza de Mirabar é tão grande que a
cidade mantém docas, navios e portos fortificados em muitas
das ilhas do Mar das Espadas e, como tal, a cidade está
sempre buscando apoio mágico e militar para essas defesas.
Enquanto outras cidades poderiam usar enormes montanhas
de moedas igual a que existe em Mirabar de uma forma de
demonstrar prosperidade, os próprios mirabaranos a usam
para objetivos mais funcionais, certificando-se de que as
defesas da cidade sejam novas, que seus portões se fechem
com segurança quando são movidos e que s eus prédios e
muralhas sejam fortes e seguros. Considerando a recente
destruição da superfície da cidade de Sundabar pelas mãos
dos exércitos de ores, tais gastos são bem justificados, já
que ninguém em Mirabar deseja que a cidade seja destruída
também. Isso seria simplesmente ruim para os negócios.
Mirabar não economiza na defesa de sua riqueza e contrata
A riqueza que flui através de Mirabar não apenas
tantos magos e aventureiros quanto necessário para afastar
ampliou o alcance e o conhecimento mundano de todos os
ameaças das estradas, para investigar sabotagens e para
mirabares, mas também permitiu que eles desfrutassem de
proteger s eu comércio vital.
todos os tipos de passatempos pessoais, como colecionar
Com a ascensão do Salão de Mitral no século passado,
objetos de arte (particularmente estatuetas e pinturas).
e agora com Fortekruel, Mirabar teme que seu lugar como
Os aposentos particulares da maioria dos mirabares
arsenal do Norte esteja em risco. Os mineiros, metalúrgicos
apresentam móveis confortáveis, quadros pintados de
e ferreiros de Mirabar trabalham cada vez mais para
grandes e pequenas dimensões, estátuas e carrilhões
aumentar sua produção e melhorar seu ofício, enquanto os
balouçantes - geralmente metálicos, mas sempre polidos e
joalheiros e esmaltadores estudam maneiras de incorporar
agradáveis, nunca barulhentos ou estridentes como outros
técnicas antigas para mesclar características anãs
sinos de vento por aí. As pedras preciosas são abundantes
humanas e élficas em seu trabalho, exatamente da' maneira
nas famílias mirabares, e em vez de ficarem escondidas
como era feito na antiga Phalorm.
são usadas como moeda e em todos os tipos de adornos
Os anões mirabaranos (ou, para alguns, simplemente
pessoais. Pedras semipreciosas revestem muitas das ruas
mirabares) gostam de manter as barbas longas e largas
de Mirabar, e incrustações maravilhosas marcam esquinas
(evitando os cortes afunilados ou pontiagudos) e com
e cruzamentos importantes, algumas tão novas que ainda é
quaisquer tranças, exceto as do queixo, bem amarradas,
possível sentir o cheiro do pó de polimento.
uma moda copiada por alguns humanos que vivem ali. Eles
Ainda assim, apesar da riqueza geral da cidade, existem
adoram folhas de metal polidas e tratadas com bombrilho
mirabaranos ricos e (relativamente) pobres. Nem todo
principalmente o cobre, usadas como portas ou painéis '
mundo compartilha das moedas que as vendas da cidade
espelhados embutidos nas paredes. Eles geralmente colocam
trazem, e os trabalhadores assalariados, cuja renda é
pedras preciosas nos pomos e nas extremidades não
determinada por um dia de trabalho ou produção mensal
funcionais das ferramentas e armas. Os anões mirabares
não podem ficar na expectativa de que um contrato bem '
costumam ser ricos, a ter coleções pessoais de pedras
formulado por um empregador os minimamente enriqueça.
preciosas raras e incomuns, a usar selos feitos de gemas
Comerciantes ricos e donos de empreendimentos têm 0
esculpidas em anéis de sinete e a serem investidores em
cuidado de não mostrar seu sucesso ostensivamente; suas
empreendimentos (mas não em propriedades) na Costa
roupas podem ser de tecidos mais ricos, mas ainda com
da Espada. Eles são sofisticados e mundanos, e criticam
os mesmos estilos e cores que as roupas das pessoas mais
as atitudes isolacionistas e xenófobas de alguns anões. Os
pobres. As salas de espera e os salões da frente nas casas
anões mirabares demonstram suas próprias atitudes de
fortificadas dos ricos são tão escassamente mobiliados
formas mais claras, agindo como comerciantes diplomáticos
quanto os das casas mais pobres. Manter a aparência de
e poderosos representantes nas negociações comerciais e
relativa igualdade em suas fortunas é vital, pois se alguém
demais acordos em Cortafogo e Neverwinter (Nevenunca) e
em p~sição de cometer um ato violento - digamos, um
em qualquer outro lugar em que possam entrar, sejam elas
arme1ro com acesso a grandes lojas de espadas e machados
entre anões e entre anões e não-anões.
- soubesse o quão ricos eram os mirabaranos mais ricos
Para outros anões, os mirabares são tradutores e guias
haveria muito provavelmente um grande derramamento d~
locais e "as pessoas que conhecem as pessoa~ certas" em
sangue antes que as partes ofendidas fossem satisfeitas.
cidades dominadas por humanos em todos os lugares ao
longo da Costa da Espada e em grande parte das Terras
Centrais. A maioria dos mirabares adultos tem relações
com uma variedade de mascates e mercadores humanos,
tomando o cuidado de evitar exclusividade ou cultivar uma
quantidade limitada de parceiros comerciais e contatos,
dessa forma controlando seus próprios destinos e fortunas.
Eles abominam a ideia de que os humanos tenham a menor
das chances de superá-los.

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:::,:STA DA ESPADA E O NORTE .
/
 NEVERWINTER (NEVENUNCA)
Há bem pouco tempo, Neverwinter (Nevenunca) estava
sendo assolada por todo tipo tipo de destruição, perigo e
pelo pessimismo. Agora, os ores que uma vez ameaçaram
a cidade se deslocaram para o leste, juntando-se aos seus
semelhantes para serem esmagados pelos anões. A Fenda
que rasgou a terra foi fechada por magias poderosas. A
Estrada Alta foi reconstruída e liberada para circulação,
e o comércio com Waterdeep (Águas Profundas) e com os
demais reinos ao sul foi retomado. O que era a arruinada e
ferida cidade de Neverwinter há cerca de uma década atrás
é agora um lugar empolgante e barulhento, onde as pessoas
parecem realmente dispostas a deixar para trás privações
pelas quais passaram e criar um futuro novo e brilhante
para a cidade.
Cerca de meio século atrás, o Monte Ignágora (o vulcão
'li que fica nas redondezas e que mantém aquecido o rio
1: que corta a cidade) entrou em uma violenta erupção,
destruindo boa parte de Neverwinter e matando milhares,
deixando para trás uma enorme fenda que dividiu a cidade.
Neverwinter jazia em ruínas, e influências externas -
desde Netherial até Thay, do Lorde Dagult Brasanunca
de Waterdeep (Águas Profundas) até os próprios agentes
dos Infernos - procuraram exercer algum controle sobre
a cidade. Muitas pessoas lutaram para conter tais perigos,
mas no fim uma medida de paz caiu sobre Neverwinter.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ES-P_A D_A_ E
_ o_ N_o_R
_T_E- - - - ~ - - - - - - - - - - - =~-
Desde que Dagult Brasanunca foi deposto como Lorde
Conhecido de Waterdeep, ele voltou toda a sua atenção e
empenho na reconstrução da cidade pela qual ele declara
descender. Quaisquer que sejam as opiniões das pessoas
perante a reivindicação do trono de Neverwinter feita por
ele, Dagult tem se provado um lider competente e inspirador
nestes últimos anos, e o povo acabou por lhe acolher como
Lorde Protetor. Ele arquitetou o fechamento da Fenda e
a restauração da Estrada Alta, além de procurar outros
meios de reparar e melhorar a cidade. Mesmo que ele
jamais consiga provar ser descendente do Lorde Nasher
Alagonda,r, o povo de Neverwinter acabou aceitando a
liderança de Dagult (minha suposta antipatia para com o
Lorde Brasanunca não tem absolutamente qualquer relação
com minha avaliação sobre a liderança dele; eu simplesmente
acho o homem um abusado insuportável).
A influência de Brasanunca se expande a partir do
Enclave do Protetor, centrado na Sala da Justiça. Com
Tyr ressucitado e com a adoração a ele retornando com
destaque, o Lorde Protetor se mudou para um palacete
modesto e reservado. Este sacrifício - e a renovação
na fé de Tyr no seu antigo centro de operações - é
somente mais uma prova, para algumas pessoas, de que
Brasanunca de fato quer governar Neverwinter. Até agora,
o Castelo Never permanece perigoso, porém Brasanunca
ainda tem planos de reivindicar e reconstruir o local como
um símbolo da renovação da cidade.
 Os fiéis de Oghma chegaram em Neverwinter (Nevenunca)
para restaurar a Casa do Saber e deixá-la em seu antigo e
glorioso estado, mas exceto isso, santuários dedicados a
todos os tipos de deuses foram amontoados em cada canto
da cidade.
Conforme a cidade se restaura, certamente há requisições
para aquisição de títulos de nobreza e os privilégios que
a acompanham, e isso consequentemente traz diversos
interesses comerciais. Entretanto, o Lorde Protetor
Brasanunca faz questão de salientar que é meramente um
protetor, não um rei, e portanto não tem o poder de investir
ou reconhecer tais títulos a quem quer que seja. Guildas
podem surgir, mas levará alguns anos, se não décadas,
antes que alguém prove ser forte o suficiente para se firmar
diante dos rivais.
Existem cada vez mais solicitações dos cidadãos para
que as forças militares de Mintam sejam substituídas por
respeitáveis guardas locais que tenham interesse pessoal
na defesa de Neverwinter (Nevenunca). Esse sentimento
público levou muitas vizinhanças a organizarem suas
próprias milícias improvisadas, e o Lorde Protetor quer
evitar conflito entre eles e os mercenários que foram
contratados. Como resultado disso, Brasanunca tem
lentamente reduzido o número de soldados de Mintarn,
ao mesmo tempo em que os cidadãos que se destacaram
na defesa da Muralha imprbvisada contra as ameaças
vindas da Fenda provam-se capazes de se tornar uma
verdadeira força militar. Tanto Baldur's Gate (Portão de
Baldur) quanto Waterdeep (Águas Profundas) ofereceram
ajuda no treinamento de novos guardas para Neverwinter
(Nevenunca), mas o Lorde Brasanunca prefere o auxílio de
aventureiros experientes do que a humilhação de ter que
depender da ajuda de sua antiga cidade.
Com a restauração do vizinho Fortekruel, Neverwinter
(Nevenunca) espera ter um aliado bem próximo que
possa ser um fornecedor de robustas armaduras e armas
resistentes. Embora atualmente a cidade tenha pouco a
oferecer, a atividade comercial está crescendo deveras
rápido em Neverwinter (Nevenunca), conforme as palavras
de sua restauração a tenham aberto para as embarcações do
Mar das Espadas, para os bens do norte e para as moedas
do sul. Aventureiros vêm até Neverwinter (Nevenunca)
em busca de trabalho e na esteira de rumores sobre os
tesouros da região, e frequentemente acabam encontrando
um serviço ou outro de livrar os recantos mais perigosos
da cidade e escoltar as cada vez mais numerosas caravanas
que percorrem a Estrada Alta de cima a baixo. É um alento
para o Lorde Protetor que, com o aumento do comércio e
da renda, os talentosos artesão voltem para retomar seus
ofícios. Assim, Neverwinter poderá voltar a ser chamada por
seu antigo apelido: a Cidade das Mãos Hábeis.
Ainda existe uma certa oposição à autoridade de
Brasanunca, mas sem uma liderança unificada e qualquer
outro poder na cidade a qual apelar, os rebeldes estão
lentamente desistindo de resistir e passaram a contribuir
mais com a reconstrução da cidade. Vários dos Filhos
de Alagondar, um grupo rebelde que se opôs à.o Lorde
Brasanunca no começo, agora começaram a se voluntariar
como substitutos aos mercenários de Mintarn que
atualmente patrulham a cidade. Se até mesmo os Filhos
de Alagondar podem se alinhar com os objetivos de
Brasanunca, ele espera usar essa realização para atrair a
nobreza mais rica de Waterdeep (Águas Profundas) - que
tem estado relutante em vincular suas fortunas a um Lorde
Conhecido que falhou e que exilado em definitivo daquela
\,
cidade - a investir em Neverwinter (Nevenunca) e talvez
até para que reconstruam os palacetes da nobreza naquele
distrito, bem como locais para que se estabeleçam quando
vierem para fazer negócio.
Com a Fenda fechada e com a muralha que separava o
restante da cidade de seus horrores destruída, uma grande
porção de Neverwinter (Nevenunca) está vazia, sem qualquer
habitante e com vários pedaços de pedra arrancados de suas
ruínas e espalhados por toda a cidade. Qualquer um que
esteja disposto, pode ir até estas áreas e reclamar um pedaço
de terra e ali construir um prédio no qual pode morar ou
trabalhar. Ainda não há guildas que proíbam o comércio ou
a construção, e nenhum nobre a ser peticionado ou aplacado.
Aqueles que procuram estabelecer um lar ou começar um
empreendimento podem simplesmente ir até lá e fazê-lo, e até
mesmo aqueles sem quaisquer habilidade ou dinheiro podem
oferecer suas mãos e ombros até que possam arranjar um
lugar para si próprios.
Acompanhando o rio, muitas mansões de comerciantes
estão sendo reivindicadas e restauradas por pessoas que
ouviram rumores do que Neverwinter (Nevenunca) outrora
fora e que poderia novamente vir a ser. Alguns nem têm
habilidades das quais mencionar, e muitos mais sequer
possuem recursos financeiros , mas todos vêm com o desejo
de trabalhar e enriquecer no processo. Novos galpões
e oficinas abrem durante a dezêndia, e trabalhadores
sem qualquer treinamento oferecem seus serviços como
operários ou aprendizes, principalmente aqueles que não
conseguem arrumar emprego, vislumbrando conseguir
algo nas diversas oportunidades que a cidade agora tem
a oferecer. Aqueles que não têm opção podem conseguir
trabalho nas desobstrução ou mapeamento dos esgotos da
cidade em nome do Lorde Protetor, uma tarefa que se faz
necessária por causa do cataclismo que criou a Fenda.
Assim como qualquer cidade, Neverwinter (Nevenunca)
tem seus inconvenientes. Embora a maioria das pessoas
esteja disposta a trabalhar arduamente, alguns preferem
roubar como um meio de vida, e visam aqueles justamente
que têm muito pouco para ser tomado. Por vezes o alimento
é escasso, já que estalagens e tavernas subestimam
o número de clientes que receberão, ou quando os
comerciantes simplesmente ficam sem ter o que vender.
É bem provável que leve alguns anos até que a cidade
se livre totalmente de tais problemas, mas para alguns,
essas incertezas da vida em Neverwinter (Nevenunca) são
justamente o que tornam o local tão interessante. Para
muitos comerciantes, principalmente entre aqueles que
produzem ou vendem grãos e vegetais essenciais para a
cidade, é uma enorme oportunidade ajudar tal poder em
ascensão ao mesmo tempo que se enriquece no processo.
SELALONGA
O vilarejo de Selalonga é pouco mais do que uma fileira
de edifícios em ambos os lados da Estrada Longa, a meio
caminho da longa jornada entre Trijavali e Mira bar. Uma
trilha sai da estrada aqui e serpenteia até a Mansão de
Hera, a grande casa dos magos da família Harpei!. Desde
que os Harpells fundaram o vilarejo há mais de quatro
séculos, eles sempre se meteram em algumas bobagens e
causaram pequenas confusões. O comportamento deles às
vezes é um tanto bizarro e pode ser algo perturbador - eles
transformaram duas seitas malaritas rivais em coelhos
por perturbar Selalonga com suas disputas, deixando-os
à mercê dos predadores que tanto haviam honrado - mas
eles são um dos mais poderosos grupos de magos de
qualquer lugar do Norte.
Os Harpells são um grupo jovial, embora deveras
reservado. Todos são magos e tendem a se casar com
magos também, e as mulheres mais velhas da família (seja
por sangue ou matrimônio) determinam os rumos da casa e
decidem completamente as questões internas da Mansão de
Hera. A família aceita vários aprendizes de mago, usando-os
para tarefas domésticas e para a defesa básica de Selalonga.
Alguns aprendizes costumam ser as inadvertidas cobaias
de teste para uma magia experimental, e esse é o perigo
de ser um aprendiz dos Harpells. É bem provável que esse
espírito de experimentação tenha feito com que os Harpells
fundassem seu próprio vilarejo tão distante de outros
povoados. Jovens magos com membros de tamanho ou Existem vários empreendimentos projetados para atrair
forma bizarros, cores de cabelo estranhas ou com formas viajantes em Selalonga, por nenhuma outra razão a não ser
inconstantes são atrações bastante comuns em Selalonga, que o fato de se viajar ao longo da bem conhecida Estrada
já não mais surpreendendo os moradores locais, apesar de Longa pode ser algo cansativo. O primeiro destes é a
poderem fazer visitantes ficarem embasbacados. Ferradura Dourada, uma antiga pousada a oeste da estrada
Dada a ,reputação dos Harpells como poderosos magos e que serve comida e bebida requintada, além de oferecer
e seu grande número, não faltam pessoas bisbilhotando camas confortáveis e de ficar perto o suficiente da Mansão
Selalonga e as terras circunvizinhas na esperança de de Hera a ponto de ninguém se atrever a incomodá-la ou a
descobrir esconderijos mágicos, como crianças à procura de seus hóspedes. Os proprietários têm acesso a alguns dos
tesouros secretos. É claro que existem, se é que existem de melhores cortes de carne de Selalonga e, como resultado,
fato, alguns destes locais, mas os moradores de Selalonga não seus assados e ensopados são devera requintados.
deixam de se divertir ao enviar pretensos ladrões em grandes Do outro lado da estrada, a família Ostever serve como
caçadas atrás de varinhas, anéis e outras bugigangas mágicas matadouro e açougueiro local para pessoas que desejam levar
que qualquer pessoa prudente perceberia que simplesmente carne de Selalonga, uma alternativa ao transporte de animais
não existem. Afinal, se o comerciante médio em Selalonga vivos. Há rumores de que as linguiças melhoraram muito
soubesse onde poderosa magia poderia estar, provavelmente, ao longo dos anos, mas os compradores são aconselhados a
ao longo dos anos, ele mesmo tentaria reivindicá-la. "tomar cuidado com os dentes" pelos moradores locais, uma
A principal atividade de Selalonga é a pecuária, e as referência a uma piada antiga que ninguém se lembra mais
terras ao redor do vilarejo são dominadas por centenas de do que se trata. Pessoas dispostas a esperar podem fazer
ranchos e fazendas de todo tipo e tamanho, desde pequenos com que as mãos capazes dos Ostevers executem um abate,
sítios de criação de cavalos até grandes pastos de gado. o dreno do sangue, temperem e façam o enchimento das
Durante os dias em que os animais são trazidos para serem linguiças para eles, embora esse processo provavelmente leve
comercializados, Selalonga torna-se um lugar empoeirado dias mais do que a maioria dos viajantes pode aguardar.
e barulhento, com os sons dos animais competindo com os Há entretenimento no Golem Apostador, onde os
gritos dos agricultores que esperam vender seus produtos. trapaceiros nos jogos de cartas ou dados são atirados
Em todas as outras ocasiões, trata-se de um vilarejo para a rua, e um jogo local de burquinha conhecido como
tranquilo e quase sonolento, exceto quando a explosão espalhaescudos é bastante popular. Bens de consumo
reverberante de alguma magia criada pé!os Harpells secos, velas, lanternas, selas, cordas e rodas de carroça
quebra o silêncio. A família, aliás, está constantemente estão disponíveis em várias outras lojas.
_pesquisando magias, tanto antigas quanto novas, Não é demais enfatizar que, embora os Harpells tenham
e distorcendo-as e recriando rituais em inovações pouco interesse no funcionamento diário de Selalonga, esta
interessantes (ao menos para eles). Essa tendência levou-os é inegavelmente a vila deles. Eles raramente sofrem insultos
a cercar a Mansão de Hera com o máximo de proteções e nunca toleram violência contra si mesmos sua família ou
mágicas que a família pôde reunir, a fim de preservar a os moradores locais. É provável que um conflito envolvendo
população dos efeitos de uma explosão incontrolada, de os Harpells termine de maneira rápida e sangrenta e (a
uma ilusão aterrorizante ou de algum estranho e galopante menos que o agressor se arrependa de maneira convincente
cavalo de relâmpago passando por ali a toda. fique inconsciente, morra ou peça perdão pelo delito) '
fre quentemente atrairá Harpells adicionais para ajudar
os parentes. Harpell apóia Harpell em todos os assuntos
públicos , e ninguém se incomoda em registrar a quantidade e
os nomes daqueles que se esqueceram desse fato.
Além dos Harpells, as famílias dominantes de Selalonga
são de rancheiros: as famílias Cadrasz, Emmert, Kromlor,
Mammlar, Escudesterco, Suldivver e Zelorrgosz moram
na área rural ou bem próximo a Selalonga há gerações e
influenciam a maior parte da vida cotidiana lá. Eles definem
os dias de mercado, ajudam a resolver disputas entre
famílias e intermedeiam compras quando um agricultor
ou empresário morre e não deixa herdeiros. Eles resolvem
assuntos menores e mantêm a paz da melhor maneira
possível, sabendo muito bem que se os Harpells precisarem
se envolver em uma disputa, sempre haverá a possibilidade
de um infrator ser explodido no nada.
Es s as famílias também são as mais inclinadas a
contratar pessoas de fora para lidar com os assuntos dos
ranchos, seja um ataque de ores ou o aparecimento de
licantropos na área (embora haja rumores de que as últimas
criaturas possam ser descendentes de um dos Harpells).
Os principais interesses dos rancheiros costumam levar
à contratação de aventureiros não apenas para promover
seus próprios objetivos ou garantir proteção, mas também
para secretamente impedir ou prejudicar um ao outro
e obter alguma vantagem em sua contínua competição.
Aventureiros que vão longe demais em tal missão podem
ser facilmente explicados como sendo estranhos tolos, e se
eles ofenderem um Harpell e forem atingidos no meio da
Estrada Longa, não haverá mais ninguém para perguntar
sobre o assunto. O meu melhor conselho é estar sempre
atento ao cheiro de magia no ar e agir em conformidade.
VAU DA ADAGA
Construída na encosta de uma colina baixa nas planícies
de inundação do Delimbiyr, esta pequena aldeia murada
é dominada pela fortaleza da duquesa local, a Senhora
Morwen Vau da Adaga. Contando a própria aldeia, os
vilarejos e as fazendas das redondezas que buscam proteção
e orientação, cerca de mil e duzentas pessoas chamam a
região de lar. A Senhora Morwen é irmã do duque anterior,
Maldwyn Vau da Adaga, e ela parece ser uma líder capaz
e carismática. A autoridade da família Vau da Adaga sobre
a área remonta a época do antigo Reino dos Homens que
sucedeu Phalorm na região. Embora esse reino tenha se
desfeito há séculos, existem aqueles que veem Vau da Adaga
como o último bastião de um melhor momento de paz,
riqueza e influência - um momento que, dada a liderança
correta, tem uma pequena chance de ser restaurado.
Vau da Adaga é um paraíso pastoril. Colinas amplas e
extensas nas proximidades oferecem vistas tranquilas,
mas às vezes são tomadas por invasores ores ou goblins.
As constantes caravanas que se dirigem para o norte na
direção de Waterdeep (Águas Profundas) ou para o sul
até Baldur's Gate (Portão de Baldur) sempre precisam de
escolta ou guarda, e podem oferecer notícias dt ambas as
cidades (e dos povoados entre elas). Várias estalagens estão
prontas para receber visitantes, exceto nos períodos mais
movimentados de comércio ou épocas de festival, quando
lotam rapidamente. É. então que muitos moradores abrem
suas casas para hóspedes. Os combatentes que precisam de
moedas podem encher suas bolsas ao oferecer seus serviços
como treinadores para a milícia local ou acompanhando a
guarda da aldeia em suas patrulhas.
A administração diária da aldeia fica nas mãos do
Conselho das Guildas, composto pelos líderes dos grupos
comerciais informais de Vau da Adaga. Esses mestres de
guilda se consideram mais poderosos e influentes do que
realmente são, imitando os Lordes de Waterdeep ao vestirem
túnicas e máscaras durante as reuniões do conselho. Essa
teatro todo, aos olhos da maioria dos aldeões, é quase uma
farsa, pois todos em Vau da Adaga sabem exatamente quem
são os membros do conselho, e nenhuma magia disfarça as
formas, vozes ou trejeitos dos líderes de guilda, um espião
treinado pode descobrir fácilmente qual mestre da guilda é
qual após apenas uma ou duas noites de observação atenta.
O maior e mais antigo prédio de Vau da Adaga é o castelo
ducal, uma fortaleza de três andares cercada por uma mural
de dois andares que contém seu próprio ferreiro, uma ampla
praça de armas e um estábulo para um grande número de
animais. Os duques de Vau da Adaga sempre mantiveram
uma despensa bem abastecida, capaz de alimentar os
habitantes do castelo e todos os aldeões que pudessem ser
abrigados lá durante um cerco.
Três portões se abrem para o interior da aldeia de Vau
da Adaga: Portão do Rio, que fornece acesso ao rio e por
meio do qual a carga é transportada para dentro da aldeia;
Portão das Caravanas, que recebe a maior parte do tráfego
terrestre, incluindo o comércio terrestre; e o Portão dos
Agricultores, que permanece aberto quase todo o tempo,
mas que é largo o suficiente apenas para permitir que uma
carroça ou charrete passe de cada vez.
Uma milícia faz a guarda de Vau da Adaga. O alistamento
na milícia é obrigatório para qualquer adulto apto, e o serviço
dura cerca de vinte anos. Todos os aldeões que vivem na
aldeia recebem treinamento dos próprios soldados da
duquesa no uso de lanças e outras armas, e devem passar
pelo menos um dia por mês na defesa da aldeia, ficando
sentinela nas muralhas ou patrulhando as estradas próximas.
Seu treinamento significa que os aldeões comuns de Vau da
Adaga não são facilmente intimidados por pessoas armadas
que exigem mercadorias, moedas ou livre passagem, e estão
mais inclinados a começar a trabalhar como mercenários,
guardas de caravanas ou até mesmo aventureiros.
Embora seja menos amável do que seu irmão, a Senhora
Morwen é reconhecida como sendo mais capaz de governar
Vau da Adaga do que o duque Maldwyn o foi. Ela é muito bem-
quista pelas pessoas, que entendem que ela tem um coração
honrado e deseja o melhor para Vau da Adaga. Ela costuma
treinar junto com a milícia e é vista na aldeia vestindo
armaduras com a mesma frequência com que se embeleza
com a elegância adequada à sua posição. Também é normal
que ela visite o santuário local dedicado a Tempus, o que
apenas intensifica sua reputação de mulher piedosa. Apenas
agora os traços da Senhora Morwen estão começando a
envelhecer, fazendo jus aos seus cabelos brancos.
A maioria das pessoas em Vau da Adaga se conhece, nem
que seja ao menos de vista. Estranhos geralmente são
bem-vindos, especialmente se tiverem moedas para gastar, a
menos que essas pessoas se portem armadas e ameaçadoras
pela aldeia. Guardas mantendo posto em cada portão marcam
cada novo rosto, mas não tomam medidas contra aqueles que
não reconhecem, a menos que tenham motivos para isso.
A maior das estalagens da cidade, a Taverna Rio Brilhante,
é o segundo maior edifício de Vau da Adaga e é o local de
muitas celebrações e reuniões locais. Aqui, os ricos vêm para
comer, beber e relaxar. Esta estalagem é antiga - muitos
moradores da aldeia dizem que ela é mais antiga até mesmo
que o castelo ducal - e para muitos é a própria alma de
Vau da Adaga. A Estalagem Aluvião de Prata e a Moela de
Lagarto também oferecem quartos, embora esta última não
sirva comida a seus hóspedes, oferecendo apenas camas.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE

Os REINOS EM RUÍNAS DO NORTE
Muitas pessoas consideram o início da civilização do Norte
como sendo marcado pela fundação de Waterdeep (Águas
Profundas). Pessoas mais instruídas estão cientes da
verdadeira história da região e conhecem ao menos alguns
dos reinos que foram construídos pelos habitantes do Norte
ao longo dos séculos.
As ruínas desses reinos estão espalhadas por todo o Norte,
e muitas cidades e aldeias atuais são construídas sobre estes
resquícios, a maior parte das vezes com seus moradores
ignorando o que está logo abaixo das botas .
Eaer/ann. O reino élfico de Eaerlann, um sobrevivente das
antigas Guerras da Coroa, se estendia da Floresta Alta até o
Vale Delimbiyr. Enfraquecido pelo recuo de grande parte de
sua população para Encontro Eterno e pelos ataques de ores,
Eaerlann finalmente caiu seiscentos anos atrás perante os
demônios que irromperam de Ascalchifre (antes conhecido
como Forte Portão do Inferno e agora como Vale do Portão
do Inferno) .
11/efarn. Dez mil anos atrás, a capital de lllefarn ocupava o
local onde fica hoje a cidade de Waterdeep (Águas Profundas).
lllefarn era um reino de elfos que aceitavam humanos e
anões em suas terras, e assim permaneceu intacto por sete
milênios. Com o tempo, o reino foi fragmentado pelo aumento
da ocupação humana na região, e repetidos ataques de ores
aca baram levando à sua destruição definitiva.
Athalantar. Um reino humano de curta vida, Athalantar
ficava ao sul da Floresta Alta, em território reivindicado por
seu auto-denominado Rei Cervo, treze sécu los atrás. Seus
governantes foram destronados brevemente por lordes
magos, mas depois recuperaram o trono, apenas para serem
exterminados pelos ores no espaço de algumas gerações.
Phalorm. Monarcas anões, élficos e humanos
compartilhavam o governo de Phalorm , também
conhecido como Reino das Três Coroas, que foi fundado há
aproximadamente mil anos no Charco Elevado. Phalorm
durou quase um século até que repetidos ataques de ores e
goblin o derrubaram .
Reino do Homem. Quando Phalorm caiu, os humanos
sobreviventes do reino estabeleceram o Reino do Homem,
formalmente conhecido como Delimbiyrano, que durou
apenas duas gerações. Sua extinção deixou para trás uma
boa quantidade de pequenos "reinos" que recebiam colonos
humanos em diversos locais, o que levou à fundação de
novas cidades e aldeias pela Costa da Espada e redondezas.
Netheril. Durante séculos, a lenda de Netheril serviu
como lição para a arrogância humana e um atrativo para
caçadores de tesouros orgulhosos demais para aprender
esta história. Muito tempo antes do Acordo dos Vales e da
criação do Cômputo dos Vales, Netheril surgiu como um
império humano fundado com base nas poderosas magias
aprendidas com os dourados Pergam inhos Nether, artefatos
tão antigos quanto as raças criadoras. A voadoras cidades
netherienses vagavam pelos céus por todo o Norte, mas no
começo elas pairavam sobre uma terra verdejante, que agora
é o que conhecemos como o deserto de Anauroch.
Então, Karsus, um dos mais poderosos magos de Netheril,
ousando acreditar que poderia lutar pelo controle da Trama
e tornar-se um deus. Ele qual foi bem-sucedido, mas em sua
falha Karsus matou a deusa da magia, despedaçou a Trama e
mandou os enclaves flutuantes que não conseguiram escapar
para outros planos, direto para se espatifar contra o chão.
Do momento da queda , quando o sangue derramado ainda
estava fresco, até as pedras cobertas de musgo ou enterradas
sob as dunas dos dias de hoje, as ruínas de Netheril e seus
segredos arcanos têm atraído muitos para um fim terrível.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
54
Uma das empresas mais incomuns de Vau da Adaga é o
Banco de Negócios da Costa da Espada, que aceita depósitos
de comerciantes viajantes e permite que eles recebam esses
fundos em um local semelhante em Waterdeep (Águas
Profundas) ou Baldur's Gate (Portão de Baldur). A Senhora
Belinda Anteos (da casa nobre de Waterdeep promete que seus
negócios são seguros e que os meios de comunicação mágicos
do banco conta de forma precisa o intercâmbio de moedas
entre cidades, e que estes valores não podem ser adulterados.
Membros de guildas locais que fazem negócios fora da
aldeia não confiam inteiramente no Banco de Negócios,
preferindo emprestar moedas da família de pequeninos,
os Parmesão, que administram a taverna Vaca Feliz.
Oficialmente, a Aliança não tem preferências, mas eu
pessoalmente acho que a Senhora Anteos é confiável o
suficiente para ser uma alternativa ao transporte de grandes
quantias pelas estradas. É mais fácil para qualquer um se
separar de uma pequena quantia na bolsa do que perder
tudo para uma corja de bandoleiros durante uma jornada
pelos ermos.
Aqueles que estão visitando Vau da Adaga são
aconselhados a evitar o curtume que fica a oeste da aldeia e
a atravessar rapidamente a Ponte de Tyndal quando vindos
do sul. Isso porque a localização do curtume, no alto de
uma colina, faz pouco para conter o fedor que vem de lá, e a
Guilda dos Ribeirinhos despeja os dejetos da aldeia bem ao
lado da ponte. Em dias quentes, os aromas exalados destes
dois locais podem ser devastadores, e é por isso que pedi
novamente à Aliança que designasse um agente diferente
para fazer a visita à aldeia nos próximos verões.
A Ponte de Tyndal, aliás, é uma estrutura baixa feita de
pedra sobre a qual os viajantes passam quando se aproximam
do oeste, onde um garoto local chamado Tyndal afastou
vários reptantes com apenas uma adaga. Ele chegou à idade
adulta, casou-se com a filha do governante local, nomeou-se
duque e construiu Vau da Adaga sobre as ruínas de um
castelo mais antigo. Esta história, e a maior parte da história
da região, é contada de bom grado a quem perguntar pelo
Sôr Darfin Floshin, um elfo muito mais velho que a própria
Vau da Adaga. Ele deseja ver um aumento na cooperação
entre humanos, anões e elfos na região, como já foi uma vez
feito no reino de Phalorm. Darfin tem sido conselheiro para
muitos dos duques de Vau da Adaga ao longo de todos esses
anos. Embora ele tenha sido rejeitado pelo duque Maldwyn
durante o reinado deste, há sinais de que a Senhora Morwen
possa ser mais receptiva aos conselhos de um elfo dourado
que testemunhou a queda do reino humano de Delimbiyran, a
fundação de Vau da Adaga e todos os dias desde então.
WATERDEEP (ÁGUAS PROFUNDAS)
Erguendo-se das margens de seu profundo porto até as
grandes montanhas que erguem-se do Mar das Espadas jaz
Waterdeep (Águas Profundas), a Cidade dos Esplendores e
a Coroa do Norte. Para toda Faeriln, esta enorme metrópole
significa o ápice de que toda grande cidade poderia ser,
seja em riqueza, influência e estabilidade. Aqui, os cidadãos
trabalham, os nobres esnobam e os grandes lordes secretos
tramam e conspiram, ao mesmo tempo que comerciantes
circulam entre eles para coletar moedas e continuar a
lucrar o máximo que puderem. As lojas e comerciantes de
Waterdeep oferecem mercadorias de todos os tipos e de
cada canto de Toril, e até mesmo os mais raros dos ítens
podem ser encontrados aqui, obviamente se você tiver
as moedas e a paciência necessárias. Aventureiros que
não tenham nem um nem outro podem muito facilmente
encontrar qualquer tipo de emprego, desde uma simples
escolta de caravanas até fazer a segurança de algum nobre, com moedas suficientes para pagar por essas despesas.
de investigar uma ruína ou seguir os rumores sobre a Mais de setenta e cinco famílias nobres chamam Waterdeep
aparição de monstros em algum lugar do Norte. de lar, representando todos os tipos de interesses
Embora exista há centenas de anos, apenas agora Waterdeep comerciais, rivalidades e disputas internas.
está retornando ao status que tinha cerca de um século e meio Ser da nobreza, contudo, carrega uma certa cota de
atrás. As perturbações recentes começaram quando os deuses vantagens. Um nobre, comandando de algum lugar
andaram pelos Reinos e se mataram diante os olhos dos como o chefe de uma hierarquia econômica e social,
mortais, até caminharem de volta para seus domínios divinos pode facilmente tirar qualquer trabalhador medíocre da
bem no meio das ruas de Waterdeep. Décadas depois, mais obscuridade, frustrar as esperanças de um rico comerciante
divindades começaram a morrer, a magia falhou e todo o tipo conseguir um outro contrato dentro da cidade ou fornecer o
de catástrofe começou a mudar a natureza da cidade. O Lorde suporte que um ambicioso grupo de aventureiros necessita
Brasanunca destruiu a marinha da cidade e então, ao invés de para encontrar o caminho da fama e de uma enorme
reconstruí-la, contratou marinheiros de Mintam (e aproveitou riqueza. A única e verdadeira competição que um nobre
para lucrar com a empreitada). encara aqui é outro nobre. Tais rivalidades são a origem de
Hoje, a Cidade dos Esplendores está se recuperando. O muitas fofocas e intrigas, já que os nobres de Waterdeep
porto foi desobstruído dos navios quebrados que constituíam (Águas Profundas) sempre tentam manter ao menos uma
o antigo distrito de Costanévoa, e Waterdeep mais uma vez camada de civilidade em suas querelas.
possui sua própria marinha. A Guarda (o exército), a Vigília (a Embora eles raramente concordem em muita coisa, um
força policial), a Marinha da cidade e a sua famosa Cavalaria assunto no qual todas as casas nobres enxergam da mesma
do Grifo estão sendo todas reformuladas, mas tudo isso ainda maneira é que seus status jamais devem ser manchados por
pode demorar alguns anos para ser concluído. Uma praga por recém-chegados, e certamente não pôr qualquer um cheio
assolou a maioria dos moradores dos Guetos e Caissombra, de moedas suficientes para conseguir comprar um título de
e viver abaixo ou escavar a superfície da cidade tem sido nobreza. Durante o mandato do Lorde Brasanunca, quando
considerado ilegal, exceto para os lordes que são autorizados se tornou legalmente permitido que as casas empobrecidas
a fazê-lo. De alguma forma, até mesmo o ar que se respira vendessem seus títulos, abriu-se a possibilidade que outros
parece mais fresco. Nas palavras de uma sábia matriarca dos se tornassem nobres. Na ocasião, muitos líderes das antigas
elfos lunares (cuja situação de ser minha tia positivamente casas ficaram irritadíssimos, principalmente depois que
não influencia em nada sua sabedoria), "Waterdeep (Águas alguns dos compradores perderam todas as suas moedas
Profundas) está de volta ao lugar que ocupava quando eu era e venderam seus títulos mais uma vez no intervalo de uma
apenas uma moça". estação ou duas. A Lorde Declarada Laeral Mão Argêntea,
Talvez o mais surpreendente de todos esses novos para alívio de tais líderes, percebeu a leviandade dessa
acontecimentos seja o retorno de Laeral Mão Argêntea até decisão, e já reuniu apoio suficiente entre os Lordes de
Waterdeep. Há muito tempo se pensava que ela estava morta, Waterdeep (Águas Profundas), não apenas para reverter esta
mas ela ressurgiu apenas recentemente e rapidamente reuniu decisão, mas também para devolver às famílias nobres os
os lordes secretos a seu favor de modo a ajudá-la a remover títulos e terras que foram perdidos durante essa insensatez.
Dagult Brasanunca como Lorde Conhecido de Waterdeep.
Muito poucos se lembram da Senhora Laeral, a última vez
que ela esteve na cidade, mas aqueles elfos que têm vivido
aqui no último século dizem que ela é mais reservada agora
do que sempre foi. A nova Lady Conhecida não fala de sua
família - qualquer menção a seus filhos, seu antigo esposo (o
lendário Cajadonegro, Khelbem Arunsun) ou sobre qualquer
de suas conhecidas irmãs é motivo para que ela interrompa
a conversa que for imediatamente. A relação dela com a
atual Cajadonegro, Vajra Safahr, é cordial, mas as duas são
raramente vistas conversando diretamente, e a maioria das
pessoas acha que a Senhora Laeral tem muito pouco o que
aprender com uma maga que não chega aos pés dela.
Como sempre, o Lorde Declarado é escolhido e apoiado
por vários lordes secretos, que usam máscaras, túnicas e
amuletos para se disfarçarem quando estão publicamente
participando de algum julgamento ou reunião de conselho,
e quando fazem políticas em nome de Waterdeep (Águas
Profundas). Cada aguaprofundense tem suas próprias
suspeitas sobre se esse ou aquele cidadão influente é ou não
é um lorde da cidade, e alguns inclusive são completamente
dispostos a declarar suas crenças publicamente. Contudo,
os poucos que são confrontados pelas ruas jamais alegaram
ser um dos lordes, e nunca esse tipo de abordagem resultou
em uma prova concreta dessas afirmações.
Mas os outros lordes da cidade não são de todo secretos
- os nobres de Waterdeep, cujo comportamento esnobe e
alta gastança fizeram moda na cidade. Estes, por sua vez,
criam tendências por todo o Norte para roupas, armamento,
bugigangas favoritas, música e para qualquer outra
preferência que possa mudar por mero capricho por aqueles

CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE

55
56__,, //~11 CAPÍTULO 2 IA COSTA DA ESPADA E O
NORTE
 ;111~11r:::~;~>
Tal decisão fez com que ela ganhasse mais apoio ainda entre
a nobreza. Agora, os zhents e os comerciantes thayanos
e balduranos possuem moedas suficientes para comprar
propriedades dentro da cidade, caso queiram, mas isso
de forma alguma é motivo para conceder-lhes títulos de
nobreza e outros direitos legais, em vez de simplesmente
uma m ansão.
Os DIS TRITOS DE WATERDEEP (ÁGUAS PROFUNDAS)
Waterdeep há muito tempo foi divid ida em várias reg iões
denominadas distritos. Para os moradores locais , estes
distritos são essenciais para Waterdeep (Aguas Profundas),
mas mu itas vezes os estrange iros se perdem nos distritos
onde estão ou o que o nome de determ inado distrito
significa . Os nomes dos d istritos sugerem o que as
construções contêm e o tipo de atividade de cada um, mas
não existe uma le i que restrinja uma determinada atividade
ou classe social das pessoas de um distrito em específico.
Distrito do Castelo. Como o próprio nome indica, o
Distrito do Castelo abriga o Castelo Waterdeep, o Palácio de
Piergeiron e mu itas outras construções públicas da cidade.
Este distrito é lar principalmente dos mais ricos ou dos
ma is influentes que não podem se inserir entre a nobreza .
Outras estruturas são ocupadas por entidades de assunto
educacional ou religioso que servem primariamente à cidade
como um todo, não apenas aos residentes do distrito.
Distrito das Docas. A maior parte da área portuária da
cidade está localizada no Distrito das Docas, assim como o
comércio e os armazéns que dependem do recém restaurado
porto municipal. Trata-se de um bairro movimentado e
com muitas ruas sinuosas, onde as pessoas se sentem
confortáveis em realizar negóc ios que, em outros locais,
poderiam provocar desentend imentos com a lei .
Distrito Campestre. Criado mais recentemente, o Distrito
Campestre fica entre as muralhas interna e externa no norte
da cidade (uma área antigamente usada como terrenos
de caravanas). Este distrito cresceu de maneira confusa e
desordenada e é lar para mu itos dos ma is pobres moradores
da cidade.
Distrito Norte. Lar de muitos casarões, morad ias
geminadas e várias estalagens grandes, o Distrito Norte
é o bairro dos consideravelmente ricos.
Distrito Marítmo. Aqueles cujas riquezas estão em
ascensão fazem seu lar no Distrito Marítimo, e se juntam a
muitas famílias nobre já trad icionais Esta área no noroeste da
cidade é o lar para a maioria dos ricos da cidade, o local onde
ficam os grandes palacetes das famílias nobres da cidade
(exceto por aquelas no Distrito Norte) .
Distrito Sul Estábu los, armazéns e lojas relacionadas
ao comércio terrestre dominam o Distrito Sul. A maioria
dos moradores são trabalhadores braça is que carregam e
descarregam as mercadorias das caravanas, que fora isso
realizam apenas trabalhos que pagam pouco.
Distrito Comercial. Uma estreita faixa de terra entre
o Distrito do Castelo e a Cidade dos Mortos, o Distrito
Comercial é o centro dos negócios da cidade, com a ma ioria
das pequenas transações e acordos honestos ocorrendo aqui.
Cidade dos Mortos. O cem itério murado da cidade, a Cidade
dos Mortos é o único local em Waterdeep onde o énterro dos
falecidos é legalizado. Ela é util izada por muitos cidadãos como
parque púb lico durante o dia, um adorável espaço verde de
belos mausoléus e grande estátuas para onde muitos procuram
escapar da agitação e barulho da cidade.
Baixencosta. Embora não seja considerada por muitos
como sendo um distrito da cidade, as pequenas vil as e muitas
fazendas que' se espalham pela terra a leste da cidade estão
legalmente incorporadas à Waterdeep quando se mudaram os
quartéis e instalações de tre inamento para esta área.
YARTAR
Situada no encontro dos Rios Surbrin e Dessarin nas
proximidades do Caminho dos Charcos Eternos, Yartar
é uma aldeia fortificada que, se não fosse seus conflitos
internos mesquinhos, poderia exercer muito mais influência
entre seus companheiros no Norte. Atualmente, é mais
conhecida por suas atividades de construção de barcaças
(e pela importância dessa indústria no comércio de outros
povoados) e por suas feiras anuais.
Todo verão, exceto nos anos em que ocorre o Encontro
dos Escudos, uma enorme Feira de Contratos acontece
em Yartar, durante a qual todo tipo indesejável de pessoas
do norte se reúne na aldeia em busca de trabalho como
guardas, mineiros, lavradores, guias ou outro tipo de
serviço não especializado. Em sua maioria, os que
frequentam esta feira são brutos, bandidos, proprietários
de terras cujo solo não consegue mais produzir ou Uthgardt
que desejam estar entre o povo "civilizado" durante
algum tempo - mas por vezes uma mão mais forte ou um
combatente habilidoso podem ser aproveitado desse meio.
Enquanto este evento está acontecendo, Yartar é tomada
por visitantes que normalmente não seriam bem-vindos, que
roubam mercadorias, vendem mercadoria nas ruas (muitas
vezes as que acabaram de roubar), reúnem-se com contatos
inescrupulosos para entregar moedas, informação ou itens
furtados, e que participam de ocasionais duelos mágicos.
É deveras comum que um nova companhia aventureira surja
em uma destas feiras, quando aqueles que se destacam
na multidão por terem verdadeiras habilidades a oferecer
acabam se encontrando e decidindo formar um grupo.
Nos anos em que ocorre o Encontro dos Escudos, a aldeia
abriga então um grande festival, patrocinado principalmente
pelo templo de Tymora local, o Venturoso Salão do Fortuito
Acaso. O festival do Encontro dos Escudos recebe uma
variedade de jogos de azar, de perícia e bravura, desde
dados e dardos, até corridas de bêbados, lutas-livres e
outras disputas físicas. De tempos em tempos os sacerdotes
de Tymora usam este festival para identificar aventureiros
cuja deusa convocou para cumprirem uma determinada
tarefa, escolhidos para uma benção ou, em alguns casos,
marcados por algum tipo de destino indeterminado.
Seja durante a Feira de Contratos ou durante o festival
do Encontro dos Escudos, em todo verão ao menos um
grupo de aventureiros parece ter seu início em Yartar.
A maioria deles acaba caindo no esquecimento, mas a
Companhia Sorridente - uma parte ativa de um grupo
maior de combatentes que se juntaram em Yartar há cerca
de uma década - ainda desfruta de moderado sucesso e faz
contribuições anuais ao Salão Venturoso.
CAP ÍTULO 2 1 A C OSTA DA ES PADA E O N ORTE
 Yartar é governada por um Barão d'Água que é eleito para
um cargo vitalício. O atual Barão d'Água é Nestra Ruthiol,
uma mulher impetuosa que é perversamente calculista;
embora não controle suas palavras e insultos, ela raramente
age contra seus rivais, a menos que tenha certeza que tal
feito possa ser executado da forma mais eficiente e dolorosa
possível. Durante minha última visita a Yartar, foram
levantadas acusações contra a Barão d'Água, dizendo que ela
havia assassinado um homem, Kaidrod Palyr, que antes havia
se revelado amante dela. O corpo dele foi encontrado no rio,
junto dos restos encharcados do que aparentava ser o manto
favorito de Nestra Ruthiol. O fato dela ter discutido em público
e em voz alta com a esposa de Palyr, Tiarshe, pouco antes
das acusações terem sido feitas não a ajudaram muito em sua
reputação, tampouco passaram a impressão de sua inocência.
Quando finalmente conseguiu ser absolvida das acusações, a
Barão d'Água Ruthiol deixou claro que não desejava falar mais
sobre o assunto, e garantiu que qualquer um que o suscitasse
novamente não ficaria lá muito feliz com o resultado. Por
causa disso, embora as pessoas comentem, ninguém o faz na
presença dela. Alguns colocam a culpa do crime na Mão de
Yartar, a guilda de ladrões local, mas eu acredito que Kaidrod
foi morto, e a Barão d'Água está envolvida, para que o cargo
ficasse livre para um dos rivais dela na aldeia.
Os REIS ANÕES CAíoos E SEUs FEITOS
O Norte todo está cheio de resquícios de muitos reinos anões.
Embora muitas das riquezas destes locais já tenham sido
saqueadas por monstros e aventure iros ao longo dos séculos,
a evid ência dos povoados e de suas fronteiras permanecem
escu lpid os nas paredes das cavernas, nas marcas das trilhas e
nas moedas espalhadas. Alguns destes reinos, e as marcas que
carregam o testemunho de sua presença, são detalhados aba ixo.
Haunghdannar. A evidência mais antiga de um
povoado anão no Norte vem do antigo local onde existiu
Haunghdannar. Um pequeno reino lito râneo ergueu-se a li há
aproximadamente sessenta e cinco séculos no norte da Costa
da Espada, e depois caiu rápida e misteriosamente cerca de
cento e cinquenta anos depois. Alguns registros sugerem
que muitos dos seus cidadãos foram levados à loucura pelo
mar, navegaram para oeste e jamais retornaram. Marca: Um a
montanha, com a late ral esquerda de um peixe, encimada por
uma estrela de sete pontas.
Gharraghaur. Os anões de Gharraghaur foram os primeiros
a escavar a terra abaixo do local onde hoje fica Mirabar. O
reino foi fundado logo após Haunghdannar, mas não durou
tanto tempo; cento e vinte anos depois ele sucumb iu diante
de uma horda de ores devastadora. Marca: Quatro pedras
preciosas no formato de diamante alongado, três dispostas
em um triângulo e a mais larga no centro.
Besilmer. Cerca de seis mil anos atrás, anões do escudo
estabeleceram um reino subterrâneo no va le do Dessarin,
ao qual e le s nomearam Besilmer. Eles construíram duas
das características geográficas mais marcantes da Costa
da Espada: a Ponte de Pedra e os Salões do Machado de
Caça. Menos de trezentos anos após sua criação, Besilmer
foi tomada e destruída por uma horda de humanoides e
gigantes. Marca: uma roda sobre um arado.
Delzoun. O grande Norterreino dos anões, Delzoun foi escul-
pida na rocha abaixo da área conhecida até recentemente como
Fronteiras Prateadas. Fundada logo após a queda de Belsimer,
Delzoun permaneceu como um grande poder por cerca de qua-
tro mil anos, até que hordas de ores e monstros subterrâneos o
derrubou. Muitos dos grandes trabalhos de Delzoun, cidadelas
como Sundbarr e Adbar, sobrevivem e prosperam até os dias de
hoje. Marca: um martelo de cabeça dupla na horizontal dentro
de um triângulo de três pedras preciosas brilhantes.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
É por causa desses conflitos e tramas que Yartar continua
a se destacar no Norte. Se a aldeia conseguir superar
seus problemas internos, levar vantagem no que seus
companheiros de Aliança dos Lordes têm a oferecer e
encontrar um meio de tirar maiores lucros de sua posição
privilegiada entre grandes rotas comerciais - já que ela é
praticamente um portão de entrada para todos os povoados
mais a nordeste - Yartar poderia logo crescer em tamanho,
riqueza e influência. O crescimento físico necessitaria da
expansão de terras para futuros povoados e a construção de
outra muralha circundante de modo a proteger os assentados
- e os costumeiros guardas contratados para proteger
aqueles que fazem o trabalho.
Com sua localização próxima a dois grandes rios e a
proximidade com um terceiro (o Correrriso, formando um
trio que os moradores locais criativamente chamam de Três
Rios), Yartar é uma aldeia pesqueira e suas meses sempre
têm peixe em praticamente todas as refeições. Caranguejos,
enguias e outros tipos de vida fluvial, todos bem frescos,
estão disponíveis para comer e para comprar, e servem de
fonte de renda primária para os pescadores da aldeia.
A outra principal indústria de Yartar é a contrução de
barcaças. A maioria das barcaças navegando os rios da
região são feitas, ou ao menos começaram seu serviço,
em Yartar, e os trabalhos dos construtores de barcaças
da aldeia são famosos de cima abaixo do Dessarin e seus
afluentes. É justamente a importância das barcaças de
Yartar para o comércio do Norte que a aldeia ganhou um
lugar na Aliança dos Lordes. Isso garantiu que Yartar não
caísse nas mãos de inimigos e não levasse a um transtorno
maior na rede comercial estabelecida ao longo dos rios.
O que não pode ser transportado de ou para Yartar por
barcaça, acaba indo por caravanas, e a localização da aldeia
faz dela um ponto de parada importante para a maioria das
caravanas que fazem o caminho entre Waterdeep (Águas
Profundas) e Lua Argêntea. Em Yartar, uma caravana pode
providenciar reparos rápidos, substituição de rodas de
carroças, charretes e carroções, ou então a reposição de
pregos e outros acessórios.
Como Yartar possui poucas indústrias e poucos vizinhos
próximos, seus comerciantes estão em constantes
competições entre si, e possuem poucos recursos para
buscar novos clientes e carecem de espaço ou recursos para
explorar novos comércios. O resultado disso é que boa parte
das fofocas, roubos e assaltos em Yartar tem como ponto de
partida algum comerciante tentando levar vantagem sobre
um rival, seja através do dano de mercadorias, intimidação
de funcionários ou roubo de patronos e clientes.
Para conter e controlar a brutalidade, a Baronesa d'Água
faz uso dos Escudos de Yartar, uma força montada composta
de guardas que policiam a aldeia, mantendo a ordem e
expulsando as ocasionais invasões de Uthgardt e ameaçam
as terras vizinhas. Os Escudos ficam abrigados na Torre
Escudo, uma estrutura fortificada que fica na margem
oeste do Surbrin (a maior parte da aldeia fica na margem
leste), cuja muralha externa foi várias vezes derrubada e
reconstruída. Dizem os rumores que esqueletos protetores
erguem-se quando pessoas não autorizadas andam pelo
terreno entre as muralhas, mas ninguém testou a área para
verificar se tal magia realmente funciona; e mesmo que não
funcione, mais do que uma centena de combatentes zangados
investindo contra invasores é perigo mais do que o suficiente
para espantar as pessoas de tentarem tal feito. Uma ponte
fortificada faz a ligação entre as margens da torre e da aldeia.
Muito mais impressionante do que os Escudos ou a
Torre Escudo é a Barcaça do Barão d'Água. Essa enorma
embarcação pode transportar duas centenas de soldados
ou até setenta e cinco Escudos de Yartar com seus cavalos.
Seus bordos acima da superfície da água são reforçadas por
placas de ferro. Atrás da amurada do convés existem várias
balestras, cada uma capaz de disparar uma dúzia de virotes
de uma vez. Quando agem contra uma força às margens do
rio, os Escudos disparam duas rajadas contra os inimigos,
então atracam a Barcaça e atacam por solo. Nunca nenhum
atacante resistiu a este tipo de investida.
No meio da aldeia fica o Salão do Barão d'Água, uma
enorme estrutura que é parte lar para a regente, parte local
onde são realizadas as audiências. A recepção dos banquetes
é normalmente feita aqui, embora sejam mais frequentes
as atividades nos salões paralelos, onde comerciantes
negociam bens ou fecham acordos e fazem propostas
que afetam a comunidade como um todo, tudo isso com o
máximo conforto.
As FORTALEZAS Dos
ANÕES DO NORTE
QUEM SOU EU? MEU FILHO, EU TENHO PÊLOS NAS COSTAS
mais compridos que essa sua barbicha. Eu lutei ao lado de
Emerus na retomada de Felbarr, e marchei junto de cada rei
anão do Norte na reconquista de Fortekruel. Perdi metade
do meu pé pra lâmina de um ore e matei cada maldito deles
que ficou no meu caminho pra casa. Se eu quiser sentar e
desfrutar da minha idade agora que finalmente expulsamos
os ores, eu vou fazer exatamente isso, e que se dane a cortesia.
Eu conquistei meu merecido descanso. Se seu lordezinho não
gosta disso, então deixe-o vir e dizer isso na minha cara. Não
vou arredar o pé daqui até eu terminar minha cerveja.
- Drorn Bigorna de Guerra, para o emissário do
Marquês de Mirabar
A história dos anões no Norte é extensa e violenta, datando
de mais de seis milênios. Antes de existir a Pedra do Acordo
na Terra dos Vales, ou uma Waterdeep (Águas Profundas),
ou uma Myth Drannor, ouve uma breve (nos termos dos
anões) glória de Belsimer, e os reinos de Haunghdannar e
Gharraghaur. Agora certamente nada mais do que ruínas,
estes reinos duraram tanto quanto qualquer reino existente
dos homens, mesmo que seus feitos tenham sido esquecidos
pelos humanos e até mesmo pelos anões.
O maior e mais recente destes reinos foi Delzoun, também
chamado de Norterreino. Ele se estendia da fronteira oeste
do que antes era o Mar Estreito (posteriormente, o Grande
Deserto de Anauroch) até onde hoje fica Lua Argêntea, e
desde as Montanhas de Gelo até as Montanhas Inferiores.
As cidadelas Adbar e Felbarr eram fortalezas de Delzoun, e
Mirabar, o Salão de Mitral e Sundabar devem sua existência
àquele antigo reino e seus descendentes. O lendário
Fortekruel, que dizem ter sido tocado pela pre'sença do
próprio Moradin, foi construído pelos anões de Delzoun
- no começo como uma mina, e depois como uma cidade.
Também foram os anões de Delzoun que construiram
Mestre de Ferro, e toâas as grandes minas e renomadas
forjas do Norte ficam nos salões dos anões.
Hoje, quando os anões do escudo suscitam o nome
de Delzoun, eles estão invocando a glória de todos os
feitos e realizações passadas: cada traço de excelência
arquitetônica, cada lâmina de qualidade e cada martelo
esmagador, cada reino e batalha - vencida ou perdida - em
-=-----,.,..;,.------------------
defesa de seu povo e aqueles ao seu redor. O nome é tanto
um grito de batalha quanto um símbolo de honra, já que é
um chamado à história, pois embora cada povoado anão
tenha agora seus próprios mestres, reis e rainhas, todos
eles prestam respeito à memoria e ao grande martelo de
Delzoun e ao glorioso reino que ele representava.
Os detalhes dessa seção são extraídos dos longos
ensinamentos de Drorn Bigorna de Guerra, um barbalonga
(um anão ancião) que é um veterano aposentado da Guarda
de Ferro da Cidadela Adbar e dos Guardas da Cidadela
de Felbarr. Drorn lutou nas guerras contra os ores, tanto
neste século quanto no anterior, e ajudou na libertação
da Cidadela Felbarr (duas vezes) e do Fortekruel antes de
baixar seu martelo de guerra há alguns anos e começar a
escrever sobre suas experiências para o proveito dos anões
mais jovens que procuram saber mais sua suas heranças e
sobre o mundo de hoje, a partir da perspectiva correta.
CIDADELA ADBAR
No extremo norte de Faen1n, ao lado do Bosque Frio, jaz as
Montanhas de Gelo. Aqui, no frio cortante, ergue-se a eterna
fortaleza da Cidadela Adbar, o último grande resquício do
Norterreino e da glória da caída Delzoun. Por quase dezoito
séculos, Adbar permaneceu forte contra cada ameaça de
cada inimigo, e perdurou para o grande orgulho de seus
moradores e do nosso povo em toda a região.
Vista da superfície, a Cidadela Adbar parece pouco menos
do que um castelo ou uma cidade humana do que uma
montanha esculpida para se adequar às necessidades dos
anões que vivem lá. As grandes torres que se erguem mais
que as outra são contornadas por estacas-de-dragão de modo
a impedir que criaturas grandes pousem para atacar as
estruturas de forma direta. A grande chaminé da principal
forja da cidade ergue-se entre elas, bufando fumaça como um
vulcão prestes a entrar em erupção. Contornando a cidadela
há uma série de plataformas, ameias e seteiras a partir das
quais os defensores podem disparar suas bestas contra
qualquer um tolo o bastante para atacar a cidade.
Por séculos Adbar resistiu como um monumento vivo do
Norterreino. Tida como a principal fortaleza de Delzoun
quando esse império ruiu, ela só se tornou importante
para os anões da região conforme outros povoados eram
tomados pelos ores, invadidos pelos goblins ou simplesmente
desapareciam. Uma horda de ores com esperanças de tomar
a Cidadela Adbar poderia se lançar contra suas muralhas,
mas isso teria pouco efeito já que o grande e inabalável
granito se torna uma bigorna contra o qual eles se chocam.
A enorme ponte levadiça impede que qualquer um passe,
exceto por aqueles que são convidados bem-vindos, e estes
são bem poucos. Permanecendo inconquistada, ela é o
bastião da esperança, glória e comércio dos anões.
Agora, contudo, pela primeira vez na história, meus ca-
maradas adbaranos parecem temerosos de verdade com a
perspectiva de abrir a cidadela para quaisquer forasteiros
que sejam. Talvez eles apenas estejam reagindo às perdas re-
centes da guerra, ou a falta de liderança mostrada por nosso
novo rei, ou talvez seja mero cansaço. Mas, qualquer que seja
a razão, os portões de Adbar estão ainda mais difíceis de se
abrir diante de palavras mansas do que estavam no passado,
e há poucos comerciantes saindo da cidade nos dias de hoje.
As recentes guerras com os ores custaram muito ao reino,
seja em soldados, seja em liderança. Logo depois, nosso
eterno rei Harbromm morreu. Seus dois filhos gêmeos,
nada preparados, compartilharam a regência até o mais
velho, Bromm, foi morto por um dragão, deixando o jovem
Rei Harnoth responsável pelo comando da antiga cidadela.
CAPÍTULO 2 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
1

O que se seguiu foi uma grande sangria do reino. A
necessidade era grande de livrar o Norte do grande cerco
imposto pelos ores Muitas-Flechas. Há burburinhos que o
Rei Harnoth liderou seus Cavaleiros do Escudo de Mitral
em campo para aliviar sua raiva e pesar contra os ores em
ataques mal planejados, reduzindo os antes numerosos
Cavaleiros até alguns, menos de meia dúzia. A Guarda de
Ferro, o exército de Adbar, permanece forte como sempre,
mas dada a extensão das perdas perante os ores, não seria
nenhuma surpresa que seus novos recrutas fossem mais
ferreiros do que combatentes, servindo seu reino mais como
um senso de dever do que um desejo de batalha. Eu mesmo
servi a Guarda durante um século, mas ainda tenho que
testar os novatos para ver do que eles são feitos.
Se você é sortudo o suficiente para ter a entrada garantida
em Adbar, fique atento ao perambular por lá sozinho. Dentro
da cidadela existem armadilhas, mundéus e outros perigos
em vários locais, só esperando alguém se aproximar
incorretamente de um local protegido. É necessário um
guia, se é que você vai encontrar algum, para os
recém-chegados andarem por lá em segurança.
Abaixo da cidadela propriamente dita, quilômetros de
cavernas dimensionadas para anões formam um labirinto
confuso que frustra a maioria dos visitantes não-anões.
Estes túneis são tudo o que restou das primeiras tentativas
de mineração dentro da montanha. Abaixo deles ficam
as grande minas de minério de hoje, constantemente
exploradas por equipes de engenheiros e trabalhadores.
De acordo com a lei, as minas são proibidas para os olhos
dos visitantes - e até mesmo para anões que não sejam
adbaranos - exceto nos tempos de grande emergência. Então,
dada a natureza impenetrável da fortaleza, ninguém que não
seja de Adbar teve privilégio suficiente para testemunhar o que
se passa lá embaixo. A Grande Roda da cid~dela, uma vista
impressionante até mesmo para um anão, é uma roda d'água
que gira constantemente, capaz de gerar força para manter as
fundições, minas e outras operações em Adbar funcionando o
tempo todo. Ali perto da roda fica o Salão da Forja de Moradin,
um local de adoração que faz cada anão recordar da força e
da proteção duradoura do Forjador de Almas. Ninguém pode
deixar de se sentir seguro ali, e um anão de verdade sente-se
em casa no aconchego da sombra de Moradin.
Considerando o estado atual das terras da superfície ao
redor da cidadela, não é surpresa alguma que os adbaranos
estejam cada vez mais desconfiados das costumeiras
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ES :.
PA_ D_A_ E_o_ N_ o
_ R_T_E_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _..;:--·
0 LAMENTO DE DELZOUN
O conto do grande Norterreino dos anões do escudo, o
Lamento de Delzoun demora mais de um dia para ser
cantado por completo. A canção reconta a história de
Delzoun , desde sua fundação milênios atrás até a dispersão
das cidades e povoados dos reinos dos anões no Norte
que vieram a seguir. Ela é cantada apenas na língua dos
Anõe , e não existem registros de que alguém jamais
tenha feito cópias escritas dela . Apenas alguns não anões
privilegiados já chegaram a ouvir o Lamento por completo,
e anões bardos que querem apresentar este épico devem
demonstrar grande perícia em cantar e em história.
O atual tutor do lamento é Ollyn Língua do Lamento da
Cidadela Felbarr, que foi indicado pelo Rei Emerus Coroa de
Guerra há um século, e é o único anão ao qual se permitiu
acrescentar novas linhas à balada. Acredita-se que agora
que Emerus partiu para os Salões de Moradin, Língua do
Lamento esteja preparando uma estrofe para homenagear
seu antigo suserano como um herói que rivaliza com os
campeões das Antiga Delzoun .
caravanas e visitantes que se aproximam da cidade por
meios que não sejam pelas rotas abaixo da terra. Uma
dessas estradas vem do oeste, conectando Adbar ao Salão
de Mitral e Mirabar através dos velhos túneis da Antiga
Delzoun. Outro túnel leva para o sul saindo de Adbar
e encontrando a Baixestrada, que conecta as ruínas de
Ascore, a leste, à Cidadela Felbarr, a oeste.
Não importa de onde venham, todas as estradas que
levam a Adbar convergem de modo que todos os viajantes
devem se deparar com o grande par de portas de ferro
conhecidas como Porta das Caravanas. Assim como o
restante da Cidadela Adbar, este portão nunca foi rompido.
Mencione a ideia desse acontecimento para um anão
adbarano e ele vai rir na sua cara.
CIDADELA FELBARR
Entre uma das mais velhas e maiores fortalezas de Delzoun,
a Cidadela Felbarr foi construída há mais de três mil anos
- uma quantidade de tempo que vai além da capacidade de
compreensão das raças mais novas. Com a grande riqueza
obtida através de um comércio lucrativo feito com Netheril e
com alguns dos povoados humanos mais antigos do Norte,
os anões forjaram para si um poderosa fortaleza.
Assim como a maioria dos povoados anões, Felbarr foi
construída ao redor de uma mina. Com a queda de Netheril,
a diminuição do comércio por toda a Baixestrada e com os
sinais de que as minas abaixo da cidade estavam chegando ao
fim de sua utilidade, os felbarranos abandonaram a cidadela
após quase dois milênios, e logo depois disso uma força vinda
de Lua Argêntea ocupou a fortaleza. Dentro de meio século
os ores perceberam a fraqueza de uma guarnição que era
muito menor, e Felbarr foi tomada por selvagens após quatro
meses de cerco. Os ores deram ao local o nome de sua tribo,
e a Cidadela das Muitas Flechas permaneceu como uma
fortaleza para os ores por mais de trezentos anos.
A história recente da Cidadela Felbarr é a história do meu
amigo caído, o Rei Emerus Coroa de Guerra. Em 1.367
CV, Emerus liderou uma força de anões para aproveitar
uma vantagem quando, para nossa surpresa e satisfação,
outra horda de ores atacou os ores dentro da Cidadela das
Muitas Flechas. Aguardando o momento que os invasores
quebrassem o portão, Emerus trucidou as duas tribos de ores
e reivindicou a cidadela para os anões. Após um primeiro
inverno brutal, a Cidadela Felbarr foi restaurada: suas forjas
foram acesas novamente e o som dos martelos dos anões
começou a ecoar através de seus salões uma vez mais. Foi
uma época de muito orgulho quando demos boas-vindas ao
verão seguinte e Felbarr nas mãos dos anões.
Na guerra mais recente, os ores tomaram novamente a
Cidadela Felbarr, mas com a ajuda do Rei Bruenor Martelo
de Batalha e uma aliança de anões de todo o Norte, o Rei
Emerus uma vez mais retomou Felbarr, matando cada
ore que tentou entrar na cidade e nos túneis abaixo dela.
O grandioso rei e seus combatentes mais leais, então,
concordaram acompanhar Bruenor até o Fortekruel, e então
ajudá-lo e reivindicar aquela velha cidade também, mas
Emerus foi mortalmente ferido na tentativa. Bruenor honrou
o Rei Emerus ao nomeá-lo segundo rei do restaurado
Fortekruel (após postumamente terem sido garantidas
as honras de primeiro rei ao Rei Connerad), mas para a
maioria dos anões felbarranos, esta honra é um consolo
vazio, já que seu amado rei-herói foi tirado deles.
Agora quem governa a Cidadela Felbarr são dois parentes
distantes do Rei Emerus, o Rei Morinn e a Rainha Tithmel,
que casaram recentemente em uma união planejada para
agregar diferentes pretensões ao trono em uma família só.
A reivindicação de Tithmel ao trono é mais forte apenas por
um grau de parentesco, mas Morinn é um governante mais
tranquilo e atencioso. A Rainha Tithmel jamais foi uma
combatente, e alguns felbarranos receiam que ela pode se
meter na batalha errada antes que o casal possa dar ao reino
um herdeiro, então eles esperam que a influência mais branda
do Rei Morinn ajudará a amenizar a natureza impetuosa
dela e manter a cidade forte durante os tempos difíceis no
calcanhar do recentes conflitos. Embora os dois monarcas
compartilhem o governo da cidade e falem com absoluta
autoridade, os cidadãos são sábios em ouvir o que ambos têm
a dizer antes de decidir como agir diante decretos reais.
Muitos humanos conhecem a Cidadela Felbarr de
distância. Eles veem apenas uma grande estrada elevada
que serpenteia por um vale que pedras quebradas,
debruçada sobre dois barbacãs conhecidos como o Martelo
e a Bigorna. Outras duas fortificações espreitam bem mais
acima da estrada, embutidas nos penhascos próximos e
sobre eles. Estas são a Vigília Norte e a Vigília Sul. Para
bem além delas, o gigantesco Portão Runa ergue-se no final
da estrada, dando passagem para dentro de Felbarr, mas
visitantes raramente passam por ali.
Exatamente como a maioria das cidades anãs, Felbarr
existe quase que inteiramente abaixo da terra. Entretanto,
desde que foi invadida por ores mais de uma vez, não se
sabe da existência de qualquer mapa preciso do interior da
cidade, o que acaba evitando que pretensos atacantes se
apoderem de tal informação. Anões, mesmo aqueles que
estão de visita, vindos de outros reinos através das conexões
com a Baixestrada, não encontram problema algum em
se localizar.Já os humanos, principalmente aqueles que
não lêem o idioma Anão ou as runas entalhadas por toda a
cidade, sentem um pouquinho mais de dificuldade.
Na sequência da guerra, a maioria do felbarranos
aplaudiram o desmanche das Fronteiras Prateadas. Em seu
momento de maior necessidade, nenhuma raça àlém dos
anões moveu sequer um dedo para auxiliar a Cidadela Felbarr,
onde um pouco mais de auxílio e uma melhor coordenação
evitariam não apenas a queda da cidadela, mas também a
queda de Sundabar. Comerciantes felbarranos permanecem
dispostos a fazer comércio com as cidades do Norte, e
ajudarão outros reinos anões quando houver necessidade,
mas é bem difícil que a Rainha Tithmel sequer considere uma
aliança com os humanos exatamente como aquela que criou
Luruar, mesmo se o Rei Morrin quisesse isso.
D J
FORTE KRUEL
O Fortekruel tem uma história complexa e contraditória,
e a essência dessa história vai depender de quem está
contando. Os humanos têm uma história, que é sobre o
que eles sabem dos anos mais recentes. Só que para nós,
anões, o Fortekruel é um lugar velho, escavado a primeira
ve_z como uma mina nos primeiros dias da Antiga Delzoun.
Ainda existem todos os tipos de mitos sobre as grandes
portas de mitral da cidade, mas no começo o Fortekruel
era só uma mina mesmo. Quando os anões escavaram
fundo demais, descobriram a presença de um grande
ser formado de chamas, então selaram as minas e foram
embora. Somente depois, quando os humanos imploraram
para os anões de Delzoun construírem uma cidade, surgiu
então Fortekruel. Ela deu certo dessa vez porque os anões
tiveram sucesso em explorar o poder primitivo do fogo nas
profundezas, criando com isso a Grande Forja que tornou a
construção da cidade possível. Ou assim dizem as histórias.
Apesar de todas as buscas feita por aventureiros através
dos séculos, ninguém jamais encontrou a antiga cidade até
os fantasmas dos moradores do Fortekruel começarem a
aparecer para os anões vivos e os incitarem a procurar a
cidade. E alguns saíram pra procurar - ou tentaram, seja
como for. Pouco tempo depois, as guerras com os ores
começaram de novo e quase toda a atenção dos anões se
voltou para as fortalezas do nosso povo e os perigos que
esses locais agora enfrentavam. Ao poucos, conforme os
ores eram expulsos e as cidades dos anões estavam em
segurança mais uma vez, os escavadores começaram a se
lembrar da promessa feita aos seus ancestrais. Além do mais,
quando acabou a guerra, o Rei Bruenor Martelo de Batalha
do Salão de Mitral prometeu liderar os anões até Fortekruel e
reivindicá-lo para os anões do Norte.
Foi necessária uma boa briga para colocar pra fora as
criaturas que clamaram a cidade por baixo, e ninguém tem
muita certeza sobre quem ou o que - tirando os drow -
tentou ocupar Fortekruel, mas no fim os exércitos anões
prevaleceram e Bruenor declarou vitória. O Rei Emerus
Coroa de Guerra da Cidadela Felbarr foi gravemente ferido,
e Bruenor proclamou-o como segundo rei de Fortekruel
antes de sua morte. Quando nosso querido Emerus se foi,
Bruenor assumiu o governo de Fortekruel, mais uma vez
abrindo mão da liderança do Salão de Mitral.
Têm muitos anões que pensam que o Rei Bruenor têm
delírios de grandeza ao tentar restaurar Delzoun, juntando
todos os anões do Norte - de Mestre de Ferro até Adbar e
0 CÂNTICO DE FORTEKRUEL
Passada de anão para anão por todo o Norte durante séculos,
o Cântico de Fotekruel é agora um tipo de hino para a cidade
que foi reivindicada. Ela pe frequentemente cantada na
estrada por anões viajantes a caminho de fazer uma nova
vida nos salões de Bruenor.
Salões de prata e portões de mitral
Paredes de pedra para selar a caverna
As maiores visões do tempo ancestral
Na ferraria, na mina e na taverna
Trabalhando duro na noite sem fim
Em comemoração, ah, erga o canecão!
Você precisa beber pra sempre ser assim
Na forja que sapeca o dragão
Venha Delzoun, venham todos!
Corra abraçar sua gente
E diga-lhes que seu lar aguarda
Na Fortekruel imponente!
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE .
Sundabar - e declarando-lhe lealdade. Já outros temem que
ele punirá aquele povoados que não contribuírem com sol-
dados para a causa da retomada de Fortekruel, mas essas
pessoas não conhecem o rei Se ele quer a restauração de
Delzoun, que Moradin e seus filhos lhe garantam sabedoria
pra fazer a coisa certa e a resiliência pra irem até o fim.
Esse é um trono que eu não desejaria a ninguém.
A ascensão de uma cidade anã tão perto das potências
costeiras de Neverwinter (Nevenunca) e Waterdeep (Águas
Profundas) traz junto suas próprias oportunidades e
preocupações especiais. Claro, uma vez que as forjas deles
estejam queimando, os anões venderão armaduras e armas
bem parecidas com aquelas que eram forjadas nas cidades
mais a leste da Antiga Delzoun, e esse tipo de mercadoria
pode diminuir a demanda por bens de povoados anões que
ficam mais longe. Em particular, Sundabar está preocupada
que suas a armas não serão mais procuradas ao longo da
Costa da Espada, e está procurando por novos mercados ao
sul, em Elturgar e outros lugares.
Do outro lado das portas de mitral da cidade fica o grande
Tabernáculo de Ferro, o centro sagrado de Fortekruel,
o qual os sacerdotes de todo o Morndinsamman estão
meticulosamente restaurando em honra aos deuses. Cada
parte da cidade tem uma estrada ou passagem que acaba
levando de volta a este local, uma caverna enorme cheia
de passarelas se cruzando e enormes escadarias. Nos
seus pavimentos inferiores, o Tabernáculo abriga os locais
de descanso final de incontáveis mortos de Fortekruel.
CAPÍTULO 2 1A
------------------~·
COSTA DA ESPADA E O NORTE
Estudiosos começaram a catalogar as linhagens registradas
aqui para dar ao Rei Bruenor uma visão geral dos laços de
sangue da cidade, e para determinar se qualquer dos clãs
existentes hoje têm parentesco ou mortos honrados entre
aqueles ali enterrados.
Mais fundo ainda fica a Grande Forja de Fortekruel, onde
no passado os martelos surravam bigornas de adamantina
para forjar maravilhas para cada tipo de metal que se possa
imaginar. Agora a forja pode ser trazida à vida uma vez
mais, e em breve - os sacerdotes e conjuradores da cidade
estão trabalhando em meios de conter o enorme calor que
emana do Fosso Flamejante onde um ser de puras chamas
está contido, de modo a controlar o fogo inesgotável da
mesma coisa que os velhos anões faziam.
FORTESPINHOSO
A oeste da Estrada Alta e ao longo da costa, próximo do
Mangue dos Mortos, fica o que os humanos se referem
a Fortespinhoso. Certa vez a fortaleza de um senhor da
guerra mesquinho, membro da família Margaster de
Waterdeep (Águas Profundas), foi tomada e reivindicada por
um paladino como parte da Segunda G~erra Troll. Durante
muitos anos os Cavaleiros de Samular, uma ordem de
paladinos de Tyr fundada por um tal de Samular Caradoon,
usou o Fortespinhoso como sua base, embora a fortaleza
permanecesse como sendo uma propriedade da família
Margas ter.
 Durante um breve tempo há um pouco mais de um século,
0 Fortespinhoso caiu nas mãos dos Zhentarim. Quando os
Zhentarim marcharam pela Umbreterna para reivindicar o
Fortespinhoso, eles passaram através das cavernas do Clã
Túnel de Pedra, que vivia abaixo do local há muito tempo
antes da cidade na superfície ser erguida por humanos.
Embora os Zhentarim tenham matado e escravizado
muitos dos anões de lá, eles falharam em destruir o clã. Os
sobreviventes logo escaparam, se reagruparam e retomaram
0 Fortespinhoso à força sob o comando de seu líder, Ebenezer
Túnel de Pedra, com a ajuda dos descendentes de Samular,
dos Harpistas e de Bronywn Caradoon. Após a fortaleza ser
reivindicada, em um gesto de respeito e gratidão, Caradoon
deixou a posse do local para o Clã Túnel de Pedra.
Os anões do Fortespinhoso são todos do clã Túnel de
Pedra, e pelo fato dos túneis de seu lar se conectarem ao
castelo, ele se referem ao local como Forte Túnel de Pedra;
eles usam "Fortespinhoso" apenas quando uma conversa
com alguém que não seja anão se torna confusa e uma
explicação deve ser dada. Por hábito e por natureza, os
anões Túnel de Pedra são reservados (até mesmo para
o padrão dos anões), porém sempre interessados no que
acontece em Waterdeep (Águas Profundas), principalmente
com qualquer feito que envolva a família Margaster, a quem
eles veem como inimigos que cedo ou tarde atacarão seu lar
para reavê-lo, ou destruí-lo caso não o consigam de volta.
Para a maioria dos humanos, o Fortespinhoso é
meramente uma fortaleza acima da superfície, um castelo de
pedras cinzentas com uma muralha grossa e curvada e um
forte central com dois torreões. Eles não sabem a respeito
das cavernas que ficam abaixo e que levam ao forte do clã
Túnel de Pedra. O penhasco voltado para o mar é íngreme
demais, de forma que não há necessidade de ser construída
uma proteção daquele lado da colina no qual o Fortespinhoso
está assentado. O castelo não tem qualquer adorno ou
ornamentos, e a única coisa que quebra sua sólida fachada
de pedra são as ameias e as seteiras. Dentro do castelo,
acompanhando a muralha, existem pequenas construções
de madeira e estuque que abrigam animais e que são usados
como ferraria, fábrica de velas, lavanderia, reparos em
madeira (incluindo carroças e coisas do tipo) e cervejaria.
Tempos atrás, o Fortespinhoso era uma lucrativa parada
de caravanas, aventureiros e outros tipos de viajantes que
faziam sua jornada através do norte pela Estrada Alta,
passando pelo Mangue dos Mortos. Durante décadas,
o aumento do Mangue devido as calamidades de Praga
Mágica interrompeu a maioria das viagens pela Estrada
Alta. Durante esta mesma época, os Túnel de Pedra viveram
em relativo isolamento, estocando minérios, refinando
metais e trabalhando em outros ofícios. Os Túnel de Pedra
são conhecidos pelos seus excelentes trabalhos em metal
e pedras preciosas, considerados por muitos como sendo
obras de arte dignas de serem usadas como adorno pessoal.
Os Margaster de Waterdeep acreditam que ainda
têm direito sobre o Fortespinhoso. A fortaleza fica na
restabelecida Estrada Alta, que leva até Neverwinter
(Nevenunca), então não é nenhuma novidade qtie os nobres
desejem lucrar com a localização da fortaleza na beira dessa
rota. Os Cavaleiros de Samular também demonstram algum
interesse em restaurar seu posto avançado em Fortespinhoso
para lançar missões no Mangue, e há conversas de que estes
desejos podem levar a curiosas alianças entre os gananciosos
nobres humanos e os idealistas paladinos.
Os Túnel de Pedra temem que a política dos poderosos
de Waterdeep (Águas Profundas) acabarão por levar a
um ataque ao Fortespinhoso. Sendo assim, eles têm se
preparado para um cerco ao juntar suprimentos e reforçar
as defesas do Fortespinhoso.
Os anões Túnel de Pedra podem sentir o cheirinho
da riqueza, na energia vibrante e da constante agitação
da vizinha Waterdeep (Águas Profundas), e querem
compartilhar disto. Eles não querem ser forçados a se isolar
e se manterem afastados da sociedade águaprofundense
e das riquezas do comércio. Os Túnel de Pedra não estão
cegos para as ambições da Casa Margaster, e sabem que
devem trazer lucros se esperam encarar os desafios de
sua casa. Eles são bastante cuidadosos para evitar serem
pegos sozinhos, temendo sequestros ou tortura nas mãos
de agentes contratados pelos Margasters ávidos a descobrir
os segredos de suas defesas. Pelo mesmo motivo, apenas
os anciões dos Túnel de Pedra conhecem e planejam todos
os detalhes de tais defesas, portanto nenhum único anão
sabe de tudo e dessa forma, não poderia revelar as coisas
na íntegra.
Os Túnel de Pedra gostam e se interessam por uma
completa variedade de roupas e moda, música, anedotas
e notícias e rumores da vez, bem como os utensílios
domésticos e ferramentas que Waterdeep (Águas
Profundas) tem a oferecer. Eles costumam preferir maças
e maças-estrela e outras armas contundentes, armaduras
simples com elmos completos que escondem a identidade
do usuário e que possuem placas para proteger áreas vitais
de um anão golpeado, e comidas temperadas.
MESTRE DE FERRO
Eu nunca coloquei meus pés em Mestre de Ferro, mas
lutei ao lado de Storn Cabeça Preta, um jovem combatente
sacerdote de Clangeddin que tirou um tipo de "férias" para
poder ajudar na retomada de Fortekruel. As descrições
que ele deu sobre a vida em Mestre de Ferro confirmam
muito do que já ouvi sobre o lugar, então o que eu falar
aqui pra vocês é uma verdade tão sólida quanto a bigorna
de Moradin.
Os anões de Mestre de Ferro não querem você ali, e são
poucos os itens do mundo de fora que eles desejem e que os
comerciantes locais não possam lhes oferecer. Os caminhos
que levam ao vale onde fica a cidade são claramente
marcados com o símbolo de Mestre de Ferro: uma bigorna
e um diamante. Essa marca é só um aviso, e aqueles que
ignoram esse significado enfrentam a morte pelas mãos de
patrulhas de anões que atacarão quaisquer intrusos. Alguns
inocentes até têm sido poupados e acabam indo embora,
mas ninguém deveria confiar na misericórdia de um anão
de Mestre de Ferro.
Se estivesse para cruzar as fronteiras e adentrar as terras
de Mestre de Ferro, você contemplaria uma das maiores
maravilhas do mundo. O grande rio Shaengarne corre
através do profundo desfiladeiro de pedras e gelo em uma
sequência de cascatas e cachoeiras, lançando uma espuma
congelante conforme bate contra gigantescos pináculos
de pedra que erguem-se do leito do rio. Mestre de Ferro
é construída nestes pináculos e dentro das paredes do
desfiladeiro, os túneis e torres ligados por pontes elevadas e
passarelas nas laterais dos penhascos. Ao ouvir Storn falar
do lugar, você poderia pensar que anões escavam naquelas
alturas a céu aberto como se fossem texugos em uma toca,
mas não tenho vergonha de dizer que perdi a vontade de
continuar bebendo minha cerveja depois dele me falar isso.
Mestre de Ferro deve sua existência ao incansável
Ilgostrogue Sstar, que deixou a Cidadela Adbar há muito
tempo acompanhado de quase um quarto da população
do Norterreino, indo em direção do que hoje é Mirabar.
CAP ÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE

CLíl M ARTELO DE B ATA LH A
CL íl TRO M BETA
CL íl EscuD'o DE R o cHEDO
Pelo que se consta, ele ficou louco de pedra e esperava
estender o império anão até o mar. Uma vez que chegou lá
e se estabeleceu, ele começou a ficar inquieto mais uma
vez e foi mais ainda para oeste junto de sua tropa, até
finalmente sossegar os nervos quando viu o mar para além
do Rio Shaengarne. Lá o líder anão morreu, e seu herdeiro
ordenou que o povo que o seguiu construísse um povoado
em tributo à grande visão de um império dos anões que
tinha o Mestre do Clã Sstar. Os anões encontraram vastos
depósitos de ferro nas colinas que cercam o vale, e por
causa disso chamaram sua cidade de Mestre de Ferro.
Mestre de Ferro fez jus a seu nome, e os anões têm
escavado debaixo da tundra durante séculos, seguindo os
veios do metal. Isso os colocou em contato com os duergar
do Reinoprofundo uma geração antes, e Mestre de Ferro tem
estado em pé de guerra com eles até hoje. O próprio Storn é
um veterano de muitas batalhas pelo território subterrâneo,
e apesar dele ser tão jovem que nenhum fio de sua barba
seja branca, o conhecimento dele sobre táticas para uma boa
peleja dentro de um túnel chega a rivalizar com a minha.
A guerra que eles travam com os duergar não é
único segredo de Mestre de Ferro, claro. Meu amigo
Storn carregava dois machados folheados de prata, um
benefício de qualquer devoto seguidor de Clangeddin
Barbaprata, mas quando devolvi a ele um dos machados
que ele avia arremessado no calor da batalha, eu notei
sua extraordinária leveza. Então Storn me disse que
aquela lâmina não era feita de aço por baixo, mas de
adamantina. Eu perguntei mais sobre isso para ele, e a
CAP Í T ULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
A
rapidez com que ele m e disse sobre sua origem revela tanto
a abundância de adamantina entre os anões de Mestre de
Ferro quanto a inocência do meu amigo sobre o mundo
aqui fora. Aparentemente, os humanos adoradores de
dragões que vivem na distante ilha de Tum há muito tempo
dão adamantina bruta minerada em sua própria ilha aos
ferreiros de Mestre de Ferro, e eles a retribuem fazendo
itens de adamantina para os nortenhos. Claro que nem
toda adamantina eles devolvem para os nortenhos, mas já
que os humanos são ignorantes no que diz respeito à forja
de adamantina, tampouco eles sabem disso. Imaginem o
tesouro de armas e armaduras que deve estar escondido
dentro das fronteiras de Mestre de Ferro! Ah sim, eles
devem fazer um bom uso disso contra os cinzentos.
Eu não acho que Storn vá se importar de eu partilhar esse
segredinho de sua cidade. Você pode ir lá e perguntar pra
ele se quiser. Ele certamente vai adorar desfrutar de outra
pequena "férias" da guerra nos túneis.
SALÃO DE MITRAL
O Salão de Mitral é lar ancestral do Clã Martelo de Batalha,
um lugar que tinha grande potencial de riqueza quando
foi fundado nos dias da Antiga Delzoun. Os anões do Clã
Martelo de Batalha partiram da Cidadela Adbar em direção
a oeste nas esperança de encontrar depósitos de mitral
escondidos nos contrafortes sul da Espinha do Mundo. Lá
eles encontraram, então começaram a escavar o Salão de
Mitral, com o Clã Escudo de Ferro fundando Pedrassentada
nas proximidades como um meio de estocar o mercado com
os produtos de minério do salão.
O Salão de Mitral desfrutou de séculos de lucros antes
de suas escavações permitirem que o dragão das sombras
Brilhobscuro atravessasse até este mundo. Um povoado de
milhares de anões foi reduzido a pouco mais de trezentos
- todos eles muito jovens, muito velhos, muito fracos ou
muito doentes para lutar - que conseguiram fugir para·
Pedrassentada. Lá, eles aguardaram durante meses pelas
palavras do Rei Garumn dizendo que suas terras estavam
seguras novamente. Quando os mensageiros que foram
até a cidade não retornaram, ficou claro que o Salão de
Mitral estava perdido, e os anões começaram a se dirigir
para o norte, primeiramente até Mestre de Ferro, onde
foram tratados com tal desconfiança que lá não puderam
permanecer, e então foram para o Vale do Vento Gélido.
Quando o neto de Garumn, Bruenor, tinha idade suficiente
e certeza de seu próprio caminho, ele juntou aliados para
retomar seu antigo lar e entraram em muitas aventuras
com o grupo que posteriormente ficou conhecido como os
Companheiros do Salão. No fim, Bruenor matou o dragão
Brilhobscuro e reivindicou o Salão de Mitral para o
Clã Martelo de Batalha quase dois s éculos depois.
Após Bruenor recuperar o trono, seus amigos pessoais
atraíram a atenção de alguns inimigos poderosos para o
Salão de Mitral, incluindo os drow de Menzoberranzan.
Seus apoiadores alegam que esta foi uma das razões
pelas quais o rei abdicou do trono em favor de um de seus
ancestrais, Gandalug Martelo de Batalha: para proteger o
povo de seus inimigos pessoais. Alguns dos caluniadores de
Bruenor alegam que foi o desejo de viajar que o fez partir,
mas ninguém fará questão (ou ousará) çle ir lá e perguntar
pra ele. Seja qual for o caso, quando Gandalug morreu,
Bruenor fez o seu trabalho e reassumiu o trono.
Antes de Bruenor morrer, ele foi essencial ao ganhar dos
anões o apoio para o Tratado da Garganta de Garumn, que
trouxe paz entre os anões e os ores do Reino de Muitas
Flechas. Quando os ores, por sua vez, quebraram o tra-
tado e entraram em guerra com o Norte, ele retornou dos
mortos quase como se tivesse sido invocado para se juntar
aos anões para se defenderem e punir os inimigos. Alguns
dizem que ele colocou em espera o recebimento das recom-
pensas do Lar Anão do próprio Moradin para retornar e
ajudar seus companheiros e seu povo. Tal sacrifício, tal leal-
dade, torna um rei anão digno da coroa que põe na cabeça.
Bruenor Martelo de Batalha, o Oitocentésimo Décimo
Terceiro Rei do Salão de Mitral não mais governa o Salão de
Mitral ou os anões Martelo de Batalha que vivem aqui. Desde
que voltou dos mortos, ele voltou sua atenção para Fortekruel
e não reivindica mais o trono de seu antigo lar. Em vez disso,
a coroa foi oferecida à General Dagnabbet Barbalonga, a neta
de uma aliada de Bruenor, a grande general Dagna.
Quando visitei o Salão de Mitral pela última vez alguns
anos atrás, eu passei rapidamente pelas reconstruídas
ruínas de Pedrassentada, onde uma guarnição de duzentos
anões estava a postos para conter qualquer aproximação
do Salão de Mitral. Uma vez que cheguei até os portões,
as maciças portas de granito provaram-se fortemente
guardadas e quase impossível de ser aberta por fora.
Os defensores do Salão de Mitral chamam a si mesmos
de Hoste do Salão, um agrupamento disciplinado, bem
protegido e disposto a defender a cidade até o último anão.
A famosa Brigada Estripadora é parte da Hoste, coléricos
que lançam o terror contra um inimigo inteligente o
bastante para perceber quem estão enfrentando.
Os viajantes que têm a entrada permitida na cidade
são abrigados nas câmaras de convidados no pavimento
superior, bem dentro da confusão de cavernas conhecida
como o Labirinto. A partir de lá, os caminhos levam para
baixo até os pavimentos intermediários da cidade, passando
por várias fornalhas e seguindo tanto para os pavimentos
inferiores quanto para as minas mais profundas (onde
convidados não são permitidos) ou a cidade subterrânea
(onde visitantes não anões são proibidos).
Apesar da reputação recente e do aumento das lendas
sobre seu rei mais famoso, o Salão de Mitral é muito mais
uma mina do que uma cidade. Assim como a maioria dos
reinos dos anões, o Salão perdeu um número alto de anões
para os ores e viu sua população ser diminuída pela busca
de Bruenor por Fortekruel e pelo resultado constante de
mudança de alguns membros de sua população. Como
resultado, o número de habitantes do Salão de Mitral está
severamente reduzido neste momento, e resta saber se suas
fortunas seguirão o mesmo caminho.
S UNDBAR
Exatamente como Mirabar, Sundabar éra um povoado anão
sobre a qual uma cidade humana foi construída. A recente
queda de Sundabar deveria servir como um exemplo
para os meus companheiros anões do que pode acontecer
quando a balança do poder tende para o lado da superfície e
das mãos dos humanos.
A cidade descende da cidadela de Sundbarr, uma fortaleza
de Delzoun construída dois mil anos atrás ao reçlor de uma
estranha fenda vulcânica que viria a ser conhecida como
Semprefogo - uma fonte mística e interminável de calor
para as ferrarias e metalurgias da cidade, o que permitiu
que Sundbarr realiza:3se trabalhos de grande maravilha.
Sundbarr era governada por um Mestre da Forja, o ferreiro
mais habilidoso trabalhando com o Semprefogo. Quando o
Mestre da Forja morria ou outro superava suas habilidades, a
liderança de Sundbarr mudava de mãos.
E assim foi até que os últimos em fuga de Ascalchifre
foram perseguidos até a soleira das portas da cidadela
algum tempo depois. Então, o Mestre da Forja de Sundbarr
ajudou os humanos a lutar contra os demônios e os outros
monstros que os perseguiam. Em reconhecimento à
bravura de um humano que lhe salvou a vida durante a
batalha, o Mestre da Forja permitiu que os refugiados se
estabelecessem na superfície em vez de obrigá-los a partir
uma vez que a batalha terminou. A parceria que surgiu entre
anões e humanos tornou-se conhecida por todo o Norte, e a
cidade de Sundabar que ficava na superfície desenvolveu-se
em uma poderosa força comercial.
Contudo, conforme os humanos prosperavam lá em cima,
a população de anões começou a diminuir, e o Mestre da
Forja acabou sendo superado em prestígio e influência pelo
Mestre Regente de Sundabar, que surgiu para falar pelas
guildas dos humanos e mercadores da cidade na superfície.
Um desses mestres regentes, Elmo Amigo-dos-Anões,
era tão amado e respeitado que seus descendentes foram
capazes de coroarem-se reis, algo que nem mesmo qualquer
anão, antes ou depois, ousou fazer em Sundabar.
O Rei Elmígneo, o neto de Elmo, era o rei de Sundabar
quando a cidade caiu perante uma horda de ores. Ele não
sobreviveu. Além daquela tragédia, a guerra recente causou
horríveis danos à Sundabar e aos humanos na superfície.
Um dragão largou enormes pedras sobre vários prédios
abaixo, e um grande pedaço da cidade do lado de fora das
muralhas foi destruído. A maior parte da liderança militar
de Sundabar foi eliminada quando o prédio onde eles
estavam se reunindo foi esmagado. Apesar de todos os
esforços de Aleina Lança Brilhante dos Cavaleiros em Prata
de Lua Argêntea em organizar uma defesa, e dos valentes
esforços da guarnição de Sundabar, os ores invadiram a
cidade, mataram a população de humanos na superfície e
empurrou alguns defensores que restaram para as cavernas
abaixo, e a partir de lá eles fugiram para a Umbreterna. Os
anões da cidade subterrâneas e se barricaram nas cavernas
do Semprefogo, e esperaram. Quando o senhor de guerra
ores Cravacorço deixou apenas uma guarnição simbólica
na cidade para retardar perseguidores, os anões emergiram
e promoveram uma matança generalizada contra qualquer
ore e goblin em Sundabar.
Agora Sundabar é uma cidade composta inteiramente
por anões; a população de humanos não existe mais. As
tentativas de limpar escombros e entulhos resultante dos
ataque são lentas, já que a maioria dos anões permanece
nos abrigos da cidade subterrânea. Aqueles poucos que têm
tarefas na superfície, ocupam os prédios menos danificados,
sempre à procura de pedras que sobraram das estruturas
arruinadas para reforçar aquelas que ainda podem ser salvas.
Antes da guerra, as ruas da superfície de Sundabar eram
feitas de paralelepípedos lisos, mas muitas delas foram des-
truídas pelas pedras em queda, seus pedaços se tornando
munição ou utilizados para reparos de muralhas, ou então são
simplesmente negligenciados. Hoje, a superfície da cidade é
uma ruína oca. Alguns acreditam que a cidade acima cairá no
esquecimento, com excessão talvez mela forte muralha dupla
que a circunda (e a qual os anões já repararam). Os templos
das divindades humanas estão abandonados. As muralhas
são patrulhadas por algumas sentinelas boas de olho, cujo tra-
balho é relatar o que veem e expulsar visitantes indesejados.
No centro da cidade da superfície, o Círculo ainda continua
em pé ao redor da ruína do Salão do Mestre, pronto para rece-
ber caravanas visitantes, rebanhos de animais e comerciantes.
Entretanto, alguns poucos visitantes ainda vêm, e bem menos
são bem recebidos, pois Sundabar prefere fazer negócio nos
dias de hoje apenas com outras cidades anãs da Umbreterna.
Se estivesse ao alcance do poder do Mestre da Forja, ele
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 garantiria que toda mercadoria entrando e saindo da cidade
acontecesse por baixo da terra, de forma que a maioria das ro-
tas pela superfície pudessem ser completamente abandonadas.
A confiança dos sundabaranos nas pessoas de fora é muito
pequena, e a estima que eles têm pelos humanos é menor
ainda. Durante a guerra, de todas as cidades humanas,
apenas Lua Argêntea fez qualquer tentativa de ajudar
Sundabar, e essa ajuda foi (na cabeça dos anões) pequena
e chegou tarde. Como resultado, com o fim das Fronteiras
Prateadas, Sundabar também não perdeu tempo para sair
da Aliança dos Lordes, cortando oficialmente vários laços
com os reinos humanos do Norte, com exceção daqueles
cujo comércio é essencial. Considerando que este comércio
é agora bastante raro, a maioria dos reinos humanos vê
Sundabar como se a cidade estivesse guardando zelosamente
suas riquezas e a escondendo debaixo da superfície, enquanto
o resto da região faz o que pode para se recuperar dos
conflitos recentes. A perda que Sundabar sofreu com suas
construções e população não fez nada além de diminuir ainda
mais seus cofres, e apesar de sua situação no momento, a
cidade permanece uma das mais ricas do Norte, embora seja
bem raro que essas moedas deixem a cidade agora.
A noção de realeza surgiu entre os anões da cidade
subterrânea, mas o Mestre da Forja rejeitou tal ideia. Que
os anões cuidem de si mesmo, mas é claro, porém não
deve haver rei em Sundabar. Eu não sei se esse silêncio do
Fomalheiro é falsa modéstia ou sabedoria de verdade, ou
se ele está esperando que um rei-combatente reivindique
Sundabar como parte de um reino maior.
ÜS REINOS INSULARES
0 QUE ME TORNA UMA ESPECIALISTA EM VELEJAR PELA COSTA
da Espada? Bem, experiência é uma coisa. Sobrevivência é
outra. Eu faço isto há mais tempo do que os meus leitores
vivem, e esta é a terceira versão deste livro que estou
oferecendo. Eu escrevo um desses a cada meio século, e se você
acha que o preço não vale a montanha de dinheiro que fará
ao vender meu trabalho para seus clientes, então você é um
tolo. Não quer? Não compre.
- Gardorrar Burr, para o vendedor de livros
águaprofundense
A oeste da Costa da Espada fica o Mar das Espadas, e
para além dele fica o Mar Desconhecido, uma enorme
extensão de água que separa Faen1n do que quer que seja
que esteja do outro lado. Entre as praias e o desconhecido
existem várias ilhas, umas grandes e outras tão pequenas
que sequer possuem um nome. Essas nações insulares
comercializam - e guerreiam - com Faeríln e entre si,
exatamente como qualquer nação continental.
l 1 As informações a seguir são extraídas do livro Cinquenta
1
Anos no Mar, Terceiro Volume, escrito por, Gandorra Burr,
uma gnoma marinheira que passou a maior parte de seus
duzentos anos viajando pelo Mar das Espadas.
MINTARN
Eu sei lá o que as pessoas de Mintar fizeram para atrair a
ira de Beshaba, mas certamente eles têm a atenção dela. Até
onde eu me lembro, Mintarn viveu nas sombras do dragão
Hoondarrh - chamado de Rancor Rubro de Mintam desde
que passou a viver em uma ilha ali perto - mas durante
este tempo, o povo de Mintarn foi capaz de comprar a
CAPÍTULO 2 1A COSTA DA ESPADA E O NORTE
misericórdia do dragão. Agora, uma série de eventos conspira
para ameaçar a capacidade deles em pagar o dragão, bem
como ter outras aspirações na Costa da Espada.
Mintam há muito é território neutro para diversas forças -
um local alheio aos conflitos entre as cidades-estado da costa
e das rivalidades das ilhas dos nortenhos. Qualquer navio
- seja ele uma embarcação pirata, corsária ou mercante -
_pode atracar em Mintarn e encontrar uma recepção calorosa.
Muitos acordos foram firmados em suas praias, e quando a
paz não era possível, soldados e navios de Mintam vendiam
seus serviços para vários grupos de poder, sem temer
qualquer retaliação de Mintam.
Não muito tempo atrás, Mintam foi banhada em moedas.
Dagult Brasanunca investiu pesado na ilha, criando uma
companhia construtora naval, centros de treinamento de
combate e até mesmo dispôs de suas moedas como tributo
anual a Hoondarrh quando outros meios ficaram escassos.
A companhia Alvas Velas, na qual ele investiu, cresceu e
se tornou o principal fornecedor de navios mercenários e
soldados de Mintam.
As coisas só melhoraram quando Waterdeep (Águas
Profundas) perdeu sua marinha perseguindo piratas
nortenhos. Então Brasanunca, agindo como Lorde
Conhecido de Waterdeep, recorreu às suas conexões com
Mintarn para recrutar uma nova marinha mercenária para
a cidade. E mais, Brasanunca tomou para si o renascimento
de Neverwinter (Nevenunca) das cinzas, contratando mais
mercenários de Mintarn para servir às suas necessidades
como o Lorde Protetor daquela cidade.
Com as reservas das duas grandes cidades da Costa
da Espada enchendo seus cofres, Mintarn conheceu uma
prosperidade da qual seu povo sequer jamais sonhou. É
verdade que a mesma onda que fez moedas entrarem em
Mintarn arrastou muitas de suas pessoas jovens e vibrantes,
mas aqueles que ficaram para trás se confortaram com o
conhecimento de que suas famílias e amigos não partiram
para ir à guerra, mas para prestar serviços mais seguros.
Os problemas começaram, sem nenhuma surpresa,
com Hoondarrh. Embora Mintarn faça tributos anuais ao
grande ancião e houvesse cuidado de não esquecer nem
de um cobre só, o velho Hoondarrh era conhecido por
dormir durante décadas de uma só vez, e o povo de Mintam
considerou esse acordo com o dragão algo garantido. Mas
algo o despertou antes da hora alguns anos atrás, e era
como se aquele maldito vermelhão estivesse sentindo o
cheiro do ouro fluindo até a ilha. Embora Mintam tenha
pago o tributo que lhe era devido, Hoondarrh pousou no
topo do Castelo Mintam, derrubando duas das torres sob
seu peso, e rugiu uma exigência por mais tesouro, ali
naquele momento e em futuros tributos.
Claro, o povo de Mintarn correu para atender as ordens
do impaciente ancião. Mesmo se tivessem todos os seus
soldados enviados para Neverwinter (Nevenunca) e
Waterdeep (Águas Profundas), o que eles esperavam fazer
com o poderoso Hoondarrh?
As coisas pioraram recentemente quando Brasanunca foi
deposto como Lorde Conhecido de Waterdeep. Os Lordes
de Waterdeep decidiram restabelecer sua própria frota
naval, e pediram que os soldados de Mintam deixassema
cidade, aceitassem cargos na marinha ou em outras forças
armadas da cidade. Agora em Neverwinter (Nevenunca),
o Lorde Brasanunca também decidiu se livrar das forças
mercenárias. Ele diz que quer instigar o sentido de orgulho
cívico entre o povo de Neverwinter (Nevenunca), mas muitos
em Mintarn enxergam isso como uma traição. Brasanunca
é um homem matreiro. Eu acho que com a atividade

de Hoondarrh, o Lorde Protetor está simplesmente
aparando as arestas. Ele não recebeu o apelido de Adaga
por seu primeiro nome se parecer com isso.
Mintam tem jogado esse jogo também, mas agora tem
se pego encurralada e com poucos movimentos a fazer.
As moedas já não fluem mais por seus portos, e muitos
dos seus melhores e mais brilhantes cidadãos decidiram
não voltar. Há conversas sobre se contratar aventureiros
para matar Hoondarrh, mas o tesouro do ancião deve
s er gigantesco. Se isso não for o suficiente para atrair
matadores de dragão, então não há qualquer quantidade
de dinheiro que Mintam possa oferecer para adoçar
a proposta.
Eu gosto de Mintam. Tem umas estalagens
aconchegantes, e eles fazem um incrível vinho verde que é
algo exclusivo da ilha. Além disso, existem portos seguros
por lá durante atual tempestade. Talvez em uma década ou
duas eu tente ir para Mintarn novamente.
No caso de você fazer uma visita à ilha, há algumas
coisinhas que você precisa saber sobre Mintqrn.
A cada cinco ou seis anos um novo tirano - isso mesmo,
é assim mesmo que eles se auto denominam - surge
em Mintarn, governando o reino insular em nome de
se preservar o status de ser um porto neutro e livre. Há
alguns anos, Sua Tirania era Bloeth Embuirhan, a suposta
tataraneta de um tirano que governou um século atrás.
Ela governou a-ilha durante seus dias mais prósperos,
mas as probabilidades são de que o povo de Mintam (e
provavelmente ela própria, se tiver a cabeça no lugar) querem
outra pessoa no trono no momento.
Apesar de seus portos abertos e muitos estabelecimentos
de qualidade, Mintam continua sendo uma ilha esparsamente
povoada. Há algumas fazendas e sítios, pode ter certeza,
mas também há amplos espaços abertos entre elas e terras
suficientes para que qualquer um possa viver disso, se quiser.
SKADAURAK
O Rancor Rubro de Mintam vive nestas montanhas que se
elevam no mar ao norte de Mintarn. Nunca ouvi falar sobre
caçadores de tesouro saindo de lá vivos, mas aqueles que
prestam tributo a Hoondarrh dizem que velejam até uma
caverna marinha e o deixam em uma prainha lá dentro.
Os comentários são de que muitas outras cavernas levam
e chegam da baía, uma até mesmo leva direto ao teto.
Algumas vezes aqueles que carregam os tributos podem
ouvir Hoondarh respirando lá do fundo de uma das cavernas:
grandes inalações, expirações e profundos roncos. Quando
eles não conseguem ouvir tais sons, na hora você pode
pensar que o povo de Mintar estaria disposto a explorar
Skadaurak. Mas como eles me explicaram, não ouvir os
roncos do dragão até poderia significar que ele está caçando
em algum lugar, mas que poderia muito bem também estar
ali presente, observando e prendendo a respiração.
As ALTALÚNIAS
Ocultos pelas brumas, os penhascos rochosos das Ilhas
Altalúnia elevam-se acima da superfície do Mar das
Espadas, seus topos cobertos por florestas muito antigas.
As Altalúnias ficam a bem mais a oeste de Mintam - e de
Baldur's Gate (Portão de Baldur), do Candlekeep (Forte
da Vela) e até mesmo de Amn: este extenso arquipélago é
quase da metade do tamanho do comprimento da Costa da
Espada, incluindo o Mar de Altalúnia.
CAP ÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
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Nas ilhas mais ao sul vive o Ppovo, humanos governados
pelo Alto Rei, Derid Kendrick, a partir da fortaleza de
Caer Callidyr, em Alaron. O Ppovo adora uma deusa que
eles chamam de Mãe-Terra; seus druidas reúnem-se em
clareiras sagradas espalhadas pelas ilhas. Algumas destas
clareiras abrigam as fontelúnias, lagoas mágicas que os
druidas dizem que a deusa usa como janelas para o mundo.
As ilhas mais ao norte são territórios dos nortenhos, que
se espalharam para o sul de Ruathym e vieram povoar
esta região. Eles têm lutado contra o Ppovo em ocasionais
guerras ao longo dos séculos, de modo que estes dois
grupos têm dividido estas terras de forma conturbada.
ALARON
A maior e mais populosa ilha das Altalúnias é Alaron.
O fortaleza do Ppovo de Caer Callidyr tem vista para uma
baía ao sul das Montanhas Elevadas, na margem norte
da Floresta Domai!. A floresta em si é urrl lugar perigoso,
repleto de goblins, worgs e coisas do tipo. Quanto mais
fundo se vai, mais sobrenatural estas matas se tornam, com
criaturas feéricas que levam os viajantes a se perderem -
ou os levando para seu fim. Até mesmo os guardiões do Alto
Rei andam por estas matas com cuidado.
Dizem os rumores que os anões Jura torre da cordilheira
das Elevadas - reforçados pelo Clã Fogorrugem da
ilha de Gwynneth e aventureiros vindos de Callidyr -
tiveram vitórias contra os ores da região e seu mestre, um
dragão das sombras. O Alto Rei Derid espera forjar uma
68 /
CAPÍTULO 2 1
-------~-------~
A COSTA DA ESPADA E O NORTE
aliança com os anões, mas até agora eles rejeitaram a
ajuda da coroa.
.,, Enquanto isso, Kythyss, uma aldeia portuária na Grande
Ponta Sul de Alaron, tem contratado mercenários para
proteger as caravanas que vão para o norte, até Callidyr.
Os mestres de caravanas estão sempre buscando ajuda,
/ caso você esteja disposto a desbravar as estradas durante
i ,(, algum tempo.
.'/ 1,) ··'.{ ,
t
·: '1,' ,\ -~ ARQUIPÉLAGO KORINN
· .,,. "t O Arquipélago Korinn é composto por dúzias de ilhas
1L rochosas, chuvosas e assoladas pelos ventos, povoadas em
,1 1 '
sua maioria por nortenhos, que criam rebanhos de ovelhas,
)f~
pescam nas águas da região e, ocasionalmente, saem para
' 11 ', y saquear ou piratear. Dúzias de povoados esparsos formam
' seus próprios mini-reinos com pouca coisa que os une,
exceto talvez a cultura Nortenha.
Não há portos seguros para estrangeiros; você
'C. simplesmente não tem ideia de com que está lidando. Para
outros nortenhos, o povoado de Portoeste em Pandira serve
que navegam as águas do Mar das Espadas podem vir
atracar e esperar a passagem de uma tempestade, ou repor
suprimentos.
'I
GWYNNETH
Durante a minha vida, a ilha de Gwynneth se tornou cada
vez mais feérica e misteriosa, lar dos elfos do reino de
Sarifal, sob a regência da Alta Senhora Ordalf.
Sarifal compartilha a ilha com o recluso reino
montanhoso de Synnoria, o lar dos elfos Llewyr, além de
alguns povoados de anões do escudo, e das ruínas de Caer
Corwell, o antigo povoado do Ppovo em Gwynneth. O Alto
Rei Derid quer reivindicar a antiga cidadela e reconstrui-la
como uma embaixada, mas ainda tem que garantir o
consentimento da Senhora Ordalf para conseguir fazê-lo.
Gwynneth também é o lar do Vale do Lago Myr, um
vistoso vale aninhado entre as montanhas e as águas
resplandecentes do Lago Myr, ao sul. Círculos druídicos
ainda são ativos no Vale, aliados aos elfos e criaturas
feéricas desta região.
No norte da ilha, o filho da Alta Senhora Ordalf, o
Príncipe Araithe, lidera a luta contra os feéricos obscuros
da floresta de Valeinvernal. O príncipe é um pragmático
disposto a aceitar ajuda para se defender dos inimigos
de seu povo, assim sabe-se que ele tem permitido que
companhias de aventureiros cruzem o Estreito de Alaron e
venham até Gwynneth, se jurarem ajudar a causa.
ILHA DE ÜMAN
A última vez que coloquei meus pés na Ilha de Oman foi
logo depois das Altalúnias terem se unificado, e era um
lugar pacífico e adorável. Havia ovelhas, fazendas e barcos
pesqueiros, e muitas pessoas dispostas a comercializar
o ouro de suas minas em troca de mercadorias vindas
do continente ou de outras ilhas. Agora, a Ilha de Oman
é um lugar destruído, controlado por gigantes, em
VALKUR, O DEUS-HERÓI DOS NORTENHOS
Em bora os nortenhos venerem mui tos outros deuses -
pri ncipa lmente Auril, Umberlee, Talos e Tem pus - eles vêem
Valkur como o mais importante. Este deus-herói é único
para os nortenhos e incor pora a qua lidades que eles mais
adm iram: ferocidade, astúc ia, coragem, força e habilidades
de navegação .
especial fomorianos , que arremessam enormes pedras incógnita, Ele tem uma neta de grande personalidade e sa-
contra qualquer navio que se aproxime do litoral. Se você bedo:ia, mas na sociedade machista Nortenha - e tão logo
conseguir chegar até as praias, traga amigos, e muitas depois da desastrosa ascensão ao poder da Donzela da Tem-
armas - é um lugar perigoso, mas pode valer o risco. pestade - é meio impensável que a regência sobre para ela.
Eu mal posso imaginar a recompensa que oJarl Rault
ou o Alto Rei Derid ofereceriam aos aventureiros que ILHAS NORTENHAS
reivindicassem as ruínas do Forte de Ferro, que já foi o lar
No extremo norte das Altalúnias e bem a oeste de Faerfin
dos governantes da ilha.
fica as ilhas que são o lar dos nortenhos, que existem como
são há séculos. A maior destas ilhas, Ruathym, abriga os
MoRÉIA
povoados mais antigos que os nortenhos reivindicaram e
A oeste de Gwynneth, Moréia é uma ilha em pé de guerra
de lá, todos os tipos de reinos e lendas surgiram. '
consigo mesma. O combativo Ppovo de Caer Moréia
As Ilhas Nortenhas são assoladas por fortes ventos e
luta para manter a aldeia portuária aberta de modo que
poderosas ondas, e também sofrem com o frio cortante de
Dynnegall, mais para o interior, possa receber mercadorias
gelar os ossos quase durante o ano inteiro. Nos invernos
e suprimentos essenciais.
mais intensos, as enseadas congelam e uma névoa paira
Estes suprimentos diversas vezes incluem reforços para
no ar até tarde do dia inteiro, quando chega a dispersar.
lidar com as ameaças da ilha, que são muitas e variadas: a
A maioria de seus habitantes usa peles para afastar o frio,
tribo do Sangue Negro de lobisomens adoradores de Malar
e aqueles indo para a guerra reforçam sua proteção com
os gigantes da Cordilheira Garratroll ao norte e os ogros e '
peles ainda mais grossas, e elmos forrados com lã ou peles,
ores das Montanhas Mataorcs ao sul.
Eles desdenham da magia e glorificam a batalha, ao ponto
O Ppovo de Moréia é leal ao Alto Rei. Eles aguardam pelo
de a maioria das comunidades ficar cada vez mais inquieta
retorno das Altalúnias unificadas sob o estandarte Kendrick
quando não há um inimigo para combater.
e estão determinados a aguentar o tempo que for preciso
Pelo fato dos nortenhos serem bons em combate e na
para ver isso acontecer.
navegação, além de inclinados a atacar navios que se
N EV EBAIXA
aproximam de seu litoral, é melhor ser cuidadoso quando
estiver por perto das Ilhas Nortenhas, especialmente quando
A pequena ilha de Nevebaixa, ao sul de Alaron é um
você não está certo de uma passagem segura, e mesmo assim.
território do qual Amn se apossou, onde a Senhora Erliza
Os nortenhos prestam homenagem a diversas divindades,
gorverna a partir de Caer Pradoeste. Ela é a segunda de seu
mas ele honram mais a Valkur, um herói-deus deles que
nome, conhecida por ser bastante semelhante à sua avó a
é o exemplo de qualidades que seus combatentes mais
primeira amaniana governante da ilha. '
valorizam. Tome muito cuidado para não indagar ou insultar
Desde que tomou posse do lugar, os ocupantes de Nevebaixa
esta veneração na presença deles,
derrubaram suas árvores, esgotaram suas minas e assorearam
seus cursos d'água com os refugos do sobrecarregado Ppovo
0s BALEOSSOS
sob seu comando. A Senhora Erliza e seus soldados deram fim
As minúsculas ilhotas que compões os Baleossos são
a diversas rebeliões de forma implacável, e o Ppovo se refere a
tantas que é impossível mapear com precisão todas elas.
ela como "Sangrenta Erliza". Alguns amnianos acreditam que a
Cada uma tem suas próprias lendas e seu próprio rei
ilha está se tornando mais um problema a se administrar do que
(normalmente autoproclamado), e elas lutam entre si sem
valem seus produtos cada vez mais escassos, e futuras rebeliões
parar e contendas onde o número de mortes são de dezenas,
são quase que certas e estão fermentando entre o Ppovo,
na maioria das vezes.
silenciosamente apoiados por Alaron.
Os Baleossos são chamados assim porque os esqueletos
TERRANORTE dessas enormes criaturas marinhas estão espalhadas aos
montes pelas praias da maioria das ilhas, Estes ossos são
Ao norte de Moréia fica Terranorte, a fortaleza dos norte-
o único bem de valor que estas ilhas têm - o que significa
nhos das Ilhas. Aconteceu muita coisa com os terranorte-
que qualquer um que está pensando em velejar até lá e
nhos de antigamente, o que enfraqueceu sua influência nas
pegar o marfim das praias d'Os Beleossos está certamente
Altalúnias, mas eu temo que o Alto Rei Kendrick ainda não
subestimando o quão furiosamente os seus habitantes
tem o poder para levar alguma vantagem com isso.
defebderão a propriedade deles.
No últimos anos, uma Nortenha que chamava a si mesma
de Donzela da Tempestade surgiu como um líder de batalha
GUNDARLUN
entre eles, o que era bastante incomum já que os nortenhos
Os pescadores e comerciantes de Gundarlun são mais
não permitem que mulheres saqueiem ou pesquem. Dizia-se
parecidos com seus primos do continente do que a maioria
que era abençoada tanto por Valkur quanto por Umberlee
dos povos que habitam as ilhas. Diferente dos nortenhos
em seu nascimento, a Donzela da Tempestade reuniu uma
eles são menos propícios a iniciar uma luta com pessoas'
grande quantidade de terranortenhos sob seu estandarte e
que eles não conhecem. Por causa de sua inclinação mais
aparentava que ela poderia contestar o rei pelo controle da
pacífica, é mais provável que você consiga água fresca e
Terranorte. Porém, uma década atrás, aparentemente ela foi
suprimentos em Gundarlun, embora esteja preparado para
consumida pelo poder de Umberlee, e levou seus seguidores
fazer propostas generosas durante sua parada por lá.
em uma busca desequilibrada pelo controle do Mar das
Mais do que uma dúzia de povoados presta homenagem
Esp_adas. Quando finalmente foi derrotada pelo mar, ela e seu
ao rei em Gundbarg. Eles lucram com a reputação que a ilha
navio desapareceram-entre as ondas. Era de conhecimento
tem de ser um porto seguro. Embora Gundarlun possa não
que ela não se afogava, e muitas pessoas ainda temem pelo
ser capaz de fornecer os melhores combatentes dos mares,
seu retorno.
no entanto os navios que estão necessitando de reparos,
Rault, o Sábio, rei dos terranortenhos perdeu tanto seu fi-
lh o mais velho, Olfgaut, quanto seu neto ' em batalhas contra contratar marinheiros ou reparadores de velas, ou estocar
uma grande carga, provavelmente encontraram algo que
a Donzela da Tempestade, deixando a sucessão como uma
atenda suas necessidades aqui.

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T_;U;_:L:,:0;:_:2~ 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE }/
69
ROC HAS PÚRPURA
Se você procura por abrigo durante uma tempestade, pode
encontrar em uma das várias ilhas das Rochas Púrpuras.
Eu já tive a grande sorte de encontrar um porto seguro na
vila portuária conhecida como Ulf de Thuger. A recepção
que tive foi quase tão calorosa quanto as que eu poderia
receber entre os gunds, e eu achei rocheiros uma excelente
plateia para meus contos de viagem e aventura. Contudo,
algo faz com que eu pense que não deveria voltar pra lá.
No dia em que a tempestade terminou, saí da cabana onde
eu havia sido abrigada e me deparei com um povoado bem
cuidado e organizado, com pastos verdes e redes de arrasto
cheias de peixe. A tripulação do navio e eu fomos tratados
cordialmente por todos, e o navio já estava reparado e
preparado para nossa partida. Os rocheiros aparentemente
haviam trabalhado durante a noite toda para deixá-lo pronto.
Partimos com boas relações, e não foi até estarmos
bem longe que percebemos que todos nós estávamos
compartilhando uma estranha apreensão. Não havíamos
visto muitas mulheres enquanto estávamos na ilha, o que
era esperado, já que os nortenhos normalmente abrigam
convidados longe de seus lares, fazendas e forjas, locais
que são do domínio das mulheres nortenhas. Mas nós
também não vimos crianças ou homens jovens, e em
nenhum momento vimos velhos e mulheres. De fato, eu não
hesito em dizer que qualquer homem entre os nortenhos
que conhecemos sequer tinha um fio grisalho na cabeça
ou na barba. Este fato estranho, e o esquisito costume dos
rocheiros em dar a qualquer figura humana de sua arte os
braços de seu totem - uma lula com vários tentáculos - me
deixa um pouco desconfiada de voltar para lá.
RUATHYM
A ilha de Ruathym é o lar ancestral de todos os nortenhos
que vivem ~as ilhas do Mar das Espadas e dos humanos
que viriam a fundar a antiga Ilusk, agora Luskan, e que
espalharam o povo iluskano. O povo bélico de Ruathym sabe
que têm esse legado, e consideram que governar os outros
nortenhos e as cidades da costa seja deles por direito.
Comerciantes podem às vezes negociar com Ruathym em
sua capital, também chamada Ruathym, mas eu não arrisco
uma parada lá se eu puder evitar. Ninguém sabe quando
Ruathym vai estar em guerra, e qualquer navio que esteja à
vista da ilha quando ela está em guerra, será uma presa.
TUERN
Bem a oeste fica seu vizinho mais próximo, a remota ilha
de Tuern é lar para um povo violento que invade e saqueia
à vontade e procura escravizar quaisquer estrangeiros que
capturem na própria ilha ou em ilhas próximas. Eles não
confiam em magia de qualquer tipo, e oferecem tributo aos
dragões vermelhos e gigantes que habitam as cavernas das
montanhas deste lugar. Eles têm cinco reis, com um Alto Rei
que supostamente está entronado na capital Plenomar, mas
como qualquer marinheiro com o mínimo de senso, eu tenho
evitado a ilha de longe, então não tenho como dizer a vocês que
tipo de patife sanguinário está atualmente no poder.
ÜRLUMBOR
Se você está procurando comprar ou reparar um navio, não há
lugar melhor para fazer isto ao longo da Costa da Espada do
que em Orlumbor. Os melhores construtores navais do mundo
vivem aqui, e seu trabalho em conjunto está entre as razões para
Waterdeep (Águas Profundas) permanecer tão forte por tantos
anos. Mesmo quando a maior parte da frota naval da cidade
está desativada em seus portos, os fortes navios de Orlumbor se
provaram resistentes o suficiente para que as pessoas vivessem
deles e neles enquanto a cidade se recuperava.
Orlumbor já foi uma simples ilha que construía navios,
suprindo as cidades-estado da Costa da Espada com
embarcações para suas marinhas. Waterdeep (Águas
Profundas), principalmente, contava com Orlumbor para
fornecer navios para sua defesa, tornando a ilha rica e bem-
protegida em troca disso. Quando o Lorde Brasanunca
afundou a frota naval de Waterdeep (Águas Profundas) em sua
luta contra os piratas, ele fez acordos para contratar navios
mercenários para substituir a força, canalizando receitas ilícitas
para seus próprios bolsos, e deixando tanto os cofres quanto
os estaleiros de Orlumbor desamparados. Após a deposição de
Brasanunca, o comércio de Waterdeep (Águas Profundas) voltou
ao normal, e com ele, muita da prosperidade da ilha.
Chegar até Orlumbor de navio é difícil, já que a aproximação
do porto é cheia de rochas cavernosas. Uma vez que um
navio navegue corretamente pela rota, ele pode encontrar um
atracadouro mais amplo e quaisquer danos menores causados
ao novo visitante são animadamente (e por um baixo custo)
reparados pelos trabalhadores dos estaleiros de Orlumbor.
Essas pessoas nasceram e foram criadas para trabalhar nos
navios. As casas em Orlumbor são construídas dentro de
cavernas pela ilha, e são tão bem defendidas quanto as docas,
que são o seu meio de vida.
Mais do que uma vez ao longo dos anos, a proteção de
Waterdeep (Águas Profundas) impediu que Orlumbor caísse
perante Mintarn, Luskan, Amn ou Baldur's Gate (Portão de
Baldur), todas as quais visaram reivindicar as ilhas e seus
estaleiros para si. Nenhum destes outros lugares jamais
considerou que Orlumbor poderia simplesmente escolher
não construir navios para eles, porém felizmente nunca
chegou a esse ponto. Agora, Orlumbor mais uma vez serve a
Waterdeep (Águas Profundas), em troca de moedas, produtos
alimentícios e outros bens de toda Faeril.n.
ILHAS SULISTAS
Ao longo da costa dos reinos sulistas de Faeril.n, até mesmo ao
sul das Ilhas Altalúnia, estão algumas nàs menores e menos
influentes nações insulares. As Nelanther, do outro lado do
Canal de Asavir em Tethyr, é uma ilha de piratas invasores.
Mais ao sul, cerca de quatrocentos e oitenta quilômetros das
Altalúnias, fica a fabulosa ilha de Lantan, local de criação de
muitas invenções estranhas. Bem ao sul de lá, além das selvas
de Chult, fica a misteriosa ilha de Nimbral.
L ANTA N
Eu não visitava Lantan há mais de um ano quando aconteceu,
mas da forma como a maioria conta, quando a magia falhou
totalmente neste lugar, toda a pólvora estocada e toda
geringonça mágica em Lantan explodiu, uma por uma, da
mesma forma que enormes ondas se abatem sobre a ilha. Em
um cur to e terrível espaço de tempo, Lantan não existia mais.
Ou assim dizem as histórias dos sobreviventes. Parece
agora que Lantan foi transferida para outro mundo, quase
como aconteceu com Halruaa. Halruaa, contudo, previu a
calamidade e teve tempo para se preparar. Lantan não teve
tanta sorte.
Os lantanienses eram fascinados - alguns diriam
obsessivos - pela construção de maravilhas mecânicas.
Embora fizessem uso de magia de tempos em tempos, a ilha
inteira cheirava a pó-de-serra, graxa e metal recém cortado,
conforme loja após loja trabalhava no aperfeiçoamento de
sua última e maior invenção. A nova criação poderia ter sido
pequenos cavaleiros de metal que andam e lutam e derrubam
uns aos outros, elaborados cofrinhos com fechaduras que
funcionam sozinhas ou braços mecânicos que copiam o
que um escriba está anotando em uma s egunda folha de
pergaminho. Durante minhas últimas visitas lá, eu vi todas
estas coisas e muito mais com meus próprios olhos.
Foram estas geringonças e traquitanas de ajuda para os
lantanienses quando o mundo inteiro foi arrancado debaixo
deles? Para quem eles se voltaram quando, naquele outro
mundo, as palavras de suas preces a seu deus favorito,
Gond, ficaram sem resposta? O que aconteceu no século ESTA N DA RTE
em que estiveram ausentes, e agora que retornaram, D OS CA VA LE IR OS
estão felizes de estar lá, ou lhes parece que seu mundo foi DE N 1M BRAL
arrancado mais uma vez?
Alguns navios que alegam ser da retornada Lantan têm
aparecido nos portos por toda a Costa da Espada, mas pelo tribos se dividem ou são destruídas tão rapidamente que
que ouvi dizer, os lantanienses que saíram destes navios a hora que você começar a contar, já vai ter que começar
são reservados e falam muito pouco sobre sua pátria. Estes novamente. Depois, é um trabalho sujo e perigoso, e lidar
comerciantes procuram obter enormes quantidades de com piratas é uma tarefa melhor realizada com navios
matéria-prima bruta, como variados tipos de madeira e rápidos, frotas navais bem armadas e pelos tipos de tolos
metais, oferecendo em troca pedras preciosas incomuns e que gostariam de contá-los, pra começo de conversa.
estranhas moedas de ouro. De suas invenções as pessoas têm Se você descobrir o nome de uma tribo nas Nelhanther,
visto muito pouco, mas estes poucos relances alimentaram tenha bastante cuidado ao mencioná-lo a outro navio do
muita especulação sobre o desenvolvimento que Lantan fez local, a menos que você confirme que esse navio pertença
nas armas de pólvora e na disposição para mesclar magia a uma tribo amigável. Ainda assim, esteja avisado que
com maquinaria. Na verdade, comerciantes lantanienses alianças são tão curtas quanto as tempestades de verão
têm declaradamente oferecido muitos égides protetores em nestas ilhas, então não é muito provável que você esteja
leilões particulares de cima abaixo pela Costa da Espada, e por perto a tempo suficiente para testemunhar um a nova
esses constructos semelhante a golems são normalmente de aliança sendo forjada. Proclamar sua aliança para uma
propriedade de magos, não de engenhoqueiros. determ inada tribo poderia enfurecer a outra para quem
você está falando.
NELANTHER Todavia, se está procurando por mão-de-obra barata e forte ,
Guarde esse conselho de uma velha loba do mar e tome as Nelanther podem ser o lugar para você, mas não espere
muito cuidado com as Ilhas Pirata do Mar da Espada, as demais em termos de lealdade ou esperteza da parte deles .
Nelanther. Aqui vive todo tipo de criaturas que vivem ou Contratar muitos marinheiros das Nelanther e colocá-los no
habitam o mar, desde reptantes e monotauros até ores seu navio é pedir para que ele seja tomado de você, velejado
e ogros , com um punhado de humanos e outros tipos de volta às ilhas e transformado em um navio pirata rapidinho.
variados. Onde alguns piratas se apegam aos seus próprios
códigos de conduta, o povo de Nelanther não s e importa NIMBRAL
com regras, honra ou até mesmo ao mínimo bom-senso Já viu uma ilha simplesmente desaparecer? Isto é,
de vizinhança: eles se atacam tão frequentemente quanto supostamente, o que aconteceu a Nimbral na mesma época
atacam qualquer navio ou frota de passagem. Colocando que Lantan, ou assim dizem eles. Quatro capitães de navio
numa prancha, as Illias Nelanther são uma corrente de que conheço muito bem alegam estar vendo o local em um
saqueadores e invasores que sobrevivem de lutar contra momento, e então não estavam vendo m ais no momento
qualquer coisa que puderem encontrar. seguinte, e depois navegaram até o local, passando por lá
Ninguém jamais se importou em contar ou nomear todas como se nunca tivesse existido.
as tribos destas ilhas, e eu duvido que alguém começaria a Alguns alegam que magia poderosa moveu ou escondeu
fa zer isso agora. Para começar, seria uma tremenda tolice: a ilha em uma gigantesca ilusão. Nisso eu acredito, já que

CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ES PADA E O N ORTE .

::ZB 4J 71
~_.-:--~
 os Lordes de Nimbral são conhecidos faz tempo por seus
truques e ilusões. Se qualquer ilha desaparecer em pleno
ar, isso eles conseguiriam fazer. Da mesma forma, o retorno
de Nimbral está dentro das suas capacidades, e talvez
este evento seja o clímax de um truque tão extenso e tão
complexo que até mesmo um gnomo invejaria tal feito.
Nimbral hoje é muito mais do que sempre foi: remota e
cheia de segredos. Para onde a ilha foi, o que aconteceu
quando estava lá e porquê ela voltou, tudo isto parece ser
fatos que os Lordes de Nimbral preferem guardar para si.
Nimbral ainda é governada por seus misteriosos
lordes, uma família com ligações próximas, composta
por arquimagos, completos mestres do ilusionismo. Eles,
por sua vez, indicam arautos que proclamam as leis, que
são colocadas em prática pelos Cavaleiros de Nimbral,
fabulosos cavaleiros de hipogrifos que vestem armaduras
transparentes como vidro, porém resistentes como aço.
Não deixe que o fato deles serem chamados de cavaleiros
engane você. Os Cavaleiros de Nimbral sempre agiram
como piratas quando em patrulha sobre os mares, atacando
navios que se aproximavam demais de sua ilha.
O que estes capitães, meus amigos, estavam fazendo
em águas tão próximas a Nimbral, eles não revelaram.
"Negócios" é o que todos eles dizem, mas ninguém tem
negócios tão longe assim no sul quanto Nimbral, a menos
que estivessem sendo aguardados para atracar na ilha.
Lamentavelmente, desde a época que nos falamos da
última vez, todos estes capitães morreram, e eu acabei não
perguntando mais o que eles sabem sobre o lugar.
Se você tiver algum motivo para navegar tão ao sul,
passando Chult, fique com um olho aberto para os céus.
Pode até não servir, já que os Cavaleiros de Nimbral são
conhecidos por aparecer do nada, aparentemente invisíveis
antes de atacarem, mas não custa nada ser cauteloso
quando se está fazendo algo tolo.
ENCONTRO ETERNO
O que lhes conto agora é a verdade, tão pura quanto uma
pepita de Gari, e a única razão pela qual eu a escrevi em
um livro para que todos tomem conhecimento é porque
ninguém mais deve alcançar o feito: eu entrei de clandestina
em um navio indo para Encontro Eterno, e meus pés
tocaram este solo abençoado!
Qualquer um que tenha conhecimento suficiente sobre
o lugar poderia fazer troça da minha alegação, e aqueles
ignorantes sobre o assunto vão pensar que não é um feito
digno de uma lenda, portanto deixe-me explicar para
aqueles entre vocês que duvidam o que Encontro Eterno é e
porque até o fim de meu causo vão invejar não estarem em
minhas botas.
UM PEQUENO PEDAÇO DO PARAÍSO
A lenda diz - e nela acreditam cada elfo que já encontrei
- que a ilha de Encontro Eterno não é algo deste mundo, e
nunca foi. Em dias antigos, há tanto tempo que até mesmo
os elfos pensam neles como se fossem set1 passado mítico,
os elfos de muitas nações procuraram um lar perfeito para
o seu povo (este era o problema, é claro. Você perde raras
belezas quando sempre se procura pela pedra preciosa
perfeita). Não encontrando tal lugar no mundo, alguns
elfos (elfos solares, eu aposto) procuraram para além deste
mundo para criar um. Estes Altos Magos se reuniram para
realizar um poderoso trabalho de magia que levaria Toril a
entrar em contato com Arvandor - é isso mesmo, os loucos
realmente tentaram trazer para nosso mundo um pedaço da
terra onde os deuses deles vivem!
7'1.
CAPÍTULO 'l. 1
------------------a==
A COSTA DA ESPADA E O NORTE
Aqui as histórias se dividem quando é dito que Corellon
permitiu o feito ou se foi incapaz de impedi-lo, mas o fato
é que aconteceu, e a calamidade caiu sobre Toril como
resultado. Aconteceu então a primeira Separação, e os elfos
sempre dizem que isso ecoou pelo tempo. Calamidades
recentes provariam que eles estavam certos.
Quando as coisas se acalmaram, os elfos perceberam
a tolice do que fizeram. Durante milhares de anos,
nenhum elfo ousou colocar os pés em Encontro Eterno.
Porém, até mesmo Corellon deve ter perdoado seus filhos
desobedientes, pois os elfos mais velhos começaram a
sentir o chamado para ir para o poente.
Talvez você já tenha visto o arco lunar pairando sobre
Selilne e ouviu a ideia de que isso significa que um elfo está
sendo chamado para Encontro Eterno. Bom, isso não é uma
fábula para crianças. Você já viu um elfo idoso? Como é que
você saberia, não é mesmo? Bem, se você já teve a honra de
encontrar um elfo ancião, você verá um arco semelhante em
cada olho do elfo, logo acima da pupila. Esta é a maneira
que Sehanine Arco Lunar guia um elfo para o pós-vida.
Os arcos podem cegar o elfo para este mundo, mas eles
desaparecem quando o elfo entra no próximo, permitindo a
visão do paraíso élfico. E isso é exatamente o que acontece
em Encontro Eterno, e o elfo nem precisa estar morto para
alcançá-lo. Não crê em mim? Bom, eu vi o que vi.
Alguns elfos seguiram seu parentes mais velhos até
Encontro Eterno, e logo um reino de elfos existia como
um paraíso em Toril. Durante anos, Encontro Eterno foi
protegida por poderosas feras, magia poderosíssima e com
o poder dos próprios Seldarine. Elfos de todos os tipos e
do mundo todo faziam a jornada até Encontro Eterno em
busca de alívio. E quando os elfos declararam seu Retiro do
mundo, para onde vocês pensam que eles foram?
Então a Praga Mágica assolou e um pouco daquela antiga
Alta Magia élfica deve ter sido afetada. Encontro Eterno
tornou-se à deriva do mundo e acabou surgindo em um mar
em Faéria, aquele estranho reinos das fadas que esbarra
com o mundo em locais místicos. Durante um século,
parecia que Encontro Eterno estava perdida do mundo.
Elfos veneráveis tentaram se apegar a isso, na esperança
que este eco da primeira Separação poderia ter efeito na
conexão de Encontro Eterno com o mundo uma vez que
estes tempos de calamidade chegassem ao fim.
A paciência deles (quem mais além de um elfo teria tal
paciência?) acabou por ser recompensada, quando navios
de Encontro Eterno atracaram uma vez mais nos portos da
Costa da Espada.
NAVEGANDO PARA O ÜESTE
Sabendo de tudo isto e tendo acabado de me encontrar
com um elfo venerável que estava me preparando para a
jornada, como não poderia eu me agarrar à oportunidade
de acompanhá-lo? Eu me senti um pouco mal de tomar
vantagem da cegueira do elfo e forçá-lo a deixar para trás
alguma coisa de sua bagagem, mas esta era a oportunidade
de uma vida!
Eu ouvi o capitão do navio dizer que agora Encontro Eterno
de alguma forma está ligada aos três planos: nosso mundo,
Faéria e Arvandor. Ele à todos eles, mas não existe totalmente
em nenhum deles. Para encontrá-lo, você deve seguir um
padrão de estrelas até que elas mudem e, então, deve seguir
novas estrelas (eu juro pelas pepitas de Gari, foi isso o que ele
disse!). Aqueles que saem desta rota estão perdidos. Como
eu desejo poder ter perguntado ao capitão para onde iam os
navios perdidos!. Mas eu não podia me entregar.
 Eu levei um pouco de comida comigo, já que eu não sabia
quanto tempo eu teria que permanecer escondida a bordo
do navio. No início da jornada, eu preguei meus ouvidos
para escutar qualquer estalo da pranchas e cada voz élfica,
mas depois de algum tempo, embalada pelo balançar
das ondas, eu adormeci. A jornada após isso foi quase
como um sonho. Eu sei que devo ter despertado, comido,
dormido e ter cuidado de outras necessidades - ao menos a
comida que levei para a jornada acabou - mas não lembro
especificamente de ter feito estas coisas. A única coisa que
eu sei é que em algum momento o navio parou e alguém
pegou o cesto onde eu estava escondida e o colocou em
uma praia.
O QuEEuVr
Eu senti antes mesmo de ver. Com o pequeno brilho de uma
luz dourada através do cesto que me permitia enxergar,
Encontro Eterno tirou meu fôlego. Enrolada no cesto como
uma cobra, com cãibras em cada membro do corpo, eu estava
desesperada para não me entregar, ainda que eu pudesse
sentir a magia de Encontro eterno atravessando meu corpo,
relaxando meus membros doloridos e diminuindo meu
peso na consciência. Quando consegui respirar novamente,
engasguei. E foi daí que os elfos me descobriram.
O elfo .cego, cujos amados tesouros eu deixei para trás
para fazer minha jornada, puxou-me do cesto e quando
o fez, seus olhos estavam claros como diamantes e tão
duros quanto. Eu pensei que estava morta, com certeza, e
ao ver o que estava ao meu redor, eu posso dizer de todo
meu coração que nem me importei. Se o elfo tivesse me
me matado no ato, minha alma teria partido até Gari e
solicitado um navio para que eu pudesse velejar de volta a
Encontro Eterno. Meu patético deslumbramento fez com
que o elfo se virasse e olhasse, e ele também foi fisgado.
Quanto ao que vimos, bem, imagine um lugar de
belezas naturais impressionantes e de um trabalho élfico
impossível, um reino alienígena tão distante e belo quanto
as estrelas, mas como se fosse uma parte de você, como os
seus próprios sonhos - parte paraíso, parte lar.
Eu gostaria de dizer que partilhamos de um momento lá,
o elfo e eu. Talvez em reconhecimento disto ele não tenha
me matado.
Tudo acabou muito rápido. Eu fui colocada de volta no
barco, retornei ao mundo e fui alertada para não tentar nada
tolo novamente - sob pena de morte. E não acho que eu irei
- pelo menos não até eu chegar lá em anos. Até lá, ficarei
atenta aos elfos com olhos enevoados pensando no poente!
Entende agora? Você não gostaria de estar nas botas de
uma gnoma e ter tocado Encontro Eterno nem que seja pelo
tempo da batida de um coração?
Os REINOS I NDEPENDENTES
EU VAGUEI POR ESTAS TERRAS POR MAIS TEMPO QUE VIVESTE,
mestre de caravanas. Não digo isso para minimizar seus anos
de vida de forma alguma, mas para que entendas que quando
digo que sua proposta de pegar um "atalho" só nos levará à
sua morte sangrenta e a de seus colaboradores, acredite em
mim, pois eujá vi outros pressuporem o mesmo e terem as
mesmas mortes.
-Aedyn Grismanto,
para Wundrith Parr, mestre de caravanas
águaprofundense
Embora haja uma enorme variedade de nações, reinos e
cidades-estado espalhadas por toda a extensão de Faerun, seria
um equívoco perigoso assumir que todas as terras entre estes
locais sejam domesticadas. Viaje um curto trecho para além da
maioria dos lugares civilizados e logo se pegará no meio dos
ermos, assombrado por criaturas mortíferas e abomináveis.
As informações abaixo são extraídas de Longe das
Colinas Nebulosas, um tratado sobre locais remotos no
Norte, reunido por uma tal Aedyn Grismanto, uma elfa lunar
guardiã que vem de Evereska. Em seus anos desbravando
os ermos, Aedyn agiu como guia, guarda de caravana,
guarda-costas e trilheira.
PONTE BOARESKYR
A Ponte Boareskyr situa-se no Caminho do Comércio e
é apenas consistentemente segura no seu cruzamento
com o Água Sinuosa e por cerca de cento e sessenta
quilômetros em ambas as direções. Isso por si só já a torna
extraordinária, mas lá, no meio do ermo e sem nada mais
para separá-la da vastidão, um homem mortal assassinou
Bhaal, o deus do assassinato. Esta não é uma história
inventada. Mesmo um século após o sangue de Bhaal ter
sido derramado lá, as águas do rio continuam escuras e
imundas por quilômetros a oeste da ponte.
Incrementando a natureza sacra do local, Cyric, o homem
que matou Bhaal foi, ele próprio, elevado à divindade.
Embora tenha se provado um poder maligno, estátuas tanto
de Cyric quanto de Bhaal for erigidas em cada extremidade
da ponte, os dois deuses se encarando (embora seja dito
Cyric tenha apunhalado Bhaal pelas costas). Cerca de um
século atrás, fanáticos de Mystra derrubaram as estátuas e
atiraram suas pedras ao rio, mas temendo a retribuição por
tal sacrilégio, os comerciantes que usavam a ponte juntaram
recursos para reconstruí-las, ainda melhores do que antes.
Agora, cada um dos deuses fica sobre uma arcada decorada
que serve como entrada para a ponte.
A Ponte Boareskyr recebeu este nome muito tempo atrás
do aventureiro que construiu a ponte original e a utilizou
como o centro de um pequeno reino, que também ostentava
seu nome. O reino ficava ao norte e ao leste do Caminho do
Comércio e durou algumas décadas antes de cair perante
as ameaças vindas dos Campos dos Mortos. A ponte serve
como uma ligação entre as terras do Norte e as Terras
Centrais do Ocidente.
A enorme ponte de granito preto é larga o suficiente para
que dois carroções passem lado a lado vindos de direções
opostas, e seus guarda-corpos da altura da cintura são tão
largos quanto algumas muralhas de castelo. Na maioria
dos dias de verão e até mesmo durante as estações menos
CAPÍTULO 2 [ A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 adequadas para se fazer uma viagem, caravanas mercantes
cruzam a ponte e peregrinos vêm para prestar homenagem,
todos sob os olhares zelosos dos paladinos de Elturgard que
ficam estacionados no Forte Tamal, nas proximidades.
FORTE TAMAL
Durante vários anos, uma fortaleza arruinada na
margem sul apelidada de Forteponte, serviu como local
de acampamento para caravanas que passavam pela
ponte. Seja indo para o norte ou para o sul, os mestres de
caravanas poderiam desfrutar de um descanso seguro
dentro do espaço gramado cercado pelas muralhas
arruinadas do local, dividindo com outros viajantes a tarefe
de fazer a vigília.
Então, no meio de uma crise de liderança na distante
Elturel, uma dos aparentes herdeiros para o cargo de
Alto Observador, uma paladina chamada Tamal Thent,
desapareceu com sua guarnição inteira nas proximidades
da ponte. Embora tenha sido feita uma investigação,
nenhum sinal de Tamal ou qualquer de seus companheiros
foi descoberto. Thavius Kreeg, o rival de Tamal para o
cargo, foi elevado ao posto de Alto Observador logo depois,
e um de seus primeiros decretos foi que o Forteponte fosse
reconstruído e que lhe fosse dado o nome em honra à
desaparecida Tamal.
Um aumento no fluxo de atividade ocorreu ao redor
da Ponte Boareskyr naquela época, com os soldados de
Elturgard realizando patrulhas constantes na estrada
e terras vizinhas enquanto o Forte Tamal estava sendo
construído. Hoje as coisas estão mais tranquilas na
ponte. A tradição das caravanas de acampar na ponte e
dos peregrinos fazendo visitações continua, mas agora as
pessoas ficam nos terrenos para caravanas ao redor de uma
pequena vila que surgiu do lado de fora do forte.
A atividade nesta área é supervisionada por um curioso
misto de Companheiros de Elturgard. Os Companheiros
1 - todos eles paladinos de deuses como Tyr, Torm, Helm e
Amaunator - costumam ser jovens impetuosos ou então
1 veteranos grisalhos satisfeitos de se sentarem diante de uma
fogueira. Muitos dos veteranos estão destacados para o Forte
1 estrutura apenas do pátio que fica a leste, onde ficam as
Tamal desde que ele foi construído, e eles possuem famílias
1 instalações para os estudiosos de chegada.
que vivem na vila do lado de fora de suas muralhas. Já seus
companheiros mais jovens vêm de todo o canto de Elturgard,
mas todos parecem ter sido designados para o Forte Tamal
depois de terem cometido alguma insubordinação. Talvez
haja a esperança de que um tempo nestas terras fronteiriças
com companheiros mais experientes arrefeça em alguma me-
dida os impulsos dos Companheiros mais jovens.
É certo que alguns dos companheiros mais jovens com
quem conversei enxergam esta tarefa como uma punição.
A Ponte Boareskyr é bem distante do resto de Elturgard, e
as caravanas que acampam no Forte Tamal nunca parecem
realmente precisar de uma guarda tão robusta assim. Até
mesmo a relativa proximidade com Najara parece não
justificar a razão da presença de tantos defensores de _
Elturgard desperdiçados na realização de µma tarefa tao
trivial. Da parte deles, os Companheiros mais velhos falam
em cumprir as tarefas e seguir ordens, mas para mim eles
pareceram satisfeitos com isso.
Um paladino deveria guiar. A eles foi garantido o poder
dos deuses por uma razão, e certamente esta razão não
pode ser ficar de guarda enquanto caravaneiros dormem.
Mas, pelo o que todos dizem, o Alto Observador é um
líder sábio e eficiente. Talvez ele perceba ameaça à Ponte
Boareskyr que eu não. Najara tem estado mais ativa
ultimamente, apesar desse véu de sossego, isso eu lhes
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ES :.
PA;;;,;.
D,;;,
A_ E_o_ N_o_ R_T _E_ _ _ _
garanto. O Castelo Lança de Dragão mais ao norte foi
novamente a origem de uma incursão infernal. E talvez
haja algo sinistro a respeito desse local onde um deus do
assassinato morreu e um deus da mentira é venerado.
Quanto a mim, eu simpatizo com os jovens impetuosos
e aconselhei aqueles com quem conversei para sempre
olharem para os céus. Na época da lendária batalha de
Cyric com Bhaal, pégasos viviam nas redondezas. Dizem
que estas criaturas mágicas preferem aqueles puros de
coração e até mesmo permitem-se serem montados por
estas pessoas quando a causa é justa. Tal preferência pode
jamais ser concedida aos jovens paladinos, mas tenho
certeza que tal pensamento dará a eles algo prazeroso com
o que divagar.
CANDLEKEEP (FORTE DA VELA)
Esta grande fortaleza jamais deixa de me tirar o fôlego: ela
ergue-se em uma escarpa vulcânica a cerca de trinta metros
da orla marítima, um esporão rochoso de topo achatado
cercado pelo mar. Tente imaginar o topo deste penhasco
totalmente contornado por uma muralha. Esta muralha é
interrompida por várias torres por toda sua extensão, e ela
cerca um enorme espaço entre o qual várias outras destas
torres se erguem. Aqueles que já tiveram esta visão do alto
dizem que ela se parece nada mais nada menos com um bolo
decorado com velas demais. A neblina causada pelo rebentar
das ondas enche o ar para os lados da muralha oeste, e
no inverno esta umidade pode criar uma camada de gelo
traiçoeira. Às vezes torres inteiras do lado oeste do forte têm
que ser evacuadas por esta razão, pois ficam congeladas.
Do meio do forte ergue-se a maior e mais larga torre do
Candlekeep (Forte dà Vela). Se as outras torres são os galhos
e ramos bem formados, então esta torre aqui é o tronco da
árvore: forte, maciço e elevando-se muito acima das outras
estruturas. Ao redor da fortaleza central um jardim em
espiral eleva-se em patamares, e aqueles afortunados o
suficiente para entrar na biblioteca o fazem ao atravessar este
espaço verdejante até a porta principal da fortaleza. Contudo,
a maioria das pessoas que visitam o Candlekeep vêem esta
O único portão para o Candlekeep (Forte da Vela) fica ao
final da Trilha do Leão, que é a única estrada que dá acesso
ao mundo de fora. A rota vem de Beregost, a quilômetros
dali, e serpenteia através de uma trilha solitária pela
península onde fica o Candlekeep (Forte da Vela)
A GRANDE BIBLIOTECA
O Candlekeep (Forte da Vela) é o maior repositório de
conhecimento e anotações em todos os Reinos (embora
os estudiosos de meu povo em Evereska não gostem de
ser lembrados do fato). Ele já foi o lar do grande profeta
Alaundo, o Vidente, e dentro de suas muralhas foram
escritas as Profecias de Alaundo. Suas câmaras, dizem,
contém conhecimento secreto o suficiente para fazer
com que qualquer pessoa com habilidade suficiente para
descobrir e absorver tal conhecimento se torne poderoso
além de qualquer comparação. O problema em se fazer
isso, obviamente, é o mesmo de se fazer com os segredos
de qualquer outro lugar: alguém deve s<;1-ber que um segredo
existe antes que seus detalhes possam ser descobertos.
Por causa disto, a enorme biblioteca do Candlekeep
(Forte da Vela) é uma defesa por si só: para cada punhado
de conhecimento secreto de grande poder em potencial,
há milhares de anotações, antigas canções, fragmentos
históricos, diários de pessoas mortas há muito tempo e uma
~~----------~-=
variedade de outros escritos sem importância, exceto para
os monges deste local, e para os sábios que vêm buscar tais
trivialidades.
Obviamente, antes que este tesouro possa ser saqueado, a
pessoa tem que conseguir entrar nestes consagrados salões.
Os monges-estudiosos enclausurados no Candlekeep (Forte
da Vela), que são chamados de os Esclarecidos, protegem
este local e trabalham incansavelmente para garantir a
proteção e preservação da biblioteca. Embora eles sejam
amigáveis o suficiente no dia-a-dia de trabalho, eles também
desconfiam de todos os visitantes que vêm até a biblioteca.

ADQUIRINDO ACESSO
Eujá ajudei mais de um visitante conseguir entrar na
biblioteca, portanto conheço o processo muito bem.
O preço para conseguir acesso é a doação de um trabalho
de escrita inédito para o Candlekeep (Forte da Vela).
Embora os monges se refiram a esta oferta como "doação
de entrada", é um pedágio a ser pago, e normalmente um
pedágio bem caro.
Para a maioria, tal solicitação pode ser difícil, quiçá
impossível de cumprir. Afinal de contas, como é que o
pretenso visitante saberia exatamente o que as estantes
labirínticas do Candlekeep (Forte da Vela) já têm ou não?
Portanto, a maioria dos visitantes vêm até o Candlekeep
(Forte da Vela) com vários livros que suspeitam que
poderiam ser aprovados para sua entrada.
Felizmente para alguns, a doação não necessita ser
exclusivamente única. Alguns tomos e tratados que a
biblioteca não tem em seus arquivos são preferência, mas
os monges estão abertos a algumas outras possibilidades:
edições raras, livros que carregam consigo importância
histórica, até mesmo tomos com anotações profundas (ou
apenas interessantes) em suas margens têm sido aceitos,
bem como diários de pessoas que viajaram muito ou que
são muito instruídas.
A maioria daqueles que chegam aos portões do
Candlekeep (Forte da Vela) como solicitantes já sabem
o custo da entrada; aqueles que não sabem, isto lhes é
dito diante dos portões, e são tocados dali gentilmente se
não tiverem tal doação. Arautos; sacerdotes dos deuses
Oghma, Gond, Deneir e Milil; certos arquimagos; e outros
reconhecidos como "amigos do Candlekeep" são permitidos
entrarem sem a necessidade de fazer tal doação (embora
tais pessoas frequentemente contribuem de qualquer forma
com as câmaras da biblioteca, como é evidente).
Os grandes portões duplos do Candlekeep (Forte da Vela)
têm três vezes a altura de um humano, e são forjadas com
um estranho metal escuro que parece repelir relâmpagos e
que são imunes a adivinhações mágicas, ao menos segundo
um mago que acompanhei até lá. Na parte superior, ambos
os painéis dos portões são adornados com o símbolo do
Candlekeep (Forte da Vela), um castelo-e-chama. Um
dos dois portões fica aberto o suficiente para permitir
a entrada de visitantes durante o dia, enquanto o outro
permanece fechado.
Cinco monges trajados de púrpura atendem ds visitantes
nesta entrada. Um deles se afasta um pouco para saudar
aqueles que buscam permissão para entrar, perguntando
aos recém chegados quais suas intenções e examinando
quais doações trouxeram. Enquanto o primeiro monge
examina a doação ofertada, determinando seu título e
procedência, um segundo guarda do portão conjura a magia
mensagem. O sábio águaprofundense Valdrope me disse
que o recipiente desta magia é um Esclarecido que fica e m
uma sala ali perto, diante de um enorme tomo que registra
os livros nas câmaras do Candlekeep (Forte da Vela).
Aparentemente auxiliados por magia de algum tipo, esses
encarregados dos tomos determinam se a biblioteca já tem
o livro ofertado, e respondem se a doação é aceita ou não.
Um dos sacerdotes de Deneir a quem eu regularmente
acompanho até o Candlekeep (Forte da Vela) mencionou
que as magias de enxergar a verdade funcionam ali o tempo
todo. Os outros companheiros que fazem a guarda do portão
observam de perto caso aconteça algum problema, e outros
monges observam do alto das torres que flanqueiam os
portões, preparados para convocar ajuda ou prestas suporte
mágico em caso de algum ataque.
Aqueles que cuja entrada é permitida são aludidos como
"pesquisadores", mas também sâo chamados pelo nome caso
o monge o conheça, ou por "bomsenhor" ou "boasenhora".
Uma vez que um visitante seja admitido, os monges no portão
se afastam para permitir que o pesquisador adentre a Corte
do Ar. Visitantes são instruídos a cruzar esta área e se postar
diante da Porta Esmeralda, onde outro monge os recebe,
oferece-lhes comida, banho e acomodações para dormir, e
arranja-lhes que cada um se encontre com um monge que
irá auxiliá-lo a planejar a pesquisa e supervisionar a visita do
pesquisador até a biblioteca.
A CORTE DOAR
A Corte do Ar tem um nome apropriado. Seu pátio de
cascalho é vazio, desprovido de árvores ou fontes. Sua
muralha sul é a própria muralha sul do Candlekeep (Forte
da Vela), ocupada ao longo de toda sua extensão por um
número de construções de pedra feitas para uso dos
visitantes. Próximo da muralha oeste do pátio existem duas
construções: a Casa do Encadernador, um enorme templo
de Oghma com espaço suficiente para permitir que seus
fiéis acampem e socializem, e os Banhos, uma benfeitoria
pública que 'puxa água de uma fonte natural abaixo do forte.
Do outro lado dos banhos fica a Lareira, um grande local
para alimentação e salão social para os pesquisadores, que
também possui santuários dedicados a Deneir, Gond e Milil.
A Lareira conecta à Casa do Descanso, uma estrutura com
quartos de quatro beliches onde os pesquisadores recebem
acomodações durante seu período de admissão. Por fim,
próximo à Casa do Descanso e construído contra a muralha
leste do pátio, ficam os estábulos, onde as montarias são
abrigadas e recebem provisões durante a permanência do
pesquisador, além do granário.
A margem norte da Corte do Ar é feita de uma muralha na
qual doze torres estão dispostas. Estas são as torres onde
os visitantes são permitidos ficar durante seus estudos.
A famosa Porta Esmeralda fica na muralha oeste. Aqui,
o Guarda da Porta Esmeralda permanece o tempo todo,
auxiliado por um pequeno grupo de monges-aprendizes que
servem como mensageiros e entregadores. É o Guarda que
oficialmente recepciona os recém chegados pesquisadores, e
que faz os arranjos para sua estadia. Apenas esta porta leva
mais para o fundo desta ala interna; as outras torres possuem
entradas pela Corte do Ar, mas não possueJil meios de acesso
para a ala interna e, portanto, para o restante da biblioteca.
Estas torres na muralha norte, voltadas para o pátio, são
chamadas de "necessárias" pelo monges, e são o local no
qual os visitantes interagem com os tesouros do Candlekeep
(Forte da Vela). Elas são cheias de salas de leitura e
pequenas cãmaras de reunião, onde monges podem trazer
tomos individuais para os pesquisadores lerem, e onde
os pesquisadores podem consultar os monges por outros
materiais que eles necessitam para sua pesquisa. Apesar
de serem vizinhas a outras torres e de possuir pontes que
CAPÍTULO 2 1A COSTA DA ESPADA E O NORTE
as liguem às mais distantes, as câmaras que os visitantes
podem usar nas necessárias não permitem acesso ao
restante do forte.
0 INTERIOR DO FORTE
Infelizmente, o exposto à seguir é o conteúdo de informações
que eu obtive sobre o interior do Candlekeep (Forte da Vela).
Minha experiência pessoal é limitada (assim como é o caso de
muitos visitantes) à Corte do Ar. Embora as histórias corram
rápido e abundantes na Lareira a respeito do que há para
além das necessárias, tudo são quase conjecturas e boatos,
com uma boa dose de fábula, pode apostar seguramente.
A partir da Corte do Ar, pode-se ver que as altas torres
que se erguem acima da muralha norte da corte são
interligadas por passarelas cobertas. Muitas destas têm
telhado, mas não são muradas, e monges - alguns deles
carregando incríveis quantidades de livros - correm de
lá pra cá ao longo delas. As passagens, por vezes, são
interrompidas por pequenas escadas em espiral que dão
acesso a andares acima e abaixo, e algumas das passarelas
mais largas sobem levemente de um andar em uma torre até
um andar diferente em outra.
O único outro fato que sei a respeito do interior do
Candlekeep (Forte da Vela) é que ele se estende até mesmo
por baixo dos pátios, com escadarias nos porões de
certas torres que levam cada vez mais para baixo no leito
rochoso, no qual o forte foi erguido. Certa vez um monge me
confidenciou que estas cavernas guardam suprimentos de
emergência e garantem acesso a grandes fontes d'água, tudo
isso capaz de permitir que a grande fortificação sobreviva a
estações inteiras - quiçá anos - de cerco.
ÜS ESCLARECIDOS
Os monges do Candlekeep (Forte da Vela) são todos
estudiosos enclausurados. A maioria deles não possui
poder mágico do qual se fala (embora muitos deles sejam
treinados para conhecer tais coisas); um punhado deles,
todavia, são conjuradores - sejam clérigos dos deuses que
representam a busca por conhecimento ou magos. Sabe-se
até mesmo que monges combatentes e paladinos estão entre
os Esclarecidos, embora não muitos.
Os Esclarecidos são os servos jurados do grande forte,
cada um deles rigorosamente testado para se eliminar
qualquer enganação antes que lhe seja permitido tomar o
juramento da ordem. A primeira prioridade do monge é a
defesa do conhecimento da biblioteca contra aqueles que a
roubariam ou destruiriam, mas também contra os efeitos
naturais que fariam o mesmo, como o mofo, a umidade e a
decomposição. Muitos dos monges carregam consigo vários
tipos de itens mágicos que auxiliam nestas empreitadas,
e as instalações do Candlekeep (Forte da Vela) incluem
mais de um escritório que facilitam a cópia de livros que
estão ficando desgastados, encadernadores para repará-los
e até mesmo estoque mágico que preserva livros raros de
qualquer degradação ou danos.
Eu jamais fiz um estudo detalhado dos Esclarecidos, já
que nunca houve a terrível necessidade de fazê-lo, mas do
tempo que passei na Corte do Ar do Candlekeep (Forte da
Vela), bem como de minhas conversas com Valdrope, eu
aprendi algumas coisas.
A hierarquia dos Esclarecidos os divide em acólitos, que são
os recém chegados à ordem, e escribas, que fazem a maior
parte do trabalho no forte. Acólitos fornecem mão-de-obra,
fazendo a limpeza, e os demais trabalhos sujos e pesados
que um local deste tamanho requer, e trabalham em seus
estúdios, na esperança de provarem-se e serem aceitos nas
►
fileiras dos escribas. Os escribas fazem a maior parte do
trabalho de arquivamento necessários dos Esclarecidos, e
frequentemente contribuem com esforços práticos quando
uma tarefa particularmente grande precisa ser realizada.
Os mestres leitores são os monges sábios e anciãos que
supervisionam os escribas e ensinam os acólitos. Todos
estes possuem uma experiência significativa e dedicam-se
à grande biblioteca, e é a partir deste grupo que indivíduos
são escolhidos para ocupar os cargos mais altos quando
abrem-se vagas.
Acima dos mestres leitores existem outros postos
elevados, cada qual especializado em um tipo de serviço,
desde o Guara do Portão que cuida da segurança do
forte até o Guia, que instrui e educa os Esclarecidos. De
particular destaque há o Chantre, que é o responsável
pela contínua declamação de profecias do grande vidente
Alaundo, que certa vez já viveu aqui.
Eu me recordo da primeira vez que me deparei com o
Cântico Eterno. Ele começa baixo, ao alcance de um ouvinte
(eu fui uma das primeiras no pátio a perceber), e lentamente
vai se aproximando e ficando mais alto. Enquanto faz
isso, tudo mais ao seu redor cai em pleno silêncio. Logo
em seguida, uma procissão de Esclarecidos chega ao
local, e o único som que qualquer um consegue notar é
o ecoar sonoro de seu cântico. O Chantre ou um de seus
subordinados (chamados "vozes") conduz esta procissão e
cada um dos Esclarecidos contribui com sua própria voz
ocasionalmente durante a procissão.
Foi através de minha amizade com Valdrope que eu
conheci uma dos oito Grande Leitores, o conselho de
Esclarecidos anciões que supervisiona todo o trabalho
que acontece no Candlekeep (Forte da Vela). Ela era alta,
e eu me lembro de pensar que ela era uma das pessoas
mais eruditas com quem já falei. A cada um dos Grandes
Leitores é dada uma área de responsabilidade dentro dos
Esclarecidos, geralmente algum tópico de estudo de grande
importância, e este é reconhecido e tratado como o maior
especialista naquele campo de estudo.
Por fim, acima deles todos existem outros dois: o
Mantenedor dos Tomos e o Primeiro Leitor. Enquanto o foco
do Primeiro Leitor é manter a integridade do conhecimento
do Candlekeep (Forte da Vela) e sempre expandir seus
recursos literários, além de sua base de conhecimento,
o Mantenedor administra a grande biblioteca. A palavra
do Mantehedor é a lei, literalmente - cada decreto do
Mantenedor é registrado para a edificação dos futuros
Mantenedores, e todos estes decretos são mantidos como
tradições até que sejam mudados pela palavra de um próximo
Mantenedor. Valdrope me diz que por tradição o Mantenedor
e o Primeiro Leitor possuem supostamente uma relação
antagônica, um focado nos monges enclausurados e nos
objetivos esclarecidos da biblioteca, enquanto o outro está
focado nos aspectos mundanos de ensino e nas interações do
Candlekeep (Forte da Vela) com o mundo externo.
Embora estes monges de alta patente mantenham a maioria
dos visitantes ao alcance de sua vista, não é incomum que eles
lidem com aventureiros diretamente quando estes pfecisam
de tais serviços. Embora estes estudiosos raramente tenham
muito dinheiro para pagar pelos serviços da companhia
de aventureiros, eles possuem a preciosa moeda corrente
do Candlekeep (Forte·da Vela): conhecimento. Eu sei de
muitas companhias de aventureiros que receberam muito
conhecimento a respeito de ruínas perdidas, então lhes é
solicitado que desbravem alguns destes locais perigosos e
retornem com prêmios que podem ser encontrados somente
lá. Se o tesouro que poderia ser encontrado em tais locais não
""""---.......-----------------
for recompensa suficiente, alguns Esclarecidos têm o poder
de oferecer incentivos, como procedimentos para criação de
itens mágicos e cópias escritas de magias raras para tornar a
proposta mais atraente.
SERVIÇOS
Aqueles que: vêm até o Candlekeep (Forte da Vela) tem a
permapência garantida por não mais do que uma dezêndia
antes de terem que partir, e devem permanecer sem entrar
µovamente pelo período de trinta dias. Durante esta dezêndia,
eles podem solicitar a leitura de tomos específicos que estejam
em posse da biblioteca, ou podem solicitar aos monges que
eles procurem por tomos a respeito de determinados tópicos.
Estes volumes são todos trazidos até salas de leitura que ficam
nas torres defronte à Corte do Ar. Os visitantes têm acesso aos
andares das torres para fazerem sua leitura (mas não cópias)
dos tomos, sempre na companhia de um dos monges.
Uma das maiores fontes de renda do Candlekeep (Forte
da Vela) é a venda de livros. Existem três tipos de livros
à venda: cópias dos tomos de conhecimento não mágico,
cópias de livros de magia (também chamados de grimórios)
e outras fórmulas magicas, e os trabalhos dos Esclarecidos.
Conhecimento Reproduzido. A cópia e encadernação
de um trabalho de conhecimento não mágico da biblioteca
do Candlekeep (Forte da Vela) normalmente é feito por um
custo de cerca de 100 PO (embora os livros maiores custem
sempre mais que isso). Este ofício pode demorar várias
dezêndias, principalmente para tomos maiores, portanto
não é incomum para aqueles que desejam tal serviço
encomendá-lo por escrito, junto com um adiantamento, e
então vir até os portões para pegar o livro, ou então pagar
por um valor a mais para que o livro seja entregue em mãos.
Grimórios. Em contraste, livros mágicos de magias e
fórmulas custam mais, muito mais - um grimório pode ter
um preço de milhares ou até mesmo de dezenas de milhares
peças de ouro. Cada simples magia ou truque em um tomo
destes custa 25 PO mais ou menos, enquanto as magias mais
complexas e poderosas podem custar 150 PO ou mais.
Trabalhos dos Esclarecidos. Todo ano, os monges
do Candlekeep (Forte da Vela) lançam pequenos livros
estampados com o símbolo do forte, e estes são creditados aos
"Esclarecidos do Candlekeep". Estes livros são sempre voltados
para tópicos únicos, e contém curtos ensaios, trechos e outros
escritos pertinentes ao tópico. Eles são vendidos no Candlekeep
(Forte da Vela) e por seus representantes em cidades maiores
por preços que variam de 50 a 100 PO por livro, embora alguns
sejam revendidos por valores muito maiores.
O Candlekeep (Forte da Vela) também compra livros e até
mesmo patrocina aventureiros em expedições em busca de
fontes de conhecimento perdidas por todos os Reinos.
O tipo de moeda pago por estas empreitadas, obviamente,
está aberto a negociações.
FORTES CURO
Suponho que você jamais ouviu falar do Fortescuro.Já se
faz muitos anos desde que as pessoas, com medo, sussur-
ravam o nome deste local. Afinal de contas, os Zhentarim, a
organização que deu ao Fortescuro sua reputação, não são
mais o grupo de ladrões, assassinos e terríveis magos que
costumavam ser. E estranhamente, de acordo com minha
fonte entre os Zhentarim, esta mudança de caráter pode ser
traçada diretamente de volta ao Fortescuro. E como chegou
até mim, foi contada desta forma ...
O Forte Zhentil estava em chamas. A Cidadela do Corvo
jazia em ruínas. A liderança dos Zhentarim estava morta,
capturada pelos Shadovar da regressada Netheril, ou estava
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 VALE FORTESCURO
Eu estava curiosa a respeito da história da minha fonte ,
e então quando calhou de eu estar na região, me dirigi
até o Fortescuro. Um enorme pico montanhoso chamado
Vigilante Cinzento da Manhã paira por trás do Fortescuro a
leste, lançando uma enorme sombra sobre o forte do nascer
do sol até quase o meio do dia. O Fortescuro fica em uma
fenda na lateral do Vigilante Cinzento, o ponto mais elevado
da ocupação permanente em um vale relativamente plano e
defensível chamado Vale Fortescuro.
O Vale Fortescuro abriga um pequeno povoado de mesmo
nome que consiste principalmente de pastores que cuidam
de seus rebanhos nos prados elevados das Montanhas do
Crepúsculo, e alguns fazendeiros que cultivam excelentes
culturas no solo dos campos do vale. A principal fonte
de prosperidade do povoado é a pedra negra extraída
da pedreira que fica na margem sul do vale; as pesadas
carroças gemendo sob o peso de lajes de pedra à venda e os
enormes e musculosos cavalos que as puxam são uma vista
comum por aqui. As pessoas comuns do Vale Fortescuro
costumam ser rabugentas e desconfiadas de estrangeiros,
embora sejam bastante cuidadosas para evitar ofensas.
em fuga. A vaidosa Rede Obscura estava despedaçada.
Este povoado de cerca de uma centena ou mais de
Células de agentes Zhentarim foram desfeitas, e sem
pessoas está totalmente sob o domínio do Fortescuro e
conexões ou direções, eles foram separados ou foram
tem visto algum benefício da situação: o povo do vale vê
destruídos por rivais. Os Zhentarim não existiam mais.
uma grande oportunidade de circulação e comércio do
Ou assim parecia. Havia uma das fortalezas dos Zhents
que o pequeno vilarejo sequer poderia esperar de outra
que não estava caída e cujo líder jamais vacilou em sua
forma. Até recentemente, todas as caravanas se dirigindo
dedicação à organização. O Fortescuro ergue-se nos confins
para o Fortescuro poderiam buscar refúgio seguro apenas
das montanhas das Terras Centrais do Ocidente, e lá o que
nas sombras do próprio forte. Agora as pessoas do vale
restou dos Zhentarim começou a se reunir em segredo. Lá
recentemente construíram tanto uma estalagem, chamada
eles juraram lealdade novamente ao líder que lhes prometeu
Descanso do Wyvern, quanto uma taverna separada,
reforjar a organização em algo ainda mais forte do que antes.
chamada Poleiro.
O homem a quem estes novos Zhentarim juraram
Alguns dos moradores locais enviam ao mercado fardos
fidelidade era um cavaleiro das trevas conhecido apenas
da grossa e abundante lã que tosam de suas ovelhas. Outros
como Próceralma. O Próceralmajá havia liderado forças
ganham a vida vendendo o vinho de dente-de-leão que o Vale
armadas dos Zhentarim no Fortescuro, e sua visão para o
Fortescuro sempre produziu, mas apenas recentemente co-
renascimento da organização envolvia linhas militares. Após
meçou a ser vendido para fora. O vale possui uma pequena
um tempo de recrutamento e treinamento, os Zhentarim
milícia, tecnicamente sob o comando de Próceralma, mas
emergiram do Fortescuro não como conquistadores ou como
que responde ao capitão do local, chamado Sulvarn.
capitalistas exploradores, mas como mercenários dispostos a
Para aqueles que vieram a entrar em conflito com os
servir outros em vez de forcá-los a servir.
Zhentarim, viver em um local sob sua influência parece
Nos anos que se seguiram, tal transformação caiu muito
algo impensável, mas a verdade é que a vida é tranquila
bem para os Zhentarim. Eles ganharam uma reputação por
aqui. Certamente os soldados no castelo não devem ser
realizarem um excelente trabalho, e suas fileiras expandiram.
menosprezados, mas eles raramente se envolvem em atos
Aqueles que conhecem o Fortescuro pensam nele como o
de crueldade gratuita que muitos esperam de combatentes
quartel general desta nova versão dos Zhentarim.
a serviço de algum lorde local. Aqueles que interpretam mal
O número de associados aos Zhentarim é algo difícil de
os Zhentarim frequentemente o fazem porque imaginam
se estimar, mas minha fonte me disse que eles seguramente
que eles são os vilões pavoneantes como eram os Zhents de
podem ter mais membros agora do que tinham antes da
outrora. Na verdade, eles são pragmáticos, dispostos a fazer
queda da organização. Uma nova liderança para este grupo
o que é necessário para alcançar seus objetivos. Porém eles
maior levou a uma mudança de objetivo. Embora continue
não têm a necessidade de aterrorizar as pessoas do Vale
sendo uma fonte de mercenários capazes, os Zhentarim
Fortescuro, e por uma simples razão: eles já os controlam.
diversificaram suas aspirações mercantis. Os guardas
Nos anos que se passaram, estas pessoas viviam com
Zhents agora cavalgam junto de suas próprias caravanas.
medo e desconfiança, com uma boa pitada de preconceito
E embora como uma organização militar, ela tenha servido
racial; minha primeira visita ao Fortescuro há quase um
muito bem durante o período caótico após sua queda, minha
século atrás foi a ocasião onde eu ouvi um dos mais vis
fonte frequentemente descreve os Zhentarim como uma
epítetos relacionados ao meu povo que eu jamais ouvi-
"família" e os líderes como "meu bom amigo".
pior até mesmo que aqueles saídos dos lábios sujos dos ores
Minha fonte também fala em tons de admiração de
invasores no Norte. Contudo, as atitudes do povo do vale
Próceralma, como se esta figura ainda estivesse viva e fosse
mudaram muito ao longo dos anos, serri dúvida em parte
líder do Fortescuro. O tal Próceralma jamais é visto sem
aos comandos de Próceralma quando ele reposicionou os
sua armadura completa e seu elmo coberto. Se não for um
Zhentarim com relação ao restante do mundo.
elfo atrás daquela máscara, então eu suspeito que uma série
de humanos pode ter se mascarado de Próceralma durante
o século que se passou.

CAPÍTULO 2 J A COSTA DA E S:,

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CASTELO FORTESCURO
Quando contemplei as grandes muralhas negras do
Fortescuro, pensei que todas as lendas sobre ele deveriam
ser verdadeiras. Em minha segunda visita, pensei que
deveria tentar confirmar minhas suspeitas.
De acordo com as lendas, a história do Fortescuro
começa há mais de um milênio, quando ele era conhecido
como Forte das Colinas Distantes. Ele foi construído
como o capitólio de verão dos assim chamados "impérios
gigantes". Situado nas Colinas Distantes, o castelo estava
em uma posição de controlar as rotas comerciais ao norte
do Vale Iriaebor, Ele também poderia controlar o comércio
fluvial abaixo da Garganta da Serpente Amarela.
O papel dos assim chamados Imperadores Gigantes ainda
é assunto de especulação e discussão até os dias de hoje.
Seja como for, há alguns deles espalhados entre as tribos de
gigantes no Norte que alegam ser herdeiros dos antigos tronos.
Qualquer que seja a verdade relacionada a estes impérios, o
castelo por si só definitivamente foi construído para gigantes.
Seu tamanho e construção não justificam outra explicação.
Dizem as lendas que o Fortescuro foi perdido pelos gigantes
por causa de uma disputa interna - dois irmãos brigando
por causa de sua herança. Através de veneno, magia e
mercenários, os irmãos reduziram a população do castelo até
que apenas os próprios irmãos restassem. Os dois lutaram e
feriram mortalmente um ao outro, e cada um se arrastou para
morrer sozinho. O espírito dos irmãos, dizem, ainda espreitam
pelo castelo, cada um procurando a destruição do outro.
O forte, então, foi ocupado por uma sucessão de
proprietários, incluindo um dragão de alguma reputação,
mas não foi até uma lich reivindicá-lo que o castelo passou a
ser conhecido como Fortescuro. A lich se chamava Varalla,
e supostamente ela invocou todo tipo de criatura maligna
para servi-la, enviando-os para dominar as terras ao redor e
estabelecer um império do mal. Varalla governou o Fortescuro
até que os infames líderes dos antigos Zhentarim - Manshoon
e Fzoul - ouviram as histórias sobre sua riqueza composta de
magia e ouro. Atraídos pela promessa de tal rica recompensa,
o par derrotou Varalla e reivindicou o castelo para si.
Na ocasião da minha chegada diante dos enormes portões
da fortaleza, eu descobri o que esperava, já que eu estava
sendo vigiada desde minha entrada no Vale Fortescuro -
talvez até mesmo antes disso. Após uma curta espera, eu
me encontrei com uma senescal, uma mulher direta com
um aperto de mão firme, que calorosamente mencionou
a pessoa que secretamente me informou da história dos
Zhentarim. Fiquei surpresa com o fato, pois eu imaginava
que minha fonte e eu conversávamos em segredo. Como
você sem dúvida notou, eu evitei mencionar o nome, gênero
ou qualquer descrição física da minha fonte, pois fiz um
juramento de segredo. Deixando de lado meu susto inicial,
minha conversa com a senescal foi agradável, e eu fui levada
para um passeio por algumas partes do castelo.
Quando perguntei sobre as lendas da criação e ocupação
do Fortescuro, ele me contou boa parte da mesma história
que contei, acrescentando alguns personagens aos quais
eu não havia ouvido falar antes. Quando perguntada sobre
as assombrações do castelo, a senescal apenas sorriu em
resposta. Embora tenha parecido um sorriso verdadeiro, eu
não consegui tirar nenhuma verdade dele.
Sobre as defesas do castelo, pouco posso dizer.
Meu passeio foi limitado. Porém eu notei que, embora
algumas coisas dimensionadas para gigantes tenham sido
modificadas para servir aos humanos (como escadas e a
maioria das portas), outras coisas permaneceram titânicas.
Por exemplo, não tenho ideia de como eles conseguiram
abrir os portões para a minha entrada sem o uso de magia.
~---....------------------
HABITANTES DO FORTESCURO
Eu não vi Próceralma durante minha visita, portanto não
posso confirmar qualquer coisa sobre o homem. Mas a
senescal e todos os outros com quem conversei me falaram
de Próceralma em tons de admiração. Seja qual for a verdade
deste salvador dos Zhentarim, ele aparentemente é deveras
ocupado para receber visitantes curiosos. Enquanto estive no
Fortescuro, ouvi a menção ao nome de outro líder de alguma
importância, Manxam, mas minhas indagações sobre esta
figura foram redirecionadas para outros tópicos, e não me
senti confortável em pressionar a senescal sobre este assunto.
Do restante do Fortescuro eu posso relatar apenas um
pouco mais. Os Zhentarim mantêm duas unidades de
guerra no local: a Patrulha da Tempestade, um conjunto
de veteranos soldados Zhentarim que atuam como
infantaria pesada, e os Plumas Cinzentas, arqueiros que são
primariamente responsáveis pela defesa da fortaleza .
Contudo, estas não são as únicas forças que o Fortescuro
ostentam. Os anos em que um contingente de gigantes viveu
no Fortescuro se foram há tempos, mas em seu lugar há um
ninho de wyverns, alimentados e treinados para defender
o Fortescuro e para obedecer a Próceralma. O treinador
das criaturas é um guardião chamado Grigarr, cujo corpo
está forrado por uma enorme quantidade de cicatrizes das
ferroadas dos wyverns. O homem é um patife ganancioso
que alega agora ser imune ao veneno dos wyverns após ser
picado inúmeras vezes. Ele adora contar causos no Ninhal
sobre como conseguiu sua várias cicatrizes, e se acha um
contador de histórias muito interessante, já que as pessoas
ouvem e aplaudem. A verdade é que os moradores locais
tem pavor dele, então tentam mantê-lo bem-humorado
enquanto estão bebendo com ele.
ELTURGARD
Ah, Elturgard! Se tem um lugar no mundo que é exemplo
do potencial para a grandiosidade da humanidade, é esta
jovem nação. Quem esqueceria da resplandecente visão
de uma hoste de seus Companheiros, todos paladinos,
cavalgando pelo campo, estandartes erguidos e estalando
ao vento, peitorais e escudos brilhando com o símbolo
de Elturgard e cada um ostentando o símbolo sagrado de
seu deus - armadura para a alma. Não temos escassez
de bons e justos entre o meu povo, mas o zelo absoluto
e a bravura genuína que os Companheiros possuem na
busca pela honradez parece-me algo unicamente humano.
E não são apenas estes poucos tocados pelos deuses
que buscam tais elevados ideais; as forças armadas de
Elturgard é cheia de homens e mulheres que aspiram se
juntar aos Companheiros. Eles são os Cavaleiros Infernais,
chamados assim porque há muito tempo combatentes de
Elturel literalmente cavalgaram através dos portões dos
Nove Infernos para perseguir e destruir diabos que estavam
atormentando seu povo. Com estes brilhantes exemplos a
quem se espelhar, é de se surpreender que o povo comum
de Elturgard também costume se dedicar a buscar a justiça
e a adoração dos deuses?
Ah, quão brilhante queima a luz de Elturgard! Se ao menos
ela pudesse durar. Afinal de contas, os humanos são criaturas
de vidas curtas e volúvel é sua fé e dedicação. Elturgard
é o produto de apenas uma geração ou duas de humanos,
e parece improvável que dure muito mais do que isso.
Infelizmente, penso eu que testemunharei Elturgard minguar.
Todavia foi um milagre que trouxe Elturgard à existência, e
talvez tal providência divina seja o que a preservará.
Começou, tal qual todas as grandes histórias, na
escuridão. Meio século atrás, a cidade de Elturel era
CAP ÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE

0 BRASÃ O
DE EL T URGARD
um poder menor. Ela havia reivindicado os territórios
vizinhos sob várias desculpas, colocando-os sob a
"Guarda de Elturel". Então, o líder da cidade, seu Grão
Cavaleiro, revelou-se um vampiro. O tamanho da rede de
servos enfeitiçados, aliados mortos-vivos e bajuladores
espontâneos do vampiro pegou os Cavaleiros Infernais de
surpresa. Uma praga desmorta assolou Elturel, e embora
seus Cavaleiros Infernais ganhassem vantagem durante
o dia, na escuridão o vampiro e seus lacaios impunham
perdas terríveis. Toda noite o bom povo de Elturel suplicava
aos deuses que o alvorecer chegasse cada vez mais cedo.
Então, em uma noite particularmente desastrosa em que
tudo parecia perdido, o alvorecer veio. Uma cálida luz dourada
inundou a cidade e cercou suas terras, lançada a partir de
um orbe dourado que se pendurava inabalável nos céus, tão
brilhante que parecia que um novo dia havia nascido. Expostos
quando o milagre apareceu, o Alto Cavaleiro e suas crias
vampíricas queimaram até virar pó, e os outros mortos-vivos
dispersaram sob a luz. Em pouco tempo Elturel estava livre.
Quando o verdadeiro alvorecer chegou, o novo sol
permaneceu. E ficou no céu durante o dia inteiro até a noite
seguinte, e até a noite depois dela, e a cada noite desde
então até agora. Embora alguns a chamem de Benção de
Amaunator, ninguém pode afirmar que deus lhes garantiu
esta dádiva. Muitos dizem que é um companheiro do sol e
deles, e portanto a luz é conhecida como o Companheiro.
Esta maravilha sagrada atraiu peregrinos de todos tipos até
Elturel. O devoto, o curioso e o aflito - todos eles vieram para
se banhar em seu calor e para testemunhar sua luz abençoada
durante a noite. Sempre houveram alguns poucos paladinos
entre os Cavaleiros Infernais, mas o Companheiro atraiu
muitos mais até Elturgard, e o melhor entre eles foi chamado
de Alto Observador para governar no lugar do Alto Cavaleiro.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
-------------------..-,;;:-
Para m anter certa ordem entre as muitas fés dos paladinos,
foi criado um título especial de cavalaria, em homenagem
ao sol Companheiro. Estes paladinos juraram defender o
Credo Resoluto, um juramento de serviço à Elturgard e ao
todo o seu bom povo. E assim agora Elturgard tem tanto os
Companheiros quanto os Cavaleiros Infernais.
O cargo de Alto Observador não é mais ocupado por
um paladino, mas por um sacerdote de Torm chamado
Thavius Kreeg, e isso me parece adequado. Paladinos
deveriam estar andando pelo mundo, usando suas dádivas
divinas para o bem de todos, não assinando documentos
atrás de alguma mesa ou lidando com dignitários. O Alto
Observador Kreeg tem governado bem e sabiamente
durante estes últimos quarenta anos ou mais, mas como
um humano de vida curta, ele já se aproxima do fim de seus
anos de vida. Quando ele se for ou quando não puder mais
arcar com as exigências de seu ofício, espero que Elturgard
possa fazer uma transição tranquila para uma liderança
igualmente forte. É durante essas mudanças e brigas
por poder que fazem com que os humanos saiam de seu
caminho outrora justo. Talvez a luz do Companheiro lhes
mostre o caminho.
A GUARDA DE ELTUREL
Por vezes chamado de Reino dos Dois Sóis, Elturgard
inclui Elturel, Triel, Scornubel, Soubar e Berdusk. Também
reivindica e protege muitas pequenas vilas e fazendas
espalhadas ao longo das estradas e rios pelas Terras
Centrais do Ocidente.
A heráldica de Elturgard - o sol e um pequeno sol
companheiro cercado por chamas - é familiar a muitos de
nós ao longo das estradas que levam e cruzam Elturgard,
pois ela também é ostentada pelas armaduras e estandartes
de seus dois grupos de protetores, os Cavaleiros Infernais e
os Companheiros.
Pode-se dizer com toda honestidade que a única razão
da existência de Elturgard como nação se deve a esses
cavaleiros, pois eles encaram todo e qualquer tipo de ameaça.
Os ermos mais ao sul são o lar para monstros vorazes, e o
reino serpentino de Najara ao norte costuma enviar agentes
- tanto invasores quanto espiões - para testar as forças de
Elturgard. Os cavaleiros não podem se dar ao luxo de serem
nada menos do que vigilantes, e felizmente para o povo de
Elturgard, eles são exatamente isso.
Eu considero cruzar a fronteira para Elturgard como um
alívio, pois isso normalmente significa o início de um porto
seguro, com a necessidade de se colocar poucos guardas de
vigia durante a noite. Muitos aventureiros encontram uma
FORTE SENHOR-DA-MANHÃ
Há vários anos, um destacamento inteiro de paladinos
estacionados no Forte Senhor-da-Manhã simplesmente
desapareceu no calamitoso evento que escureceu cada pedra
e selou cada porta e janela do local. O Alto Observador na
época ordenou que o forte, que fica a um dia de cavalgada a
oeste de Elturel, fosse emparedado, e que fosse proibida a
entrada de curiosos, pois temia o tipo de mal que poderia ser
lançado ao mundo a partir de lá. O forte permanece selado
até os dias de hoje, e guardas ocupam um acampamento
fortificado nas proximidades para patrulhar esta área e
servir como proteção. Esse acampamento serve de base
para que os paladinos de Eltugard possam patrulhar esta
área da nação, e também como uma tentativa de dissuadir
aventureiros e outros irresponsáveis que, caso contrário,
poderiam tentar encontrar seja lá o que esteja preso nas
profundezas do forte.
boa causa ao visitar Elturgard, seja ao perseguir objetivos
pessoais ou em busca de um santuário dos perigos que
cercam a pequena nação. Além disso, o Alto Observador
é conhecido por empregar grupos de aventureiros em
assuntos de importância para a nação. Embora haja muitos
paladinos e clérigos em suas fileiras, a ajuda externa é
essencial para a manutenção da defesa do reino.
Ü COMPANHEIRO
O segundo sol que fica diretamente sobre Elturel
queima noite e dia. Seu orbe é chamado por todos de
o Companheiro, mas alguns atribuem sua existência a
uma divindade ou outra. Enquanto o sol verdadeiro faz
sua jornada através do céu e desaparece durante a noite,
o Companheiro permanece firme e leal, evitando que
criaturas das trevas invadam a cidade.
Este segundo sol fornece uma iluminação como a do
dia para o povo de Elturel a qualquer momento, e seu
brilho é nocivo para as criaturas vulneráveis à luz do solar,
exatamente como são ao sol. Esta luz do dia constante
vai diminuindo conforme alguém de afasta de Elturel,
lançando uma pálida luz de amanhecer por cerca de oitenta
quilômetros em todas as direções a partir da cidade. Para
além disso, o orbe é visível como um farol brilhante no céu.
Ele pode ser visto claramente durante a noite tão longe
quanto a Ponte Boareskyr e Berdusk, parecendo uma
imóvel e baixa estrela no horizonte. Pode ser justo dizer que
cada terra tocada por tal luz está agora sob o "Escudo de
Elturel", mas tais alegações causam alguma polêmica entre
os vizinhos de Elturgard
Ü CREDO RESOLUTO
Sem nenhum sinal sobre a origem do Companheiro e com
tantos fiéis chegando a cada dia em Elturgard, o primeiro
Alto Observador reuniu uma esquadra de paladinos e criou
o Credo Resoluto. Esta série de juramentos e premissas
define, entre outras coisas, que aqueles que juram perante
ele não atribuirão o Companheiro a qualquer deus, tampouco
permitirão o surgimento de diferenças religiosas entre si
e entre os outros. Aqueles que fazem juramento ao Credo
Resoluto também prometem servir ao Alto Observador e
defender as leis de Elturgard e sempre estar a serviço do bem
maior. Embora originalmente o Credo Resoluto tenha sido
criado para juntar os divididos paladinos de Elturgard nos
Companheiros, desde então o juramento tem sido tomado por
todos, inclusive entre os Cavaleiros Infernais. Se um Cavaleiro
Infernal ou Companheiro passar por cima dos limites da lei
ou da boa conduta, frequentemente um de seus camaradas diz
"lembre-se do Credo", e logo as coisas voltam ao normal.
Embora alguns membros do Credo pareçam
desnecessariamente austeros, o povo de Elturgard têm os
Cavaleiros Infernais e o Companheiros em elevada estima e
consideração. Os Companheiros são sem sombra de dúvida
os campeões do povo acima de tudo, e o povo de Elturgard
os ama por isso. Embora seja um pouco difícil arrancar
um sorriso de alguns dos Companheiros, sempre achei até
mesmo os mais humildes dos guardas daqui dispostos a
dar suas vidas em defesa do povo, sem sequer pestanejar,
e o povo de Elturgard também sabe muito bem disso.
Desrespeite o Credo e não enfrente somente a ira do próprio
Credo, mas da população local inteira.
ELTUREL
Elturel é uma cidade sobre uma colina. Ela faz vista
para o Rio•Chionthar, constantemente iluminada pelo
Companheiro. Uma importante localidade ao longo da
rota comercial entre as Terras Centrais do Ocidente,
Elturel e vários quilômetros de suas redondezas são um
refúgio seguro para seus visitantes e cidadãos. Muito dessa
segurança vem dos esforços dos Cavaleiros Infernais, cuja
cavalaria patrulha as estradas que levam para Elturgard,
bem como os caminhos ao longo do rio.
No centro da cidade, diretamente abaixo do companheiro,
há um outeiro escarpado que abriga lá no topo o Grande
Salão. Este castelo cujas muralhas cercam o topo do monte
, é o lar do Alto Observador e de um grande contingente da
burocracia de Elturgard. Um riacho corre do centro do
castelo, alimentado por volumosas fontes em seus porões.
Ele corre em direção ao norte ao longo do topo do outeiro e
cai pelo penhasco em uma série de cachoeiras chamadas de
Salto da Donzela. Através de um canal, o riacho forma um
fosso que é usado pelo Distrito das Docas antes de se juntar
ao Chionthar. Ao longo do riacho no topo do outeiro há um
jardim comprido e estreito, um local aberto para cultivo de
flores, trilhas arborizados e pontes em arco. O jardim é o
local favorito de encontro dos cidadãos de Elturel e, durante
o inverno, exibe uma beleza selvagem. As pessoas ricas
da cidade moram mais perto do jardim no topo do outeiro,
enquanto as pessoas da aldeia vivem, em sua maioria, em
casas estreitas cheias de a lpendres e janelas.
Apesar de seus benefícios, a luz constante que banha
Elturel pode ser algo difícil de se acostumar para os recém
chegados. Para que os visitantes consigam ter uma boa noite
de sono, as estalagens e pensões costumam cobrir as janelas
de seus quartos com tecidos grossos que bloqueiam a entrada
da luz. Sem o início do amanhecer ou anoitecer para definir
o horário dos trabalhadores, os cidadãos contam com o bater
de sinos no Grande Salão que indicam o início e o fim da
jornada de trabalho. A fa lta da escuridão natural significa que
a cidade vê menos das atividades que as pessoas em outros
locais normalmente realizam sob o manto da noite. Elturel
tem uma baixa taxa de brigas e emboscadas nos becos e
vielas ao redor das estalagens e tavernas, e aqueles que se
envolvem com atos de ladinagem devem ser especialmente
cuidadosos e astutos para terem algum sucesso.
ÜUTRAS COMUNIDADES
Existem alguns outros povoados importantes e dignos
de nota dentro das fronteiras de Elturgard. Descrevo
resumidamente três dele aqui.
Berdusk. Uma grande população de artesãos administra
as atividades da cidade de Berdusk. Sua nobreza nativa,
o denominado "Povo Original de Berdusk", tem feito uma
grande demonstração de piedade desde a fundação de
Elturgard, e a grande maioria dos sacerdotes de alta patente
vêm destas famílias. Ao longo dos anos, algumas laranjas
podres em seu seio deu aos berduskanos uma má reputação
por causa do pecado da "falsa piedade" - fingindo uma fé
maior do que realmente possuem. Embora essa atitude seja
desaprovada pelo Credo, em outras partes de Elturgard ela
deu origem à expressão "tão sagrado quanto um sacerdote
berduskano" - ou seja, não tão sagrado assim.
Scornubel. Conhecida por todos como a Cidade das
Caravanas, Scornubel é o grande eixo comercial do
Reino dos Dois Sóis, e a cidade de Elturgard a qual estou
mais familiarizada. Embora seja responsável por grande
parte da prosperidade da nação, ela também é a fonte de
grande parte de seus problemas; Scornubel é um refúgio
para forasteiros, muitos dos quais são tanto desordeiros
quanto pessoas perseguidas por problemas. Some a
isso as maquinações dos príncipes mercantes nativos
da cidade e os rumores de uma guilda de ladrões que se
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 ....
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esconde do lado de dentro de suas muralhas, e então é
possível entender porque o ditado "a dor de cabeça do Alto
Observador chama-se Scornubel" tem algum mérito.
Soubar. Soubar é uma pequena aldeia murada com
fazendas de apoio uma seguida da outra ao longo da
estrada, de norte a sul. É um povoado que é um ponto de
parada, assim como muitos outros, exceto pelo fato da
existência da Abadia Negra. Esta escura estrutura de pedra
já serviu como um monastério de Bane e está em ruínas
há muitos anos. Agora sacerdotes de Bane começaram
a reconstrui-la, trazendo uma profusão de riqueza e
comércio, junto com muitos construtores e trabalhadores
habilidosos necessários para tal projeto. Algumas pessoas
questionam se é mesmo uma vontade de todos que haja
um templo de Bane em Elturgard, mas aqueles que acham
são encorajados a se lembrarem do Credo. De sua parte,
1
os sacerdotes de Bane juraram ajudar na defesa de Sou bar
,1 contra invasões de goblinoides e de outras ameaças, uma
promessa que dá alívio aos desconfiados.
1 EVERESKA
Eu seria negligente se não mencionasse Evereska, mas
serei breve, pois não pretendo revelar todos os seus
segredos. Me esforçarei para descrever minha pátria de
modo mais imparcial possível, porém devo alertar: Eu sou
uma filha das Colinas Mantocinzento, e suas brumas ainda
se agitam em minha alma tanto quanto o sangue élfico
corre em minhas veias. Contudo, antes que eu faça qualquer
menção ao meu lar, discutirei o local de encontro que é o
mais próximo que a maioria dos forasteiros chegará da bela
Evereska: a Estalagem Meiocaminho.
A ESTALAGEM MEIOCAMINHO
Evereska fica bem escondida nas Mantocinzento. Nossos
caminhos até lá são secretos, encobertos por características
naturais e disfarces mágicos. Não existe penhum povoado
humano de qualquer significância dentro de mais de cento
e sesenta quilômetros a oeste de lá, e ao leste fica o voraz
deserto arenoso de Anauroch.
Portanto, estranho é o local onde a Estalagem
Meiocaminho fica. Talvez seja porque, como dizem os
humanos, "Ela fica a meio caminho de tudo". Um pequeno
vilarejo circunda a estalagem em si, que é composta não
de uma construção só, mas de um pequeno complexo
que inclui estábulos e outros anexos. As pessoas que
moram aqui durante o ano são caçadores, armadilheiros,
CAPÍTULO 2 1A COSTA DA ESPADA E O NORTE
'· ·
garimpeiros, mineradores, camponeses e suas famílias , e
são eles que compõe a equipe da estalagem quando chegam
os comerciantes para ver que mercadorias podem ser
recolhidas da região.
Evereska é auto-suficiente, mas seus cidadãos, quando
fazem suas viagens, param na Estalagem Meiocaminho e,
se comerciantes estiverem presentes, trocam bens com eles.
Sempre que volto para casa, me programo para passar ao
menos uma noite na estalagem para rever velhos amigos
(frequentemente muito mais velhos do que a última vez que os
vi) e descobrir o que aconteceu desde a última vez que a visitei.
Artesãos élficos por vezes saem das Colinas Mantocinzento
para vender seus bens aqui, e alguns dos mais conhecidos
às vezes incitam guerras de propostas improvisadas pelo
direito de comprar seus produtos. Meu povo não faz nada
vulgar quanto levantar tendas ou tablados para si, mas em vez
disso negociam com alguns comerciantes que podem estar
hospedados na estalagem naquela ocasião. Estes agentes
viajam até lá e vendem seus ofícios élficos a outros, algo que
deu à Estalagem Meiocaminho a indesejada reputação de ser
o posto comercial de Evereska.
Permitam-me dizer isso da maneira mais clara possível
que a escrita permite: não se aventure pelas montanhas em
busca de Evereska a menos que esteja na companhia de
um cidadão de Evereska. Você não achará tal companhia
tão facilmente, pois estamos determinados por todas as
nossas vidas a não permitir que forasteiros coloquem os
olhos sobre nossos lares sem que haja um convite do mais
velhos entre nós. Se estrangeiros precisarem se encontrar
com qualquer de nós, é justamente para isso que existe a
Estalagem Meiocaminho.
Ü REFÚGIO NAS COLINAS
Quando descanso ao fim do dia e me refugio em meus
devaneios, não revisito as maravilhas das antigas ruínas e
das majestosas criaturas que vi durante minhas andanças.
Nesses momentos eu me lembro da Evereska que eu conhecia
em minha juventude, quando eu seguia uma assombrosa
canção ou um ponto de luz entre as brumas agitadas das
Mantocinzento, colhia doces frutinhas nos vales das colinas e
nadava nos frios regatos que desciam de suas encostas.
Evereska se aninha em um cânion ensolarado, bem
no alto das montanhas. Os picos que a circundam
escondem-na de tudo, exceto dos voadores mais poderosos
que conseguem aguentar o frio e os fortes ventos de suas
elevadas altitudes. E ainda que tal aproximação a Evereska
se dê, seus guardiões montados em águias gigantes
garantiriam que nada de mal recaia sobre o vale.
Diferente das cidades humanas apertadas e apinhocadas,
Evereska é composta de agrupamentos de edifícios
espalhados por vários patamares do grande vale, com muitas
veredas entre eles. Estes agrupamentos são separados por
clareiras, prados e pequenos arvoredos - espaços naturais
que fazem parte da cidade tanto quando os edifícios, e sua
presença é essencial para o nosso modo de vida.
Com a recente tragédia da segunda queda de Myth
Drannor, Evereska tem visto o maior afluxo de novos
cidadãos em muitos séculos, na forma de nossos irmãos de
Cormanthor. Eles foram muito bem recebidos em Evereska,
mas alguns membros de nosso povo estão preocupados que
tantos novos residentes irão abalar a paz e o equilíbrio que
fomos capazes de manter por tanto tempo. Ao mesmo tempo,
alguns dos recém-chegados reagiram de forma desagradável
ao jeito recluso de Evereska, algo que eles vêem como um
tipo de preconceito ou covardia, e alguns de seus membros
mais jovens decidiram falar sobre esse assunto de forma
mais acalorada. Eu tenho esperanças de que o passar das mágicas levaram à queda de Daeros e a abertura de um portal
décadas suavize essas diferenças e alivie essas contendas. para o inferno nas profundezas do castelo.
Evereska é um local belo, e não vejo motivo para estragar tal Após tal evento, as ruínas do Lança de Dragão foram
beleza com discussões entre amigos. ocupadas por hobgoblins e vários grupos de bandidos, até
que Waterdeep (Águas Profundas) e Baldur's Gate (Portão
C AMPOS DOS MORTOS de Baldur) enviaram tropas para expulsá-los. Ao descobrir
que o portal ainda existia, mas incapaz de destruí-lo, eles
A extensão de terras conhecida como os Campos dos
estabeleceram o Forte dos Leões de Batalha, um fortificado
Mortos tem sido o campo de batalha de uma infinidade de
templo dedicado a Tempus, em uma tentativa de evitar que
guerras e escaramuças ao longo dos séculos. Diz-se que
qualquer coisa saísse de lá. Contudo, tempos depois, diabos
as colinas que pontilham a paisagem aqui pertencem aos
irromperam por novos portais dentro das muralhas do
mortos, e há alguma medida de verdade nisso - muitos dos
castelo e aniquilaram os defensores.
montículos aqui são, na verdade, túmulos erguidos para
Então iniciou-se a Segunda Guerra Lança de Dragão, mais
abrigar os mortos de uma facção ou nação de ambos os
de um século atrás, durante a qual uma estranha cobertura de
lados de uma guerra. Eu já vi de um destes túmulos, sejam
brumas caiu sobre o castelo, e as forças de Waterdeep (Águas
eles abertos por fora por aqueles procurando por tesouros,
Profundas) e Baldur's Gate (Portão de Baldur) foram ataca-
ou de alguma forma abertos por dentro.
das uma vez mais. Desta vez, eles derrotaram os diabos, dei-
Os Campos dos Mortos é uma planície vasta e levemente
xando o castelo em ruínas e ainda coberto em brumas. Ao me-
ondulada, de campinas assoladas por ventos que parecem
nos uma outra vez depois disso os diabos forçaram passagem
intermináveis, seja qual direção que se olhe. Aqueles que
pelos portais, reunindo outras criaturas sórdidas para atacar
viajam regularmente pela área falam sobre os "sussurros
os povoados próximos (com destaque para Vau da Adaga),
dos mortos", o termo popular dado pelo som ouvido quando
mas eles foram derrotados por aventureiros a cada tentativa.
a brisa agita a grama. O vento quase sempre sopra forte
As histórias mais recentes falam de heróis que confrontaram
aqui, e não é incomum sentir o cheiro de sal no ar, mesmo
Magos Vermelhos de Thay e outras ameaças diabólicas. Rezo
estando quilômetros e quilômetros continente adentro.
para que esta tenha sido a última vez que tais esforços foram
Embora esta terra não tenha nenhuma civilização, ela não
necessários, mas de alguma forma eu penso que não.
é baldia. Mesmo que muitos monstros se escondam no meio
Hoje, os resquícios do Lança de Dragão permanecem
da grama alta ou construam tocas nas laterais das colinas, os
em ruínas e coberto de brumas. Dizem os rumores que
campos representam uma oportunidade para pastores e para
o castelo - aparentemente inativo - tornou-se lar para
o povo livre reivindicar uma área que ainda não tenha sido
horrores desmortos de algum tipo, mas ninguém parece
ocupada por ninguém. Pequenas e robustas casas de campo
muito empolgado para investigar tais alegações, contando
e até mesmo alguns claustros murados que contêm vários
que isso não ameace o povo que vive ali por perto. Alguns
habitantes podem ser encontrados ali e acolá, a uma curta
grupos interessados de Baldur's Gate (Portão de Baldur)
distância das estradas e rios que correm por ou próximo
me ofereceram mais do que uma boa quantidade de moedas
dos Campos.
para que eu investigue a verdade sobre tais rumores, mas
As pessoas desta terra são gentis, porém desconfiadas,
recusei. Não me gabo de ser uma investigadora ou espiã, e
normalmente dispostas a compartilhar seus poços ou cisternas,
tenho coisa melhor a fazer do que procurar por que tipo de
e trocam os bens que estocam por outras mercadorias. Eu
vilania possa ter ocupado esse lugar.
conheci alguns que demonstraram grande hospitalidade,
permitindo que estranhos fizessem acampamento no abrigo
de paredes baixas de pedra que cercam suas terras. De modo
GARRASTROLL
geral, eles são um povo bom e honesto. Uma paisagem irregular cheia de colinas acidentadas ao
Mas afastado das vizinhanças destes povoados, as ameaças longo da fronteira setentrional dos Campos dos Mortos, as
são abundantes. Pequenos bandos de humanoides nômades Garrastroll são lar para uma enorme variedade destas feras
andam por essas campinas, assim como monstros vindos da sanguinolentas e regenerantes. Exatamente o que torna
Mata dos Dentes Afiados ao sul, das Garrastroll ao norte ou estas colinas um território ideal para troll é um mistério (e o
do reino serpentino de Najara ao leste. Ocasionalmente, um tópico predileto das conversas ao redor de muitas fogueiras
desses túmulos estufa e vomita mortos-vivos, despertados de acampamento as quais testemunhei enquanto passava
por algum instinto conhecido apenas pro eles, ou uma por ou próximo desse local), mas é inquestionável que eles
faixa de terra cede e desaba sobre si mesma, revelando um de fato habitam lá em grande número.
sumidouro que leva a túneis que ficam abaixo. Aqueles viajando em direção ao sul até Baldur's Gate
(Portão de Baldur) ou para o norte em direção aos Campos
CASTELO LANÇA DE DRAGÃO dos Mortos normalmente passam pelas Garrastroll. O Vau
Garratroll, assim chamado por razões óbvias, é o único
Embora esta estrutura esteja se desfazendo e eternamente
lugar em quilômetros que carroças podem atravessar com
coberta por brumas, mais do que uma das caravanas que
segurança o Água Sinuosa. Importante como é, o local
guiei através destas terras viu o Castelo Lança de Dragão
tem sido ocupado por várias forças ao longo dos anos,
de longe e expressou a vontade de procurar abrigo por lá.
como evidenciado pelos resquícios arruinados de fortes
Como eu lhes disse na época, é melhor procurar abrigo
e construções semelhantes por todo o local. Mas esses
dentro de uma tumba aberta nessas terras e rastejar entre
ocupantes sempre acabaram caindo perante os ataques
os combatentes mortos que jazem lá dentro do que procurar
prolongados dos trolls. Meu conselho é que se evite
por algo como um santuário no Lança de Dragão.
totalmente a região, mas se você não conseguir, mantenha
Construído por um aventureiro chamado Daeros após
uma tocha em mãos o tempo todo.
ele ter encontrado uma fortuna em pedras preciosas em
um povoado anão soterrado, o Castelo Lança de Dragão foi
erigido sobre as muitas cavernas onde o tal povoado - o caído
Kanaglym - foi enterrado. Duzentos anos atrás, maquinações

CAPÍTULO 2 1 A C O STA DA ESPADA E O NORTE

$ J
 A paz tem reinado no Vale do Corço há muitos anos.
Grauman, chamado de Bom Rei por seu povo, ainda
senta-se no Trono de Alabastro, embora já tenha idade
avançada. Seu filho mais velho e herdeiro, Taumarik , é um
jovem guardião que recentemente retornou de uma jornada
de três anos de exploraração do Norte. Ele voltou esposado
da feiticeira Ylienna de Lua Argêntea, e começou a assumir
as tarefas mais onerosas de seu pai. Contudo, há algum
conflito na corte, pois os duques parecem não confiar em
sua "noiva-bruxa de fora do vale" (uma frase que enfurece
~/r~ Taumarik, mas que parece divertir Ylienna). Pessoalmente,
achei a senhora Ylienna um deleite na ocasião que estive na

~}/} companhia dela.

O vale é bem protegido, como todas as joias devem
ser - neste caso, pelos perigos das montanhas e terras
dos gigantes ao seu redor. Não obstante, um certo tipo
de comerciante resiliente viaja pelas estreitas passagens
nas montanhas que leva até o Vale do Corço. Os anões
da Cidadela Adbar jocosamente se refere a estas pessoas
como "cabras de moeda", pois eles se penduram como tais
VALE DO COR o animais nas mais precárias ribanceiras das montanhas
- --L- ---------- ao procurar por oportunidades esperando para além
Eu estive no Vale do Corço apenas uma vez, e eu achei o
delas. Minhas próprias jornadas com as cabras de moeda
lugar extremamente belo. Suas maravilhas são selvagens
me impressionaram pela habilidade dessas pessoas, que
e indômitas, com até mesmo sua chamada civilização
enfrentam trilhas precárias, passagens assoladas por
exalando um tipo de beleza primitiva que não encontrei em
avalanches, terríveis nevascas uivantes e monstros de todos
nenhum outro lugar que conheço.
os tipos, com coragem, apenas para chegar no Vale do
O Vale do Corço fica bem ao norte, um ventoso e fértil vale
Corço e sair da segurança do vale novamente.
montanhoso onde as Montanhas Pináculo de Gelo encontram
Não são somente as altas montanhas que cercam o vale que
o Gelo Alto. O Rio Turbilhão Cristalino, tranquilamente o
contêm perigos. Embora o vale tenha povoados espalhados,
rio mais límpido e cristalino no qual me banhei, corre em
todo o Vale do Corço dificilmente pode ser considerado
direção ao sul ao longo do vale até as terras da Nevasca
civilizado. Na época que viajei por estas terras (com uma das
Eterna, irrigando o rico solo entre os contrafortes norte e
cabras de moedas que se recusaram a ser intimidados pelos
sul dos Pináculos de Gelo. O rio meandreia conforme corre
charcos ao redor do Castelo Corçofelpa), achei o local ainda
através das t~rras montanhosas, e acaba sendo drenado em
parecido com regiões fronteiriças, semelhante às porções
uma série de lagos ao longo da margem meridional do vale.
mais selvagens do Norte, principalmente nos dias prévios à
Dois pequenos bosques também arborizam o vale, um ao
fundação de Luruar e do repovoamento do Salão de Mitral.
longo de sua margem setentrional, entre o vale propriamente
Feras cruéis em demasia fazem seus covis em locais remotos
dito e o norte dos Pináculo de Gelo, e outro alimentado pelos
por todo o vale, e bandos invasores de ogros frequentemente
lagos em sua margem meridional.
descem das montanhas.
Originalmente o lar de clãs de gigantes e bárbaros
em tribos desordenadas, com algum parentesco com
CASTELO CORÇOFELPA E CERVOFELPA
os Uthgardt, o Vale do Corço foi conquistado pelo herói
Entre dois afluentes do Rio Turbilhão Cristalino fica uma
Matacorço. Ele era um gigante que havia se aventurado
enorme ilha no qual Matacorço construiu seu castelo.
pelas terras ao sul e aprendido os modos daquela região.
Cervofelpa, na margem leste do rio, é uma pequena
Quando chegou ao Vale do Corço, ele reuniu as tribos
comunidade de pessoas que trabalham como fazendeiros
humanas, unindo-as para constituir uma força capaz de
pescadores, pastores e artesãos. Estas pessoas fazem u~
derrotar os gigantes que os tiranizavam, e conseguiu
comércio vigoroso, tanto que a maioria dos comerciantes
derrubá-los, reivindicando o vale entre as montanhas para
de fora escolhem não viajar até Cervofelpa e, em vez disso,
seus descendentes.
vendem seus bens ao comerciantes de Corçofelpa. Talvez
Muitos gigantes ainda vivem nas montanhas do Vale do
um terço dos comerciantes que viajam até o Vale do Corço
Corço e nas colinas arborizadas, mas eles chegaram a um
escolham fazer a viagem até os feudos dos duques, que
acordo com os humanos do vale. Até onde sei, eles vivem
pagam mais para encorajar este comportamento.
pacificamente afastados das terras humanas, e existem
proibições nas relações entre humanos e gigantes, o que os ÜS ÜGROS
mantêm separados. Na época em que estive no Vale do Corço,
Por razões que sou incapaz de compreender, o Vale do
não vi nenhum gigante, mas certamente vi seus trabalhos.
Corço e as montanhas que o circundam abrigam muitas
Nos limites das terras onde humanos (e outros povos menores
tribos de ores - de fato, não meros grupos familiares,
do que gigantes) não podem ir, existem menires de tamanhos
mas tribos inteiras deles! Enquanto em outros lugares os
titânicos, provavelmente erigidos por gigante da pedra.
ogros parecem viver como ursos, perto do Vale do Corço
Os povo do Vale do Corço é governado pela Casa
eles agem mais como ores. Felizmente os brutos ainda
Corçofelpa, uma linhagem real supostamente descendente
são deveras estúpidos para executar tarefas complexas
de Matacorço. Embora sejam humanos, os herdeiros da
como trabalhar metal, mas do que ouvi dizer na época em
Casa Corçofelpa são bem altos e fortes, a maioria deles tendo
que estive no vale, a cultura deles é surpreendentemente
pouco mais de dois metros de altura. O rei do Vale do Corço
sofisticada. Diferentes tribos adoram diferentes deuses,
senta-se no Trono de Alabastro no Castelo Corçofelpa, e os
sendo Vaprak um dos que mais se ouve falar, e tais
vários duques dos ducados do vale juraram lealdade a ele.

,/ CAPÍTULO 2 1

---------------=
A COSTA DA ESPADA E O NORTE
diferenças na religião aparentemente coloca as tribos umas de Helm, tiveram a experiência de ver eles próprios sinais
contra as outras. Também ouvi dizer que tanto os gigantes divinos. Em resposta aos suplicantes, alguns até mesmo
quanto o povo do Vale do Cervo odeiam os ogros, um fato foram recompensados com magias.Javen pegou estes
pelo qual, tenho certeza, muitos são gratos. Se um ou mais sacerdotes e seguidores da Ordem da Manopla leais à ele e
gigantes decidirem organizar os ogros, não tenho certeza de fundou uma nova ordem, jurando-os sob o olhar vigilante do
que o Vale do Corço poderia resistir a eles. olho imóvel e aos prantos de Helm.
A Ordem do Olho Dourado é dedicada a proteger o mundo
F ORTALEZA DE HELM e os cidadãos de bem ao eliminar as maldades escondidas e
destruindo as conexões com outros planos. De acordo com
Por gerações a Fortaleza de Helm tem se mantido como
seus membros, isso ainda não é o suficiente para combater
um local de vigilância e proteção. Desde sua fundação pela
' as ameaças que surgem. Muitas vidas podem ser salvas se
Companhia dos Aventureiros Ensandecidos, viajantes tem
os sinais do mal e daqueles que se misturam à escuridão
usado o local como refúgio para descansar e se revigorar
são ativamente perseguidos e destruídos antes que
de suas jornadas. Mesmo durante as épocas mais sinistras
comecem a abrir portais para até ameaças maiores. Desde
quando Helm parou de mostrar sinais ao seus fiéis, os
sua fundação, a Ordem do Olho Dourado tem crescido
sacerdotes e as pessoas da Fortaleza de Helm mantêm suas
em número e em sua capacidade de lidar com ameaças,
portas abertas e seus olhos na estrada, providenciando
recebendo em seu meio exorcistas, abjuradores e espiões,
refúgio para qualquer um que venha em paz. Esta atitude foi
bem como paladinos e clérigos de Helm. Eu até já ouvi que
recentemente colocada à prova, e não estou certa de que a
assassinos ostentam o símbolo da ordem - o olho de Helm
Fortaleza de Helm tenha passado ou falhado no teste.
em uma manopla dourada com o punho fechado - e esta
Mesmo embora o Vigilante tenha sido destruído antes da
é uma alegação que não posso desconsiderar. A Ordem do
Praga Mágica, os fiéis trabalharam durante tempos terríveis
Olho Dourado pode ser brutal em seu combate ao mal.
para concluir um grande templo central para o bem da
O símbolo de Helm realmente chorou conformejaven
comunidade e glória de seu deus. O gentil clero deste templo,
Tarmikos e outros disseram? Se sim, a criação da ordem
apelidado de Catedral de Helm, acolhe aqueles que foram
dejaven era mesmo a intenção de Helm? Este Helm que
tocados pela praga ou que enlouqueceram por causa da
retornou da morte é diferente do deus cuja adoração era
destruição da Trama de Mystra. Infelizmente, como muitas
familiar à mim em minha juventude? Como nós mortais
vezes ocorre, a corrupção se instalou no povoado, na forma
podemos sequer saber disso? Helm sempre foi um deus
de criaturas predatórias e mal-feitores que procuraram fazer
da vigilância e da proteção, mas isso não fez dele um deus
experimentos nos desafortunados sob cuidados no templo.
justo, tampouco gentil.
Oportunamente, a liderança da Fortaleza de Helm
Seja qual for a verdade, saiba de uma coisa: Agora a
foi ela mesma corrompida, caindo nas mãos de uma
Ordem do Olho Dourado controla a Fortaleza de Helm. Se
súcubo metamorfa que transformou muitos dos monges
você esconde maldade em seu coração ou se há o menor
em servos solícitos. Quando tais maquinações foram
fiapo de algo sobrenatural sobre sua pessoa, fuja. Você não
finalmente reveladas e a batalha pela Fortaleza de Helm
encontrará refúgio aqui.
começou, outras forças sobrenaturais vieram à tona: diabos
invocados, mortos-vivos erguidos das próprias criptas do LOCAIS E PESSOAS DA FORTALEZA
templo e coisas cheias de tentáculos e pele gelatinosa cuja
A Fortaleza de Helm ainda é um povoado relativamente
origem eu nem ouso adivinhar. Com a ajuda de aventureiros
pequeno: algumas ruas que contornam uma praça do
da vizinha Neverwinter (Nevenunca), todos foram
mercado central, com muros de talude de madeira e pedra
derrotados e a Fortaleza de Helm foi livrada de todo o mal.
bem reforçados cercando tudo. No centro da aldeia fica o
Âmago, um enorme mercado com várias fileiras de bancas
ÜRDEM DO ÜLHO DOURADO
que irradiam a partir de seu centro, uma forca que não
Entre estes baluartes que salvaram a Fortaleza de Helm
tem sido muito usada nos dias de hoje. O mercado recebeu
havia um membro da Ordem da Manopla. Este homem era
este nome por causa do santuário dedicado a Surre que
Javen·Tarmikos, e ao ver os horrores libertados no mundo
uma vez existiu em sua borda. Depois disso o santuário
pela Fortaleza de Helm, encontrou nessa falha sua própria
foi substituído por um templo recém construído à Senhora
ordem. A Ordem da Manopla não puniu os criminosos
Fios-de-Fogo, chamado Salão do Âmago.
após o crime ter sido cometido. Quando o mal ascendeu,
Não muito longe do Âmago fica o conselho da aldeia
membros da ordem atacaram firme, mas deixaram os ores
uma antiga estalagem que foi transformada em um prédio
em paz em suas montanhas e não perturbaram os dragões
administrativo onde os Oradores da Fortaleza de Helm
em sua soneca. Após os acontecimento da Fortaleza
se reúnem. Os Oradores são os representantes do forte
de Helm,Javen achou que esta filosofia era falha. Os
devidamente eleitos, totalizando oito, além do Orador
males desconhecidos podem se reproduzir nas sombras,
Chefe. O atual Orador Chefe é Amarandine Pé-Andante
ficando mais fortes até que seja a hora de atacar. Isso
uma pequenina matrona anciã que já foi aventureira e~
parecia particularmente preciso em relação às ameaças
sua juventude. Os Oradores trabalham junto do Sagrado
sobrenaturais, como os portais para reinos diabólicos,
Vigilante em nome da adequada governança da fortaleza.
espíritos malignos que procuram possuir os vivos e as
Não muito longe do conselho da aldeia fica o Descanso do
influências corruptas de planos de existência alienígenas.
Aventureiro, a parada favorita dos aventureiros da região e
Javen diz que ele estava ruminando sobre isso quando
dos moradores locais que gostam de sentar no bar e ouvir as
recebeu o sinal do retorno de Helm. Na capela principal, os
histórias que estas pessoas trazem consigo. O Descanso era
fiéis haviam erguido um novo símbolo de Helm após o último
até recentemente chamado de Velho Anão Imundo, mas foi
ter sido profanado.Javen diz que estava contemplando este
rebatizado por sua nova proprietária, a cativante paladina
símbolo e meditando sobre a falha de sua ordem quando o
de Chauntea que atende pelo nome de Kharissa Anuvien.
olho imóvel de Helm verteu lágrimas douradas. Logo depois,
A senhora Kharissa alega que um de seus ancestrais era
incorruptíveis sacerdotes da Fortaleza de Helm, homens e
da Companhia dos Aventureiros Ensandecidos e ligado à
mulheres que haviam permanecido vigilantes até o retorno

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fundação da Fortaleza de Helm, e sua popularidade em
alta entre as pessoas do local fez com que ela ganhasse um
assento entre os Oradores.
Um grande edifício domina o panorama da fortaleza: a
Catedral de Helm. Tanto uma fortificação quanto um templo,
a catedral tem uma pequena construção em seus terrenos que
serve como um orfanato, enfermarias para cuidar dos doentes
e feridos, bem como uma nova ampliação para atender os
insanos e deformados que foram trazidos das catacumbas.
O povoado desfruta da prosperidade nos dias de hoje, mas
tal benefício foi conseguido a duras penas e requer vigilância
para permanecer assim. A Fortaleza de Helm é vulnerável
por vários motivos, em grande parte por causa de sua
proximidade com as Matas de Neverwinter (Nevenunca) -
que, vamos considerar, tornou-se mais perigosas nos últimos
anos. Existem muitos rumores de entes enlouquecidos, bem
como histórias de bárbaros Uthgardt que mais uma vez estão
atacando as trilhas que levam até o fortaleza.
Pior ainda, o Sagrado Vigilante tem visto premonições de
algo inominável levantando-se das profundezas da fortaleza,
desabando as câmaras inferiores da catedral em sua
ascensão sanguinária. Como resultado, o templo aumentou
dramaticamente as patrulhas de guarda nos túneis, talvez
como um pretexto para contratar aventureiros para explorar
os túneis mais proftlndos abaixo da Fortaleza de Helm atrás de
alguma pista do que estas visões poderiam estar anunciando.
FLORESTA ALTA
Qualquer um que tenha no mínimo uma nesga de sangue
élfico é incapaz de evitar sentir ele se agitar ao colocar os
pés na Floresta Alta. A enorme idade e o poder das árvores,
a profundeza de suas raízes e o vento sussurrando por entre
as folhas - são todas coisas que nos chamam.
Uma vasta cobertura verdejante bem no meio do Norte,
a Floresta Alta é um lembrete de eras passadas, quando
matas densas cobriam a maior parte de Faeríln, e criaturas
silvestres de todos os tipos viviam entre as árvores. Ainda
hoje a Floresta Alta mal conhece os passos e o toque dos
humanos, e plantas antigas dominam sua flora.
Comunidades élficas na floresta são normalmente
pequena e frequentemente nômades. Em parte, isto é um
reflexo do desejo de se manter as matas intocadas, mas há
ruínas aqui, como as de Ascalchifre - agora chamada de
Vale Portão do Inferno - que nos lembra das cidades caídas
e dos impérios do passado.
A Floresta Alta já abrigou três grandes reinos élficos
abaixo de seus ramos, e os ossos desses impérios ainda
estão emaranhados em suas raízes. Muitas tribos de elfos
silvestres - e de alguma tribos de elfos lunares - ainda
vagam pelas matas protegendo essas ruínas, os monumentos
de sua era de ouro. Poucos que estão além das fronteiras da
Floresta Alta sabem algo sobre esses elfos, que não têm um
único líder e fazem mínimo contato com o mundo lá fora.
Viajantes na Floresta Alta devem estar sempre atentos com os
elfos que encontram, pois nunca se pode garantir que sejam
bem-vindos, e qualquer promessa de passagem segura poderia
não ser cumprida pelo próximo grupo de elfos encontrado.
Uma elfa está liderando os esforços para mudar
essa situação. Conhecida como a Senhora Rubra, ou
simplesmente a Senhora da Mata, Morgwais é uma
elfa silvestre que busca unir as tribos dispersas. Ela
lidera o Çaerilcarn, o "Conselho da Mata", que reúne
periodicamente muitos líderes tribais para dividir
informação, consultar e deliberar. O objetivo dela é reerguer
o reino de Eaerlann, e ela já deu passos ousados na direção
de aliar os povoados de Nordahaeril, Reitheillaethor e
CAPÍTULO 2 1A
------------------~"
COSTA DA ESPADA E O NORTE
Teuveamanthaar (que é mais conhecido por Árvores
Altas). Ainda assim, os elfos que acreditam nesta visão são
muito poucos e espalhados por toda a porção oriental da
Floresta Alta.
Criaturas feéricas e silvestres de todos os tipos -
incluindo sátiros, dríades e entes - habitam a Floresta Alta.
Não é de se admirar que qualquer um sinta imediatamente
a presença de sentinelas invisíveis logo ao adentrar as
suas matas.
Em nenhum outro lugar essa sensação é mais palpável
do que nas proximidades da Árvore Vovô, um carvalho tão
grande quanto você consiga imaginar possível, que serve
como um local sagrado para a tribo Árvore Fantasma de
bárbaros Uthgardt. Quatro carvalhos menores - enormes
de fato, embora ainda menores do que o Vovô - marcam
os limites do local, protegendo a árvore e ajudando aqueles
cujos espíritos determinados sejam dignos, ao acelerar sua
cura natural. Teleporte mágico frequentemente falha aqui, e
as profundas cavernas abaixo do local, dizem, contém todo
tipo de portais mágicos.
Se não são os elfos, os feéricos ou as próprias árvores
vigiando os visitantes, podem ser os centauros que fazem
da Floresta Alta seu lar, reivindicando os platôs próximos
da nascente da Corredeira do Unicórnio. Durante décadas,
os centauros aumentaram em quantidade, o suficiente
para que logo eles possam dividir suas tribos e reivindicar
mais terras ao seu território. Pégasos e unicórnios podem
ser encontrados aqui, e até mesmo algumas das lendárias
aarakocra, o povo-ave alado, vivem entre os picos no
coração da mata.
Nas profundezas da floresta há uma cordilheira de
montanhas conhecida como os Montes Estelares. Ventos
fortes constantes impedem que criaturas voadoras mais
fracas se aproximem dos picos das montanhas, com
a estranha exceção dos aarakocra, que tinham um lar
ancestral lá antes de serem perseguidos e expulsos por um
dragão. A maioria dos picos podem ser vistos apenas de
longe, e na distância eles parecem brilhar por causa dos
enormes e estranhos cristais que pontilham suas encostas.
Eles também são conhecidos por conter ricos depósitos
de ferro e níquel, mas ninguém jamais prospectou nessas
montanhas em centenas de anos.
As Montanhas Estelares são a fonte das águas da
Corredeira do Unicórnio, que cruza por entre as rochas da
cordilheira mais baixa para formar uma série de gargantas
e ravinas conhecidas como as Irmãs. A vista das cachoeiras
em patamares é sem dúvida de tirar o fôlego, e valem o
desafio de se chegar até elas. Brumas encobrem as Irmãs, e
nutre a vegetação nos pequenos platôs da área. Ao norte, as
cabeceiras do Rio Dessarin fluem a partir de um pequeno
par de montanhas chamadas Picos Perdidos.
Bem menos idílicas são as amaldiçoadas ruínas de
Karse. Aqui estão os resquícios da grande heresia do mago
netheriense Karsus, que almejou reivindicar o posto de
divindade, matou a deusa da magia e trouxe o fim de uma
era de destruição incalculável em mundo todo.
CHARCO ELEVADO
O Charco Elevado já foi um local bem parecido com a
Floresta Alta ou com a Floresta das Brµmas ali perto,
mas durante as Guerras da Coroa, milhares de anos atrás,
magia poderosa incinerou a terra de tal forma que tudo o
que restou foi uma charneca arruinada. O local é um ermo
rochoso infestado de trolls, goblinoides e todo o tipo de
outros perigos para qualquer um que trilhe através dele em
vez de contorná-lo.
 Como o nome sugere, o Charco Elevado é uma área
elevada estendendo-se por muitos quilômetros de charneca,
afloramentos cobertos de líquen e ravinas escondidas.
Rebanhos de animais vagam por estas terras, desde ovelhas
até pôneis-das-rochas, e inclusive ocasionais rothé. Estes
animais pastam sem grande risco, pois lobos e outros
predadores que atacariam os rebanhos são eles próprios
as presas dos trolls e goblinoides que são os verdadeiros
governantes do charco. Essas ameaças bípedes às vezes
enchem o Charco Elevado de armadilhas, mas estão
normalmente ocupados lutando e matando suas presas e
uns aos outros. Há um tipo de ciclo nos padrões de caça
do Charco Elevado: lobos são mortos pelos hobgoblins em
um ano, o que leva a um aumento de ovelhas pastando, que
trazem os trolls (os trolls do local gostam de cordeiros, é o que
parece), que trazem intrépidos aventureiros para lidar com a
ameaça crescente, permitindo o suficiente para que os lobos
que não foram exterminados completamente se proliferem.
Humanos bárbaros também vivem no Charco Elevado,
a maioria ocupando suas fronteiras ocidentais com
enormes rebanhos de ovelhas e cabras, pois o solo é fino
e fraco demais para o cultivo. Eles não são Uthgardt ou
relacionados com eles, mas podem ter laços distantes com
os nortenhos, pois parecem ser de descendência illuskana.
Eles falam um dialeto do Illuskano que nunca ouvi antes, e
meus primeiros encontros com eles foram deveras tensos e
cheios de mal-entendidos. Contudo, conheci pessoas tanto
das tribos Girondo e Belcondi, e todos agiram com bravura,
i J. E ;:lt
honra e bom humor em minha presença. Viajantes nessa
região deveriam registrar o fato de que as tribos humanas
compartilham com os nortenhos a comum desconfiança
pela magia, mas felizmente eles não têm o fanatismo odioso
demonstrado pelos Uthgardt.
Há também algumas pequenas tribos de ores, Rubraunha
e Pena Azul entre elas. Os humanos e goblins desprezam
os ores, e meus anfitriões dizem que eles já se aliaram no
passado quando os ores aumentaram em número.
ÜROGOTH
Por causa de seu enorme tamanho, o Charco Elevado
possui algumas ruínas conhecidas. Uma dela é Orogoth, a
antiga casa de campo de uma família da nobreza da velha
Netheril. As lendas locais dizem que a família se envolveu
com m agia dracônica, tentando capturar aqueles poderosos
anciões para adquirir seus poderes. Os contos divergem
sobre qual insensatez levou a família a se imolar em seu
lar, mas a maioria concorda que o culpado certamente foi
um dracolich que residia na ruína e defendia a riqueza da
família. Só os deuses sabem dizer o que levou à criação de
tal criatura ou o que a mantém conectada a este lugar. As
respostas - se é que há alguma - estão em seu covil.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 FLORESTA DAS BRUMAS
A oeste do Charco Elevado, mas fortemente influenciado por
ele, a Floresta das Brumas ganhou este nome por causa da
neblina que desce dos charcos para encobrir suas árvores.
Melandrach, o Rei das Matas, governa aqui e mantém a
floresta como um domínio exclusivo dos elfos. Embora
animais de caça vaguem pelo lugar em abundância, os
humanos locais sabem muito bem que os elfos os protegem
e punem invasores que caçam na floresta. Até mesmo os
bárbaros evitam caçar aqui, já que não querem atrair a
atenção ou a ira de Melandrach.
Viajantes que deixam os habitantes da Floresta das Brumas
em paz e que fazem suas fogueiras menores e apenas com
galhos caídos, normalmente tem a passagem permitida,
contanto que o povo na floresta não esteja maldisposto ou
incomodado com forasteiros por alguma outra razão.
SECOMBER
Bem ao lado do Charco Elevado, na margem setentrional do
Delimbiyr e nas proximidades da Corredeira do Unicórnio,
fica a pequena aldeia de Secomber, bem na fronteira entre
o Norte e os povoados das Terras Centrais do Ocidente.
Construída sobre as ruínas de Hastarl, a capital do antigo
reino de Athalantar, Secomber é um local tranquilo onde
11
pescadores e fazendeiros realizam seu trabalho, e o povo
local oferece serviços de caça e pesca ou como guias para
viajantes pela região. _G uias habilidosos que conhecem bem
o Charco Elevado e que são capazes de andar por entre
seus muitos perigos e tribos do local, são muito comuns
- ou aparentam ser, considerando a frequência com que
tais serviços são oferecidos. Talhadores de pedra locais,
primariamente oriundos de um pequeno clã de anões,
escavando uma espécie de granito rosa dos paredões
rochosos que existem na margem setentrional dos charcos.
RHYMANTHIIN:
A CIDADE ESCONDIDA DA ESPERANÇA
Existem histórias de que Faer'tel'miir, uma antiga cidade de
Miyeritar, foi restaurada por Alta Magia em algum momento
do último século - ou talvez até mesmo antes da Praga
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Mágica - sobre o Charco Elevado. A restaurada cidade feita
de uma pedra negra e lisa, chamada Rhymanthiin, ou "A
Cidade Escondida da Esperança", não aparece em nenhum
mapa, e é supostamente oculta por magia ou por algum
outro tipo de artifício. Ao que tudo indica, apenas aqueles
valorosos, sem malícia em seus corações, podem chegar
até a cidade, enquanto outros (conforme dizem as histórias)
"não encontrarão o caminho até lá". Tais contadores de
histórias devem ser muito poucos e devem estar bem
longe uns dos outros, já que eu não tenho conhecimento
de alguém que alegue ter visto a cidade, mas ainda assim
parece que tais histórias parecem ter uma vida própria.
NAJARA
Já se foram os dias quando os contos de um reino de
serpentes eram apenas rumores e meros boatos, histórias
inventadas por aventureiros e viajantes que se afastavam
demasiado do caminho e que de alguma forma conseguiam
voltar.Já foi fácil duvidar da veracidade dessas histórias,
pois qual nação não patrulha suas fronteiras ou estabelece
contato (amigável ou não) com outras nações? As histórias
sobre nagas e yuan-tis eram exageradas demais para
acreditar, pois essa região sempre abrigou tais coisas.
Mas uma nação inteira de tais criaturas?
Conforme sabemos agora, o reino de Najara, como é
chamado pelas serpentes que vivem lá, fica ao longo da
borda setentrional do Caminho do Comércio, a nordeste da
Ponte Boareskyr e a sudeste do Charco Elevado. O Água
Sinuosa flui através destas terras, e sua outra característica
geográfica de destaque são as Colinas da Serpente, o
Pântano de Chelimber e a Floresta dos Dragões.
Eu descobri a verdade sobre Najara, o Reino das Serpentes,
quando um sábio em Baldur's Gate (Portão de Baldur)
contratou meus serviços para guiá-lo, seus aprendizes e um
punhado de aventureiros até algumas ruínas na borda oriental
do Charco Elevado. Me arrependerei eternamente de ter
aceitado tal missão, pois não apenas metade dos aventureiros
se tornaram porcos gananciosos com a intenção de saquear
as ruínas em vez de permitir que o sábio realizasse seus
estudos, como também a estupidez deles despertou um
espírito antigo que fez com que a maior parte do grupo caísse
num sono fatal enquanto consumia suas almas. Como não sou
afetada por magias que forçam o sono, consegui escapar junto
com uma meia-elfa que fazia parte do séquito de aprendizes
do sábio. O espírito nos perseguiu implacavelmente através
dos charcos, forçando-nos a entrar nos túneis abaixo das
Colinas da Serpente, onde fomos feitas prisioneiras por
yuan-ti que faziam a patrulha das fronteiras de seu domínio.
A meia-elfa foi arrastada em correntes de escravo, mas por
algum motivo fui levada até a corte deJarant, o Rei Serpente.
Segue um breve relato daquela experiência.
Antigo e maligno, o naga espiritualJarant governa o
reino através de seu poder pessoal e graças à ajuda da
Margagulha de Najara, um fina coroa de prata que possui
proteções e outras habilidades mágicas. Embora ele ainda
preferisse permanecer totalmente isolado do mundo externo
quando o conheci, dez anos atrás a Serpente das Trevas
começou a enviar embaixadores até os reinos vizinhos
para alertá-los sobre as consequências de se interferir nos
assuntos najaranos. Embora eu tenha visto o rei por apenas
um momento, a influência deJarant em seu reino é inegável,
pois sua graça é dita com reverência por todos os seus
súditos. Um guarda pode proferir "pela coroa deJarant"
para enfatizar uma ordem, e os yuan-ti que mantinham as
chaves de meus grilhões se referiam à leis de Najara como
"a vontade deJarant".
 Ninguém de fato sabe porqueJarant escolheu aquele exato
momento para tornar pública a soberania de seu reino, ou
o que esperava ganhar com isso. Os embaixadores yuan-ti
que ele enviou deixaram os desejos de seu rei bem claros
para as nações que visitaram: deixes a prosperidade de
Najara em paz e desencoragem que intrusos (tais como
aventureiros) violem as fronteiras najaranas para roubar
as riquezas do povo serpente. Em troca, as serpentes
prometeram que quaisquer caravanas e outros viajantes
legítimos passando através dos domínios de Najara não
sejam feridos ou impedidos - contanto que não se afastem
da rota principal.
As reações apresentadas entre os locais se aproximou da
ira, de um extremo ao outro. Supostamente o Fortescuro
recebeu os embaixadores muito bem, e o povo serpente
saiu de lá não somente com um acordo com os senhores
Zhents, mas também ofereceram uma possível aliança
militar no futuro. Sem surpresa alguma, Elturgard recusou
imediatamente este édito - e no processo de expressar
tal recusa, houve derramamento de sangue. Os paladinos
mataram todos os embaixadores, exceto um, e enviou o
sobrevivente de volta para a corte deJarant para que este
transmitisse a resposta.
As outras respostas aos embaixadores najaranos ficaram
em algum lugar entre estas duas reações. Houveram muitas
aprovações e recusas de cooperação, estas normalmente
educadas, mas independentemente do resultado, o objetivo
deJarant havia sido cumprido: Os vizinhos de Najara agora
veem o reino como nação, não importa se eles a viram como
um potencial aliado ou inimigo.
A economia de Najara, tal como é, depende de escravos
para existir. Indiscutivelmente a escravidão é o único
negócio comercial de Najara hoje em dia, com as ruínas
de Thlohtzin, na Floresta dos Anciãos, que serve como
um local de encontro para aqueles que descem tão baixo
quanto vender escravos aos yuan-ti. Diferentes facções entre
os najaranos têm agentes aguardando nas proximidades
de Thlohtzin, cada um na esperança de conseguir uma
barganha com os escravistas antes que outros cheguem.
Escravos com habilidades incomuns ou com conhecimento
especializado, às vezes causam uma guerra de propostas
entre os yuan-ti. Eu temo que este tenha sido o destino da
aprendiz que me acompanhou para fora do Charco Elevado.
Para qualquer um com influência que venha a ler
isto, ouça muito bem o que digo: não se deixe enganar.
As serpentes não têm intenção alguma de coexistir
pacificamente - eles querem somente usar sua
estranha diplomacia como um manto e um escudo para
protegerem-se contra a vigilância de outros até que estejam
prontos para colocar seus planos, sejam quais forem
eles, em ação.
A CORTE DO REI SERPENTE
Fiquei aprisionada em Ss'khanaja, uma cidade
predominantemente subterrânea no Água Sinuosa, que
concentra a corte do ReiJarant.
Durante o tempo em que estive em custódia dos
najaranos, descobri muito sobre - e com - Dhosun
Prataescama. Um yuan-ti sangue puro em Najara, Dhosun
atua como um conselheiro para o rei e frequentemente
busca mitigar os excessos deJarant. Eu acredito que o
envio dos embaixadores tenha sido ideia de Dhosun, pois
enquanto eu estava aprisionada, ele me visitou várias
vezes, questionando o que eu sabia sobre as artes da
representação diplomática e como ser um embaixador.
Em suas conversas na corte, Dhosun não guarda segredos
sobre seu desejo de ajudar seu povo a construir uma naçâo
cujo status equivale ou supera outros reinos sobre a face de
Faerfin. Diz-se queJarant o mantém por perto, pois de todos
os cortesãos do rei, Dhosun é quem mais provavelmente
tente roubar a Margagulha. Seja ele capaz ou não de tal ato,
eu pessoalmente acho o yuan-ti naga honrado - foi ele que
arranjou secretamente a oportunidade que eu precisava
para escapar, e eu sei que ele fez o mesmo por outros no
passado. Estou em débito com ele e pretendo retribui-lhe
algum dia.
Outra figura de destaque na corte é a perspicaz dragonesa
verde Emikaiwufeg, frequentemente chamada Filha
Esmeralda. Ela ainda é um dragão jovem e continua
pequena o suficiente para caber nos túneis que levam até a
câmara de audiência deJarant. Diz-se queJarant aprecia as
voltas e reviravoltas de sua sagacidade. Alguns cortesãos
acreditam que ela é frequentemente mantida por perto para
contrastar Dhosun, já que sua natureza perigosamente
astuta equilibra as tendências mais honradas de Dhosun.
Da minha parte, acredito que ela está apenas ganhando
tempo. Uma boa quantidade de dragões metálicos vivem
nas Colinas da Serpente, e portanto há uma clara rivalidade
por acasalamento, riqueza e poder - a dragonesa verde
conhecida como Ralionate - vive nas proximidades da
Floresta dos Anciãos.
Uma variedade de conselheiros e bajuladores pode ser
encontrada na corte deJarant, que é um lugar perigoso.
Um trio de yuan-ti bruxos, que alegam estar em contato
com os vestígios da antiga divindade serpente que outrora
foi adorada como Ss'thar'tiss'ssun, lidera os yuan-ti de
Najara, embora na corte eles frequentemente espreitem nos
bastidores, apenas observando.
COLINAS DA SERPENTE
As Colinas da Serpente são uma região desolada de colinas
de argila vermelha e ravinas profundas e traiçoeiras,
apresentando faixas de terras irregulares e sulcadas
cercadas por chapadas elevadas. Apenas arbustos
conseguem nascer aqui, agarrando-se tenazmente à
argila seca. Abaixo de seu perigoso território - repleto de
serpentes e criaturas venenosas de todos os tipos - ficam
os Caminhos da Serpente, uma série de intrincados e bem
protegidos túneis intercalados por cavernas e câmaras. As
passagens servem como as principais trilhas para o povo
de Najara por estas terras; e de fato, foi enquanto eu estava
descansando em tais cavernas que eu e a aprendiz meia-elfa
fomos capturadas pelos yuan-ti. Desde então aprendi que,
em geral, as serpentes não se importam com quem anda
sobre as colinas, contanto que permaneçam fora dos locais
abaixo delas. A cidade capital najarana, Ss'khanaja, fica
no noroeste das Colinas da Serpente, mas uma população
cada vez maior do povo serpente vive abaixo da superfície.
É comum encontrar povoados dentro das enormes câmaras
subterrâneas conectadas pelos túneis, escavações essas de
muitas centenas de anos.
PÂNTANO DE CHELIMBER
Eu não havia tido a oportunidade de viajar até Chelimber
antes de minha "estadia" na corte najarana, mas perguntei a
Dhosun sobre o local. Foi através dessas perguntas que ele
adivinhou minhas intenções de fugir, e acabou oferecendo
ajuda para isso. Uma enorme área pantanosa com lagoas
sulfurosas que frequentemente lançam seus conteúdos
vaporosos no ar, o pântano é um local inóspito até mesmo
para as serpentes; a maioria dos habitantes destas terras
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
são os reptantes. No passado um principado de Netheril
governado por vampiros, e depois um domínio dos
Zhentarim, o Pântano de Chelimber, hoje, está sob controle
de Najara. Embora cada tribo de reptantes seja controlada
por um chefe escolhido entre seu povo, cada um desses
líderes jurou lealdade ao Rei de Najara.
FLORESTA DOS ANCIÃOS
No fim, foi através da Floresta dos Anciãos que fugi de
Najara, embora Dhosun tenha me alertado para não fazê-lo.
Basicamente, escolhi essa opção pela mesma razão pela
qual ele tentou me desencorajar: porque somente um
tolo entraria nessas matas intencionalmente. A floresta é
infestada por uma enorme quantidade de serpentes, tanto
de variedades normais quanto monstruosas.
Sábios que estudaram a vida das serpentes na floresta
alegam que alguma força parece atrair criaturas ofidianas
até este aqui e, então, as transforma - variedades de
serpentes que não deveriam ter mordidas venenosas, nesta
floresta possuem presas envenenadas, e a maioria das
serpentes crescem até o dobro de seu tamanho normal aqui.
Ralionate, uma dragonesa verde anciã aparentemente não
aliada aos yuan-ti, faz dessas matas seu la~. Este é um bom
terreno para ela; sequoias enormes e pinheiros criam um
dossel denso e escuro.
Dhosun me alertou de que as ruínas de Ss'thar'tiss'ssun,
uma antiga cidade-templo, fica em algum lugar da margem
setentrional da floresta. Em algum momento de um passado
distante, humanos construíram um pequeno povoado,
uma vez chamado de Capuz da Serpente, acima destas
ruínas, mas agora ele jaz esvaziado, provavelmente devido
às depredações dos yuan-ti. Embora hoje em dia seja
CAP ÍTU LO 2 1A COSTA DA ESPADA E O NORTE
identificada como pouco mais que uma colina baixa no meio
da floresta, Dhosun me contou que nas profundezas das
ruínas fica o Santuário das Serpentes Encapuzadas, um
local de peregrinação para o povo serpente.
Em um local de demasiado perigo no meio da mata
fica Thlohtzin, certa vez a cidadela de um lich e agora um
importante local para o comércio de escravos de Najara.
Escravistas de toda a região sabem que o povo serpente
paga bem por escravos trazidos até aqui. Então eles são
normalmente transportados para outros locais de Najara
para prestar serviços.
Eu escolhi fazer minha fuga de Najara através da Floresta
dos Anciãos porque, embora infestada de serpentes, ainda
é uma área arborizada, e estou familiarizada com este tipo
de lugar. Me movi por entre as sombras, permanecendo
suficientemente embrenhada na mata para evitar ser
notada, mas não tão longe assim e me aproximando de seu
centro, e então contornei suas bordas até que pudesse ver as
colinas de Trielta à distância.
COLINAS TRIELTA
Nos terrenos ondulantes das Colinas Trielta, cheia de
pequenos povoados de gnomos e pequeninos, a vida parece
pastoral e idílica. Pequeninos fazendeiros costumam cuidar
da terra e gnomos mineradores escavam o interior das
colinas em busca de pepitas de ouro e prata que podem
vir a serem encontradas por lá. Nenhum déspota ameaça
estas terras, nem liches ou dragões tramam tomá-las para
si. Não há grandes castelos ou cobiça por aqui, tampouco
ruínas a serem pilhadas. Considerando tudo, o local parece
enfadonho e desenteressante.
 Obviamente, é exatamente desse jeito que seus
moradores gostam. Eles desfrutam desse isolamento, que é
quebrado muito raramente. As colinas de Trielta oferecem
ocasionalmente uma recompensa impressionante, na forma
de ouro e prata em reservas desconhecidas até então. Embora
as quantidades encontradas sejam filões que se esgotam
muito antes que outros se tornem cientes deles, Trielta tem
visto completas corridas do ouro de tempos em tempos.
Alguém se depara com um veio de minério particularmente
grande, e mineradores e caçadores de fortuna surgem aos
borbotões. O povo trieltano costuma ver essas afluências
ocasionais de ambiciosos caçadores de ouro da mesma forma
que outros povoados costumam testemunhar periódicas
pragas de gafanhotos: irritantes, inevitáveis e totalmente
destruidoras, mas que também fazem parte da ordem natural
das coisas e, portanto, algo com que não se preocupar.
De fato, até mesmo as maiores dessas descobertas não
são tão lucrativas que valham a construção de operações
completas de mineração que podem ser encontradas
em outras terras. Nenhuma grande nação ou consórcio
comercial está aguardando para invadir e tomar as minas
de Trielta. Elas são o que um conhecido anão meu uma vez
se referiu como "raspa do tacho das minas" - operações
muito próximas da superfície, com um rendimento
relativamente decente para uma pequena escavação, porém
que não valem a construção de minas de "verdade" (com
isso querendo dizer, obviamente, minas anãs).
Eu estava em Trielta descansando após minha fuga de
Najara quando um desses surtos de "ouro na cachola"
(como os moradores locais o chamam) ocorreu. Embora a
maioria daqueles que vêm em tais épocas sejam honestos
mineradores em busca de suas próprias fortunas, a súbita
oportunidade de riqueza acaba atraindo tipos menos
escrupulosos, incluindo todo tipo de ladrões, vigaristas
e saqueadores de minas - isso para não mencionar
os monstros que predam os mineiros azarados ou mal
preparados que inadvertidamente invadem seus territórios.
A viagem mais intensa que fiz nestas colinas foi em uma
perseguição a um bando invasor de reptantes. O líder da
gentil família gnômica onde fiquei hospedada havia sido
feito prisioneiro, junto com seu filho mais velho, Eu ajudei
o pequenino que era o condestável do local e uma pequena
milícia que juntamos para rastrear o bando, e dessa forma
rapidamente resgatar os cativos. Sempre fui muito bem
recebida nessa região desde então, e conheci muitas
pessoas boas aqui também.
BROQ,UELDURO
Na borda meridional das colinas fica o povoado murado de
Broquelduro. É uma aldeia onde a maioria é de gnomos,
com ocasionais humanos, pequeninos ou meio-elfos
entre eles. É uma das aldeias mais bem defendidas que
já visitei, com várias baterias de impressionantes balistas
sobre suportes, movidas por engrenagens que permitem
um ciclo de disparos quase que constante e que são
recargadas a partir de qualquer uma das plataformas
dispostas na muralha. Embora o povo de Broquélduro não
tenha muitos motivos para usá-las com frequência, essas
armas normalmente desencorajam bandidos, invasores e
ocasionais bandos de ores que por ventura poderiam tentar
colocar as mãos nas riquezas da aldeia.
A aldeia evita o tipo de ruas entrecruzadas, que costumam
definir a maioria dos povoados maiores; em vez disso, ela
possui uma única rua circular dentro da muralha da aldeia,
e outro par de vias que cortam a aldeia de norte a sul e leste
a oeste e que se encontram no centro da aldeia, formando
uma área para o mercado. Muitas construções feitas para
pessoas maiores ladeiam estas ruas, pois as pessoas
mais altas costumam preferir o conforto familiar que elas
fornecem, mas o restante da aldeia é feito com uma série de
caminhos estreitos entre as construções de tamanho menor
e que são o lar dos gnomos do local.
A primeira vez que caminhei por estas vielas apertadas,
senti como se estivesse vendo apenas uma pequena porção
do povoado, e eu estava certa. Mais tarde descobri que abaixo
das casa de telhados de ardósia, com seus modestos jardins
adjacentes atrás de cerquinhas de madeira ou muros de pedra
ficam os túneis que constituem as vias públicas de Broquelduro.
Abaixo de cada pequena habitação há um enorme porão,
normalmente com três ou mais pavimentos terra abaixo.
São nesses espaços que o engenhoso povo de Broquelduro
exercem suas atividades diárias. Alguns dos porões são
lojas ou oficinas para os artesãos que usam a casa acima
como dormitório. Outras dessas habitações arrendando
seu espaço não utilizado para viajantes, reservando alguns
quartos para aluguel e usando grandes espaços únicos
como taverna, oferecendo todo tipo de serviços que alguém
poderia encontrar em uma estalagem. A comida nestes
estabelecimentos é algo ímpar - uma grande quantidade de
cogumelos, batatas, nabos, líquens densos e cozidos feitos
de musaranhos e arnaganazes, ambas espécies de
ratos-do-campo - mas cheia de sabor à sua
própria maneira.
As câmaras nessas estalagens subterrâneas são
bem aquecidas por generosas lareiras, e portanto
fornecem acomodações confortáveis. Mais do que alguns
comerciantes organizam suas viagens de modo a estarem
em Broquelduro antes que o inverno chegue, assim eles
podem passar os meses de frio ao lado de uma lareira,
com uma fatia de torta em uma das mãos e uma caneca de
cerveja preta amarga dos gnomos na outra.
Qualquer espaço nos porões não usado para alguma
finalidade acaba sendo utilizado como armazém, melhor
do que ficar vago. Quase todas família na aldeia têm algum
espaço que usa para suas próprias necessidades ou que
aluga para uso de outros. Aqueles que compram um espaço
de estocagem em Broquelduro deve também comprar suas
caixas e outros bem necessários dos artesãos locais, que
também fabricam fechaduras, ferrolhos, vedantes de cera à
prova d'água para engradados e caixas, e coisas do tipo.
As caixas são todas construídas em tamanhos específicos,
com as prateleiras e espaço nos porões dimensionados para
que cada contêiner se encaixe perfeita e exatamente.
Broquelduro tem uma maga muito bem remunerada que
fornece segurança mágica para itens estocados, para quem
desejar. Não é permitido que magos forasteiros apliquem
defesas ou proteções em bens destinados a ficar nos porões
- estas devem ser feitas por Daelia Inchitavurna, a última
maga em uma longa linha de pessoas que têm trabalhado
em Broquelduro ao longo das gerações. Ela usa um conjunto
de braceletes mágicos passados a ela por seu pai.
POVOADOS RURAIS
A maioria dos povoados afastados pelas Colinas Trielta
consistem de uma dúzia ou duas de famílias pequeninas ou
gnômicas, vivendo em lares caprichosamente escavados nas
colinas onduladas. Vales relativamente rasos servem como
áreas de plantio, enquanto as encostas são usadas para a
cultura de videiras (como abóboras e morangos) ou pasto
para pequenos rebanhos de grandes ovelhas com chifre que
muitas famílias de pequeninos criam, ou das teimosas ca-
bras barbadas favoritas dos pastores gnômicos.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O N O RTE

A maioria dessas pequenas comunidades não são
exclusivamente compostas de pequeninos ou gnomos, já que
tais grupos parecem prosperar mais quando membros das
duas raças convivem. Famílias pequeninas frequentemente
se concentram em empreendimentos rurais (exceto
pelos pequenos jardins de fungos que muitas habitações
gnômicas têm em seus porões), enquanto a área da
mineração é quase que exclusivamente dos gnomos. Ambos
trabalham como pastores - com pequeninos preferindo
ovelhas e gnomos às cabras - , bem como artesãos de todos
os tipos. Cada comunidade tem um condestável que mantém
a paz e comanda a defesa - um papel muito frequentemente
exercido por um pequenino, eu vim a descobrir, embora
gnomos certamente irão se mobilizar em defesa de seus
lares e vizinhos se forem convocados.
Alguns dos povoados rurais marcam os locais onde
antigamente minas foram exploradas. Não é incomum
que pequeninos se mudem para o local de uma mina
gnômica abandonada, reparando as entradas da superfície
e transformando-as em lares adequados e confortáveis, com
túneis que percorrem todo o povoado. Essas passagens
podem ser úteis para defesa ou para fuga, mas são mais
frequentemente utilizadas quando está chovendo e se
quer chegar até a porta do vizinho para pedir emprestado
um pote de mel, de modo a não se molhar ou se sujar
todo de lama.
Ocasionalmente, uma comunidade que possua enormes
túneis-habitação, com amplo espaço para pessoas maiores
(ou "grand'emais", como os gnomos locais se referem),
transforma seu povoado em estabelecimento que atende tal
clientela. As estalagens que conheci eram a Jovem Moçoila
Mineira, a Chaminé e Lareira, e a Repouso dos Gigantes,
esta última minha predileta.
Cada um desses povoados é impressionantemente
auto-sustentável. Quando uma liderança oficial é necessária,
os pequeninos e gnomos anciãos são convocados para agir
dentro de suas capacidades, mas a amizade jaz no coração
da vida comunitária nessas colinas. É um ato vergonhoso
entre os trieltanos recusar um acordo pacífico com outro
camarada por causa de uma disputa. As pessoas daqui
desfrutam de suas vidas simples, embora eu tenha me
deparado com meia dúzia ou mais de aventureiros vindos
daqui, procurando por aí as novidades do mundo como um
contraste com o clima familiar de sua pátria.
Poucas criaturas perigosas espreitam estas colinas - elas
são tão densamente povoadas (sobre e sob a superfície)
que há pouco espaço para monstros fazerem seus covis.
Criaturas cruéis ou vorazes ocasionalmente rastejam até
Trielta, vindos principalmente da Floresta dos Anciãos,
mas tais incursões não chegam a durar muito - após
CAPÍTULO 2 1A COSTA DA ESPADA E O NORTE
algumas ovelhas (e possivelmente um pastor ou dois) serem
devorados, os condestáveis não perdem tempo em formar
uma patrulha para caçar ou expulsa r os predadores antes
que eles possam causar miores danos.
Agora, lamento em dizer, esta situação pode estar
mudando para pior. De acordo com as últimas cartas que
recebi de amigos destas colinas, grupos de invasores
najaranos tornaram-se mais comuns e numerosos. Meus
amigos temem que a ameaça do Reino da Serpente ao norte
forçarão os trieltanos a considerarem seriamente dispor
de uma defesa mais ativa em suas terras pela primeira vez
em gerações.
TERRAS UTHGARDT
Quando eu havia recém partido de minha terra natal e seguido
o caminho até o Norte, encontrei um bando de nômades
Uthgardt na trilha - uma parte da tribo Alce, liderada por uma
combatente chamada Gyrt. Foi um encontro tenso.
Acho que a única razão de eu não ter sido morta à primeira
vista é porque eu era uma elfa viajando sozinha. Penso eu
que eles temeram eu ser uma maga. Os Uthgardt odeiam
toda e qualquer magia, exceto a de seus xamãs e de qualquer
arma ou armadura encantadas que encontrem, mas um mago
disposto a andar pelos ermos sozinho poderia ser alguém
poderoso. Viajando como estávamos, em uma planície
gramada, não poderíamos ver uns aos outros à distância.
Como não os atingi com um raio de longe, eles estavam mais
dispostos a se aproximar pacificamente.
Ainda assim, eles pararam quando estavam ao alcance
de uma flechada e pareceram estar conversando entre si
sobre se atirariam em mim ou não. Aguardei pacientemente
quanto foi possível até que um deles, que parecia ser a
líder, se dirigiu a mim com um forte sotaque em Comum.
Respondi com uma saudação em Bothii, o antigo idioma
deles, o que novamente fez o grupo conversar entre si. Por
fim, a líder apeou de sua montaria e se aproximou de mim,
dizendo que seu nome era Gyrt. Nesse momento fiquei
muito agradecida de ter tido tempo de aprender o idioma
deles com um amigo em Evereska!
Antes de qualquer coisa, me adiantei e ofereci a Gyrt
uma excelente adaga de Evereska, bem como o colar que
eu estava usando. Para o bando dela eu ofereci uma sacola
com bugigangas que havia trazido para ocasiões com esta.
Satisfeitos com meus presentes e certos de que eu não era
uma maga, Gyrt e eu nos sentamos para conversar. Lhe
pedi para compartilhar de seu acampamento durante a
noite, e Gyrt me concedeu o pedido. Este foi meu primeiro
encontro com Gyrt, mas não seria o meu último, tampouco
meu último encontro com os Uthgardt. Sou grata por minha
amiga Gyrt ter me ensinado tanto sobre seu povo, pois isto
permitiu que eu e meus companheiros viajantes víssemos os
Uthgardt e vivessemos para contar a história.
Com o passar dos anos, ganhei o respeito de Gyrt e
vice-versa, e nos tornamos amigas, e também vim a
conhecer seus três filhos. Embora Gyrt tenha falecido
algumas décadas atrás, ainda visito seus filhos, com os
quais brinquei quando era criança. Agora eles próprios têm
seus filhos, e todos me chamam de titia.
Durante o tempo que passei com Gyrt e seus parentes,
o povo do Alce me explicou muito sobre os feitos de sua
tribo - a visão que eles têm do mundo e o lugar que ocupam
nele, suas tradições e as leis sob as quais vivem. Eu vim a
perceber, conforme me deparava com outras tribos Uthgardt
durante minhas andanças, que muito do que era uma verdade
para a tribo Alce também era verdade para outros Uthgardt.
Embora eles se comportem de formas aparentemente
 distintas e venerem totems diferentes , os Uthgardt têm muito
em comum. O que se segue é o que aprendi do povo que
chama a si mesmo de "filhos de Uthgar".
Embora cada Uthgardt pertença a uma determinada
tribo, esses s ão apenas marcadores de identidade, pois não
são populações unidas. P elas minhas experiências, é raro,
exceto por ocasiona is eventos de grandes proporções (como
a nomeação de um novo chefe ou certas reuniões religiosas),
que todos os membros de uma única tribo s e junte em
um lugar. Em vez disso, os Uthgardt costumam viajar em
bandos, grupos de pessoas da tribo cujo número gira ao
redor de uma dúzia a uma centena, mas normalmente de
vi nte a cinquenta. Esses bandos normalmente consistem
de vários grupos fa miliares, cada qual liderado por uma
matriarca ou patria rca. De muitas maneiras, esses povos
são semelhantes ao nômades Tel'Quessir, pelo modo
como tomam suas decisões através do consenso entre
os líderes das fam ílias e no tratamento eficiente dos
desentendimentos: aqueles que não gostam das decisões da
maioria são livres para seguir s eu caminho, form ando um
novo bando ou junta ndo-se a outro.
Os Uthga rdt estão espalhados por todo o Norte, e
raramente s ão encontrados pa ra a lém do s ul da Floresta
Alta. Não há uma nação Uthgardt a qual per tençam ; em vez
disso, cada tribo tem um túmulo ancestral, considerado
como um loca l s a grado. Gyrt me contou que o local sagrado
da tribo Alce fica em um lugar cha m ado de Rocha S ílex, em
algum lugar dos Cha rcos Eternos. Ela, compreens ivelmente,
jamais se ofereceu para me levar até lá, e nunca fui tola a
ponto de pedir por isso.
De modo geral, os Uthgardt são um povo caçador que
contam com a caça como a maior parte de sua subsistência,
preferindo os animais grandes que vivem em reba nho, como
os alces , rothé e caribus. Os jovens de ambos os gêneros que
buscam se destacar por vezes constroem suas reputações ao
caçar predadores perigos os e grandes feras: ursos, felinos
grandes, enormes javalis e até mesmo monstros como
wyverns, ursos-coruja e panteras deslocadoras.
Algumas tribos colocam a proeza em caça que
demonstram para o bom uso em outra empreitada, uma pela
qual os Uthgardt são bem conhecidos : invasões. Como regra,
os Uthgardt fazem incursões des se tipo apenas em áreas
remotas - o que significa que quanto mais potencialmente
perto da civilização, menos provável que ela aconteça.
Os invas ores preferem atacar ricas caravanas mercantes
e comboios de bagagens da nobreza, que lhes oferece a
possibilidade de boas comidas , álcool e joias que os Uthgadt
usam como troféus e es cambam entre si. A m aioria dos
Uthgardt veem pouco uso para as moedas, portanto viajantes
que têm a esperança de comprar um meio de evitar um
confronto são aconselhados a tenta r alguma outra coisa.
Os Uthgardt não enxergam fronteiras entre as nações
ou os vínculos de civilização que ligam um comerciante a
um fazendeiro, cuja casa o comerciante vê ao passar diante
durante suas viagens. Para eles cada interação conosco
- que não somos Uthgardt - é diferente. Ademais, um
bando Uthgardt que ataca em uma estação pode vir para
fazer comércio na seguinte. Eles entendem o conceito de
pertencer a um grupo maior, e que estes grupos podem
estar em conflito. Afinal, cada tribo Uthgardt tem inimigos
ancestrais entre outras tribos Uthgardt. No entanto, quando
tentei explicar como eu e os elfos de Evereska estávamos
conectados às pessoas de Waterdeep (Águas Profundas)
ou Lua Argêntea, Gyrt apenas riu. Ela não havia visto estas
cidades, portanto eu poderia muito bem ter dito que conhecia
pessoas que viviam na lua. Quando mencionei Yartar e Lariço
As TRIBOS UTHGARDT E SEUS T ERRI TÓ RI OS
Para muitas das tribos Uthgardt, o único fato estáve l em
sua história é o loca l de seu túmu lo a ncestral . A maioria dos
loca is sag rados para os Uthgardt existem há muito tempo,
mas os destinos das tribos que os reverenciam dificilmente
s ão tão constantes assim . A seguir são apresentadas breves
descrições das tribos Uthgardt dos d ias de hoje.
Urso Azul. Os mais orientais dos Uthgardt são os Ursos
Azuis - que pensava-se estarem destruídos há mais de um
século - e recentemente surgiram do interior da Floresta Alta
e re ivindicaram seu túmu lo ancestral na Pedra Testemunha,
logo ao sul da Passagem da Lua e ao norte da floresta . Os
Ursos Azu is ocuparam muito de seu antigo território desde que
voltaram à evidência, embora eles não se aventurem até o Forte
Portão do Inferno, que eles consideram um local proib ido.
Leão Negro e Tigre Vermelho. Ao norte do território Urso Azu l,
na Floresta Cintilante, fica o Poço de Beorunna, um povoado de
certo tamanho que fica próximo do túmu lo ancestra l da tribo
Tigre Vermelho. O povoado foi fundado algum tempo atrás por
membros da tribo Leão Negro, que criaram raízes aqui em vez
de continuarem viven do como nômades .
Embora os Tigres Vermelhos estejam menos confortáve is
com a atual situação, eles cons ideram o Poço de Beorunna seu
local sagrado, então eles tentam aproveitar tal fato o melhor
que podem. Bandos de membros da tribo Tigre Vermelho vêm
até o Poço de Beorunna no inverno, e muitos de seus caçadores
e armadilheiros usam o povoado como um local para vender os
couros e peles que adquirem nas florestas vizinhas.
Pônei Celeste. Em uma parte da Floresta Cintilante chamada
Mata-da-Lua fica A Pedra, o túmulo ancestral da tribo Pônei
Celeste. Este é um povo dividido; metade da tribo se estabeleceu
e construiu uma grande fazenda ao redor d'A Pedra, semelhante
àquela que os Leões Negros fizeram no Poço de Beorunna.
A outra metade da tribo considera este ato um insulto ao seu
totem , então lan çam ataques contra o povoado, incend iando o
máximo de conseguem e depo is fogem.
Árvore Fantasma. Nas profundezas da Floresta Alta fica a
Árvore Vovô , o túmulo ancestra l da tribo Árvore Fantasma. Os
Árvores Fantasma se separaram dos Ursos Azuis há muito
tempo e todos desapareceram na floresta, embora ocasiona is
re latos chegam até a civ iliz ação dizendo que eles ainda estão
vivos e que podem, po r vezes , serem vistos reunidos ao
redor da Árvore Vovô. Alguns sábios especulam que a recém
renascida tribo Urso Azul poderia mu ito bem ser os Uthgardt
Árvore Fantasma que seguiram o chamado de um revivido
totem Urso Azul.
Grande Verme. As Colinas Gélidas, uma pequena cordilheira
ao sul das Montanhas Espinha do Mundo logo ao norte
dos Charcos Eternos, é o local da Caverna Grande Verme, o
túmulo ancestra l da tribo Grande Verme. Estes Uthgardt são
conhecidos por serem extremamente reclusos ; já se faz vinte
anos desde que a tribo enviou grupos de invasores que não
seja para atacar os ores da Espinha do Mundo.
Corvo Negro. Tão proib itivos quanto as Montanhas Espinha
do Mundo por onde vagam , os Corvos Negros são fanát icos
em seu apego aos antigos modos dos Uthgardt. Fora da
Rocha do Corvo, seu túmulo ancestral nas profundezas
das montanhas, eles ficaram conhecidos por enviar grupos
invasores tão ao sul quanto Lua Argêntea, mas seus alvos mais
frequentes são as caravanas que vem e vão do Salão de Mitral.
Alce. Pederneira no meio de Charco Eterno é o túmulo
ancestral da tribo Alce. Os Alces já foram prolíficos invasores ,
estendendo seu alcance até mesmo em Nesmé e Sa lão
de Mitral, mas a tribo fo i esmagada nas últimas décadas
pelas forças dessas cidades . Embora seus números tenham
se reabastecidos , os Alces permanecem principalmente
caçadores e saqueadores. Eles são mestres em evitar ou
repel ir as ameaças do Charco Eterno, e mu itas vezes alugam-
se como guias para estranhos.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 As TRIBOS PERDIDAS DOS UTHGARDT
Algumas das tribos Uthgardt são vistas por outros como
perdidas para sempre. Elas são co nsideradas amald içoadas, e
até mesmo falar de las fora de certos contextos é pro ibido .
Não se ouve fa lar da tribo Feratrovão há vários anos.
Quando os Feratrovões fizeram sua peregrinação anua l até o
Túmu lo de Morgur nas Matas de Neverwinter (Nevenunca),
ele encontraram seu local sagrado profanado. Logo depois, o
chefe de les os levou de volta para as profundezas da Fl oresta
Alta e eles não saíram mais de lá desde então.
A tribo Lobo Cinzento é proibida por causa de seus
mu itos membros licantropos. A tribo atormentou demais
as pessoas que viv iam nos arredores das Matas de
Neverwinter (Nevenunca). A tribo não compartilha a "dádiva"
da licantropia com outros e, portanto, garante não deixar
sobreviventes de seus ataques.
A tribo Grifo há muito tempo fo i banida por causa de sua
prática de comercializar com não Uthgardt - e até mesmo
com conjuradores - em um povoado conhec ido como
Ninho do Grifo.
As tribos Pônei Vermelho e Águia Dourada desapareceram
há sécu los. Elas foram vistas pela última vez na viz inhança
d'A Pedra, o túmu lo ancestral que compartilhavam com os
Pôneis Celestes.
Vermelho, locais que eu sabia que o grupo de Gyrt havia
passado, ela riu ainda mais. Para ela eu era grandiosa demais,
"forte" demais como ela mesma colocou, para ter conexões
com locais que ela via como uma presa fácil para sua tribo.
Se um bando de Uthgardt chegar até seu acampamento,
meu conselho é o seguinte. Primeiro, faça o possível e o
impossível para esconder todo e qualquer símbolo mágico ou
de conjuração. Então lhes mostre hospitalidade e os convide
para se aquecerem. Se possuir joias ou uma arma boa,
ofereça esses presentes para aquele que pareça ser o líder.
Pergunte como estão as caçadas e lhes de uma oportunidade
de se vangloriar disso. Seja grato, porém não adulador.
Diga-lhes que você ouviu sobre as proezas do povo Uthgardt
- sua habilidades com a caça e sua força acima de tudo -
mas atribua essas alegações a uma tribo que não seja a deles.
O mais forte entre o bando insistirá na chance de se provar
melhor do que as histórias que você ouviu falar, e em vez
disso vão querer que você leve adiante os contos de sua tribo.
Você ou um de seus companheiros pode precisar
concordar com um desafio de algum tipo, uma disputa
de força ou uma queda-de-braço, através da qual o bando
possa medir sua proeza. Todavia, não importa muito de
você vença ou perca. Simplesmente expresse um desejo ou
uma disposição de competir, e assim você ganhará algum
respeito. Se você ganhar a disputa, seja gracioso e expresse
gratidão por finalmente ter encontrado alguém de grande
status com quem colocar-se à prova. Se perder, seja discreto
e demonstre tristeza, e dê ao vitorioso a melhor parte da
refeição à disposição.
Obviamente, não é sempre que este conselho funcionará.
Alguns bandos não são tão facilmente entretidos,
principalmente se estiverem deliberadamente caçando você
ou pessoas como você. Seja qual for o mom~nto, lembre-se
que estas são pessoas orgulhosas e fortes , com um amor
ferrenho pela vida e pelos simples prazeres. Demonstre um
ponto de vista complementar ao deles, e talvez eles possam
vê-lo como um camarada. Demonstre medo ou desprezo, e
eles responderão com extrema violência.
CAPÍTULO 2 1
-----~~~--------::- ,:;
A COSTA DA ESPADA E O NORTE
O Pov o DE UT HGAR
Os Uthgardt traçam suas origens até o poderoso herói
Uthgar, um combatente inigualável. Durante meu tempo em
sua tribo, Gyrt falou abertamente sobre os contos de Uthgar
que foram passados adiante entre seu povo. A saga começou
em um passado distante quando os humanos do Norte
viviam temerosos e isolados. Grandes espíritos rondavam as
florestas do Norte, evitando que os humanos se juntassem
e se erguessem contra eles. No meio de todo este tumulto
surgiu Uthgar, que desafiou cada um dos grandes espíritos,
um de cada vez, superando-os e subjugando-os à sua vontade.
Cada um dos espíritos derrotados tornou-se personificado
no totem de cada um dos grupos de humanos que seguiam e
reverenciavam Uthgar. Assim nasceram as tribos dos Uthgardt,
cada um assumindo o nome de seus espíritos totêmicos.
Os locais das vitórias de Uthgar são marcados até hoje pe-
los grandes túmulos ancestrais dos Uthgardt. É dito que cada
um deles foi construído sobre os restos mortais do espírito
totêmico de uma tribo, juntos com os membros da tribo que
morreram enquanto ajudavam Uthgar a combater a criatura.
Uma tribo reivindica o território ao redor de seu túmulo
ancestral por muitos quilômetros, declarando-os como
as terras onde a tribo caça e monta seus acampamentos.
Falando de modo geral, os bandos de Uthgardt de uma
determinada tribo irão tão longe quanto cerca de duas a três
semanas de viagem de seu túmulo ancestral, com grupos
invasores que podem chegar a ir mais longe que isso. Estes
locais sagrados estão espalhados por todo o Norte; na
maioria dos casos, a localização exata de um é conhecido
por bem poucas pessoas que não são membros da tribo.
Quase todas as tribos originais dos Uthgardt estão
ativas no Norte dos dias de hoje. Até mesmo uma tribo que
julgava-se estar perdida ou destruída poderia aparecer em
algum lugar com uma pequena quantidade de humanos
alegando ser descendentes de uma das tribos de outrora,
porém tais pessoas, se é que existem, não são numerosas e
suas alegações são frequentemente falaciosas.
Os Uthgardt levam suas práticas rituais e proibições muito
a sério. A maioria das proibições e tradições variam de tribo
para tribo, mas ao menos uma restrição é universal entre os
Uthgardt: a magia que não seja de seus xamãs ou de suas
armas e armadura mágicas é completamente proibida.
Os sacerdotes dos Uthgardt reverenciam seu deus
ancestral e invocam os nomes de seus totems como aqueles
que intercedem com o Pai das Tribos. Sua conduta é
simples: a força é recompensada com mais força, e quando
a força falha é porque a pessoa não é digna.
CRIPTA DO BRUXO
Na margem ocidental das Colinas Troll fica uma área de
terreno bizarro: escombros espalhados por toda a paisagem,
entre e no meio de montes de terra revirados e sulcos
profundos do tipo que se vê após um trabuco errar seu alvo.
Bem para dentro do perímetro desta terra devastada jaz uma
anarquia de construções, algumas relativamente intactas,
outras meio desabadas e apoiadas em suas vizinhas.
No meio disso, erguendo-se acima de tudo o mais, há
um punhado de torres retorcidas que se apresentam para
o restante do mundo como garras tentando arranhar o
céus. Essas torres podem ser vistas de uma boa distância,
aparentemente intocadas pelo cataclismo que causou o dano
ao redor delas. De fato, devido à sua condição imaculada,
algumas pessoas conjecturam que as torres devem ser sido
erguidas após o evento.
A verdade sobre o local agora chamado de Cripta do
Bruxo é algo bem diferente disso. Todas as estruturas
visíveis aqui, desde os edifícios periféricos espatifados até
as torres centrais, constituem uma cidade que flutuava
sobre um disco de pedra durante a época da antiga Netheril.
Quando as antigas e perversas magias dos netherienses
falharam, esta cidade mergulhou pelos céus; os pedaços
e blocos de pedra espalhados pelo local não são terreno
natural, mas fragmentos daquele disco.
M INHA ÚNICA VISITA
Eu estive na Cripta do Bruxo, mas somente uma única
vez, nos dias de minha juventude, antes de saber melhor
sobre as coisas. Eu fui contrada por Daerismun Aerath,
um dos Esclarecidos - os estimados monges-estudiosos
do Candlekeep (Forte da Vela) - para guiá-lo até aqui. Ele
estava escrevendo um tratado sobre o local e desejava
ter a experiência de vê-lo pessoalmente. Verde como
eu estava recém saída de Evereska, nunca tinha ouvido
falar sobre os avisos dos sábios a respeito deste lugar.
Eu estava extraordinariamente enamorada de Solonor
ou -estupidamente sortuda por ter saído de lá com vida.
Tragicamente, Daerismun não foi tão afortunado.
Conforme nos aproximávamos, esta paisagem
urbana em ruínas parecia inabitada. Sua extensão
era razoavelmente limitada, e consistia quase que
inteiramente de uma mixórdia de construções destruídas e
pedregulhos enormes.
As torres centrais estavam aparentemente preservadas
por algum aspecto de sua construção mágica - o que não
significa dizer que não haviam sido totalmente afetadas
pela queda. Mediante uma inspeção mais próxima, uma das
torres centrais possuía um enorme rachadura que corria
de cima a baixo de sua face ocidental, e várias das outras
exibiam certo grau de dano.
Assim que nos aproximamos mais das torres, elas
aparentavam ser tudo, menos abandonadas. Em suas
janelas brilhavam ocasionais luzes místicas, e em suas
laterais podíamos·ver formas indistintas correndo pela
superfície. Estas construções foram feitas para parecer
estar cobertas por uma malha escura, feita de placas
sobrepostas e de arquitetura desaprumada e sutilmente
desiguais, criando a impressão de que suas articulações
podem entortar a qualquer momento.
As torres, unidas em um círculo grosseiro por muralhas
de pedra escura lisa que forma um período ao redor do
centro da Cripta - que podem ser vistam apenas de um
local incrivelmente vantajoso. Obscurecidos e protegidos
pelas torres estão vários e estranhos pedaços de terra:
alguns estéreis, outros repletos de uma flora retorcida e
espinhosa não encontrada na natureza. Pontes sem
guarda-corpo conectam estas torres em vários pontos, e
todas elas espiralam ao redor do centro: aquilo que tem a
reputação de ser a morada do rei-lich, o próprio Larloch, que
também tem sido chamado Rei das Sombras.
AMEAÇAS E DEFESAS
Eu vos alerto: não venham até este lugar. E se tiverem que
vir, não se demorem, pois seus defensores são brutais e
sedentos de sangue, hostis à vida como qualquer praga ou
veneno, e eles se deliciam com o sofrimento daqueles que
vêm até o alcance de suas garras.
Este local repleto de mortos-vivos, de todos os tipos. Além
do Rei das Sombras, a Cripta abriga vários outros liches,
mortos-vivos arcanos vassalos de Larloch. Ele convoca o
poder deles quando tem necessidade, mas caso contrário
ele os deixa em paz para que conduzam os experimentos e
conspirações que exige deles. Embora ele já tenha limitado
fortemente a influência deles, relatos sugerem que ele tenha
começado a lhes dar mais liberdade para agir, pois horrores
mágicos que poderiam muito bem ser resultado de seus
experimentos têm sido liberados nas Colinas Troll e na
Floresta Troll ao redor das ruínas.
Tais monstruosidades também são comuns vagando
pelas próprias Criptas. Durante minha beve jornada por
este local, identifiquei várias criaturas que provavelmente
começaram suas vidas como grifos, ursos-coruja, trolls e até
mesmo um observador, mas eles se tornaram distorcidos
e quase irreconhecíveis. O que estes liches estão fazendo
a estas criaturas é uma pergunta para mentes muito mais
sábias do que a minha - sei apenas que a primeira de tais
abominações que combati quase me matou, e mal escapei
das outras que vimos.
A Cripta também possui defesas que não são monstros.
Meu companheiro Daerismun afirmou que ela era
protegida por camadas de "teias de magias", construções
de energia mágica apenas aguardando para liberar magias
contra aqueles que toparem com elas. Eu tive a terrível
oportunidade de ver uma delas em ação, quando o estudioso
Esclarecido violou desavisadamente uma daquelas
chamadas teias e disparou uma bola de fogo, que explodiu
com ele bem no meio.
Como qualquer um pode imaginar, esta explosão atraiu
todo tipo de predadores distorcidos e mortos-vivos famintos,
que vieram para investigar melhor o que havia acontecido.
Eu não sei como essas criaturas evitam ser pegas nas
armadilhas, ou se elas simplesmente vivem aqui a tempo
suficiente para saber como evitá-las. Antes que eu pudesse
sequer a pensar a respeito disso, fui forçada a fugir, e
sinceramente não pretendo retornar jamais.
LUSKAN
Qualquer um que vá para Luskan deveria saber sobre os
governantes da cidade, os Navios e sobre a Irmandade
Arcana. Os Navios de Luskan têm sido descritos como um
bando de piratas, mas esta caracterização não faz jus a quão
profundamente enraizados os Navios estão na sociedade
de Luskan e na mentalidade de seus cidadãos. Ataque um
membro de um dos Navios e você pode não só atrair a ira da
organização, mas também de boa parte da cidade. Quanto
à Irmandade Arcana, um membro da organização poderia
ou não vir em auxílio de outro, porém saiba que cada um
destes magos egoístas é ansioso para colocar em prova
suas proezas mágicas, e nenhum pode se permitir mostrar
fraqueza diante do povo de Luskan.
Luskan, a Cidade das Velas, fica na foz do congelante
do Rio Mirar, que desce da Espinha do Mundo, passa por
Mirabar e então desagua no mar. O ligeiro rio é fundo aqui, e
Luskan fica sobre as escarpas das duas margens, com ravinas
íngremes de pedras cinzentas com doze metros sobre as
águas. Ao redor do perímetro da cidade, grossas muralhas
de pedra com torres achatadas fornecem defesa. O portão ao
sul, chamado de os Dentes Gêmeos, ostentam as torres mais
impressionantes, erguendo-se duas vezes mais alto que as
muralhas, e são cobertas por ameias e seteiras em quantidade
suficiente para vários defensores, em uma demonstração de
força contra qualquer aproximação vinda do sul.
Os NAVIOS
Dentro das muralhas da cidade e nas águas próximas,
Luskan é governada por seus Navios e por cinco
Alto Capitães:
Primeiro Alto Capitão Beniago Kurth
Segundo Alto Capitão Barri Baram
CAP ÍTULO 2 f A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 Terceiro Alto Capitão Dagmaer Suljack
Quarto Alto Capitão Throa Taerl
Quinto Alto Capitão Hartouchen Rethnor
Os cinco Alto Capitães escolhem os nomes de seus Navios
quando assumem a liderança. Os capitães são a autoridade
máxima em Luskan; eles e os tripulantes de seus Navios
seguem uma conduta própria como um tipo de nobreza,
embora uma que não seja hereditária.
Independentemente do nome, cada Navio não é uma
simples embarcação, mas uma organização de membros
que devem aliança uns aos outros e ao seu capitão, a quem
eles escolhem para a vida toda. Ser um membro de um
Navio é uma escolha privilegiada, uma que apenas um em
cada dez dos habitantes de Luskan pode reivindicar.
Os cinco Navios de Luskan são mais do que uma gangue
de piratas. Eles são são companheiros das pessoas que
vivem, treinam, fazem amor e vão para a guerra entre si.
Juntar-se a um é sinal de honra e continua a ser uma grande
tradição que os luskar associam com a democracia
auto-determinação e individualidade. '
Cada Navio tem suas próprias cores e símbolo. Os
membros de um Navio frequentemente usam suas cores
decoram seus escudos redondos com o símbolo e cores ~
tatuam-se com o símbolo. Assim como seu parentesco com
os nortenhos, os membros dos Navios luskar geralmente
tatuam suas faces, mas em vez de representar sua ilha, as
tatuagens são tanto marcas pessoais quanto tatuagens de
sua aliança ao seu Navio.
A associação a um Navio é voluntária, porém é um
compromisso até a morte. Para se juntar a um Navio, um
luskar de estar em idade de combater (cerca de quatorze
anos, para humanos) e possuir ao menos uma espada ou
machado, uma lança e três dos reforçados e resistentes
escudos preferidos dos nortenhos. Cada Navio aceita
novos candidatos de tempos em tempos para preencher
vagas abertas por motivo de falecimento, mas como regra,
os Navios não aumentam sua fileiras ao pegar um grande
número de membros de uma vez só.
Cada Navio tem um número de embarcações à vela,
o tamanho, tripulação e tipo que ajuda a determinar a
influência do Navio do Alto Capitão e sua posição dentro
da cidade. O atual Primeiro Navio, Kurth, tem tantas
embarcações que quase supera a quantidade possuída
pela soma dos próximos dois Navios, e seus membros são
tão numerosos que os Navios Suljack, Taerl e Rethnor
poderiam se juntar e ainda assim não se equiparariam.
As leis da cidade governam o comportamento dos Navios
e seus capitães, decretando os Navios responsáveis pela
defesa da cidade, sua administração e o gerenciamento de
seus recursos. Além dessas tarefas universais, cada capitão
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assume outros deveres conforme desejado, de acordo com a
posição que o Navio está na hierarquia, deixando os deveres
menos interessantes e menos lucrativos para os capitães e
Navios de menor posição.
Como cada Navio tem a capacidade de pegar o que quer
e deixar o que não quer para o Navio menor, um estrita
divisão de deveres surgiu entre eles.
O Navio Kurth controla as docas da cidade e a atividade
decorrente delas. Entre as mercadorias mais lucrativas
que passam através do porto estão as armas e ferramentas
vindas de Mestre de Ferro e o âmbar-cinzento para o
comércio de fragrâncias.
O Navio Baram comanda a indústria pesqueira de
Luskan. A comida que ela fornece é tão vital para o
bem-estar da cidade nos dias de hoje que Baram ascendeu
em influência para o Segundo Navio por causa de seu
sucesso nas incursões pelo mar.
O Navio Suljack controla e conduz a maior parte da pirataria
e invasões que têm origem em Luskan. Ele ocasionalmente
passa as oportunidades mais fracas para Taerl.
O Navio Taerl, recentemente elevado do Quinto Navio,
estava acostumado a ficar com o que sobrava. Agora
seus trabalhadores e marujos aceitam de bom grado as
oportunidades de lucro enviadas de cima, e tão felizes
quanto, delegam a maioria das tarefas mais degradantes e
indesejadas para Rethnor.
O Navio Rethnor se envolve com as atividades menos
rentáveis, além do serviço de guarda, que é uma pobre fonte
de renda. Os capangas de Rethnor às vezes andam pelas
ruas de Luskan procurando por meios rápidos e violentos de
conseguir algumas moedas.
o Povo E AS LEIS
É inquestionável, o povo de Luskan mostra sua herança com
os nortenhos. Eles atacam navios e povoados litorâneos,
realizam atos de interceptação e pirataria e valorizam a
força das armas sobre qualquer outra qualidade. Contudo,
d~rante a longa história de Luskan na Costa da Espada, a
cidade acabou adotando muitos dos comportamentos do
povo do continente. Os luskar não sequestram pessoas de
outros povoados ou tribos, e consideram que as mulheres
têm a mesma posição social que os homens (tanto que
dois dos Alto Capitães são mulheres, Suljack e Taerl). E
diferente de seus irmão ilhéus, eles não desconfiam da
magia. A escravidão é, pelo menos nominalmente, ilegal em
Luskan, embora um escravo levado e vendido no mar seja
geralmente esquecido pelas autoridades.
Supostamente, a lei em Luskan é exercida pelos soldados
dos Navios, que recebem o poder para prender criminosos
e levá-los diante dos Magistrados da cidade. Na prática, as
prisões são frequentemente feitas pela própria população,
mas os resultados são os mesmos: uma apresentação perante
os Magistrados. Cada um dos cinco Magistrados é escolhido
por um Alto Capitão, mas não precisa ser um membro do
Navio do capitão. Os Magistrados são, ao menos oficialmente,
neutros. A maioria dos cidadãos tem seus casos decididos
por um único desses juízes, mas uma disputa envolvendo um
membro de um Navio é conduzida por todos os cinco.
'TRANSAÇÕES E COMÉRCIO
: Luskan não taxa oficialmente seus cidadãos; a cidade faz
dinheiro através do comércio, pesca, pirataria e saques.
. A defesa da cidade vem às custas dos Navios, paga pelos
lucros das atividades deles bem como do dinheiro de
y;,--,. . proteção que os Navios extorquem dos comércios e lares
para manter os ladrões e as gangues contidas. A propina é
u..m
_ a_p_ra-·t_i_
c -a=c-º..m_u.,.m~,-;:;u,~m
- meio aparentemente aceito para
g~
se ganhar o favor de um dos Altos Capitães na obtenção
de direitos de pesca, para se ganhar vantagem na decisão
dos Magistrados ou para que se prenda, se aborde ou se
espan.que um comerciante rival ou pretendente indesejado.
Considerando o status de ser o porto que distribui as
mercadorias de Mirabar para a Costa da Espada, de fazer
a ligação da costa com o extremo norte e de oferecer a
única travessia conveniente através do Rio Mirar por
muitos e muitos quilômetros, Luskan acaba ganhando
muitas moedas como um entroncamento. Os comerciantes
que desejam evitar Luskan podem escolher a Travessia
do Vaunegro, cerca de cinquenta quilômetros rio acima
e que dá continuidade à Estrada Vaunegro na margem
norte; porém os mais experientes sabem que os Navios de
Luskan controlam as balsas guiadas por cabos que fazem a
travessia e que exigem um pedágio com base n9 conteúdo
dos bens sendo carregados. A Estrada Vaunegro ainda
ostenta as antigas marcas do reino anão de Gharraghaur,
relembrando os viajantes cuja riqueza sustenta a região.
Ao norte da cidade, os Meandros Setentrionais levam
até o Vale do Vento Gélido. Poucos seguem essa rota sem
que se tenha um propósito, mas as esculturas em marfim
vindas lá do vale acabam seguindo seu caminho através de
Luskan, onde aqueles que a compram o fazem sem ter que
se embrenhar em terras congeladas.
A porção norte da cidade, conhecida como Margem Norte,
é dedicada quase que totalmente aos armazéns, terrenos
de caravanas e áreas de trabalho. Ela inclui o Escudo
de Mirabar, um complexo fortificado que representa os
interesses comerciais de Mirabar em Luskan. Mirabar usa
o local como uma base para fazer comércio com a Costa da
Espada e com diversas das Ilhas do Mar Desconhecido.
A maior parte da cidade fica na margem sul do Rio Mirar.
Ao norte da Corredeira do Ceifador fica a Orla, onde está
maioria das casas e dos pequenos comércios. Ao sul da
Corredeira ficam os guetos, a área "ruim" da cidade. Perto
dos guetos fica a Vizinhança do Capitão, onde ficam as
residências das Alto Capitães Taerl e Suljack, mas fora isso
a área é bastante pobre.
As ILHAS
Existem cinco ilhas na baía formada pelo Rio Mirar e que
são reivindicadas por Luskan.
A Ilha do Sangue abriga soldados dos Navios
encarregados de fazer a guarda da cidade; a ilha contém
uma torre de guarda, alojamentos e um arsenal, e outras
coisas de pouco interesse.
A Ilha Guardapróxima é o lar do Alto Capitão Kurth.
• A Ilha do Alfange tem dois elevados rochosos divididos
por uma praia de cascalhos. O elevado ao sul é encimado
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
 pela Torre Marinha, onde os primeiros piratas de Luskan
construíram sua fortaleza, enquanto o elevado ao norte
abriga a Torre das Hostes Arcanas e os estábulos que ela
divide com o Navio Kurth.
A Ilha da Presa não possui habitantes e é chamada assim
pela tendência que ela tem de destruir embarcações que
são arrastadas pela correnteza do Rio Mirar.
A Ilha Braço Portuário é um pináculo alto que protege
o Porto Velasalvas das piores tempestades e ressacas
que vêm do sul.
As PONTES
As Margens Norte e Sul são ligadas por três pontes: O Vão
I' Montante, que conecta a Margem Sul diretamente ao Portão
11 Norte; o Vão Dalath, a ponte do meio com um nome que não
1:
está nas lendas; e a Travessia do Porto, dividida entre o Vão
Curto que vai da Margem Sul até a Ilha do Sangue, e o Vão
Longo que continua até a Margem Norte. Apenas membros
de um Navio e aqueles autorizados por um Alto Capitão
podem circular pela Travessia do Porto.
O Arco Escuro conecta a Margem Sul com a Ilha
Guardapróxima, e apenas membros do Navio Kurth e da
Irmandade Arcana podem cruzar este vão sem serem
questionados. O mesmo vale para a Ponte da Espada, que
cruza a Ilha Guardapróxima até a Ilha do Alfange. Embora a
Ilha Guardapróxima seja oficialmente não protegida, ainda
é verdade que espera-se que apenas membros da Irmandade
Arcana ou do Navio Kurth estejam por aqui, portanto
qualquer outro é agressivamente interrogado sobre sua
presença no local.
A IRMANDADE ARCANA
Na última década ou pouco mais, duas grandes mudanças
aconteceram em Luskan. A primeira foi a praga que
incapacitou as gangues que controlavam a cidade,
permitindo que os Alto Capitães reivindicassem o poder
que possuíam há muito tempo em Luskan. A outra, uma
mais súbita, foi o retorno da Irmandade Arcana e sua
Ü SÍMBOLO DA
IRMANDADE ARCANA
torre de cinco pináculos. Alguns anos atrás, a arruinada
Torre da Hoste Arcana começou a regenerar suas pedras
danificadas, erguendo-se uma vez mais aos céus. Pouco
tempo depois, os magos da Irmandade Arcana emergiram
e quase que imediatamente começaram a livrar as ruínas
luskar dos mortos-vivos e lutar contra um dragão que
ameaçava a cidade. Celebrados pelos cidadãos, eles juraram
manter-se fora da política dos Alto Capitães e da cidade
como um todo, porém a noção de que poderosos magos
fortemente alinhados entre si permanecendo realmente
neutros faz qualquer um familiar com estes assuntos, rir.
Agora, a Irmandade Arcana novamente anda pelas ruas de
Luskan, identificados pela cores e padrões inconfundíveis
de seus mantos. De longe, estes mantos ostentam o mesmo
corte e silhueta, mas cada mago da Torre da Hoste escolhe
uma cor ou um desenho, e uma alcunha que o acompanha.
A liderança da Irmandade Arcana é de um arquimago e de
quatro supramagos que ocupam cada um dos pináculos da
Torre da Hoste:
Cashaan, o Vermelho, Arquimago Arcano
Zelenn, o Branco, Supramago do Oeste
• Jendrick, o Azul, Supramago do Sul
• Tevya, a Cinzenta, Supramaga do Leste
• Druette, a Negra, Supramaga do Norte
Outros membros notáveis da Irmandade incluem Vaelish,
o Castanho, e Maccath, o Carmesim.
VALE DO VENTO GÉLIDO
Siga para o extremo norte e você se deparará com uma
cordilheira de montanhas chamada adequadamente de
Espinha do Mundo. Vire-se para o oeste em direção ao Mar
de Gelo Flutuante e eventualmente você vai encontrar uma
das várias comunidades espalhadas do Vale do Vento Gélido.
Você também pode viajar pela estrada que parte de Luskan
e que se estreita continuamente, chamada de Meandro
Setentrional, e que leva até a tundra congelada mais ao norte.
Pra que viajar para tão longe? Bem, se você é como vários
que vieram para cá vindos do sul, é porque uma vida fácil
não te satisfaz, porque está fugindo de algo ou porque você
simplesmente não se encaixa em lugar algum.
DEZ-BURGOS
Seguindo a estrada que vem do sul, a primeira coisa que você
verá é o Sepulcro de Kelvin, uma grande montanha marcada
por uma fenda que desce ao longo de sua face sudoeste.
Mesmo no ápice do verão este pico permanece encoberto pela
neve e gelo. Na sombra meridional da montanha fica Brin
Shander, o maior, mais populoso e mais fortificado povoado
de Dez-Burgos do Vale do Vento Gélido. Dez-Burgos é um
agrupamento de comunidades que se juntam ao redor dos
três lagos da região: Maer Dualdon, a partir de onde flui o Rio
Shaengarne em direção à Mestre de Ferro; Lac Dinneshir à
leste, cujas águas estão quase sempre frias o suficiente para
matar; e o Águasrrubras, chamado assim por causa de uma
antiga batalha entre pescadores rivais que terminou com
suas águas tingidas de sangue.
Dez-Burgos vive da pesca e do comércio, ambos
empreendimentos que dependem da truta cabeçuda dos
lagos do Vale do Vento Gélido. Sem este peixe, o povo de
Dez-Burgos passaria fome, mas também haveria muito
pouco para eles trocarem ou venderem. Os ossos brancos
como marfim destes peixes são a base das famosas
esculturas que são vendidas tão longe quanto Calimshan e
mais distante para o leste quanto sou capaz de imaginar.
Os ossos também são usados para fazer todo tipo de
pequenas e robustas ferramentas: anzóis, pontas de flecha,
agulhas de costura, botões e muito mais. Cada aldeia nos
lagos possui sua própria frota de traineiras e as aldeias
dividem cuidadosamente os lagos para proteger a população
e o delicado equilíbrio entre as comunidades.
As pessoas com mentalidade independente que vêm até
Dez-Burgos são desencorajadas a tentar algo por conta
própria, e quando tentam, logo elas acabam falhando, seja
devido aos perigos das águas, por serem impedidas de
chegar até as melhores áreas de pesca ou simplesmente
por serem recusadas de fazer negócio com os entalhadores,
cujas mercadorias sãn caras. O Vale do Vento Gélido é um
local onde a cooperação é essencial para sobrevivência,
e ignorar este fato pode levar alguém a ficar sozinho em
épocas de necessidade.
Enquanto nove povoados de Dez-Burgos sobrevivem
essencialmente da pesca, Brin Shander vive do comércio,
tornando o local o primeiro a ser visitado quando se vem
até aqui. As muralhas mantém a cidade segura contra os
bárbaros que atacam pela região e contra as feras da tundra,
e as pessoas amontoadas significa que Brin Shander
também é mais aquecida que as outras aldeias, tanto
literalmente quanto em termos de recepção que se tem.
Eu visitei apenas algumas vezes as outras aldeias, e
embora elas tenham sua peculiaridades e charme, elas
são exatamente o que você esperaria: vilas pesqueiras às
margens de águas congelantes em um ermo congelado.
Certamente há comércio ali a ser feito, pode-se ganhar
algumas moedas e intrigas a serem investigadas até mesmo
na menor destas comunidades (que pode ter cerca de menos
de cem almas). O outro único ponto de interesse é a aldeia
de Targos, no Maer Dualdon, que cresceu rapidamente
e ameaça ultrapassar as fronteiras de sua muralha de
proteção e, portanto, oferece muito mais oportunidades.
ÜS BÁRBAROS REGHED
Dez-Burgos não é a única comunidade do Vale do Vento
Gélido. Tribos de humanos bárbaros chamados Reghed
também atuam na região. Caçadores e invasores que
valorizam a força e a devoção aos seus heróis ancestrais,
eles reivindicam uma grande quantidade de heróis entre
seus honrados mortos, incluindo alguns que foram
responsáveis pela segurança de Dez Burgos, do Vale do
Vento Gélido e das terras além. Um acampamento Reghed
é composto por um largo círculo de tendas de pele, ideiais
para serem desmontadas e transportadas conforme os
Reghed se deslocam com os rebanhos de renas das quais
dependem para comer e se vestir.
Os ANÕES
Os anões ainda vivem nas minas do Sepulcro de Kelvin,
mas em menor número do que já foram, e com bem menos
influência do que tinham no restante do Vale do Vento
Gélido, cerca de um ou dois séculos atrás. Os anões daqui
alegam sua continua aliança com o Clã Martelo de Batalha
do Salão de Mitral, mesmo embora tenhain retornado ao
frio norte quando descobriram que seu lar ancestral não se
adequava mais a eles. Brin Shander lhes serve como um
posto comercial, permitindo que mantenham humanos e
outros estranhos longe de suas minas, que ficam a uma boa
distância das sombras do Sepulcro. Os anões enviam um
representante para o conselho dos oradores que governa
Dez-Burgos, mas não têm palavra nas decisões, exceto para
declarar que aceitam ou recusam as decisões das reuniões
dos humanos.
A UMBRETERNA
'CÊ SABE O QUE É SER UM ESCRAVO? SENTIR O ESTALO DE
um chicote, o veneno do açoite cabeça-de-serpente de uma
sacerdotisa drow, o peso de um fardo que nem consegue levantar
depois de tanta canseira? Sabe não. Então cala a sua boca e abre
os olhos e ouvidos, e molha essa pena.
- Oshgir, o meio-ore, para Kimitar Thaeless,
glifoescriba de Deneir
Conhecido por muitos como o Reino Subterrâneo, a enorme
rede de cavernas, grutas e passagens subterrâneas com
quilômetros de profundidade chamada de Umbraeterna é
a morada de muitas criaturas estranhas e de sociedades
mais estranhas ainda. Ninguém sabe bem a extensão
desse ecossistema gigantesco, exceto para dizer que
ele vai até o alcance do continente, e que a maioria das
criaturas conseguem sobreviver suas vidas todas lá, desde
que encontrem comida e segurança. Ar para respirar é
abundante, e água limpa também pode ser encontrada.
Mas para além isso, a maioria das pessoas da superfície só
sabem as histórias de aventureiros, de sobreviventes dos
ataques e de um ou outro cativo que escapou dos horrores
que se escondem abaixo da terra.
O que se segue são partes do conto relatado por Oshgir,
um meio-ore combatente que foi capturado por um grupo
de ataque duergar, vendido para um agente Zhentarim,
capturado pelos drow e que, então, escapou de seu cativeiro
ao matar um supervisor e fugir para Brilha Pedraluzente.
Estes feitos foram registrados por um escriba viajante de
Deneir chamado Kimitar Thaeless e enviado para a biblioteca
do Candlekeep (Forte da Vela). Muitos não acreditam que
um meio-ore seja tão eloquente assim para fazer um relato, e
portanto o escriba incrementou um pouco a história.
BRILHA PEDRALUZENTE
Minha alegria inicial ao chegar em Brilha Pedraluzente foi
rapidamente desmanchada. Os gnomos das profundezas
parecem não gostar de visitantes que não reconhecem ou
identificam, e sendo um meio-ore não ajudou muito nisso, ao
menos para mim. Após desviar de flechas disparadas de cima
das muralhas altas da cidade, desisti de entrar pelo portão e
me esgueirei por um pequeno túnel para carrinhos de minério,
esvaziando parte da ~arga para abrir um espaço pra mim.
Eu consegui evitar um conflito com os guardas que me
descobriram no carrinho. Quando ele me mandaram parar,
eu o fiz com minha arma abaixada ao meu lado, e me virei
para dar as costas para eles. Quando eles viram que eu
estava coberto de marcas e cicatrizes dos açoites afiados
das sacerdotisas, e quando perceberam que minha lâmina
era de ofício drow (embora claramente eu não fosse um),
eles ficaram mais dispostos a acreditar em minha história.
Embora os gnomos tenham me mantido sob vigilância,
me foi permitido recuperar minhas forças por alguns dias,
e eu vi um pouco da comunidade deles enquanto isso.
Uma vez que eu estava dentro da cidade, eu poderia dizer
que ela não é muito bem uma cidade. Todos os svirfneblin
vivem muito próximos uns dos outros, e essa proximidade
pode ser desconcertante, principalmente para alguém
acostumado a pequenos luxos como venezianas nas janelas
e portas nos banheiros. Toda as casas são feitas com pedra
natural lisa, com poucos sinais de cantos.
 Cada tipo de indústria tem sua parte na cidade: comércio,
ferraria , mineração e o cultivo de um fungo especial. Ainda
assim, muitos dos velhos túneis e cavernas permanecem
inutilizados e selados, seja para proteção contra invasão ou
talvez por causa do que habita ali, não sei dizer.
Se você for recebido por tempo suficiente na cidade, pode
comercializar mercadorias boas e armadura aqui; as cotas
de malha e as picaretas de mineração dos gnomos parecem
ser os itens que mais vale a pena adquirir. Antes de me
mandarem embora, os gnomos foram gentis o bastante para
me dar uma picareta, uma adaga e alguns de seus trllimac,
um fungo estranho que pode ser usado como um tipo de
pão. É um tanto esponjoso, mas não estraga fácil, e me levou
até a superfície antes que eu morresse de fome.

CAPTURA
Não é possível descrever a vergonha de um combatente
experiente ter ficado de joelhos diante de meia dúzia de
duergar que haviam acabado de matar seus companheiros.
Não interessa que estivéssemos dormindo e desprotegidos
no momento, ou que eu tenha conseguido dar cabo de
quatro deles antes que uma machadada arrancasse a força
de minhas pernas. Eu fui algemado e amordaçado, meu
ferimento foi enfaixado em trapos apertados o suficiente
para parar de sangrar e imobilizar minha perna, enquanto
aquelas pestes cinzentas riam e zombavam de mim, e
então me forçaram a andar até que eu desmaiasse. Quando
acordei, já não havia mais céu sobre minha cabeça.

GRACKLSTUGH
Depois de dias andando em lugares fundos e escuros
debaixo da superfície, fui levado, preso a correntes pesadas,
até Gracklstugh, nas margens do Lagoescuro. Fui colocado
para trabalhar em uma forja quase imediatamente, para
bombear foles, pesar lingotes e carregar barris de óleo de
têmpera. O local é chamado de Cidade das Lâminas por um
bom motivo: o excelente aço dos duergar é impressionante,
considerando a qualidade do ferro que usam de
matéria-prima. Martelar, refinar e polir cuidadosamente
davam ao metal a força e maciez necessária, e uma afiação
dedicada acrescentava corte perverso para muitas das
lâminas que fiz.
Os duergar fazem a maioria de suas casas para além de
uma grande muralha, que nunca atravessei. Ao norte, o chão
da caverna que abriga o Lagoescuro fica perigosamente
baixo, tanto que em alguns lugares fica a apenas três metros
da superfície da água. A caverna toda brilha, e o constante
fluxo de ferro quente através da cidade confere a ela uma
luminosidade amarelada o tempo todo. É assustador, se
você se esquecer de onde está. Mais que isso, é quente.
Depois de um mês ou mais trabalhando para um ferreiro
menor, eu briguei com o aprendiz que me supervisionava, e
ele me desafiou a testar a força de sua nova lâmina. Como
eu imaginava, ele caiu, mas fez um bom trabalho. O duergar
não pareceu estar bravo pelo aprendiz estar morto aos meus
pés, mas um tempo depois disso que fui arrastado até o
mercado para ser vendido. Naquele momento, um humano
estava na cidade em algum tipo de missão diplomática.
Eu chamei a atenção dele e ele me comprou.

MANTOL-DERITH
Logo descobri que não fui comprado totalmente por causa
de minha força bruta, mas também pelo que eu sabia sobre
os duergar. Meu novo dono era um membro de um grupo
chamado Zhentarim, e quando o contei o que sabia, ele me
ofereceu liberdade e um lugar entre seus agentes. Juntos
viajamos para um lugar chamado Mantol-Derith, onde eu
serviria como seu leão-de-chácara. De lá iríamos para a
superfície, e eu poderia continuar como seu empregado
se eu ainda quisesse. Liberdade e um trabalho? Como eu
poderia recusar?
Mantol-Derith é um lugar escondido acessado apenas
por passagens secretas. Escravos, como eu havia sido, não
são permitidos de ir até lá. Uma vez na caverna, eu tinha
que ficar perto do meu empregador, mas de olhos e ouvidos
atentos, descobri muita coisa sobre este lugar.
Mantol-Derith é onde os duergar, drow e svirfneblin
vem para fazer comércio entre si e com os habitantes
da superfície interessados em fazer negócios nos locais
subterrâneos. Sua localização é mantida em segredo - eu
só sei que é bem perto do Lagoescuro. Os drow vendem
armas, armaduras, pergaminhos mágicos e poções, além
de obras de arte. Os duergar comercializam principalmente
seu excelente aço, e exigem preços altos por ele. Os gnomos
das profundezas vêm até o mercado com pedras preciosas,
certos fungos que somente eles são capazes de cultivar, e
sal, uma mercadoria escassa na Umbreterna. Os povos da
superfície trazem vinhos, cervejas e destilados, tecidos,
madeira, papel e uma grande quantidade de outros bens
de consumo.
As leis de Mantol-Derith não parecem se preocupar com
nada mais além do comércio. Não deve haver proibições
sobre os tipos de criaturas que podem visitar aqui - entre
outras coisas, eu vi um par de devoradores de mente
enviados para fazer comércio no mercado. Os crimes
mais graves são roubo, o uso de magia para influenciar
negociações e a falsificação de mercadorias, seja por meios
mundanos ou mágicos. Qualquer um descoberto praticando
uma violação é sentenciado de imediato, preso em pesadas
correntes e carregado para ser lançado no fundo do
Lagoescuro.
Quando os negócios de meu empregador estavam
concluídos, ele manteve sua palavra e partimos para a
superfície. Isso se os drow com quem ele havia negociado
fossem de confiança. Fomos emboscados, ele foi morto e
novamente fui accorentado.
MENZOBERRANZAN
Eu ac,\lbei indo embora do lugar, mas não antes de aprender
mais sobre Menzoberranzan do que qualquer pessoa sã
ousaria saber. Embora a vida de um escravo possa ser
brutalmente curta na Cidade das Aranhas, os drow não são
tão extravagantes a ponto de dar fim em todos os cativos
que levam para lá. Ao mesmo tempo, eles são mestres
da punição - é o medo da dor, não o medo da morte,
que motiva os escravos dos drow. Se você tiver sorte, irá
encontrar apenas grilhões normais e o ocasional chicote ou
uma explosão mágica luminosa. Um pouco menos sortudo
ou mais malicioso, e os açoites com cabeça de serpente das
sacerdotisas vão deixar seu recado.
Se você não é um drow na Cidade das Aranhé\s, você não
é digno de um nome. Todo tipo de habitantes da superfície
- ores, elfos, humanos e pequeninos - são trazidos aqui
para servir como escravos para os drow em seu refúgio.
O constante medo da punição, de uma senhora ou de um
outro drow mais poderoso, mantém a maioria dos escravos
obedientes, mesmo que não sejam supervisionados
diretamente.
A grande caverna da cidade está cheia de pináculos altos,
e casas tanto grandes quanto pequenas são escavadas
dentro das estalagmites e estalactites que perfuram a
=====-___,..._________________
escuridão. Uma fraca iluminação vinda de magia ou de
fungos brilhantes decora algumas das casas e comércios,
bem como as mansões das casas altas da cidade, oito das
quais posicionadas acima de todas as outras. Embora
as casas menores dancem conforme a música e lutem e
tramem para ganhar vantagem sobre as outras, todas vivem
sob os calcanhares da Casa Baenre e da Mãe Matriarca que
governa a cidade em nome de Lolth.
Em um enorme platô bem acima do chão da caverna
fica Tier Breche, também chamada de Academia, onde
a cidade treina suas sacerdotisas, magos e combatentes
nobres. O mercado da cidade fica em uma posição central,
e rothés são criados em uma ilha na direção da borda leste
da cidade.
Se você for tão azarado o suficiente para ser escravizado
pelos drow de Menzoberranzan, meu conselho pra você é
simples e direto: faça o que te mandarem, evite insultar a
deusa deles (o que significa sequer espanar uma aranha
andando em você) e tente escapar apenas se estiver
desesperado demais ou certo demais de sua sobrevivência.
Se for lhe dada a oportunidade, como me foi dada,
você pode descobrir que o pescoço de um drow quebra
surpreendentemente fácil.
FUGA
Certo dia, logo depois de eu ter perdido as contas de
quantos dias eu estava cativo, eu estava em uma pequena
caverna periférica com a lguns outros escravos colhendo
cogumelos. Foi me dada licença para atender um chamado
da natureza longe dos cogumelos, e me demorei demais
em um túnel lateral para que quem me vigiava viesse atrás
de mim. Eu levei a primeira chibatada que ele me ofereceu
com seu chicote, então agarrei a arma e puxei aquele
tolo magrelo na minha direção antes que ele pudesse dar
qualquer alarme ou sacasse sua lâmina. Levou um segundo
ou dois para colocar as duas mãos em sua garganta. Quando
ele já estava morto aos meus pés, peguei-lhe a espada
e corri o mais rápido que pude. Eu sabia que a cidade
gnômica de Brilha Pedraluzente estava perto, e acabei
chegando até lá, mas a jornada levou dias enquanto eu
atravessava passagens e túneis cheios de curvas ao mesmo
tempo que tentava evitar ser notado.
A CAVERNA DE MENZOBERRANZAN
Menzoberranzan ocupa uma enorma câmara abobadada que
antigamente era o covi l de aranhas gigantes e observadores .
A câmara é conhecida por seu nome anão, Araurilcaurak
("Grande Caverna de Pi lar"), por causa de Narbondel, o
gigantesco pilar rochoso no centro da caverna que une o chão
ao teto. A caverna tem o formato irregu lar da ponta de uma
flecha, com a lagoa Donigarten em sua ponta, estendendo-se
cerca de três quilômetros de uma extremidade a outra. O teto
eleva-se a centenas de metros de altura, e o chão é cravejado
de estalagmites.
Duas áreas se e levam acima do restante da cidade: Tier
Breche, a latera l da caverna ocupada pela Academia onde a
maioria dos cidadãos drow são treinados para a vida adulta;
e a enorme Qu 'ellarz'orl (ou Casa-Sótão), um platô que é lar
para a maioria das casas nobres mais poderosas, separada
da cidade baixa por uma floresta de cogumelos gigantes. De
qua lquer uma dessas elevações, um observador tem vista
da cidade inteira. Tal vista revela fileiras de castelos com
pinácu los de pedra esculpidos, seus pontos ma is e levados
iluminados pelas sutis e coloridas luzes fluídas dos fogos das
fadas permanentes.
CAPÍTULO 2 1 A COSTA DA ESPADA E O NORTE
101
 C APÍTULO 3: As RAÇAS DOS REINOS
AERÔN É O LAR DE MUITAS RAÇAS, ALGUMAS
das quais imigrantes de outros mundos que
acabaram encontrando um caminho até aqui em
tempos remotos, quando portões e portais eram
mais abundantes e bem mais fáceis de serem
cruzados. Outras são relativamente recentes no
mundo, ainda buscando um lugar para si entre
as raças já estabelecidas. As civilizações das
raças mais antigas declinaram, enquanto as raças mais jovens
ainda estão florescendo e se espalhando constantemente.
Todas raças de personagens descritas no Player's
Handbook: Livro do Jogador podem ser encontradas nos
Reinos, junto com alguma sub-raças que são exclusivas de
Faeril.n. Cada raça de personagem possui todos os traços
raciais da raça primária, como apresentado no Player's
Handbook: Livro do]ogador, além dos traços raciais que são
únicos para cada indivíduo da sub-raça. Este capítulo fornece
traços raciais para uma sub-raça apenas quando eles são
diferentes ou substituem aqueles apresentados no Player's
Handbook: Livro do]ogador. As informações apresentadas
neste capítulo são específicas para os Reinos, portanto se algo
que foi afirmado aqui é diferente do que foi apresentado no
Player's Handbook: Livro do jogador, este material prevalece.
A NÕES
O Povo Robusto é determinado e resoluto, com uma história
orgulhosa como sendo grandes artesãos, construtores
e combatentes. Embora a gloria de seus impérios tenha
desaparecido há muito tempo, os anões ainda se apegam
aos seus antigos costumes e tradições. Eles defendem
com teimosia o que resta de seus velhos domínios abaixo
das colinas e montanhas, e alguns buscam recuperar o
que perderam para as invasões dos ores, goblins e para a
inexorável passagem do tempo.
De acordo com suas próprias lendas, os anões foram
formados na Forja de Almas de Moradin a partir do ferro,
mitral, pedra e terra. Após o Pai de Todos soprar-lhes a vida
no coração do mundo, os anões encontraram o caminho para
a superfície e, a partir de lá, espalharam-se pelo continente.
Milhares de anos de colonização e separação dividiu os
anões êm duas sub-raças distintas: os anões do escudo,
mais comuns no Norte e na Costa da Espada; os anões
do ouro, das terras mais ao sul; e os anões cinzentos, ou
duergar, da Umbreterna.
O idioma Anão de Faeril.n faz uso de um alfabeto
rúnico chamado Dethek, cujos caracteres são facilmente
entalhados na pedra e no metal, como pode ser visto nas
pedras rúnicas e nas marcações dos caminhos encontrados
nos túneis e minas dos anões.
A NÕES DO ESCUDO
O lar ancestral dos anões do escudo fica no norte d,t: Faeril.n,
onde antigas fortalezas anãs existem no Norte, Damara,
Impiltur, Vaasa, na Vastidão e nas Terras Centrais do Ocidente.
A mais famosa das antigas cidades dos anões do escudo é a
Cidadela Adbar, que fi~a a nordeste de Lua Argêntea. Muitas
destas fortalezas anãs mudaram de mãos ao longo dos séculos
em um ciclo envolvendo invasões deflagradas pelos inimigos,
seguido da reconquista pelos anões.
Vivendo em um estado de guerra quase que constante
durante gerações, os anões do escudo são um povo
empedernido, lentos para confiarem em alguém, com
.·'
memórias longas e com uma lista igualmente longa de
ressentimentos para com seus inimigos antigos. Os mais
conservadores entre eles querem manter as tradições e manter
as fortalezas de seu povo, isolados da influência de forasteiros
e a salvo de invasores ficando atrás de grossas paredes
de pedra. Os anões do escudo com uma inclinação mais
aventureira tem interesse em explorar o mundo e descobrir o
que há além das fronteiras de suas fortalezas ancestrais.
Os anões do escudo possuem os traços raciais dos anões
da montanha do Player's Handbook: Livro do jogador.
Sua pele é geralmente clara, os olhos são verdes, castanhos
ou azul-prateados, e possuem cabelos castanhos, louros ou
ruivos. Barbas e bigodes fartos são bastante comuns entre
os exemplares masculinos dos anões do escudo.
Os anões do escudo são artesãos renomados,
principalmente no trabalho em metal e pedra. Eles tendem
a focar-se mais na robustez de seu ofício do que em
ornamentações artísticas e douradas, as preferidas de seus
primos anões do ouro. O que os anões do escudo constroem
é feito para durar, e a imortalidade dos feitos é alcançada ao
se entalhar a assinatura na obra-prima realizada.
ANÕES DO ÜURO
Os anões do ouro são comuns nas terras ao sul e a leste.
Eles são combatentes formidáveis, orgulhosos de suas
longas tradições e com fortes laços com o clã. Eles são
rudes e arrogantes, e possuem um grande amor pelo
artesanato e são ávidos no comércio.
Existem povoados importantes dos anões do ouro na
Grande Fenda, na área ao redor da Costa do Dragão,
bem como nos Antigos Impérios do leste de Faeril.n.
Comunidades menores são encontradas nas Montanhas
Fumegantes, nas Montanhas Fuga do Gigante, bem como
nas Terras Centrais do Ocidente.
Como nunca encararam o mesmo ciclo de invasão e
deslocamento, os anões do ouro costumam a ser mais
otimistas do que seus primos, os anões do escudo, porém ainda
permanecem reservados e orgulhosos como somente um anão
pode ser. Eles acreditam que a história estável de sua raça é o
resultado de seu apego às tradições, e não têm dúvidas de que
o futuro dos anões do ouro será tão justo quanto pacífico se
permanecerem fiéis aos seus costumes e princípios.
Os CLÃS DE ANÕES NO NORTE
Todos os anões consideram sua herança de clã como uma
parte importante de sua linhagem e identidade. Enquanto
em algumas cidades um único clã é dominante (ou é o
único a fixar residência ali), em outras comunidades anãs
há uma relação complexa entre família, clã e a sociedade
como um todo.
Alguns dos clãs anões no Norte são Crânio de Amie iro,
Abate Soturno, Alça de Broquei, Cava-Escava, Crava-Macha,
Colina Distante, Desafeto, Escudo de Ferro, Escudo-Rochoso
Esmaga-Barro, Fenda da Águia, Forja Leal, Jundeth, Lábaro
Negro, Malho-Desafeto, Martelo de Batalha, Martétrico,
Mata-Serpes, Mestre do Cascalho, Narlagh, Ombro
Pedregulho, Orothiar, Rocha-Fosso, Soca-Calhau, Sestrela,
Trombeta, Trono do Mundo, Vigília Eterna e Yund.
Alguns anões vêm de famílias que fundaram ou que
governam um determinado clã, e portanto usam o nome do
clã como nome de família. Outros são simplesmente "do"
clã, mas carregam o nome do clã com tanto orgulho quanto
carregam seus sobrenomes.
CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DOS REINOS
7-- -

Os anões do ouro possuem os traços raciais dos anões
da colina do Player's Handbook: Livro do jogador. Eles são
atarracados e musculosos, alcançando cerca de 1,2 metro de
altura, com a pele castanha, cabelos negros ou castanhos,
e olhos castanhos ou amendoados, sendo os olhos verdes
raros (e considerados um sinal de sorte). Os exemplares
masculinos deixam crescer barbas que eles mantêm oleadas
e bem cuidadas, e ambos os gêneros usam os cabelos longos
e normalmente com tranças bem elaboradas.
Os anões do ouro são bem conhecidos pela criação
de belos objetos. De acordo com eles, todos os recursos
naturais do mundo existem para que os mortais os
~ransformem em objetos de grande beleza . Os anões do
ouro não desejam tudo; eles desejam o melhor. Seus
artesãos trabalham itens durante anos, criando gravuras e
detalhes finos até finalmente ficarem satisfeitos.
Sua abordagem deliberada e perfeccionista é um reflexo da
cultura dos anões do ouro, na qual há sempre um jeito certo e
adequado de se fazer as coisas. A tradição dita cada aspecto
da vida de um anão do ouro, desde o seu lugar na sociedade
até o arranjo de casamentos, bem como a escolha de carreiras
que são aceitáveis. Os anões do ouro que escolhem uma
vida de aventuras, longe de seu clã, ainda assim raramente
renunciam suas tradições. Mesmo embora eles tenham que
viver como forasteiros durante um tempo, eles esperam até o
fim melhorar a posição dentro de sua sociedade.
ANÕES CINZENTOS (DUERGAR)
Os anões cinzentos, ou duergar, vivem nas profundezas
da Umbreterna. Após escavar mais fundo do que qualquer
outro anão, eles foram escravizados por devoradores de
mentes durante eras. Embora tenham conseguido sua
liberdade, agora esses anões sombrios e de pele cor de
cinzas fazem seus próprios escravos e são tão tirânicos
quanto seus antigos mestres.
104
CAPÍTULO 3 1
------------------,.; - :- :-
A S RAÇAS DOS REINOS
'::,
s:
Fisicamente semelhantes a outros anões em alguns
aspectos, os duergar são magros e esbeltos, com olhos
negros e cabeças completamente carecas, e os exemplares
masculinos mantêm longas e desgrenhadas barbas grisalhas.
Os duergar valorizam o trabalho acima de tudo. Mostrar
emoções além de uma cruel determinação é algo não
aprovado em sua cultura, mas por vezes eles podem parecer
contentes quando estão trabalhando. Eles possuem o apreço
por ordem, tradição e pelo trabalho manual impecável típico
dos anões, mas seus bens são essencialmente utilitários, pois
desprezam o valor estético e artístico.
Poucos duergar tornam-se aventureiros, menos ainda
permanecem no mundo da superfície, pois são uma raça
tacanha e desconfiada. Aqueles que deixam suas cidades
subterrâneas normalmente são exilados. Verifique com
seu Dungeon Master a possibilidade de jogar com um
personagem anão cinzento.
TRAÇOS RACIAIS DA SUB-RAÇA DUERGAR
A sub-raça duergar possui os traços raciais dos anões do
Player's Handbook: Livro do jogador, além dos traços raciais
da sub-raça abaixo.
Aumento no Valor de Atributo. Seu valor de Força
aumenta em 1.
Visão no Escuro Superior. Sua visão no escuro tem um
raio de 36 metros.
Idioma Extra. Você pode falar, ler e escrever o
idioma Subcomum.
Resiliência Duergar. Você tem vantagem em salvaguar-
das contra ilusões e contra ser enfeitiçado ou paralisado.
Magia Duergar. Quando alcança o 3° nível, você pode
conjurar a magia aumentar/reduzir em si mesmo uma vez com
esse traço racial, usando apenas a opção aumentar. Quando
alcança o 5° nível, você pode conjurar a magia invisibilidade
em si mesmo uma vez com este traço racial. Você não precisa
de componentes materiais para estas magias, e não pode
conjurá-las enquanto estiver sob luz do sol direta, embora a
luz do sol não as afete uma vez conjuradas. Você recupera a
capacidade de conjurar estas magias com este traço racial
quando termina um descanso longo. Inteligência é o seu
atributo de conjuração usado para estas magias.
Sensibilidada à Luz Solar. Você tem desvantagem em
jogadas de ataque e em testes de Sabedoria (Percepção) que
dependam da visão quando você, o alvo de seu ataque ou o
que seja que você está tentando perceber estiver sob a luz
do sol direta.
DIVINDADES ANÃS
Os deuses dos anões são um panteão, ou clã, conhecidos
coletivamente como o Morndinsamman.
PAI DA FORJA E MÃE VENERADA
Moradin, o Forjalma, lidera os deuses anões. Conhecido
como Pai dos Anões e Pai de Todos, ele é o deus do povo
anão como um todo, bem como o deus da criação, dos
"ofícios anões" (trabalho em metal e pedra) e da proteção.
Sua esposa é a Mãe Venerada, Berronar Pratafiel, deusa da
lareira e do lar, da honestidade e da fidelidade, bem como
dos juramentos, lealdade e honra.
DEUSES DE BATALHA
Clangeddin Barbaprata é o deus anão da guerra e do valor.
Gorm Gulthyn, também chamado Olhos de Fogo e Senhor
da Máscara de Bronze, é o deus da defesa e da vigilância, o
protetor dos anões. Haela Machadorreluzente é a deusa da
sorte em batalha, e a patrona dos anões guerreiros.
 A B e D E F G H I J K L M
r L [ T 1 'l ~ 1 \1 1il 1 l 1
N o p Q R s T u V w X y z
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 o 10 50 100
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DETH E K, AS LETRAS E NUMERA IS DO lD IOMA ANÃO

D EUSES DO Ü F Í CIO
Dumathoin, o Mantenedor dos Segredos sob a Montanha,
é o patrono dos anões do escudo, bem como o deus das
riquezas enterradas, mineração, gemas e exploração, e
a protetora dos mortos. Sharindlar, a Senhora da Vida e
Misericórdia, é a deusa da cura, do amor romântico e da
fertilidade, frequentemente associada à lua.

DEUSES DOS LUGARES DISTA NTES

O deus da invenção e da descoberta é Dugmaren
Mantorreluzente, chamado de Artesão Errante ou Brilho
nos Olhos. Marthammor Duin é o deus dos viajantes,
patrono dos expatriados e guias, e a divindade do relâmpago
e das estradas.

DEUSES DA RIQUEZA
Vergadain, chamado de Rei Mercante, é o deus dos ladrões
(que ordena que seus seguidores jamais roubem de outros
anões), da sorte e do azar, bem como do comércio e da
negociação. Abbathor é o deus da ganância, muitas vezes
retratado como um dragão cheio de inveja da riqueza dos
outros, e que zelosamente cuida de seu próprio tesouro. Então surgiram as Guerras da Coroa uma série de conflitos
entre os grandes reinos élficos que duraram cerca de três mil
DEUSES DO MAL anos. Estas batalhas devastaram grande parte do mundo e
Laduguer é o patrono dos duergar, deus da magia e dos resultou na fuga dos elfos obscuros para a Umbreterna.
ofícios que não são controlados por Moradin. Duerra das Tentando se recuperar dessas calamidades, os impérios
Profundezas também é adorada entre os duergar, uma élficos entraram em um longo e lento declínio, e muitos
deusa ·da conquista e dos poderes da mente. membros do Belo Povo partiram no grande Exílio até seu
refúgio em Encontro Eterno. Conforme os elfos cada vez
mais se afastavam do mundo, outras raças e civilizações
ELFOS começaram a se destacar em FaerO.n.
Habilidosos tanto na magia quanto na guerra, os Tel'Quessir O idioma Élfico usado em toda FaerO.n - muitas vezes
- "o Povo", como eles chama si próprios - vieram para chamado de Idioma Verdadeiro pelos elfos - é escrito
FaerO.n eras atrás, construindo impérios enormes e pela graciosa grafia do alfabeto Espruar. Seldruin, o
poderosos muito tempo antes da ascensão dos humanos. antigo idioma élfico da Alta Magia que faz uso do alfabeto
Os dias das grandes nações élficas já se foram há muito Hamarfae, está totalmente esquecido nos dias de hoje.
tempo, e muitos elfos se afastaram do mundo e buscaram
reinos silvestres isolados, ou levantaram velas Mar ELFOS LUNARES
Desconhecido adentro até a ilha de Encontro Eterno.
Também chamados de elfos prateados ou Teu'Tel'Quessir,
Diferente dos anões, que desenvolveram sub-r,aças
os elfos lunares são mais tolerantes e ousados do
no mundo, os elfos trouxeram tais divisões consigo,
que os outros tipos de elfos. Em tempos passados, a
colonizando reinos separados por tipo. Como seres de
dissolução de seus impérios dispersou os elfos lunares e
imenso poder, os primeiros elfos exploraram e colonizaram
os fez se misturarem as outras raças, e desde então eles
o mundo, promovendo uma era de ouro baseada na
tradicionalmente se dão muito bem com seus vizinhos
arte, magia e civilização. No ápice de seu poder, os elfos
não-elfos. Eles convivem com outros povos enquanto
executaram um ritual de Alta Magia com a intenção de
seus outros parentes permanecem em povoados ocultos e
criar o lar ideal. Eles de fato foram bem-sucedidos, porém
fortalezas isoladas.
a magia rasgou a terra e um terrível cataclismo se abateu
Os elfos lunares muitas vezes são vistos como levianos,
ao mesmo tempo que a distante ilha de Encontro Eterno
especialmente pelo olhar de outros elfos. Contudo, foi a
erguia-se das águas do mar.
=..._,,____________________________.,,.
CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DOS REINOS
 natureza tranquila e espontânea de sua cultura filosofia
e personalidade que permitiu que eles sobreviv~ssem
e prosperassem durante e depois dos tempos trágicos
da história dos elfos. Embora muitas comunidades de
elfos lunares possam ser encontradas no continente de
Faen1n, muitos deles vivem em povoados de outras raças,
permanecendo ali por algumas estações ou por várias
décadas antes de se mudarem.
Para um elfo lunar, lar pode ser aquilo que se desfruta
entre membros de uma família, clã ou outros amigos
e pessoas amadas. Elfos lunares que passam a residir
temporariamente ou próximos a comunidades de elfos
solares não se acanham em expressar suas opiniões sobre o
fato de seus parentes terem que deixar de ser tão sérios. Em
contrapartida, os elfos solares fingem estar menos irritados
por seus vizinhos elfos lunares do que realmente estão,
de modo que os impulsos caprichosos e ousados dos elfos
lunares não causem uma disputa mais séria. Considerando
que os elfos lunares se mudam antes de deixarem de serem
bem-vindos, tais conflitos raramente ocorrem.
Os elfos lunares têm os traços raciais dos altos elfos do
Player's Handbook: Livro do jogador. Eles têm a pele pálida
1 com um tom levemente azulado. Seu cabelo tem uma gama
1 de cores tal qual o cabelo dos humanos, e alguns elfos
l!I lunares têm o cabelo branco prateado ou de vários tons de
azul. Seus olhos são azuis ou verdes, salpicado de dourado.
1
Considerando o gosto que a raça tem pela viagem,
li 1
exploração e novas experiência, muitos elfos lunares
tornam-se aventureiros, fazendo uso de seus talentos
11
para a guerra, trabalho em madeira e arcanismo em
1
diferentes medidas.
ELFOS SOLARES
Os elfos solares, também conhecidos como elfos dourados
ou Ar'Tel'Quessir, têm a reputação de serem arrogantes
e presunçosos. Muitos deles acreditam que são o povo
escolhido de Corellon e que as outras raças - até mesmo
outros elfos - são inferiores à eles em habilidade,
importância e sofisticação. Eles tomaram para si o título
de "altos elfos" com muito orgulho, e de fato a raça deles é
responsável por feitos grandiosos, muitas vezes terríveis.
Recordando e dando ênfase nos aspectos gloriosos de
sua história, os elfos solares aderiram ao princípio da
"excelência élfica" - não importando quão interessantes,
excepcionais, heroicos ou notáveis são os feitos das demais
raças; há uma superioridade hereditária para tudo o
que é élfico. Essa atitude mascara as relações dos elfos
solares com os outros elfos, ao quais eles vêem como
representantes diluídos e diminuídos da cultura élfica.
Alguns elfos solares rejeitam esse modo de pensar, mas
é algo tão comum que quando a maioria das pessoas vê
um elfo solar, elas já enxergam a arrogância em pessoa.
Sua atitude assoberbada pode esconder o fato de que a
maioria dos elfos solares também são incansavelmente
misericordiosos e eternos campeões do bem.
Os elfos solares têm os traços raciais dos ;:iltos elfos
do Player's Handbook: Livro do jogador. Os elfos solares
possuem a pele cor de bronze. Seus olhos são negros,
dourados ou prateados, e seu cabelo é negro, acobreado ou
de um loiro dourado.
A cultura e civilização dos elfos solares é altamente
permeada por magia em natureza, graças aos diversos feitos
dos magos, sábios e artesãos da raça. Nem todo elfo solar é
um hábil praticante da Arte, mas cada um deles possui ao
menos uma herança mágica. Muitos elfos solares misturam
CAPÍTULO 3 1
________.....,__________
magia com outras formas de arte, o que criou a complexa
AS RAÇAS DOS REINOS
RARAS Sue-RAÇAS DE ELFOS
Existem outras linhagens de descendentes de elfos que
vieram originalmente de Faerun, mas eles são tão raros e
lendários que por vezes são considerados místicos.
Avariei. Os Aril'Tel'Quessir, ou elfos alados, estão entre
os primeiros a colonizar Faerun. Eles são famosos por
terem asas repletas de penas e a habilidade de voar. Antigos
conflitos com os dragões quase os exterminaram, e hoje eles
são muito raros, se é que são vistos.
Lythari. Os Ly'Tel'Quessirtêm a habilidade de se
polimorfarem em lobos. Diferente dos lobisomens, os
lythari não têm uma forma híbrida e não são afetados por
uma maldição. Ele vivem juntos em matilhas secretas,
principalmente na forma de lobo, correndo livres nos ermos
mais isolados do mundo.
Elfos Marinhos. Os Alu'Tel'Quessir (elfos d'água) são uma
sub-raça aquática de elfos encontrados nos oceanos do
mundo, principalmente nos litorais de Faerun e Encontro
Eterno. Os elfos marinhos vivem ao longo da Costa da
Espada em clã nômades unidos, mas em outros lugares
os elfos marinhos reivindicam seus reinos em águas rasas
iluminadas pelo sol. Ao longo da história, eles estiveram
diversas vezes em guerra com os sahuagin.
Elfos Estelares. Os elfos estelares, ou Ruar'Tel'Quessir
se parecem bastante com os elfos lunares. Eles vivem no
semiplano de Sildeyuir, perto de Faéria. Um conflito com os
nilshai, uma raça de feiticeiros vermiformes originários do
Plano Etéreo, forçou diversos elfos estelares a deixar seu lar e
vir para Faerun.
Elfos Agrestes. Os Sy'Tel'Quessir são considerados por
muitos elfos como sendo os mais estranhos de sua raça, pois
abandonaram ou perderam muito de sua antiga cultura.
dança dos lâmina-cantantes, bem como da encantadora
música de seus bardos e os meticulosos trabalhos de
seus artesãos. Elfos solares aventureiros trazem consigo
uma sensação de obrigação nobre à sua profissão: ele se
aventuram pelo mundo afora para desafiar os perigos porque
alguém deveria fazê-lo, e quem melhor do que eles próprios?
ELFOS SILVESTRES
Também chamados de elfos éreos ou Sy'Tel'Quessir,
os elfos silvestres são os elfos mais comuns de serem
encontrados que permaneceram em Faerun. Seus
ancestrais deixaram para trás o conflito das Guerras da
Coroa um milênio atrás para fundar fortalezas e povoados
nas profundezas das florestas. Hoje, a maioria dos elfos
ficam de guarda sobre as ruínas do passado, acreditando
em seu trabalho para preservar a glória sucumbida como
uma lição a respeito do orgulho.
Os elfos silvestres tendem a ser mais resistentes do que
os outros elfos, mais sólidos e estáveis do que seus primos.
Essa atitude é refletida por sua cultura e tradições; elfos
silvestres tendem a ter mais ocupações físicas do que outros
elfos, e enxergam a antiga história élfica com um olhar mais
crítico. Para os elfos silvestres, os "grandes" reinos élficos
foram responsáveis por erros igualmente grandes. Eles
consideram a Separação, as Guerras da Coroa, o declínio
dos drow e outras calamidades como sendo resultado da
arrogância de parte de seus ancestrais. Vivendo ao redor
e entre o que restou de sua arrogância, e permanecendo
como testemunhas da ascensão e queda de muitos impérios
élficos, os elfos silvestres enxergam o lugar dos elfos no
mundo de forma bem diferente do que os elfos lunares e
solares. Os elfos silvestres buscam uma harmonia pacata,
não a dominação de um mundo mais amplo.
~
 A contraparte mais selvagem dos elfos solares e dos
elfos lunares, os elfos silvestres desprezam as cidades
e fortalezas de seus semelhantes, preferindo viver mais
próximos à natureza. Os elfos silvestres não reivindicam
para si um reino grande desde que o reino de Eaerlann foi
destruído há um milênio. Em vez disso, eles mantêm um
pequeno número de povoados, um jeito melhor de manter
essas comunidades escondidas ou protegidas. Os elfos
silvestres reivindicam território na Floresta Alta, no Grande
Vale, nas Terras Centrais do Ocidente e outras. Alguns elfos
silvestres vivem em outras comunidades e territórios élficos,
onde servem como rastreadores, guardiões e caçadores.
Apesar de verem a si mesmos como parte do mundo, os
elfos silvestres normalmente não saem de seus lares para
encontrar não-elfos. Da mesma forma, nas profundezas dos
bosques e florestas do mundo, a maioria dos elfos silvestres
não aparecem para confraternizar com membros de outras
raças. Aventureiros, diplomatas, mensageiros e aqueles
que perseguem profissões similares são as exceções,
viajando para bem longe de seus domínios silvestres e se
relacionando com uma grande variedade de pessoas.
Os elfos silvestres de Faerun têm os traços raciais dos
elfos silvestres do Player's Handbook: Livro do jogador. Eles
têm a pele bronzeada ou acobreada, com o cabelo castanho
claro, louro dourado, negro ou de uma cor acobreada
metálica, e olhos de um verde acastanhado ou amendoado.
Como naturistas habilidosos, os elfos silvestres geralmente
escolhem profissões que permitam que permaneçam perto
dos ermos ou que permita que façam o uso do trabalho
em madeira, do conhecimento da vida selvagem e da
silvicultura. Elfos silvestres são mais do que capazes na
guerra, principalmente com arquearia. Eles possuem menos
interesse em magia do que seus primos, mas têm lá seus
praticantes da Arte, bem como clérigos e druidas.

ELFOS ÜBSCUROS (DROW)

Os drow são descendentes dos elfos obscuros que recuaram
para a Umbreterna após a Guerra das Coroas. Eles têm má
fama devido sua crueldade, maldade e tendência à tirania.
Durante boa parte da história, muitos acreditaram que
todos os drow eram seres inerente e irremediavelmente
malignos. Na verdade, a maioria dos drow possuem
tendências malignas, realizando torturas, escravidão,
assaóisinato e outras atividades nefastas em nome de sua
deusa-demoníaca. Quase sempre os elfos obscuros que
rejeitam os meios de vida de seu povo são exilados ou
executados por serem rebeldes, heréticos e revolucionários
que se voltaram contra a cultura drow e contra a vontade
de Lolth. Contudo, a existência de drow nobres e altruístas
como Liriel Baenre e Drizzt Do'Urden sugere que a maldade
dos drow não é inata e pode ser revertida. As ações desses
poucos heróis drow suavizaram a opinião de algumas pessoas
com relação à raça, embora a aparição de um elfo obscuro na
superfície permaneça um evento raro e motivo de alerta.
Muitos drow em Faerun vêm de Menzoberranzan, a
infame Cidade das Aranhas, ou de uma das outras
cidade-estado dos drow na Umbreterna, como Jhachalkhyn
ou Ched Nasad. Elfos obscuros encontrados na superfície
são normalmente vistos nas proximidades das entradas
para a Umbreterna, P,Ois eles são feridos pela luz do dia,
que os enfraquece e enfraquece sua magia. Drow que se
tornam aventureiros frequentemente o fazem após fugir da
teocracia opressora e cruel das suas cidades-estado.
A maioria destes indivíduos vivem como párias e
andarilhos, embora alguns raros encontrem um novo lar
entre outra raça ou cultura.
o ..
Os drow têm os traços raciais dos elfos obscuro do Player's
Handbook: Livro dojogador. Personagens drow podem ter
qualquer antecedente, embora a maioria tenha uma história
que os liga a uma das cidades-estado drow da Umbreterna.
Habilidades mágicas inerentes e uma preferência por
locais escuros fazem dos drow assassinos, ladrões e espiões
quase que naturais. Por tradição, os drow masculinos são
combatentes e magos, enquanto as drow femininas exercem
a posição de combatentes ou sacerdotisas de Lolth. Drow
exilados tendem a seguir seu próprio caminho, seja qual
for o gênero.
DIVINDADES ÉLFICAS
Os deuses dos Tel'Quessir, coletivamente conhecidos como
os Seldarine, incorporaram os ideais do povo élfico desde
tempos remotos. Acredita-se que eles vivem no reino de
Arvandor no plano de Arbórea.
DEUS DOS ELFOS
Corellon Larethian é o sábio líder dos Seldarine, o deus dos
elfos, da magia, poesia, regência e da arte da guerra. Ele é
considerado o pai da raça, mas ele é descrito como uma elfa
tão frequentemente é descrito como um elfo.
DEUSA DA SABEDORIA
Angharradh, a deusa triuna da sabedoria e a feroz mãe-
protetora do povo élfico, é a consorte de Corellon. Seus
três aspectos são: , a selvagem deusa dos ventos e do clima,
bem como a patrona dos avariei; Hanali Celanil, a Rosa
Cativante, deusa do amor, beleza, arte e encantamento; e a
CAPÍTU LO 3 1 AS RAÇAS DOS REI N O S

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 A B e D E F G H I J K L M
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I: ESPRUAR, AS LETRAS E NUMERAIS DO lDtOMA ÉLFICO

:1
Misteriosa Luar, a argêntea Sehanine Arco Lunar, deusa
de todos os mistérios da vida, incluindo o misticismo, a
profecia, morte e os sonhos. Nas lendas, estas deusas são
frequentemente separadas como entidades diferentes de
Angharradh, e frequentemente descrita como filhas ou
consortes de Corellon.
DEU SES DA NATUREZA
Sashelas das Profundezas é o deus do mar, senhor dos elfos
marinhos e dos golfinhos, Labelas Enoreth é o deus filósofo,
divindade do tempo e da história, cuja dádiva do transe é
crucial para a identidade e sobrevivência dos elfos. Rillifane
Rallathil é o deus das terras florestais e dos lugares
selvagens, o pai dos elfos silvestres e protetor dos druidas.
Um de seus aliados mais próximos é Solonor Thelandira, o
deus da caça, da arquearia e do trabalho em madeira.
DEUSES DAS SOMBRAS
Com alguma inclinação mais sombria existem Erevan
Ilesere, uma divindade da travessura, um deus trapaceiro; e
Fenmarel Mestarine, o deus temperamental e taciturno dos
exilados e da solidão, que pouco tem a ver com o restante
dos Seldarine (exceto por Erevan, que usa Fenmarel como
bode expiatório em suas tramas e zombarias). E por fim há
Shevarash, um deus considerado amargurado e obsessivo,
para quem os elfos se voltam quando buscam vingança.
DEUSES FAERUNIANOS
Muitos elfos adoram divindades do panteão faeruniano,
incluindo Mielikki (e a deusa unicórnio Lurue), Silvanus
e Surre. Nos anos mais recentes, alguns elfos também
encontraram satisfação na adoração de Lathander.
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DIVINDADES DROW
Os deuses dos drow são subversivos e traiçoeiros, bem
como seus adoradores.
A Rainha Aranha. Lolth, a Rainha Demoníaca das
Aranhas, reina suprema como deusa dos drow, eliminando
impiedosamente todos aqueles que ameaçam essa sua
posição. Suas sacerdotisas fazem o mesmo com os cultos de
deuses rivais entre seu povo.
Outros Poderes Sombrios. Selvetarm é o deus dos comba-
tentes e, portanto, patrono dos drow machos, embora talvez
não tanto quanto é Vhaeraun, o deus ladino do furto e dos
drow machos que se rebelam contra o matriarcado. Kiaransa-
lee, deusa drow dos mortos-vivos, é servida por cultos secretos
de necromantes. Ghaunadaur, conhecido como Aquele Que
Espreita, é um poder subversivo, o deus insano das gosmas,
rebeldes e proscritos, por vezes é reverenciado pelos drow.
A Donzela Sombria. Alguns drow exilados já ouviram a
canção de Eilistraee, instigando-os a sair para a superfície
do mundo para contemplar a lua assim que ela nasce. Como
a deusa drow da canção, beleza, combate de espadas, caça e
luar, ela é a patrona dos drow que rejeitam as maldades da
sua sociedade, oferecendo-lhes luz e esperança.
HUMANOS
Os humanos vivem em todos os cantos de Toril e abrangem
uma enormidade de culturas e etnias. Por toda a Costa
da Espada e de fora a fora pelo Norte, os humanos
são a mais pervasiva das raças e em muitos locais são
predominantemente a maioria. Sua composição cultural e
social é extensa, variando desde povos cosmopolitas que
vivem em grandes cidades, como Baldur's Gate (Portão
Baldur) e Waterdeep (Águas Profundas), até bárbaros que
perambulam pela Fronteira Selvagem.
Os humanos são conhecidos por sua capacidade de
se adaptar. Nenhuma outra raça vive em tantas terras
ou ambientes, desde selvas exuberantes até desertos
calcinantes, desde o frio eterno da Grande Geleira até as
praias férteis ao longo de rios e mares. Humanos encontram
meios de sobreviver e prosperam em quase qualquer lugar.
Em locais onde elfos e anões se retiraram, os humanos
costumam se mudar e reconstruir uma nova comunidade ao
lado ou acima daquela que existia.
Assim, chega-se à conclusão que a característica mais
comum dos humanos é a sua falta de comunalidade, ou
seja, as comunidades humanas nunca são iguais. Essa
diversidade permitiu que civilizações humanas crescem
muito mais rápido do que a de outras raças, tornando os
humanos uma das raças mais predominantes na maior

CAPÍTULO 3 1 AS rN_o_s____________________o,_;:
RAÇAS D OS _R_E..
108
parte do mundo nos dias de hoje. Mas isso também levou
a conflitos entre as comunidades humanas, já que existe
muita diferença cultural e política. Não fosse por sua
tendência a conflitos internos, provavelmente os humanos
seriam bem mais populosos e predominantes do que já são.

E TNIAS HUMANAS EM FAERÚN

As nove etnias humanas de Faerún são detalhadas no
Player's Handbook: Livro do jogador. Os outros grupos
humanos dignos de nota são discutidos aqui. Alguns são
uma minoria significante em regiões ou nações que ficam
no Norte, enquanto outras se destacam em partes do mundo
bem longe da Costa da Espada.

ARKAIUNOS
Baixos em estatura e com a pele morena e cabelos escuros, os
arkaiunos habitam principalmente em Dambrath, bem como
em Halruaa e no Shar. Muitos arkaiunos viveram sob o jugo
da escravidão pelos drow durante séculos passados, após uma
campanha militar contra os elfos obscuros que falhou. Isso,
por fim, levou à destruição do reino Arkaiun em Dambrath.
Nomes Arkaiunos: (Masculinos) Houn, Rhivaun,
Umbril, Xaemar, Zeltabar; (femininos): Glouris, Maeve,
Severa, Xaemarra, Zraela; (sobrenomes) Lharaendo,
Mristar, Wyndael

BEDINE
De pele e cabelos escuros, os bedine eram combatentes e
nômades que viviam no sul do Anauroch. Uma vez divididos
em centenas de tribos, os bedine se mantinham em suas terras
desérticas e interagiam muito pouco com forasteiros, exceto
para realizar comércio. Ao longo de gerações, mais e mais
bedine se tornaram habitantes das cidades, deixando para
rás seus costumes nomadicos e reduzindo o número de tribos Nomes Gur: (masculinos) Boriv, Gardar, Madevik, Vlad;
para algumas que ainda aderem ao seu antigo estilo de vida. (femininos) Varra, Ulmarra, Imza, Navarra, Yuldra;
(sobrenomes) Chergoba, Drazlad, Tazyara, Vargoba,
Nomes Bedine: (Masculinos): Aali, Rashid, Tahnon,
Stayankina
Tanzim, Whalide; (femininos) Aisha, Farah, Nura,
Rashida, Zelebyeh; (nomes tribais) Alaii, Bordjia, Clelarra, HALRUAANO
Desai, Dakawa, Dursalai, Goldor, Iriphawa, Kellordrai,
O povo do misterioso e mágico reino de Halruaa, os
Lalajar, Qahtan, Yethtai, Zazalaar
halruaanos são tocados pela magia, e muitos deles são muito
PPovo· talentosos com a Arte. Eles e sua terra foram devastados
durante a Praga Mágica, mas misteriosamente retornaram
O Ppovo das Ilhas Altalúnia são descendentes dos colonos
após a segunda Separação. A maioria dos haruaanos
tethirianos que vieram até estas ilhas um milênio atrás.
possuem cabelo loiro ou escuro e um tom de pele cor de oliva.
O Ppovo tem um profundo respeito pela natureza e são
Olhos pretos, castanhos e verdes são os mais comuns.
essencialmente homens do campo, adoradores da deusa
que chamam de Mãe-Terra e mantenedores dos antigos Nomes Halruaanos: (Masculinos) Aldym, Chand,
costumes druídicos. A construção de navios pelo Ppovo é Meleghost, Presmer, Sandrue, Uregaunt; (femininos)
bastante valorizada, pois eles se provaram habilidosos na Aithe, Chalan, Oloma, Phaele, Sarade; (sobrenomes)
construção de navios resistentes, capazes de navegar as Avhoste, Darante, Maurmeril, Stamaraster
ondas dos mares bravios que cercam seu lar.
lMASKARI
Nomes Ppovo: (masculinos) Artur, Bernardo, Colombo,
Um levante de escravos Mulan trouxe a ruína para Imaskar
Manfredo, Tristão; (femininos) Alícia, Jennifer, Meredite,
e para seus magos governantes milhares de anos atrás, mas
Elaine, Olívia; (sobrenomes) Arqueiro, Gareth, Junco,
alguns imaskari sobreviveram e fugiram para a Umbreterna. Lá
Kendrick, Morgan, Rios
eles se transformaram, desenvolvendo uma pele pálida e macia,
GuR e agora os cabelos brancos é comum entre eles. Os imaskari
que governaram a região de Mulhorand foram forçados ao exílio
Parente dos rashemi, os gurs são robustos e têm a pele
por uma segunda revolta daqueles a quem dominavam.
morena e os cabelos escuros. Eles consideram-se "filhos
de Selúne", e a maioria deles reverencia a deusa da lua. Nomes Imaskari: (Masculinos) Charva, Duma, Hukir,Jama,
Comunidades gur tem uma existência nomadica, vagando Pradir, Sikhil; (femininos) Apret, Bask, Fanul, Mokat,
pelas terras centrais do Ocidente, o que leva outros se Nismet, Ri!; (sobrenomes) Datharathi, Melpurvatta,
referirem à eles como "o povo da estrada". Nalambar, Tiliputakas
CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DOS REINOS
-==-,_,~.....---~-------------------
1 SHAARANOS
Nômades de cabelos escuros e peles bronzeadas do sul de
I'. OPÇÃO: IDIOMAS HUMANOS
Muitas et nias e nações humanas em FaerCrn têm seu próprio Faerfin, os shaaranos são caçadores, arqueiros e cavaleiros
1 idioma além do Comu m. A ma ioria dos idiomas humanos são habilidosos que idolatram diversas divindades da natureza. Eles
escrit os em Th orass, o alfa beto do Antigo Comum, derivado são organizados em clãs sob o controle de anciões e chefes.
il do idiom a Chon dathano ao qua l os comerciantes usavam Nomes Shaaranos: (Masculino) Awar, Cohis, Damota,
li como seu idioma em com um . Alguns poucos humanos usam Gewar, Hapah, Laskaw, Senesaw, Tokhis; (feminino) Anet,
outros alfa betos, inclu indo o Dracôn ico, o Dethek e o Espruar. Bes, Idim, Lenet, Moquem, Neghet, Sihvet; (sobrenomes)
li O s id iomas das etnias descritas no Player's Handbook: Livro do
Cor Marak, Laumee Harr, Moq Qo Harr, Woraw Tarak
'I Jogador e neste livro são como se segue:
Akaiuno: Dambrat hano (escrito em Espruar) TUIGANOS
Bedine: Mida ni Uma horda nômade das extensas planícies entre Faerfin e
Calishita: Alzhedo Kara-Tur, os tuiganos já quase conquistaram Faerfin sob o
Chondatano: Ch on dathano comando do grande líder Yamun Khahan antes de serem
Damarano: Dam arano (escrito em Dethek) derrotados por uma coalizão de exércitos. Desde aqueles dias
Ppovo: Waela no os tuiganos são algumas vezes vistos na Costa da Espada e
Gur: Gu rano (um dia leto do Ro ushoum e do Rashe m ita) em regiões próximas, mas nunca em grandes números.
Haruaano: Halruaano (escrito em Dracônico) Os tuiganos se parecem com os shou, com uma
llluskano: illu ska no tonalidade bronze ou dourada na pele e cabelos escuros,
lmaskari: Ro usho um mas eles costumam ter peles mais escuras e características
Mulano: Chessentano, Mu lhorandi , Untherica ou Thayano mais variadas. Cada um tem apenas um único nome (muitas
Nar: Damarano vezes herdado de um dos pais); tuiganos não fazem uso
Rashemita: Rashe m ita de sobrenomes. Acostumados a viajar, os comerciantes
Shaarano: Shaara no (escrito em Dethek) e aventureiros tuiganos muitas vezes têm alguma
Shou:S hou familiaridade com vários idiomas e culturas.
Tethyriano: Chondathano
Nomes Tuiganos: (Masculino) Atlan, Bayar, Chingis,
Tuigano: Tuiganos
Chinua, Mongke, Temur; (feminino) Bolormaa, Bortai,
Turamiano: Turmic Erdene, Naran
Ulutiuno: Ului k

Se o seu Dun geon Master permitir esta opção, ent ão ULUTIUNOS

qu alqu er hum ano de um grupo étn ico que te m seu pró pri o
idioma auto m ati ca mente con hece este idiom a bem como
o idioma Com um. Este idioma étn ico é t rat ado como um
idioma adiciona l e sem custo para tais indivíd uos .
NAR
Mais de mil anos atrás, os sacerdotes sombrios de Narfell
juntaram demasiado poder ao barganhar com demônios,
porém suas ações acabaram por trazer a guerra que
destruiu sua civilização. Os nars abandonaram aquela
ruína e amaldiçoaram as cidades, tornando-se nômades
e comerciantes. Os nars têm a pele bronzeada, olhos
castanhos ou pretos e cabelo preto, frequentemente presos
em um longo rabo-de-cavalo ou em um coque.
Nomes Nar: (Masculino) Avan, Ostaram, Petro, Stor,
Taman, Thalaman, Urth. (fêmea) Anva, Dasha, Dima,
Olga, Westra, Zlatara; (sobrenomes) Dashkev, Hargroth,
Laboda, Lackman, Stonar, Vento Bravio, Sulyma
Os ulutiunos são um povo baixo, de cabelos escuros e pele
dourada, com origem no norte de Kara-Tur e que migraram
para oeste até o Vale do Vento Gélido e para outras terras
frias na proximidade do Mar do Gelo Eterno. Caçadores e
exploradores, os ulutiunos vivem em pequenas tribos que
têm conseguido sobreviver em um dos ambientes mais
rigorosos do mundo. Cada um tem apenas um único nome
(muitas vezes herdado de um dos pais); ulutiunos não fazem
uso de sobrenomes.
Nomes Ulutiunos: (Masculino) Amak, Chu, Imnek, Kanut,
Siku; (feminino) Akna, Chena, Kaya, Sedna, Ublereak
DIVINDADES HUMANAS
A amplitude e variedade da raça humana em Faeriln só não
é mais evidenciada do que a diversidade de divindades que
os humanos adoram O panteão faerilniano (detalhado no
capítulo 1) inclui deuses de cada natureza e uma quantidade de
divindades cujas esferas de influência se sobrepõe e competem,
algo que parece ser exatamente o que os humanos gostam.

A B e D E F G H I J K L M
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CAPÍTULO 3 1

------------------~~-
AS RAÇAS DOS REINOS
 Por toda a Costa da Espada, a maioria das comunidades
de humanos possui templos e santuários servidos por
sacerdotes que são devotos a diversos deuses faerO.nianos.
Em muitos destes lugares, a reverência dos governantes
e outros indivíduos poderosos pela fé das divindades tem
um papel importantíssimo na política local, diferente dos
locais onde isso não ocorre. No outro extremo, a adoração
com abordagens heréticas ou perigosas é proibida - por
exemplo, em uma região onde os seguidores de Shar têm
controle sobre a autoridade e o poder, a adoração de sua
gêmea boa e nêmese, SelO.ne, poderia ser algo contra a lei.
PEQUENINOS
As pessoas consideram os elfos como sendo distantes e
graciosos, anões como ferozes e rústicos e nos gnomos - se
é que chegam a pensar neles - como espertos e tímidos.
Os pequeninos, em contrapartida, têm a reputação de serem
ágeis e corajosos.
Pequeninos, ou hin como eles chamam a si mesmos, exibem
uma ligeireza natural que frequentemente surpreende as
pessoas maiores. Essa agilidade toda normalmente vem a
calhar quando a coragem deles ultrapassa seu bom-senso, e
existem muitos contos sobre pequeninos que conseguiram
escapar por muito pouco de situações com rompantes de sorte.
Além destes elementos comuns aos personagens
pequeninos, eles podem ser divididos em duas principais
sub-raças. Vários aspectos das culturas dos dois grupos os
tornam diferentes entre si, mas mesmo sem tais aspectos
eles são distintos devido a uma diferença no que parece ser
um objetivo primário: ir ou ficar. Os pequeninos
pés-ligeiros são viajantes por natureza, com línguas e
corações tão rápidos quanto seus pés.Já os pequeninos
austeros, quando estão viajando, parecem sempre
motivados por um forte desejo de voltar par31 casa ou
·encontrar um novo lugar para se assentar. E como o ditado,
"Pé-leves, corações leves. Austeros, pés pesados."
Embora existam várias comunidades de pequeninos,
especialmente nas terras e ao redor de Luiren, os pequeninos
normalmente se adaptam à sociedades anãs, gnômicas,
élficas e humanas. Os pés-ligeiros circulam livremente
pelas comunidades enquanto viajam, fazendo amigos com
facilidade e, então, seguindo adiante conforme os ventos ou a
vontade os levarem. Os austeros se estabelecem, fazem para
si um.lar e se misturam tão facilmente na estrutura de uma
comunidade que fica difícil para as pessoas se lembrarem de
um momento em que eles não estiveram por lá.
PEQUENINOS PÉS-LIGEIROS
Para os pequeninos Pés-Ligeiros, nem a jornada e nem o
destino importam muito; o importante da coisa é se manter
em movimento. A vida de um pé-ligeiro consiste de longas
explorações, cada qual com um novo horizonte, novas aldeias
ou novas oportunidades de encontrar algo maravilhoso.
Pequeninos Pés-Ligeiros normalmente viajam em
pequenos grupos, usando qualquer meio de transporte que
seja conveniente, porém colocam o pé na estrada com a
mesma facilidade. Estes grupos consistem de indivíduos
mais ou menos aparentados, e quando diferentes grupos se
encontram, os membros normalmente trocam entre si.
Os pequeninos Pés-Ligeiros costumam se destacar nas
tarefas relacionadas à viagem - seja na orientação, ao
cuidar dos animais, ao forragear, cozinhar, navegar e ao
fazer a manutenção da carroça - sempre assumindo tais
tarefas por terem aprendido isso antes ou ao aprender com
outros Pés-Ligeiros que encontram durante suas jornadas.
~--.....-------------
Os pequeninos Pés-Ligeiros são extremamente sociáveis,
demasiado curiosos acerca de outras pessoas tanto quanto do
que jaz além da próxima curva da estrada. Por característica,
eles possuem uma atitude tranquila e espontânea, sempre
curiosos sobre os outros e dispostos a compartilhar
muito deles próprios, algo que permite que façam amigos
facilmente . Como fazem amizade facilmente e partem
com igual desembaraço, muitos acabam considerando os
pequeninos Pés-Ligeiros falsos. Os pequeninos Pés-Ligeiros
são rotulados como avoados, distraídos, volúveis e não
confiáveis. Entretanto, a amizade e cortesia deles, mesmo
que breve, é genuína. O que os diferencia é que a vida séria
e estável que a maioria das outras pessoas quer para si
simplesmente não faz parte da personalidade deles.
Pequeninos Pés-Ligeiros têm os traços raciais dos
pequeninos Pés-Ligeiros do Player's Handbook: Livro do
Jogador. Eles compartilham a tonalidade da pele, cabelo e
olhos com os humanos, mas a maioria dos pequeninos
Pés-Ligeiros possuem olhos amendoados ou castanhos e
cabelo castanho. Pequeninos Pés-Ligeiros não têm barba,
mas muitos pequeninos e pequeninas costumam deixar
crescer costeletas curtas.
PEQUENINOS AUSTEROS
Criaturas da terra qua adoram uma lareira acesa e
companhias agradáveis, os pequeninos austeros são pessoas
com poucos inimigos e muitos amigos. Os austeros muitas
vezes são chamados carinhosamente por membros de outras
raças como "o bom povo", pois pouca coisa chateia ou abala os
ânimos destes pequeninos. Para muitos deles, o maior medo é
viver em um mundo de companhias ruins e de más intenções,
onde há falta de liberdade e do conforto de uma amizade.
Quando um pequenino austeros se estabelece em um lugar, o
fazem para ficar. Não é incomum para uma dinastia de austeros
viver no mesmo local durante alguns séculos. Os pequeninos
austeros não criam estes lares em isolamento. Muito pelo
contrário, eles fazem seu melhor para se encaixarem na
comunidade em que estão e se tornarem uma parte importante
dela também. O seu ponto de vista enfatiza a cooperação acima
de tudo, e a capacidade de trabalhar bem com os outros é o
comportamento mais bem valorizado nas terras deles.
CAPÍTULO 3 1AS RAÇAS DOS REINOS _l

PEQUENINOS FANTASMASSÁBIOS
Os pequeninos fantasmassábios remontam sua
ancestral idade até uma guerra entre tribos de pequeninos
que levaram seus antigos ancestrais a fugirem para Luiren.
Os pequeninos fantasmassábios são os mais raros entre os
hin, encontrados apenas no Bosque Chondal e em alguns
outros bosques isolados, fechados em clãs bem unidos.
Muitos clãs fantasmassábios escolhem um ponto de
referência natural como o centro de seu território, e membros
carregam algo deste ponto de referência consigo o tempo
todo. Os combatentes dos clã, conhecidos como planadores
noturnos, criam laços e cava lgam corujas gigantes
como montarias.
Como este povo é tribal e desconfiado de forasteiros, os
pequeninos fantasmassábios aventure iros são bem raros.
Pergunte ao seu DM se você pode jogar com um membro
desta sub-raça, que tem os traços raciais dos pequeninos
do Player's Handbook: Livro do jogador, além dos traços da
sub-raça a segu ir.
Aumento no Valor de Atributo. Seu valor de Sabedoria
aumenta em l.
Fala Silenciosa. Você pode falar telepaticamente com
qualquer criatura que esteja a até 9 metros de você. A criatura
entende você apenas se ambos compartilharem um idioma.
11 Você pode falar te lepaticamente desta forma com apenas
1 uma criatura por vez.
Quando arrastados de suas tocas, os pequeninos austeros
normalmente tentam ter tantos confortos do lar consigo
possível. Os não austeros com uma inclinação mais prática
podem achar os hábitos de viagem dos austeros um tanto
enlouquecedoras, mas seus primos pés-ligeiros costumam
desfrutar das novidades da viagem - tanto é que os pés-
ligeiros não carregam qualquer tipo de bagagem.
Embora frequentemente sejam rotulados como gordos
e preguiçosos devido sua mentalidade de se ligar ao lar e
com sua obsessão por comida, os pequeninos austeros são
normalmente bastante trabalhadores. Suas mãos ágeis, a
mentalidade paciente e sua ênfase na qualidade os torna
excelentes tecelões, oleiros, carpinteiros, cesteiros, pintores
e lavradores.
Pequeninos austeros têm os traços raciais dos pequeninos
robustos do Player's Handbook: Livro do jogador. Os
pequeninos austeros são, na média, mais baixos dos que os
Pés-Ligeiros, e tendem a ter os rostos mais redondos. Eles
têm a tonalidade da pela e a cor dos cabelos dos humanos,
com a maioria tendo cabelo castanho. Diferente de seus
primos Pés-Ligeiros, os pequeninos austeros costumam ter
cabelos louros ou pretos e olhos azuis ou vedes. Os machos
não deixam crescer barba ou bigode, mas tanto machos
quanto fêmeas deixam crescer costeletas até quase o meio
das bochechas, e ambos as amarram em longas tranças.
DIVINDADES PEQUENINAS
Os hin possuem um panteão pequeno, porém relacionado,
que é adorado principalmente em altares domésticos, em
santuários na beira das estradas e em clareiras nos bosques.
As IRMÃS ABENÇOADAS
A mãe-deusa dos hin e a líder do panteão é Yondalla, a
Abençoada, deusa da abundância e da fertilidade, protetora
das lareiras, dos lares e da família. Sheela Peryoryl é a Irmã
Verde de Yondalla. Ela é uma deusa da natureza, a senhora
dos campos, regatos e das matas encontradas nos condados
e vales, bem como do clima nestes lugares. Ela também é a
deusa do amor, da canção e da dança.
CAPÍTULO 3 1
-------~--------:=-"-
AS RAÇAS DOS REINOS
P ROT ETORES DO L A R
Cyrrolalee é a deusa da lareira e do lar e da hospitalidade,
bem como da confiança e do artesanato. Arvoreen é o
deus-defensor, um protetor vigilante que sacrifica o conforto
pessoal pela segurança dos outros.
ÜS DEUSES SOMBRIOS
Brandobaris é o deus-trapaceiro da ladinagem e da furtividade,
patrono de muitos pequeninos que seguiram a vida de
aventuras. Urogalan é o silencioso e melancólico deus da terra
e da morte. Sempre acompanhado por um grande cão preto,
ele é entristecido pelos seus afazeres, porém sempre atento ao
garantir que os mortos sejam respeitados e protegidos.
A DAMA DA SORTE
Muitos pequeninos realizam uma adoração constante a
Tymora, vendo-a como uma mão amiga para com suas
sortes e uma patrona do fortuito associada aos hin.
DRACONATOS
Humanoides dracõnicos vindos de outro mundo, os
draconatos de Faerfin são orgulhosos, honrados e
relativamente raros. Escravos dos dragões em seu mundo
natal, agora eles são um povo livre procurando por um lugar
e um propósito neste novo mundo.
ÜRIGENS INCERTAS
Assim como todas as histórias de passados distantes, os
contos sobre as origens dos draconatos são confusos e,
muitas vezes, contraditórios. Entretanto, cada um revela
algo sobre os draconatos em seus dizeres.
Uma história relata que os draconatos foram moldados a
partir do antigo deus-dragão lo ao mesmo tempo em que ele
criou os dragões. No começo dos dias, lo fundiu brilhantes
espíritos astrais à fúria incontrolável dos elementos.
Os grandes espíritos tornaram-se dragões - criaturas tão
poderosas, ogulhosas e obstinadas que se tornaram os
senhores de seu recém criado mundo. Os espíritos menores
tornaram-se draconatos. Embora menores em estatura,
eles não são menos dracônicos em natureza. Este conto
salienta o parentesco próximo entre dragões e draconatos,
ao mesmo tempo que reforça a ordem natural das coisas
- dragões governam e draconatos servem, ao mesmo de
acordo com os primeiros mestres dos draconatos.
Outra lenda afirma que lo criou os dragões no nascimento
do mundo, mas os draconatos ainda não existiam. Então,
durante a Guerra da Alvorada, lo foi morto pelo primordial
conhecido como Erek-Hus, o Rei do Terror. Com um
grosseiro machado de adamantina, o beemote partiu lo ao
meio da cabeça até a cauda, dividindo-o em duas metades
iguais, que ergueram-se como novos deuses - Bahamut
e Tiamat. Os respingos de sangue de lo, espalhados pelo
mundo, tornaram-se os primeiros draconatos. Para alguns
que acreditam nisto, esta história de origem sustenta a visão
de que os draconatos são claramente inferiores aos dragões,
que foram feitos pelas mão afetuosa de lo, enquanto outros
enfatizam que os draconatos surgiram do próprio sangue de
lo - bem como as duas divindades dracônicas que surgiram
do corpo destroçado do deus. Sendo assim, não seriam os
draconatos exatamente como estes deuses?
Uma terceira história de origem coloca os draconatos
como os primeiros filhos do mundo, criados por lo antes
da existência de outras raças humanoides, que são meras
e pobres imitações da perfeição dos draconatos. lo moldou
os draconatos e lhes fixou a forma com seu sopro, então
espirrou neles seu próprio sangue para dar-lhes vida.
Os primeiros draconatos serviram lo como companheiros
e aliados, preenchendo sua corte astral e tecendo-lhe
louvores. Apenas depois que os dragões foram feitos, no
início da Guerra da Alvorada, para servir como motores
de destruição. Esta visão da história dos draconatos é
compartilhada por aqueles que acreditam que os draconatos
sejam superiores a outras raças e que, portanto, deveriam
ser os mestres dos dragões, e não o contrário.
Apesar das diferentes conclusões, um tema em
comum une todas estas lendas: os draconatos devem sua
existência a lo, o grande deus-dragão que criou todas
as raças dracônicas. Todas as lendas concordam que os
draconatos não são criações de Bahamut ou de Tiamat
- e, portanto, eles não têm um lado pré-determinado no
conflito entre estes dois deuses. Cada indivíduo draconato,
independentemente de sua herança dracônica, faz uma
escolha pessoal em termos de ética e moralidade.
A LUTA PELA LIBERDADE
Os draconatos são originários de Abeir, o gêmeo primordial
de Toril. Naquele mundo, a maioria dos draconatos são
escravos de seus mestres dragões, embora muitos ganhem
a liberdade e formam nações de draconatos livres. Durante
a Praga Mágica, os dois mundos se cruzaram e uma destas
nações de draconatos livres, Tymanchebar, foi transportada
para FaerO.n. Ela deslocou a nação de Unther, e das cinzas
destes dois reinos, os draconatos sobreviventes formaram
Tymanther, uma nova nação de draconatos em FaerO.n.
Durante um tempo, os draconatos de Tymanther
procuraram interagir com seu novo mundo ao mesmo
tempo que mantinham suas próprias tradições e cultura.
E stas tentativas deram à nação e ao seu povo uma
reputação de serem honrados e dignos de respeito. Contudo,
apenas algumas gerações depois, os eventos da Separação
trouxeram Unther de volta a FaerO.n, e a antiga terra
deslocada buscou reivindicar tudo o que havia perdido para
Tymanther. Recuperando-se deste desastre, os draconatos
que restaram em FaerO.n agora devem trabalhar ainda mais
duro para encontrar seu lugar entre as pessoas do mundo.
FILOSOFIA E RELIGIÃO
Seu código de comportamento honrado e lealdade
inabalável serve aos draconatos como um tipo de fé e,
de acordo com os mais tradicionalistas entre eles, este
ponto de vista é toda a religião que precisam. Como foram
forçados a adorar seus mestres dracônicos no passado, os
draconatos normalmente são céticos com relação à religião,
enxergando-a como um tipo de servidão. Os mais céticos
acreditam que não importa como seu deus original, lo, os
trouxe à vida, esta divindade antiga está morta há muito
tempo ou não se importa com o destino deles, e que os
deuses dragões que substituíram lo parecem interessados
primeiro em juntar soldados para seus eternos conflitos.
Ainda assim, alguns draconatos ouvem o chamado dos
deuses de FaerO.n e escolhem servi-los, e são tão leais em
sua fé quanto o são em qualquer outra causa. Bahamut e
Tiamat têm adoradores draconatos, e tanto Torm quanto
Tyr recorrem ao senso draconato de honra e ordem.
Da mesma forma, Tempus e a Cavaleira Vermelha apelam
para o espírito combativo em alguns draconatos, e Kelemvor
fala para alguns sobre a inevitabilidade da morte e a
necessidade de viver bem durante o tempo que lhe foi
concedido. A crença religiosa é uma coisa intensamente
pessoal para os draconatos que a adotam, alguns dos
quais são tão devotados à sua fé quanto o são para suas
famílias e clãs.

HONRA E FAMÍLIA
Cada aspecto da vida draconata e ditada pelo código de
honra da raça e do apego rígido à tradição. A sociedade
draconata é altamente ordenada, e espera-se que cada
membro faça o possível pela família e pelo clã. Esta lealdade
e senso de dever sustentaram os draconatos durante sua
longa história de escravidão e também lhes permitiu formar
comunidades e nações de draconatos livres.
Na cultura draconata, a família é composta por
parentescos diretos, enquanto um clã é uma reunião
de famílias unidas por aliança, casamento ou história
compartilhada. Embora raramente sejam forçados a
escolher um em detrimento do outro, o bem-estar do clã é
mais importante para a maioria dos draconatos do que a
família. A promessa de honra dentro do clã os le,va a atos de
heroísmo, ousadia ou excelência, todos no sentido de trazer
a glória para o clã em primeiro lugar, o indivíduo depois.
As consequências da Separação testaram estes princípios,
deixando alguns clãs·fraturados e descentralizados. Alguns
draconatos em FaerO.n procuram reaver o tipo de conexão
que tinham com um clã ou família, agora perdidos, ao forjar
novas relações entre seus aliados e companheiro que não
são draconatos.
Os draconatos de FaerO.n têm os traços raciais dos
draconatos do Player's Handbook: Livro do jogador.
CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DOS REINOS
 j

lji

i' Assim como os anões, os gnomos há muito tempo lutam

i, GNOMOS por território com kobolds, goblinoides e ores, mas gnomos
i
Habitando os cantos de Faen1n, distante de olhos curiosos e e kobolds compartilham um ódio particular entre si. Ambas
pequenos em estatura, os gnomos são uma das raças menos as raças acreditam em uma lenda em que, há tempos atrás,
,j1·
populosas e influentes do mundo, chamados por alguns Gari Brilha Reluzouro enganou o deus kobold Kurtulmak,
! de "Povo Esquecido". Esta denominação não incomoda soterrando-o e aprisionando-o em um interminável labirinto
os gnomos; normalmente eles preferem o anonimato e a subterrâneo, ganhando dele a inimizade eterna.
proteção que isso lhes proporciona.
De acordo com a lenda, os primeiros gnomos em Faerun GNOMOS DOS BOSQUES
1 brotaram de pedras preciosas místicas enterradas nas
Os reclusos gnomos dos bosques levam vidas simples em
111 profundezas da terra - um evento que corresponde ao amor
habitações nas colinas dentro de bosques. Um vizinho poderia
que os gnomos têm tanto pelas pedras preciosas quanto
morar a apenas alguns quilômetros de um povoado de gnomos
pelo aconchego de suas tocas subterrâneas. Costuma-se
do bosque durante toda a sua vida e jamais ficar sabendo
dizer que diamantes místicos tornam-se gnomos das
da presença deles. Nestas comunidades, o anonimato e a
rochas, esmeraldas originam gnomos dos bosques e rubis
furtividade ajudam a garantir proteção, paz e sobrevivência. Se
geram gnomos das profundezas. Desde o momento de sua
forem descobertos e tratados bem, os gnomos dos bosques são
criação, os gnomos se estabeleceram em locais escondidos
bons vizinhos, mas normalmente eles evitam contato, mesmo
e longe de outras raças, preocupados que seu modo de vida
com civilizações que pareçam amigáveis.
não conseguisse sobreviver a uma exposição mais ampla.
Os gnomos dos bosques usam sua afinidade com
1' Os gnomos se socializam e trabalham alegremente com
pequenos animais e seu dom para ilusões para ajudá-
1
humanos, elfos e anões, mas sempre têm em mente que,
los a se manter escondidos. Quando necessário, uma
como uma raça pequena e insignificante, os interesses deles
comunidade de gnomos do bosque defende-se com todos os
tornam-se secundários, até mesmo entre seus aliados. E de
recursos que tem ao seu alcance. Muitos povoados, contudo,
fato, membros de outras raças por vezes tratam levianamente
simplesmente desaparecem se são descobertos, recuando
os gnomos como cidadão de segunda categoria, talvez tendo
para algum canto da floresta para começar tudo novamente.
seus amigos gnomos em alta conta, mas raramente dando
Os raros gnomos dos bosques que deixam seu povo
crédito aos gnomos como um povo. Os gnomos normalmente
para se tornarem aventureiros normalmente usam sua
são subestimados, e acabam usando esta falta de estima tanto
proximidade com a natureza e seus dons mágicos para
como defesa quanto como ofensa, seja como for necessário.
servir como guias, rastreadores ou místicos. Viver tão perto
da natureza também faz com que os gnomos dos bosques
provavelmente assumam papéis de druidas, que servem a
vários espíritos da floresta e divindades.
Os gnomos dos bosques de Faerfin têm os traços raciais dos
gnomos dos bosques do Player's Handbook: Livro do jogador.

GNOMOS DAS ROCHAS

Quando a maioria das pessoas na Costa da Espada e
do Norte mencionam gnomos, eles estão se referindo
aos gnomos das rochas. Diferentemente de seus primos
tímidos das matas, os inquisitivos e irrepreensíveis gnomos
das rochas interagem de maneira mais constante com
indivíduos de outras raças, principalmente se tais indivíduos
tiverem algo a lhes ensinar. Os gnomos das rochas vivem
nas margens de outros povoados, em seus próprios refúgios,
embora alguns ocasionais gnomos das rochas mais
aventureiro possa morar em uma cidade humana ou anã.
As comunidades de gnomos das rochas são mais comuns
nas Terras Centrais do Ocidente e ao longo da costa do Mar
Reluzente, mas gnomos andarilhos viajam entre comunidades
por toda Faerfin para manter comércio ou aprender algo com
estrangeiros, incluindo membros de outras raças.

As SENHORAS DAS COLINAS DOURADAS

Uma parte curiosa do folclore gnômico é que seu panteão
não é composto por sequer uma fêmea . Dizem as lendas que
as misteriosas Senhoras das Colinas Douradas saíram juntas
em uma missão nos dias mais antigos do mundo e jamais
retornaram . As histórias variam muito no que diz respeito à
missão das Senhoras, desde de estarem procurando reun ir
exemplos de todas as coisas mais belas e ricas de Toril, até
estarem planejando enfrentar os males do mundo usando
o anonimato como escudo, fazendo com que o mundo
esquecesse até mesmo de seus nomes e identidades por um
tempo . Dizem que os gnomos que vagam muito longe de sua
terra natal estão "procurando pelas Senhoras".

CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DOS REINOS

-------'"""'~---------;;:;e.:_
 Gnomos das rochas que deixam suas comunidades
costumam encontrar trabalho usando suas aptidões
raciais como uma vantagem. Sua herança e seu interesse
por pedras preciosas leva muitos gnomos das rochas a se
tornarem habilidosos lapidadores de jóias e joalheiros. os
gnomos das rochas também fazem uso de sua afinidade
com máquinas para trabalhar como funileiros, alquimistas
e engenheiros. Nas comunidades humanas, os tutores e
sábios gnomos são bastante populares, já que sua vida
longa, comparando-a com a dos humanos, permite que eles
adquiram e passem conhecimento por gerações.
Os gnomos das rochas de Faerun têm os traços raciais
dos gnomos das rochas do Player's Handbook: Livro
do jogador.
GNOMOS DAS PROFUNDEZAS
(SVIRFNEBLIN)
Também conhecidos como svirfneblin, os gnomos das
profundezas da Umbreterna são um gritante contraste com seus
parentes da superfície, austeros e sérios quando comparados
com os alegres e normalmente otimistas gnomos das rochas
e gnomos do bosque. Como seus primos eles compartilham a
obsessão pela privacidade, e seus lares abaixo da superfície de
Faerun são bem protegidos e muito bem escondidos.
Com a mesma hostilidade de seus vizinhos da
Umbreterna, principalmente os drow, os povoados e reinos
dos svirfneblins estão em perigo constante de serem
realocados, conquistados ou destruídos. Tal foi o destino de
Brilha Pedraluzente, uma das maiores fortalezas de gnomos
das profundezas, que existiu por mais de dois mil anos até
que foi invadida há pouco mais de um século pelos elfos
obscuros de Menzoberranzan. Os gnomos das profundezas
recentemente reivindicaram seu antigo lar, e agora lutam
para livrá-lo de influências malignas que rastejaram para os
túneis e tocas quando estavam ausentes.
Os gnomos das profundezas são magros, com tons de pele
cor da terra ou cinza. Os machos são carecas e não têm barba,
enquanto as fêmeas têm cabelo. Ambos os gêneros têm pouco
pelo ou nenhum, e sua pele têm aparência de pedra.
Gnomos das profundezas aventureiros são tão curiosos e
ousados quanto aqueles de outras raças. Alguns encontram
propósito vivendo entre outras raças subterrâneas, e alguns
até chegam a traçar seu caminho até a superfície. Aqueles
que estudam as artes arcanas, principalmente a ilusão,
frequentemente se afastam de seus lares, procurando o
conhecimento que não está disponível em suas próprias terras.
TRAÇOS RACIAIS DA SUB-RAÇA SVIRFNEBLIN
A sub-raça svirfneblin possui os traços raciais dos gnomos
do Player's Handbook: Livro do jogador, além dos traços
raciais da sub-raça abaixo. Diferente de outros gnomos, os
svirfneblin costumam ser neutros, pesam entre 40 e 60
quilos e atingem a maturidade aos 25 anos e vivem de 200
a 250 anos.
Aumento no Valor de Atributo. Seu valor de Destreza
aumenta em 1.
Visão no Escuro Aprimorada. Sua visão tem um raio de
36 metros.
Camuflagem de Pedra. Você tem vantagem nos
testes de Destreza (Furtividade) para esconder-se em
terreno rochoso.
Idioma Extra. Você pode falar, ler e escrever o
idioma Subcomum.
. . . , . . - - - -~ - ~- - - - - - - - - - - - - - - - - - -
TALENTO DE GNOMO DAS PROFUNDEZAS
Se o seu DM permitir o uso de talentos, seu personagem
gnomo das profundezas tem a opção de escolher o talento
a seguir:
Magia Svirfneblin
Pré-requisito: Gnomo (gnomo das profundezas)
Você herdou a característica de conjuração inata dos seus
ancestrais. Ela permite que você conjure indetectável em
si mesmo à vontade, sem a necessidade de componentes
materiais. Você também pode conjurar uma vez cada uma
das magias a seguir: cegueira/surdez, disfarçar-se e turvar.
Você recupera a capacidade de conjurar estas magias quando
termina um descanso longo. Inteligência é o seu atributo de
conjuração usado para estas magias.
DIVINDADES GNÔMICAS
Os gnomos prestam homenagem ao um pequeno panteão
composto por sete divindades primárias, conhecidos como
Senhores das Colinas Douradas, além de duas outras
entidades.
SÁBIOS PROTETORES
O Protetor Vigilante, Garl Brilha Reluzouro, é o rei dos
deuses gnômicos, uma divindade do humor, da lapidação de
pedras, da proteção e da astúcia. Suas travessuras servem
para proteger os gnomos e para ensinar às vítimas uma
lição de humildade e sabedoria. Depois de Garl, Gaerdal
Robustamaniferro, é o deus da guerra dos gnomos, que
abraça a vigilância e a defesa.
DEUSES DA NATUREZA
Baervan Passagresteandante é o deus gnômico da floresta
e das matas, acompanhado por seu companheiro Chiktikka
Pataligeira, um enorme guaxinim que, dizem, é o mais
sábio dos dois. Segojan Ouveclamaterra é o deus dos ermos
abaixo da terra, e não sobre ela, bem como é deus das tocas
e das plantas e animais encontrados lá.
SOMBRA E PEDRA
Baravan Capasombriomanto é o deus da ilusão e da
enganação, recebendo o respeitoso título de O Dissimulado.
Callarduran Precisamãossutil é o deus da pedra e da
Umbreterna, patrono dos svirfneblin.
ÜFÍCIO E INVENÇÃO
Flandal Durapelaço, o deus da mineração e da ferraria,
é conhecido como Ferreiraço. Ele também é o deus
gnômico do aprimoramento físico e da boa saúde. O
destemido Nebelun, o Intrépido, é o deus das invenções
e da sorte, venerado por muitos gnomos mesmo que não
seja considerado um dos Senhores da Colina Dourada.
"Desígnio de Nebelun!" é uma exclamação gnômica
comum para descobertas.
Ü RASTEJADOR
O último membro do panteão gnômico é Urdlen, que
aparece não como um gnomo, mas como uma toupeira
pálida, cega e elefantina. Urdlen é o grande deus de garras
da sede de sangue e do mal, da ganância e dos impulsos
incontroláveis. Os gnomos mais jovens são alertados para
"nunca deixar Urdlen cavar fundo em seu coração", como
um aviso para nunca ceder a impulsos perversos.
CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DO S REINOS
...___, 1
~

ME IO-ELFOS
Um elfo que olhe para um meio-elfo vê um humano, e
um humano que contemple a mesma pessoas vê um elfo.
Embora seja um exemplo simples, ele vai direto ao ponto do
que significa ser um meio-elfo em Faen1n.
Para os elfos que têm um ponto de vista radical sobre
o assunto, meio-elfos são o emblemático declínio da
civilização élfica, uma diminuição da herança e da cultura
da raça que levará à sua futura dissolução. Para os humanos
I!
!
do outro lado deste espectro, os meio-elfos possuem uma
vantagem injusta sobre seus companheiros totalmente
humanos, e são vistos como privilegiados e favorecidos,
independente de qual sejam as verdadeiras circunstâncias
de seu nascimento.
Para a maioria das pessoas em FaerO.n, o assunto não é
tão simples assim. Meio-elfos normalmente são tolerados
onde quer que vão, ou onde quer que fixem residência -
com a ressalva de que uma sociedade que não é gentil para
com elfos ou humanos, provavelmente se comportará da
mesma forma com alguém cujo sangue é y.ma mistura
das duas taças. Por outro lado, uma sociedade que tem
humanos e elfos em alta estima, geralmente não concede
o mesmo status para os meio-elfos (embora tais indivíduos
não cheguem a ser desprezados).
RA AjOVEM, RAÍZES ANT_IG
_A_ S _ _ __
Em um passado distante os meio-elfos eram poucos, pois
humanos e elfos entravam em contato apenas raramente.
Os antigos reinos élficos de Cormanthyr e Myth Drannor
CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DOS REINOS
-----------------------..:'::-
tinham populações significantes de meio-elfos. Foi
apenas nos últimos mil anos, mais ou menos, que as
raças passaram a interagir mais e o número de meio-elfos
aumentou, desta forma se espalhando por toda FaerO.n.
Não surpreendentemente, meio-elfos desfrutam da
companhia de outros do seu tipo, de modo que onde
meio-elfos se reúnem, muito provavelmente outros meio-
elfos se juntarão à eles. A maioria dos meio-elfos no Norte
e ao longo da Costa de Espada possuem descendência
de elfos lunares, misturado com sangue illuskano ou
thethyriano. Em outras partes de FaerO.n, meio-elfos
possuem comunidades significativas no Bosque Yuir e por
toda Aglarond. Meio-elfos aquáticos são encontrados ao
longo de todos os litorais, incluindo nas proximidades de
Aglarond, da Costa do Dragão, Impiltur, Sembia e na Orla
de Vilhon. Meio-elfos drow são mais numerosos na nação
de Dambrath, que foi conquistada pelos elfos obscuros
anos atrás, e na Umbreterna, onde a Casa Ousstyl de
Mezoberranzan é particularmente famigerada por manter
relações com humanos.
HERAN A MISTA
Meio-elfos são um grupo bem diversificado, dada a quantidade
de combinações de sub-raças de elfos e etnias humanas que
existem. A maioria deles considera sua natureza dupla como
sendo uma benção mais do que uma desvantagem, já que dá a
eles um conjunto de habilidades e perspectiva do mundo que
os humanos e elfos, individualmente, jamais terão.
Ao mesmo tempo, a herança mista dos meio-elfos os
obriga a fazer tentativas para se adequar aos humanos ou
aos elfos quando é necessário. Para citar um exemplo,
meio-elfos nascidos e criados em povoados humanos
costumam ter nomes humanos, enquanto meio-elfos das
comunidades élficas normalmente possuem nomes élficos.
Em alguns locais as crianças meio-elfas recebem nomes de
acordo com o "outro" pai, ou uma mistura de nomes élficos
e humanos, como uma forma de separar os meio-elfos do
restante da comunidade em que vive.
Meio-elfos tanto falam Comum quanto élfico. Além disso,
meio-elfos dos Bosque Yuir costumam fala Aglarondano.
Os meior-elfos de FaeO.n têm os trações raciais dos
meio-elfos do Player's Handbook: Livro do jogador, embora
algumas variações sejam possíveis; veja a barra lateral
"Meio-Elfos Alternativos".
MEIO-ELFOS ALTERNATIVOS
Alguns me io-e lfos de FaerCm têm um t raço racial no lugar do
traço Versatilidade com Perícias. Se o seu DM permitir, seu
personagem meio-elfo pode a brir mão de Versatilidade com
Perícias e no lugar dele escolher o traço racia l élfico Sentidos
Aguçados ou um traço racial baseado em seu parentesco élfico:
Um me io-elfo descendente de um elfo silvestre pode
escol her um dos traços rac iais do e lfo si lvestre:
Treinamento Élfico com Armas, Pés Velozes ou
Máscara da Natureza.
• Um meio-elfo descendente de elfo lunar ou elfo solar pode
esco lher um dos traços racia is do alto e lfo: Treinament o
Élfico com Armas ou Truque.
• Um me io-e lfo descendente de drow pode esco lher o traço
racial do drow: Magia Drow.
• Um me io-e lfo descendente de elfo aquático pode esco lh er
um deslocamento de natação d e 9 metros.
O s DEUSE S n os Do i s Povos _ eles não possuem sangue ore puro. E eles não são aceitos
em outras sociedades por causa de sua herança ore.
Não existem deuses meio-elfos, portanto os meio- Os meio-ores são vistos como desagradáveis e intimidadores
elfos seguem as divindades élficas ou humanas de sua pelos outros povos, algo que é ao mesmo tempo uma benção
preferência - embora muitos meio-elfos religiosos e uma maldição, pois eles são constantemente deixados em
acreditem que sejam os deuses que os escolhem. paz por aqueles que os temem, mas também tornam-se alvo de
Frequentemente os meio-elfos veneram os deuses da cultura discriminação ou de ataques diretos daqueles que se sentem
na qual cresceram, embora alguns se rebelem contra sua ameçados por eles. Este preconceito contra a raça torna os
formação, buscando outros deuses fora do aspecto de sua meio-ores difíceis de criarem confiança até mesmo para com
herança, ou ao sentir um chamado ou necessidade. aqueles que lhes demonstrem alguma cortesia - porque todos
Assim como qualquer povo, meio-elfos escolhem com eles possuem alguma história para contar de quando foram
frequência uma divindade favorita com base em seu chamado enganados por tal comportamento. Seu sangue ore - a Marca
ou profissão: Corellon Larethian, Azuth ou Mystra para de Gruumsh - os torna suscetíveis a se irritar e inclinados a
magos, Solonor Thelandria ou Mielikki para guardiões, atacar aqueles que os não tratem de forma justa.
Milil ou Corellon para poetas e bardos, e assim por diante. Como cresceram entre os ores ou sob a sombra da
Muitos meio-elfos adoram Sune ou Hanali Celanil em herança deles, os meio-ores raramente têm experiências
apreciação pelo amor que seus pais sentem um pelo outro, e agradáveis com a sociedade, e normalmente eles apresentam
as duas deusas são vistas como boas companheiras. Alguns comportamentos grosseiros, brutos ou rudes quando lidando
meio-elfos são atraídos por forasteiros como Auril, Eldath, com outras pessoas. Com a franqueza de um ore, eles falam
Erevan Ilesere e Ilmater, ou por deuses da natureza como o que lhes vêm à cabeça, sem qualquer preocupação se suas
Mielikki, Rillifane Rallathil e Silvanus. Os meio-elfos de opiniões serão bem recebidas. Não importa onde vivam, meio-
Aglarond costumam escolher Chauntea, Selune ou um dos ores sempre encontram-se rotulados pelos outros quando se
Seldarine como patrono. diz respeito à sua utilidade como trabalhadores braçais ou
soldados. É raro e fortuito quando alguns deles são julgados
M EIO-ÜRCS por seu caráter e seus feitos em vez de sua ancestralidade.
Meio-ores existem pelo mundo desde antes do alvorecer da
história registrada, quando ores e humanos entraram em
contato pela primeira vez. Ainda assim, mesmo depois de todo
este tempo, eles encontraram poucos locais para si dentro
da civilização faeruniana - ou, talvez mais precisamente, a
civilização jamais tenha dado espaço para eles.
A maioria das pessoas comuns tem uma aversão por
meio-ores, baseado principalmente em sua aparência:
o argumento usado é que alguém que se parece muito
com um ore, deve ser um ore e deveria se manter à
distância. Como os meio-ores são normalmente mais
fortes e mais resistentes do que seus pares humanos, eles
podem encontrar empregos em aldeias e cidades, mas
sua aparência os marca como forasteiros. Em resposta a
este desprezo, meio-ores tanto abraçam definitivamente
essa diferença e se orgulham de sua superioridade física ,
quanto se afastam e tentam não atrair muita atenção para
si mesmos, ou também desistem de tentar se encaixar em
algum lugar e adotam um estilo de vida nômade.
Os ~eio-orcs de Faerun têm os traços raciais dos
meio-ores do Player's Handbook: Livro do jogador. Eles
falam tanto Comum quanto Ore. Os raros exemplos de
escrita do idioma Ore fazem uso do alfabeto Dethek.

o S A NGUE DIRÁ
Basicamente, os meio-ores devem a situação lamentável
em que se encontram à divindade Gruumsh, o criador dos
ores. Dizem as lendas que quando Gruumsh descobriu que
todos os territórios do mundo haviam sido reivindicados por
outras raças, ele jurou que os ores se vingariam ao tomar o
que queriam à força. As grandes hordas de ores continuam
a fazer exatamente isso até os dias de hoje, aparecendo de
tempos em tempos dos ermos para atacar e saquear.
Como resultado, a palavra "ore" não tem nenhuma
conotação boa na cabeça dos outros faerunianos . Ao mesmo
tempo, a palavra "meio" é um sinal de menosprezo entre os
ores. Alguns meio-ores criados entre os ores reagem à essa
infâmia ao serem mais brutais do que outros de sua tribo,
que pode colocá-los em papéis de liderança, mas os
meio-ores de fora não são bem-vindos na sociedade ore pois

CAPÍTULO 3 1 AS RAÇAS DOS REINOS

 PÁTR IA S MEIO- Ü RCS
Nas terras mais distantes da Costa da Espada, como em
Thesk e Chessenta, há grandes comunidades de
meio-ores, onde gerações deles têm vivido como um povo
independente. Mas há alguns locais assim no Norte. Uma
pequena comunidade estava crescendo nas proximidades do
Reino de Muitas-Flechas, mas a recente guerra com os ores
daquele reino fizeram com que esta emergente população
1; se dispersasse.
I; Hoje, nenhum lugar civilizado no Norte possui uma
população significativa de meio-ores, embora ao menos
alguns deles vivam em ou nas periferias de qualquer
comunidade estável. Ironicamente, é mais provável entre
os maiores e mais civilizados destes locais que meio-ores
encontrem alguma aceitação - nas grandes cidades onde
as pessoas são normalmente mais cosmopolitas em seu
ponto-de-vista.
Em Águas Profundas, por exemplo, meio-ores compõem
uma minúscula parcela da população, ainda que eles
estejam em números na casa das centenas. Os meio-ores
que chamam Águas Profundas de lar gostam muito dessa
aceitação, tolerância que seja, que recebem na cidade,
sejam eles nascidos lá, vindos por terra de outros locais no
continente ou chegando na cidade através dos portos nos
navios mercantes.
DIVINDADES MEIO-ÜRCS
Como benefícios de sua natureza dupla, muitos meio-ores
veneram divindades tanto do panteão humano quanto
ore. Sozinhos ou entre si, meio-ores oferecem preces a
divindades ores, principalmente a Ilneval, que acredita-se
ser o patrono dos meio-ores e outros cruzamentos ores.
DEUSES FAERUNIA NOS
Meio-ores tentando se encaixar em uma sociedade
humana frequentemente adota uma divindade humana por
conveniência (embora raramente apenas para manter as
aparências). Ele preferem as divindades faen1nianas da
guerra e da trapaça, como Bane, Mask e Tempus.
PRIMEIRA FAMÍLIA
O panteão ore, conhecido como Tribo Daquele Que Observa,
é um grupo de deuses brutais e cruéis, dominados por seu
pai e chefe, Gruumsh Caolho. Este deus da conquista, força
e sobrevivência é o odioso rival da divindade élfica Corellon
Larethian. É dito que Gruumsh deve a perda de seu olho
para um disparo de flecha perfeito de Corellon.
A divindade-mãe dos ores é Luthic, a companheira de
Gruumsh e deusa da fertilidade, cavernas e bruxaria.
Bahgtru, o filho de Gruumsh é o deus da pura força bruta,
renomado por seu poder, porém desdenhado por alguns por
seu desleixo.
LÍDER DA HORDA
A divindade patrona dos meio-ores é o deu,s da guerra
Ilneval. Ele detém o título de Mestre da Guerra dentro
do panteão, e é venerado por aqueles que acreditam na
sabedoria de se atacar com números avassaladores.
PRETO E BRANCO
Os dois mais sinistros membros do panteão ore ocupam
as extremidades opostas do espectro visual. Um deles é
Shargaas, o Senhor da Noite, deus da escuridão, noite e
furtividade. O outro é Yurtrus, o Mão-Branca, Senhor dos
Vermes, o temido deus das pragas e da morte.
n8 /
CAPÍTULO 3 1
----------!!". ,!""'"'---------;; :; :
AS RAÇAS DOS REINOS
T IFERINOS
Humanos com o sangue de ínferos, a maioria dos tiferinos
de Faerun compartilham uma conexão em comum devido
às maquinações que o arquidiabo Asmodeus colocou em
prática um século atrás.
A M A RCA DE ASMODEUS
Durante a Praga Mágica, Asmodeus consumiu a fagulha
divina de Azuth e com isso alcançou a condição de deus.
Na sequência do fato, Asmodeus e uma congregação de
bruxos, os Treze de Toril, executaram um ritual onde
o arquidiabo reivindicou todos os tiferinos do mundo
como seus, amaldiçoando-os a carregar consigo "o
sangue de Asmodeus". Este ato marcou todos os tiferinos
como "descendentes" do Senhor dos Nove Infernos,
independentemente de sua verdadeira ancestralidade, e
os tornou criaturas que se pareciam como seu suposto
progenitor. Os outros povos de Faerun, transtornados pela
aparência desses seres-diabos, tornaram-se desconfiados de
todos os tiferinos e muitas vezes os tratam com hostilidade.
Entretanto, a despeito do que algumas pessoas acreditam,
Asmodeus não exerce poder algum sobre seus "filhos", e os
tiferinos de hoje possuem livre arbítrio - e vontade própria
- para ser o que quiserem. Alguns de fato escolhem servir
o Senhor dos Nove Infernos e seus esquemas, enquanto
outros se alinham a diferentes facções diabólicas, ou a
nenhuma, fazendo o melhor que podem para se manter
longe das políticas infernais.
TIFERINOS ALTERNATIVOS
Como nem todos os tiferinos carregam o sangue de
Asmodeus, alguns têm traços raciais diferentes daqueles do
Player's Handbook: Livro do Jogador. O seu Dungeon Master
pode permitir as seguintes variantes para seu personagem
tiferino, embora Língua do Diabo, Fogo Infernal e Alado
sejam mutuamente exclusivos.
Aparência. Seu tiferino pode não parecer como outros
tiferinos. Em vez de ter as características físicas descritas
no Player's Handbook: Livro do Jogador, escolha l d4 + l das
características a seguir: ch ifres pequenos; presas ou dentes
afiados; uma língua bifurcada; olhos felinos; se is dedos em
cada mão; pernas de bode; cascos fendidos; uma cauda
bifurcada; pele coriácea ou escamosa; pele vermelha ou azul
escura; não projeta sombra ou reflexo; exala cheiro de enxofre.
Ferino. Seu va lor de Inteligência aumenta em l e seu va lo r
de Destreza aumenta em 2. Este traço racial substitui o traço
Aumento no Valor de Atributo.
Língua do Diabo. Você conhece o truque zombaria perversa.
Com este traço racial, quando alcança o 3° nível, você pode
conjurar a magia enfeitiçar pessoa uma vez como uma magia
do 2° círculo. Com este traço racial, quando alcança o 5°
nível, você pode conjurar a magia cativar uma vez. Você deve
terminar um descanso longo para conjurar estas magias
novamente com este traço racial. Carisma é o seu atributo
de conjuração usado para estas magias. Este traço racial
substitui o traço Legado Infernal.
Fogo Infernal. Uma vez que alcance o 3° nível, você pode
conjurar mãos flamejantes uma vez por dia como uma magia
do 2° círculo. Este traço racial substitui a magia repreensão
diabólica do traço Legado Infernal.
Alado. Você possui asas como as de um morcego saindo de
suas omoplatas. Você tem deslocamento de voo de 9 metros
enquanto não estiver usando armadura pesada. Este traço
racial substitui o traço Legado Infernal.
 Desde que o ritual espalhou a maldição de Asmodeus há
mais de um século, têm nascido tiferinos em Faertln que
pertencem a outras linhagens infernais, mas aqueles que
carregam a marca do arquidiabo (e seus descendentes)
permanecem os mais numerosos exemplares do seu
tipo, de longe.
Os tiferinos de Faertln normalmente têm os traços raciais
dos tiferinos do Player's Handbook: Livro do jogador, exceto
que aqueles que não são descendentes de Asmodeus
podem exibir qualidades diferentes; veja a barra lateral
"Tiferinos Variantes".
UMA RAÇA SEM LAR
Como descendentes infernais, os tiferinos não chamam
nenhum lugar de Faertln como seu, embora alguns locais e
nações sejam mais tolerantes para com eles do que a maioria.
No Norte, a maior população de tiferinos encontra-se em
Neverwinter (Nevenunca). Como o Ashmadai, um violento
culto dedicado a Asmodeus, também é bastante ativo na
cidade, a desconfiança com os tiferinos não é incomum
mesmo aqui, já que as pessoas nunca estão certas de que
um tiferino é ou não um membro dos Ashmadai ou se foram
atraídos até Neverwinter pela oportunidade de se misturar
com o que a metrópole tem a oferecer.
Grupos pequenos e dispersos de tiferinos são encontrados
em quase todo lugar por Faertln, principalmente em
cidades cosmopolitas (onde eles podem ser anônimos em
algum grau) e em povoados rústicos e pobres que recebem
qualquer um que possa ajudá-los a sobreviver e prosperar.
Os tiferinos são comuns em Calimshan, ao sul, onde
muitos deles lutaram pelos djinn como mercenários e
agora servem a outros mestres com moedas para pagá-los.
No leste, muitos tiferinos vivem em Aglarond - escravos
fugidos de Thay ou descendentes destes - e em Mulhorand,
onde crê-se que tiferinos carreguem o sangue dos próprios
antigos deuses mulhorandi.
AASIMAR
Os opostos celestiais dos tiferinos, os aasimar são
descendentes dos humanos com herança celestial. Os aasimar
não existem em tanta quantidade nos Reinos como os tiferinos,
mas são comuns o bastante para que alguns se tornem
aventureiros. Os Dungeon Masters que querem permitir que
seus jogadores criem personagens aasimar podem encontrar
as regras para isso no Dungeon Master's Cuide: Li~ro do Mestre.
NOMES TIFERINOS
A grande maioria de pais tiferinos segue as convenções de
nomeação da cultura na qual seus filhos nasceram, como
usar nomes humanos se vivem em um povoado humano
(o melhor para se parecerem com cidadãos "normais").
Outros adotam nomes derivados do idioma Infernal que
foram passados adiante desde tempos imemoráveis.
Além disso, alguns tiferinos faertlnianos têm nomes
tirados do idioma das culturas onde eles são relativamente
comuns e normalmente aceitos, como os calishitas e os
mulhorandi, que soam estrangeiros para as pessoas do
Norte e por toda a Costa da Espada.
Al-Khem e Beni-Asmodai são dois sobrenomes tiferinos
calishitas comuns que indicam a herança da raça, junto com
primeiros nomes como Haroun, Shaq e Nizam (masculinos)
ou Hania, Rashaa e Zaar (femininos).
Sobrenomes mulhorandi que começam com "Sia" ou
"Zia" seguidos por um nome de divindade indicam um mem-
bro da linhagem de sangue de um deus, como Zianhur e
Siasobek. Primeiros nomes comumente vistos entre os tife-
rinos mulhorandi incluem Aybtep ("chifrudo"), Bahati ("alma
sábia"), Het ("fumaça"), Kamen ("escuro"), Katsu ("nascido
das estrelas") e Kohl ("olhos escuros").

FÉ SOLITÁRIA
Embora muitos povos faertlnianos acreditem que tiferinos
venerem Asmodeus e os senhores dos Nove Imfernos, a
verdade é que apenas uma fração deles o faz, mas estes
poucos adoradores de diabos ou demônios são suficientes
para carregar o peso da verdade de todos os rumores
e desco·nfianças.
Os tiferinos que veneram um deus que não seja Asmodeus
costumam adorar divindades que observam e cuidam dos
forasteiros, incluindo Ilmater, Mask, Seltlne, Shar e Tymora. ·
Deuses do conhecimento, sobrevivência, astúcia e guerra
também são fonte de interesse por parte dos tiferinos que
valorizam estas qualidades. Beshaba possui adoradores
tiferinos que consideram o acidente de seu nascimento
como um tipo de piada cruel que eles escolheram abraçar.
Alguns tiferinos espalham histórias que são tanto
intrigantes quanto perturbadoras para os seguidores de
algumas fés em Faertln, alegando ter visões nas quais os
deuses de Faertln aparecem para eles na forma dbs próprios
tiferinos. Uma dessas divindades eles chamam de a "pálida
e chifruda deusa da lua" (Seltlne); outra e a "tenebrosa
e diabólica senhora de toda a sorte" (Tymora) - uma
indicação, segundo os tiferinos, de que a aparência externa
e linhagem de sangue são mais desimportantes para os
deuses do que o coração e a alma interiores.

"""~---..,,,,..,.-..~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -c- A_P_Í_T..u_Lo 3 1 AS RAÇAS DOS REINO S ' u9

C APÍTULO 4: CLASSES
S DOZE CLASSES PRESENTES NO PLAYER'S
Handbook: Livro do jogador são todas
encontradas em Forgotten Realms. O material
deste capítulo descreve o local destas classes
em Faerun, principalmente na Costa da
Espada e no Norte. O capítulo também inclui
novas opções de característica para a maioria
das classes, bem como algumas novas magias.
B ÁRBAROS
BEM PERTO DOS ELFOS OBSCUROS, PwENT ABAIXOU SUA
cabeça e com seu longo espigão no elmo empalou um dos eljos
no peito, atravessando afina malha da armadura drow com
facilidade e brutalidade. O segundo drow conseguiu desviar
da nova investida do colérico, virando o espigão do elmo de
lado com ambas as espadas. Porém, um punho revestido com
articulações diabolicamente reforçadas com pontas farpadas ,
acertou o drow sob o queixo e abriu um talho em sua
garganta. Lutando para respirar, o drow tentou acertar dois
golpes sujos nas costas de seu oponente, mas ambos fizeram
muito pouco diante da torrente de golpes lançada pelo anão
de olhos selvagens.
- R. A. Salvatore, Siege of Darkness [Cerco de Escuridão]
Muitas das terras da Costa da Espada e do Norte são
selvagens, onde a sobrevivência do dia-a-dia é uma batalha.
Estas terras abrigam tribos rústicas e combatentes ferozes ,
como os bárbaros Reghed e Uthgardt do Norte e os
navegadores Nortenhos das Ilhas Altalúnia e porções mais
ao norte da Costa da Espada.
Os bárbaros destas terras são humanos ou meio-ores
em sua maioria, por vezes meio-elfos nascidos do contato
entre tribos selvagens de humanos e os elfos do Norte ou
das Terras Centrais do Ocidente, ou tiferinos das tribos
conhecidas por se relacionar com ínferos. Anões bárbaros
são combatentes conhecidos e temidos entre os ferozes e
orgulhosos clãs que reivindicaram territórios como o Salão
de Mitral e Fortekruel. Bárbaros da maioria das outras
raças vêm das terras mais quentes do sul em vez do Norte
Selvagem, embora órfãos sulistas sejam por vezes adotados
no Norte e criados pelas tribos de lá.
TRILHAS ANCESTRAIS
Os bárbaros em Forgotten Realms têm as seguintes opções
de Trilha Primitiva, além daquelas no Player's Handbook:
Livro do jogador. Os bárbaros Reghed e Nortenhos
costumam seguir a Trilha do Berseeker, enquanto os
bárbaros Uthgardt são quase sempre seguidores da Trilha
do Ancestral Totêmico.
TRILHA DO COLÉRICO
Conhecidos como Kuldjargh (literalmente "machado idiota")
no idioma Anão, os coléricos são anões seguidores dos
deuses da guerra e seguem a Trilha do Colérico. Eles se
especializam em vestir armaduras corpulentas e cheias de
cravos, e lançam-se em combate, acertando oponentes com
seus próprios corpos e entregando-se à fúria da batalha.
RESTRIÇÃO: APENAS ANÕES
Apenas anões podem seguir a Trilha do Colérico. O colérico
ocupa um nicho muito particular na sociedade e cultura
dos anões.
Seu DM pode suspender esta restrição para melhor se
encaixar na campanha. A restrição existe para Forgotten
Realms. Ela pode não se aplicar ao cenário de seu DM ou
na versão dos Reinos de seu DM.
ARMADURA DO COLÉRICO
Quando escolhe esta trilha, no 3° nível você ganha a
habilidade de usar uma armadura com cravos (veja a barra
lateral "Armadura com Cravos") como arma.
Enquanto veste uma armadura com cravos e está em
fúria, você pode usar uma ação bônus para fazer um ataque
armado corpo a corpo com sua armadura com cravos contra
um alvo a até 1,5 metro de você. Se o ataque acertar, os
cravos causam ld4 pontos de dano perfurante. Você usa seu
modificador de Força para as jogadas de ataque e dano.
Além disso, quando você usa a ação Atacar para agarrar
uma criatura, o alvo sofre 3 pontos de dano perfurante se o
seu teste de agarramento for bem-sucedido.
ENTREGA IMPRUDENTE
A partir do 6° nível, quando você usa Ataque Descuidado
enquanto está em fúria, você também ganha pontos de
vida temporários equivalentes ao seu modificador de
Constituição (mínimo de 1). Quaisquer pontos de vida que
sobrarem ao término da fúria, desaparecem.
CARGA COLÉRICA
A partir do 10° nível, você pode realizar a ação Correr com
uma ação bônus enquanto está em fúria. i
• 1
RETRIBUIÇÃO ESPINHOSA
A partir do 14° nível, quando uma criatura a até 1,5 metro
de você acertá-lo com um ataque corpo a corpo, o atacante
sofre 3 pontos de dano perfurante se você estiver em fúria,
não estiver incapacitado e estiver vestindo uma armadura
com cravos.
TRILHA DO GUERREIRO TOTÊMICO
Se estiver seguindo a Trilha do Guerreiro Totêmico do
Player's Handbook: Livro do jogador, você tem acesso às
opções apresentadas aqui.
TOTEM ESPIRITUAL
Esta opção está disponível para você quando você escolhe
um animal totêmico no 3° nível.
Assim como os espíritos no Player's Handbook: Livro
do jogador, as opções aqui necessitam de um objeto físico
ARMADURA COM CRAVOS
A armadura com cravos é um tipo raro de armadura méd ia
feita pe los anões. Ela cons iste de um casaco de couro e
perneiras cobertas com cravos que normalmente são feitos
de metal.
Custo: 75 PO
CA: 14 + modificador de Destreza (máx. 2)
Furtividade: Desvantagem
Peso: 22,5 kg
CAP ÍTULO 4 1 CLASSE S
 Alce. Enquanto estiver em fúria e não estiver vestindo
TOTENS UTHGARDT armadura pesada, seu deslocamento de caminhada
Os totems dos bárbaros Uthgardt no Norte (descritos no aumenta em 4,5 metros. O espírito do alce torna você
capítulo 5) correspondem aos espíritos do Caminho do extraordinariamente rápido.
Ancestral Totêmico, conforme mostrado na tabela a seguir. Tigre. Enquanto estiver em fúria, você adiciona 3 metros
ao seu salto à distância e 1,5 metro ao seu salto em altura.
Totem Espirito
O espírito do tigre dá mais poder aos seus saltos.
Arvore Urso, com falar com plantas no lugar de
Fantasma rituai s normais para o recurso Buscador ASPECTO DA FERA
de Espíritos Estas opções estão disponíveis para você quando você
Corvo Negro Águia escolhe um animal totêmico no 6° nível.
Feratrovão Urso, com a Sintonia Totêmica de Tigre Alce. Seja montado ou a pé, seu ritmo de viagem dobra,
assim como o ritmo de até dez companheiros seus enquanto
Grande Verme Lobo
eles estiverem a até 18 metros de você e você não estiver
Grifo Águia incapacitado (veja o capítulo 8 do Player's Handbook: Livro
Leão Negro Tigre do jogador para mais informações sobre ritmo de viagem).
Lobo Cinzento Lobo O espírito do alce o ajuda a andar mais longe e rápido.
Pônei Celeste Águia, com o Aspecto da Fera de Alce Tigre. Você ganha proficiência em duas perícias a partir
Tigre Vermelho Tigre da lista a seguir: Acrobacia, Atletismo, Furtividade e
Urso Azul Urso
Sobrevivência. O espírito felino aguça seus instintos
de sobrevivência.

que incorpore alguma parte da fera totêmica, e você pode
adquirir traços físicos associados ao seu espírito totêmico,
como um nariz proeminente caso seu totem seja o alce ou
olhos felinos caso seu totem espiritual seja o tigre.
Além disso, seu espírito totêmico pode ser um animal
semelhante a um dos listados aqui, mas que combine mais
com sua terra natal, como um cavalo ou cervo em vez do alce,
ou um leão, pantera ou outro felino grande em vez do tigre.
SINTONIA TüTÊMICA
Estas opções estão disponíveis para você quando você
escolhe um animal totêmico no 14° nível.
Alce. Enquanto estiver em fúria, você pode usar uma
ação bônus durante o seu deslocamento para atravessar
um espaço ocupado por uma criatura Grande ou menor.
Esta criatura deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda
de Força (CD 8 + seu modificador de Força + seu bônus
de proficiência) ou é derrubada e sofre dano contundente
equivalente a ldl2 + seu modificador de Força.
Tigre. Enquanto estiver em fúria, se você se mover ao me-
nos 6 metros em linha reta na direção de um alvo de tamanho
Grande ou menor pouco antes de fazer um ataque armado
corpo a corpo contra ele, você pode usar uma ação bônus. para
fazer um ataque armado corpo a corpo adicional contra ele.

BARDOS
Os bardos têm um lugar de extrema responsabilidade e
respeito em Forgotten Realms. Eles são os portadores das
notícias, fofocas e mensagens que eles pegam e espalham
durante suas viagens, de local em local, além de serem
bibliotecas ambulantes de história e conhecimento popular. Os
bardos sabem de muita coisa, e eles costumam estar dispostos
a compartilhar o que sabem, ou ao menos parte disto.
A chegada de um bardo famoso é uma ocasião especial,
comparável à visita de um dignatário. Um bardo pode
tranquilamente esperar ao menos uma refeição quente e um
local limpo para dormir na casa de algum senhor local ou
estalagem, em troca de algumas canções e histórias.
Um nobre poderia hospedar um bardo na melhor das
condições - ao mesmo tempo que é cuidadoso ao proteger
os segredos de sua casa, a menos que queira que estes
sejam recontados e cantados por toda Faeríln.
Nem todos os artistas itinerantes são bardos de verdade,
tampouco todos os bardos são inclinados a cantar em
troca de um prato de comida, embora a maioria o fará,
considerando a necessidade. Os bardos literalmente têm a
magia consigo, e os poderes que eles controlam através de
sua performance e conhecimento lhe dá mais respeito ainda.
No Norte Selvagem, cantores e contadores de história são
chamados de skald e detentores da história e das grandes
lendas dos Nortenhos e dos Reghed. Estes poetas-lutadores
são os cantores das canções e sagas que incendeiam o
i 1

CAPÍTULO 4 CLASSES
_.,,
122 ,/
1
sangue dos combatentes em batalha, e compositores de
novas canções e sagas que relatam os poderosos feitos dos
heróis e vilões. Entretanto, a conjuração é um tabu entre
os Reghed e os Nortenhos, a menos que seja considerado
uma dádiva dos deuses. Os personagens com a classe bardo
que se destacam entre estes povos devem se alinhar com
os sacerdotes e xamãs de seus clãs sob o risco de serem
expulsos. A maioria dos skalds são membros do Colégio
da Bravura, conforme descrito na característica de classe
Colégio de Bardo no Player's Handbook: Livro do jogador.

Os HARPISTAS
Os bardos no Norte e na Terra dos Vales se beneficiam da
existência dos Harpistas, a lendária sociedade que recruta
bardos e outros agentes independentes para lutar contra as
forças do mal. Mesmo que a maioria dos bardos na região
não sejam Harpistas (e muitos não fazem propaganda do
fato), as pessoas comuns no Norte costumam se comportar
como se todos os bardos fossem lendários heróis itinerantes,
e é bem provável que eles peçam a um bardo para solucionar
um problema presente na comunidade, como se ele fosse um
guerreiro ou mago viajante. Todavia, esta reputação é uma
faca de dois gumes, já que muitos inimigos dos Harpistas
assumem com desconfiança que qualquer simples menestrel
possa ser secretamente um agente Harpista.

COLÉGIOS DE BARDO
Além da tradição de aprendizado com um mestre bardo,
a Costa da Espada possui alguns colégios de bardo onde
mestres ensinam alunos nas artes bárdicas. Eles remetem
aos grandes colégios de bardo que existiram em um passado __,.../'
distante, principalmente os sete antigos colégios: Fochlucan,
Mac-Fuirmidh, Doss, Canaith, Cli, Anstruth e Ollamh. Dizem
que estes sete deram origem aos instrumentos dos bardos,
cada qual nomeado de acordo com cada colégio. Veja o
capítulo 7 do Dungeon Master's Guide: Livro do Mestre para
as estatísticas de jogo destes instrumentos mágicos.
Há tempos atrás, bardos que buscavam a posição de
mestre bardo frequentavam cada um dos antigos colégios,
procurando aprender seus segredos musicais e mágicos.
Por tradição, os colégios eram frequentados na ordem a
seguir, começando pelo Fochlucan. Esta tradição se acabou COLÉGIO DA NOVA ÜLAMN
quanqo os colégios entraram em declínio, mas alguns Abrigado em dois casarões no Escarpasseio que dão
bardos ainda sonham em restaurá-la. vista para o mar nas proximidades de Waterdeep (Águas
Profundas), o Colégio de Nova Olamn é um prestigiado
COLÉGIO DE FOCHLUCAN colégio de bardo estabelecido no Ano do Cajado (1366 CV)
O verdadeiro Colégio de Fochlucan certa vez ficou na por ricos patrocinadores águaprofundenses e chamado assim
margem nordeste de Lua Argêntea. Muitos anos após ter suas em homenagem ao antigo Colégio de Ollamh. Estudantes do
portas fechadas, o local foi reaberto como o Conservatório colégio submetem-se ao treinamento nos instrumentos de
Musical de Ultrumm. Posteriormente o conservatório sua escolha, junto com rigorosas práticas em memorização
se mudou para a Margemsul, e a Casa da Harpa passou e estudo das antigas canções, sagas e histórias. A maioria
a ocupar o local original do colégio sob a orientação do dos bardos de Nova Olamn pertencem ao Colégio do
Mestre Bardo Forell "Flamabarba" Luekuan, que buscou Conhecimento, conforme descrito na característica de classe
restaurar as antigas tradições e ensinamentos de Fochlucan. Colégio de Bardo no Player's Handbook: Livro do jogador.
Anos de investimento e suporte da cidade de Lua Argêntea, O Escarpasseio, uma trilha de cascalho subindo o espigão
bem como dos Harpistas, permitiram a revitalização do norte do Monte Waterdeep, é usado para trazer mercadorias
colégio, e a Casa da Harpa adotou o nome de Fochlucan até o colégio, mas a maioria dos visitantes e estudantes
uma vez mais. A maioria de seus bardos estuda e pratica os usam o Caminho Monte Melodia - um túnel que corta a
métodos do Colégio do Conhecimento, conforme descrito montanha - para chegar até lá. O túnel constantemente
na característica de classe Colégio de Bardo no Player's ressoa com música, graças ao Eterno Colar de Pérolas, um
Handbook: Livro do]ogador. concerto contínuo onde os estudantes bardos se apresentam
O Colégio de Fochlucan, naturalmente, é um aliado dos em uma pequena alcova no túnel, que por sua vez carrega e
Harpistas, embora seus mestres bardos sejam cuidadosos ecoa a música.
ao salientar que esta é uma missão distinta daquela
dos Harpistas.
CAPÍTULO 4 1 C LASSES
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COLÉGI O DO ARAUTO
Estabelecida na grande casa de conhecimento de Fortaleza
do Arauto, a noroeste de Lua Argêntea, o Colégio do Arauto
é dedicado à preservação das histórias antigas e das lendas.
Os Arautos são encarregados de coletar e organizar os
compilados de conhecimento, os quais eles disponibilizam
para todos aqueles com intenções boas e pacíficas. Criados
pelo Harpista chamado Aliost Oskrunnar em 922 CV,
os Arautos são aliados dos Harpistas mas mantêm-se
neutros na maioria dos conflitos, acima de tudo dedicados a
preservar o conhecimento.
O Colégio do Arauto é menos preocupado com
apresentações musicais (embora ele contenha uma
considerável biblioteca de canções) e mais com histórias,
heráldica e conhecimento popular, o que o torna o principal
centro de aprendizagem para bardos do Colégio do
Conhecimento, conforme descrito na característica de classe
Colégio de Bardo no Player's Handbook: Livro do jogador.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
Além dos instrumentos musicais comuns listados no
capítulo 5, "Equipamento" do Player's Handbook: Livro
do jogador, os bardos dos Reinos tocam os seguintes
instrumentos:
Chifrelongo: Uma flauta faen1niana de sofisticada
elaboração, encontrada apenas em áreas onde há artesãos
habilidosos, como em grandes cidades ou enclaves élficos.
Flautas: Flautas pan ou flautas sátiro, também conhecidas
como shalm, estas são sagradas para Lliira e muito
populares entre os bardos elfos silvestres e elfos agrestes.
Flauta Doce: Um tipo bem simples de flauta, normalmente
feita de madeira.
Glaur: Chifres curtos e curvados como uma cornucópia.
Tocado com válvulas, o glaur soa como trompetes, embora
aqueles desprovidos de válvulas, conhecidos como gloon,
tenham um som mais lúgubre.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
Gongo-de-Guerra: Um gongo de metal, tradicionalmente
feito a partir de um escudo, especialmente se for o escudo
de um inimigo. Tanto os goblins quanto os anões fazem
e tocam gongos-de-guerra, e seu som ecoa através dos
túneis da Umbreterna.
Shawm: Um instrumento de palheta dupla, semelhante
a um oboé ou a um fagote, muito popular entre os
gnomos que desenvolveram algumas versões equipadas
com sanfonas.
Tambor de Mão: Um tambor com pele esticada nos dois
lados e equipado com alças na lateral.
Tantan: Um tamborim, um instrumento popular entre os
pequeninos e humanos do sul da Terra dos Vales.
Thelarr: Também conhecido como apito-de-cana, um
instrumento simples e fácil de ser feito a partir de um
pedaço cortado de junco. Eles são tão simples, na verdade,
que bardos costumam fazê-los e dá-los para as crianças -
para o contentamento ou arrependimento dos pais.
Tocken: Um conjunto de sinos ovais esculpidos,
normalmente soados com um par de martelinhos de
madeira (ou com a mão aberta). Eles são mais comuns na
culturas subterrâneas, onde os tons ressoantes podem s er
carregados para longe.
Yarting: Um instrumento sulista, de Amn e Calimshan, que
é o análogo faeruniano de um violão. Diversas variantes
deste instrumento se espalharam pelo continente.
Zulkoon: Um complexo órgão de fole criado pelos zulkirs
de Thay, que os usam para conjurar suas magias. Muitos
consideram que o instrumento possui um som dramático,
porém sinistro.
Os LUA ESTELARES
Há mais de um século, os Harpistas enfrentaram uma
divisão. l<helben "Cajado Obscuro" Arunsun foi denunciado
por outros líderes Harpistas por conceder poderes a Fzoul
Chembryl , o então líder maligno dos Zhentarim, através de
um poderoso artefato. Pouco importou o fato de l<helben ter
feito isso para que Fzoul destruísse um perigoso lich. l<helben
e Laeral Mão Argêntea, sua esposa, deixaram os Harpistas,
levando consigo certos agentes e transformando-os em uma
diferente organização, a qual l<helben vinha secretamente
trabalhando para criar já a algum tempo, devido a uma
velha profecia dos elfos de Cormanthor. Este grupo era os
Lua Estelares, chamados de Tel'Teukiira em Élfico. Embora
os Luas Estelares tenham trabalhado em conjunto com
os Harpistas em certas ocasiões, eles também trabalham
com outros propósitos, e os membros dos Lua Estelares
incluem muitos a quem os Harpistas consideram malignos,
como vampiros. Os Lua Estelares já realizaram muitos _,
feitos bons, mas seus métodos são frequentemente mais
brutais e pragmáticos do que os ideais nobres dos Harpistas
permitem. Quando l<helben morreu, os Lua Estelares
pareceram entrar em colapso, e por muitos anos assumiu-se
que a organização estava extinta. Ainda durante a Separação,
os agentes Lua Estelares que estavam inativos reativaram
a organização em uma escala surpreendentemente grande,
com membros ativos no Candlekeep (Forte da Vela),
Waterdeep (Águas Profundas e Myth Drannor. Desde
então a organização tem agido secretamente. Sua relação
com os Harpistas de hoje, Laeral Mão Argêntea e a atual
Cajado Obscuro de Waterdeep (Águas Profundas), Vajra,
permanece incerto. '
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~ ~:;-1/
 O Príncipe da Geada já foi conhecido como o Príncipe
B RUXOS Solar, mas seu coração esfriou quando sua noiva o traiu e
Considerando os acordos que normalmente fazem com fugiu, sua alma tornando-se uno com as estrelas. Desde
patronos sobrenaturais sinistros em troca de poder, os então, o furioso príncipe buscou reunir-se mais uma vez
bruxos não têm uma reputação muito boa nos Reinos. Até com sua prometida sempre quando ela esteja reencarnada
mesmo bruxos bem-intencionados são vistos com suspeita em uma forma mortal.
e com justificável cautela. Alguns magos sentem que a mera
existência dos bruxos macula a forma como sua nobre Arte Ü ÍNFERO
é vista e faz com que as pessoas comuns enxerguem todos
Muitos e muitos ínferos forjam pactos com bruxos mortais
os praticantes de magia com certa dúvida.
nos Reinos - tanto que nos Reinos bruxos são quase um
Alguns bruxos, principalmente aqueles de linhagens
sinônimo de poderes infernais. Esses ínferos incluem
feéricas ou ínferas, nascem com uma inclinação para o poder,
os Arquidiabos dos Nove Infernos e seus duques mais
chamando a atenção de patronos em potencial, até mesmo
poderosos, os Lorde Demônios do Abismo e os ultroloths
desde a infância. Outros buscam fazer um pacto, muitas
de governam os exércitos yugoloth. Contudo, tais acordos
vezes porque não conseguem encontrar o poder que desejam
não precisam ser feitos diretamente com o poder em
em qualquer lugar. Alguns bruxos forjam vários pactos,
questão. Normalmente um ínfero mais fraco serve como
embora no fim eles devam favorecer um patrono sobre os
intermediário, e o bruxo podem nem saber a quem este
outros, pois eles são entidades ciumentas e possessivas.
serve. Patronos ínferos de destaque peculiares aos Reinos
incluem os seguintes:
PATRONOS NOS REINOS Baazka é o diabo do fosso por trás da mais recente incursão
Os deuses estão longe de serem as únicas forças de forças infernais no Castelo Lança de Dragão. Seus
trabalhando nos Reinos, e bruxos ambiciosos possuem planos para a Costa da Espada foram frustrados junto
muitos patronos em potencial capazes de lhes oferecer com o de seus aliados, os Magos Vermelhos, mas ele
poder arcano. ainda tem ambições quanto à região.
Belaphoss é um demônio que serve a Demogorgon. Ele
AARQUIFADA considera-se um grande servidor do Príncipe dos Demônios
Nos grandes ermos dos Reinos, alguém poderia encontrar e, portanto, um rival para os poderes de Demogorgon.
conexões com Faéria. Essas são as encruzilhadas feéricas,
locais no mundo com uma beleza natural cheia de mistérios
que possuem um reflexo quase que perfeito em Faéria. Você
pode atravessa uma encruzilhada feérica ao adentrar uma
clareira, ao passar sobre a superfície de uma nascente, pisar
em um círculo de cogumelos ou se arrastar sob o tronco de
uma árvore. Alguns bruxos em busca de poder procuram
tais locais para barganhar com a Arquifada daquele reino.
Patronos da Arquifada de destaque incluem os seguintes:
Titânia, a Rainha de Verão, é talvez a mais poderosa das
arquifadas. Com um sorriso ela pode maturar uma
plantação, e com um franzir de testa ela pode invocar
queimadas. Ela governa as seelies da Corte de Verão.
Oberon, o Lorde Verde, um caçador incomparável e
um combatente das matas, é o amante de Titânia e
freqµentemente o oponente dela. Oberon está sintonizado
a cada ramo de cada árvore e a cada afluente de cada
riacho na florestas de Faéria. Se Oberon possui uma
fraqueza, é a natureza selvagem de seu coração. Seu
humor oscila como um cata-vento em uma tempestade.
Hyrsam, o Príncipe dos Tolos, é aquele que se pensa ser
o primeiro de todos os sátiros. Ele pode cantar sobre o
brilho do ouro, e suas piadas e travessuras podem fazer
com que pedras chorem de tanto rir. Ainda assim, Hyrsam
também é uma alma selvagem da natureza. Hyrsam, o
Tolo, é um pregador de peças e é inclinado à malícia, mas
quando as piadas se tornam perigosas e fatais, Hyrsam, o
Selvagem, é quem está no comando
A Rainha do Ar e da Escuridão governa as unseelie da
Corte do Crepúsculo a partir de um trono de ônix que jaz
vazio, exceto pelo flutuante Diamante Noturno, uma pedra
preciosa negra do t_a manho da cabeça de um humano que
cintila com a luz de estrelas capturadas. A Rainha do Ar e
da Escuridão é uma presença invisível ao redor do trono,
sua voz trovejando a partir do Diamante Noturno ou
sussurrando segredos diretamente nos ouvidos de seus
cortesãos, às vezes os dois ao mesmo tempo.

' ... 'S

Eltab já esteve ligado ao subterrâneo da cidade de Eltabbar,
em Thay, encarcerado pela disposição das ruas e canais
da cidade, que formava um símbolo de aprisionamento. O
demônio agora está solto no mundo, procurando vingança.
Errtu, o balor que atormentou Drizzt Do'Urden há mais de
um século ao possuir um artefato chamado Crenshinibon.
Ao perder a última batalha e ser banido do mundo, o balor
agora busca meios indiretos de derramar sua vingança.
Gargauth é um misterioso poder infernal que busca a
divindade enquanto está aprisionado no mundo dentro de
um escudo mágico.
Lorcan é um cambião que coleciona bruxos da mesma
forma que alguém colecionaria borboletas. Sua coleção
favorita, os Treze de Toril, inclui bruxos que são
descendentes de sangue dos treze que fizeram pacto pela
primeira vez com Asmodeus.
Malkizid é um solar que caiu em desgraça quando traiu
os Seldarine. Desde então Malkizid tem se deliciado
a cada maldade que pode fazer aos elfos, mas seu
maior prazer se dá quando ele manipula os elfos a se
prejudicarem entre si.
Wendonao, é o lorde balor que tentou os elfos obscuros
pela primeira vez a invocar demônios nas antigas guerras
entre os povos élficos. Isso também os voltou à adoração
de Loth e ele continuou a aconselhá-los e guiá-los por
muito tempo após o Declínio.
Ü GRANDE ANTIGO
Para além dos planos de existência conhecidos dos grandes
magos e sábios fica o Reino Distante dos Grandes Antigos,
seres fora do tempo, do espaço e da sanidade. O reino pode
ser alcançado através de rituais profanos e por meio dos
sonhos daqueles atraídos pelo poder destas entidades.
Alguns dos nomes blasfemos associados àquele local e sua
insanidade incluem o seguinte:
Dendar, a Serpente Noturna, Devoradora de Mundos,
é mencionada como sendo cria do primeiro pesadelo,
devoradora de visões sórdidas e arauta do fim do mundo.
Seus bruxos frequentemente sonham com o sibilo de
Dendar e com o roçar seco de suas escamas assim que
descobrem seu potencial.
Ghaunadaur, Aquele Que Espreita, o deus das aberrações
da Umbreterna, também conhecido como Olho Ancião.
Ele é adorado (se é que esta palavra pode ser usada aqui)
por !imos, gosmas e criaturas semelhantes.
Kezef, o Sabujo do Caos, é um martim negro esquelético
coberto por vermes, cujo sangue é um ácido negro. Os
deuses aprisionaram Kezef em uma corrente inquebrável
forjada por Gond e por uma proteção brilhante conjurada
por Mystra, pois o Sabujo do Caos arrancou a mão de Tyr
com uma mordida.
Moander é um poder obscuro da corrupção e da
decadência. Aquele tocados por sua influência recebem
primeiro um sonho, a "semente de Moander", onde as
seguintes palavras são ouvidas: "Não que;,tiones a palavra
de Moander, pois assim não serás afligido pelo Devorador
Que Vem de Dentro. Prossigas e possua os seres com
poder e influência para mim. Mate e deixe a podridão
dominar tudo. Temas a mim e obedeça".
Tyranthraxus, também chamado de Espírito Possessor e
A Chama, busca governar o mundo através dos corpos de
outros. Assim como a Mãe-Terra, ele usa poços mágicos
como janelas para o mundo espalhando sua influência.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
Zargon, o Retornador, também chamado de Tirano
Invencível, é considerado um ser imortal e de maldade
interminável. Algumas histórias alegam que Zargon foi
o primeiro mestre dos Nove Infernos.Já outros dizem
que ele é um poderoso Príncipe Demônio que foi exilado
do Abismo. Talvez nenhuma dessas histórias sejam
verdadeiras, mas certamente pode-se dizer que Zargon é
um poder que inspira insanidade e terror.
PATRONO SOBRENATURAL
Os bruxos em Forgotten Realms têm as seguintes opções de
Patrono Sobrenatural, além daquelas no Player's Handbook:
Livro do jogador.
Ü IMORTAL
A morte não é uma ameaça para o seu patrono, que
desvendou os segredos da vida eterna, embora tal triunfo -
assim como qualquer poder - venha com um preço. Certa
vez um mortal, o Imortal tem visto vidas mortais passarem
como estações, como o último lampejo de dias e noites
sem fim. Ele têm os segredos das eras para compartilhar,
segredos de vida e morte. Seres deste tipo incluem Vecna,
o Senhor da Mão e do Olho; a atroz luz; a rainha-lich Vol;
a Corte Imortal de Aerenal. Vlaakith, a rainha-lich dos
githyanki; e o mago imortal Fistandantalus.
Nos Reinos, os patrono Imortais incluem Larloch, o Rei
das Sombras, o lendário mestre da Cripta do Bruxo, e
Gilgeam, o Deus-Rei de Unther.
LISTA DE MAGIA EXPANDIDA
O Imortal lhe permite escolher de uma lista expandida de
magias quando você aprende uma magia de bruxo.
As magias a seguir são adicionadas à lista de magias de
bruxo para você.
MAGIAS EXPANDIDAS DO IMORTAL
Círculo de Magia Magias
lO raio nauseante, vitalidade vazia
2° cegueira/surdez, silêncio
3° falar com mortos, simular morte
4° aura de devoção, proteção contra morte
5° contágio, lendas e histórias
ENTRE OS MORTOS
A partir do 1° nível, você aprende o truque acudir os
moribundos, que conta como um truque de bruxo para
você. Você também tem vantagem nas salvaguardas contra
qualquer doença.
Além disso, os mortos-vivos têm dificuldade de feri-lo.
Se um morto-vivo tiver você como alvo direto de um ataque
ou uma magia prejudicial, esta criatura deve fazer uma
salvaguarda de Sabedoria contra a sua CD de salvaguarda de
magia (um morto-vivo não precisa fazer a salvaguarda quando
você estiver incluso na área de efeito, como na explosão de
uma bola de fogo). Se falhar, a criatura deve escolher um
novo alvo ou desistir de ter alguém como alvo em vez de você,
potencialmente desperdiçando o ataque ou magia. Em caso de
sucesso, a criatura fica imune a este efeito por 24 horas. Um
morto-vivo também fica imune a este efeito por 24 horas se for
alvo de um de seus ataques ou magias prejudiciais.
DESAFI A R A MORT E
A partir do 6° nível, você pode se conceder vitalidade quando
desafia a morte ou quando ajuda alguém a enganá-la. Você pode
recuperar pontos de vida equivalentes a ld8 + seu modificador
de Constituição (mínimo de 1 ponto de vida) quando é bem-
sucedido em uma salvaguarda contra a morte ou quando você
estabiliza uma criatura com acudir os moribundos.
Uma vez que use esta característica, você não pode
utilizá-la novamente até terminar um descanso longo.

NATUREZA IMORTAL
A partir do 10° nível, você pode prender sua respiração
indefinidamente, e não tem mais a necessidade de comer,
beber ou dormir, embora ainda precise descansar para
reduzir exaustão e ainda precisa dos benefícios concedidos
por terminar descansos curtos e longos.
Além disso, você envelhece mais lentamente. A cada
10 anos que se passem, seu corpo envelhece apenas 1 ano,
e você é imune a envelhecimento mágico.

V IDA INDESTRUTÍVEL
Quando chega ao 14° nível, você partilha de alguns dos
verdadeiros segredos do Imortal. No seu turno, você pode
usar uma ação bônus para recuperar pontos de vida iguais
a ld8 + seu nível de bruxo. Além disso, se você colocar uma
parte arrancada de seu corpo de volta no lugar quando usar
esta característica, a parte se reconecta.
Uma vez que use esta característica, você não
pode utilizá-la novamente até terminar um descanso
curto ou longo.

CLÉRIGOS
Os deuses são mais ativos através daqueles que são
. escolhidos seus clérigos, que levam o trabalho dos deuses
para o Plano Material. Um típico clérigo de Faeríln serve a
Alguns clérigos são pessoas mais caseiras que servem
um único patrono divino, mas alguns indivíduos sentem-se
uma determinada comunidade de fiéis, mas clérigos
convocados para servir um grupo, como os deuses
aventureiros costumam ter uma certa obstinação para levar
elementais Akadi, Grumbar, Kossuth e Intishia, enquanto
o trabalho de sua divindade para o mundo. Este trabalho
outros servem divindades que são deuses interligados, como
pode incluir a pregação em comunidades distantes, bem
os Angharradh dos elfos.
como caçar e derrotar ameaças ao mundo civilizado.
Alguns clérigos de Faeríln pertencem a uma hierarquia
religiosa já estabelecida, mas muitos não. Os deuses
escolhem quem desejarem, e muitas vezes um adorador DOMÍNIO DIVINO
devotad0 é abençoado com todas as habilidades de um Os clérigos em Forgotten Realms têm a seguinte opção de
clérigo, apesar de ele não ser um sacerdote de qualquer Domínio Divino, além daquelas no Player's Handbook: Livro
tipo. Tal clérigo poderia ser um eremita contemplativo, um do jogador.
profeta andarilho ou simplesmente um devoto camponês.
Ordens religiosas frequentemente tentam recrutar estes DOMÍNIO ARCANO
clérigos e trazê-los para o rebanho, mas nem todos estes
A magia é uma energia que permeia o multiverso e que
clérigos desejam ser incluídos em uma hierarquia.
alimenta tanto as forças de criação quanto de destruição.
Por outro lado, nem todos que buscam uma vocação
Os deuses do domínio Arcano conhecem intimamente
religiosa são clérigos de verdade. Alguns acólitos
os segredos e o potencial da magia. Para alguns desses
descobrem um caminho diferente em suas vidas, além
deuses, o conhecimento da magia é uma tremenda
daquele para se tornar um clérigo. Eles servem suas fés
responsabilidade que vem com um entendimento especial
de outra forma, sendo sacerdotes, estudiosos ou artesãos,
da natureza da realidade. Outros deuses do domínio Arcano
enquanto outros seguem vocações que não tem nada a ver
enxergam a magia como poder bruto, a ser usado como
com religião. Algumas poucas almas a qual é negado o
aquele que o manipula achar melhor.
caminho para se tornar um clérigo tornam-se amargas e
Os deuses deste domínio frequentemente estão
procuram o favor de deuses sinistros ou proibidos, ou então
associados ao conhecimento, já que o aprendizado e o
forjam pactos com outras entidades poderosas. Estudiosos
poder arcano costumam ser passados juntos. Nos Reinos,
da religião nos Reinos debatem se a rejeição divina
divindades deste domínio incluem Azuth e Mystra, bem
realmente leva uma pessoa a abraçar o caminho das trevas
como Corellon Larethian do panteão élfico. Em outros
ou se a pessoa foi rejeitada justamente porque os deuses
mundos, este domínio inclui Recate, Math Mathonwy e Isis;
previram o potencial para a escuridão no futuro daquela
a tríade de deuses lunares de Solinari, Lunitari e Nuitari de
pessoa. Os deuses não se manifestam sobre este assunto.
Krynn; e Boccob, Vecna e WeeJas de Greyhawk.

CAPÍTULO 4 1 CLASSES
 MAGIA DO DOMÍNIO ARCANO
Nível de Clérigo Magias
1° detectar magia, mísseis mágicos
3º arma mágica, aura mágica de Nystul
5° círculo mágico, dissipar magia
7° arca secreta de Leomund, olho arcano
9° âncora planar, círculo de teleporte
INICIADO ARCANO
Quando escolhe este domínio no 1° nível, você ganha
proficiência na perícia Arcanismo, e ganha dois truques de
sua escolha da lista de magias do mago. Para você, estes
truques contam como truques de clérigo.
CANALIZAR DIVINDADE: ABJURAÇÃO ARCANA
A partir do 2° nível, você pode usar seu Canalizar Divindade
para repelir criaturas sobrenaturais.
Com uma ação, você mostra seu símbolo sagrado, e um
li
1
celestial, elemental, feérico ou ínfero de sua escolha que
esteja a até 9 metros de você deve fazer uma salvaguarda de
li Sabedoria, desde que tal criatura possa vê-lo ou ouvi-lo. Se
a criatura falhar na salvaguarda, ela é expulsa por 1 minuto
1 ou até sofrer qualquer dano.
Uma criatura expulsa deve gastar seus turnos tentando
se afastar ao máximo de você, e não pode se aproximar a
menos de 9 metros por vontade própria. Ela também não
pode usar reações. Como suas ações, a criatura deve apenas
executar a ação Correr ou tentar escapar de um efeito que
a previna de se mover. Se não tiver para onde se mover, a
criatura pode usar a ação Esquivar.
Após você alcançar o 5° nível, quando uma criatura falhar
na salvaguarda contra sua característica Abjuração Arcana,
ela é banida durante 1 minuto (como na magia banimento,
sem a necessidade de usar concentração) caso não esteja
no plano de origem dela e se o nível de desafio dela estiver
em um certo limite ou abaixo dele, conforme mostrado na
tabela Banimento Arcano.
BANIMENTO ARCANO
Nível de Clérigo Bane Criatura de ND...
5° 1/2 ou menor
8° 1 ou menor
11º 2 ou menor
14° 3 ou menor
17° 4 ou menor
ROMPEDOR DE MAGIA
A partir do 6° nível, quando você restaura os pontos de vida
de um aliado com uma magia do 1° círculo ou superior, você
também encerra uma magia de sua escolha que esteja sobre
esta criatura. O círculo da magia que você encerra deve ser
equivalente ou inferior ao círculo do espaço de magia que
você está usando para conjurar a magia curativa.
CONJURAÇÃO PODEROSA
A partir do 8° nível, você adiciona seu modificador de
Sabedoria ao dano causado por seus truques de clérigo.
MAESTRIA ARCANA
No 17° nível, você escolhe quatro magias da lista de magia do
mago, uma de cada um dos seguintes círculos: 6°, 7°, 8° e 9°
Você as acrescenta à sua lista de magias de domínio. Assim
como suas outras magias de domínio, elas estão sempre
preparadas e contam como magias de clérigo para você.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
DRUIDAS
Os druidas dos Reinos veneram a natureza em todas as
suas formas, bem como os deuses do Primeiro Círculo,
as divindades que estão mais próximas do poder e da
grandiosidade do mundo natural. Esse grupo de deuses
inclui Chauntea, Eldath, Mielikki, Silvanus, bem como Auril
Malar, Talos e Umberlee, pois a natureza tem muitos lados ~
nem todos eles são gentis.
Diferentemente dos clérigos que normalmente servem
a uma única divindade, os druidas por sua vez veneram
todos os deuses do Primeiro Círculo, e os veem como
incorporações do mundo natural, que se move em ciclos:
criação e destruição, crescimento e definhamento, vida e
morte. Assim, Grumbar não é somente o deus da terra para
um druida; ele é o próprio solo fértil e as colinas. Malar não
é somente o Senhor das Feras, mas o voraz e implacável
instinto de uma fera predatória.
Embora eles sejam fortemente associados com as florestas
silvestres, os druidas se preocupam com todos os aspectos
da terra, incluindo montanhas congelantes, desertos
escaldantes, colinas ondulantes e litorais exuberantes.
CÍRCULOS DRUÍDICOS
O meio de vida druidico é antigo e amplamente praticado em
segredo, longe dos olhos dos não iniciados. Em muitas terras,
os Modos Antigos do Primeiro Círculo deram lugar às novas
igrejas e templos, mas os druidas e seus seguidores ainda
se reúnem para honrar os ciclos da natureza e para garantir
que o equilíbrio natural não seja ameaçado. As pessoas
que vivem nas terras ermas ou próximo delas fazem bem
em descobrir se um círculo druídico age nas proximidades,
buscando a benção do círculo antes de caçar ou trabalhar a
terra que eles protegem.
O hábito druídico de se reunir em clareiras, vales
arborizados ou ao redor de nascentes sagradas deram
origem à tradição dos círculos. Em um círculo, todos são
iguais, e embora seja dado respeito à idade e à feitos,
o círculo toma as decisões como um todo. Aqueles que
discordam são livres para argumentar seu ponto de vista,
ou até mesmo para deixar o círculo se assim o desejar,
mas o círculo age como um para o bem de todos. Circulas
druídicos costumam incluir aliados que não são druidas,
como guardiões, elfos silvestres e as criaturas feéricas da
terra onde o círculo se reúne, e todos têm voz equivalente.
Vários círculos são encontrados por toda Faerfin,
geralmente compostos de não mais do que cerca de uma
dúzia de druidas, além de seus aliados. Eles incluem a
Grande Dança, que protegem o Local de Dança nos vales
profundos dos Picos do Trovão, junto de seus aliados
feéricos Os Vigilantes de Sevreld reúnem-se no Vale do
Velho Cogumelo na Floresta Alta, a nordeste de Secomber,
e o Círculo Águaestelar se reúne ao redor da nascente de
mesmo nome no norte da floresta de Mir.
Ü CÍRCULO DAS ESPADAS
Protetores das Matas de Neverwinter (Nevenunca), o
Círculo das Espadas expulsam humanoides destrutivos,
como hobgoblins, bugursos e seus aparentados da floresta,
ao mesmo tempo em que a protegem càntra explorações nas
mãos de povos civilizados e defendem as velhas ruínas nas
matas e outros locais sagrados de serem saqueados.
Na característica de classe Círculo Druídico no Player's
Handbook: Livro do jogador, o Círculo da Lua é comum
para os druidas do Círculo das Espadas, embora alguns
pertençam ao Círculo da Terra (Floresta).
0 ENCLAVE ESMERALDA
Não tanto um círculo druídico, mas uma confederação
dispersa de círculos e seus aliados, o Enclave Esmeralda é
dedicado para proteger o reduto da civilização no Norte da
destruição. Em qualquer outro lugar do mundo, o Enclave
Esmeralda busca seguir um caminho mais equilibrado, mas
os extensos ermos do Norte contêm muito mais perigo às
pessoas do que aparenta.
Fundado na Orla de Vilhon há mais de mil anos, o Enclave
Esmeralda se espalhou por boa parte de Faerun. Seus
membros incluem druidas, guardiões, bárbaros e outros
que vivem nos ermos e conhecem e respeitam seus meios.
Eles usam peças de roupa de um verde esmeralda como um
símbolo de sua associação, e frequentemente carregam o
emblema da cabeça de um cervo.
Na característica de classe Círculo Druídico no Player's
Handbook: Livro do jogador, os druidas do Enclave
Esmeralda pertencem em igual proporção ao Círculo da
Terra e ao Círculo da Lua.
ÜS CÍRCULOS DAS ALTALÚNIAS
O Ppovo das Ilhas Altalúnia veneram a terra como a grande
deusa que eles chamam de Mãe-Terra. Seus círculos se
reúnem ao redor de nascentes sagradas conhecidas como
fontelúnias, sua ligação entre o mundo natural e a deusa,
rodeados por círculos de pedra, erigidos por seus
antigos ancestrais.
Na característica de classe Círculo Druídico no Player's
Handbook: Livro do jogador, a maioria dos druidas das
Altalúnias costumam pertencer ao Círculo da Terra (Litoral,
Floresta e Montanha).
Os HARPISTAS E OS DRUIDAS
Os círcu los dru íd icos no Norte estão frequentemente aliados
aos Harpistas, po is e les tê m p ropós itos semelhantes, com
bardos e guardiões serv indo como intermediários. Harpistas
indiv iduais norma lmente podem esperar que um círcu lo ao
menos lhe garanta com ida e abrigo, a lém da oportunidade de
ser receb ido em uma a udiê ncia e falar, se assim o desejar.
Contudo, os Harpistas não são uma organização druídica
e, independentemente do que as pessoas comuns podem
acreditar, nem todo dru ida ou círcu lo druíd ico está a li ado a,
ou até mesmo seja simpáti co, aos Ha rpistas e sua causa. De
fato, a lguns druidas consideram os Harpistas bis bi lhoteiros
que ameaçam o equilíbrio natural das co isas tanto quanto as
forças ma lignas contra qua is eles lutam.
FONTELÚNIAS
A água de uma fontelúnia, bebida direto de uma conchada
com as mãos, restaura ld8 pontos de vida, mais o bônus de
Sabedoria daquele que está bebendo, se houver. Se aquele
que bebe ameaçou o equilíbrio da natureza desde a última
lua cheia, em vez disso a água causa ld8 pontos de dano
venenoso. Este dano também é causado por um fontelúnia
corrompida. Quaisquer dos efeitos ocorre apenas uma vez
por dia por cada pessoa que beber. Nas noites de lua cheia,
beber da água de uma fontelúnia pode, à escolha do DM,
conferir efeitos adicionais, como beneficiar quem bebeu de
suas águas com uma magia restauração menor.
Quando a água de uma fontelúnia é colocada em um reci-
piente ou tomada a mais de 9 metros de distância da fonte,
ela perde suas propriedades; passa a ser simplesmente água.
Nas três noites de lua cheia, três ou mais druidas
reunidos ao redor de uma fontelúnia podem conjurar
comunhão e vidência uma vez cada sem gastar espaços de
magia e sem precisar de componentes materiais, desde que
um dos druidas seja de 9° nível e o restante seja de 4° nível.
À escolha do DM, os druidas podem usar uma fontelúnia em
tais noites para conjurar magias diferentes destas.
FEITICEIROS
A Trama da magia está infundida em toda parte dos Reinos,
e algumas pessoas têm a habilidade natural de percebê-la,
tocá-la e moldá-la. Alguns herdam esta habilidade de um
ancestral mágico como um dragão ou um anjo, outros a
ganham por causa de um acidente que as expôs ao poder da
magia selvagem, enquanto outros manifestam este poder
por acaso ou pela mão do destino, talvez pressagiado por
eventos no momento de seu nascimento.
Devido a sua origens diversas e manifestação tardia
dos poderes, feiticeiros podem ser encontrados em quase
qualquer lugar e entre quase qualquer povo. Grandes cidades
na Costa da Espada - incluindo Baldur's Gate (Portão
Baldur), Neverwinter (Nevenunca) e Waterdeep (Águas
Profundas) - possuem alguns feiticeiros, já que as pessoas
com magia acabam sendo atraídas para locais onde suas
habilidades são valorizadas. Feiticeiros são um pouco mais
comuns entre as culturas mais imersas em magia, como entre
os elfos de Encontro Eterno e os humanos de Halruaa. As
estrigas de Rashemen são feiticeiras que lideram a sociedade
da nação, mas seus vizinhos thayanos frequentemente
perseguem os feiticeiros que aparecem em Thay, pois veem
a feitiçaria como uma ameaça à estrutura de poder de sua
nação, que é baseada no estudo da magia. As culturas que
odeiam magia, como a dos Nortenhos e os Uthgardt, exilam
ou executam os feiticeiros que se manifestam entre eles.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES /
,, 129
...__ ....-:
MAGI A SELVAGE M
O cenário de Forgotten Realms possui uma longa história
de desastres mágicos e surtos incontroláveis de poder
que alteraram criaturas ou a própria terra. Sejam eles
causados por um mago netheriense tentando se tornar um
deus da magia, divindades sendo forçadas a andar sobre
a terra durante os Tempo das Perturbações, ou pelo caos
espalhado pela Praga Mágica, a desordem mágica lançada
por tais eventos criou um legado de feiticeiros de magia
selvagem. Este legado frequentemente fica adormecido por
gerações, então subitamente ele se manifesta sob certas
(ou não) circunstâncias. Estes arcanos selvagens são mais
comuns nas terras diretamente afetadas pela Praga Mágica,
incluindo Halruaa, Mulhorand e porções de Cormyr e da
Costa da Espada.
MAGIA DRACÔNICA
Dragões são conhecidos por assumirem a forma humana
e viver entre criaturas menores durante décadas. Alguns
desses dragões mantêm relações com humanoides, ou
imbuem seus aliados ou lacaios com magia dracônica.
""
' opções de Origem de Feitiçaria, além daquelas no Player's
1
1
1
\ \
) \\
1
1 tempestade permeia seu ser.
!I
Estas criaturas imbuídas com magia podem se tornar
feiticeiros com linhagem dracônica, ou passar suas
habilidades para seus descendentes. Feiticeiros de linhagem
dracônica têm aparecido em muitas partes do mundo devido
as ações de dragões individuais ou de experimentos feitos
por cultos aos dragões, mas são significantemente mais
comuns ao redor de Chessenta, que já foi governada por
um dragão, e na terra de Murghôm nas proximidades de
Thay, onde príncipes dragões têm governado pelos últimos
oitenta anos.
FEITIÇARIA DA TEMPESTADE
Durante a Separação, uma tempestade constante
chamada de Grande Chuva cobriu o Mar das Estrelas
Cadentes, escurecendo os céus e causando enchentes
de enormes proporções. Milhares de pessoas morreram
afogadas, atingidas por raios ou levadas por rajadas de
vento que atingiam como punhos e tombavam navios.
Poucos sobreviventes desses eventos encontraram-se
abençoados ou amaldiçoados com magia inata - feiticeiros
da tempestade capazes de controlar sob sua vontade os
raios, trovões e ventos. A maioria desses novos arcanos
apareceram nas proximidades do Mar Interno, mas nuvens
da Grande Chuva por vezes ia mais longe do que isso.
Embora nem todos os feiticeiros da tempestade tenham
ganho seus poderes da Grande Chuva, a maioria das
pessoas comuns os associam com este clima destrutivo e os
tratam com cautela.
ÜRIGEM DE FEITIÇARIA
Os feiticeiros em Forgotten Realms têm as seguintes
Handbook: Livro do jogador.
FEITIÇARIA TEMPESTUOSA
Sua feitiçaria inata vem do poder do ar elemental. Muitos
com este poder podem ligar as origens de sua magia a uma
experiência de quase morte causada pelo Grande Chuva,
mas talvez você tenha nascido durante um vendaval uivante
tão poderoso que o povo ainda conta histórias sobre ele, ou
sua linhagem pode incluir a influência de potentes criaturas
do ar, como os djinn. Qualquer que seja o caso, a magia da
Feiticeiros da Tempestade são membros inestimáveis
da tripulação de qualquer navio. Sua magia permite que
exerçam controle sobre o vento e o clima na sua área
imediata. Suas habilidades também se provam úteis
em rechaçar ataques de sahuagins, piratas e outras
ameaças marinhas.
ÜRADOR DO VENTO
A magia arcana que você comanda é permeada por ar
elemental. Você pode falar, ler e escrever Primordial.
Conhecer essa língua permite que você entenda e seja
entendido por aqueles que falam seus dialetos: Aquan,
Auran, Ignan, e Terran.
MAGIA TEMPESTUOSA
A partir do 1° nível, você pode usar uma ação bônus no seu
turno para fazer com que rajadas de ar elemental rodopiante
cerquem-no, imediatamente antes ou depois de ter
conjurado uma magia de 1° círculo ou maior. Isso permite
que você voe até 3 metros sem provocar ataques
de oportunidade.
 CONJURADORES ARCANOS
As pessoas comuns de Faerun frequentemente não
diferenciam bru xos, feiticeiros e magos. A maioria dos
magos vê pouco sentido em suscitar rivalidades entre
outros tipos de conjuradores arcanos - magia é magia,
independentemente de que forma ela é feita - e em sua
ma ior parte, bruxos, feiticeiros e magos respeitam-se como
companheiros praticantes da Arte, compreendendo o poder
que ela representa.
CORAÇÃO DA TORMENTA
No 6° nível, você ganha resistência a dano elétrico e
trovejante . Além disso, sempre que você começar a conjurar
uma magia de 1° círculo ou maior que cause dano elétrico
ou trovejante, magia tempestuosa irrompe de você. Essa
erupção provoca a criaturas à sua escolha, à sua vista e que
estejam a até 3 metros de você dano elétrico ou trovejante
(escolha o tipo toda vez que esta habilidade for ativada) igual
a metade do seu nível como feiticeiro.
GUIA DA TEMPESTADE
No 6° nível, você ganha a habilidade de controlar sutilmente
o clima ao seu redor.
Se estiver chovendo, você pode usar uma ação para fazer
com que a chuva pare de cair dentro de uma esfera com
raio de 6 metros centrada em você. Você pode terminar este
efeito como uma ação bônus.
Caso o clima esteja ventoso, você pode usar uma ação
bônus a cada rodada para controlar a direção em que o
vento sopra dentro de uma esfera com raio de
30 metros centrada em você. O vento sopra na direção que
você determinou até o final do seu próximo turno. Esta ca-
racterística não a ltera a velocidade do vento.
GUARDIÕES
MONTOLIO ESTENDEU SEU BRAÇO E A GRANDE CORUJA
prontamente saltou nele, cuidadosamente encontrando a
melhor posição na reforçada manga de couro do homem.
"Viste o drow?" Perguntou Montolio.
A coruja respondeu com um pio, então disparou um
série complexa de silvos e pios. Montolio assimilou aquilo,
considerando cada detalhe. Com a ajuda de seus amigos,
principalmente de sua falante coruja, o guardião havia
monitorado o drow durante vários e vários dias, curioso sobre
como o elfo obscuro havia andado pelo vale. No começo,
Monto/ia havia assumido que o drow, de alguma forma, estivesse
ligado a Grau/, o ore chefe da região, porém conforme o tempo
passou, o guardião começou a suspeitar que fosse outra coisa.
- R .A. Salvatore, Refúgio
Há muito tempo os guardiões andam pelos ermos da Costa
da Espada e da Fronteira Selvagem. Tal qual os druidas,
suas práticas datam dos primeiros dias da humanidade.
E muito antes dos humanos colocarem os pés no Norte,
elfos guardiões já vagavam pelas matas e escalavam
montanhas. As tradições e o ponto de vista desse povo
agora são compartilhados por membros de muitas raças.
--:::_ _--
\ ·,

FÚRIA DA TEMPESTADE
A partir do 14° nível, ao ser atingido por um ataque de
combate corpo a corpo, você pode usar sua reação para
causar dano elétrico no atacante. A quantidade de dano é
igual a seu nível como feiticeiro. O atacante também deve
realizar uma salvaguarda de Força contra a CD para evitar
suas magias. Em caso de fa lha, ele é empurrado em uma
linha reta a até 6 metros para longe de você.

ALMA ZÉFIRA
No 18° nível, você ganha imunidade a dano elétrico e
trovejante.
Você também ganha deslocamento mágico de voo
igual a 18 metros. Como uma ação, você pode reduzir
esse deslocamento para 9 metros por 1 hora, e
escolher uma quantidade de criaturas a até 9
metros de você igual a
/
3 + seu modificador de Carisma. Essas /
criaturas ganham deslocamento de voo
de 9 metros por 1 hora. Após reduzir
seu deslocamento mágico de voo
desse modo, você não pode voltar
a fazê-lo até terminar um descanso
curto ou longo.

CAPÍTULO 4 1 CLASSES
Em particular, pequeninos pé-ligeiro frequentemente
ouvem o chamado da natureza e tornam-se guardiões,
agindo normalmente como guias e protetores de bandos de
pequeninos itinerantes, e anões do escudo forçados a vagar
longe de seus antigos clãs por vezes seguem o caminho
do guardião.
Nem todo explorador vagando pelas colinas ou
armadilheiro caçando em terras inóspitas torna-se um
guardião. Os verdadeiros guardiões saem pela natureza
e a consideram sagrada, e assim como os paladinos, eles
são tocados por algo divino. Seus deuses e crenças podem
diferir, mas os guardiões compartilham de valores parecidos
sobre a santidade da natureza. Embora de modo algum
estejam sempre alinhados entre si, guardiões estão ligados
a uma comunidade afastada de algum tipo - uma que
frequentemente também está ligada a círculos de druidas.
No Norte e por todas as Terras Centrais do Ocidente, os
guardiões usam suas marcas especiais para indicar locais de
acampamento, áreas perigosas, criaturas malignas, magia
cruel, atividade goblinoide, estoque oculto de suprimentos,
passagem segura, abrigo e túmulos ou tumbas.
Muitos destes símbolos são derivados de conhecimento élfico
ou emprestados de grupos tais quais os Harpistas. Embora
não seja um idioma secreto, estas marcas podem passar
despercebidas por aqueles que não sejam guardiões, e até
mesmo druidas podem não entendê-las.
Como um todo, os guardiões servem para ajudar
sociedades a sobreviver e prosperar nos ermos. A maior
parte da Costa da Espada e do Norte não é povoada.
Guardiões são levados a explorar estas terras, procurando
por solo fértil no qual as sementes da civilização possam
crescer, buscando recursos (como metais) que beneficiem
as terras povoadas, ou expulsando o mal antes que este se
espalhe. Outros guardiões espionam as tropas inimigas ou
caçam feras perigosas ou criminosos. Considerando que a
maior parte do Norte é uma terra de fronteira , os guardiões
exercem um papel crucial na manutenção das comunidades
em segurança e são frequentemente admirados nestes locais.
HUMANOS GUARDIÕES
Os humanos guardiões das Altalúnias são devotados à Mãe-
Terra, e aqueles que trabalham junto aos círculos druídicos
no continente frequentemente reverenciam os deuses do
Primeiro Círculo, mas a maioria dos humanos guardiões
seguem a deusa Mielikki. Contudo, eles consideram a
deusa selvagem e primitiva demais para que façam suas
preces diretamente para ela. Em vez disso, eles rezam
para Gwaeron Laçavento, que leva as palavras deles até a
deusa. Diz-se que Gwaeron dorme em um arvoredo a oeste
da aldeia de Trijavali, e que a maioria de seus seguidores
viajam até este local ao menos uma vez em suas vidas como
uma forma de peregrinação sagrada. Humanos guardiões
malignos normalmente reverenciam Malar por causa de sua
ferocidade e habilidades de caça.
ELFOS GUARDIÕES
Os elfos guardiões estão normalmente associados a uma
determinada comunidade, como Evereska ou as tribos
da Floresta das Brumas. Em vez de serem exploradores
itinerantes, os elfos guardiões normalmente agem como
batedores e protetores dos reinos élficos. Tais elfos
normalmente são devotos de Rillifane Rallathil ou Solonor
Thelandria. Elfos guardiões habituados a vagar, em vez
disso podem reverenciar Fenmarel Mestarine, o deus dos
andarilhos solitários, ou Shevarash, o deus élfico da vingança.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
PEQUEN I NOS GUARD IÕE S
A maioria dos pequeninos que veneram a natureza e sua
beleza bruta vêm da linhagem pé-ligeiro. Seus grupos
passam tanto tempo na estrada e nos rios quanto nas vilas
e aldeias, e o papel de guardião se encaixa muito bem com
o estilo de vida da maioria dos pé-ligeiro. Os pé-ligeiro
guardiões costumam reverenciar o deus Brandobaris em
seu aspecto como patrono da exploração. Pequeninos mais
inclinados na direção da própria natureza normalmente
preferem Sheela Peryroyl. Aqueles que se dedicam mais
à proteção dos povoados ou dos viajantes reverenciam
Arvoreen. Os poucos pequeninos austeros que tornam-se
guardiões costumam seguir estas duas últimas divindades.
ANÕES GUARDIÕES
A maioria dos anões prefere se esconder sob uma montanha
em vez de vagar pelos ermos da superfície ou na Umbreterna.
Muito frequentemente, um anão guardião ou é um anão do
escudo exilado de um clã ou um anão sem clã procurando um
lugar no mundo. Por vezes anões guardiões são mineradores
que exploram o mundo em busca de novos veios de minério.
Seja qual for o caso, há duas divindades que agradam a estes
anões: Marthammor Duin e Dumathoin.
GUERREIROS
"LENTOS PRAAPRENDER, NÃO SÃO?" , DISSE PAUSADAMENTE
um velho cavaleiro grisalho que havia perdido seu elmo
na última luta. "Isso tá começando a parecer uma das
traquinagens típicas das Bocas-de-Dragão, isso sim! Vou ter
que pedir pro meu menestrel escrever uma balada sobre isso ..."
"Espero que ele cante rapidinho", resmungou um soldado
Dragão Púrpura". ''Aqui estão eles!"
A gritaria se abateu sobre seus corpos em outra onda rápida
de couro estalando, espadas cortando e olhos brilhantes de
goblins. Os homens pararam no lugar -sem correr ou saltar
-para cortar firmemente, como ceifeiros com foices diante de
campos prontos para a colheita, em um ritmo mortal.
- Troy Denning, Death of the Dragon [Morte do Dragão]
Sejam valentes guerreiros, jovens soldados idealistas ou
implacáveis mercenários, guerreiros são encontrados em
quase todos os lugares de Forgotten Realms. Até mesmo as
terras mais pacíficas têm uma milícia para proteção contra
seus inimigos, e muitos grandes governantes nos Reinos
foram guerreiros de algum tipo no passado. Sempre há
oportunidades para aqueles sabem como lidar com uma luta.
Pessoas robustas em muitas partes da Costa da Espada e
do Norte aprendem ao menos o básico do combate fazendo
parte da milícia local, servindo em tempos de necessidade,
enquanto alguns seguem adiante para se tornarem soldados
profissionais, guardas ou algo do tipo. Os oficias costumam
vir da nobreza, embora hajam oportunidades para líderes
capazes demonstrarem suas habilidades e ascenderem em
suas patentes.
Guerreiros que não fazem carreira como soldados encontram
outros meios de demonstrar suas proezas. Mercenários
encontram emprego com aqueles que precisam de combatentes
habilidosos, mas que não têm tempo ou meios de treiná-los Tais
empregadores incluem companhias de aventureiros, que estão
sempre precisando de um guerreiro de confiança.
 Comerciantes e guildas contratam guardas para proteger
caravanas, navios, seus armazéns e sedes de guilda. Tal
trabalho oferece a oportunidade de viagens e perigo constante.
Uma boa parcela desse perigo vem dos guerreiros que
abandonaram um emprego legítimo para se tornarem
bandidos - atacando de caravanas, assaltando viajantes e
saqueando fazendas, mansões e vilas isoladas. Guerreiros sem
sorte também podem participar de lutas de gladiadores ou de
esportes igualmente sangrentos para ganhar a vida com suas
habilidades, embora tais disputas sejam quase que totalmente
desconhecidas na Costa da Espada e no Norte quando
comparado às nações sulistas como Amn e Calimshan.
A RQUÉTIPO MARCIAL
Os guerreiros em Forgotten Realms tem a seguinte opção
de Arquétipo Marcial, além daquelas no Player's Handbook:
Livro do jogador.
C AVALEIRO DRAGÃO PÚRPURA
Os Cavaleiros Dragão Púrpura são combatentes que vêm
do reino de Cormyr.Juramentados a proteger a coroa,
eles levam a luta contra o mal para além das fronteiras
de seu reino. Eles têm a tarefa de vagar pelas terras
oJ
como cavaleiros errantes, confiando em seu julgamento,
bravura e fidelidade ao código de cavalaria para guiá-los no
enfrentamento aos mal-feitores.
Um cavaleiro Dragão Púrpura inspira a grandeza nos
outros ao praticar atos de bravura em batalha. A mera
presença de um cavaleiro em um vilarejo é o suficiente
para fazer com que alguns ores e bandidos procurem uma
presa mais fácil. Um cavaleiro sozinho já é um combatente
habilidoso, mas um cavaleiro liderando um bando de aliados
pode transformar até mesmo a milícia mais mal equipada
em um grupo de guerra feroz.
Um cavaleiro prefere liderar através de seus feitos, não de
palavras. Quando um cavaleiro lidera um ataque, suas ações
podem despertar em um aliado a coragem e convicção que
estavam escondidas, algo que ele próprio jamais suspeitou
que tinha.
RESTRIÇÃO : CAVALARIA
Cavaleiros Dragão Púrpura são ligados a um típico
específico de ordem de cavalaria cormyreana.
Banerete serve como um nome genérico para este
arquétipo se você usá-lo em outros cenários de campanha
ou para criar modelos de senhores da guerra que não sejam
cavaleiros Dragão Púrpura.
GRITO DE GUERRA
Ao escolher este arquétipo no 3° nível, você aprende como ins-
pirar seus aliados a lutar superando seus ferimentos.
Quando usa a característica Recuperar o Fôlego, você
pode escolher até três criaturas a até 18 metros de você
que sejam suas aliadas. Cada uma recupera pontos de vida
equivalentes ao seu nível de guerreiro, desde que a criatura
possa vê-lo ou ouvi-lo.
EMISSÁRIO REAL
Um cavaleiro Dragão Púrpura serve como um emissário
para a coroa cormyreana. Espera-se que cavaleiros de alta
posição tenham uma conduta elegante.
No 7° nível, você ganha proficiência na perícia Persuasão.
Se já é proficiente nela, você ganha proficiência em uma das
seguintes perícias de sua escolha: Atuação, Intimidação,
Intuição ou Lidar com Animais.
Seu bônus de proficiência é duplicado para qualquer teste
de atributo que você fizer e que use Persuasão. Você recebe
este benefício independentemente da proficiência em perícia
que ganha com esta característica.
INSPIRAR SURTO
No 10° nível, ao usar sua característica Surto de Ação, você
pode escolher uma criatura a até 18 metros de você que
seja sua aliada. Esta criatura pode fazer um ataque corpo
a corpo ou à distância com a reação dela, desde que possa
vê-lo ou ouvi-lo.
No 18° nível, em vez de um, você escolhe dois aliados a
até 18 metros de você.
BALUARTE
No 15° nível, você pode estender o benefício de sua
característica Indomável para um aliado. Ao usar Indomável
para jogar novamente uma salvaguarda de Inteligência,
Sabedoria ou Carisma e você não estiver incapacitado,
você pode escolher um aliado a até 18 metros de você que
também tenha falhado na salvaguarda contra o mesmo
efeito. Se a criatura puder vê-lo ou ouvi-lo, ela pode jogar
novamente a salvaguarda e deve usar o novo resultado.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES

LADINOS
Há aqueles cujas habilidades não dependem de uma espada
ou da Arte, mas do movimento silencioso, da ação ágil e da
furtividade. Tais talentos frequentemente levam à prática
de atividades ilegais, que é uma grande praga nas grandes
cidades, mas que pode ser usada para o bem ao se lidar com
monstros perigosos e na recuperação de tesouros perdidos.
A maioria das grandes cidades nos Reinos tem muitos
refúgios de ladrões que competem entre si. Alguns lugares,
como Baldur's Gate (Portão de Baldur), possuem um grupo
organizado de ladinos que controla tal atividade. A maioria
dos antros de ladrões são locais secretos de reunião,
frequentemente abaixo da cidade, e que se movem se
são descobertos.
A cidade de Waterdeep (Águas Profundas) já foi o lar da
mais poderosa guilda de ladrões no Norte: os Ladrões das
Sombras. Os Lordes de Waterddep destruíram esta guilda,
forçando seus líderes a fugirem da cidade (o grupo ainda
age em Amn). Ainda há ladrões e até mesmo assassinos em
Waterdeep, mas eles são divididos em incontáveis pequenos
grupos ou até mesmo agem sozinhos.
A trégua mais comum para estes gatunos é o que eles
chamam de Empreendimento Honesto - a vida de aventura,
onde as habilidades ladinas podem ser usadas sem qualquer
censura e que posteriormente são celebradas em canções e
lendas. Muitos ladrões recorrem a essa vida, agarrando-se
a um código que os mantêm longe de problemas nas
áreas civilizadas, mas que ainda os garante riqueza; eles
prometem surrupiar tumbas antigas e covis de monstros em
vez de lares e os comércios das terras ricas e civilizadas.
Alguns ladinos aprenderam que é mais fácil bater os
bolsos de alguém quando se tem um mandato real, que
é o mesmo que dizer que muitos ladinos são diplomatas,
cortesãos, facilitadores de influência e mediadores de
informações, algo mais do que os tão conhecidos ladrões
e assassinos. Tais ladinos se misturam mais facilmente na
sociedade civilizada, muitas vezes agindo como a graxa que
move as engrenagens da civilização.
A UDÁCIA DINÂ M ICA
A partir do 3° nível, sua autoconfiança o impulsiona para a
batalha. Suas jogadas de iniciativa ganham um bônus igual
ao seu modificador de Carisma.
Você também ganha um modo adicional de usar seu
Ataque Furtivo;_você não precisa ter vantagem numa
jogada de ataque para usar seu Ataque Furtivo contra uma
criatura, caso esteja a até 1,5 metro dela, nenhuma outra
criatura esteja a até 1,5 metro de você, e você não tenha
desvantagem na jogada de ataque. As demais regras de
Ataque Furtivo ainda se aplicam a você.
PANACHE
No 9° nível, seu charme tornar-se extraordinariamente
sedutor. Como uma ação, você pode realizar um teste de
Carisma (Persuasão), resistido por um teste de Sabedoria
(Intuição) da criatura. Esta deve ser capaz de ouvi-lo, e
vocês devem compartilhar um idioma.
Caso você seja bem-sucedido e a criatura seja hostil a
você, ela tem desvantagem em jogadas de ataque contra
qualquer alvo que não seja você, e não pode realizar ataques
de oportunidade contra qualquer alvo que não seja você. Esse
efeito dura por 1 minuto, até que um dos seus companheiros
ataque o alvo ou o afete com uma magia, ou até que você e o
alvo se distanciem um do outro por mais do que 18 metros.
Se você for bem-sucedido no teste e a criatura não for
hostil a você, ela fica enfeitiçada por você durante 1 minuto.
Enquanto enfeitiçada, ela o considerará um conhecido ami-
gável. Esse efeito se encerra imediatamente se você ou seus
companheiros fizeram qualquer tipo de mal à criatura.

ARQUÉTIPOS DE LADINO
Os ladinos em Forgotten Realms têm as seguintes opções
de Arquétipos de Ladino, além daquelas no Player's
Handbook: Livro do jogador.

ESPADACHIM
Você concentra seu treinamento na arte das lâminas,
baseando-se em velocidade, elegância e charme em partes
iguais. Enquanto alguns guerreiros são brutos vestidos em
armaduras, seu método de luta se parece mais com uma
apresentação dramática. Duelistas e piratas costumam
pertencer a este arquétipo.
Um espadachim destaca-se em combate singular,
podendo lutar com duas armas enquanto se afasta de
um oponente.

PÉS ÁGEIS
Ao escolher este arquétipo no 3° nível, você aprende como
atacar e depois fugir sem sofrer retaliação. Em seu turno, se
você realizar um ataque armado contra uma criatura, essa
criatura não pode fazer ataques de oportunidade contra
você pelo restante do turno.

CAPÍTULO 4 1 CLASSES
134 ,A
'd
MOVIMENTOS ELEGANTES
A partir do 13° nível, você pode usar uma ação bônus no seu
turno para obter vantagem no próximo teste de Destreza
(Acrobacia) ou Força (Atletismo) rea lizado por você no
mesmo turno.
MESTRE DUELISTA
A partir do 17° nível, seu domínio da lâmina permite que
você transforme falha em sucesso durante um combate.
Caso você falhe numa jogada de ataque, você pode refazer
a jogada com vantagem. Assim que o fizer, você não poderá
usar esta características novamente até terminar um des-
canso curto ou longo.
MESTRE DOS SEGREDOS
Seu foco está nas pessoas; mais especificamente, na
influência e segredos delas. Muitos espiões, cortesãos e
conspiradores seguem este arquétipo, levando vidas de
intriga. Você emprega tanto palavras quanto venenos e
punhais como armas, segredos e favores estando entre seus
tesouros favoritos. Em certos círculos são conhecidos como
Mandachuvas, Manipuladores ou Mestres da Astúcia.
MESTRE DO ARDIL
Ao escolher este arquétipo no 3° nível, você ganha
proficiência com o kit de disfarce, kit de falsificação e um
conjunto de jogos (do kit de jogos) à sua escolha. Você
também aprende dois idiomas à sua escolha.
Além disso, você pode imitar perfeitamente os padrões
de fala e sotaque de uma criatura que você ouça por pelo
menos 1 minuto, o que lhe permite passar-se por falante
nativo de uma terra em particular, contanto que você co-
nheça o idioma.
MESTRE DAS TÁTICAS
A partir do 3° nível, você pode usar a ação Ajudar como uma
ação bônus. Adicionalmente, quando usar a ação Ajudar
para auxiliar um aliado a atacar uma criatura, o alvo desse
ataque pode estar a até 9 metros de você, em vez de a até
1,5 metro, caso ele possa vê-lo ou ouvi-lo.
DISSIMULAÇÃO PERSPICAZ
A partir do 9° nível, se você puder gastar até 1 minuto
obse_rvando ou interagindo com outra criatura fora de
combate, você poderá aprender algo sobre as capacidades
dela, comparadas com as suas. O DM lhe dirá se a criatura é
equivalente, supessrior ou inferior a você no que diz respeito
às seguintes características, à sua escolha:
• Valor de Inteligência
Valor de Sabedoria
Valor de Carisma
Níveis (de quaisquer classes)
A critério do DM, você também pode vir a perceber que sabe
parte da história da criatura, ou um dos traços de personali-
dade dela, caso ela possua algum.
Os ESPADACHINS E O COMBATE COM DUAS ARMAS
O Espadachim conta com um bom aprove itamento
das regras de D&D para fazer uso de seu potenc ial,
especificamente quando ele vem a combater com duas
armas. Outros perso nagens devem usar uma ação para
Desengajar se querem escapar do combate corpo a corpo,
mas a característica Pés Ágeis do Espadachim contém u ma
versão mais li m ita d a de Desengajar em seu ataque. Isto lhe
permite usar sua ação bônus para combater com d uas armas
e, então, evite com segurança cada inim igo que você atacou.
ALMA ENGANOSA
A partir do 17° nível, seus pensamentos não podem ser
lidos por telepatia ou qualquer outro meio, a menos que
você permita. Você pode fingir falsos pensamentos a
uma tentativa de leitura obtendo sucesso em um teste de
Carisma (Enganação), resistido por um teste de Sabedoria
(Intuição) do leitor de pensamentos.
Além disso, independentemente do que você diga, magia
capaz de determinar se você está dizendo a verdade indica
que você está, caso assim você deseje, e você não pode ser
forçado a dizer a verdade por meio de magia.
MAGOS
0 PRIMEIRO PUNHO DEFENDEU UM DESAJEITADO GOLPE
de machado e pegou o ritmo da magia do mago. Era um
dos quais era bem familiarizado . Usando sua mão livre, o
lâmina cantante espelhou a conjuração de seu oponente, e
então enviou seu considerável poder para cercar o mago em
desvantagem, prendendo-o a si mesmo. Uma energia prateada
fluiu da mão aberta do humano apenas para crepitar em nada
assim que o lâmina cantante exauriu a magia.
- Keith Francis Strohm, Bladesinger [Lâmina Cantante]
Estudiosos e praticantes do que chamam de "a Arte"
(veja o capítulo 1 para mais detalhes), os magos são os
conjuradores mais disciplinados em Forgotten Realms. Eles
precisam ser, pois seus poderes vêm de anos de estudo e
prática cuidadosos. Alguns magos passam pelo aprendizado
e estudam com mestres experientes, enquanto outros vão a
academias formais ou universidades de mago, como aqueles
de Encontro Eterno ou Halruaa, ou nas grandes cidades
do Norte como Waterdeep (Águas Profundas) ou ainda
Lua Argêntea.

REDIRECIONAMENTO
A partir do 13° nível, às vezes você pode fazer com que ou-
tra criatura sofra um ataque direcionado a você. Ao ser alvo
de um ataque enquanto uma criatura a até 1,5 metro de você
lhe provém cobertura contra esse ataque, você pode usar
sua reação para fazer com que o ataque seja feito contra a
criatura, e não contra você.
 Com a intensidade de seu estudo e prática, magos costu-
mam se tornar cada vez mais solitários conforme avançam
na Arte, tendo poucos companheiros com quem compartilhar
suas ideias, isso se escolherem compartilhar com alguém de
todo. Assim, os grandes magos passam a residir em torres
isoladas ou em fortalezas, exibindo cada vez mais com-
portamentos excêntricos conforme o tempo passa. Alguns
dizem que isso é um sinal de insanidade, trazida à tona ao se
explorar cada vez mais o conhecimento arcano, mas nunca
ninguém diz isso alto o suficiente onde um mago possa ouvir.
Os grandes magos dos Reinos encontram meios de
prolongar suas vidas para muito além do limite de qualquer
raça, com exceção dos elfos. Arquimagos podem ter séculos
de idade, tendo visto civilizações surgirem e acabarem por
toda Faeríln. Outros magos procuram esta longevidade
através da transformação em lich, habitando em tumbas
isoladas e em fortalezas conforme se afastam do mundo de
corpo, bem como da mente.
GRUPOS DE MAGOS
Existem muitos grupos de magos em Forgotten Realms,
mas dois, em particular, se destacam.
ÜS MAGOS VERMELHOS
O mais infame grupo de magos no Reinos são os Magos
Vermelhos de Thay. Trajando suas emblemáticas túnicas
vermelhas, os Magos Vermelhos tem procurado expandir seu
poder e extender a influência de Thay através do Reinos, mas
CAPÍTULO 4 1 CLAS SE S
principalmente nas terras do Leste. Eles raspam suas cabeças
e fazem complexas tatuagens que refletem suas ambições e
conquistas, além de suas escolas de magia prediletas.
Em Thay, os Magos Vermelhos detém o poder máximo,
embora deixem a governança dos assuntos do dia-a-dia
para aqueles que não têm a habilidade com a Arte. Todo
Mago Vermelho dedica-se a estudar uma das oito escolas
de magia e serve ao zulkir desta escola, o líder e mestre
supremo daquele estilo de magia. Os zulkires e seus
subalternos constantemente rivalizam entre si por poder e
influência, e esta competição frequentemente envia Magos
Vermelhos para longe de Thay em busca de novas magias,
na recuperação de artefatos perdidos e na criação de uma
riqueza que possa ser trazida de volta a Thay. O poder dos
Magos Vermelhos concentrado em Thay lhes garante uma
medida de legitimidade diplomática na terras da Costa da
Espada e no Norte, mas sua presença raramente é
bem-vinda e é universalmente vista com desconfiança.
MAGOS DE GUERRA
O potencial dos magos para influenciar o desfecho de uma
batalha é algo que nenhum governante em Faerfin ousaria
a ignorar, e a maioria dos grandes exércitos procuram
recrutar e incluir magos entre suas fileiras. Evocadores
são os mais comuns, simplesmente pelo potencial que suas
magias têm em infligir a maior quantidade de dano ao maior
número de inimigos possível. Ainda assim, todas as escolas
de magia encontram sua aplicações na guerra.
Os Magos de Guerra de Cormyr são, talvez, a melhor
aplicação da Arte no campo de batalha. Tão soldados quanto
estudiosos, muitos deles são membros dos Dragôes Púrpura
antes de iniciarem seu treinamento na Arte. Além do trabalho
de campo em tempos de guerra, os Magos de Guerra
também protegem a realeza de Cormyr, e cada um dele faz
um juramento mágico a serviço da Coroa. Neste papel, os
Magos de Guerra servem como guarda-costas, conselheiros
e até mesmo espiões. Membros da família real, os Cavaleiros
Dragão Púrpura e os oficiais dos Dragões Púrpura
frequentemente usam anéis mágicos que permitem que um
Mago de Guerra saiba onde este foi e os vigia magicamente.
Remover tal anel, mesmo pela mais das inocentes razões,
pode convocar uma esquadra de batalha completa de Magos
de Guerra, que se teleportam nas proximidades com magias
de ataque já preparadas para serem conjuradas.
SÍMBOLOS MÁGICOS
Magos e mu itos outros conjuradores arcanos desenvolvem
uma runa exclusiva, que eles usam para identificar seus
pertences, assinar seu nome e alertar os outros. Ass im que
um mago ganha poder, mais pessoas reconhecem o símbolo
e o ligam a um poderoso conjurador, alguém a q uem não
se deve tomar lev ianamente. Alguns símbolos arcanos são
usados em conjunto com magias como glifo de proteção, que
reforça a tendência que as pessoas comuns têm de hes itar
diante de itens marcados por ta is símbolos. De fato, há
contos populares sobre os próprios deuses punindo uma
pessoa que fez ma l uso do símbolo de um mago - contos
exagerados que muito provavelmente começaram com os
próprios magos. Não há uma penalidade estabelecida por
violar o símbolo exlcusivo de outro mago ou por usá-lo sem
permissão. Magos poderosos costumam punir ta l atividade
eles próprios para desencorajar futuras ações do tipo.
Magos aprendizes em FaerOn são relembrados dos perigos
de fazer ma l uso do símbolo de outros conjuradores através
de uma rima: "Sempre que a magia de alguém por ventura
for tecida/ Esta nunca, jamais, deve ser desmerecida."
T RADIÇÃO ARCANA
Os magos de Forgotten Realms tem a seguinte opção de
Tradição Arcana, além daquelas no Player's Handbook:
Livro do jogador.
L ÂMINA CANTANTE
Os lâminas cantantes são elfos que defendem bravamente
seu povo e suas terras. Eles são elfos magos que dominam
a arte do combate com espadas aliada à tradição da magia
arcana. Em combate, um lâmina cantante usa uma série
de manobra intrincadas e elegantes que repele golpes e
permite que o lâmina cantante canalize magia na forma de
ataques devastadores e de engenhosa defesa.
R ESTRIÇÃO: APENAS ELFOS
Apenas elfos e meio-elfos podem escolher a tradição arcana
lâmina cantante. No mundo de Faerún, os elfos guardam
muito bem os segredos do lâmina cantante.
Seu DM pode suspender esta restrição para melhor se
encaixar na campanha. A restrição reflete a história dos
lâmina cantantes em Forgotten Realms, mas pode não
se aplicar ao cenário do seu DM ou da versão dos Reinos
do seuDM.
TREINADO NA GUERRA E NA CANÇÃO
Quando adota esta tradição no 2° nível, você ganha
proficiência com armadura leve, e ganha proficiência com
um tipo de arma de combate corpo a corpo de uma mão à
sua escolha.
Você também ganha proficiência na perícia Atuação se já
não a tiver.
CANÇÃO DA LÂMINA
A partir do 2° nível, você pode invocar uma magia élfica
secreta chamada Canção da Lâmina, desde que não
esteja vestindo armadura média ou pesada ou usando um
escudo. Ela concede a você deslocamento, agilidade e foco
sobrenaturais.
Você pode usar uma ação bônus para iniciar a Canção da
Lâmina, que dura por 1 minuto. Ela termina antes se você
ficar incapacitado, se vestir uma armadura média ou pesada
ou um escudo, ou se usar as duas mãos para fazer um
ataque armado corpo a corpo. Você também pode dispensar
a Canção da Lâmina a qualquer momento que desejar
(nenhuma ação é necessária).
Enquanto sua Canção da Lâmina estiver ativa, você ganha
os seguintes benefícios:
Você ganha um bônus na sua CA equivalente a seu modifi-
cador de Inteligência (mínimo de +1).
Seu deslocamento de caminhada aumenta em 3 metros.
Você tem vantagem nos testes de Destreza (Acrobacia).
• Você ganha um bônus a qualquer salvaguarda de
Constituição que fizer para manter sua concentração
em uma magia. O bônus equivale ao seu modificador de
Inteligência (mínimo de +l).
Você pode usar esta característica duas vezes. Você re-
cupera todos os usos gastos quando termina um descanso
curto ou longo.
ATAQUE EXTRA
A partir do 6° nível, você pode atacar duas vezes em vez de
uma sempre que executar a ação Atacar durante o seu turno.
CANÇÃO DA DEFESA
A partir do 10° nível, você pode direcionar sua magia para
absorver dano enquanto sua Canção da Lâmina está ativa.
Quando sofre dano, você pode usar sua reação para gastar um
espaço de magia e reduzir este dano a você em um quantidade
equivalente a cinco vezes o círculo do espaço de magia.
CANÇÃO DA VIT ÓRI A
A partir do 14° nível, você acrescenta seu modificador
de Inteligência (mínimo de +1) ao dano de seus ataques
armados corpo a corpo enquanto sua Canção da Lâmina
estiver ativa.
ESTILOS DO LÂM I NA CANTANTE
Desde sua criação como uma arte marcia l e mágica, o
Lâmina Cantante sempre esteve ligado à espada, mais
especificamente à espada longa. Ainda assim, muitas
gerações de estudo originaram vários est ilos de Lâm ina
Cantante com base no uso de armas de combate corpo a
corpo. As técnicas desses estilos são passadas de mestre
para estudantes em pequenas escolas, algumas das quais
têm uma construção dedicada somente à instrução. Até
mesmo os estilos mais novos têm centenas de anos de idade,
porém ainda são ensinadas por seus criadores originais
devido à longa vida dos elfos. A maioria das escolas de
Lâm ina Cantante ficam em Encontro Eterno ou Evereska.
Uma se inic iou em Myth Drannor, mas a destru ição da cidade
espalhou pe lo mundo os estudantes que sobreviveram.
Est il os de Lâmina Cantante são amplamente categorizadas
com base no tipo de arma utilizada, e cada uma é
associada a uma categoria de animal. Dentro daque le
estilo há especial izações chamadas de acordo com tipos
específicos de anima is , baseados nos tipos de magias
util izados, das técn icas do mestre e em determinada arma
utilizada. Lâmina Cantantes que é aprendiz de um mestre
normalmente faz uma tatuagem do estilo animal escolh ido .
Alguns lâminas cantantes aprendem vários estilos e exibem
muitas tatuagens , carregando na pe le um aviso sobre suas
habilidades fata is.
Felino. Estilos que empregam uma espada pertencem
a esta família . O estilo do leão, o ma is antigo, tre ina
praticantes no uso da espada longa e não favorece qualquer
t ipo específico de magias. O esti lo do leopardo foca na
espada curta e nas magias de ilusão e na furt ividade. O tigre
vermelho, um estilo de apenas três séculos de idade, faz com 1
que os lâminas cantantes usem a cimitarra em uma dança
giratória de defesa a partir da qual eles se lançam em um 1
salto súb ito e desferem os ataques.
Ave. Estilos que focam no uso de armas de haste, como
um machado ou martelo, foram agrupados como estilos de
ave, ainda que variem muito. Todos e les estilo re lativamente
novos, fazem uso de armas que não são as normalmente
preferidas dos elfos. Os lâminas cantantes do estilo da águia
usam pequenas machadinhas e muitas manobras no estilo se
concentram em maneiras mais fluidas de arremessar a arma
e sacar outra. O estilo do corvo usa uma picareta de guerra
e as magias associadas à ela garantem ao lâmina cantante
mais agilidade em combate.
Serpente. Os praticantes deste estilo usam um mangual,
uma corrente ou chicote. O estilo da víbora usa o chicote,
independentemente de sua deselegância como uma arma,
e tem uma história quase tão longa quanto o estilo do leão.
Seus mestres pontuam sua canção da lâmina com um ritmo
atordoantemente rápido de estalos do chicote, que pode
manter muitos oponentes afastados e permite que ao lâmina
cantante o espaço necessário para conjurar as cruéis magias
de veneno e doença preferidos pelo esti lo.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
--=

MONGES
0 HOMEM GORDO ENDIREITOU SEU TRAJE PRETO E DOURADO,
baixou sua cabeça redonda e avançou.
Danica aguardou até que ele estivesse bem diante de si, e
para os espectadores parecia que a mulher seria soterrada
sob uma montanha de carne. No último instante ela enfiou
a cabeça por baixo do braço flácido do homem gordo, pegou
sua mão e casualmente deu um passo para trás dele assim
que ele passou. Uma súbita torção de seu punho fez com ele
parasse imediatamente o movimento, e antes mesmo que ele
percebesse o que estava acontecendo, Danica chutou as costas
de ambos os seus joelhos, deixando-o ajoelhado.
- R.A. Salvatore, Canticle [Cântico]
Algumas da primeiras ordens monásticas em Faerun
surgiram nas terras sulistas de Amn e Calimshan, e suas
práticas migraram para o norte e leste ao mesmo tempo que
práticas semelhantes passaram a ser conhecidas no oeste,
vindas da distante Kara-Tur
As ordens mais antigas se ramificaram ou se separaram em
grupos menores ao longo do tempo, tanto que agora há dúzias
delas. A maioria não tem mais do que uma dúzia de membros
vivendo em uma comunidade isolada no meio dos ermos.
Algumas comunidades monásticas têm membros que chegam
na casa das centenas, existindo perto de alguma civilização, e
no caso das ordens que têm preocupações com os assuntos do
mundo, frequentemente correspondem com grande influência.
Da mesma forma como a maioria das ordens monásticas em
Faerun surgiram nas nações humanas, a maioria dos monges
nessas comunidades costumam ser humanos. Os mosteiros
têm sido santuários para órfãos e proscritos de todos os tipos,
portanto monges não humanos não são incomuns.
ÜRDENS MONÁSTICAS
As ordens a seguir podem ser encontradas em várias partes
de Forgotten Realms.
A LUA OBSCURA
Uma ordem monástica devotada a Shar, a Lua Obscura
trabalha abertamente nas terras onde à adoração a ela
é aceita e secretamente nos ermos e em esconderijos
subterrâneo onde ela não é. Seus seguidores buscam
"conhecimento e interação com as sombras", acreditando
que a verdadeira sabedoria é encontrada na escuridão e
na perda, tanto literalmente quanto espiritualmente. Seus
adeptos seguem frequentemente o Caminho da Sombra,
conforme descrito na característica de classe Tradição
Monástica no Player's Handbook: Livro do jogador.
0 PUNHO DOS HIN
Uma ordem monástica de pequeninos originária de Luiren,
os adeptos do Punho dos Hin convertem a confiança natural
de seu povo em um caminho espiritual para melhoria
pessoal e de seu potencial. Alguns mestres do Punho dos
Hin estabeleceram monastérios em terras fora de Luiren,
onde os ensinamentos que estavam disponíveis apenas
para pequeninos foram abertos para estudantes de outras
raças dispostas a seguir o caminho traçado por Yondalla.
CAPÍTU LO 4 1 CLASSES
Os monges Punho dos Hin normalmente seguem Caminho
da Mão Espalmada, conforme descrito na característica
de classe Tradição Monástica no Player's Handbook: Livro
do jogador.
ORDEM DA ROSA AMARELA
Também conhecida como Discípulos do Santo Sollars, o
Duplo Mártir, a Ordem da Rosa Amarela é um mosteiro
solitário de adoradores de Ilmater que fica nas Montanhas
Esporão da Terra em Damara. Ela é conhecida pela
lealdade de seus aliados e pela destruição que eles impõem
em seus inimigos. Grandemente respeitada nos assuntos
da verdade e da diplomacia, os monges trabalham duro
para sobreviver em seu santuário remoto. Os monges do
Monastério da Rosa Amarela usam o remorhaz para testar
seus discípulos. Monges jovens devem colocar à prova
o poder de suas mentes para superar o medo e a dor ao
cavalgar tais feras.
A fé de Ilmater promove muito mais ordens do que qualquer
outro deus. Outras ordens monásticas ilmatari incluem os
Seguidores do Caminho Irrestrito, os Discípulos de São
Margão, o Taciturno, e as Irmãs de SãoJaspe das Rochas.
Monges de Ilmater frequentemente viajam como
andarilhos, mendigando por esmolas, buscando iluminação
e aliviando o sofrimento dos outros. Eles costumam seguir
o Caminho da Mão Espalmada, conforme descrito na
característica de classe Tradição Monástica no Player's
Handbook: Livro do jogador.
Os ALMA SOLARES
Os monges da Alma Solar seguem uma tradição monástica
que acreditam ter raízes com o antigo império de Netheril.
Em sua filosofia, as coisas vivas abrigam em si um
fragmento da essência mística do sol. Assim como o corpo
possui uma sombra, igualmente seu espírito possui uma
luz. Essa luz é chamada por eles de alma solar. Irmãos e
irmãs da Ordem da Alma Solar treinam para se conectar
com a "luz espiritual interna" e para manifestá-la na forma
de talentos sobrenaturais de proeza e resistência. Membros
desta ordem seguem o Caminho da Alma Solar, que é
descrita na seção "Tradições Monásticas", adiante.
Para entrar em contato com sua luz interna, os
monges Alma Solar seguem um estrito código de
conduta contemplativa chamada de Mandamentos da
Incandescência. Ele enfatiza três pilares:
Busque a perfeição física. Para abrir caminho para a alma
solar se manifestar, deve-se haver esforço para tornar o
corpo belo. Aptidão, asseio e físico aprimorado cria uma
janela através da qual a luz pode brilhar.
Busque virtude espiritual. Reconheça a luz nos outros,
não somente a escuridão. Conceda e aceite cada nova
chance de ser virtuoso.
Faça a luz brilhar na escuridão. Compartilhe a luz da alma
com o mundo. Ilumine locais escuros com sua presença e
elimine as sombras.
Devido os mandamentos similares ao ensinamentos de
algumas fés, a Ordem da Alma Solar há muito tempo se
associou com templos e fés de três divindades em especial:
Surre, Selune e Lathander. A imposição pela busca de
perfeição física e reconhecimento de virtudes escondidas são
bem semelhantes aos ensinamentos de Surre a respeito da
beleza física e espiritual. Seguidores de Selune reconhecem
o estímulo de sua deusa no combate à escuridão e busca da
virtude. E obviamente, a associação de Lathander com o sol
se encaixa na filosofia da Alma Solar, mas especialmente
para os adoradores de Lathander, que veem a ideia de
conceder e aceitar novas chances como sendo bem parecida
com a ênfase que Lathander dá para os novos começos.
M ONGES DA MORTE AMPLA
Seguidores do Caminho da Morte Ampla adoram o princípio
da morte mais do que qualquer divindade da morte. Estes
monges buscam os segredos da vida através do estudo da
morte em si. É a condição de se estar morto que os preocupa
mais, e não o que est~ além; o pós-vida não lhes interessa
tanto. Seus mosteiros são cheios de exemplares de animais
e plantas decadentes, moribundos e mortos, os quais
eles estudam com interesse ímpar. Frequentemente eles
compram espécimes raros de aventureiros e comerciantes,
os quais não conseguem obter facilmente por conta própria.
Porém, tais estudos são apenas parte da vida diária destes
monges: Eles buscam entender a morte no que se refere
----
1 cargas e seus locais sagrados.
\ TRADIÇÕES MONÁSTICAS
especialmente aos seres vivos dotados de inteligência, e
para esse fim eles acolhem com entusiasmo os doentes e
moribundos, de modo que possam observar e registrar suas
mortes. Se tais desafortunados procuram ser libertados da
dor da morte, os monges lhes fornecem. Eles enxergam a
morte como uma dádiva que concedem àqueles que estão
prontos para ela. Seus meios de determinar aptidão variam
de um secto (ou até mesmo de um monge) para outro.
Os monges não sofrem de qualquer escrúpulo moral
sobre tais feitos, pois a morte é a coisa mais natural no
mundo, a partir da perspectiva deles, e fazer a passagem
a serviço de seu princípio é uma das experiências mais
profundamente sagradas que um ser vivo poderia esperar
desfrutar. E é por esta razão que os monges, eles próprios,
não temem a morte.
A maioria dos membros da ordem são tanto estudiosos
que compartilham o fascínio mútuo pela morte e pelos
mortos, quanto clérigos que adoram uma das divindades
interessadas na morte. Alguns dos monges consideram-se
não ser nada mais que visionários cujo trabalho
pavimentará o caminho para um futuro melhor para toda
Faerun. Quando a morte é entendida de verdade, ela
pode ser controlada e usada como uma ferramenta para a
melhoria de todos, ou assim eles têm para si próprios.
Monges desta tradição seguem o Caminho da
Morte Ampla, que é descrita na seção "Tradições
Monásticas", adiante.
Ü CAMINHO DA RENDI ÃO
A ordem monástica de Eldath é a dos Discípulos do
Caminho da Rendição, por vezes conhecidos como Irmãos
e Irmãs da Palma Aberta. Estes monges guardam locais
sagrados onde vivem muitos sacerdotes, e eles viajam para
o interior reunindo informação para bosques e fortalezas
isolados Eles jamais buscam provocar violência, porém são
deveras fatais quando estão se defendendo, protegendo suas
Os monges de Forgotten Realms tem a seguinte opção de
Tradição Monástica, além daquelas no Player's Handbook:
Livro do jogador.
CAMINHO DA MORTE AMPLA
Os monges do Caminho da Morte Ampla são obcecados
com os significados e o funcionamento da morte. Eles
capturam criatura e preparam experimentos elaborados
para observar, registrar e entender os momentos da
passagem. Então, eles usam tal conhecimento para orientar
seu entendimento das artes marciais, empregando o uso de
um estilo de luta fatal.
TOQUE DA MORTE
Quando escolhe esta tradição no 3° nível, seu estudo
da morte permite que você extraia a vitalidade de outra
criatura que está perto de morrer. Quando reduz uma
criatura que está a até 1,5 metro de você a O pontos de vida,
você ganha pontos de vida temporários equivalentes ao seu
modificador de Sabedoria + seu nível de monge (mínimo de
1 ponto de vida temporário).
CAP ÍTULO 4 1 CLASSE S
HORA DA C EIFA
No 6° nível você ganha a habilidade de abalar ou aterrorizar
aqueles ao seu redor com uma ação, pois sua alma foi
tocada pela sombra da morte. Quando realiza esta ação,
cada criatura a até 9 metros de você e que possa vê-lo deve
ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Sabedoria ou
será amedrontada por você até o fim de seu próximo turno.
MAESTRIA DA MORTE
A partir do 11° nível, você usa sua familiaridade com a
morte para escapar de suas garras. Quando é reduzido a
O pontos de vida, você pode gastar 1 ponto de ki (nenhuma
ação é necessária) para ficar com 1 ponto de vida.
TOQUE DA MORTE AMPLA
A partir do 17° nível, seu toque pode canalizar a energia
da morte para uma criatura. Com uma ação, você toca
uma criatura a até 1,5 metro de você, e você gasta del a
10 pontos de ki. O alvo deve fazer uma salvaguarda de
Constituição e sofre 2d10 pontos de dano necrótico por
ponto de ki gasto se falhar, ou metade do dano em caso
de sucesso.
CAMINHO DA ALMA SOLAR
Monges do Caminho da Alma Solar aprendem a canalizar
sua energia vital em abrasadores raios de luz. Eles ensinam
que a meditação pode desbloquear a habilidade de canalizar
a luz vertida pela alma de cada criatura viva.
RAJADA SOLAR RADIANTE
Ao escolher esta tradição no 3° nível, você pode lançar
ardentes rajadas de radiação mágica.
Você ganha uma nova opção de ataque para usar com a
ação Atacar. Esse ataque especial é um ataque mágico à
distância com alcance de 9 metros. Você é proficiente com
ele, adicionando seu modificador de Destreza às jogadas
de ataque e dano dele. O tipo de dano é radiante, e o dado
de dano é ld4. Esse dado muda à medida que você ganha
níveis como monge, conforme mostrado na coluna Artes
Marciais da tabela O Monge.
Quando você executa a ação Atacar no seu turno e usa
este ataque especial como parte dela, você pode gastar
1 ponto de ki para realizar o ataque especial duas vezes
como uma ação bônus.
GOLPE DE ARCO ARDENTE
No 6° nível, você ganha a habilidade de canalizar seu ki
em abrasadoras ondas de energia. Imediatamente após
executar a ação Atacar em seu turno, você pode gastar
2 pontos de ki para conjurar a magia mãos flamejantes
como uma ação bônus.
Você pode gastar pontos de ki adicionais para conjurar
mãos flamejantes como uma magia de círculo superior.
Cada ponto de ki adicional gasto aumenta o círculo da
magia em 1. A quantidade máxima de pontos de ki (2 mais
quaisquer pontos adicionais) que você pod~ gastar na magia
é igual a metade do seu nível como monge.
EXPLOSÃO SOLAR CAUTERIZANTE
No 11 ° nível, você ganha a habilidade de criar um orbe de
luz que irrompe numa explosão devastadora. Como uma
ação, você cria magicamente um orbe e lança-o na direção
de um ponto à sua escolha e a até 45 metros de você, onde
ele irrompe numa esfera de luz radiante por um breve,
porém mortal, instante.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
Cada criatura dentro dessa esfera com raio de 6 metros
deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Constituição
ou receber 2d6 pontos de dano radiante. As criaturas não
precisam realizar a salvaguarda se estiverem por trás de
cobertura total opaca.
Você pode aumentar o dano da esfera gastando pontos
de ki. Cada ponto gasto, até um máximo de 3, aumenta o
dano em 2d6.
ESCUDO SOLAR
No 17° nível, você se cobre com uma aura mágica luminosa.
Você irradia luz plena num raio de 9 metros, e meia-luz por
mais 9 metros. Você pode extinguir ou restaurar essa luz
como uma ação bônus.
Se uma criatura atingi-lo com um ataque corpo a corpo
enquanto a luz brilha, você pode usar sua reação para
causar dano radiante na criatura. Esse dano radiante é igual
a 5 + seu modificador de Sabedoria.
PALADINOS
Alguma pessoas são combatentes com uma virtude
superior. Eles exemplificam um conjunto de traços que
as pessoas consideram honrado, justo e bom. Esses
combatentes aspiram ser as melhores pessoas possíveis.
Quando tal combatente também tem grande devoção a uma
certa divindade, este deus pode recompensar o fiel com uma
medida de poder divino, tornando tal pessoa um paladino.
Diferentes ordens de paladinos em Forgotten Realms
enfatizam diferentes elementos do comportamento justo,
mas espera-se que todos os paladinos se atenham a um
conjunto padrão de virtudes:
Generosidade. Seja generoso e tolerante.
Boa fé. Seja honesto e mantenha as promessas.
Cortesia. Trate outros com respeito, independentemente
de como lhe tratem. Conceda honra àqueles acima do seu
posto. Conquiste o respeito daqueles abaixo do seu posto.
Licitude. As leis existem para trazer prosperidade para
aqueles abaixo dela. Leis injustas devem ser revogadas ou
alteradas para um modelo mais razoável.
Bravura. Conquiste a glória através da batalha. Defenda
qualquer acusação até a morte.
Orgulho nas ações. Lidere pelo exemplo. Permita que seus
feitos falem por suas intenções.
Humildade nos feitos. Não se gabe ou aceite recompensas
indevidas a você.
Altruísmo. Compartilhe recursos, especialmente com
aqueles que têm mais necessidade.
Bom-humor. Preste serviços com alegria e sem desdém.
Sabedoria. Faça o bem sem causar muitos danos.
Devoção. Seja fiel aos mandamentos de seu deus,
Gentileza. Proteja os mais fracos. Conceda misericórdia
para aqueles que buscam a redenção.
Honra. Atenha-se ao código. Morte antes da desonra.
Todo paladino classifica e enfatiza estas virtudes com base
em seu próprio código de ética e antecedente religioso.
Um paladino de Sune enfatizaria aspectos do amor cortês
e da cortesia, enquanto um paladino de Tyr estaria mais
preocupado com a justiça e com o tratamento justo para
com os inimigos.
 A maioria dos paladinos de Forgotten Realms, assim
como os clérigos, são devotados a uma certa divindade.
As divindades mais comuns para paladinos são aquelas
que personificam a ação, decisão, vigilância e sabedoria.
Torm e Tyr são ambos muito populares entre os paladinos,
assim como Ilmater, que destaca o auto-sacrifício e o
alívio do sofrimento. Embora menos comuns, há paladinos
das seguintes divindades: Helm, Hoar, Lathander, Surre,
Corellon Larethian, a Cavaleira Vermelha, Clangeddin
Barbaprata, Arvoreen e Mystra.
A devoção dos paladinos a um ideal maior os torna
populares herois do povo nos Reinos. Existem muitos
contos sobre cavaleiros nobres e campeões juramentados,
embora muitos pragmáticos observem que os contos
frequentemente terminam com um tremendo sacrifício por
parte desses campeões.
Os patronos mais comuns dos paladinos do Juramento da
Devoção e do Juramento da Coroa (que é descrido abaixo)
são Helm, Torm e Tyr - proteção, coragem e justiça -
embora Ilmater tem sua cota de campeões devotos. Aqueles
cavaleiros verdes juramentados ao Juramento dos Anciãos
podem honrar Arvoreen ou Corellon, enquanto vingadores
do Juramento da Vingança seguem patronos como Hoar,
embora haja vingadores de Helm e Tyr, que buscam uma
justiça mais dura.
ÜRDENS PALADÍNICAS
As ordens a seguir podem ser encontradas em várias partes
de Forgotten Realms.
ÜRDEM DO COMPANHEIRO
Baseada em Elturgard, nas Terras Centrais do Ocidente, a
Ordem do Companheiro é juramentada à guarda da nação.
Ela se formou logo após a Praga Mágica e ajudou a criar
Elturgard, centrada na cidade de Elturel, que faz vista para
o Rio Chionthar. Os Companheiros protegem a civilização
contra os perigos e as forças incontroláveis, particularmente
dos monstros não naturais. Das opções da característica de
classe Juramento Sagrado, o Juramento da Coroa (descrito
abaixo) e o Juramento da Devoção (descrito no Player's
Handbook: Livro do jogador) são igualmente representados
entre suas fileiras.
ÜRDEM DO ÜLHO DOURADO
O mosteiro e catedral da Fortaleza de Helm ficam na borda
da Mata de Neverwinter (Nevenunca), no Norte, e é um
refúgio seguro para viajantes. A Ordem do Olho Dourado
protege a fortaleza e serve à comunidades circunvizinhas,
mas a missão deles tem um objetivo muito mais amplo:
proteger o mundo dos perigos originários de outros planos
de existência, especialmente dos Planos Inferiores. Muitos
paladinos e não paladinos juntaram-s e à ordem em resposta
ao seu chamado para expulsar as incursões dos ínferos no
mundo. Nos anos mais recentes, muitos se aventuraram
fora da Fortaleza de Helm para realizar o trabalho da ordem
em outros locais do mundo.
Das opções na característica de classe Juramento
Sagrado no Player's Handbook: Livro do jogador, os
paladinos do Olho Dourado seguem com mais frequência o
Juramento da Devoção, embora alguns mais fanáticos sejam
seguidores do Juramento da Vingança.
ÜRDEM DE SAMULAR
A Sagrada Ordem de Samular, também conhecida como
os Cavaleiros de Samular, é composta por combatentes
a serviço de Tyr. A ordem está baseada no Salão da
Cúpula, embora também mantenha uma casa capitular
em Waterdeep (Águas Profundas). O lendário paladino
Samular Caradoon fundou a ordem em 952 CV após a
Segunda Guerra Troll e das mortes de seus irmãos Renwick
"Capanevada" e Anfail, o Justo, durante a guerra. Quando
Tyr se calou e os paladinos a seu serviço perderam seus
poderes, muitos acabaram recorrendo a outros deuses
como Torm, mas os Cavaleiros de Samular permaneceram
fiéis a Tyr. A paciência deles foi recentemente recompensada
quando, ao retornar de Tyr ao mundo, muitos dos seus, em
números cada vez menores, foram investidos novamente
com os poderes de um paladino. Conhecidos por seu apoio
às leis, muitos paladinos da ordem seguem o Juramento da
Coroa, que é descrito abaixo.
JURAMENTO SAGRADO
Os paladinos em Forgotten Realms tem a seguinte opção de
Juramento Sagrado, além daquelas no Player's Handbook:
Livro do jogador.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
JURAMENTO DA COROA
O Juramento da Coroa é realizado para os ideais da
civilização, sejam eles o espírito de uma nação, a lealdade
à uma soberania ou o serviço a uma divindade da lei e
da governança. Os paladinos que fazem este juramento
dedicam-se a servir a sociedade e, em particular, as leis
justas que mantêm a sociedade unida. Estes paladinos são
protetores vigilantes nas muralhas, colocando-se contra
as ondas caóticas de bárbaros que ameaçam despedaçar
tudo o que a civilização construiu, e são normalmente
conhecidos como protetores, expoentes ou sentinelas.
Frequentemente, paladinos que fazem este juramento são
membros de uma ordem de cavalaria a serviço de uma
nação ou de um soberano, e submetem seu juramento como
parte de sua admissão nas fileiras da ordem.
PRINCÍPIOS DA COROA
Os princípios do Juramento da Coroa são frequentemente
estabelecidos pelo soberano ao qual seu juramento é feito,
mas geralmente enfatiza os seguintes princípios.
Lei. A lei é fundamental. É a argamassa que une as
pedras da civilização, e portanto deve ser respeitada.
Lealdade. Sua palavra é a sua garantia. Sem lealdade,
juramentos e leis não significam nada.
Coragem. Você deve estar disposto a fazer o que é
necessário ser feito para o bem da ordem, mesmo diante de
todas as adversidades. Se você não agir, então quem o fará?
Responsabilidade. Você deve lidar com as consequências
de seus atos, e você é responsável pelo cumprimento de
suas tarefas e obrigações.
MAGIAS DE JURAMENTO
Você ganha as seguintes magias de juramento nos níveis de
paladino indicados.
MAGIAS DO JURAMENTO DA COROA
Nível do Paladino Magias
3° comando, duelo compelido
5° vínculo de proteção, zona da verdade
9° aura de vitalidade, guardiões espirituais
13° banimento, guardião dafé
17º círculo do poder, missão
CANALIZAR DIVINDADE
Ao fazer este juramento no 3° nível, você ganha as opções
de Canalizar Divindade a seguir.
Desafio do Campeão. Com uma ação bônus você emana
um desafio que compele outras criaturas a lutarem contra
você. Cada criatura de sua escolha à sua vista e a até
9 metros de você deve fazer uma salvaguarda de Sabedoria.
Se falhar, a criatura não pode se mover voluntariamente
para mais do que 9 metros de você. Este efeito sobre a
criatura termina quando você está incapacitado ou morre,
ou se a criatura estiver a mais do que 9 metros de você.
Virar o Jogo. Com uma ação bônus, você pode fortalecer
criatura feridas com seu Canalizar Divindade. Cada criatura
de sua escolha que possa ouvi-lo e esteja a até 9 metros
de você recupera pontos de vida equivalentes a ld6 + seu
modificador de Carisma (mínimo de 1) se tiver não mais do
que metade de seus pontos de vida.
CAPÍTULO 4 1 CLASSES
SUBM ISSÃO DI V INA
A partir do 7° nível, quando uma criatura a até 1,5 metro de
você sofre dano, você pode usar sua reação para substituir
magicamente sua própria saúde pela da criatura alvo, o que
faz com que tal criatura não sofra o dano. Em vez disso,
você sofre o dano. Esse dano causado a você não pode ser
reduzido ou evitado de qualquer forma.
ÉSPÍR I TO INABALÁVEL
A partir do 15° nível, você tem vantagem nas salvaguardas
para evitar ficar atordoado ou paralisado.
CAMPEÃO SUBLIME
No 20° nível, sua presença no campo de batalha é uma
inspiração para aqueles dedicados à sua causa. Você pode
usar sua ação para ganhar os benefícios a seguir por 1 hora:
• Você tem resistência a dano contundente, cortante e
perfurante de armas não mágicas.
Seus aliados têm vantagem em salvaguardas contra morte
enquanto estão a até 9 metros de você.
Você tem vantagem em salvaguardas de Sabedoria, assim
como seus aliados a até 9 metros de você.
Este efeito termina antes se você está incapacitado ou se
morrer. Uma vez que use esta característica, você não pode
utilizá-la novamente até terminar um descanso longo.
TRUQUES PARA BRUXOS,
FEITICEIROS E MAGOS
Praticantes da Arte têm desenvolvido os seguintes truques
para aqueles que preferem conjurar magias em combate
corpo a corpo. Os Magos de Guerra, os lâminas cantantes e
os bruxos do Pacto da Lâmina gostam muito destas magias.
Estes truques são da lista de magias do bruxo, do
feiticeiro e do mago.
EXPLOSÃO DE ESPADAS
Truque de Invocação
Tempo de Conjuração: 1 ação
Alcance: 1,5 m
Componentes: V
Duração: Instantânea
Você cria um círculo temporário de espada espectrais que
giram ao seu redor. Cada criatura no alcance da magia,
exceto você, devem ser bem-sucedidas em uma salvaguarda
de Destreza ou sofrem ld6 pontos de dano energético.
O dano desta magia aumenta em ld6 quando você alcança
o 5° nível (2d6), o 11° nível (3d6) e o 17° nível (4d6).
LÂMINA ESTRONDOSA
Truque de Evocação
Tempo de Conjuração: 1 ação
Alcance: 1, 5 m
Componentes: V, M (uma arma)
Duração: 1 rodada
Como parte da ação usada para conjurar esta magia, você
deve fazer um ataque armado corpo a corpo contra uma
criatura no alcance da magia, caso contrário a magia
falha. Em um acerto, o alvo sofre os efeitos normais do
ataque e fica coberto por energia estrondosa até o início
de seu próximo turno. Se o alvo se mover voluntariamente
antes disso, ele sofre imediatamente ld8 pontos de dano
trovejante e a magia se encerra.
 O dano desta m agia aumenta quando você atinge níveis
mais altos. No 5° nível, o ataque corpo a corpo causa
ld8 pontos de dano trovejante adicionais ao alvo, e o dano
que o alvo sofre por se mover aumenta para 2d8. Ambas as
jogadas de dano aumentam em ld8 no 11 ° e no 17° níveis.
LÂMINA VERDE- FLAMEJANTE
Truque de Evocação
Tempo de Conjuração: 1 ação
Alcance: 1,5 m
Componentes: V, M (uma arma)
Duração: Instantânea
Como parte da ação usada para conjurar esta magia, você
deve fazer um ataque armado corpo a corpo contra uma
criatura no alcance da magia, caso contrário a magia falha.
Em um acerto, o alvo sofre os efeitos normais do ataque e
chamas verdes saltam do alvo para uma criatura diferente
de sua escolha, à sua vista e a até 1,5 metro dele. A segunda
criatura sofre dano ígneo equivalente ao seu modificador de
atributo de conjuração.
O dano desta magia aumenta quando você atinge níveis
mais altos. No 5° nível, o ataque corpo a corpo causa
ld8 pontos de dano ígneo adicionais ao alvo, e o dano ígneo
na segunda criatura aumenta para ld8 + seu modificador
de atributo de conjuração. Ambas as jogadas de dano
aumentam em ld8 no 11 ° e no 17° níveis.
PUXÃO ELÉTRICO
Truque de Evocação
Tempo de Conjuração: 1 ação
Alcance: 4,5 m
Componentes: V
Duração: Instantânea
Você cria um açoite de energia elétrica que acerta uma cria-
tura de sua escolha à sua vista e no alcance da magia.
O alvo deve ser bem-sucedido em uma salvaguarda de Força
ou é puxado até 3 metros em linha reta em sua direção e,
então, sofre ld8 pontos de dano elétrico se estiver a até
1,5 metro de você.
O dano desta magia aumenta em ld8 quando você alcança
o 5° nível (2d8), 11 ° nível (3d8) e 17° nível (4d8).
 CAPÍTULO 5: ANTECEDENTES
ODOS OS ANTECEDENTES DESCRITOS NO
Player's Handbook: Livro do jogador são
encontrados nas várias sociedades de Faerún,
de uma forma ou de outra. Este capítulo oferece
antecedentes adicionais para os personagens de
uma campanha em Forgotten Realms, muitos
deles específicos para Faerún ou para a Costa
da Espada e o Norte em particular.
Assim como no Player's Handbook: Livro do jogador,
cada um dos antecedentes aqui apresentados fornece
proficiências, idiomas e equipamento, além de uma
característica de antecedente e, às vezes, uma forma
variante. Para traços de personalidade, ideais, vínculos e
fraquezas, a maioria dos antecedentes deste capítulo usa um
antecedente temático semelhante ao do Player's Handbook:
Livro do jogador como base.
ACADÊMICO RECLUSO
Quando criança, você era curioso enquanto seus
companheiros eram possessivos ou barulhentos. Em seus
anos de formação, você ingressou em um dos grandes
institutos de ensino de Faerún, onde aprendeu e foi
ensinado que o conhecimento é um tesouro mais valioso
do que ouro ou pedras preciosas. Agora você está pronto
para sair de casa - não para abandoná-lo, mas para buscar
novos conhecimentos para aumentar seu estoque de saber.
A mais conhecida das fontes de conhecimento de Faerún
é o Candlekeep (Forte da Vela). A grande biblioteca está
sempre precisando de trabalhadores e auxiliares, alguns
dos quais sobem na hierarquia para assumir papéis
.de maior responsabilidade e destaque. Você pode ser
um membro do Candlekeep (Forte da Vela), dedicado à
curadoria do que é provavelmente o conjunto mais completo
de conhecimento e história de todo o mundo.
Ou talvez você tenha sido atraído pelos estudiosos
da Câmara dos Sábios ou da Casa dos Mapas em
Lua Argêntea, e agora se esforçou para aumentar seu
conhecimento e se ofereceu para ajudar aqueles em outros
lugares que buscam os seus conhecimentos. Você pode ser
um dos poucos que ajudam a Fortaleza do Arauto, ajudando
a catalogar e manter registros das informações que chegam
lá, diariamente, de todo canto de Faerún.
Proficiência em Perícias: História, e mais uma a sua
escolha entre Arcanismo, Natureza e Religião
Idiomas: Dois de sua escolha
Equipamento: Os trajes de estudioso do seu claustro, um
kit de escrita (algibeira pequena com uma pena, tinta,
pergaminho dobrado e um pequeno canivete), um livro
emprestado sobre o assunto que está estudando no
momento e uma algibeira contendo 10 PO
CARACTERÍSTICA: ACESSO À BIBLIOTECA
Embora outras pessoas precisem ter que aguentar extensas
entrevistas e pagar taxas significativas para obter acesso
até aos arquivos mais comuns da sua biblioteca, você tem
acesso fácil e gratuito à maior parte da biblioteca, embora
0
também possa haver repositórios de conhecimento que
são valiosos demais, mágicos ou secretos, para que seja
permitido acesso imediato a qualquer pessoa.
Você tem um conhecimento prático do pessoal e da
burocracia do seu claustro e sabe como lidar com essas
conexões com alguma facilidade .
Além disso, é provável que você obtenha tratamento
preferencial em outras bibliotecas dos Reinos, como uma
cortesia profissional mostrada a um colega estudioso.
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas do antecedente sábio no Player's Handbook:
Livro do jogador como base para seus traços de personalidade
e motivações, modificando as opções quando apropriado para
se adequar à sua identidade como um estudioso enclausurado.
Seu vínculo está quase que certamente associado ao
local em que você cresceu ou ao conhecimento que espera
adquirir através do meio de vida aventureiro. Seu ideal
está, sem dúvida, relacionado a como você vê a busca pelo
conhecimento e pela verdade - talvez como uma meta digna
por si só, ou talvez como um meio para um fim almejado.
AGENTE DE FACÇÃO
Muitas organizações em atividade no Norte e por toda
Faerún não são limitadas por restrições geográficas. Tais
facções perseguem seus objetivos sem se preocupar com
fronteiras políticas, e seus membros atuam em qualquer
lugar que a organização julgue necessário. Estes grupos
empregam ouvintes, boateiros, contrabandistas, mercenários,
depositários (pessoas que guardam tesouros monetários ou
mágicos para uso dos agentes da facção), encarregados de
esconderijos e mensageiros, apenas para citar alguns. No
centro de cada facção estão aqueles que simplesmente não
cumprem uma mera função para a organização, mas que
servem como suas mãos, cabeça e coração.
Como um prelúdio para sua carreira de aventuras (e em
preparação a ela), você serviu como um agente de uma
determinada facção em Faerún. Você pode ter operado
abertamente ou em segredo, dependendo da facção e dos
objetivos dela, bem como tais objetivos combinam com
os seus próprios. Tornar-se um aventureiro não exige
necessariamente que você renuncie sua filiação à facção
(embora você possa escolher fazê-lo), e poderia elevar seu
status dentro dela.
Proficiência em Perícias: Intuição e uma perícia, à sua
escolha, baseada em Inteligência, Sabedoria ou Carisma e
conforme for mais adequado a sua facção
Idiomas: Dois de sua escolha
Equipamento: Insígnia ou emblema de sua facção, uma
cópia de um texto de referência da facção (ou um
livro-código para uma facção secreta), um conjunto de
roupas comuns e uma algibeira contendo 15 PO
FACÇÕES DA COSTA DA ESPADA
A falta de grandes governos centralizados no Norte e por
toda a Costa da Espada é muito provavelmente a principal
responsável pela proliferação de sociedades secretas e
conspiratórias por essas terras. Se o seu antecedente é
de agente para umas das principais facções do Norte e da
Costa da Espada, aqui são apresentadas algumas opções.
Os Harpistas Fundados há mais de um milênio,
dispersados e reorganizados diversas vezes, os Harpistas
permanecem como um grupo poderoso e que atua nos
bastidores, agindo para frustrar atos malignos e para
promover a justiça através do conhecimento, ao contrário do
uso da força bruta. Os agentes Harpistas são frequentemente
proficientes em Investigação, permitindo-lhes se adaptar
a atividades de sondagem e espionagem Eles costumam
CAPÍTULO 5 [ ANTECEDENTES
 procurar a ajuda de outros Harpistas, bardos e estalajadeiros
simpáticos à causa, bem como de guardiões e do clero dos
deuses alinhados com os ideais Harpistas.
A Ordem da Manopla Um dos mais novos e poderosos
grupos em Faeríln, a Ordem da Manopla possui objetivos
semelhantes ao dos Harpistas. Contudo, seus métodos são
bem diferentes: os portadores da manopla são combatentes
sagrados e uma missão de justiça para destruir o mal
e promover a equidade, e eles jamais se escondem nas
sombras. Os agentes da Ordem costumam ser proficientes
em Religião e frequentemente procuram pela ajuda das
forças da lei amigáveis aos ideais da facção, bem como do
clero dos deuses patronos da organização.
O Enclave Esmeralda Manter o equilíbrio na ordem
natural das coisas e combater as forças que ameaçam
tal equilíbrio são os dois principais objetivos do Enclave
Esmeralda. Aqueles que servem à facção são especialistas
em sobrevivência e vivem da terra. Eles costumam ser
proficientes em Natureza e podem buscar a ajuda de
lenhadores, caçadores, guardiões, tribos de bárbaros, círculos
druídicos e sacerdotes que veneram os deuses da natureza.
A Aliança dos Lordes. Em certo nível, os agentes da
Aliança dos Lordes são os representantes das cidades e de
outros governos que, juntos, compõe a aliança. Porém, como
uma facção cujos interesses e preocupações que vão além da
política e geografia locais, a Aliança tem seu próprio quadro
de indivíduos que trabalham em nome de objetivos mais
amplos da organização. Os agentes da Aliança necessitam
ter conhecimento em História, e podem sempre contar com
o auxílio de governos que têm parte na organização, além de
outros líderes e grupos que compartilham dos ideais da facção.
Os Zhentarim Nos últimos anos, os Zhentarim se
tornaram mais visíveis ao mundo, ao mesmo tempo em
que trabalham para melhorar sua reputação entre as
pessoas comuns. A facção atrai empregados e associados
de variados e~tilos de vida, colocando-os em tarefas que
servem aos objetivos da Rede Obscura, mas que não
necessariamente sejam de natureza criminosa. Os agentes
da Rede Obscura devem frequentemente trabalhar em
segredo, e normalmente são proficientes em Enganação.
Eles buscam a ajuda de magos, mercenários, comerciantes
e dos sacerdócios aliados aos ideais Zhentarim.
CARACTERÍSTICA: REFÚGIO SEGURO
Como um agente da facção, você tem acesso a uma rede
secreta de apoiadores e integrantes que podem lhe fornecer
ajuda em suas aventuras. Você sabe vários sinais secretos e
senhas que pode usar para identificar tais pessoas, que podem
lhe oferecer acesso a um esconderijo secreto, alojamento e
alimentação gratuitos ou auxílio na obtenção de informações.
Tais agentes jamais arriscam suas próprias vidas por você,
tampouco arriscam a revelar suas verdadeiras identidades.
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas para o antecedente acólito no Player's
Handbook: Livro do jogador como uma base para seus
traços de personalidade e motivações, modifiicando as
opções quando apropriado para se adequar à sua identidade
como um agente de facção (por exemplo, considere as
palavras "fé" e "facção" como sendo intercambiáveis).
Se vínculo pode estar associado a outros membros de sua
facção, ou a um local ou objeto que seja importante para
li
1
sua organização. O ideal que você a lmeja provavelmente é
se ater aos dogmas e princípios de sua facção, mas pode ser
algo de natureza mais pessoal.
C APÍTULO 5 1 ANTECE D ENTES
ARTESÃO DE CLÃ
O Povo Robusto é bem conhecido por seu artesanato e pelo
valor de suas obras manuais, e você foi treinado nessa an-
tiga tradição. Durante anos, você trabalhou sob a tutela de
um anão mestre do ofício, suportando longas horas de traba-
lho e sendo desdenhado por um temperamento ranzinza, a
fim de obter as excelentes habilidades que possui hoje.
-É provável que você seja um anão, mas não necessa-
riamente - principalmente no Norte, os clãs dos anões
do escudo aprenderam há muito tempo que apenas tolos
orgulhosos que estão mais preocupados com seus egos do
que com seus ofícios rejeitam aprendizes promissores, mes-
mo os que são de outras raças. Todavia, se você não é um
anão, então fez um juramento solene de nunca assumir um
aprendiz no ofício: os não-anões jamais devem transmitir as
habilidades dos filhos prediletos de Moradin. Ainda assim,
você não teria dificuldade em encontrar um mestre anão
que estivesse disposto a receber potenciais aprendizes que
se apresentariam mediante sua recomendação.
Proficiência em Perícias: História, Intuição
Proficiência com Ferramentas: Um tipo de ferramentas
de artesão
Idiomas: Anão ou um outro idioma à sua escolha se você já
falar Anão
Equipamento: Um conjunto de ferramentas de artesão com as
quais você é proficiente, um cinzel usado para marcar sua
obra com o símbolo do clã de artesãos com quem aprendeu
sua habilidade, um conjunto de roupas de viajante e uma
algibeira contendo 5 PO e uma pedra preciosa de 10 PO
CARACTERÍSTICA: RESPEITO DO Povo ROBUSTO
Por mais respeitados que os artesãos de clãs sejam entre
estrangeiros, ninguém os estima tanto quanto os anões. Você
sempre tem espaço e hospedagem gratuitos em qualquer
lugar onde moram anões do escudo ou anões do ouro, e os
indivíduos em tal povoado podem competir entre si para
determinar quem pode oferecer a você (e possivelmente a
seus compatriotas) as melhores acomodações e ajuda.
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas do antecedente artesão de guilda no Player's
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como artesão
do clã (por exemplo, considere as palavras "guilda" e "clã"
como sendo intercambiáveis).
Seu vínculo está quase que certamente relacionado ao
mestre ou ao clã que o ensinou, ou ao trabalho que você
produz. Seu ideal pode ter a ver com a manutenção da
alta qualidade do seu trabalho ou com a preservação das
tradições anãs do artesanato.
CAÇADOR DE
RECOMPENSAS URBANO
Antes de se tornar aventureiro, sua vida já era repleta de
conflito e emoção, já que você ganhava a vida rastreando
o paradeiro de pessoas em troco de dinheiro. Todavia,
diferente de algumas pessoas que coletam recompensas,
você não é um selvagem que segue uma presa através dos
ermos. Você está envolvido com uma atividade lucrativa
onde vive, a lgo que testa suas habilidades e instintos de
sobrevivência diariamente. E mais, diferente de um caçador
de recompensas dos ermos, você não está sozinho nessa:
você interage constantemente com o submundo do crime e
com outros caçadores de recompensa, mantendo contatos
de ambos os lados para que possa ser
bem-sucedido no ramo.
Você pode ser um astuto apanhador de ladrões, vagando
pelos telhados em busca de pegar um dos vários larápios
da cidade. Talvez você seja alguém que tem seus próprios
ouvidos pelas ruas, ciente dos feitos das guildas de ladrões
e das gangues de rua. Você pode ser um caçador de
recompensas "máscara de veludo", alguém que se mistura
com a alta sociedade e círculos de nobreza de modo a
apanhar criminosos que visam os ricos, sejam batedores
de carteiras ou golpistas. A comunidade onde você atua
pode ter sido uma das grandes metrópoles de Faen'.ln, como
Waterdeep (Águas Profundas) ou Baldur's Gate (Portão
Baldur), ou um local menos populoso, talvez Luskan ou
Yartar - qualquer lugar grande o suficiente para que haja
um suprimento constante de presas em potencial.
Como membro de um grupo de aventureiros, você pode
achar um pouco mais difícil perseguir um objetivo pessoal
que não se adeque aos objetivos do grupo - mas por
outro lado, você pode ser capaz de pegar alvos muito mais
formidáveis com o auxílio de seus companheiros.
Proficiência em Perícias: Escolha duas entre Enganação,
Furtividade, Intuição e Persuasão
Proficiência com Ferramentas: Escolha duas entre
um tipo de kit de jogo, um instrumento musical e
ferramentas de ladrão
Equipamento: Um conjunto de roupas adequadas às suas
atividades e uma algibeira contendo 20 PO
equipamento e o estilo de luta de seus membros, e a maioria
destas ordens não são limitadas pela forma com que lutam,
sendo abertas a todo tipo de pessoas que estão dispostas a
combater ou morrer pela causa da ordem.
A barra lateral "Ordens de Cavalaria de Faeriln" detalha
várias das ordens que estão ativas no momento e foi criada
para auxiliá-lo a decidir sobre qual grupo você deve lealdade.
Proficiência em Perícias: Persuasão, mais uma entre
Arcanismo, História, Natureza e Religião, conforme
apropriado para sua ordem
Proficiência com Ferramentas: Um tipo de kit de jogo ou
instrumento musical
Idiomas: Um de sua escolha
Equipamento: Um conjunto de roupas de viajante, um
sinete, estandarte ou selo que representa sua posição
ou posto dentro da ordem e uma uma algibeira
contendo 10 PO
CARACTERÍSTICA: RECONHECIMENTO À CAVALARIA
Você recebe abrigo e auxílio dos membros de sua ordem de
cavalaria e daqueles que simpatizam com seus objetivos.
Se a sua ordem é religiosa, você pode receber ajuda de
templos e de outras comunidades religiosas de sua divindade.
Cavaleiros de ordens civis podem conseguir ajuda da
comunidade - seja de um povoado isolado ou de uma grande
nação - a qual servem, e cavaleiros de ordens filosóficas
podem encontrar ajuda naqueles a quem ajudaram na
busca de seus ideais e também naqueles que compartilham
desses ideais.

CARACTERÍSTICA: REDE DE CONTATOS

Você está em contato direto com as pessoas de determinado
setor da sociedade no qual suas presas costumam frequentar.
Essas pessoas podem estar associadas ao submundo do
crime, às pessoas barras-pesada das ruas ou aos membros
da alta sociedade. Essa conexão aparece na forma de um
contato em qualquer cidade que esteja visitando, uma pessoa
/
que fornece informação sobre as pessoas e locais na região.

CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas do antecedente criminoso no Player's Han-
dbook: Livro do jogador como base para seus traços de I
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como caçador
de récompensas.
Por exemplo, seu vínculo poderia envolver outros
caçadores de recompensas, as organizações ou indivíduos
que empregaram você. Seu ideal poderia estar associado
com sua determinação em pegar sua presa ou seu desejo de
li
manter sua reputação por ser alguém confiável.

CAVALEIRO DA ÜRDEM
Você pertence a uma ordem de cavaleiros que prestaram
juramento almejando um certo objetivo. A natureza deste
objetivo depende da ordem que você serve, mas aos seus
olhos este objetivo é sem sombra de dúvidas uma busca
vital e honrada. Faeriln possui uma variedade de ordens de
cavalaria, todas elas possuindo um ponto de vista bastante
parecido no que diz respeito às suas respectivas ações e
responsabilidades.
Embora o termo "cavaleiro" possa transmitir a ideia de
combatentes de sangue nobre, montados e trajando pesadas
armaduras, a maioria das ordens de cavalaria em Faerún
não se limita a ter membros como esse modelo. Os objetivos
e filosofias da ordem são muito mais importantes do que o
 Essa ajuda pode vir na forma de abrigo e de refeições, e
cura quando apropriado. Também pode ser oferecida ajuda
sob risco, como quando um grupo de moradores locais se
reúne para ajudar uma cavaleira acuada em uma luta, ou
quando ajudam um cavaleiro a fugir da cidade quando ele
está sendo injustamente perseguido.
As ORDENS DE CAVALARIA DE FAERUN
Mu itos que legitimamente referem-se a s i mesmo como "ca-
valeiros" ganharam este título fazendo parte de uma ordem a
serviço de uma divindade, como a Eterna Ordem de Kelemvor
ou os Cavaleiros do Fogo Místico de Mystra . Outras ordens
de cavalaria servem a um governo, família real ou são a elite
militar de um estado feudal, como os brutais Cavaleiros Bruxos
de Vaasa. Outros cavaleiros são organizações mundanas e não
governamenta is, compostos por combatentes que seguem uma
determ inada filosofia ou que se consideram um tipo de grande
família, semelhante a uma ordem de monges. Embora existam
organizações, como os Cavaleiros do Escudo, que fazem uso
dos paramentos da cavalaria sem necessariamente serem
combatentes, a ma ioria das pessoas em FaerCm pensam ime-
diatamente naquele combatente montado, trajando armadura e
devotado a um código diante da menção da palavra "cavaleiro".
A seguir são apresentadas algumas organizações de cavalaria.
Cavaleiros do Unicórnio. Os Cavaleiros do Unicórnio come-
çaram como uma modinha entre os românticos filhos e filhas
das famíl ias patriarcais em Portão de Baldur. Como uma
brincadeira, eles adotaram o unicórn io da deusa Lurue como
mascote e saíram em várias aventuras apenas por diversão.
A realidade dos perigos que eles enfrentaram acabaram se
perdendo, assim como os princípios de Lurue. Ao longo do
tempo o pequeno grupo cresceu e se espalhou, ganhando se-
guidores em locais distantes como Cormyr. Os Cavaleiros do
Unicórnio são aventureiros cavalheirescos que seguem ideais
românticos: a vida foi fe ita para ser saboreada e vivida com
um sorriso nos lábios, as missões devem ser aceitas num
desafio, sonhos impossíveis devem ser perseguidos pelas
puras maravilhas de suas realizações e todos deveriam ser
louvados por suas forças e confortados por suas fraquezas.
Cavaleiros de Myth Drannor. Há muito tempo, os Cavaleiros
de Myth Drannor eram um famoso bando de aventureiros, e
Paloma Garra-de-falcão, uma das famosas Sete Irmãs, era uma
deles. O bando passou a adotar o nome em homenagem à
grande, porém caída cidade homônima, exatamente da mesma
forma que os novos Cavaleiros de Myth Drannor o fazem hoje.
Com a cidade uma vez mais em ruínas, Paloma Garra-de-
falcão decidiu reformular o grupo com o objetivo principal de
construir alianças e fazer amizade entre as raças civil izadas
do mundo e entre as pessoas boas, visando combater o mal .
Os Cavaleiros de Myth Drannor uma vez mais cavalgam pelas
estradas das Terras dos Vales, e começaram a se espalhar
para as terras além de lá. Seus membros, cada um aceito por
Paloma em pessoa, são sobretudo valorosos e honestos.
Cavaleiros do Cálice Prateado. Os Cavaleiros do
Cálice Prateado se formaram por causa de um éd ito da
semideusa Siamorphe, em Waterdeep (Águas Profundas),
um século atrás. O princípio de Siamorphe é o d ireito e a
responsabilidade da nobreza de governar, e a serr,ideusa
encarna como um nobre mortal diferente em cada geração.
Sob o decreto de Siamorphe na época, os Caveleiros do
Cálice Prateado decidiram colocar por conta própria um
herdeiro adequado no trono de Thethyr e restabelecer a
ordem naquele reino. Desde então eles aumentaram em
número para se tornarem os cavaleiros mais populares de
Tethyr, uma nação que abrigou muitas ordens de cavalaria
juramentadas' à coroa.
CAP ÍTULO 5 1 ANTECE D ENT ES
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas para o antecedente soldado no Player's
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como um
cavaleiro de sua ordem.
Seu vínculo quase sempre envolve a ordem a qual você
pertence (ou ao menos aos principais membros dela), e é
bastante incomum que o ideal de um cavaleiro não reflita os
objetivos, sentimentos ou filosofia de sua ordem.
CORTESÃO
Em dias passados, você era uma figura com alguma
importância em uma corte nobre ou em uma organização
burocrática. Você pode ou não vir de uma família de
classe alta; seus talentos, e não as circunstâncias de seu
nascimento, poderiam ter garantido a você essa posição.
Você pode ter sido um dos muitos funcionários,
assistentes e outros tipos de bajuladores da corte de Lua
Argêntea, ou talvez tenha circulado pelo pomposo e por
vezes cruel conglomerado de guildas nobres, aventureiros e
sociedades secretas de Waterdeep (Águas Profundas). Você
pode ter sido um dos detentores das leis ou funcionário
público atuando nos bastidores de Baldur's Gate (Portão
de Baldur) ou Neverwinter (Nevenunca), ou ainda pode ter
crescido dentro e ao redor do castelo de Vau da Adaga.
Mesmo que você não seja mais um membro de pleno
direito do grupo que lhe iniciou na vida, seu relacionamento
com seus ex-colegas pode ser uma vantagem para você e
seus companheiros de aventura. Você pode realizar missões
com seus novos companheiros que aumentem o interesse
da organização na qual você iniciou sua vida. De qualquer
forma, as habilidades que você aperfeiçoou ao servir como
cortesão o manterão em boa posição como aventureiro.
Proficiência em Perícias: Intuição, Persuasão
Idiomas: Dois de sua escolha
Equipamento: Um conjunto de roupas finas e uma algibeira
contendo 5 PO
CARACTERÍSTICA: FUNCIONÁRIO DA CORTE
Seu conhecimento de como as burocracias funcionam
permite que você obtenha acesso aos registros e ao
funcionamento interno de qualquer corte da nobreza ou
governo que encontrar. Você sabe quem são os manda-chuvas,
a quem recorrer em busca dos favores que precisa e quais são
as atuais intrigas de interesse no grupo.
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas do antecedente artesãos da guilda no Player's
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como cortesão.
A corte da nobreza ou organização burocrática onde
você começou sua carreira está direta ou indiretamente
associada ao seu vínculo (que pode pertencer a certas
pessoas do grupo, como seu patrocinador ou mentor). Seu
ideal pode estar preocupado com a filosofia predominante
de sua corte ou organização.

HERDEIRO
Você herdeiro de algo de grande valor - não de meras
moedas ou riqueza material, mas de um objeto que foi
confiado à você e somente à você. Sua herança pode ter
vindo diretamente de um membro de sua família, por direito
de nascença, ou pode ter sido deixado a você por um amigo,
um mentor, um professor ou por qualquer outra pessoa
importante na sua vida. A revelação de sua herança mudou
sua vida, e pode ter lhe colocado no caminho da aventura,
mas também pode trazer consigo muitos perigos, incluindo
aqueles que cobiçam -seu presente e querem tira-lo de você
- à força, se necessário for.
Proficiência em Perícias: Sobrevivência, mais uma entre
Arcanismo, História e Religião
Proficiência com Ferramentas: Sua escolha de um kit de
jogos ou um instrumento musical
Idiomas: Qualquer um de sua escolha
Equipamento: Sua herança, um conjunto de roupas de
viajante, a ferramenta que você escolhe para a proficiência
com ferramentas deste antecedente e uma algibeira
contendo 15 PO
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas do antecedente heroi do povo no Player's
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como herdeiro.
Seu vínculo pode estar diretamente relacionado com sua
herança ou com a pessoa de quem você a recebeu. Seu ideal
pode ser influenciado por sobre o que você sabe a respeito
da herança ou pelo que você pretende fazer com ela uma vez
que descubra do que ela é capaz.
MERCENÁRIO VETERANO
Assim como os espadas-de-aluguel que lutam em batalhas
em troco de moedas, você é bem familiarizado com a tarefa
de colocar em risco a perda de um membro ou a própria
vida em troco da parcela de um tesouro. Agora, você almeja
seguir adiante no trabalho de combater inimigos e recolher
recompensas cada vez maiores como um aventureiro. Sua

CARACTERÍSTICA: HERANÇA
Escolha ou determine aleatoriamente sua herança entre as
possibilidades apresentadas na tabela abaixo. Discuta com
o seu Dungeon Master a elaboração de outros detalhes:
Por que sua herança é tão importante, e qual a verdadeira
história dela? Você pode preferir que o DM invente estes
detalhes como parte do jogo, permitindo que você descubra
mais sobre a herança junto com seu personagem.
O Dungeon Master é livre para usar sua herança como um
gancho de história, enviando você em missões para descobrir
mais sobre a história ou verdadeira natureza dela, ou para
colocar você diante de inimigos que também a desejam ou
que querem evitar que você descubra mais sobre ela. O DM
também determina as propriedades de sua herança e como
elas se encaixam na história e importância do item. Por
exemplo, o objeto pode ser um item mágico menor, ou um
que comece apresentando uma habilidade modesta e que
aumenta de potência com o passar do tempo. Ou então, a
verdadeira natureza de sua herança pode não ser aparente
em um primeiro momento e é revelada apenas quando certas
condições são atendidas.
Qtiando inicia sua carreira de aventureiro, você pode de-
cidir se conta ou não aos seus companheiros sobre esta sua
herança. Em vez de atrair atenção para si mesmo, você pode
querer manter sua herança em segredo até descobrir mais
sobre o que ela significa e o que ela pode fazer por você.

HERANÇA
d8 Objeto ou Item
Um documento como um mapa, uma carta ou
um diário
2-3 Uma bugiganga (veja "Bugigangas" no capítulo 5 do
Player's Handbook: Livro do jogador)
4 Uma peça de roupa
5 O pedaço de uma joia
6 Um livro ou formulário arcano
7 Uma história, canção, poema ou segredo escrito
8 Uma tatuagem ou outra marca no corpo

-=="---·-.,....----------------- CAPÍTULO 5 1 ANTE CEDE NT E S

.\ 149
)
'

~
experiência lhe permite estar familiarizado com os detalhes
da vida de mercenário, e você provavelmente possui histórias
tensas sobre eventos ocorridos em campo de batalha. Você
pode ter servido com um grupo grande como os Zhentarim,
ou com um pequeno bando de espadas-de-aluguel, talvez até
em mais que um (veja a barra lateral "Mercenários do Norte"
para algumas possibilidades).
No momento você está procurando por algo a mais, talvez
uma recompensa maior pelos riscos que assume ou talvez a
liberdade de escolher suas próprias atividades. Seja qual for
a razão, você está deixando para trás a vida de soldado de
aluguel, mas suas habilidades são inegavelmente adequadas
para a batalha, então agora você luta por outros objetivos.
Proficiência em Perícias: Atletismo, Persuasão
Proficiência com Ferramentas: Um tipo de kit de jogos,
veículos (terrestres)
Equipamento: Um uniforme da sua companhia (roupas
de viajante de qualidade), uma insígnia de seu posto, um
kit de jogos de sua escolha e uma algibeira contendo os
restos de sua última remuneração (10 PO)
Os MERCENÁRIOS DO NORTE
Incontáve is companhias mercenárias atuam de cima abaixo
na Costa da Espada e por todo o Norte. A maioria de las é
constituída por grupos que operam em pequena escala e que
empregam de dezenas a centenas de pessoas especia lizadas
em oferecer serviços de segurança, caça de monstros e
bandoleiros, ou que vão para a guerra em troca de ouro.
Algumas organizações, como os Zhentarim, o Punho
Flamejante e a nação de Mintam possuem centenas ou
milhares de membros e podem fornecer exércitos part iculares
para aqueles com os bolsos fundos o suficientes para arcar
com ta l empreendimento. Algumas organizações atua l no
Norte, conforme descrito abaixo.
O Calafrio. o 'fr io e misterioso Bosque Oculto serve como
lar de vários grupos de goblinoides que se juntaram em uma
tribo chamada o Ca lafrio. Diferente da maioria das criaturas
do seu tipo, o Calafrio abriu mão de atacar pessoas no Norte
e consegue manter boas relações de modo que possam
se vender como combatentes. Algumas cidades-estado
no Norte estão dispostas a acampar um exército junto ao
Calafrio, mas muitos outros ficam satisfeitos de pagar em
segredo o Calafrio para lutar contra os Uthgadt, ores, trolls
dos .Charcos Eternos e outras ameaças à civi lização.
Chuva Soturna. Consistindo quase que totalmente só de
e lfos, a Chuva Soturna é uma lendária companhia mercenária
que atua em Evereska. Se importando muito pouco com
ouro e fama, a Chuva Soturna aceita apenas trabalhos que
promovam tanto as causas élficas quanto que envo lvam a
destruição de ores, gnol ls e criaturas do tipo. Empregadores
em potencial devem deixar uma solicitação por escrito
(em Élfico) nas proximidades de Evereska, e então a Chuva
Soturna envia um representante caso esteja interessada.
Os Machados-de-Sangue Fundado em Sundabar há
aproximadamente dois sécu los, os Machados-de-Sangue
eram originariamente um grupo de anões banidos de seus
clãs por terem cometido crimes contra os ensinamentos
de Moradin Forjai ma Eles começaram a se oferecer como
mercenários para quem quer que pagasse pelo serviço deles
no Norte. Desde então, a companh ia mercenária abriu suas
portas para a adesão de membros de outras raças, mas cada
membro deve ser um exilado, criminoso ou desajustado de
algum tipo que esteja procurando por um novo começo e
uma nova famíl ia para estar entre os Machados-de-Sangue.
CAPÍTULO 5 ANTECEDENTES
-------------------='à: ,
1
CARACTERÍSTICA: VIDA MERCENÁRIA
Você conhece a vida de mercenário como somente alguém
que a viveu poderia saber. Você é capaz de identificar
companhias de mercenários pelos emblemas que elas
ostentam, e você sabe alguma coisa a respeito de tal
companhia, incluindo os nomes e as reputações de seus
comandantes e líderes, e quem os contratou recentemente.
Você pode encontrar tavernas e salões de festas nos quais
mercenários frequentam em qualquer área, desde que você
fale o idioma local. Você pode encontrar trabalho para
um mercenário entre as aventuras em uma quantidade
suficiente para manter um estilo de vida confortável (veja
"Exercer uma Profissão" em "Atividades em Tempo Livre"
no capítulo 8 do Player's Handbook: Livro do Jogador).
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas do antecedente soldado no Player's
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como cortesão.
Seu vínculo pode estar associado à companhia com a
qual viajou antes, ou com algum dos camaradas com o qual
serviu. O ideal que você adota depende essencialmente de
sua visão de mundo e da sua motivação para lutar.
MEMBRO DA
TRIBO UTHGARDT
Embora você possa ser um recém chegado nas terras
civilizadas, você não é alheio aos valores de cooperação e
esforço em grupo quando está lutando para se destacar.
Você aprendeu estes princípios e muitos outros como
membro de uma tribo Uthgardt.
Seu povo sempre tentou se ater aos antigos costumes.
Tradição e tabu manteve os Uthgadt fortes enquanto outros
reinos desmoronaram em caos e ruínas. Porém, nas ·
últimas gerações, alguns grupos entre as tribos sentiram-se
tentados em se assentar, viver em paz, manter comércio
e até mesmo construir aldeias. Talvez seja por isso que
Uthgar tenham escolhido adotar totems entre as pessoas
como personificações vivas de seu poder. Talvez eles
tenham que se lembrar de quem eram e de onde vieram. O
Escolhido de Uthgar liderou grupos de volta para os antigos
costumes, e a maior parte do seu povo abandonou os
brandos meios de vida da civilização.
Você pode ter crescido em uma das tribos que decidiu se
assentar, e agora que eles abandonaram o caminho você
sente-se deslocado. Ou você pode ter vindo de um segmento
dos Uthgardt que segue as tradições, mas você busca trazer
a glória para sua tribo ao alcançar grandes feitos como um
aventureiro formidável.
Veja a seção "Terras Uthgardt" no capítulo 2 para mais
detalhes sobre o território e as atividades de cada tribo que
irão ajudá-lo a escolher a qual você pertence.
Proficiência em Perícias: Atletismo, Sobrevivência
Proficiência com Ferramentas: Um tipo de instrumento
musical ou ferramentas de artesão
Idiomas: Um de sua escolha
Equipamento: Uma armadilha de caça, uma insígnia
totêmica ou um conjunto de tatuagens que indicam
sua lealdade para com Uthgar e o totem de sua tribo,
um conjunto de roupas de viajante e uma algibeira
contendo 10 PO
CARACTERÍSTICA: HERANÇA UTHGARDT
Você tem um excelente conhecimento não somente
do território de sua tribo, mas também dos terrenos e
recursos naturais do restante do Norte. Você está bastante
familiarizado com os ermos da região, de modo que
encontra água e comida duas vezes mais rápido do que
encontraria quando forrageia nestes locais.
Além disso, você pode recorrer à hospitalidade
de seu povo e das pessoas aliadas à sua tribo, o que
frequentemente inclui círculos druídicos, tribos de elfos
nômades, os Harpistas e o sacerdócio devoto aos deuses do
Primeiro Círculo. · e po r s uas bruxas mascarad as . Talvez você venha de u ma
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas para o antecedente forasteiro no Player's
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como membro
da tribo Uthgardt.
Mesmo que você tenha deixado sua tribo para trás (pelo
menos por enquanto), você segue as tradições do seu povo.
Você nunca corta uma árvore ainda viva e pode não tolerar
tal ato sendo executado em sua presença. Os túmulos
ancestrais dos Uthgardt - grandes morros onde os espíritos
totêmicos foram derrotados por Uthgar e onde os heróis das
tribos são enterrados - são sagrados para você.
As TRIBOS DE BÁRBAROS DE FAERUN
Em bora esta seção deta lh e especifi ca mente os Uth gardt,
t a nto e le qua nto o a ntecede nte foraste iro do Player's
Handbook: Livro do Jogador podem ser usados por um
personagem cuja origem venha de uma das tribos de
bárbaros de Faerun.
· Você pode ser um bár ba ro loi ro dos Reghed, vive nd o
à som bra da Gel eira Reghed no extremo Norte, próximo
do Vale do Ve nto Gél ido. Você também pode ser um d os
nômades ras hemi, conhecidos por se us selvagens berserkers
das tri bos de elfos si lvestres d a Fl oresta Chonda l, ou das
tribos humanas avessas à magia oriund as das sufocantes
selvas de Chu lt.
Se vínculo indubitavelmente está associado com sua
tribo ou com algum aspecto da filosofia ou cultura Uthgardt
(talvez com o próprio Uthgar). S eu ideal é uma escolha
pessoal que provavelmente segue de perto o comportamento
de seu povo e certamente não contradiz ou compromete o
que significa ser um Uthgardt.
NOBRE AGUAPROFUNDENSE
Você é descendente de uma das grandes famílias de
Weterdeep· (Águas Profundas). Famílias humanas que
protegem zelosamente seus privilégios e posição na Cidade
dos Esplendores, os nobres aguaprofundenses possuem
grande reputação em toda Faeríln por serem excêntricos,
mimados, corruptos e, acima de tudo isso, ricos.
Se você é o perfeito exemplo da razão para este tipo de
reputação ou uma das provas que sempre há uma exceção
para a regra, as pessoas esperam coisas de você quando
tomam ciência de seu sobrenome e o que ele significa. Seus
motivos para se aventurar provavelmente envolvem sua
família em a lgum aspecto: Você é a ovelha negra da família,
que prefere se enfurnar em masmorras fedorentas do que
beber zzar em um baile? Ou você decidiu pegar em uma
espada ou usar magia em nome da família, garantindo que
eles tivessem alguém de renome para cuidar do seu legado?
Converse com o seu DM para decidirem a qual família
você faz parte - há cerca de setenta e cinco linhagens
em Waterdeep (Águas Profundas), cada qual com suas
próprias finanças, interesses, especialidades e tramas.
Você pode ser membro da linhagem principal da família,
possivelmente na sucessão para a liderança, algum dia. Ou
você pode ser um de vários primos, com menos prestígio,
mas também com menos responsabilidades.
Proficiência em Perícias: História, Persuasão
Proficiência com Ferramentas: Um tipo de kit de jogo ou
um instrumento musical
Idiomas: Um de sua escolha
Equipamento: Um conjunto de roupas finas, um anel de
sinete ou broche, um pergaminho de genealogia, um odre
de um fino zzar ou vinho e uma bolsa contendo 20 PO
CARACTERÍST ICA: No ESTILO
Enquanto estiver em Waterdeep (Águas Profundas) ou
em qualquer outro lugar no Norte, sua casa lhe sana as
necessidades diárias. Seu nome e sinete são o suficiente
para arcar a maioria dos gastos; as estalagens, tavernas e
salões de festa que você frequente registra seus débitos com
um sorriso no rosto e enviam a conta para a mansão de sua
família em Waterdeep (Águas Profundas) para fechar a conta
que você deixou.
CAPÍTULO 5 1 ANTECEDENTES
 Esta vantagem permite que você tenha um estilo confortável POR QUE VocÊ ESTÁ AQUI?
de vida sem que para tanto tenha que pagar 2 PO por dia, ou d6 Razão d6 Razão
reduz o custo do estilo de vida abastado ou aristocrático para Emissário 4 Peregrino
este valor. Você não pode manter um estilo de vida menos rico
2 Exilado 5 Turista
e usar a diferença como renda - o benefício é uma linha de
3 Fu gitivo 6 Andarilho
crédito, não uma recompensa em dinheiro.

CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS DE ÜNDE VOCÊ VEIO?

Use as tabelas do antecedente nobre no Player's A decisão mais importante na criação do antecedente
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de viajante distante é determinar sua terra natal. Os locais
personalidade e motivações, modificando as opções quando discutidos aqui são todos distantes o suficiente do Norte e
apropriado para se adequar à sua identidade como membro da Costa da Espada para justificar o uso deste antecedente.
de uma família aguaprofundense. Encontro Eterno. As lendárias ilhas élficas no distante
Assim como outros nobres, você nasceu e foi criado em um oeste são o lar para os elfos que nunca estiveram em
mundo diferente daquele que a maioria das pessoas conhece Faeriln. Eles normalmente acham o continente um local
- um mundo que lhe garante privilégios, mas que também muito mais duro do que esperavam antes de terem feito a
o convoca a cumprir um dever condizente com sua posição. viagem. Se você é um elfo, Encontro Eterno é a escolha
Seu vínculo pode estar associado apenas com sua família, mais lógica (porém não obrigatória) para sua terra natal.
ou poderia dizer respeito a outra casa nobre que está lado a A maioria daqueles que migram vindos de Encontro
lado ou que se opõe à sua casa. Seu ideal depende, até certo Eterno são tanto exilados, forçados a sair de lá por terem
ponto, de como você enxerga seu papel dentro da família e cometido alguma infração das leis élficas, quanto são
em como você pretende conduzir-se perante o mundo como emissários que vieram até Faeriln para um propósito que
um importante representante de sua casa. beneficia a cultura ou sociedade élfica.
Halruaa. Localizada na fronteira sul do Sul Brilhante
e cercada por montanhas por quase todos os lados, a
VIAJANTE DISTANTE magocracia de Halruaa é uma terra estranha para a maioria
Quase todas as pessoas comuns e outros povos que alguém daqueles em Faeriln que sabem da existência dela. Muitas
poderia encontrar ao longo da Costa da Espada possuem pessoas ouviram falar dos estranhos navios voadores que
uma coisa em comum: eles vivem suas vidas sem sequer ter os halruaanos navegam, e alguns sabem de histórias de que
viajado mais do que alguns quilômetros para longe do local até mesmo a mais da insignificante das pessoas daquela
onde nasceram. terra pode usar magia.
Você não é uma dessas pessoas.
Você vem de uma terra distante, um lugar tão remoto que
poucas pessoas comuns do Norte sequer sabem que existe,
e há boas chances de que, se até mesmo as pessoas que
você encontra tenham ouvido falar de sua terra natal, elas f;
saibam apenas o nome e algumas histórias absurdas de lá.
Você veio até esta parte de Faeriln por sua própria escolha,
que você pode ou não compartilhar com os outros.
!/
'/
Embora sem sombra de dúvida você ache os modos desta
terra algo estranhos e desconcertantes, ao mesmo tempo
você sabe de que algumas coisas que as pessoas ali tomam
como cotidianas lhe parecerão, aos seus olhos, novas
maravilhas. Da mesma forma, você é uma pessoa que se
destaca diante das pessoas ao redor onde quer que vá, seja
para o bem ou para o mal.
Proficiência em Perícias: Intuição, Percepção
Proficiência com Ferramentas: Qualquer instrumento
musical ou kit de jogos de sua escolha, muito
provavelmente algo originário de sua pátria.
Idiomas: Qualquer um de sua escolha
Equipamento: Um conjunto de roupas de viajante, qualquer
instrumento musical ou kit de jogos no qual é proficiente,
mapas mal feitos de sua terra natal que mostram onde
ele fica em Faeriln, uma pequena peça de joalheria no
valor de 10 PO feito no estilo de ofício sua pátria e uma
algibeira contendo 5 PO.

POR QUE VocÊ ESTÁ AQUI?

Um viajante que veio de longe pode ter se colocado nessa
jornada por uma infinidade de razões, e a partida de sua
pátria pode ter sido voluntária ou não. Para determinar
porque você estão tão longe de casa, jogue na tabela abaixo
ou escolha urrías das opções oferecidas. A seção a seguir,
que discute as possíveis terras natais, incluem algumas
razões sugeridas que sejam apropriadas para cada local.
 Halruaanos normalmente fazem suas jornadas até
Faeríln por razões pessoais, já que o governo deles possui
uma postura rígida contra o envolvimento não autorizado
para com outras nações ou organizações. Você pode ter
sido exilado por quebrar uma das muitas leis acadêmicas
de Halruaa, ou pode estar em peregrinação em busca de
santuários dos deuses da magia.
Kara-Tur. O continente de Kara-Tur, no extremo leste de
Faeríln, é o lar de povos cujos costumes são incomuns para
as pessoas que vivem na Costa da Espada. Se você vem de
Kara-Tur, as pessoas de Faeríln provavelmente se referem
a você como Shou, mesmo que esta não seja sua verdadeira
etnia, pois este é o termo genérico que elas usam para
qualquer um que compartilhe de sua origem.
Os povos de Kara-Tur costumam viajar até Faeríln
como diplomatas ou para fechar relações comerciais com
prósperos cartéis mercantis. Você pode ter vindo até aqui
como um membro de tal delegação, e então decidiu ficar
quando sua missão foi concluída.
Mulhorand. Desde o terreno até a arquitetura dedicada
aos reis-deuses que governam estas terras, quase tudo
em Mulhorand é alheio para alguém que seja da Costa da
Espada. Você provavelmente teve a mesma experiência de
choque cultural quando deixou seu lar no deserto e viajou
até os ares desconhecidos do norte de Faeríln. Os anos
recentes de sua pátria foram importantes na abolição da
escravidão, e com isso houve um consequente aumento das
relações entre Mulhorand e partes distantes de Faeríln.
Aqueles que deixam para trás os escaldantes desertos e
antigas pirâmides de Mulhorand para conhecer uma vida
diferente, o fazem por diversas razões. Você pode estar no Norte
simplesmente para conhecer a estranheza desta terra úmida e
ver o que ela tem a oferecer, ou porque você fez muitos inimigos
entre as comunidades do deserto que existem em sua pátria.
Sossal. Poucos ouviram falar da sua terra natal, mas muitos
fazem várias perguntas sobre ela ao verem você. Os humanos
de Sossal parecem feitos de neve, com pele cor de alabastro e
cabelos brancos, vestindo-se normalmente de branco.
Sossal fica no extremo nordeste do continente, coberta
pelo eterno gelo ao norte e cercada em seus outros lados
por centenas de quilômetros da Grande Geleira e do Grande
Mar de Gelo. Ninguém das suas terras tenta cruzar tais
barreiras colossais sem ter uma boa razão para isso. Você
deve temer algo realmente terrível ou estar procurando por
algo incrivelmente importante.
Zakhara. É como se diz entre aqueles em Faeriln que
conhecem o lugar, "Para chegar em Zakhara, vá para o sul.
Então vá mais ainda para o sul". Obviamente, você seguiu
um caminho bastante longo quando veio até o norte desde
sua terra natal. Embora não seja incomum para zakharanos
visitarem o extremo sul de Faeriln por motivos comerciais,
poucos deles vagam tão distante do lar quanto você o fez.
Você pode estar viajando para descobrir quais maravilhas
podem ser encontradas fora dos desertos e das montanhas com
formato de espada de sua pátria, ou talvez você esteja em pere-
grinação para conhecer os deuses que outros povos adoram de
modo que você possa apreciar suas próprias divindades.
A Umbreterna. Embora seu lar seja fisicamente mais
próximo da Costa da Espada do outros locais discutidos aqui,
ele é bem mais incomum. Você vem de um dos povoados na
Umbreterna, cada um dos quais tem seus próprios costumes
e leis, estranhos. Se você é nativo de uma das grandes
cidades ou povoados subterrâneos, provavelmente é membro
de uma raça que habita tal local - mas você também pode
ter crescido lá após ter sido capturado e trazido para as
-~---~_,..,...________________
profundezas quando ainda era uma criança.
Se realmente é nativo da Umbreterna, você pode ter vindo
até a superfície como um emissário de seu povo, ou talvez
para escapar de acusações de comportamento criminoso
(seja isso uma verdade ou não). Se você não é nativo, sua
razão para deixar seu "lar" para trás provavelmente tem
algo a ver com fugir de uma situação complicada.
CARACTERÍSTICA: ÜLHARES VOLTADOS PARA VOCÊ
Seu sotaque, trejeitos, figuras de linguagem e talvez
até mesmo sua aparência podem entregá-lo como um
estrangeiro. Olhares curiosos são lançados diretamente
à sua pessoa onde quer que você vá, algo que pode ser
incômodo, mas que por outro lado atrai o interesse amigável
de estudiosos e outras pessoas intrigadas por terras
distantes. Acrescente a isso as pessoas que encontra no
dia-a-dia, sempre dispostas a ouvir histórias de sua pátria.
Você pode usar essa atenção toda a seu favor para
ganhar acesso à pessoas e lugares que de outra forma
você não conseguiria, tanto para você quanto para seus
companheiros de viagem. Nobres lordes, estudiosos e
príncipes mercantes, apenas para citar alguns, poderiam
estar interessados em ouvir mais sobre você e sobre sua
pátria e compatriotas que ficaram lá longe.
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
TRAÇO DE PERSONALIDADE
d6 Traço de Personalidade
Eu tenho conceitos d iferentes com relação ao espaço
pessoal daqueles ao meu redor, e invado alegre e
inocentemente o espaço dos outros ou reajo mal à
invasão de meu própr io espaço.
2 Eu tenho minhas próprias ideias sobre o que é comida
e o que não é, e acho os hábitos alimentares dos outros
ao meu redor fascinantes, confusos ou repugnantes.
3 Eu ten ho um forte código de honra ou senso de
propriedade que os outros não entendem.
4 Eu expresso afeição ou contentamento de maneiras
que não são facilmente reconhecidas pe los outros.
s Eu honro minhas divindades através de práticas que
são alheias a esta terra.
6 Eu inic io e encerro o meu dia com pequenos ritua is
tradic ionais que são desconhecidos por aqueles ao
meu redor.
IDEAIS
d6 Ideal
Aberto. Eu tenho muito a aprender com as pessoas
gentis que encontro pelo caminho. (Bom)
2 Reservado. Como alguém novo nestas terras
estranhas, eu sou caute loso e respeitoso em minhas
re lações. (Orde iro)
3 Aventura. Eu estou longe de casa, e tudo é estranho e
marav ilhoso! (Caótico)
4 Astuto. Embora eu possa não saber seus modos, nem
eles sabem os meus, o que pode ser uma vantagem
para mim. (Mau)
5 Questionador. Tudo é novo, mas tenho sede de
aprendizado. (Neutro)
6 Desconfiado. Eu devo ser cuidadoso, pois não consigo
d iferenc iar um amigo de um inim igo aqui. (Qualquer)
CAPÍT ULO 5 1 ANTECEDENTES
VíNCULOS
d6 Vínculo
Enquanto eu tiver comigo este símbolo de minha
pátria, posso encarar qual q uer adversidade nesta
terra estranha.
2 Os deuses de meu povo são um conforto para mim
esta ndo tão longe de casa.
3 Eu não tenho causa maior do que o serv iço que presto
para o meu povo .
4 Min ha liberdade é o meu bem ma is precioso.
Eu jamais deixare i que a lg uém a tome de mim
novamente.
5 Eu estou fascinado pelas belezas e maravil has desta
nova terra.
6 Embora eu não tenha esco lha, lamento ter deixado
a(s) pessoas(s) que amo para trás. Eu espero poder
vê- la(s) novamente a lgum dia.
FRAQUEZAS
d6 Fraqueza
Secretamente, eu estou convencido (ou não) da
superior idade da minha própr ia cu ltura sobre a
desta terra estranha.
2 Eu finjo não entender o idioma loca l para evitar
interações que preferir ia não ter.
3 Eu tenho uma queda por novos métodos de me
intox icar e por outros prazeres desta terra.
4 Eu não respondo de forma gent il às ações e
motivações das pessoas desta terra, po is eles são
mu ito diferentes de mim.
5 Eu considero os adoradores de outros deuses no
mín imo iludidos, no máximo tolos ignorantes.
6 Eu tenho uma queda pelas belezas exóticas das
pessoas destas terras.
Proficiência em Perícias: Atletismo, Intuição
Idiomas: Dois de sua escolha
Equipamento: Um uniforme no estilo de sua unidade e o
indicativo de sua patente, uma corneta com a qual convocar
ajuda, um par de algemas e uma algibeira contendo 10 PO
CARACTERÍSTICA: ÜLHO VIGILANTE
Sua, experiência em fazer cumprir a lei e em lidar com
infratores te dá uma noção das leis e dos criminosos locais.
Você pode encontrar com facilidade o posto avançado da
vigília local ou uma organização similar e, com a mesma
facilidade, identificar os antros de atividades criminosas
em uma comunidade, embora é mais provável que você seja
bem-vindo nos locais citados primeiro e não neste último.
VARIANTE: INVESTIGADOR
Mais raros do que membros da vigília ou patrulha são os
investigadores da comunidade, que são os responsáveis por
resolver os crimes após eles terem ocorrido. Embora essas
pessoas raramente sejam encontradas nas áreas rurais,
quase todos os povoados de tamanho razoável têm pelo
menos um ou dois membros da vigília que têm a habilidade
de investigar cenas de crimes e rastrear criminosos. Se
sua experiência anterior é como investigador, você tem
proficiência em Investigação em vez de Atletismo.
CARACTERÍSTICAS SUGERIDAS
Use as tabelas para o antecedente do soldado no Player's
Handbook: Livro do jogador como base para seus traços de
personalidade e motivações, modificando as opções quando
apropriado para se adequar à sua identidade como membro
da vigília da cidade.
É provável que seu vínculo esteja associado aos seus
companheiros de vigília ou à própria organização de
vigília e quase certamente diz respeito à sua comunidade.
Seu ideal provavelmente envolve a promoção da paz e da
segurança. É provável que um investigador tenha um ideal
conectado à obtenção de justiça através da resolução
bem-sucedida dos crimes.

VIGÍLIA DA CIDADE
Você serviu a comunidade onde cresceu, permanecendo
como sua primeira linha de defesa contra o crime. Você não
é um soldado que volta seu olhar para possíveis inimigos.
Em vez disso, seu serviço para com sua cidade natal era
ajudar a policiar a população, protegendo os cidadãos de
infratores da lei e criminosos de todos os tipos.
Você pode ter feito parte da Vigília da Cidade de
Waterdeep (Águas Profundas), a força policial da Cidade
dos Esplendores, protegendo o povo comum de ladrões e
nobres turbulentos. Ou você pode ter sido um dos valentes
defensores de Lua Argêntea, um membro da Vigília
Argêntea ou até mesmo um dos usuários de magia da
Guarda Mágica.
Talvez você tenha vindo de Neverwinter (N<,venunca) e
tenha servido como um de seus vigias no Escudo Invernal,
a recém-fundada ramificação da guarda que jura manter
segura a Cidade das Mãos Hábeis.
Mesmo que você não seja nascido ou criado na cidade, este
antecedente pode descrever seus primeiros anos como um
membro da força policial. A maioria dos povoados de qualquer
tamanho tem seus próprios condestáveis e forças policiais,
e comunidades ainda menores têm autoridades policiais e
meirinhos que estão prontos para proteger sua comunidade.

CAPÍTULO 5 1 ANTECEDENTE S
-------""'""'!'~..._______,.=-
-
APÊNDICE : Ü PÇÕES DE CLASSE EM ÜUTROS MUNDOS
S OPÇÕES DE CLASSE NESTE LIVRO SÃO
criadas para Forgotten Realms, mas podem
facilmente ser transportadas para outros
mundos oficiais de D&D ou para um mundo
que você criou. Este apêndice oferece alguma
'ír) sugestões para se modificar nomes e outros
l - elementos das opções de personagem
apresentadas no capítulo 4.
Nenhuma das afirmações feitas aqui devem ser tratadas
como canônicas para os cenários de D&D considerados. Ao
contrário disso, use-as como um conselho dado de um DM a
outro sobre como inserir todas estas opções de personagem
em sua campanha.
DRAGONLANCE
Use as diretrizes apresentadas a seguir para adaptar as opções
de classe deste livro ao cenário de campanha de Krynn.
BÁRBARO
Os bárbaros são mais comuns entre os elfos Kagonesti e
as tribos nômades de humanos. Os dois grupos possuem
um respeito saudável pela terra e suas criaturas, e os totens
do tigre e do alce possuem devotos entre ambos. Embora
o povo de Ansalon tenha conhecimento do alce, o grifo
substitui o tigre como objeto de respeito.
O colérico não possui equivalentes na saga de
Dragonlance. Um personagem que escolhe seguir a Trilha
do Colérico pode ser parte de uma tentativa gnômica de
inventar um novo tipo de armadura, tentativa essa que
produziu um perigoso, porém eficiente estilo de luta. Fica
a cargo do jogador decidir se a fúria do bárbaro é resultado
de um conjunto de táticas desenvolvidas para serem usadas
com a armadura com cravos criada pelos gnomos ou se vem
da pura frustração de ter que recorrer aos loucos gnomos
engenhoqueiros em busca de ajuda.
BRUXO
A classe de personagem bruxo ainda tem que ser descrita
no cenário de Dragonlance. Dito isto, bruxos de vários tipos
podem ser indivíduos que fazem promessas aos deuses em
troca de poder, e o patrono Imortal é um bom equivalente
para um personagem que busca seguir os passos de um
mago poderoso e morto há muito tempo.
CLÉRIGO
O Domínio Arcano não possui lugar estabelecido em
Dragonlance. Os deuses da magia são patronos dos
Magos da Alta Feitiçaria. Conjuradores reverenciam a
divindade apropriada à sua ordem através do estudo e do
conhecimento profundo da magia arcana em vez de fazê-lo
através do poder divino. Contudo, clérigos dedicadós aos
deuses neutros Gilean (deus do conhecimento) e Zivilyn
(deus da sabedoria) podem ter o Domínio Arcano.
GUERREIRO
O Cavaleiro Dragão Púrpura é um equivalente perfeito para
os Cavaleiros de Solarnnia, especialmente para o Cavaleiro
da Rosa. Corno líderes de sua ordem, espera-se que os
Cavaleiros da Rosa concedam sabedoria, inspiração e
orientação para os cavaleiros em todas as situações.
LADINO
O Mente Criminosa equivale bem com qualquer
personagem astuto, inteligente e perspicaz que poderia
estar envolvido em intrigas da corte. Mas também serve
bem corno urna boa maneira de retratar um astuto capitão
pirata das Ilhas do Mar de Sangue.
O Espadachim fornece outra opção para personagens que
vêm desta região. Servindo corno piratas ou marinheiros
navegando pelo Mar de Sangue, o destaque que o
Espadachim tem no deslocamento e na armadura leve é
ideal para um ambiente onde a armadura pesada é pouco
mais do que urna âncora fatal.
MAGO
O Lâmina Cantante é urna boa opção para elfos
combatentes dos Qualinesti ou Silvanesti. Assim corno o
heroico Gilthanas, um lâmina cantante combina o estudo de
magia arcana com a maestria com a espada.
MONGE
Poucos monges podem ser encontrados em Krynn, mas
aqueles ativos no mundo caem em dois campos.
O Caminho da Morte Ampla fornece um bom equivalente
para os monges malignos que adoram Sargonnas. Os
minotauros que seguem Sargas por vezes seguem este
caminho, mas a maioria prefere o aspecto marcial do
Caminho da Mão Espalmada.
O Caminho da Alma Solar poderia ser usado para
representar os seguidores de Sirrion, deus da criatividade,
paixão, guerreiros e fogo. Diz-se que Sirrion esculpe o fogo
da alma, e estes monges procuram esculpir suas mentes e
corpos de modo que todos os três funcionem em uníssono,
tornando o instinto e a ação urna coisa só.
PALADINO
O Juramento da Coroa é um equivalente perfeito para
qualquer paladino que seja um membro dos Cavaleiros
da Espada ou os Cavaleiros do Crânio. Ambas as ordens
juraram lealdade a urna organização e combinam
conjuração e habilidade marcial.
EBERRON
Use as diretrizes apresentadas a seguir para adaptar
as opções de classe deste livro ao cenário de campanha
de Eberron.
BÁRBARO
A Trilha do Colérico se encaixa bem para um forjado
bélico bárbaro treinado para o combate próximo e com o
chassi modificado para incorporar cravos, lâminas e outras
armas. Esses forjados bélicos eram tropas de choque ideais
durante a Última Guerra. Os poucos que sobreviveram têm
pouca escolha, a não ser continuar suas buscas marciais, já
que suas estruturas são úteis para poucas coisas mais.
A nova opção de combatente totêrnico são urna chance
óbvia para bárbaros com urna afinidade pelo tigre ou
pelo alce. A opção também reflete os laços do bárbaro
Argonessen com um determinado tipo de dragão. Use o
totem do tigre para um totem dragão vermelho e o alce para
um totem dragão de prata.
APÊNDI CE I OPÇÕES DE CLASSE EM OUTROS MUND O S
7-=
 BRUXO
Os elfos de Aerenal são o equivalente ideal para o Imortal.
Alguns desses elfos fazem pactos com ancestrais imortais,
jurando serviço e obediência em troca de antigos segredos
dos elfos que revelam poderes mágicos, bem como a
maestria do controle sobre os mortos-vivos.
CLÉRIGO
O Domínio Arcano combina com os aspectos
supervisionados pelo Aureon da Hoste Soberana e da
Sombra dos Seis Sombrios. Os cultista de Sangue de Vol
que são clérigos também podem pegar esta domínio.
FEITICEIRO
O Feiticeiro da Tempestade é um equivalente natural para a
Casa Lyrandar. Aproveitando o poder conferido pela marca
dracônica desta casa, um feiticeiro da tempestade Lyrandar
pode ajudar a guiar navios através do ar e do mar. Tais
feiticeiros provavelmente são membros de elite da casa, já
que podem garantir passagem segura através dos climas
mais desfavoráveis.
GUERREIRO
Com a Última Guerra no passado recente, o papel do
Cavaleiro Dragão Púrpura como líder de combate pode
ser aplicado a qualquer guerreiro que serviu nos exércitos
de Khorvaire como oficial. Os soldados de Karrnath, com
sua forte tradição militar, são especialmente prováveis que
escolherão esta opção.
LADINO
Tanto o Mente Criminosa quanto o Espadachim estão
perfeitamente em casa na cidade de Sharn. Além disso, as
fileiras das casas com as marcas dracônicas estão cheias
de empreendedores manipuladores e aventureiros que
combinam melhor com as habilidades do Mente Criminosa.
Embora falte ao Mente Criminosa uma habilidade
específica de investigação , equipá-lo com a correta escolha
de perícias e valores de atributo (uma Sabedoria é o que há)
rende um bom modelo de bisbilhoteiro.
MAGO
Lâminas Cantantes podem ser encontrados em Aundair,
servindo como agentes especialmente treinados do
Congresso Arcano. Os lâminas cantantes têm a missão
especial de proteger os segredos do congresso e garantir
que eles nunca caiam em mãos erradas. Por vezes, eles são
enviados para terras distantes em busca de itens mágicos
que se pensava estarem perdidos há muito tempo ou para
lidar com ameaças mágicas recentes antes que elas fiquem
mais perigosas.
MONGE
O Caminho da Morte Ampla detém a cruel e sinistra
natureza dos monges dedicados ao Escárnio. Em contraste,
o Caminho da Alma Solar é a perfeita opção para os
monges dedicados à Chama Prateada, especialmente
aqueles que também pegaram níveis na classe paladino.
PALADINO
O Juramento da Coroa representa paladinos que colocam a
lealdade ao seu regente soberano acima de todos os demais
\
APÊND I CE I
------------------~~--
O PÇÕES DE CLASSE EM OUTROS M U NDOS
assuntos. A tradição militar de Karrnath produz paladinos
que fazem este juramento, especialmente aqueles cujo
fanatismo os leva ajuntar-se à Ordem da Garra Esmeralda.
GREYHAWK
Use as diretrizes apresentadas a seguir para adaptar as
opções 'de classe deste livro ao cenário de campanha de Oerth.
BÁRBARO
Os bárbaros são comuns entres as porções de terra do
norte de Oerik. Desde as terras dos Nômades Lobo até
os enclaves do Bárbaros Gélidos, estes personagens
se aventuram ao sul em busca de saque, glória e poder.
Outros são exilados, forçados a deixar sua pátria sob
pena de morte.
O Caminho do Colérico desconhece um análogo em
Oerth. Muito provavelmente o colérico poderia ser de
qualquer raça e treinado inicialmente como um lutador
de fosso pelos perigosos Lordes Escravistas. Os Lordes
Escravistas são uma cabala extremamente temida que
conduz ataques em comunidades costeiras, levando embora
prisioneiros para uma deplorável vida de servidão. Um
colérico poderia ser uma dessas infelizes vítimas. Um
prisioneiro que mostre sinais de aptidão marcial pode ser
treinado em um estilo de luta exótico que atinja um valor
alto para um comprador com sede de sangue.
O totem do tigre é um equivalente fácil para os bárbaros
que vêm do reino dos Nômades Tigre. O totem do alce é
mais comum entre os Andarilhos dos Ermos, preservando
uma antiga tradição de Flan.
BRUXO
Bruxos são relativamente raros em Greyhawk, mas assim
que luz ascendeu em poder, ele começou a oferecer parcelas
desse poder diretamente para aqueles que o serviam.
Alguns dos outros poderes misteriosos de Oerth, mais
notavelmente Vecna e Tharisdun, também oferecem pactos
a bruxos que ousam contatá-los.
Tanto luz quanto Vecna se encaixam no papel do patrono
o Imortal. luz, em particular, usa ofertas de poder para
corromper e subverter as pessoas entre seus inimigos.
Ele oferece barganhas fáceis e grande poder para aqueles
dos reinos de Furyondy e Veluna que estão dispostos a
subverter aqueles estados de dentro para fora. Alguns
bruxos saboreiam seu papel como traidores, alguns outros
voltam-se contra luz, e outros ainda pegam este poder e o
usam para seus próprios fins.
CLÉRIGO
O Domínio Arcano é um equivalente perfeito para os
clérigos de Boccob. Eles são encarregados de usar suas
habilidades para procurar itens mágicos perdidos e para
ajudar a conter o lento, porém persistente, desaparecimento
da magia de Oerth.
GUERREIRO
O foco do Cavaleiro Dragão Púrpura na liderança durante
o combate o torna o modelo ideal para os Cavaleiros da
Vigília. Encarregados de proteger as terras de Bissel,
Grande Fronteira, Geoff e Keoland contra as invasões
Baklunish, estes cavaleiros combinam a estrita disciplina,
um estilo de vida quase que monástico e o amplo estudo
das táticas de batalha e estratégia para permanecerem
vigilantes contra ataques.
LADINO
A Cidade de Greyhawk é conhecida como a Cidade dos
Ladrões por uma boa razão. Sua guilda de ladrões exerce
seu poder por todo o mundo. Aninhada no centro da rede
econômica de Flanaess, a guilda e a cidade que ela controla
tem uma mão em quase todos os negócios feitos pela região.
O arquétipo Mente Criminosa é a maneira perfeita de
representar um ambicioso membro da guilda de ladrões
de Greyhawk. Disposto a assumir risco pessoal em um
trabalho, mas em uma direção mais confortável, esse
toque especial do ladino é uma grande escolha para um
personagem que quer seguir os passos de Nerof Gasgol e
ascender em poder político e econômico.
Libertinos e arrojados são comuns por todas as cidades
de Flanaess. Um Espadachim pode ter origem em quase
qualquer cidade, mas entre o Rhennee em particular, os
Espadachins são bem comuns. Como viajantes das águas,
eles aprenderam que uma abordagem rápida e ágil em
combate funciona melhor.
MAGO
Os Lâminas Cantantes formam uma quadra de elite
de magos combatentes no Reino de Celene. Alguns
desses agentes trabalham fora das fronteiras de Celene,
empunhando a lâmina e a magia contra os inimigos da
rainha. A arte da canção da lâmina é desconhecida fora do
reino; nenhum não elfo jamais aprendeu seus segredos.
MONGE
Monges são relativamente raros em Oerth, com a notável
exceção da sinistra Irmandade Escarlate.
Entre a Irmandade Escarlate, o Caminho da Morte Ampla
é uma técnica secreta ensinada para aqueles que combinam
a especialidade da irmandade no combate desarmado com
sua preferência pelo assassinato para tirar do caminho os
inimigos problemáticos.
O Caminho da Alma Solar é o equivalente perfeito para os
monges que adoram Pholtus ou Pelar. As ordens monásticas
entre as terras Baklunish podem facilmente originar ordens
de monges dedicados a Al'Akbar.
PALADINO
O Juramento da Coroa pode representar uma ampla variedade
de paladinos associados a várias ordens de cavalaria por toda
a Flanaess. Os Cavaleiros do Corço são a facção perfeita pára
este tipo de paladino. Além disso, paladinos associados ao
Grande Reino provavelmente escolhem este juramento.
MUNDOS DE CRIAÇÃO PRÓPRIA
Você está narrando sua campanha em mundo de sua
própria criação? Seguem aqui algumas dicas para
introduzir algumas das opções de personagens deste livro
em seu mundo, pulando aquelas opções que possuem
aplicações óbvias em qualquer mundo. ' A utilidade do Juramento da Coroa para sua campanha vem
BÁRBARO
A Trilha do Colérico é algo difícil de incorporar em um
cenário por causa de sua natureza específica. Ela fornece
um bom equivalente para lutadores de fosso, berserkers
e gladiadores. Sua dependência da armadura fornece um
bom marco cultural para personagens anões, assim como
seu papel nos Reinos. Alternativamente, você poderia usar
D J
o colérico como base para uma ordem religiosa militante
do seu mundo, especialmente uma focada na crueldade
e na fúria .
Para os totems do tigre e do alce, a conversão é uma
simples questão de substituí-las por animais que se
encaixem melhor (caso seja necessário).
BRUXO
O patrono o Imortal é uma excelente opção para agentes
de um poderoso rei lich, necromante ou qualquer outro
governante morto-vivo. Esses bruxos também são úteis para
representar qualquer culto ou organização focada em uma
poderosa figura morto-viva do passado de sua campanha.
CLÉRIGO
O conceito de uma deusa da magia é importante para
os Reinos. Se sua campanha carece de uma divindade
preocupada com a magia, o Domínio Arcano funciona bem
para ordens religiosas encarregadas de caçar ou policiar
conjuradores arcanos. Se o seu mundo possui um conflito
entre a magia arcana e divina, este domínio fornece a facção
divina de caçadores de magos.
FEITICEIRO
O Feiticeiro da Tempestade é um bom equivalente para
uma ordem arcana sustentada por uma poderosa cultura
marítma. Estes feiticeiros poderiam formar uma esquadra
de elite de capitães, auxiliando um reino dominado pelo
mar, através do comércio ou do saque.
GUERREIRO
O Cavaleiro Dragão Púrpura captura a essência do corajoso
estrategista de campo de batalha. Ele fornece a estrutura
necessária para um capitão mercenário, um membro
de uma ordem de elite de combatentes ou de um nobre
encarregado de lidar com vassalos em combate.
MAGO
A exclusividade do lâmina cantante o torna muito mais
do que um combatente/mago em Forgotten Realms. Em
sua campanha, considere usá-lo para definir uma ordem
de cavaleiros élficos ou um grupo de elite de combatentes
treinados para proteger os governantes de uma magocracia.
MONGE
Você provavelmente já notou que o Caminho da Morte Ampla
e o Caminho da Alma Solar são ambos ferramentas úteis
para modelar ordens monásticas com extremidades opostas
do espectro do alinhamento. Uma ordem particularmente
sinistra é um bom equivalente para a Morte Ampla, enquanto
uma ordem heroica segue o Caminho da Alma Solar.
PALADINO
com a habilidade de juntar paladinos neutros, cujo código
de conduta é focado na lei em vez dos princípios morais.
Sua conjuração divina o torna complicado para ser usado
como ferramenta para toda ordem de cavalaria, mas é
uma boa opção para uma teocracia. Você também poderia
decidir que as magias que um paladino conjura não têm
origem divina, mas arcana.
/i,--
APÊNDICE OPÇÕES D E CLASSE EM OUTRO S MUNDOS
157

ÍNDICE REMISSIVO
aas imar,4 1, 119
Abbathor, 22, 705
Abeir, 70, 14, 15, 706
Abjuração Arcana (clérigo), 728
Acadêmico Recluso (antecedente), 3, 145 Assembleia Estelar, 13
Acesso à Biblioteca (acadêmico
recluso), 745
Acordo dos Vales, 48
adoração, Veja: divindades; religião ;
tópicos específicos da
divindade, 77, 20, 22-24, 26, 29, avariei , 109
30, 33, 37, 50, 60, 79, 85, 770,
77 4, 77 5, 126, 738
Aelinthaldaar, 16
Aerasumé, Meth rammar, 47, 48
Aerdrie Faenya, 23, 109
agente de facção (antecedente), 746
Aglarond, 77, 35, 77 6, 77 7
Akadi, 27, 22
Akanax, 11
Alaron, 67, 68, 69
Alaundo, o Vidente, 74, 77
Aliança dos Lordes, 7, 8, 43, 44, 47,
48, 49, 58, 65, 746
Alma Solares, os, 138
Alma Zéfira (feiticeiro), 737
Alta lmas kar, 72, 47
Alto Capitães de Luskan , 95, 96, 98
alto elfo. Veja: elfos lunares; elfos
solares , 116
Aluvião Tesh, 12
Amaunator, 20, 27, 22, 24
símbolo, 24
Amn, 7, 9, 77 , 12, 73, 17, 28, 49, 67,
69, 70, 24, 733
Anão, 22, 49, 58, 59, 60, 61, 63, 64, 65, Belaphoss, 125
83, 97, 97, 707, 703, 704, 127 ,
732, 746
Anfail, 43, 44, 45, 747
Angharradh, 23, 708, 709, 109
Anhur, 47
Annah, Rainha, 17
ano, 12
anões, 7, 8, 9, 77, 75, 16, 77, 78, 25,
43, 45, 47, 48, 49, 50, 55, 58, 59, Brandobaris,
60, 67, 62, 63, 64, 65, 66, 68, 84, Brilha Pedraluzente, 99, 701
88, 99, 703, 704, 705, 707, 770,
77 2, 774, 727, 724, 732, 746
cinzento (duergar), 104
Clãs, 703
divindades, 104
Escudo, 103
Ouro, 103
anões da colina. Veja: anões do
ouro, 104
anões da montanha. Veja: anões do
escu do, 103
Anões do Escudo, 103
Anões do Ouro, 103
antecedentes, 145
Acadêmico Recluso , 145
Agente de Facção, 145
Artesão de Clã, 746
. Caçador de Recompensas
Urbano, 746
Cavaleiro da Ordem, 147
Cortesão, 148
Herdeiro, 149
Membro da Tribo Uthgardt, 150
Mercenário Veterano, l 49
Nobre Aguaprofundense, 151
Viajante Distante, 152
Vigíl ia da Cidade, 154
Anteos, Belinda, 54
Antigos, os, 116
Antimagia, 19
Araithe, Príncipe, 68
Ardeep, 16
Arkaiun, 112
armadura, 78, 79, 92, 94,701,778,
127 , 122, 737, 748, 155, 157
armadura com cravos, 121 , 155
Armadura de Colérico (bá rbaro), 727
Arquétipo Marcial, 733
Cavaleiro Dragão Púrpura, 133,
155-157
Arquétipos de Ladino, 734
Espadachim , 735, 155, 734
Mente Criminosa, 134, 155-157
Arquifada (bruxo), 725
Arquipélago Korinn, 68
Arte Invisíve l. Veja: ps iônicos, 18
artesão de clã {antecedente), 146
Arte. Veja: conjuração, 77-79, 108, 709,
173, 125, 73 l , 734-136, 142
Arvandor, 8, 76, 709, 72, 76
Arvoreen, 23, 77 2, 17 5, 732
ÍNDICE
Arvore Vovô, 86, 93 Neverwinter (Nevenunca), druidas, 23, 26, 27, 29, 34, 67, 709,
Forte Zhentil, 12, 73, 77
Aryvandaar, 16 57, 754 110, 128, 129, 137, 132 Fronteira Selvagem, a, 7, 34, 712, 131
Ascalchifre. Veja: Forte Portão do Cidade das Velas. Veja: Luskan, 95 duergar, 8, 9, 104 Fronteiras Prateadas, 8, 18, 43, 47, 48,
Inferno , 48, 65, 86 Cidade do Julgamento, 20 Duerra das Profundezas, 22, 105 58, 67, 65
Asmodeus, 27, 24, 25,778,719 Cidade dos Esplendores. Veja: Dugmaren Mantorreluzente, 22, 105 Frostmantle, Yarin, 12
Símbolo, 24 Waterdeep (Águas Profundas), Dumathoin, 22, 705 Fúria da Tempestade (feiticeiro). 131
45, 55,157,754 Eaerlann, 76, 86, 48, 708 Gaerdal Robustamaniferro, 24, 111
Ataque Extra (mago), 737 Cidade dos Mortos, 20, 35, 55 Eilistraee, 23, 110, Gargauth, 126
Athalantar, 48, 88 Cidadela Adbar, 8, 59, 60, 63, 64, 84, 703 Eldath, 21, 22, 29, 34, 29,777 Gari Brilha Reluzouro, 770, 77 7
Audácia Jovial (ladino), 734 Cidadela das Muitas Flechas, 60 Símbolo, 29 Garrastroll, 8, 83
Auril, 17, 27, 25, 68, 117 Cidadela do Corvo, 12, 77 élfico, 15, 16, 23, 48, 72, 73, 82, 86, Gharraghaur, 49, 58, 59, 97
Símbolo, 25 Cidadela Felbarr, 8, 59-61 707-109, 776, 727, 132 Gi lgeam , 74, 41, 126
Círculo das Espadas, 128 Élfico Lamen to, 9 gnomos, 770, 77 7, 77 6
Azuth, 27, 22, 25-26, 36, 40, 77 7- 77 8, 727 Circulas druídicos, 128 elfos, 72, 105-709, 732, 737 Bosques, 11 O
Símbolo, 25 Clã, 706 alado, 709 Divindades, 111
Baazka, 125 classes, 32, 127, 743 Divindades, 109 Profundezas, 111
Baervan Passagresteandante, 24 Clérigos, 3, 127 Estelares, 109 Rochas, 77 7
Bahamut, 705, 106 Colégio da Nova Olamn , 723 Id iom a, 708 Gnomos das Profundezas, 111
Bahgtru , 24, 778 Colégio de Fochlucan, 723 Lunares, 107 Gnomos das Rochas, 111
Baldur's Gate (Portão de Baldur), 7, Colégio do Arauto, 124 Marinhos, 109 Gnomos dos Bosques, 11 O
9, 13, 17, 43, 45, 46, 48, 49, Colégios de Bardo, 3, 123 Obscuros (Drow), 109 Golpe de Arco Cauterizante
57, 53, 54 Colinas da Serpente, 88, 89 Silvestres, 108 (monge), 140
Cidade Alta, 45, 46 Colinas dos Reis, 10 Solares, 707 Gond, 27, 29, 71 , 75
Cidade Baixa, 45, 46 Colinas Trielta, 8, 90, 97 Elfos Agrestes, 709 Símbolo, 29
Cidade de Fora, 46, 47 Companheiro, o, 80, 81 Elfos Estelares, 709 Gorm Gulthyn, 22, 704
Baleasses, os, 69 Companheiros do Salão, 64 Elfos Lunares, 107 Grande Antigo (bruxo), 726
Balu arte (guerreiro), 733 companhias de mercenários, 150 Elfos Marinhos, 709 Grande Chuva, a, 17, 7 30
Banco de Negócios da Costa da Cômputo dos Vales, 16, 48 Elfos Silvestres, 108 Grande Conselho, 11
Espada, 54 Conjuração Poderosa {clérigo), 128 Eltab, 73, 726, 73 Grauman, Rei, 84
Bane, 12, 27, 26, 37, 32, 81, 82, 778 Conselho das Guildas, 54 Eltu rel, 74, 79, 80, 87 Grito de Guerra (guerreiro), 39
Símbolo, 26 Conselho de Zulkires, 13 Eltu rgard, 8, 43, 73, 74, 79, 80-82, 89, 147 Grumbar,, 27, 127, 27
Baram, Barri, 95, 96 Conselho dos Cinco, 9 Berdusk, 80, 87 Gruumsh, 24,777,778
Baravan Capasombriomanto, 112 Conselho dos Lordes , 7 Brasão, 80 guardiões, 29, 34, 68, 82, 708, 77 7,
Bárbaros, 99, 127 , 157, 156 Conselho dos Quatro, 45 Companheiro, o, 80, 81 728, 729, 737, 732, 142, 746
Bárbaros Reghed, 127 Conselho Simbarca, 11 Credo Resoluto, o, 80, 87 Guerras da Coroa, as, 16, 48 , 86, 107-108
Bardos, 122 Coração da Tempestade (feiticeiro), 131 Elturel, 74, 79-87 guerreiros, 704, 732, 733, 7 55
Bedine, 77, 78, 772, 773 Corellon Larethian, 76, 23,709,777, Forte Senhor-da-Manhã, 80 Guia da Tem pestade (feiticeiro), 131
778, 127 Scornubel, 80, 87 Gundarlun, 69
Berdusk, 80, 87 Cormanthor, 13, 16 Soubar, 80-82 Gur, 773
Berronar Pratafiel, 22, 104 Cormyr, 71, 17, 733 Trielta, 8, 90-92 Gwaeron Laçavento, 21, 29, 34, 132
Beshaba, 21, 26, 27, 39, 40, 26, 77 9 Coroa de Guerra, Emerus, 60, 61 Emissário Real (guerreiro), 733 Gwynneth, 68, 69
Símbolo, 26 cortesão (antecedente), 148 Enclave Esmeralda, 73 , 729,746 Haela Machadorreluzente, 22, 104
Besilmer, 58, 59 Costa da Espada, a, 7, 9, 71, 15-7 8, Encontro dos Escudos, 14, 15, 44, 57 Halruaa, 9, 70, 78, 26, 70, 709, 772,
Bhaal, 77, 27, 27, 37, 32, 45, 73 29, 43, 45, 49, 50, 54, 58, 62, Encontro Eterno, 8, 14, 16, 78, 48, 72, 773,729,730,735, 752-153
Símbolo, 27 66, 67, 70, 71, 72, 96, 97, 709- 73, 707, 709, 729, 735, 737, 752 Halrua ano, 113
bombrilho, 49, 50 172, 774,778,1 79, 727 ,725, Entrega Imprudente (bárbaro), 127 Hanali Celanil, 23, 709, 707, 77 7
23, 115 729-733, 736, 145, 752, 153 Entre os Mortos (bruxo), 126 Harnoth, Re i, 59
Credo Resoluto, o, 80, 81 Era da Humanidade, 16 Harpei!, Dowell, 7
Brilhobscuro, 64 Crinti, 10 Erebos, 77 Ha rpistas , 48, 62, 723, 124, 729, 7 32,
Brin Shander, 98, 99 Cripta do Bruxo, 8, 94, 126 Erevan ilesere, 23, 708, 109, 77 7 745, 746, 757
Broquelduro, 91 currency, 73 Erliza, Senhora, 69 Haunghdannar, 58, 59
Bruxos, 12,125,142,148, 756 Cyric, 17, 27, 28, 33, 73, 74 ermos, 15, 78, 26, 30, 37, 54, 73, 80, Helm, 8, 27, 30, 74, 84, 85, 86, 14 l
Tru ques, 142 Símbolo, 28 92, 109,777,725, 129, 737-732, Símbolo, 30
Caçador de Recompensas Urbano Damara, 77, 12, 703 738, 746 Heptios, 11
(antecedente), 746 Dambrath, 10, 709, 772 Ermos ln-fi nd áve is, os. Veja: Terras da Herança (herdeiro), 776,749,757
Calendário de Harptos, 14, 15 Darromar, 11 Horda, 72 Herança Uthgardt (membro de tribo
Calimporto, 7O Delimbiyran, 48 Errtu , 126 Uthgardt), 157
Calimshan, 9, 70, 77, 74, 20, 47, 98, Delimbiyrano, 48 Esclarecidos, os, 74, 76, 77, 94 herdeiro (antecedente), 149
179,724,733 Delzoun, 8, 76, 49 , 58-67 , 64, 65 Escudo Solar (monge), 740 história, 7, 9, 70, 77 , 75-78, 23, 26, 28,
Callarduran Precisamãossutil, 24, 112 Dendar, a Serpente Noturna, 126 Espadachim (ladino), 734-135, 155-157 29, 32, 35-37, 45, 48, 55, 59-61,
Cam inho da Alma Solar (monge), 138, Deneir, 19-27 , 25, 28, 32, 35, 75, 76 Espírito Inabalável (paladino), 742 73, 78, 79, 92, 93, 96, 99, 707 ,
140, 755-75 7 Símbolo, 28 Espírito Totêmico (bárbaro), 121 703, 705-709, 777,722,726,
Caminho da Morte Ampla (monge), Desafiar a Morte (bruxo), 727 Espruar, 707, 708, 173 730, 135, 737
739, 155-157 Desafio do Campeão (paladino), 742 estações, 7O, 14, 15, 18, 73, 76, Hoar, 27, 30
Caminho da Rendição, o, 139 Desastre Sombrio, o, 16 107, 126 Símbolo, 30
Caminho Dourado, o, 12, l 3 Descendência Drow, l 09 Evereska, 19, 73, 74, 82, 92, 93, 95, Hoondarrh , 66, 67
Campeão Sublime (paladino), 742 Desviar a Atenção (ladino), 735 732, 137, 750 Hora da Ceifa (monge), 740
Campos dos Mortos, 8, 73, 82, 83 detectar magia, 18, 19, 128 Explosão Solar Cauterizante horas, 75, 25,726,746
Canalizar Divindad e, 128, 142 Dethek, 703,105, 770,173 , 777 (monge), 740 humanos, 87,770,772,773, 732
Canção da Defesa (mago), 737 Dez Burgos, 98, 99 Facas Ígn eas, as, 12 Divindades, 114
Canção da lâmina (mago), 737 Dias de Trovão, 15, 16 facções, 4, 89, 77 8, 145 Etnias, 112
Canção da Vitória (mago), 737 dissipar magia, 128 FaerCrn, 7-9, 77 -20, 22, 23, 26, 27, 35, Idioma, 173
Candlekeep (Forte da Vela), 8, 79, 47, Dissipar Magia, 19 36, 38-47, 43 , 47, 55, 59, 66, Hyrsam, 725
67, 74, 75-77, 94, 99, 124, 745 divindades , 12, 16-18, 20, 22, 23, 34, 69, 70, 73, 86, 89, 703 , 706-770, ilha de Oman, 68
Serviços, 77 36-38, 47, 55, 65, 69, 770-114, 772-774, 776-779, 127,722, 127- ilhas, 7, 8, 27, 49, 66-71, 97, 713, 7 52
Cânti co de Fortekruel , o, 61 777-779, 727, 728, 730,732, 129, 731, 736-739, 145-148, 151 Ilhas Altalúnia, 27, 67, 68, 70, 713,
Caradoon, Bronywn, , 62, 63 738, 739, 747 família Harpei!, 52 727 , 129
Caradoon, Samular, 62, 141 Anão, 22 Feitiçaria Tempestuo sa (feiticeiro), 130 Alaron, 67, 68, 69
Carga Colérica (bárbaro), 727 Comungando com os Deuses, 22 Feiticeiros, 129, 730, 142 Arquipélago Korinn, 68
Cashaan, o Vermelho, 98 Deuses Mortos e Ressucitados, 20 Fenmarel Mestarine, 23, 109 druidas, 23, 26, 27, 29, 34, 67, 109,
Castelo Lança de Dragão, 74, 83, 725 Drow, 23 feriados, 14 770,728, 729, 737 , 732
Castelo Venturoso, 12 Élfico, 23 Festiva l da Colheita, l 5 Gwynneth, 68, 69
Cavaleira Vermelha, a, 21, 27, 106 FaerCmiano, 21 Festival da Lua, 15 Ilha de Oman, 68
Símbolo, 27 > Gnômico, 24 Festival de Inverno, 14, 15 Nevebaixa, 69
cavaleiro da ordem (antecedente), 147 Ore, 24 Festival de Verão, 14, 15 Terranorte , 69
Cavaleiro Dragão Púrpura (guerreiro), Pequenino, 23 Festival do Plantio, 14, 15 Ilhas Nortenhas, 69
733, 155, 156, 157 Dom ínio Arcano (clérigo), 127, 128, Flan, 12, 756 Baleossos, os, 8, 69
Cavaleiros Bruxos de Vaasa, 12, 148 155-157 Flandal Durapelaço, 24, 712 Gundarlun, 69
Charco Elevado, 8, 16, 48, 86, 87-89 Domínio Divino, 127 Floresta das Brumas, 16, 86-88, 732 Rochas Púrpura, 69
Chauntea, 72, 75, 19-27, 27-28, 85,777 Domínio Arcano, 127, 128, Floresta dos Anciãos, 88-90, 92 Ruathym, 8, 67, 69, 70
Símbolo, 28 755-757 Floshin, Darfin, 55 Tuern , 70
Chessenta, 77, 30, 77 7, 17 8 Do'Urden, Drizzt, 109 fontelúnia, 129 lllefarn, 16, 48,
Ch ifre-lâm ina, 47, 48 draconato, 116 Fortaleza de Helm, 8, 84-86, 747 lllusk, 16, 17, 70
Chult, 70, 74, 70, 72, Clã, 706 Fortekruel, 8, 49, 51, 59-65, 721 llmater, 9, 27, 30, 37,777,779,738
Cidade das Aranhas. Veja: Origem, 705 Fortescuro, 8, 77-79, 89 Símbolo, 37
Menzoberranzan, 101, 709 Religião, 19, 745-747 Forte Senhor-da-Manhã, 80 llneval, 24, 77 8
Cidade das lâminas. Veja: Dragões Púrpura, os, 11, 136 Fortespinhoso, 62, 63 llyth iir, 76
Gracklstugh, 99 d row, 8-70, 76, 700, 707, 709 Forte Túnel de Pedra. Veja: llzimmer, 7, 44
Cidade das Mãos Hábeis. Veja: Druette, a Negra, 98 Fortespinhoso, 63 llzimmer, Dauner, 7, 44
 lmaskari, 113 95, 98,101,108,109,113,717, Símbolo, 36 de clã). 146 Thentia, 12
Imortal (bruxo), 71,126, 127, 155-157 125,126,131 , 135-137, 146, 157 Olhares Voltados Para Você (viajante Rethnor, Hartouchen , 95, 96 Thesk, 13, lJ
lmpiltur, 11,126,127,155,156 Truques, 142 distante), 153 Retiro, o, 72 Thindol, 10
Impulsar, 11 Magos de Guerra (de Cormyr), os, 11 , Olho Vigilante (vigília da ci dade) , 154 Retribuição Espinhosa (bárbaro), 121 Thorass, 173
fndo le Fraudulenta (ladino), l JS 136, 142 Orador do Vento (feiticeiro), 130 Rhymanthiin, 88 Thoth, 41
fnfero, o (bruxo), 125 Magos Vermelhos, 13, 27, 83, 125, l 36 Oradores da Fortaleza de Helm, 85 Rillifane Rallathil,, 109, 109, 23, 117 Thultanthar, 17
Iniciado Arcano (clérigo), 128 Malar, 10, 20, 21, 31, 34, 128, 132 ores, 7, 8, 13, 14, 16-18, 29, 31, 43, Rochas Púrpura, 69 Tiamat, 105 , 106
Inspirar Surto (guerreiro), 133 Símbolo, 34 48-50, 53, 58-61, 6•, 65, 68, 69, Rompedor de Magia (clérigo), 128 Tiferinos, 118, 119
instituições religiosas, 20 Malkizid, 126 71, 78, 84, 85, 87, 91, 93, 101, Ruathym, 8, 67, 69, 70 Religião, 119
instrumentos musicais, 124 Manipulador Perspicaz (ladino), 135 103,110,717, 118,121,133,150 Ruthiol, Nestra 7, 57 Terras, 119
Investigador (variante de vigília da Manobra Elegante (ladino), 135 Divindades, 24 sacerdotes. Veja também os tópicos Variantes, 3, 118
cidade), l 54 Mantogeada, Yarin, 12 Meio-Ores, 117, 118 específicos da divindade, l 5, 16, Titâ nia, 125
lo, 105, 106 Mantol-Derith, 9, 100 Ordalf, Alta Senhora, 68 20, 22, 24, 25, 27-35, 37-41, 57, Tithmel , Rainha, 61
Irman dade Arcana, a, 17, 95, 98 Manxam, 79 Ordem da Manopla, 85, 146 62, 75, 81, 82, 85, 94, 113, 114, Toque da Morte Ampla (monge), 140
lsis, 41, 127 Mão Argêntea, Alustriel, 47 Ordem da Rosa Amarela (monge). 138 123,127,139, 146 Toril, 7, 9,-20, 55, 72,106,108, 111-112
lstishia, 21 Mão Argêntea, Laeral, 7, 48, 55, 57, 124 Ordem de Samular (paladino), 141 Sa lão de Mitral, 7, 8, 43, 49-61, 64 , 65, Torm, 21, 23, 39, 74, 80, 21, 39, 106
itens mágicos, 12, 18, 19, 76, 77,156 Mar d a Lua,o, ll , 12, 15 Ordem do Companheiro 84, 93, 99, 121 Símbolo, 39
Jarant, o Rei Serpente, 88 Mar Desconhecido, o, 14, 66, 97, 107 (paladino), 141 Samarach, 10 Torre das Hostes Arcanas, 17, 97
Jardimcorvo, Ulder, 7, 45 Margagulha de Naja ra, 88 Ordem do Olho Dourado santuários, 20, 22, 25, 27, 29, 30, 32, Tradição A'rcana (mago), 137
Jendrick, o Azul, 98 Martelo de Batalha, Bruenor, 60, 61, 64 (paladino), 85, 141 33-36, 39,41,47, 51, 76,114, Tradições Monásticas, 138, 139
jergal , 21, 32 Martelo de Batalha, Gandalug, 64 Ordens Palad ínicas, 141 115, 138, 153 Trama , a, 11, 18, 19, JS, 36, 48, 85, l 29
Símbolo, 32 Martelo de Batalha, Garumn, 64 Origem de Feitiçaria, 730 Sarifal, 68 Tratado da Garganta de Garumn, 64
jogo de Pernas Extravagante {ladino), Marthammor Duin, 22, 105 Feitiçaria Tempestuosa, 130 Sashelas das Profundezas, 23, 109 Treinado na Guerra e na Canção
134, 135 Mask, 20, 21, 34, 718, 119 Orlumbor, 8, 70 Savras, 21, 36 (mago), 137
Juramento da Coroa (paladino), 141 , Símbolo, 34 Orogoth, 87 Símbolo, 36 Treze de Toril , os, 118, 126
142, 155-157 Matacorço, 84 Osiris, 41 Scornubel, 80, 81 Triel, 80
Kara-Tur, 7, 12-14, 710, 714, 138, 153 meio-elfos, 71, JS, 47, 91, 116, 117, Paladinos, 80, 140 Secomber, 88, 88 Tril ha do Colérico (bárbaro), 121,
Kelemvor, 20, 21, 25, 32, JS, 106 121, 137 juramento da Coroa, 141 , 142, Segojan Ouveclamaterra, 24, 112 155, 157
Símbolo, 32 idioma, 116 155-157 Segunda Separação, 17 Trilha do Guerreiro Totêmico
Kendrick, Derid, 67, 69, 113 religião, 117 Pântano de Chelimber, 88, 89 Sehanine Arco Lunar, 23, 72, 109 (bárbaro), 121
Kezef, 40, 126 terras, 116 Panteão, 21-24 Selalonga, 7, 43, 52, 53 Truques, 142
Kiaransalee, 23, 110 Variantes, 116 Anão, 22 Seldarine, 72, 109, 117, 126 Tuern, 70
Kossuth, 21 Membro da Tribo Uthgardt Drow, 23 Sel0ne, 10, 14, 36, 37, 40, 113, 109, Tuigan, 12, 13, 114
Kurth, Beniago, 95-98 (antecedente), 150 Élfico, 23 111,114, 117,119 Túnel de Pedra, Ebenezer, 8, 62, 63, 103
Kurtulmak, 110 Memnon, 10 Faer0niano, 21 Símbolo, 36 Turmish, 73
Labelas Enoreth, 23, 109 Mente Criminosa (ladino), 135, 155-157 Gnômico, 24 Selvetarm, 23, 110 Tymanther, 12, 14, l 06
Ladinos, 134 Menzoberranzan, 9, 64, 101 , 109, 111 Ore, 24 Sembia, 11-13, 17, 18 Tymora, 21, 26, 39, 40, 47 57, 112,
Laduguer, 22, l OS mercenário veterano (antecedente), 149 Pequenino, 23 Separação. Veja: Primeira Separação; 115, 119
Lago de Vapor, o, 71 mês, 14, 54, 100 Parlamento dos Pares, 45 Segunda Separação, 8, 11, 16, Tyndal, 54
Lamento de Delzoun, o, 60 Mestre da Intriga (ladino), 135 patriarca, 45, 46, 93 17, 18, 41, 72, 108, 113, 106 Tyr 20 , 21, 30, 39, 40, 50, 62, 74, 106,
Lantan, 8, 18, 29, 70, 7l Mestre das Táticas (ladino), 135 patronos, 37, 58,125,141,146,155 Set, 41 126, 140, 141
Larloch , 8, 95, 126 Mestre de Ferro, 8, 59, 61, 63 , 64, 96, 98 Pé-Andante, Amarandine, 85 Shaarano, 113 Símbolo, 40
Lathander, 14, 21, 25, 32, JS, 40 , 108, Mestre Duelista (ladino), 135 Pedrassentada, 64, 65 sha'ir, 14 Tyranthraxus, 126
710, 138 Mezro, 70 Pequeninos, 90, 114, 115, 132 Shar, 17, 21, 36, 37,109,111,114 Ulutiunos, 114
Símbolo, 32 Mielikki, 12, 21, 29, 34, 108, 710, 717 Austeros, 115 119, 138 Umberlee, 20, 21, 40, 41, 69
Leira, 8, 21, 33 Símbolo, 34 Divindades, 115 Shargaas, 24, 118, Símbolo, 41
Símbolo, 33 Milil, 21, 34, JS , 75, 76, 717 Fantasmassábios, 115 Sharindlar, 22, 105 Umbreterna, 7, 9, 16, 62, 65, 99, 100,
Lliira, 20, 21, 33, Mintarn, 8, 51, 55, 66, 67, 70 Pés-Leves, 114 Sheela Peryoryl, 23, 115 103,104,107, 109-113, 116,
Símbolo, 33 Mirabar, 7, 8, 43, 48-50, 52, 59, 60, 63, Pequeninos Fantasmassábios, 115 Shou, 14, 113, 153 124, 126, 132
Lolth , 16, 23, 109, 710 65, 95-97 Pequeninos Pés-Leves, 114 Sildeyuir, 109 Gracklstugh, 9, 99
Longabarba, Dagnabbet, 7 Miyeritar, 16, 88 Phalorm, 48, 49, 53, 55 Silvanus, 10, 21, 23, 24, 34, 35, 37, 47, Grutapedrabrilha , 99, 101
Longecerro , 12 Moander, 40, 126 Pináculo Evocativo, 18 110, 108, 110 Mantol-Derith, 9, 100
· Lorcan, 126 moeda s, 13, 19, 27, 34, 44, 45, 49-51, Plano de Fuga , 20, 25 Símbolo, 37 Menzoberranzan, 9, 64, 101,
Lordes de Waterdeep (Águas 53-55, 57, 58, 66, 70, 71, 83, 84, Poderes Sobrenaturais, 18 sinos. Veja: horas, 20, 22, 50, 81, 124 109, 111
Profundas), 17, 54, 57; 66 93, 96, 99, 119, 149 Pompa (ladino), 134 Sintonia Totêmica (bárbaro), 122 Unther, 11, 12, 14, 30, 41, 106
Loviata r, 21, 33 monges, 18, 74-77, 85, 94, 138-140, Ponte Boareskyr, 8, 73, 74, 81, 88 Skadaurak, 67 Urdlen, , 24, 112
Símbolo, 33 148, 155-157 Portão Ocidental, 12 SolonorThelandira, 23,109,109,117 Urogalan, 23, 115
lua , 13, 14, 21, 23, 24, 27, 36, 40, 93, Moradin, 22, 25, 49-61, 63-64, 103, 104 Portyr, Dillard, 45 Sossal, 11 , 12, 153 Uruk, Mangan, 12
105, 710, 113, 719, 129 Moray, 69 pós-vida, 20, 25, 32, 38, 72, 139 Soubar, 80, 81 Uthgar, 92, 94, 150, 151
Lua Argêntea, 7, 13, 16, 17, 19, 43, 47- Morinn, Rei, 61 Povo Esquecido. Veja: gnomos, 110 Sstar, llgostrogue, 63 Uthgardt, 8, 17, 57, 58, 84, 86, 87, 92-
49, 58-60, 65, 84, 93, 103, 123, Morte Ampla (monge) , 139-140, 155-157 Povo Orgulhoso, o, 16 Stelmane, 45 94, 121,122,129, 150-151
124, 135, 145, 148, 154 Muitas Flechas, 60, 64 Ppovo, 8, 27 , 67, 68, 69, 113 Stelmane, Belynne, 45 Vaasa, 11, 12, 103
Lua Estelare s, 124 Mulhorand, 11 , 12, 14, 19, 41, 109, Praga Mágica, 10, 11 , 17, 18, 20, 24, 28, Subm issão Divina (paladino) , 142 Vale do Corço, 11 , 12,103,148
Luiren , ll, 114,715,138 113, 719, 130, 153 63, 72, 85, 88,113,118,106,130 Suljack, Dagmaer, 95, 96 Va le do Portão do Inferno, 48
Luruar. Veja: Fronteiras Prateadas, 8, Mundo Abaixo. Veja: Umbreterna, 16 Prataescama, Dhosun, 89 Sune, 20, 37, 38, 47, 110, 108, 117, Vale do Vento Gélido, 8, 17, 64, 97, 98,
43, 47, 48, 61, 84 Muralha dos Infiéis, 20 Primeira Separação, a, 72 110, 117, 21, 138 99, 114, 151
Lurue,- 34, 47, 110, 148 Myrkul, 21, 31 , 32, JS Primeiro Florescer, 16 Símbolo, 37 Valkur, 21, 68, 69
Lus ka n, 8, 17, 25, 43 70, 95, 96, 97, 98 Símbolo, JS Príncipe da Geada, 125 Synnoria, 68 Vanthampur, Thalamra, 45
Luthcheq, 71 Mystra, 10, 12, 17-19, 21, 25, 26, 28, Profecias de Alaundo, 74 Szass Tam, 13 Vau da Adaga, 7, 43, 53, 54, 55,
Luthic, , 24, 718 35, 47, 73, 85, 717,127 Psiôn icos, 18 Taerl, Throa, 95, 96 83, 148
Lythari, 109 Símbolo, 35 Punho dos Hin, o, 738 Talona, 21, 22, 38 Vau da Adaga, Maldwyn, 53, 54, 55
Maestria Arcana (clérigo), 128 Mystryl, 18 Punho Flamejante, 7, 45, 46 , 150 Símbolo, 38 Vau da Adaga, Morwen, 7, 53, 54, 55
Maestria da Morte (monge), 140 Mythals, 19 raças, 7, 8, 14-16, 19, 23, 31, 47-50, Talos, 21, 38 Vergadain, 22, 105
Mãe-Terra, 27, 67, 713, 126, 129, 132 Najara, 8, 74, 80, 83, 88-90 60,91, 103, 105-109, 111,112, Símbolo, 38 Vhaeraun, 23, 110
magia arcana. Veja: magia, 9, 130, 137, Nar, 113-714 114-117 templo, 9, 15, 20, 22, 23, 25-29, 31, JS, Viajante Distante, 152
155, 157 Narfell , 12, 713 raças criadoras, 15, 16, 48 37-39, 57, 76, 41, 82, 83, 85, 86 Vida Indestrutível (bruxo), 127
Magia da Tempestade (feiticeiro), 730 Natureza Imorta l (bruxo), 127 Raedra, Rainha, 11 tempo, 7, 9, 11-18, 20, 23, 29, J l, 32, Vida Mercenária (mercenário
magia divina. Veja também: magia, 9, Nebelun, 24, 712 Rainha Annah, 11 JS, 36, 41, 43, 44-51, 54, 55, 57, veterano), 150
20 , 22, 23, 28 Nelanther, as, 70, 71 Rainha do Ar e da Escuridão, 125 58, 60-66, 68- 80, 82, 83, 89, 92- vigília da cidade (antecedente), l 54
magia dracônica (feiticeiro), 87, 730 Netheril, 71-13 , 16-20, 32, 37, 60, 77, 94 Raio Solar Radiante (monge), 140 95, 98,100,101,103, 107-109, Virar o Jogo (paladino), 142
magia morta, 19 Nevebaixa, 69 Ramur, Selin, 7 112, 115-117, 122, 124, 125, 126, Waterdeep (Águas Profundas), 7, 9,
magias, 15, 18-20, 26, 31, 33, JS, 48, Neverwinter (Nevenunca), 7, 16, 17, Rashemen, 12, l 29 128, lJ 1, 132, 136, 138, 146 13, 17, 18, 20, 22, 23, 43, 44,
50, 53, 75, 77, 85, 88, 94, 95, 43, 49-51, 61, 63, 66, 85, 86, 94, Raurym, Selin, 49 Tempo das Perturbações, 17, 20, 27, 48-51, 53-59, 61-63, 66, 70, 83,
104,171,715,121,124,126, 119, 128, 129, 141, 148, 154 Reconhecimento à Cavalaria 30, 36, 130 93,112,123,124,129,134, 135,
128, 129, 136, 137, 142, 157 Nezram, o Andarilho de Mund&s, 12 (cavaleiro da ordem), 147 Tempus, 21, 27, 28, 38, 39, 54, 83, 141, 147, 148, 154
magia selvagem, 19, 129, 130 Nim bral , 8, 18, 33, 70, 71, 72 Rede de Contatos (caçador de 106, 118 Distritos, 55
Magia Tempestuosa {feiticeiro), 130 Nobre Aguaprofundense recompensas urbano), 147 Símbolo, 39 Waukeen, 19, 21, 22, 41
magia. Veja também: itens (antecedente), 151 Rede Obscura. Veja: Os Zhentarim, Terranorte, 69 Símbolo, 41
mágicos; mythal; psiônicos; No Estilo (nobre águaprofundense), 151 12, 77, 146 Terras Centrais do Ocidente, 7, 11 , 16, Wych laran , 12
conjuradores; conjuração; Nortenhos, 68, 121, 122, 123, 129 Reino do Homem, 48 73, 77, 80, 81, 88,103,108,111, Ya!munnahar, 12
magias; poderes sobrenaturais; Norte, 7-9, 71, 15-18, 25, 29, 37, 43, Reino dos Dois Sóis. Veja: Elturgard, 121, 132 Yartar, 7, 43, 57-58
Trama, 7, 9, 71-14, 16-23, 25, 26, 47-49, 52, 55-61, 64-66, 73, 78, 80, 81 Terras da Horda, as, 12, 13, 14 Yondalla, 23, 112, 115
28, 31, 35, 47, 48, 52-55, 58, 69, 79, 84, 86, 88, 92-94, 97, 98, Reino Floresta l. Veja: Cormyr, 11 Terras dos Vales, 4, 13, 16, 17, 148 yuan-ti, 8, 10, 88-90
70-73, 75, 77, 79, 86-88, 92, 94, 103, 108, 109, 112, 716, 718, Reinos Fronteiriços, 11 Terras Frias, 11 , 12 Yurtrus, 24, 118
96,100, 101, 104, 107-109, 713, 719, 121-123, 129, lJl-136, 141, Religião. Veja também os tópicos Terras Frias, as, 11, 12 Zakhara, 14, 153
718,122 , 125-132, 134-137, 140, 145,146,150, 151-153 específicos da divin dade, 19, Tethyr, , 11 , 27, 70, 11 Zargon, 126
142, 143, 151 -157 Oberon , 125 145-147 Tevya, a Cinzenta, 98 Zelenn, o Branco, 98
magos, 10, 12-14, 16, 19, 21, 25, 26, Oghma, 21, 25, 28, 32, JS, 36, 47, relógios, 15 Thay, 11 , 12, 13 , 27, 50, 83, 119, 124, Zhentarim, 12, 62, 77-79, 89, 99, 100,
35, 36, 48, 49, 52, 71, 76, 77, 91, 51, 75 Respeito do Povo Robusto (artesão 126, 129, 130, 136 124,146,150

.,.
 ISBN: 978-85-68059-34-0

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788568 059340