a:

ta
I\
.a -a .a

\
BAL UR s GATE ,

\ 7

I I I I I I

r FFtl

\
\r

- 2
\
-! 7 I 7
7
7

)
(
t rI
,,7 l

L \
7
7

--a
t l)
I I

- )
-/ -/ \ I
T,-I
\
^1 ,/

.{
\r,
\\

DI'NGEONS & DRAGONS

I
{

L,,-a t , I r

diabólica aventura *,
OS tempos
I
 BALDUR ,
S GATE
DESCIDA AO AUER}IUS

í'
7; .

\ I
v_-

íI
/
"á
I t

F
a i
/, .t
L

I
j
â I
'./
n
tl

,f.

L
I
ô
I
9
UREDITOS
Criação da História: Adam Lee (lead),.lames lntroceso, Ari Levitch, Ív1ike Estratégia Global de Marra & Fr.rqda: Naüar Stewart
Mearls, Lysa Penrose, Christopher Perkins, Ben Petrisor, Ívlatthew Direção de Licenciamento & Prrblk:rçãc Uz Schuh
Sernett, Kate Welch, Richard Whitters e Shawn Wood Gestão de Licenciamerto: Hilary Ross
Consultoria da História: oe M angan iello e )im Zub
J
Comunicação e Marketing: Bart Carroll. Peiham Creene. Creg Tito e
Redação: Bill Benham, MT. Black, Dan Dillon,.lustin Donie, Anna Vo
James J. Haeck, James lntrocaso, Adam Lee, Chris Lindsay, Gestão de Marca: Shelly Mazzanoble
Liane Mersiel, Shawn Merwin, Lysa Penrose, Christopher Perkins, Coordenação de Playtesta Bill Benham
F. Wesley Schneider, Amber Scott e James Sutter
Desenvolvimento: Jeremy Crawford, Dan Dillon, Ben Petrlsor e Os seguintes livros de D&D sewiram de hsíiz{:o e suporte:
Kate Welch Greenwood, Ed, Matt Sernett, AlexanderWinter e Ster,e Mrrteí.
Edição: Michele Carter, Scott Fitzgerald Cray, Hannah Rose e M u rder i n Boldur's Cae. 2013.
F. Wesley Schneider Greenwood, Ed e outros. Lords of fufu*s. l98€.
Editor Principal: Christopher Perkins Kenson, Steve e outros.
Direção de Arte: Kate lrwin Cuio do Aventureiro para a Cotto do Es@.?o15.
Design Gráfico: Emi Tanji e Trish Yochum Mearls, Mike, Jeremy Crawford e outros.
Direção de Arte Conceitual: Richard Whitters Tomo de Mordenkoinen sobre lnimigos.20lE.
Direção de Arte: Shauna Narciso Cuio do Volo sobre Monstros.2016.
llustração da Capa: Tyler Jacobson e HydroT4 Perkins, Christopher, Will Doy'e e Steve WinEÍ.
llustrações lnternas: Victor Adame Mlnguez, Even Amundsen, Alexey Tumba da Aniquilofio. ?o17.
Aparin, Mark Behm, Michael Berube, Zoltan Boros, Aleksi Briclot,
Christopher Burdett, Sam Burley, Víesley Burt, Clint Cearley, Sidharth Quinta Vanthampur foi inspirada por uma construção de
Chaturvedi, Daarken, Olga Drebas, Steve Ellis, Nils Hamm, Leesha Dean Turner.
Hannigan, Ralph Horsley, Lake Hurwitz, Tyler Jacobson, Sam Keiser,
Julian Kok, Daniel Landerman, Larian Studios, Titus Lunter, Brynn
Metheney, Scott Murphy, Claudio Pozas, Vincent Proce, Chris Rallis,
Mike Schley, llya Shkipin, David Sladek, Zack Stella, Ív1att Stewart,
Cory Trego-Erdner, Beth Trott, Unit lmage, Richard Whitters, Shawn
Wood e Ben Wootten
llustrações Conceituais: Aleksi Briclot, Daarken, Max Dunbar, Titus
Lunter, Vince Proce, Richard llhitters e Shawn Wood
Design da Fonte lnfernal: Daniel Reeve
Cartografia lnterior: Dyson Logos e Mike Schley
tA
Cartografi a do Mapa-Poster:,lared Blando
Produção: Dan Tovar, Bill Benham
PA
Engenharia de Produto: Cynda Callaway
lmagens: Sven Boien, Carmen Cheung e Kevin Yee
0s
Administração de Arte: David Cersh man
Pré-impressão: j efferson Dunlap

Eguree DE PRoDUçÃo DA GALE Foncs Nlte:

ffie
-/ Gestão de Proieto: Matthew Vaughan

-1 --
rl
.a
Ç
t Equipe de PÍoieto: Chris Forgham,
Emily Harwood e Xander Weeks
Produtor: John-Paul Brisigotti
tq- { L 7

Copi'Cola acervos.
Pelo RPG para todos.

T t k SOBRE A CAPA
\
l .a/ O símbolo de Bhaal encobre os céus do Avernus, bem acima do Rio
Estige. Nesta ilustração de Tyler Jacobson, a arquiduquesa Zariel
tenta alcançar sua espada
-
memórla de seu passado angelical
seguida por seu escudeiro Haruman, juntos na perdição.
-

Aviso: Esto Aventurc é umo obru de fcçdo cujo ptopósito é ptoporcionor horos de entrctenimehto poto você e seus omigos. Emboro os diobos e os Nove lnfernos representem popéis

DNDO07 ISBN: 978-85-68059-35-7 l impressão em português: Maio de 2020.

2r lm p fessão: N ove m bfo de2020. (Esta edição inclui a errata of,cial Sage Advice, vercáo 2.5 e a errata oficial PT'B R, versão 1.0 d ireta mente in co rpo red as ao texto.)

DUNGEONS & DRA6ONS, D&D, WizaÍds ofthe Coast, Forgotten Reelms, o ampersand do dragã o, Ployer's Handbook, Monstet Monuol, Dungeon Mostet s Guide, os demais nomes
de produtos e suas respectivas logos, são marcas registradas da Wizards ofthe Coast nos EUA e em outros países. Todos os Personagens e suas carâcterísticâs mercentes são
propriedades da Wizards ofthe Coast. Este material está protegido sob a lei de Direitos Autorais dos Estados Unidos da América. Toda e qualquer reprodução, uso ou publicação do
material (textual ou ilu5trado) contido nesta obra é proibida, sem que exista a prévia autorização da Wizards ofthe Coast. Tradução em Português @2020 Wizards ofthe Coast LLC.

Licenciado por GF9. DistribuÍdo no BÍasil por: ILHAs cALÁPACOS COI\4ÉRCIO DE BRINQUEDOS, LIVROS E SERVIçOS, LTDA. CNPi:15.605.065/0001-38
Pau lo/S P etendimento@galaPagosiogos.com. br
Rua Mou rato Coel ho, 936, cjto 3l , Pin heiro§ 054] 7-00'l São
SuruÁRro
Guia de Pronúncia..................................... 4 Túmulo de UIdrak................................ 109 Apêndice C: Itens Mágicos.................. 2 2 3
Torre de Arkhan................................... 1 10 Apêndice D: Criaturas.. ........................228
Sobre a Aventura ....................................... 5
Monumento a Tiamat.......................... 1 12 Abishai 8ranco............. ............................228
Sobre a Aventura......................................... 5
Pano de Fundo da Aventura......................7
Forja de Bel ........................................... 1 1 3 4mni2u........... ..................229
Como Interpretar os Diabos..................... 8
Sibriex .......................... 1 16
Baphomet (Bafomé)................................230
A Vida nos Nove Infernos.......................... 9
Carcaça da Fortaleza Voadora.......... 118 ....23t
Outros Locais ................122 Cachola-Vermelha ....23t
Cap. 1: Um Conto de Duas Cidades.... 10 Estaleiro Estígio................................... 123 Celesfante ....232
Queda de Elturel.......... 10
Torres de Vigia do Estige................... 124 Crokek'toeck. ....233
O Mal em Baldur's Gate........................... ll Correntes Partidas .......... ....................126 Cultistas da Trindade dos Mortos.......233
Como Mestrar esse Capítulo .................. 11 O Empório Errante..............................t26 Golem de Carne Ínfera...........................238
O Portâo do Basilisco............................... 1 2 Fortaleza Voadora de 2arie1.............. 130 Merregon ........... .......239
Taverna da Elegia ÉIfi ca.......................... 16 Encontro Itinerante: Narzugon ........... .......239
A Masmorra da Trindade dos Mortos...20 Sorridor, o Conspurcador.................. 133 Nupperibo.......... .......240
Lampiâo Mortiço....................................... 28
Cap. 4: Espada de Zarie1...................... I 34 Tressym............. .......240
Quinta Vanthampur ................ .................. 32
Aproximando-se da CidadeIa................ I 34 Vespa Infernal.. .......240
Nos Subterrâneos da Quinta.................. 37
A Crosta ......... ..................134
Últi-os Encontros em Baldur's Gate...42
Entrando na Cidade1a............................. 139 Zariel 243
Viagem ao Candlekeep (Forte da Vela)..43
Validí1io....................... 140
Apêndice E: Cardápio do
Candlekeep (Forte da Vela)..................... 45
Acesso ao Avernus ..........50 Reivindicaçào da Espada....................... 145 Êxtase Infernal.......... ..........................24 4
Cap. 5: Fuga do Avernus ...................... 146 Apêndice. F: Arte Conceitual
Cap. 2: Elturel Tombou .......................... 52
Como Mestrar Este Capítulo .................52
.
Quem Há de Governar o Avernus?...... 146 da Aventura.. ..............246
Chegando a EIture1.................................... 52
Elturel tem Salvação?............................. 150
Fim de Jogo em Elturel........................... 154 Apêndice G: Escrita Infernal .............2 56
Paço Magno.. ....................58
Grande Cemitério...................................... 64 Geografia de Baldur's Gate................. I 58 Mapas
1.1: Baldur's Gate....................................... 13
Fugindo ao Cerco ...................................... 71 História de Baldur's Gate ...................... I 58
1.2: Taverna Elegia É1fi ca........................ 17
74
Baldur's Gate na Atualidade ................. 159
Ch. 3: Avernus........................ ................... 1.3: Masmorra da Trindade dos Mortos..21
Como Mestrar Este Capítu1o.................. 4 7
Governo .......................... 161
1.4: Lampião Mortiço............ ....................29
Cidadãos ........ .................. 164
O que é o Avernus?.................................... 75 1.5: Quinta Vanthampur........................... 33
Economia e Comércio............................ 165
Características do Avernus .. ................... 7 6 1.6: Nos Subterrâneos da Quinta ..........37
Como Usar o Mapa-Poster ...................... 7 9
Religiâo.............. ...t66
Perigos em Baldur's Gate...................... 170 2.1: Elturel..... ....................56
Forte Falangeta........... 80 2.2: P aço Magno, Catedral...................... 6l
Lugares Interessantes............................ 17 4
Raggadragga Ataca!.................................. 87 2.3: Paço Magno, Catedral,
Caudilhos dos Cidade Alta.... .................176
Cidade Baixa. 184 Nível do Balcâo do Coro....................... 62
Sertões Avérneos................................... 90 2.4: Paço Magno, Catacumbas............... 63
Demanda pela Espada ............................. 92 Cidade de Fora ......................................... 194
Fora de Baldur's Gate............................. 201 2.5: Grande Cemitério, Capela............... 67
Colina de Harumam..............................92 2.6: Grande Cemitério, Ossuário........... 69
Vespeiro Infernal Antecedentes: Personagens de
Baldur's Gate.................. .......................202 3.1: Avernus..... 79
Senda dos Demônios................................ 96 3.2: Vespeiro Inferna[............................... 95
Árvores da Proliferaçâo ....................... 96 Segredos Tenebrosos.............................208
3.3: Jazigo dos Cavaleiros do Inferno... 101
Torre de Urm..... 97 Apêndice A: Acordos Diabólicos ...... 2 12
3.4: Sarças Ósseas.................................. 108
ObeIisco.............. 98 Contratos Infernais................................. 214 3.5: Forja de Be1....................................... 114
Espelho de Mefi star............................... 99 Mercês dos Arquidiabos........................ 215 3.6: Carcaça da Fortaleza Voadora.....120
Fosso de Shummrath.......................... 100
Apêndice B: Máquinas de 3.7: Torres de Vigia do Estige...............125
Jazigo dos Cavaleiros do Inferno...... 101
Guerra Infernais.................................216 4.1: Visão Lateral da Crosta .................137
Arcos de U1loch.................................... 103 Blocos de Estatísticas ............................ 216 4.2: Validílio 141
Goela de Kostchtchie .......................... 104 Regras............ ..................216 A Costa da Espada..................................160
Senda dos Diabos.................................... 106 Modifi caçÕes Diabó1icas........................221 Baldur's Gate................. ........................... 17 2
Mata-Demônios.................................... 106 Perseguições no Avernus ..... .................222 Mapa de EIture1....................... Mapa-Poster
Sarças Ósseas ............107 Mapa do Avernus.................... Mapa-Poster

AcnloecrueNros Aos Nossos Jocloonrs DE TEsrE

Trisha Arozqueta, Cory Bennett, Khrys Bennett, Cody Bowen, Jean-Luc Caron, Trevor Clare, Drake Delgado, Mikayla "lrish" Ebel, Christian
"Shiny" Eckert, Zach "Static" Eckert, Andrew Evans, Nathan Fisher, Jesse Foltz, Thomas Freed, David Hanson, Maris Hanson, Brenna Holkins,
Jerry Holkins, Danny Hyun, Joshua Kiper, Shayne Li, Jonathan Christopher Marquiss, Zack Merritt, Emmanuel .lohn Mitsinikos, Blake Morrison,
David Park, Nancy Rexford, Leonardo Rivera, Luke Sargent, Brandon Smith, Rob Spieldenner, Rebecca Stein, Nevin Vorfeld e Andrew White
 Gure pn PnoNúNcrA
Este guia mostra como pronunciar vários dos nomes em outras línguas que aparecem nesta aventura.

Nome Pronúncia Descrição

Abishai A-bi-chai Diabo leal a Tiamat que não faz parte da Hierarquia lnfernal
Amnizu am(i)-Nl-tzu Diabo maior que guarda as entradas dos Nove lnfernos
AmrikVanthampur AM(i)-rikVAN-tham-per Segundo filho da duquesa Thalamra Vanthampur de Baldur's Gate
Arkhan, o Cruel AR-kon Draconato maligno e campeão de Tiamat
Asmodeus ou Asmodeu as-mo-DEUS Arquidiabo, divindade maior e Senhor dos Nove lnfernos
Baphomet ou Bafomé ba-fo-MÉ Lorde demônio venerado pelos minotauros
Balarystul ba-la-RlS-tul Dragão de cobre ancião que se infiltrou no Empório Errante
Bazelsteen BE|-zels-tin Diabo chifrudo que supervisiona o conserto de fortalezas voadoras no
Estaleiro Estígio
Belynne Stelmane be-LlN STEL-mein(e) Duquesa do Conselho dos Quatro que governa Baldur's Cate
Bhaal BÓL Divindade mortal do assassinato e membro da Trindade dos Mortos
Bulezau BU-le-zau Demônio de carne putrefata com um par de chifres na cabeça
Crokek'toeck CRO-kek-to-ik Demônio colossal que carrega outros demônios dentro de si
Dillard Portyr Dl-lerd por-TlR Duque do Conselho dos Quatro que governa Baldur's Cate
Falaster Fisk FA-las-ter FISK Espião prestativo aprisionado na masmorra sob a Quinta Vanthampur
Fhet'Ahla fet-A-la Amnizu que dirige o serviço de mensageiros A Um Passo do Averno
no Empório Errante
Cabourey D'Vaelan ga-BU-ri d(e)-VE-lan Cozinheira que trabalha na Quinta Vanthampur em Baldur's Gate
Gargauth CAR-góth Diabo do fosso aprisionado no interior do Escudo do Encoberto
Haruman HA-ru-man (com H aspirado) Paladino de Elturel que caiu em desgraça e hoje é um diabo narzugonleal aZariel
Jhessa Clarestrela DJ ÉS-sa Sacerdotisa de Lathander em Validílio
Kaejil Orünmar KE-djil o-RUN-mar Cobrador de impostos aprisionado na Quinta Vanthampur
Klim Jhasso KLIM(e) D,fAS-so Membro dafamília Jhasso de patriares (nobres) de Baldur's Gate
Kostchtch ie kos-TCH l-tchi Lorde demônio venerado por alguns gigantes do gelo
Laraelra Thundreth la-RÉL-ra THUN-dreth Proprietária do Lampião Mortiço, uma taverna em Baldur's Gate
Liara Portyr li-A-ra por-TlR Comandante do Punho Flamejante, convocada a voltar a Baldur's Gate
Lu lu LU-lu ou lu-LU Celesfante desmemoriada
Matalolok ma-ta-LO-tok Martelo mágico que Zariel roubou de Kostchtchie
Mordenkainen mor-den-KE-nen ou Arquimago íamoso que mora na Torre de Urm no Avernus
mor-den-KAl-nen
Mortlock Vanthampur MORT(i)-lok VAN-tham-per Terceiro filho da duquesa Thalamra Vanthampur de Baldur's Gate
Myrkul MER-kul Divindade mortal da morte e da necromancia e membro da Trindade dos Mortos
Nariangela na-ri-AN-dje-la Erínia e oficial da ponte de comando da fortaleza voadora deZariel
Nupperibo nu-pe-Rl-bo Diabo ínfimo comum nos Nove lnfernos
Olanthius o-LAN-thi-us Paladino de Elturel que caiu em desgraça e hoje é um cavaleiro da morte que
jurou obediência a Zariel
Pherria Jynks FÉ-ri-a DJINKS Acólito de Torm na catedral do Paço Alto de Elturel
Reya Mantlemorn REI-a MEN-tol-morn Uma integrante dos Cavaleiros do lníerno que,iurou proteger e defender Elturel
Satiir Thione-Hhune sa-TlR thi-ON-hiun(e) Membro da família Hhune de patriares (nobres) de Baldur's Gate
(com H aspirado)
Shaleen Zoraz cha-LlN zo-RAZ Supervisora de manutenção dos esgotos aprisionada na Quinta Vanthampur
Sibriex Sl-bri-eks Demônio que parece um saco estufado de carne pustulenta
Sylvira Savikas sil-Vl-ra sa-Vl-kas Arquimaga tiferina e especialista nos Nove lnfernos
Thalamra Vanthampur tha-LAM-ra VAN-tham-per Duquesa do Conselho dos Quatro que governa Baldur's Gate
Thavius Kreeg THEI-vi-us KRIG Ex-clérigo de Torm e alitarca-mor de Elturel
Thurstwell Vanthampur TH ERST-uél VAN-tham-per Primeiro filho da duquesa Thalamra Vanthampur de Baldur's 6ate
Tiamat Tl-a-mat Rainha de cinco cabeças dos dragões malignos, aprisionada nos Nove lnfernos
Trantolox TRAN-to-lóks Nalfeshnee que se encontra diante da Cidadela Sangrenta
Traxigor TRA-ksi-gor Arquimago transformado em lontra
Ulder Ravengard UL-der REI-ven-gard Grão-duque de Baldur's Gate e líder do Punho Flamejante
Yael I El -el Defensora de Elturel já falecida, hofe um fantasma nos Nove lníernos
Yeenoghu ie-NO-gu Lorde demônio venerado pelos gnolls
Zariel ZA-ri-el ou za-ri-EL Aquidiaba, soberana do Avernus, a primeira camada dos Nove lnfernos
+
Sonnn e AvnNTURA
ll
nLouR's Gere: Descroa eo AvenNus É una
aventura de DuNcroxs & DnacoNs paÍa um
grupo de quatro a seis personagens de 10 nível
que começa na cidade de Baldur's Gate (Portâo
de Baldur) e termina no Avernus, a primeira
camada dos Nove Infernos. No fim da aventura,
os personagens provavelmente estarão no
) 130 nível ou acima. Para mestrar esta aventura,
você precisa da quinta edição do Player's
Handbook: Livro doJo§adoc do Dun§eon Master's Guide:
Livro do Mestre e do Monster Manual: Livro dos Monstros.
Use a primeira sessão de jogo para auxiliar os jogadores a
criar seus personagens de 10 nível. Enquanto cuidam disso,
os jogadores podem escolher o segredo tenebroso do grupo
(consulte p. 208).
VrsÃo Gnnar na AvnNTURA
A cidade santa de Elturel desapareceu de Forgotten Realms
e desceu ao Avernus, a primeira camada dos Nove Infernos.
O ocorrido foi resultado de um acordo diabólico entre a
arquiduquesa Zariel, soberana do Avernus, e o traiçoeiro
alitarca-mor de Elturel, Thavius Kreeg. Zariel está
capturando cidades e usando os habitantes como bucha
de canhâo no conflito incessante entre demônios e diabos
conhecido como a Guerra Sangrenta. A próxima cidade
da lista é a vizinha de Elturel, Baldur's Gate (Portão de
Baldur). Os personagens podem ser os heróis que descem
ao Avernus para salvar Elturel da destruição certa e impedir
que um destino semelhante acometa Baldur's Gate.
ENcSnucA EM Blroun's Gern
O capítulo começa na cidade independente de Baldur's
1 personagens provavelmente vão adquirir o Escudo do
Gate (Portâo de Baldur), onde os personagens se veem
presos dentro dos muros da cidade depois que os portôes
sâo lacrados para impedir a entrada de refugiados de
Elturgard, o país vizinho. Mas os portões nào conseguem
conter a notícia de que a capital de Elturgard tombou e o
grão-duque Ulder Ravengard de Baldur's Gate desapareceu
em missão diplomática a Elturel. O fato de o infortúnio
de Elturel ter coincidido com a visita de Ravengard tem
feito os baldurianos se perguntarem se sua cidade terá o
mesmo fim.
Os personagens sào recrutados pelo Punho Flamejante,
o exército de mercenários encarregado de proteger Baldur's
Gate. Sem o grão-duque Ulder Ravengard na liderança, os
mercenários do Punho Flamejante não passam de bandidos
de farda. Os personagens receberam ordens para manter
a paz, que poderá ser alcançada através da erradicação e
destruição dos seguidores de Bane, Bhaal e Myrkul, deuses
malignos conhecidos coletivamente como a Trindade
dos Mortos. Esses sacerdotes, assassinos e necromantes
perversos estão matando arbitrariamente os habitantes
da cidade, e o Punho Flamejante anda tão confuso e
desorganizado que nâo é capaz de caçar essa gente nem
de encontrar seu covil. No decorrer da investigaçâo, os
personagens descobrem que os cultistas da Trindade dos
Mortos sâo financiados em segredo pela duquesa Thalamra
Vanthampur
- ela é um dos trêscom
que governam Baldur's Gate
nobres remanescentes
o dinheiro roubado
- mago, eles conhecem uma Celesfante (p.232) chamada Lulu.
do tesouro de Tiamat, a rainha maligna dos dragôes,
aprisionada nos Nove Infernos.
Com o grão-duque Ulder Ravengard fora do caminho,
Thalamra está pagando a Trindade dos Mortos para abalar a
confiança dos cidadãos no Punho Flamejante, assim ela po-
derá cortar os pagamentos à organização que já nâo tem mais
um líder. Thalamra, discípula devota da arquidiaba Zariel,
fez um acordo que a deixará em condições de reivindicar
a posição de grã-duquesa assim que o Punho Flamejante
debandar, abrindo caminho para a cidade descer ao Avernus.
Para alcançar esse objetivo, Thalamra precisa de um artefato
conhecido como o Escudo do Encoberto, dentro do qual se en-
contra aprisionado um diabo do fosso chamado Gargauth. Até
recentemente, o escudo estava lacrado dentro de uma tumba
sob a cidade, mas os filhos de Thalamra o furtaram e o leva-
ram para a masmorra em sua quinta. Tamanha é a corrupção
do escudo que sua mera presença em Baldur's Gate contribui
há décadas com a decadência moral da cidade.
Para impedir que Baldur's Gate caia nas garras deZariel,
os personagens precisam levar o escudo para bem longe
da cidade. A jovem Reya Mantlemorn, cavaleira da cidade
de Elturel, desconfia que os Vanthampur tenham acolhido
Thavius Kreeg em sua propriedade. Ela se oferece para
ajudar. Os personagens que assaltarem a quinta da duquesa
Vanthampur vâo encontrar Thavius escondido na masmorra.
Thavius está ajudando Thalamra Vanthampur a usar o
Escudo do Encoberto para provocar a queda de Baldur's
Gate da mesma maneira que usou o Companheiro (p. 7) para
condenar Elturel. Se os personagens matarem Thavius, a
alma dele vai seguir para os Nove Infernos e se refazer como
um diabo amnizu no Avernus (p. 132).
Vrsrre Ao CANDLEKEEp (Fontr oaVnra)
Ao lidar com Thavius Kreeg e a família Vanthampur, os
Encoberto e também luma caixa-se§redo infernal que eles
não têm como abrir. Pode ser que também libertem um
espião preso na masmorra da duquesa Vanthampur. Ele
trabalha para Sylvira Savikas, uma tiferina especialista
nos Nove Infernos. Determinada a resistir aos diabolistas
que detêm posiçôes de poder em todo o Oeste das Terras
Centrais, Sylvira tem sua base de operações na biblioteca
do Candlekeep (Forte da Vela) e faz anos que ela monitora a
atividade diabólica em Baldur's Gate, Elturel e região. Seus
espiões estão à procura da caixa-segredo que, segundo se
acredita, encerra uma cópia do contrato infernal que Thavius
assinou para selar o destino de Elturel.
Se quiserem ajudar Baldur's Gate ainda mais, os
personagens terão de ir aos Nove Infernos para resgatar
Ulder Ravengard das ruínas de Elturel. Recomenda-se que
os personagens procurem Sylvira Savikas no Candlekeep.
Sylvira sabe como abrir a caixa-segredo de Thavius. Ela
também tem como facilitar a descida dos personagens ao
Avernus e lhes arranjar um mâpa (nada confiável, por sinal).
Sylvira aconselha os personagens a deixar o Escudo do
Encoberto a seus cuidados. Mas levar o escudo com eles tem
seus benefícios, pois Gargauth é capaz de conduzi-los pelos
Nove Infernos como ninguém mais conseguiriafazer. Com ou
sem o escudo, os personagens deixam o Candlekeep e visitam
um amigo de Sylvira: Traxigor, um mago capaz de usar a
magia Íransçâo planar para leváJos a Elturel. Na torre desse
SOBRE A AVENTURA
5
 ({
CapÍrulo l: Uu CoNro or Duas Croeors
Para persona§ens de 70 a 40 nível
Recrutados à força pelo Punho Flamejante, os
personagens caçam e destroem os cultistas da Trindade
dos Mortos que estão ameaçando Baldur's Gate (Portão
de Baldur). As tramoias da família Vanthampur vêm à
tona e os personagens têm a oportunidade de confrontar
Thavius Kreeg, o responsável pela queda de Elturel,
antes de irem ao Candlekeep (Forte da Vela) para abrir
uma misteriosa caixa-segredo e obter salvoconduto para
os Nove Infernos.
CepÍruro 2: Errunrl ToÀasou
Para persona§ens de 50 a 60 nível
Após fazer amizade com uma Celesfante chamada
Lulu, os personagens ajudam os sobreviventes de
Elturel, uma cidade acorrentada que paira acima do
rio Estige na primeira camada dos Nove Infernos, e
procuram o grâo-duque Ulder Ravengard de Baldur's
Gate (Portão de Baldur).
CapÍrulo 3: AvnnNus
Para persona§ens de 70 a 10o nível
Os personagens percorrem a desolaçâo do Avernus
em busca de aliados, confrontam ínferos e líderes
guerreiros conhecidos como caudilhos e procuram
uma maneira de destruir o Companheiro ou romper as
correntes de Elturel.
ClpÍruro 4: Espaoa DE ZARTEL
Para persona§ens de 11o a 12o nível
A Espada de Zariel pode ser a chave para salvar
Elturel, mas, para obtêJa, os personagens terâo de
encontrar a Cidadela Sangrenta, um pedacinho do
céu aprisionado no inferno. Depois de ajudarem Lulu
a recuperar a memória e se apoderarem da espada,
os personâgens terão de decidir qual deles é digno de
empunhar uma arma do bem tão poderosa.
ClpÍturo 5: Fuca DEAvERNUS
Para persona§ens de 13o nível e acima
Os personagens usam os tesouros que adquiriram e os
acordos que fizeram para livrar Elturel e a si mesmos
do Avernus. Eles vão usar a.Espada de Zariel olufechar
um acordo diabólico para soltar o planetar preso
dentro do Companheiro? Vão convencer um demônio
a romper as correntes de Elturel? Ou vão selar um
acordo com a própria arquidiaba Zariel?
Draenama o.r: FruxocRaul oa AvexruRa
\Ç
SOBRE A AVENTURÂ
6
A CeurNHo Dos Novn INrrnxos!
O capítulo 2 começa com a chegada dos personagens a
Elturel, uma cidade ancorada por correntes enormes e
aprisionada sob a luz nefasta do Companheiro. Se os
personagens nada fizerem, a cidade afundará no rio Estige e
nunca mais sairá dos Nove Infernos. Lulu vai fazer o possível
para guiar o grupo ali no Avernus, mas as lembranças da
Celesfante são fragmentárias. No entanto, fica óbvio que
Lulu tem comZariel uma ligaçâo pessoal que remonta à vida
anterior da arquiduquesa, quando ela ainda era um anjo.
Após percorrer Elturel em busca de sobreviventes e
de entrar em conflito com os habitantes do Avernus, os
personagens encontÍam o valente Ulder Ravengard, que se
vê na situaçâo inusitada de defender uma cidade à qual ele
se opôs durante tanto tempo. Sitiado, Ravengard instiga os
personagens a fazer o possível para libertar Elturel e mandar
as ruínas da cidade de volta a Faerirn. Para tanto, eles
precisam percorrer o Avernus em busca de uma maneira de
destruir o Companheiro ou de romper os enormes grilhões
que acorrentam a cidade, como se descreve no capítulo 3.
Há tempos o Avernus é um campo de batalha na
interminável Guerra Sangrenta. Além de demônios e diabos
em conflito, também existem os pequenos caudilhos que
vasculham a desolaçáo avérnea em busca de tesouros, peças
e combustível para suas máquinas de guerra infernais. Os
personagens que se aliarem a um desses caudilhos correm
o risco de se indispor com os demais. Se arranjarem uma
máquina de guerra infernal, os personagens terão como
percorrer rapidamente o Avernus, um domínio cheio de
almas torturadas, belicistas e diabos ansiosos para induzir
pretensos heróis a fechar acordos que corrompem a alma.
Quanto mais tempo passar com os personagens, mais
Lulu vai Íecuperar suas lembranças perdidas da Espada
de Zariel, uma arma angelical que tem o poder de destruir
o Companheiro. Depois qreZariel caiu em desgraça. a
espada foi escondida numa fortaleza denominada Cidadela
Sangrenta, um santuário celestial aprisionado no Avernus.
A busca pela espada é o cerne do capítulo 4, que leva à
revelação de que é possível redimir Zariel.
O êxito dos personagens nâo depende de eles conseguirem
a Espada de Zariel nem de ajudarem a arquiduquesa a se
redimir, como Gargauth nâo hesitará em ressaltar caso
os personagens o consultem. Existem outras maneiras de
libertar Elturel, mas somente se os personagens estiverem
dispostos a fazer acordos com os habitantes mais perversos
do Avernus. Os personagens podem selar um pacto com Bel,
o arquidiabo deposto, que não vê a hora de derrubar Zariel
e recuperar o título de soberano do Avernus. Podem atiçar
a fúria de um demônio horrendo chamado Crokek'toeck e
fazê-lo roer as correntes de Elturel. Podem se enturmar com
um malvado paladino draconato chamado Arkhan, o Cruel,
e usáJo para mediar um acordo com Tiamat. Devolvendo
à rainha dos dragôes seu tesouro roubado, os personagens
podem convencer Tiamat a romper as correntes de Elturel.
Por mais tentador que isso tudo possa ser, os personagens
precisam tomar cuidado, pois acordos com o diabo, lordes
demônios e a fúria de Tiamat estâo entre as maiores
ameaças do multiverso. Além disso, pode ser que Zariel se
zar,glue com os personagens por terem se metido em seus
assuntos diabólicos. A conclusâo da aventura vai depender
das escolhas que os personagens fizerem, do caos que
fomentarem e dos acordos que fecharem, como se discute
no capítulo 5.

/
l.
w tT-'!
+ll, t
irF
9t I
,'/d
\
)
llt
\ 7
7,
/" -\
,r
L
I
I
\ [:u.*,
-\ <jÍ
'p a
q»t I
: !
Pn No on FUNDo DA AvnNruRA
No plano do monte Celéstia, o anjo Zariel repreendeu seus
semelhantes por não se envolverem na Guerra Sangrenta.
Ela achava ser responsabilidade da hoste angelical acabar
com o mal no multiverso, e nâo assistir de camarote à
aniquilação mútua de demônios e diabos que, com isso,
também iam destruindo vastas porções do multiverso.
Rebelando-se contra seus superiores, Zariel abandonou o
monte Celéstia e foi para Elturel, onde reuniu um exército
de guerreiros e os treinou para lutar na Guerra Sangrenta.
Prometeu que, quando eles estivessem prontos, ela os
comandaria em suas batalhas no Avernus.
Em meio a uma massa de pessoas a desejar sucesso e
cidadâos cheios de orgulho, Zariel deixou Elturel com seu
exército em 1354 CV. Numa investida épica conhecida como
a Cavalgada, o exército d,e Zariel entrou no Avernus para
combater o arquidiabo Bel e as legiôes infernais em seu
próprio território. Muitos guerreiros deZariel lutaram com
bravura, mas o horror dos Nove Infernos se revelou grande
demais para alguns deles. Esses voltaram a Faerün pelo
portal e o lacraram, sem que jamais revelassem a maneira
indigna como haviam batido em retirada e traído sua co-
mandante. Os Cavaleiros do Inferno, como eram chamados,
levariam para o túmulo o símbolo de sua vergonha.
,4. DnscnAçA DE Zaunr
Zariel perdeu mais que seu exército no Avernus. Também
perdeu uma das mâos, decepada em batalha. Sua espada
cait, e Zariel mandou Yael, a mais dedicada de seus generais,
pegar a ârmâ e escondê-la, para que os diabos não a destruís-
sem nem corrompessem. Yael apanhou a espada e fugiu, le-
vando consigo Lulu, a Celesfante e fiel companheira de Zariel,
I
? )
,x
)
I -! \
ii
I it
t",fa'
/
r!l
'a
I
tt -I
úl
,l ,|
$r { I
/
(
)JaP- - )
-T \--,
a
/\
5
Os outros dois generais de Zariel, Olanthius e Haruman,
recusaram-se a abandonáJa. Os três foram capturados e
mandados para Nessus, o mais inferior dos Nove Infernos.
AliZariel foi levada à presença de Asmodeus, que a recebeu
de braços abertos. O Senhor dos Nove elogiou Zariel por sua
competência em combate e pela força de suas convicções.
Ofereceu-lhe o governo do Avernus, para desgosto de Bel.
Se jurasse lealdade a Asmodeus e aos Nove Infernos, Zariel
poderia dirigir sua ira aos demônios e continuar a travar a
Guerra Sangrenta com legiões de diabos sob seu comando.
Ela aceitou as condições de Asmodeus e caiu de vez em des-
graça. Foi de bom grado que Haruman abraçou a danação
com sua senhora e se viu transformado num diabo narzugon,
ao passo que Olanthius, que tirou a própria vida para não ter
de se submeter a Asmodeus, foi revivido para servir como
cavaleiro da morte sob o olhar abrasador deZariel.
O CoupANHErRo
Zarielnunca esqueceu aqueles que a traíram, os cavaleiros
que fugiram do campo de batalha. Vigiou de perto a
cidade de Elturel, aguardando o dia em que poderia ir
vingar-se. Esse dia chegou em1444 CV quando Elturel foi
conquistada por um lorde vampiro. Um sacerdote de Torm
chamado Thavius Kreeg rogou que um poder qualquer o
ajudasse a salvar sua cidade santa. Naquele instante, Zariel
surgiu de uma coluna de fogo e ofereceu a Thavius um
acordo, que ele aceitou sem pestanejar.
No céu de Elturel apareceu uma esfera de luz chamada
o Companheiro, fulgurante como um segundo sol.
Alimentado pela energia de um planetar aprisionado em seu
interior, o Companheiro banhou Elturel e região com uma
luz divina que botou o lorde vampiro para correr, de volta às
SOBRE A AVENTUR,Â
7
 sombras, e devastou seu exército de mortos-vivos. Thavius
Kreeg reivindicou os louros de ter invocado o Companheiro,
foi aclamado o salvador da cidade e ascendeu ao cargo de
alitarca-mor. Nas décadas que Kreeg passou no governo,
Elturel enveredou por um caminho que transformaria a
cidade em uma nação, a terrâ santa de Elturgard.
ell+rçlp_pP_IruYlg!
Thavius foi informado quando exatamente o Companheiro
deixaria de proteger Elturel. Semanas antes desse momento
fatídico, Thavius insistiu que o grâo-duque, Ulder Ravengard,
de Baldur's Gate, o visitasse em Elturel e o ajudasse a resol-
ver disputas de longa data entre as duas cidades. Ravengard
relutou, mas, diante da pressâo política que sofreu em sua
própria cidade, acabou aceitando o convite. Após receber a
delegação de Ravengard, Thavius Kreeg fugiu de Elturel em
segredo e, a uma distância segura, viu o Companheiro deixar
de ser um sol fulgurante e se transformar num orbe negro ba-
nhado em energia crepitante. O Companheiro arrancou
Elturel do Plano Material, transportando-a para o Avernus
com todos os seus habitantes. Alguns outros moradores
conseguiram escâpar antes que Elturel desaparecesse. Onde
antes ficava a cidade, resta só uma cratera.
Disfarçado de refugiado, Thavius Kreeg foi um dos
primeiros a chegar a Baldur's Gate com a notícia de que
Elturel fora "destruída". Ele passou despercebido pelos
portões da cidade com a ajuda de sua amiga influente, a
duquesa Vanthampur, e foi se refugiar na casa dela.
Couo INTnnpRETAR os DnBos
Você, no papel de DM ou Mestre, pode interpretar diabos
cômicos, reservados, empolados, conspiradores ou avoados,
mas uma boa regra a seguir é: os diabos nâo têm a menor
vontade de fazer o bem. Ao lidar com os mortais, esses ínfe-
ros tentam o tempo todo descobrir como se aproveitar deles
Foxres luponrarrrs DE CoNsurrA
Esta aventura é estrelada pelos Nove lnfernos, descritos
no capítulo 2 do Dungeon Master's Guide: Livro do Mestre.
Por serem os principais habitantes dos Nove lnfernos, os
diabos desempenham papéis importantes nesta história.
Antes de mestrar a aventura, vale a pena você se íamiliarizar
com o verbete "Diabos" no Monster Manuol: Livro dos
Monstros, que não só descreve os tipos mais comuns, como
também explica sua hierarquia, como eles se comportam de
acordo com seu alinhamento ordeiro e mau, o que os deixa
contentes e o que os tira do sério, além de por que eles têm
tanto medo de morrer em seu plano natal.
Blocos de Estatísticas. O Monster Manual: Livro dos Monstros
traz os blocos de estatísticas para a maioria dos monstros
e personagens não jogadores (PNJs) encontrados nesta
aventura. Toda vez que a aventura apresentar um monstro ou
PNJ novo, você verá o bloco de estatísticas correspondente
perto do encontro no qual a criatura aparece ou no apêndice D.
Quando o nome da criatura aparece em negrito, trata-se de
uma dica visual para você procurar o bloco de estatísticas
correspondente no Monster Manual: Livro dos Monstros. Se o
bloco estiver em outro lugar, o texto da aventura vai indicar
onde você poderá encontrá-lo.
Magias e ltens Mágicos. As magias e o equipamento não
mágico mencionado na aventura são descritos no Player's
Handbook: Livro doJogador. Os itens mágicos são descritos
no Dungeon Moster's Guide: Livro do Mestre, a não ser que o
texto da aventura indique a descrição do item no apêndice C.
SOBR,E A AVENTURA
8
ou corrompê-los, muitas vezes com um sorriso insincero de
fingida preocupação ou falsa simpatia estampado na cara.
O diabo que corrompe um mortal recebe o que nos
Infernos equivale a uma estrelinha dourada, e pode esperar
que um de seus superiores repare no seu feito e dê a ele a
promoçâo que tanto merece. Quando esse mortal morÍer,
sua alma será condenada aos Nove Infernos, onde vai
degenerar e se transformar num lêmure (a menos que
seja usada com outra frnalidade mórbida). O diabo nâo
se importa com o que será da alma que ele corrompe:
simplesmente quer ser promovido a uma forma diabólica
superior. E é assim que, com o passâr dos séculos, um
lêmure pode se transformar num diabo do fosso.
Mas os diabos nào fazem só corromper. Eles também
lutam na Guerra Sangrenta. Asmodeus afirma que servir
em sua legiâo infernal é uma honra divina. pois, com
isso, o diabo ajuda a proteger o multiverso da destruição
promovida pelos demônios. Por mais comovente que isso
soe, a maioria dos diabos só participa da Guerra Sangrenta
para se destacar de seus semelhantes e subir na hierarquia.
Nâo foi bem para combater incessantemente os demônios
que muitos diabos se alistaram.
Se morrer em algum outro lugar que nâo seja os Nove
Infernos, o diabo vai se refazer no seu plano de origem
e, portanto, nâo estará realmente morto. Mas o diabo que
morre nos Nove Infernos estará morto para sempre. Sem
surpresa alguma, é por isso que os diabos tendem a tomar
mais cuidado quando estão em casa.
B4eLD_o_s Dr.A_B_os ,
Entre os traços comuns dos diabos, temos:
Simpatia. Os diabos são extremamente simpáticos.
À semelhança dos humanos. alguns mais do que outros.
Os mais cativantes apreciam a troca de amabilidades,
medem as palavras ou reparam em detalhes agradáveis
no ambiente ou nos trajes de um personagem.
Paciência. Os diabos raramente têm pressa para fechar
um acordo ou assinar um contrato. Mestres da vigarice,
os diabos oferecem um negócio realmente bom aos
mortais, obtendo em troca gratidâo e confiança, que serâo
exploradas lá na frente em pactos mais relevantes.
Civilidade. Os diabos gostam de fingir que seguem as mes-
mas regras e obedecem às mesmas convenções sociais que
os mortais. Nâo veem problema algum em se apresentar ou
agir como for necessário para alcançar seu objetivo final, ge-
ralmente um contrato que tem como paga a prestação de ser-
viços ou uma alma. Aprenderam que o comportamento civili-
zado rende mais frutos que uma reação colérica ou violenta.
Estratagemas. Os diabos não envelhecem e, portanto,
raras vezes têm pressa ao planejar a conquista ou a
corrupção de uma alma. Isso leva a tramas tortuosas
que dificilmente são o que aparentam ser. Para os diabos
menores, a mera aceitaçào de um presente maldoso já
basta, ao passo que os maiores gostam de enredar os
personagens em escolhas que comprometem seus valores.
Falta de escrúpulo. Maldosos e desalmados, os diabos não
sofrem humilhação nem passam vergonha, não sentem
culpa nem remorso e estão preparados para praticar os
atos mais hediondos para conseguir o que desejam.
Medo do Rebaixamento. O diabo que decepciona um supe-
rior pode ser rebaixado e instantaneamente transformado
numa forma diabólica inferior. Quanto mais alto na hie-
rarquia, mais o diabo teme o rebaixamento e a perda de
poder. Portanto, os diabos se esforçam ao máximo para
esconder seus erros ou atribuilos a outra pessoa.
AVrpa Nos Novn lNrnnNos
Boa parte da aventura acontece na primeira camada dos
Nove Infernos. Não é exatamente o cenário habitual de
uma âventura de D&D. As dicas e os truques a seguir
vão ajudá-lo a tornar extraordinária a temporada dos
personagens no Avernus.
Igro.s_§ÃeIryfl1-1Zl§ _ sente na pele uma carícia delicada. A sensação não tem
O plano dos Nove Infernos é um lugar de sofrimento abjeto
e infelicidade geral. Os diabos mais fracos sâo explorados e
torturados por seus superiores. Os mais fortes vivem com
medo de perder uma promoçâo ou sofrer rebaixamento.
Mesmo quando algo parece dar certo, a alegria é fugaz e
só faz alimentar a suspeita de que as coisas logo vão piorar
bastante. Esse pessimismo inescapável leva muitas criaturas
à apatia e à malevolência. Elas têm um prazer perverso em
espalhar a infelicidade feito uma doença contagiosa.
Utilize as maneiras a seguir para reforçar aos jogadores o
sentimento de que o plano dos Nove Infernos é um lugar de
penúria e sofrimento:
. Ao conversar com os personagens, os nativos dos Nove
Infernos gostam de lamentar o próprio infortúnio e culpar
outras pessoas pelas vidas horríveis que eles levam.
. Você pode decidir quanto tempo os personagens levam para
Você pode embotar de leve o sucesso do personagem que
consegue alguma coisa. Por exemplo, o cinto dele ou dela
arrebenta, ou entâo um inseto infernal picalhe o pescoço,
deixando um calombo vermelho
. Haruman ao Forte Falangeta.
Se um personagem tirar 1 najogada de ataque com uma
arma não mágica, você pode decidir que a arma se quebra.
Tuno E HonnÍvnr
O Avernus é insidioso ao fomentar a cobiça e obrigar os
visitantes a pagar com dinheiro ou mercadorias as coisas de
que precisam para sobreviver. Os mortais não conseguem
comer boa parte da fauna e da flora do Avernus e a maioria das
fontes de água é venenosa ou pestilenta. A escassez de víveres
e água potável estimula o hábito de acumular as coisas.
Você pode lembrar osjogadores de como o Avernus é
horrível das maneiras a seguir:
. Toda comida e bebida que os personagens trouxerem
consigo ou conjurarem magicamente conservará o valor
nutritivo, mas terá um gosto horrível quando consumida
no Avernus. A comida tem gosto de cinzas, a água tem
gosto de bile, e o vinho, de leite estragado.
. Se quiserem algo com um gosto bom, os personagens terâo
de compráJo de vendedores autorizados. como o rakshasa
Mahadi, que dirige o restaurante Êxtase Infernal (p. 129).
Uma refeição saborosa sempre custa os olhos da cara.
. aventura, peça a cadajogador que escreva num papelzinho
Se um personagem cometer um ato egoísta, você pode
recompensar esse egoísmo com inspiraçâo (descrita no
capítulo 4 do Player's Handbook: Livro doJo§ador). Mas,
diferente da inspiração normal, esse benefício náo poderá
ser transferido para outra criatura.
PeneÍso Pnnoroo
Antes que a Guerra Sangrenta o reduzisse a terra arrasada,
o Avernus era uma doce armadilha criada por Asmodeus,
um paraíso de delícias infinitas projetado para seduzir
e maravilhar os mortais. Fragmentos desse paraíso
perdido ainda caem do céu do Avernus como meteoritos
incandescentes, e a terra está toda pontilhada com as
ruínas de palácios ejardins idílicos que, eras atrás, foram
de uma beleza obscena.
Recordaçôes efêmeras desse antigo paraíso podem
aparecer para os personagens das maneiras a seguir:
Percorrendo o Avernus, os personagens vislumbram uma
miragem fantástica: um palácio suntuoso ou um oásis
verdejante que desaparecerá assim que eles chegarem a
uns 30 metros de distância.
Um personagem escolhido ao acaso escuta risos ou uma
linda música, capta o cheiro de flores ou perfume, ou
origem discernível e passa depois de alguns segundos.
Os personagens encontram uma relíquia que sobreviveu
ao desmoronamento do paraíso, como um belo vaso
ou uma estátua tombada. O primeiro personagem
que tocar na relíquia terá um momento fugaz de puro
contentamento.
Tooo Lucen EM ToDA Penrr
A geografia se dobra aos caprichos dos Nove Infernos.
Um dos aspectos libertadores desta característica planar
é que ninguém precisa mapear minuciosamente a posiçáo
relativa dos lugares.
A distorçâo espacial pode ser perturbadora pâra os
visitantes, mas oferece a você, DM, os benefícios a seguir:
ir de um lugar a outro. Por exemplo, os personagens podem
ter de percorrer 9 quilômetros para ir de Forte Falangeta à
Colina de Haruman, e 90 quilômetros para ir da Colina de
Se os personagens tiverem pressa para chegar a algum
lugar, um diabrete pode aparecer do nada e, em troca de
uma moeda espiritual ou outro objeto valioso, apontar
um atalho que reduzirá pela metade a distância que eles
precisam percorrer para chegar a seu destino.
O Empório Errante (p. 126) pode aparecer praticamente
em qualquer lugar dos Nove Infernos a qualquer momento.
Se os personagens não souberem para onde ir nem o que
fazer em seguida, ou se você quiser surpreendêlos com
interações divertidas, faça o Empório Errante chegar ao
lugar onde o grupo se encontra, independentemente de
onde o tenham visto da última vez.
Aqunrn Toqun Prssolr
Existem maneiras bem simples de personalizâr a aventurâ
e fazer do Avernus um lugar ainda mais infernal para seu
bando de aventureiros. Pense na possibilidade de usar os
métodos a seguir para criar uma experiência talhada para
seus jogadores:
. Descubra o que assusta os personagens. No começo da
três coisas que o personagem dele ou dela teme. Guarde as
anotações até o grupo chegar aos Nove Infernos, aí use-as
para personalizar os horrores que povoam o Avernus.
. Faça uma lista das fraquezas que os jogadores escolheram
ao criar os personagens, para que você possa lembrá-
los de que essas fraquezas existem quando surgirem
situaçôes desafiadoras. Por exemplo, o personagem com o
antecedente Herói do Povo poderia ter a fraqueza:
"Eu já parto do pressuposto de que alguém vai tentar me
enganar". Deixe ojogador se digladiar com essa fraqueza
ao negociar com os diabos e outros habitantes do Avernus.
SOBRE A AVENTURA
9

1
Í I
\\
F ]
tl
epÍruro 1: Uu CoNro
ALDUR's Glre (PonrÀo or BalpuR) coueçou
como a cidadezinha portuária onde os
comerciantes se encontravam com os
"faroleiros-fantasma", habitantes da Costa da
Espada que usavam luzes para atrair os navios
perdidos no nevoeiro para a praia. Quando
os navios encalhavam. os faroleiros-fantasma
vasculhavam os escombros e corriam para
vender o butim em Baldur's Gate, situada na
margem direita de uma curva do rio Chionthar.
Passaram-se anos e Baldur's Gate se tornou uma cidade
grande e murada. Hoje suas ruas nevoentas vivem
manchadas com o sangue dos infelizes que caem nas garras
de oportunistas malvados, muitos dos quais sâo nobres,
comerciantes, piratas e assassinos. Um exército de soldados
mercenários, conhecido como o Punho Flamejante, mantém
a paz na cidade, e esses soldados respondem ao grâo-duque
Ulder Ravengard. Os integrantes do Punho Flamejante
nâo se importam com a justiça: cobiçam somente poder e
dinheiro, nada mais. Contudo, mesmo que o Punho tenha
a reputaçâo de ser uma organização cruel, as pessoas
consideram o grão-duque um homem honrado e razoável.
A cidade de Elturel, capital de Elturgard, localiza-se bem
mais no interior do continente, subindo o rio Chionthar.
Se Baldur's Gate merece a reputação de ser um ninho de
víboras, Elturel é considerada um bastião de fé, ordem e alta
cultura. As duas cidades vivem uma rivalidade feroz e per-
sistente que começou com Baldur's Gate roubando a carga e
o dinheiro de navios com origem ou destino em Elturel, su-
focandolhe o comércio marítimo. Apesar de os conflitos en-
tre Baldur's Gate e Elturel nunca terem degringolado para
uma guerra franca, as relações entre as cidades sâo tensas
há um bom tempo... tempo demais, diriam alguns.
IO
capÍruro I I uM coNTo DE DUAS CIDADES
r
A
DE Dues C IDAD I
Qunoe on ErruREL
Faz dez dias que o grâo-duque Ulder Ravengard partiu
de Baldur's Gate com uma companhia de soldados do
Punho Flamejante em missão diplomática a Elturel, após
aceitar um convite formal do alitarca-mor de Elturel,
Thavius Kreeg. Mas Ravengard nâo partiu de bom grado.
Foram meses de persuasão por parte de seus paÍes os
-
outros três duques do corpo governante de Baldur's Gate,
o Conselho dos Quatro
- até ele se convencer a aceitar o
convite de Elturel e deixar a cidade nas mãos competentes
de seus colegas. A duquesa Thalamra Vanthampur se
mostrou particularmente persuasiva, recolhendo petiçôes
da nobreza e também dos líderes plebeus.
Não muito depois de Ravengard chegar a Elturel, a cidade
foi tragada e arrastada para os Nove Infernos: sumiu do
mapa. Graças à distância entre as duas cidades, nâo chega
a surpreender que os moradores de Baldur's Gate só
ouvissem falar do triste frm de Elturel quando os refugiados
de Elturgard começaram a chegar em massa. Os boatos
sobre o desaparecimento de Elturel se alastraram feito fogo,
alimentando o receio de que Baldur's Gate talvez fosse a
próxima. Ao mesmo tempo, o pânico varreu as fileiras do
Punho Flamejante, que de repente se viu sem um líder forte.
Na ausência do grão-duque, o governo de Baldur's Gate
continua a funcionar, tocado pelos três duques e duquesas
remanescentes: Belynne Stelmane, Dillard Portyr e
Thalamra Vanthampur. O duque Portyr chegou a chamar
de volta sua sobrinha Liara Portyr, a comandante do Punho
Flamejante no Forte Beluarian em Chult, esperando que ela
consiga controlar os mercenários. Mas o navio dela ainda o
z
levará algum tempo para chegar. Enquanto isso, não param Í
de chegar refugiados de Elturgard, com suas alegaçôes :
 terríveis de que nada mais resta de Elturel fora uma
cratera no chão. O PonrÀo Do BASrLrsco
Entre as pessoas que fugiram de Elturgard estão vários
Cavaleiros do Inferno, paladinos que juraram defender
Para persona§ens de 10

Pouco depois de chegarem ao Portão do Basilisco,

nível
r
Elturel. Esses guerreiros só escaparam ao triste fim da
cidade porque não estavam em Elturel quando esta tombou,
os aventureiros sâo recrutados por um capitão do n
Punho Flamejante e instruídos a caçar e destruir os
e o Punho Flamejante deu para prendêJos assim que os
seguidores da Trindade dos Mortos, responsáveis por
vê, para que não tentem causar confusão em Baldur's Gate.
uma onda de assassinatos.
Mas os Cavaleiros do Inferno nâo se entregam sem lutar, e
isso gera violência e derramamento de sangue.

O Mer EM BALDUR's Garn TevnnNa DA ELEGTA Errrc,l

Para persona§ens de 70 nível
Sem Ulder Ravengard para impediJos, os capitâes do Punho
Flamejante estâo exercendo sua autonomia com brutalidade, Os aventureiros tratam com uma espiã chamada J
com a desculpa de que é preciso manter a ordem. Eles Tarina. Em troca da ajuda deles, ela conta onde os
fecharam todos os portões exteriores para manter Portâo seguidores da Trindade dos Mortos estáo escondidos.
de Baldur a salvo do "perigo" dos refugiados, aprisionando
os baldurianos no interior de seus próprios muros. Com o
Punho Flamejante entretido com a crise dos refugiados, "\.
os moradores se veem caçados e mortos nas ruas pelos A M,c,sN,ÍonRA DA TnrNo,c,»n Dos MoRTos
cultistas da Trindade dos Mortos, os deuses malignos Bane, Para persona§ens de 20 nível
Bhaal e Myrkul. Sem o Punho Flamejante para refreáJos, Os aventureiros encurralam os seguidores da Trindade
esses cultistas ficaram ousados e agora tÍansitam livremente dos Mortos e um dos filhos da duquesa Vanthampur
na cidade, tendo suas atividades financiadas e respaldadas dentro de uma masmorra antes de um encontro casual
em segredo pela duquesa Thalamra Vanthampur. com cultistas de Tiamat.
Entre os primeiros refugiados a chegar a Baldur's Gate
estava ninguém menos que Thavius Kreeg, o responsável
pela perdição de Elturel. A duquesa Vanthampur acolheu
Kreeg na masmorÍa sob sua quinta e o manterá ali até O LerraplÃo Monrrço
Baldur's Gate ter o mesmo fim de Elturel. Assim como Para persona§ens de 30 nível
Kreeg, a família Vanthampur deve muito a Zariel, a
Os personagens confrontam mais um dos filhos da
arquiduquesa do Avernus. Usando o dinheiro surrupiado
-rt duquesa Vanthampur numa taveÍna à beira do cais
do tesouro de Tiamat pelos asseclas de Zariel no Avernus, a
chamada o Lampiâo Mortiço. Ali conhecem uma
duquesa Vanthampur contratou os cultistas da Trindade dos
Cavaleira do Inferno fugitiva de nome Reya Mantlemorn
Mortos para causar confusâo enquanto seus filhos roubavam
o Escudo do Encoberto de uma tumba sob a cidade. Usando
o poder desse escudo mágico, a duquesa Vanthampur e
Thavius Kreeg acreditam que conseguirâo provocar a queda
de Baldur's Gate da mesma maneira que o Companheiro foi
QutNr,l VlNrHaÀdpun
Para persona§ens de 30 nível
usado para arruinar Elturel. O escudo encerra a essência de
um diabo poderoso chamado Gargauth, e sua presença em Munidos de provas de que a duquesa Vanthampur
Baldur's Gate vem instigando boa parte do mal que se entoca representa um perigo claro e imediato para Baldur's
no coração de seus habitantes. Gate (Portão de Baldur), os aventureiros atacam sua
Para salvar Baldur's Gate, os aventureiros precisam quinta e obtêm com o último filho da patriar uma
derrotar os cultistas da Trindade dos Mortos, localizar os caixa-se§redo infernal.
malvados que os financiam, tirar o Escudo do Encoberto das
mãos da duquesa Vanthampur e ir atrás do grâo-duque Ulder
Ravengard nos Nove Infernos.
Nos SusreRRÂNEos DA QUTNTA
Para persona§ens de nível
Cotrro MnsrnAR o CapÍruro
40

Na masmorra e nos esgotos sob a Quinta Vanthampur,

O diagrama 1.1 é um fluxograma que apresenta em ordem os aventureiros confrontam Thavius Kreeg e encon-
cronológica os principais acontecimentos deste capítulo. tram o Escudo do Encoberto.
Os aventureiros começam como personagens de 10 nível,
progredindo parao20 caso sobrevivam ao encontro
na Taverna da Elegia Étnca (p. 16) e para o 30 após
conquistarem a masmorra da Trindade dos Mortos (FoRTE pa
(p. 20). Os desafios que terão de superar no Lampião
ClNpr.rrrEP Vnra)
Para persona§ens de 40 nível
Mortiço (p. 28) e na Quinta Vanthampur (p. 32) são
formidáveis o bastante para fazêJos subir para o 40 nível. Os aventureiros levam a caixa-se§redo infernal de
Depois de conquistar os esgotos sob a quinta (p. 37) e Thavius Kreeg para uma tiferina sábia no Candlekeep
conseguir informações valiosas no Candlekeep (Forte da (Forte da Vela). Para salvar Elturel, ela os brinda com
Vela) (p. 45), os personagens vão progredir para o 50 nível e, um mapa do Avernus, uma maneira de chegar aos Nove
o em seguida, entrar nos Nove Infernos, já no capítulo 2. Infernos e uma Celesfante para lhes servir de guia.
z
s
f
DracRar'ra t.t: Fuuxoe naua oo Capíruuo r

cepÍrulo I I uM coNTo DE DUAS CIDADES

II
 O PonrÃo Do Besrrrsco
Leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir para seus
jogadores começarem a aventura: /

Bem-vindos a Baldur's Gate, o Portão de Ealdur, um
verdadeiro ninho de víboras e ratazanas que se agarra às
encostas rochosas que sobranceiam o rio Chionthar.
De sua posição elevada na Cidade Alta, os nobres locais
conhecidos como patriares observam com um desprezo
-
dissimulado o populacho da encardida Cidade Baixa que
abraça o porto coberto pelo nevoeiro. Baldur's Cate inteira
fede a sangue, crime e oportunidade. É fácil entender por
que piratas e comerciantes se deixam atrair pelo lugar feito
moscas por uma carcaça.
A leste dali, subindo o rio, fica Elturel, a capital da terra
santa de Elturgard, ou era esse o caso até dias atrás.
A enxurrada de refugiados provenientes de Elturel piorou
desde que chegaram as primeiras notícias de que a cidade
havia tombado. Estão todos dizendo que Baldur's Cate será
a próxima a cair, mas ninguém sabe realmente quem ou o
que levou Elturel.
Os patriares pagam um exército de mercenários chamado
o Punho Flamejante para defender seus interesses em
Baldur's Gate e, por extensão, também a cidade. O Punho
Flamejante ganhou ainda mais poder desde que seu
carismático líder, Ulder Ravengard, reivindicou o título de
grão-duque há alguns anos. Aparentemente, Ravengard está
desaparecido. Em sua ausência, o Punho Flamejante lacrou
os portões da cidade para estancar a torrente de refugiados.
Ninguém tem permissão para entrar ou sair.
Tudo isso chegou a seu conhecimento logo depois de
vocês serem recrutados pelo Punho Flamejante para ajudar
a defender a cidade. Vocês têm ordens para falar com o
capitão Zodge no Portão do Basilisco, uma abertura na
muralha oriental da cidade que tem esse nome por causa
das diversas estátuas que ficam ali, dentro de seus nichos
ou empoleiradas nas ameias. Longe dos olhos agora que
lacraram o Portão do Basilisco, uma estrada de terra cruza
os cortiços da Cidade de Fora até a ponte conhecida como
Passagem do Draco e dali segue para reinos distantes.
Dezenas de soldados do Punho Flamejante estão
tentando controlar uma turba enfurecida de plebeus que
não vê a hora de deixar a cidade. Munidos apenas de uma
descrição vaga do capitão Zodge um homem alto, de
-
cabelos pretos e compridos e um tapa-olho de couro
-,
vocês levam algum tempo para encontrá-lo. Soldados
plebeus começam abrigar, e enfim vocês avistam o capitão
caolho assim que ele entra na briga e começa a distribuir
socos. É só mais um dia na Cidade de Sangue.
ilr i;
(
{
-
0
BeasÃo oo
Putxo Frame:aNrg
O influxo de refugiados elturgardianos, aliado ao fato
de ninguém saber que fim levou o grâo-duque Ulder
Ravengard, convenceu o capitão Darmin Zod,ge, tm
humano veterano, ordeiro e mau, a provar que seria
digno de liderar o Punho Flamejante
- antes que um rival
aproveite a oportunidade num futuro próximo. Zodge
também sabe que Liara Portyr, comandante dafortaleza
do Punho Flamejante em Chult, foi chamada de volta
a Baldur's Gate pelo tio, o duque Dillard Portyr. Zodge
quer impressionar a comandante Portyr mostrando sua
capacidade de manter apaz em Baldur's Gate até ela chegar,
Apesar de Zod,ge não ter um pingo de decência, ele se
preocupa com o bem-estar dos soldados sob seu comando.
As turbas enfurecidas podem ser perigosâs, e Zod,ge nào
hesita em derrubar os agitadores, para que a fúria da
multidâo logo se transforme em medo. Ninguém acaba preso
no tumulto que os personagens presenciam, mas vários
plebeus sâo espancados e privados das algibeiras depois de
uma rápida escaÍamuça com Zodge e seus soldados. Deixe
claro para osjogadores que os personagens deles nâo teriam
por que se surpreender com a maneira como Zodge lidou
com o problema. Os capitâes do Punho Flamejante têm uma
liberdade de ação espantosa quando se trata de manter a paz
em Baldur's Gate, particularmente na Cidade Baixa.
É de conhecimento geral que a melhor maneira de lidar
com os soldados do Punho Flamejante é suborná-los. Quem
tem como pagaÍ a propina de 10 PO ou mais (em vez do
habitual pedágio de 2 PC) tem licença para passar pelo
portâo depois de algum regateio.
RnuNrÃo coM o CaprrÃo Zo»cn
e O capitâo Zodge já esperavâ os personagens. Se decidirem
não falar com ele, Zodge ced,o ou tarde vai localizálos.
O Punho Flamejante tem contatos na cidade toda e,
portanto, esconder-se d,e Zod,ge nâo será fácil, a menos
que os personagens conheçam alguém que possa acolhê-
los. Zodge mantém seis soldados do Punho Flamejante
(humanos veteranos) perto dele o tempo todo. Seus nomes

It são Issio, Minaqua, Nelestree, Oliver, Soltus e Thalkara. I

I2
CAPÍTULO I I UM CONTO DE DUÂS CIDADE§

[\*--,

{t
,l; f-..
í.'
Mapa t.t: Baroun's Gare (PonrÃo oe Baroun)
Quando nâo está exibindo seu poderio militar nem
aceitando propina, o capitão Zodge se apresenta como um
homem franco e sensato que trata as pessoas com o mesmo
respeito que exige delas. Quando os peÍsonagens estiverem
prontos para escutar o que ele tem a dizer, leia em voz alta o
texto do quadro para osjogâdores:
"A crise dos reíugiados", diz o capitão Zodge, "anda
alimentando o receio de que Baldur's Cate possa ter o mesmo
fim de Elturel, da qual nada sobrou fora um buraco no chão, ao
que parece. Nosso grão-duque, Ulder Ravengard, estava em
Elturel em missão diplomática quando a cidade foi destruída.
Coincidência? Creio que não.
"Os cavaleiros de Elturgard se intitulam Cavaleiros do
lnferno. Alguns deles escaparam da ruína de Elturel e acham
que nós temos alguma culpa nisso. Bando de baderneiros
hipócritas! Estamos prendendo todos eles assim que os vemos,
mas, com isso, ficamos desfalcados para lidar com um outro
problema. É para isso que preciso da ajuda de vocês."
O capitâo Zod,ge não vai aceitar um não como resposta.
O Punho Flamejante tem âutorizâçáo para recrutar
aventureiros durante emergências. Ele pode executálos
sumariamente caso se recusem a ajudar, mas prefere que
eles aceitem a incumbência. Ele entrega a cada personagem
um distintivo de cobre com o brasão do Punho Flamejante.
a fundos necessários para pagar os personagens, cumprindo
Esses distintivos autorizam os personagens a agir em
= nome de Zod,ge.
= pagar os aventureiros.
o
7
4"
Í 0
.1 -/'/-
Í'., -z-§
Rio Chionthar
Leia em voz alta o texto do quadro a seguir quando os
personâgens estiverem dispostos a continuar escutando:
"Faz tempo que Baldur's Gate é assolada por seguidores da
Trindade dos Mortos, os deuses Bane, Bhaal e Myrkul. Achei
que tivéssemos exterminado todos eles, mas parece que não.
Esses propagadores do medo e da morte estão se aproveitando
da crise atual para cometer uma onda de homicídios na cidade.
Como meus delegados, vocês têm licença para matar esses
canalhas assim que os virem. Encontrem o covil dessa gente e
exterminem todos eles. Eliminem qualquer um que se colocar
no seu caminho e não se preocupem com os danos colaterais.
"Se fizerem o que estou dizendo, vou cuidar para que cada
um de vocês receba duzentas peças de ouro, sem contar minha
gratidão, que vale muito mais que isso.
"A alguns quarteirões do Portão do Basilisco fica a Taverna
da Elegia Élfica. Uma espiã chamada Tarina frequenta o lugar
para levantar informações para a Guilda. Ela me deve um
favor, portanto podem dizer que vocês trabalham para mim.
Perguntem o que ela sabe sobre a Trindade dos Mortos. E, pelo
amor de Balduran, sejam gentis. Tarina tem amigos perigosos."
Passados dez dias sem informes sobre ataques de
seguidores da Trindade dos Mortos, Zod,gevai conseguir os
sua parte no acordo. Ele vai recolher os distintivos antes de
CAPÍTULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES r3
 a 4 I
I Fl
#F.l
t-
a

I 'l
j á
lr

[É-
-r
L n
ir
a a
qlr
.\
}

II 1

I
Ir

\t
'// :
I

7'
)&zt u' /
7'<
{' a-t I
,p? a
f
",í!#, 4 ffi
Wi Ftr! ,í'
t
x
T
/ ,u .,1
)
) '':"Í J') J-Í

Qualoo ô NEvoErRo passa, Eauoup's Gare neruz

Às uaneexs oo Rro Cxroxrxnn

' -'-:
t tI i'
 I

T.--

- t-

ffi
rflã l-Í
F i
ftÊ" I
i
\ ftl -,-{

.t
$ffi I
tr
n
,\; 1l

?. tF
I
t .l
u ! *
.t
J
)h Y,
í:ç
I
ttl fL ô
I i' J ,rff* (
t 'a
Lq t Íí{
cÍ
.t{

,1r .l
rI rl
tl Rí ,tá
,ÍeÍá
çÍ
;1.* rrílÍtt '!r iifl'
l"t J'.r

\r
\ -t ÍÍ rÍ.
l-
,7Í ;,f
F

{xrt
 T[vnnNA DA Erncra Érrrca
Os personagens podem visitar a Taverna da Elegia Élfica,
como quer o capitáo Zod,ge, ou entâo fazer o que bem
entenderem. O objetivo deles na taverna é estabelecer
contato com uma espiâ chamada Tarina e descobrir o que
ela sabe a respeito da Trindade dos Mortos.
Zodge tem espiôes que vão mantêJo informado quanto
ao progresso dos personagens. Se os personagens nâo
visitarem a Taverna da Elegia Élfica num prazo de
48 horas após receberem suas ordens, Zodge mandará um
pelotão de seis veteranos do Punho e um crânio flamejante
para escoltar os personagens à taverna, matar todos que
se recusarem a ir, e voltar para prestar contas. Se os
personagens destruírem esse pelotâo ou escaparem dele,
Zod.gevai mobilizar outros dois pelotões para caçáJos.
Sonnn a Tavnnue
A localização da Taverna da Elegia Élfica está indicada
no mapa 1.1 (p. 13), e o mapa 1.2 mostra o interior do
estabelecimento.
De tempos em tempos, a voz fantasmagórica de uma elfa
toma a taverna, entoando a elegia tristonha à qual o lugar
deve o nome. A canção não chega a atrapalhar a conversa,
mas a maioria dos fregueses para de falar quando a elegia
começa, retomando o papo depois que ela termina. Muitos
clientes frequentam o local justamente esperando escutá-la.
Os falantes do idioma élfico entendem a letra da cançâo, que
lamenta por um namorado sem nome que se perdeu no mar.
Ninguém sabe ao certo como o espírito pâssou a assombrar
Tlvenxls EM BALDUR's GATE
Ninguém que tenha juízo anda pelas ruas de Baldur's Cate
(Portão de Baldur) nem entra em suas tavernas sem uma
arma ou uma escolta armada. Todos que passam mais de
dez dias na cidade sabem disso por experiência própria.
As tavernas podem parecer seguras à primeira vista, mas
estão entre os lugares mais perigosos de Baldur's Gate: não
faltam bebidas alcoólicas, a tentação do dinheiro e gente
inescrupulosa. Volothamp Geddarm, um infame contador de
histórias conhecido como o crítico das tavernas, resume desta
T maneira sua experiência em Baldur's Gate: "difícil de digerir,
principalmente com uma íaca espetada no bucho". Espera-se
que os clientes se virem sozinhos quando a briga começa e
não é bom contar com a ajuda nem a solidariedade do Punho
Flamejante. Os homicídios são corriqueiros nas tavernas e
geralmente terminam com a pobre vítima arrastada para fora e
deixada numa viela (para as crianças de rua íazerem a limpa e
os ratos devorarem o resto) ou atirada no porto.
Dados Boldurionos. Os Dados Baldurianos são um jogo
popular nas tavernas de Baldur's Gate. Cada jogador precisa de
vários dados de seis faces. Seguem as regras:
. Cada jogador adiciona ao bolo a parada combinada.
. Cada jogador lança três dados. AÍ a partida procede em
sentido horário, contornando a mesa até o último jogador,
que costuma ser o anfitrião.
. Na sua vez, o jogador pode optar por "ficar" ou "rolar".
Se ficar, passará a vez para o próximo,iogador. O fogador
que decide rolar pega e lança mais um dado. Se a soma dos
resultados obtidos nos dados exceder 21, ele ou ela terá
"estourado" e estará fora da partida. Do contrário, poderá
continuar rolando os dados até ficar ou estourar.
. Depois de todos terem jogado, quem tiver a maior
pontuação (exceto os jogadores que estouraram) vencerá a
partida e ficará com o bolo.
CAPÍTULO T I UM CONTO DE DUAS CIDADES
a taverna, pois ninguém é capaz de prever quando ele
voltará a cantar.
Alan Alyth, o atual proprietário, é um meio-elfo plebeu
e neutro dotado de visâo no escuro até 18 metros. Alan
acabou de fazer 75 anos e dirige o estabelecimento há
décadas. O sangue élfico herdado de sua mãe meio-elfa o
manteve vivo durante tanto tempo e com uma aparência
melhor do que a de muitos humanos puro-sangue da mesma
idade. Ele também é agiota e oferece empréstimos aos
clientes nos quais confia. Ele raramente empresta dinheiro
para aventureiros, pois sabe muito bem como essa gente
é descuidada, mas pode oferecer um copo grátis de vinho
elverquisst se achar que isso vai manter as espadas nas
bainhas (consulte o quadro "Tavernas em Baldur's Gate").
FnncunsEs DA TavBnNe
Se forem à Taverna da Elegia Élfica a procura de Tarina, o
contato do capitão Zod,ge, os personagens vão encontrá-la
jogando cartas no andar de cima, na áreaE7. Em meio a
dezenas de outros fregueses, eles reparam em alguns ratos
circulando pelo recinto e também nos seguintes PNJs dignos
de nota, que não desempenham função alguma na aventura,
mas podem ser incluídos na história como você achar melhor:
. Skrawldar Fano (humano plebeu neutro), um operário de
estaleiro completamente zonzo e sem as sobrancelhas
. Lala Ard,az (pequenina péJigeiro espiâ, neutra e má),
uma arrombadora de cara marcada que não para de
lançar uma moeda no ar
. Oloric Chistefino (humano plebeu, neutro e bom), um
dramaturgo empobrecido que rabisca seus pensamentos e
observações num caderninho
. Aul Noutim (meio-orc rufião e neutro, dotado de visâo
no escuro até 18 metros), um caçador de ratosjovial,
queixudo e com uma risada estrondosa
. Rahima Sajiressa (humana ordeira e neutra, acólita
de Savras, divindade da adivinhação e da sorte), uma
astróloga sociável que adora apostas e jogatina
. Sálix Bichopardo (pequenino austero druida, neutro e
bom), um boticário esnobe de capa colorida
Se precisarem de ajuda para encontrar Tarina, frequenta-
dora regular da taverna, os personagens serão encaminhados
ao andar de cima (consulte "Tratando com Tarina", p. 15).
Locers DA TAvERNA
As descrições a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 1.2.
El. Ben
Alan Alyth fica no balcão enquanto dois rapazes (humanos ple-
beus) chamados Falten e Yimiur anotam os pedidos, servem
as mesas e brincam com a clientela. De cada lado da entrada
ficam dois leões de chácara: uma armadura animada de
nome Klank e uma rude meia-ogresa chamada Skoona. Estão
ali para pÍoteger o resto da equipe, e não os fregueses, e só vão
apartar uma briga se um dos funcionários estiver envolvido.
Fregueses bem armados (em sua maioria plebeus e
rufiões) se acotovelam ao redor das mesas no salâo e nos
reservados. Três cadeiras estofadas estão viradas para a
lareira na parede leste, embaixo da ruidosa escadaria de
madeira que leva ao andar de cima. Geralmente há um
bêbado desmaiado no sofá que fica encostado na parede
norte. Ao lado do sofá fica uma arca de madeira com vários
jogos (tabuleiros de xadrez do dragão, baralhos surrados do
jogo dos três dragôes etc.).
 ú
E6 U
E12
0 a
E3 o
IE
loI o
E5 o
oooooo o o o
o^o o o o E7
ffi' oUo
o.
I
El0
o o
o
o
o
0
or-\o o o El I
o
oUo ,,rrlll I
I
o
o I
o o
:C: I
I
I
I o
o I

EO: E2 o0
I
I E8
I

1 quadrado = 1,5 m

MaPÂ r.2: Taventa oa Ereera Éuprca

E2. Sara DE CoNvÍvro E7. Slrl DEJANTAR Supnnron

Não é proibido fumar na Taverna da Elegia Élfrca, -as
esta sala é o ponto de encontro preferido dos sócios de um
clube de fumantes local, os Pesca-Charutos. A maioria
dos sócios é formada por pescadores e caçadores de
caranguejos da área.
E3. S,c.ra DEJANTAR Pnrvanrva
O cômodo leva o nome de Sala do Dragão Verde por causa
da cabeça empalhada de um dragão verde jovem pendurada
na parede sul.
E4. AnulzENAcEM
Caixas de frutas, barris de água doce e tonéis de melado e
óleo sào guardados aqui.
Lampiões acesos pendem dos caibros nesta sala sem
janelas. Tapetes cobrem o assoalho de madeira e
ajudam a amortecer a barulheira que fazem os fregueses
embriagados reunidos em volta de duas mesas grandes,
ocupados em comer e jogar partidas de Dados Baldurianos
(consulte o quadro "Tavernas em Baldur's Gate").
Um dos indivíduos sentados à mesa mais próxima da
escadaria é Tarina, a PNJ que os peÍsonagens procuram
(consulte "Tratando com Tarina", p. 18).
E8. Sara DEJÂNTÂR Pnrverrve
Este cômodo leva o nome de Sala do Tríbulo Brutal por
causa da cabeça empalhada de um tríbulo brutal pendurada
na parede leste.

E5. Dnpósrro E9. SuÍrr Luxuos,c.

Esta sala contém caixas de víveres e temperos, além
de panos de limpeza, vassouras, cadeiras quebradas e
ferramentas para consertar móveis.
E6. CozrNna
Alan Alyth emprega três cozinheiros (plebeus) para
preparar as refeições: a alegre Chenna Tapitifarto, uma
pequenina austera que atua como cáe;[de cozinha, um
sous cáe;fhumano e impaciente de nome Atzar Valsheem,
e um cáe/confeiteiro humano e cego denominado Klav
. Martilmur. Eles trabalham de sol-alto à meia-noite. Suas
5 especialidades são as tortas de peixe ou caranguejo, um
grosso caldo de queijo e batatas e o pudim de pão nadando
=
ã no melado e decorado com amêndoas levemente salgadas.
Este quarto se encontra vazio no momento e a porta está
trancada. Fora a chave que empresta aos hóspedes, Alan tem
uma chave-mestra que abre a porta. Para abrir a fechadura, é
preciso um teste bem-sucedido de Destreza CD 10.
O quarto ricamente mobiliado contém cortinas de veludo,
pinturas emolduradas de navios, uma cama com dossel, um
criado-mudo, uma arca e um guarda-roupa. A porta a oeste
dá numa sala de jantar privativa.
ElO. Src.rA. DEJÀNTAR Pnrvan'rva
A cabeça empalhada de uma espécie de felino negro se
encontra pendurada na parede leste perto de um pequeno
armário e é a inspiração para o nome desta área: a Sala da
Pantera Deslocadora.

cApÍTULo I I uM coNTo DE DUAs cIDADEs

t7
n
Ell. Qu,Lnro Gnexor
Este quarto abriga uma hóspede incomum: uma sahuagin
sacerdotisa chamada Oshalla. Ela veste um manto feito de
redes de pesca e fala Comum e Sahuagin. Ela foi banida das
profundezas por planejar um golpe de estado contra seu rei.
Oshalla não se mistura com as pessoas e faz as refeições
no quarto. Levam a comida para ela três vezes ao dia. A
porta do quarto fica trancada, e elatraz a chave pendurada
no pescoço por um cordâo. Alan tem uma chave-mestra que
também abre esta porta. Para abrir a fechadura, é preciso
a um teste bem-sucedido de Destreza CD 10.
Além de uma cama, um criado-mudo, uma mesa e
um baú, este quarto contém uma escrivaninha, cadeira,
várias pinturas de paisagens litorâneas e subaquáticas,
uma banheira portátil e uma estante de 3 metros de
comprimento e 2,4 metros de altura que guarda a coleçâo de
bugigangas que Oshalla trouxe do oceano (conchas, crânios
cobertos de cracas etc.). Oshalla não deixa os funcionários
da taverna limparem seu quarto nem trocarem a água da
banheira e, poÍtanto, ambos estâo imundos.
Tesouro. Os personagens que vasculharem a gaveta da
escrivaninha vão encontrar uma algibeira de pele de tubarão
contendo 66 PO e 49 PP, dinheiro com o qual Oshalla paga
pela alimentação e o alojamento. Encostado na parede sul
fica um pequeno baú de madeira que guarda um relicário
dedicado a Sekolah, o deus tubarão dos sahuagin. O
interior do baú é forrado com dentes de tubarâo e guarda
uma estatueta coralínea de Sekolah que pesa 2,5 kg e tem
pérolas vermelhas no lugar dos olhos (objeto de arte no valor
de 250 PO).
El2. Quenro STMPLES
As portas destes quartos estão trancadas. Fora as chaves que
empresta aos hóspedes, Alan tem uma chave-mestra que abre
estas portas. Para abrir qualquer uma destas fechaduras, é
preciso um teste bem-sucedido de Destreza CD 10.
Cada quarto contém uma cama aconchegante, um baú de
madeira vazio e uma janela acortinada.
El3. Quanro Do Ar-eN
Alan leva consigo uma chave-mestra que abre a porta do seu
quarto particular. Para abrir a fechadura, é preciso um teste
bem-sucedido de Destreza CD 15.
O quarto do Alan contém uma cama de ferro ornamentada,
um baú com pezinhos, um criado-mudo e um guarda-roupa.
Esticado no chão, bem na frente do guarda-roupa, há um
tapete sufocador que atacará qualquer pessoa que nâo seja
o Alan e bote os pés nele ou abra o baú.
Tésouro. Por dentro, o baú se divide em três
compartimentos de mesmo tamanho, contendo 91 PO,
176 PP e 288 PC, respectivâmente. Alan usa esse dinheiro
para pagar os funcionários e manter a taverna.
TnaraNoo coM TenrNe
Tarina uma humana bandida, caótica e má dada a
é Destrocem as hordas do diabo
conspirar. Ela costuma jogar Dados Baldurianos (consulte
o quadro "Tavernas em Baldur's Gate", p. 16) com uma
panelinha de bocós numa das mesas da área E7. Os
parceiros dejogatina nâo percebem que ela trapaceia.
"Tarina", obviamente, nâo é seu nome verdadeiro. Antes
de se esconder em Baldur's Gate (Portâo de Baldur), Tarina
era uma pirata conhecida como Rhonda Trovoada (tampouco
seu nome verdadeiro). Após meses de serviços leais ao
Ia capitão Murosko Sessprin a bordo daSerpente Descortés,
ela roubou o butim dos colegas piratas e fugiu antes que
conseguissem detêJa.Já gastou boa parte do sâque nos
r8
cepÍrulo I I uM coNTo DE DUAS crDÀDES
últimos anos, mas ainda tem o suficiente enfurnado em
algum lugar para garantir que nunca passará fome. Ela
também tem boas relaçôes com Nove Dedos, grã-mestra da
guilda dos ladrôes local, que costuma lhe arranjar trabalho
de tempos em tempos.
Recentemente, Tarina ouviu um boato de que seus ex-
companheiros de tripulação a localizaram em Baldur's
Gate. Ela aceita ajudar os personagens, mas somente se eles
ficarem na Taverna da Elegia Élfrca pa.a ver se os piratas
aparecem e então matar todos eles.
MeraNoo Trupo NÂ TAVERNA
Cabe a você decidir quando exatamente os ex-colegas de
Tarina vâo chegar, mas os personagens devem ter algum
tempo livre antes que os piratas apareçam (como se descreve
em "Com Amigos Como Estes", p. l9). Os personagens que
se demorarem na taverna ouvirão os fregueses falando dos
últimos acontecimentos em Baldur's Gate (Portâo de Baldur)
e dos rumores provenientes de Elturel:
. 'Aposto minha última peça de cobre que os tais
refugiados sâo batedores avançados de um exército que
está se preparando para atacaÍ Baldur's Gate!"
. "O Punho Flamejante perdeu seu líder. Os capitães já
começarâm a brigar para ver quem manda agora que
Ulder Ravengard sumiu."
. "Com Ravengard fora do caminho, quem será o próximo
grão-duque, hein? Minha aposta é Thalamra Vanthampur.
Praticamente nasceu nos esgotos, essa aí, e é mais
perigosa que um bando de ratos."
A Erncrl Érrrca
Pouco antes de os colegas de Tarina chegarem, a taverna
será tomada pelo queixume fantasmagórico do espírito
élfico que sabidamente assombra o lugar. Só que desta vez
o espírito não vai cantar sobre um namorado perdido, mas
sobre Elturel. Será uma surpresa para todos ali, até mesmo
para Alan Alyth, que nunca ouviu o espírito cantar algo
diferente. Os personagens que entendem o idioma élfrco
conseguem traduzir a letra:
No teu canto, canta Elturel
Aá§ua,amataeacolina
O raiar do so,l nas rubras penhas
A verde e silente campina.
Este país de ale§ria perene,
Pátria do forte e do bravo,
De fama vasta nos reinos
E que jamais foi escravo.
No teu canto, canta Elturel
Quando o inimi§o bate à porta
O prado senfe as fendas dos cascos
Oriundos de ínfera costa.
Er§am-se, Cavaleiros do Inferno
Tomem do aço a§udo e veloz
Atirando-se na batalha feroz.
No teu canto, canta Elturel
E quando enfrm a noite che§ar
Dorme à luz do Companheiro
Até a alba de ti precisar.
Obri§a-nos um pacto mortal
Que só com a morte termina
.E assr'm cantamos Elturel
Até que se cumpra nossa srha.
 Qualquer personagem que tenha visitado Elturel ou for
bem-sucedido num teste de Inteligência (História) CD 15
saberá que "o Companheiro" mencionado na canção é o nome
que se dava a um sol artificial que brilhava acima de Elturel,
protegendo a cidade e seus arredores dos mortos-vivos.
Os personagens que falarem com Alan após escutarem
a elegia podem perguntar o que ele sabe a respeito, já que
ele fala Élfico e Comum. Mas ele foi apanhado de surpresa
pela alteraçâo na letra da música e só vai recordar alguns
trechos. O espírito vai repetir a cantiga uma segunda vez
se um elfo ou meio-elfo implorar que ele o faça e for bem-
sucedido num teste de Carisma (Persuasâo) CD 10.
Uma expressão presente na cantiga fica na memória de
Alan: "Cavaleiros do Inferno". Os personagens talvez se
lembrem de que o capitão Zodge a usou para descrever os
cavaleiros de Elturel. Alan e a maioria dos habitantes de
Baldur's Gate usam a expressâo com o mesmo sentido.
Qualquer personagem que tenha visitado Elturel ou for
bem-sucedido num teste de Inteligência (História) CD 20 vai
se lembrar de que os Cavaleiros do Inferno foram batizados
assim tempos atrás, quando desceram com suas montarias
aos Nove Infernos para combater os diabos. Boa parte deles
nunca mais voltou. E possível que um dos outros fregueses
de Alan conheça essa história.
_Çgy _Arrg_o_s Couo Esrns
Os personagens que esperarem os amigos piratas de Tarina
terão sua paciência recompensada no devido tempo. Leia
para os jogadores, quando os piratas chegarem:
Um grupo bem heterogêneo formado por oito humanos
entra sem pressa na taverna. O líder é um homem robusto,
com o olho direito embaciado, um sorriso desdenhoso e o mapa do navio no apêndice C d,o Dun§eon Master's Guide:
cruel e o andartípico de um pirata metido a valentão. Os
outros são uns arruaceiros malcheirosos que se comportam
como se fossem os donos do lugar.
"Estamos procurando uma velha amiga nossa", diz o
homem do olho branco. Ele fareja o ar. "Atende por'Tarina', ou
foi o que me disseram. Adora roubar nos Dados Baldurianos."
Faz seis meses que mataram o capitão Murosko Sessprin
durante um motim, o que deixou sua nau a Serpente
DescorÍés
- sob o comando de seu traiçoeiro imediato,
um patife chamado Lekard "Olho Branco" Cadavrus. Olho
Branco é um humano bandido capitão, neutro e mau que
deve o apelido ao olho direito, coberto pela catarata. Ele
não gosta de tomar banho e tem um bafo de peixe podre.
E acompanhado por uma malta de sete bandidos com a
mesma tendência de praticar o mal.
Olho Branco oferece um copo alto de cerveja a quem tiver
informações sobre o paradeiro de Tarina, e vários fregueses
da taverna correm aceitar a oferta. Os personagens podem
confrontar os piratas se quiserem, mas Olho Branco nâo vai
deixar que atrapalhem sua vingança. Dois piratas vigiam
a saída para garantir que Tarina nâo conseguirá escapar
enquanto os outros atacâm todos que se colocam no
caminho de Olho Branco.
Olho Branco tentará matar Tarina assim que botar os
olhos nela. Nem Alan nem os leôes de chácara vâo intervir,
a menos que um ou mais funcionários se envolvam no
combate. Os outros fregueses vão evitar a briga na medida
do possível, mas um personagem pode usar uma ação para
tentar pagar um PNJ amigável ou indiferente para entrar na
luta. Com um teste bem-sucedido de Carisma (Persuasão)
CD 15 - ou Carisma (Enganação) se a oferta nâo for
genuína
-, o PNJ vai aceitar o suborno, rolar iniciativa e
entrar no combate no seu próximo turno, aliando-se aos
personagens até a briga acabar. O teste terá vantagem se a
remuneraçâo prometida for igual ou superior a 10 PO. Olho
Branco pode usar a mesma tática, comprando os fregueses
da taverna para lutar ao lado dele.
Os personagens podem tentar subornar Olho Branco para
que ele deixe a Taverna da Elegia Élfica sem saciar sua sede
de vingança, mas ele vai exigir 5.000 PO em dinheiro ou
bens como compensação. Se os personagens alegarem ter o
dinheiro ou os bens, mas não ali, ele vai dar risada e dizer que
a palavra dos grupo náo vale nada. Ele é desconfiado demais
para cair numa engambelação tâo óbvia e não acredita que a
vida de Tarina teria tanto valor para quem quer que seja.
Trsouno
Enfiada no colete de Olho Branco, encontra-se uma algi-
beira contendo 32 PO e 15 PP. Ele também está usando dois
colares de ouro (25 PO cada) e um anel de ouro enegrecido
com uma pérola branca incrustada (125 PO). Cada um dos
outros piratas carÍega uma algibeira contendo 1d6 PP.
A nau de Olho Branco, a Serpenfe DescorÍés, está
atracada no fim de uma doca no lado leste do porto. A
embarcação é guardada por onze bandidos e nâo há
tesouro algum a bordo. Se despacharem todos os piratas, os
personagens poderão ficar com o navio. mas, para velejar, a
embarcaçâo precisa de vinte tripulantes, e metade ou mais
da equipagem deve ter proficiência em veículos aquáticos.
A Serpenfe Descorfés tem as mesmas estatísticas de um
veleiro (consulte o capítulo 5 do Dun§eon Master's Guide:
Livro do Mestre). Se precisar de uma planta do convés, use
Livro do Mestre. Intacto, o navio vale 10.000 PO, mas
ninguém em Baldur's Gate vai querer compráJo por causa
da má reputaçâo.
O Qur TenrNe Sesn
Livre dos amigos piratas, Tarina vai dividir as informações
a seguir com os personagens:
"A vários quarteirões a noroeste daqui há uma casa de banhos
com um .jardim murado e ninfas brincalhonas entalhadas
nos portões de entrada. Seguidores da Trindade dos Mortos
foram vistos entrando e saindo da casa de banhos, e me
contaram que existe uma porta secreta lá dentro que leva a
uma masmorra. É lá que os assassinos estão escondidos."
Se Tarina acabar morta, os personagens poderão entregar
o corpo dela ao capitão Zod,ge, que arranjará um sacerdote
para conjurar falar com os morfos sobre o cadáver. Assim
que o cadáver revelar o que sabe, Zodge passará as
informaçôes aos personagens.
De posse das informações fornecidas por Tarina ou seu
cadáver, os personagens podem se dirigir à casa de banhos
e procurar a masmorra secreta abaixo dela. Garanta que
os personagensjá tenham avançado parao20 nível antes
de prosseguir com a aventura. Quando os personagens
chegarem à casa de banhos, siga para a seção "Masmorra
da Trindade dos Mortos".
CAPiTULO T I UM CONTO DE DUAS CIDADE§
r9
rl
A MesMoRRA DA
TnrN»aDE Dos Monros
Antes de mestrar esta parte da aventura, leia as
informações sobre a Trindade dos Mortos no apêndice D.
Os blocos de estatísticas dos seguidores da Trindade dos
Mortos também estâo lá.
A Masmorra da Trindade dos Mortos fica escondida sob
uma casa de banhos que, sem que ninguém mais saiba,
pertence à família Vanthampur e é administrada por ela.
Um membro da família, Mortlock Vanthampur, está na
masmorra, ajudando a coordenar os ataques promovidos
pelos cultistas da Trindade dos Mortos por toda a cidade.
A intenção dos ataques é mostrar aos cidadãos de Baldur's
Gate (Portão de Baldur) que o Punho Flamejante não é
capaz de protegê-los.
CnnceNDo À Cesa DE BANHos
Quando os personagens chegarem à casa de banhos, leia
em voz alta para osjogadores o texto do quadro a seguir:
A casa de banhos é uma construção térrea de estuque com
vitrais por janelas e telhas de cerâmica. Muros de 3 metros
de altura encerram um pátio grande perto do canto sudeste
do edifício. As portas de madeira que vão dar no pátio
têm imagens entalhadas de ninfas sorridentes a dançar e
brincar na água.
Aparentemente, não há nada suspeito em relação à casa de
banhos, que apresenta uma das mais sofisticadas instalações
hidráulicas da cidade. As portas que dão no pátio (área Dl)
estão destrancadas e desprotegidas. A casa de banhos fecha
à meia-noite e volta a abrir ao alvorecer, e os moradores da
cidade vêm e vão o dia inteiro e noite adentro.
Locars DA CASA DE BANHos
As descrições a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 1.3.
Dl. PÁ'uo
I Descreva este local para osjogadores da seguinte maneira:
Este pátio em forma de L apresenta um gramado aparado
e
arbustos bem cuidados. O pátio é decorado com bancos de
mármore branco e chafarizes de pedra, e cada um deles tem
a forma de uma ninfa sorridente a derramar a água de um
jarro numa bacia de pedra redonda.
Um diabrete invisível está empoleirado no chafariz sudeste.
Se parecer que os personagens estão atrás de confusão, o
diabrete vai observá-los em silêncio até eles entrarem na casa
de banhos, aívai voar até a Quinta Vanthampur na Cidade
Alta para alertar Thurstwell Vanthampur, o fllho mais velho
da duquesa Thalamra Vanthampur. Thurstwell vai instruir o
diabrete a voltar ao seu posto, mas só, torcendo para que os
personagens despachem o irmâo dele, Mortlock.
1a
CAPÍTULO T I Ut( CONTO DE DUÀS CIDADES
20
D2. BnNnos
Do alvorecer à meia-noite, os personagens podem esperar
encontrar 1d6 humanos plebeus banhando-se ali. Da meia-
noite ao alvorecer, três humanas punhais da noite (bloco
de estatísticas na p. 236) ficam de guarda perto das piscinas
e atacam os intrusos assim que os veem. Se irromper uma
luta, o necromita de Myrkul na área D4 vai entrar na peleja
na segunda rodada de combate.
Descreva este local para osjogadores da seguinte maneira:
As paredes deste aposento de 6 metros de altura e
sustentado por pilastras são adornadas com afrescos que
mostram a realeza se banhando. A luz natural é filtrada
pelos vitrais, criando padrões coloridos nos ladrilhos de
mármore azul e lustroso que revestem o piso. Três piscinas
rasas e rebaixadas contêm água cintilante e perfumada.
Bancos de mármore branco sobre os quais repousam
montes de toalhas secas ficam perto das piscinas, que estão
todas equipadas com um par de torneiras de latão.
As torneiras trazem água quente e fria do encanamento que
fica sob o piso. No fundo de cada piscina, um tampão de pedra
bem justo impede a água de escoar. Inúmeros ralinhos perto
do topo das piscinas rebaixadas evitam que a água transborde.
D3. Sele DE MASSAGEM SUL
Esta sala contém uma mesa de massagem coberta com
toalhas limpas. Frascos de perfume armazenados sob a
mesa são usados para aromatizar as piscinas d,a áreaD2.
A luz natural entra pelos vitrais de uma janela na parede sul.
Durante o expediente da casa de banhos, um massagista
humano e andrógino (plebeu neutro e bom) de nomeJabaz
trabalha ali. Jabaz sabe que a casa de banhos pertence à
duquesa Thalamra Vanthampur e é administrada pelo filho
abrutalhado dessa nobre, Mortlock.
Mortlock deu aJabaz ordens rigorosas para não frcar
na casa de banhos depois do expediente. O massagista
desconfia que Mortlock exerça alguma atividade ilícita
paralela e que, pelas costas da duquesa, ele esteja usando o
estabelecimento como fachada para ocultar seus negócios
escusos.Jabaz sabe onde fica a porta secreta na área D4,
mas não fornecerá essa informação de livre e espontânea
vontade, por temer uma represália de Mortlock.Jabaz nâo
sabe o que há depois da porta secreta.
D4. Sere DE MAssAcEM NoRTE
Da meia-noite ao alvorecer, um humano necromita de Myrkul
(bloco de estatísticas nap.237) guarda esta sala, a menos
que seja atraído para a área D2 por sons de batalha vindos
daqui. Durante o expediente da casa de banhos, uma humana
massagista (plebeia neutra e boa) chamada Qurmilah
trabalha aqui. Ela tem as mesmas informações queJabaz, que
se encontra na área D3, e se comporta da mesma maneira.
Esta sala foi mobiliada de maneira semelhante à área
D3, mas também tem uma porta secreta na parede norte. O
personagem que procurar uma porta secreta na parede norte
e for bem-sucedido num teste de Sabedoria (Percepção)
CD 10 vai encontrá-la. Essa porta se abre para dentro ao ser
empurrada. A fedentina de esgoto saúda a pessoa que abre a
porta secretâ. Atrás da porta, uma escadaria desce 6 metros
até a área D5, exibindo degraus de pedra lisa e paredes de
tijolos. Duas arandelas com tochas crepitantes iluminam a
escadaria, mas a masmorra lá embaixo está às escuras.
 CASA DE BANHOS
' D.l
-i
-l- -!
+ :0
f
D1
.D13 +
-r-'1 I
Mana r.3: MÂsMoRRÂ on ÍqrNoaoe oos Mopros
D5. Bru-vrNDos À Masrraonna
A duquesa Vanthampur descobriu a existência desta
masmorra quando cuidava das instalações hidráulicas e do
sistema de esgoto da cidade. Ela construiu a casa de banhos
para esconder a masmorra.
A câmara ao pé da escada estávazia, sem iluminação e
tomada por água fétida até uma profundidade de
60 centímetros (mais informaçôes em "Características da
Masmorra", a seguir).
Características da Masmorra. A Masmorra da Trindade
dos Mortos tem as características recorrentes a seguir:
. As salas, os corredores e as escadarias deste local são
feitas de pedra calcária e não estâo iluminadas, salvo
indicação contrária. (Os seguidores da Trindade dos
Mortos portam tochas ou dependem da visão no escuro
para enxergar ali.)
. Os corredores de 1,5 metro de largura que atravessam a
masmorra têm um pé direito de 2,4 metros. As salas têm
pé direito de 2,7 metros, e vigas de madeira reforçam a
sustentaçâo do teto. Cada viga é um objeto Grande de CA 15,
10 pontos de vida, imunidade a dano venenoso e psíquico.
Há uma chance de 25 por cento de a destruição de todas
as vigas de uma área provocarem o desabamento do teto.
Tbda criatura na área do desmoronamento precisa ser bem-
sucedida em uma salvaguarda de Destreza CD 15, sofrendo
22 (4d10) pontos de dano contundente se falhar, ou metade
do dano se tiver sucesso. A área continuará desimpedida,
mas passará a ser terreno difícil daí em diante.
. As paredes comuns são feitas de madeira mole e podre.
Cada porta é um objeto Médio de CA 15, 5 pontos de vida,
imunidade a dano venenoso e psíquico. As portas secretas
foram cortadas e cinzeladas para lembrar as paredes de
calcário circundantes . Localizar uma dessas portas exige
1 quadrado ='1,5 m
um teste bem-sucedido de Sabedoria (Percepçâo) CD 10.
Localizad.a a passagem secreta, basta empurrar â porta
para abri-la.
. Certas áreas da masmorra (como indica o mapa 1.3) estâo
inundadas: têm 60 centímetros de água escura e são
consideradas terreno difícil. A água vem das tubulações
de esgoto dos arredores e se infiltra na masmorra através
de rachaduras no calcário. Fede que é um horror e não
é potável.
D6. Ce»ÁvER INCHADo
Boiando de bruços no meio desta sala inundada está o cadáver
inchado de um humano do sexo masculino, sem camisa e com
marcas de facada nas costas. O cadáver era um adorador de
Bhaal chamado Hiskaal e foi morto por seus colegas cultistas
por permitir que um alvo escapasse durante um ataque recente
na cidade. Todo personagem que inspecionar o cadáver e for
bem-sucedido num teste de Sabedoria (Medicina) CD 10 vai
concluir que o homem morreu há dois dias.
D7. Arren DE BHAAL
Descreva este local para osjogadores da seguinte maneira:
Três vigas de madeira sustentam o teto desta câmara
inundada, que apresenta um altar de pedra coberto de
vísceras no canto nordeste. Pendurada na parede acima do
altar fica uma máscara de aço de 90 centímetros de altura,
na forma de um crânio humano de cenho carregado.
A máscara de aço da caveira representa o semblante de
Bhaal e nâo tem propriedades mágicas.
cepÍruro r I uM coNTo DE DUÀs CIDADES
2l
 As vísceras humanoides foram deixadas sobre o altar
como oferenda ao deus do assassinato. Despejar um frasco
de água benta nas vísceras vaí fazer com que derretam e
desapareçam, além de queimar o altar.
D8. TarnçARrA MoFADA
Pendurada na parede dos fundos desta alcova há uma
tapeçaria de 1,5 metro de largura e 2,1 metros de altura.
Retrata uma cena medonha na qual quatro figuras sem
rosto destroçam um quinto indivíduo que grita. Os
personagens que inspecionarem a tapeçaria sem encostar
um dedo nela vâo reparar no mofo amarelo que cresce nas
beiradas. De fato, uma mancha de 1,5 metro quadrado de
mofo amarelo (consulte o capítulo 5 d,o Dun§eon Master's
Guide: Livro do Mestre) gruda-se ao verso da tapeçaria e vai
liberar seus esporos mortíferos se alguém mexer na peçâ.
D9. As Ponres DA TRTNDADE Dos Monros
Esta câmara está vazia, mas não livre de itens decorativos.
Em cada uma das três portas vê-se entalhada a figura
de corpo inteiro de um dos membros da Trindade dos
Mortos. O personagem que for bem-sucedido num teste
de Inteligência (Religiâo) CD 10 vai reconhecer todas
as imagens.
Porta Leste. Nesta porta foi entalhada a figura de Bane, o
deus ordeiro e mau da tirania, representado como um homem
alto e de armadura com um elmo baul na cabeça. Sua mano-
pla direita foi pintada de preto e segura uma par de algemas.
Porta Norte. Esta porta traz afrgtra entalhada de Bhaal,
o deus caótico e mau do assassinato. É retratado como um
homem grande e forte, com a caveira exposta e lâminas
recurvas no lugar das mãos.
Porta Sul. Esta porta traz afr,glura entalhada de Myrkul, o
neutro e mau Senhor dos Ossos. Apresenta-se como um perso-
nagem encapotado e com o rosto escondido no capuz. Em suas
mâos esqueléticas, ele aperta um crânio humano que grita.
D10. Sare Dos NEcRoMrrAs
As criaturas daqui vigiam a área D9 por meio de uma fenda
na porta, e o menor indício de que os personagens estâo se
aproximando dará a eles tempo suficiente para armar uma
espécie de emboscada. Leia o texto do quadro a seguir para
descrever a sala para osjogadores:
I Estirados no chão desta sala no demais vazia estão
os corpos lívidos de três humanos de mantos pretos e
imundos, dispostos em triângulo. Uma tocha acesa jaz
entre eles. Uma escadaria de pedra bruta à esquerda desce
para uma outra câmara iluminada por tochas.
Estes três necromitas de Myrkul (bloco de estatísticas na
p.237) estâo se fingindo de mortos. Também ocultam seus
manguais de caveira sob os mantos. Qualquer personagem
que examinar de perto os corpos conseguirá determinar
que estão vivos com um teste bem-sucedido de Sabedoria
(Intuição) CD 10.
Os necromitas vão se levantar de um salto e atacar
quando um personagem qualquer entrar na sala ou se forem
atacados primeiro, e lutarão até a morte para defender o
tesouro na área Dl1.
Dll. Cntpra Pancrrq.rurNTE DESMoRoNADA
Parte desta câmara desmoronou em volta de um sarcófago
de pedra que foi violado e saqueado tempos atrás.
CAPÍTULO T I UM AONTO DE DUAS CIDADES
22
Tésouro. Os necromitas na área D10 esconderam três livros
de magias sob o pó e os ossos de humanoides dentro do sarcó-
fago. Esses livros foram roubados das vítimas de homicídio.
O Livro de Magias 1 tem capa de couro vermelho e contém
as magias a seguir: detectar ma§ia, disfarçar-se, ima§em silen-
ciosa, máos framejantes, névoa obscurecente e raio nauseante.
O Livro de Magias 2 tem a runa pessoal de seu antigo
dono marcada a ferro quente na capa cor de ferrugem.
Esse livro contém as magias a seguir: convocar familiar,
enfeitiçar pessoa, identificari m/sseis má§icos e sono.
O Livro de Magias 3 tem a capa preta feita do couro esca-
moso de um réptil e contém as magias a seguir: armadura
aÍcana, detectar ma§ia, §ar§alhada nefasta de Tasha, mr'sser's
má§icos, nuvem de ada§as, queda suave e visão no escu.o.
D12. Arran DE BANE
A menos que tomem um cuidado especial para se
aproximar discretamente e sem recorrer a fontes de luz, os
personagens vão alertar os ocupantes desta sala. Descreva
esta área para osjogadores da seguinte maneira:
A parte leste desta sala está às escuras, inundada e
escorada por vigas de madeira que vão do chão ao teto.
Degraus de pedra bruta surgem da água escura na porção
oeste da sala, que está seca e é iluminada por duas tochas
em arandelas que flanqueiam um altar de pedra. Algemado
à parede atrás do altar está um homem de tanga, fraco e
pálido, com um saco de aniagem na cabeça. Uma alcova na
parede norte contém uma armadura de placas sem elmo
que não precisa de apoio para ficar de pé.
Ao lado do altar estão duas personagens repugnantes:
uma mulher grande e forte que segura uma maça e um
homem maior ainda com um elmo baul na cabeça. O
homem de elmo está cutucando o prisioneiro com uma
lança, fazendo o pobre coitado se contorcer. Ambos vestem
cota de malha, e a mulher porta um escudo de madeira no
qual foi pintado um crânio de olhar maldoso.
Os personagens de cota de malha sàoKazzira, humana
punho de Bane (bloco de estatísticas nap.234), e Yignath,
humano cônsul de ferro (bloco de estatísticas na p. 234).
Yignath está torturando o prisioneiro por pura diversâo
enquanto Kazzira só observa. Os dois atacam os intrusos,
mas preferem ficar no seco. O crânio no escudo deKazzira
foi pintado com sângue fresco. Do cinto de Yignath pende
uma argola de ferro com sete chaves: uma para as algemas
acima do altar, duas para as algemas na área D22 e quatro
para destrancar os baús na área D30.
O prisioneiro pendurado na parede oeste é KlimJhasso,
um humano nobre capturado há dois dias na Cidade Baixa
depois que seu guarda-costas foi morto. Klim é um nobre
neutro e mau com apenas 1 ponto de vida. Não usa armadura
(CA 10) e está desarmado. Ele fala Comum e Élfico, mas
nâo tem informações úteis para dividir com os personagens.
Klim garante que a família dele vai pagar uma recompensa
generosa se ele voltar em segurança à sua quinta na Cidade
Alta, mas o nobre está mentindo. A mâe já morreu, o pai
patriar está doente e os três irmâos e irmãs mais novos
querem a herança, que preferem dividir em três, e nâo
quatro. A companhia de carretagem da qual a família é sócia
não anda bem das pernas e não tem como arcar com uma
recompensa ou resgate considerável.
 As algemas de Klim têm CA 19, 10 pontos de vida,
imunidade a dano venenoso e psíquico.
A armadura no nicho tem as peças soldadas umas nas
outras e é inofensiva, mas as manoplas são destacáveis. As
manoplas são objetos animados com as mesmas estatísticas
das espadas voadoras, a não ser pelo fato de causarem
dano contundente, e não cortante. As manoplas vâo se
desprender da armadura e atacar todos que mexerem nelas
ou soltarem o prisioneiro.
Dl3. NrcnorÉRro
A menos que se aproximem discretamente e sem recorrer
a fontes de luz, os personagens vão alertar os ocupantes
desta sala. Descreva esta área para osjogadores da
seguinte maneira:
Esta sala parcialmente desmoronada tem o teto sustentado por
três vigas de madeira. Entre as vigas situa-se uma mesa de ma-
deira chamuscada sobre a qual repousa um cadáver humano.
Uma mulher assustadoramente magra e de manto negro es-
tuda o cadáver, com o rosto em grande parte encoberto por um
capuz. Aos pés dela rasteja um bando de esqueletos de ratos.
A necromante ao lado do cadáver é Flennis, uma humana
mestre de almas (bloco de estatísticas nap.237) e a
seguidora de Myrkul de posição hierárquica mais elevada ali
na masmorra. Use o bloco de estatísticas da fúria de ratos
do Monster Manual: Livro dos Monstros para representar
os esqueletos de ratos, que são mortos-vivos, e nâo feras.
Qualquer personagem que tenha a característica Expulsar
Mortos-Vivos é capaz de expulsar o bando, mas as magias
que têm feras como alvo não vão surtir efeito algum.
Flennis está se preparando para transformar o cadáver
sobre a mesa num zumbi, mas conjurar a magia animar
moÍtos leva 1 minuto, e isso significa que ela terá de dar um
jeito nos personagens primeiro. Os esqueletos de ratos vâo
atacar o inimigo mais próximo e ela vai conjurar magias
usando a mesa como cobertura.
Tesouro. Além do manto e do mangual, Flennis porta um
livro de magias empoeirado que contém todas as magias
que ela tem preparadas. O livro tem capa de couro preto e
apresenta um minúsculo fecho em forma de crânio. Flennis
guarda a chave desse fecho na cabeleira. Também é possível
abrir o fecho com um teste bem-sucedido de Destreza
CD 10 e o uso de ferramentas de ladrão.
A primeira vez que uma criatura que nâo seja Flennis
abrir o livro, um fio de fumaça preta vai brotar das páginas e
formar um crânio que vai rir desvairadamente durante alguns
segundos para então se desfazer no ar. A criatura que estiver
segurando o livro quando a fumaça apâÍecer terá de ser bem-
sucedida em uma salvaguarda de Constituiçâo CD 14 para nâo
ser amaldiçoada durante 24 horas e, nesse período, passâ a ter
vulnerabilidade a dano necrótico. A magia remover maldição
ou efeito semelhante vai encerrar a maldiçâo da criatura.
Dl4. Rero FeurNro
Um rato comum corre pela sala, à procura de migalhas. Se
os personagens usarem a magia falar com animais ou algo
semelhante paÍa se comunicarem com o rato, este poderá
dividir com eles o que sabe sobre a masmorra. O bicho vai
se afeiçoar aos personagens que lhe oferecerem comida.
O conhecimento do rato se limita aos lugares que já
visitou, especifrcamente as áreas D5 a D26. Ele nâo sabe
onde ficam as portas secretas, por isso não sabe nada a
respeito das áreas D27 aD33, que ficam escondidas atrás
da porta secreta daáreaD23.
Dl5. Sara INuNoaoa
Os túneis inundados e coalhados de entulho que vêm e vão
desta sala vão se estreitando e chegam a uma largura de
80 centímetros em certos pontos. Quatro vigas de madeira
podre surgem da água escura para escorar o teto ali. O entu.
lho amontoado no canto noroeste nada tem de interessante.
D16. Cupra INuupape
Água escura e fétida cerca um sarcófago de pedra aberto que
repousa no meio desta cripta. A tampa de pedra se partiu em
três pedaços que se encontram sob a água, ao norte do sarcó-
fago. Detectar ma§ia revela uma aura de evocação em volta
do sarcófago. Os personagens que tirarem os fragmentos da
tampa de dentro da água vâo ver que esta traz a imagem enta-
lhada de um bárbaro aos gritos com um machado na mâo.
A exposição à umidade apodreceu os ossos dentro do
sarcófago, reduzindo-os a uma borra preta.
Armadilha. Se os personagens mexerem no conteúdo
do sarcófago, um machado de batalha fantasmagórico
vai aparecer acima do esquife. O machado de batalha é
obra de umâ magia parecida com arma espiritual e, para
ser dissipado, deve ser tratado como efeito mágico de
20 círculo. Não há como danificar o machado de batalha
fantasmagórico nem como tirá-lo da sala, e a arma toma
como alvo apenas criaturas, agindo na contagem 20 da
ordem de iniciativa. Em cada um de seus turnos, o machado
de batalha se move até 3 metros e faz um ataque mágico
corpo a corpo (+§ para acertar) contra um alvo disponível,
provocando 6 (1d8 + 2) pontos de dano energético se for
bem-sucedido. O efeito vai passar quando não houver mais
criaturas dentro da sala, e a armadilha será reativada
passadas 24 horas.
D17. Arran DE MYRKUL
Leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir pâra seus
jogadores quando os personagens entrarem na sala pela
primeira vez:
Esta sala seca e parcialmente desmoronada encerra um altar de
pedra sobre o qual se encontra uma pilha de crânios e ossos.
O tampo do altar está coberto por dezenas de velas semider-
retidas feitas de cera preta, todas apagadas no momento.
Se alguém acender uma ou mais das velas pretas sobre o
altar, elas vão emitir uma luz verde e revelar dizeres escritos
em preto nas paredes. Os dizeres, que não há como enxergar
de nenhuma outra maneira, informam no idioma comum:
"ERGAM-SE E ATENDAM!". Se as palavras forem pronun-
ciadas em voz alta a 1,5 metro do altar, o texto vai desapa-
recer e ossos escondidos sob os escombros na extremidade
norte da sala vão se levantar e se juntar, formando três
esqueletos humanos reanimados. Os esqueletos sâo mortos-
vivos malignos, mas obedecem aos comandos da pessoa que
pronunciou as palavras que os trouxeram da morte, e vâo ser-
vir esse indivíduo até serem destruídos ou seu mestre morrer.
D18. AcúrvruI,o DE GÁs
O teto desta sala inundada é sustentado por inúmeras vigas
de madeira. O ar tem cheiro de ovo podre, uma fedentina
que se espalha além da sala. Qualquer personagem que
se aproximar desta área e for bem-sucedido num teste de
CAPÍTULO T I UM CONTO DE DUA§ CIDADE§
4J
 Sabedoria (Sobrevivência) de CD 10 vai perceber que o
fedor indica a presença de um gás inflamável na sala. O gás
se dispersa antes de chegar a outras áreas da masmorra e
os cultistas da Trindade dos Mortos apagam suas tochas
antes de atravessar este trecho.
Entrar com uma tocha acesa ou outro tipo de chama
exposta nesta sala cheia de gás desencadeia uma explosão
que atingirá a câmara inteira. As criaturas que estiverem
completamente submersas na água nâo vão sofrer dano, mas
as demais precisam ser bem-sucedidas em uma salvaguarda
de Destreza CD 15, sofrendo 14 (4d6) pontos de dano ígneo
se falharem, ou metade do dano se tiverem sucesso. Todas
as vigas de madeira que sustentam o teto são destruídas na
explosão, e isso pode causar um desmoronamento (consulte
"Características da Masmorra" na área D5). A explosão
também consome o gás, que voltará a acumulaÍ lentamente e
só será um perigo passadas 24 horas.
Dl9. Cup'ra PancrerunNTE DEsMoRoNADA
Boa parte desta sala desabou, e os escombros praticamente
soterraram um sarcófago de pedra saqueado tempos atrás.
Nâo sobrou nada de interessante.
D20. Cnrpra Snurssaqunaol
Há um sarcófago aberto nos fundos desta cripta coberta de
pó. A tampa de pedra está deitada de lado no chão, entre
o sarcófago e a parede sul. O lado norte do sarcófago tem
afrescos desbotados de combatentes montados com lanças nas
mãos que cluzam planícies douradas numa carga de cavalaria.
Tésouro. Uma busca nada metódica no sarcófago vai
encontrar apenas pó e os ossos dispersos de um humanoide.
Qualquer personagem que conduzir uma busca meticulosa
vai perceber que o sarcófago tem um fundo falso de gesso
com 2,5 centímetros de espessura. Se essa camada de gesso
for quebrada, aparecerá uma cavidade contendo umâ múmiâ
humana boiando numa poça rasa de salmoura vermelha. A
múmia tem duas pedras da lua (50 PO cada) engastadas nas
cavidades orbitais e uma bolsa de feijões no lugar do coraçâo.
Os personagens precisam abrir deliberadamente o peito da
múmia para encontrar a bolsa escondida. A múmia é um
objeto inanimado e nâo vai protestar.
D2l. Cnrpre Dos ZuMBrs
Os personagens que se puserem a escutarjunto à porta
desta sala vão ouvir fracos gemidos de humanoides lá dentro.
I Descreva esta área para osjogadores da seguinte maneira:
Seis humanos de carne putrefata e aos gemidos camba-
leiam nesta cripta coberta de pó que fede a morte. Um
sarcófago de pedra aberto está encostado na parede dos
fundos e, ao redor dele, sua tampajaz em pedaços no chão.
Os cadáveres vacilantes são seis zumbis criados por
Flennis (consulte a área D13) a partir dos restos mortais das
vítimas de homicídio dos cultistas da Trindade dos Mortos.
Os zumbis obedecem somente a quem os criou e atacam
qualquer outÍa pessoa, mesmo outros membros da seita da
Trindade da Morte.
O lado norte do sarcófago tem entalhes que mostram
imagens medonhas de canibalismo humano. O sarcófago
foi saqueado tempos atrás e uma busca em seu interior vai
resultar apenas no crânio sem mandíbula de um humano e
alguns fragmentos de osso.
CÀPÍTULO T I UM CONTO DE DUAS CIDADES
2+
D22. CÂueRÀ DE Tonrunl
É aqui que os seguidores de Bane torturam e interrogam
os prisioneiros. Descreva esta sala para osjogadores da
seguinte maneira:
As paredes e o chão desta sala estão cobertos de riscos e
salpicos de sangue seco. Dois corpos pendem de algemas
nas paredes leste e sul. Um deles é um humano de idade
avançada; o outro é uma jovem tiferina. Os dois estão
cobertos de talhos ensanguentados e nenhum dos dois está
se mexendo. No meio da sala fica uma robusta cadeira de
madeira com um chicote coberto de sangue largado sobre
seu espaldar. Um balde contendo sal até a metade está ali
perto, no chão.
Os seguidores de Bane esfregam sal nas feridas dos
prisioneiros torturados. Yignath, o cônsul de ferro (consulte
a área D12), tem as chaves que abrem os dois pares de
algemas, que têm CA 19, 10 pontos de vida e imunidade
a dano venenoso e psíquico. O personagem que tiver
ferramentas de ladrão conseguirá abrir um par de algemas
com um teste bem-sucedido de Destreza CD 15.
O humano está morto. Era Effinax Zalbor, um organizador
de caravanas a serviço da famíliaJhasso de patriares, sócia
de uma companhia de carretagem que atua em todo o Oeste
das Terras Centrais (consulte a áreaDl2).
A tiferina tem 0 pontos de vida no momento, está
inconsciente, mas estável. Ela é Vendeta Kress, uma
plebeia neutra que fala Comum e Infernal. Ela tem
resistência a dano ígneo, além de visâo no escuro até 18
metros. Vendeta distribui vinho e aguardente para a família
Oathoon de patriares de Baldur's Gate (Portão de Baldur)
e foi atacada na Cidade Baixa, deixada inconsciente e
trazida ali para ser torturada. Interrogada, ela entregou aos
captores informações sobre os Oathoon e suas medidas
de segurança. Ela também presenciou o interrogatório e
a morte de EfÊnax, que foi questionado exaustivamente a
respeito da família Jhasso.
Se for libertada, Vendeta continuará com os personagens
até surgir uma oportunidade de escapar. Mas, até lá, ela
vai dividir as informações a seguir com seus libertadores.
Durante o cárcere, ela ouvia de tempos em tempos o que
lhe parecia ser uma pesada porta de pedra raspando o chão
ao se abrir e fechar, acompanhada pelo som de passos a
chapinhar na água. O ruído vinha do norte. Essa informação
pode levar os personagens â procurar uma porta secreta
naquela direção (consulte a áreaD23).
Se sobreviver a essa provação ali na masmorra, Vendeta
vai espalhar a história de sua fuga angustiante através
de sua rede de contatos em Baldur's Gate, que inclui
pÍaticamente todos os donos de tavernâ na cidade.
D23. Ponra Sncnnre E SENTTNELA
Este túnel inundado tem uma porta secreta na parede
norte que d,á na área D27. De pé na água ao sul da porta
secreta, segurando uma tocha acesa e de olho na escadaria
oeste, está um punho de Bane do sexo masculino (bloco
de estatísticas na p. 234). No seu primeiro turno, depois
de avistar os personagens, ele vai se recolher à área D25
e esmurrar a porta para acordar seus colegas cultistas,
berrando "Intrusos!" a plenos pulmões para alertar a
ocupante d,a áreaD26.
D24. PousADA DE Mvnrur
Os seguidores de Myrkul usam esta cripta saqueada para
descansar. Descreva-a para osjogadores da maneira a seguir:
Quatro arandelas com tochas bruxuleantes iluminam esta
cripta, e o meio da sala é tomado por um sarcófago de pedra
aberto. O sarcófago não tem entalhes nem outros ornamentos,
mas está cheio de crânios e ossos de humanoides. Seis sacos
de dormir empoeirados estão no chão ao redor do sarcófago.
Os mirculitas encheram o sarcófago de crânios e ossos
encontrados em toda a masmorra, criando uma espécie de
altar para o Senhor dos Ossos.
D25. PousADA DE BeNn
Quatro punhos de Bane (bloco de estatísticas na p.32)
dormem no chão junto às paredes desta cripta saqueada e
parcialmente desmoronada. Todos vestem armadura e têm
suas armas ao alcance das mãos. Se forem despertados por
ruídos altos ou pelo guarda da área D23, eles vão apanhar
suas armas e se mobilizar sem demora para rechaçar uma
possível invasão.
A sala é iluminada por duas arandelas com tochas
crepitantes nas paredes noÍte e oeste. Um sarcófago de
pedra no meio da sala encontra-se vazio, e sua tampa está
no chão logo atrás, semienterrada no entulho.
D26. PousADA DE Bsaer
Leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir quando os
personagens entrarem na sala pela primeira vez:
Quatro arandelas com tochas bruxuleantes iluminam esta
cripta parcialmente desmoronada. Um sarcóíago aberto
bem no meio desta área está cheio de sangue até a borda.
O pouco que transborda escorre em fios pelas laterais do
sarcófago e forma uma poça ao redor da base. A tampa do
sarcófago se encontra atrás dele, semienterrada no entulho.
Os adoradores de Bhaal gostam de se banhar no sangue
humano que enche o sarcófago. Uma ceifeira de Bhaal
(bloco de estatísticâs nap.236) se esconde atrás do
sarcófago, banhada em sangue dos pés à cabeça. Ao primeiro
sinal de invasão, elavai usara magiadisfarçar-se para adotar
a aparência de uma velha frágil chamada Nebra. Com esse
disfarce, ela afrrma ser uma florista capturada pela Trindade
dos Mortos e levada à masmorra para servir de escrava. Se
os personagens caírem no conto de Nebra e a levarem com
eles, ela vai declarar que sabe de uma porta secreta (área
D23) e tentar levá-los à áreaD29 através dessa passagem.
Lá ela espera encontrar reforços. Se levar o grupo a um local
ocupado por outros cultistas, ela vai se livrar do disfarce e
atacar. Ela também vai atacar se o efeito da magia passar
antes disso.
D27. Ecos DE BÀTALHA
Esta passagem inundada de 3 metros de largura é escorada
a intervalos regulares por vigas de madeira. Tocos de
antigas tochas boiam na água escura. No ponto onde o
túnel vira para oeste e segue na direção d,a áreaD29,
os personagens escutam os ecos de uma batalha que se
desenrola naquele local.
D28. PonÃo ANrrGo
Esta sala inundadajá foi um porào, e a passagem leste
desmoronada marca onde ficava a escadaria que antes subia
para uma residência na cidade. Escondidos sob a água
escura estâo quatro esqueletos humanos reanimados que
se levantam para atacâr qualquer um que cruze a sala.
D29. MonrlocK VANTHAMPUR
O som do combate ganha volume à medida que os
personagens se aproximam desta área. Descreva a cena
para osjogadores da maneira a seguir:
No fim do corredor abre-se uma câmara inundada, com
degraus ascendentes de pedra bruta no sul, norte e
nordeste. Um abaulamento no chão se eleva acima da linha
da água no meio da sala, formando uma ilhota. Cadáveres
e tochas apagadas boiam na água em volta da ilha, em
cima da qual dois homens se encaram, andando em
círculo e com as armas desembainhadas. Um deles um
-
brutamontes alto e sem armadura, com uma clava grande
na mão e o rosto coberto de cicatrizes olha seu oponente
-
de cima, mas está gravemente ferido. O menorzinho
é musculoso e tem o peito nu. Ele segura uma adaga
ensanguentada numa das mãos e uma tocha na outra, e os
ossos de seu crânio estão expostos.
O homem com a clava grande é MortlockVanthampur
(bloco de estatísticas na p. 26),29 anos, e restam-lhe 30
pontos de vida. Seu oponente, sem ferimento algum, é um
caveira de Bhaal (bloco de estatísticas na p. 236) chamado
Vaaz. Outros quatro cultistas da Trindade estão mortos na
água: tiveram os crânios esmigalhados por Mortlock.
Mortlock é alguém que a própria mãe, a duquesa Thalamra
Vanthampur, apenas tolera e que os irmãos mais velhos,
Thurstwell e Amrik, veem como um simplório e uma
abominaçâo. Metade da cara de Mortlock foi queimada quando
ele era menino, e suas deformidades dâo a ele um aspecto
medonho. Ele foi enviado pela mâe à masmorra da casa de
banhos para ajudar os seguidores da Trindade dos Mortos a
coordenar os ataques contra a cidade. Quando ficou evidente
que os cultistas da Trindade dos Mortos podiam funcionar
muito bem sem a assistência de Mortlock, Thurstwell e Amrik
conspiraram com vários cultistas de Bhaal para assassinar o
irmâo caçula sem que a mâe frcasse sabendo.
Mortlock eYaazváo parar de lutar quando os persona-
gens chegarem. Crente de que eles sâo colegas de Mortlock,
Yaaz vai usar a açâo desengajar no seu próximo turno e
se retirar para a área D33, onde vai resistir pela última
vez.Yaaz levará a tocha com ele. Em vez de persegui-lo,
Mortlock vai tentar fazer aliança com os personagens. Se os
dois lados chegarem a um acordo, Mortlock dará ao grupo
as informaçôes a seguiq em troca de uma possível anistia:
. "Fui traído. Esses assassinos conspiraram com meus
irmãos para me matar. Se vocês não tivessem aparecido,
eu estaria morto. Devo minha vida a vocês."
. "Minha família paga os cultistas da Trindade dos
Mortos para matar gente na cidade. Nosso objetivo é
provar que o Punho Flamejante não dá conta do serviço.
Assim que a cidade deixar de remunerá-lo, o Punho
Flamejante nâo terá muitos motivos para permanecer em
Baldur's Gate (Portâo de Baldur). Sem os mercenários,
cepÍruro r I uM coNTo DE DUAS CTDADES
25
 *.tl
não restará ninguém para impedir minha mãe de se
,: tornar a grã-duquesa da cidade. Se ela conseguir o que
deseja, Baldur's Gate terá o mesmo fim de Elturel e será
t
2 arrastada para as profundezas dos Nove Infernos."
. "Minha mâe é um dos membros remanescentes do
Conselho dos Quatro que governâ Baldur's Gate. Ela teve
um papel crucial quando foi preciso convencer Ulder
Ravengard a ir a Elturel e encontrar o alitarca-mor de 1á,
Thavius Kreeg. Sem Ravengard, o Punho Flamejante não
tem liderança e fica vulnerável."
. "Os cultistas da Trindade dos Mortos recebem
pagamentos regulares do meu irmão Amrik, que mantém
seu próprio negócio de agiotagem numa taverna chamada
l/ o Lampião Mortiço. Minha mãe não acha que eu seja

I
grande coisa, mas tem admiração sem fim pelo Amrik.
Ele sempre foi o filho predileto."

I . "Meu irmão mais velho, Thurstwell, tem diabretes espiôes

espalhados pela cidade. Ele vigia a casa de banhos e

I ft .
provavelmente já sabe que vocês estâo aqui. Ele é muito
frágil e raramente deixa a quinta da nossa mãe."
"Se chegaram até aqui é porquejá mataram boa parte dos
h -l
fü líderes da seita da Trindade dos Mortos. Sem eles, a seita
vai se dispersar. Os cultistas guardam seu tesouro aqui
perto." (Mortlock aponta a área D30.)
Se os personagens o deixarem partiç Mortlock vai se es-
conder na cidade até conseguir passagem num navio e dei-
xar Baldur's Gate. Ele nâo tem a menor intençâo de voltar.
Mortlock tem medo de confrontar a mãe e os irmãos. Por
outro lado, um teste bem-sucedido de Carisma (Persuasâo)
CD 14 pode convencê-lo a ajudar os personagens a capturar
ou matar Amrik no Lampião Mortiço (p. 28). Depois disso,
Mortlock vai deixar a cidade assim que puder para escapar
da ira de sua mãe.

D30. O Trsouno Rousaoo DE TTAMAT

Um lance breve de escada sobe até uma câmara circular
Monrr,ocr VaNTHAMPUR com quatro baús de madeira fechados com cadeados no
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mou meio do aposento. Os baús estão trancados, mas pode ser
que os personagens tenham se apoderado das chaves do
Classe de Armadura l2 cônsul de ferro na área D12. Um personagem também pode
Pontos de Vida 90 (1 2d8 + 36) usar ferramentas de ladrão para abrir um cadeado com um
Deslocamento 9 m
teste bem-sucedido de Destreza CD 15.
Tesouro. Vazio, cada baú pesa 12,5 kg e todos os quatro
FOR DES coN INT SAB CAR
contêm pilhagem surrupiada do tesouro de Tiamat no
18 (+a) 14 (+21 17 (+3) 10 (+0) l2 (+1) 13 (+1)
r Avernus. Esse tesouro foi trazido para Baldur's Gate por
Perícias Atletismo +5, lntimidação +5
diabos aliados a Zariel e entregue aos cultistas da Trindade
dos Mortos por Amrik Vanthampur a mando da mâe dele,
Sentidos Percepção passiva l l
ldiomas Comum a duquesa Thalamra Vanthampur. Segue a descrição do
NÍvel de Desafio 3 (700 XP) conteúdo de cada baú.
O baú 1 guarda 4.500 PC e dois frascos de cristal verme-
lho com tampas douradas (25 PO cada). Cada frasco contém
lndomável (2/Dio). Ao falhar em uma salvaguarda, Mortlock rrma poção bafo de fo§o. Com as moedas e os frascos em
pode refazer o teste. Ele é obrigado a manter o resultado da seu interior, o baú pesa 35 kg.
nova jogada. O baú 2 contém dez ágatas olhos (10 PO cada) dispersas
no meio de 1.250 PP. Com as moedas e as pedras preciosas
AçõEs em seu interior, o baú pesa 18,5 kg.
Atoques Múltiplos. Mortlock faz dois ataques com sua O baú 3 contém uma delicada máscara de dragão feita de
clava grande. porcelana (25 PO) sobre uma base formada por 2.400 PC e
500 PP. Com as moedas em seu interior, o baú pesa 27,5k9.
Clava Grande. Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para acertar,
A máscara pesa 0,5 kg.
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:9 (2d4 + 4) contundente, mais
O baú 4 contém uma coroa de bronze com cinco projeções
5 (2d4) contundente se Mortlock tiver sofrido qualquer
afiladas (250 PO). Cada projeçâo foi modelada e pintada para
quantidade de dano desde seu último turno.
lembrar um dos cinco tipos de dragões cromáticos (preto,
Besto Pesada. Arma de Combate à Distôncia: +4 para acertar, azul, verde, vermelho e branco). A coroa pesa 1,25 kg.
rl alcance 301120 m, um alvo. Dano:7 (ldl0 + 2) perfurante.

26
CAPÍTULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADE§
 D3l. Tocnas
Há uma caixa de madeira nesta alcova, no demais vazia.
A caixa tem espaço para 60 tochas, mas precisa ser
reabastecida. Restam somente cinco.
\
D32. MrncADoRrAS Rouseoes a

\rí
Nove caixas de madeira estâo espalhadas por esta sala.
Correndo entre elas estâo seis ratos inofensivos, parecidos
com aquele encontrado na área D14.
Tésouro. Seis caixas estâo vazias, a não ser pela palha
"§ I (
do acondicionamento. As outras três contêm mercadorias
roubadas que os cultistas ainda não consumiram: raçôes
para dez dias, um saco com vinte estrepes, três fracos de i
fogo alquímico, seis pares de grilhôes, quatro caixas para \ a.

fogo, nove adagas, quatro frascos de vidro contendo poçôes

de cura, entre outras coisas.
,
D33. ATnrNoanr Dos MoRTos REUNTDA )
Se tiver fugido da áreaD29,Yaaz estará diante das estátuas lí t

na seção oeste da sala, com a tocha crepitando no châo a seus

pés. Descreva esta sala para os jogadores da seguinte maneira
,í

Tocos queimados de tocha forram o piso deste salão que,

em sua extremidade oeste, é preenchido por seis estátuas
.l,8
\
de madeira pintada com metro de altura. Cada estátua
repousa sobre um bloco de pedra vermelha de 60 centímetros
de altura que afaz parecer mais alta e sinistra. I
A estátua central lembra um homem de armadura pesada 1
I
com o rosto oculto atrás da medonha viseira de seu elmo.
Está todo pintado de vermelho, exceto a manopla direita,
U
que é preta. Essa manopla segura com força uma lança
vermelha de sangue e apontada para cima. A estátua ao
norte representa um nobre que veste púrpura e uma máscara
arlequinal e segura uma adaga atrás das costas. A estátua
ao sul representa um esqueleto de manto negro, com a
mandíbula bem aberta e as mãos descarnadas estendidas.

Beinitas, baalitas e mirculitas se reúnem nesta sala para
planejar ataques à cidade lá em cima. Essas reuniões costu-
mam ser conflituosas, apesar de os seguidores de Bhaal e
Myrkul geralmente se submeterem aos caprichos dos adora-
dores de Bane, que têm um pensamento mais estratégico.
Cada estátua é feita de madeira maciça e pesa 75 kg. É
possível derrubar uma estátua do pedestal com um teste
bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 10.
Estátua de Bane. A estátua do homem de armadura
representa Bane. A lança é de verdade, mas não é mágica.
A primeira vez que chegar a até 1,5 metro dessa estátua,
qualquer humanoide terá de ser bem-sucedido em uma
salvaguarda de Carisma CD 12para não se sentir obrigado
a cair dejoelhos. Enquanto estiver ajoelhada diante da
estátua, a criatura nâo conseguirá se mover nem usar
reações. A criatura poderá repetir a salvaguarda no fim de
cada um de seus próprios turnos, encerrando o efeito sobre
si caso seja bem-sucedida.
Estátua de Bhaal. A máscara arlequinal desta estátua é
uma peça à parte que pode ser removida das dobradiças,
z
revelando a caveira pavorosa de Bhaal por baixo.
c Estátua de Myrkul. Quem profanar a estátua será
amaldiçoado pelo Senhor dos Ossos. Até a praga ser
dissipada pela magia remover maldiçáo, nenhuma cura
mágica vai afetar o ofensor.
Uurrss, cutrrsta oe Traruar
Sunpnnse! AoonADoRES on Dnecõns!
Se os personagens livrarem a masmorra dos adoradores de
Bane, Bhaal e Myrkul, os seguidores remanescentes da Trin-
dade dos Mortos vâo evitar a masmorra e a casa de banhos
assim que perceberem que esses locais nâo são mais seguros.
Ao sair da masmorra e da casa de banhos, os personagens
têm um último encontro no pátio (área D1). Leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para estabelecer a cena:
Assim que vocês saem da casa de banhos, cinco figuras
saltam do muro para o pátio e confrontam seu grupo. Além
das armaduras de couro pretas, elas estão usando máscaras
e capas que dão a cada uma delas um aspecto vagamente
dracônico. Todos os cinco brandem lâminas de aço recurvas
que lembram as garras de um dragão.
São quatro humanos cultistas de Tiamat liderados por um
humano cultista fanático chamado Ultiss. Esses adorado-
res caóticos e maus de Tiamat foram enviados por Arkhan,

CAPITULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES

 o Cruel (consulte o capítulo 3), para trazer de volta os itens
valiosos roubados do tesouro da rainha dos dragôes no
Avernus por agentes deZariel
- itens que foram entregues à
duquesa Vanthampur e seus filhos para comprâr a lealdade
dos seguidores da Trindade dos Mortos.
Orientados por visões enviadas por Tiamat, os cultistas vão
saber quando estiverem num raio de 300 metros do tesouro
roubado. Se os personagens tiverem em seu poder algum
item do tesouro da área D30, os cultistas vão atacáJos para
conseguir essa coisa de volta. Do contrário, os cultistas vão
mandar os personagens saírem de seu caminho e nâo se me-
terem na vida deles. Depois de recuperar o tesouro perdido
da rainha dos dragões, os cultistas planejam caçar e matar
os Vanthampur e quem mais em Baldur's Gate (Portâo de
Baldur) for considerado um agente de Zariel. Os cultistas que
sobreviverem a este encontro podem reaparecer mais tarde
para ajudar ou atrapalhar os personagens, a critério do DM.
Se estiver presente quando os cultistas de Tiamat
confrontarem os personagens, o diabrete invisível daárea
Dl vai assistir à interação em silêncio antes de prestar
contas a Thurstwell Vanthampur na quinta de sua família.
E Acona? Pane ONon?
Convencido de que seus dois irmãos mais velhos conspi-
raram para matá-lo, Mortlock Vanthampur insiste com os
personagens para que capturem ou matem Amrik numa
taverna à beira do cais chamada o Lampião Mortiço. A aven-
tura supôe que os personagens vâo visitar esse local em
seguida. Se os personagens precisarem de mais algum in-
centivo para procurar Amrik, Mortlock vai garantir que sua
mãe se preocupa o suficiente com Amrik para negociar a li-
bertaçâo dele caso os personâgens o capturem. Mortlock su-
gere que não seria nada sensato contrariar uma duquesa de
Baldur's Gate (Portão de Baldur) sem umâ carta na manga.
Se, em vez disso, os peÍsonagens decidirem atacar a Quinta
Vanthampur, passe para a seção de mesmo nome (p. 32).
Depois de os personagens conquistarem a Masmorra da
Trindade dos Mortos, é recomendável que eles avancem
para o 30 nível antes de se dirigirem ao Lampiâo Mortiço ou
à Quinta Vanthampur.
Ournos Ettconrnos coM A TRTNDADE Dos Monros
Os personagens que saírem vivos da Masmorra da Trindade
dos Mortos podem encontrar mais servos de Bane, Bhaal ou
Myrkul em outras partes de Baldur's Gate (Portão de Baldur).
Esses vilões (consulte o apêndice D) geralmente agem em
grupos mistos de beinitas, baalitas e mirculitas. Veja a seguir
alguns encontros talhados para um grupo de quatro ou cinco
personagens de 3o a 5o nível:
Esquadrão do Sequestro (para personagens de 30 nível).
Quatro punhos de Bane, três punhais da noite e dois
necromitas de Myrkul tentam capturar um ou mais
habitantes da cidade para torturá-los ou pedir resgate.
Esquodrão da Morte (pora penonagens de 4o nível).
Um cônsul de ferro, acompanhado por dois punhos de
Bane como guarda-costas, emprega três punhais da noite
como batedores e assassinos para eliminar arbitrariamente
os transeuntes. Um crânio flagelador de Myrkul providencia
o apoio mágico, conjurando escuridão para confundir os
inimigos e íacilitar a fuga.
Esquadrão daVingonça (para personagens de 5o nível).
Uma manopla negra de Bane persegue os personagens
l\
acompanhada por dois ceifeiros de Bhaal e um mestre de
almas, e este comanda um destacamento de mortos-vivos
formado por seis esqueletos ou quatro zumbis.
28
cepiruro r I uM coNTo DE DUAS cTDADES
LauprÃo MonuÇo
O Lampiâo Mortiço é um vetusto navio mercante de três
mastros atracado permanentemente na zona leste do porto.
A embarcaçâo, que há tempos não tem mais condiçôes
de navegar, foi convertida numa taverna e casa de jogo
que funciona dia e noite. O jogo Dados Baldurianos é tão
popular ali como em outras tavernas da cidade (consulte o
quadro "Tavernas em Baldur's Gate", p. 16).
Sonnn A TAVERNA
A localizaçâo do Lampiâo Mortiço está indicada no mapa
1.1 (p. l3), e o mapa 1.4 mostra como ela é por dentro.
Descreva a taverna para osjogadores da maneira a seguir:
O nevoeiro obscurece o Lampião Mortiço até vocês chegarem
a 30 metros do navio, quando aparecem os mastros altos
e o costado a ranger. A embarcação convertida manteve
a mastreação, mas não as velas, e correntes grossas a
prendem ao cais. Uma escada de madeira leva da beirada do
embarcadouro ao convés principal. Um lampião na proa do
navio emite uma luz verde e lúgubre para indicar que a taverna
está aberta e funcionando.
O Lampiâo Mortiço é uma taverna tranquila durante o dia:
poucos fregueses bebem e jogam lá embaixo nas cobertas.
É à noite que o lugar ganha vida, e trata-se de um local
muito procurado para encontros clandestinos com alguns
dos habitantes mais inescrupulosos da cidade, entre eles
piratas e mercenários de folga do Punho Flamejante.
A proprietária é Laraelra Thundreth, uma humana
maga de meia-idade conhecida como "a Capitâ" por
seus funcionários e fregueses regulares. Laraelra é de
alinhamento neutÍo, não se interessa pelos assuntos
particulares da clientela nem se importa quando os
visitantes começam a fazer baderna ou ficam violentos...
desde que se disponham apagff os prejuízos mais tarde.
Em público, é comum Laraelra aparecer com seu familiar
caranguejo empoleirado num dos ombros. Do alvorecer
ao meio-dia, ela se recolhe a seu camarote (área L4) para
comer, descansar e ler seu livro de magias.
O Lampiâo Mortiço serve bebidas e petiscos, mas não
refeiçôes. A qualquer momento do dia ou da noite, a equipe
inclui dois kenku bartenders e seis leões de chácara
(humanos rufiôes). Os funcionários se revezam em três
turnos de oito horas, sendo que um grupo sai quando o
seguinte chega.
FnncunsES DA TavnnNe
O Lampião Mortiço atrai os habitantes mais desfavorecidos
da cidade e também mercadores e marinheiros estrangeiros
dispostos a perder dinheiro. Entre os fregueses presentes
durante a primeira visita dos personagens, temos:
. Botinasco (duergar ordeiro e mau), um espancador de
aluguel rude e vesgo que cobra dívidas para a guilda dos
ladrões local.
. HitoshiJade (humano plebeu neutro), marinheiro bêbado
de uma nau mercante chamada a Gaivota Dourada, que
pertence à família Irlentree de patriares.
.
Jorunn Vilarinho (humano plebeu neutro), um acanhado
criador de cavalos a serviço da família Belt de patriares,
mas atolado em dívidas de jogo.
 1 quadrado = 1,5 m

L3
o EOE
a o aL7
Desce para L5 Sobe L8
Ioril
IEEI o
o^o
o
o
m
O
tlE
Cesto Gaveal|'; L1 ovo o o
oo @ o o
_i t_
ll?llou'."
tut
r -
Sobe L5 H"§. t
L2
Cais
r:'-'"ff" L6
a o o
&{ I

Convés Coberta Coberta da Acomodações

Superior da Taverna Sala de Convívio dos Hóspedes

Mapa r.4: O LauprÃo Monrrço

. Skadric Salakar (humano veterano, neutro e mau),
um soldado indolente do Punho Flamejante que tomou
uma suspensào de dez dias sem remuneração por
negligência ao dever.
. Prynn Silvobravo (pequenino austero plebeu, ordeiro e
neutro), um raspador de cracas que usa óculos e gosta de
cantar aos berros canções de bordo antigas.
. Aerith e Beldan (drow caóticos e bons), gêmeos
inseparáveis e esquisitos que trocaram a Umbreterna pela
superfície em busca de aventuras.
Amrik Vanthampur dirige o próprio negócio ali no Lampião
Mortiço, com a permissão de Laraelra. Os personagens que
perguntarem por ele serão encaminhados paraaáreaL6.
Loce.rs DA TAvERNA
As descrições a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 1.4.
Ll. CoNvÉs PRTNcTPAL
Descreva esta área para osjogadores da seguinte maneira:
O convés principal deste navio antigo tem degraus de
madeira que sobem para o castelo de proa e o castelo de
popa, e mais uma escada que desce para as cobertas.
Uma escotilha de madeira, fechada com cadeado e dotada
de postigos, serve de claraboia para a coberta logo abaixo,
a taverna propriamente dita, que se vê através do vidro dos
postigos. Quatro gaivotas mortas ,iazem no convés e, ao
ver vocês, dois corvos crocitam lá no cesto da gávea, a
l2 metros do chão, mastro grande acima.
Os corvos são dois diabretes metamorfoseados. Thurstwell
Vanthampur (p. 34) os usa para frcar de olho no irmâo
dele, Amrik. Os diabretes têm um prazer perverso em
matar as gaivotas que passam por ali, e os funcionários
da taverna não conseguem entender por que os conveses
vivem coalhados de carcaças dessas aves. O personagem
que examinar uma gaivota morta e for bem-sucedido num
teste de Sabedoria (Medicina) CD 13 vai averiguar que a ave
levou ferroadas até morrer.
Se virem Amrik sair do navio, os diabretes váo ficar
na cola dele para garantir que ninguém vai segui-lo. Se
perceberem que Amrik corre perigo, eles vão mergulhar e
atacar seja quem for que pareça ameaçáJo. Fora isso, os
diabretes vão evitar o combate e ficar invisíveis para nâo
serem capturados nem mortos.
L2. Casrnro DE PRoA
Este convés está coalhado de cadáveres de 1d4 gaivotas
(mais informações na área L1). Pendurado na proa do navio
está o lampião de vidro verde que indica que a taverna está
aberta e funcionando. Todos os dias, um funcionário râsteja
até a ponta da proa para apagar o lampião, reabastecê-lo
com óleo e voltar a acendê-lo no sol-alto.
Nas noites quentes de céu claro, Laraelra passa as mesas,
as cadeiras e os lampiões para este convés, para que os
clientes possam beber e jogar à luz das estrelas.
L3. Cesrrro DE PoPA
O timão e o leme nâo existem mais: sobraram os buracos
e os suportes vazios onde um e outro costumavam ficar.
Como no caso da áreaL2,Laraelra às vezes coloca mesas,
cadeiras e lampiôes neste convés para que os clientes
fiquem ao ar livre nas noites de tempo bom.

I cepÍruro 1 I uM coNTo DE DUAs cIDADES

29
 L4. C,c.rdenorE LARAELRA
A fechadura da porta do camarote de Laraelra está tão
enferrujada que nâo tem mais serventia, e a proprietária
não se deu ao trabalho de trocá-la. Consequentemente, o
t a
camarote vive destrancado. Um dos leôes de chácara da
i ! áreaL5 fica de olho nessa porta e vai surrar qualquer um
que tente abri-la e nâo seja Laraelra.
t Descreva as características do camarote para os
í-
jogadores da maneira a seguir:
\ 1

.) ")
4 ai
Este camarote está tomado por móveis de madeira que
não combinam uns com os outros: uma cama com colunas
esculpidas de íorma a lembrar sereias, um criado-mudo, um

t guarda-roupa, uma escrivaninha com uma cadeira revestida

de peles e uma mesinha de,jantar cercada por quatro
cadeiras simples. Perto do pé da cama repousa uma arca

r ricamente decorada e trancada a cadeado.

Laraelra esconde a chave no poste da cama mais próximo da

À arca: basta desatarrachar a parte de cima para revelar um
compartimento secreto onde a chave fica guardada. Também
é possível abrir o cadeado da arca com um teste bem-sucedido
de Destreza CD 20 e o uso de ferramentas de ladrão.
Além dos objetos descritos em "Tesouro", mais adiante, a
arca contém quatro adagas voadoras que vão atacar todos
que a abrirem, com exceção de Laraelra. Use o bloco de
estatísticas da espada voadora para representaÍ as adagas,
com as alterações a seguir:
. Cada adaga voadora é um constructo Minúsculo com
7 (3d4) pontos de vida e nível de desafio l/8 (25 XP).
Aunrr VeNrna.MPUR . Cada adaga voadora provoca 3 (1d4 + 1) pontos de dano
perfurante com um ataque bem-sucedido.
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mau

Tesouro. A arca encerra um belo par de botas, uma

Classe de Armadura 17 (armadura de couro,
garrafa de vinho fino (10 PO), um maço de cartas enviadas
modificador de Carisma)
por um admirador náo identificado e o livro de magias
Pontos de Vida 66 (1 2d8 + I 2)
Deslocamento 9 m
de Laraelra, que contém todas as magias que ela já tem
preparadas, além de identificar lufada de vento, aÍma
FOR DES coN INT SAB CAR má§ica, remeter, sono e lín§uas.
l2 (+l) 18 (+a) l2 (+l) la (+2) la $2) 15 (+2)
L5. Ben n SarÃo DEJocos
Perícias Acrobacia +6, Atletismo +3, Enganação +6, lntuição +6 Esta é a parte mais movimentada e barulhenta do navio.
Sentidos Percepção passiva 12 Fede a suor, cerveja barata, madeira podre e vômito rançoso.
ldiomas Comum, lnfernal Três leões de chácara (rufiões) se posicionam de modo
Nível de Desafio 3 (700 XP) a enxergar tudo que acontece ali. Se nâo estiver em seu
camarote (área L4), Laraelra estará sentada na perna mais
curta do bar em L, com seu familiar caranguejo no ombro.
Defesa Cortês. Enquanto Amrik usar armadura leve ou armadura
Laraelra recebe os recém-chegados com um discurso ensaiado:
nenhuma e não empunhar um escudo, seu modificador de
Carisma será somado à sua CA.
"Bons olhos os vejam! Meu nome é Laraelra Thundreth, mas
Acrrorus o pessoal me chama de Capitã. Se sua vontade é beber ou
Ataques Múltiplos. Amrik faz três ataques com a adaga. .jogar a dinheiro, vieram ao lugar certo, mas cuidado onde
Adogo. Arma de Combate Corpo a Corpo ou à Distância: pisam. As coisas podem ficar meio violentas por aqui."
.l,5
+6 para acertar, alcance m ou 3/18 m, um alvo.
Dano:6 (lda + a) perfurante.
Use a seção "Fregueses da Taverna" para dar vida aos ocu-
Bomba de Fumaço (l/Dia). Amrik arremessa uma bomba de fumaça pantes desta área de acordo com a necessidade. Aqui sempre
a até 6 metros de distância. A bomba vai explodir com o impacto, há alguém mais do que disposto a jogar Dados Baldurianos.
criando uma nuvem de íumaça preta que preencherá uma esfera A iluminação do local é proporcionada por lampiôes a óleo
de 3 metros de raio. A área no interior da nuvem fica totalmente que pendem do teto e pela luz natural que às vezes consegue
obscurecida. Ventos fortes dispersam a nuvem, mas, íora isso, entrar pelos postigos da escotilha e as portinholas imundas
a fumaça persistirá até o fim do próximo turno de Amrik. do navio. As portinholas têm 45 centímetros de diâmetro e
trincos enferrujados internos para mantêJas fechadas.

CAPÍTULO T I UM CONTO DE DUAS CIDADES

3o
 L6. SAr-,c. or CoNvÍvro TnereNoo coM Aunrr
Esta sala de convívio com um pé direito de 2,4 metros toma
A menos que os personagens o ataquem imediatamente,
uma coberta inteira do navio e é iluminada por lampiões a
Amrik vai supor que estejam ali para conseguir um emprés-
óleo que pendem do teto em corÍentes de 30 centímetros de
timo. Ele vai arranjar um de muito bom grado, desde que a
comprimento. A coberta sem janelas contém um bar, sofás e
quantia nâo passe de 150 PO (o valor que seu guarda-costas
mesinhas de centro, além das mesas onde os fregueses po-
Vhaltus tem no momento). As condições de Amrik são simples:
dem socializar e jogar a dinheiro. Três dos leões de chácara
ele espera receber o dinheiro de volta em dez dias e cobraju-
de Laraelra (rufiões) ficam nesta coberta, à vista de todos.
ros de 25 por cento. Por ser membro da influente família Van-
Amrik Vanthampur (consulte o bloco de estatísticas)
thampur, Amrik tem como mobilizar vários recursos contra
transformou um par de sofás e uma mesinha de centro
qualquer um que deixe de pagar o empréstimo, e a influência
perto da parede à ré em seu escritório pessoal. Ele toca
de sua família vai além de Baldur's Gate (Portão de Baldur).
um escritório de agiotagem â partir dali, e muitos de seus
Os personagens podem tentar arranjar um empréstimo,
clientes habituais são apostadores e jogadores sem sorte
tenham ou nâo a intenção de saldar a dívida mais tarde. Os
que não conseguem pagar as próprias dívidas. Em troca
personagens que planejarem lesar Amrik terão de ser bem-
do espaço, Amrik paga o vinho que abastece o Lampião
sucedidos em um teste de Carisma (Enganação) resistido
Mortiço, garantindo o lucro do estabelecimento de Laraelra.
por um teste de Sabedoria (Intuição) de Amrik, como se
Amrik, de 33 anos, se encontra sozinho e sentado no sofá
descreve na seção "Testes Resistidos" do capítulo 7 do
de estibordo, com os pés em cima da mesa e os olhos fixos
Player's Handbook: Livro do Jo§ador.
na sala. Ele mantém o sofá de bombordo livre para receber
Os personagens podem tentar interrogar Amrik para obter
os clientes e emprega dois guarda-costas. Kasharra, uma
informaçôes, mas ele é um mentiroso consumado e nâo vai
diaba espinhada, está sentada no encosto do sofá de Amrik.
incriminar nem a si mesmo nem qualquer membro de sua
Vhaltus, um humano rufiâo ordeiro e mau, com cara de sono,
família que ele temâ, como a mãe e o irmão mais velho. Se
cabelos ruivos e rabo de cavalo, está sentado na extremidade
os personâgens mencionarem Mortlock, Amrik vai acusar o
mais próxima do balcão do bar. Vhaltus carrega um saquinho
"grandalhão desfigurado" de se associar ao que há de mais
contendo 150 PO para Amrik emprestar aos clientes.
baixo em Baldur's Gate só para arruinar a família. O completo
Se achar que corre perigo real e imediato, Amrik vai detonar
desprezo que Amrik sente pelo irmão caçula é perceptível,
uma bomba de fumaça escondida antes de correr escadaria
mas ele não vai admitir sua participaçâo na conspiraçào para
acima, deixando os guarda-costas para cobrir sua fuga.
assassinar Mortlock. Se os personagens o acusarem, Amrik
Amrik adora trocar cordialidades e bebericar alguma
vai tentar jogar a culpa em Mortlock. Se isso não funcionar, ele
coisa antes defazer negócio. Ele treinou os funcionários de
vai usar o nome e a reputação da mãe como escudo, torcendo
Laraelra para reconhecer uma série de gestos inofensivos das
para os personagens pensarem duas vezes antes de ofender ou
mâos para sinalizar que é preciso levar bebidas à mesinha de
ferir o filho predileto da duquesa Thalamra Vanthampur.
centro. Se quiser que a bebida de um cliente seja envenenada,
Amrik nunca luta até a morte e vai se render caso nào con-
ele tem um sinal secreto só para isso. Escondida atrás do
siga combater, passar uma lábia ou sair de fininho para se li-
balcão do bar, há uma garrafinha que contém quatro doses
vrar de uma situação perigosa. Se os personagens derrotarem
de torpor (consulte "Venenos" no capítulo 8 do Dun§eon
os guarda-costas de Amrik e o aprisionarem, ele vai fazer o
Master's Guide: Livro do Mestre), que o kenku bartender pode
que lhe mandarem fazer até surgir uma oportunidade de esca-
usar para batizar as bebidas a um sinal de Amrik.
par. Os funcionários do Lampião Mortiço nâo vâo intervir.
L7. Cau,qnorE DE Hosprors Se os personagens matarem Amrik a bordo do Lampião
Este camarote de hóspedes não se encontra ocupado no Mortiço, Laraelra vai alertá-los de que a morte dele vai atrair
a ira da duquesa Thalamra Vanthampur. Ela vai sugerir que
momento. A mobília inclui uma cama, um guarda-roupa,
eles fujam imediatamente de Baldur's Gate para não acaba-
uma escrivaninhavazia e uma cadeira. Um lampião a óleo
pende de um gancho enferrujado atarrachado ao mastro. rem alimentando os peixes no fundo das águas do porto.
A fechadura da porta do camarote está tão enferrujada
que não tem mais serventia, mas dá para enfiar o encosto da Rnye MaNrrnMoRN
cadeira da escrivaninha sob a maçaneta para impedir que Antes de deixarem o Lampiâo Mortiço, os personagens
alguém abra a porta. Se a cadeira for usada dessa maneira, serão saudados por uma recém-chegada.Leia o texto a
abrir a porta vai exigir um teste bem-sucedido de Força seguir para os jogadores:
(Atletismo) CD 13, além de fazer um bocado de barulho.

L8. Quenros DE Donrrarn
Esta área é propensa a vazamentos, pois, a esta altura, o
casco do navio se encontra basicamente submerso. Poças
de água se formam nas áreas onde o assoalho empenou, e o
lugar todo fede a vômito e urina.
Existem aqui quatro alcovas equipadas com catres baratos
onde os bêbados podem dormir até a ressaca passar. Na proa
ficam quatro redes que têm o mesmo propósito. A qualquer
momento do dia ou da noite, é possível encontrar 1d4 plebeus
inconscientes espalhados nesta área: estão dormindo para
ver se passam os efeitos de uma noite desregrada. Se os
personagens quiserem roubar essa gente, cada plebeu terá
presa ao cinto uma algibeira com 1d6 PP e 2d6 PC.
Uma figura encapotada se aproxima, e sua armadura retine a
cada um de seus passos. Uma das mãos enluvadas descansa
sobre o punho de uma espada longa. A outra sobe até o capuz
e o joga para trás, revelando o rosto de uma adolescente de
pele parda, cabelos ruivos e olhar obsedante.
A encapotada é Reya Mantlemorn, humana ordeira e
boa e Cavaleira do Inferno (use o bloco de estatísticas do
veterano). Reya fala o idioma comum.
Natural das terras de Turmish, Reya veio para a cidade
santa de Elturel treinar como Cavaleira do Inferno quando
tinha doze anos. Seguidora fiel de Torm, ela é bem prepa-
rada e foi treinada para se sacrificar por um bem maior.

I CAPÍTULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES

3r
 A Hrsronre on Rrye
Reya estava em treinamento a alguns quilômetros ao norte
de Elturel quando a cidade desapareceu. Mal acreditou
quando viu aluz do Companheiro se apagar e o orbe ficar
negro assim que a cidade pareceu se desfazer e afundar
no horizonte, uma imagem horrível que Reya ainda nâo
conseguiu tirar da cabeça. Ela voltou a Elturel e só encontrou
uma cratera onde a cidade costumava ficar, aí assumiu o
encargo de conduzir um grupo de refugiados amedrontados
rumo ao oeste e a Baldur's Gate (Portâo de Baldur). Antes de
o Punho Flamejante fechar os portôes de Baldur's Gate, Reya
e alguns outros conseguiram entrar despercebidos na cidade,
mas não tinham avançado muito quando foram confrontados
por um grupo de soldados. Os refugiados debandaram, e
Reya logo se viu acuada por um rufiâo do Punho Flamejante.
Ela feriu o soldado com sua espada longa, saiu correndo por
uma viela e roubou uma capa para disfarçar melhor suas
armas e armadura. É uma fugitiva procurada desde entâo.
Nâo faz muito tempo que Reya está em Baldur's Gate,
mas já concluiu que a cidade é uma latrina de corrupçâo
onde a morte espreita a cada esquina nevoenta. Ela anda
investigando um boato de que Thavius Kreeg, o alitarca-mor
de Elturel, estaria na cidade. Reya ainda não confrrmou
a veracidade do boato, mas há relatos de que Kreeg foi
visto na companhia de quatro guardas a serviço da família
Vanthampur. A Quinta Vanthampur localiza-se na Cidade
Alta, fora do alcance de Reya, mas ela descobriu que Amrik
Vanthampur tem um escritório ali no Lampiâo Mortiço. Ela
tem a intenção de perguntar a ele se o boato é verdadeiro.
Reya nada sabe a respeito dâ traiçâo de Thavius Kreeg. Ela
só quer repostas sobre o que teria acontecido com Elturel.
Se for possível salvar a cidade, a Cavaleira do Inferno estará
preparada parafazer o que for preciso. Quanto ao destino de
Baldur's Gate, ela não se importa nem um pouco. "Espero
que os ratos a devorem", ela diz, demonstrando seu desprezo.
í limpando os excrementos da cidade. Thalamra subiu na vida,
Se os personâgens se mostrarem valentes e sinceros,
Reya vai se afeiçoar a eles na mesma hora. Assim que
perceber que sua demanda segue lado a lado com a deles,
Reya vai pedir para se unir ao grupo enquanto eles se
preparam para visitar a Quinta Vanthampur.
Se os personagens revelarem que estão trabalhando
para o Punho Flamejante, Reya, em pânico, vai sacar
sua espada longa, crente de que terá de se defender. Os
personagens podem tranquilizáJa dizendo que nâo têm a
menor intenção de prendê-la. A bem da verdade, Reya vai
admitir que é caçada pelo Punho Flamejante por causa de
uma "altercaçâo infeliz" pela qual ela nâo pode assumir
toda a culpa.
Sr Rrvn ENtnan PARA o Gnupo
Reya estará disposta a se unir ao grupo de aventureiros
caso os personagens permitam que ela faça isso. Ela nâo
tem amigos em Baldur's Gate e, sem ajuda, não tem como
chegar à Quinta Vanthampur, que fica na muito bem guardada
Cidade Alta. Reya vaifazer o possível para âjudar o grupo,
contanto que os atos e as decisões dos personagens a deixem
mais perto de descobrir o que realmente aconteceu com
Elturel. Assim que o destino da cidade ficar evidente, Reya
nâo deixará passar a oportunidade de salvar a cidade dos
Nove Infernos.
I
Por ser uma PNJ, Reya é controlada pelo DM. Mas, se
interpretáJa se tornar um fardo muito pesado para você,
veja se um dos jogadores gostaria de controlá-la como uma
personagem secundária. Você pode entregar a esse jogador
uma cópia do bloco de estatísticas do veterano, que aparece
§ (consulte a área Q5).
no Monster Manual: Livro dos Monstros.
CAPÍTULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES
32
VaNTnAMPUR
QurNre
A Vanthampur fica na Cidade Alta, habitada pelos
Quinta
mais ricos de Baldur's Gate e patrulhada intensamente pela
Guarda. A localização da quinta está indicada no mapa 1.1
(p. 13), e o mapa 1.5 mostra como ela é por dentro. A quinta
tem ligação com a masmorra e o sistema de esgoto indicado
no mapa 1.6 (p. 37).
Os personagens talvez queiram ir à Quinta Vanthampur
após saírem da Masmorra da Trindade dos Mortos ou
fazer uma visita a Amrik Vanthampur no Lampião Mortiço.
Se fizerem Amrik prisioneiro, poderâo contar com Reya
Mantlemorn para ficar de olho nele.
Acnsso e Qur NTA
Vinte integrantes da Guarda (guardas) estão a postos e
vigilantes em todos os portôes que levam à Cidade Alta. Se
os personagens apresentarem os distintivos fornecidos pelo
capitâo Zod,ge, os membros da Guarda vâo deixá-los passar
pelos portões, mesmo acompanhados por um prisioneiro
ou uma fugitiva conhecida como Reya Mantlemorn. Todo
personagem sem distintivo será questionado e terá de pagar
um pedágio de 2 PC.
Se os personagens tiverem Amrik como prisioneiro, ele
não vai fazer nad,a para provocâr um confronto com os
guardas do portâo por recear sair ferido.
A FauÍuA VANTHAMPUR
Thalamra Vanthampur é uma diabolista cruel e ardilosa no
fim da casa dos sessenta anos, capaz defazer até mesmo um
sabujo infernal desviar os olhos, sem esforço. É corpulenta,
tem mãos e antebraços fortes que denunciam sua origem
como trabalhadora braçal. Passou ajuventude nos porôes
e esgotos de Baldur's Gate, consertando o encanamento e
deixando para trás esse serviço humilde para se tornar a
ministra dos sistemas de esgoto e distribuição de água da
cidade. Hoje ela se veste com a elegância que convém à sua
posição como duquesa de Baldur's Gate (Portão de Baldur).
Thalamra planejou o desaparecimento do grão-duque
Ulder Ravengard para alcançar seu objetivo supremo de se
tornâr â nova grã-duquesa de Baldur's Gate. Quando não
está envolvida com a política, ela conduz seus negócios mais
secretos nas masmorras sob sua quinta.
Thalamra é viúva de três maridos, e cada um deles lhe fez
a cortesia de lhe dar um filho. Seu mais velho, Thurstwell,
é um recluso pálido e taciturno de quarenta e poucos anos.
Doente, ele usa diabretes para espionar os irmâos Amrik
e Mortlock. Thurstwell se ressente dos outros dois: Amrik
por ser o queridinho da mamãe, e Mortlock por ser um
monstrengo pateta.
O verdadeiro problema de Thurstwell é que a máe dele
não o vê como seu sucessor e está preparando Amrik para
desempenhar esse papel. Apesar do ciúme, Thurstwell jamais
sonharia fazer algum mal a Amrik, pois tem medo de atrair
a ira da mãe para si. Mortlockjá é uma outra história, pois
está mais do que claro que Thalamra o teria deserdado se
nâo tivesse concordado em cumprir o último desejo de seu
terceiro marido: cuidar de Mortlock, apesar das incontáveis
imperfeiçôes do rapaz.
O último membro da família Vanthampur é Babachuleta,
um tressim (gato alado) cotó e mal-encarado com inúmeras
cicatrizes de batalha. Os personagens que encontrarem
Babachuleta podem tentar fazer amizade com o bichano
 l quadrado ='1,5 m

Desce para Q18

Térreo
ôa2
para
Qt
&üüL
Torre

râ
fla
It Qs
Q20

\,:, 6

fÀ
o
oQ8 Q3
ó Sobe para Q.l9

('i..5
c-/
Q1 Andar de Cima

Maea t.5: Qurlra Valrxamoun

Sonnn A QUTNTA Ql. PÁrro

A Quinta Vanthampur se resume a um imponente palacete
de pedra e uma estrebaria. As duas construçôes têm tetos
inclinados e cobertos com telhas de cerâmica vermelhas.
Um muro de pedra com 3,6 metros de altura circunda a
quinta. Lampiôes pendurados ao longo de todo o interior
do muro sâo acesos ao anoitecer para iluminar o pátio
e a quinta durante a noite. Sâo apagados ao alvorecer.
O muro apresenta três portôes de madeira: a entrada
principal e uma entrada para coches no sul, além de uma
poterna no norte.
As portas de madeira e as janelas com caixilhos de
chumbo não ficam trancadas, e os Vanthampur empregam
guardas para patrulhar o pátio (consulte a área Q1). Os
guardas não moram ali e se Íevezam a cada seis horas.
Cnreoacrr.,r
Os Vanthampur empregam quatro criados que dormem no
serviço (todos humanos plebeus neutros):
. Fendrick Gray, um decrépito mordomo de setenta anos
. Sarvinder Bimba, um malicioso couteiro e estribeiro-mor
de 52 anos
. Gabourey D'Vaelan, uma exigente cozinheira de 35 anos
. Ambra Outonágua, uma criada de 19 anos sem
papas na língua
Ambra foi contratada recentemente para substituir a
criada anterior, que a duquesa Vanthampur atirou escada
abaixo por ter quebrado um vaso.
Locers oa OurNrn
As descrições a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 1.5.
Nove humanos guardas, ordeiros e maus fazem a ronda
no pátio em três grupos de três. Quando os personagens
chegarem, esses grupos estarão nos pontos sinalizados
como "Q1" no mapa 1.5, contornando o pátio no sentido
anti-horário.
Os guardas vão atacar todos que entrarem na propriedade
sem permissão ou aviso prévio da duquesa Vanthampur ou
um de seus filhos. Se tiverem Amrik ou Mortlock com eles,
os personagens poderâo convencer um dos dois filhos da
duquesa a conversar com os guardas para que os deixem
passar. Do contrário, os personagens vão ter de matar os
guardas ou arranjar uma maneira de passar despercebidos
por eles. Os guardas sâo muito bem pagos e nâo vâo aceitar
subornos, além de nâo terem um pingo de respeito pelo
Punho Flamejante. Para passar despercebido por um grupo
de guardas, cada personagem terá de ser bem-sucedido
em um teste de Destreza (Furtividade) CD 13. O teste terá
vantagem se for feito à noite ou sob neblina.
Q2. EsrnnBARrA
Esta construção de pedra contém baias para quatro cavalos
de carga, além de uma oficina de ferreiro completa, com
bigorna e fornalha. Ali é possível encontrar Sarvinder
Bimba (consulte "Criadagem", anteriormente), fabricando
ferraduras novas e calçando-as nos cavalos.
Alçapão. Uma laje de 90 centímetros quadrados no
canto sudoeste da estrebaria também faz as vezes de
alçapâo escondido. Os personagens que vasculharem
a área vâo encontrar o alçapâo com um teste bem-
Ç
sucedido de Sabedoria (Percepçâo) CD 15. A laje cobre
um poço de paredes de tijolos e uma escada de madeira,
e ambos descem 4,5 metros até a área Q27 da masmorra.
Precisando fugir da masmorra, os Vanthampurs podem
usar o alçapâo para chegar rapidamente aos seus cavalos.

cepirulo I I uM coNTo DE DUAs CIDADEs

33
 Q3. Vrs'rÍauro
Se os personagens baterem à porta da frente, o mordomo

3 Fendrick Gray (consulte "Criadagem", p. 33) virá da área

Q10 para recebê-los. Ele vai fazêJos entrar casojá sejam
esperados, mas, do contrário, vai mandáJos embora.
Descreva esta área para osjogadores da seguinte maneira:
\(
I,t ,
Tirando a entrada principal, esta sala tem duas saídas.
Uma prateleira de gesso forrada de vasos ornamentais
contorna o recinto a 2,7 metros do chão. Estendido no
,;r piso lajeado, há um tapete primoroso com 3 metros de
largura e 4,5 metros de comprimento, representando uma
,
r /
coroação. Duas tapeçarias pendem das paredes, retratando,
respectivamente, um dragão a sobrevoar um navio e
,/ peregrinos montados em camelos.
I
Quatro diabretes invisíveis se escondem entre os vasos da
prateleira alta, um em cada canto. Os diabretes vâo atacar
,r'\.1§ do alto todos que eles percebam como intrusos, mesmo os
\ personagens que tenham feito Mortlock ou Amrik prisioneiro.
I
Tésouro. Os vasos, o tâpete e as tapeçarias sâo objetos
de arte valiosos, apesar de não combinarem uns com os
outros. Cada um dos dezesseis vasos pesa 1 kg e vale
c 25 PO. O tapete pesa 25 kg e vale 250 PO. Cada uma das
tapeçarias pesa 2,5 kg e vale 75 PO.
-'a:
Q4. Alo;eMENTo DA CRTADAGEM
4 /ra
Este quarto sem decoração alguma contém quatro camas
de solteiro e uma mesa de jantar para a criadagem da casa.
Os criados guardam os uniformes de reserva e outros
pertences pessoais nas gavetas embaixo de suas respectivas
camas. Não há nada de valor aqui.
Tlrunsrwpr.r, VaNTHAMPU R
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mau
Q5. CoztNHa
Esta área passa o dia todo tomada por aromas deliciosos
Classe de Armadura 9
enquanto a cozinheira Gabourey D'Vaelan (consulte
Pontos de Vida 5 (2d8 - 4)
"Criadagem", p. 33) prepara as refeições para os Vanthampur
Deslocamento 9 m
e seus empregados. Gabourey não gosta que outras pessoas
FOR DEs coN INT SAB CAR fiquem na sua cozinha quando ela está trabalhando.
7 (-2) 8 (-l) 6 (-2) l s (+2) '17
(+3) l2 (+l) Panelas, frigideiras e utensílios de cozinha ficam
pendurados acima de três bancadas de madeira no meio
Peícias Enganação +3, lntuição +5, Percepção +5, Religião +4 do recinto, e também há prateleiras forradas de tigelas,
Sentidos Percepção passiva l5 travessas, ervas, temperos, nozes e frutas secas. Um
tdiomas Comum, Élfico, lnfernal elevador de comida com um sistema de corda e roldana, de
NíYel de Desafio U8 (25 XP) operação manual, permite que as refeições subam para o
quarto da duquesa Vanthampur (área Q17). Uma campainha
ao lado do elevador soa toda vez que a duquesa pede comida.
Devoção Sombria. Thurstwell tem vantagem em salvaguardas
Babachuleta, o tressim (bloco de estatísticas na p. 241),
contra a condição enfeitiçado ou amedrontado.
ronda a cozinha, matando ratos e comendo tudo que Gabourey
Conjwação. Thurstwell é um conjurador de 2o nível. Sabedoria deixa cair no châo. Babachuleta nâo deve lealdade à família
é o seu atributo de con,iuração (CD l3 para evitar magia). Vanthampur e detesta tanto Thurstwell quanto os diabretes
Ele tem estas magias de clérigo preparadas: espiões dele. O tressim ficará amigo de qualquer peÍsonagem
que o alimente, passando a seguir esse personagem pela casa
Truques (à vontade): chomo sograda (consulte "Ações", a seguir), toda e usando sua característia Detectar Invisibilidade para
o ri ento çõ o, ta u m atu rgi a
avisar que há diabretes invisíveis por perto.
lo círculo (3 espaços): comando, detectar o bem eo mal, sontuório

Ações Q6. Drsrrusa

Alimentos e bebidas sào armazenados nas prateleiras desta
Choma Sagrodo (úuque). Uma radiância semelhante ao fogo sala mofada.
baixa sobre uma criatura à vista deThurstwell e a até l8 metros
dele. O alvo precisa ser bem-sucedido em uma salvaguarda de Q/. Escao Do PoRÃo
Destreza CD l3 ou sofre 4 (1d8) pontos de dano radiante, não se Esta sala contém uma barrica de água doce e uma escada-
tt§ beneficiando de qualquer tipo de cobertura. ria (parede de tijolos) que desce 4,5 metros até a área Q20.

CAPITULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES

34
Q8. Seu or Vrsrras
Âo receber visitas nesta sala, a duquesa gosta de se sentar
rrma austera cadeira de espaldar alto que fica em frente a
üis sofás estofados e uma mesinha de centro. Um compar-
timento secreto no braço esquerdo da cadeira da duquesa
guarda uma adaga folheada à prata. O personagem que exâ-
minar a cadeira vai localizar o compartimento secreto com
um teste bem-sucedido de Sabedoria (Percepção) CD 12.
Cortinas finas cobrem as janelas para dispersar a
hrz n61u..1, e as paredes estão forradas de retratos
emoldurados da duquesa, de seus três falecidos maridos, de
seus três filhos e de Babachuleta, o gato alado da família.
Tesouro. Uma tapeçaria pendurada na parede norte
representa anjos em chamas despencando do céu e caindo
num fosso de fogo. A tapeçaria pesa 2,5 kg e vale 150 PO.
Q9. S.tra DEJANTAR
Thalamra Vanthampur e os filhos se reúnem aqui uma vez
acadadez dias para um jantar em família dos mais tensos.
Leia o texto a seguir quando os personagens tiverem a
çortunidade de ver esta área:
Um candelabro de ferro for,iado paira acima da mesa de
jantar de carvalho negro, cercada por oito cadeiras de
espaldar alto cinzeladas de modo a lembrar diabos.
Uma lareira toma uma das paredes, ladeada por janelas
de cortinas vermelhas. Uma vistosa adega de vinhos com
portas de vidro fica encostada numa das paredes.
a que entram e saem do quarto pela chaminé, mas somente
Empoleirados no candelabro estão três diabretes invisíveis
que vâo se comportar exatamente como os diabretes d,a área
Q3. Um mecanismo de corda e roldana permite que o can-
delabro seja baixado e içado. A corda está amarrada num
gancho instalado na parede leste, perto da adega.
Tesouro. A adega contém um conjunto de taças de cristal
vermelhas (25 PO cada) e dezesseis garrafas de vinho. Quinze
delas contêm vinho fino (10 PO cada). A última garrafa foi
batizada com lágrimas da meia-noite, um veneno que não tem
gosto (consulte "Venenos" no capítulo 8 do Dun§eon Master's
Guide: Livro do Mestre). Essa garrafa envenenada fica reser-
vada para as visitas que a duquesa tem a intenção de eliminar.
QlO. Galnue
Cortinas pretas e fechadas cobrem asjanelas ao sul,
mantendo este corredor fresco e às escuras. A menos que
esteja ocupado com alguma outra coisa, Fendrick Gray, o
mordomo venerando, estará aqui, andando de um lado para
outro com uma lanterna na mão enquanto a criada, Ambra
Outonágua, espana o pó (consulte "Criadagem", p. 33). Uma
escadaria de madeira na extremidade norte do corredor
sobe 4,5 metros até a área Q11.
Esta galeria contém uma coleçâo eclética de tapeçarias, pin-
turas e bustos de alabastro sobre pedestais feitos para impres-
sionar as visitas. A duquesa comprou essas peças imaginando
que fossem objetos de arte valiosos, mas não passam de imita-
ções adquiridas de fornecedores duvidosos. A coleçâo reunida
sem método algum atesta o mau gosto da proprietária.
Estátua de Cera. Num dos cantos, há uma estátua de cera
de 1,8 metro de altura que representa a duquesa Thalamra
Vanthampur com Babachuleta, o bichinho de estimaçâo da
família, nos braços. O tressim tem um rato de cera na boca.
Os visitantes que entram na galeria pelo vestíbulo (área Q3)
costumam se assustar com a estátua, porque ela fica bem
atrás da porta e parece viva.
Qll. ConnEDoR DE Crua
Lampiões pendem dos caibros deste corredor tomado por
correntes de ar. A escadaria ao norte desce 4,5 metros até
a área Q10.
Cinco humanos guardas, ordeiros e maus ficam de vigia
aqui, um ao lado de cada porta. Eles atacam qualquer um
que não esteja acompanhado por um membro da família
Vanthampur. Se os guardas escutarem alguma coisa em
outros pontos da casa que possa indicar problemas, nào
haverá como pegá-los de surpresa, mas eles só vão deixar
seus postos se receberem ordens específicas de um membro
da família. Qualquer combate neste corredor vai alertar
Thurstwell Vanthampur na área Ql3.
Q12. Sace»e
Um parapeito de pedra com ameias delimita esta sacada
que dá para o pátio da frente. Da sacada ao chão, é uma
queda de 4,5 metros.
Ql3. Quenro DE TnunsrwnLL
Cortinas sem graça cobrem as janelas deste quarto simples,
que contém uma cama, um baú de ferro fechado com cadeado,
uma banheira de ferro com pezinhos e uma lareira. De pé no
meio do quarto encontra-se Thurstwell Vanthampur (con-
sulte o bloco de estatísticas), um homem frágil e detestável
de 42 anos que seguÍa rma caixa-se§redo infernal (consulte
"Tesouro", a seguir). Se tiver sido alertado para a presença de
intrusos, Thurstwell terá trancado a caixa-segredo dentro do
baú de ferro e enfiado a chave no bolso de seu manto.
Thurstwell tem sob seu comando vários diabretes espiões
uma dessas criaturas estará presente quando os perso-
nagens chegarem. O diabrete está invisível, escondido na
lareira, e vai atacar qualquer um que ameace Thurstwell.
Thurstwell recebe os intrusos com o máximo de incivili-
dade, conjurando cáama sa§rada e atirando-a no oponente
mais próximo. No mesmo turno, ele usa sua açâo bônus para
conjurar santuário em si mesmo e usa seu movimento para se
encolher atrás da cama enquanto o diabrete o defende. Se o
fizerem prisioneiro, ele vai reclamar dos guardas que nâo con-
seguiram protegêJo e esperar o momento propício, torcendo
para seus captores se enrolarem numa situação difícil e dar a
ele a oportunidade de escâpar. Se o interrogarem, ele vai ofe-
recer as informações a seguir em trocâ de sua libertaçâo:
. Sua mâe, a duquesa, está na masmorra sob a quinta com
Thavius Kreeg. Ela e o ex-alitarca de Elturel estão plane-
jando tomar o controle de Baldur's Gate (Portão de Baldur).
. Faz pouco tempo que ele e os irmãos roubaram o Dscudo
do Encoberto de uma cripta sob a cidade. Um diabo
poderoso de nome Gargauth está preso dentro do escudo
e jurou ajudar os Vanthampur a conquistar Baldur's Gate
em troca da liberdade. Thavius Kreeg tem certeza de que
é capaz de achar uma maneira de soltar Gargauth.
. Faz alguns dias que Thavius chegou à cidade com a caixa-
segredo. A duquesa insistiu para que Thavius deixasse a
família guardar o objeto enquanto ele estudava o escudo.
Tésouro. Acaixa-se§redo infernal e um novo item mágico,
descrito nap.223. Não existem duas caixas-segredos com
o mesmo desenho. Esta caixa em particular pertence a
Thavius Kreeg e foi confiada à duquesa Vanthampur para
que a guardasse. Curiosa para saber o que há dentro da
caixa, a duquesa a entregou a Thurstwell
- supostamente o
mais esperto dos seus três filhos para ver se ele conseguia
-
abri-la, mas ele ainda não teve essa sorte. Dá para obrigar
Thurstwell a ceder a caixa com ameaças, ou pode-se
CAPÍTULO 1 I UM CONTO DE DUAS CIDADES
35
 simplesmente tomá-la das mãos dele, sem dificuldade.
Mas nenhum dos personagens conseguirá abri-la. Falaster
Fisk, um espião aprisionado na masmorra (áreaQ29),
pode recomendar aos personagens que levem a caixa ao
Candlekeep (Forte da Vela), pois não teriam uma chance
melhor de descobrir o que há dentro dela (p.a5).A caixa
guarda uma cópia do contrato que Thavius firmou comZariel
para condenar a cidade de Elturel.
O cadeado do baú pode ser aberto por um personagem com
ferramentas de ladrâo e um teste bem-sucedido de Destreza
CD 15. O baú pesa 25 kg e contém uma miscelânea de vestes
amarrotadas, velas de cera vermelhas, penas de escrever,
folhas de pergaminho em branco e potes de tinta. Também
encerra um cofre de madeira destrancado contendo 73 PO,
120 PP ermapoçáo de cura, bem como um tomo de capa
preta intitulado Apocalypto, profecia em verso de autor desco-
nhecido que prevê o fim do multiverso (valendo 50 PO).
Ql4. Quanro DE Monrrocx
Este quarto às escuras contém uma cama, um baú de madeira
com pezinhos e um criado-mudo. O baú pesa 25 kg e contém
peças de roupa sem graça, feitas para um homem do tamanho
de Mortlock, alguns pertences pessoais sem valor e um troll
de pelúcia da época em que Mortlock ainda era menino.
Q15. Quenro DE Arranrr
Este quarto mobiliado com bom gosto tem uma cama, uma
mesinha de cabeceira, uma banheira de ferro com pezinhos,
uma lareira e um baú de madeira ferrada. Um espelho de
90 centímetros de largura e 1,8 metro de altura está
instalado na parede leste, de frente para a lareira. A moldura
de madeira envernizada do espelho tem imagens entalhadas
de ratos, corvos e aranhas.
Tésouro. O baú de Amrik contém trajes cuidadosamente
dobrados, feitos sob medida para um nobre de talhe esbelto,
e uma caixa de joias feita de osso (10 PO). Essa caixinha
contém um anel de sinete feito de ouro (5 PO) que ostenta o
lema dos Vanthampur: "Coraçôes de pedra não sangram".
Ql6. ToelETE DA Dugursa
Este cômodo tem uma penteadeira encimada por um
espelho de moldura oval, frascos de perfume, escovas,
cosméticos, agulhas e carretéis de linha. Entre outros
móveis neste cômodo, temos: um biombo de madeira
articulado, adornado com uma ave de rapina de folha de
ouro; um guarda-roupa alto e preto, cheio de espartilhos e
roupas elegantes; e um tapete de ouro decorativo estendido
diante de três baús de madeira destrancados. Um dos baús
está cheio de sapatos, outro contém três vestidos de noiva, e
o terceiro guarda chapéus para todas as estaçôes.
Tesouro. A penteadeira contém seis frascos de perfume fino
(20 PO cada), uma escova de cabelos de prata marchetada com
lápisJazuli (100 PO) e uma caixa de joias feita de madeira com
filigrana de electro (75 PO) que guarda um colar de pérolas
(250 PO), um camafeu de platina em forma de gato alado
(50 PO) e duas poçôes de cura dentro de frascos de cristal fino.
Ql7. Quenro PRTNCTPAL
A duquesa Vanthampur se recolhe a este aposento quando
precisa descansar ou está com dor de cabeça. É aqui que ela
também faz amaioria de suas refeições. A comida chega por
um elevador no canto sudoeste (mais detalhes na área Q5),
que tem um cordâo para acionar uma campainha na cozinha.
Entre outros elementos do aposento, temos: uma cama com
dossel e mosquiteiro, um biombo independente, uma banheira
I
t de ferro fundido com pezinhos, uma lareira e um baú de ferro
CAPÍTULO T I UM CONTO DE DUÀS CIDADES
36
fechado com cadeado. O cadeado foi modelado na forma de
uma carranca de diabo chifrudo. Thalamra Vanthampur tem
a chave do cadeado (consulte a área Q28), que pode ser aberto
por um personagem com ferramentas de ladrão desde que ele
passe em um teste de Destreza CD 17.
Tesouro. O baú pesa 32,5 kg e tem uma armadilha
(consulte 'Armadilha", a seguir). Contém três livros-caixa
finos e de capa preta, com os registros no alfabeto infernal
(transações comerciais legítimas da duquesa Vanthampur),
suprimentos de calígrafo (15 PO), um kit de veneno
(50 PO), uma algibeira de bexiga de carneiro (contendo
22 PP, 85 PO e 1 13 PP) e uma flauta dos es§oÍos.
Armadilha. O baú tem um fundo falso apoiado em molas
de metal. O peso combinado dos itens dentro do baú mantém
o fundo falso no lugar, mas se três ou mais deles forem
removidos, o fundo falso vai se erguer e arrancar a rolha
de um frasco de vidro fino logo abaixo dele. O frasco
destampado libera um gás venenoso que preencherá uma
esfera de 3 metros de raio com centro no baú. Essa nuvem
é estacionária e vai persistir por 1 minuto ou até um vento
forte dispersá-la. Toda criatura que começar seu turno dentro
da nuvem terá de ser bem-sucedida em uma salvaguarda
de Constituiçâo CD 13 para não sofrer 1l (2d10) pontos de
dano venenoso.
Ql8. Esrúnro DA Duqursa
Uma escrivaninha de carvalho disposta diagonalmente às
paredes e voltada paÍa o centro da sala tem uma cadeira do
mesmo material atrás dela e dois castiçais sobre o tampo.
Entre outros móveis, temos: três estantes e uma armadura de
placas negra que precisa de apoio para ficar de pé, arrema-
tada por um elmo baul e equipada com espada longa e escudo.
Uma escada em caracol de ferro forjado sobe para a área Q19.
A armadura é um horror de elmo criado no Avernus.
O constructo compreende Infernal, mas nâo o fala, e é imune
às magias chama sa§rada, raio de fo§o e toque chocante.
As únicas criaturas permitidas nesta área são a duquesa
Vanthampur e seus filhos. Se qualquer outra criatura entrar
na sala sem estar acompanhada por um deles, uma luz
laranja e incandescente vai tomar o interior oco do horror
de elmo e este vai atacar. O horror de elmo vai perseguir
os intrusos se eles saírem da sala, voltando apenas após os
invasores deixarem a quinta ou ele os fazer em pedaços.
EsÍanÍes. A duquesa Vanthampur detesta ler, mas tem
uma modesta biblioteca de boa literatura para manter as
aparências. Seu estúdio contém duzentos livros. O persona-
gem que passar I hora examinado a coleçâo vai encontrar
vinte primeiras edições raras (25 PO cada). Os outros livros
valem 5 PO cada para compradores especializados, com
exceçâo de um livro sem valor intitulado Á Ultima Car§a
dos Cavaleiros do Inferno. Uma cavidade recortada em suas
páginas guarda um chaveirinho de ferro com duas chaves.
Essas chaves abrem asjaulas na área Ql9.
Ql9. Arro DA ToRRE
Se os personagens subirem a escada em caracol de ferro
forjado que parte da área Q18, descreva esta sala da
seguinte maneira:
A escada em caracol sobe 4,5 metros até uma sala quadrada
com caibros entrecruzados a 3 metros do chão e o telhado
pontudo mais acima. Uma estante vazia toma a parede oeste
e, no chão, há duas jaulas imundas e fechadas com cadea-
dos. Cada jaula encerra um prisioneiro humano e um penico.
 I
Sem

x
x
.[ qss
x %
m.r ilm Q23

i-.Q22_= #É
x
xx
x Qz6 x o6
rQ32 r o#
@ EI
* x x tQZZ
xx Q?I Q20
ÚD

x
Q34
x
H eze E
Sem

SaíÍt
Sriia
tót íol
l-sj tsl *
Q36
lool Í86]
l quadrado = 1,5 m

MÂPÀ 1.6: Soa a Qurrra

As chaves que abrem os cadeados dasjaulas podem ser

encontrados na área Q18. Um personagem com ferramentas
Nos SunrrnnÂNnos
de ladrão também pode abrir um cadeado com um teste
bem-sucedido de Destreza CD 15. É impossível abrir os
DA QUINTA
cadeados de dentro dasjaulas. Na condição de ministra responsável pelo sistema de esgoto
Empoleirados no alto das jaulas estão dois diabretes da cidade, Thalamra Vanthampur isolou os esgotos sob sua
invisíveis. Quando não há mais ninguém por perto, os quinta, criando uma série de masmorras particulares onde
diabretes afligem os prisioneiros com ameaças vàs e poderia conduzir cerimônias religiosas e acolher hóspedes
provocações, e os prisioneiros sabem que é melhor nâo falar que, assim como ela, sâo devotos da arquidiaba Zariel.
nem gritar, para que os diabretes nâo venham ferroálos.
Os diabretes vão evitar o combate com intrusos bem ClucrpRÍsrrcAS DA MASMoRRA
armados. Se alguém tentar soltar um prisioneiro, o diabrete A masmorra está extraordinariamente limpa e em
invisível mais próximo do cativo vai passar pelas barras da ótimas condiçôes. Suas características mais comuns sâo
jaula e matálo a ferroadas, tornando-se visível enquanto faz resumidas nesta seçâo.
isso. No seu próximo turno, o diabrete vai ficar invisível e se
Túneis Iluminados. Os túneis têm pé direito de 2,7 metros e
refugiar acima dos caibros.
teto abobadado. Lampiões a óleo equipados com folhas gros-
Prtsioneiros. A prisioneira da jaula norte é ShaleenZoraz
sas de vidro verde pendem do teto a intervalos regulares,
(humana plebeia e neutra), supervisora da manutençâo
presos por correntes de ferro de 30 centímetros de compri-
dos esgotos que apoiava a tentativa de estender o sistema
mento. Cada lampião lança meiaJuz num raio de 3 metros.
de esgoto da Cidade Baixa ao espaço subterrâneo ocupado
pela Masmorra da Trindade dos Mortos (p. 20).A duquesa
Portas de Ferro. As portas são feitas de placas de ferro re-
bitadas, com maçanetas de ferro e dobradiças bem azeita-
Vanthampur planeja segurar Shaleen ali mais alguns dias.
das. Algumas portas têm fechaduras ou janelas barradas,
Os diabretes aterrorizaram Shaleen de tal maneira que, se
e esses casos seráo destacados no texto. Um personagem
for libertada, ela pretende abandonar os planos de expansão
pode usar ferramentas de ladrâo para abrir a fechadura de
e nunca mais falar mal dos Vanthampur pelo resto da vida.
uma porta com um teste bem-sucedido de Destreza
O prisioneiro da jaula sul é Kaejil Orünmar (humano
plebeu, neutro e mau), um cobrador de impostos que CD 15, ou abrir na marra uma porta trancada com um
teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 24.
andava criando dificuldades pârâ os Vanthampur. Assim
que a duquesa Vanthampur tiveÍ certeza de que ninguém
Superfícies e Portas Secretas. A masmorra tem paredes
de tijolos e lajotas de pedra no châo. As salas têm teto de
importante vai sentir falta dele, ela planeja matar Kaejil e
argamassa e um pé direito de 3 metros. As portas secre-
alimentar os ratos dos esgotos da cidade com seus restos
tas se misturam com as paredes circundantes, mas um
mortais. Se o soltarem, Kaejil planeja deixar Baldur's Gate
personagem com visâo no escuro ou luz suficiente pode
(Portão de Baldur) e nunca mais voltar.
encontrar uma porta secreta com um teste bem-sucedido
de Sabedoria (Percepção) CD 10.

capÍrur"o 1I uM coNTo DE DUAS cIDADES

37
 Cheiro de Incenso. Duplas de cultistas humanos de man-
tos pretos marcham pelos corredores levando incensó-
rios, perfumando constantemente os esgotos com incenso
para neutralizar a fedentina ligeiramente nauseabunda.

Locars DA MASMoRRA
Antes de os personagens descerem à masmorra, permita
que avancem para o 40 nível.
As descrições a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 1.6 (p. 37).

Q20. Peror
Os personagens podem entrar neste paiol descendo a
escada que parte da área Q7, ou então podem entrar pela
porta leste. Seja por onde for que eles entrarem, leia o texto
do quadro a seguir para descrever o que eles veem:

Quatro colunas de pedra sustentam o teto abobadado de

3 metros de altura deste paiol de mantimentos, cujas
paredes estão guarnecidas com doze barris sobre suportes
de madeira. Metade dos barris tem uma torneira de latão.
A sala também contém duas pilhas de caixas de madeira,
uma no meio da sala e outra perto da parede sul.

D ugu n sa THlr,aM RÀ VLNrruM PU R A caixa no alto da pilha no meio da sala contém três diabos
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mau espinhados que espionam esta área através de olhos nos
nós da madeira da caixa. Esses diabos vão irromper de
Classe de Armadura l0 seu esconderrjo e atacar os intrusos assim que os virem.
Pontos de Vida 7E (l2d8 + 24) As outras caixas no meio do paiol contêm carne seca,
Deslocamento 9 m pães, queijos e outros mantimentos variados, o suficiente
para sustentar os VanthampuÍ e os cultistas da masmorra
FOR DES coN INT SAB CAR durante um mês. As caixas perto da parede sul contêm
'17
1
(+3) l0 (+0) ls (+2) l3 (+l) 16 (+3) 18 (+a) velas, frascos de óleo, incenso e ratoeiras.
Seis barris contêm água potável e os outros seis, cerveja.
Perkias Enganação +6, lntuição +5, lntimidação +6, Religião +3
Sertidos Percepção passiva l3; consulte também "Visão
Diabólica", a seguir
Q2l. AoncA DE VrNHos
Mais de duzentas garrafas arrolhadas de vinho estão
ldiomas Comum, lnfernal
dispostas em prateleiras de madeira de 2,1 metro de altura
Nfilel de Desafio 4 (1,I00 XP)
que cobrem as paredes oeste e sul. Caixas de madeira
vazias estão empilhadas no meio da sala.
Devoção Sombria. Thalamra tem vantagem em salvaguardas Tesouro. Dezessete garrafas contêm vinho fino (10 PO
contra a condição enfeitiçado ou amedrontado. por garrafa). Os outros vinhos são de safras ordinárias
(1 PP por garrafa).
Yisão Diabólica. Thalamra enxerga normalmente na escuridão
mágica ou não mágica até 36 metros.
Q22. Túrvrrs DE Escoro
Os habitantes da masmorra fazem uso corriqueiro destes
ES
túneis iluminados. O cheiro forte de incenso paira no ar
Atoques Múltiplos. Thalamra usa raio místico duas vezes ou faz (consulte "Características da Masmorra", anteriormente).
dois ataques desarmados. Valas de pedra lisa escavadas no chão conduzem aágua
e os dejetos na direção da área Q30. Essas valas têm
Roio Místico (Truque), Ataque Mágico à Distância: +6 para acertar,
1,2 metro de largura e 90 centímetros de profundidade e são
alcance 36 m, uma criatura. Dano:9 (ldl0 + 4) energético.
cruzadas por pontes em arco a intervalos regulares. A borda
Atoque Desotmado. Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para de cada lado de uma vala tem 90 centímetros de largura.
acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano:4 contundente. Monstros Enanúes. Ratos comuns às vezes entram na
masmorra pelos canos abertos nas paredes. Os cultistas es-
ReacrroNs palham ratoeiras para capturar e matar esses ratos enquanto
perfumam a masmorra com incenso. Pode ser que os perso-
Repreensão Diabúlico (Magio de 1o Círculo;2/Dia). Quando
Thalamra sofre dano de uma criatura à vista e a até l8 metros nagens encontrem esses cultistas ao percorrer os túneis.
dela, a criatura que provocou o dano é envolvida por chamas Um encontro típico consiste em dois humanos cultistas,
.l4. ordeiros e maus de mantos pretos, cada um com um
infernais e precisa fazer uma salvaguarda de Destreza CD
Se falhar, sofre l6 (3d10) pontos de dano ígneo, ou metade do
incensório na mão e, na cara, uma fina máscara dourada
§ dano se tiver sucesso. com cara de diabo (que vale 25 PO para compradores
D
especializados). Os incensórios contêm incenso. A máscara

CAPÍTULO T I UM CONTO DE DUAS CIDADES

3E
diabólica cobre todo o rosto de quem a usa, com exceção
dos olhos, das narinas e da boca. Nâo existem duas
máscaras iguais.
Se este encontro ocorrer num túnel com uma vala de es-
goto no centro, os dois cultistas estarâo em lados opostos da
vala, avançando na mesma direção e balançando delicada-
mente seus incensórios. Você pode dificultar o encontro tro-
cando os cultistas por cultistas fanáticos ou acrescentando
uma escolta formada por um ou mais diabretes invisíveis.
Se qualquer um dos cultistas errantes for derrotado, reduza
o número de cultistas que o grupo encontrará na área Q33
como for necessário. Se os personagens não tentarem escon-
der os corpos dos cultistas derrotados, alguém vai encontrálos
e avisar o diabo farpado ta área Q26. Caso ainda não tenha
sido derrotado, o diabo vai vasculhar a masmorra em busca de
intrusos assim que for informado sobre essa possibilidade.
Q23. CÂruaRA FRrA
Os Vanthampur armazenam carcaças de animais e carne
fresca de outras procedências nesta sala. No meio da sala,
seis correntes de 90 centímetros de comprimento arremata-
das por ganchos pendem do teto que fica a 3 metros do chão.
Carcaças esfoladas de javali estão penduradas em quatro
ganchos. Os outros dois estão livres.
Q24. S,r.ra DEJANTAR
E aqui que os cultistas fazem as refeições, mas nenhum
deles estará presente quando os personagens entrarem
na sala pela primeira vez. No meio da sala, há duas mesas
de madeira montadas sobre cavaletes e bancos. A sala é
bem iluminada (luz plena) por seis castiçais altos de ferro
forjado, espaçados ao longo das paredes. Cada castiçal tem
1,8 metro de altura e sustenta nove velas acesas.
O25.
a!
CozrNne
E aqui que os cultistas preparam suas refeiçôes, mas
nenhum deles estará presente quando os personagens
entrarem na sala pela primeira vez. A cozinha é tão quente
que chega a causar desconforto. Contém dois fogões de ferro
fundido acesos, com pilhas de lenha ao lado de cada um
deles. Entre outros móveis, temos: uma mesa de madeira
montada sobre cavaletes, onde a comida é preparada, bem
como prateleiras forradas de pratos, canecas, panelas,
utensílios e potes de ingredientes e temperos.
Q26. TrurI-o DE Zenrnl
A porta de ferro de folha dupla que leva a esta sala tem
runas infernais entalhadas no batente em forma de arco.
Os personagens que compÍeendem o idioma conseguem
traduzir âs runas: "Tudo que tomba há de se reerguer".
O personagem que tentar escutar alguma coisajunto a
essa porta ou uma das portas secretas que levâm a esta sala
vai ouvir as vozes de meia drtzia de humanoides cantando
no idioma infernal. Os personagens que compreenderem
a língua e prestarem atenção aos cânticos vão distinguir
elogios à arquidiaba Zariel por seu empenho incessante em
vencer a Guerra Sangrenta.
Pensorlcers DTSFARçADos
Os personagens podem se disfarçar com máscaras e mantos
recolhidos dos cultistas derrotados. Com esse disfarce, terão
vantagem nos testes de Carisma (Enganação) que fizerem
para enganar os diabos e os membros da seita que se
encontram na masmorra sob a Quinta Vanthampur.
Quando os personagens entrarem na sala, estabeleça a
cena lendo emvoz alta o texto do quadro a seguir:
Duas fileiras de castiçais altos de ferro forlado iluminam
esta câmara abobadada, e cada um deles porta nove velas
bruxuleantes. No lado sul da sala, há um pedestal sobre
o qual ergue-se uma estátua de 2,1 metros de um anjo de
olhos brancos e brilhantes empunhando uma espada longa.
.l,8
Uma criatura ínfera de metro de altura e coberta de
espinhos está parada a oeste da estátua, encarando quatro
cultistas de mantos pretos que, ajoelhados no meio da sala
e com o rosto escondido atrás de máscaras diabólicas dou-
radas, entoam cânticos. Nove tapeçarias representando as
camadas dos Nove lnfernos adornam as paredes.
O ínfero coberto de espinhos é um diabo farpado chamado
Odiento. Enviado por Zariel para servir a duquesa
Vanthampur, o diabo responde somente às duas. As pessoas
que cantam são quatro humanos cultistas, ordeiros e
maus de mantos pretos e máscaras diabólicas douradas
semelhantes àquelas usadas pelos cultistas na área Q22.
O diabo e os cultistas vão atacar os intrusos assim que
os virem, mas podem ser tapeados por personagens
disfarçados (consulte o quadro de mesmo nome).
Estátua..A estátua representa Zariel em sua forma
angelical. E um objeto Grande com CA 17, 33 pontos
de vida, imunidade a dano ígneo, venenoso e psíquico.
Derrubar a estátua com um teste bem-sucedido de Força
(Atletismo) CD 20 fará com que ela se espatife no chão.
Tésourp. A cabeça e o pescoço da estátua são ocos. Alojada
nessa cavidade está uma maça +1 qlue só poderá ser removida
se a estátua for destruída. A cabeça da maça lança luz plena
num raio de 1,5 metro e meialuz no 1,5 metro seguinte. Quem
empunha a maça consegue apagar ou acender essa luz usando
uma ação. (É essa luz que faz os olhos da estátua brilharem).
Q27. TúNnL DE FucA
Escondido atrás de uma porta secreta, este túnel tem uma
escada de mão feita de madeira na extremidade norte.
A escada sobe por um poço de 4,5 metros de altura até um
alçapão que se abre na áreaQ2.
Q28. SeNruÁRro Sncnrro
Esta sala se esconde atrás de portas secretas (consulte
"Características da Masmorra", p. 37). O ruído de pedra
raspando que qualquer uma delas produz quando aberta é
alto o bastante para aletar a ocupante da sala. Leia o texto a
seguir quando os personagens entrarem:
Esta sala é iluminada por dois castiçais altos de ferro
forjado nos cantos nordeste e sudeste. Nove velas ardem
em cada um deles, lançando uma luz bruxuleante sobre um
altar com pezinhos esculpido a partir de um único bloco de
obsidiana. Do tampo do altar brota uma pequena chama
em forma de anjo. Uma mulher de cabelos grisalhos está
ajoelhada diante do altar.
CAPÍTULO I I UM CONTO DE DUAS GIDADES
39
 A duquesa Thalamra Vanthampur (consulte o bloco de
estatísticas) está ajoelhada diante do altar. Ela veste roupas
elegantes, dignas de uma nobre de sua estatura, e está
desarmada. Mas ela tem poderes mágicos concedidos por
Zariel,sua patronesse infernal. Os intrusos serão recebidos
com hostilidade, e a duquesa nâo vê problema algum em
espancar os inimigos com as mâos nuas caso se veja em
combate corpo a corpo. Nâo esqueça que ela tem a reaçào
Repreensão Diabólica e que pode usála duas vezes por dia
(mas apenas uma vez por turno).
Se for reduzida a menos da metade de seus pontos de
vida, Thalamra vai tentar escapar pela porta secreta mais
próxima que nâo esteja bloqueada. Ela vai passar para a
área Q36 ou tentar fugir pela fuea Q27. Excessivamente
orgulhosa, ela prefere morrer a se entregar ou ser feita
prisioneira, e verá de bom grado qualquer um dos filhos
morrer antes de ceder a um pedido de resgate. Quando a
morte finalmente a levar, as últimas palavras que dirigirá a
seus algozes serão: "Vejo vocês no inferno".
Thalamra traz duas chaves num dos bolsos do vestido.
Uma das chaves destranca o baú no quarto dela (área Q17);
a outra abre a porta da caixa forte (área Q36).
Altar de Obsidiana. O altar negro pesa 400 kg e tem
diminutas runas infernais entalhadas num aro em volta
da chama em forma de anjo com 23 centímetros de altura
que brota de seu tampo. Essa chama lembra Zariel apenas
vagamente. Violar a integridade de qualquer uma das runas
vai apagar a chama e rachar o altar ao meio.
Q29. PnrsÃo
Leia o texto do quadro a seguir quando os personagens
abrirem a porta desta sala:
Uma figura de ombros largos, pele roxa e barba formada
por tentáculos que se contorcem feito serpentes está no
meio desta sala guarnecida de portas de ferro, e o estranho
aperta a haste de uma glaive ao encará-los no recinto às
escuras. Cada porta tem uma janelinha barrada, e um
molho de chaves pende do cinto da criatura.
O carcereiro é um diabo barbado chamado Thoss, que
vai atacar qualquer um que ele perceba como intruso ou
ameaça. Personagens disfarçados como cultistas podem
tentar convencê-lo a deixá-los interrogar ou soltar os
prisioneiros (consulte o quadro "Personagens Disfarçados"
na p. 39). As chaves penduradas no cinto do diabo abrem as
portas das celas.
Duas dessas celas (à sua escolha) têm prisioneiros. As ou-
tras quatro estão vazias, mas personagens capturados pode-
riam acabar dentro delas (consulte o quadro "Personagens
Aprisionados"). Se precisar introduzir um novo membro do
grupo para substituir outro que morreu, esse personagem
pode começar a aventura trancafiado numa das celas vazias.
Falaster Fisk. O primeiro prisioneiro é um humano
baixo, magro e erudito de cinquenta e poucos anos chamado
Falaster Fisk. Proveniente de Calimshan, Falaster é um
espiâo de alinhamento neutro e está desarmado. Ele fala
Comum e Infernal, veste um cáftan que lhe chega aos
tornozelos e tem cabelos escuros. Seu cavanhaque muito
bem aparado foi tingido de carmesim.
Falaster trabalha para Sylvira Savikas, uma tiferina
lt especialista nos Nove Infernos que, no momento, tem sua
base de operações no Candlekeep (Forte da Vela). Quando
CÀPÍTULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES
+o
Thavius Kreeg chegou a Baldur's Gate (Portâo de Baldur)
há alguns dias, Falaster não demorou muito para começar
a ouvir boatos de que os Vanthampur o tinham acolhido.
Falaster tentou descobrir por que e foi capturado. Ele pode
fornecer a quem o resgatar as informaçôes úteis a seguir:
. "Sylvira Savikas é uma sábia radicada no Candlekeep
(Forte da Vela). E uma grande amiga minha! Faz meses
que ela anda monitorando a atividade dos diabos em
Baldur's Gate e Elturel."
. "Sylvira está convencida de que Thavius Kreeg fez um
acordo com um arquidiabo e que uma cópia do contrato
que ele assinou está escondida no interior de uma caixa-
segredo mágica. Ela me pediu para ajudáJa a obter provas
dos crimes de Kreeg."
. "Sylvira não é amiga de Thavius Kreeg coisa nenhuma.
Ela acha que consegue abrir essa caixa-segredo e está
disposta a pagar por ela, seja em ouro ou itens mágicos."
Se o soltarem, Falaster vai ajudar os peÍsonagens como
puder, desde que isso nâo o coloque em perigo.Já esperando
que fosse capturado, ele obteve e memorizou a planta baixa
da masmorra sob a Quinta Vanthampur. Portanto, tem como
levar seus salvadores às salas secretas (áreas Q28 e Q34) e
à caixa forte dos Vanthampur (área Q36).
Satiir Thione-Hhune. A segunda prisioneira é uma mu-
lher aristocrática e em boa forma na casa dos setenta anos
chamada lady Satiir Thione-Hhune. Integrante da rica e po-
derosa politicamente falando
- - família Hhune de patria-
res, Satiir é uma nobre neutra e má, desarmada e sem ar-
madura (CA 1i). Foi sequestrada pelos Vanthampur para ser
usada como carta na manga caso os Hhune descobrissem
quem roubou o Escudo do Encoberto da cripta da família.
Sem que os Vanthampur saibam, Satiir é integrante de
uma ordem secreta e maligna que se intitula os Cavaleiros do
Escudo e se autodesigna guardiâ do Escudo do Encoberto.
Satiir não vai falar sobre o escudo. Emvez disso, vai dizer a
seus salvadores que os Vanthampur estão planejando usá-la
para impedir os Hhune de se opor à tentativa da duquesa
Vanthampur de se tornar a nova grã-duquesa. Se permitirem
que ela escape, Satiir vai informar seus familiares e colegas
de que os Vanthampur roubaram o escudo, destruindo o
futuro político da duquesa Vanthampur. Os personagens talvez
encontrem outros amigos de Satiir a caminho do Candlekeep
(Forte da Vela) (consulte "Cavaleiros do Escudo", p. 44).
Q30. GneoE DE BARRAS DE FERRo
Este túnel de esgoto vai aos poucos formando um declive na
direção sul, conduzindo a água e os dejetos para o sistema
de esgoto da cidade. O túnel é bloqueado por uma grade de
3 metros quadrados composta de barras de ferro verticais a
intervalos de 15 centímetros, espaço suficiente para deixar
passar um rato, mas estreito demais para personagens de
tamanho normal atravessarem, mesmo espremidos. As
barras estão profundamente enterradas nas pedras do chão
e do teto.
Pensorlcers ApRtstoNADos
Se os personagens forem derrotados na Quinta Vanthampur
ou na masmorra logo abaixo dela, você pode íazer os vilões
estabilizarem os membros agonizantes do grupo, livrá-los de
todo o equipamento (que será guardado na área Q28) e
atirá-los na prisão (área Q29). Essa alternativa ao TPK
"total party kill" ou morte do grupo todo
-
dá à duquesa
-
Thalamra Vanthampur e seus cultistas a oportunidade de
interrogar os personagens e descobrir o que eles sabem.
Também monta o palco para uma possÍvel fuga da prisão.
 Um personagem pode vergaÍ as barras com um teste bem-
sucedido de Força (Atletismo) CD 25, criando um vão largo
o bastante para um humanoide de tamanho Médio ou menor
se espremer e passar por ali.
Q3l. Sacusrra
Quatro guarda-roupas de madeira estâo encostados nas pa-
redes desta área. Os cultistas guardam mantos e máscaras
nestes guarda-roupas antes de sair da masmorra e voltar à
cidade lá em cima. Os guarda-roupas da parede oeste estâo
vazios. Os personagens que vasculharem o guarda-roupa
da parede sul vâo encontrar quatro mantos pretos e quatro
máscaras diabólicas de ouro, como aquelas usadas pelos
cultistas encontrados em outros pontos da masmorra.
Q32. TúurL DE LrcAÇÃo
A meialuz dos lampiões de vidro verde dos cultistas não
chega às extremidades deste corredor, criando manchas de
escuridâo neste recinto. Dois humanos cultistas fanáticos.
ordeiros e maus guardam o túnel, um em cada ponta.
Personagens dotados de visâo no escuro ou fontes de luz
próprias vâo avistar os fanáticos. Do contrário, os fanáticos
vão surpreender os personagens. Cada fanático usa um
manto preto e uma máscara diabólica de ouro semelhante
àquelas usadas por cultistas em outras áreas.
Sons de combate neste recinto vão alertar os cultistas da
área Q33, que vâo se armar, mas não sair de sua sala.
Q33. AToyAMENTo Dos CuLTrsrAs
Esta sala é iluminada por dois castiçais altos de ferro
forjado, cada um deles com nove velas bruxuleantes. Em
todo o perímetro da sala há dez beliches de madeira, perto
dos quais ficam canastras destrancadas contendo roupas
comuns que pertencem aos cultistas.
Dez cultistas estâo reunidos aqui (subtraia desse número
os cultistas que por acaso foram derrotados na áreaQ22).
Esses membros da seita são humanos ordeiros e maus que
usam mantos pretos e finas máscaras diabólicas de ouro.
Alguns deles pegaram no sono, outros estão sentados nas
camas, trocando fofocas sobre o dedo de Thavius Kreeg na
queda de Elturel e os planos da duquesa Vanthampur para
Baldur's Gate. Esses cultistas não vão mostrar clemência
aos intrusos.
Sons de combate nesta sala vâo alertar os cultistas
fanáticos da área Q32, que vão investigar na mesma hora.
Q34. CÂuaRA RrruALÍsrrcn
Esta sala se esconde atrás de portas secretas (consulte "Ca-
racterísticas da Masmorra", p. 37) e eis suas características:
Esta câmara abobadada com um pé direito de 3 metros
tem um teto de gesso pintado com imagens apavorantes
de diabos alados que olham para um símbolo incrustado
no chão do recinto: um disco de pedra negra inscrito com
uma estrela de ouro de nove pontas. Quatro castiçais
de ferro forjado repletos de velas vermelhas, apagadas e
semiderretidas contornam o círculo.
Os cultistas usam esta câmara para celebrar rituais
diabólicos que reproduzem o efeito da magia pressáslb,
com exceçâo de que o contato passa a ser um diabo que se
manifesta como uma coluna de fumaça acima do símbolo
no chão. As imagens no teto são diabos do fosso, como
qualquer personagem que for bem-sucedido em um teste de
Inteligência (Religião) CD 15 poderá reconhecer.
Q35. Aro;AMENTo DE THAvrus KREEc
Descreva esta sala para osjogadores da seguinte maneira:
Castiçais de ferro forjado encimados por velas bruxuleantes
iluminam esta sala, que é aquecida por um fogão de íerro
fundido com pezinhos. Na frente do íogão crepitante há
uma escrivaninha modesta com a cadeira combinando. En-
tre os outros móveis, temos: uma pequena mesa de,iantar
e cadeira, uma cama, um baú de ferro aos pés da cama e
- uma delas mostra espíritos emergindo
duas tapeçarias
do rio Estige como lêmures; outra retrata um homem morto
que pende íeito marionete de ganchos e correntes.
Tésouro. Thavius guarda no baú um símbolo sagrado de
Torm (um pingente de prata em forma de manopla na ponta
de uma corrente de prata). O símbolo sagrado vale 25 PO.
O baú contém só isso.
Q36. CarxA FoRTE Dos VANTHAMPUR
A porta desta sala está trancada (consulte "Características
da Masmorra", p. 37) e a duquesa Vanthampur tem a única
chave. E possível destrancar a porta por dentro mesmo
sem a chave.
Quando os personagens abrirem a porta da caixa
forte, leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir para
estabelecer a cena:
Esta sala contém quatro mesas de madeira com dois
coírezinhos de madeira sobre cada uma delas. Pendurado
na parede oposta à poÍta, encontra-se um belo escudo
dourado. Parado à frente do escudo está um velho de
roupas simples com um castiçal aceso na mão. Quando
ele se vira para a porta, vocês veem que a sombra dele
na parede não corresponde à sua forma, mas parece ser
a sombra de um ínfero atarracado, chifrudo e dotado de
pequenas asas.
O homem é Thavius Kreeg (bloco de estatísticas na p. 42),
o ex-alitarca de Elturel. Antigo sacerdote de Torm (deus da
coragem e do autossacrifício), ele perdeu a capacidade de
conjurar quando abandonou sua fé e hoje só finge adorar
essa divindade. O escudo pendurado na parede atrás
dele é o Escudo do Encoberto, que é descrito e ilustrado
no apêndice C. Thavius anda falando com Gargauth, o
ínfero aprisionado no escudo, e concluiu que o escudo é
responsável por boa parte da avaÍeza e da malícia que
grassam em Baldur's Gate (Portâo de Baldur). No devido
tempo, Thavius acha que conseguirá usar o escudo para
arrastar Baldur's Gate para as profundezas do Avernus.
Thavius deseja o poder e a gratidão de seus mestres infer-
nais. No entanto, ele abomina a violência e evita o combate
sempre que possível. Ele chora lágrimas de crocodilo por
Elturel, alega que estava visitando uma paróquia a alguns
quilômetros da cidade quando esta desapareceu, e expressa
seu horror pela queda da cidade. Nenhuma das histórias
sobrevive a um exame cuidadoso.
Thavius também está mentindo sobre sua relaçâo com a
duquesa Vanthampur. Ele alega que os guardas da duquesa o
capturaram logo depois de ele ter chegado a Baldur's Gate e
que a nobre precisa da ajuda dele para determinar as proprie-
capÍruro I I uM coNTo DE DUAS crDADEs
+t
 dades mágicas do escudo celestial que a família dela "adqui
riu" numa cripta sob a cidade. Apesar de estar acostumado a
mentir, Thavius não consegue explicar sua sombra diabólica.
Se estiver com o grupo, Reya Mantlemorn ficará
boquiaberta diante do alitarca-mor e nâo deixará os
personagens fazerem mal algum a Thavius enquanto
acreditar que ele r.ada fez de errado. A sombra alterada não
é prova suficiente para condená-lo. É possível convencer
Reya de que Thavius é corrupto obrigando-o a confessar
com um teste bem-sucedido de Carisma (Intimidação)
CD 15 ou provando que ele perdeu a capacidade de conjurar
magias. Se matarem Thavius, os personagens poderâo
encontrá-lo de novo no capítulo 3, depois de sua alma ter
se transformado num diabo.
Escudo do Encoberto. O diabo Gargauth está preso no
Escudo do Encoberto e deseja escapar. O ínfero acredita
que conseguiria sair se o escudo fosse levado aos Nove In-
I fernos e precisa da ajuda dos personagens para chegar lá.
Gargauth pressente a presençâ dos personagens quando
eles entram na sala e se comunica telepaticamente com
um deles, escolhido aleatoriamente. Referindo-se a si
mesmo como o Encoberto, o diabo alega ser uma criatura
celestial e jura ajudar os personâgens a salvar Elturel,
desde que levem o escudo com eles para os Nove Infernos.
O Encoberto também avisa que uma sociedade secreta
procura o escudo e que é só uma questâo de tempo até seus
membros malignos o encontrarem. Gargauth afirma que
essa sociedade secreta nâo quer usar os poderes do escudo
para fazer o bem, o que é verdade.
A duquesa Vanthampur e Thavius Kreeg prometeram
ajudar Gargauth a sair do escudo, contanto que o ínfero
disseminasse a corrupçâo pela cidade inteira ao fazer os
patriares apoiarem a duquesa e, por extensão, a arquidiaba
Zariel. Somente então Baldur's Gate poderá ter o mesmo
fim de Elturel. Mas Gargauth aceitará de bom grado
í à caixa-segredo ou ao escudo, conforme a necessidade.
I recoÍrer a um meio mais conveniente de voltar aos Nove
! Infernos se os personagens oferecerem algo nesse sentido.
O Encoberto só deve lealdade a si mesmo.
Tesouro. Os oito cofres estão destrancados e contêm
dinheiro da família Vanthampur, bem como itens valiosos
roubados do tesouro de Tiamat no Avernus. A duquesa
Vanthampur planeja usar essas riquezas combinadas
T[ravrus Knrnc
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mou
Classe de Armadura l0
Pontos de Vida a0 (9d8)
Deslocamento 9 m
FOR DES coN INT SAB CAR
l2 (+l) 10 (+0) 11 (+0) l s (+2) l8(+4) l6(+3)
Perícias Enganação +5, Medicina +6, Persuasão +5, Religião +4
Sentidos Percepção passiva l4
ldiomas Abissal, Comum, lnfernal
NÍvelde Desafio l/2 (100 XP)
Sombro do Culpa. A sombra de Thavius é a de um diabo
atarracado, chifrudo e dotado de pequenas asas.
Açõrs
Maça. Arma de Combale Corpo a Corpo: +3 para acertar,
alcance 5 m, um alvo. Dano:4 (ld6 + 1) contundente.
CAPÍTULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES
42
para subornar os patriares e as autoridades da cidade,
convencendo-os a apoiar sua proposta de se tornar a nova
grã-duquesa.
O cofre 1 contém 30 lingotes de electro (10 PO cada)
da família Vanthampur.
Os cofres 2,3 e 4 contêm 100 PO da família
Vanthampur cada um.
O cofre 5 contém dois pedaços de uma adaga cerimonial
partida e roubada do tesouro de Tiamat: uma lâmina de
marfim recurva com runâs dracônicas dizendo "Presa",
e uma empunhadura de osso envolta em tiras de couro e
enfeitada com pedras preciosas. O truque repararpode
refazer a ad,aga não mágica, que voltará a valer 250 PO.
Os cofres 6 e 7 contêm, cada um, 100 PP da família
Vanthampur.
O cofre 8 contém vinte azuritas (pedras preciosas que
valem 10 PO cada) roubadas do tesouro de Tiamat.
Umruos ENCoNTRos
nu BaTDUR,S Gern
Se os personagens não conseguirem localizar a caixa-se§redo
infernal de Thavius Kreeg (consulte a área V13) nem o -Escudo
do Encoberto (área V36), um PNJ como Reya Mantlemorn
ou Falaster Fisk vai recomendar uma busca mais metódica
pela propriedade dos Vanthampur. Por ser uma Cavaleira do
Inferno, Reya talvez sejacapaz de pressentir a presença do
escudo celestial e estimular os personagens a recuperáJo,
para que não caia em mâos perversâs. Da mesma maneira,
Falaster detesta a ideia de deixar a caixa-segredo para trás
para outra pessoa se apoderar dela.
Se o tressim Babachuleta (área Q5) estiver com o grupo,
ele poderá levar os personagens até a caixa-segredo.
Vilões capturados também podem levar os personagens
Encontrados os objetos, Falaster vai recomendar
veementemente que os personagens entreguem os itens a
Sylvira Savikas no Candlekeep (Forte da Vela).
Se forem convidados a se juntar aos personagens em sua
jornada até o Candlekeep (Forte da Vela), Reya e Falaster vâo
aceitar sem demora. Falaster tem uma habitaçâo modesta no
Bairro Calishita, um setor murado na Cidade de Fora,e sugere
que deem um pulo lá para que ele possa se armar antes de
continuarem a viagem para o Candlekeep (Forte da Vela).
PnnsreçÃo on CoNres
eo_ Ca_prrÃo Zoocn
Assim que eliminarem a família Vanthampur e sua seita de
diabolistas, os personagens poderâo voltar ao capitàoZod,ge
parafazer seu relatório, enffegâÍ os distintivos do Punho
Flamejante e receber o que por acaso tiverem a receber.
Zod,ge frcará satisfeito em saber que não precisa mais
se preocupar com os Vanthampur. Se os personagens
informarem Zod,ge de que um ou mais membros da família
ainda estão vivos, o capitão vai prometer caçáJos e puniJos
pelos crimes cometidos.
Cou.e.NoANTE Ponrvn
Enquanto os personagens se acertam com o capitão Zodge,
a reunião é interrompida pela chegada de uma integrante
de alta patente do Punho Flamejante. Leia ou parafraseie o
texto a seguir para os jogadores:
 í
Sua reunião com o capitão Zodge é interrompida pela
chegada de vários soldados do Punho Flamejante, todos v r'Tv 7
usando armadura de placas. De trás dessa muralha de \ §
espadas e aço surge uma mulher de armadura, capa branca
e cabelos grisalhos. "São estes os doidos que botaram para
tFl É r\

correr todos os ratos desta cidade esquecida pelos deusesl"

U
"Comandante Portyr!", exclama Zodge. "Disseram-me que
a senhora só chegaria a Baldur's Cate daqui a uns dez dias."
"É o que o governo da cidade queria que pensasse,
capitão", ela responde. Virando-se para vocês, ela diz:
"lmagino que iá tenham sido devidamente recompensados)" \
\
t_
"/
{,1í d
A
7
Até recentemente, Liara Portyr (consulte o bloco de estatís-

3
ticas) comandava um posto avançado do Punho Flamejante
\/ 7
chamado Forte Beluarian na distante península tropical de
Chult. Seu tio é o duque Dillard Portyr de Baldur's Gate, um
dos dois governantes remanescentes (supondo-se que a du-
quesa Vanthampur não tenha sobrevivido). O duque Portyr
mandou chamar a sobrinha para assumir o comando do
Punho Flamejante na ausência do grão-duque Ulder Raven- \
gard. A volta para casa foi acelerada com magia. S
A intençâo de Liara é ser reconhecida como a sucessora
natural de Ulder Ravengard, mas ela ainda tem esperança
de que ele esteja vivo. Se os personagens acharem que
têm alguma chance de salvar Elturel e, por conseguinte, I
-
recomendar veementemente que
Ravengard
-, Liaravai
eles se dediquem a isso. Sua vivência em Chult a ensinou
a respeitar os aventureiros e a capacidade dessa gente de
resolver as coisas.
Se os personagens nâo tiverem encontrado Falaster Fisk na
masmorra sob a Quinta Vanthampur, Liara Portyr pode ser a Lra.nn Ponrvn
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mau
pessoa que vai estimulá-los a ir ao Candlekeep (Forte da Vela)
procurar Sylvira Savikas, uma renomada especialista nos
Classe de Armadura l5 (couro batido, escudo)
Nove Infernos. Sylvira pode ajudá-los a abrir a caixa-se§redo
Pontos de Vida 84 (.l3d8 + 26)
infernal e desvendar os mistérios do Escudo do Encoberto.
Deslocamento 9 m
Depois de garantir que os personagens recebam a recom-
pensa prometida, Liara vai agradecerJhes por terem aju-
FOR DES coN INT SAB CAR
dado Baldur's Gate. Ela precisa se concentrar nas diversas 16 (+3) '12 (+l) '15 (+2)
14 (+2) la(+2) 16 (+3)
ameaças à segurança da cidade, mas facilitará a saída dos
personagens de Baldur's Gate quando eles estiverem pron- Salvaguardas Con +4, Sab +4
tos para prosseguir, chegando ao ponto de arranjar um pô- Perícias Atletismo +5, Enganação +5, lntuição +4, lntimidação +5
nei ou cavalo de montaria para cada membro do grupo, com Sentidos Percepção passiva '12
a intenção de agilizar ajornada ao Candlekeep (Forte da ldiomas Comum, Dracônico, Anão
Vela). Ela também pode providenciar uma carroça puxada NÍvel de Desafio 4 (1,100 XP)
por uma mula, com comida, bebida e outros suprimentos.

Corujoso. Liara tem vantagem em salvaguardas contra

Vracnu Ao CANDLEKEEP condição amedrontada.
a

(Fonrn »,q. Vnre)
Quando os personagens estiverem prontos para partir
rumo ao Candlekeep (Forte da Vela), leia o texto do quadro
a seguir para os jogadores:
O Portão do Basilisco se abre, e os soldados do Punho
Flamejante contêm a onda de refugiados elturgardianos.
Vocês abrem caminho por essa massa de desventurados,
cujo pranto só faz aumentar assim que o Portão do Basilisco
se fecha após vocês passarem. A estrada de terra atravessa
os cortiços da Cidade de Fora, passa pelo murado Bairro
Calishita e chega ao grande vão da Passagem do Draco.
Fúrio Flamejante. Uma vez por turno, quando acertar uma
criatura com uma arma de combate corpo a corpo, Liara pode
íazer íogo brotar magicamente de sua arma para causar mais
l0 (3d6) pontos de dano ígneo ao alvo.
AÇões
Ataques Múltiplos. Liara íaz três ataques corpo a corpo.
Mochodo de Batalha. Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para
acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano:7 (1d8 + 3) cortante ou
8 (ldl0 + 3) cortante se usado com as duas mãos.
Besto Pesoda. Arma de Combate à Distância: +3 para acertar,
alcance 30/120 m, um alvo. Dano:6 (1dl0 + l) perfurante.

cerÍruro r I uM coNTo DE DUAS crDÀDEs

+3
 Se estiver com o grupo, Falaster Fiskvai levar os personagens
à casa dele no Bairro Calishita. Além de pegar suas armas,
ele também vaitrazer um velho livro de receitas calishitas
parâ trocar pelo ingresso na grande biblioteca do Candlekeep
(Forte da Vela) (consulte "Entrando no Candlekeep", p. 46).
Passacnvr Do DRACo
Os personagens precisam atravessar este ponto de
referência para chegar ao Caminho da Costa, que segue
para o sul rumo ao Candlekeep (Forte da Vela). Leia o texto
a seguir para descrever a cenâ:
Duas pontes magníficas se encontram numa ilha alta e ro-
chosa que se ergue no meio do rio Chionthar. Construções
e barracas comerciais revestem as laterais das duas pontes,
impossibilitando que os transeuntes vejam o rio desde a via
estreita e congestionada que passa entre essas estruturas.
Pontes levadiças de madeira ligam as duas pontes a uma
torre de menagem situada no alto da ilha. As bandeiras de
Baldur's Gate e do Punho Flamejante são desfraldadas com
orgulho acima dessa fortaleza.
A Passagem do Draco é o paraíso dos punguistas, e ali todo
viajante corre o risco de ter a bolsa furtada. Enquanto os
personagens percorrem a Passagem do Draco, peça a cada
jogador que lance 1d20. (Nâo faça a jogada pelos PNJs que
acompanham o grupo.) O(s) personagem(ns) que obtiverem
os resultados mais baixos sera(ão) alvo de um batedor de
carteiras (use o bloco de estatísticas do bandido).
Use o escore de Percepção passiva de um personagem
para determinar se a tentativa de furto foi ou nâo bem-
sucedida. Se o escore do personagem for igual ou superior
a 11, a tentativa de furto será detectada e impedida. Do
contrário, o ladrâo vai se safar levando um objeto de 0,5 kg
ou menos (uma algibeira ou uma poçào, por exemplo) e sumir
na multidâo antes que percebam o furto. Se o personagem
for roubado, pergunte aojogador quais objetos pequenos o
personâgem cârrega, aí decida qual deles foi surrupiado.
Cnvernrnos Do Escuoo
O encontro a seguir só acontecerá se os personagens
tiverem o Escudo do Encoberto. Do contrário, passe para a
seção'A História dos Cavaleiros do Inferno". Leia o texto a
seguir para estabelecer a cena:
A Passagem do Draco e Baldur's Cate já sumiram de vista e um golpe formidável nas forças das trevas.
vocês se veem seguindo o Caminho da Costa, uma estrada de
terra que leva às terras distantes de Tethyr, Amn e Calimshan,
entre outras. O Candlekeep fica a uns 240 quilômetros ao sul e
ao oeste: uma viagem de cinco dias.
Ao encontro de vocês, vem pela estrada um fazendeiro
humano na boleia de um carroção de feno puxado por dois
cavalos de carga. O fazendeiro acena amistosamente para
vocês quando o carroção chega mais perto.
O fazendeiro é Kaddrus, um cambiâo ordeiro e mau que
usa a magia alterarse para disfarçar sua forma verdadeira.
Escondidos sob o feno estão os cúmplices malignos do
CAPÍTULO 1 I UM CONTO DE DUAS CIDADES
44
cambião: três humanos veteranos que falam Comum e
Infernal. Seus nomes sâo Fálar eZartd al-Ryshal, e Nulra
Selapreta. Quando o cambiâo der a ordem na língua infernal,
os veteranos vão surgir do feno e atacar. Aí o cambiâo vai
assumir sua forma verdadeira, alçar voo e alvejar criaturas
com seu Raio de Fogo. Os dois cavalos de carga sào animais
comuns, mas nâo se assustam por qualquer coisa.
Kaddrus e os veterânos sâo integrantes de uma sociedade
secreta conhecida como os Cavaleiros do Escudo (consulte a
áreaQ29, p. 40). Seus objetivos são matar os personagens e
levar o Escudo do Encoberto para a família Hhune de patriares
em Baldur's Gate. Se os personagens matarem ou incapacitarem
os veteranos, Kaddrus vai voar de volta a Baldur's Gate para
contar o que aconteceu a seus superiores. Se o cambião escapar,
os personagens talvez o encontrem de novo no Candlekeep,
disfarçado de monge. Da próxima vez que encontrar o grupo,
Kaddrus vai lutar até a morte para conseguir o escudo.
A HrsroRrA Dos
Cevernrnos Do IurnnNo
Se Reya Mantlemorn estiver com os personagens, ela vai
compartilhar com eles esta história ao pé do fogo quando
acamparem em algum momento nessa viagem de cinco dias
até o Candlekeep (Forte da Vela):
"Foi há mais de um século que as atribulações começaram.
Os ínferos vagavam pelas terras ao norte e oeste de Elturel.
As plantações eram arruinadas, os animais domésticos
eram massacrados, lares eram arrasados e as pessoas,
arrastadas para um fim medonho e incognoscível. O pavor
se apoderava do coração de todos.
"A cavalaria da cidade percorria o país, abatendo os
ínferos assim que os encontravam e sofrendo baixas
terríveis. Mas nunca era o bastante. Para cada ínfero
destruído, era como se outros dois aparecessem em outro
lugar. O soberano de Elturel, o Cavaleiro-Mor, pediu ao
povo que implorasse o auxílio dos deuses. Para surpresa de
todos, um anjo poderoso entrou na cidade no dia seguinte.
O nome dela era Zariel, que significa Companheira de Luz.
As preces de Elturel foram ouvidas, a ajuda viera.
"Zariel localizou nos Campos dos Mortos, a oeste da
cidade, o portal por onde os ínferos entravam no mundo
natural. Zariel declarou que levaria a cavalaria ao Avernus
para destruir a hoste infernal que se congregava lá e desferir
"O Cavaleiro-Mor despachou os cavaleiros de Elturel, que
agora eram milhares, eZariel seguiu na liderança montada
num mastodonte dourado. Com um grande brado, Zariel e
seu exército atravessaram o portal e atacaram. As legiões do
Avernus tremeram e cederam, mas não se desintegraram.
Zariel foi derrotada, e o resto de seu exército voltou para
Elturel, pesaroso pela perda de sua gloriosa general, mas
confiante de que os senhores dos Nove lníernos pensariam
duas vezes antes de voltar a ameaçar Elturel.
"Houve grandes celebrações em homenagem aos
valorosos cavaleiros, que ficaram conhecidos como
Cavaleiros do lnferno desse dia em diante."
 \
w §

:iê .dfit- É-
-: -:.
Ff=-'1-
-.
I
i F
í tr-,*,
-l _{
é, \
-al _t

CaNoTEKEEP (Fonrn ne Vpre) O CeurNno »o LnÃo

O Candlekeep é uma fortalezano alto de um contraforte de Leia o texto do quadro a seguir para descrever o último dia
rocha que sobranceia o Mar das Espadas. Chega-se lá por da viagem dos personagens ao Candlekeep (Forte da Vela):
uma única estrada, o Caminho do Leâo, uma ramificaçâo do
Caminho da Costa que segue rumo ao oeste.
Nos últimos quatro dias, o tempo foi piorando gradativamente
O Candlekeep (Forte da Vela) está sempre aberto à visitaçâo
e se vangloria de ter uma das melhores bibliotecas de Faerün. no Caminho da Costa. Nuvens escuras despejam uma chuva
Os monges do Candlekeep também preservam as previsôes forte até a estrada ficar coberta de lama, mas vocês continuam
de Alaundo, o Vidente, um sábio sem igual cujas profecias se em frente, mesmo com dificuldade, passando por caravanas
mostraram corretas com o passar dos anos. Quando o vidente
comerciais amigáveis que seguem para o norte.
morreu, o Candlekeep se tornou um paraíso tanto para â
veneraçâo das profecias de Alaundo quanto para o acúmulo de Na manhã do quinto dia, a chuva passa, mas as nuvens
conhecimento. Se há um segredo a desvendar, entào as pistas escuras permanecem. Lá adiante, vocês veem uma trilha se
para encontráJo provavelmente estão no Candlekeep. separar da estrada e seguir na direção do mar. Há um corvo
Os encontros no Candlekeep (Forte da Vela) se concen-
de aspecto solene no alto de um poste inclinado com duas
tram na interaçâo social e na exploração. Estes sâo os acon-
tecimentos que vão se desdobrar ali: placas que, feito braços estendidos, apontam para o oeste.
Uma delas informa: "O Caminho do Leão". Na outra, os
. Os personagens chegam ao Candlekeep, onde o ingresso
custa um livro, mais especificamente um título que a dizeres são: "Candlekeep".
biblioteca dos monges ainda nâo tenha. I
. Os personagens conhecem Sylvira Savikas, uma tiferina
Os personagens que seguirem rumo ao oeste pelo Caminho
sábia que sabe como abrir a caixa-se§redo infernal de
do Leão vão chegar ao Candlekeep (Forte da Vela) no meio
Thavius Kreeg.
. da tarde. Você pode mostrar aosjogadores a ilustração do
Sylvira aconselha os personagens a deixar o Escudo
Candlekeep e descrever a vista lendo o texto a seguir:
do Encoberto a seus cuidados, mas Gargauth terá
bons argumentos para que os aventureiros levem o
escudo com eles. O sol da tarde aparece entre as nuvens para iluminar
. Sylvira cuida dos preparativos para mandar os
as paredes cinzentas e as torres finas, altas e pálidas
personagens a Elturel e entrega a eles um mapa nada
confiável do Avernus. Reya Mantlemorn se oferece para ir de uma fortaleza desgastada pelo tempo que se ergue
com os personagens, mas Falaster Fisk decide ficar. maiestosamente no alto de um promontório rochoso acima
do mar. A trilha segue direto para ela.
a

CAPITULO I I UM CONTO DE DUAS CIDADES

t5
 7

,/

7 /
7

\ I
I \ /')
a
*,l
-Â
-Õ
I -/
\.,
I'
7
{\ 1
\ 7

iL- L t \. \
u.*
,-l

It 7 4

tl I t
r
J g
7
l:-
F

r
/t an

? 7

wt
I
I ^
7
\\ \ )'t
\
, É:t -a -/
,

I lt
:ü)
rrtür Ç

T I
(
T
I I

,/
) l
I rI
I-

./
 F--.!lll-
\

\
I ) \
./
$
!
7 I L--

\
t

I 7
I I

fr
/
\ ./
7
\
a
/
- I
a

7
7
fl
I
a I
I E \
a t

J
II
I

r .:/

III l
L.-
.i(,'
..i)"

/,' -!
I
r
!
I
7,
=.1
t---, I ,,!
r 7 I
-, / I
L rI
I ] a a/ fr I
I

Z -/ )
-)
A

L
I -1
I

Reveua-se o coNreúoo oa mrsrÉnrosa

carxÀ-SEGRÉoo oe Txavtus Xneec
 Acnsso ao AvnRNUS
Sylvira sabe preparar a magia transiçào planar: mas seria
inútil, pois proteções mágicas instaladas no Candlekeep (Forte
da Vela) impedem as criaturas de usar esse método para entrar
ou sair da biblioteca. Em vez disso, ela apÍesenta um plano
alternativo para mandar os personagens para os Nove Infernos:
"Um mago chamado Traxigor mora numa torre a uns trinta
quilômetros daqui. Já lhe emprestei um ou dois livros de
magias, por isso ele me deve um favor. Posso fazer com
que cheguem à torre dele sãos e salvos, e ele poderá usar
I
magiatransição planar para mandá-los direto para Elturel.
Mais importante ainda, Traxigor está cuidando de uma velha
amiga minha, alguém que já travou combate com os diabos
dos Nove lnfernos. Creio que vocês vão apreciar bastante
companhia dela. Chama-se Lulu."
\ contínua. Uma lontra vestindo uma minúscula batina vermelha
Os personagens nâo precisam partir imediatamente
para a torre de Traxigor. Se quiserem ficar algum tempo
no Candlekeep, Sylvira vai alojá-los de bom grado. Reya
Mantlemorn, porém, ficará mais impaciente quanto mais
tempo eles se demorarem. É aqui que Falaster Fisk se separa
dos personagens, optando por ficar alguns dias no Candlekeep
antes de voltar a Baldur's Gate (Portão de Baldur).
Os personagens podem usar a biblioteca do Candlekeep
para aprender um pouco mais sobre os Nove Infernos.
O capítulo 2 do Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre
informa o que se sabe tradicionalmente sobre as nove
camadas, algo que os personagens podem descobrir após
passarem um dia ou dois pesquisando sobre o plano. Os
personagens também podem pesquisar sobre os diabos
para aprender tudo o que se diz a respeito deles no verbete
"Diabos" do Monster Manual: Livro dos Monstros.
I Quando eles estiverem prontos para seguir viagem até
a torre de Traxigor, leia ou parafraseie o texto do quadro a
seguir para os jogadores:
Sylvira leva-os a uma plataíorma de aterrissagem em
meia-lua, com uma vista deslumbrante para o mar.
Aguardando-os em cima dessa plataforma estão vários
grifos já selados, e os tratadores estão a postos para ajudar,
"Os grifos têm instruções para levá-los à torre de Traxigor",
explica Sylvira. "Não se preocupem, é seguro!"
Os tratadores de prontidão podem ajudar os personagens
a montar nos grifos. Cada grifo consegue carregar uma
pessoa e equipamento. Quando todos os personagens já
estiverem montados, leia:
Os grifos alçam voo e seguem para o mar, voando pouco
abaixo das nuvens. O Candlekeep parece igualmente
I majestoso lá do alto, mas vai ficando cada vez menor à medida
que os grifos voam para o oeste. Crandes ilhas rochosas
passam por vocês lá embaixo e, mais além, estende-se o mar
aberto. Depois de uma longa viagem, vocês veem uma torre
l
de pedra sem portas nem janelas que, sabe-se lá como, flutua
a,
CÀPÍTULO T I UM CONTO DE DUAS CIDADES
5o
no céu mais acima de vocês. Os griíos passam pelos buracos
de bordas irregulares que crivam o teto cônico da torre e
pousam no último andar que fica logo abaixo. Ali, uma escada
em caracol leva aos andares inferiores.
A Tonnr DE TRAXTGoR
Depois que os grifos pousarem, os personagens podem ficar à
vontade para desmontar e descer a escada, entrando na torre
de Traxigor. Após entregar os aventureiros sàos e salvos, os
grifos vâo descansar um pouco e voltar ao Candlekeep.
a
Leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir quando os
personagens descerem a escada e entrarem na torre:
Um andar abaixo, vocês veem uma câmara entulhada de coisas
a
e iluminada por vários obietos encantados com a magia chama
circula pela sala. Ela resmunga consigo mesma em Comum,
mencionando alguma coisa sobre um diapasão.
De repente, o bicho repara que vocês estão ali e fica de pé.
"Lulu! Acorde! As visitas chegaram!"
Ao ouvir seu nome, um elefantinho de pelagem dourada sai
de baixo de uma pilha de cobertores perto da mesa coalhada de
equipamento alquímico. A elefante bate suas asas emplumadas
e alça voo, emitindo um agradável toque de trombeta.
Traxigor foi transformado em lontra pela magia polimor.fa anos
atrás e decidiu que preferia essa nova forma à sua aparência
original (a de um velho enrugado). A forma de lontra toÍnou-se
permanente com a magia desgb. Ele usa o bloco de estatísticas
do arquimago, mas é uma fera Minúscula de Força 3. Seu
alinhamento é caótico e bom, e ele fala Comum, Dracônico,
Anâo, Gnômico, Pequenino e Troglodita. Emvez de teleporte,
ele preparou a magia transiçao planar e está procurando o
diapasâo de que precisa para conjuráJa. O pouco que sabe
sobre os personagens foi o que lhe contou Sylvira Savikas antes
que eles chegassem, por meio da magia remeter.
Os personagens podem ajudar Traxigor â procurar o
diapasâo desaparecido, que está afinado com os Nove
Infernos. Quem obtiver o resultado mais alto em um teste
de Sabedoria (Percepçào) vai encontrar o diapasão. Quem
obtiver o resultado mais baixo vai encontrar uma bugiganga
aleatória da tabela Bugigangas no capítulo 5 do Player's
Handbook: Livro doJo§ador. Traxigor não está nem aí se o
personagem vai ficar com a bugiganga ou devolvê-la e não se
lembra como nem quando a adquiriu.
Lutu, ,t CnrnsreNrn
Lulu é uma Celesfante (bloco de estatísticas na p. 232) que per-
deu boa parte da memória e também sua característica Conju-
ração Inata. (lsso não afeta seu nível de desafio) Ela vai recupe-
rar sua Conjuração Inata aos poucos, no decorrer da aventura:
. No capítulo 2, Lulu vai recuperar a capacidade de conjurar
.
luz àvonlade quando ela pisar em Elturel pela primeira vez.
No capítulo 4, Lulu vai recuperar suas magias limitadas a
2ldia(bênçáo, curar ferimentos e pÍoteçáo contÍa o bem e o
mal) quando ela chegar à Cidadela Sangrenta.
.
No capítulo 5, Lulu vai recuperar suas magias limitadas
a lldia (banimento, cura completa, reviver os mortos,
metamorfose e teleporte) assim que ela ajudar a reunir
Zariele sua espada.
 A Hrstoua or Luru
Enquanto estudava um portal para os Nove Infernos localizado
nos Campos dos Mortos a oeste de Elturel, Sylvira encontrou
Lulu e as duas ficaram amigas. Lulu passou um tempo
hospedada na câsa se Sylvira no Candlekeep (Forte da Vela),
mas não se deu bem comJezebel, a familiar quasit da tiferina.
Sylvira decidiu que Lulu seria uma companhia mais adequada
para Traxigoç por causa da excentricidade e do bom humor do
a. mago. Lulu é essencial para os personagens terem êxito mais
adiante, mas eles ainda não precisam saber disso.
Lulu fala Celestial, mas prefere usar telepatia, que
lhe permite conversar com uma criatura por vez. Se um
personagem perguntar a Lulu sobre suas batalhas com
os diabos dos Nove Infernos, ela vai dividir com eles as
informações a seguir:
"Eu estava com Zariel, o anjo, quando ela reuniu seu exército
de Cavaleiros do lnferno para atacar o Avernus. Atravessamos
o portal e rasgamos as fileiras dos diabos como uma cançâo
corta o ar. A vitória estava ao nosso alcance, mas fomos traí-
das por alguns Cavaleiros do lnferno. Eles bateram em reti-
rada, atravessaram o portal e o lacraram lá do outro lado.
"Antes de ser capturada, Zariel me mandou esconder sua
espada para que a arma não caísse em mãos perversas.
Alguém me ajudou a esconder a espada, mas não lembro
quem. Encontramos um esconderijo, mas não lembro onde.
Escapei do Avernus, mas não lembro como. Perdi boa parte
da memória e não lembro por quê."
A memória de Lulu foi arruinada por acontecimentos que
ela nâo consegue recordar, mas apresentamos nesta seção
um resumo desses fatos para ajudar você.
Lulu era mais do que uma companheira de viagem para
Zariel.Era uma amiga e também a montaria de guerra do
anjo, tinha o poder de se metamorfosear num mamute de
pelagem dourada e dotado de asas. A amizade das duas
atravessa os séculos.
Quando a derrota no Avernus parecia inevitável, Zariel con-
fiou sua espada a Yael, sua general mais leal, e mandou Lulu
ajudar Yael a encontrar uma maneira de esconder a aÍmâ.
Lulu e Yael toparam com uma malta de demônios liderada pelo
lorde demônio Yeenoghu e escaparam por um triz. A mascote
de Yeenoghu
- um demônio enorme chamado Crokek'toeck
perseguiu Yael e Lulu por todo o Avernus. Antes que o
- controlar a Celesfante como personagem secundária.
monstro as devorasse, Yael fincou a espada divina de Zariel
numa pedra e Lulu despejou nela toda a sua essência celestial,
até a última gota. Uma fortaleza surgiu em volta da espada,
isolando-a de todo mal. O esforço foi tão grande que Lulu ficou
desnorteada e se afastou voando, deixando Yael para trás.
Lulu voou a esmo pelo Avernus durante meses até encon-
trar um mercado ambulante chamado o Empório Errante.
Um rakshasa chamado Mahadi fezLllu acreditar que ele
era seu amigo, mas a borrifou com um pouquinho da água
do Estige, deixando-a num estado mental debilitado e pri-
vando-a de seus poderes de conjuraçâo. Aí Mahadi entregou
Lulu a um grupo de diabos como presente para a arquidiaba
Zariel.Zariel não suportava ter Lulu por perto, mas tam-
pouco era capaz de ferir sua ex-amiga. Zariel ordenou que
mandassem Lulu de volta a Faerün com as faculdades men-
tais restauradas. Infelizmente, não era tão fácil consertar o
estrago causado à memória de Lulu.
Leuenlnças DA LULU
d6 Lembrança
'I "Eu costumava me metamorfosear num mamute dourado.
Nessa forma, eu era a montaria de guerra de Zariel."
2 "Yael, a Cavaleiro do lnferno mais leal a Zariel, levou a
espada e a fincou numa pedra. Recorri até o último pingo
de bondade no meu coraçâo para erguer um escudo em
volta da arma, uma fortaleza contra o mal."
3 "O lorde demônio Yeenoghu quer destruir a espada de Za-
riel. Ele odeia a arma com a mesma força que odeia Zariel.
Lutamos com ele certa vez, mas não lembro onde foi."
4 "Voei a esmo pelo Avernus durante algum tempo, aí me es-
condi num lugar chamado o Empório Errante. Fiz um amigo
lá. O nome dele era Mahadi. Talvez ele possa nos ajudar."
5 "A Zariel que conheci não existe mais, íoi substituída por um
diabo com uma auréola de fogo e vingança. 'Esta sou eu de
verdade', ela me disse. 'Ao morrer, os demônios berram meu
nome, apavorados.' Foi a última coisa que Zariel me disse."
6 "Foi Zariel guem me mandou de volta para cá. Não sei
por quê. Talvez quem sabe
- - ela ainda tenha um
tiquinho de bondade bem lá no fundo."
LnunnaNçAS RESTAURADAs
A amizade é importante para Lulu, nos sentidos físico e es-
piritual. Quanto mais amiga dos personagens a Celesfante
ficar, mais ela vai se lembrar de coisas há muito esquecidas.
De agora em diante, Lulu vai recuperar lembranças perd!
das sempre que você quiser. O ideal é que as lembranças
voltem uma de cadavez nos momentos em que a amizade
dela com os personagens parecer importante. As lembran-
ças que ainda faltarem vão voltar de uma vez só quando
Lulu recuperar plenamente sua Conjuração Inata,
Quando chegar o momento de Lulu recuperar uma lem-
brança perdida,jogue 1d6 e consulte a tabela de Lembran-
ças da Lulu pâra ver qual delas voltará, ou simplesmente es-
colha uma. Se o resultado for uma lembrança já recuperada,
volte a jogar o d6 ou escolha uma lembrança diferente.
Couo INrnnpnnrAR LuLU
Lulu nâo tem um pingo de maldade. Ela acredita na força da
amizade e nâo vê a hora de sair detonando o mal ao lado dos
personagens.
Se interpretar Lulu como PNJ se tornar um fardo muito
pesado para você, veja se um dosjogadores gostaria de
Entregue a esse jogador uma cópia do bloco de estatísticas de
Lulu (p. 232), mas ressalte que a Celesfante, no momento, nâo
tem a característica Conjuração Inata. Quando ela recuperar
lembranças e a capacidade de conjurar certas magias, avise o
jogador sobre essas mudanças na personagem.
TneNsrçÃo PreNen
Recomenda-se que os personagensjá tenham avançado
para o 50 nível antes de deixar a torre de Traxigor. Quando
estiverem prontos para serem mandados para o Avernus,
leia em voz alta o texto do quadro a seguir:
Vocês se dispôem em círculo, Traxigor bate de leve o
diapasão no chão e conjura a magia transição planar.
CAPÍTULO T I UM CONTO DE DUAS CIDÀDES
5r
 I
íl e,"* I
I
üu
l)
i,^ { -r/
l
,i
I
\" \ F
lr
l,
\
ln,
\ ,
) f,,
n
T'!
J r
-
CepÍtur,o 2: ErrunEL TôMBou
ll UTRORA UMA CIDADE SANTA ONDE O POVO
venerava Lathander, Torm, Helm e Tyr, hoje
Elturel é um lugar de ruína e desespero,
acorrentado uns 150 metros acima do rio
Estige. Oito correntes imensas prendem a
cidade a postes farpados de ferro infernal
que brotam do chão feito cravos colossais.
(A descrição completa das correntes
infernais está na seção "Descendo a Pé"
no frm deste capítulo.) A base de cada cravo
é defendida por algumas dezenas de diabos e, portanto,
descer até o chão por esses postes e escapar da cidade
é uma tarefa árdua. O Companheiro, o segundo sol que
durante anos ofereceu tanto conforto e proteçào à cidade,
agora fulmina Elturel com seu olhar nefasto. É um vazio
escuro que crepita com relâmpagos.
Só uma coisa tem poupado a cidade de ser tomada
por diabos: uma onda maciça de demônios que ataca as
posiçôes dos diabos no chão. Obrigados a rechaçar as
hordas demoníacas, os diabos precisam aguardar até
conseguirem recursos suficientes para enviar tropas e
subjugar os últimos cidadãos de Elturel. Mesmo assim,
alguns demônios, diabos e outrâs criaturas aleatórias se
infiltraram na cidade. Os personagens têm tempo suficiente
para entender a situaçáo de Elturel e adotar uma estratégia
para salvar a cidade antes que seja tarde.
Ainda enquanto estão se situando, os personagens
escutam uma cacofonia vinda de algum lugar muito abaixo
da cidade. Uma torrente interminável de demônios sai das
águas turvas do rio Estige e é confrontada pelas forças
organizadas do Avernus, que tentam rechaçar a horda.
\t Essa batalha persistirá enquanto os personagens estiverem
em Elturel.
capÍruro 2 | ELTURELToMBou
52
1 L
I
I7
f,
I
h
Ií
{
ú§-
\
7
r{
ç ./
a
Corrao Mnsrnan
Esrn CapÍruro
O diagrama 2.1 é um fluxograma que apresenta em ordem
cronológica os principais acontecimentos deste capítulo.
Os aventureiros devem estar no 50 nível quando chegarem
a Elturel. Eles começam na zor,a leste da cidade, onde o
perigo imediato é maior. Com ou sem Reya Mantlemorn
para guiáJos, os personagens abrem caminho até a catedral
do Paço Magno. Após livrarem a catedral e suas catacumbas
dos seres ínferos, os aventureiros provavelmente terâo
chegado ao 60 nível.
Os PNJs sobreviventes que se escondem nas criptas da
catedral do Paço Magno recomendam aos personagens que
encontrem o grão-duque Ulder Ravengard de Baldur's Gate
(Portão de Baldur), que se destacou como o mais improvável
salvador de Elturel. Essa demanda leva os personâgens
à capela do grande cemitério de Elturel, onde Ulder
Ravengard se encontra num coma psíquico desde que fez
contâto telepático com o lorde demônio Baphomet (Bafomé).
Após levar Ravengard sâo e salvo de volta ao Paço Magno e
livráJo de sua enfermidade, os personagens provavelmente
já estarão no 70 nível, prontos para deixar Elturel, procurar
uma maneira de livrar a cidade das correntes e levar o que
sobrou dela para Faer0n.
CsncaNDo a ErruREL
A magia transição planar. transporta para Elturel o mago
Traxigor e até outras oito criaturas, entre elas a Celesfante
Lulu e Reya Mantlemorn, caso ela ainda esteja com o grupo.
Quando o grupo chegar a Elturel, leia em voz alta para os
jogadores o texto do quadro a seguir:
 O ar quente e abrasador agride seus sentidos. A rua na qual
,, vocês se encontram é ladeada por construçôes prestes a Para persona§ens de 50 nível
í desmoronar ou já em ruínas. O chão estremece a seus pés.
ld
No céu vermelho e enfumaçado, uma esfera de escuridão
com 120 metros de diâmetro dispara relâmpagos branco-
w
azulados que atingem a cidade a intervalos regulares. No
alto de um despenhadeiro ao longe, sobranceando o resto
da cidade, vê-se uma íortaleza em ruínas.
Apreensivo, Traxigor olha para o orbe negro, pronuncia
sílabas arcanas e desaparece num piscar de olhos.
Traxigor cotjura parar o tempo e, com isso, ganha tempo
suficiente para fugir usando a magia voo.Ele já vai estar
longe quando cessâr o efeito de parar o tempo e os perso-
nagens conseguirem reagir. Qualquer personagem que for
r-a
bem-sucedido em um teste de Inteligência (Arcanismo)
CD 19 vai deduzir como Traxigor escapou. O grupo não vol-
tará a encontrar Traxigor, a menos que você queira que ele
reapareça mais tarde. Traxigor não tem interesse em salvar
Elturel nem de tomar partido na Guerra Sangrenta. Após
completar um descanso longo, ele conseguirá conjurar Íran-
sição planar de novo e voltar à sua torre no Plano Material.
Os aventureiro e os PNJs que ainda acompanham o grupo
têm alguns minutos para se acostumar ao novo ambiente
antes de enfrentarem a primeira ameaça na cidade (consulte
"Comitê de Más-Vindas", a seguir). Mais informações
sobre terremotos e outros riscos no quadro "Perigos em
Elturel" (p. 55).
De volta ao Avernus, a Celesfante Lulu recupera a
- capacidade inata de conjurar luz àvortad,e. Quanto à
memória, a princípio ela só vai reconhecer que os arredores
I parecem familiares, se bem que de uma maneira terrível.
Os ruídos e cheiros do Avernus desencadeiam lembranças
da queda deZariel e dos primeiros tempos do anjo como
habitante dos Planos Inferiores. À medida que Lulu passar
mais tempo no Avernus e interagir com certos PNJs
cruciais, ela vai recuperar lembranças capazes de indicar
aos personâgens o caminho para salvar a cidade.
Reya Mantlemorn fica desalentada com o que vê a seu
redor Elturel destroçada e está mais determinada que
- -
nunca a tentar impedir que sua cidade seja destruída. Ela se
oferece para levar os personagens à catedral do Paço Magno,
onde espera encontrar alguém que esteja no comando.
Se os personagens tiverem trazido o Escudo do
Encoberto, o diabo do fosso Gargauth vai tentar escapar
de sua prisâo e falhar miseravelmente. Os personagens
nâo vâo perceber que Gargauth tentou fugir, mas o diabo
do fosso vai ficar cad,avez mais acabrunhado e impaciente
enquanto eles exploram Elturel. Gargauth recomenda
aos personagens que não se demorem na cidade, para
não serem arrastados com ela para as profundezas do
rio Estige. Em segredo, o diabo do fosso torce para que
uma outra maneira de escapar se apresente assim que os
personagens deixem Elturel e passem a explorar o Avernus.
CorrarrÊ on MÁs-VTNDAS
O primeiro encontro dos personagens em Elturel é horrível.
Alguns moradores inocentes estavam se escondendo para
evitar os diabos que rondam as ruas, mas a falta de comida
e água os obrigou a abandonar o refúgio. Avistados por dia-
bos, esses cidadàos estào prestes a ser atacados, e os peÍso-
nagens sâo a única chance que eles têm de sobreviver.
Cnrceuoo A ELTUREL
Os aventureiros chegam ao que sobrou de Elturel e
abrem caminho até a catedral do Paço Magno com a
ajuda de Lulu, a Celesfante, e talvez também a de
Reya Mantlemorn.
,*
Paço Macuo
Para persona§ens de 50 nível
Os aventureiros encontram invasores diabólicos na
catedral do Paço Magno e descobrem sobreviventes
escondidos nas criptas subterrâneas do edifício.
GneNon CnurrÉnro t.
Para persona§ens de 60 nível
n
Os aventureiros procuram o grão-duque Ulder Raven- \
gard de Baldur's Gate (Portão de Baldur) no cemitério de \
Elturel, confrontando mortos-vivos e mais seres ínferos.
1.
FucrNoo Ao CERCo
r:
Para persona§ens de 60 nível
Após levar Ulder Ravengard de volta ao Paço Magno
e fazê-lo recuperar a consciência, os aventureiros
traçam planos para sair de Elturel e procurar a chave
para salvar a cidade: a Espada de Zariel.
oI^GRAMÂ 2.1: FLUxoGR^Ma oo Capíruro 2
Leia o texto do quadro a seguir para estabelecer a cena
quando os personagens chegarem a Elturel:
Vocês contornam a esquina de uma construção ainda de
pé e veem uma mulher correndo. Ela carrega duas crianças
pequenas, uma em cada braço. Atrás dela, sem pressa
alguma, vêm três monstros infernais armados de glaives
e com uma barba que lembra serpentes vivas. Os ínferos
gargal ham tenebrosamente.
Três diabos barbados de nomes Blass, Nodd e Thunn
se infiltraram na cidade com a intençâo de tocar terror.
Harkina Hunt e seus garotinhos gêmeos, Ezo e Brask,
haviam saído em busca de provisões e foram avistados
pelos três diabos. A perseguição chegou a esta rua, a
12 metros do local onde os personagens apareceram.
A menos que os personagens interfiram, os diabos
barbados vão alcançar os humanos inocentes em algumas
rodadas e capturá-los sem demora. Depois de capturados,
os três serão vendidos como escravos no Empório Errante
(p.126), em troca de favores ou bens que possam ajudar os
diabos a ganhar mais poder.
cepÍruro 2 I ELTURELToMBou
53
 Enquanto os personagens observam a cena, todo mundo
joga a iniciativa. Em seus respectivos turnos, Lulu e Reya
veem três humanos prestes a serem atacados por diabos
e se posicionam imediatamente para defendêJos, nào
importando o que os personagens façam. Lulu hesita em
usar sua trombeta, pois receia que isso possa ferir a mãe e
as crianças ou atrair mais ínferos, mas vai acioná-la como
último recurso.
Os membros da família Hunt reduzidos a 0 pontos de vida
pelos diabos vâo cair inconscientes, e náo morrer, pois os
diabos esperam leválos como prisioneiros. Esses diabos
não vão estender a mesma cortesia aos personagens nem
aos PNJs que os âcompanham.
CousnguÊNCTAS
Se os personagens salvarem a família Hunt, Harkina vai
externar sua gratidão eterna. Mesmo sendo plebeia, ela tem
um arco longo e é proficiente com ele. Ela o usa para prote-
ger a família. Além do arco longo, ela porta uma aljava com
quarenta flechas, vinte das quais folheadas a prata.
Harkina pode fornecer as informações a seguir sobre a
situação atual da cidade:
. Muitos cidadãos de Elturel morreÍam quando a cidade
foi arrastada para este lugar terrível. Outros tantos
morreram nos dias que se seguiram, vítimas dos ataques
de criaturas pavorosas, da falta de comida e água e do
desmoronamento de vários edifícios.
. .
Harkina e os meninos estavam escondidos no porão de
uma taverna que tinha reservas suficientes de comida e
água para mantêlos vivos durante algum tempo. Quando
as provisões acabaram, a família foi obrigada a deixar seu
lugar seguro para procurar mais.
. A cidade foi dividida ao meio. Harkina ouviu de outros
sobreviventes que este lado de Elturel (a antiga zona leste
da cidade) é o pior. Épara a segurança do Paço Magno
o grande castelo que abriga os líderes de Elturel
-
que ela
planejava levar os filhos.
- osjogadores entendam a configuraçâo da cidade e aonde
Llolroo coM NÃo CouslrrNrrs
Os personagens têm a oportunidade de salvar sobreviventes
na zona leste de Elturel, e todos esses sobreviventes estarão
desesperados para que o grupo os escolte em relativa
segurança até a zona oeste. Quando irromper uma nova luta
e o grupo tiver PNJs vulneráveis a reboque, caberá a você
decidir como lidar com esses PNJs durante o combate.
A alternativa mais fácil é fazer com que os PNJs fiquem na
retaguarda e fora do caminho, limitando as opçôes deles a
seguir os personagens ou se esconder dos inimigos. Durante
os combates, para todos os efeitos, você pode esquecer esses
PNJs, presumindo que os mais capazes esteiam lidando com
ameaças menores lá no fundo enquanto os aventureiros
cuidam dos adversários mais fortes. Você também pode fazer
com que os PNJs combatentes entrem na briga, se estiver
disposto a controlá-los. Faça com que todos os PNJs ajam
na mesma contagem de iniciativa e concentre as ações deles
em ajudar os personagens em combate, em vez de travar os
próprios duelos secundários.
Se os personagens tiverem PNJs com eles, isso vai
aumentar a chance de um encontro ocorrer enquanto o grupo
passa de um local para outro. Toda vez que você jogar o
d20 para determinar encontros aleatórios (consulte "Outros
Encontros em Elturel"), ocorrerá um encontro se o resultado
for igual ou superior a 9.
CAPÍTULO 2 I ELTURELTOMBOU
5+
. O alitarca-mor Thavius Kreeg é o líder da cidade, e
Harkina torce para que ele já esteja elaborando um plano
para salvar os sobreviventes e expulsar os diabos. Se
ainda estiver vivo, o grão-duque Ulder Ravengard de
Baldur's Gate (Portão de Baldur) provavelmente também
estará no Paço Magno.
Se os personagens capturarem e interrogarem um dos
diabos barbados ou qualquer outro diabo que confrontarem
em Elturel, o Ínfero vai revelar as informaçôes a seguir em
resposta a um teste bem-sucedido de Carisma (Intimidaçâo)
CD 15, desde que os personagens aceitem soltá-lo:
. Os ataques dos demônios do rio Estige se intensificaram
quando a cidade apareceu no céu.
. Os demônios estão tentando subir pelos postes de
contençâo ou voar até a cidade, mas os diabos os
rechaçam o tempo todo. Os diabos também estâo
tentando descobrir a melhor maneira de usar a cidade
para obter vantagem estratégica.
. De maneira lenta e errática, os postes farpados que
prendem Elturel vão se cravando mais fundo no châo,
puxando a cidade para baixo, na direção do Estige.
(O diabo nâo sabe quanto tempo isso vai levar.)
. A única razão para a cidade ainda não estar sob o coÍltrole
das forças diabólicas é o ataque constante dos demônios.
A tentativa de estancar essa onda do Abismo está
consumindo todos os recursos dos diabos.
O diabo supõe que a cidade foi trazida ali por Zariel,
a soberana do Avernus.
Ournos ENcoNrnos EM Errunrr
Depois desse primeiro encontro com a família Hunt e os
diabos barbados, os personagens provavelmente vâo querer
chegar o mais rápido possível ao Paço Magno paralocalizar
o grão-duque Ravengard. Se ainda não tiver feito isso, abra
na mesa o mapa-cartaz do lado que mostra Elturel, para que
precisam ir para chegar ao Paço Magno. O mapa 2.1 na
p. 56 é uma versão reduzida desse lado do mapa-cartaz.
Toda vez que o grupo passar de um local identificado
para outro,jogue 1d20. Um resultado igual ou superior a
11 indica um encontro durante o percurso. Por exemplo,
quando os personagens se dirigirem a uma ponte, faça
um teste de encontro. Aí, quando elesjá tiverem cruzado a
ponte e prosseguido para o Paço Magno, faça mais um teste.
Também faça um teste se os personagens andarem a esmo
pelas ruas ou partirem à procura de outros sobreviventes.
Se der encontro,jogue 1d10 e compare o resultado com a
tabela Encontros em Elturel ou escolha um encontro a seu
gosto. Cada encontro da tabela só pode ocorrer uma vez.
Se o resultado for um encontro que já ocorreu, volte a jogar
o dl0 ou escolha um encontro diferente. Os encontros são
descritos nas seções que se seguem à tabela.
Enconrnos EM ErruREL
d'|0 Encontro dl0 Encontro
I Bando de carniçais 6 Filosofia vrock
2 Cavalariano naízugon 7 Crito de socorro
3 Comensais lívidos 8 Horda de zumbis
4 Diabrete bom de lábia 9 .f
atos de fogo infernal
5 Edifício desmoronado l0 Patrulha cheia de ódio
BaNoo »n CanNrçers
Sete carniçais rondam as ruas de Elturel, procurando o
que comer. Seu líder, um ex-ladino aventureiro, veste uma
armadura mágica de couro batido que aumenta sua
CA para 13 (consulte "Tesouro", a seguir). Esses ex-cidadãos
morreram quando Elturel foi arrastada para o Avernus.
Suas almas foram corrompidas pelo poder terrível do plano,
deixando-os nesse estado morto-vivo.
Tesouro. O líder dos carniçais veste uma armadura de
couro batido +1, tem um kit de explorador e, dentro de uma
bolsa presa ao cinto, leva uma poçâo de invisibilidade.
C.rvaranraNo NARZUGoN
Um narzugon (bloco de estatísticas na p. 238) patrulha
as ruâs de Elturel montado num pesadelo equipado
com arrerbs infernais (p.223). O diabo tem ordens para
caçar e destruir todos os demônios que possam ter saído
de mansinho da batalha que se desenrola lá embaixo e
chegado à cidade.
Quando botar os olhos na criatura, Lulu vai dizer aos
personagens que ela é muito poderosa e que é melhor não
confrontá-la.
CoÀanNrsars LÍvrpos
De relance, os personagens veem quatro figuras
encapotadas saindo de fininho de uma viela e entrando
numa residência, como se tentassem passar despercebidas.
Se entrarem na residência, os personagens verào quatro
carneçais de pé em volta de uma mesa, comendo os restos
de uma família humana que ali pereceu na passagem para o
Avernus. Os carneçais fedem a morte e decomposiçâo.
Quando os aventureiros já tiverem dado um jeito nos
carneçais, um teste bem-sucedido de Sabedoria (Percepção)
CD 10 vai detectar um choro fraco vindo de um armário.
Lá dentro encontra-se uma garotinha chamada Shorah
Hevrun. Não combatente, ela vai se apegar de imediato
ao primeiro personagem que for gentil com ela. Shorah
vai insistir em acompanhar os personagens até se sentir
segura. Se conseguirem chegar ao Paço Magno, cada um
dos personagens vai ganhar inspiração e os sobreviventes
de lá vão cuidar de Shorah.
Drannrrr Borra or LÁsra
Ao passar por uma viela, os personagens reparam num
diabrete que conversa com um pequenino. Os dois estão
distraídos um com o outro e, portanto, os personagens nâo
vâo ter dificuldade para se aproximar e escutar a conversa,
que transcorre em Comum. O pequenino, um padeiro (plebeu)
chamado Pilster Rojacalhau, vem se escondendo com a
família no porâo de sua padaria. Estâo quase sem comida
e, por isso, Pilster resolveu enfrentar as ruas para procurar
mantimentos. O diabrete, Perchillux, está oferecendo a Pilster
comida suficiente para um mês por uma pechincha: a alma
do pequenino. Pilster estará se preparando para assinar o
contrato quando os personagens topaÍem com os dois.
O contrato foi escrito sobre pergaminho feito da pele
de um pequenino. Se um dos personagens interromper
a assinatura e pedir para ler o contrato, o diabrete vai
dizer que isso nâo é da conta dele ou dela. Mas Pilster vê
a interrupção com bons olhos, poisjá estava começando a
reconsiderar a ideia de fechar o acordo, e entrega o contrato
aos personagens. Um teste bem-sucedido de Inteligência
(Investigação) CD 15 vai decifrar o texto denso e rebuscado
do contrato, que entregará ao diabrete as almas da família
inteira de Pilster caso o pequenino o assine.
Se os personagens atâcârem o diabrete, este vai ficar invisí
vel e tentar escapar o mais rápido possível. Se os personagens
impedirem Pilster de vender a própria alma, ele vai agradecer
e pedir que o escoltem junto com a família até um lugar se-
guro. Sua esposa Alegreta e os três filhos estâo ali perto.
Tesouro. Além do contrato, o diabrete carrega umâ
moeda espiritual (p.227) de uma interação anterior, algo
que ele planeja entregar a seu amo e senhor.
EorrÍcro DrsuonoNaoo
Um tremor abala a cidade e um edifício desmorona ao
longe. Os personagens escutam gritos de socorro vindos
dos escombros.
Para evitar que as vítimas presas nos destroÇos sufoquem
ou sejam esmagadas, os peÍsonagens terão de ser bem-su-
cedidos em um total de seis testes de atributo e resgatá-las
ântes que obtenham três falhas. A CD básica para esses tes-
tes é 10. Entre os testes possíveis, temos: Força (Atletismo),
para remover os destroços; Destreza (Acrobacia), para se
enfiar em espaços apertados; Inteligência (Investigação),
para determinar o melhor lugar para escavar ou escorar a
construção; ou Sabedoria (Percepção), para detectar áreas
perigosas que ainda podem ruir. Você também pode decidir
que o uso de magia ou outras habilidades teria como resul-
tado um sucesso automático.
Durante o resgate, a comoçâo pode atrair diabos (consulte
"Patrulha Cheia de Ódio", a seguir) ou outro tipo de atenção
indesejada.
Se forem bem-sucedidos na tentativa de resgate, os
personagens vão tirar três anões do escudo ordeiros e
bons de baixo do edifício desmoronado: Strovin Punho de
Ferro, Kartra Poparrochuda e Velkora Fontecinza.
Penrcos EM ELTUREL
Além dos ínferos e dos mortos-vivos que os ameaçam em
Elturel, os personagens logo vão perceber que a cidade
também representa uma ameaça.
Quedos. Toda criatura que cair do local onde se encontra
Elturel nas alturas do Avernus vai despencar I 50 metros e
mergulhar nas águas desalentadoras do rio Estige, soírendo
70 (20d6) pontos de dano contundente por causa da queda.
Os efeitos do rio que apagam a memória são descritos na
p. 76. Mas os personagens que caírem no Estige ou no meio
da batalha que grassa às margens do rio provavelmente vão
morrer na mesma hora, e seus corpos vão ficar irreconhecíveis.
Relâmpagos. Os relâmpagos do Companheiro atingem a
cidade praticamente a cada 60 segundos. A chance de um
personagem ser ferido por um raio é pequena, mas você pode
usar os relâmpagos para reforçar a sensação de urgência,
danificando telhados, causando desmoronamentos ou
atingindo o solo nas proximidades dos personagens.
Tremores. De vez em quando, a cidade inteira chacoalha
quando os grandes postes que a prendem ao Avernus afundam
mais um pouco no solo. O resultado é o mesmo tipo de es-
trago que seria provocado por um terremoto no Plano Material:
objetos soltos caem, construções são danificadas, formam-se
fendas no solo e nas ruas, e as criaturas são atiradas no chão.
Quando Elturel estremece, as criaturas de pé em qualquer
superíície da cidade precisam ser bem-sucedidas em uma
salvaguarda de Destreza CD 10 para não caírem. Além
disso, você pode descrever outros estragos e as situações
dramáticas decorrentes do tremor. Pode ser que um edifício
desabe, obrigando toda criatura perto o suficiente para
ser atingida por escombros a ser bem-sucedida em uma
salvaguarda de Destreza CD 1 5 para não sofrer 7 (2d6)
pontos de dano contundente.
CAPiTULO 2 I ELTUBELTOMEOU
55
 Elr
Mapa 2.r: Elrunel
Strovin e Kartra são operários (use o bloco de estatísticas
do plebeu), mas Velkora é pedreira e acólita de Moradin,
o deus dos anões. Seus poderes de cura serâo muito bem-
vindos no Paço Magno. Os três anões falam Comum e
Anâo, além de terem visâo no escuro até 18 metros. Eles
também têm resistência a dano venenoso e vantagem em
salvaguardas contra a condiçâo envenenado.
FrrosorreVnocr
Um vrock fugiu da batalha e voou até a cidade para refletir
sobre seu papel no grande esquema das coisas. Se os
persooagens o deixarem em paz, ele nâo vai atacar. Caso se
aproximem, o vrock vai falar com eles, usando sua telepatia
para se comunicar com um personagem de cada vez se
nenhum deles falar Abissal.
O vrock começa a pontificar sobre os caprichos e os possí-
veis sentidos da vida. Se o tratarem bem, escutarem pacien-
temente suas teorias e forem bem-sucedidos em um teste de
Carisma (Persuasâo) CD 13, os personagens poderâo fazer
com que ele lhes preste um pequeno favor. Se o atacarem, o
vrock vai retribuir essa hostilidade nâ mesma moeda.
Entre os favores que o vrock poderia prestar, temos:
fornecer informações sobre o que acontece abaixo da
cidade, sobre as forças que guardam as pontes entre as
zonas leste e oeste ou sobre o plano dos demônios de usar
um portal para entrâr na cidade (consulte a área Gl2 na
p. 69), apesar de o vrock nâo saber onde fica esse portal.
Gnrto DE SocoRRo
Os personagens escutam uma voz que, aos gritos, pede
socorro. Se seguirem a voz, vào encontrar um humano
§ atacado por dois bulezaus (bloco de estatísticas na
CAPÍTULO 2 I ELTURELTOMBOU
56
REL
p. 231) que passaram pelos diabos e subiram os postes de
contenção infernais até Elturel.
Se os personagens salvarem o homem, ele vai se
apresentaÍ como Orin Ragron, um ferreiro que tinha oficina
em Elturel. Orin, na verdade, é um íncubo disfarçado
chamado Faltrax. O íncubo está tentando obter informações
sobre as defesas de Elturel, para tentar vendê-las mais tarde
a quem estiver disposto a pagar mais. Se os personagens
descobrirem o que Faltrax realmente é, ele fugirá.
Honoa DE ZuMBrs
Ao passarem por um edifício, os personagens escutam
batidas fortes vindas da porta da frente. A porta está
emperrada, mas nâo trancada, exigindo um teste bem-
sucedido de Força CD 15 para que se possa abri-la. Se os
personagens fizerem isso, doze zumbis vâo sair do edifício
numa avalanche de corpos mortos-vivos, soterrando sob
essa verdadeira pilha de cadáveres todos que estiverem
perto o bastante da porta. E, com isso, esses personagens e
os zumbis estarão caídos no começo do combate.
Se derem um jeito nos zumbis e vasculharem o edifício,
os personagens vâo descobrir que ali era uma escola.
Cinco barricas de onze litros de água doce cada uma estâo
guardadas no porão.
Jaros DE Foco INrunNar
Os personagens veem no meio da rua o cadáver chamuscado
de um humanoide que segura uma espada longa folheada a
prata. Quando uma criatura qualquer chegar a até 1,5 metro
do cadáver, um esguicho de fogo infernal vai sair do corpo.
Toda criatura a até 1,5 metro do cadáver terá de fazer uma
salvaguarda de Destreza CD 12, sofrendo 14 (4d6) pontos de
dano ígneo se falhar, ou metade do dano se tiver sucesso.
 ..t
, rl

,
t-
I ani{ll
I
I

ir
T .or rll

I r.-
\, \ f'- I
i- I
t I
i

t \

Á a
t t\

! \
t
lri
T
n
\I I
I )

I
F
I ffi
r I
r1
t
?
\

Á t I
r-l
t - \
I

\
\
i
t
_-E- I
1
t_l
-I

<rr'' l7
Í-{ L. J t

t
l' \ I

r
a
I
t
t

\ \ ^1
á
I

ANcoRÂoa pELAs coRRENTEs oo AVERNUs, À cto^oe oE ELÍuREL EsrÁ coNoENÀoÀ ,r

aFUNoÂR No ero Esrrce, a MENos eue areuÉm ENcoNTRE uMrl M^NEIRÂ oE salvÁ'ua

t À,--
>

) +
 Tesouro. Um exame mais cuidadoso do cadáver vai
revelar um frasco intacto dentro da bolsa chamuscada que
ele traz presa ao cinto. O frasco contém uma poção de força
do §i§ante (do gelo).
Pernulne Cnnla DE ODro
Um merregon (bloco de estatísticas na p. 239) conduz três
diabos espinhados pelas ruas, em busca de sobreviventes
mortais ou demônios que tenham passado despercebidos
pelas forças diabólicas abaixo da cidade. Os diabos
espinhados resmungam em Infernal, descontentes por
estarem ali em cima quando poderiam estar lutando com
os demônios na batalha lá embaixo. O merregon aceita a
insolência dos três sem dizer palavra.
As PoNTES DE Tonvr
Duas pontes que antigamente uniam os dois lados de uma
ravina na cidade hoje são tudo que liga as zonas leste e
oeste de Elturel, separadas por uma grande fenda que se
abre para ovazio. A ponte norte se chama Braço de Torm
e a ponte sul, Espada de Torm. A menos que tenham como
voar ou se teleportar, os personagens terâo de usar uma das
pontes para chegar ao Paço Magno.
Quando se aproximarem de qualquer uma das pontes, os
personagens vâo distinguir os primeiros detalhes da fenda e
avistar os guardas que estão bloqueando o caminho. Leia o
texto a seguir para estabelecer a cena:
Uma fenda divide Elturel em dois setores. O rumor contl
nuo e desenfreado da batalha que ocorre muito abaixo da
cidade ganha volume neste ponto, pois seus ecos sobem
atravessam o precipício sem fundo e de bordas irregulares.
Uma ponte de 6 metros de largura e mais de 30 metros de
comprimento une os dois lados do precipício. Runas divinas
gravadas nas pedras da ponte indicam que a estrutura foi
consagrada a Torm, deus da coragem e do autossacriíício.
Seis criaturas infernais montam guarda no centro da ponte,
de olho em todas as direções.
Cada ponte é guardada por uma força infernal incumbida
de interromper qualquer tipo de auxílio que as zonas leste
e oeste da cidade possam oferecer uma à outra. Cada
grupo consiste de dois diabos barbados e quatro diabos
espinhados. Abrutalhadas e cruéis, essas criaturas se
instalaram no meio de cada uma das pontes para vigiar os
arredores. Encarálas em combate nâo será fácil, mas os
personagens talvez tenham uma carta na manga.
RuNes Sacn.e.oas
Qualquer personagem treinado em Arcanismo, História
ou Religião reconhecerá que as runas gravadas nas pedras
de cada ponte podem ser ativadas para produzir uma
energia radiante nociva para os seres ínferos e mortos-vivos.
O personagem que usar uma açâo para tocar na ponte e
for bem-sucedido em um teste de Inteligência (Religião)
CD 15 conseguirá dedicar as preces certas a Torm e ativar
as runâs durante 1 minuto. Enquanto as runas estiverem
ativas, todo ser ínfero ou morto-vivo que comeÇar seu turno
em contato com a ponte vai sofrer 22 (4dl0) pontos de dano
radiante. Quando esse efeito cessar, as runas só poderáo ser
reativadas após I hora.
CAPÍTULO 2 I ELTUR,ELTOMBOU
58
PeÇo MacNo
Embora as forças do Avernus estejam ocupadas rechaçando
o ataque dos demônios do rio Estige, algumas equipes
de diabos receberam ordens para se infiltrar em Elturel,
semear o caos entre os cidadâos sobreviventes, coletar a
alma de todo mortal que encontrarem e colocar à prova as
defesas da cidade. Os integrantes de alguns desses grupos
avançados perceberam que o Paço Magno parece ser o
centro das defesas da cidade e de todo o esforço por suâ
sobrevivência. Sendo assim, eles decidiram preparar um
ataque rápido e decisivo ao local.
Ao se aproximarem do Paço Magno, os personagens
veem que um ataque dos diabos à catedral da fortaleza
está em andamento. Os personagens podem entrar na
peleja, derrotar os perpetradores e ajudar a estabilizar
temporariamente a situaçâo. Depois de derrotar os diabos,
os personagens são informados pelos sobreviventes que
o grâo-duque Ravengard esteve ali no Paço Magno, mas
partiu recentemente. Levou um contingente de soldados
para o cemitério da cidade, esperando que uma relíquia
antiga encontrada lá pudesse ajudar a salvar Elturel.
VrsÃo Gnnar Do PAço MecNo
O Paço Magno é um magnífico castelo de alabastro
dedicado a Torm, o deus da coragem e do autossacrifício.
Abriga vários líderes políticos e religiosos de Elturel...
ou abrigava, quando a cidade ainda se encontrava nos
domínios dos mortais.
Pouco depois de Elturel ter sido arrastada para o Avernus,
um meteorito atingiu o Paço Magno, pondo abaixo os
e
gabinetes e as residências de todos que poderiam organizar
melhor a defesa da cidade. A maioria dos líderes de Elturel
foi morta pelo meteorito, mas o grão-duque Ravengard
de Baldur's Gate (Portão de Baldur) e sua comitiva foram
poupados e sobreviveram à devastação. Ravengard tomou
imediatamente o controle da situação, reuniu as forças
remanescentes de Elturel e traçou um plano para proteger
a cidade. As forças de Ravengard nâo conseguiram salvar
a zona leste, e incursões mais frequentes de diabos e
demônios solaparam seu controle sobre a zona oeste.
Os sobreviventes entre eles, o que sobrou dos líderes da
cidade - estâo abrigados na catedral do Paço Magno, talvez
o edifício mais seguro e robusto que ainda resta em Elturel.
Porém mesmo a catedral está sob ataque e, sem a ajuda dos
personagens, seus defensores não váo resistir.
ApnoxruANDo-sE Do PAço MecNo
Quando os personagens se aproximarem do Paço Magno,
leia o texto do quadro a seguir para descrever a cenâ:
Este castelo no alto de um despenhadeiro já foi a joia
arquitetônica de Elturel. Somente três de suas cinco torres
de vigia ainda estão de pé, mas parecem abandonadas. Os
portões de madeira que antes levavam à área interna do castelo
íoram estraçalhados, deixando uma grande brecha na muralha.
A ala oeste do castelo íoi reduzida a uma pilha de
tif olos esmigalhados e madeira partida. As construções
sobreviventes estão pretas de íuligem. No centro da área
interna, ergue-se desafiadora a catedral do Paço Magno.

n
lnu ;T II
lr.r r.
-t
.i\.$
'-i'*,J*'
,
I\l ,1
)
Os personagens não detectam nenhuma ameaça ao
entrarem na área interna do castelo. Lá dentro, avistam
dois humanos usando armadura de placas, estirados e
mortos no châo perto do portâo estraçalhado, e o sangue
ainda brota de seus ferimentos, provocados por mordidas.
Ao se aproximarem do centro do pátio, os personagens
veem dois sabujos infernais de guarda diante das portas
da catedral. Esses ínferos foram instruídos por seus amos e
senhores diabólicos a impedir qualquer criatura mortal de
entrar ou sair da catedral.
Os personagens precisam derrotar os sabujos infernais
para ter acesso à catedral. Peça aos jogadores que façam
um teste de Destreza (Furtividade) em grupo CD 15
para que os personagens encontrem cobertura entre os
escombros enquanto avançam. Se metade ou mais dos
personagens passar em seus testes individuais, o teste
em grupo será bem-sucedido, permitindo que cheguem à
base dos degraus da catedral sem serem detectados pelos
sabujos infernais. Isso vai garantirJhes o elemento surpresa
quando o combate começar.
4flqyp e Cannnner
Quatro grupos de diabos e seus aliados estâo circulando
pela catedral. Esses grupos se espalharam para tocar o
máximo possível de terror e têm ordens para matar todos
que cruzarem seu caminho.
No papel de DM, você pode decidir onde os personagens
vão encontrar cada um desses grupos. A ideia é mestrar
cada encontro separadamente, mas conduzir dois encontros
um depois do outro, sem dar aos personagens a oportuni-
dade de descansar ou recuperar pontos de vida, pode ser
um bom desafio para um grupo forte.
I
I
,(
I
t
l
;)
t
Se quiser manter esses encontros simples e diretos,
você pode fazer com que ocorram em locais não sujeitos a
efeitos estranhos ou perigos. Se quiser tornar um encontro
mais interessante, faça o combate acontecer durante um
tremor (consulte o quadro "Perigos em Elturel", p. 55). Se
quiser uma luta mais fácil para os personagens, faça com
que alguns dos oponentes batam em retirada ou que alguns
PNJs sobreviventes ajudem os personagens.
A maioria dos sobreviventes que se encontram na catedral
no momento está se preparando para um confronto final nas
criptas (área P16) e, portanto, essa área deve estar livre de
diabos, a menos que os personagens cheguem lá na mesma
hora que os diabos.
Gnupo 1: AsrsHer E CuLTrsrAs
Este grupo é liderado pelo idealizador do assalto à catedral:
Victuusa, um abishai branco (bloco de estatísticas nap.228).
Victuusa serve tanto Tiamat quânto Zariel
- tentando, com
isso, obter o máximo de aprovação
- e, no momento, procura
os líderes da resistência em Elturel. Ele só quer entregar
pessoalmente as cabeças dos líderes aZariel. Victuusa lidera
seis humanos cultistas, ordeiros e maus e devotos de Zariel.
Gnupo 2: Arequn Dos CARANcUEJos
Uma diabo barbado chamado Dreb conduz um bando de
oito caranguejos gigantes pela catedral. Esses caranguejos
têm a mesma aparência e o mesmo comportamento de
caranguejos gigantes normais, exceto pelos espinhos que
se projetam de suas carapaças e pelo cheiro abominável de
enxofre que exalam. Os estalidos das patas dos caranguejos
no piso de mármore da catedral impossibilitam que este
grupo pegue alguém de surpresa.
cepÍruro 2 I ELTURELToMBoU
59
 Gnupo 3: BeNoorErRos Drasoucos
Um diabo espinhado lidera três alucinados bandoleiros
humanos (use o bloco de estatísticas do bandido
capitâo parâ representá-los). A transiçâo para o Avernus
enlouqueceu os bandoleiros, que juraram fidelidade a
seu novo amo e senhor, o diabo espinhado. A loucura os
faz berrar e balbuciar enquanto atravessam a catedral. O
diabo espinhado responde aos rugidos e usa sua telepatia
para mandá-los manter o foco. Essa falta de cuidado e
disciplina facilita as coisas para quem quiser emboscar ou
surpreender o grupot concedendo vantagem nos testes de
Destreza (Furtividade) realizados com essa intençâo.
Gnupo 4: CaçeooRES INFERNATs
Um merregon (bloco de estatísticas na p. 239) controla dois
sabqfos infernais sarnentos. O diabo usa os sabujos para
farejar e desentocar possíveis sobreviventes escondidos.
Cern»nel Do Peço MacNo
A catedral do Paço Magno tem três níveis: o nível da
catedral (áreas Pl a P6), o nível do balcâo do coro (áreas
P7 aP9) e o das catacumbas (áreas P10 a P17). Esses
locais estão indicados e codifrcados nos mâpas 2.2 (p.61),
2.3 (p.62) e 2.4 (p.63), respectivamente.
A maioria destas descriçôes destaca o que cada área vai
conter caso ainda nâo tenha sido atacada pelos diabos.
ClnlcrrnísrrcAs DA Clreonll Do PAço Macro
Salvo indicação contrária, a catedral do Paço Magno tem as
seguintes características recorrentes:
Arte. Outrora decorada com belas pinturas, estátuas e
outras obras que representavam a força e a valentia do povo
de Elturel, a catedral foi transformada magicamente quando
a cidade foi arrastada para o Avernus. Agora sua arte é um
tributo à superioridade e à força dos diabos, pois mostra
cenas em que os mortais sucumbem à tentação, morrem
nas mãos dos ínferos e são torturados por toda a eternidade.
Essas imagens mudam e giram de maneira perturbadora
diante dos espectadores. Detectar magia revela que os
afrescos, mosaicos, pinturas e tapeçarias da catedral emitem
auras da escola de ilusâo. Esses efeitos vão cessar caso
Elturel sela libertada das correntes do Avernus.
Dimensões. Cada um dos três níveis da catedral fica a
6 metros acima do nível logo abaixo dele. As salas da catedral
têm 4,5 metros de altura e conectam-se por meio de umbrais
de 2,4 metros de altura.
lluminoção, As áreas no interior da catedral são iluminadas
com luz plena por arandelas nas paredes encantadas com
chama contínua.
Jonelos. Boa parte das janelas da catedral se espatifou du-
rante a descida ao Avernus, mas as janelas são protegidas por
postigos defensivos que são trancados por dentro e se abrem
para fora, movidos por dobradiças de ferro. Com ferramentas
de ladrão e um teste bem-sucedido de Força (Atletismo)
CD I 7 ou de Destreza CD I 5, é possível abrir um postigo pelo
.l9,
lado de fora. Cada postigo é um objeto Grande de CA
27 pontos de vida, imunidade a dano venenoso e psíquico.
Poredes. Escalar as paredes externas da catedral sem
equipamento algum exige um teste bem-sucedido de Força
(Atletismo) CD 15
Porto. As portas da catedral são de ferro. Cada porta é um
.l9,
objeto Crande de CA 27 pontos de vida, imunidade a
dano venenoso e psíquico. Toda porta trancada no interior da
catedral pode ser destrancada com ferramentas de ladrão e um
teste bem-sucedido de Destreza CD I 7, ou então aberta com
um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 20.
CÀPÍTULO 2 I ELTURELTOMBOU
6o
Baseando-se nos encontros fornecidos na já mencionada
seção 'Ataque à Catedral", você pode modificar o texto
para descrever o que está âcontecendo nâ área e qual é a
aparência do local durante ou após o ataque dos diabos.
Pl. Gerrnrl Dos HBnórs
Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
nesta área:
No alto da escadaria que leva à catedral, uma arcada
vai dar numa galeria comprlda contendo oito colunas.
Algumas colunas íoram esculpidas para representar Torm,
mas a magia infernal do Avernus desfigurou as demais
para representar a imagem de um diabo feminino e alado
empunhando uma espada fulgurante.
O diabo representado nas colunas alteradas por
magia é Zariel.
As portas de madeira que levam ao interior do grande
vestíbulo foram arrombadas pelos diabos invasores (con-
sulte'Ataque à Catedral", p. 59) e continuam entreabertas.
Quatro guardas estâo mortos nos umbrais dessas portas,
eviscerados por um dos grupos liderados por diabos.
P2. GneNor VpsrÍsuro
O vestíbulo tem dois poços de escada que sobem em caracol
para a área P7 no nível do balcão do coro. Pilares decorados
neste recinto ostentam símbolos e cenas que representam
Torm. Cortinas algumas delas rasgadas por armas e
garras
-
separam esta área do centro da catedral.
-
P3. Arren CnNrnal
Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
nesta área:
Um altar,iaz sobre uma plataforma elevada no interior
deste salão amplo. Feito de teca lindamente envernizada,
tem a forma de uma manopla de armadura com os dedos
cerrados. Há uma alavanca grande perto do altar, o que
sugere que ela tem alguma função mecânica.
Aciona-se a alavanca para abrir a mâo e permitir que
oferendas a Torm ou corpos submetidos a rituais sejam
colocados sobre o altar.
Ativação do Alfar. Mesmo depois de tudo que anda
acontecendo na cidade, este altar continuâ consagrado a
Torm. A criatura que tocar o altar e for bem-sucedida em
um teste de Carisma (Religião) CD l5 vai recuperar todos
os seus pontos de vida. Cada criatura só pode tentar esse
teste uma vez. Apesar de funcionar com qualquer criatura,
o poder do altar está sintonizado especificamente com
os devotos de Torm. Clérigos e paladinos de Torm têm
vantagem nesse teste.
Pofia Secreta. Qualquer personagem que examinar o
altar enquanto a mão estiver aberta e for bem-sucedido em
um teste de Sabedoria (Percepçáo) CD 15 vai detectar um
grande painel secreto na palma da manopla. O painel se
abre com facilidade, revelando uma escadaria escondida
que desce até a área central do nível das catacumbas,
ligeiramente a oeste da área P15.
 lquadrado=3m

@
E @

§
@,u
ffiP4@ ffiB @
1

W SobeparaP7 I

w q
{I P6 P3 P2 P1
o
@a
Desce para
as
ffi
e
SobeparaPT
q
@
I

)'. o'

ffi,,@ €N @

1 .oii: w
E
@

'ú'
ffi
MAa^ 2.2: Careonar oo Paço Macro

P4. Capnlas Rnsrnveoes P6. Arran DE ToRM PnoraNaoo

Estas áreas podem ser isoladas com cortinas para garantir
a privacidade de pequenas cerimônias. As duas capelas
contêm guardas mortos e os restos asquerosos de criaturas
infernais que morreram no primeiro ataque à catedral. As
colunas nas extremidades norte e sul de cada área têm
altares de pedra diante delas.
Sobrevivente. Seltern Obranch, um druida devoto de
Silvanus, estava aqui quando o ataque ocorreu. Derrubado
durante o combate, ele se fingiu de morto para enganar os
agressores. Se examinarem os corpos, os personagens vào
notar quando Seltern abrir os olhos.
Se os personagens o tratarem bem, Seltern vai contar que
forças diabólicas atacaram a catedral. Ele não faz ideia de
qual é a situação atual do lugar, mas sabe dizer que todos
os frequentadores da catedral tinham instruçôes para fugir
para as criptas (área P16) em caso de ataque.
Seltern vinha usando a magia bom fruto para ajudar a
manter vivas as pessoas ali na catedral. Mas a ligação com
sua querida natureza fica mais fraca a cada dia, e ele receia
que logo nâo conseguirá mais conjurar magias. Ele nâo
corre o menor risco de perder sua capacidade de conjuração
(sua determinação foi abalada, é só), mas esta pode ser
uma oportunidade de interpretaçâo para os personagens
injetarem ânimo em Seltern e revigorarem a fé do druida.
P5. EscaoaRrAs DAS RrsroÊr{cras
Estas escadas em caracol antes levavam para as residências
e os gabinetes. Agora, com a destruiçâo dos setores que
abrigavam esses espaços, estào bloqueadas por destroços.
Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
nesta área:
Esta capela reservada encerra um altar profanado com um
aspecto decididamente diabólico. Antes dedicado a Torm,
o altar foi desfigurado com sangue, icor e tiras de pele
amarradas com tendões e intestinos.
Esta capela reservada é parecida com as da área P4. Os
diabos que no momento estão tocando o terror na catedral
desfiguraram ao altar sagrado de Torm. Toda criatura que
nâo for adoradora nem vassala de Zariel e começar seu
turno a 6 metros ou menos do altar profanado vai adquirir
vulnerabilidade a todos os tipos de dano, além de sentir
como se seus ossos se tornassem quebradiços e sua pele
ficasse seca e rachasse.
É possível restaurar o altar e encerrar seu efeito profano
das maneiras a seguir:
. O personagem que se ajoelhar diante do altar, orar para
Torm durante 1 minuto e for bem-sucedido em um teste
de Inteligência (Religiâo) CD 15 ao terminar a prece vai
lavar o altar com o poder de Torm e limpar o sangue e
outros elementos profanadores.
. Aspergir o altar com pelo menos três frascos de
água benta vai destruir os elementos profanadores e
purificar o altar.

cepÍturo 2 | ELTURELToMBou 6r

lquadrado=3m
Desce para P2
D P70
Desce para P2
M/rp^ 2.3: Careonal oo Paço Maclo, NíVEL oo BalcÃo oo Cono
P7. OncÃo
As escadas em caracol da área P2 sobem até esta área.Leia
o texto do quadro a seguir em voz alta para osjogadores
quando os personagens entrarem aqui pela primeira vez:
Situado neste balcão está um órgão magnífrco. As teclas
brancas praticamente reluzem, ao passo que as pretas
parecem absorver toda a luz.
O balcão dá para a área P3 no andar de baixo. Qualquer per-
sonagem que se sentar ao órgão vai sentir que o instrumento
foi encantado com magiâ poderosa, e detectaÍ ma§ia vai reve-
lar uma aura da escola de encantamento em volta do órgão.
O personagem que tocar o órgão e for bem-sucedido em
um teste de Carisma (Atuaçâo) CD 15 poderá executar uma
canção poderosa que repercutirá por toda a catedral. A mú-
sica concederá um dado extra
- 1d8 - a todo personagem
que a escutar, com exceçâo de quem a tocou. Um determi-
nado personagem só pode receber esse benefício uma vez,
e o d8 pode ser acrescentado a uma jogada de ataque, a um
teste de atributo ou a uma salvaguarda que o personagem
venha a fazer nas próximas 24 horas.
Se o personagem falhar no teste de Carisma (Atuação)
por uma diferença de 5 pontos ou mais, o órgão vai produ-
zir luma cantiga infernal e estridente. Inspirados por essa
cacofonia, todos os diabos que os personagens enfrentarem
em combate no próximo encontro dentro da catedral terão
vantagem nasjogadas de ataque em seu primeiro turno.
62
cepÍ'rulo 2 | ELTURELToMBoU
P8. Drrpsas
Duas torres defensivas adornam a frente desta área, que dá
para o pátio lá embaixo. Seteiras nas paredes de cada torre
permitem visualizar o châo lá embaixo, mas são estreitas
demais até mesmo para criaturas Pequenas passarem
espremidas por elas.
A torre norte contém um humano guarda traumatizado
de nome Trevick Thantorme. Os outros guardas deste setor
desceram correndo as escadas quando o ataque começou
e foram logo abatidos. Apavorado, Trevick ficou ali, e agora
está em posição fetal e nâo para de murmurar consigo
mesmo que tudo vai dar certo.
Um teste bem-sucedido de Carisma (Persuasão) CD 10
vai fazer Trevick recuperar a coragem. A magia acalmar
emoções ou efeito parecido também funciona. Se os
personagens permitirem, Trevick vai se comprometer a
acompanhá-los na caçada aos diabos. Mas, da primeira
vez que sofrer dano, ele vai voltar à posição fetal e alguém
terá de usar uma açào e fazer novo teste para ver se ele
volta a lutar.
P9. Sac,c.»e
As portas que levam a esta sacada externa estão trancadas
por dentro. A sacada fica 9 metros acima do pátio lá fora.
Pl0. MeusolÉus RrcôNDrros
Estas áreas são osjazigos de sacerdotes e combatentes
respeitados, e também de outros servos dedicados de
Elturel. Tod,avez que os personagens entrarem numa
destas áreas, jogue 1d6. Se você tirar 1, os personagens vão
descobrir 1d4 plebeus amedrontados escondidos ali (caso
não tenham sido encontrados pelos diabos) ou uma série de
corpos mutilados (caso tenham sido encontrados).
No papel de DM, cabe a você determinar o que âconteceu
com esses plebeus. Se os personagens estiverem fazendo
corpo mole porque os jogadores nâo entendem como é grave
o perigo que os sobreviventes da catedral estão correndo,
topar com plebeus mortos pode ajudar a reforçar que a
ameaça é real. Levar osjogadores a entender que essas
mortes poderiam ter sido evitadas se tivessem se apressado
é uma boa maneira de inspirar os personagens a âgir com
um pouco mais de presteza.
Pl1. CÂuaRAs MoRTUÁnras
Estas câmaras sâo usadas para guardar os corpos que
ainda serão enterrados em alguma outra parte da catedral
ou no cemitério de Elturel. No momento, os únicos corpos
ali são os das pessoas que morreram quando a cidade foi
arrastada para o Avernus.
Pl2. Tnupro DAs Suuroeons
Este templo grande era usado em cerimônias particulares
que envolvessem as personalidades mais poderosas e
respeitadas de Elturel. Cada um dos nichos semicirculares
contém um primoroso sarcófago vertical que encerra
o corpo de um ântigo sumo sacerdote de Torm. Um
peÍsonâgem proficiente com ferramentas de ladrão
consegue abrir um sarcófago com um teste bem-sucedido
de Destreza CD 20. Onze desses sarcófagos contêm
cadáveres parcialmente decompostos. O décimo segundo
sarcófago contém uma múmia que vai atacar assim que
abrirem seu esquife.
Tesouro. Todo sarcóíago contém objetos pessoais, mas
o da múmia também tem braceletes de defesa e uma §ema
elemental d,o tipo diamante amarelo. (A múmia não usa
esses itens em combate.)

__L
P10 I
10
Ir, Ir,,Ilr,
.rl
--r
I
]-
I I
1
I ttrl
Pll
Mapa 2.4: Caracuueas oo Paço Mae r.ro
P13. SelÃo Dos ERUDrros
Esta cripta contém os ossos daqueles que serviram Torm e
Elturel com seu conhecimento, e não com magia ou habili-
dade marcial: professores, engenheiros, sábios e outros fun-
cionários públicos. Cada uma das prateleiras de pedra sem
adornos nos onze nichos contém os restos de um indivíduo.
Tesouro. Uma ladina que operava na catedral usava esta
sala para esconder o produto do roubo. Atrás dos ossos em
uma das prateleiras estâo nove ametistas vermelhas (50 PO
cada) e luma poçào de cura (maior).
P14. CÂrraaRA Do CoNsrrno DE ToRM
Uma grande mesa oval feita de carvalho-vermelho de lei toma
o centro desta sala, cercada por quarenta cadeiras confortá-
veis. Esta câmara era usada para reuniões com indivíduos
escolhidos como conselheiros dos sumo sacerdotes.
Pl5. HBnoÍNA DESCoNHECTDA
Leia o texto a seguir quando os personâgens entrarem
nesta área:
Esta tumba pequena e isolada se expande ao fim de um
lance de degraus largos que partem perpendicularmente da
área aberta no centro deste nível. O corpo de uma moça jaz
sobre o carro funerário, e ela tem a seu lado uma espada
grande reluzente.
Anos antes de o Companheiro aparecer no céu, um dragão
vermelho jovem afligia os habitantes de Elturel. Devorava
os animais domésticos, queimava as plantações e exigia
ji
il
+ !t, P17
P14
+-+++-
P16
I
Li
-.1
P10 lquadrado=3m
tributo. Certo dia, uma mulher em desalinho e sem
armadura, com uma espada grande em punho, foi até o
dragão e retalhou a fera com golpes poderosos. E, antes
que a criatura atordoada conseguisse alçar voo e fugir, a
moça a matou. A populaçâo surpresa e assoberbada correu
agradecer e recompensar a mulher por sua bravura. Mas,
ao se aproximarem, ela caiu morta. A mulher desconhecida
foi colocada neste jazigo especial da catedral, e seu corpo
nunca se decompôs. Sua espada grande nâo mágica foi
colocada a seu lado. Dizem por aí que ela teria sido uma
encarnaçâo de Torm ou que a essência de Torm a teria
tomado e inspirado a derrotar a ameaça.
Todo diabo que pisar na escada ou na alcova que leva a
esta área sentirá uma dor intensa e terá desvantagem nas
jogadas de ataque enquanto permanecer ali.
P16. Cupras
Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
nesta área:
Esta grande área de criptas abriga no momento cem
pessoas amedrontadas. Estão encolhidas atrás dos
sarcófagos e dentro dos nichos, de olhos vermelhos e as
faces manchadas de lágrimas. Parada diante de uma grande
fonte há uma mulher exausta, com os cabelos grisalhos
empapados de suor. Com um dos braços, ela aperta contra
o peito um tomo encadernado em couro. Na outra mão,
empunha uma maça cerimonial que provavelmente se
espatifaria se atingisse algo mais rígido que um travesseiro.
cepÍrur-o 2 | ELTURELToMBoU 63
 Pherria e os demais esperavam ver Ravengard de
volta horas atrás. Agora Pherria está preocupada com a
t\ possibilidade de o duque ter encontrado um fim terrível.
Se os personagens estiverem em mau estado depois de
>t
Á
I
S;'
b/)Y
tantas provâçôes, Pherria vai sugerir que descansem o
bastante e depois sigam o mais rápido possível para o
cemitério em busca de Ravengard e sua comitiva.

Pl7. TúNnr DE FUGÂ

'7y' Este túnel, acessível pelo fundo de uma das fontes de água

J
\-{ I ,ú benta da área P16, parte do subterrâneo das catacumbas da
catedral e se afasta do Paço Magno. O túnel agora termina

§gz
num buraco enorme no torrão de terra flutuante ao qual
s z Elturel se agarra, uns 150 metros acima do rio Estige.

L-
GnaNon CnurrÉnro
T',ffi-q
T 1
s*
Antes de procurarem o grão-duque Ravengard no cemitério de
Elturel, os personagens devem ter avançado para o 60 nível.
t Quando os personagens se aproximarem do cemitério,
leia o texto do quadro a seguir para descrever a situação
atual do lugar:
Tomo oo Cneoo Resouuro
A cerca de bronze de 3 metros de altura que antes
Estas criptas abrigam os restos mortais de inúmeros contornava o cemitério de Elturel está tombada em
adoradores e servos de Torm enterrados aqui no último vários pontos e um largo portão de acesso foi arrancado
século. No momento, mais de cem sobreviventes
dos gonzos. Pedaços decepados de corpos humanoides
amedrontados do ataque ao Paço Magno se escondem aqui,
aguardando seu fim chegar. Entre eles e a morte ergue-se adornam as pontas de lança no alto dos mourões da cerca.
uma acólita solitária: PherriaJynks. Agora que todos os Alguns desses pedaços se mexem e estremecem como se
sacerdotes da catedral morreram e nâo resta ninguém de fossem mortos-vivos, contorcendo-se em consonância com
posto mais elevado para ajudáJa, elafaz o possível para
os relâmpagos do Companheiro.
manter as pessoas calmas e caladas. Uma simples sábia,
Lápides partidas e monumentos em ruínas estão espalhados
além de especialista em possessôes e exorcismos, ela está
só começando sua carreira como serva de Torm. por todo o cemitério, cujo centro é tomado por uma capela
Tomo do Credo Resolufo. O livro que Pherria segura dedicada a Lathander, Torm, Helm e Tyr. A construção outrora
tem como título Tomo do Credo Reso/uÍo. Escrito na sagrada hoje emite uma fétida radiância roxa.
primeira página do livro está o voto que todos os cidadãos
de Elturgard fazem quando têm idade sufrciente para saber
ler, jurando defender Elturel de corpo e alma. O resto
O grande cemitério de Elturel foi outrora um belo
do livro é tomado por assinaturas, todas com a mesma
monumento à memória daqueles que já passaram para o
caligrafia, ao que parece. Quando um cidadâo de Elturgard além. Relva e flores pitorescas emolduravam os túmulos,
coloca uma das mãos sobre o livro e recita o juramento, seu
as estátuas e os mausoléus, que antes faziam as pessoas se
nome aparece magicamente no livro como assinatura. O
lembrarem respeitosamente dos mortos.
livro pode ganhar novas páginas magicamente, conforme a
Quando Elturel foi arrastada para o Avernus, as flores
necessidade. para receber mais assinaturas.
murcharam e os monumentos de pedra racharam. Aí
Pherria tirou o Tomo do Credo ResoluÍo da catedral para
Gideâo Guardalume, um sacerdote leal aZariel, usou a
resguardáJo. O livro é apenas o registro das pessoas que
energia tenebrosa do Companheiro para reviver os mortos
juraram pelo Credo Resoluto. Destruí-lo não vai desfazer
da cidade como seus asseclas. Ao mesmo tempo, um efeito
os acordos que prendem as almas dos habitantes de Elturel
mágico no nível do ossuário sob a capela do cemitério
ao Avernus.
deu aos demônios acesso a um portal de funcionamento
Fontes de Á§ua Benta, As duas bacias largas das fontes
intermitente que eles poderiam usar para entrar na cidade.
neste recinto contêm água abençoada pelos sacerdotes, em
Até o momento, chegaram apenas alguns demônios, mas
quantidade suficiente para encher cinquenta frascos com
outros virão se o portal nâo for fechado logo.
água benta.
O grão-duque Ravengard é uma das muitas pessoas que
Com um teste bem-sucedido de Inteligência (Investigaçâo)
sabem de uma relíquia de Torm guardada sob a capela do
CD 15, um personagem vai reparar em detalhes estranhos cemitério. Dizem que o Elmo da Visão de Torm concede a
na cantaria que contorna uma das fontes: as pedras
uma alma digna a capacidade de se comunicar diretamente
escondem um túnel secreto (área P17).
com essa nobre divindade. O duque e seus guardas foram ao
DesenvolvimenÍo. Pherria conta aos personagens que
cemitério para avaliar o perigo representado pelos mortos-
o grão-duque Ravengard levou um grupo de guardas ao
vivos dali e procurar a relíquia, mas foram emboscados por
grande cemitério da cidade para investigar a proliferação
demônios e diabos. Quando os personagens o encontrarem,
de mortos-vivos naquela área. E também que Ravengard
Ravengard estará travando um combate de vida e morte
esperava que uma relíquia sagrada na capela do cemitério
- com uma força demoníaca na câmara da ascensâo
o Elmo da Visão de Torm o ajudasse a entender melhor a
- (área G12).
situação de Elturel e a encontrar uma possível salvação.

c.q.pÍruLo 2 | ELTURELToMBoU
64
GronÃo Guanoaruun
Gideão Guardalume era um sacerdote de Lathander que
servia com orgulho tanto Elturel quanto sua divindade.
Zariel vil que poderia se aproveitar do entusiasmo do rapaz
e mandou diabos para corrompê-lo meses antes da queda
de Elturel. Os diabos se passaram por anjos e ofereceram
a Gideâo um poder ainda maior se ele se dedicasse a
combater a ameaçâ sempre presente dos demônios.
I
I
Aos poucos, Gideâo foi entregando sua sanidade e seu
livre-arbítrio aos diabos, deixou-se corromper por Zariel
e passou a servi-la de corpo e alma nos meses que antece-
deram a queda de Elturel. Ele morreu na devastação que
se seguiu à descida da cidade ao Avernus, mas voltou do
túmulo como criatura morta-viva. Mesmo na condição de Í71
morto-vivo, Gideâo ainda é o servo mais leal de sua senhora
em Elturel. Ele entende que sua causa é nobre: combater os
demônios cujo caos implica o fim de todas as coisas. Mas ^--
sua mente está comprometida, e ele só tem ódio a oferecer
àqueles que se recusam a cumprir suas ordens.
Graças à obsessão de Gideão pela ideia de destruir os de-
mônios, pode ser que os personagens consigam fazer com
.\r
ele uma aliança temporária para lidar com a ameaça repre-
sentada pelo portal demoníaco. Infelizmente, a menos que
consigam enganá-lo, o sacerdote morto-vivo nâo vai permitir
que os personagens deixem o cemitério sem travar combate.

Ponrer D. nÀ[91!êgo
Tempos atrás, uma acólita de Torm muito sábia e humilde i
chamada Opallita, a Devota, quis falar diretamente com seu
deus. Orando constantemente e durante décadas nas criptas \
sob a capela, ela criou uma ligação direta entre o ossuário
e a essência celestial de Torm, pois suas preces tornaram a
câmara na qual ela orava sensível aos elos psíquicos entre
mortais e poderes superiores.
Quando Elturel foi arrastada para o Avernus, o elo entre a
câmara e Torm se corrompeu. Essa corrupção foi detectada c 3
pelo lorde demônio Baphomet (Bafomé). Apoderando-se
desse elo, Baphomet o usou como âncora para lenta
-l
.}-l
e metodicamente enviar demônios à cidade. Neste +-7 I
exato momento, o lorde demônio e seus asseclas estão 2
,l <r
empenhados em ampliar e fortalecer a conexâo, esperando,
com isso, conseguir mandar exércitos inteiros de demônios
aJ>'
para o Avernus por meio de Elturel.

NÍvel de Desafio 6 (2,300 XP)

GrppÃo GuanpaLUME
lorto-vivo Médio, ordeiro e mou

Regeneroção. Gideão recupera l0 pontos de vida no começo

Classe de Armadura l l de cada um de seus turnos. Se ele sofrer dano radiante, esta
Pontos de Vida I 36 ( 1 6d8 + 6a) característica não vai funcionar no começo de seu próximo turno.
Deslocamento 9 m
Cideão só será destruído se começar seu turno com
0 pontos de vida e não se regenerar.
FOR DES CON INT SAB CAR
It (+a) 13 (+1) 18(+a) 10 (+0) 18 (+a) 13 (+1)
ões
Salvaguardas Des +4, Con +7, Sab +7 Ataques Múltiplos. Cideão ataca duas vezes com seus punhos.
PerÍcias lntuição +7, Religião +6
Punho. Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar,
Vulnerabilidades a Dano radiante
alcance 1,5 m, um alvo.Dano:11 (2d6+ 4) contundente.
Resistências a Dano contundente, cortante e períurante de
ataques não mágicos Olhar Decadente. Cideão escolhe como alvo uma criatura à vista
lmunidades a Dano necrótico, venenoso e a até l8 metros dele. O alvo terá de fazer uma salvaguarda de
lmunidades à Condição envenenado, exaustão, paralisado Constituição CD I 5. Se falhar, sofre 22 (4d10) pontos de dano
Sentidos visão no escuro l8 m, Percepção passiva 14 necrótico, ou metade do dano se tiver sucesso.
ldiomas Comum

clpÍruro 2 I ELTURELToMBoU
65
 ExproneNDo o CnurrÉnro
Esta seção descreve os locais no cemitério da cidade, tanto
a capela quânto as áreas em seu entorno (áreas G1 a G6),
e o nível do ossuário no subterrâneo da capela (áreas G7
aGl2). As descriçôes nesta seçâo correspondem às áreas
codificadas alfanumericamente no mapa 2.5 (p. 69).
Vários túmulos foram escavados, deixando covas com
1,8 metro de profundidade, 60 centímetros de largura e
2,1 metros de comprimento. Alguns mausoléus de pedra
estào vazios, com as portas escancaradas. O interior de
um mausoléu fica à meia-luz quando a porta está aberta e
imerso em escuridão com a porta fechada.
Investigando o cemitério, os personagens veem dezenas
de esqueletos e zumbis circulando pelo lugar. Esses
mortos-vivos que caminham a esmo e sem propósito
nâo representam ameaça alguma para os personagens a
caminho da capela. Mas, se os personagens nào derem
um jeito em Gideão antes de deixarem Elturel, o sacerdote
terá tempo suflciente para organizar os mortos-vivos,
transformando-os numa ameaça substancial à cidade.
ApnoxrueNDo-sE DA CAPELA
Ao chegarem perto da capela, os personagens são
abordados por três esqueletos minotauros, servos de
Baphomet mortos, descarnados e reanimados por Gideão
com o poder do Companheiro. Esses esqueletos vào atacar
todos que invadam o cemitério.
Quando os personagens já tiverem dado um jeito nos
esqueletos de minotauro e avistado a capela,leia o texto a
seguir para estabelecer a cenâ:
A descida da cidade ao Avernus afetou negativamente
esta capela antes tão linda. Quase todos os vitrais das
janelas nas paredes externas estão quebrados, e as portas
de entrada estão escancaradas. Não há sinal de outras
criaturas no interior nem no entorno do edifício.
Os personagens não terão dificuldade para entrar na capela,
seja pelas janelas quebradas, pela entrada principal ta área
G1 ou pela porta dos fundos destrancada na área G3.
Gl. C,lrçaDA DA Bnevune
Leia o texto a seguir quando os personâgens se
aproximarem desta área:
Colunas esculpidas à imagem e semelhança de heróis do
passado de Elturel decoram este pátio de mármore branco
que leva à capela principal. As portas de mogno escuro
estão escancaradas e há cacos dos vitrais das janelas do
pátio por toda parte.
Basta um teste bem-sucedido de Inteligência (História)
CD 10 para um personagem se lembrar do nome de um
dos heróis representados pelas colunas esculpidas. A cada
ponto que seu resultado superar a CD 10, ele vai recordar
mais um nome. Os nomes dos heróis sâo: Agnithar: Zokel
de Torm; Bertra Zomes; Yevina Druen; Ca'sar; Xivik Looren;
Dopp Hoosser; Whrenk, o Sanguinário; Laveil deNue; e
Vanlancer Carraquilina.
}
t tl
oAPÍTULo 2 | ELTURELToMBoU
66
Um teste bem-sucedido de Inteligência (Arcanismo ou
Religião) CD 10 feito com a intençâo de estudar as colunas
esculpidas revela que e possível energizar uma coluna com
energia radiante usando uma açâo e pronunciando em
voz alta o nome do herói representado. Qualquer criatura
morta-vivâ que chegar a até 1,5 metro da estátua energizada
ou começar seu turno ali vai sofrer 5 (1d10) pontos de
dano radiante.
Cada coluna é oca e abriga uma criatura morta-viva
incorpórea: quatro sombras e quatro espectros no total.
Sete mortos-vivos vão sair das colunas para atacar os
peÍsonagens que tentarem entrar na capela. O espectro
mais próximo do alojamento dos sacerdotes (área G5),
porém, vai tentar se mover para aquela área e avisar Gideâo
sobre os intrusos. Se for avisado, Gideâo vai se mover sem
demora para a área G4 e se preparar para defender a capela
enquanto o espectro volta para entrar na briga.
G2. CeprlA DA Luz
Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
nesta área:
A área principal da capela, antes tão linda, está coalhada de
móveis quebrados e cadeiras partidas. Os vitrais das ,ianelas
estão todos em pedaços, mas um deles continua
praticamente intacto no chão. Mostra o deus Torm
colocando um elmo dourado na cabeça de um homem
ajoelhado diante dele.
Eis que das sombras saem quatro esqueletos minotauros
empunhando machados grandes ensanguentados.
Um pelotão de minotauros de Baphomet tentou invadir a
capela, mas foram mortos por Gideáo e seus servos. Aí
Gideão os transformou em quatro esqueletos minotauros.
Eles vão atacar assim que um personagem entrar
nesta área. Os esqueletos de minotauro tentam investir
contra os personagens com uma carga e atiráJos pelas
janelas quebradas. Criaturas arremessadas por uma das
janelas quebradas sofrem 7 (2d6) pontos adicionais de
dano cortante.
Vitral. O vitral praticamente intacto no châo está rachado
e foi pisoteado, mas ainda é possível reconhecer a cena
retratada ali. Um teste bem-sucedido de Inteligência
(História ou Religiâo) CD 10 permite reconhecer a cena:
Torm ofertando o Elmo da Visâo de Torm a Lannish Fogel,
um herói respeitado do passado de Elturel e paladino devoto
de Torm. O elmo retratado no vitral é a relíquia que o grâo-
duque Ravengard veio procurar na capela.
G3. CaprrA DAS LaunNraçõrs
Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
nesta área:
Restos da mobília requintada e cacos dos vitrais das
janelas estão espalhados por toda esta área. Partes de
um enorme vitral continuam intactas o bastante para que
os personagens consigam distinguir o desenho. O vitral
outrora mostrava Lathander entre soldados caídos, com as
mãos erguidas e ladeado pelos espíritos dos mortos.
 área d,a capela era usada durante as cerimônias fúne- 1 quadrado = 1,5 m
de líderes políticos e militares respeitados de Elturel.
r.í
Se uma criatura se ajoelhar diante do vitral danificado,
l ri!
Érar para Lathander e for bem-sucedida em um teste de ..r -i á.'
Carisma (Religiâo) CD 10 para determinar a sinceridade e a ,,1
,'i:
frrça da prece, uma arma reluzente vai aparecer diante dela.
':|
-,'.

Seguidores devotos de Lathander são automaticamente ;.,

hm-sucedidos. .f .1

Tesouto. A arma que aparece diante do personagem

é $ma arma +2. O item mágico terá a forma da arma
que o personagem estiver empunhando ou carregando
no momento e será extremamente útil em combate. Os
Ircrsonagens podem ganhar apenas uma arma como essa i.. ., ..:
rezando para Lathander.
l
: .':G6
,Y
G4. CÂueRA DE PauurNreçÃo .: .? ;

[,eia o texto a seguir quando os personagens entrarem

Desta área:

t
;m :'.YJX'
\., l]
.:
:
i r"'
.'.
.".,i
..

Três arcadas acortinadas ligam esta càmara às outras áreas

da capela. Os guarda-roupas e as penteadeiras em pedaços,
além de vários espelhos estilhaçados, sugerem que era aqui '-t
.1
que os sacerdotes se preparavam para os cultos diários. ''
Uma escada em caracol que desce para o nível iníerior é -t')
guardada por duas criaturas com traços insetoides. Cada ;"A
a
uma delas empunha um tridente sinistro.

A escadaria desce para a oficina (área G7) no nível do

Mrrp^ 2.5: Capera oo Gnaroe CeurrÉnro
=fl
-N*

ossuário. Dois mezzoloths guardam a escada. Gideão

Guardalume (bloco de estatísticas na p. 65) também estará
aqui se tiver sido avisado sobre os intrusos por um de seus
servos mortos-vivos. Do contrário, os personagens vào
encontrar Gideâo na área G5.
Bem na hora em que estiverem prestes a enfrentar os
ínferos, os personagens vâo ouvir uma cacofonia vinda lá
de baixo, aí seis criaturas vâo subir correndo a escadaria:
um escorpiâo gigante dos planos inferiores seguido de
perto por cinco dretches. Em resposta, os mezzoloths (e
Gideào, caso esteja presente) vâo ignorar completamente
os personagens, concentrando seus ataques no escorpiào e
nos demônios. Se Gideâo estiver presente e os personagens
nâo o atacarem depois de uma ou duas rodadas, eles terâo
vantâgem nos testes que fizerem para parlamentar com
ele após a batalha. Do contrário, eles terão desvantagem
nesses testes.
Parlamentação. Se estiver presente, Gideão vai baixar
sua arma depois de todas as criaturas demoníacas
morrerem. Se não estiver ali no começo do combate, ele
vai deixar seus aposentos e chegar com a batalha já em
andamento ou depois de derrotados os demônios. Ele se
dirige aos personagens, agradecendo por terem-no ajudado
a derrotar os demônios invasores. Ele deixa claro que seu
único objetivo é deter a incursão dos demônios em Elturel...
custe o que custar.
Se os personagens perguntarem sobre Ravengard, Gideâo
vai contar que um grupo armado de humanos entrou no
ossuário anteriormente. Como não eram demônios, ele os
deixou passar, mas, agora que os demônios estào vindo
daquela área, Gideâo está fulo da vida e imagina que
humanos e demônios estejam mancomunados.
Os personagens podem ganhar a confiança de Gideâo
com um teste bem-sucedido de Carisma (Enganação ou
Persuasâo) CD 12. Se conseguirem convencê-lo de que
estão ali apenas para matar demônios, ele vai deixar que
entrem na cripta e até mesmo oferecer os préstimos de um
mezzoloth caso um dos dois tenha sobrevivido. Gideâo nâo
vai acompanhar os personagens, pois prefere proteger a
capela dos ataques dos demônios.
G5. AposrNTos DE GrpEÀo
Era nesta construçãozinha que Gideão Guardalume
vivia quando era o superintendente da capela e zelador
do cemitério. Leia em voz alta o texto do quadro a seguir
quando os personagens entrarem nesta área:
Esta construção simples contém uma cama, uma escriva-
ninha, uma cômoda, mesa e cadeiras. Boa parte da mobília
íoi destruída. A decoração e outros objetos entre eles, os
-
símbolos sagrados de Lathander, Torm, Helm e Tyr estão
-
espalhados ao acaso pelo recinto. Um grande tomo parece
ter sobrevivido à destruição. Encontra-se aberto no centro
da escrivaninha parcialmente destroçada.
Consulte a área G4 para saber como interpretar Gideão
caso os personagens o encontrem pela primeira vez
neste local.
O Testamento de Gideâo. O livro é um testamento escrito
por Gideão nos meses que antecederam a queda de Elturel.
Faz afirmaçôes categóricas sobre a maldade dos demônios,
instruindo o leitor a se manter alerta às incursões dessas
criaturas, além de explicar que é forçoso derrotar a ameaça
demoníaca, custe o que custar. Elogia os diabos que

CAPÍTULO 2 I ELTURELTOMBOU
67
 resistem com estoicismo à onda incessante de demônios
e critica Helm, Torm, Tyr, Lathander e os anjos que os
servem por não fazerem o mesmo. Gideão só tem elogios
paraZariel e seu afã de pôr um fim à ameaça dos demônios.
Qualquer peÍsonagem que passar 10 minutos examinando
o tomo chegará à conclusão, com um teste bem-sucedido de
Inteligência (lnvestigação) CD 10, de que se trata da obra
de um 1ouco.
Todo personagem que continuar a ler o livro depois de
compreender do que trata sua essência terá de fazer uma
salvaguarda de Sabedoria CD 15. Se falhar, o personagem
será amaldiçoado com um ódio particularmente profundo
por demônios. A criatura amaldiçoada dessa maneira vai
sofrer 5 (1d10) pontos de dano psíquico se enxergar um
demônio a até 18 metros de distância de si e terminar seu
turno sem tentar atacá-lo. É possível se livrar da maldiçào
com a magia remover maldiçáo ou efeito mágico semelhante,
Ao fim de cada descanso longo, a criatura amaldiçoada pode
fazer uma salvaguarda de Sabedoria CD 15, encerrando
sobre si os efeitos caso seja bem-sucedida.
G6. Cova Dos MoRTos-Vrvos
Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
nesta área:
O caminho que contorna a capela é cortado por um buraco
íundo, tomado por um miasma púrpura. A bruma fétida que
preenche o buraco não permite estimar sua proíundidade
nem o que faz dentro dele.
Gideão cria seus servos mortos-vivos dentro dessa cova
de 12 metros de profundidade aberta por um pedaço
extraviado do meteorito que atingiu o Paço Magno.
Miasma Necromântico. O miasma é resultado da energia
necromântica emitida pelo Companheiro corrompido.
Um teste bem-sucedido de Inteligência (Investigaçâo)
CD 10 feito com a intençâo de estudar a bruma revela que
ela pulsa em sincronia com a energia crepitante do
Companheiro corrompido.
Toda criatura que entrar nesse miasma pela primeira vez
num determinado turno ou que começar seu turno dentro
dele vai sofrer 5 (Id10) pontos de dano necrótico. Escalar
as paredes da cova sem equipamento apropriado exige um
teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 10.
Todavez que Gideão manda seus asseclas atirarem um
cadáver na cova, uma criatura morta-viva sai rastejando
de lá uma hora depois. Os mortos-vivos recém-criados
perambulam pacientemente pelo cemitério até receberem
ordens de Gideão.
Uma criatura morta-viva vai aparecer enquanto os
personagens investigam a cova, e outras podem surgir se
eles deixarem a área e voltarem mais tarde, contanto que
Gideão ainda esteja à solta. Use a tabela Criaçâo de Mortos-
Vivos para determinar o tipo de criatura morta-viva.
CnrlçÃo DE MoRros-Vrvos
d2O MoÉo-Vivo dzO MoÊo-Vivo
1-4 Esqueleto 13-15 Carniçal
5-7 Zumbi 16-17 Carneçal
8-.l0 Sombra 18-19 lnumano
11-12 Espectro 20 Aparição
lt
68
cepÍrulo 2 | ELTURELToMBou
G7. OrrcrNa
A escadaria da área G4 desce em caracol até uma porta
destrancada que dá numa oficina. Leia o texto do quadro a
seguir quando os personagens entrarem nesta área:
Parece que era nesta oficina que os sacerdotes e acólitos
preparavam os cadáveres para o sepultamento. O lugar foi
saqueado, e o chão está coalhado de facas, serras, canos e
tubos. Há poças de ácido e fluido de embalsamamento em
toda parte, em meio a frascos e potes despedaçados.
A porta de folha dupla na parede norte leva a uma escadaria
que desce para as áreas G8, G9 e Gll.
Rasúros. Um teste bem-sucedido de Sabedoria
(Sobrevivência) CD 15 revela os rastros de vários demônios
nos detritos espalhados pelo chão. Entre os rastros, há
sinais visíveis de que um grupo de humanos calçando botas
desceu a escadaria. Essas pegadas, que deixam um rastro
de fluido de embalsamâmento, levam à área G11 e de volta
à área Gl2.
G8. OssuÁRro Dos FrÉrs
As pessoas que nâo tinham como arcar com o custo de uma
sepultura lá em cima eram respeitosamente depositadas
nesta área e na área G9. Leia o texto a seguir quando os
personagens entraÍem nesta área:
As paredes desta câmara estão forradas de prateleiras
funerárias e cada uma delas guarda os ossos empoeirados
de um humanoide. Relíquias e símbolos sagrados de
Lathander, Torm, Helm e Tyr figuram com destaque em
algumas dessas prateleiras.
Os ossos identificados pelos símbolos sagrados sâo os
restos mortais de sacerdotes e acólitos venerados que traba-
lharam na capela e pediram para que fossem sepultados ao
lado dos pobres a quem dedicaram suas vidas.
Os símbolos sagrados nesta área outrora irradiavam
as bênçãos de seus deuses, mâs esses vestígios de magia
foram corrompidos pela descida de Elturel ao Avernus e
pela presença do portal abissal naárea G12. Se alguém
encostâr num dos símbolos sagrados ou se umâ criatura
qualquer, com exceção de ínferos e mortos-vivos, se
demorar mais de 1 minuto nesta área, todos os símbolos
sagrados vão emitir um pulso de energia necrótica. Toda
criatura nesta área terá de fazer uma salvaguarda de
Constituição CD 15, sofrendo l8 (4d8) pontos de dano
necrótico se falhar, ou metade do dano se tiver sucesso.
Esse perigo será reativado passada t hora, desde que o
portal na áreaGl2 continue ativo.
G9. OssuÁRro PRTNCTPAL
Leia o texto a seguir quando os personâgens entrarem
nesta área:
Esta câmara enorme tem as paredes de pedra acima dos
seis estrados vazios forradas de prateleiras funerárias,
criando um mostruário de ossos humanoides empoeirados
que vai do chão ao teto.
 Um quasit chamado Ophurkh foi o primeiro demônio a
atravessar o portal naárea G12 e tem a função de batedor
Servo leal de Baphomet, ele permanece nesta área para A
passar instruçôes aos outros demônios que chegam pelo quadrado m
1 = 1.5
portal e se preparam para entrar em Elturel.
Ophurkh continuará invisível e calado quando os
1 Para a
passaÍem por esta área. se conseguir passar t|ll
ele vai seguir os personagens, aguardando
de usar sua característica Assustar para
s{nalsá-los deste sível. Se {alhar, ele yâi frcar invisível
outravez e aguardar, atacandojunto com os minotauros
que vão sair do portal quando os personagens chegarem
àtueaGl2.
Se for capturado, o quasit egoísta poderá ser coagido
a fornecer informaçôes a respeito do portal e dos planos
de seus senhores demoníacos (consulte "Portal dos
Demônios", p. 65) com um teste bem-sucedido de Carisma
(Intimidação) CD 10.

GlO. Sela DE MEDITAÇÃo

Leia o texto a seguir quando os personâgens entrârem
nesta área:

Esta área foi decorada com almofadas e banquinhos baixos

de carvalho-castanho. Acima de um pedestal vazio, a

parede se encontra revestida por um mosaico de Iascas

de osso coloridas, dispostas com maestria de modo a

representar cenas íúnebres, a migração das almas e os

reinos celestiais. Na base do mosaico, lê-se: "Contemplem
a vida. A morte não tarda."

Qualquer personagem proficiente em Religiâo vai reconhecer

esta área como o lugar onde os sacerdotes que lidavam com M^pa 2.6: Gnaloe CeurrÊnro, Níveu oo OssuÁnro
os mortos se sentavam para meditar, uma prática que os
ajudava a suportar o caráter sombrio de seu trabalho.

Gll. CÂuaRA DA HoNna Gl2. CÂueRA DAAscrNsÃo

Esta câmara costumava abrigar o Elmo da Visâo de Torm. Leia o texto a seguir quando os personagens entrarem
Não é mais o caso. Leia o texto do quadro a seguir para os nesta área:
jogadores quando os personagens entrarem nesta área:

Um espelho d'água para meditação toma esta sala,

Esta câmara tomada por escombros contém cinco estátuas
de mármore, todas em cima de pedestais. Quatro delas
estão irreconhecíveis, pois foram desfiguradas pelas
pedras que caíram do teto rachado. A quinta é uma peça
lindamente esculpida de um homem ajoelhado.
A estátua reconhecível representa Lannish Fogel, também
presente no vitral daárea G2. Os personagens que viram o
vitral vâo reconhecer que as duas imagens são do mesmo
homem. Se nenhum dos personagens tiver reconhecido
Lannish Fogel na áreaG2, um teste bem-sucedido de
Inteligência (História ou Religiâo) CD 10 permitirá que um
deles reconheça a estátua.
Quem inspecionar a estátua vai perceber que a cabeça
foi esculpida para receber um elmo separado do resto, mas
esse elmo está âusente.
Rasfros. Um teste bem-sucedido de Sobrevivência
(Sobrevivência) CD 15 revela mais rastros de demônios
cruzando esta área e também as marcas de botas deixadas
por humanos que seguem na direção d,a área Gl2.
separado de uma plataíorma ampla e delimitado por um
guarda-corpo baixo de ferro forjado. Nas paredes, afrescos
deslumbrantes retratam almas abençoadas por Lathander,
Torm, Helm e Tyr. Os afrescos de uma das paredes íoram
desfigurados: mostram formas abissais ao redor de um
portal tremeluzente.
O espelho d'água está coalhado de corpos mutilados de
humanos que vestem os uniformes de Baldur's Gate (Portão
de Baldur) e Elturel. O torvelinho de água do espelho
tem sombras escuras, e manchas de icor negro marcam
os pontos onde os demônios tombaram. Um homem de
armadura com o escudo nas costas está agachado no
meio dos corpos, contorcendo-se de dor. Seus olhos estão
íechados e suas mãos seguram um elmo de ouro que ele
traz na cabeça, como se tentasse em vão arrancá-lo. Palavras
ininteligíveis brotam de seus lábios. Algumas soam santas e
solenes; outras repercutem um silvo cruel.

CAPÍTULO 2 I ELTURELTOMBOU
69
 r-],#
-{ a-. ''' /
..r,
EL Esta câmara era o lugar em que os seguidores mais devotos
de Torm entravam em contato com a mente de seu deus em
busca de respostas e consolo. A água do espelho tem apenas
30 centímetros de profundidade. Um efeito mágico benigno
faz a água girar lentamente no sentido horário. Mesmo
maculada pela energia abissal, aáglua não oferece perigo
a .t para as criaturas que nela entram e não é considerada
terreno difícil.

d A parede leste desta área é um campo inquieto de energia

abissal que indica o portal onde Baphomet (Bafomé) usou
o elo corrompido entre esta área e Torm para conectar o
Abismo ao Avernus por meio de Elturel.
Ulder Ravengard (consulte o bloco de estatísticas)
encontrou o Elmo da Visão de Torm na área Gl1 e o colocou
na cabeça. O elmo é um item não mágico através do qual
Torm pode mandar visôes. Ravengard estava começando
a estabelecer contato com Torm quando uma perturbação
nesta sala levou ele e seus homens a trâvârem combate com
criaturas demoníacas que Baphomet mandou pelo portal.

FI z
Ravengard foi atingido por um ataque psíquico que colocou
suâ mente em contato com Baphomet. Agora ele não
consegue remover o elmo e trava um combate mental com o
lorde demônio. Ravengard continuará atordoado até o elmo

I ser removido. É impossível

- ao menos por ora - remover o
'i. elmo com ele ainda vivo.
Enquanto os personagens observam o conflito interno de
Ravengard, três minotauros de olhar desvairado passam
pelo portal. Eles se atiram no combate com os personagens,
mas evitam Ravengard, pois sentem a presença demoníaca
Ur,prn Ravrrvcanp dentro dele.
Humanoide Médio (humano), neutro Qualquer personagem que compreenda o idioma celestial
ou abissal consegue reconhecer algumas palavras que
Classe de Armadura 20 (placas, escudo) escapam dos lábios de Ravengard. Ele passa de uma língua
Pontos de Vida I12 (15d8 + 45) para outra quando Torm e Baphomet falam através dele. Um
Deslocamento 7,5 m teste bem-sucedido de Inteligência (Arcanismo ou Religião)
CD 15 revela que o conflito psíquico na mente de Ravengard
FOR DES CON INT SAB CAR envolve um poder divino superior e uma entidade
(+3) 14 (+21 16 (+3) 1l (+0) 10 (+0)
'17 17 (+3)
demoníaca terrível. A energia do portal agora está ligada ao
elmo e a Ravengard. O teste também revela que nenhuma
Salvaguarda Con +6, Sab +3 magia simples conseguirá desfazer essa possessão,
Peícias Atletismo +5, lntimidação +6, Percepção +3
mas um ritual mais elaborado que voltasse a sântificar a
Sentidos Percepção passiva 13
área com o poder de Torm talvez libertasse Ravengard e
ldiomas Comum
fechasse o portal.
NÍvel de Desafio 5 (1,800 XP)
Os personagens que falaram com Pherria na catedral vâo
recordar que ela é uma sábia especializada em exorcismos e
Ações possessôes. Pode ser que ela consiga ajudar.
Tesouro. Os personagens que revistarem os guardas
Atoques Múltiplos. Ulder faz três ataques corPo a corPo,
mortos vão encontrar três per§aminhos má§icos molhados,
sendo que apenas um deles pode ser com o escudo.
mas utilizáveis (línéuas, palavra curativa em massa e
Espodo longo +1. Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 Para acertar, remover maldiçào).
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:8 (ld8 + 4) cortante, ou Além do Elmo da Visâo de Torm, Ravengard usa uma
9 (1d10 + 4) de dano cortante se usada com as duas mãos. armadura de placas ensanguentada e ornada com o
emblema do Punho Flamejante. Ele traz nas costas um
Escudo. Armo de Combate Corpo a Corpo: +6 Para acertar, escudo com o mesmo emblema. Aespada lon§a +1 do
alcance 1,5 m, uma criatura. Dano:6 (ld6 + 3) contundente, e grào-duque está ao lado dele, ainda na bainha.
Ulder empurra o alvo I,5 metro para longe dele. Em seguida,
Ulder entrará no espaço recém-desocupado pelo alvo. Se o alvo Sellroo DA CAPELA
empurrado acabar em um espaço a até 1,5 metro de uma criatura Após derrotar os minotauros, os personagens podem levar
aliada a Ulder, o alvo provocará um ataque de oportunidade Ravengard de volta ao Paço Magno. Se os aventureiros
dessa criatura. nâo o tiverem destruído, Gideâo talvez os interpele quando
saírem da capela ou do cemitério. Mais informações sobre
RerçÕes como interpretar Gideão na área G4.
Ataque Prcletor. Se um inimigo a até 1,5 metro de Ulder atacar Depois de Gideão escutar Ravengard murmurando
qualquer outro alvo gue não se,ja ele, Ulder poderáfazer um ataque em Abissal, pode ser que os personagens tenham de
corpo a corpo contra esse inimigo. convencê-lo de que o grâo-duque nâo é um demônio nem
um aliado do Abismo. Uma boa explicação - por exemplo,

CAPÍTULO 2 I ELTURELTOMBOU
7o
Ravengard é, na verdade, um grande caçador de demônios
que aprisionou uma dessas criaturas, e os peÍsonagens
agora planejam matá-la
- e um teste bem-sucedido de
Carisma (Enganaçâo ou Persuasão) CD 15 fará com que
Gideão os deixem passâÍ.
FucrNoo Ao Cnnco
De volta à catedral do Paço Magno e com o grâo-duque a
reboque, os personagens podem consultar Pherria para
ver se há uma maneira de remover o Elmo da Visão de
Torm sem matar Ravengard. Isso envolve um ritual que os
personagens podem ajudar a executar. Se o ritual for
bem-sucedido, Ravengard nào estará mais atordoado e
recordará as visões que recebeu, visões que sugerem uma
maneira de devolver Elturel a Faerün. Essas visões fazem
Lulu recuperar algumas lembranças. Ela vislumbra um
caminho, mas os personagens terão de deixar a cidade e
enfrentar as terríveis vastidôes do Avernus.
Os personagens que quiserem deixar Elturel terão de
enconrar uma maneira de evitar o rio Estige e os exércitos
de diabos e demônios que travam uma guerra abaixo da
cidade. Só depois disso é que os personagens poderão
seguir para o posto avançado conhecido como Forte
Falangeta, onde começa a próxima etapa da aventura
(descrita no capítulo 3).
RnronNo À Cernoner
Os personagens podem voltar à relativa segurança da
catedral no Paço Magno. Se tiverem ajudado a derrotar
os diabos que tentaram tomar a catedral anteriormente, o
trajeto será tranquilo. Mas, se quiser manter a tensão lá em
cima, você pode usar encontros aleatórios também fla zona
oeste da cidade (consulte "Outros Encontros em Elturel",
p. 54). Um ou dois encontros enquanto os personagens
protegem o grâo-duque Ravengard podem gerar momentos
inesquecíveis.
Rrruer DE REGRESso
De volta à catedral do Paço Magno com Ulder Ravengard,
os personagens sâo recebidos por Pherria Jynks e pelo
druida Seltern Obranch, que correm ajudáJos a levar o
grão-duque a um lugar seguro onde possa descansar. Se
tiverem deixado de salvar as pessoas na catedral, os perso-
nagens terâo de encontrar um lugar seguro para descansar
ou entâo prosseguir sem ajuda alguma. Podem vasculhar o
resto da cidade em busca de locais seguros ou procurar ou-
tros sobreviventes que talvez tenham habilidades ou infor-
mações capazes de ajudá-los. Lulu também pode se lembrar
de alguma coisa que a ajude a intuir para onde ir agora.
Se os personagens ainda não tiverem entendido o que
deixou Ravengard atordoado, Pherria poderá ajudáJos
a montar o quebra-cabeça. Colaborando com a acólita,
os personagens (em especial os que são proficientes em
Arcanismo e Religião) vâo deduzir como prosseguir. Com o
ritual apropriado, é possível expulsar a essência demoníaca
que se misturou à presença de Torm por meio do elmo.
Pnnpanerrvos Do Rrruer
Pherria enumera as coísas de que vâo precisar para o ritual:
. É preciso purifrcar o altar de Torm na áreaP6 para que
o ritual seja executado diante dele. Pode-se reconsagrar
o altar de Torm da maneira descrita na área P6 (p. 61).
Pherria sugere que os personagens borrifem o altar com a
água benta da fonte que se encontra na área P16.
. Uma criatura deve se colocar a até 1,5 metro do altar
reconsagrado e recitar uma prece especial para Torm.
Somente essa prece é capaz de desfazer o controle
que o mal exerce sobre a mente do grâo-duque Ulder
Ravengard.
. A energia do ritual precisa vir de um símbolo poderoso
de coragem e autossacrifício. Pherria sugere a espada
grande da Heroína Desconhecida na área P15. (A seu
critério, DM, os personagens podem usar outro objeto
que simbolize aquelas duas qualidades.)
RncrreNoo A PRECE
Pherria avisa os personagens que ela nunca tentou esse
ritual específico antes e que eles devem se preparar para
ajudá-Ia... ou rechaçar as forças do mal que talvez tentem
interromper o processo.
Recitar a prece ritualística leva 30 segundos. Pherria
sabe a prece de cor, mas uma outra criatura pode se valer
de uma prece compatível com um teste bem-sucedido de
Inteligência (Religiâo) CD 10. Enquanto alguém recita a
prece, um personagem terá de passar 5 rodadas tocando
delicadamente o Elmo da Visão de Torm com a espada da
Heroína Desconhecida. Durante a récita, o personagem
que segura a espada precisa ser bem-sucedido numa
salvaguarda de Constituiçào CD 1l no fim de cada um de
seus turnos para não sofrer 10 (3d6) de dano energético.
Assim que o personagem com a espada fizer sua
primeira salvaguarda, a poderosa magia do ritual vai atrair
espíritos demonÍacos leais a Baphomet, que vâo surgir do
elmo na forma de dois fogos-fátuos e tentar interromper
o ritual atacando os indivíduos que recitam a prece e
seguram a espada.
O ritual estará terminado quando o personagem que
segurâ a espada fizer seu último teste de salvaguarda.
Os fogos-fátuos serâo banidos e Ravengard vai recuperar
a consciência.
Eluo ol VrsÃo oe Tonu
Você pode simplificar o encontro com Ulder Ravengard
permitindo que os personagens removam o Elmo da Visão
de Torm da cabeça dele. Com isso, Ravengard logo vai
recuperar a consciência. Nesse momento, ele pode falar de
suas visões, que vão fornecer as informações necessárias
para desencadear as lembranças de Lulu. Aí ele vai deixar os
personagens traçarem o próprio caminho em sua demanda
para salvar Elturel.
Ou então Ravengard pode cair inconsciente assim que o
personagem que remover o elmo sentir uma vontade quase
irresistível de colocá-lo na própria cabeça. O personagem que
colocar o elmo na cabeça vai se sentir em paz consigo mesmo
e receber visões de soldados de brilhante armadura marchando
poÍ uma planície coberta de relva com precisão militar. No
instante seguinte, o personagem verá grupos compactos de
monstros desfigurados correndo por uma paisagem arruinada
e dilacerando inimigos aos gritos. O personagem com o
elmo só conseguirá removê-lo se receber uma bênção de um
adorador de Torm. (Pherria se encaixa nessa descrição.) Nesse
ínterim, enquanto o grupo de aventureiros volta à catedral
com Ravengard ainda inconsciente, o personagem que usa o
elmo terá as mesmas visões que o grão-duque, descritas em
"O Caminho a Segui" (p.72). Passada t hora, Ravengard vai
acordar sem sinais de exaustão.
cepÍrulo 2 | ELTURELToMBoU
7t
 O Ceurrsno A»reurr
Agora que as forças do mal foram derrotadas, o grào-duque
Ravengard recupera suas faculdades mentais e pode contar
como foi sua jornada espiritual enquanto usava o Elmo da
Visão de Torm. Torm lhe mostrou um caminho a seguir,
mas as visões foram nubladas e distorcidas pela essência
demoníaca que o portal irradiou. Ravengard divide com os
personagens as informações a seguir:
. Em sua jornada espiritual, Ravengard viu uma mulher de
armadura toda ensanguentada umâ soldado que usava
as cores e o brasão de Elturel
- que empunhava
uma
-
espada longa digna de um anjo. Sangue fresco escorria de
um corte horrível na face da mulher.
. Ao lado da mulher, batendo rapidamente as asas,
esvoaçava um elefantinho dourado. (Se Lulu ainda
acompanhar o grupo, Ravengard vai identifrcá-la como a
criatura na visão.)
. Um demônio enorme veio correndo e ameaçou devorar a
mulher, que cravou a espada no chão enquanto o elefante
alado emitia um toque de trombeta com sua tromba.
O demônio foi atirado para trás e um palácio de alabastro
se ergueu em volta da espada. O elefante alado foi se
refugiar nas alturas do céu vermelho do Avernus, de
onde viu uma sangrenta crosta de ferida brotar do chão e
engolir tanto o palácio quanto o demônio enorme.
. O elefante alado fugiu e, delirante, voou a esmo até topar
com dois peculiares humanoides avianos de armaduras
improvisadas ao lado de um estranho veículo infernal.
Os avianos portavam armas e ferramentas esquisitas.
Enquanto Ravengard descreve sua visâo, Lulu se lembra
de ter ajudado uma Cavaleira do Inferno a cravar a espada
deZariel no châo e erguer em volta dela uma f.ortaleza
inexpugnável. Lulu agora vai recordar o nome da Cavaleira
do Inferno, caso já tenha recuperado essa lembrança
(consulte a tabela Lembranças da Lulu na p. 5l). Ravengard
e a Celesfante estão convictos de que a Espada de Zariel é a
chave para salvar Elturel. Qualquer personâgem que colocar
o Elmo da Visâo de Torm na cabeça e receber as visões de
Torm vai ter a mesma cetteza.
Isso é tudo que Ravengard lembra da visão que recebeu,
mas Lulu bate as asas de empolgaçâo ao ouvir a última
parte da história, pois recorda ter encontrado dois "sujeitos
pássaros" chamados Chukka e Clonk. De acordo com as
descriçôes feitas por Lulu e Ravengard, os personagens
concluem que Chukka e Clonk sâo kenku. Lulu se lembra de
que os kenku a levaram para um ferro-velho chamado Forte
Falangeta, onde eles montavam e consertavam veículos
infernais projetados para percorrer rapidamente os ermos
arruinados do Avernus. Lulu não recorda quem mandava no
forte nem que outras criaturas conheceu lá.
Lulu voa rapidamente até o alto da catedral e examina
as imensidões devastadas do Avernus abaixo de Elturel.
Ela trombeteia alto e volta para contâr que consegue ver
dali o Forte Falangeta, que nào deve estar a mais de
l6 quilômetros de distância.
Pnóxruos Pessos
Ulder Ravengard insiste em ficar em Elturel para ajudar a
organizar os sobreviventes e rechaçar os diabos, demônios
e mortos-vivos que percorrem a cidade. Ele está disposto
a morrer lutando para defender Elturel, mas cabe aos
I
personagens ajudar Lulu â encontrar a Espada de Zariel.
h 72
CAPÍTULO 2 I ELTURELTOMBOU
Se ainda estiver viva, Reya Mantlemorn decidirá ficar
em Elturel para ajudar Ravengard a proteger a cidade e,
ao se despedir dos personagens, se esforçará para conter
as lágrimas.
SerNoo DE ELTUREL
Os personagens engenhosos têm várias opções para
chegar à superfície do Avernus a partir de Elturel, mas
todas oíerecem riscos.
DrscrNoo a PÉ
Os postes farpados e âs enormes correntes de ferro infernal
(inferro) que prendem Elturel são a única ligaçâo física entre
a cidade e o chão. Cada elo tem 9 metros de comprimento e
6 de largura, sendo formado por uma argola soldada de
inferro de 1,5 metro de espessura. Mais informaçôes
sobre como quebrar essas correntes infernais podem ser
encontradas no capítulo 5.
Os elos estão cobertos de farpas de ferro de 30 centí-
metros de comprimento e, portanto, é relativamente fácil
descer por eles. Os postes de inferro que ancoram Elturel
ao chão também oíerecem inúmeros apoios para as mâos e
os pés. Se descerem as correntes e os postes com cuidado
e com seus deslocamentos normais, os personagens nâo
vâo precisar fazer testes de atributo para evitar quedas.
O personagem que tentar descer mais rápido durante um
turno terá de ser bem-sucedido em um teste de Força
(Atletismo) CD l0 para não cair.
A magia dos planos inferiores contida nos postes e nas
correntes torna o contato prolongado com esses objetos
insuportável. Uma vez por minuto, toda criatura em contato
com o inferro terá de fazer uma salvaguarda de Constituição
CD 10, sofrendo l0 (3d6) pontos de dano necrótico se falhac
ou metade do dano se tiver sucesso.
A criatura que falhar nesse teste de salvaguarda terá de ser
bem-sucedida em uma salvaguarda de Destreza CD l0 para
nâo escorregar e cair da corrente ou do poste.
Com um teste bem-sucedido de Força (Atletismo)
CD 10, qualquer personagem que consiga alcançar
a criatura em queda poderá agarrá-la ejogáJa em
cima da corrente, desde que a criatura em queda seja
suficientemente leve para o personagem cârÍegá-la.
As criaturas que despencarem de Elturel ou de uma
das correntes vâo sofrer o dano da queda e cair no
Estige (consulte os efeitos do rio na p. 76). Aquelas que
despencarem de um dos postes de contençâo vão sofrer o
dano da queda e cair no meio dos diabos e demônios em
conflito, onde serão massacradas caso sobrevivam à queda.
VoeNoo
Lulu é capaz de voar e pode ser que um ou mais persona-
gens também consigam fazê-lo. Tenham âsas ou acesso à
magia voo, ou ainda a uma poçâo de voo, os personagens
que optarem por essa via nâo terào dificuldade para sair de
Elturel. Mas criaturas voadoras podem atrair a atençâo de
diabos e demônios alados na área, a seu critério.
Equrru,ueNTo IMPRovrsADo
Os personagens empreendedores e criativos talvez queiram
que seus personagens procurem ou criem o equipamento
necessário para ajudáJos a descer. Paraquedas, planadores
e balões de ar quente são apenas algumas das ideias
inusitadas que osjogadores podem ter. Se for esse o caso,
prepare-se para improvisar. A matéria-prima para esse
equipamento pode ser encontrada nas lojas e nos armazéns
de Elturel.
 Depois que os personagens reunirem os recursos Os personagens que se atirarem no conflito dos seres
necessários, você poderá determinar quais testes ínferos já podem se considerar mortos, mas talvez as
de atributo entrarão em cena enquanto eles criam o circunstâncias exijam que um ou mais personagens
equipamento improvisado... e defrnir se essas coisas passem despercebidos pelas fileiras de diabos e as hordas
funcionarão direito. Use as diretrizes a seguir: de demônios. O plano poderia incluir uma distração que
. desse outro rumo à batalha, a espera por (ou a criaçâo
Um teste bem-sucedido de Inteligência (Investigaçâo)
de) uma leva de demônios que desfaça o impasse tempo
CD 10 permite ao personâgem imaginar a configuração
suficiente para os personagens se safarem, ou disfarces
mecânica do aparelho.
. mágicos que permitam aos aventureiros se passarem por
Um teste bem-sucedido de Sabedoria (Percepção) CD 10
algum tipo de ínfero. Os planos particularmente inteligentes
detecta defeitos na construçâo.
. devem ser recompensados com um sucesso automático.
Um teste bem-sucedido de Destreza CD 10 e proficiência
Caso contrário, você pode pedir testes de atributo para
nas ferramentas certas pode orientar a construçáo
determinar se o plano foi ou nâo bem executado. Use as
delicada ou o ajuste fino de um aparelho improvisado.
diretrizes do Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre para
Nâo se esqueçâ de considerar possíveis antecedentes ou atribuir as CDs apropriadas a esses testes. Se poÍ acaso
proficiências com ferramentas dos personagens que possam falharem ou não tiverem plano algum, os personagens
ajudar a criar o equipamento improvisado. talvez tenham de lutar para atravessar a batalha dos ínferos,
A menos que os personagens falhem completamente e isso não vai ser fácil.
em seus testes de atributo, a ponto de impossibilitar a Tesouro. Lucília usa um elmo de comandar diabos
criação improvisada do item desejado, é melhor você e porta lrma insí§nia bélica de poderrnfernal (esses
deixar que o equipamento funcione a contento, embora itens mágicos são descritos no apêndice C) e, de livre e
não perfeitamente. Para deixar as coisas um pouco mais espontânea vontade, a diaba do fosso não vai abrir mâo de
dramáticas, permita que os personagens quase cheguem nenhum dos dois.
sãos e salvos a seu destino, aí introduza uma complicação DesenvolvimeÍrfo. Os personagens encontrarâo Lucília
quando eles estiverem a 15 metros do chão. Peça novos de novo no fim da aventura quando voltarem para libertar
testes de atributo, como os já indicados, enquanto os Elturel (consulte "Fim deJogo em Elturel", p. 154).
personagens tentâm localizar e consertar rapidamente
os problemas... ou peça salvaguardas de Destreza se o A CeuruHo D_q Lonln FI_!4§§IT4_
equipamento improvisado falhar e arremessá-los no châo.
Depois de escaparem de Elturel, os personagens terão
de começar a caminhada de 16 quilômetros até o Forte
BererHe DE ELTUREL
Falangeta. Se andarem depressa e com cuidado, talvez
As legiões de diabos acampadas às margens do rio cheguem lá sem maiores problemas. Deixe-os subir para
Estige são as maiores ameaças aos personagens que o 70 nível antes de passar para o capítulo 3.
tentam escapar da cidade. Os personagens que voarem,
planarem ou flutuarem acima do cerco dentro de um balâo
conseguirâo evitar o grosso do exército de diabos, mas
serâo atacados pelas forças da retaguarda. Adapte o texto
do quadro a seguir como for necessário ao lê-lo para os
jogadores e estabelecer a cena:
\
Legiões de diabos de armadura rodeiam os enormes
, \ I
postes de iníerro que ancoram Elturel ao solo pedregoso.
Pelotões de demônios que em alguns pontos chegam a ter
dez fileiras se atiram contra as linhas de diabos. A maioria
,
desses soldados abissais é formada por humildes manes
,i
e dretches que não tardam a morrer na vâ tentativa de
amolecer os diabos para que demônios mais íortes vindos \\ ,,
de trás possam desferir o golpe fatal.
Um rio escuro corta a paisagem arruinada e passa
exatamente sob a cidade. Sobre as águas flutuam barcas
-d
F7l
I t
t
,

cheias de demônios que são atacadas por esquadrilhas

)i
de diabos alados sob o comando de uma diaba do fosso
horripilante. Ela usa um elmo sem aberturas para os olhos
e segura uma insígnia bélica.

Os demônios e diabos estâo muito preocupados uns com

os outros para se importarem com os aventureiros que
Ír-,
passarem longe deles. Os diabos sâo comandados por
Lucília, a mais leal diaba do fosso a serviço de Zariel.
Se os personagens atraírem a atençâo de Lucília, ela
mandará doze diabos espinhados para liquidáJos.
tr
I
\
v r\,
\
a
I \

a
,7-
) /
I
a.
É J
E
2
ri r
t
7
I
ffi tL.
-,
CepÍrulo
It
RIENTADOS PELA CELESFANTE LULU E PELO
que descobriram em Elturel, os personagens
percorrem a pé o Avernus, a primeira camada
dos Nove Infernos, para recuperar a Espada
de Zariel e livrar Elturel de suas correntes.
Encontrar o caminho na desolação do
Avernus pode parecer uma tarefa difícil, mas
felizmente os personagens têm o mapa que
Sylvira Savikas lhes deu no capítulo 1. Para
mais informações sobre como usar o mapa-
poster do Avernus veja a seção de mesmo nome (p. 79).
Elturel e o Forte Falangeta não estâo indicados no
mapa-caÍtaz, pois Elturel nâo estava ali quando o mapâ foi
desenhado, e o cartógrafo que o traçou nunca deparou com
o Forte Falangeta. Você pode situar Elturel em qualquer
ponto ao longo do rio Estige, e o Forte Falangeta em
qualquer lugar num raio de 16 quilômetros de Elturel.
Conao Mnsrnen
EsrB CapÍruro
Este capítulo começa com algumas informaçôes a respeito
do Avernus de que você vai precisar para mestrar os
encontros e, em seguida, passa a descrever os locais
da aventura.
A história continua a partir do ponto em que terminou
no capítulo 2, com os personagens embarcando numa
demanda para salvar Elturel enquanto Ulder Ravengard
!t e Reya Mantlemorn ficam na cidade para organizar os
sobreviventes e defendêla. Lulu conduz os personagens
CAPÍTULO 3 I AVER.NU§
7+
'!
\
\
I
it \
v / ,'\
{
\)
I
3: AvnRNUs I
ao Forte Falangeta, lar de dois kenku sucateiros chamados
Chukka e Clonk que a Celesfante acha que podem ajudar.
Maggie Maluca, a megera da noite que dirige o forte,
supervisiona a construçâo e o conserto de máquinas de
guerra infernais. Se toparem fazer um acordo com a megera
da noite, os personagens poderão adquirir um ou mais
desses veículos. Maggie Maluca também pode ajudar Lulu a
tÍazer à tona algumas de suas lembranças esquecidas.
Saindo do Forte Falangeta, Lulu conduz os personâgens âo
lugar onde ela acha que a Espada de Zariel foi escondida: a
Colina de Haruman. Lá eles conhecemJander Heliáster, um
vampiro que tem algumas informações para dar. Também
conhecem o torturador deJander: Haruman, um Cavaleiro
do Inferno caído em desgraça e um dos generais infernais de
Zariel.Luht acaba percebendo que cometeu um erro grave e
levou os personâgens ao lugar errado. Ela sugere dois outros
caminhos: a Senda dos Demônios e a Senda dos Diabos.
Cada caminho passa por uma série de locais no Avernus que
os personagens precisam visitar em sequência para descobrir
onde se esconde a espada deZariel.
A qualquer momento enquanto exploram o Avernus, os
personagens e Lulu podem encontrar o Empório Errante,
um mercado que percorre o Avernus em gigantescas
máquinas de guerra infernais. O Empório Errante oferece
aos personagens um bom lugar para descansar e adquirir
suprimentos que seriam difíceis de obter no Avernus.
No fim deste capítulo, os personagens descobrem que a
Espada de Zariel estâ escondida num lugar chamado Cidadela
Sangrenta. Se ainda estiver viva, Lulu vai ajudá-los a chegar 1á.
Mais detalhes sobre a Cidadela Sangrenta no capítulo 4.
 O gur É oAvnnNus?
O Avernus é a linha de frente do grande conflito entre as
brças malignas do caos e da ordem conhecido como a
Guerra Sangrenta. Os demônios do Abismo usam o rio
Estige para entrar no Avernus, onde investem contra as
legiões infernais dos diabos.
O Avernus nem sempre foi o campo de batalha devastado
pela guerra que é hoje. Tempos atrás, era um plano dejar-
dins luxuriantes e beleza bucólica criado por Asmodeus
para seduzir os mortais. A invasão do rio Estige, seguida
de ondas intermináveis de demônios vorazes, destruiu esse
paraíso, deixando para trás pilhas de ossos, ruínas e máqui-
nas de guerra em pedaços. Partes de cidades surrupiadas
de outros planos, fragmentos dabeleza perdida do Avernus.
vestígios de exércitos celestiais destruídos e tumbas de anti-
gos viajantes: tudo isso pontua o deserto avérneo.
O Avernus nào é um lugar feito expressamente para
castigar as almas más. O Avernus, de fato, representa
o "próximo nível" para as almas más assim que suas
perversas vidas mortais terminam. Os Nove Infernos
permitem às almas existir numa forma concentrada: ali
podem repassar seu cativeiro espiritual para expressar
desejos tenebrosos como a crueldade, a cobiça, a
necessidade de estar no controle, a ânsia por poder e
a ganância desenfreada. Os infernos oferecem uma
eternidade de realizaçôes, dos desejos mais insignificantes
aos sete pecados capitais. Todo traço de maldade é
aproveitado nos Nove Infernos, e cada camada se
especializa de alguma maneira para acolher e explorar
os vícios e as fraquezas dos mortais. Os diabos do
Avernus tentam explorar o orgulho e a ira, prometendo
aos ofendidos, furiosos e egoístas o poder de satisfazer
suas obsessôes mais tenebrosas. Essa satisfaçâo, porém,
tem um preço.
Todos que entram no Avernus encontram um campo
de batalha que nâo tem igual nos planos da existência.
Indícios de carnificinas passadas, como os destroços
de máquinas de guerra enormes e os campos de ossos
descorados, se estendem a perder de vista. Em meio a tudo
isso, o meandrante rio Estige atravessa o plano enquanto
grupos de demônios e diabos trâvâm escaramuças às suas
margens fétidas.
A maioria dos diabos do Avernus serve Zariel, mas
outros Senhores dos Nove mandam suas forças para ajudar
a repelir os invasores demoníacos. Os diabos que nâo
pertencem às legiôes de Zariel atuam como emissários
das outras camadas ou como espiôes dos arquidiabos
que buscam sinais de fraqueza que possam explorar para
fomentar seus sonhos de poder.

1
Fonrr FareNGrra
j
t
t.
Para persona§ens de 70 nível
Os aventureiros interpelam Chukka e Clonk, dois kenku
sucateiros. Uma megera da noite chamada Maggie
Maluca dirige este posto avançado, supervisionando a
construção e o conserto de máquinas infernais.

Í
Cor-rNe DE HARUMAN O Erraponro Ennaurn
Para persona§ens de 7" nível Para persona§ens de 70 nível e acima
Depois que Maggie Maluca ajudar a restaurar parte Este mercado itinerante visita todos os cantos do
da memória de Lulu, a Celesfante vai levar os aventu- Avernus. Os personagens que toparem com o Empório
reiros ao lugar onde ela acha que frca a Cidadela San- Errante podem descansar, comprar e vender itens,
grenta, mas acabará chegando à Colina de Haruman, além de comer num restaurante dirigido por um
um lugar onde o mal impera. rakshasa chamado Mahadi.
_t
-l
Vrsprrno IurrnNar
Para persona§ens de 70 nível
Depois de um ataque de vespas infernais no alto da
Colina de Haruman, os aventureiros precisam resga-
tar Lulu, levada à força para um vespeiro ali perto.

Snnoa Dos DEMôNros

l I
SeNol Dos DrABos
Para persona§ens de 80 a 10o nível Para persona§ens de 80 a 10o nível
Se os aventureiros escolherem esta senda para procuÍar Se os aventureiros escolherem esta senda para
a Espada de Zariel, uma série de encontros vai levá-los ao procurar a Espada de Zariel, uma série de encontros
lorde demônio Kostchtchie e a uma luta final com vai levá-los a Bel, o diabo do fosso que governava o
Olanthius, um Cavaleiro do Inferno que caiu em desgraça. Avernus até ser deposto por Zariel. Bel vai ajudá-los,
mas isso nâo vai sair de graça.

or^GR^M^ 3.r: Fluxoonaua oo Caoíruuo 3

cAPÍTULo 3 | AvERNUs
/5
 VrsrreNrEs No AvnnNus
Viajantes extraplanares aparecem no Avernus de tempos em
tempos. Entre eles, temos pessoas que lucram com a guerra
e estâo ali para enriquecer comprando e vendendo armas e
armaduras, magos insanos que querem testar suas magias
mais recentes, clérigos enviados por seus deuses, caçadores
de tesouros à procura de artefatos perdidos, mercadores
mal-encarados que traficam escravos, contrabandistas de
moedas espirituais e eruditos que querem conhecer em
primeira mão as maquinaçôes dos reinos diabólicos. Os
aventureiros vêm negociar com criaturas ínferas poderosas,
intrometer-se na Guerra Sangrenta e libertar as pobres
almas que foram aprisionadas nos Nove Infernos.
A GunnnA DE Zanrnr
Ao trazer Elturel para o Avernus e possivelmente subjugar
Baldur's Gate (Portão de Baldur), Zarieltem como objetivo
capturar o máximo possível de almas más, transformálas
em diabos e aumentâr as fileiras de suas legiôes exauridas
pelas batalhas. Em Thavius Kreeg, Zariel encontrou uma
maneira de explorar a ingenuidade dos mortais apelando à
sua necessidade de seguir um líder que alega ter poderes
espirituais. Graças a Kreeg, os habitantes de Elturel são
obrigados pelo Credo Resoluto a lutar e morrer por Zariel
em sua guerra interminável.
As DrnlcurDADEs DE ZARTEL
De certo modo, Zariel é a joia da coroa de Asmodeus: já
foi um anjo e hoje é um de seus arquidiabos avassalados.
Por causa da origem de Zariel, a quantidade de diabos que
planejam destroná-la é maior que o normal, e o primeiro
entre eles é o diabo do fosso Bel, que foi substituído por ela.
Por ordem de Asmodeus, Bel hoje serve de conselheiro para
Zariel,mas os dois mal suportam a presença um do outro.
Apesar do conflito interno nas hostes diabólicas, Zariel
dirige o Avernus com firmeza e eficiência e instala o medo
em suas legiões. A retaliaçâo à queles que tentam traíla é
instantânea e terrível.
Gunnne PELAS Arues
As almas sâo os bens mais valiosos nos Nove Infernos.
A Guerra Sangrenta consome os exércitos d,e Zariel e,
portanto, ela precisa garantir a reposição constante dos
efetivos. Com essa intençâo, Zariel procura malfeitores nos
reinos mortais que possam arranjar mais almas para ela.
Onoeu DE BATALHA lxrennll
Os demônios atacam em turbas desorganizadas, contando
com o impacto e a força esmagadora dos números para
ganhar o dia, mas os diabos se organizam em unidades
fundamentais chamadas legiões. Cada legião contém mil
diabos, que se organizam da seguinte maneira:
. 1 legião = l0 coortes; comandada por um legado
. I coorte = l0 manípulos; comandada por um signífero
. 1 manípulo = l0 diabos; comandado por um optio
Fileiras de lêmures e nupperibos miseráveis formam a base
das legiões proletárias, ao passo que diabos barbados e
merregons constituem o grosso das legiões regulares. Cada
legião ostenta um nome exclusivo que geralmente indica seu
propósito e designação numérica. Entre os exemplos, temos:
. 5a Legião de lnfantaria, 'Absolvição lnfernal"
. 13" Legião de Cavalaria, "Fúria de Bel"
. 47'Legião Proletária, "Bucha de Canhão"
cepÍruro g I AvERNUS
76
Já que os diabos não podem simplesmente sair do Avernus
e passar ao Plano Material, eles são obrigados a contar com
adeptos do naipe de cultistas e magos malignos, capazes
de contatáJos e cumprir suas ordens em troca de riqueza
e poder. Diabos e seguidores mortais escolhidos a dedo
se empenham em semear a discórdia e desestabilizar
comunidades harmoniosas, e sâo os principais corruptores a
serviço de Zariel. Financiando grupos malignos, fabricando
e distribuindo armas e provocando atos arbitrários de
violência em nome de um inimigo qualquer para incitar a
guerra, os diabos inflacionam a capacidade dos mortais de
cometer maldades, corrompendo almas aos milhares e, com
isso, garantindo que as legiões infernais estejam repletas de
soldados diabólicos para travar a Guerra Sangrenta.
OJuco Do MAL
Pressionados constantemente pelo Abismo e por seus se-
melhantes infernais, Zariel e seus vassalos de alta patente
fazem de tudo para manter os exércitos da arquiduquesa
o tempo todo na luta. Mas a ira e o orgulho de Zariel têm
limites, e isso dá ao anjo caído uma chance de se redimir.
Zariel, d,e um certo modo deturpado, realizou o sonho que
tinha ainda como anjo: lutar frente a frente com as hordas
demoníacas na Guerra Sangrenta. Mas o fardo é pesado e,
se a oportunidade surgir, pode ser q,ue Zariel se deixe con-
vencer a deixálo de lado, a libertar Elturel e voltar para a
luz com um ponto de vista completamente diferente.
CanacrERÍsrrcAS
»O AVTRNUS
A paisagem infernal do Avernus descansa sob nuvens medo-
nhas que obscurecem a abóbada celeste, de onde volta e meia
parte um meteorito que risca o ar até se chocar com o châo.
A luz ambiente só faz se avolumar logo abaixo do horizonte,
como se nove sóis poentes a alimentassem, mas não há corpo
celeste algum no firmamento: nem sol, nem lua, nem estrelas.
Por causa desse lusco-fusco constante, os habitantes do
Avernus perdem com facilidade a noçâo de tempo.
A atmosfera cheira a enxofre e piche queimado, e rajadas
quentes de vento percorrem assoviando a paisagem infernal
para castigar a terra lá embaixo. Às reres os ventos formam
imensas tempestades de areia, capâzes de arrancar a carne
dos ossos e mergulhar tudo na escuridão.
Mutucas, vespas infernais e stirges hematófagos rondam
os ares em busca de qualquer fonte de sangue da qual pos-
sam se alimentar. Os enxames dessas criaturas podem ficar
tão grandes que chegam a escurecer o céu e ensurdecer as
pessoas com o bater de suas asas. No solo, bandos erran-
tes de milhares de nupperibos
- os balofos cegos que são
párias mesmo entre os condenados movem-se feito lagos
-
vivos de carne lamurienta em sua busca angustiante por co-
mida. Campos de ossos, areia movediça, poços de piche bor-
bulhantes, lagos de lava, desfiladeiros de almas chorosas e
desertos de sal criados pelas lágrimas dos condenados: tudo
isso aguarda aqueles que percorrem a paisagem infernal.
Rro Esrrcn
O rio Estige coÍta os Planos Inferiores, frustrando todas
as tentativas de mapeáJo ou prever seu curso. Perder-se
durante a navegaçâo do Estige não é o único perigo que
o rio oferece. Basta provar ou tocar suas águas para uma
criatura ter seu intelecto e suâ personalidade despedaçados
e perder a memória. Certos Ínferos sâo imunes aos efeitos
do rio, mas a maioria das criaturas não tem como se
defender desse curso d'água.
 A menos que seja imune aos efeitos do rio, a criatura
que entrar no Estige ou beber sua água será alvo da magia
enfraquecer intelecto (CD 20 para evitar). A criatura
terá de repetir a salvaguarda toda vez que começar seu
turno dentro do rio, até falhar. Uma criatura de intelecto
enfraquecido pode beber aágua do Estige e nadar no rio
sem sofrer outros efeitos deletérios.
Se a criatura falhar na salvaguarda e continuar sob
o efeito da magia durante 30 dias consecutivos, o efeito
passará a ser permanente (sem direito a salvaguarda) e a
criatura perderá toda a memória, tornando-se praticamente
irracional, mera sombra do que foi um dia. A essa altura,
somente a magia deseJb ou uma intervenção divina
conseguirá desfazer o efeito.
A água retirada do rio Estige perde a potência após
24 horas, tornando-se um líquido inofensivo de sabor
repugnante. Contudo, arcanaloths, megeras da noite e outras
criaturas cruéis talvez conheçam rituais capazes de manter a
potência da água durante mais tempo, a seu critério.
Mecres MoorrrcADAS
O Avernus é a entrada dos Nove Infernos, um campo de
batalha encharcado de energia sinistra. Ali a magia da
Trama não funciona do mesmo jeito, manifestando-se de
maneiras incomuns.
Moorrrceçõrs SupnnucrArs
A seu critério, você pode modificar o aspecto de uma magia
para realçar o caráter corruptor do Avernus. Seguem
alguns exemplos:
Mâo de Bi§by. A mão conjurada tem garras diabólicas.
Convocar Familiar. O familiar é um diabrete.
t
I
I
I
-\
_,*.I
r
&\ t/ 7^
I ,I
J,
/
,\.
'
Convocar Montaria. O corcel é um pesadelo.
Encontrar o Caminho. Aparece um diabrete que, muito
a contragosto. vai levar o conjurador ao local desejado,
queixando-se o tempo todo e desaparecendo quando
chegarem a seu destino ou a duração da magia
chegar ao fim.
Névoa ObscuÍecente. Rostos lamurientos aparecem e
desaparecem no nevoeiro amarelo, que fede a enxofre.
Repreensão Diabólica. As chamas desencadeadas por esta
magia são acompanhadas pela gargalhada de diabretes.
Màos Má§icas. A mâo invocada tem garras.
Li§ação Télepática de Rary. Os personagens ligados por esta
magia escutam vagos sussurros infernais ao fundo, mas
não conseguem distinguir as palavras.
CouuNrcn çÕrs Trr-rnÁrrces
Os arquidiabos conseguem escutar às escondidas a
comunicação por meio das magias mensa§em e ÍemeteÍ
com origem ou destino nos Nove Infernos. Por causa disso,
aqueles que se comunicam por telepatia sempre têm a
sensação de que uma presença infernal os ouve ou observa,
mesmo quando nâo há arquidiabo algum na escuta.
Os arquidiabos também conseguem escutar a
comunicaçâo telepática via itens mágicos, como pedras
mensa§eiras ou elmo de telepatia. A comunicação com
tma coruja de serpentina, um oróe dracônico ou uma arma
senciente também corre o risco de ser secretamente ouvida
no Avernus. Os anir's de escudo mental frncionam no
Avernus da mesma maneira que funcionariam em qualquer
outro plano e sào objetos extremamente valiosos nos Nove
Infernos, cobiçados por todos os ínferos, pois evitam a
bisbilhotice de seus amos e senhores.
\-
Ir
l!
I-IE
I
"i [il,rár
h
s
 Icon DnruorsÍaco Deronuações
O icor demoníaco é o que sobra quando um demônio morre. dr00
E a reduçâo de sangue, vísceras e fluidos corpóreos dos 0l-05
demônios, com a consistência e o cheiro de bile.
Morrem tantos demônios no Avernus que seu icor chega a 06-r
formar poças e lagoas. Apesar de inofensivo na maioria dos
planos de existência, o icor é capaz de deformar as criaturas
nos Planos Inferiores. Os diabos e outras criaturas l.l
encontraram maneiras de usar o icor demoníaco em rituais
e também para aumentar o desempenho de máquinas de r 6-20
guerra infernais (descritas no apêndice B).
Ao entrar em contato direto com o icor demoníaco no 21-25
Avernus, a criatura é obrigada a fazer uma salvaguarda de
Constituição CD i0. Ínferos, gosmas, plantas e mortos-vivos
sâo automaticamente bem-sucedidos. Se falhar no teste, a
criatura será magicamente deformada pelo icor, de acordo 26-30
com a tabela Deformaçôes. Magias que removem maldições
pôem fim a todos os efeitos deformadores associados ao icor.
3r
Anuas Rnvrsrroas DE IcoR
O icor demoníaco é tão pegajoso que gruda na maioria
36-40
das armas. No Avernus, a criatura que receber dano de
I
uma arma revestida com icor demoníaco vai sofrer uma 41-45
deformaçào se for malsucedida em seu teste de salvaguarda
(como já foi descrito). Após atingir o alvo, a arma perde o
revestimento de icor demoníaco. 46-50
Couroa E BEBTDA 5t
Os testes de Sabedoria (Sobrevivência) para encontrar
víveres no Avernus são feitos com desvantagem. Existe
água, mas é difícil de encontrar e seu gosto é horrível.
56-60
Também é possível encontrar o que comer, mas a flora e a
fauna têm um sabor repugnante, não importa como sejam
preparadas. Mesmo as raçôes de viagem trazidas
ao Averenus têm o gosto acre de cinzas. 6t
DnscaNsos No AvnnNus 66-70
Não existem "dias" nem "noites" no Avernus, mas ainda se
dever medir a passagem do tempo em horas. Portanto, os 71-75
personagens podem fazer descansos curtos e longos como 76-80
normalmente fazem.
Efeito
Os cabelos, olhos e a pele do alvo ficam azuis,
vermelhos, amarelos ou multicoloridos.
0 Os olhos do alvo saltam das órbitas nas pontas
de pedúnculos.
-15 As mãos do alvo desenvolvem garras que podem ser
usadas como adagas.
Uma das pernas do alvo fica mais longa que e outra,
reduzindo seu deslocamento em 3 metros.
Os olhos do alvo se transformam em faroletes que,
uma vez abertos, preenchem com meia-luz um cone
de 4,5 metros.
Um par de asas coriáceas ou emplumadas brota das
costas do alvo, concedendo-lhe deslocamento de voo
de 9 metros.
-35 As orelhas do alvo se desprendem da cabeça e saem
correndo. O alvo fica surdo.
Dois dentes do alvo se transíormam em presas.
A pele do alvo se cobre de crostas, concedendo-lhe
um bônus de +l na CA, mas reduzindo em 2 pontos
seu Carisma (valor mínimo é 1).
Os braços do alvo trocam de lugar com suas pernas,
impedindo todo deslocamento que não seia rastejar.
-55 Os braços do alvo se transformam em tentáculos
dotados de dedos nas pontas, aumentando seu
alcance em 1,5 metro.
As pernas do alvo ficam absurdamente compridas
e elásticas, aumentando seu deslocamento de
caminhada em 3 metros.
-65 O alvo desenvolve uma cauda comprida que poderá
usar como chicote.
Os olhos do alvo ficam totalmente negros e ele ganha
visão no escuro a até 36 metros.
O alvo incha e fica com três vezes seu peso normal.
O alvo fica magro e esquelético, diminuindo seu peso
pela metade.

Rrcnes Opcroxars 8l-85 A cabeça do alvo fica com o dobro do tamanho.

Seguem-se algumas regras opcionais que você pode usar
para reforçar a experiência de se aventurar no Avernus.
CouÉncro
No que diz respeito às almas dos mortais, os Nove lnfernos
estão sempre dispostos a íazer negócio. No Avernus, o
negócio é a guerra, para garantir que as linhas de frente da
Cuerra Sangrenta sejam reabastecidas constantemente com
novos tropas, armas, armaduras e máquinas de guerra. Os
grandes impulsionadores desse comércio infernal são os
tesouros e as moedas espirituais.
Os tesouros só têm algum valor para os diabos porque
são meios eficazes de seduzir os mortais (particularmente
os humanos) e desencaminhá-los para uma vida corrupta,
levando-os por fim a botar a perder a própria alma. E já
que faz milênios que o ouro é utilizado nos Nove lnfernos,
os aventureiros podem encontrar moedas de ouro de
civilizações que a história há muito esqueceu.
A prata é nociva para os diabos. Mesmo assim, os diabos
86-90 As orelhas do alvo se transformam em asas,
.l,5
concedendo-lhe um deslocamento de voo de metro.
9r -95 O corpo do alvo adquire uma fragilidade incomum,
concedendo-lhe vulnerabilidade a dano contundente,
perfurante e cortante.
96-00 O alvo desenvolve mais uma cabeça e isso lhe dá
vantagem nas salvaguardas contra as condições
amedrontado, atordoado ou enfeitiçado.
Orrnta IupnnorvrL:
ServacuenDAs coNTRA A MoRTE
Todavez que um personagem falhar em uma salvaguarda
contra a morte nos Nove Infernos, um arquidiabo pode
estabelecer contato telepático e oferecer ajuda.
O personagem terá de cumprir uma tarefa para o arquidiabo
no futuro. A natureza da tarefa só será revelada quando o
personagem aceitar as condiçôes do trato.
O personagem que aceitar as condiçôes do arquidiabo vai

l
R
venderão a prata para quem estiver disposto a eliminar os
rivais que se colocam em seu caminho.
tirar automaticamente um 20 em sua próxima salvaguarda
contra a morte. Ao mesmo tempo, o personagem será afetado
pela magia mr'ssáo (sem direito a salvaguarda). Se a magia

CAPÍTULO 3 I AVERNUS
78
 J
-.â.-
âl ..-ê
n na
Mnea 3.r: Avenlus
terminar prematuramente, o personagem será reduzido a
0 pontos de vida no mesmo instante e estará à beira da morte.
A tarefa que o personagem terá de cumprir costuma ser sim-
ples e direta e sempre beneficia o arquidiabo que fez o trato.
Exemplos de tarefas: entregar rma moeda espiritual a um
dos asseclas do arquidiabo, recusar-se a ajudar alguém que
o personagem está fadado a encontÍaÍ no futuro ou destruir
algo que o arquidiabo abomina (como um símbolo sagrado).
ExausrÀo
A combinação de calor opressivo e malevolência
sobrenatural do Avernus pesa no corpo e na alma de
quem náo é maligno. Criaturas que nâo se alinham com o
mal tratam o ritmo normal de viagem pelo Avernus como
marcha forçada e são obrigadas a fazer uma salvaguarda de
Constituição ao fim de cada hora de viagem. A CD é igual
a 10 + 1 para cada hora de viagem. Se falhar no teste de
salvaguarda, a criatura sofrerá um nível de exaustâo.
Ma,lolor UNrvrpser
A maldade é universal nos Nove Infernos, e quem visita
este plano sente sua influência. No fim de cada descanso
longo que fizer neste plano, o visitante que não for mau terá
de fazer uma salvaguarda de Sabedoria CD 10. Se falhar,
a criatura terá seu alinhamento alterado para ordeiro e
mau. A alteração passará a ser permanente se a criatura
não deixar o plano no prazo de 1d4 dias. O alinhamento da
criatura voltará ao normal se ela passar um dia inteiro em
um plano diferente dos Nove Infernos. Outra maneira de
restaurar o alinhamento original é conjurar sobre a criatura
a magia dissipar o bem e o mal.
JÉ
Couo Usan o Mn pe-Posrnn
O mapa-cartaz mostÍa uma região do Avernus, uma desola-
çào de dimensões vertiginosas que foi distorcida por eras de
invasôes demoníacas. Os viajantes se veem diante de uma
paisagem infernal que confunde os sentidos e resiste a
qualquer tentativa de mapeá-la com alguma precisâo.
Os métodos cartográficos normais sâo inúteis, pois é
impossível estimar as distâncias no Avernus e as coisas
mudam de lugar por meios sobrenaturais. Sendo assim,
o mapa mostra impressões pictóricas de locais que
meramente sugerem as distâncias entre um e outro.
De modo algum pode ou deve ser entendido literalmente.
Mlpeluerro DE AvERNUS
Tanto os celestiais quanto os lordes demônios gostariam
de ter um mapa aproveitável do Avernus, mas todas as
tentativas de mapear essa camada íracassaram.
Se um personagem tentar mapear o Avernus, a loucura vai
começar a se apoderar dele ou dela. Após cada sessão de
cartografia, o personagem terá de fazer uma salvaguarda de
Sabedoria com CD I 5. Se falhar, o personagem vai contrair
uma forma aleatória de loucura determinada pela tabela
lnsanidade de Curta Duração, do capítulo 8 do Dungeon
Moster's Guide: Livro do Mestre. Se o personagem falhar uma
segunda vez na salvaguarda,jogue o dl00 e consulte a tabela
lnsanidade de Longa Duração. Se o personagem falhar uma
terceira vez, jogue o dl00 e consulte a tabela lnsanidade
Permanente.
capÍrur-o 3 | AVERNUs
79
 O mapa não tem escala e os locais sâo indicados de
acordo com as lembranças de um cartógrafo intrépido, mas
insano. Não há como determinar as distâncias nem o tempo
de viagem estudando o mapâ e essas coisas podem mudar
a cadajornada, a seu critério. Não deixe seusjogadores
acharem que entenderam a geografia do Avernus, e isso
produzirá uma sensação duvidosa e desorientadora quando
eles percorrerem a paisagem infernal.
O mapa-cartaz é tomado por imagens insólitas e uma
iconografia peculiar. São as impressôes artísticas do cartó-
grafo sobre o Avernus, e o que elas significam ainda é, em
grande parte, um mistério. Explorando o Avernus. os perso-
nagens descobrem uma característica peculiar do mapa: ele
fala! Toda vez que eles chegarem a um dos locais descritos
neste capítulo, a voz do cartógrafo vai brotar do mapa e
revelar uma pista. O mapa só fala ao fornecer uma de suas
pistas, portanto os personagens não têm como interrogá-lo
nem travar uma conversa com ele. As loucas divagações do
cartógrâfo precedem a descrição de cada local da aventura
indicado no mapa. Se for indagado a respeito de um local
nâo desenhado no mapa, o cartógrafo vai resmungar
incoerências, gritar feito louco ou chorar de desespero.
TB4çA_Nqo u_y{BeI4
Traçar uma rota entre dois locais a partir do mapa é algo
incerto, no melhor dos casos. Ajuda se os personagensjá
tiverem visitado o lugar para onde pretendem ir, mas mesmo
assim não há garantia alguma de que eles vão chegar ao
destino desejado.
Quando eles traçarem uma rota pelo Avernus, peça
ao jogador que controla o personagem encarregado da
navegação para jogar dois dados:
Serão 2d4 se os pçrsonagens estiverem a caminho de um
local indicado no mapa que eles ainda nào visitaram.
Serâo 2d8 se os personagens estiverem voltando a um
local que já visitaram antes.
Serão 2d10 se um guia natural do plano levar os
personagens ao local desejado.
Se os resultados dos dados nâo forem iguais, os
personagens vâo chegar ao lugar desejado. Se os dados
produzirem o mesmo resultado, os personagens vào parar
em algum outro lugar à escolha do DM.
Ánels Do FoRTE Farlrcen
A principal particularidade do forte é a colina em forma de mão
que, entre seus dedos, abriga as cavernas onde Maggie Maluca
supervisiona o conserto de várias máquinas de guerra infernais
(regras e blocos de estatísticas para esses veículos estão no
apêndice B). Em volta da colina ergue-se um perímetro de
destroços que faz as vezes de muralha. Essa barreira tem
4,5 metros de espessura e, em média, 6 metros de altura.
Embutida na muralha, há uma guarita precária (consulte
"Entrando no Forte", p.8l). Um dos cacholas-vermelhas que
defendem a guarita fica ao lado de um gongo de íerro que ele
fará soar em caso de ataque iminente. Uma entrada de
4,5 metros de altura e 6 metros de largura atravessa a guarita.
Uma parede de sucata sobre roletes pode ser posicionada na
frente da entrada para lacrá-la em caso de ataque.
Passada a muralha, em volta da colina, há casebres íeitos de
sucata. Esses alojamentos estão em grande parte vazios, com
exceção de alguns catres, pois somente os kenku precisam
comer, beber e dormir. São utilizados quando os membros da
gangue de Maggie Maluca precisam de um pouco de privaci-
dade. Entre os casebres ficam as carcaças de várias máquinas
de guerra infernais que foram depenadas em busca de peças.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
8o
Fonrn FaTINGETA
Depois de deixar Elturel, os aventureiros se dirigem ao
Forte Falangeta, um ferro-velho fortiflcado na orla de um
trecho desolado do Avernus assolado por gangues rivais de
sucateiros. O Forte Falangeta nâo aparece no mapa-cartâz
do Avernus, pois o cartógrafo nunca encontrou nem visitou
esse local.
O Forte abriga uma gangue de saqueadores das terras
devastadas que se denominam os Falangetas e faz as vezes
de oficina para eles construírem e consertarem máquinas
de guerra infernais. Os Falangetas obedecem a Maggie
Maluca, uma megera da noite e caudilha que tem um acordo
comZariel: a arquiduquesa do Avernus deixará o Forte
Falangeta empaz desde que Maggie Maluca mantenha os
outros caudilhos da área sob controle.
Lulu acredita que os kenku das visôes moram no forte e
talvez possam ajudar, o que em parte é verdade. Eles podem
levar Lulu e os personagens até Maggie Maluca que, por sua
vez, poderá ajudáJos.
CnnceNDo Ao Fonrr
Quando o Forte Falangeta estiver à vista, descreva-o assim
para os personagens:
Vê-se uma fortificação no alto de um platô baixo que se
eleva de uma paisagem coberta de crateras. No centro
da íortificação há uma colina de pedras cor de ferrugem
que lembra uma mão saindo do solo, com brechas entre
os dedos. Uma muralha irregular feita de rocha, ossos e
destroços metálicos cerca essa colina em forma de mão.
Entre outros destaques visíveis de longe, temos a guarita,
no alto da qual estão de sentinela uns seis vultos pequenos
Quando os personagens estiverem prontos para se
aproximar da fortaleza, consulte "Entrando no Forte", mais
adiante. Mas, antes disso, repasse as informações a seguir
sobre como mestrar esta sequência de modo a câusâÍ o
máximo de impacto.
Cortro Mrsrnan o FoRTE
Nesta parte da aventura, os personagens precisam circular
com todo o cuidado no meio social de uma megera da noite
e seu bando de seguidores insanos.
Esta sequência gira em torno de um fator essencial
em qualquer negociação: poder de barganha. Maggie
Maluca possui várias coisas que os personagens poderiam
aproveitar: máquinas de guerra infernais, provisões, abrigo
temporário e informações. Os peÍsonagens têm algo que
Maggie Maluca quer muito: as lembranças de Lulu.
Uma das maneiras de mestrar um encontro social tâo
complexo como este é imaginar uma escala de 1 a 10 na
qual I representa o pior resultado possível e 10, o melhor. Os
personagens comeÇam no 5 e, com o progresso da sequência,
eles podem subir ou descer na escala. As interações úteis e
positivas deslocam os personagens parâ cima e os contatos
antagônicos ou hostis fazem com que percâm pontos, a
seu critério. O ponto onde os personagens terminarem
a sequência definirá as consequências do encontro. Por
exemplo, se terminarem no 10, os personagens vão conseguir
tudo o que queriam de Maggie Maluca: um ou mais veículos
para agilizar as viagens pelo Avernus, todas as informaçôes
de que precisam, presentes em dinheiro ou itens mágicos e
 .L
.J
v , -),/
L' ''q - {l
provisôes. Se terminarem no 1, vâo tirar Maggie Maluca do
sério e sair de mãos vazias. Pode ser até que tenham de lutar
para deixar o Forte Falangeta. Desde que os personagens
ainda tenham um caminho a seguir, um fracasso espetacular
pode ser tão memorável quanto um sucesso.
As seções a seguir detalham os PNJs importantes e as
criaturas no interior do Forte Falangeta. As descrições
incluem a personalidade e os objetivos dos PNJs e
também o que eles têm a oferecer aos personagens. Essas
descriçôes também permitem a você, DM, determinar
como os peÍsonagens conseguiriam poder de barganha nas
negociaçôes e aquilo que desejam ou necessitam.
Use a escala de 1 a 10 como barômetro para avaliar o
grau de sucesso dos personagens ao lidar com o mundo
insólito, intrigante e perigoso de Maggie Maluca e dos
Falangetas. Deixe as decisões, a intuição, o conhecimento, a
boa interpretação, as falhas e os sucessos dos personagens
moverem o indicador escala acima ou abaixo, como você
julgar melhor.
ENrnexoo No Fonrn
É pela guarita que se entra no Forte Falangeta. Seis
cacholas-vermelhas (bloco de estatísticas na p. 231) ficam
de guarda no alto da guarita. Um deles grita lá de cima para
os personagens quando estes se aproximam, pedindo a
senha. Alguns segundos depois, um outro cachola-vermelha
exclama: 'A gente não tem uma senha!". Todos os cacholas-
vermelhas caem na gargalhada.
Os cacholas-vermelhas de sentinela vâo zoar os
personagens, pedindo que façam coisas ridículas para
poderem entrar. Passados alguns minutos, quando os
1,,, ü
;1/
(_
ld I IlI
I
.l
i l'' L §ü
personagens estiverem fartos de toda essa bobagem,
os cacholas-vermelhas vâo dizer a eles para nâo ficarem
parados ali feito idiotas e entrarem de uma vez.
AvrsraNoo os KENKU
Ao entrar, os personagens deparam com a cena a seguir
no interior da fortaleza:
A área cercada pela muralha está coalhada de entulho
e peças mecânicas, algumas delas reunidas de modo a
lembrar um veículo. Construções precárias íeitas do mesmo
ferro velho da muralha externa proporcionam abrigo.
Um pelotão de pequenas criaturas feéricas circula
pelo lugar e todas elas lembram gnomos ferais. Várias
ostentam carapuças altas e vermelhas, algumas das quais
encharcadas com o asqueroso icor.
Dois kenku examinam um dos veículos esquisitos e
conversam entre si num crocitar agudo. Esses kenku
portam uma série de ferramentas estranhas. Ao ver vocês,
eles se viram e, surpresos, passam a encarar o grupo.
Os kenku Chukka e Clonk reconhecem Lulu no mesmo
instante, pois já a encontrâram anteriormente. Antes que
os personagens façam alguma coisa, Clonk grasna alguma
coisa para eles.
CAPITULO 3 I AVER,NU§
8r
 Um dos kenku acena na sua direção, como se pedisse para
vocês ficarem exatamente onde estão. "Negocião! A paciência
é uma virtude! Melhor não íazer a chefia esperar!" Ele sai
correndo e entra numa das construções de sucata.
Segundos depois, ele está de volta, à frente de uma criatura
alta que veste uma combinação longa e esfarrapada, coberta
de barro, sangue, moío e coisas piores. A megera se aproxima
e, por trás dos cabelos castanhos e desgrenhados, seus olhos
parecem se mover independentemente um do outro. Ela traz
um corvo de olhos vermelhos em cada ombro, e as duas aves
se põem a examinar o grupo. Atrás dela, uma criatura grande
e desajeitada feita de partes díspares de corpos ínferos geme
e caminha penosamente, saltitando entre um passo e outro.
Aí os dois olhos da megera se concentram de maneira
incisiva no seu grupo e, mais especificamente, em Lulu.
"Minha nossal", grasna a megera, deitando salvia pela boca.
"Onde encontraram um tesouro desses?"
Os personagens podem explicar sua situação, e Maggie Ma-
luca pode se oferecer para recuperar as lembranças de Lulu,
comentando alegremente com os personagens a possível rela-
ção de Lulu comZariel. Mas, antes disso, Maggie Maluca diz
aos personagens que precisa reunir os componentes para o
ritual de recuperação de lembranças. Isso dá aos personâgens
a oportunidade de interagir com os outros membros da gan-
gue de Maggie Maluca e, quem sabe, de ganhar a boa vontade
deles, como se menciona em suas descriçoes mais adiante.
{!16 v registros emocionais mais deliciosos da queda de Zariel.
;{ é1 Macore Maruca
e Mrc«ev
t nas boas graças da megera e conseguem poder de barganha
.,1
L
-l !
, os personagens nâo tiverem como criar os
J
I próprios mântimentos, Maggie pode lhes
Y.ã
Yr^)
1 encantarem Maggie com suâs ofertas.
) Mickey, dois diabretes maquinadores, um
7,r'
\!
,-
F de tendências homicidas.
CÀPÍTULO 3 I AVERNUS
82
Maccrn MarucA
Enquanto a atenção deZariel se concentra na Guerra
Sangrenta, os caudilhos ambiciosos dos ermos avérneos
formam gangues armadas até os dentes e lideram bandos
de máquinas de guerra infernais em combates ferozes,
conquistando feudos violentos. Maggie Maluca é um desses
caudilhos.
Maggie Maluca é uma megera da noite que se comporta
como vovozinha bondosa, mas seu sorriso afetuoso esconde
uma astúcia cruel. Além de suaTbla da alma, a megera porta
um saco de almas preto (mais informaçôes a respeito desses
itens mágicos na seção sobre a "Megera da Noite" do Mons^
ter Manual: Livro dos Monstros). O saco contém nove moe-
das espirituais (p. 94) que Maggie Maluca usa como a fonte
de energia de suas máquinas de guerra infernais.
Há alguns anos, a ânsia de experimentar a miséria
suprema trouxe a megera da noite para a primeira camada T
dos Nove Infernos. Acompanhada por dezenas de cacholas-
vermelhas sanguinários, Maggie encontrou no Avernus
fragmentos de uma bela tapeçaria que narrava a queda de
Zariel. Recontava a descida do anjo ao Avernus, a traiçâo dos
Cavaleiros do Inferno e a submissão de Zariel a Asmodeus,
o que a transformou numa arquidiaba digna de governar o
Avernus. Maggie Maluca é obcecada pela saga cataclísmica
deZariel e percorre a desolaçâo do Avernus em busca de
outras relíquias desse tipo. Do cadinho que é o ermo avérneo,
Maggie Maluca surgiu como caudilha respeitada.
On;rrrvos DE MAcGTE
Motivada por sua avidez pela miséria e pelo prazer que
sente com a corrupção dos valorosos, Maggie Maluca se
empenha em coletar mais artefatos ligados à desgraça de
Zariel. Ao saber da relação entre Lulu e Zariel, a megeÍa
da noite tenta trazer à tona as lembranças perdidas da
Celesfante, pois crê que essas memórias possam conter os
Ajudando Maggie nessa empreitada, os personagens caem
para negociar com ela.
O qur Meccrr rEM A Orrnncrn
Maggie tem como recuperaÍ as lembranças que Lulu sofre
tanto para recordar. Restaurada a memória da Celesfante,
os peÍsonagens descobrem qual é a próxima parada em
sua viagem.
Maggie também pode fornecer aos
personagens umâ ou mais máquinas de
guerra infernais, o que facilitaria bastante
sua jornada pelos ermos. Além disso, se
fornecer comida e ágta. Ela também poderá
fornecer informações sobre os perigos que
os personagens talvez enfrentem nos ermos
por exemplo se eles
- outras gangues, -
conseguirem poder de barganha suficiente e
4 Ga_\cuE po§_
-F4t-êlig!I4§
O bando de Maggie é formado por Chukka,
Clonk, um golem de carne ínfera chamado
crânio flamejante e várias criaturas feéricas
 (-a
§
-'\
- \
f
i;D
§\
I
7\
$\
í
r.l
i
Cnurr,c. n CroNr
Estes dois kenku são colegas leais e de longa data de
Maggie Maluca. Ela os chama de as Pegas. Clonk, o maior
dos dois, é o sujeito forte e caladào que às vezes dirige a
máquina de guerra infernal de Maggie Maluca. Chukka é
bem-disposto e irritável e cuida dos consertos ali no forte.
Chukka e Clonk perderam suas armas e as substituíram
pelas armas a seguir, recuperadas nos campos de batalha
infernais:
. Chukka empunha uma lança longa folheada a prata
(+2 para acertar) e com alcance de 3 metros que causa
5 (1d10) pontos de dano perfurante.
. Clonk empunha um martelo de §uerra infernescente
(+2 para acertar) que causa 4 (1d8) pontos de dano
contundente ou 5 (Id10) de dano contundente se usado
com as duas mãos. Mais informações sobre armas
infernescentes na p. 223.
OQietivo de Chukka e Clonk Os kenku vivem para
montar, consertar e dirigir as máquinas de guerra
infernais. Em algum momento durante sua visita ao forte,
os personagens verão os kenku martelando com raiva um
Moedor de Demônios fora de serviço (o bloco de estatísticas
do veículo está na p.2L9). A coisa não funciona e eles não
conseguem descobrir por quê. Eles ficariam muito gratos se
alguém os ajudasse a encontrar o problema.
Ajudando os Kenku, Uma das peças do Moedor
de Demônios
- uma engrenagem espinhosa - está
interrompendo a circulação de energia infernal no
veículo. A engrenagem, formada pelos espinhos de um
demônio hezrou, tem picos de energia demoníaca e isso
causa o mau funcionamento. Um teste bem-sucedido de
Inteligência (Arcanismo ou Investigação) CD 15 feito por um
personagem que passar ao menos 10 minutos examinando
o veículo vai revelar qual peça é a responsável.
)\
Cxuxxa e Cuolx
\\
-
\,/ I
-q
\
1
l \ E-a
\
Ç-
Chukka e Clonk agradecerão a ajuda na identificação
do problema. Os personagens podem ajudar ainda mais
procurando uma maneira de remover a essência demoníaca
da engrenagem. Dissipar ma§ia, proteçào contra o bem e o
mal ou outros métodos que os personagens talvez imaginem
poderiam tornar a peça aproveitável. Se os personagens
ajudarem os kenku a botar a máquina infernal para
funcionar, os dois vão externar sua satisfação para Maggie
Maluca, aumentando as chances de que ela venha ajudar os
personagens em sua demanda.
Mrcrrv, o GoLEM DE CARNE
Pouco depois de chegar ao Avernus, Maggie Maluca criou
Mickey, um golem de carne ínfera (bloco de estatísticas na
p. 238) feito de partes do corpo de ínferos recolhidas nos
campos de batalha do Avernus. Mickey é um brutamontes
meigo e estúpido que faz o que Maggie Maluca manda.
Objetivo de Mickey. Ninguém mais no Forte Falangeta
sabe, mas Mickey tem enfrado no pé um pedação de um
diabo dos ossos destruído, daí sua dificuldade em andar.
lncapaz de falar, ele geme ao caminhar e faz uma espécie
de dancinha saltitante. Os cacholas-fracas e cacholas-
vermelhas adoram. Às vezes o acompanham cantando e
dançando obscenamente. Os personagens que virem isso
acontecer e forem bem-sucedidos em um teste de Sabedoria
(Intuiçâo) CD 15 vão notar o sofrimento de Mickey. Aí
podem tentar remover o fragmento de osso sem deixar
o golem manco para sempre. Um teste bem-sucedido de
Sabedoria (Medicina) CD 15 vai permitir a remoção do
osso. Depois disso, Mickey conseguirá andar sem gemer
nem saltar, e Maggie Maluca estará mais inclinada a
auxiliar os personagens. Mas os cacholas-vermelhas e
cacholas-fracas vão se zangar por não poderem mais
"rodar o Mickey".
ERNUS
83
 ArrrNrrrs n Acurrrls
Maggie Maluca fez um acordo com um diabo do fosso
para garantir os serviços de dois diabretes astutos mas
preguiçosos chamados Alfinetes e Agulhas. Maggie Maluca
os trata com tanta gentileza que os diabretes nem sonham
em trabalhar para outra pessoa. Quando Maggie Maluca
está presente, os diabretes assumem a forma de corvos que
se aninham nos cabelos dela ou ficam empoleirados nos
ombros da megera.
Quando nâo estão vadiando no Forte Falangeta, Alfinetes
e Agulhas acompanham a Guerra Sangrenta e espionam
os rivais de Maggie Maluca. Diferentes de muitos diabos,
estes diabretes não almejam uma promoção. Eles rejeitam
a hierarquia infernal e torcem onariz de desgosto quando
alguém tenta empurrar mais responsabilidades para eles.
Objeüvos dos Diabretes. Por mais que adorem a vida no
Forte Falangeta, os diabretes têm um problema. Caíram na
besteira de pregar uma peça em um dos cacholas-fracas,
Wazzik. Agora receiam que Wazzik e um grupelho de seus
amigos irracionais estejam planejando ir à forra. Os diabretes
não querem contar o caso a Maggie porque ela os avisou para
não implicar com os cacholas-fracas e, portanto, eles veem os
personagens como possível soluçáo para seu problema.
.Sjudando os Diabretes. Enquanto as coisas acontecem
no Forte Falangeta, os personagens repâram que Alfinetes
e Agulhas os espreitam de longe, encarâm e cochicham
entre si. Se confrontados, os diabretes vão fazer a maior
cena, fingindo ter um segredo a revelar. É claro que vão
mentir, dizendo aos personagens que um cachola-fraca
chamado Wazzik planeja matar Lulu e recomendando aos
aventureiros dar um jeito nessa ameaÇa primeiro.
Um teste bem-sucedido de Sabedoria (lntuiçâo)
CD 14 revela que os diabretes estào mentindo. Se forem
desmascarados, os diabretes contarâo por que realmente
querem Wazzik morto. Eles dizem aos personagens onde
e quando exatamente podem encontrar Wazzik sozinho
e prometem interceder por eles junto a Maggie se os
aventureiros matarem o cachola-fraca.
As informações dos diabretes procedem, e os persona-
gens podem cuidar do problema com rapidez e discrição.
Mas, se alguém testemunhar o assassinato, os personagens
talvez tenham de lidar com consequências e complicações.
Para sorte dos aventureiros, Maggie pouco se importa com
os cacholas-fracas e vai ignorar a morte d,eWazzik, mas isso
pode fazer com que os personagens desçam um pouco no
conceito dela quando chegar a hora de recompensá-los.
BenNasÉ, o CnÂNro Fraur;axrr
Barnabé, outrora um mago poderoso, teve sua cripta
profanada por sua nêmese maligna, que roubou seu crânio
e o transformou num crânio flamejante. Maggie Maluca
fez negócio com esse mago rival e levou Barnabé como
pagamento. Agora ele é parte da gangue.
Barnabé é esquecido e um tanto pernóstico, mas
volta e meia tem ideias incríveis e se lembra de coisas
extraordinariamente úteis de sua vida pregressa como mago.
Objetivo de Barnabé. Os cacholas-vermelhas gostam de ta-
car coisas em Barnabé e, depois de ser atingido na mandíbula
por uma engrenagem, Barnabé perdeu um dos dentes. Ele viu
um cachola-vermelha, Grubba, pegar o dente e sair correndo.
Barnabé morre de vergonha de contar o que aconteceu a
Maggie Maluca, mas ela começa a desconfiar que algo está
errado, porque Barnabé deu para assobiar quando fala.
Discretamente, ele pede aos personagens que o ajudem
a encontrar o dente perdido. Ele acusa Grubba, o cachola-
§
84
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
vermelha, mas admite que essas criaturinhas ardilosas
perecem todas iguais para ele.
Ajudando Barnabé. Os personagens podem interrogar
os cacholas-vermelhas, começando por Grubba, para
descobrir quem tem o dente. Todavez que interrogarem um
cachola-vermelha, a chance de a criaturinha se zangaÍ e
atacaÍ os personagens, com o apoio de outros ld4 cacholas-
vermelhas, será de 50 por cento.
Os cacholas-vermelhas acreditam que o dente seja um
amuleto da sorte e, portanto, vivem passando-o de um para
outro com a intenção de impedir que Barnabé o encontre. Por
causa dessa transferência constante do dente, os personagens
dificilmente vâo encontrá-lo confrontando um cachola-
vermelha de cada vez. No entanto, o personagem que observar
discretamente os cacholas-vermelhas durante 10 minutos
poderá tentar um teste de Sabedoria (Percepçâo) CD 11. Se
for bem-sucedido, o personagem verá um cachola-vermelha
entregâr uma algibeira ensanguentadâ â outro, que vai enfiáJa
no bolso. Essa algibeira contém o dente de Barnabé.
O personagem que se aproximar o suficiente do cachola-
vermelha poderá tentar surrupiar a algibeira sem que a
criatura perceba com um teste bem-sucedido de Destreza
(Prestidigitação) CD 14.
Nenhum cachola-vermelha vai entregar a algibeira de livre
e espontânea vontade, mas é possível obtê-la enfeitiçando-se
a criatura. O cachola-vermelha vai atacar qualquer
personâgem que tentar tomar a algibeira à força e doze
outros cacholas-vermelhas vão entrar na briga na rodada
seguinte. Maggie Maluca só vai apartar a briga se um dos
personagens a tiver tratado com gentileza, mas, se o ritual
da paisagem onírica ainda nâo tiver ocorrido, ela nâo vai
permitir que os cacholas-vermelhas matem um aventureiro.
Cacnolas-Vnnurnrn-e.s E CACHoLAS-FRACÀs
Os cacholas-vermelhas sâo criaturas feéricas de tendências
homicidas que banham suas carâpuças em sangue fresco.
Os cacholas-fracas são cacholas-vermelhas que encharcam
suas câÍapuças no icor demoníaco. Maggie Maluca comanda
no momento sessenta cacholas-vermelhas e trinta cacholas-
fracas, apesar de um terço deles atuarem fora do forte,
patrulhando as áreas do ermo controladas por Maggie Maluca.
Quando as batalhas reduzem esse contingente, Maggie Maluca
encomenda novos cacholas-vermelhas de Faéria, cortesia de
um ser feérico poderoso com quem ela fez acordos. E é por
isso que a megera da noite nâo dá a mínima para o bem-estar
de seus asseclas cacholas-vermehas e cacholas-fracas. Mais
informações sobre cacholas-vermelhas e cacholas-fracas,
no apêndice D.
{
N
7.t
\
R
,â
Cacxola-VEnmerxa
T
Á
 lÍr
I
'::T' \ confortáveis no centro dele. Ela manda Lulu se acomodar
-o|
a
rrí 3
Cacxola-Fnacl
.{
Objetivos de Cacholas-Vermelhas e Cacholas-Fracas.
Estas criaturas nâo têm muitos objetivos, pois sâo seres
feéricos insanos que se deliciam com o caos e a carnifrcina.
Suas interações com os personagens devem ser um reflexo
disso. Um deles poderia oferecer a um personagem um
dedo decepado como sinal de amizade e, em seguida,
acusar o aventureiro de ter roubado o troféu. Somente o
amor e o temor que nutrem por Maggie Maluca mantêm as
criaturas sob uma espécie de controle bem frouxo.
Maggie Maluca entende o caráter desses seres e não
vai responsabilizar os personagens que os matarem,
principalmente se for em legítima defesa.
MÁqurN,r.s DE GUERRA INrnnNars
DE MAGGIE MAI-UCA
O Forte Falangeta contém carcaças de máquinas de guerra
infernais em graus variados de dilapidaçâo e canibalização.
Dois desses veículos parecem estar relativamente intactos. O
menor é uma Cabrita Diabólica; o maior, um Carnífice (blocos
de estatísticas na p. 218). A Cabrita Diabólica não tem as rodas.
O Carnífice nâo tem o lançador de arpões e sua blindagem está
carcomida, como se corroída por ácido, o que reduz a 15 a CA.
Se os personagens tiverem a gratidão de Maggie Maluca,
pode ser que ela lhes ofereça uma das máquinas de
guerra ou ambas como presente. Chukka e Clonk poderão
instalar rodas na Cabrita e uma arma no Carnífice se
Maggie Maluca der ordens para tanto. A substituição da
blindagem do Carnífice também será possível, mas só se
os aventureiros saírem para recolher sucâta nos campos
de batalha do Avernus. É provável que uma operaçâo como
essa atraia a atenção indesejada de outros caudilhos (p. 90).
Além das máquinas de guerra descritas até aqui, Maggie
Maluca tem outras em condições de uso que estâo pâssando
por manutenção periódica e melhorias em sua oficina no
subterrâneo da colina. Esses veículos não estâo à venda nem
l
disponíveis para troca, mas aventureiros despudorados podem
tentar roubáJos. Entre esses veículos, temos duas Cabrasax,
três Carnífices, o já mencionado Moedor de Demônios (que
Chukka e Clonk estâo tentando consertar) e uma Sucateira
que Maggie Maluca usa para recolher ferro velho.
A DnueN»e ONÍnrcA DE Luru
ItI L
,oI
Antes de recuperar a Espada de Zariel, os personagens
precisam descobrir alocalização da Cidadela Sangrenta,
informação essa encarcerada na memória secreta de Lulu.
I
9 Quando souber que os personagens estâo interessados em
acessar essas lembranças secretas, Maggie Maluca vai se
oferecer para executar um ritual que cria uma paisagem
onírica na qual seria possível assistir às lembranças da
Celesfante. Para Maggie Maluca, o ritual em si já seria
compensaçâo suficiente, pois a megera não vê a hora de
saber tudo que Lulu sabe sobre a queda deZariel.
Depois de alguns preparativos, Maggie Maluca traça um
círculo ínfero no chão e dispõe várias almofadas pretas e
nas almofadas e a Celesfante o faz sem hesitaçâo. Aí Maggie
coloca dois crânios sobre o círculo, comentando que tem
ceÍteza de que suas irmãs não vão se importar se ela as
consultar para resolver o problema.
A megera instrui Lulu e os personagens a se posicionarem
no interior do círculo. Maggie Maluca manda os personagens
fecharem os olhos e mantê-los fechados, diz que o
procedimento deve durar uns dez minutos e que, durante o
ritual, todas as pessoas no interior do círculo serâo unidas
por um elo telepático. Se alguém sair do círculo, o ritual será
interrompido e ela será obrigada a recomeçar. Incompleto, o
ritual não vai jogar nenhuma luz sobre as lembranças de Lulu.
A megera começa o ritual e os personagens sentem o elo
telepático se formando entre eles, Maggie e Lulu. Com os
olhos ainda fechados, os personagens percebem uma luz
forte e fugaz e, em seguida, escuridão. Um formigamento
toma o corpo dos personagens quando mais de um arco-íris
de cores vibrantes aparecem em suas mentes e eles veem se
desenrolar o primeiro sonho de Lulu. Maggie Maluca não se
encontra na paisagem onírica com eles, mas os personagens
vão escutar a voz incorpórea da megera toda vez que ela falar.
Nessa paisagem onírica conjurada, os personagens podem
sofrer dano psíquico de onirocriaturas hostis. O personagem
reduzido a 0 pontos de vida por esse dano psíquico ficará
inconsciente, mas estável, e nâo seguirá para o próximo sonho
da sequência. Se todos os personagens caírem inconscientes,
a demanda onírica vai terminar. Maggie Maluca poderá
recomeçar quando os personagens estiverem mais uma vez
conscientes e já tiverem se recuperado dessa provaçâo.
Souno l: AN;os InrprscrNus
Leia o texto do quadro a seguir quando os personagens
entrarem pela primeira vez na paisagem onírica de Lulu
A luz radiante e copiosa de cem arco-íris a dançar vai se
dissipando aos poucos e a área é tomada pela luz cálida
do sol. Nesse espaço, Lulu voa indolentemente por uma
campina viçosa à altura do ombro de um belo anjo de olhos
vendados. Enquanto as duas passeiam pela relva verde e
alta, a voz da megera toma a mente de vocês: "Avancem.
Essa visão representa apenas o que Lulu gostaria que fosse
a verdade. Precisamos ver mais."
Cada personagem precisa fazer uma salvaguarda de
Inteligência CD 10. Se um ou mais deles for bem-sucedido,
a campina ensolarada vai se apagar e a sequência de sonhos
vai avançar para o próximo.
Se todos os personagens forem malsucedidos na
salvaguarda, cada um vai sofrer 11 (2d10) pontos de dano
psÍquico e todos terâo de reÍazer o teste. Se pelo menos um
personagem for bem-sucedido da segundavez, o sonho vai
se apagar e dar lugar ao próximo. Se todo mundo falhar
no segundo teste, todos os personagens voltarão a sofrer
o dano psíquico. Repita o processo até pelo menos um
personagem ter sucesso ou todos caírem inconscientes.
CAPÍTULO 3 I ÀVERNUS
85
 SoNno 2: TurçÃo!
Os personagens que estiverem conscientes quando o
primeiro sonho terminar vâo seguir para o segundo:
Um campo de batalha circunscrito por chamas aparece
numa paisagem infernal e estéril. No centro do círculo, Lulu
e o anjo estão caídas, inconscientes e terrivelmente feridas.
Vocês se veem defendendo Lulu e o anjo, olhando para fora
enquanto seis diabos pequenos e cobertos de espinhos se
aproximam sorrateiramente. Ao longe, uma formação de
combatentes humanos esgotados, batendo em retirada
- Ajudar em cada um de seus turnos para socorrer um outro
entra num portal e desaparece.
- personagem ainda preso na lama.
"Os diabosl", sibila a voz incorpórea da megera. "Vocês
precisam derrotar esses diabos!"
Os personagens precisam defender Ltlt e Zariel dos seis
diabos espinhados. Neste momento, personagens e diabos
devem jogar a iniciativa. O combate na paisagem onírica que
se segue lança os personagens contra os onirodiabos. Os
personagens começam o combate com todos os seus pontos
de vida, menos os pontos de dano psíquico sofridos no so-
nho anterior. Todo dano causado pelos onirodiabos se trans-
forma em dano psíquico. Os diabos soltam gritos agonizan-
tes e caem mortos quando reduzidos a 0 pontos de vida.
Este sonho vai terminar quando metade dos diabos
espinhados forem reduzidos a 0 pontos de vida. Quando
o sonho acabar, o campo de batalha vai se apagar e a
sequência de sonhos vai avançar para o próximo.
SoNao 3: Aconoo Drasorrco
Os personagens que estiverem conscientes quando o
segundo sonho terminar vâo seguir para o terceiro:
Uma paisagem tomada por fumaça densa e negra e pelo
cheiro de morte e podridão se alarga para abarcar tudo. Os
diabos pequenos que sobreviveram ao sonho anterior se
a,joelham diante de vocês e se oferecem como seus servos
caso poupem a vida deles.
Se os personagens aceitarem as condições, os diabos vâo
alçar voo e partir, retornando para ajudar os personagens
no sonho seguinte. Do contrário, vâo se apagar e sumir e
não vão reaparecerão.
Assim que os personagens tomarem uma decisâo, este
sonho vai acabar e se apagar e a sequência de sonhos
avançará para o próximo.
SoNno 4: DnsorlçÀo
Quando o quarto sonho começar, leia:
Vocês andam a esmo por uma vasta paisagem estéril de
absoluta devastação. Uma lama negra brota rapidamente
do chão, envolvendo seus pés, segurando e assoberbando
vocês com uma sensação terrível de perda.
"Não se deixem consumir pela lama!", diz a voz
l incorpórea de Maggie Maluca. "Rompam as defesas dela.
Ela precisa ver!"
..h
86
cepÍrulo 5 I AVERNUS
Peça aos jogadores que joguem a iniciativa por seus
oniropersonagens. Todos se encontram contidos pela lama
negra. Em seu respectivo turno, cada personagem terá de
usar sua açâo para tentar se livrar da lama, e o fará ao ser
bem-sucedido em um teste Força (Atletismo) ou Destreza
(Acrobacia) CD 15. Se pelo menos um personagem tiver
aceitado as condições dos diabos no sonho anterior, diabos
espinhados virão lá do alto para ajudar os personagens a
se libertarem, concedendo vantagem ao teste de atributo de
cada um deles.
O personagem que se soltar da lama vai flutuar e se livrar
da sensação terrível de perda. Até o fim deste sonho, tudo
que o personagem liberto conseguirá fazer será usar a ação
O personagem que falhar no primeiro teste parâ escapar
da lama terá de repetiJo no começo de cada um de seus
turnos. A cada teste malsucedido depois do primeiro, o
personagem vai sofrer 22 (4d10) pontos de dano psíquico à
medida que a sensação terrível de perda se acentua. Se um
personagem for reduzido a 0 pontos de vida por esse dano
psíquico, sua versão onírica vai afundar completamente na
lama e se perder.
A paisagem onírica poderá prosseguir para o último
sonho desde que pelo menos um dos oniropersonagens
escape da lama.
SoNno 5: RrvnuçÃo
Os personagens que estiverem conscientes quando o
quarto sonho acabar vão avançar para o quinto e último
sonho, que é:
Lulu repousa numa almofada preta no centro de um vazio
escuro feito breu. Está inconsciente e sozinha, banhada por
um feixe de luz branca e intensa que vem de cima. Ao lado
dela, uma grande e cintilante luneta de bronze descansa no
alto de um tripé todo trabalhado.
Lulu acorda e olha tranquilamente ao redor. Ao ver a
luneta, aproxima-se e olha pela ocular. Aí, de repente, Lulu
dá um passo para trás, de olhos arregalados, boca aberta
e o rosto iluminado pela euforia. Ela grita: "A espada, a
espada! Eu sei onde ela estál"
O sonho termina. Lulu e os personagens acordam dentro
do círculo ritualístico. Lulu mal consegue conter a alegria
de ter redescoberto o que ela acredita ser a localização da
Cidadela Sangrenta, e ela implora impacientemente aos
personagens parâ começar a próxima etapa da viagem.
Se nenhum dos oniropersonagens tiver chegado ao fim
da paisagem onírica, Maggie Maluca repetirá o ritual de
bom grado. Por outro lado, Lulu talvez tenha recuperado
o bastante de sua memória para guiar os personagens na
próxima etapa da viagem sem ter de passar pelo ritual uma
segunda vez. Maggie Maluca ficará descontente se não
conseguir ver o sonho inteiro e estará menos inclinada a
ajudar os personagens a chegar aonde precisam ir se eles se
recusarem a completar a sequência de sonhos até o fim.
Se os personagens tiverem alcançado o fim da paisagem
onírica, Maggie Maluca terá chegado lá também. Depois
de provar a agonia de um sofrimento tâo puro, a megera
estará exalando satisfação. Desde que os personagens nada
tenham feito para desagradáJa durante sua temporada no
 , ._^ -r^,
t
Forte Falangeta, Maggie Maluca vai arranjar para eles uma \
ou mais das máquinas de guerra infernais disponíveis. Se
eles tiverem ajudado seus soldados de outras maneiras, ela
I
também poderá fornecer todos ou alguns dos itens a seguir:
.

.
Entre uma a três moedas espirituais (p. 9a), algo de que
os personagens precisam, pois se trata do combustível de
suas máquinas de guerra infernais
Uma arma folheada a prata à escolha dos personagens,
I & 'a
(

para ajudá-los a combater diabos e licantropos

. Duas semanas de raçôes de viagem para cada personagem
)

(têm um gosto horrível, mas conservam o valor nutritivo)

. Alertas sobre outros caudilhos (p. 90), além do nome de n I
alguém que pode ajudá-los (consulte "Encontro Itinerante:
Sorridor, o Conspurcador", p. 133) h
Dnspnoroe
7 I
A maneira como os Falangetas vâo se despedir dos
aventureiros depende do grau de satisfação de Maggie À- t
Maluca com os personagens. Essa atitude varia desde um
adeus de olhos marejados, caso os aventureiros tenham /7t
dado a Maggie e sua gangue tudo que essa gente queria.
a um bando de cacholas-fracas furiosos no encalço dos
personagens se tudo tiver dado errado.
r:
PrnsncurçÃo VrNcerrve
ir *

r§ 4
I
Se os personagens pegarem uma ou mais máquinas de i,/
guerra infernais do Forte Falangeta sem o consentimento de úq
Maggie Maluca, â megeÍâ da noite vai organizar um bando
,,t t1 N

armado para persegui-los e tomar de volta o que é dela, com

"juros e correção monetária". Maggie Maluca vai caçáJos
em sua Sucateira: ela mesma no volante e Mickey no banco
do passageiro, logo atrás. Barnabé, o crânio flamejante,
opera o Arpéu Agarrador com suas máos má§icas, Chukka
e Clonk operam os Lançadores de Arpôes, e seis cacholas-
fracas vâo agarrados ao casco externo, prontos para saltar
para os veículos inimigos. Se Chukka e Clonk tiverem
consertado o Moedor de Demônios, esse veículo também
vai dar caça aos personagens, manejado inteiramente por
cacholas-vermelhas e cacholas-fracas. Raccnopaecl

ReccaDRAGGa Arace! O Moedor de Demônios é pilotado pelo caudilho

Quando já tiverem se afastado uns 800 metros do Forte
Falangeta, os personagens vào se meter em encrenca com
um caudilho inimigo:
Uma coluna de poeira vermelha se eleva ao longe, criada
por uma máquina de guerra infernal que dispara na direção
de vocês. A tripulação é formada por humanoides com
cabeça de rato e favali, e todos usam óculos de proteção.
A máquina de guerra infernal que se aproxima é um Moedor
de Demônios salpicado de sangue seco (bloco de estatísticas
no p. 219), com dentes de metal a ranger na frente e uma
bola de demolição atrás. Avançando para interceptar os
personagens, o veículo não está tentando ser sorrateiro.
Se tiverem uma ou mais máquinas de guerra infernais, os
personagens podem tentar escapar na base da velocidade
ou capacidade de manobra, ou então destruir o veículo
inimigo que se aproxima. Se estiverem a pé, eles terão de
encontrar uma maneira de incapacitar o veículo e derrotar
F
as criaturas dentro dele. Se o fizerem, poderâo flcar com o
N Moedor de Demônios.
Raggadragga, um licantropo-javali com 120 pontos de vida.
Ele lidera a Gangue Rasgatripa, formada por outros dois
licantropos-javali chamados Jiba e Pingapiche (que operam
os postos do Triturador e da Bola de Demolição do veículo)
e dois licantropos-ratos chamados Finnik e Yeegha (que
operam os Lançadores de Arpões do veículo). O Avernus
nâo tem luas e, portanto, a Gangue Rasgatripa não está
sujeita a ciclos lunares. Seus integrantes preferem as
formas híbridas.
Se derrotar os aventureiros, Raggadragga vai arrancar
dos personagens as informações que puder antes de tentar
trocálos com Maggie Maluca por um resgate. A megera da
noite pode ou nâo pagar para soltá-los, dependendo do pé
em que estavam quando eles deixaram o Forte Falangeta.
Se derrotarem a Gangue Rasgatripa, os personagens
poderâo ficar com o Moedor de Demônios, que ficará sem
combustível depois de 6 horas.
Tésouro. Raggadragga tem três moedas espirituais
(p. 94) que ele usa para abastecer o Moedor de Demônios
com combustível. Também tem um diadema de explosão
que ele pode colocar na cabeça e usar para fazer ataques à
distância. Os outros membros da Gangue Rasgatripa nâo
têm tesouro algum.

CAPÍTULO 3 AvERNUS
87
 4
7

L
)
b
I/ I

t'
[- [t'. É,1 E§
"l' r'

\'
rti
\

I
\ I
I
,í ,
t a

w
t-
,íÜ
À
I
7 \
7
a I (
"t
I
I \ \ N
1 \
\
t/ I \
L
-í
.!íí

r
I
.)
\ r I
.J
7
I
I
\
L
ü E7

,.

-
 + -/ 't )
ilrv
L i-

l tar
zA

\
L
,

TÍ
't.'u
tI
\

t
frq
§r
,a Í
I t
L
L
,l
?

I
) 4J
\
t
!, .l
^á
'T
T
rFl i

/ -r/

n
J 7
\

Os cauorlxos oo Avent.tus coNeursÍÂM os senróes TNFERN^rs

MoNÍÀoos em uÁqurr.las oE GuÊRR^ Movro,ts À ÂLMits.
 Cau»rrHos Dos
SnnrÕns AvÉnNEos
Percorrendo os ermos e sertões do Avernus, os personagens
provavelmente vâo topar com caudilhos mesquinhos que
vasculham tudo em busca de moedas espirituais e sucata para
abastecer e consertar suas máquinas de guerra infernais.
Maggie Maluca e Raggadragga são dois caudilhos que os
personagens vào conhecer logo cedo. As seções a seguir
descrevem outros três que rondam a desolaçâo do Avernus:
um diabo chifrudo sem asas chamado Bafo Amargoso,
uma humana necromante de nome Feonor e um diabo das
correntes que atende por Princeps Kovik. Esses caudilhos são
tão cruéis e impiedosos quanto o inferno no qual vivem. Todos
adotam o espírito da "sobrevivência do mais apto".
No Avernus, mede-se o poderio de um caudilho pela força
e o tamanho de sua gangue e pela ameaça imposta por
suas máquinas de guerra infernais. Quando um caudilho
cai, outro inevitavelmente apârece para tomar seu lugar.
Bafo Amargoso, Feonor e Princeps Kovik sâo apenas os
mais recentes numa longa fila de caudilhos que infestam
a imensidâo avérnea. Se Zariel não estivesse tão ocupada
travando a Guerra Sangrenta, ela livraria o Avernus dessas
pragas ambulantes, mas, nas atuais condições, ela se contenta
em deixar os caudilhos exterminarem uns aos outros.
Se precisar injetar um pouco mais de emoção na aventura,
faça um desses caudilhos aparecerem para desafiar os
personagens. Um deles talvez esteja atrás de moedas
espirituais para abastecer suas máquinas de guerra infernais,
ao passo que um outro poderia querer se aliar a um bando
competente de aventureiros para derrotar um inimigo mais
poderoso. Com exceção de Maggie Maluca, esses caudilhos
nâo têm covis e, portanto, podem ser encontrados em
qualquer lugar e a qualquer momento.
O Avernus não tem apenas os caudilhos descritos aqui.
Você pode criar caudilhos novos, com as próprias gangues e
máquinas de guerra infernais. Não se preocupe com o risco
de jogar máquinas de guerra infernais demais nas mâos
dos personagens. Você pode reduzir a dependência deles
em relaçâo às máquinas de guerra infernais restringindo-
lhes o acesso às moedas espirituais que os veículos utilizam
como combustível. O caudilho médio carrega2d6 moedas
espirituais e 2d6 frascos de icor demoníaco (p. 78).
ColasarE coM MÁqurNes
DE GUERRA INFERNAIS
Todos os caudilhos descritos nesta aventura usam máquinas
de guerra infernais para atemorizar seus rivais, rechaçar
demônios e outras ameaças e fugir das patrulhas de diabos
de Zariel. As regras das máquinas de guerra infernais do
apêndice B foram criadas para ajudar você a resolver situaçoes
que surgem durante os encontros, mas o combate envolvendo
tais máquinas funciona melhor no estilo de jogo conhecido
como "teatro da mente", no qual é mais importante reproduziÍ
a emoçâo da caçada do que saber a localizaçâo e orientaçâo
exatas de cada veículo no campo de batalha.
Se aparecer uma situaçâo que as regrâs para veículos
deixaram de mencionar, recorra às regras básicas. Por
exemplo, se um personagem quiser saltar de um veículo em
movimento para outro, determine se ele ou ela terá sucesso
ou nâo com um teste de Força (Atletismo), estabelecendo a
CD do salto de acordo com a distância entre os dois veículos
(e outros fatores também, se for o caso). Mantenha o ritmo
a acelerado e a diversâo lá em cima e deixe as Íegras de lado
caso elas comecem a atrapalhar.
CAPiTULO 3 I AVERNUS
9o
a
-il
,Íi^h
/ /r,
I
: n ,r,
=l-r .4 ./. L
-{
a
I
/
,. 1
V
-1
1\
Bero Arralncoso
Bafo Amargoso é um caudilho ressentido e vingativo,
vitimado pela política feroz do Averenus. Ex-diabo do
fosso de nome Uzeth, ele se empenhou em debilitar Zariel
ao mesmo tempo em que cortejava Bel. Pouco depois de
reivindicar o governo do Avernus, Zariel rebaixou Lzeth a
diabo chifrudo.
Durante algum tempo, Uzeth cuidou do orgulho ferido.
Por fim, o diabo acabrunhado reacendeu sua ambição e se
envolveu numa trama para destronar Zariel. Os espiões
da arquidiaba descobriram a trama. Como puniçâo
extra, Zariel removeu as asas de Lzeth e amaldiçoou o
diabo chifrudo, para que ele náo conseguisse mais fazer
acordos. Todo documento assinado por Lzeth se desfaz
e toda palavra pronunciada por ele vira fumaça em sua
boca. É por isso que Uzeth passou a ser conhecido como
Bafo Amargoso.
Os Manoros DE Bero AulRcoso
Zariel decretou que nenhum diabo se associasse a Bafo
Amargoso. Mas o decreto de Zariel nâo impediu o ínfero
desterrado de juntar forças com uma gangue de hobgoblins
saqueadores sob o comando de um calejado hobgoblin
senhor da guerra chamado graj supremo Karkajuk.
Bafo Amargoso pilota um Carnífice que, no lugar do
Lançador de Arpões, tem um Gritador Infernal (p.221).
Hobgoblins completam a tripulação do Carnífice. O graj
supremo Karkajuk pilota uma Cabrita Diabólica e comanda
duas Sucateiras dirigidas por hobgoblins capitães e
tripuladas por hobgoblins comuns. Os blocos
de estatísticas dos veículos estâo no apêndice B.
 \-- -./
\t \
, bâ
''f-' ''
'-'I/t"' '
í i ^\.. a
j
1.- ^.,zr
?
el
I Z
i.
\ J
I
7
L
-/
,7
I
I
FnoNon \ .?
Feonor é uma esbelta arquimaga neutra e má, de olhos
brancos como leite e uma sombrinha feita de carne e
ossos humanos. Seus rivais a tomam por uma necromante
poderosa. Eles desconfiam que ela deixou o Plano Material
para fugir de um destino terrível, mas a verdade é que ela
foi convidada a descer ao Avernus por Mahadi, o rakshasa
proprietário do Empório Errante (p. 126). Durante
uma visita ao mundo de Feonor, Mahadi se apaixonou
perdidamente pela indiferença digna de um zumbi que
a necromante ostentava. Não muito depois de chegar ao
Avernus, Feonor se cansou de Mahadi e de suas tentativas
de impressionála. Sem sequer se despedir, ela partiu para
os ermos avérneos numa das máquinas de guerra infernais
do rakshasa e nunca se arrependeu.Já se passaram anos e
Mahadi ainda se refere a Feonor como "a que escapou".
O cenho franzido de Feonor é uma pista de sua irritação
constante com o multiverso que a rodeia. Ela prefere ficar
calada e, quando fala, geralmente o faz apenas com sussur-
ros, entremeando suas frases com suspiros frustrados.
PnnorçÃo Doun.,toa
Feonor se locomove num Moedor de Demônios chamado
Perdiçào Dourada, que tem esse nome porque Mahadi o
equipou com necroblindagem dourada (p.222).
O veículo é pilotado por um carneçal e os outros postos
são operados por carniçais. Ela também comanda uma
força de dez garas rastejantes. Dois Carnífices tripulados
por mezzoloths servem de escolta. Os blocos de estatísticas
dos veículos estão no apêndice B.
v
I
x
t
/
7 t.-
\
\ t,5
ÍrY
_)-<
\ §4..--^..i
, -c+
PnrNcrps Kg_y1r
Este diabo das correntes particularmente cruel comandava
a 8a Legiâo de Infantaria dos Nove Infernos, a "Encarnaçâo
do Terror", que foi aniquilada às margens do rio Estige pelo
lorde demônio Kostchtchie. Atribuindo a culpa pela derrota a
seus superiores, Princeps Kovik reuniu os sobreviventes de
sua legiâo e formou a Rapa da Oitava, uma gangue de diabos
saqueadores que nâo estâo mais ligados à hierarquia infernal.
Os diabos que obedecem a Kovik o fazem de livre e
espontânea vontade porque o diabo das correntes ganhou
a confiança de1es. Os diabos recém-destituídos costumam
se juntar sob a bandeira de Kovik. O emblema do diabo das
correntes é um número 8 feito de grilhôes de ferro sobre um
campo carmesim. Kovik tem a intençâo de reunir soldados
e máquinas de guerra infernais suficientes parafazer o
que nenhum arquidiabo conseguiu até agora: mandar os
demônios de volta ao Abismo de uma vez por todas.
A Repe DA OrrAvA
A Rapa da Oitava persegue qualquer fonte potencial de
moedas espirituais. Os alvos que cedem suas moedas
espirituais de boa vontade podem seguir seu rumo sem que
voltem a ser incomodados, mas somente se náo esconderem
demônios em seu meio.
Kovik tem uma Cabrita Diabólica e viaja com dois
diabos barbados em veículos semelhantes. O resto da
gangue consiste em quatro diabos farpados a bordo de um
Carnífice e oito diabos barbados num Moedor de Demônios
(os blocos de estatísticas dos veículos estão no apêndice B).
Os integrantes da Rapa da Oitava nunca usam icor
demoníaco em seus veÍculos.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
9r
 I
a

/ \

V
t t4
,.-§ (

I'I r! / L t

\
/ / I \

\
L

{ \
-{ 7 \

) \1" /
7 :/

tD

DnuaNDA PELa Espaol CorrNA DE HanuueN

Os sonhos de Lulu levam os personagens a uma caçada CoNtrlraplrul O cacHonrrNHo DE ZARTEL cRUCrFrcou
inútil e à Colina de Haruman em busca da Espada de
Zariel. Ao perceber que a Cidadela Sangrenta nào está aqueles que traíram suo senhoro em combate.
localizada onde ela se lembrava, a Celesfante oferece aos O Cartógrafo
personagens dois possíveis caminhos. Ambos acabarâo -
levando à Cidadela Sangrenta, mas somente através de uma A Colina de Haruman está indicada no mapa 3.1 (p. 79).
combinação de negociação, atrevimento e pura sorte.
Quando os peÍsonagens chegarem a este local, leia ou
Os diagramas 3.2 (p. 96) e 3.3 (p. 106) são fluxogramas parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
que mostram os dois caminhos que os personagens
podem tomar no Avernus para chegar à Cidadela
Sangrenta: a Senda dos Demônios e a Senda dos Diabos, Árvores de ferro íorf ado ladeiam uma trilha que leva ao cume
respectivamente. Nenhuma das sendas se trata literalmente de uma colina íngreme. Cavaleiros aflitos estão empalados nos
de um "caminho", mas de uma sequência de locais que os
galhos de metal das árvores, e seus corpos se contorcem em
personagens precisam visitar na ordem apresentada. Se os
personagens se desviarem dessas sendas, use os encontros agonia enquanto stirges inchados se regalam com seu sangue.
opcionais para devolvê-los ao caminho certo (consulte
"Outros Locais", p. 122, e "Encontro Itinerante: Sorridor,
o Conspurcador", p. 133).
Haruman, um humano paladino de Helm, era um dos
Cavaleiros do Inferno mais devotados aZariel. Ele crucifi-
Cada local de encontro ligado a uma senda tem uma
cou aqueles que abandonaram a causa deZariel na "Via dos
recomendaçáo de nível de personagem, como mostra o
Covardes", um caminho de almas torturadas que conduz a
diagrama 3.2 ou 3.3. Se o nível médio dos personagens do
grupo for inferior ao recomendado para um lugar, introduza esta colina desolada. Cada alma está pregada a uma árvore
de metal farpada. Inscriçôes acima de suas cabeças atestam
alguns encontros aleatórios ou desvie os aventureiros
que muitos ali eram cavaleiros mortais que abandonaram
primeiro para um outro local, para que subam de nível.
Deixe os personagens explorarem os locais no
Zariel durante o ataque que o anjo liderou no Avernus. Ban-
dos de stirges passam zumbindo entre os galhos, banque-
mapa-caÍtaz do Avernus na ordem que desejarem ou
permita que se alternem entre uma senda e outra, como teando-se avidamente dos crucificados aos gritos. Os stirges
só vão atacar os personagens se eles tentarem soltar os ca-
acharem melhor.
tivos (consulte "Chega Haruman", mais adiante).Jogue 2d4
para determinar a quantidade de stirges que vào atacar.

CAPÍTULO 3 I AVERNUS
92
 JeNpnn HrrrÁsrnn _ _
Perto do cume da colina, o vampiroJander Heliáster se
]) \
a
r'r. \
rÃ.
l if,
\í'Í
- encontra empalado numa das maiores árvores de ferro.
Esse combatente élfico, amaldiçoado a uma eternidade de
a morte em vida, tentou redimir sua alma corrupta jurando
caçar sua própria gente. Posteriormente, voluntariou-se !..
para participar da cruzada de Zariel nos Nove Infernos.
Os enxames de stirges agora rodeiam o corpo deJander e
prolongam sua existência injetando nele o sangue de seus § v
colegas traiçoeiros.
Jander implora que os personagens o abatam, para que
sua alma possa deixar esse lugar amaldiçoado. Ele revela t'/
as informaçôes a seguir:
. TantoJander quanto Haruman eram parte de um exército
que se uniu ao anjo Zarielpara lutar nos Nove Infernos. a< í
. Após cÍtzaÍ o portal para o Avernus numa investida feroz
a.^.^. .,'. , ,
Jander se apavorou e fugiu, retornando a Elturel. Traiu ' \.//"
os colegas mais valentes que ele lacrando o portal depois
de passar.
. Jander e os outros desertores nunca revelaram que
-.r/ Í I
haviam vergonhosamente batido em retirada e traído
Zariel.Era um símbolo de vergonha que os Cavaleiros
t
do Inferno, como viriam a ser conhecidos, levariam em
segredo para o túmulo. /
. Depois de anos de angústia, Jander decidiu encarar o sol
e se entregar à misericórdia de Lathander. A prece caiu
em ouvidos moucos, e sua alma foi condenada aos Nove
Infernos para pagar por seus pecados.
Ao verJander empalado na árvore de ferro, Lulu começa
a se lembrar dele. Ela recorda que o vampiro traiu Zariel e
lhe lança um olhar cheio de pena. Aí admite que cometeu
um erro aotÍazeÍ os personagens ali e diz que precisa
considerar melhor seus sonhos para descobrir o paradeiro
tI
da Cidadela Sangrenta.
llan u u aN
Cnrga Hangu4nr_
Se os personagens soltaremJander ou os colegas dele,
os corpos agradecidos e recém-libertos vão virar pó. Em
resposta, vinte stirges atacam o grupo. Quando a segunda
rodada de combate começar, as almas que ainda estiverem Í
crucificadas nas árvores vâo gemer de pavor assim que
Haruman, um narzugon (bloco de estatísticas na p. 239),
se precipitar lá do alto, montado no pesadelo que usa como DnsrNvor-vrMENTo
corcel, para castigar os intrometidos. Ele começa o encontro Se conseguir arrebatar Lulu, a vespa infernal vai levar
a 90 metros do grupo e manda o pesadelo encurtar a a Celesfante para o vespeiro. Se quiserem salvar Lulu,
distância entre ele e os aventureiros o mais rápido possível. os personagens terão de assaltar o vespeiro (consulte
Enquanto Haruman ataca, uma vespa infernal (bloco de "Vespeiro Infernal", p. 94).
estatísticas nap.24l) de um vespeiro ali perto tenta agarrar Se os personagens impedirem â vespa infernal de levar
Lulu e voar com ela para longe (consulte "Desenvolvimento", Lulu, a Celesfante vai ficar agradecida e se desculpar por
mais adiante). tê-los trazido ao lugar errado, admitindo que sua lembrança
Se um personagem infligir dano a Haruman com um da Cidadela Sangrenta nào é tào clara quanto ela achou que
ataque, uma árvore nova com o nome do personagem fosse. Depois de considerar melhor seus sonhos, ela diz que
brotará do châo nas proximidades, relacionando como dois locais no Avernus parecem importantes para encontrar
"agressâo a um oficial" o crime do aventureiro. a Cidadela:.um lugar onde demônios se manifestam
O personagem que vir seu nome numa árvore pela primeira (consulte 'Arvores da Proliferação", p. 96), e outro onde
vez terá de ser bem-sucedido em uma salvaguarda de demônios sâo destruídos (consulte "Mata-Demônios",
Sabedoria CD 15 para não ficar amedrontado durante p. 106). Lulu nâo tem preferência alguma por nenhum dos
1 minuto, sendo Haruman a fonte do medo. O personagem locais, daí ela aponta ambos no mapa dos personagens
poderá repetir a salvaguarda no fim de cada um de seus e deixa que eles decidam qual investigar primeiro. Cada
turnos, encerrando o efeito caso seja bem-sucedido. um desses locais abre uma linha de investigação diferente
que acabará levando à Cidadela Sangrenta. Consulte os
Trsouno diagramas 3.2 (p.96) e 3.3 (p. 106) para ter uma visão
Haruman usa arrerbs infernais (p.223) para montar geral dos dois caminhos: a Senda dos Demônios e a Senda
seu pesadelo. dos Diabos.

cepirulo 3 I ÁvERNUs
93
 éz
Vnspnrno INTERNAL
Os ANJos ceÍnos sÀo corrrna rARAAS vESpAS TNFERNAs.
Euite-as ou acabaró alimentando os loruos desses
insetos com sua carne.

- O Cartógrafo

Em todo o Avernus, colônias de vespas infernais agressivas

formam vespeiros enormes a partir das carcaças
encapsuladas de anjos mortos e outros celestiais caídos.
Essas estruturas flutuam por meios mágicos e precisam ser
acorrentadas à superfície do Avernus. Os anjos encapsulados
se contorcem desagradavelmeote graças à movimentação das
larvas que se empanturram em suas entranhas, produzindo
a falsa impressâo de que ainda estào vivos. Por causa disso,
sabe-se de casos em que avistar um vespeiro infernal levou
mortais à loucura. Esta seção descreve o vespeiro mais
comum, como aquele para onde Lulu é levada na
Colina de Haruman.
Quando os personagens encontrarem o primeiro vespeiro
infernal, leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir para
os jogadores:

Uma bolsa gigantesca de material úmido e semelhante a

papel flutua bem alto acima do inferno. Figuras angelicais

/ com asas emplumadas aderem à superfície da coisa, íeito
í moscas no âmbar, e seus corpos se debatem em vão sob
a camadas e camadas de gosma. Correntes de ferro na base
da estrutura prendem-na à paisagem infernal.

O vespeiro médio contém oito vespas infernais (bloco

de estatísticas na p. 241), mas, quando os personagens
chegarem, outras dezesseis estarão fora caçando. Se
7 paralisarem todos os personagens com suas ferroadas,
] as vespas infernais vâo leváJos à sua despensa no alto do
J vespeiro (área 14) para servirem de alimento às suas larvas.
/
# ç
ENcoNrnos No Vnspnrno
As descriçôes a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa3.2. O vespeiro infernal não
\ tem escadarias e, portanto, os personagens terão de voar
ou usar equipamento de escalada para passar de um nível

T
É
!. a outro. Cada nível é, essencialmente, uma câmara grande.
^\ O mapa 3.2 inclui uma vista lateral do vespeiro que mostra
como os diversos níveis se organizam verticalmente.
O mapa 3.2 mostra onde os anjos mortos estâo sepultados
nas paredes translúcidas do vespeiro infernal. Os cadáveres
t= -1
)
preservados dos anjos, que ficam à vista para as criaturas
no interior do vespeiro, mantêm o ninho no ar. Remover os
t!
anjos das paredes fará com que o vespeiro baixe lentamente
até o châo.

Il. ENrneoe

I
E} \
\ \
t A entrada do vespeiro fica na parte de baixo, onde um ou
mais grilhões pesados mantêm o ninho acorrentado
30 metros acima da superfície do Avernus. As vespas
infernais mantêm este nível basicamente limpo e
desimpedido, para não bloquear o acesso às incubadoras nos

I|{Ir I ,,I
níveis superiores. Mesmo assim, o equipamento descartado
se acumula aqui, em meio aos eflúvios sangrentos que os
cativos das vespas expelem quando devorados.
 Nível3
l4
Nível4
NÍvel4
Vista Lateral
NÍvel1
1 quadrado = 1,5 m NÍvel1
M^P,r 3.2: V€spÉrRo Ixrenxar
Tesouto. Quem vasculhar o refugo vai encontrar uma
mochila contendo cinco kits de curandeiro e urr.a varinha de
mísseis má§icos com carga completa.
De senvolvimenfo. Qualquer ba ru I ho exce ssivo aqu i
vai alertar as vespas infernais na área 12. As criaturas
que fuçarem o refugo terão de ser bem-sucedidas em um
teste de Destreza (Furtividade) CD 12 para não alertar as
vespas. Assim que a colônia estiver em alerta, peça jogadas
de iniciativa. Todas as vespas infernais agem na mesma
contagem da ordem de iniciativa. No começo de cada turno
das vespas infernais, uma delas (bloco de estatísticas na
p.241) vai chegar da área 12 para defender o vespeiro até
todas as três aparecerem. O resto da colônia continuará em
alerta máximo durante duas horas.
12. ArvÉolos Dos ZeNcõns
Este nível se divide em favos com alvéolos octogonais
fabricados pelas vespas infernais a paÍtir de matéria
regurgitada compostâ de ossos. areia e gordura. Três
vespas infernais (bloco de estatísticas na p. 241) ficam
aqui, a menos que tenham sido atraídas para a área Il
pela intromissão dos personagens.
13. Lenves DE VESPAS INrEnNers
Este nível do vespeiro está sempre em alerta máximo e con-
tém três vespas infernais (bloco de estatísticas na p.241).
Larvas de vespas infernais estâo incubando dentro das car-
caças dos anjos neste nível. Se um personagem sofrer dano
perfurante ou cortante a ate 4,5 metros de uma carcaça de
anjo ou chegar a até 1,5 metro de uma delas, a carcaça explo-
dirá, liberando 2d6 larvas hostis de vespa infernal (use o bloco
de estatísticas da centopeia gigante para representá-las).
Nível2
Nivel3
Nível2
I4. DrsprNse
As vespas infernais grudam suas vítimas nas paredes
deste nível usando a mesma bile regurgitada que forma o
vespeiro. Duas vespas infernais (bloco de estatísticas na
p.24L) estâo sempre posicionadas aqui.
Se a vespa tiver trazido Lulu para o vespeiro, os
personagens vâo encontrá-la aqui, grudada à parede (consulte
"Desenvolvimento", mais adiante). Qualquer criatura
grudada à parede pode usar uma açâo para se soltar ao
ser bem-sucedida em um teste de Força (Atletismo) CD 20.
Um personagem também pode fazer esse teste para tentar
libertar um companheiro a seu alcance.
Tesouro. O equipamento arruinado de vítimas anteriores
está espalhado pelo châo. Os personagens que vasculharem
esses itens encontrarâo três moedas espirituais (p. 94) e um
elmo de telepatia.
DesenvolvimenÍo. Se os personagens soltarem Lulu, ela
vai admitir que sua lembrança da Cidadela Sangrenta nâo é
tâo clara quanto ela achou que fosse. Depois de considerar
melhor seus sonhos, ela diz que dois locais no Avernus
parecem importantes para encontrar a Cidadela: um lugar
onde demônios se manifestam (consulte 'Árvores da
Proliferaçâo", p. 96), e outro onde demônios são destruídos
(consulte "Mata-Demônios", p. 106). Lulu nâo tem
preferência alguma por nenhum dos locais, daí ela aponta
ambos no mapa dos personagens e deixa que eles decidam
qual investigar primeiro. Cada um desses locais abre uma
linha de investigaçâo diferente que acabará levando à
Cidadela Sangrenta. Consulte os diagramas 3.2 (p.96) e
3.3 (p. 106) para ter uma visâo geral dos dois caminhos:
a Senda dos Demônios e a Senda dos Diabos.
cepÍrur-o 3 I AvERNUS
95
 Snuoe oo DnuôNros AnvonES DA PnorrrERAÇÃo
!
,J!
DruÔNIos cERAM onuôNros. ON»E sueporurçÃo cer,
Ánvonns oa Pnorrrrn,LçÃo prolifera ainda maís corrupçao.
Para persona§ens de 80 nível O Cartógrafo
-
"Demônios geram demônios. Onde sua poluição cai,
prolifera ainda mais corrupção." Quando os personagens chegarem aqui, leia ou parafraseie
o texto do quadro a seguir para os jogadores:

Tonnn oB Unu Uma vegetação que lembra árvores se aglomera às margens

Para persona§ens de 80 nível de um lago de gosma negra e borbulhante. Cada "árvore" é

"Uma torre salta de um plano para outro à mercê feita do mesmo icor do lago e de seus galhos brotam sacos
dos caprichos de um mago insano. Para onde irá em membranosos que se contorcem o tempo todo.
seguida, ninguém sabe."
Cinco diabos barbados empilham carvão em volta do tronco
de uma das árvores. Enquanto fogam mais carvão na pira, quatro
deles atormentam e ridicularizam o quinto membro do grupo.
OsrrIsco -ra
Para persona§ens de 8o nível
Os lagos de icor demoníaco aparecem onde ocorre uma
rt "Um desconhecido de intenções desconhecidas. É um grande matança de demônios. Crescem em suas margens
risco socorrê-lo, pois ele nos arrasta para a loucura." árvores malformadas, com os galhos carregados de sacos
carnudos, que acabam caindo no chão, rachando, liberando
seu conteúdo úmido e uma galinha abissal já adulta
(consulte o bloco de estatísticas). As galinhas abissais são
Espnrno DE MEFTsTAR criaturas carnívoras, temperamentais e saborosas que
Para persona§ens de 80 nível formam a base da hierarquia do Abismo. Batem suas asas
"Espelho de gelo, espelho meu... Se dentro olho, que coriáceas para afugentar os predadores e ajudáJas a correr
preço pago eu?" mais rápido. Têm gosto de frango gordo.
Com sua permissâo, o personagem que usar a magia
convocar familiar poderá, de agora em diante, optar por
conjurar uma galinha abissal err,vez de um corvo.
Fosso DE SHUMMRATH
Para persona§ens de 80 nível Gaus Dresóucos
"Eis uma situaçâo terrível e pegajosa. Shummrath, Zarielmandou equipes de limpeza infernais procurar as ár-
coitado, já não é o diabo que costumava ser." vores às margens dos lagos e destruílas antes que formem
matas. Quando chegarem, os personagens vão encontrar
uma equipe formada por cinco diabos barbados ocupada
em erguer uma pira em volta de uma árvore para incinerá-la.
Jezrco Dos CAvALETRos Do INFERNo Quatro deles caçoam do quinto, que se chama Krikenkoió.
Para persona§ens de 90 nível Um vrock arregaçou o crânio de Krikenkoió durante uma das
"Não há descanso para os companheiros caídos várias batalhas da Guerra Sangrenta, deixando-o com cicatri-
deZariel. E para ninguém mais neste pesadelo de zes terríveis e uma lesào cerebral que mudou seu alinhamento
para caótico e bom. Os colegas de Krikenkoió descobriram
infernal."
que ele tem dó das galinhas abissais e agora o incitam a mataÍ
os frangos sob pena de morte. Em segredo, Krikenkoió man-
tém uma galinha abissal chamada Ceró em sua sacola.
Ancos DE ULLocH Os diabos provavelmente vâo atacar assim que avistarem
Para persona§ens de 90 nível os aventureiros, a menos que um personagem consiga
convencê-los a negociar com um teste bem-sucedido de
"Somente os tolos cÍuzam os portões de Ulloch. Carisma (Persuasâo) CD 12. Os diabos não vâo perdoar
Não levam a nenhum lugar que uma pessoa sensata a compaixão do colega, mas os personagens podem
queira visitar." persuadi-los a deixar Krikenkoió a seus cuidados desde
que ofereçam uma justa compensação. Krikenkoió conhece
bem o Avernus e pode ser um ótimo guia e companheiro de
viagem. Os personagens podem curar Krikenkoió usando
Gorr,c. DE KosrcHTcnrE a magia cura completa ou outra similar, mas isso vai
Para persona§ens de 10o nível restaurar seu alinhamento ordeiro e mau.
"O inimigo do meu inimigo é meu amigo, mas essa Os diabos não sabem onde fica a Cidadela Sangrenta, mas
máxima vale para os seres ínferos?" conhecem alguém que pode ajudar. Em troca de wa moeda
espiritual, os diabos encaminham o grupo para um forasteiro
Draonar'ra 3.2: SENo^ oos DeuôHros misterioso (consulte "Desenvolvimento", mais adiante). Se
ri não tiverem como pagar, os personagens terão de voltar mais
i, tarde com a moeda e localizar os ínferos às margens do lago.

cepÍrulo 3 | AVERNUS
96
 ínferos portam cinco rnoedas espirituais (uma para cada,
rculte p. 94) e três frascos de icor demoníaco (p. 78).

DrsrNvolvrMENTo
(ls ínferos falam de um mago poderoso proveniente de
r-ro5 planss que visita o Avernus e costuma contratar
;goloths para garantir sua proteçào. Se alguém sabe 5it
ode encontrar a Cidadela Sangrenta, esse alguém é
Iordenkainen! Os ínferos indicam a localizaçâo da torre
x
] {, tu L-t
ô mago no mapa do Avernus dosjogadores. Se seguir
cssa pista, o grupo chegará à Torre de Urm. t' ) .4^ F

I
Tonnn DE URM
llne ronnr sALTA DE uM pLANo pARA ourRo À MERCÊ Dos
@prichos de um mago inscno. Para onde iró em seguida,
ainguémsabe.

 Torre de Urm perambula pelo multiverso. Estará no

-

Avernus somente se os personagens chegarem aqui depois

O Cartógrafo

\
3
de falar com os ínferos da equipe de limpeza (consulte
árvores da Proliferaçào", anteriormente).
Se os personagens chegarem quando a Torre de Urm
estiver presente, leia ou parafraseie o texto do quadro a
seguir para os jogadores:

Uma torre de ferro se ergue sobre uma ilha na superfície

de um lago de sangue fervente. A torre não tem ,ianelas J
e a única porta visível se encontra numa sacada alta.
Relâmpagos vermelhos crepitam constantemente entre
chiíres de metal no telhado da torre.
Gn rrNne Anrssll
Ínfero minúsculo (demônio), caótico e mau

Classe de Armadura 13 (armadura natural)

Mordenkainen, um humano arquimago caótico e neutro,
Pontos de Vida 10 (3d4 + 3)
costuma vir ao Avernus para estudar como os Nove Infernos Deslocamento 9 m, voo 9 m (consulte Voo Limitado, a seguir)
afetam as escolas de magia. Esse arquimago de Oerth lidera
um grupo poderoso de aventureiros chamado o Círculo dos FOR DES coN INT SAB CAR
Oito e é autor de vários tomos planares. Ele também criou 6 (-2) 14 (+2) '13
(+l) 4 (-3) e (-t) s (-3)
muitas magias famosas.
Mordenkainen leva consigo â torre ao deixar o Avernus. Resistências a Dano gélido, ígneo, elétrico
Os alicerces de ferro ficam para trás, marcando o lugar, e ao lmunidades a Dano venenoso
voltar a torre se encaixa ali com um repique de satisfaçâo. lmunidades à Condição cego, envenenado
Mordenkainen paga os yugoloths parafazer coisas por ele Sentidos percepção às cegas 9 m (cego além desse alcance),
no Avernus. A remuneração é tão interessante que esses Percepção passiva 9
seres ínferos deram para se juntar às portas da torre. Há ldiomas entende Abissal, mas não fala
sempre nove mezzoloths e três nycaloths ali. Os ínferos Nível de Desafio l/4 (50 XP)
nào querem encrenca, pois estâo mais interessados em
conseguir um contrato de trabalho lucrativo com o mago.
Voo Limitodo. A galinha abissal vai cair se estiver íora do chão
Dois nycaloths
- Torgrazk e Shraal - sâo leais a Zariel no fim do turno e a única coisa a sustentá-la no ar íor seu
e receberam ordens para assassinar Mordenkainen. Se por
deslocamento de voo.
acaso escutarem a conversa do mago com os personagens,
os assassinos vão mudar seus planos. Os dois vâo ficar AÇõEs
invisíveis e seguir o grupo, à espera de uma oportunidade
para sequestrar um ou mais personagens e entregá-los Atoques Múltiplos. A galinha abissal faz dois ataques:
aZariel. Se eles tiverem sucesso, Zarielvai convidar o um com a mordida e outro com as garras.
restante do grupo a visitar sua fortaleza voadora e negociar Mordida. Arma de Combote Corpo a Corpo: +4 para acertar,
as condições para a libertação dos colegas (consulte alcance 1,5 m, uma criatura. Dano:4 (lda + 2) perfurante.
'Fortaleza Voadora de Zariel", p. 130).
Gorros. Armo de Combate Corpo a Corpo: +4 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:5 (ld6 + 2) cortante.

CÂPÍTULO 3 I AVER,NU§
97
 CoNvnnsA coM MononNKArNEN
Mordenkainen é um homem calvo e austero, com um cava-
nhaque preto e bem aparado e olhar penetrante. Quando
sua torre chega ao Avernus, Mordenkainen sai e, da sacada,
dirige-se aos ínferos reunidos lá embaixo. É comum irrom-
per brigas entre os yugoloths que disputam a atençâo dele.
Os assassinos a mando d,eZariel costumam rondar o
lugar e, por isso, Mordenkainen apresenta tm simulacro
seu que, se for destruído, vai se desfazer num monte de
neve, O verdadeiro arquimago permanece nas entranhas
de sua torre e, sem hesitar, manda o prédio para um outro
plano em momentos de perigo.
Se os personagens se apresentarem ao simulacro de
Mordenkainen, ele exigirá saber a razão da visita.
O arquimago nâo sabe onde fica a Cidadela Sangrenta nem
está interessado em encontrá-la. Mesmo assim, declara que
"o equilíbrio do universo será preservado" se ele encaminhar
os personagens para um mago menor que também estuda o
funcionamento da magia no Avernus, mais especificamente,
um "mago nada famoso" que frequenta a área de um certo
obelisco. Faz pouco tempo que os yugoloths falaram desse
forasteiro para Mordenkainen, e o arquimago tem motivos
escusos para mandar os aventureiros atrás do outro: se eles
matarem o mago misterioso, Mordenkainen terá um rival a
menos no Avernus.
Onnusco
Uu orscoNnEcrDo DE rNTENÇôEs DEScoNHEcTDAS.
É um risco socorrê-Io, pois ele nos arrasta para a loucura.
- O Cartógrafo
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:
Um obelisco de 9 metros de altura circundado por sete
menires de menor altura se eleva no alto desta colina.
Um homem alto e de manto esfarrapado anda entre as
rochas verticais, gesticulando desvairadamente e lançando
imprecaçÕes ao vento em alto e bom som.
O diabo do fosso Bel aprisionou o demônio barlgura
Ubbalux no interior deste círculo de menires. Para torturar
o adversário, Bel revelou que o segredo para escapar
da prisão estava oculto nas runas arcanas gravadas nos
menires. Desde entâo, o demônio torturado tenta em vâo
solucionar o enigma e escapar. A figura que anda entre os
menires é Ubbalux fazendo-se passar por humano por meio
da magia disfarçar-se. A magia do obelisco não deixa o
demônio sair do círculo e impede qualquer operaçâo mágica
da escola de adivinhação de afetar os menires ou tomar
como alvo uma criatura dentro do perímetro.
Ubbalux parece ser um mago humano e alto. O demônio
roubou essa fisionomia do último visitante que entrou por
acaso no círculo de menires (o foi devorado por Ubbalux).
Se os personagens se aproximarem, o "mago" vai saudá-los
com entusiasmo e se mostrar mais do que disposto a revelar
detalhes de seus estudos, mas seu raciocínio vai sair por
tangentes confusas com relativa frequência. A conversa com
o falso mago vai produzir as informaçôes a seguir:
1 remover maldição.
\
CAPITULO 3 I AVERNUS
98
. O mago afirma que nâo se lembra mâis do próprio nome
nem do lugar de onde veio.
. Se lhe peÍguntarem sobre a Cidadela Sangrenta, o mago
vai prometer encaminhar os personagens para "alguém
que pode ajudar" desde que, primeiro, eles o ajudem a
solucionar o enigma do obelisco.
Ubbalux realmente pode ajudar os personagens a
encontrar o caminho para a Cidadela Sangrenta, mas
o demônio espera conseguir manipuláJos para que o
libertem de sua prisão antes disso. Se os aventureiros
perceberem que se trata de um ardil, o demônio vai admitir
que estava tentando enganá-los e implorar ajuda (consulte
"Desenvolvimento", mais adiante).
A Tnonre Do MAGo
O mago alega que cada menir está ligado a uma das oito
escolas de magia (abjuração, adivinhação, encantamento,
evocaçâo, ilusão, invocação, necromancia, e transmutação).
Sua teoria sugere que o obelisco central aumenta o poder
arcâno de magos espalhados pelo cosmos, e ele incita
os personagens a ajudá-lo a energizar o monumento. Na
verdade, Ubbalux inventou essa teoria para enganar os
personagens e fazê-los colocar à prova seu mais recente
plano de fuga. Os personagens que examinarem os menires
e forem bem-sucedidos em um teste de Inteligência
(Arcanismo) CD 15 vâo perceber que as runas arcanas de
fato estão relacionadas às oito escolas de magia.
O mago pede a cada personagem que toque um menir
diferente com a mâo para "ajudar a direcionar as correntes
de magia". Quando as mãos já estiverem em posiçâo,
Ubbalux vai começar a entoar um cântico. O ar se enche de
ozônio quando relâmpagos começam a percorrer os menires.
Todo personagem que participar do experimento vai sofrer
22 (5d8) pontos de dano elétrico e ficar sujeito a um efeito
adicional baseado na escola de magia associada ao menir
que tocou, como descrito na tabela Efeitos dos Menires. A
tentativâ de fuga mais recente de Ubbalux fracassou.
Erettos oos M eN rnes
Escola Efeito
Abjuração Você terá +2 de bônus na CA pelas próximas
24 horas.
Adivinhação Você terá os benefícios da magia visão da
verdode pela próxima hora.
Encantamento O menir conjura confusão sobre você
(CD 15 para evitar). A magia dura I minuto.
Evocação O menir conjura mísseis mágicos e escolhe
você como alvo de cinco mísseis.
llusão Uma fúria ilusória de morcegos ou pombos
inofensivos (à escolha do DM) vai esvoaçar
acima da sua cabeça pela próxima hora.
O efeito cessará com a coniuração de dissipor
magia contra a fúria.
I nvocação Um monodrone aparece em um espaço
.l,5
desocupado a até metro de você e o seguirá
até ser destruÍdo. Ele é indiferente a todas as
criaturas, inclusive você.
Necromancia Você também sofre 30 pontos de dano necrótico.
Transm utação Sua pele frcará azul pelas próximas 24 horas.
O efeito cessará com a conjuração da magia
 SENVOLVIMENTO
do disfarce, o demônio barlgura implora aos
Frsonagens que procurem Mefistófeles e voltem com
e resposta do enigma. Aí ele explica como chegar a um
espelho mágico (o Espelho de Mefistar) que pode ser
usado para contemplar Cânia e contatar o arquidiabo. Se
os personagens persuadirem Mefistófeles, Ubbalux vai
prometer levá-los a alguém capazde ajudáJos a encontrar
a Cidadela Sangrenta.
Espnruo DE Mnrrsran
EspELHo DE GELo, ESpELHo MEU... SE DENTRo oLHo,
que pfeço p*go eu?
- O Cartógrafo
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:
a os aventureiros a soltá-las, derretê-las e bebê-las para
Uma gigantesca laje de gelo se aninha no fim desta ravina
escarpada. Do outro lado da laje, vislumbra-se uma
paisagem glacial coberta de neve.
a
Qualquer um que contemplar a superfície deste espelho de
gelo de 6 metros de altura verá o próprio reflexo: sem alma,
exausto e coberto de geada. Essa aparição se encontra
numa tundra congelada e desabitada, a nâo ser por uma
torre de gelo que se vê ao longe. Os personâgens que forem
bem-sucedidos em um teste de Inteligência (Arcanismo)
CD 25 vão reconhecer a torre como Mefistar, o covil do
arquidiabo Mefi stófeles.
Todo personagem que vir o próprio reflexo no espelho terá
de ser bem-sucedido em uma salvaguarda de Inteligência
CD 20 para não ficar atordoado durante 1 minuto. Enquanto
o aventureiro atordoado olha nos olhos do próprio reflexo,
Mefrstófeles acessa todos os seus pensamentos, medos e
conhecimentos e se inteira da missão de recuperar a espada
de Zaríel e libertar Elturel (consulte "Desenvolvimento",
mais adiante).
O ErvussÁuo
Pouco depois de chegarem, os personagens vâo ver no
espelho um dos emissários de Mefrstófeles, um cambiâo
chamado Rigorath. O emissário, visível apenas no mundo
gelado do outro lado do espelho, vem do alto e da mesma
direção da torre. Sua pele tem a coloração azulada dos
cadáveres e a expressão congelada em seu rosto é a de um
grito. Rigorath traz uma chaleira de água queÍrte numa das
mãos. Antes de falar, ele derrama água fervente na cara
para descongelá-la. Após cada declaração, o gelo volta a se
espalhar por seu rosto, congelando-o numa expressâo de
intensa agonia.
Rigorath percebe os personagens do outro lado do
espelho, mas nâo é capaz de atravessá-lo, da mesma
maneira que os personagens não podem cruzáJo nem
escolher Rigorath como alvo de magias ou ataques.
Rigorath tenta negociar um pacto infernal com os
personagens em nome de seu amo e senhor Meflstófeles,
oferecendo-lhes conhecimento e poder em troca de
sua ajuda:
. Para cumprir sua parte no acordo, os personageos terâo
de represar o rio Estige no ponto onde ele desemboca
numa fenda cheia de muco ali perto (consulte "Fosso de
Shummrath", p. 100).
. Se os personagens cumprirem suâ parte no acordo,
Rigorath vai recompensálos com raro conhecimento:
um segredo que eles desejam e o aumento permanente
do valor de Inteligência ou Sabedoria de cada
personagem em +1.
. Os personagens que tiverem chegado aqui depois de pas-
sar pelo Obelisco (p. 98) podem negociar com Rigorath
uma maneira de livrar Ubbalux de sua prisão de menires.
Nesse caso, as condiçôes do cambião serão as mesmas.
Rigorath se recusa a explicar por que Mefistófeles quer
ver o rio Estige represado. Seu amo e senhor receia zangar
Zariel e se recusa a indicar o caminho para a Cidadela
Sangrenta. Se os personagens aceitarem o pacto com
Mefistófeles, Rigorath vai gravar as condiçôes na superfície
do espelho. As palavras formam grandes pedaços de
gelo do lado onde o grupo se encontra, e Rigorath instrui
selar o acordo.
Para ajudar os personagens a represaÍ o rio Estige,
o emissário faz tm diabrete de neve, que salta através
do espelho para se unir ao grupo. Esse diabrete tem
imunidade a dano gélido e carrega a tiracolo uma bolsa
contendo cinco frnca-e-racha (consulte o quadro "Finca-e-
Racha") que ele pode usar para botar abaixo o barranco
do rio. O diabrete está concentrado em cumprir sua tarefa,
detesta procrastinaçâo e cospe estilhaços de gelo quando
fica irritado. Ele pode levar os personagens ao Fosso de
Shummrath.
DnsnNvoLvrMENTo
Se ficar sabendo da Espada de Zariel, Mefistófeles vai
mandar o diabrete frcar invisível e seguir o grupo após
a demoliçâo, voltando para informáJo assim que os
aventureiros tiverem localizado a Cidadela Sangrenta.
Nesse momento, Mefistófeles vai mandar um diabo do gelo
ao Avernus com ordens para matar os personagens e roubar
a espada. Se conseguir a espada, Mefistófeles planeja
usar o artefato para obter poder de barganha em futuras
negociações com Zariel.
Frruca-e-Rlcxl
O finca-e-racha é uma estaca não mágica de 30 centímetros
de comprimento. Pesa 2 quilos e é feita de ferro infernal
(inferro) de coloração azul, minerado em Cânia, a oitava
camada dos Nove lnfernos. Cravada na terra ou na rocha
sólida, a estaca emite uma vibração sísmica em um raio de
6 metros com centro nela mesma durante I minuto, fazendo
o solo da área tremer enquanto o eíeito persistir. Quando o
efeito cessa, o finca-e-racha se parte, tornando-se inutilizável,
etodas as estruturas a até 6 metros dele sofrem 35 (.l0d6)
pontos de dano contundente.
cepÍrur,o 3 I AVERNUs
99
 Fosso pr SrruMMRATrr
Ers uvre snuaçÀo rEnlÍvrr E pEGAJosA. Ssuurr,rnarH,
coitado, jó nõo é o diabo que costumaaa ser.
O Cartógrafo
- um homúnculo fiel, ordeiro e mau, feito daquela meleca
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:
Uma fenda profunda corta a superfície do Avernus até onde
a vista alcança. O desfiladeiro tem mais de 1,6 quilômetro de
profundidade e é preenchido por um lago de muco verde que
ondula como se respirasse. De um paredão ali perto, um braço
do rio Estige despenca no muco, formando uma cascata.
Pendurada num guindaste de ferro torto que se debruça
sobre o precipício, uma gaiola de ferro encerra um humanoide
sem cabelos e de pele verde agrilhoado pelos tornozelos.
O guindaste baixa a gaiola no muco por meio de uma cor-
rente, submergindo a criatura na gosma durante um minuto
para, em seguida, içá-la de novo. O processo se repete, e a
criatura aprisionada parece não ter como impedi-lo.
Tempos atrás, Bel prendeu um diabo do fosso rival chamado
Shummrath no fundo desse precipício. Com o passar dos
anos, Shummrath se viu reduzido a um lago fétido de muco.
Antigas capacidades regenerativas fazem com que a lama
conserve um quê de vida, permitindo aos visitantes se comu-
nicarem telepaticamente com Shummrath. Mas um braço do
rio Estige veio a desaguar na fenda e poluir a mente do diabo.
Shummrath agora retém na memória apenas os últimos trinta
segundos e transmite repetidamente um único pensamento.
Quem se comunicar com Shummrath vai descobrir que o
diabo repete o mesmo pensamento sem parar: nâo mostrou
o devido respeito a Bel e há de se vingar. Shummrath pode
falar com os personagens via telepatia, mas sua mente volta
infalivelmente ao mesmo pensamento vingativo.
UrrnororH APRrsroNADo
Ao chegar, os personagens veem um ultroloth aprisionado
na gaiola de ferro suspensa acima do precipício. O guindaste
de ferro tem uma manivela movida a magia que mergulha
a gaiola no muco sem pârar, quase afogando o prisioneiro
a cada imersão. O ultroloth,Baazit, foi agrilhoado com
§rilhões dimensionais que o impedem de se teleportar.
Baazitvai contatar telepaticamente os personagens assim
que eles estiverem no alcance. O ultroloth foi aprisionado
por um diabo do fosso por rotbar moedas espt'n'fual's. Baazit
promete mostrâr aos personâgens como usar o muco para
criar serviçais mágicos, caso o libertem.BaaziÍ também
pode encaminhar o grupo para a forja de Bel (consulte a
seçâo de mesmo nome, p. 113).
Um personagem pode travar a manivela do guindaste
com um pé de cabra ou outra ferramenta parecida,
impedindo-o de baixar ou içar a gaiola de Baazit. Assim que
a gaiola deixar de se mover, um personagem poderá usar
ferramentas de ladrão para abrir a portâ da gaiola, caso seja
bem-sucedido em um teste de Destreza CD 20. Arrombar ort
magia semelhante também vai abrir a porta da gaiola.
ti.
roo cepÍruro 3 I ÀvERNUS
CnraçÃo DE HoMúNCULos
Os personagens podem seguir as instruçôes de Baazit,
recolher um punhado de muco e passar uma hora dando
a essa gosma a forma de um humanoide minúsculo.
Passado esse tempo, o muco vai ganhar vida e se tornar
verde. Cada personagem só pode ter um desses serviçais
por vez. Se um person agem frzer um segundo homúnculo, o
primeiro vai derreter, deixando apenas umâ poça viscosa de
muco inanimado.
Tesouno
Os personagens que libertarem Baazit poderão ficar com os
§rilhões dimensionais que o prendiam.
RrpnnseMENTo Do EsrrcE
Se os personagens tiverem a companhia do diabrete de gelo
(consulte "Espelho de Mefistar", p. 99), o ínfero vai levá-
los ao ponto mais estreito do braço do Estige e começar a
martelar seus cinco finca-e-racha nos paredões de rocha
da ravina (consulte o quadro "Finca-e-Racha" na p. 99).
O diabrete pede aos personagens para montarem guarda
enquanto ele trabalha. Enquanto o diabrete posiciona os
finca-e-racha, oito diabos espinhados vêm do alto e atacam
o gÍupo. Um minuto depois de ativado o último finca-e-
racha, a atividade sísmica combinada das cinco estacas vai
desencadear um tremendo desmoronamento, preenchendo
a vala e criando um represamento.
Com o poluído rio Estige isolado do precipício,
Shummrath vai começar a regenerar sua mente e a refazer
seu corpo aos poucos. Passadas 48 horas, Shummrath
será mais uma vez um diabo do fosso e partirá voando
para declarar guerra a seu rival, Bel. Se visitarem a forja de
Bel mais tarde (consulte a seçào de mesmo nome, p. 113),
os personagens vão encontrá-la sitiada pelas forças que
Shummrath reuniu às pressas. Os atacantes serâo sobre-
pujados rapidamente, obrigando Shummrath a se recolher
num canto remoto do Avernus para escapar à ira de Bel.
DnsnNvoLVrMENTo
Se conseguirem represaÍ o rio Estige, os personagens
poderão voltar ao Espelho de Mefistar para reivindicar
sua recompensa. Rigorath, o cambião, vai lhes dizer que
Ubbalux precisa jurar lealdade a Mefistófeles pâra escapar
dos menires. Se Ubbalux fizer o que Rigorath sugere e jurar
lealdade eterna a Mefistófeles, o arquidiabo possibilitará a
fuga do barlgura.
Se os personagens voltarem ao obelisco para contar a
novidade, Ubbalux vai aceitar as condições a contragosto e
revelar a localização doJazigo dos Cavaleiros do Inferno no
mapa dosjogadores. Ubbalux vai dizer que o cavaleiro da
morte Olanthius, guardião da tumba, conhece a localização
secreta da Cidadela Sangrenta. O demônio também vai
revelar que "Em Nome da Glória" é a senha para abrir as
catacumbas onde estâo enterrados os companheiros de
Zariel que tombaram em batalha.
Quando já estiverem de saída, os personagens verão
Ubbalux jurar lealdade a Mefistófeles, quando então
camadas de gelo negro vâo se formar ao redor dos menires,
rachando-os todos ao mesmo tempo. Aí Ubbalux vai sair do
círculo de menires e gritar para o vento ululante: 'Até que
enfim! Estou livrel".
 1 quadrado = 1,5 m

rl

lh-'

iti I

-LI
J

J
Í,

Maoa 3.3: J^zrGo oos Caverernos oo lxrenxo

EwcoNrnos No.fezrco
Jazrco Dos
CeveruRos Do INFERNo As descrições a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 3.3. A cripta inteira se
NÀo HÁ DESCANSo pAlÁ os coMpANHErRos ceÍoos or encontra terrivelmente gelada e coberta por uma névoa que
chega à altura dos tornozelos. Todas as salas e passagens
Zariel. E para ninguémmais neste pesadelo de
no interior da cripta têm 3 metros de altura e foram
paisagem infernal. escavadas na rocha sólida.

- O Cartógrafo
Jl. PonrÕrs LAcRADoS
Quando os personagens descerem às catacumbas, leia:
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
Uma porta de basalto de folha dupla bloqueia a passagem
à frente de vocês, e o baixo-relevo entalhado em sua
Uma névoa acre e escura cerca uma colina estéril e, feito
lápides gigantescas, dois monólitos inclinados se elevam
superfície mostra um cavaleiro travando combate com um

l5 metros no céu vermelho e enfumaçado. Dezenas

diabo. Os dois empunham espadas ardentes.

de cavaleiros de armadura imóveis e reverentes estão

ajoelhados diante dos monólitos, entre os quais se veem A porta nâo parece ter maçaneta, fechadura nem trinco, foi
degraus de ônix que levam ao subterrâneo. trancada por meios mágicos e enrijecida e encantada para
resistir à magia. Qualquer magia conjurada com a intençâo
de destrancar, danificar ou remodelar as folhas da porta vai
Os degraus de ônix descem até as catacumbas que encerram ser automaticamente malsucedida. Os personagens podem
os restos mortais dos Cavaleiros do Inferno que tombaram lu- usar porfa dimensional ou outra magia parecida para pas-
tando ao lado de Zariel. As almas penadas desses combatentes sar pela porta. Também podem passar pelas frestas caso
querem repousar empaz, mas estão condenadas a assombrar tenham como fazêJo (por exemplo, usando a magia forma
este lugar até serem mais uma vez convocadas para a guerra. §asosa). Do contrário, terâo de dizer a senha "Em Nome da
Dezenas de cavaleiros mortos estáo ajoelhados diante Glória" se quiserem prosseguir. Os personagens podem des-
dos monólitos, com a cabeça repousada sobre o pomo cobrir a senha com o barlgura Ubbalux (como se discute na
da espada. As armaduras fazem as vezes de esquife para seção "Fosso de Shummrath", p. 100).
os ossos dos cavaleiros, mâs seus cadáveres continuam Se um personagem pronunciar a senha emvoz alta a até
o aprumados, como se rezassem. Todos os cavaleiros usam 3 metros da porta, ela abrirá vagarosamente com um
o
o as insígnias desbotadas de Elturel. rangido. A porta vai se fechar sozinha passada t hora, a
z
o menos que suas folhas sejam calçadas ou mantidas abertas
ô de alguma outra maneira.

cepÍrvro o I AvERNUS IOI

 J2. CÂu,l,nas FUNBnÁnras
Existem várias câmaras funerárias nas catacumbas.
Quando os personagens entrarem numa delas, leia o texto
do quadro a seguir para os jogadores:
Grandes urnas funerárias de ferro foram depositadas com
toda a reverência neste salão, e cada uma delas foi gravada
com o brasão de um nobre da cidade de Elturel. Espadas,
lanças de montaria e escudos reluzentes pendem de
prateleiras nas paredes.
Se um personagem proferir palavras respeitosas diante
das urnas ou perturbá-las de alguma maneira, três
fantasmas dos cavaleiros de Zariel vão surgir desses restos
mortais. Com toda a solenidade. os fantasmas revelam as
informaçoes a seguir:
. Os cavaleiros lutaram e morreram ao lado do anjo Zariel
quando elafez a guerra no Avernus.
. A cruzada de Zariel fracassou. O anjo e a maioria de
seus generais sucumbiram ao mal e se transformaram
em ínferos.
. Um dos generais de Zariel, Olanthius, preferiu se matar
a abraçar a tirania. Zariel o reviveu como cavaleiro da
morte para garantir sua lealdade.
. As almas dos cavaleiros estão condenadas a permanecer
ali. Elas anseiam pela vida após a morte, mas o juramento
que fizeram a Zariel as obriga a ficar e servir.
Os fantasmas imploram aos personagens que os ajudem a
encontrar descanso.
Se os personagens prometerem ajudáJos a encontrar o
descanso final, os fantasmas vâo fornecer as informações
adicionais a seguir:
. Olanthius despreza Zariel, mas uma força sobrenatural o
obriga a servi-la. Os fantasmas sugerem que ainda há um
tiquinho de bondade dentro dele.
. Olanthius mora ali nas catacumbas. Pode ser que seus
aposentos guardem provas de humanidade que os perso-
nagens poderiam usar para apelar à consciência dele.
Depois de convocados, os fantasmas vâo permanecer ao
lado de suas urnas até os personagens saírem das catacum-
bas ou libertarem suas almas. Se um personagem profanar
os restos mortais, os fantasmas vão usar seus poderes de
Possessâo para expulsar os intrusos das catacumbas.
J3. Esqurrrs Dos C.rvr,nrnos
Quando os personagens se aproximarem de uma destas
áreas, leia:
Recessos nas paredes guardam esquifes de ferro. Cada esquiíe
tem sobre a tampa uma solitária e viçosa rosa vermelha.
Cada um desses corredores contém seis esquifes, empilha-
dos dois a dois.
O sepultamento no Avernus corrompeu o espírito desses
cavaleiros. Cada esquife encerra uma apariçâo que a rosa
sobre a tampa mantém magicamente sob controle. Se um
personagem remover uma das rosasr a flor vai murchar e
â morrer no mesmo instante e uma aparição vai surgir do
1Br esquife para atacar qualquer criatura viva ou ínfera na qual
t
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
to2
botar os olhos. As apariçôes não conseguem tocar nas rosas J(
sobre os outros esquifes. E
P
J4. Tuune Dos BRUxos ST
Quando os personagens olharem para o interior desta 1,
sala, leia: a
S
p
Uma urna de ferro cheia de ossos humanos descansa no
chão de uma alcova numa das extremidades deste recinto. ÍI
Na parede próxima, um baixo-relevo mostra a carga de uma e
coluna de cavalaria logo depois de atravessar um portal e C
a
entrar na abrasadora paisagem infernal.
e
p
Os bruxos de Zariel ajudaram a construir o lazigo dos Ca-
valeiros do Inferno em troca de poder infernal no mundo
dos mortais. Quando morreram, seus corpos amaldiçoados
foram arrastados ao Avernus para guardar a tumba por toda
a eternidade. Oito múmias hoje se escondem nesta câmara e
guardam o caminho que leva às estelas funerárias. Se escuta-
rem os sons produzidos pelos personagens em outros pontos
das catacumbas, os mortos-vivos vâo se esconder na grande
urna a oeste. Quando os personagens entrarem, as múmias
vâo tentar sair sorrateiramente do esconderijo e emboscá-los.
Tesouro, Uma das múmias porta uma varinha dos se§redos
e outra usa um colar de bolas de fo§o. Se derrotarem os
mortos-vivos, os personagens poderâo ficar com esses
itens mágicos.
J5. Esrues FuNrnÁnres
Quando os personagens entrarem nesta sala, leia:
Quatro estelas funerárias erguem-se neste recinto e
centenas de nomes foram entalhados em cada uma delas.
Lê-se numa inscrição em Comum gravada no alto de cada
estela: "Aqui jazem os que tombaram. Que suas almas aqui
ecoem até o fim dos tempos."
Adornando a parede diante das estelas, um baixo-relevo
mostra um anjo solene e de olhos vendados montado num
mamute com asas emplumadas. O mamute se apoia apenas
nas patas traseiras e o anjo ergue sua espada bem alto. Ao
redor dos dois jazem os corpos alquebrados de cavaleiros e
diabos que tombaram em combate.
Os personagens que usarem detectar ma§ia ou algo
parecido para examinar as estelas vâo perceber uma forte
aura de necromancia que emana dos nomes entalhados.
Enquanto as estelas estiverem energizadas, qualquer
um que encostar nelas será atacado por energia necrótica.
A criatura que tocar numa das estelas terá de fazer uma
salvaguarda de Destreza CD 15, sofrendo 36 (8d8) pontos
de dano necrótico se falhar, ou metade do dano se tiver
sucesso. Se os pergaminhos de compromisso espiritual nas
duas câmaras ritualísticas (áreaJ6) forem destruídos, as
estelas serão desativadas. Aí os personagens conseguirâo
libertar as almas dos Cavaleiros do Inferno se apagârem os
nomes destes das pedras. Com a remoçâo dos nomes, os
fantasmas dos cavaleiros vâo desaparecer com um suspiro
de alívio. Se todos os nomes forem apagados da estela,
cada personagem será beneficiado pela magia bénçáo pelas
próximas 24 horas.
J6. CÂuanas RrrualÍsrrcas
Estas duas salas se escondem atrás de portas secretas.
Personagens com um escore de Percepçâo passiva igual ou
superior a 15 conseguem avistar uma porta secreta a até
1,5 metro de distância. Fora isso, o personagem que examinar
a parede circundante e for bem-sucedido em um teste de
Sabedoria (Percepção) CD 15 conseguirá encontrar uma
porta secreta.
Estas salas têm proteçôes mágicas contra criaturas
mortas-vivas e, portanto, mortos-vivos não conseguem
entÍar em nenhuma delas nem perceber que elas estào ali.
Cada câmara ritualística parece conter apenas névoa até
a altura dos tornozelos. Mas qualquer personagem que
explorar uma dessas salas vai perturbar a névoa o suficiente
para reparar que a bruma esconde algumas coisas:
a
Você rompe a névoa que chega aos seus tornozelos e vê um cÍr-
culo ritualístico pintado com sangue no chão. Centenas de tiras
de pergaminho estão dispostas dentro dele, e cada pedacinho
ostenta um nome escrito caprichosamente com sangue.
As tiras nomeiam cada um dos combatentes enterrados
neste lugar. Qualquer personagem que tenha visto as
estelas da áreaJ5 vai deduzir, com um teste bem-sucedido
de Inteligência (Arcanismo) CD 14, o propósito desses
pergaminhos: eles vinculam as almas dos cavaleiros às
estelas e os obrigam a servir Zarielna morte em vida
segundo os termos de seu primeiro juramento. Destruindo
os pergaminhos, os peÍsonagens desativarâo as estelas
funerárias, aí conseguirão livrar da servidâo as almas dos
cavaleiros (mais detalhes na áreaJ5).
J7. Rrrúcro DE OLANTHTUS
Esta sala se esconde atrás de uma porta secreta.
Personagens com um escore de Percepção passiva igual ou
superior a 15 conseguem avistar a porta secreta chegando
a até 1,5 metro dela. Fora isso, o personagem que examinar
a parede circundante e for bem-sucedido em um teste de
Sabedoria (Percepção) CD 15 conseguirá encontrar a porta
secreta. Se os personagens abrirem a porta, leia o texto do
quadro a seguir para os jogadores:
Uma pilha de oito diários encadernados em couro descansa
sobre uma grande escrivaninha nesta câmara apertada.
Os diários pertencem ao cavaleiro da morte Olanthius
e ostextos estão em Comum. Os personagens que
passarem um descanso curto lendo os diários vão obter as
informações a seguir:
. Olanthius nunca se recobrou da capitulação de Zariel
diante de Asmodeus nem da transformação subsequente do
anjo em diabo. Ele se culpa por não ter visto antes os sinais
de alerta de que Zariel cairia em desgraça, ou seja, a firme
determinaÇão do anjo de matar demônios a qualquer custo.
. Olanthius tirou a própria vida para não ter de enfrentar a
danação, mas foi transformado num monstro morto-vivo
por Zariel para servi-la por toda a eternidade.
. Olanthius descreve Haruman, seu ex-irmão de armas,
como um homem sem coração e insensível... hoje um
diabo determinado a castigar todos que se coloquem no
caminho deZariel.
. Olanthius lamenta a morte de seus companheiros e se
sente incapaz de ajudáJos.
. Olanthius fala bem da general Yael, alguém que ele niti-
damente respeita e, em segredo, adora. Num dos diários,
Olanthius dá a entender que sabe onde Yael escondeu a
Espada de Zariel, mas nâo menciona onde fica o lugar.
OraNrnrus REToRNA
Se os personagens profanarem uma ou mais tumbas ou
mexerem nos diários da área17, o cavaleiro da morte
Olanthius vai voltar ao jazigo numa biga tirada por dois
górgons. Olanthius é obrigado a proteger ojazigo e pode ser
convocado onde quer que esteja no Avernus para cumprir
seu dever. Ele desce ao subterrâneo para caçar e interrogar
os intrusos, deixando os górgons e a biga do lado de fora.
Enquanto percorre as catacumbas, Olanthius vai obrigando
todos os fantasmas que encontra a lutar ao lado dele. Todos
os fantasmas que os personagens tenham tirado das urnas
nas câmaras funerárias (áreaJ2) se transformam em espec-
tros sob o comando de Olanthius e juntam-se a ele na caçada.
Olanthius é um inimigo extraordinariamente poderoso
para personagens de 90 nível. Felizmente, os personagens
terâo como evitar o combate com o cavaleiro da morte assim
que perceberem que ele está disposto a ajudá-los.
DnsnNvolvrMENTo
Os personagens que conversarem com Olanthius poderão
ganhar um aliado valioso na luta contra Zariel. Para ter
alguma chance de trazer o cavaleiro da morte para o lado
deles, os personagens precisam ter lido os diários de
Olanthius e descoberto que ele odeiaZariel. Do contrário,
ele tentará aniquilá-1os pelo desaforo.
Olanthius só estará disposto a revelar a localização da
Cidadela Sangrenta se os personagens criarem uma distra-
çáo para desviar a atenção de Zariel. Os personagens terào
de procurar o lorde demônio Kostchtchie, que está preso ali
no Avernus e teve seu martelo roubado por Zariel. Depois
de solto, o lorde demônio certamente vai querer sua arma de
volta, e isso deve criar a distraçâo de que Olanthius precisa.
Os Arcos de Ulloch podem transportar os personagens
para a Goela de Kostchtchie, onde o lorde demônio foi
aprisionado, desde que os personagens tenham um destino
claro em mente ao cruzar os arcos. Olanthius explica como
chegar aos Arcos de Ulloch e pode indicar tanto esse local
quanto a Goela de Kostchtchie no mapa dos personagens.
Após libertarem Kostchtchie, os personagens podem
voltar aoJazigo dos Cavaleiros do Inferno para prestar
contas a Olanthius, ao que ele vai revelar onde fica a
Cidadela Sangrenta.
Ancos DE ULLocH
SoNrrnrr os rolos cRUzAM os poRTÕES DE ULLocH. NÀo
leuam a nenhum lugar que uma pessoa sensoto queira uisítar.
- O Cartografo
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
Dois arcos negros e ornamentados se destacam na
paisagem queimada num raio de vários quilômetros, pois
capÍrulo 3 I AvERNUs r03

cada um deles se eleva 60 metros no ar quente e abafado.
Cada centímetro da pedra que os forma foi entalhado com
imagens de diabos guerreando com demônios.
Em tempos imemoriais, os arquidiabos usavam os arcos
geminados para transportar regimentos inteiros para outros
planos de existência. A magia dos arcos diminuiu conside-
ravelmente, mas ainda resta o bâstante em cada um deles
para trânsportâr criâturas para um outro local nos Nove In-
fernos. Os personagens que usarem detectar ma§ia ou algo
parecido para examinar os arcos vão perceber uma forte
aura da escola de invocaçâo ao redor de cada um deles.
Quando uma criatura chega a até 30 metros de um dos arcos,
a pedra que o compõe emite um zumbido alto e ressonante que
vai ganhando volume e ficando mais agudo conforme a criatura
se aproxima. Quando a criatura atravessa o arco, uma massa
crepitante de fogo toma toda a passagem, teleportando a cria-
tura para um outro local nos Nove Infernos. Qualquer criatura
ou objeto que atravessar o arco com o portal ainda aberto será
transportada para o mesmo lugar. Cada arco tem largura sufi-
ciente para deixar passar máquinas de guerra infernais.
Para chegar a um destino específico, a criatura precisa ter
visitado o lugar antes ou ser capaz de indicálo num mapa.
Os personagens que apontarem a Goela de Kostchtchie em
seu mapa ao cruzar um dos arcos serâo teleportados para a
fenda-prisão do lorde demônio.
Se os personagens não escolherem destino algum, deter-
mine aleatoriamente aonde eles vâo parar. Peça a um joga-
dor parajogar 1d20 em cima do mapa do Avernus. O destino
será o local mais próximo do ponto onde o dado parar. Se o
dado cair fora do mapa, o DM deve escolher o destino.
O portal vai continuar aberto e travado no mesmo destino
durante 10 minutos, após o que será desativado, pois o arco
que o criou vai ruir e cair por terra.
Gonra DE KosrcHTCHrE
O tNttvtlco Do MEU INIMIGo E MEU AMIGo, MAS ESSA
moxima uale paro os seres ínferos?
- O Cartógrafo
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:
Uma fenda escura se abre entre vulcões murmurejantes que
cospem lava e fumaça no céu odioso. O ar estremece com
os brados de uma criatura monstruosa nas profundezas
escuras da fenda.
O lorde demônio Kostchtchie (consulte o bloco de
estatísticas) lembra um atarracado gigante da colina com
pernas curtâs e arqueadas e uma cabeça disforme.
Os gigantes do gelo que renunciam a seus deuses e passam
a adorar demônios conseguem invocar Kostchtchie com ofe-
rendas ensanguentadas deixadas sobre altares de gelo. Se
decidir atender ao chamado dos gigantes, o lorde demônio vai
caçar e lutar ao lado deles durante algum tempo, infectando
os gigantes do gelo com loucura selvagem e sede de sangue
antes de desaparecer e voltar ao Abismo. A arma predileta de
Kostchtchie é Matalotok, um martelo de guerra forjado por
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
ro4
Thrym, o deus dos gigantes do gelo (mais informaçôes sobre
esse item mágico lendário no apêndice C).
Em sua mais recente visita aos Nove Infernos, Kostchtchie
foi derrotado pela arquidiaboZariel, que tomou o martelo dele
e o acorrentou ao fundo dessa fenda, sabendo que, se o ma-
tasse, ele simplesmente voltaria a se refazer em sua camada
gélida no Abismo. Sem Matalotok, a imunidade a dano gélido
de Kostchtchie se torna mera resistência ao dano gélido.
Preso por correntes mágicas cadavez mais apertadas que
o impedem de conjurar magias, Kostchtchie fica agachado
num poço de piche com 3 metros de profundidade e 24
metros de diâmetro dentro de uma caverna no fundo de
uma fenda, com as mãos agrilhoadas às suas costas. Seus
gritos profanos e xingamentos obscenos se fazem ouvir a
quilômetros de distância. Os personagens que tentarem se
comunicar com o lorde demônio serâo recebidos por berros
guturais de agonia e frustraçâo. Em momentos esporádicos
de lucidez, Kostchtchie olha feio para um personagem e
brada "LIBERTE-ME!" ou "TRAGA-ME MEU MARTELO!",
primeiro em Gigante, depois em Abissal. Se isso não atrair
a atençâo desejada, Kostchtchie vai recorrer à telepatia
para contatar o personagem mais próximo, exigindo sua
libertação imediata sem oferecer nada em troca.
A FnNoe
A fenda chega a ter 150 metros de profundidade. Não faltam
apoios para os pés e as mâos, mas a via até o fundo é íngreme
e traiçoeira. Os personagens que não voam terâo de fazer tes-
tes de Força (Atletismo) CD 15 para subir ou descer a fenda
sem equipamento de escalada. Se falhar no teste por uma
diferença de 5 ou menos, o personagem não fará progresso
algum no seu turno. Se falhar por uma diferença superior a
5, o personagem vai cair até o fundo da fenda.
Guenoas DA PRrsÃo
Um diabo das correntes chamado Mazer e quatro sabujos ,-
infernais vigiam o lorde demônio. Se detectarem intrusos,
os sabujos vão se lançar do alto de cavernas elevadas e o
diabo vai surgir do poço de piche.
Mazer mantém as correntes de Kostchtchie sempre aper-
tadas. Escondidas no poço de piche estâo outras dezenas de
correntes (cada uma com 30 metros de comprimento) que
Mazer pode animar com sua açâo Animar Correntes. Mazer
usa essas correntes soltas para prender os inimigos ou arras-
tá-los para o poço de piche, que é considerado terreno difícil.
Se o diabo das correntes morrer, os grilhôes de
Kostchtchie vão se afrouxar o suficiente para o lorde
demônio se libertar. Livre dos grilhões, ele recuperará sua
capacidade de conjuraçâo.
DnsrNvolyl\4ENTo
Libertado, Kostchtchie berra um alerta para Zariel (em
Gigante): ele está a caminho para pegar seu martelo de volta
e jura que vai usá-lo para esmagá-la. Aí ele conjura caminhar
no vento, que o transmuta numa forma nebulosa com um
alucinante deslocamento de voo de 90 metros. Nessa forma,
ele vai percorrer o Avernus à toda pressa, determinado a
recuperar seu martelo. Os personagens que conseguirem
seguir no encalço dele com velocidade suficiente vâo chegar a
Zariel (consulte o capítulo 5).
Agora que Kostchtchie está livre, os personagens podem
voltar aoJazigo dos Cavaleiros do Inferno, onde Olanthius
obedientemente revela a localizaçào da Cidadela Sangrenta
(consulte o capítulo 4). Assim que os personagens deixarem
as catacumbas, Olanthius vai pedir que eles mandem
lembranças afetuosas a Yael.
 air

.t It
I
'\, _J
I

KosrcnrcHrE AçõEs
Ínfero Grande (demônio), caótico e mau Ataques Múltiplos. Kostchtchie realiza dois ataques corpo a corpo,
sendo que apenas um deles pode ser uma mordida.
Classe de Armadura l6 (armadura natural)
Pontos de Vida 243 (lEd l0 + I44) Mordida, Arma de Combate Corpo a Corpo: +18 para acertar,
.1,5
Deslocamento l2 m alcance m, uma criatura. Dano:13 (ld6 + l0) perfurante.

Motolotok (Martelo de Guerra). Arma de Combate Corpo a Corpo:

FOR DES CON INT SAB CAR
+18 para acertar, alcance 3 m, um alvo. Dano: l9 (2d8 + l0)
30 (+10) l2 (+l) 27 (+8) 18 (+a) 22 (+6) '19 (+a)
contundente, ou 21 (2d10 + 10) contundente se usado com as
Salvaguardas Des +9, Con +.l6, Sab +14 duas mãos, e a arma emite uma explosão de gelo que causa
Perícias lntimidação +12, Percepção +14, Sobrevivência +.l4 l0 (3d6) pontos de dano gélido a toda criatura a até 9 metros
Resistências a Dano ígneo, elétrico do martelo.
lmunidades a Dano gélido, venenoso; contundente, perfurante e
cortante de ataques não mágicos AçÕes Len oÁnras
lmunidades à Condição amedrontado, enfeítiçado, envenenado Kostchtchie pode executar 3 ações lendárias, escolhendo dentre
Sentidos visão verdadeira 36 m, Percepção passiva 24 as opções a seguir. Apenas uma opção de ação lendária pode
Idiomas Abissal, Cigante, telepatia 36 m ser usada por vez e somente no final do turno de outra criatura.
Nível de Desafio 25 (75,000 XP) No começo de cada um de seus turnos, Kostchtchie recupera as
ações lendárias já usadas.
Conjuroção lnota, O atributo de conjuração inata de Kostchtchie é Atacar. KostchtchieÍaz um ataque com arma de combate
Carisma (CD 20 para evitar magia). Ele pode conjurar inatamente corpo a corpo.
as magias a seguir, sem precisar de componentes materiais: Carga. Kostchtchie se move, percorrendo no máximo todo o seu
deslocamento.
À vontade: comando, escuridão
Amaldiçoar (Custa 2 Ações). Kostchtchie amaldiçoa uma criatura
1/dia cada: caminhar no venlo, dissipar o bem e o mal, moléstio,
à vista e a até l8 metros dele. A criatura amaldiçoada terá
portal, tel ecí nese, teleporte
vulnerabilidade a todo dano causado por Kostchtchie até o fim
Resistência à Magia. Kostchtchie tem vantagem em salvaguardas do próximo turno de Kostchtchie.
contra magias e outros efeitos mágicos.

Resistência Lendária (3/Dio). Kostchtchie escolhe se quer ser

bem-sucedido em uma salvaguarda que tenha falhado.

cepÍrulo g I AvERNUS ro5

 SnNna Dos Drasos Mera-Dnuos
AAIMA MAIS pURAATRAI os sEREs ÍNrunos pARÂ UMA

Mlra-DruôNros armadilha infernal. Bzz! Bzz!

Para persona§ens de 80 nível - O Cartógrafo
A alma mais pura atrai os ínferos para uma armadilha
infernal. Bzzt.Bzzl" Quando os personagens se aproximarem deste local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:

S,Lnçes OssBas Luz radiante sai aos borbotões de um monumento de

Para persona§ens de 80 nível metal eníerrujado que tem a mesma íorma das mandíbulas
"Seu futuro está escrito em seu sangue. Ela erguidas de um besouro gigantesco.
I abrirá suas veias para pintar a história oculta em
I seu coraçâo."
A luz parte de um unicórnio chamado Cor-de-Luar, aprisio-
nado dentro de uma esfera de energia mágica de 3 metros
de diâmetro que impede a entrada de qualquer matéria e blo-
Túrrauro DE ULDRAK queia magias conjuradas dentro ou fora dela de sair ou entrar.
Para persona§ens de 80 nível A esfera fica suspensa entre as pontas do mata-demônios,
!'I "Um titâ derrotado ou um fracote com delírios de
l5 metros acima do châo. A luz atrai demônios como a chama
atrai as mariposas, aniquilando-os quando chegam perto
j
Y grandeza? Deixo para vocês decidirem."
demais. Enquanto estiver preso na esfera, o unicórnio nâo
conseguirá usar nenhuma de suas habilidades mágicas.
,L t A esfera escolhe como alvo o ínfero mais próximo que
chegar a até 30 metros dela, descarregando um feixe de
t Tonnr DE ARKHAN radiância que forma uma linha com 1,5 metro de largura
Para persona§ens de 90 nível e até 30 metros de comprimento, estendendo-se até o
)
"Ele usa a mão do mal, mas seu objetivo continua além alvo. Toda criatura apanhada nessa linha que tiver 100
do alcance de seus dedos." pontos de vida ou menos será desintegrada, deixando um
montinho de cinzas. As criaturas com mais de 100 pontos
de vida apanhadas na linha têm de fazer uma salvaguarda
de Destreza CD 18, sofrendo 260 (40dl2) pontos de dano
MoNurranNTo A TIAMAT radiante cada uma em caso de falha, ou metade do dano em
Para persona§ens de 90 nível caso de sucesso. Depois do disparo, o mata-demônios precisa
recarregar durante I minuto antes de disparar outra vez.
"Diabos dracônicos se alojam num crânio gigantesco
Para soltar o unicórnio, os personagens precisam destruir a
através do qual a rainha dos dragôes fala com suas
estrutura de metal enferrujado em volta dele, que tem CA 14,
cinco línguas."
250 pontos de vida e imunidade a dano venenoso e psíquico.
A estrutura vai desmoronar quando chegar a 0 pontos de vida,
fazendo a esfera de energia baixar lentamente até o chão e
desaparecer. Caso os personagens o soltem, o unicórnio vai
Fonla DE BEL acompanháJos se a maioria deles tiver alinhamento bom.
Para persona§ens de 90 nível
"Um arquiduque despejado, amuado dentro de um vul- Rerzere, A DAo
câo, ansioso para reclamar o trono que lhe roubaram."
Uma dao de nome Ralzala defende o mata-demônios.
Ralzala jurou lealdade a Zariel para se vingar de uma dao
rival que tentou arruiná-la. A dao se arrepende de ter feito o
acordo e quer romper o pacto com a arquidiaba.
Srsnrrx Ralzala se esconde sob a terra ao pé do mata-demônios.
Para persona§ens de 10o nível Se os personagens danificarem o mata-demônios, Ralzala
"Dizem que o sibriex, criador de horrores e coleciona- vai sair do solo, conjurar lín§uas e oferecer um acordo.
dor de segredos, é tão antigo quanto o Abismo." Revela que o arquidiabo deposto Bel ajudaria de muito
bom grado os personagens a destronar Zariel. Se os
personagens ajudarem Ralzala a romper seu pacto com
Zariel, a dao prometerá encaminhá-los para a Forja de Bel e
Cenceça DA FoRTALEZA VoADoRA escrever uma carta de apresentaçâo.
Para persona§ens de 10o nível Ralzala conhece um oráculo de nome Ruth Ruiva que
certamente saberia vaticinar uma solução para o problema
'Arma feita para um aquidiabo, destroçada em batalha
dela. Presa ao mata-demônios, Ralzala nâo tem como
e convidativa aos saqueadores." procurar o oráculo pessoalmente, mas os personagens
podem fazer isso por ela. A dao os manda falar com Ruth
Ruiva na floresta corrompida ali perto e seguir as instruções
Draonaua 3.3: Seloa oos Drasos
do oráculo para romper o pacto. Isso leva os jogadores às
Sarças Ósseas.

106\ cAPÍTULos I AvERNUs


Snnças Óssnas
Stu ruruno nsrá rscnrro EM sEU sANcuE. Er-eesHRÁ
suasaeias para pintor ahistórí.a que se esconde em
wu coração.
- O Cartógrafo
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
Um labirinto de árvores distorcidas e trepadeiras ósseas
se estende diante de vocês. Cadáveres calcificados se
fundem às árvores, carregadas de cápsulas fúngicas que
se alimentam do sangue que gote,ja em toda a vegetação
rasteira. Aqui e ali, trilhas estreitas se entranham na mata
Em tempos idos, a megera da noite Ruth Ruiva corrompeu
uma comunidade de dríades ao conspurcar as raízes de
suas árvores com um veneno capaz de subverter a mente. As
dríades ficaram más e sua floresta foi arrancada de Faéria
e levada ao Avernus. As dríades que resistiram ao veneno
morreram tentando se fundir mais uma vez com suas árvo-
res. As outras viraram cinzas e se tornaram espíritos tortu-
rados e sem descanso semelhantes às banshees. Satisfeita,
Ruth Ruiva se estabeleceu no centro da floresta deturpada.
Os personagens podem entraÍ na mata por pura curio-
sidade ou para procurar o oráculo que Ralzala espera ser
capaz de romper seu pacto com Zariel.
\
t]
,'-
É.»
ENcoNrnos NAS Slnças
As descrições a seguir correspondem às áreas codifrcadas
alfanumericamente no mapa 3.4 (p. 108).
Sl. ENrneoes
Os personagens que contornarem este trecho emaranhado
de mata vão descobrir cinco trilhas diferentes que levam ao
interior da floresta. Sarças intransponíveis sufocam a mata
fora dessas trilhas e chegam a se unir no alto e tapar o céu.
Para nâo se perder na floresta, os personagens precisam
fazer um teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 15. Se
forem bem-sucedidos. localizarâo o covil de Ruth Ruiva
no centro da mata (área S3). Se falharem, vâo dar num
dos becos sem saída relacionados a seguir (área 52) e
terão de fazer mais um teste quando continuarem. Após
explorar os quatro becos sem saída, o grupo vai localizar
automaticamente o covil de Ruth Ruiva.
52. Bncos sEM SAÍDA
Se os personagens se perderem nas sarças,jogue 1d4
e verifique o resultado na tabela Becos sem Saída para
determinar onde os aventureiros vão parar, ou entâo escolha
um resultado que eles ainda não tenham encontrado.
Becos sEM SAíDA
d4 Beco sem Saída
I Armadilha de espinhos
2 Espíritos de dríades
3 Montes verderrantes
4 Viajante morta
cepÍrulo s I AVER.NUs ro7
 1 quadrado = 1,5 m

Maaa g.4: Sanças Óssers

Annadilhade Espinhos. Os personagens avistam um ca- 53. Covrr DA RurH Rurva

jado de pilriteiro enredado no fim da trilha, soterrado por uma
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
moita de espinheiros com 4,5 metros de profundidade. Cada parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
quadrado de 1,5 metro de espinheiros conta como terÍeno
difícil e tem CA 11, 15 pontos de vida, imunidade a dano psí-
quico e vulnerabilidade a dano ígneo. Se danificados, mas nâo Uma choupana com jeito de gruta aguarda no centro do
destruídos, os espinheiros voltarâo a crescer magicamente labirinto. Centenas de ossos e pedaços de corpos pendem de
e terão recuperado todos os PV passadas 24 horas. Os espi-
cordéis na entrada e o teto está enfeitado com guirlandas íeitas
nheiros sujeitarão à condiçâo contido qualquer criatura que
de vísceras ensanguentadas. Moscas zumbem por toda parte.
encerrar seu turno a até 1,5 metro deles. Toda criatura que
começar seu turno contida pelos espinheiros vai sofrer
22 (4d10) pontos de dano cortante das farpas em convulsão.
Ruth Ruiva, uma megiera da noite, fez dessa toca sangrenta
A criatura emaranhada só conseguirá se desvencilhar se to-
seu covil. Ela usa um vestido feito de ossos costurados.
dos os espinheiros a até 1,5 metro dela forem destruídos.
Ao pescoço a megera traz fieiras de crânios de crianças
O cajado no centro do labirinto é um chamariz e vai virar
pequenas que recitam parlendas incessantemente (e em
cinzas nas mãos de quem o pegâr.
vários idiomas) quando ela fala.
Espítitos de Dríades. Três espíritos de dríades
Visitantes malignos de todo o multiverso vêm ao
amaldiçoadas (use o bloco de estatísticas da banshee para
Avernus escutar as previsões de Ruth Ruiva e provar suas
representá-las) se aproximam dos personagens e exigem
beberagens místicas. Se os personagens mencionarem
que eles as façam lembrar as "maravilhas da vida". A criterio
a maldiçào da dao, Ruth Ruiva vai oferecer um acordo
do DM, um personagem pode apaziguar os espírítos com em trocâ de sua ajuda (consulte "Segurem as Pontas",
uma história deliciosa, um beijo, uma canção ou qualquer mais adiante).
outra coisa que faça as dr/ades se )embrarem de casa. Se os Ruth Ruíva vende poções preparadas com sangue, e ela
personagens nâo deixarem os espíritos satisfeitos, os três
vai trocá-las de bom grado por moedas espirituars (p. 9a)
vão atacar.
de acordo com atabela Preços da Ruth Ruiva. Quando
Montes Verdertantes. Três montes verderantes ingerida, cada poçâo causa um efeito colateral desagradável,
surgem das sarças e atacam os personagens. mas inofensivo: flatulência, furúnculos, perda de cabelo
Vi4janteMorta. O cadáver de uma drow jaz no flm da ou outra coisa medonha que você imaginar. Os vaticínios
trilha, empalado nas trepadeiras famintas, e uma expressão de Ruth Ruiva reproduzem os efeitos da magia comunhão,
pavorosâ desfigura seu rosto. A viajante traz uma bolsa
embora ela forneça as respostas às perguntas sem precisar
devoradora numa correia. recorreÍ a uma divindade.

CAPÍTULO 3 I AVERNUS
ro8
Pneços ol Rurx Rurvn
Mercadoria Preço
Poção comum ou incomum 1 moedo espiritual
Poção rara 2 moedos espirituais
Magia comunhão 3 moeda espirituais
Sncunnvr AS PoNTAS
Ruth Ruiva afirma saber como livrar a dao Ralzala do
pacto, mas só vai dar a soluçâo aos personagens se eles lhe
fizerem um favor primeiro. A megera explica que já passou
da hora de ela tomar um banho... Faz alguns séculos desde
a última vez que se lavou. Ela pede aos personagens para
marcar e pagar uma sessâo de beleza no Extase Infernal
do Empório Errante (p. 126). Antes de os personagens
se decidirem, ela avisa que há uma condiçâo: eles terâo
de cuidar de seu bosque enquanto ela estiver fora. Se os
personagens atacarem ou ameaçarem Ruth Ruiva durante
essa negociaçâo, ela simplesmente fugirá para o Plano
Etéreo e só voltará depois que eles partirem.
A megera da noite consegue adivinhar o paradeiro do
Empório Errante derramando um pouco do próprio sangue
no chão e estudando o desenho formado pelo líquido. Aí
Ruth Ruiva pode indicar um local no mapa do Avernus
dos personagens. (Pode ser qualquer local à escolha do
DM.) Quando chegarem ao tal lugar, os personagens vâo
encontrar o Empório Errante, exatamente como a megera
da noite previu. Ruth Ruiva sabe que o dono do Êxtase
Infernal é um rakshasa, mas não vai dividir essa informação
com os personagens, esperando que eles descubram por
conta própria.
Os personagens que voltarem do Empório Errante com a
confirmação de que Ruth Ruiva tem hora marcada terão de
cuidar do bosque durante algumas horas enquanto a megera
toma seu banho. Nesse ínterim, os espíritos amaldiçoados
das dríades aparecem para destruir o covil de Ruth Ruiva
como castigo por seus crimes. Esse destacamento é formado
por dois espíritos de dríades (use o bloco de estatísticas da
banshee) e uma árvore ambulante e morta-viva (use o bloco
de estatísticas do ente, com a ressalva de que a árvore é um
morto-vivo e tem resistência ao dano necrótico).
Se os personagens derrotarem os mortos-vivos, Ruth
Ruiva vai cumprir sua parte no trato assim que voltar. Do
contrário, a árvore morta-viva vai botar abaixo a entrada da
choupana de Ruth Ruiva. A megera da noite nào vai ficar
nad,afeliz e vai usar Forma Etérea para atravessar a entrada
desmoronada da caverna, desaparecendo em seu covil sem
se despedir.
Tnsouno
Os espíritos das dríades não têm tesouro, mas a árvore
morta-viva tem um esqueleto de gnomo alojado numa
cavidade oca do seu tronco. O esqueleto usa um chapéu de
bruxa (na realidade, um chapéu do embuço) e segura uma
varinha do ma§o de §uerra *1.
DnsnNvoLVrMENTo
Para honrar sua parte no trato, Ruth Ruiva revela que
Ralzala precisa beber o sangue de um titâ para se livrar
do pacto comZariel. A megera da noite diz que Uldrak
talvez possa ajudar, mas avisa que "ele nâo é mais o que
costumava ser". Se os personagens mostrarem seu mapa
para Ruth Ruiva, ela vai indicar a localização de Uldrak.
Isso manda o grupo para o Túmulo de Uldrak.
Túnauro DE Uroner
Uu rrrà DERRoTADo ou uM FRACoTE coM DELÍRros DE
grandeza? Deixo para uocês decidirem.
- O Cartógrafo
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
O elmo rachado e a espada de um titã jazem semienterrados
nas cinzas do Avernus. Uma pedra esférica engastada no
pomo da espada ainda tem um brilho escarlate.
O empireano Uldrak partiu em demanda nos Nove Infernos
para matar Tiamat e cobrir de glória sua divindade, Surtur,
mas foi facilmente vencido pela rainha dos dragôes. Porém
ela nâo matou o empireano. Emvez disso, amaldiçoou-o por
conta do desaforo, transformando-o num diabo espinhado.
E agora o pobre coitado se esconde dentro do elmo que
um dia usou. Faz milênios que Uldrak vive ali, planejando
desconsolado como recuperar sua forma verdadeira.
TnereNoo coM Urnnar
Uldrak é uma criatura amarga que mal se lembra do próprio
passado. Tempos atrás, ele descobriu como remover a
maldição, mas a solução lhe pareceu tão fora de seu alcance
que ele se conformou com o fracasso. Hoje ele está mais
interessado em sobreviver a todo custo do que em tentar
escapar dos Nove Infernos.
O passado empireano de Uldrak ainda persiste em
sua voz. Ele entende todos os idiomas e, ao falar, muda
aleatoriamente para a língua dos gigantes. Os milênios de
isolamento fizeram-no perder o juízo, e ele costuma discutir
consigo mesmo até na frente de desconhecidos.
Uldrak conta sua triste história para todos que lhe pergun-
tam sobre o paradeiro do empireano. Os personagens que
estâo ali para colher o sangue de Uldrak (consulte "Sarças
Ósseas", anteriormente) podem fazer um teste de Inteligên-
cia (Arcanismo) CD 12 ao descobrirem que Uldrak agora
é um ínfero. Se bem-sucedidos, eles vão supor que, para
desfazer a maldição da dao, teria de ser o sangue de Uldrak
ainda em sua forma de tità. Ainda bem que Uldrak tem um
plano (consulte "Desenvolvimento", a seguir).
Tésouro. A esfera engastada no pomo da espada de
Uldrak é um oróe dracônico. Esse item é crucial no plano de
Uldrak para se livrar de sua maldição.
DrsnNvolvrMENTo
Para recuperar sua forma verdadeira, Uldrak precisa
derramar um pouco do sangue de Tiamat no solo do
Avernus. Lutar com Tiamat na forma que ele se apresenta
hoje seria loucura, mas Uldrak ficou sabendo que um
draconato chamado Arkhan, o Cruel, leva ao pescoço um
relicário contendo um pouco do sangue de Tiamat. Uldrak
revela que a "pedra preciosa" que reluz no pomo de sua
antiga espada é, na verdade, um oróe dracônico, um item
mágico que certamente vai despertar o interesse de Arkhan.
Ele recomenda aos personagens que procurem Arkhan para
trocar o orbe pelo relicário e depois voltem a seu "túmulo".
Se os personagens concordarem, Uldrak vai explicar a eles
como chegar à Torre de Arkhan.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
ro9
 Tônnn on AnTHAN
ELE usAA tnlÀo oo MAL, MAS sEU oBJETrvo coNrtNuearÉu
do alcance de seus dedos.

- O Cartógrafo

r- ít

\a,
./t
a
L Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:

\
L ,/ Uma torre escura assoma no horizonte, com seu pináculo
a centenas de metros do chão e as muralhas tomadas por
crânios queimados no alto de espigões de ferro. O ápice da
,qr torre se divide em cinco agulhas mais finas que parecem
F§- furar o céu feito dedos providos de garras. Voando em
:§ \
'fi
,lríJ,
_»r
círculos acima do pináculo da torre há um grande dragão
branco, todo sujo de cinzas e fuligem.
Ao se aproximarem da torre, vocês avistam figuras se
arrastando no alto das muralhas: guardas mortos-vivos em

'*çdl t-^
\
estado de decomposição variado.

{t'
., t

'§, Arkhan, o Cruel, tomou a torre e fez d,ela seu quartel-

'!'r t general. Ali, com a ajuda de umjaboruga sacerdote da morte
de Tiamat chamado Krull, o combatente draconato pesquisa
maneiras de impor sua vontade ao artefato conhecido
como a Mão de Vecna, para que possa usar os segredos
F do objeto com a intenção de libertar a rainha dos dragões,
\ Tiamat, de sua prisão nos Nove Infernos. Arkhan foi a
um monumento ali perto para conversar com sua deusa e
deixou Krull na torre.
Dragões arÍancâram dos vulcões abrasadores do Avernus
-F as pedras de obsidiana que dâo forma à Torre de Arkhan.

Knur,r, 3o círculo (3 espaços): animar mortos, círculo mágico,

Humanoide Médio (joboruga), ordeiro e mau falar com mortos, guardiões espirituais, toque vampírico
4o círculo (3 espaços): banimento, localizar criaturo, malogro,
presságio, proteção contra morte
Classe de Armadura'17 (armadura natural)
5" círculo (2 espaços): contágio, cúpula antivida, névoa mortal,
Pontos de Vida l l7 (18d8 + 36)
restauração maior
Deslocamento 9 m
6o círculo (1 espaço): criar mortos-vivos, visõo da verdade
7o círculo (1 espaço): palavra sagrada, regeneração
FOR DES coN INT SAB CAR
20 (+s) la (+2) 15 (+2) l2 (+l) 20 (+s) l2 (+l) Destruição lnescapável. O dano necrótico causado pelas magias
de Krull ignora a resistência ao dano necrótico.
Salvaguardas Sab +8, Car +4
PerÍcias Arcanismo +4, Medicina +8, Natureza +4, Prender a Respiração. Krull consegue prender a respiração
Sobrevivência +E durante I hora.
Sentidos Percepção passiva 15
ldiomas Aquan, Comum, Dracônico ES
NÍvel de Desafio 6 (2,300 XP) Garros. Arma de Combate Corpo o Corpo: +8 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 7 (1d4 + 5) perfurante.
.l4"
Conjuração. Krull é um conjurador de nível. Sabedoria é seu Malho +1. Arma de Combate Corpo a Corpo: +9 para acertar,
atributo de conjuração (CD 16 para evitar magia, +8 para alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 13 (2d6 + 6) contundente mais
acertar com ataques mágicos) e possui as seguintes magias 9 (2d8) necrótico.
de clérigo preparadas:
Defeso do Casco. Krull se recolhe para dentro do casco.
Truques (à vontade): acudir os moribundos, chama sagrada, Até voltar a sair com uma ação bônus, ele terá +4 de bônus na CA
reparar, resistência, toumaturgia, toque necrótico e vantagem nas salvaguardas de Força e Constituição. Enquanto
lo círculo (4 espaços): curorferimentos, detectar o bem e o mal, continuar dentro do casco, Krull será tratado como se estivesse
inJligir ferimentos, roio nauseonte, vitalidade vozia caído, seu deslocamento será 0 e não terá como aumentar, ele
2" círculo (3 espaços): arma espirítual, cegueiro/surdez, imobilizar terá desvantagem nas salvaguardas de Destreza, não poderá usar
pessoa, raio do enfraquecimento, repouso tranquilo reações e a única ação que poderá fazer será sair do casco.

CAPÍTULO 3 I AVERNUS
IIO
 Cinquenta esqueletos e trinta zumbis estáo a postos para DnsnNvoLVrMENTo
defender a torre, que também é guardada pelo dragão branco
adulto Obatala. Ao detectar intrusos, o dragão ruge parâ Se os personagens convencerem Krull a levá-los até Arkhan,
o jaboruga vai conduzi-los em segurança ao Monumento a
alertar Krull (consulte o bloco de estatísticas), que sai da torre
para receber os recém-chegados. Krull, que tem preces paÍa Tiamat (p. 112). Os personagens também podem ficar de
Tiamat entalhadas com runas dracônicas em seu casco, chega campana do lado de fora da Torre de Arkhan e esperar o
acompanhado de quatro carniçais que fazem as vezes de seus draconato voltar. Nesse caso, a reação de Arkhan será idêntica
à sua resposta no Monumento a Tiamat, com a exceçáo de que
assistentes. Os carniçais estâo roendo ossos e lançam olhares
esfomeados para os personagens enquanto Krull negocia com aqui nào terá como invocar a quimera Asojano.
eles. De jeito nenhum Krull deixará os intrusos entrarem na
torre de nove andares e atrapalharem seus experimentos ou
mexerem nos aposentos de Arkhan.
Krull estará disposto a levar os personagens até trr
Arkhan se eles tiverem algo valioso, como o orbe
dracônico encontrado no Túmulo de Uldrak ou o i-
unicórnio resgatado no mata-demônios (p. 106). Do
contrário, o jaboruga vai mandar os personagens
partirem imediatamente se não quiserem morrer. t. '-
Além dos mortos-vivos que a defendem, a torre
abriga quatro dragôes menores em seu interior:
um dragão negrojovem chamado Slarkas, um u
dragão azuljovem de nome Vistalancer, um dragão ,i -
-a
verdejovem que atende por Vermilius e um dragão i
I
\,,
vermelho filhote que foi apelidado de Chispa. Esses
dragões vão atacar os personagens que invadirem a \I
torre e lutar até a morte para defendêJa.
Tesouro. Krull empunhaummalho +1 e tem cinco
poções de cura e duas moedas esprrrtuar's (p. 94) numa
.l
bolsa a tiracolo. A torre é tomada por laboratórios. ne-
a
crotérios e incubadoras de dragôes que podem conter
outros tesouros protegidos magicamente. a seu critério.
'lÉ

7
AnrnaN, o Cnunr 1/dia cada: missão, reviver os mortos
Humanoide Médio (draconato), ordeiro e mau Equipomento Especial. Arkhan empunha o Devorador de Fanos
(p.223) e usa uma armadura de placos de obsidiana dos dragões
Classe de Armadura 23 (armadura de placas de obsidiana dos @.22\. A armadura dá a Arkhan vantagem nos testes de atributo
dragões, escudo) e salvaguarda feitos com a intenção de evitar ou encerrar a
Pontos de Yida 221 (26d8 + I 04) condiçào agarrado sobre si.
Deslocamento l2 m Mdo de Vecna. A Mõo de Vecna tem 8 cargas. Diariamente,
ao amanhecer, ela recupera 1d4 + 4 cargas usadas. Arkhan
FOR DES coN INT SAB CAR pode conjurar as magias a seguir usando a mão e gastando a
20 (+5) l2 (+l) 18 (+a) ]0 (+0) '10 (+0) l8(+a)
quantidade de cargas indicada (CD 18 para evitar magia):
dedo da morte (5 cargas), sono (1 carga), lentidão (2 cargas)
Salvaguardas Sab +5, Car +9
e teleporte (3 cargas).
Perícias Atletismo +10, Enganação +9, lntimidação +9
Resistências a Dano ígneo, venenoso;
contundente, perfurante e cortante de armas não mágicas AçÕes
lmunidades à Condição amedrontado
Ataques Múltiplos. Arkhan faz três ataques com arma.
Sentidos visão no escuro 18 m (enxerga criaturas invisíveis
dentro do mesmo alcance), Percepção passiva 10 Devorador de Fanos (Machodo de Batalha), Arma de Combate
ldiomas Comum, Dracônico Corpo a Corpo: +13 para acertar, alcance I,5 m, um alvo.
NÍvel de Desafio l6 (15,000 XP) Dano:16 (ld8 + l2) cortante, ou 17 (1d10 + 12) cortante se usado
com as duas mãos, mais 9 (2d8) pontos de dano gélido. Se o alvo
Auro de Ódio. Desde que Arkhan não esteja incapacitado, ele e for uma criatura e Arkhan tirar 20 na jogada de ataque, a criatura
todos os ínferos e mortos-vivos a até 9 metros dele causam vai sofrer 9 (2d8) pontos adicionais de dano necrótico e Arkhan
4 pontos de dano adicionais toda vez que acertam um ataque com vai recuperar uma quantidade de pontos de vida igual ao dano
arma de combate corpo a corpo (já acrescentados aos ataques de necrótico infligido.
Arkhan). Esse dano adicional é do mesmo tipo do dano da arma. Azogaia, Arma de Combate Corpo a Corpo ou à Distância:
.l,5
+10 para acertar, alcance m ou alcance 9136 m, um alvo.
Conjuração lnoto, Carisma é o atributo de conjuração inata de
Arkhan (CD 17 para evitar magia). Ele pode conyurar as magias a
Dano:8 (ld6 + 5) perfurante, mais 4 pontos de dano perfurante
e 9 (2d8) de dano gélido se a azagaia for usada para íazer um
seguir, sem precisar de componentes materiais:
ataque corpo a corpo.
3ldia cada: onimar mortos, marca da punição (como se fosse de
', 4o círculo), revivifcar

CAPÍTULO 3 I AVERNUS
III
 MonauMENTo e Tiauar Seria loucura atacar este local sem um exército. Abishai
de todas as cores fazem ninho nas cavernas sulfurosas
DrABos nnecôNrcos sE ALoJAM Nuu crÂNro cTcANTESCo atrás do crânio e dezenas de abishai brancos (bloco de
estâtísticas m p.228) saem de lá para neutralizar qualquer
atraués do qual a rainha dos dragõesfalo com suos cin co línguas.
ataque ou invasão.
- O Cartografo A máquina de guerra infernal estacionada ao lado da
tenda é a Cabrita Infernal (p. 94) de Torogar Punho de Aço,
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou o minotauro guarda-costas de Arkhan, o Cruel.
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:

O crânio colossal de um dragão se recosta na vertente de

:JX
uma montanha, cercado por ossos do tamanho de casas.
I
Fumaça acre se ergue da boca do crânio. Uma tenda militar
foi armada entÍe os ossos e, estacionada ao lado dela, vê-se
\ ,l
uma máquina de guerra infernal de duas rodas.
Reunidos em volta da tenda estão dezenas de
humanoides reptilianos tagarelas, com espadas reluzentes, t
escamas brancas e asas coriáceas.

§
*
{
Um túnel nos fundos do crânio leva ao covil de Tiamat. I
Acredita-se que os diabos que se aninham no crânio, os
abishai, façam as vontades dela... ou talvez sejam seus \
carcereiros, sob as ordens de Asmodeus.
Das profundezas de seu covil, Tiamat
,t ffi
consegue ouvir as preces e os pronuncia- I
mentos dos servos fiéis que chamam por ela
il
I
,-/
diante da boca do crânio de dragâo colossal.
Quando a rainha dos dragões decide respon-
der, suas cinco vozes sibilantes se fazem ou- l/ I
- t
vir na escuridão, amplificadas pelo crânio,
emitindo ordens e completando
uma as frases das outras.
-Za

-!
I I
%L*
I
\b:-

Tônocen PuNno DE
Monstruosidade Grande, ordeiro e mou
Classe de Armadura l7 (armadura natural)
Pontos de Vida 168 (16d10 + 80)
Deslocamento l2 m
-->#
F
Aço criatura hostil nem sofrido dano desde o turno anterior. Enquanto
estiver enfurecido, Torogar terá os benefícios a seguir:
. Vantagem nos testes e nas salvaguardas de Força.
. Ele Provoca 3 pontos de dano adicionais quando acerta o alvo
com um ataque de arma corpo a corpo.
. Resistência ao dano contundente, perfurante e cortante.

FOR DES coN INT SAB CAR Morrada. Logo depois de usar a ação Correr, Torogar pode fazer
'17 l6
2s (+7) (+3) 20 (+s) 8 (-r) e (-1) (+3) um ataque corpo a corpo com os chifres.

Salvaguardas For +l l , Con +9 Memória Labiríntica. Torogar se lembra perfeitamente de

Perícias Atletismo +1 1, Enganação +7, lntimidação +7, qualquer caminho que já tenha percorrido.
Sobrevivência +3
Sentidos visão no escuro 18 m, Percepção passiva 9 AçõES
ldiomas Abissal, Comum Ataques Múltiplos. Torogar faz três ataques: dois com as
NÍvel de Desafio ll (7,200 XP) cimitarras e um com os chifres.

Cimilorra. Arma de Combote Corpo a Corpo: +1\ para acertar,

Equipamento Especial. Torogar usa manoplas de fúria Jlamejante
(p.223) e um cinturão deforça de gigante do fogo. Sem o cinturão,
a Força dele é 21. Ele também porta uma moeda espiritual (p.225)
Fúria (Recorrega opós um Descanso Cutlo ou Longo).Íorogar
pode usar uma ação bônus para entrar num estado de fúria que
vai durar I minuto. A fúria vai passar mais cedo se Torogar ficar
inconsciente ou se seu turno acabar e ele não tiver atacado uma
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:14 (2d6 + 7) cortante, ou
17 (2d6 + 10) cortante se estiver em fúria, mais 3 (1d6) ígneo
das manoplas de fúria flamejante.
Chifres. Arma de Combate Corpo a Corpo: +11 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: l6 (2d8 + 7) perfurante, ou
l9 (2d8 + 10) perfurante quando em fúria.

r12
cepÍruro 3 I AVERNUs
AnrnlN, o Cnurr
O draconato Arkhan, o Cruel (bloco de estatísticas na
p. I 11), está dentro da tenda, ao lado de sua mantícora
companheira Chango e de Torogar Punho de Aço, seu feroz
minotauro guarda-costas (consulte o bloco de estatísticas).
Arkhan visita o monumento para conversar com sua rainha
e informar o andamento de sua batalha pessoal para
§rbmeter à sua vontade a Máo de Vecna, que ele obteve
durante uma breve excursão ao mundo de Exândria.
Se os personagens se aproximarem do acampamento de
Arkhan, os doze abishai brancos (bloco de estatísticas na
p.228) ali presentes vão avançar para interceptáJos. Os
personagens acompanhados pelo jaboruga Krull (consulte
'Torre de Arkhan", p. 110) ou que tenham algo que Arkhan
possa considerar valioso terâo permissâo para se aproximar
do acampamento.
Arkhan acredita que possa lusar a Mào de Vecna para
descobrir uma maneira de libertar Tiamat de sua prisão
nos Nove Infernos, mas só se a mão não o matar primeiro.
A mâo está corrompendo aos poucos a carne de Arkhan e
submetendo um dos lados de seu corpo à decomposição.
Para evitar essa decadência, Arkhan precisa tsar a Mão de
Vecna para aniquilar criaturas de alinhamento bom. Se os
personagens tentarem negociar com o draconato
- para ob-
ter um frasco do sangue de Tiamat ou ajudá-los a entrar em
contato com a rainha dos dragões
-, Arkhan vai pedir em
troca o sacrifício de uma criatura de alinhamento bom. Lulu
é a candidata ideal, assim como o unicórnio Cor-de-Luar
(consulte "Mata-Demônios", p. 106). Sacrificar uma criatura
como essa para satisfazer Arkhan é um ato maligno.
Em batalha, Arkhan lusa marca da punição para
incorporar aener§ia radiante de Tiamat a seus ataques com
armas. Se levar a pior em combate, ele vai usar o poder de
teleporte da Mão de Vecna para voltar à sua torre com o
maior número possível de aliados. Se um ou mais de seus
colegas tombar em batalha, Arkhan vai usar as magias
revivificar e reviver os mortos para lhes devolver a vida
assim que possível.
Se Arkhan se vir sobrepujado pelos oponentes, ele vai
mandar os abishai atacarem. Ele também pode usar uma
açâo bônus para chamar Asojano, uma quimera que se
entoca nas profundezas do crânio de dragão colossal. Esse
monstro maligno a serviço de Tiamat considera Arkhan seu
amigo e aliado.
DnsnNvoLVrMENTo
Os personagens muito provavelmente estarão ali para
negociar com Arkhan o frasco com o sangue de Tiamat.
Se conseguirem o relicário, os aventureiros poderão levar
o sangue de Tiamat para Uldrak e usáJo para romper a
maldição do ex-titâ. Empolgado, Uldrak derrama a seus pés
o conteúdo do frasco, que chia ao tocâr o chão. Segundos
depois, ele se livra da pele de diabo e cresce até retomar sua
forma verdadeira, a de um empireano ordeiro e mau. Com
uma gargalhada de júbilo, Uldrak tira sua espada do solo e
fornece de bom grado aos personagens uns 4 litros de seu
próprio sangue, para que eles possam romper a maldiçâo de
Ralzala. Em seguida, conjura transição planarpara voltar
aos domínios de sua divindade, Surtur.
De volta ao mata-demônios, os personagens vão descobrir
que Ralzala também manterá a palavra dada. Depois de
beber o sangue do empireano para se livrar de seu pacto,
ela grava a carta de apresentaçào para Bel numa tábua de
basalto e encaminha os personagens para o covil do ex-
arquiduque do Avernus. A aventura continua na Forja de Bel.
Fon;e DE BEL
UM ARqUIDUqUE DESPEJADo, AMUADO DENTRO DE UM
uulcõo, cnsioso poro reclamar o trono que lhe roubaram.
- O Cartógrafo
Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:
Um vulcão descomunal assoma no horizonte. A cratera
expele nuvens de fogo e cinzas e o ar estremece com
seus resmungos irados. Uma enorme fortaleza em várias
camadas foi esculpida nas encostas rochosas do vulcâo.
Bel, uma das maiores mentes militares dos Nove Infernos,
mora nesse baluarte de ferro. Desde seu bastião, o segundo
em comando de Zariel e ex-senhor do Avernus supervisiona
as forjas que fornecem armas e armaduras para a
Guerra Sangrenta.
Um exército de diabos protege afortaleza e a magia negra
de Bel o alerta quando há intrusos dentro de seus muros.
Os forasteiros que se aproximarem demais serão atacados
por uma força especial composta de dois diabos chifrudos
à frente de dez diabos barbados. Se os intrusos sobrevive-
rem e continuarem na área, um exército inteiro de diabos
vai se abater sobre eles.
Os personagens podem conseguir uma audiência com
Bel se tiverem uma carta de apresentação (disponibilizada
pela dao Ralzala) ou se forem capturados ou mortos pelas
forças de Bel. Bel tem um prâzer perverso em reviver os
inimigos mortos para interrogá-los, principalmente quando
parecem ser forasteiros. É possível se infrltrar na fortaleza
de Bel, mas somente se os personagens tiverem meios
mágicos paÍa se escudarem dos poderes divinatórios do
arquidiabo. Se fizerem amizade com Olanthius (consulte
"Jazigo dos Cavaleiros do Inferno", p. 101), fecharem novo
acordo com Ruth Ruiva (consulte "Sarças Osseas", p. 107)
ou cumprirem uma demanda para Mefistófeles (consulte
"Espelho de Mefistar", p. 99), eles talvez consigam se
infiltrar na fortaleza como parte do tributo que seu aliado
venha a apresentâr a Bel. De qualquer maneira, quer se
infiltrem, cheguem com uma carta de apresentaçâo ou
sejam apanhados, eles acabarâo no nível mais baixo da
fortaleza, onde Bel vive entocado.
CenecrnnÍsuces DA Fo A
A Forja de Bel foi escavada na rocha vulcânica e, em toda a
sua extensão, o pé-direito é de impressionantes 15 metros.
Outras características da forja sâo resumidas a seguir.
Calor. A forja de Bel é de um calor insuportável, com
temperatura ambiente entre 55 e 65 graus Celsius.
O calor extremo tem efeitos deletérios sobre as criaturas
não adaptadas a esses ambientes (consulte "Calor
Extremo" no capítulo 5 do Dungeon Master's Guide:
Livro dos Mestres).
Lava. Rios de lava a céu aberto sâo canalizados através da
forja para processar minérios e derreter o metal extraído.
Toda criatura que entrar na lava pela primeira vez no seu
turno ou começar seu turno dentro da lava vai sofrer
33 (6d10) pontos de dano ígneo. Aumente para
99 (18d10) pontos de dano ígneo se a criatura afundar
completamente na lava.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
II3
 \§-- o
(õ
6,):r
Or /- -\
o B3
84 -9
/._\" ())
\N&
'iv r í9 §
/ --
B2 B3 \9)
o \(e))
/^»/"
o
ô
//Lo @' 1

q
o

\
o

B2
o.

ô
o.

l quadrado = 1,5 m o olr

Maoa 3.5: Fonra oe ôel
§N'. o

ENcoNrnos NA Fonya Os nomes dos gigantes do fogo sâo Drumra,Jalt, Rosska

As descrições a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 3.5.
Bl. Drscroe À Forya
Leia o texto do quadro a seguir para os jogadores
quando os personagens chegarem ao nível mais baixo
da fortaleza de Bel:
Uma escada em caracol de ferro forjado desce até uma íorja
cavernosa. Canais de lava borbulhante meandram por todo
o complexo, lançando uma luz cor de fogo sobre bigornas
enormes. Gigantes acorrentados, de pele negra como o
carvão e cabelos cor de laranja, batem seus martelos para
dar forma a armas sob o olhar maligno de um diabo do
fosso sentado num trono voador. Por toda a extensão da
íorja, vê-se uma chuva de faíscas.
O diabo do fosso é Bel (consulte "Como Interpretar Bel", a
seguir). Somente ele consegue controlar seu trono voador
Grande, que tem deslocamento de voo de 4,5 metros e é
capaz de pairar.
82. GIoINTES DE Foco Frnnrrnos
Quatro gigantes do fogo agrilhoados estão usando martelos
e bigornas enormes para fabricar armas e armaduras
infernais sob o olhar vigilante de Bel. Uma confusâo de
objetos gigantescos cerca a bigorna de cada gigante: baldes
} de ferro contendo água oleosa, rolos de correntes sujas de
graxa, montes de limalha de ferro, e mais.
,\
tr4 cepiruro 3 I AVERNUS
e Zrakorn. Acorrentados, os gigantes têm deslocamento
de caminhada de 3 metros. Eles desprezam Bel, mas sào
magicamente obrigados a fazer o que ele manda. Somente
Bel e capaz de romper ou abrir os grilhões que os prendem.
B3. PnerrrErRAS DE ARMAS
Estas prateleiras contêm armas destinadas às linhas de
frente da Guerra Sangrenta. A maioria delas é grande
demais para serem usadas com eficiência por personagens
Pequenos ou Médios.
Tesouro. Entre âs armas maiores encontram-se três
armas mágicas de tamanho adequado para personagens
Pequenos e Médios: duas aza§aias infernescentes e uma
espad a §ra nde i n ferne sce nte (p. 223).
84. TanquE DE MAcMA
No interior desta caverna, torres e pontes de guindaste ro-
lante, todas de aço, mantêm uma máquina nova, enoÍme e
terrível suspensa acima de um tanque de magma. A máquina
é a arma secreta de Bel em sua guerra fria para destronar
Zariel. Quando os personagens chegarem aqui, a máquina in-
fernal ainda estará em construçâo e longe de ser completada.
C orr,ro I urrnpnETAR BEL
Bel (consulte o bloco de estatísticas) supervisiona
a manufatura de armas e armaduras para a Guerra
Sangrenta. Apesar de Asmodeus ter instruído Zariel a
aceitar Bel como conselheiro, Bel e Zariel se detestam e
inventam distrações para que possam manter distância.
Quando ficar sabendo das intenções dos personagens, Bel
decidirá usá-los como títeres para manchar a reputaçâo de
Zariel e, por fim, destroná-la.
 Bel banca o vassalo leal de Zariel para manter as aparên-
càs. Em segredo, ele usa telepatia para combinar um plano
traiçoeiro com os personagens. Este é o plano de Bel:
- Ele quer que os personagens recuperem nove bastões de
adamantina que foram roubados de sua forja por espiões de
Zariel. Assim que tiver os nove bastões de volta, Bel estará
disposto a divulgar a localização da Cidadela Sangrenta.
- Bel sugere que os personagens falem com um sibriex
recém-capturado por seus espiôes. Os sibriexes acumulam
conhecimento proibido e esse em particular tem sido uma
ótima fonte de informações. Pode ser que saiba onde os
espiôes deZariel esconderam os bastôes de adamantina.
- Para ajudar os personagens a chegar ao sibriex, Bel
promete arranjar uma barcaça que eles podem usar para
navegar no rio Estige.
Bel não conta aos personagens que o Companheiro
(que ele chama de Insidiador Solar) foi construído em
sua forja nem revela que há um planetar aprisionado
dentro do artefato. Bel também deixa de mencionar que
os nove bastôes de adamantina sâo as chaves que abrem
o dispositivo e libertam o planetar. Se os personagens
perguntarem para que servem os bastôes, Bel responderá:
"Nâo é da sua conta. E o melhor trato que vâo conseguir no
Avernus. Sugiro que o aceitem."
Bnr
infero Grande (diabo), ordeiro e mau
Classe de Armadura l9 (armadura natural)
Pontos de Vida 364 (27d10 + 216)
Deslocamento 9 m, voo l8 m
FOR DES coN INT SAB CAR
la 26 (+8) 25 (+7) l9(+a) 26 (+8)
28 (+9) (+2)
Salvaguardas Des +9, Con +.l5, Sab +l l
Feícias Arcanismo +.l4, Enganação +15, lntuição +ll, Persuasão +15
Resistências a Dano gélido; contundente, cortante e períurante de
ataques não mágicos que não selam de prata
lmunidades a Dano ígneo, venenoso
lmunidades à Condição envenenado
Sentidos visão verdadeira 36 m, Percepção passiva 14
ldiomas Comum, lnfernal, telepatia 36 m
Nível de Desafio 25 (75,000 XP)
Armas Mágicos. Os ataques com arma de Bel são mágicos.
Aura de Medo. A não ser que Bel esteja incapacitado, toda criatura
hostil que começar seu turno a até 6 metros dele terá de fazer
uma salvaguarda de Sabedoria com CD 23. A menos que tenha
sucesso, a criatura ficará amedrontada até o começo de seu
próximo turno. Se a salvaguarda da criatura íor bem-sucedida,
ela ficará imune à Aura de Medo de Bel pelas próximas 24 horas.
Conjuroção lnoto. Carisma é o atributo de conjuração de Bel
(CD 23 para evitar magia). Ele pode conjurar inatamente as
magias a seguir, sem precisar de componentes materiais:
A vontade: bola defogo, detectar magia
3ldia cada: despistor, dissipar magia, imobilizar monstro,
muralha de fogo, reJlexos, reviver os mortos, teleporte
lldia cada: aprisionamento, chuva de meteoros
Resistência à Mogia. Bel tem vantagem em salvaguardas contra
magias e outros efeitos mágicos.
2
.rt I
§íÀ) I
,1
"
1
't\
l^ t
7
t d
- _r§
, Ilâ
t t
rt
6-i
Resistêncio Lendária (3/Dia). Bel escolhe se quer ser
bem-sucedido em uma salvaguarda que tenha íalhado.
Açõrs
Ataques Múltiplos. Bel faz três âtaques: dois com a espada grande
e um com a cauda.
Espoda Grunde. Arma de Combate Corpo a Corpo: +16 para acertar,
alcance 3 m, um alvo. Dano:23 (4d6 + 9) cortante, mais 21 (6d6)
ígneo. Se for um objeto inflamável que nenhuma criatura segura
nem traz iunto ao corpo, o alvo pegará fogo.
Coudo. Arma de Combote Corpo a Corpo: +16 para acertar, alcance
3 m, um alvo. Dano:25 (3d10 + 9) contundente. Se for uma
criatura, o alvo terá de ser bem-sucedido em uma salvaguarda de
Constituição com CD 23 para não ficar atordoado até o final do
seu próximo turno.
AçÕEs LrruoÁnras
Bel pode executar 3 açôes lendárias, escolhendo dentre as opções
a seguir. Apenas uma opção de ação lendária pode ser usada
de cada vez e somente no final do turno de uma outra criatura.
No começo de cada um de seus turnos, Bel recupera as ações
lendárias já usadas.
Bola de Fogo. Bel conjura bola defogo.
Superioridade Tática (Custa 2 Ações). Jogue 1d6 por Bel.
O resultado obtido no dado será subtraído da próxima jogada
de ataque feita contra Bel ou um aliado à escolha dele no prazo
de um minuto.
lnvocar Diabo do Gelo (Custa 3 Ações). Bel invoca magicamente
um diabo do gelo empunhando uma lança do mesmo material
(como se descreve no verbete "Diabo do Celo" do Monster
Manual: Livro dos Monstros). O diabo do gelo aparece em um
espaço desocupado a até l8 metros de Bel, age como aliado de
deste e, se tiver tal poder, conseguirá invocar outros diabos.
O diabo do gelo permanecerá até Bel morrer ou até este usar
uma ação para dispensá-lo.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
II5
 Se os personagens ficarem agressivos ou exigentes, Bel vai
suspirar e estalar os dedos, soltando os gigantes do fogo das Srsnrnx
correntes infernais. Ele promete a liberdade a todo gigante DIZEM quE o srBRrEx, cRrADoR DE HoRRoRES E
do fogo que matar um intruso, induzindo os gigantes a atacar
os personagens sem misericórdia. Aí Bel vai unir em campâ-
colecionador de segredos, é tao antigo quonto o Abismo.
nário os dedos das mãos e assistir ao desenrolar da batalha. - O Cartógrafo
Em combate, os gigantes do fogo arremessam baldes, ferra-
mentas e corÍefltes pesadas emvez de rochas. Eles também Quando os personagens chegarem a este local, leia ou
tentam empurrar os inimigos nos canais de lava. parafraseie o texto do quadro a seguir para os jogadores:
Se os personagens derrotarem os gigantes do fogo, Bel vai
elogiar a vitória deles e oferecer o mesmo acordo de antes.
Se os personagens recusarem uma segunda vez, Bel vai Correntes espinhosas prendem uma massa flutuante de
sorrir e dizer: "Que pena. Tôdos aqueles pobres coitados carne trêmula a um cadafalso de ferro forjado de 6 metros
em Elturel estavam contando com vocês." Entâo ele vai se
de altura. Dois ínferos cobertos de correntes estão em cima
oferecer para teleportáJos para fora de sua fortaleza, para que
possâm seguir caminho. Bel é um anfitrião cortês e nâo vai do cadafalso, apertando os grilhões para torturar a criatura
atacar diretamente os personagens, a menos que o ataquem esférica. O icor demoníaco escorre das feridas do monstro,
primeiro. Nesse caso, ele vai conjurar aprisionamenÍo num dos íormando uma poça rasa em volta do cadafalso.
membros do grupo (Lulu será a primeira opçâo). Se a magia
Um terceiro ínfero com cabeça de chacal usa um porta-
funcionar, Bel vai jurar soltar o prisioneiro assim que os nove
voz de bronze para berrar com o prisioneiro esférico em
bastôes de adamantina forem encontrados e devolvidos, sem
mais perguntas. vários idiomas. Esse está sentado de pernas cruzadas mais
ou menos na metade do cadafalso.
Drsruvol.vrMEryTo_
Quando os personagens estiverem prontos para deixar a forja, Os ínferos de Bel capturaram um sibriex (consulte o
Bel vai teleportá-los de volta à superfície. Se os personagens
bloco de estatísticas) e já faz um bom tempo que o estão
tiverem aceitado as condições de Bel, um diabrete chamado
torturando e interrogando. O sibriex é contido por correntes
Balakros estará à espera deles quando voltarem à superfície.
infernais provenientes da Forja de Bel que também o
Bel manda o diabrete ajudar os personagens a chegar ao si-
impedem de usar suas magias ou açôes para escapar.
briex. O diabrete já fez isso antes e sabe, sem precisar que the
O icor demoníaco que forma uma poça em volta do
digam, que suas ordens incluem voltar parâ prestar contas e
cadafalso tem um cheiro horrível, mas é fácil evitá-lo.
sussurrar ao pé do ouvido de Bel tudo que o sibriex tiver dito.
Mais informaçôes sobre icor demoníaco na p. 78.
Se os personagens se recusarem a deixar Balakros
acompanháJos, o diabrete vai se despedir, ficar invisível e
seguilos, guardando uma distância respeitosa.
Sranrex

Vracru PELo Rro

Balakros se oferece para levar os personagens a uma bar-
caça de ferro atracada à margem do rio Estige. Uma estrada
de ferro vai do vulcão de Bel até a barcaça e é patrulhada
por diabos barbados que não vão atacar os personagens se
t \
t. ti{
Balakros estiver à frente do grupo como guia. Amarrados
aos bordos da barcaça estão crânios e ossos de demônios.
rtd
Os personagens que seguirem viagem na barcaça terâo de
f
passar sob o Estaleiro Estígio (p. 123) a caminho do sibriex.
A barcaça tem 9 metros de comprimento, 4,5 metros de t Í-
largura e é robusta o suficiente para trânsportar até duas
máquinas de guerra infernais Enormes. Doze memegons
(bloco de estatísticas na p.239) sob o comando de um diabo
dos ossos chamado Krinjak operam os remos da barcaça.
Krinjak recebeu instruções para levar os personagens ,

aonde eles precisam ir. Apesar de se dizer leal a Bel,

Krinjak é, em segredo, um espião de Zariel. Depois de t
deixar os personagens o mais próximo possível do sibriex I
quanto o Estige permitir, ele partirá voando para avisar
Zariel que os aventureiros estão trabalhando para Bel.

Vrecnrrl PoR TERRA

Se os personagens preferirem outra maneira de chegar ao
sibriex, o diabrete Balakros vai se oferecer para guiá-los por .l
terra, pois sabe o paradeiro da criatura. Ele também pode
indicar a localizaçâo do sibriex no mapa do Avernus dos f'
personagens. I
t

rr6 c.l.pÍruro 3 | ÂVERNUS

 Dois diabos das correntes chamados Shalok eJank estâo
b'turando o sibriex sob a orientaçâo de Buscatrapo, um
ercanaloth cruel que assinou um contrato infernal cedendo
sua lealdade a Bel em troca de itens mágicos e livros de
magias. Os três ínferos sâo imunes ao poder de Deformar
Criatura do sibriex.
Buscatrapo usa uma espécie de cornofone para se dirigir
ao sibriex, tratando-o feito criança idiota. As declaraçôes
do arcanaloth costumam começâr com "conte-me tudo
que você sabe sobre..." e terminar com uma longa pausa
enquanto ele aguarda â Íesposta do sibriex. O sibriex está
cadavez mais teimoso, para desgosto de Buscatrapo.
O arcanaloth oferece três moedas espr'rrruar's aos
personagens, caso eles consigam fazer o sibriex falar, mas
nào tem intenção de honrar o acordo.
Trsouno
Buscatrapo usa um anel de visáo de raio-x na mâo direita.
Nos bolsos de seu manto manchado de bile, há duas poçôes
de cura (maiores) e seis moedas espirituais (p. 9a).
O arcanaloth também carrega um livro de magias
encardido, com capa feita de pele de chasme. O livro de
magias de Buscatrapo contém todas as magias que o
arcanaloth tem preparadas.
Srnnrnx
nfero Enorme (demônio), caótico e mou
Classe deArmadura l9 (armadura natural)
Pontos de Vida I 50 (l2dl2 + 72)
Deslocamento 0 m, voo 6 m (pairar)
FOR DES coN INT SAB
l0 (+0) 3 (-4) 23 (+6) 25 (+7) 24 (+7)
Salvaguardas lnt +13, Car +13
- Perícias Arcanismo +13, História +13, Percepção +13
Resistências a Dano gélido, Ígneo, elétrico;
contundente, perfurante e cortante de ataques não mágicos
lmunidades a Dano venenoso
lmunidades à Condição envenenado
Sentidos visão verdadeira 36 m, Percepção passiva 23
ldiomas todos, telepatia 35 m
Nível de Desafio 18 (20,000 XP)
Conjuraçõo lnato. O atributo de conjuração inata do sibriex é
Carisma (CD 21 para evitar magia). Ele pode conjurar inatamente
as magias a seguir, sem precisar de componentes materiais:
A vontade: comando, dissipar magia, enfeitiçar pessoo,
imobílizar monstro
3 I dia enfra qu ecer i ntel ecto
Contaminoção. Este sibriex emite uma aura de corrupção num
raio de 9 metros. As plantas que não são criaturas murcham
dentro da aura e o solo em seu interior torna-se terreno difícil
para outras criaturas. Toda criatura que começar seu turno
dentro da aura terá de ser bem-sucedida em uma salvaguarda
de Constituição com CD 20 para não soírer l4 (4d6) pontos de
dano venenoso. A criatura que tiver sucesso na salvaguarda ficará
lrnune à Contaminação deste sibriex pelas próximas ?4 horas.
Resistência à Magio. O sibriex tem vantagem em salvaguardas
contra magias e outros efeitos mágicos.
Resistência Lendário (3/Dio). O sibriex escolhe se quer ser
bem-sucedido em uma salvaguarda que tenha falhado.
INrrnnoGAToRro Do SrBRrEx
Antes de ser capturado pelos ínferos de Bel, o sibriex
perambulava pelo Avernus, recolhendo informações em
todos os lugares que visitava. A seu critério, o sibriex
talvez saiba alguma coisa sobre outros locais indicados no
mapa do Avernus dos personagens. A criatura só vai dizer
o que sabe se os personagens usarem métodos mágicos
de interrogatório. Ela nâo sabe nada que possa ajudar os
personagens a encontrar a Dspada de Zariel, mas sabe onde
estâo os nove bastôes adamantina de Bel.
O sibriex usa sua telepatia para contatar o primeiro
membro do grupo que chegar a ate 36 metros dele,
oferecendo informações em troca de sua liberdade. O
personagem com quem o sibriex conversar telepaticamente
conseguirá detectar que a oferta do demônio náo é sincera
com um teste bem-sucedido de Sabedoria (lntuiçáo) CD 17.
Ao contrário do que alega, o sibriex não tem a intençâo de
ajudar os personagens.
Com um teste bem-sucedido de Carisma (Enganaçâo ou
Persuasào) CD 17, um personagem pode convencer o sibriex
a dividir com o grupo uma informaçàozinha como prova de
boa-fé. Se lhe perguntarem sobre os bastôes de adamantina,
o sibriex vai responder que viu os nove na carcaça de uma
Ações
Ataques Múltiplos. O sibriex usa Esguichar Bile uma vez e faz
três ataques usando corrente, mordida ou uma e outra.
Corrente. Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para acertar,
alcance 4,5 m, um alvo. Dano:20 (2d12 + 7) perfurante.
Mordida, Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para acertar,
CAR
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:9 (2d8) perfurante mais
25 (+7)
9 (2d8) ácido.
Esguichor Bile. O sibriex escolhe como alvo uma criatura à vista
e a até 36 metros dele. O alvo precisa ser bem-sucedido em uma
salvaguarda de Destreza com CD 20 para não sofrer 35 (.l0d6)
pontos de dano ácido.
Deformor Criatura. O sibriex escolhe como alvo até três criaturas
à vista e a até 36 metros dele. Cada alvo precisa fazer uma
salvaguarda de Constituição com CD 20. Se for bem-sucedida, a
criatura 6cará imune ao poder de Deíormar Criatura deste sibriex.
Se falhar, o alvo estará envenenado, o que também íará com que
ganhe 1 nível de exaustão. Enquanto estiver envenenado, o alvo terá
de repetir a salvaguarda no começo de cada um de seus turnos.
Três salvaguardas bem-sucedidas encerram o envenenamento e
removem todos os níveis de exaustão provocados pelo veneno.
Cada salvaguarda malsucedida íazo alvo receber mais um nível
de exaustão. O alvo que chegar a 6 níveis de exaustão morre e se
transforma instantaneamente num mofino abissal vivo (bloco de
estatísticas na p. 118) sob controle do sibriex. A transformação do
corpo só poderá ser desíeita com a magia desejo.
AçõEs Ler'r oÁnres
O sibriex pode executar 3 ações lendárias, escolhendo dentre as
opções a seguir. Apenas uma opção de ação lendária pode ser
usada de cada vez e somente no final do turno de outra criatura.
No começo de cada um de seus turnos, o sibriex recupera as
ações lendárias já usadas.
Conjurar uma Magia. O sibriex conjura uma magia.
Borrifar Bile. O sibriex usa Esguichar Bile.
Desfigurar (Custa 2 Ações). O sibriex usa Deíormar Críatura.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
IT7

fortaleza voadora acidentada. O sibriex não vai revelar a
localização da carcaça, mas o diabrete Balakros sabe onde os
destroços estão e poderá levar os personagens lá se alguém
comentar isso com ele. A seu critério, Lulu também pode se
lembrar de repente da localizaçào da carcaça.
LrnnnreçÃo no Srnnrnx
Buscatrapo e os diabos das correntes vâo atacar os
personagens que tentarem soltar o sibriex. Romper três
das seis correntes que prendem o ínfero vai permitir que
ele se solte, ao que alçará voo e tentará se afastar o máximo
possível do cadafalso de ferro. Cada corrente tem CA 19,
33 pontos de vida, limiar de dano 10 e imunidade ao dano
ígneo, venenoso e psíquico.
Dnnonue õns
Quando uma criatura falhar em uma salvaguarda contra
a habilidade Deformar Criatura do sibriex, você poderá
jogar o dado percentual e consultar a tabela Deformaçôes
(p. 78) para determinar um efeito adicional que
desaparecerá quando o efeito de Deformar Criatura
cessar. Se a criatura se transformar num mofino abissal
(consulte o bloco de estatísticas), o efeito passará a ser uma
característica permanente do corpo em questào.
Uma criatura pode se submeter de livre e espontânea
vontade à deformação, um processo doloroso que leva
ao menos t hora enquanto a criatura permanece a até
18 metros do sibriex. No fim do processo, jogue o d100 e
compare o resultado com a tabela Deformações (ou entâo
escolha um efeito) para determinar como a criatura será
transformada permanentemente.
DnsnNvoLvrMENTo
Depois de enganar ou obrigar magicamente o sibriex a
revelar a localizaçâo dos bastôes de adamantina de Bel,
os personagens podem ir buscar os bastôes na carcaça da
fortaleza voadora.
Morrxo Asrssar
Ínfero Médio (demônío), caótico e mau
Classe de Armadura 'll
Pontos de Vida l8 (4d8)
Deslocamento 6 m
FOR DES CON INT SAB CAR
e (-l) 12(+l) 11 (+0) 5 (-3) 8(-1) s (-3)
Resistências a Dano gélido, ígneo, elétrico
lmunidades a Dano venenoso
lmunidades à Condição amedrontado, enfeitiçado, envenenado
Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva 9
ldiomas entende Abissal, mas não fala
NÍvelde Desafio 1/4 (50 XP)
AçÕes
Mordida. Arma de Combate Corpo a Corpo: +3 para acertar,
!1 alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 5 (1dB + 1) cortante.
rrg cepÍrulo3lAvERNUS
CancnÇA DA
FonrerEZAVoe»ou
ARMA FEITA PARA UM AqUIDIABo, DESTROÇADA EM BAIAIHA
e conuidatioL s^que^dores.
^os
- O Cartógrafo
Para chegar à carcaça da fortaleza voadora, os personagens
precisam cÍluzaÍ uma planície quente e varrida pelo vento,
arruinada por tempestades de fogo mágicas. Personagens
voadores e máquinas de guerra infernais velozes podem
evitar facilmente essas tempestades de fogo.
Os personagens que estiverem a pé terão de ser bem-
sucedidos em um teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 20
ao cruzar a planície lambida pelo fogo. Se falharem, uma
tempestade de fogo equivalente a um cubo de 18 metros
de lado vai varrer o chão e engolfar o máximo possível
de membros do grupo. Aí a tempestade vai se ligar a um
membro do grupo escolhido aleatoriamente e continuará
centrada nele durante 1 minuto. Finda a duração, a
tempestade vai se desprender da criatura e se afastar numa
direção aleatória. A tempestade deve obrigatoriamente
manter o contato com o solo o tempo todo. Caso se separe da
criatura à qual se ligou, vai se afastar numa direçâo aleatória
e deixar de ameaçar o grupo.
Todo personagem que entrar numa tempestade de fogo
pela primeira vez em um turno ou começar seu turno ali
terá de ser bem-sucedido em uma salvaguarda de Destreza
CD 20, sofrendo 44 (8d10) pontos de dano ígneo se falhar,
ou metade do dano se tiver sucesso. A tempestade de fogo
ateia fogo a objetos inflamáveis que nenhuma criatura
esteja segurando ou usando junto ao corpo. A conjuraçâo de
dissipar ma§ia (CD 18) na tempestade fará com que esta se
apague e desapareça.
CnrceNDo À Cenceçe
Quando os personagens chegarem à carcaça, leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
Uma carcaça muito alta se ergue da paisagem infernal
abrasada. Parece a lâmina de uma espada gigantesca,
inclinada num ângulo de vinte graus e parcialmente
enterrada. Boa parte do casco exposto está eníerrujado e
em pedaços. O vento quente grita ao passar pela estrutura
oca, e seis abutres gigantes circulam acima dela.
Após demônios terem incapacitado essa fortaleza em batalha,
Zariel a abandonou e a deixou ali para enferrujar.
A estrutura tem 45 metros de altura, mas o terço inferior está
enterrado. Todos os conveses inferiores foram saqueados,
mas o convés de comando lá no alto promete. Os persona-
gens podem escalar o casco externo e dilacerado da carcaça
para chegar a esse convés que, em seu ponto mais baixo, fica
a 24 metros do chão. Escalar a carcaça por fora sem o equi-
pamento adequado exige um teste bem-sucedido de Força
(Atletismo) CD 15. Os personagens capazes de voar nâo terâo
dificuldade para chegar ao convés de comando.
Os "abutres gigantes" que circulam acima da carcaça sâo
seis vrocks que vâo atacar qualquer um que chegar a
15 metros do convés de comando. Se três vrocks acabarem
mortos, os demais vão fugir para nunca mais voltar.
Couvnsns INrnnronrs
Os conveses inferiores estão crivados de buracos,
permitindo o acesso fácil ao interior da fortaleza. Os
personagens podem chegar ao convés de comando sem
H
precisar fazer testes de atributo simplesmente subindo pelas
ruínas dos conveses inferiores, mas os destroços dentro da g
fortaleza tornam a escalada árdua.

Búzros-oos-Ossos *,
tLr
Os búzios-dos-ossos são moluscos grandes que
excretam um adesivo para colar crânios, ossos \
e outros detritos â seu corpo como proteção.
Eles vasculham a carcaça em busca de matéria
orgânica para se alimentar, grudando-se aos
pedaços de parede, piso e teto quando se I _f,
abrigam dos ventos escaldantes e dos vrocks
famintos. Os personagens que tentarem subir
por dentro da carcaça serão atacados por
r.{
cinco búzios-dos-ossos (consulte o bloco de
estatísticas). Lentos demais para fugir, os
búzios-dos-ossos lutam até a morte.
Ao morrer, o búzio-dos-ossos emite um grito que tem
50 por cento de chance de atrair os vrocks, que vão atacar
outras criaturas (mesmo os búzios) indiscriminadamente.

ENrnlna DE ALMÀs
Nas profundezas da carcaça fica um tubo cilíndrico de
1,5 metro de diâmetro e feito de ferro que se estende
praticamente por toda a altura da fortaleza. Essa tubulaçâo
foi projetada para funcionar como sifâo e trazer almas
atormentadas do rio Estige para uma cisterna de 3 metros
ffi *-Iü
de diâmetro abaixo do convés de comando e ali servir como
a fonte de energia da fortaleza. É possível acessar o tubo
por uma escotilha em todos os conveses, com exceçâo do de Búzro-pos-Ossos
Monstruosidode Grande, sem alinhomento
comando. Aninhado dentro da cisterna no alto da tubulação
está um monstro que lembra uma centopeia de 9 metros
Classe de Armadura 12 (armadura natural)
de comprimento e exsuda uma lama necrótica. Se escutar
Pontos de Vida 27 (5d10)
o som de uma escotilha se abrindo, o bicho vai deslizar
Deslocamento 4,5 m, escalada 4,5 m
tubo abaixo para devorar qualquer criatura à vista. Esse
monstro utiliza o bloco de estatísticas do remorraz. com as FOR DES coN INT SAB CAR
alteraçôes a seguir: 10 (+0) s (-3) '11
(+0) 6 (-2) e (-t) 3 (-4)
. O monstro causa dano necrótico, e não ígneo.
. Tem imunidade ao dano necrótico, e nâo gélido. Sentidos visão no escuro l8 m, Percepção passiva 9
ldiomas
-
CanacrpnÍsrrcls oa Nível de Desafio l/4 (50 XP)

PoNrn DE CoMANDo
A ponte de comando, mostrada no mâpa 3.6 (p. 120), tem as
características a seguir:
Superfícies de Ferro. O piso, as paredes, o teto e as portas
sâo feitos de ferro retorcido, vergado e rompido em vários
pontos. O pé-direito é sempre de 4,5 metros.
Fontes del-,uz. As áreas expostas ao ar livre ficam à
meia-luz, iluminadas pelo céu vermelho e infernal do
Avernus. Fora isso, as únicas fontes de luz sâo as chuvas
inofensivas de faíscas que caem de talhos no teto.
Inclinaçâo. Assim como o resto da fortaleza, o convés de
comando tem uma inclinaçâo de vinte graus, sendo a área
F5 a parte mais baixa do convés e a área F8 a mais alta.
O piso de metal inclinado é terreno difícil.
Aderente. O búzio-dos-ossos pode fazer com que objetos
Médios ou menores fiquem colados nele. Uma criatura Média
ou menor que venha a tocar o búzio-dos-ossos será agarrada
por ele (CD 10 para escapar).
Escaloda de Atanho. O búzio-dos-ossos consegue escalar
superfícies difíceis e até mesmo andar pelo teto de cabeça
para baixo sem precisar fazer um teste de atributo.
Gilto de Morte. Ao morrer, o búzio-dos-ossos emite um grito
horripilante que pode ser ouvido a até 36 metros de distância.
Esse grito provoca o apodrecimento da matéria orgânica não
mágica a até 3 metros do búzio-dos-ossos. Toda criatura a até
3 metros do búzio-dos-ossos quando este morrer vai sofrer
9 (2d8) pontos de dano necrótico.

AçÕes
Mordido, Arma de Combote Corpo a Corpo: +2 para acertar,
.l,5
alcance m, uma criatura. Dano:4 (ld8) períurante.

capÍrulo 3 I AvERNUS II9

 . UEi
Íxxl
Itrft
o @o pÍq
t]- F7 F6 .Um

F
o F3
OO D.r
$

s F3
s
F1 Éo ú
das

s
H Cada
E
chavr
B
nada
m desn
a fin:
(Arc:
I quadrado = 1,5 m .At
col
da
Maoa 3.6: Crrncaça on Fonrareza Vo^ooR^, Cor,tvÉs oe Covar.loo .Ar
to(

ENcoNrnos No CoNvÉs DE CoMANDo Se os personagens tiverem deixado uma ou mais

F4.
máquinas de guerra infernais do lado de fora d,a fortaleza
As descriçôes a seguir correspondem às áreas identificadas
destruída, Chukka e Clonk vão vasculhar esses veículos
osp
no mapa 3.6. dest
enquanto Barnabé leva os cacholas-vermelhas e cacholas-
outr
fracas aos conveses inferiores da carcaça à procura de
Fl. PoNrp tesouro. Se os personagens ainda mantinham boas relaçôes
de lt
A menos que tenham sido derrotados anteriormente, os seis
com Maggie Maluca ao sair do Forte Falangeta, o crânio
vrocks que circulam acima da carcaça se precipitam lá do
flamejante e os kenku nâo vâo dar muito trabalho ao grupo. Ag
alto para atacâr os personagens que exploram esta área.
Mas pode ser que os cacholas-fracas tentem roubar uma das
n0
máquinas de guerra infernais dos personagens ou libertem
inadvertidamente o monstro que se esconde na tubulação de en
Chovem faíscas a partir de talhos no teto do que um dia foi
entrada de almas (consulte "Entrada de Almas", p. 119). ga
a ponte, boa parte da qual se encontra exposta ao ar livre.
ur
O recinto foi todo saqueado, mas restam fileiras de F2. CoNsoLE Do Aranur
consoles vazios e algumas correntes penduradas. Os personagens terào acesso a esta sala a partir do convés
imediatamente abaixo se subirem por uma escotilha no er
châo. Também podem entrar nesta sala por meio de uma te
Nenhum dos consoles funciona, mas os personagens podem porta de ferro. Descreva esta sala para osjogadores da m
reaproveitar fios, cabos e outros componentes de metal. seguinte maneira:
DesenvolvimenÍo. Enquanto exploram este local, os
personagens escutam várias máquinas de guerra infernais Og
barulhentas se aproximando. Através de buracos nas Talhos de bordas irregulares na parede externa deixam o oel
paredes, eles veem três veículos cruzando estridentemente céu infernal do Avernus iluminar esta sala. Uma escotilha aol
a paisagem infernal na direção da carcaça: nol
aberta no chão desce para os conveses inferiores e há um
. Duas Cabritas Diabólicas, uma pilotada por Chukka e a console de metal conectado a uma parede.
dia
outra por Clonk (p. 83). Cada kenku porta uma pequena oel
algibeira contendo três moedas espirituais (p. 9a) ber
. Um Carnífice tripulado pelo crânio flamejante Barnabé O personagem que acionar os interruptores no console CD
(que usa máos má§icas para pilotar o veículo) e três enquanto este ainda estiver ligado à parede vai produzir um au
cacholas-vermelhas (bloco de estatísticas na p. 231). ou mais dos efeitos sonoros a seguir, que serão ouvidos em t
Agarrados ao casco exterior do veículo estâo seis toda a carcaça da fortaleza: val
cacholas-fracas (p. 231). nãr
. Uma sirene de alarme em volume altíssimo. col
Maggie Maluca mandou esse destacamento vasculhar a . Música instrumental dissonante e em alto volume, int
carcaça em busca de peças e outros objetos valiosos. com vocalizações estridentes às
O Carnífice e as Cabritas Diabólicas ainda têm 12 horas de pe
combustível até precisarem de mais moedas esprrr?uar's. us

CAPíTULO 3 I AVERNUS
r20
. Uma voz feminina e tranquilizante que diz '§ ta
noss iz'lech'iz ta kraj-ka-nok Asmodei das", no idioma
Infernal significa: "Você é importante. Seu destino é ser
promovido. Asmodeus ama você."
. Uma voz gÍave e diabólica que repete sem parar:
"Chy'gwa urnossk!" ('Abandonar a nave!" em Infernal)
F3. MequrNÁRro Avenraoo
Descreva esta área para os jogadores da seguinte maneira
Chovem faíscas de buracos abertos no teto, e elas caem
sobre duas máquinas retangulares que foram arrancadas
das paredes. As máquinas agora estão no meio da sala e
seus cabos soltos se destacam feito um penteado ruim.
Cada máquina lembra um arquivo de metal coberto de
chaves, interruptores e mostradores quejá nâo fazem
nada. O personagem que passar ao menos t hora
desmontando uma máquina conseguirá deduzir qual era
a finalidade original da coisa com um teste de Inteligência
(Arcanismo) CD 20:
. A máquina maior era usada para embaralhar as
comunicações telepáticas num raio de 1,6 quilômetro
da fortaleza.
. A máquina menor mandava transmissôes telepáticas a
todos os diabos num raio de 1,6 quilômetro dâ fortaleza.
F4. Sl'I-e DE REcrsrRos
Os personagens que se puserem a escutarjunto à porta
desta sala vão ouvir uma espécie de risada inumana do
outro lado. Eles vão precisar de visâo no escuro ou fontes
de luz para ver o que há dentro da sala.
Agachado em cima de um monte de ossos humanoides
no canto oposto e mais distante desta sala está um gnoll
encurvado que paÍece subnutrido. Ele rói um osso e
gargalha sozinho feito um louco. Ao lado de seu ninho há
uma outra porta de ferro.
No chão, perto de vocês, há um par de cornetas de vidro
em forma de sino, ligadas a alguns cabos soltos. Parecem
ter sido removidas de duas máquinas altas e delgadas de
metal encostadas na parede diante de vocês.
O gnoll é um slaad da morte metamorfoseado que está sob
o efeito da magia enfraquecer intelecto. Enquanto lutava
ao lado das hordas demoníacas de Yeenoghu, o slaad caiu
no rio Estige e isso enfraqueceu seu intelecto. Em cinco
dias, ele terá direito a uma nova salvaguarda para encerrar
o efeito. Qualquer personagem que examinar o gnoll e for
bem-sucedido em um teste de Inteligência (Arcanismo)
CD 15 perceberá que algum tipo de efeito mágico o reduziu
a um pateta sem juízo.
Enquanto ele tiver seu intelecto enfraquecido, seus
valores de Inteligência e Carisma serâo iguais a 1, e ele
nâo conseguirá conjurar magias, ativar itens mágicos,
compreender idiomas nem se comunicar de maneira
inteligível. Não tem consciência suficiente nem para voltar
à sua forma normal. Olha com desconfiança pâra os
personagens, mas nâo os ataca. Nâo tem armas, mas pode
usar sua ação para morder alguém quando for seu turno:
Mordida. Arma de Combate Corpo a Corpo: +9 para acertar,
alcance l,5 m, uma criatura. Dano:8 (ld6+ 5) perfurante.
A conjuraçào de restauraçáo maior, cura completa ou
magia semelhante nessa pobre criatura vai restaurar suas
faculdades mentais, ao que entâo o slaad vai assumir sua
forma verdadeira e atacar. Por ser uma criatura de puro
caos e maldade extrema, o slaad se delicia com a destruiçâo
desenfreada.
Maquinárto. As cornetas em forma de sino no chão
se ligam à parte da frente das duas máquinas no canto,
nenhuma das quais funciona. Cada máquina lembra um
arquivo de metal coberto de chaves, interruptores e luzes
queimadas. O personagem que passar ao menos I hora
desmontando uma máquina conseguirá deduzir qual era
a finalidade original da coisa com um teste de Inteligência
(Arcanismo) CD 20:
. A máquina maior era usada para transmitir mensagens a
outras fortalezas voadoras. (As mensagens eram enviadas
quando se falava no sino de vidro da máquina.)
. A máquina menor erâ usâda para transmitir mensagens
dentro da forÍaleza voadora. (Podia-se transmitir a
mensagem falando-se no sino de vidro da máquina)
A máquina maior não tem mais conserto, mas um
personagem proficiente no uso de ferramentas de funileiro
pode passar t hora tentando consertar a máquina menor,
usando peças canibalizadas de outras máquinas do convés de
comando e sendo bem-sucedido em um teste de Inteligência
CD 15. Substituídos o sino de vidro e alguns cabos da
máquina, será possível fazer o dispositivo voltar a funcionar
durante 24 horas. No decorrer desse período, os personagens
podem usar o dispositivo para transmitir suas vozes a todos
os pontos da carcaça da fortaleza.
F5. Besrôrs DE ADAMANTTNA
Esta câmara se encontÍa no ponto mais baixo do convés
de comando. Descreva esta sala para osjogadores da
seguinte maneira:
Esta sala escura contém um console de metal que se soltou
da parede à sua direita. Preso entre o console e uma outra
parede está um diabo alado, pequeno e ressequido que
parece ter sido esmagado até a morte. Num outro canto
ergue-se um bloco de 90 centímetros de inferro: um cofre
com pezinhos trancado e um mecanismo composto de
três discos embutido na porta espessa. Cada disco ostenta
números escritos com o alfabeto infernal
O cofre foi grudado ao châo com cola suprema e é
impossível movê-lo. Também é à prova de ar e água, imune
a dano e a ferramentas de ladrão. Para destrancálo, os
personagens precisam da combinaçâo de três dígitos.
Quando os discos sào usados para marcar as posiçôes fi - ff - [
('6-6-6" no alfabeto infernal), a porta do cofre se abre. São
necessárias três magias atombar para forçar a abertura da
porta, pois o cofre tem três fechaduras distintas.
Após três tentativas malsucedidas de abrir o cofre com
a combinação errada, uma sirene de alarme vai soar
no convés de comando. O alarme é alto o bastante para
assustar os vrocks que ainda estiverem sobrevoando a
carcaça, mas nâo vai atrair nenhum deles. O alarme vai
cessar passado I minuto.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
I2I
 O cofre contém nove bastões de adamantina, cada qual com
1,5 quilogramas e runas entalhadas que formam as palavras
"Fechadura do Insidiador Solar" em Infernal, seguidas de um
número de 1 a 9. Esses sâo os bastôes que os personagens
procuram. Os personagens familiarizados com o contrato
infernal de Thavius Kreeg devem recordar que "lnsidiador
Solar" é outro nome para o Companheiro. Munido dessa
informaçâo, um personagem que for bem-sucedido em um
teste de Inteligência (Arcanismo) CD 10 pode concluir que os
bastões foram projetados para abrir o Companheiro, o que
sugere que o dispositivo talvez contenha algo.
Diabo Morto. Um diabo espinhado estava operando o
console quando a fortaleza caiu no Avernus. O console
se soltou de uma das paredes e prensou o diabo contra a
outra, matando-o. O console não funciona e é impossível
determinar sua fi nalidade original.
F6. SrNo Pnrro
De minuto em minuto, um som oco parecido com "ka-clunk"
parte desta sala, que contém o seguinte:
Esta sala contém duas caixas de ferro enferrujadas num
canto e uma geringonça de ferro em forma de sino
aparafusada ao chão no canto oposto. O sino tem
2,7 metros de altura e foi pintado de preto, apresentando
vários amassados e chanfraduras. De vez em quando, o
objeto emite um "ka-clunk" em alto e bom som.
Cada caixa contém vinte frascos de ferro cheios de
icor demoníaco (p. 78).
Detectar ma§ia vai revelar uma aura de transmutação
em volta da geringonça em forma de sino. Qualquer
personagem que examinar o sino e for bem-sucedido em um
teste de Inteligência (Arcanismo) conseguirá determinar sua
finalidade: ele mantinha afortaleza no ar e em nível com o
chão. O barulho que produz é um defeito rítmico provocado
pelo fato de a fortaleza estar inclinada.
F7. NrNno DE SrrRcEs
Descreva esta área para osjogadores da seguinte maneira:
Esta câmara contém um console de metal vazio e várias
tubulações enferrujadas que vão do chão ao teto. Um dos
tubos tem um talho de 60 centímetros de comprimento.
É impossível determinar a finalidade original do console.
Dez stirges fazem ninho no tubo cortado. Se alguém
chacoalhar ou perturbar a tubulaçâo de alguma outra
maneira, os stirges vão sair voando de dentro dela e atacar.
F8. UNrpaDE DE CoorrrcaçÃo
Deste corredor partem quatro portas. Atrás de cada
porta há um cubículo com um console e uma cadeira em
miniatura, esta aparafusada ao chão. O console tem teclas
e funciona como uma máquina de escrever infernal. Um
diabrete postado em cada console datilografava as ordens
dos superiores em pedacinhos de papel antes de entregáJas
aos destinatários. Instalada acima de cada escrivaninha há
uma corneta longa e delgada através da qual os oficiais da
ponte ditavam suas ordens.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
r22
DnsnNvoLvrMENTo
Enquanto os personagens se preparam para partir, chega
um bando de guerra para canibalizar a carcaça. Esse
bando de gueÍra é liderado por um dos caudilhos descritos
na seção "Caudilhos dos Sertôes Avérneos" na p. 90. Os
personagens têm algumas rodadas para se esconderem,
armarem uma emboscada ou voltarem a seus veículos antes
da chegada do bando.
Cada caudilho tem um motivo diferente para visitar a
carcaça, como se resume a seguir.
Bafo Amargoso. O diabo chifrudo está pensando em
transformar a carcaça numa base e deseja inspecionáJa.
Feonor. A arquimaga ouviu um boato de que alguém anda
estocando icor demoníaco dentro da carcaça e planeja
roubar esse tesouro.
Princeps Kovik. Os espiôes de Kovik na Forja de Bel
mencionaram os bastôes de adamantina ao diabo das
correfltes. Kovik planeja vendê-los para Mahadi (p. 126)
em troca de moedas espirituais.
Drvorveupo os BASTÕEs A BEL
Bel nâo espera de fato que os personagens lhe devolvam
os nove bastoes de adamantina e vai ficar decididamente
decepcionado se os aventureiros o fizerem. ("Nem sequer
assinamos um contrato!", ele lamenta.) Ele torcia para
que os personagens usassem os bastôes para abrir o
Companheiro, libertassem o planetar aprisionado dentro
dele e, com isso, talvez arruinassem os planos deZariel
para Elturel. Levar os nove bastões de volta a Bel só fará
implicá-lo na tramoia para libertar o planetar. Após soltar
alguns palavrões escolhidos a dedo, ele vai encorajar
veementemente os personagens a levar os bastôes para
Elturel, enfiálos nas fechaduras que ficam ao longo do
equador do Companheiro e ver o que âcontece.
Contente em deixar os personagens ficar com os bastões,
Bel vai manter a palavra e revelar a localizaÇâo da Cidadela
Sangrenta. Ele conta que a Espada de Zariel é um artefato
de alinhamento bom que o próprio Avernus tenta destruir há
tempos. Bel recomenda que eles encontrem logo a espada,
antes que a Cidadela Sangrenta seja engolida pelo Avernus e
a arma se perca para sempre. Se ainda estiver com o grupo,
Lulu vai recomendar aos peÍsonagens que recuperem â
espada antes de voltarem a Elturel.
Ournos Locars
Alguns locais indicados no mapa do Avernus dosjogadores
estão fora das duas sendas de demanda. Outros, como
o Empório Errante e a Fortaleza Voadora de Zariel,
movem-se o tempo todo. Esses lugares sâo apresentados
resumidamente a seguir e descritos em suas próprias
seções, mais adiante.
Estaleiro Estígio. Um estaleiro fluvial onde as fortalezas
voadoras podem passar por mânutençâo enquanto sugam
as almas do Estige.
Torre de Vigia do Estige. Uma dentre várias fortificações
ao longo do rio Estige que os diabos usam para se
defenderem de invasões.
Correntes Partidas. Correntes avérneas partidas que
tentaram e nâo conseguiram prender outras cidades antes
de Elturel.
O Empório Errante. Um mercado móvel construído em
cima de máquinas de guerra infernais.
Fortaleza Voadora de Zariel. Zariel comanda suas legiões
a partir deste quartel-general móvel.
 J

+
.J

i
{D

f 1t
\T
\
r
ffi
I ,\ ii'
,\\1 )

1t'
I

N
{ I...
n}..,*' ?
\
ç

[,
\
\il '/
.
rili i'
I*Çr T;I-'

tH §3sF.
EsrnrnrRo EsrÍcro
As FoRTALEzAS voADoRAS Do AvERNUS PRECISAM DE
combustíuel e não hó combustíuel melhor que as olmcs
dos condenados.
O Cartógrafo
- seus experimentos mecânicos. Para merecer a ajuda dele,
As fortalezas voadoras deZariel passam por manutençào
e conseÍtos neste estaleiro semienferrujado. Quando os
personagens chegarem aqui, leia o texto do quadro a seguir
para osjogadores:
Uma estrutura de íerro maciça que parece ser um par de
braços de acoplagem se estende sobre o rio Estige. Carras,
correntes e barras robustas estão afixadas aos braços de
acoplagem para prender embarcações grandes entre os dois.
Se osjogadores chegarem aqui depois de encontrar Bel,
afortaleza voadora deZariel estará presente (consulte
"Fortaleza Voadora deZariel", p. 130). Se for esse o caso,
leia o texto do quadro a seguir para seusjogadores:
Uma gigantesca cidadela de basalto em forma de lâmina de
espada está atracada ao estaleiro. A fortaleza voadora vibra
quando, aos gritos, almas são sugadas do rio Estige para
abastecê- I a.
ffi N
O Estaleiro Estígio é uma plataforma de serviços com
30 metros de altura que se projeta dos penhascos rochosos
do rio Estige. As garras, correntes e barras afixadas aos
braços superiores do estaleiro seguram as fortalezas
voadoras no lugar.
Um diabo chifrudo chamado Bazelsteen administra o
estaleiro para Zariel, mas anseia pela liberdade de conduzir
os visitantes primeiro precisam servir como pilotos de
testes para a geringonça mais recente do diabo.
Doze diabos farpados patrulham o estaleiro em grupos
de três. Se a fortaleza voadora de Zariel estiver presente,
três diabos dos ossos também estarâo sobrevoando a nave
em círculos. Os intrusos serão atacados ou advertidos a
se afastar. Se os personagens tentarem negociar com os
diabos, Bazelsteen vai se lançar 1á de cima para tratar com
eles pessoalmente.
TnereNno coM Bezrrsrnru
Óleo de motor cobre este diabo chifrudo que mastiga cons-
tantemente um pedaço de carvâo em brasa e fumegante.
Bazelsteen se interessa mais por máquinas do que por
criaturas e está disposto a consertar ou modificar qualquer
máquina de guerra infernal que os personagens estejam
usando no momento. Consulte o apêndice B, onde você en-
contrará possíveis armas alternativas, melhorias na blinda-
gem e engenhocas mágicas. Em vez de pagamento, o diabo
chifrudo vai pedir que os aventureiros o ajudem a completar
um teste (consulte "Teste 221", p.124). Se os personagens
cumprirem essa tarefa a contento, Bazelsteen aceitará con-
sertar completamente as máquinas de guerra infernais de-
les. Ele também vai oferecer uma troca no armamento, uma
melhoria na blindagem ou uma engenhoca mágica grátis.

cepÍrulo 3 | AvERNUS r23

 Trsrr 221
Se os personagens aceitarem as condições de Bazelsteen,
leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir para os
jogadores:
Bazelsteen leva vocês a uma barcaça enferrujada ancorada
no rio Estige a algumas centenas de metros do estaleiro.
Pendurado no guindaste de carga da barcaça por uma
corrente enferrujada está um sino de mergulho esférico
e com 3 metros de diâmetro, feito de ferro e vidro. Tubos
de sucção se projetam do hemisfério inferior do sino de
mergulho feito braços franzinos.
Bazelsteen construiu a batisfera experimental para dragar o
fundo do rio Estige em busca de almas sedimentadas. Ele pre-
cisa testá-la, mas não está disposto a arriscar seus diabos.
A batisfera de Bazelsteen é um objeto Grande que pode
acomodar até quatro criaturas Médias em seu interior. A
escotilha fica no hemisfério superior da batisfera. Bazels-
teen garante aos personagens que o aparelho é lacrado her-
meticamente.
Bazelsteen pede aos personâgens que se segurem dentro
do sino de mergulho enquanto ele usa o guindaste para
baixá-los dentro do rio. A tarefa deles é usar os braços de
sucçào para tirar almas sedimentadas do leito do rio, que
está a uns l2 metros abaixo da barcaça. O sino de mergulho
está preso a uma corrente de 15 metros: mais que suficiente
para chegar ao fundo. Existem quatro "postos de sucção"
dentro do sino de mergulho, cada qual equipado com uma
cadeira e algumas alavancas de controle metálicas.
Bazelsteen sabe que o sino de mergulho tem suprimento de
ar para um ocupante durante I hora (ou para quatro ocupan-
tes durante 15 minutos). Por via das dúvidas, ele planeja man-
ter o sino de mergulho submerso durante apenas 10 minutos.
Se vários personagens participarem do experimento,
Bazelsteen vai dar um tapinha na batisfera antes de baixáJa
na água e dizer aos ocupantes: 'Aquele que sugar mais
almas sedimentadas vai ganhar uma moeda espiritual."
As almas torturadas apanhadas na correnteza do Estige
arranham a batisfera e gritam ao passar por ela. Assim
que batisfera chegar ao leito do rio, os personagens dentro
dela poderâo usar os tubos de sucçâo para extrair as
almas sedimentadas que jazem ali. Ao fim de cada minuto,
o personagem que opera um posto de sucção fará um
teste de Destreza. A quantidade de almas capturadas pelo
personagem será igual ao resultado do teste. As almas
sedimentadas são armazenadas em tanques conectados ao
ventre da batisfera e mostradores nesses tanques informam
a quantidade de almas dentro de cada um deles.
Os ínferos se regalam com as almas sedimentadas como
se estas fossem ambrosia. Também é possível modelar as
almas sedimentadas e transformá-las em lêmures depois de
"resgatálas" das profundezas do rio.
Aragun DE DEMôNros
Dez minutos depois de a batisfera ser baixada no rio,
dez vrocks vâo cair do céu e atacar o Estaleiro Estígio.
Bazelsteen se afasta por causa do ataque, abandonando a
barcaça e o guindaste. Assim que Bazelsteen partir, peça aos
jogadores para jogar a iniciativa. Os personagens dentro da
batisfera não fazem ideia do que está acontecendo na barcaça
com a recíproca sendo verdadeira e o rio Estige é tâo
-escuro -
que a visibilidade na água é reduzida a 3 metros.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
124
Qualquer personagem ainda na barcaça pode assumir o
controle do guindaste abandonado. Nos controles do guin-
daste, o personagem pode usar uma açâo para tentar desco-
brir como operar a coisa sendo bem-sucedido em um teste de
Inteligência (Arcanismo) CD 17. Se falhar por uma diferença
igual ou superior a 5, o personagem vai arrastar acidental-
mente a batisfera 1d6 metros pelo leito do rio, infligindo
5 (2d4) pontos de dano contundente a todas as criaturas den-
tro dela. Sáo necessários três testes bem-sucedidos consecu-
tivos para tÍazeÍ a batisfera de volta à barcaça.
Após cada personagem completar um turno, um glabrezu
vai pousar na barcaça ejogar a iniciativa. Em cada um de
seus turnos, o demônio usa sua ação e umâ de suas pinças
para cortar a corrente enferrujada da batisfera sendo bem-
sucedido em um teste de de Força CD 20. Se a corrente
se partir, a batisfera vai cair até o fundo do rio Estige e
permanecer lá até ser resgatada. Depois de o glabrezu
completar três turnos, Bazelsteen vai voltar e afugentar
o demônio caso este ainda nào tenha sido derrotado. Se
a corrente da batisfera se partir, Bazelsteen vai declarar
o Teste 221 um fracasso e deixar morrer os membros
do grupo que estiverem no leito do rio. Do contrário, o
diabo chifrudo vai usar o guindaste para içar a batisfera
de volta à barcaça, declarará o experimento um sucesso e
recompensará o personagem que tenhâ sugado mais almas
sedimentadas com uma moeda espiritual.
Os personagens dentro da batisfera vão começar a sufocar
assim que o suprimento de ar acabar. A abertura da escotilha
com a batisfera ainda submersa fará o Estige inundar o com-
partimento, expondo seus ocupantes aos efeitos do rio (p. 76).
Tônnns DE Vrcra Do EsrrcE
O EsrrGE É e vra DE ENTRÁ-DA Dos DEMÔNros pAnA os No\.t
lnfernos. Os diobos uigiam atentamente as margens do rio!
- O Cartografo
Às -a.ge.rs do rio Estige erguem-se torres de vigia de tal
maneira que nenhum exército demoníaco consegue entrar
no Avernus sem ser avistado. Cada torre fica à vista de
outras duas, e tropas vizinhas podem chegar rapidamente
para ajudar a reprimir uma invasâo caso os demônios
comecem a sair do rio. Os diabos deZariel guarnecem
esses postos avançados, mas nestes tempos de vacas
magras em que as almas do Avernus estâo minguando,
algumas dessas estruturas permanecem vazias. Além
disso, a paisagem mutável do Avernus deixa alguns postos
avançados isolados de tempos em tempos.
CanecrnRÍsrrcAs DA ToRRE DE VrGrA
A torre de vigia mais comum é uma construçâo atarracada
de basalto negro, com 9 metros de altura e sem teto. As
outras caÍacterísticas estão resumidas a seguir.
Guarnição. A menos que esteja abandonada, a torre é
manejada por um amnizu comandante, um diabo das
correntes subcomandante, dez diabos barbados (cada
qual com um sabujo infernal preso por uma corrente
curta) e dois diabos espinhados (consulte "Locais da
Torre de Vigia" para saber como distribuir os diabos).
Clarins. Cada diabo de guarda recebe um clarim de ferro.
Tocar o clarim é uma açâo bônus que emite um som alto
e monótono audível num raio de 90 metros.
 l quadrado = 1,5 m

r §D>
§/,. TL

tà
Dr
ê^ §
eÀ
I
I

r
I

M,rP,r 3.7: Tonne oe Vre ra oo Esrtse

Área Externa. O terreno em volta da torre não tem
vegetação alguma num raio de 18 metros.
Correntes dos Muros. Correntes de ferro farpadas pendem
dos muros exteriores a intervalos de 3 metros. Essas cor-
rentes são parte das defesas da torre, pois o diabo das cor-
rentes subcomandante é capaz de lhes dar vida usando seu
poder de Animar Correntes. Subir por uma corrente exige
um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 16.
Locars DA ToRRE DE VIcIA
Os locais a seguir estâo codificados alfanumericamente
no mapa 3.7.
Uma escada de mão feita de ferro se ergue de um
buraco no canto noroeste, largo o bastante para deixar
passar criaturas Grandes.
T2. ANo,c.n DE CrMA
O amnizu comandante e um dos diabos das correntes
subcomandantes vivem aqui. Esses comandantes gostam
de ter um ou mais seres racionais por perto para poderem
toÍtuÍaÍ, pois isso ajuda a aliviar o tédio.
O piso desta sala está coalhado de correntes com ganchos
e há algemas aparafusadas nas paredes. No meio da sala,

Tl. TÉnnro uma cadeira de íerro com cravos está aparaíusada no

A porta no andar térreo é uma laje de pedra trancada
por dentro com uma trave de ferro que pode ser erguida
facilmente, mas, do lado de fora, só pode ser arrombada
com um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 23
Este andar da torre não tem atrativos, com exceção de uma
mesa de pedra retangular e dois bancos de pedra. Pratelei-
ras nas paredes guardam armas de haste e lóricas de esca-
mas sobressalentes, adequadas para cinco diabos Crandes
e dez Médios.
chão. Os braços e as pernas da cadeira estão equipados
com grilhões de ferro. Um canto da sala tem buracos
escancarados no chão e no teto, pelos quais passa uma
grande escada de mão feita de ferro que leva ao andar
térreo e ao terraço da torre.
Os diabos gostam de acorrentar os prisioneiros às paredes
e usar a cadeira com cravos nos interrogatórios. O diabo das
correntes pode usar seu poder de Animar Correntes para
dar vida às correntes.

Dez diabos barbados e dez sabqios infernais ocupam este
andar. Há uma chance de 30 por cento de que metade dos
diabos barbados e sabujos infernais esteja fora, patrulhando
o perímetro, de onde vão voltar 1 minuto depois de o combate
começar, a menos que a luta não faça nenhum estardalhaço.
T3. Tnnneço
Dois diabos espinhados ficam alojados no terraço e servem
de vigias e batedores. Uma abertura num canto dá acesso
ao interior da torre, com uma escada de mâo feita de ferro
que desce para as áreas Tl e T2.

CAPÍTULO 3 I AVER,NUS
125
 ConnnNTES Plnrroas
O uars pERTo DE uM LocAL DE eEREGRTNAçÀo que vocÊ
uai encontrar neste lugar amaldiçoado. Umfarol para aqueles
que buscam o elo perdido ou procuram uma saída.
- O Cartografo
Quando os personagens chegarem a um destes locais, leia o
texto do quadro a seguir para osjogadores:
Correntes íarpadas colossais se estendem pela paisagem
infernal, com seus elos parcialmente enterrados sob as
cinzas e grandes pedaços de alvenaria. Cada corrente
partida tem aproximadamente I,6 quilômetro de extensão.
Tempos atrás, essas correntes gigantescas prendiam uma
cidade sequestrada ao Avernus. Essa cidade se soltou,
sabe-se lá como, deixando para trás os grilhões partidos
e pedaços espalhados de alvenaria. As correntes sâo
parecidas com aquelas que prendem Elturel.
Os personagens que examinarem uma corrente saberâo
dizer que uma força intensa e sobrenatural fez com que um
ou mais elos se partissem. Não dá para determinar a causa
do estrago, mas os personagens podem concluir que romper
as correntes de Elturel nâo é uma impossibilidade.
PnnncnrNo INFERNAL
Os diabos das correntes fazem peregrinações a lugares
como este. A primeira corrente partida que os personâgens
encontrarem terá em cima dela um diabo das correntes
chamado Zartar, ocupado em celebrar um ritual.
Zartar acredita que a corrente partida é capaz de
conceder grande força a um diabo das correntes que ficar
em cima dela e entoar preces a Asmodeus. O diabo das
correntes é protegido por dois diabos barbados, Narg
e Yangor. Se fizerem o menor ruído perto de Zartar, os
personagens vão atrapalhar a concentração dele, fazendo
os três diabos atacarem com ferocidade.
O Eupónro EnuNrn
O Etrlponlo ERRANTE DE MAHADI TEM o DoM DE APARECER
quando a gente menos o espeto.
- O Cartógrafo
Um bazar itinerante percorre o Avernus uma coleçâo
- e desejos. Apesar de ele ser igualmente cordial com todos
ambulante de mercadores, artesãos e desajustados que
exercem suas profissões e vendem seus produtos sob a
direçâo de Mahadi, um rakshasa que alega ter Asmodeus
como patrono.
A maioria dos mercadores do Empório Errante tem
um contrato de trabalho com Mahadi que só terminará
quando eles saldarem suas dívidas espirituais. Em muitos
casos, as condições para saldá-las sâo vagas o bastante
para mantê-los trabalhando para Mahadi enquanto ele
osjulgar necessários para o bom funcionamento do
Empório Errante.
rz6
capÍrulo 3 I AvERNUS
GaNcnos NARRATTvos
Os personagens poderiam chegar ao Empório Errante por
um ou mais dos motivos a seguir:
Os personagens precisam de suprimentos, armâs ou
mesmo de uma máquina de guerra infernal.
Os personagens precisam de um lugar seguro para
descansar e, quem sabe, fazer uma boa refeição.
Os personagens talvez tenham ouvido falar que eles
podem vender icor demoníaco para um mago demente
no Empório Errante.
Os personagens talvez tenham recolhido mais moedas
espirituais do que eles se sentem à vontade para carregar
por aí e precisam gastá-las em algum lugar.
Mlneor, o SnNsoR Do Errrpónro
O rakshasa Mahadi (consulte o bloco de estatísticas) se
apresenta como um rico lorde mercantil. Apesar de ser ex-
tremamente poderoso, Mahadi não acredita em correr riscos
desnecessários, ainda mais ali nos Nove Infernos, onde é
possível matá-lo de uma vez poÍ todas. Mahadi é os olhos e
ouvidos de Asmodeus no Avernus. Por intermediar e moderar
acordos e negócios, ele está a par de toda sorte de transações
que, não fosse isso, escapariam à atençâo de seu patrono.
Por ser o senhor do Empório Errante, Mahadi tem uma
licença especial de Asmodeus para viajar a negócios entre
o Plano Material e os Nove Infernos sempre que precisar e
também para procurar informações e intermediar contratos
e outros acordos. se necessário.
Além de administrar o Empório Errante, Mahadi
também é o proprietário e anfitriâo do Extase Infernal,
um restaurante e spa.Já que o estabelecimento existe num
semiplano, os clientes podem visitá-lo confortavelmente
a qualquer momento, mesmo quando a câravanâ está em
trânsito. Desde que tenham como pagar pelos serviços
prestados, os hóspedes nâo precisam ter medo de ficarem
presos lá, pois Mahadi leva muito a sério o cumprimento
do contrato entre hóspede e anfitrião. Todo hóspede tem de
aceitar esse acordo formal antes de ser liberado para entrar.
Mahadi tem uma coleçào especial de moedas espirituais
identificadas por nomes. Cada uma delas abriga a alma de
um inimigo que o rakshasa venceu. Mahadi consulta essas
almas individualmente, obrigando-as a emitir um parecer
sobre todo tipo de assunto.
Couo IurrnpnnreR MAHADT
Por fora, Mahadi se apresenta como anfitriâo carismático
e gracioso. Elefazcom que cada hóspede do Êxtase
Infernal se sinta a pessoa mais importante de todos os
planos de existência, atendendo a todos os seus caprichos
os hóspedes do Empório Errante, aqueles que entrâm em
seu estabelecimento estão sujeitos a um contrato especial e,
portanto, ele os têm em altíssima conta.
Naturalmente, espera-se que os hóspedes paguem as con-
tas antes de deixar o Êxtase Infernal. Se por algum motivo
o hóspede nâo tiver como pâgâr, o contrato que assinou ao
entrar estipula claramente que a multa é sua alma. Ele ou
ela terá de saldar sua dívida trabalhando. Todos esses indi-
víduos são submetidos ao efeito de uma mlssáo conjurada
como magia de 90 círculo que o indivíduo afetado não conse-
guirá romper de livre e espontânea vontade antes de saldar
completamente sua dívida. O que Mahadi fará com esses
caloteiros depende de suas respectivas aptidões. Alguns
passam a trabalhar no Êxtase Infernal em condiçôes aná-
logas à escravidão. Quando têm talento para vendas, pode
 Á
II

ri* I

-_l F1
d' ' 't'i:h
'/

I
:17
f'í 4
ô

( r r
il t
}!!.--' \
I

\ '&. là
\ I
=,-
\
\
f,rfrl r
)
U
_"!

\
ú
're L
1(.n/ ? DI
Q
n
I h

/l
MaHapr, o RATSHASA 3ldia cada: detectar magia, dissipar mogia, enfeitiçar pessoa,
falar com mortos, imagem maior, invisibilidade, repreensão
Ínfero Médio, ordeiro e mau
diabólica, sugestão
1
ldiacada: banimento, cárcere de energia, domínar pessoa,
Classe de Armadura 17 (armadura natural)
missdo, semíplano, transiçdo planar, visão da verdade, voo
Pontos de Vida I 95 (23d8 + 92)
Deslocamento l2 m lmunidode Limitodo à Magia. Mahadi só poderá ser afetado ou
detectado por magias de círculo igual ou inferior ao 6o se assim
FOR DES CON INT SAB CAR desejar. Ele tem vantagem em salvaguardas contra todas as outras
14(+2) 18 (+a) 18 (+a) la (+2) 18 (+a) 20 (+s) magias e efeitos mágicos.

Salvaguardas Sab +9, Car +l 0

PerÍcias Arcanismo +7, Enganação +10, lntuição +9,
Percepção +9
Vulnerabilidades a Dano perfurante de armas mágicas
empunhadas por criaturas boas
lmunidades a Dano contundente, perfurante e cortante de
ataques não mágicos
Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva 19
ldiomas Comum, lníernal; sabe ler todos os idiomas escritos
NÍvel de Desafio 14 (1 1,500 XP)
Atmos Mógicos. Os ataques com arma de Mahadi são mágicos.
Conjuração lnata. O atributo de conjuração inata de Mahadi é
Carisma (CD 18 para evitar magia, +9 para acertar com ataques
mágicos). Ele pode conjurar inatamente as magias a seguir, sem
precisar de componentes materiais:
À vontade: detectar pensomentos, disfarçor-se, ilusdo menor,
mdos mágicos
Ações
Ataques Múltiplos. Mahadi faz quatro ataques com a gaíra.
Gorra, Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dono:9 (2d6 + 2) cortante, e o alvo ficará
amaldiçoado se for uma criatura. A maldição entrará em vigor
toda vez que o alvo fizer um descanso curto ou longo, dominando
os pensamentos do alvo com imagens e sonhos horríveis. O alvo
amaldiçoado não receberá benefício algum por completar um
descanso curto ou longo. A maldição vai persistir até ser rompida
poí remover moldição ou magia semelhante.
lnvocar Erínia (1/Dio). Mahadi invoca llzabet, uma erínia presa a
um contrato infernal. A erínia aparece em um espaço desocupado
a até l8 metros de Mahadi, age como aliada dele e não consegue
invocar outros diabos. A erínia permanecerá por 10 minutos ou
até Mahadi usar uma ação para dispensá-la. Se a erínia morrer,
Mahadi perderá esta opção de ação.

cepÍrulo s I AvERNUS r27

 ser que um dia consigam administrar um estabelecimento
comercial no Empório Errante.
Se os aventureiros informarem Mahadi (e, por extensâo,
Asmodeus) de que Arkhan tem a Mão de Vecna, Mahadi
tentará de tudo para fazer um trato com eles, oferecendo
qualquer presente listado em'Acordos de Mahadi" em troca
do artefato. Isso em lugar das condiçôes que Asmodeus
normalmente oferece.
Aconpos DE MAHADT
Mahadi tem o poder d,e fazer acordos por determinaçào de
Asmodeus e com a autoridade dele. como se o rakshasa
fosse um arquidiabo (consulte o apêndice A). Todos
esses acordos devem ser apresentados à outra parte sem
alteração e não são negociáveis. Em todos esses tratos,
Asmodeus quer apenas uma coisa: o personagem que assina
um desses contratos abre mão de sua alma para sempre.
Após o signatário chegar ao l70 nível, a morte dele. caso
ocorra, será permanente e ele o nâo terá a menor chance de
voltar do túmulo. Asmodeus ficará com sua alma e fará dele
o um diabo do fosso que deverá servi-lo pela eternidade.
Mahadi pode oferecer as dádivas a seguir em troca de um
contrato espiritual:
Item Mágico. Asmodeus presenteia o aventureiro com um
bastào do poder ma§istral ao qual somente o beneficiado
e seus descendentes diretos conseguem se sintonizar.
Ressurreição. Asmodeus manda um de seus fiéis
sacerdotes conjurar ressurreiçâo verdadeira em um
personagem morto.
Transformaçâo em Tiferino. Asmodeus transforma o
personagem em um tiferino ligado diretamente a ele
via linhagem infernal. Substitua os traços raciais do
personagem pelos traços raciais de tiíerino.
Mlnlnr E ZARTEL
Zariel conta com os serviços de Mahadi para obter
suprimentos, itens mágicos e outros objetos valiosos
necessários para dar continuidade à sua campanha na
Guerra Sangrenta. Também se sabe que o Êxtase Infernal
hospeda reuniões ou diabos de alta patente em condições
de neutralidade e privacidade total.
Mahadi tem com Asmodeus o compromisso contratual
de nâo dar um golpe de estado no Avernus nem ajudar
diretamente outros indivíduos a fazê-lo. Mas nâo há
nada no contrato que diga que Mahadi não possa ajudar
indiretamente outras pessoas a tentar destronar Zariel ou
quem quer que esteja no poder, seja dando informaçoes ou
vendendo mercadorias.
Ma.naor E LULU
Ao chegar ao Empório Errante, Lulu tem a impressão de
que as imagens, os sons e os aromas torturantes do lugar
sâo vagamente familiares. Mahadi parece ser o mais fami-
liar de todos, mas Lulu nào consegue lembrar por quê.
Apesar de Lulu nâo se lembrar de já ter visitado o
Empório Errante, Mahadi vai lembrá-la de bom grado que
ele a acolheu durante algum tempo depois que ela se perdeu
no Avernus. Mas Mahadi deixa de mencionar que, depois
de ganhar a confiança da Celesfante, ele jogou em Lulu a
água do Estige para priváJa da memória e dos poderes de
conjuraçâo. Aí Mahadi vendeu Lulu a uns diabos que, por
sua vez, devolveram-n a a Zariel.
!t
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
rz8
Mahadi fica surpreso ao rever Lulu, mas tenta disfarçar.
No começo, ele desconfia que a Celesfante está ali para se
vingar dele pela perda da memória. Assim que nota as boas
intençôes dela, volta a fingir ser um amigo.
ApnoxruANDo-sE Do
Eupónro EnnaNrn
O Empório Errante se desloca em cima de nove máquinas
de guerra infernais Enormes semelhantes aos Moedores de
Demônios (p. 219), mas com Lança-Chamas e Cuspidores
Estígios em lugar de Trituradores e Bolas de Demolição.
Quando encontra um local adequado para se instalar,
Mahadi manda os pilotos formarem um perímetro defensivo
em forma de ferradura. Assim que as máquinas de guerra
infernais estacionam, os tripulantes (humanos, duergars,
hobgoblins, salamandras, súcubos, íncubos e diversas
outras criaturas, todos escravos por dívida) desembarcam
e começam a descarregar tendas e coisas do gênero. Os
estabelecimentos comerciais estarão todos abertos daí uma
hora e continuarào funcionando até Mahadi decidir que é
hora de empacotar tudo e mudar de lugar.
Se os personagens encontrarem o Empório Errante
aberto, descreva-o para osjogadores da seguinte maneira:
Várias tendas de cores vivas se aglomeram ali, criando
um oásis de conforto em meio à paisagem pavorosa do
Avernus. Enormes máquinas de guerra infernais formam
uma ferradura em volta das tendas, e lampiões e cortinas
feitas de pequenas placas de ferro pendem de correntes
esticadas entre elas. Música suave e alegre e aromas
maravilhosos chegam com o vento quente e convidam a
um exame mais de perto.
O Empório Errante é um refúgio para todos que entram ali
e é considerado território neutro por aqueles que poderiam,
nào fosse isso, começar um conflito. Uma placa afixada à en-
trada, estranhamente compreensível em todos os idiomas,
declara simplesmente: "Todos sâo bem-vindos aqui. Sem
brigas! Sem conjuraçôes! Sem exceções!"
Mahadi cumprimenta todos os visitantes,
encaminhando-os a sejam quais forem os estabelecimentos
que mais possam interessáJos, mas faz os maiores elogios
a seu querido restaurante e spa, o Êxtase Infernal. Ali ele
faz todas as vontades dos clientes para tentar deixá-los em
dívida com ele. Quando isso não funciona, ele não é avesso
à ideia de oferecer remuneração por serviços prestados.
Os personagens podem frcar à vontade para permanecer
tanto quanto quiserem, até Mahadi decidir que é hora de
empacotar tudo e mudar de lugar. Os personagens em
dívida com Mahadi podem ficar no Empório Errante, mas
somente como seus criados
CouÉncros Do Eupónro EnnaNtr
Os personagens têm liberdade para visitar qualquer
estabelecimento do Empório Errante. Você pode criar seus
próprios estabelecimentos e âcrescentá-los aos demais
apresentados aqui.
Êxu.sn INrnnu,q.r
Proprietário e anfitrião do Êxtase Infernal, Mahadi leva
suas responsabilidades muito a sério. Todo freguês que
entra no semiplano que abriga o estabelecimento é obrigado
a assinar um contrato infernal. Apresenta um acordo dos
mais simples, estipulando que os fregueses devem pagar
por tudo que consumirem e todos os serviços que usarem
antes de partir.
Mahadi emprega vários criados, todos afetados pela
magia mr'ssáo para que possam oferecer o melhor serviço
possível e pârecerem felizes enquanto trabalham. A maioria
desses indivíduos é formada por ex-fregueses.
Ao entrarem no Êxtase Infernal, os hóspedes sáo
escoltados para um aposento privativo onde podem relaxar
em travesseiros, almofadas e divâs enquanto pedem pratos
extravagantes de todos os planos de existência e desfrutam
de vários serviços do spa, que vão desde os mais simples e
corriqueiros aos mais exóticos e bizarros.
Já que existe num semiplano, o Êxtase Infernal não está
tecnicamente nos Nove Infernos. Se alguém quisesse
se reunir com criaturas incapazes ou nada dispostas a
visitar os Nove Infernos (ou mesmo apenas o Avernus),
este estabelecimento seria um possível ponto de encontro.
Naturalmente, a entrada no semiplano precisa ser
negociada com Mahlli em troca da remuneraçâo adequada.
Cada aposento do Extase Infernal é criado com uma
finalidade específica. Quando se cumpre essa finalidade e
os ocupantes saem do aposento, a sala deixa de existir, a
menos que Mahadi decida mantêla.
Restaurante. O cardápio do Êxtase Infernal muda
diariamente e oferece opções a preço fixo. O apêndice
E traz um exemplo de cardápio que pode ser distribuído
aos jogadores. Uma refeição completa custa uma moeda
espiritual. Diferente dos alimentos consumidos em outros
pontos do Avernus, que são invariavelmente terríveis, a
comida do Êxtase Infernal é deliciosa.
É possível pedir pratos especiais, mas a requisiçâo deve
ser feita com semanas de antecedência e pode sair bem
caro. Mahadi cobra de cinco a dez moedas espnfuar's pelos
pedidos exóticos, dependendo da dificuldade de acatá-lo.
Consumir uma refeiçâo no Êxtase Infernal oferece os mes-
mos benefícios que a magia banquete de heróis, com o efeito
adicional de que aqueles que a comerem terâo desvantagem
nos testes de Sabedoria (Intuição) feitos contra Mahadi.
Spa. O Êxtase Infernal oferece vários serviços de spa. As
pequenas amenidades (tratamentos para o corpo, os pés e
as mâos, massoterapia, cuidados com a pele, banho, cabelo
e barba) estâo inclusas no cardápio usual do restaurante,
sem custo extra.
Entre os serviços especializados, temos terapia
dos sonhos, restauração de corpo inteiro e terapia da
longevidade, bem como inúmeros serviços para todos os
gostos, sejam sadios ou degenerados. Cada um desses
serviços custa uma moeda espiritual a mais. Mahadi
constante e diligentemente tenta vender mais serviços aos
clientes a um custo adicional. Ele tenta se apropriar dessas
pessoas e transformá-las em habitantes permanentes
do Avernus.
Frnnenra Corna DE Foco
Este estabelecimento é dirigido por três salamandras
chamadas Rojaum, Patinz e Scoria. As salamandras estão
em dívida com Mahadi porque ele as acolheu e escondeu
depois de sua ousada fuga da Forja de Bel. As três sào
escravas por dívida, cuidam da manutençâo das máquinas
de guerra infernais de Mahadi e também manufaturam
produtos para vender aos visitantes. De tempos em tempos,
Mahadi as manda sair e procurar peças para reformar a
caravana. Nove magmins e oito armaduras animadas
servem de assistentes às salamandras.
A máquina de guerra infernal das salamandras foi mon-
tada com peças e partes de meiadúzia de outras. A qualquer
momento, o veículo pode se separar em três máquinas de
guerra infernais menores, e cada uma delas é pilotada por
uma das salamandras. Trate esses veículos menores como
Carnífices (p. 218).
Armase Armaduras. Todas as armas e armaduras de
metal listadas no capítulo 5 do Player's Handbook: Livro do
Jo§ador estão à venda nesta loja com acréscimo de 1500/0.
Conserto de Máquinas de Guena Infernais. As
salamandras podem consertar uma máquina de guerra
infernal danificada, mas ainda funcional, ao custo de 50 PO
por ponto de vida restaurado.
BunNrv, A BARBETRA
Burney se apresenta como uma calishita alegre e bem-
arrumada. Ela oferece todos os serviços que qualquer
barbeira competente ofereceria, o que inclui dispensar
cuidados médicos aos feridos e enfermos. Para resolver
as curas, trate Burney como se ela tivesse o tâlento
Curandeiro, além de proficiência no uso dos kits de
curandeiro e herbalismo.
Enquanto trabalha, Burney conta todo tipo de histórias,
inventando-as na hora, mas sempre com uma liçâo moral
no fim. Os contos de Burney podem apontar um objetivo
exequível se o freguês tiver alinhamento bom e disposição
para escutâr os conselhos da barbeira tagarela.
Na verdade, Burney é uma dragoa de cobre anciâ
chamada Balarystul. Burney mora no Avernus por
incumbência direta de Bahamut e fica de olho em sinais
de atividade efervescente entre os seguidores de Tiamat.
Depois da última vez que a rainha dos dragôes malignos
tentou escapar dos Nove Infernos, aqueles que lhe fazem
oposição nâo querem mais correr riscos. Burney vai se
interessar particularmente por informações a respeito do
que Arkhan, o Cruel, anda fazendo (p. 111).
A serviço de Bahamut, Burney recebeu várias bênçãos:
. A menos que Burney decida o contrário, toda criatura com
poder inferior ao de uma divindade que se afastar três
passos dela não vai mais se lembrar da barbeira nem de
ter interagido especificamente com ela.
. Burney está sob o efeito permanente da magía limpar a
mente e não pode ser detectada por meios mágicos nem
terrenos, a menos que queira ser detectada. Em troca
dessa bênção, Burney não pode agir diretamente contra
os habitantes dos Nove Infernos, mas certamente tem
como recrutar a ajuda de quem pode.
. Burney sempre sabe onde o Empório Errante se encontra
no momento e pode se transportar paralá como se usasse
aÍ:nagia palavra de re§resso. Isso explica por que Burney
simplesmente parece surgir no meio do mercado já
montado todas as manhãs em que este se encontra aberto
para oferecer seus serviços e contar histórias.
. Uma vez por dia, quando Burney assim desejar, ela pode
se transportar instantaneamente para a corte de Bahamut
graças a uma bênçâo poderosa semelhante à magia
transiçào planar.
Preços da Barbearia. Burney cobra 1 PO por cada
serviço que envolva barba e cabelo. Burney pode fazer
algumas curas mágicas, mas somente para criaturas boas e
sem custo algum.
CAPÍTULO 3 I AVERNUS
r29
 Se alguém oferecer a Burney tma moeda espiÍitual
por qualquer que seja o motivo, elavai fazer uma cara de
profunda decepção e declinar. Ela se recusa até mesmo a
tocar na moeda.
A uu Pesso Do AvERNUS
FhetAhla, um amnizu (bloco de estatísticas nap.229),
oferece um serviço de diabretes mensageiros além de
diversos recursos mágicos para transmitir informações
a grandes distâncias. Quanto mais seguro for o meio de
transmissão, porém, mais caro será o serviço. Além disso,
FhetAhla opera uma casa de câmbio de moedas espirituais,
oferecendo 100 PO em dinheiro ou pedras preciosas por
cada moeda espiritual recebida, e pode servir como tabelião
durante a assinatura de um contrato infernal.
FhetAhla fracassou numa missâo decisiva em algum
momento no passado e desagradou Asmodeus. Como
castigo, Asmodeus o mandou para Mahadi. Fhet Ahla nào
deve nada a Mahadi, mas deixou Asmodeus contrariado
e nào faz ideia de quantos séculos sua pena vai durar. O
amnizu também está proibido de questionar a autoridade
de Mahadi em qualquer assunto que se refira à operaçâo do
Empório Errante ou à qualquer outra incumbência especial
que o rakshasa receba de Asmodeus.
Preços dos Correios. Fhet Ahla cobra uma moeda
espiritual pela remessa de pacotes com 1,5 quilo ou menos.
No caso de pacotes maiores (até 25 quilos), ele cobra duas
moedas espirituais.
PreçosdoCartório. FhetAhla cobra uma moeda
espiritual pelos serviços de tabeliâo e impôe uma taxa
de uma moeda espiritual sobre as operações de câmbio
que nâo envolvam a alma de um celestial. Quando há um
celestial envolvido, aí a taxa e de dez moedas espirituais.
Manu;os Do IcoR
Elliach, um humano mago ordeiro e mau, coleciona e vende
frascos de icor demoníaco (p. 78).A exposição ao icor
demoníaco deixou Elliach com as deformações a seguir:
. (CA 18) e organizados em duplas Íazema ronda nos
Os braços de Elliach se transformaram em tentáculos
com dedos nas pontas, aumentando seu alcance em
1,5 metro.
. As orelhas de Elliach criaram asas e saíram voando.
Consequentemente, ele é surdo. Ele se vira com leitura
labial e linguagem de sinais.
Elliach conheceu Mahadi quando fugia dos cobradores
de dívidas. Mahadi viu uma oportunidade de fazer bom
negócio, pagou as dívidas de Elliach e o trouxe para o
Avernus, para trabalhar no Empório Errante. Considerado
insano por muitos dos outros vendedores, Elliach usa o
icor demoníaco em diversos experimentos mágicos, mas
nenhum deles parece ter os resultados desejados.
Preços do lcor Demoníaco. Elliach vende o icor demo-
níaco por 100 PO o frasco e o compra por 25 PO o frasco.
Vrvr,rno DE LARvAS Do Z'NETH
Z'neth e um hobgoblin senhor da guerra velho e amargo
que compra e vende larvas (bloco de estatísticas no capítulo
2 do Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre). Mahadi
facilitou a ascensâo deZ'teth ao poder, ajudando-o a
destruir reinos inteiros no Plano Material. As conquistas
de Z'neth acabaram atraindo a atenção do poderoso deus
Maglubiyet, que lhe ofereceu uma posiçâo de comando nos
campos de batalha de Gehenna. Mas, antes que o hobgoblin
lt conseguisse sua primeira vitória naquele plano, Mahadi
cobrou a dívida de Z'neth e o levou para o Avernus, onde
r30
cepÍruro 3 | AVERNUS
ele sofre na obscuridade, saudoso do longínquo campo de
batalha planar onde esperava morrer.
Z'neth obtém larvas com os yugoloths e as vende a um
preço inflacionado às megeras e a outros compradores
interessados, entregando metade do lucro a Mahadi em
troca de comida e outras necessidades. As mercadorias de
Z'neth não sâo lá muito interessantes para os aventureiros.
Contudo, Z'neth adora usar seu dinheiro para contratar
assassinos para matar Mahadi, algo que o rakshasa acha
infi nitamente engraçado.
Se os personagens visitarem o estabelecimento do
hobgoblin, Z'nethvai lhes oferecer nove moedas espirituais
(tudo que ele tem) pela cabeça de Mahadi. A magia missáo
impede o hobgoblin de revelar qual é a verdadeira forma
de Mahadi. O rakshasa recebe os pretensos matadores de
aluguel de Z'neth com um sorriso nos lábios e aceita de bom
grado as moedas espirituais do hobgoblin como pagamento
por bens e serviços em seu ótimo restaurante.
Lamas. Z'neth tem sempre 2d6 larvas aprisionadas em
jaulas. Ele cobra uma moeda espiritual por larva.
FonrerEZA
Voe»oRA DE Zlnrnr
Esta estrutura de 137 metros de altura é móvel e, portanto,
não aparece no mapa-poster do Avernus nem no mapa 3.1.
A partir desta fortaleza voadora, Zariel supervisiona a
defesa de seu reino infernal.
Tentar se infiltrar na fortaleza em movimento é algo
que se revela fatal, graças às centenas de diabos a bordo.
Enquanto a nave passa por manutençâo e reabastecimento
no Estaleiro Estígio (p. 123), Zariel e a maior parte de sua
tripulaçâo nào ficam ali, deixando a fortaleza com uma
equipagem reduzida formada pelas forças hostis a seguir:
Uma erínia chamada Nariangela, que guarda a ponte no
convés de comando (o convés superior da fortaleza)
Dezoito diabos barbados vestindo armadura de placas
conveses inferiores
Três diabos dos ossos sobrevoam a íortaleza em círculos
IurrrrneNDo-sE NA FoRTALEzA
Os personagens podem entrar na fortaleza voadora de
Zariel usando qualquer um dos caminhos a seguir.
Escorlrna Supr,nron
Os personagens capazes de voar podem entrar na fortaleza
voadora por uma escotilha destrancada de 3 metros
quadrados no topo plano da nave. A escotilha é vigiada
pelos diabos dos ossos que sobrevoam a fortaleza e leva a
um corredor que passa pela ponte no convés de comando.
O corredor não tem guardas quando afortaleza voadora
está atracada no Estaleiro EstÍgio.
PessecENs Dos CoDIFICADoRES
Escotilhas minúsculas no casco se unem a tubos com
30 centímetros de diâmetro que sobem até o convés de
comando da embarcaçâo. Durante as batalhas, os diabretes
mensageiros de Zariel usam esses tubos para entrar e sair
d.afortaleza voadora. Os personagens reduzidos ao tamanho
Minúsculo ou em forma gasosa podem percorrer esses
tubos estreitos para chegar ao convés de comando.
TunuraçÃo on ENTnADA DE Auraas
As almas do rio Estige sâo sugadas para a fortalezavoadora
por meio de uma abertura gradeada no fundo da nave. Essa
abertura leva a uma tubulação de ferro com 1,5 metro de
diâmetro que percorre todo o casco da fortaleza voadora até
uma cisterna esférica de 3 metros de diâmetro logo abaixo
do convés de comando. A tubulaçâo tem 120 metros de
extensão vertical e possui escotilhas de acesso que levam a
I -
ttÀ

cada um dos conveses inferiores, mas não ao de comando.

A energia necrótica inunda a tubulação de entrada de
almas, assim como a cisterna enquanto a fortaleza voadora
está atracada acima do rio Estige. Enquanto o cano suga \
N
as almas do Estige e âs armazena na cisterna, qualquer \\
criatura que entrar na tubulaçâo ou na cisterna pela
primeira vez no seu turno ou começar seu turno dentro de
um dos dois vai sofrer 16 (3d10) pontos de dano necrótico. \
MovrNoo A FoRTALEZA f

Os personagens que derrotarem a erínia na ponte podem /

tentar roubar aforÍaleza voadora. Mas nâo existem
controles para mover nem manobrar a nave, pois seus
movimentos são controlados telepaticamente por Zariel e ,,
somente quando ela se encontra a bordo. Ninguém mais é ,

I
;?
capaz de íazê-lo.

SesoreNDo A Fonrernze
Os personagens podem sabotar afortaleza desativando
ou destruindo uma geringonça em forma de sino na ponte.
Essa geringonça e idêntica àquela na área F6 da carcaça
da fortaleza voadora (p.122), a não ser pelo fato que nào
produz ruídos estranhos, fora um zumbido grave e quase
inaudível. Esse aparelho mântém afortaleza voadora no ar
e nivelada. Envolvê-lo num campo antimagia ou destruílo
faráafortaleza cair. A geringonça é um objeto Grande de
CA 19, limiar de dano 10, 45 pontos de vida e imunidade a
dano venenoso e psíquico.
A fortaleza será destruída se cair. Toda criatura a bordo
dela durante a queda vai sofrer 70 (20d6) pontos de dano
contundente mais 70 (20d6) de dano ígneo e ficará caída no
meio dos destroços retorcidos.

Eunanqun CreNoESTrNo
Os personagens podem embarcar clandestinamente na
fortaleza voadora enquanto ela está atracada no Estaleiro
Estígio, desde que consigam subir a bordo sem serem
t,:
detectados. Consertada e abastecida a nave, Zarielvaivoltar
com o resto de sua tripulação para levá-la às linhas de frente
da Guerra Sangrenta.
Sempre qre Zariel está a bordo, a tripulação da forÍaleza
voadora é de centenas de diabos monstros demais para
os personagens derrotarem sem a ajuda de um exército.
.{s patrulhas dos conveses sâo reforçadas por erínias que
usam visâo verdadeira para procurar inimigos etéreos e
invisíveis; portanto, é muito improvável que os clandestinos
consigam peÍmanecer escondidos por muito tempo.
Caso se deixem capturar, os personagens serào levados
aZariel no convés de comando. onde ela terá a seu lado
um diabo do fosso general e seis erínias oficiais da ponte,
contando Nariangela. Doze diabos barbados vestindo
armadura de placas (CA 18) ficam de guarda. Você vai
encontrar conselhos sobre como interpretar Zariel
no capítulo 5.

a
 __rr____qrEEIE

Dffi[Úll iÍl / ,rl Ponnn Dreno: Tuevrus Knrrc

Se os personagens matarem Thavius Kreeg no capítulo
ú.í,Dlrütr,,,írtlt 1, a alma dele vai parar nos Nove Infernos, onde sairá do

t
(
ü, \ rio Estige como lêmure.Zariel saberá na mesma hora do
\ fim que Thavius levou e estará lá para buscá-lo. Depois de
l* rílüil1urr0rrnl lÀrurxsrsrr§l promover Thavius a diabo amnizu por sua fidelidade, Zariel
lr vai mantêlo confinado até destruir Elturel. Os personagens
ll$rttÍ,rírllíÉ . encontram Thavius aprisionado numa cela a bordo da
fortaleza voadora de Zariel,lamentando a própria sorte.
|:ir) Os personagens que vasculharem os conveses inferiores
da fortaleza voadora de Zariel vão escutar soluços vindos de
um pavilhâo de celas sem guardas. Se eles investigarem a
origem dos soluços, leia o texto do quadro a seguir para os
jogadores:

Através das barras de uma cela, vocês veem uma figura

aos soluços encolhida nas sombras. Parece ser um diabo
7 F. gordinho com asas e chifres pequenos, agrilhoado à parede
)
A dos fundos. As paredes da cela estão cobertas de runas
f
3
-
I D
blasfemas que emitem um brilho vermelho e infernal.

- A figura deplorável dentro da cela é Thavius Kreeg,

agora um amnizu (bloco de estatísticas na p. 229). Se os
personagens o tiverem conhecido quando ele ainda era
§ humano, eles o reconhecerão na forma de diabo com um
E teste bem-sucedido de Sabedoria (Percepçâo) CD 10. A
porta trancada da cela pode ser aberta na marra ao ser
rj bem-sucedido em um teste de Força (Atletismo) CD 25, ou
então um personagem pode usar ferramentas de ladrâo

f: para tentar abrir a fechadura obtendo sucesso em um teste

de Destreza CD 20.
Thavius não representa ameaça alguma nas atuais
condições e seus grilhões não sâo longos o bastante
para permitir que ele se aproxime da porta da cela. Os
personagens podem matá-lo de longe sem nem sequer
entrar na cela, se assim desejarem, lançando ataques
através das barras. Mas Thavius vai gritar de dor toda vez
í
que sofrer dano, e isso pode atrair os diabos barbados que
patrulham a área, a seu critério.
Thavius crê que Zarielvá libertáJo quando Elturel
afundar no rio Estige, mas até lá ele se contenta em
..-,'= chafurdar na autocomiseração. Ele não esperava acabar
tão cedo nos Nove Infernos. Mais informaçoes sobre como
7 interpretar o diabo Thavius podem ser encontradas no
qr E fr
,.
a i t capítulo 5.

\ 'ü1, SÍunolos r Gurnôns

§fi iE
tu, \li
-i Os símbolos nas paredes impedem o teleporte de criaturas
para dentro ou fora da cela. Por exemplo, uma criatura

tr,
r-, í .,
não consegue usar passo nebuloso nem porta dimensional
n'\dí- o* para entrar ou sair da cela. No entanto, a cela não proíbe
I criaturas de entrar ou sair alterando suas formas. Por
1 exemplo, uma criatura em forma gasosa ou frna o bastante
a I, para passar entre as barras conseguirá entrar ou sair da
,I cela dessa maneira.
a
I Somente Zariel e capaz de abrir os grilhôes de Thavius,
i mas uma criatura pode quebrá-los com um teste bem-
sucedido de Força (Atletismo) CD 25. Também é possível

T
a
atacar os grilhôes. Eles têm CA 19, limiar de dano 15,
I 20 PV imunidade a dano venenoso e psíquico e imunidade
a dano contundente, perfurante e cortante de ataques nâo
^d#7
rÊE mágicos que nâo sejam de adamantina.
Fr
".
I \
/ \
t
 a
i l Vocês veem uma máquina de guerra infernal de duas
rodas estacionada ao lado de uma pedra grande. No alto
da pedra, mijando contra o vento quente, vê-se uma figura
Ii \ Y'" esbelta e parecida com um elfo.

I Sorridor tem um sorriso desconcertante, daí o nome.

Quando ele vê os personagens, seu sorriso se alarga e ele
) salta da pedra ao chão para cumprimentá-los.
Um nome mais apropriado para esse eladrin seria Sor-
ridor, o Sedutor, pois ele vive tentando inebriar as pessoas
com seu otimismo incansável e seu atrevimento escandaloso.
) Sorridor acha que se pode conseguir tudo com pensamento
7)rF- positivo e uma artimanha arriscada. Mesmo admitindo que
a.
outras pessoas podem acabar morrendo por sua causa, ele
t\
j. fi
'+-
\ acredita ser capaz de dobrar o multiverso à sua vontade.
Basta tentar com afinco suficiente. Na verdade, ele é demente.

d: (
h I Uma de suas malandragens preferidas é usar a magia
terreno alucinatório para criar um pedacinho de Faéria no
Avernus: uma bela clareira na mata, onde ele pode se perder
durante algumas horas enquanto trama e medita.
i-/
Tnsouno
Sorridor veste uma armadura de couro +2. Carrega sete moedas
espirituais (p. 94) dentro de um saco e uma espada curta *1.

SonnrooR, o CoNspuRcADoR
Feérico Médio (elfo), caótico e mau
I
Classe de Armadura l8 (ormadura de couro +21
Pontos de Vida 165 (22d8 + 66)
Deslocamento 9 m

FOR oEs coN INT SAB CAR

la (+2) 20 (+5) 16 (+3) l8 (+4) 1l(+0) l8(+a)

Perícias Enganação +7, Persuasão +7

ENcoNTRo ITTNnnANTE: Resistências a Dano contundente, perfurante e cortante

SonnrooR, o CoNspuRCADoR
Os personagens podem encontrâr Sorridor, o
Conspurcador, em qualquer lugar no Avernus. Onde e
quando ele vai aparecer fica a seu critério.
Este aventureiro eladrin oriundo de Faéria ficou
encalhado no Avernus depois que seus companheiros o
abandonaram. Passou os últimos setenta anos vagando pelo
Avernus, fazendo acordos com os diabos para sobreviver.
Sorridor, por fim, vendeu a alma a um diabo do fosso, que
deu a ele os meios para derrubar um caudilho nycaloth
chamado Yarrasto. Sorridor se apoderou do bando e das
máquinas de guerra infernais do nycaloth. A gangue de
Sorrridor passou a ser conhecida como os Conspurcadores
do Sorridor e, com sua ferocidade, aterrorizaram os outros
caudilhos do Avernus durante algum tempo.
Três rivais do Sorridor
- Bafo Amargoso, Feonor
e Princeps Kovik uniram forças para aniquilar os
-
Conspurcadores. Sorridor escapou e hoje rasga as
de ataques não mágicos
Sentidos visão no escuro l8 m, Percepção passiva l0
ldiomas Comum, Élfico, Silvestre
NÍvel de Desafio 7 (2,900 XP)
Conjuroção lnato. Carisma é o atributo de conjuração inata de
Sorridor (CD 15 para evitar magia). Ele pode coniurar inatamente
as magias a seguir, sem precisar de componentes materiais:
À vontade: enfeitiçar pessoa, gargalhada nefasta de Tasha
3/dia cada: cativar, confusão, sugestAo
1/dia cada: dança irresistível de Otto, terreno alucinatório
Posso Feérico (Recarga 4-Q. Usando uma ação bônus, Sorridor
pode se teleportar até 9 metros para um espaço desocupado
à vista ou para o assento vazio de sua máquina
de guerra infernal.
Resistêncio à Magio. Sorridor tem vantagem em salvaguardas
contra magias e outros efeitos mágicos.

imensidões do Avernus montado numa Cabrita Diabólica Açôes

(p. 9a), à procura de aventureiros dispostos a ajudáJo a
Ataques Múltiplos. Sorridor íaz dois ataques com arma.
se vingar dos caudilhos que se uniram contra ele. Maggie
Ele pode conjurar uma magia em vez de fazer um desses ataques.
Maluca (p. 82) é sua única aliada, mas ele se recusa a entrar
para a gângue da megera. Espado Curta +1. Armo de Combate Corpo a Corpo: +9 para acertar,
Quando os personagens encontrarem Sorridor pela alcance 1,5 m, um alvo. Dano:9 (ld6 + 6) perfurante.
primeira vez,leia ou parafraseie o texto a seguir:

CAPITULO 3 I ÀVERNUS
r33
 .L-a I
,
I
t
CepÍrulo 4: Espa»A DE Zanrnr
S PERSONAGENSJÁ DEVEM ESTAR NO
1 nível quando descobrirem a localizaçâo da
10
Espada de Zariel. A arma os aguarda dentro
de uma catedral feita de energia positiva.
O Avernus abomina a construçâo e a envolveu
numa crosta ensanguentada de ferida, e isso
lhe angariou o nome de Cidadela Sangrenta.
Essa crosta também engoliu um demônio
chamado Crokek'toeck que tinha sido enviado
pelo lorde demônio Yeenoghu para devorar a
espada. O poder divino da cidadela resiste às tentativas da
crosta de engoli-la completamente e uni-la ao Avernus. Por
isso o alto da cidadela ainda é visível. Os personagens serâo
encaminhados a este local por Bel ou Olanthius no capítulo 3,
Os demônios de Yeenoghu abrem túneis na crosta de ferida
enquanto procuram uma maneira de libertar Crokek'toeck e
invadir a Cidadela Sangrenta, que é impenetrável. Um nalfe-
shnee de nome Trantolox supervisiona esse destacamento.
ApnoxrMANDo-sE
DA CIDADELA
Quando os personagens se aproximarem da Cidadela
Sangrenta, leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir
para osjogadores:
Uma crosta de ferida imensa e asquerosa do tamanho de um
morro grande se eleva de um fétido pântano de sangue.
A cúpula de um templo de alabastro desponta no alto da
crosta. Várias correntes de ferro negras do Avernus convergem
sobre o edifício, entranhando-se no monte grotesco.
r34
CAPITULO 4I I ESPADA DE ZARIEL
EI
t\
ÉÉ
As partes expostas da Cidadela Sangrenta são
impenetráveis e indestrutíveis. Se estiver com os
personagens, Lulu vai externar seu receio de que a crosta
venha a cobrir a estrutura inteira, depois do que a cidadela
será absorvida pelos Nove Infernos e a Espada de Zariel
se perderá para sempre. Ela também diz aos personagens
que a única entrada para a cidadela está coberta pela parte
inferior da crosta de ferida.
Os demônios de Yeenoghu escavaram túneis e câmaras
por toda a extensão da crosta. Salvo indicação contrária, as
forças de Yeenoghu vão atacar os personagens detectados
por elas e lutar até serem destruídâs.
A CnosrA
A crostâ de ferida tem 90 metros de altura. Os 30 metros
inferiores sâo sólidos como rocha e cada cubo de 1,5
metro de lado de crosta dura tem CA 17, 18 pontos de vida
e imunidade a dano venenoso e psíquico. Os 60 metros
superiores são mais recentes, mais moles e estão cobertos
de feridas sanguinolentas. Esta parte da crosta tem
consistência esponjosa e é muito mais fácil de destruir.
Um cubo de 1,5 metro de lado de crosta mole tem CA 9,
10 pontos de vida e imunidade a dano psíquico. Danificar
a crosta mole faz brotar sangue fétido da ferida.
ENrnaNoo NA Cnosra
A maneira mais evidente de entrar na Crosta é através
de um buraco perto do topo (área C1). Subir poÍ uma
corrente ou pela superfície externa da crosta para chegar
a esse buraco exige um teste bem-sucedido de Força
(Atletismo) CD 15.
 Dentro da Crosta, Lulu é capaz de sentir a que distância e
em qual direção fica a entrada da Cidadela Sangrenta (área
C14) e vai guiar os personagens para lá.
ClnacrnRÍsrrcAs INrnnNes
O mapa 4.1 mostra uma seçâo transversal do interior da
crosta, que tem as características a seguir:
Dimensões dos Túneis. Salvo indicaçâo contrária, os
túneis têm 3 metros de largura. Em vários pontos, o teto
é tâo baixo que personagens de tamanho Médio terão de
rastejar para passar por baixo dele.
Escuridâo. A crosta não tem fontes de luz, salvo indicação
contrária. Os demônios que infestam a crosta dependem
da visão no escuro para enxergar.
Lagoas de Sangue. Lagoas de sangue preenchem as áreas
indicadas no mapâ 4.1. As lagoas são terreno difícil. Qual-
quer humanoide que entrar ou começar seu turno dentro
de uma lagoa terá de fazer uma salvaguarda de Sabedoria
CD 13. Toda criatura que falhar terá o defeito "sou cruel e
\ insensível com as pessoas" pelas próximas 8 horas. Esse
/ defeito anula qualquer traço de personalidade conflitante.
A magia dissipar o bem e o mal remove o defeito.
Superfícies Internas. Todos os túneis e todas as câmaras
foram escavados por demônios usando as garras ou, em
alguns casos, os dentes.
Locers DA CRosrA
Os encontros a seguir correspondem às áreas codificadas
alfanumericamente no mapa 4.1 (p. 137).Já que a crosta
1
dá a volta à Cidadela Sangrenta, uma criatura pode passar
da margem esquerda do mapa para a margem direita, ou
vice-versa.
Cl. ENrnaDA GoTEJANTE
Esta entrada da crosta de ferida é um túnel em forma de
tubo com 6 metros de raio. Quando os personagens se
aproximarem da entrada, leia o texto do quadro a seguir
para osjogadores:
Uma ferida circular e escancarada perto do topo da crosta
íorma um túnel descendente que afunda na escuridão.
O túnel se afunila ao descer para a áreaC2.
C2. JaNnre ANcnrrcar
Os demônios que escavaram este túnel descobriram uma
janela de 6 metros de altura e 1,5 metro de largura:
A crosta de ferida num dos lados desta passagem estreita
foi removida, revelando parte de um dos vitrais da cidadela.
As vidraças opacas, azuis e amarelas retratam o rosto
contemplativo de um belo anjo.
Detectar ma§ra revela que a janela irradia uma aura da
escola de abjuração. Ajanela é inquebrável e ninguém
consegue entrar na cidadela por ali. Qualquer criatura
boa que tocar na janela vai ganhar 20 pontos de vida
temporários. A criatura sob o efeito da magia da janela
só poderá ser afetada de novo por ela após 24 horas.
A Cnosre
Para persona§ensde 11o nível
Os aventureiros tentam entrar na Cidadela Sangrenta,
que tem esse nome por causa do tumor crostoso e
sanguinolento que envolve boa parte dela. Túneis
escavados por demônios levam à entrada da cidadela.
ENrnaNoo NA CTDADELA
Para persona§ens de 12o nível
Depois de percorrer os túneis da crosta, os aventureiros
entram na Cidadela Sangrenta e veem pela primeira vez
a Espada de Zariel.
ValroÍrro
Para persona§ens de 12o nível
Os aventureiros são arrastados para uma das
lembranças de Lulu e visitam o passado, onde são r*
colocados à prova num conflito entreZariel e Yeenoghu.
RrrvrN»rcAçÃo DA Espane
Para persona§ens de 12o nível
1
Depois de sua temporada em Validílio, os aventureiros
voltam à Cidadela Sangrenta, onde a Espadade Zariel
aguarda alguém que seja digno de reivindicá-la. Quem
reivindicar a espada mudará para sempre.
Dri\GR,rMÂ 4.r: Fruxoe nama oo Capíruuo 4
C3. MncnnAAFoGADÂ
Quando os personagens entrarem nesta câmara de 9 metros
de largura, leia o texto do quadro a seguir para os jogadores:
Uma lagoa de sangue toma o centro desta câmara. Cinco
demônios com cabeça de bode que fedem à carniça estão
agachados às margens da lagoa, fitando um cadáver que
nela flutua.
Cinco bulezaus (bloco de estatísticas na p. 231) afogaram
uma megera da noite na lagoa. A megera, Balangamangra,
colaborava com Trantolox para encontrar Crokek'toeck, mas
aí o nalfeshnee desconfiou que â megera estivesse tramando
contra ele em segredo. Trantolox mandou os bulezaus mata-
rem a megera. Eles planejam devorá-la depois que seu cadá-
ver inchar, mas os personagens dâo aperitivos excelentes.
Tesouro. Se examinarem as vestes esfarrapadas da
megera, os personâgens vâo encontraÍ uma bolsa presa ao
cinto contendo um diamante no valor de 5.000 PO e um fras-
quinho com água do Estige. O frasco preserva magicamente
a água (os efeitos sáo descritos em "Rio Estige", p. 76).
C4. ENxUnRADA DE SANcUE
Quando os personagens entrarem nesta câmara de
12 metros de largura, leia o texto do quadro a seguir para
osjogadores:
cepÍrulo 4r I ESPADA DE ZARTEL r35

De uma ferida aberta no teto jorra o sangue que enche a crosta de ferida e quer descobrir se o diabo sabe alguma
grande lagoa que cobre o chão desta câmara. Um pedação
da crosta boia no sangue.
Três barlguras invisíveis se agaÍram às paredes moles desta
câmara. Os demônios esperam suas presas entrarem na sala
antes de atacar. Eles caçam avidamente presas mais evasivas.
Foram os barlguras que arrancaram do centro do teto o
pedaço da crosta que agorâ flutua na lagoa, fazendo o sangue
jorrar da ferida. O personagem que gastar cinco usos de
um kit de curandeiro e for bem-sucedido em um teste de
Sabedoria (Medicina) CD 15 vai fechar a ferida com um
curativo e conter a enxurrada. Esse processo leva 5 minutos
e expõe o personagem aos efeitos do sangue (consulte
"Características lnternas", p. 135). Curar ferimentos ou
efeito mágico semelhante vai fechar a ferida, estancando
o sangramento.
C5. Buca PoR CoMTDA
Quando os personagens entrarem nesta câmara de
9 metros de largura, leia o texto do quadro a seguir para
os jogadores:
Dois ínferos que lembram sapos bípedes e escamosos
de 2,7 metros de altura estão mergulhados até a cintura
numa lagoa de sangue e soltam urros quando arranham
um ao outro. Boiando ao lado deles encontra-se o cadáver
semidevorado de um diabo barbado com uma glaive na
mão. A lagoa tem 6 metros de largura e 14 de comprimento
e é contornada por uma borda em forma de íerradura.
Dois hezrous esfomeados lutam pelo delicioso cadáver do
diabo. A menos que reparem nos personagens, os demônios
vâo brigar até um matar o outro. Se os personagens
deixarem a briga seguir seu curso, um hezrou sairá
vitorioso com 30 pontos de vida restantes. Os personagens
têm vantagem nos testes de Destreza (Furtividade) feitos
com a intenção de passar despercebidos pelos hezrous
enquanto os demônios lutam entre si.
Tesouro. O diabo barbado semidevorado segura uma
§laive +1.
C6. CÂuanA DE ToRTURA
Quando os personagens entrarem nesta câmara grande de
9 metros de largura, leia o texto do quadro a seguir para os
jogadores:
Duas correntes de ferro presas ao teto são arrematadas
por crânios de hiena que enfiam os dentes na carne de um
diabo aos gritos cujo corpo, magro e de tamanho humano,
está coberto por espinhos. Espetando o ínfero acorrentado
com suas compridas probóscides estão três moscas a desta câmara escura que está,iuncada de cadáveres de
zumbir. Elas são do tamanho de um cavalo.
O ínfero acorrentado é Alazub, um diabo farpado que ainda
t
\ l
tem 25 pontos de vida. As moscas gigantes sâo três chas-
mes. Os personagens que entrarem na câmara estarão sus-
cetíveis à característica Zumbido dos chasmes. Os chasmes
vão deixar de torturar Alazub para atacar os intrusos.
r36
cepÍrulo 4: I ESPADA DE zARIEL
Trantolox pegou Alazub se esgueirando no entorno da
coisa a respeito da cidadela que possa ajudar os demônios
a invadi-la. Infelizmente para o diabo farpado, ele não sabe
nada que o nalfeshnee considere útil.
Conentes. As duas correntes que prendem Alazub o
mantêm suspenso a 7,5 metros do châo. Cada corrente tem
CA 19, 15 pontos de vida e imunidade a dano gélido, ígneo,
venenoso e psíquico.
O crânio de hiena nâ ponta de cada corrente prende
Alazub por um braço, enterrando seus dentes na carne
do diabo. Um personagem pode usar uma açâo para
arrancar um crânio da carne de Alazub, mas isso infligirá
7 (2d6) pontos de dano perfurante ao diabo. Esse dano é
considerado mágico e, portanto, ignora a resistência de
Alazub a dano perfurante. O personagem que for bem-
sucedido em um teste de Sabedoria (Medicina) vai livrar o
diabo da corrente arrematada por um crânio sem feri-lo.
Como Interpretar Alazub. A mando de Zariel, Alazub
foi à crosta da ferida ver como Trantolox estava se saindo.
Se Alazub for libertado, o peÍsonagem que for bem-
sucedido em um teste resistido de Carisma (Enganaçâo)
contra a Sabedoria (Intuição) do diabo farpado conseguirá
convencêlo de que Zariel enviou os aventureiros para
salvá-lo. Caso se convença de que os personagens estâo do
lado dele, Alazub também poderá ser persuadido a dividir
com o grupo as informaçôes a seguir se um personagem for
bem-sucedido em um teste de Carisma (Persuasão):
. Demônios comandados por um nalfeshnee chamado
Trantolox encontraram a entrada para a Cidadela
Sangrenta, mas não conseguem arrombáJa (consulte C14).
. Um demônio das sombras descobriu a mascote perdida de
Yeenoghu, o grande demônio Crokek'toeck, na parte dura
da crosta. Esse demônio das sombras é o líder da equipe
que está desenterrando a enorme criatura (consulte C9).
Se os personagens se recusarem a soltar Alazub, o
diabo farpado tentará fazer um acordo. Pode oferecer as
informações que tem ou qualquer outra coisa a seu alcance
em troca da liberdade. Se estiver com os personagens, Lulu
vai recomendar que eles não façam acordos com o diabo
e vai ficar acabrunhada se os aventureiros a ignorarem.
Lulu vai se recusar a ajudar os personagens, a não ser com
coisas mínimas, até voltar a confrar no bom senso deles.
Se os personagens mencionarem que estão interessados
na Espada de Zariel, Alazub vai perceber que eles são
inimigos da arquiduquesa, e transmitir essa informação à
sua ama e senhora passará a ser sua prioridade. Depois de
ser libertado e de conversar com os personagens, o diabo
farpado deixará a crosta de ferida.
C7. DrsprNsA DE TRANToLox
Quando os personagens entrarem nesta câmara de
6 metros de largura, leia o texto do quadro a seguir para
os jogadores:
Hordas de moscas infernais zumbem de um lado a outro
diabos mutilados e ossos roídos. Um buraco no chão revela
mais uma caverna escura abaixo desta.
Um exame mais cuidadoso dos cadáveres mutilados
revela que entre eles há três diabos barbados, dois diabos

c14 c12
Mapa 4.t: SecçÃo Ínarsvensru oa Cnosra
farpados e um diabo dos ossos. Todos os cadáveres estão
estraçalhados e, em alguns casos, parcialmente devorados.
A primeira vez que um nào ínfero atravessar esta sala,
as moscas vão se juntar em quatro fúrias de insetos
hostis, Troque o deslocamento de escalada das fúrias por
deslocamento de voo de 9 metros.
C8. Covrr DA MEcERA
O túnel que leva a esta caverna se estreita até ter apenas
60 centímetros de altura, o que vai exigir dos personagens
de tamanho Médio que rastejem para passar por ele. Quando
olharem para o interior desta câmara de 6 metros de largura,
leia o texto do quadro a seguir para osjogadores:
O chao deste cisto escuro está coalhado de ossos e salpi-
cado de chagas sanguinolentas. Nichos pouco profundos
escavados nas crostas que formam as paredes sustentam
uma variedade de írascos arrolhados, orbes negros polidos,
crânios de humanoides e outras curiosidades.
Balangamangra, a megera da noite, usava esta câmara
como covil até ser rudemente descartada pelos demônios
(consulte a área C3).
Tésouro. Detectar ma§ia revela seis itens mágicos dentro
dos nichos, entre eles uma bolsa preta feita de pele costu-
rada, uma pedra preciosa negra e lustrosa que tem a forma
do punho cerrado de um bebê humano, um frasco de ferro
contendo um golem de carne ínfera furioso (bloco de
o torna dura feito rocha.
U
o estatísticas na p. 238) que é impossível de controlar e três
z moedas espirituais (p.227). A bolsa é o saco de almas de
o 6 metros de largura, leia o texto do quadro a seguir para
ê Balangamangra e não tem serventia para os personagens.
lquadrado=3m
c10
c14
A pedra preciosa negra é ajoia da alma d,a megera da noite.
(Mais informaçôes sobre esses itens mágicos na seçâo sobre
a "Megera da Noite" do Monster Manual: Livro dos Monsrros).
Balangamangra também mantinha uma coleçào de venenos
em seis pequenos tubos arrolhados feitos de falanges huma-
nas. Cada frasco contém uma dose de um veneno diferente:
vapores causticantes de othur, muco de rastejador da carniça,
essência do étec malícia, óleo de Taggit e torpor (os efeitos de
cada um deles sâo descritos na seçâo "Venenos" do capítulo 8
do Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre). O personagem
que tiver um kit de veneno poderá usá-lo para levar amostras
bem pequenas de cada veneno para análise. Depois de passar
1 minuto analisando um dos venenos, o personagem conse-
guirá identificá-lo e saber quais são seus efeitos com um teste
bem-sucedido de Inteligência (Natureza) CD 15. O bônus de
proficiência do personagem poderá ser somado ao teste caso
ele ou ela seja proficiente com o kit de veneno.
Os únicos outros objetos de valor sào três orbes de
1,5 quilo de obsidiana polida (100 PO cada) que podem ser
usados como foco arcano nas conjurações.
Entre outras curiosidades, temos um esquife vazio de tama-
nho adequado para uma criancinha humana, um cincerro de
cobre, um nó de forca, a pata desidratada de um nótico amar-
rada a um cordâo preto, um cofre de madeira com manchas
de fuligem contendo três dentes de dragâo vermelho frlhote,
um tomateiro seco plantado num vaso de cerâmica adornado
com imagens de querubins a dançar, e nove crânios de gnoll.
C9. EscaveÇÃo Dos DnuôNros
Neste ponto, a crosta deixa de ser mole e esponjosa e se
Quando os personagens entrarem nesta câmara de
os jogadores:
c.lpÍrulo ,t: I ESPADÂ DE ZARTEL
r37

Aos rosnados, dez demônios pequenos e cobertos de pelos
cinzentos e emaranhados abrem com as garras e os dentes
um buraco no chão duro e crostoso. Um demônio íeito de
sombras sobrevoa os ínferos menores, gritando com eles no
idioma Abissal.
Se estiver com os personagens, Lulu vai pressentir a
presença de Crokek'toeck nas proximidades (consulte a
área Cl0). Ela conta aos personagens sobre a mascote
de Yeenoghu e especula que os demônios podem estar
tentando libertar Crokek'toeck.
Vatilan, um demônio das sombras, comanda sete
dretches nessa escavaçâo que se dirige à área C10. O
demônio das sombras encontrou Crokek'toeck ao fazer o
reconhecimento da crosta usando Movimento Incorpóreo.
Se os personagens atacarem, o demônio das sombras deixará
os dretches para trás: atravessará a parede mais próxima e
seguirá para a área Cl4 para avisar Trantolox que os intrusos
estâo próximos. Vatilan continuará ao lado do nalfeshnee até
se convencer de que os intrusos nâo sâo mais um problema.
C10. CÁncERE DE Cnorrr'rorcr
Crokek'toeck (bloco de estatísticas na p. 233), a mascote de
Yeenoghu, está todo espremido nesta cavidade, incapacitado
e contido. Se ao menos 6 metros das paredes que enceÍram
Crokek'toeck forem destruÍdas, o monstro conseguirá se
mexer mais uma vez e se libertar da crosta.
Se escapar da crosta, Crokek'toeck deixará em sua esteira
uma passagem de 9 metros. O ínfero está faminto e tentará
consumir qualquer criatura que cruzar seu caminho. Aí par-
tirá para procurar seu amo e senhor, Yeenoghu.
Se Crokek'toeck for libertado, Trantolox e o resto dos de-
mônios na área C14 vão investigar. O nalfeshnee tentará con-
trolar Crokek'toeck, mas a mascote de Yeenoghu responde
apenas ao Senhor dos Gnolls. Depois de Trantolox tentar
controlar Crokek'toeck durante 3 rodadas, o nalfeshnee e os
outros demônios vâo bater em retirada, de volta à área C14.
Cll. EsrÁruA DE YnnNocnu
Quando os personagens entrarem nesta câmara de
12 metros de largura, leia o texto do quadro a seguir para
osjogadores:
Uma estátua de 2,7 metros de altura de um bípede
corpulento com mãos e pés dotados de garras encontra-se
nesta câmara. Três demônios parecidos com abutres e seis
gnolls gargalham ao dançar em volta da estátua.
Três vrocks e seis gnolls dançam em volta da estátua.
deleitando-se com sua própria loucura malévola. Os vrocks
não hesitarão em usar seus esporos de imediato, mesmo
que, com isso, infectem seus aliados gnolls. Ambos,
demônios e gnolls, lutarão até a morte.
A estátua foi esculpida num bloco da crosta endurecida.
I Detectar ma§r'a revela que o monumento irradia uma aura da
escola de evocaçâo. Todo demônio ou gnoll com pelo menos
1 ponto de vida remânescente que começar seu turno a até
9 metros da estátua vai recuperar l0 pontos de vida.
Se estiver com os personagens, Lulu vai reconhecer
a estátua como uma representação tosca de Yeenoghu e
encorajar os personagens a destruí-la.
CAPÍTULO,1: I ESPADA DE ZARIEL
r38
A estátua é um objeto Grande com CA 17, 60 pontos
de vida e imunidade a dano venenoso e psíquico. Se for
destruída, explodirá. Toda criatura a até 9 metros da
explosão terá de fazer uma salvaguarda de Destreza
CD 15. Se falhar, sofre22 (4d10) pontos de dano perfurante,
ou metade do dano se tiver sucesso.
Cl2. CÂrrreRA DE TneNrolox
Quando os personagens entrarem nesta câmara de 9 metros
de largura, leia o texto do quadro a seguir para osjogadores:
Um monte compacto de ossos e carne podre encontra-se
no meio desta câmara, no demais vazia.
As criaturas que examinarem de perto os ossos e a carne
podre vâo reparar numa garrafa arrolhada ali na pilha.
Tésouro. O vasilhame e uma §arrafa do fumacê eterno.
C13. GNor-Ls AS GARcALHADAS
Os personagens vão escutar as gargalhadas dos gnolls
ao entrarem neste corredor. Eles podem surpreender as
criaturas apagando suas fontes de luz e passando num teste
em gÍupo de Destreza (Furtividade) CD 10.
Targ Nar, um gnoll presa de Yeenoghu com 100 pontos
de vida, está ali com uma gangue de quinze gnolls. Targ
Nar responde a Trantolox, que o mandou montar guarda
no corredor. Para passar o tempo, os gnollsjogam para lá e
para cá a cabeça de um outro gnoll que Trantolox decapitou
por mero capricho.
C14. ENrneDA DA Croeonra SeNcnnNre
Quando os personagens chegarem a esta câmara de
12 metros de largura, leia o texto do quadro a seguir para
os jogadores:
Portas de bronze de folha dupla estão expostas na parede
da crosta. Uma imagem em baixo-relevo nas folhas da
porta retratam um anjo de olhos vendados empunhando
uma espada e, entalhadas nos caixilhos há belas runas
marchetadas de ouro. Três demônios com cabeça de bode
e cauda farpada se atiram contra a porta enquanto um ser
ínfero corpulento e parecido com um gorila, com presas de
morsa e asas diminutas, trata os outros três a pontapés e
berra ordens em Abissal.
Trantolox, um nalfeshnee. tem às suas ordens três bulezaus
(bloco de estatísticas na p. 231) para abrir na maÍra a poÍta
de dupla que leva ao interior da Cidadela Sangrenta. O
nalfeshnee está desesperado para entrar e reivindicar a
Espada de Zariel para Yeenoghu. Por mais que os bulezaus
se esforcem, â porta nâo cede (consulte "Porta", a seguir).
O nalfeshnee nâo vai atacar os personagens de imediato
se achar que pode enganá-los e fazêlos abrir as portas para
ele. O nalfeshnee sugere uma aliança e a "divisâo igualitária"
do tesouro que por acaso se esconder no interior da cidadela.
Se estiver com os personagens, Lulu vai recomendar
veementemente que eles não confiem no demônio. Trantolox
nâo tem a menor intenção de cumprir o acordo e alega
nada saber a respeito da Espada de Zariel. Em batalha, o
nalfeshnee vai lutar até ser reduzido a 60 pontos de vida,
aí vai tentar fugir da crosta e voltar para prestar contas a
Yeenoghu. Os bulezaus insanos vão lutar até a morte,
 I

\
d

E
u I

Porta. A porta, assim como a cidadela, é indestrutível. Leia ou parafraseie o texto do quadro a seguir para
As runas que a contornam dizem, no idioma celestial: osjogadores quando os personagens entrarem na
"Contra o mal nos unimos. Somente os de coraçâo puro Cidadela Sangrenta:
podem abrir as portas do céu."
Detectar ma§ra revela uma aura da escola de abjuraçâo
em volta da porta de folha dupla, que pode ser aberta Uma luz branca e intensa consome o sangue e a sujeira que
apeÍlas por uma criatura de alinhamento bom enquanto mancham suas roupas. Uma energia revigorante começa
Lulu estiver a até 18 metros do umbral. A própria Lulu a revivificar os músculos entorpecidos à medida que a luz
pode abrir a porta, se necessário. Se Lulu estiver viva mas
se suaviza e revela o interior de uma catedral ensolarada.
nâo presente quando os personagens tentarem entrar na
cidadela, as portas continuaráo trancadas. Os personagens Como a luz atravessa a crosta de ferida e os vitrais das
vão receber uma mensagem telepática de uma voz feminina janelas é um mistério que só a magia sabe elucidar.
desconhecida: "Tragam Lulu aqui e eu os deixarei entrar". Colunas demarcam um caminho da porta até um pedestal
Somente quando os personagens voltarem com Lulu é que coberto de runas celestiais. Cravada numa pedra em cima
será possível abrir a porta. Se tiver morrido anteriormente
do pedestal encontra-se uma espada longa resplandecente.
na aventura, Lulu estará esperando os aventureiros no
interior da cidadela, passada a porta.
Quando a porta se abrir, uma luz branca e intensa sairá Se Lulu tiver morrido anteriormente, acrescente o seguinte:
lá de dentro e preencherá a área Cl4. Todo ínfero ou morto-
vivo que entrar ou começaÍ seu turno nessa luz terá de fazer
uma salvaguarda de Constituição CD 22, sofrendo 44 (8d10) Esvoaçando logo depois da porta está uma celesfante
pontos de dano radiante se falhar, ou metade do dano se tiver
dourada que os saúda com o som agradável de uma trombeta.
sucesso. Ínferos e mortos-vivos nâo conseguirão passar pela
porta da cidadela nem sequer quando esta estiver aberta.
Nível dos Persona§ens. Deixe os jo gadores subi rem Lulu terá todos os seus pontos de vida se tiver sido
o nível de seus personagens de 110 para l20 antes de ressuscitada pela magia da cidadela. Contudo, não terá
entrarem na Cidadela Sangrenta. lembrança alguma do que aconteceu entre o momento em
que viu os personagens pela última vez e agora.
ENrrnaNDo Na CToADELA O poder divino da cidadela restaura os personagens e
eles recebem as benesses de um descanso longo. Se uma
Os personagensjá devem estar no 120 nível quando
criatura tiver recebido um defeito por causa de uma lagoa
entrarem na Cidadela Sangrenta. Essa construção tem
de sangue ou coisa parecida, esse defeito será removido. A
o uma única finalidade: manter a Espada de Zariellonge de
z
conjuração de detectar ma§r'a dentro da Cidadela Sangrenta
Í mâos malignas.
vai revelar que a construçâo inteira irradia auras das escolas
t
de abjuraçâo e evocaçâo.

CAPÍTULO 4: I ESPADA DE ZARIEL

t39
 O interior da cidadela é uma grande câmara de alabastro
iluminada plenamente pela luz solar mágica que atravessa as
janelas. A espada em cima do pedestal é a Espada de Zariel
@.22Q. As runas entalhadas no pedestal dizem, no idioma
celestial: "O herói que se unir a esta arma nâo existirá mais".
Os personagens só poderão reivindicar a espada quando
completarem a lembrança de Validílio (consulte a seçâo de
mesmo nome mais adiante).
FeNresuA DE Yarr
Se os personagens se aproximarem da Espada de Zariel,
o fantasma de Yael vai aparecer diante deles e arrastá-los
para uma das lembranças perdidas de Lulu para ver se eles
são dignos de possuir a arma. Leia ou parafraseie o texto do
quadro a seguir para osjogadores:
A imagem translúcida de uma mulher de trinta e poucos anos
que veste armadura de placas e ostenta uma fina cicatriz
na face aparece diante de vocês. Ela aponta a celesíante
e os olhos de Lulu assumem um tom puro de branco.
Um sussurro toma os ouvidos de vocês, dizendo: "Eu me
lembro!". Uma onda de energia radiante irrompe do corpo de
Lulu e, nesse clarão ofuscante, desaparecem a combatente
fantasmagórica, a celesfante e a Cidadela Sangrenta.
O conforto da catedral é substituído por devastação, gritos
de pânico e íumaça acre. Vocês se veem nas proximidades de
um vilarejo de cabanas, campos e árvores em chamas. Uma
placa quebrada no chão revela o nome do povoado: Validílio.
Aos gritos, os moradores correm de demônios e gnolls que
rosnam, gargalham e mostram os dentes.
Os personagens sào transportados para a lembrança que
Lulu tem de Validílio e aparecem perto da extremidade
oeste da Rua do Idílio (área V1 no mapa 4.2).
VerruÍLro
Yael arrasta os personagens para a lembrança que Lulu tem
da batalha final de Zariel com Yeenoghu em Faerün. Os
personagens vivenciam uma série de incidentes em Validílio
antes de voltar à Cidadela Sangrenta, onde poderão enfim rei-
vindicar a Espada de Zariel. Enquanto os personagens estive-
rem em Validílio, Lulu nâo estará com eles, mas vai aparecer
como mamute alado no "lncidente 7. Chega Zariel" (p. laa).
Hrstóua nn VauoÍuo
Todo personagem que for bem-sucedido em um teste de
Inteligência (História ou Religião) CD 20 vai recordar as
informaçôes a seguir a respeito de Validílio:
. Séculos atrás, Validílio foi ameaçada por tribos de
gnolls. Enquanto os gnolls assaltavam o vilarejo, Solndor
Clarestrela, um clérigo de Lathander, colocou sua gente
para rezar ao Senhor da Manhã e pedir ajuda. Lathander,
comovido com a bravura do povo, mandou o anjo Zariel
para vencer os gnolls. Depois de rechaçar as criaturas, a
populaçâo erigiu uma estátua deZariel em sua homenagem
. Passaram-se geraçôes, e os gnolls voltaram a Validílio,
dessa vez com as fileiras reforçadas por demônios e o
tt próprio Yeenoghu à frente do bando de guerra. Zariel e os
Cavaleiros do Inferno correram ajudar Validílio, mas nâo
antes de boa parte da vila ser destruída.
cAPÍTULo 4: I ESPADA DE ZARTEL
r40
CenncrnnÍsrrcas DE VALrDÍLro
O vilarejo de Validílio tem as características gerais a seguir.
Lrurrrs
Os personagens estão restritos à parte de Validílio mostrada
no mapa 4.2. Passadas as bordas do mapa, tudo está
tomado por névoa e fumaça. Os personagens que voarem
ou levitarem 36 metros ou mais acima do chão vão se ver
engolidos por névoa e fumaça semelhantes.
A criatura que entrar ou começar seu turno dentro da
névoa terá defazer uma salvaguarda de Sabedoria com
CD 15, sofrendo 22 (4d10) pontos de dano psíquico se
falhar, ou metade do dano se tiver sucesso.
CoNsrnuçôEs EM Cneues
As construções nâo identificadas com números no mapa 4.2
sâo casas e estabelecimentos comerciais aos quais os gnolls
atearam fogo. Os suprimentos que se encontravam nesses
prédios foram levados pelos moradores em fuga ou roubados
pela horda de Yeenoghu. As construções sâo térreas ou têm
dois andares (a critério do DM), e cada andar tem
3 metros de altura. As salas internas das construçôes têm
pé-direito de 2,7 metros, conectadas porvâos de porta com
2,4 metros de altura. Um personagem conseguirá escalar
uma dessas construçôes sem equipamento algum se for
bem-sucedido em um teste de Força (Atletismo) CD 15.
A criatura que comeÇar seu turno dentro ou em cima de
uma construçâo em chamas terá de fazer uma salvaguarda
de Constituiçâo CD 15, sofrendo 10 (3d6) pontos de dano
ígneo se falhar, ou metade do dano se tiver sucesso.
Ánvonrs EM CHAMAS
Toda árvore representada no mapa 4.2 tem 1d6 + 3 metros
de altura e se encontra em chamas. Subir em uma árvore
nâo exige nenhum teste de atributo. No entanto, a criatura
que começar seu turno numa árvore em chamas terá de
fazer uma salvaguarda de Constituiçâo CD 15, sofrendo
10 (3d6) pontos de dano ígneo se falhar, ou metade do
dano se tiver sucesso.
Moneoonr,s
Assim como Validílio, os moradores sâo ilusôes criadas pela
memória de Lulu. A maioria dos habitantes de Validflio está fu-
gifldo para se salvar ou se escondendo, apavorada. Se os perso-
nagens tentarem conseguir informações com esses moradores,
o máximo que essa gente conseguirá oferecer são menções bre-
ves a demônios e gnolls que saíram do nada para saquear a vila.
Os personagens terâo oportunidades para salvar as
pessoas de Validílio das hordas de Yeenoghu e outros
perigos. Os moradores que os aventureiros salvarem da
morte certa vão demonstrar rapidamente sua gratidão e
correr na direção dos limites enevoados da lembrança de
Lulu, desaparecendo em seguida.
Monrr DE PERSoNAcENS
A lembrança de Validílio é tâo real para os personagens
quanto qualquer outro local, e eles podem morrer ali.
Locers EM VALrDÍLro
Os locais a seguir estâo codificados alfanumericamente
no mapa 4.2.
Vl. Rue Do IDÍLro
A rua do Idílio é a única via pavimentada de Validílio. Vai da ex-
tremidade oeste do vilarejo à estátua de Zariel (área V2). A via
está coalhada de carroças quebradas, escombros e cadáveres.
 rl

1 quadrado =, - \É/ 0 ("

a §.
.--1
U# ü
I

t9,:

Y,1 ---.:
=
a

J a
.),
6 lJt.

[.
,l
\..;:-
r*
EÔO á.i
v2
,}) '@o
V1

'.. ,à..

s_@ffi,
@ d
&
\r,

t,, t,

r)
[,
#
L a
il §

Mapa 4.2: Vauroírro

V2. EsrÁruA DE ZARIEL Ocupantes. No primeiro andar,Jhessa Clarestrela, uma

Esta estátua de mármore branco de 9 metros de altura
fica no alto de um pedestal de 60 centímetros de altura e
representa um anjo de armadura e olhos vendados numa
posição serenâ e protetorâ, com a espada desembainhada
e as asas abertas. As palavras a seguir, no idioma comum,
estâo entalhadas no pedestall. "Zariel, guardiâ de Validílio.
Rezai a Lathander e a luz do deus-sol será vosso escudo."
Esta estátua deZariel é um objeto Colossal com CA 17,
300 pontos de vida, limiar de dano 15 e imunidade a dano
venenoso, psíquico e radiante. Detectar ma§ra revela que a
estátua irradia uma aura da escola de abjuração.
Todo ínfero que começar seu turno a até 4,5 metros da
estátua causará uma explosão de energia radiante. Toda vez
que a estátua "explodir", cada ínfero a até 9 metros dela terá
defazer uma salvaguarda de Constituiçâo CD 15, sofrendo
18 (4d8) pontos de dano radiante se falhar, ou metade do
dano se tiver sucesso.
Todo personagem que tocar na estátua e usar uma açâo
para oferecer uma prece a Lathander será benefrciado pela
fiagia proteção contra o bem e o mal durante t hora. Um
determinado personâgem só pode receber esse benefício
uma vez durante a reconstituiçâo da lembrança de Lulu.
V3. Trupro DE LATHANDER
Este templo de pedras brancas de dois andares, com as
paredes externas cobertas por imagens do sol entalhadas,
é a maior construção do vilarejo. Postigos de ferro cobrem
asjanelas do edifício e suas portas são de carvalho. Os
ocupantes e as características do templo são discutidos
detalhadamente a seguir.
humana sacerdotisa de Lathander, ordeira e boa, conduz
as preces de uma congregação de cinquenta moradores
(plebeus). Se forem obrigados a lutar, os plebeus vão
realizar a açâo Esquivar. Os moradores morrem de medo
das forças de Yeenoghu e váo agradecer qualquer ajuda
que os personagens possam dar.
Iluminaçâo. Tochas acesas em arandelas nas paredes
iluminam o interior do templo com luz plena.
Entrada Trancada. A entrada do templo é uma porta de
carvalho de folha dupla que foi fechada por dentro com
uma tranca. Uma criatura pode usar uma ação para abrir
a porta na marra pelo lado de fora ao obter sucesso em
um teste de Força (Atletismo) CD 22. Um personagem
também poderá convencer a congregação a abrir a porta
se gritar pelas frestas se for bem-sucedido em um teste de
Carisma (Persuasào) CD 15.
Janelas Fechadas. Todas asjanelas estão cobertas com
postigos de ferro trancados. Os postigos de ferro têm
trincos do lado de dentro, CA 19,25 pontos de vida, limiar
de dano 10 e imunidade a dano venenoso e psíquico. Um
personagem com ferramentas de ladrão pode destrancar
o postigo de uma janela ao obter sucesso em um teste de
Destreza CD 15.
Como InterprctarJhessa. Clarestrela. Jhessa é uma
devota sacerdotisa de Lathander e descendente de Solndor
Clarestrela (consulte "História de Validílio", p. 140). A mulher
de fala mansa e quarenta e poucos anos conduz as preces
de seu rebanho a Lathander, implorando ao Senhor da
Manhã que envie Zarielpara proteger mais uma vez o
povo de Validílio.

cepÍruro 4: I ESPADA DE ZARIEL

r4r
 Jhessa acredita firmemente que Lathander ouvirá a prece
e que é só uma questâo de tempo ate Zariel aparecer. Se
encontrar os personagens, Jhessa vai usar suas magias
para curáJos e animálos, torcendo para que consigam
proteger sua congregação até Zariel chegar. Se as forças
de Yeenoghu entrarem no templo,Jhessa vai se colocar
entre qualquer ameaça e os plebeus dentro do edifício e, se
necessário, dará a vida para salvá-los.
INcr»nNrES EM VauoÍrro
Os incidentes a seguir ocorrerâo em sequência assim que os
personagens chegarem a Validílio.
INcronNrr 1. Cnrcau os PERSoNAGENS
Quando os personagens chegarem a Validílio (na área V1),
os encontros a seguir vão ocorrer simultaneamente:
. Seis gnolls cercâm e atacam os personagens.
. Seis dretches na rua do Idílio (área V1) estâo arranhando
uma carroça virada sob a qual se esconde Eila da
Cacimba, uma humana plebeia neutra.
. Uma hiena gigante ataca um mastim perto da estátua de
Zariel(tueaY2).
. Um hezrou bate com força na porta do templo de Lathan-
der (área V3), tentando abriJa na marra para entrar.
Peça aos jogadores para jogarem a iniciativa dos
personagens, aíjogue a dos gnolls, dretches, hiena
gigante, mastim e hezrou. Todos os gnolls agem na mesma
contagem, assim como todos os dretches. Eila não participa
do combate.
Gnolls. Os gnolls lutam até a morte e gargalham feito
maníacos o tempo todo.
Canoça e Dretches. A carroça é um objeto Grande com
CA 15, 27 pontos de vida e imunidade a dano venenoso e
psíquico. Uma criatura pode usar uma açâo para erguer
a carroça ao ser bem-sucedida em um teste de Força
(Atletismo) CD 15.
Se destruírem a carroça, os dretches vâo iniciar um ataque
contra Eila da Cacimba. Se ela morrer. os dretches vão atacar
os personagens.
Se os personagens contra-âtacarem os ínferos, estes vâo
passâr a combatê-los e ignorar a carroça. Assim que os
dretches forem destruídos, Eila vai sair de baixo da carroça,
agradecer aos personagens e fugir parâ um local seguro.
Hiena Gi§ante e Mastim. Se os personagens não
interferirem, a hiena gigante vai matar o mastim e dirigir
sua atençâo eles. Se decidirem atacar a hiena gigante, ela
vai ignorar o mastim e se virar para encarar a ameaça
maior, lutando até a morte.
O mastim permanecerá com os personagens se eles o
salvarem, usando a ação Ajudar para distrair os inimigos dele
em combate. O personagem que for bem-sucedido em um
teste de Sabedoria (Lidar com Animais) CD 12 conseguirá
convencer o mastim a não se meter na briga e procurar abrigo.
Hezrou. Em seu turno, o demônio tenta abrir a porta do
templo na marra, fazendo um teste de Força (Atletismo)
CD 20. Se for bem-sucedido, conseguirá abrir a porta do
templo e atacará as pessoas lá dentro em seu próximo
turno. Se os personagens atacarem o hezrou ou se este
matar todas as criaturas dentro do templo, o demônio vai
dirigir sua atenção para os aventureiros.
Próximo Incidenfe. Quando restar apenas um dos
inimigos dos personagens, passe para o incidente 2.
l
1 pior acontecer."
,
r+2
cepÍ'ruro 4: I ESPÀDA DE ZARTEL
INCrorNrr 2. Cer'rprÃo DE YEENoGHU
Este incidente se sobrepôe ao fim do incidente anterior.
Assim que este começar, leia o texto a seguir para os
jogadores:
Ergue-se um coro de gritos quando pessoas, carneiros e
porcos atravessam a vila correndo, perseguidos por um
demônio que da cintura para baixo é uma grande serpente
e da cintura para cima é um gnoll de seis braços que
empunha uma lâmina cruel em cada uma de suas mãos
dotadas de garras.
Os animais e moradores apavorados disparam pelas vielas
de Validílio, caçados por Garoknul, um demônio sem igual a
serviço de Yeenoghu. Use o bloco de estatísticas do marilith
para representar Garoknul. Os bichos e habitantes em fuga
desaparecem ao chegar à borda do mapa. Garoknul deixa
de persegui-los para lutar com os personagens. Se for
reduzido a 50 pontos de vida ou menos, Garoknul vai usar
sua próxima ação para se teleportar dali.
Próximo Incidenfe. Quando Garoknul deixar a área ou
morrer, passe para o incidente 3.
INCroeNrr 3. Irtrpnna A LoucuRA
Este incidente começa quando o anterior termina. Leia o
texto do quadro a seguir para os jogadores:
Cinco guardas empunhando lanças avançam, vindos do
norte. Salpicados da cabeça aos pés com icor negro, eles
fitam vocês com olhos ávidos.
Os cinco humanos guardas se chamam Caladra Telmaster,
Esselyn Xharn,Jai Wen, Tal Hannefar e Yaerklos Longuestio.
A armadura de todos eles está coberta com o icor dos
demônios de Yeenoghu. O icor os enloqueceu, e agora eles
têm fome de carne humanoide. Quando repararem nos
personagens, os guardas atacarão.
Se um personagem matar um dos guardas, a mente de
Lulu vai tentar punir esse aventureiro. O personagem terá
de ser bem-sucedido em umâ salvaguarda de Sabedoria
CD 15 para não ganhar 1 nível de exaustâo quando a mente
de Lulu minar a energia do aventureiro.
É possível curar a loucura de um guarda com a magia
dissipar o bem e o mal, restauração maior ou removeÍ
maldição. Os guardas que forem curados dessa insanidade vâo
agradecer aos jogadores e explicar que estavam combatendo
os demônios nos campos quando, de repente, sentiram uma
vontade irresistível de consumir a carne de humanoides. Esses
guardas estão ansiosos para voltar ao combate nos campos e
váo desaparecer ao cruzar os limites da névoa.
Próximo Incidenúe. Assim que os personagens derem um
jeito nos guardas, passe para incidente 4.
INcrorNrr 4. CaruauA INqUIETANTE
Este incidente começa com Yael contatando telepaticameote
os personâgens:
A voz de uma mulher invade a mente de vocês. "Bom
trabalho. Façamos uma pausa. Vocês têm uma hora até o
 t/

\J
L
\
\'. 't
\ /
cfl

r
EV
J
I
t
/ 7À L
1
A
2,

\
\
\
k
l.
\t'
t
'u
I
7
/
(
-\ ía
r
-T
I
\

:a
tl
{ E

T t
i
.J â7.
,ry
L-/
I \* .-1
4.-
,'1 L-d .t
b-
!7..-!

Os personagens podem passar a hora seguinte interagindo
com a lembrança que Lulu tem de Validílio. Podem explorar
a vila, apagar incêndios, falar comJhessa Clarestrela no
templo de Lathander (área V3) ot fazer um descanso curto.
Nesse intervalo, os campos continuam a arder e ouve-se um
ou outro grito âo longe, passado o limite da névoa.
Próximo IncidenÍe. Quase no fim deste incidente, os
personâgens vão escutar ao longe uma gargalhada parecida
com um cacarejo. Essa risada vai se aproximando e
ganhando volume, anunciando a chegada de mais soldados
de Yeenoghu. Passe ao incidente 5.
INcrorNrn 5. PnonnocAÇÃo Do Arequr
Este incidente começa quando o anterior termina. Leia ou
parafraseie o texto do quadro a seguir para osjogadores:
Seis demônios aparecem na extremidade oeste de Validílio:
um brutamontes desajeitado, parecido com um gorila, e cinco
criaturas pequenas com ieito de cachorro, pele cinzenta com
textura de borracha e orelhas grandes. As gargalhadas ao
longe indicam que mais inimigos estão chegando.
Um barlgura e cinco dretches aparecem na extremidade
oeste do mapa 4.2. Se repararem nos personagens,
atacarão. Se nào repararem, atacarão o templo (área V3),
esperando matar todos lá dentro. No começo da segunda
o
z rodada de combate, um gnoll senhor da alcateia e seis
gnolls váo entrar na peleja, vindos do sul. No começo da
o
terceira rodada de combate, um vrock vai cair do céu para
entrar na briga.
Próximo IncidenÍe. Quando restarem apenas três
inimigos, ou completadas seis rodadas de combate, o que
acontecer primeiro, passe para o incidente 6.
IucrorNrr 6. YrnNocsu
Este incidente se sobrepôe ao fim do incidente anterior.
Leia o texto do quadro a seguir para os jogadores:
Um riso desvairado e horripilante rompe o ar e o rumor da
batalha. Um gnoll gigante com a pelagem toda emaranhada e
manchada de sangue, brandindo um mangual de três cabeças,
sai intempestivamente da névoa. Sangue e vísceras pingam de
sua bocarra vermelha, escancarada por um riso violento.
Yeenoghu (bloco de estatísticas na p. 242) vai atacar toda e
qualquer criatura que ele detectar e que nâo seja um de seus
aliados. Se Yeenoghu não detectar nenhum inimigo, ele
vai atacar a estátua deZariel (área V2) antes de pâssar âo
templo (área V3).
Próximo IncidenÍe. O incidente 7 vai começar passadas
três rodadas de combate com o lorde demônio ou quando
Yeenoghu for reduzido a 100 pontos de vida ou menos.

CAPÍTULO 4: I ESPADA DE ZARIEL

r+3
 it
ffi n Y
I
( ,,
,4$J
T
DÀEsquÊRo^pÂR^ÂorRErÍ^:AcaneaoeZanreueosCavnrerRosoolrrenxo,^GUERRÂloAveeluseaneNorçÃooEZrrRrELaÂsuooeus
INcrorxre 7. Cnrca Zanrrr
Este incidente se sobrepõe ao fim do incidente anterior.
Leia o texto do quadro a seguir para osjogadores:
O lorde demônio às gargalhadas fecha a bocarra, estreita os
olhos e fita o céu quando um feixe de luz radiante atravessa
a névoa. Um anjo poderoso despenca lá do alto, seguido por
um mamute de pelagem dourada e asas emplumadas. O
anjo desíere uma cutilada com sua espada, cortando o peito
de Yeenoghu de um lado a outro, e pronuncia as palavras de
uma magia. Abre-se um portal atrás do lorde demônio e o
mamute o atinge em cheio com uma marrada. Yeenoghu é
atirado para trás e, com uma cambalhota, atravessa o portal
que se fecha logo depois de ele passar.
O anjo é Zariel (use o bloco de estatísticas do solar) e o
mamute alado é a Celesfante Lulu metamorfoseada
(p.232). Após livrar Validílio de Yeenoghu, Lulu e Zariel vão
se âpresentar aos personagens e curálos como puderem.
Enquanto as apresentaçôes acontecem, os Cavaleiros do
Inferno (cavaleiros) originais aparecem montados em
seus cavalos de guerra e matam os demônios e gnolls
remanescentes. Um desses Cavaleiros do Inferno, uma
mulher de trinta e poucos anos com um corte fundo e ainda
l recente na face, agradece os personagens e se apresenta
como Yael. Ela os saúda com uma piscadela, aí volta a se
juntar ao resto do batalhâo. Os personagens talvez também
\
r+4
CAPÍTULO 4: I ESPÂDA DE ZARIEL
b
Áà
3I
i"
reconheçam Olanthius, Haruman e outros Cavaleiros do
Infernos originais que eles tenham encontrado no Avernus.
Zariel pode conjurar a magia ressurreiçâo até três vezes.
Ela usa essa magia para ressuscitar o máximo possível de
personagens mortos.
Quando Zariel se prepara para levar suas forças através do
portal para o Avernus, todas as outras criaturas com exceção
dela, de Lulu e dos personagens vão parar de se mexer e res-
ponder, como se estivessem congeladas no tempo. Zarielse
vira para os personagens e diz: "Yeenoghu massacrou aqueles
que eu jurei proteger. Posso detê-lo, e deter também outros
como ele. Talvez eu tenha de abrir mâo de tudo que represento,
mas eu poderia conter a onda de caos e salvar muitas vidas
dos horrores demoníacos do Abismo. Se estivessem no meu
lugar, vocês arriscariam tudo para salvar outras pessoas?"
Zariel deixa cada personagem responder à sua pergunta, um
de cadavez. Ela agradece as respostas, aí os abençoa com uma
oração dedicada a Lathander. Todo personagem cuja resposta
for que, assim como ÍezZariel, ele também arriscaria tudo vai
receber uma mercê da vitalidade. Cada personagem que tiver
respondido que não arriscaria tudo para deter os lordes demô-
nios vai receber uma mercê da restauragâo. (Consulte "Mercês"
no capítulo 7 do Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre para
saber quais são os benefícios desses presentes sobrenaturais)
Os personagens que nâo puderem ou não quiserem responder à
pergunta não vão receber nada.
Assim que Zarielconceder suas mercês sobrenaturais,
a lembrança que Lulu tem de Validílio vai terminar. Um
clarâo leva todos os personagers (mesmo mortos) de volta
à Cidadela Sangrenta para que um deles finalmente possa
reivindicar a.Espada de Zariel.

í I
Da eseuenoa pilRit  orRErÍ^: |1ÂRUM^N sÀrNoo oo Esrroe,
RBrvrNDrcAÇÃo DA Esp,q.oe
Quando os personagens voltarem da lembrança que Lulu
guardava de Validílio para a Cidadela Sangrenta, leia o texto
do quadro a seguir para os jogadores:
Vocês se veem diante do pedestal, em cima do qual fulgura
a Espada de Zariel. Também diante de vocês estão Lulu e a
combatente fantasmagórica, Yael. A Celesfante é a primeira
a falar. "Agora eu me lembro de tudo. Validílio íoi a gota que
faltava. Seguimos Zariel até o Avernus, mas a maldade do
lugar se revelou excessiva para nós. Asmodeus apareceu
prometeu a Zariel legiões infernais para acabar com a Cuerra
Sangrenta, mas ela teria de jurar lealdade ao Senhor dos
Nove lnfernos. Ela aceitou e se tornou um arquidiabo, mas
não antes de Yael e eu levarmos sua espada, esperando que,
como isso, pudéssemos um dia redimir Zariel. Eu abri mão de
minha magia e das minhas lembranças e Yael deu a própria
vida para construirmos este lugar e pÍoteger a espada."
O fantasma de Yael diz: "Vocês enírentaram muitas
provações para reivindicar a Espada de Zariel. Sinto dizer,
mas terão de enfrentar mais uma. Como informa a inscrição
do pedestal,'o herói que se unir a esta arma não existirá
mais'. Qual de vocês tem coragem suficiente para sacar
espada e desaparecer para semprel"
-:\ij*
( \
/
Oratrxrus rrtÂNsFoFtMAoo EM cAvÂLErRo DÀ MoRÍE, E 05 oors LAoo oe Zanrer
^o
Qualquer personagem que tenha sobrevivido à lembrança
de Lulu em Validílio será capaz de sacar a Espada de Zariel
do pedestal. Os personagens que morreram em Validílio
não conseguirão remover a espada da pedra.
Assim que a espada sair da pedra, o personagem poderá
se sintonizar com ela imediatamente se ela o julgar digno,
ação essa que mudará irrevogavelmente o personagem
(consulte a descrição da arma nap.224). Quando um
personagem se sintonizar com a espada, a cidadela e
a crosta de ferida em volta dela vão explodir de dentro
para fora, emitindo raios ofuscantes de luz. As criaturas
no interior da crosta sofrem 110 (20d10) pontos de dano
radiante e são arremessadas a uma distância de 300
e metros. Os demônios que sobreviverem à explosão vão fugir
mancando para cuidar das feridas. As criaturas no interior
da Cidadela Sangrenta nâo sâo afetadas pela explosão e se
veem repentinamente sob o céu vermelho do Avernus.
Assim que um personagem reivindicar a Espada de
Zariel, o trabalho de Yael estará terminado. Seu fantasma
vai desejar boa sorte ao grupo e desaparecer, pois sua alma
seguirá para a vida após a morte.
A destruição da Cidadela Sangrenta vai devolver
todas as lembranças a Lulu, que poderá dividi-las com
os personagens. Lulu continuará a acompanháJos e vai
encorajá-los a usar a espada para redimir Zariel.
NÍvnr Dos PERsoNAcENs
a Recomenda-se que os personagens já sejam no mínimo de
130 nível antes de seguirem para o capítulo 5 da aventura.
CAPÍTULO T!: I ESPADA DE ZARIEL
45
 I'!I-
_l' j'
CapÍruro 5: Fuce Do AvrnNus
ll ODA AVENTURA CHEGA AO FIM. MAS AS MELHORES
terminam com fogos de artifício. O clímax de
Baldur's Gate: Descida ao Avernus chega quando
os personagens tentam redimir Zariel, salvar
Elturel, ou uma coisa e outra. Este capítulo
delineia algumas das maneiras mais prováveis
de essas coisas acontecerem. Como é o caso de
todas as aventuras de Duxoeous & Dnaçoxs.
vários outros desfechos são possíveis e, portanto,
fique à vontade para deixar a história evoluir e
ultrapassar os finais sugeridos neste capítulo.
Se nâo quiserem salvar Elturel, os personagens nâo pre-
cisam fazer isso. Mas, se tiverem esse intençâo, é bom os jo-
gadores saberem que se trata de uma tarefa em duas etapas:
. É preciso livrar Elturel das correntes que a prendem
ao Avernus.
. É preciso levar Elturel de volta ao Plano Material.
Algumas ações que os personagens podem tomar vào
completar simultaneamente as duas tarefas, mas outrâs
resolverão apenas metade do problema.
Qunu HÁ on
GovnnNAR o AvnnNUs?
Os personagens talvez entreguem aZariel mais poder
para governar o Avernus ou quem sabe apoiem um dos
inimigos da arquiduquesa para tentar destroná-la. Também
poderiam tentar destruí-la, criando um vácuo de poder que
faria do Avernus uma baderna. Seja qual for o desfecho, os
personâgens estão no lugar certo para ajudar a escrever a
história do cosmos.
r46
ca,pÍrulo 5 I ruGA Do AvERNUS
7
L.-1.
i-- -.í
Rn»nNçÃo DE Zenrnr
Neste desfecho. os aventureiros rogam à arquidiaba que
redima sua alma de anjo e volte a assumir seu manto
celestial. Apesar de Zariel ter caído em desgraça, resta uma
centelha de esperança para sua salvaçâo. Um fragmento de
sua antigâ identidade ainda persiste em sua espada, mas
inspirar Zariel a reverter o curso do próprio destino não é
algo simples como entregar-lhe a arma.
ENrnrce DA EsPADA
Para redimir Zariel, os personagens precisam ter a Espada
de Zariel. Levar a arma a até 3 metros de Zariel fará com
que a espada brilhe com mais intensidade e, em seguida,
levite e paire diante dela. Confrontada com o último
fragmento de sua centelha angelical, Zarielvai se ver diante
de um conflito interno. Nesse momento, os personagens têm
a chance de ajudar a arquidiaba a voitar para aluz.
Um dos personagens terá de convencer Zariel a voltar às
hostes celestes e, em seguida, fazer um teste de Carisma
(Persuasão) CD 25. Se o teste for bem-sucedido, Zariel vai
se deixar convencer a seguÍar a espada e acolher novamente
em sua alma a centelha angelical. A CD deste teste será
reduzida em 5 pontos para cada um dos PNJs a seguir
que estiverem presentes quando os personagens tentarem
redimir Zariel:
Lulu. Se Lulu estiver com os personagens, a celesfante
vai recuperar todas as suas magias e chorar por Zariel
e o que ela se tornou. Zariel se entristece ao lembrar da
amizade de Lulu. Se Zariel for redimida, Lulu voltará a
ser sua amiga e montaria.
 í
Olanthius. Se os personagens tiverem se aliado a
Olanthius, o cavaleiro da morte vai se ajoelhar diante \
de Zariel. Diante desse ato, Zariel se envergonha de ter
abandonado o amigo frel a uma sorte horrível. Se for
ll
redimida, Zarielvai reduzir o cavaleiro da morte a pó,
deixando a alma dele enfim descansar. ,
Se o teste de Carisma (Persuasào) for bem-sucedido,
prossiga com "Redenção de Zariel", a seguir. Se o teste for
malsucedido, prossiga para "Ira deZariel" (p. 148).

RnonNçÃo DE ZARTEL
Se os aventureiros convencerem Zariel a aceitar a centelha ,l
angelical, ela vai segurar a Espada de Zariel. Leia ou
parafraseie em voz alta o texto do quadro a seguir quando
isso acontecer:

A mão trêmula de Zariel se estende na direção do punho

(
reluzente da espada. Seus dedos roçam a empunhadura, e ela
expressa incômodo quando a luz radiante queima-lhe a pele. /\
i.1

Ela aperta o cabo da arma e soluça de dor, aí faz uma jura por
entre as lágrimas de confusão, tristeza e alegria incipiente.
"Eu,Zariel, peço humildemente que a santa luz da justiça
me receba. Se ela me aceitar, juro empunhar esta espada
I
mais uma vez a seu serviço."
As palavras da arquidiaba pairam no ar por um instante

$ (
de silêncio, e ela volta os olhos para cima numa incerteza
)
torturante. AíZariel é banhada por um jorro intenso de luz
radiante. Sua auréola de fogo desaparece e penas brotam
l,l I
ã=Í ft
de suas asas coriáceas. Somem todos os seus traços
diabólicos e sua forma angelical é restaurada. Ao ver essa
transíormação abençoada, Lulu solta um suspiro de deleite
e se transíorma num mâmute celestial de pelagem dourada,
Se os personagens voltarem com Elturel ao Plano
asas emplumadas e presas reluzentes. Material, leia ou parafraseie o seguinte:

Todas as criaturas mortais que testemunharem a apoteose
de Zariel serâo cercadas por traços cintilantes da mesma
luz que a transformou e imbuídas com uma bênçáo da saúde
(consulte "Outras Recompensas" no capítulo 7 do Dun§eon
Master's Guide: Livro do Mestre).
Após recuperar toda a sua glória celestial, Zarielvai
se incumbir de salvar a cidade sitiada de Elturel. Se ela
tiver de percorrer uma certa distância para chegar a
Elturel, certifique-se de que os personagens tenham como
acompanhá-la ou faça com que ela os leve consigo por
meios mágicos.
Para começar, Zarielvai sobrevoar Elturel até o
Companheiro corrompido estar a seu alcance. Ela fecha os
olhos, ergue a espada acima da cabeça, inspira fundo para
encontrar o foco e baixa a lâmina. O Companheiro explode
com grande estrondo e um clarâo, como se descreve em
"Despedaçando o Companheiro", mais adiante neste capítulo.
Com a destruição do Companheiro, o povo de Elturel se vê
livre de seu voto infernal. O planetar aprisionado dentro do
Companheiro tira a cidade dos Nove Infernos e a devolve a
Faerün (consulte "O Poder do Planetar", p. 154). Zariel acom-
panhará a cidade até ter certeza de que Elturel está a salvo.
Os personagens poderâo voltar ao Plano Material com
o Elturel se assim desejarem, ou podem escolher ficar ali
o dia precisarem do meu poder, ergam esta pena e invoquem
6 no Avernus para ver quem vai ascender e se tornar o novo
l
soberano (consulte "Governando o Avernus", p. 149).
O rio Chionthar é como uma estrada de luz dourada que
se estende de Elturel a Baldur's Gate (Portão de Baldur) e
ao mar além. A fragrância do orvalho matutino atravessa o
odor de íumaça, enxofre e podridão que se aferra às pedras
de Elturel.
Aos poucos, o povo da cidade começa a sair de seus
esconderijos para se ver mais uma vez à luz do mundo
dos mortais. Todos os olhos se voltam para Zariel que ali
está, com a espada na mão. O planetar que tirou Elturel
do Avernus se a.ioelha diante dela. Lulu a cutuca e, com a
tromba, indica vocês. Zariel se aproxima e baixa a cabeça
num gesto solene de gratidão. "Este capítulo tenebroso
enfim terminou, e o final é mais positivo do que eu jamais
me atrevi a sonhar. Obrigada. Seu altruísmo viverá para
sempre em minha memória."
"E na minha!", diz Lulu, com um grande sorriso.
O tom de voz de Zariel fica mais sombrio, e ela diz: "Hoje
vocês fizeram de Asmodeus um inimigo. Temos isso em
comum agora. Desejo a vocês força e boa sorte... e, se um
meu nome. Eu virei em seu auxílio."

cepirulo s I FUGA Do AvERNUS

r47
 Zaríel arranca uma pena dourada de uma de suas asas e
a entrega ao personagem mais próximo. A criatura que
segurâÍ esta pena poderá usar uma açâo para conjurar
aliado extraplanár, convocando apenas Zariel e Lulu, depois
do que a pena vai se desfazer num raio de sol. Se as duas
forem convocadas para ajudar os personâgens, elas o farâo
durante até t hora, sem pedir nada em troca.
Depois de entregar o presente, Zariel inclina a cabeça, abre
as asas e alça voo. Lulu se vira para abraçar todos vocês
com a tromba. Ao soltá-los, ela sorri afetuosamente e diz:
"Voltaremos a nos ver. Um dia."
A mamute dourada bate as asas e alça voo. Vocês veem
a silhueta de Lulu ficar pequenininha até ser engolida pela
luz do sol.
Os personagens que voltarem com Elturel terão muito o que
fazer na cidade, socorrendo os sobreviventes e ajudando
a restaurar a ordem depois de tamanha mortandade e
destruição. Além dos personagens, que podem contribuir
com o povo de Elturel com sua magia e capacidade de
liderança, o planetar antes aprisionado no Companheiro vai
permanecer na cidade enquanto for necessário e usar sua
habilidade de reviver os mortos para restaurar o máximo
possível de vidas ceifadas pela destruição.
A longo prazo, pode ser que os personagens também
tenham pontas soltas para amarrar em Baldur's Gate
(Portão de Baldur), especialmente se alguns vilôes do
capítulo 1 tiverem sobrevivido para dar continuidade a seus
planos sinistros.
Mesmo que os personagens tenham completado satis-
fatoriamente o conto de duas cidades, os acontecimentos
da aventura continuarâo a ter consequências em Baldur's
Gate e Elturel. Particularmente, se o grão-duque Ravengard
sobreviver e retornarjunto com Elturel, os sobreviventes da
cidade terâo uma dívida enorme para com ele. O empenho
de Ravengard para defender a cidade deve mudar dramati-
camente o cenário político de Baldur's Gate e Elturel, anun-
ciando umâ era de calmaria
- se não de amizade e aliança
plenas entre as duas cidades.
-
Ina on Zlnrnr
Se os personagens não conseguirem redimir Zariel e nào
frzerem um acordo com ela (consulte 'Acordo comZariel",
p. 153), ela vai atacar. A primeira coisa que tentaráfazer
é destruir os aventureiros que se atreverâm a insultá-la,
depois do que ela tem a intençào de apagar da existência
todos que um dia amou.
Nessa conjuntura terrível, a única esperança dos persona-
gens é derrot ar Zariel ou se submeter a ela e jurar lealdade.
A morte d,eZariel vai livrar os cidadãos de Elturel de seu
voto infernal. Pode ser que os personagens escolhâm este
desfecho intencionalmente, ou pode ser que sejam forçados
a lutar com Zariel caso nâo consigam redimila.
No que se refere a derrotar Zariel, falar é fácil, difícil é
fazer. No auge de seu poder, a arquidiaba é mais do que
páreo para a maioria dos mortais. Os aventureiros que
sonham com a possibilidade de abatêJa precisam ser...
diabólicos. Fazer aliança com uma entidade poderosa
e sobrenatural como Bel, Gargauth, Tiamat ou um dos
lordes demônios que sitiam o Avernus poderia dar aos
!i, personagens o poder necessário para subjugar Zariel.
r48
cepiruro 5 I FUGA Do AVERNUS
Bepnounr, KosrcnrcHrE, ou YEENoGHU
Baphomet e Yeenoghu estâo lutando para ficar com o
Avernus, e Kostchtchie (supondo-se que os personagens o
tenham libertado no capítulo 3) quer seu martelo de volta.
Não se pode confiar em nenhum deles. Os lordes demônios
sào a encarnaçâo da selvageria e nâo aceitam ordens
de ninguém.
A presença relativamente forte de Baphomet, Kostchtchie
e Yeenoghu no Avernus facilitam as coisas para os perso-
nagens que queiram se comunicar com qualquer um deles
usando contato extraplanar ou efeitos mágicos semelhantes.
Bnl
Bel se ressente pelo fato de Zariel governar a camada dos
Nove Infernos que um dia foi sua, mas ele náo vai desafiá-la
diretamente enquanto achar que ela tem o respaldo
de Asmodeus.
O objetivo de Bel é deixar os personagens tentarem
redimir Zariel, ajudando-os a recuperar a espada. Bel sabe
que a redenção de Zariel é um tiro no escuro, e é por isso
que ele também oferece aos personagens uma maneira de
abrir o Companheiro. A libertaçâo do planetar aprisionado
no Companheiro tira d,e Zariel seu troféu mais recente a
-
cidade de Elturel e afaz parecer inepta. E Bel não poderia
-
esperar nada melhor.
Ganceurn
Não há nada que o diabo do fosso Gargauth gostaria mais
do que se livrar de sua prisão e substituir Zariel como
Senhor do Avernus. Se tiverem em seu poder o Escudo do
Encoberto, os personagens poderâo libertar Gargauth como
explica a descrição desse item mágico (p.22$.
Se for libertado, Gargauth vai agradecer aos personagens
em meio a lágrimas de alegria. A primeira coisa que o diabo
do fosso vai fazer é tirar um contrato do nada, alegando
que vai ajudar os personagens em suâ demanda de destruir
Zariel se eles o assinarem. O contrato está todo redigido
de maneira rebuscada e pode ser resumido por sua última
cláusula: "Eu, abaixo assinado, aceito firmar um pacto
com Gargauth, aliando-me a ele para destruir a arquidiaba
Zariel. Enquanto valerem os termos deste pacto, nenhum
mal intencional provocado por uma das partes há de
acometer a outra sem que este acordo seja anulado."
Gargauth tem prazer em subverter contratos mal formu-
lados e trair aqueles que se comprometeram a cumpri-los.
Repare que o contrato apresentado dura apenas atéZariel
ser destruída, depois do que Gargauth tem a intenção de
estraçalhar os aventureiros, arrancando-lhes um membro
de cada vez. Os aventureiros espertos podem subverter a
traição do diabo do fosso garantindo a captura deZariel,
seu banimento ou outra derrota que nâo seja letal.
Nesse caso, porém, Gargauth já preparou uma brecha
a ser explorada. A única consequência de ferir um aliado,
segundo as cláusulas, é a anulação imediata do contrato,
deixando Gargauth à vontade para fazer o que bem
entender. O diabo do fosso espera que seu ardil passe em
branco e vai argumentar veementemente se os personagens
perceberem o enunciado capcioso e exigirem que este seja
retirado do contrato.
TIerr,rer
A rainha dos dragões malignos é poderosa e indiferente,
e costuma agir apenas quando seu triunfo é garantido.
Desaôar diretamente um arquidiabo é amiscado, e Tiamat
tem muito a perder caso Zariel saia vitoriosa. Felizmente,
Tiamat tem um campeâo que ela pode mandar em seu lugar:
Arkhan, o Cruel (bloco de estatísticas na p. I 11).
Os aventureiros nâo conseguem se comunicar
diretamente com Tiamat, mas podem abordar Arkham
em sua torre (consulte "Torre de Arkhan", p. 110). Arkhan
está ocupado tentando encontrar uma maneira de libertar
Tiamat dos Nove Infernos e, ao mesmo tempo, protelar
a deterioração causada pela Mão de Vecna. Ele só vai
acalentar a ideia de vencer Zariel se ele e sua rainha
tenebrosa tiverem algo a ganhar com isso.
A cabeça de Zariel seria um troféu e tanto, mas um troféu
nâo basta para persuadir Arkhan. Os personagens terão de
convencê-lo de que ele pode governar o Avernus no lugar
de Zariel, com Tiamat a seu lado e exércitos de abishai e
dragões infernais em sua retaguarda. Depois de considerar
essa perspectiva, Arkhan vai erguer a Mâo de Vecna e se
vangloriar: "Com esta mâo, hei de arrancar a cabeça de
Zariel de seus ombros e governar o Avernus com minha
rainha a meu lado."
Arkhan declara que vai reunir um exército e depor Zariel
em dez dias. Passados exatos dez dias, duzentos abishai
brancos (bloco de estatísticas na p. 228) partem voando da
Torre de Arkhan em direção ao paradeiro atual de Zariel,
com Arkham à frente, montado na quimera Asojano, e
Torogar Punho de Aço (bloco de estatísticas na p. 112) a
seu lado, no lombo da mantícora Chango. O exército de
Arkhan tem o reforço de cinco dragões cromáticos - um
dragão adulto de cada cor enviados por Tiamat para
- que ainda tem muito a provar.
ajudar a garantir a vitória. Se quiserem, os personagens
poderâo se unir a Arkhan. Os abishai e os dragôes tÍavam
combate com as legiôes d,eZariel enquanto Arkhan, Torogar
e os personagens desafiam a arquidiaba em pessoa. Essa
batalha pode se desenrolar como pârte da seção "Fim de
Jogo em Elturel" descrita no final deste capítulo.
Snnvos DE ZARTEL
Após conhecer Zariel, os personagens podem decidir que
querem servi-la, unindo-se a seu exército para vencer os
demônios na Guerra Sangrenta. Também poderão acabar
como servos da arquiduquesa se não conseguirem redimi-la
e quiserem continuar vivos.
Ar-uas Prnorols
Os personagens que decidirem servir Zariel terâo de
assinar um contrato (consulte o apêndice A) cedendo suas
almas à arquidiaba. Aí ela vai enviá-los ao Plano Material
para ali cumprir suas ordens. Zariel tem várias intrigas
em andamento o tempo todo, mas os aventureiros sào
especialmente talhados para preparar Baldur's Gate (Portâo
de Baldur) para ter o mesmo fim de Elturel. Como sinal
de sua graça, ela concede uma mercê a cada personagem
(consulte "Mercês dos Arquidiabos", p.215).
Os personagens que morrerem a serviço deZarielvão
renascer como lêmures ao sair das águas do Estige. Eles
perdem todas as lembranças de suas vidas anteriores e
seu alinhamento muda para ordeiro e mau. Se Zariel ficar
satisfeita com um personagem pela lealdade que ele lhe
dedicou em vida, a arquiduquesa poderá permitir que ele
conserve suas lembranças ao promovêloa uma categoria de
diabo PNJ à escolha dela.
A Espaoe DE ZARTEL É Dns'rnuÍoa
Agora que não resta ninguém capaz d,e desviar Zariel do
caminho da danaçâo absoluta, ela exige que os personagens
lhe entreguem a Espada de Zariel, caso a possuam. Depois
de reivindicar a espada, Zariel vai erguê-la e fazê-la em
pedaços (consulte 'Abdicando da Espada", p. 152).
A DsnnocA.DA DE Luru
O pior desfecho possível para Lulu eZariel não ter mais
esperança alguma de redenção. Essa tragédia inimaginável
vai destroçar a mente da celesfante, deixando Lulu insana.
Jogue o d100 ou escolha os efeitos específicos dessa
demência na tabela Insanidade de Longa Duraçâo do
capítulo 8 d,o Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre,
mas essa insanidade só poderá ser superada pela magia
restauração maior ot efeito mágico semelhante.
GovrnNANDo o AvnnNus
Se redimirem ou matarem Zariel, a primeira camada dos
Nove Infernos sucumbirá ao caos. Você pode decidir qual
dos vários figurões do Avernus vai manobrar para substituir
Zariel, mas seja quem for, o novo soberano vai enfrentar
imediatamente inimigos de todos os lados. Os exércitos
invasores de Baphomet (Bafomé) e Yeenoghu estão
devastando o Avernus e ameaçam destroçá-lo. Além disso,
dezenas de diabos maiores ambiciosos ficarâo muito felizes
com a oportunidade de tentar suplantar o novo soberano,
Governar uma camada dos Nove Infernos sendo você
um mortal é, para todos os efeitos, impossível. Nenhum
dos diabos do Avernus vai servir conscientemente alguém
que não seja um diabo superior. Mas Asmodeus admira a
ambição. O Senhor dos Nove Infernos talvezveja um mortal
autoconfiante e poderoso como um substituto digno para
Zariel e pode se oferecer para transformar o personagem
num PNJ arquidiabo que possâ governar o Avernus. Por
outro lado, os personâgens podem tentar reivindicar o
Avernus por conta própria.
Aventureiros idealistas que queiram destruir os Nove
Infernos de dentro para fora talvez vejam esse vácuo de
poder como uma oportunidade para desferir um golpe fatal
no reinado de Asmodeus.Talvez este seja o único momento
na história do cosmos que uma causa tão cegamente
idealista poderia ser bem-sucedida. Porém, mesmo que
o grupo consiga tirar o Avernus das mãos de Asmodeus,
isso só vai unir os outros arquidiabos na causa comum de
reivindicar a primeira camada dos Nove Infernos, o que
favoreceria Asmodeus.
íi
cepÍruro s I FUcA Do AVERNUS
r+9
 ErrunEL TEM ServeçÃo?
A menos que os personagens interflram, Elturel será
irremediavelmente tragada pelo rio Estige. A memória dos
habitantes será completamente apagada, e suas almas serào
transformadas em diabos: bucha de canhão parao front da
Guerra Sangrenta.
Os personagens têm várias maneiras de salvar a cidade
em seu momento de maior desespero (consulte "Fim deJogo
em Elturel", p. 15a). Para salvar Elturel sem redimir Zariel,
é preciso cortar as correntes que a prendem âos postes
de inferro que afundam no Avernus, em seguida é preciso
devolvê-la ao Plano Material.
Fon;lroo A ESPADA Do AvERNUS
Em algum momento após a destruição da Espada de Zariel,
a arquiduquesa vai incumbir seus servos (incluindo os
personagens, caso tenham assumido esse papel) de forjar
uma nova arma para ela. A tarefa tem os objetivos a seguir:
. Se Bel ainda servir Zariel, ela vai chamá-lo paraíorjar a
lâmina. Do contrário, seus seryos terão de vasculhar o
cosmos em busca de um armeiro qualificado, como um
ifriti da Cidade de Latão no Plano Elemental do Fogo.
. Zariel precisa de pelo menos cinco quilos de metal ou
material para criar a lâmina da espada. A adamantina
serviria, ou uma das longas garras de Tiamat.
. Para dar à lâmina seu poder, a arma recém-forlada deve
ser temperada no sangue de um celestial, de um lorde
demônio e de um arquidiabo. Zariel pode fornecer seu
próprio sangue, mas seus servos terão de providenciar os
outros dois sacrifícios.
Tariel dá a esse novo artefato o nome de Espada do Avernus.
Essa espada longa é um artefato que requer sintonização e
tem as propriedades a seguir.
Arma Mágica. A Espada do Avernus é uma arma mágica que
funciona como espada vorpal.
Propriedodes Aleatórias. A espada tem as propriedades
a seguir, determinadas aleatoriamente, como descritas no
capítulo 7 do Dungeon Master's Guide: Livro do Mestre:
. 2 propriedades benéficas menores
. 1 propriedade benéfica maior
. 1 propriedade prejudicial maior, que será suprimida en-
quanto a espada estiver sintonizada com um arquidiabo
Soberano do Avernus. Você pode usar uma ação para
apontar esta espada para um diabo à vista e a até l8 metros
de você. Esse diabo terá de ser bem-sucedido em uma
salvaguarda de Carisma CD 22 para não ser enfeitiçado por
você e permanecer nessa condição durante I hora. Enquanto
estiver enfeitiçado, o diabo vai cumprir suas ordens como
puder. Se você ordená-lo a fazer algo que ele perceba como
suicida, o efeito cessará e você não conseguirá mais usar este
poder da espada contra esse diabo específico.
Regresso oo lnferno. Usando uma ação, você pode conjurar
palavra de regresso através da espada. As criaturas transporta-
das por essa magia aparecem em um espaço desocupado a
até 9 metros do atual soberano doAvernus ou em um santuá-
rio designado por você, caso você governe o Avernus.
Destruição da Espada, É possível destruir a espada
atirando-a no rio Estige ou derretendo-a na forja que a criou.
t§
CAPÍTULO 5 I FUGA DO AVERNUS
r50
Qunnne DAS CoRRENTES
Oito correntes de inferro prendem Elturel a seus postes de
contençào, sendo preciso quebrar todas elas para libertar
a cidade. Se todas as correntes forem quebradas, Elturel
continuará flutuando acima do Avernus e nâo será mais
arrastada para o rio Estige. No entanto, os personagens
ainda terão de encontrar uma maneira de devolver a cidade
ao Plano Material.
Cada elo tem 9 metros de comprimento e 6 metros de
largura, formado por uma argola soldada de inferro de
1,5 metro de espessura. O elo é um objeto Enorme com
CA 19, 250 pontos de vida, limiar de dano 30 e imunidade a
dano venenoso e psíquico. Mais informações sobre como se
mover em cima das correntes e escalar os postes de inferro
a elas conectados podem ser encontradas no capítulo 2.
Ina or Treuer
O poder divino de Tiamat é mais que suficiente para quebrar
as correntes que prendem Elturel. Arkhan, o Cruel, está dis-
posto a se comunicar com sua deusa com essa finalidade,
mas somente se os personagens lhe oferecerem um pre-
sente convenientemente poderoso. Numa reviravolta ines-
crutável, Tiamat decide ajudar os personagens e comunica
sua intençâo a Arkhan. Leia ou parafraseie o texto a seguir:
A confusão cobre o rosto de Arkhan, desfazendo sua
bravata. Ele murmura para Tiamat: "Seria a coisa sensata a
fazer, minha rainhal". AÍ seus olhos se turvam e seu corpo
pende flácido como uma marionete que teve seus cordões
cortados. Passado um instante, Arkhan se empertiga
e seus olhos emitem uma luz prismática. Ele abre um
sorriso ávido, e cinco vozes ressonantes saem de sua boca,
ecoando a ira de uma deusa aprisionada.
"Eu os ajudarei", rosna Tiamat. "Se vocês têm poder
suficiente para colocar em risco as ambições de Zariel,
então nada tenho a temer. Posso destruir as correntes que
prendem Elturel, mas vocês devem estar presentes para
testemunhar minha magnificência. Agora vão. Eu saberei
quando chegarem lá."
Quando os personagens voltarem a pisar em Elturel, Tiamat
(consulte o bloco de estatísticas) vai irromper de seu covil
distante e iluminar o céu do Avernus ao cruzá-lo feito um
meteorito. Surgindo acima da cidade, ela vai mergulhar e
concentrar suas armas de sopro em uma corrente de cada vez,
causando 67 pontos de dano ácido, 88 pontos de dano elétrico,
72 pontos de dano gélido e 91 pontos de dano ígneo, mais
que suficiente para destÍuir os elos das correntes. Depois de
destruir as oito correntes, Tiamat rugiÍá e partirá triunfante.
As MeNoÍauLAs DE Cnocrrr'roEcK
Se soltarem Crokek'toeck da crosta de ferida que envolve a
Cidadela Sangrenta, o demônio vai andar a esmo pelo Avernus
e devorar tudo em seu caminho. Apesar de consumir indiscri-
minadamente, o demônio tem fome de sangue divino. Sendo
assim, a essência de um deus de alinhamento bom, o sangue
de um celestial bom ou mesmo o sangue de um paladino bom
vai atrair a atençâo de Crokek'toeck a quilômetros de distân-
cia. Se os aventureiros espalharem esse tipo de sangue nos
elos das correntes, Crokek'toeck vai sentir esse aroma deli-
cioso e atravessâr o Avernus a galope, na direção de Elturel.
 l
J E
TIe.urr
lnfero Colossal, caótico e mau
Classe de Armadura 25 (armadura natural)
Pontos de Vida 6.15 (30d20 + 300)
Deslocamento l8 m, voo 36 m
FOR DES coN INT SAB CAR
30 (+10) 10 (+0) 30 (+10) 26 (+8) 26(+8) 28 (+e)
Salvaguardas For +19, Des +9, Sab +17
Perícias Arcanismo +17, Percepção +26, Religião +17
lmunidades a Dano ácido, elétrico, gélido, ígneo, venenoso;
contundente, cortante e perfurante de ataques não mágicos
lmunidades à Condição amedrontado, atordoado, cego,
enfeitiçado, envenenado, surdo
Sentidos visão no escuro 72 m, visão verdadeira 36 m,
Percepção passiva 36
Idiomas Comum, Dracônico, lnfernal
Nível de Desafio 30 (.l55,000 XP)
Armos Mágicas. Os ataques com arma de Tiamat são mágicos.
Conjuração lnalo (3/Dio). Tiamat pode conjurar inatamente
palavra sagrada (CD 26 para evitar magia). Seu atributo de
conjuração é Carisma.
Descorporificaçâo. Quando Tiamat for reduzida a 0 pontos de vida
ou morrer, seu corpo será destruído, mas sua essência voltará
para seus domínios nos Nove lnfernos, e ela não conseguirá
assumir forma física durante algum tempo.
lmunidade Limitoda à Magio. A não ser que queira ser afetada,
Tiamat é imune a magias de 6o círculo ou abaixo. Ela tem
vantagem em salvaguardas contra todas as outras magias e
efeitos mágicos.
MúltiplosCabeças. Tiamat tem direito a uma reação por turno,
em vez de apenas uma por rodada. Ela também tem vantagem
em salvaguardas contra a condição inconsciente. Se ela falhar
em uma salvaguarda contra um efeito que deixaria uma
criatura atordoada, uma de suas ações lendárias ainda por usar
será usada.
Regeneração. Se tiver pelo menos I ponto de vida, Tiamat vai
recuperar 30 pontos de vida no começo de seu turno.
Resistência Lendária (s/Dia). Tiamat escolhe se quer ser
bem-sucedida em uma salvaguarda que tenha falhado.
AÇõrs
Ataques Múltiplos. Tiamat pode usar sua Presença Aterradora
Em seguida, ela faz três ataques: dois com as garras e um
com a cauda.
Garro. Arma de Combate Corpo a Corpo: +19 para acertar,
alcance 4,5 m, um alvo. Dano: 24 (4d6 + 10) cortante.
\
I I
I
Coudo. Arma de Combate Corpo a Corpo: +19 para acertar, alcance
7,5 m, um alvo. Dano:28 (4d8 + 10) contundente.
Presença Aterradoro,Íoda criatura à escolha de Tiamat que
estiver a até 72 metros dela e ciente da presença da rainha
I
dos dragões terá de ser bem-sucedida em uma salvaguarda de
Sabedoria CD 26 para não ficar amedrontada durante I minuto.
A criatura poderá repetir a salvaguarda no fim de cada um de seus
turnos, encerrando o efeito sobre si caso seja bem-sucedida.
Se a salvaguarda da criatura for bem-sucedida, ela ficará imune à
Presença Aterradora de Tiamat pelas próximas 24 horas.
AçQq LqpÁqas
Tiamat pode executar 5 ações lendárias, escolhendo dentre as
opções a seguir. Apenas uma opção de ação lendária pode ser
usada de cada vez e somente no final do turno de outra criatura.
No começo de cada um de seus turnos, Tiamat recupera as ações
lendárias já usadas.
As opções de ação lendária de Tiamat estão associadas a suas
cinco cabeças de dragão (uma mordida e uma arma de sopro
cada). Assim que escolher uma opção de ação lendária para uma
de suas cabeças, Tiamat só poderá escolher uma outra associada
a essa mesma cabeça no começo de seu próximo turno.
Mordida. Arma de Combate Corpo a Corpo: +19 para acertar,
alcance 6 m, um alvo. Dano:32 (4d.l0 + l0) cortante, mais
l4 (4d6) ácido (cabeça de dragão negro), elétrico (cabeça de
dragão azul), venenoso (cabeça de dragão verde), ígneo (cabeça
de dragão vermelho) ou gélido (cabeça de dragão branco).
Cabeça de Dragão Azul: Sopro Elétrico (Custa 2 Ações). Tiamat
exala eletricidade em uma linha de 36 metros com 3 metros de
largura. Toda criatura apanhada nessa linha terá de íazer uma
salvaguarda de Destreza com CD 27.Sefalhar, sofre 88 (l6dl0)
pontos de dano elétrico, ou metade do dano se tiver sucesso.
Cabeça de Dragão Branco: Sopro Congelante (Custa 2 Ações).
Tiamat exala uma rajada de gelo em um cone de 27 metros.
Toda criatura nessa área terá de fazer uma salvaguarda de
Destreza com CD 27. Se falhar, sofreT2 (16d8) pontos de dano
gélido, ou metade de dano se tiver sucesso.
Cabeça de Dragão Negro: Sopro Ácido (Custa 2 Ações). Tiamat
exala ácido em uma linha de 36 metros com 3 metros de
largura. Toda criatura apanhada nesse linha terá de fazer uma
salvaguarda de Destreza com CD 27. Se falhar, sofre 67 (15d8)
pontos de dano ácido, ou metade do dano se tiver sucesso.
Cabeça de Dragão Verde: Sopro Venenoso (Custa 2 Ações). Tiamat
exala gás venenoso em um cone de 27 metros. Toda criatura
nessa área lerá deíazer uma salvaguarda de Constituição com
CD 27. Se falhar, soíre 77 (22d6) pontos de dano venenoso, ou
metade de dano se tiver sucesso.
Cabeça de Dragão Vermelho: Sopro de Fogo (Custa 2 Ações).
Tiamat exala fogo em um cone de 27 metros. Toda criatura
nessa área terá de fazer uma salvaguarda de Destreza com
CD 27. Se falhar, sofre 9l (26d6) pontos de dano ígneo, ou
metade de dano se tiver sucesso.
CAPÍTULO 5 I FUGA DO AVERNUS
l5t
 A criatura em questâo terá de derramar voluntariamente
seu sangue sobÍe um elo de corrente. Ela mesma pode se
ferir ou um aliado pode se encarregar de fazer isso. Nos dois
casos, usa-se uma açâo, infligindo 5 (1d10) pontos de dano
perfurante ou cortante. Não é possível anular nem reduzir
esse dano, e a energia infernal no interior das correntes vai
reduzir em quantidade igual ao dano sofrido os pontos de
vida máximos da criatura até ela completar um descanso
longo. Lulu estará disposta afazer ao menos uma parte desse
sacrifício de sangue se os personagens lhe pedirem isso.
Crokek'toeck vai aparecer nas proximidades de Elturel
no máximo t hora depois de derramada a primeira gota de
sangue. Todos os diabos nos arredores vâo tentar imedia-
tamente matar o demônio, ao passo que os demônios próxi-
mos vão correr para defendê-lo. Enquanto as duas forças se
confrontam, Crokek'toeck passa pelos diabos. O demônio
leva 1 minuto para roer um elo ensanguentado de corrente.
Qu EBRA DE CONTRATO
A rescisão do contrato infernal entre Zariel e Thavius Kreeg
redrzirá a cinzas as correntes infernais que prendem Elturel.
Isso é possível matando-se Zariel ort destruindo-se o contrato
original. Zarielpode usar uma ação para invocar o contrato,
que vai aparecer na única mão que lhe restou. No demais, o
contrato fica escondido em local secreto que só ela conhece.
Para que Zarielfaça o contrato aparecer, é preciso enganá-la,
pois é impossível enfeitiçar a arquidiaba. A destruição da
cópia do contrato original de Thavius Kreeg vai libertar
Elturel e deixar os outros contratos d,e Zaiel intactos.
O contrato original lembra a cópia guardada dentro da
caixa-se§redo infernal de Thavius: nove chapas quadradas
de inferro conectadas por elos de corrente, cada placa
inseparável das demais e com as cláusulas do contrato
inscritas nela no idioma infernal. Atirar o contrato no Estige
ou mergulhá-lo no magma derretido de um dos vulcôes
ativos do Avernus vai destruí-1o instantaneamente.
Destruir Zarielvai rescindir todos os contratos ativos
que ela tenha feito com seres em todo o multiverso. Isso vai
gerar um bocado de caos no cosmos.
O DrsrrNo DE THAvrus KREEG
Se os personagens tiverem matado Thavius Kreeg em
Baldur's Gate (Portão de Baldur), entâo ele saiu das águas
do Estige transformado em lêmure. De acordo com as
cláusulas do contrato entre os dois, Zariel o promoveu â
amnizu (p.229) e, em seguida, o confinou em suâ fortaleza
(consulte "Pobre Diabo: Thavius Kreeg", p. 132). Se Thavius
morrer nos Nove Infernos como diabo, ele estará morto
para sempre, mas isso nâo vai rescindir todas as cláusulas
do contrato de Zariel. Mesmo com o signatário principal
morto, o povo de Elturel continuará comprometido com
Zariel por causa do Credo Resoluto.
Matando Thavius. Os personagens que esperam travar
uma batalha digna de um clímax com um adversário
qualificado nâo vâo encontrá-la lutando com Thavius Kreeg.
Apesar do poder que agora possui, o diabo Thavius é um
covarde que prefere se rebaixar do que lutar. MatáJo será
apenas o fim ignóbil de uma vida ignóbil.
Se os personagens tiverem deixado Thavius viver no
capítulo 1, eles terão de achar um jeito de voltar ao Plano
Material para matáJo. O paradeiro dele em Baldur's
Gate (ou a chance de ele talvez ter fugido da cidade) fica
a seu critério. Também cabe a você determinar como os
personagens poderão localizar a encarnaçâo diabólica de
I,I Thavius no Avernus depois que retornarem.
CAPÍTULO 5 I FUGA DO AVERNUS
r52
Piedade para os Des§raçados. Se for ameaçado pelos
personagens, Thavius vai choramingar e implorar por sua
vida. E1e também vai alegar saber onde o contrato original
que selou o destino de Elturel está escondido. É u..,a
mentira. Nâo passa de um ardil desesperado para tentar
ganhar tempo e, quem sabe, uma chance de escapar.
O SecunÍcro SupREMo
Se os personagens nâo tiverem outra opçâo para lidar com
Zariel, um ou mais deles talvez estejam dispostos a abrir mão
de tudo para salvar as pessoas inocentes de Elturel. Quando
um paladino ou clérigo bom de 10o nível ou acima realizar
tamanho ato de altruísmo, a força dessa façanha será inscrita
para sempre em sua alma. Para as criaturas que cobiçam
almas, esse feito é como uma fogueira na escuridâo... e Zariel
deseja essa luz. É provável que um personagem como esse
esteja destinado a seguir para os Planos Superiores após
a morte e, sendo assim, ele é um prêmio e tânto pâra um
arquidiabo transformar em servo leal aos Nove Infernos.
Se um dos personagens se encaixar nessa descrição, Zariel
vai sentir o poder dele quando os aventureiros estiverem em
sua presença. "Sua alma brilha com força", ela diz. "Mais
forte até que o farol acima de Elturel. Eu a quero para mim."
Se o personagem estiver disposto a oferecer sua alma em
troca das almas dos habitantes de Elturel, Zariel ficará sur-
presa com tamanho altruísmo. Elafranze o cenho e pergunta;
"Você sacrifrcaria sua alma por essa gente? Por essas pessoas
que, com sua covardia e fraqueza, só causaram dor e pesar?"
O personagem que se oferece para sacrificar a própria
alma pode se aproveitar desse fragmento de incertez a e fazer
com vantâgem um teste de Carisma (Persuasão) para desviar
Zariel do caminho do mal. Se for bem-sucedido, resolva a
situaçâo conforme explicado na seção "Redenção deZariel",
anteriormente neste capítulo. Mesmo se o teste falhar, porém,
Zarielvai aceitar a alma que lhe foi oferecida em troca de to-
das as almas de Elturel. A menos que você queira acrescentar
outros desafios para os personagens, a arquidiaba pode livrar
a cidade das correntes e devolvê-la ao Plano Material.
As»IcA.Noo DA EsPADA
Se os personagens tentarem negociar a libertação de
Elturel sem a Espada de Zariel, a arquiduquesa vai consi-
derar a oferta e apresentar um contrato declarando que ela
vai liberar a cidade em troca da espada, que lhe deve ser
entregue sem complicaçôes nem artifícios. Lulu se amar-
gura com a ideia de os personagens selarem qualquer tipo
de pacto com a arquidiaba, mas ainda tem esperânça de que
Zariel possa se redimir se lhe trouxerem a espada.
Se os personagens entregarem a espada aZariel e
- das
duas uma não conseguirem redimi-la ou decidirem nem
-
tentar, leia:
Zariel segura a espada pela lâmina e deixa seu sangue íníero
escorrer pelo gume, mostrando os dentes por causa da dor.
"Com este último rito, eu me exonero de meu dever divino.
Que meu nome seja apagado para todo o sempre dos regis-
tros do Monte Celéstia." Ela aperta a lâmina e a espada se
estilhaça. A centelha angelical dentro dela diminui e se apaga.
Uma vez destruída, a Espada de Zariel não poderá mais
ser restaurada, enterrando qualquer esperança de redimir
a arquidiaba.

âíA 5
t..
"
/ À9I1,
,#
4.
tlf ollrt,t
ç
\ {
E
{
õ Y
1r
Acon»o coM Zenrnr
Os personagens sem outras opções podem simplesmente
se dobrar ao poder deZariel. Se fizerem um acordo com
Zarielpara salvar Elturel, eles terão de especificar que é
obrigatório livrar a cidade das correntes e devolvê-la ao
Plano Material. Do contrário, Zariel vai soltar as correntes.
mas deixar Elturel no Avernus, sem esperança de salvaçào.
Dnstnurn uM LoRDE DnuôNro
Tanto Baphomet (Bafomé) quanto Yeenoghu oferecem
riscos reais e imediatos ao Avernus. Zariel adoraria matar
qualquer um deles pessoalmente, mas ela vai se contentar
em redigir um contrato, concordando em trocar Elturel e as
almas dentro da cidade pela destruição de um dos lordes
demônios. Entregar à arquiduquesa a glaive de Baphomet
ou o mangual de Yeenoghu já bastará para provar o êxito
dos personagens.
Se aceitarem as condições deZariel, os personagens vâo
ficar sabendo que os dois lordes demônios convergiram
recentemente para os arredores de Elturel. Você pode
acrescentar qualquer um desses lordes demônios à batalha
em "Fim deJogo em Elturel", mais adiante neste capítulo.
Se os personagens tiverem soltado o lorde demônio
Kostchtchie no capítulo 3, ele também poderá dar as caras.
Escuoo Do ENcoBERTo
Se os personagens ainda tiverem o Escudo do Encoberto,
Zariel vai declarar displicentemente que poderia considerar
trocá-lo por Elturel. De dentro do escudo, o diabo do fosso
Gargauth implora, soluça e promete mundos e fundos para
os personagens se eles pouparem sua vida e encontrarem
uma maneira de devolver ao diabo sua antiga glória.
São promessas vazias, mas o medo de Gargauth é real.
r'
\
l&\
a- -7-
,
I
A
\
! t
)-
V .l
w.r
)
It\ E l, (, \
F
4r.ú
:
Se os personagens entregarem o escudo a Zarie\ ela vai
conjurar dl'ssrpar o bem e o mal no artefato. A magia fará
Gargauth se manifestar como um diabo do fosso malformado
e desprezível, com metade de seus pontos de vida máximos e
4 níveis de exaustâo. Ela manda os personagens destruírem
o infeliz. Se tiverem êxito, ela vai dispensá-los casualmente
e ignorar qualquer tentâtiva de fazerem com que ela cumpra
promessas sem um contrato assinado.
Se os personagens pressionaremZariel para que assinem
um acordo formal antes de entregar a ela o escudo, a
arquiduquesa apresentará um contratojusto. Contudo, ela vai
se recusar a libertar Elturel e devolvê-la ao Plano Material,
prometendo somente uma coisa ou outra em troca do
escudo apenas.
TnereNoo coM o CouparyHEl\o
O Companheiro que um dia protegeu Elturel dos mortos-
vivos tem como fonte de energia um planetar aprisionado
dentro dele. Considerado há tempos o salvador de Elturel,
o Companheiro também foi a ruína da cidade, pois serviu
como o farol guia que permitiu ao poder do Avernus arrastar
a cidade para os Nove Infernos.
O Companheiro é um orbe de metal praticamente
indestrutível com 15 metros de diâmetro. Quando protegia
Elturel, pairava no céu feito um segundo sol e emitia
uma luz tâo forte que erâ impossível enxergar o orbe
propriamente dito. Agora os relâmpagos dançam pela
superfície da esfera opaca, cercada por um invólucro de
120 metros de diâmetro e 3 metros de espessura de
escuridâo mágica impenetrável. Criaturas dotadas de visão
no escuro não enxergam nessa escuridão e fontes de luz não
mágicas nâo conseguem iluminá-la. Se essa escuridão se
sobrepor a uma área de luz criada por uma magia de
80 círculo ou abaixo, a magia que criou a luz será dissipada.
capÍrulo s I FUoA Do AvERNUS r53
 R' .\ 7
\ ! /
\\
\ \ \ I
,(
'L
§

N
i

- f
t\
- ü{ \
?
I !
f T4

\
I
/ I //"- \7 7 ---
.r'+ É
I
I
\
'a* \ §
IIIF- .:í
/
\: \
I
,l
lt
7' ,71
,
n
a -
\
-il
\
\
.tu
á
\
j

\
-Er
\,-
E
T rlr .-çt
I

Asrnrune Do CoMPANHETRo O Poosn Do PLANETAR

O Companheiro foi lacrado com nove fechaduras dispostas
a intervalos regulares em volta de seu equador. Essas
fechaduras só podem ser abertas introduzindo-se nelas nove
bastôes de adamantina. Os bastoes estão escondidos na
carcaça d.a ÍorÍaleza voadora de Zariel (p. 1 18).
A introdução dos nove bastôes de adamantina nas nove
fechaduras do Companheiro fará o hemisfério superior do
orbe se abrir, libertando o planetar.
DrsrnurçÃo Do CoMPANHETRo
A Espada de Zariel tem o poder de despedaçar o
Companheiro e dissipar a escuridâo que o cerca. Atingir o
orbe com a espada fará o Companheiro retinir feito um sino
e, em seguida, se desfazer em pedaços, emitindo uma nota
angelical que será ouvida com perfeita clareza em toda a
infinita extensâo do Avernus. A não ser que a espada seja
empunhada por um anjo de nível de desafro l5 ou acima, ou
entâo por um clérigo ou paladino bom de 10o nível ou acima.
o poder desenfreado vai reverberar pela espada e estilhaçáJa.
Lulu sabe que a espada tem esse poder. Mas ela quer
que os personagens usem-na para redimir Zariel, e nào
simplesmente para salvar Elturel. Sendo assim, ela vai
esconder esse fato, a menos que fique claro que redimir
Zariel e uma tarefa impossível.
Por outro lado, se os personagens fecharem um acordo
com uma entidade poderosa, como Tiamat ou um lorde de-
mônio, esse ser poderá atacaÍ e despedaçar o Companheiro.
Mais informações sobre aliar-se a um poder sobrenatural na
seção "Quebra das Correntes", anteriormente neste capítulo.
Se o Companheiro for destruído ou aberto, o planetar
dentro dele será libertado. O nome do planetar é Nascius, e
seu poder talvez ajude a salvar Elturel, mas somente se as
correntes infernais que prendem a cidade já tiverem sido
paÍtidas. Se lhe pedirem para salvar a cidade, o planetar vai
precisar de um momento para recuperar as forças. Aí ele vai
despencar do céu e se posicionar abaixo da cidade, subindo
em seguida até acomodar o torrão de terra em seus ombros
largos, para entâo tirar Elturel do Avernus e devolvêla a seu
devido lugar no Plano Material.
Fru DE Joco EM Errunnr
O material apresentado anteriormente neste capítulo
descreve algumas das maneiras como os personagens
podem cumprir os objetivos de redimir Zariel e salvar
Elturel. Dentro do espectro de opções disponíveis, você
pode ficar à vontade para determinar as condições em que
esses objetivos serão cumpridos.
Esta seçào descreve um acontecimento épico que pode
servir como o clímax da aventura: Elturel é arrastada para
o rio Estige enquanto Zariel e suas forças trâvam batalha
contra um exército de demônios sob a cidade. Um lorde de-
mônio
- Baphomet ou Yeenoghu - lançou um ataque total
em Elturel antes que a cidade mergulhasse no Estige. Esta
seção inclui encontros que você pode conduzir para desafiar
os personagens enquanto eles se posicionam para confron-
tar Zariel. Esses encontros são adequados para um grupo
de quatro personagens de 130 nível. Se o grupo for mais
fraco ou mais forte que isso, faça os ajustes necessários.

r5+ cepÍrulo 5 | FUGA Do AvERNUs

INrcrorNtn 1: Bntne oo RIo
Lulu conduz os personagens até Zariel, encontrando-a no
solo do Avernus abaixo de Elturel. Leia ou parafraseie o
texto a seguir para estabelecer a cena:
Elturel paira acima de vocês e do rio Estige. As estacas de
ferro que ancoram a cidade a arrastaram praticamente até
as ribanceiras do rio. Em algumas horas, Elturel vai afundar
no Estige.
Hordas de demônios distantes voam em volta da cidade
feito mosquitos, e uma batalha grassa íerozmente abaixo
dela. Milhares de ínferos se conírontam à sombra de
Elturel. E no centro deles ergue-se uma entidade cingida por
chamas que abate demônios com uma fúria inesgotável.
Lulu usa a tromba para apontar essa figura e sussurra:
"É ela. Zariel está exatamente onde sempre está: onde a
batalha é mais encarniçada."
Este encontro ocorre em um campo aberto margeado pelo rio
Estige, e Zariel é visível mesmo a 1,6 quilômetro de distân-
cia. Dê alguns minutos aos personagens para que planejem
o que farâo em seguida. Quando os aventureiros decidirem
agir, dois diabos chifrudos vâo romper as fileiras e correr na
direção deles atrás de um glabrezu em fuga, que será abatido,
dissolvendo-se em icor e desaguando no Estige. Os diabos
atacam de longe com Arremessar Chamas. Cada diabo tem
125 pontos de vida remanescentes e lutará até a morte.
Entre este incidente e o próximo, os personagens podem
se entranhar na escaramuça ou subir para Elturel, seja
voando ou escalando.
Iucr»nNrn 2: CeuPo DE Cneues
A linha de frente do exército deZariel se atirou contra o
flanco da horda demoníaca, tanto nas ruas de Elturel quanto
no campo de batalha lá embaixo. Enfrentar os dois exércitos
é impossível, mas personagens espertos talvez consigam
usar a geografia do campo de batalha para evitar o combate.
Os personagens teráo defazer três testes em grupo de
Destreza (Furtividade) ou Sabedoria (Sobrevivência) para
se mover pelo campo de batalha, sendo que a dificuldade de
cada rodada de testes vai aumentar de CD 15 para CD 17 e,
por fim, 19. Toda vez que o grupo falhar em um teste, cada
personagem terá de ser bem-sucedido em uma salvaguarda
de Constituição CD 15 para nâo sofrer 22 (4d10) pontos
de dano venenoso mais 22 (4d 10) de dano ígneo dos gases
nocivos e das labaredas que varrem o campo de batalha.
Após fazer esses testes de atributo, os personagens vâo
topar com uma batalha entre seis hezrous e Lucília, a diaba
do fosso general que eles viram ao deixar Elturel no fim do
capítulo 2:
Uma diaba do íosso com a cabeça coberta por um elmo
sem aberturas para os olhos segura uma insígnia bélica
infernal numa de suas mãos dotadas de garras enquanto,
com a outra, brande uma enorme maça flamefante. A diaba
do fosso está cercada por seis demônios corpulentos e
parecidos com rãs que grasnam epítetos abomináveis ao
rasgar a carne da diaba do íosso com suas garras.
Dois hezrous se desvencilham da escaramuça para atacar
os personagens. Os outros demônios continuam a lutar
com Lucília.
Quando os personagens cuidarem dos hezrous que os
atacaram, Lucília já terá destruído os demônios restantes
ou botado todos eles para correr, em busca de vítimas mais
fáceis. Lucília se vira para os personagens, cumprimenta-os
com um leve aceno de cabeça e alça voo. Os personagens
podem atacar a diaba do fosso, que ainda tem 175 pontos
de vida. Se deixarem para lá, a diaba do fosso vai retribuir
o favor usando seu e/mo de comandar diabos para mandar
seus soldados nâo fazerem mal aos personagens. Enquanto
os personagens vâo abrindo caminho até Zariel, os
demônios que poderiam cÍuzaÍ com eles são interceptados
por diabos, criando uma avenida de trânsito seguro para os
aventureiros.
Tesouro. O elmo de comandar demônios de Lucília
e a insí§nia bélica de poder infernal são descritos no
apêndice C.
INcronNrn 3: Lure FrNar coM ZARTEL
Em algum momento, os personagens vâo se aproximar da
arquiduquesaZariel do Avernus (bloco de estatísticas na
p.243). Quando o fizerem, Zariel estará travando combate
com um balor de cabeça de hiena, um dos demônios de
Yeenoghu. Um círculo de 30 metros de diâmetro se formou
em volta de Zariel e do balor, pois outros diabos e demônios
preferiram ficar longe da destruiçâo desencadeada pelos
dois. A menos que os personagens chamem atenção para
eles mesmos, os seres ínferos vâo ignorá-los.
Se não quiserjogar os dados para determinar o resultado
dessa batalha, Zariel vai reduzir o balor a 0 pontos de vida
depois de 4 rodadas de combate, fazendo-o explodir numa
grande bola de fogo. Quando a batalha terminar, Zariel
ainda terá 450 pontos de vida e passará uma rodada se
recuperando enquanto o olho do furacâo ao redor dela se
dissolve mais uma vez no caos.
Se os personagens tiverem libertado Kostchtchie no capí-
tulo 3, mas depois perdido esse lorde demônio de vista, ele
vai se enfiar na batalha e tentar se aproximar deZarielpara
tirar das màos dela seu martelo Matalotok. Os diabos leais a
Zariel vão frustrar Kostchtchie turno após turno, negando-lhe
o prêmio que ele tanto deseja, e Zariel vai se recusar a travaÍ
combate com ele. Mas os personagens podem contar com
Kostchtchie para criar uma distração grande o bastante para
desviar a atençâo do que eles estào fazendo, seja lá o que for.
E difícil mortais insignifrcantes conseguirem a atenção da
arquidiaba, mas, se a irritarem, ajudarem-na em combate
ou exibirem Lulu ou a Espada de Zariel, a arquiduquesa
vai parar o que está fazendo e dar aos personagens a
oportunidade de falar com ela... ou desafiá-la.
Se os personagens tentarem quebrar as correntes
infernais que prendem Elturel aos postes que afundam
lentamente no solo do Avernus (consulte "Quebra das
Correntes", p. 150), Zarielvai reparar quando partirem a
primeira corrente ou soltarem o planetar aprisionado no
Companheiro. Se os personagens usarem um demônio
para quebrar as correntes, Zarielvai atacáJo e derrotá-lo
emZd4 rodadas se os personagens nào o socorrerem. Se
couber a Tiamat destruir as correntes, Zarielvai atacar os
personagens, esperando que Tiamat pare assim que seus
cúmplices estiverem mortos.
Se for reduzida a 100 pontos de vida ou menos, Zarielvai
se recolher às margens da batalha, refugiando-se em sua
fortaleza voadora se esta estiver por perto e ainda nâo tiver
sido destruída (consulte "Fortaleza Voadora de Zariel", p. 130).
cepiruro 5 | FUc Do AVERNUS
r55
 \:

Ir I
I ffi / Ç:

r1 \
) I
\ N t
\
\ I
t

à ,, I

t
) \ \
il
-/ 1
,.*/
-)

#
\ \I \ !xl
L

-/
,í

I {l 7

1", -a
7
f í .\
L,

2 üG /

^.
*
t i

J
\

I #* t
I a
\
F --

I I

-
I
q , ã
il
re
t' h (^ t§
ã
\
I
I
7
Í ,/
/
/
I I /

t
/
t/ ( v, I

ffi I #r
I I
{
T rr
,á

§
a\
\
4

r'
\
7'
Trrr-

u\
u

m l \J
té - t/
f
i\
/ , N\ /

rt\ h \

7U
T §
/ n
\.,
t^l \\ I
-) \
!
\ft..II
A Guenna Sarcnertra É uu coNprrro cósurco ENrRE Â5 FoRç/rs oa Ocoeu e oo Caos,
É
uMÀ GUERRA QUE ÂM€Àç,l OESTROçÀR O MuLrlvERso
a

,-/ -
-a
 '-l
N v
t- \ d
I
\
e:
//
A
GEocRAFTA DE BALDUR's GerE
lr ESMO OS AVENTUREIROS MAIS CALEJADOS OLHAM
onde pisam em Baldur's Gate (conhecida como
Portâo de Baldur), pois ali toda vida tem um
preço em peças de cobre e a ganância é mais
letal que o fogo dos dragões. A reputaçâo de
Baldur's Gate é a de um lugar violento onde o
crime e a oportunidade caminham de mãos
dadas e onde tudo se pode comprar, vender
ou tomar a fio de espada. Se for possível botar
preço em alguma coisa, essa coisa estará à
venda em algum lugar em Baldur's Gate. Narcóticos e
venenos dividem as prateleiras com tinturas e remédios.
Mercadorias de Chult, prodígios mecânicos de Neverwinter
(Nevenunca), tomos de magia de Calimshan e as
falsificaçôes mais verossímeis de todos esses itens podem
ser encontrados nas bancas da cidade.
O Punho Flamejante, uma companhia de mercenários
a soldo da cidade, protege os moradores sem demonstrar
um pingo de civilidade. A Guarda, a força que defende a
abastada Cidade Alta, existe apenas para servir os patria-
res, a classe alta e descolada da realidade de Baldur's Gate.
Enquanto isso, o crime viceja sob o controle da Guilda, que
supervisiona quase todas as atividades criminosas, desde
a jogatina no cais do porto à chantagem que corre solta
nas festas nos jardins dos patriares. Seja sob a égide ou ao
arrepio da Guilda, os punguistas e assassinos ganham bem
a vida ali na cidade, e seus talentos são oferecidos com o
mesmo vigor
- e, muitas vezes, com a mesma publicidade
que os de qualquer outro profissional.
- Apesar das trevas e transações escusas, Baldur's Gate
tem seus pontos de luz. Alguns habitantes tentam sincera-
mente tornar a cidade um lugar mais seguro, unindo-se para
fazer sua própria justiça, por mais imperfeita que seja.
GEOGRÁFIÀ DE BALDUR'S GATE
I58
írtr
HrsróuA DE Ber»uR's GATE
Desde sua origem como uma pacata comunidade remota,
Baldur's Gate (Portão de Baldur) passou por uma
transformaçâo dramática e virou o centro de perigos e
aventuras que é hoje.
FuNoeçÃo DE Ber»un's Gern
Séculos atrás, o herói Balduran passou anos em demanda
nas terras do outro lado do Mar das Espadas e além. Quando
enfim voltou a seu vilarejo natal de Porto Gris, trouxe consigo
riquezas fantásticas e doou boa parte de seu tesouro aos
amigos e familiares. Essas dádivas aumentaram imensamente
a prosperidade de Porto Gris: surgiram estabelecimentos
comerciais, o porto foi ampliado e uma muralha defensiva
for erguida em volta da vila. Para homenagear o herói que
os patrocinou, os cidadãos passaram a chamar uma das
passagens da nova muralha de Portão de Baldur, daí o nome
da cidade. Contudo, passada uma geração, o portão passou a
ser sinônimo da comunidade inteira, e o povoado começou â
aparecer nos mapas da Costa da Espada.
O crescimento surpreendente da cidade atraiu toda sorte
de gente. Camponeses afetados por invasões e guerras, agri-
cultores arruinados pela fome e â seca, piratas em busca
de um porto neutro: todos eles viram uma oportunidade de
deixar sua marca na comunidade em rápido crescimento.
Fonçes DA ORDEM EM Bltoun's Gern
Com o crescimento da cidade, surgiram questôes legais e
tributárias. As famílias mais antigas da comunidade - em
geral aquelas que tinhâm dinheiro suficiente pâra manter
residências no interior das muralhas passaram a ser
-
 conhecidas como patriares e a ver com desconfiança o
influxo de forasteiros que se estabeleciam fora dos muros.
A criação de vários impostos adicionais sobre o comércio e
o tráfego levaram à eclosâo da violência entre a Cidade Alta (
- protegida pelas muralhas originais de Porto Gris -
e a Cidade Baixa, construída nas encostas que desciam até
o rio Chionthar. As casas dos patriares foram saqueadas,
heranças de família se perderam para sempre e herdeiros
\.
d\
sequestrados nunca mais foram vistos. E o ouro correu feito
sangue quando as famílias e guildas passaram a contratar
mercenários para protegê-las. Foi somente com a eleiçâo
I

IL ) l+l
de um novo corpo governante
- o Conselho dos Quatro,
formado por duques que as coisas se acalmaram. Esses
-
nobres eleitos são parte do governo da cidade desde entâo. )
Outro pilar da ordem em Baldur's Gate (Portão de Baldur)
se formou quando o aventureiro Eltan, um célebre comba-
\\.>
tente criado na região, voltou para casa depois de se arriscar ,,-+r
no estrangeiro. Vendo o caos que havia dividido sua querida
cidade, Eltan uniu as companhias independentes de merce-
nários baldurianos sob um mesmo estandarte. o do Punho
Flamejante. Eltan usou os mercenários para suprimir os fo-
cos de desordem que encontrou, castigando os infratores por
seus crimes. O roubo, a chantagem e o assassinato continua-
ram grassando a portas fechadas, mas a fundaçâo do Punho
Flamejante marcou um novo capítulo na história da cidade.
a
TTE -
A Cnr4 o__n_pg4gr
Com os passar dos anos, Baldur's Gate (Portâo de Baldur)
fomentou inúmeras intrigas e conspiraçôes malignas. A mais
pusilânime de todas, porém, talvez tenha sido aquela perpe-
!-
:§,1
Er-
a
trada por Bhaal, o deus do assassinato, que previu a própria
morte durante o Tempo das Perturbaçôes. Em sua forma
-rl
mortal, Bhaal concebeu uma profusâo de descendentes com
a intençâo de que um dia eles o ressuscitassem. Eles caça-
ram e mataram uns aos outros, para que os sobreviventes Blroun's Glre e sEU BRAsÃo
recolhessem um pouco mais da essência divina de Bhaal. População: 1 25.000 (predominantemente hu mana)
Sarevok, cria de Bhaal e membro da guilda de mercadores Governo: Plutocracia, capitaneada pelo Conselho dos Quatro
do Trono de Ferro, tentou desencadear uma guerra com a e o Parlamento dos Fidalgos
nação de Amn e se tornar o novo Senhor do Assassinato. Defesas: mercenários do Punho Flamejante, a Cuarda
Outra cria de Bhaal, com o auxílio de aliados poderosos, Comércio: corantes, peixes, produtos importados de Chult,
estragou o plano de Sarevok e devolveu a estabilidade, se mercenários, equipamento náutico
não apaz, a Baldur's Gate. Mas, desde entào, Bhaal e seus Organizações: a Cuilda, galeras de bairro, corporaçôes de ofício
fiéis nunca deixaram de ameaçar a cidade. Religiões: Gond, Tymora, Umberlee, qualquer outrafé ordeira,
seitas da Trindade dos Mortos
Barpun's Gern O brasão de Baldur's Cate (Portão de Baldur) representa o
NA ATUALIDADE papel da cidade como centro do comércio fluvial e oceânico
e também é uma espécie de homenagem ao herói a quem a
Este capítulo descreve a cidade independente de Baldur's cidade deve o nome, o explorador Balduran. Mas o símbolo
Gate (Portâo de Baldur) como ela se encontra em 1492 CV. tem origem num emblema de piratas e seus componentes
A muralha original que contornava a Cidade Alta ainda hoje têm duplo sentido.
está de pé e um segundo muro defensivo agorâ cerca a Originalmente, as faixas alternadas de água sob o navio
Cidade Baixa. A Cidade de Fora, uma coleção de constru- indicavam os perigos turbulentos do mar, mas também as
ções improvisadas e favelas, fica à margem do rio Chionthar. generosas recompensas que este pode trazer. As bandeiras
A Cidade de Fora, mais que os outros distritos, pode carmesins do navio faziam referência à dura vida dos piratas:
parecer não ter lei, mas todos os setores de Baldur's Gate o sangue derramado no convés ou na água. O cordame
têm seus perigos. Na Cidade Alta, as famílias patriares e as em zigue-zague e a vela inclinada simbolizavam a teia de
autoridades do governo trocam bicadas para garantir suas segredos e intrigas que marcam a vida de um capitão pirata.
posições. Muitas não têm o menor escrúpulo em usar agentes Hoje em dia, alguns otimistas tentam reinterpretar o sinete,
privados para obter material de chantagem, sabotar apari- alegando que as águas tranquilas representam o desejo da
cidade de continuar a ser uma potência pacífica e que o céu
çôes públicas ou até mesmo acusar inocentes para garantir claro simboliza um futuro próspero. Mas quem conhece a
sua permanência no poder. As vítimas dessas intrigas e as au-
história da cidade enxerga a manha e a violência subjacentes
toridades que desejam um sistema legaljusto e honesto sào
ao emblema. Para muitos, as interpretaçôes contraditórias
I obrigadas a contratar os próprios agentes para expor conspi- tornam o escudo de armas da cidade ainda mais apropriado.
raçôes, libertar cidadâos aprisionados injustamente e obter
provas que o Punho Flamejante não tem como conseguir.

GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE

r59
 t'
i. \
.t
.l
I
ffi -I
I
N \-' -\-
'ir
&
I
U
I
'.t .
si \, I
o \t
QüilamÀtro. r-r 160
As intrigas políticas da Cidade Alta e a violência da Cidade
de Fora transbordam para a Cidade Baixa, a zona intermediá-
ria de Baldur's Gate. O crime desenfreado. os ressentimentos
de classe, as ameaÇas externas e as pressôes econômicas
deixam muitos baldurianos com a sensação de que são pri-
sioneiros em suas próprias casas. As patrulhas do Punho
Flamejante reagem às ameaças com violência indiscriminada
e pouco fazempara que os cidadâos se sintam mais seguros.
Por isso, nos últimos anos, muitos cidadãos começaram a
se unir em galeras. Essas gangues às avessas se juntam de
acordo com a profissão que exercem ou o bairro onde moram
e fazem o possível para proteger seus territórios. Isso deu a
alguns moradores a sensação de que tinham mais controle
sobre suas vidas, mas também aumentou a quantidade de
cidadâos armados nas ruas. Resta saber se a Cidade Baixa
ficou ou não mais segura depois da formação das galeras.
Na Cidade de Fora, o mundo inteiro vai dar nos portões
da cidade. Ali o crime e a pobreza fazem contraste com
maravilhas vindas de longe e as riquezas de culturas de
toda a Faerün. Essa mistura de andarilhos e refugiados
está sempre em movimento, e comunidades se formam
e se dispersam de um mês para outro. É impossível
acompanhar todas as tradiçôes estrangeirâs ou as práticas
religiosas perigosas
- e por vezes absolutamente malignas
de Fora. E por isso Baldur's Gate
- observadas na Cidade
adotou extensamente uma política de "dano zero" no que diz
respeito às religiões e organizações que atuam na cidade.
Qualquer grupo pode ficar à vontade para agir abertamente,
desde que nenhum mal acometa os cidadãos importantes.
Apesar de todos os seus perigos, Baldur's Gate é uma
cidade de aventureiros, um lugar onde um espadachim de
aluguel pode encontrar um patrono rico, entrar para uma
guilda secreta, caçar matadores em troca de recompensas
ou socorrer cidadãos desesperados. Os campeões de bom
GEOGRAFIA DE BÁLDUR'S CATE
r6o
ii 'l tt.
l
't-
)i
I
/zl
Velâ
'i:.
coraçâo lutam contra a corrupção e levam os assassinos
à justiça, ao passo que mercenários nâo tâo virtuosos
conseguem um bom dinheiro por seus serviços. A cidade
oferece oportunidades e também o mercado mais confiável e
inescrupuloso da Costa da Espada. Pelo preço certo, é possível
comprar ou vender informações, tesouros, segredos e almas.
Como um grande herói de Baldur's Gate disse um dia:
"Nas sombras, cuidado onde pisa. À luz do dia, cuide da sua
retaguarda. Conquiste um prêmio que nem em seus sonhos
mais desvairados você cogitou obter ou desapareça nas
velhas crônicasjá esquecidas. Todos os dias, sua vida estará
emjogo. Todos os dias, você poderá se tornar uma lenda.
Bem-vindo a Baldur's Gate."
VrzrNnos, RTvAIS r Aueoos
Outras cidades e nações vigiam de perto Baldur's Gate
(Portào de Baldur), que só faz crescer em termos de riqueza,
poder e influência.
Baldur's Gate faz comércio com as cidades costeiras de Wa-
terdeep (Águas Profundas) e Neverwinter (Nevenunca) mais
ao norte e, ao mesmo tempo, compete com a agressiva naçáo
mercantil de Amn mais ao sul. Amn quer dominar o comércio
no Mar das Espadas e vê Baldur's Gate como uma ameaça
crescente. Baldur's Gate entrou para a Aliança dos Lordes,
uma coalizào de cidades independentes que inclui Neverwin-
ter e Waterdeep, em grande parte por causa das disputas com
Amn. Se Amn decidir atacar Baldur's Gate, a cidade poderá
contar que os outros membros da Aliança dos Lordes virão
defendêJa. Esse tratado enfurece Amn, que não está prepa-
rada para colocar à prova a determinação da aliança.
No leste, as nações de Elturgard e Cormyr veem
Baldur's Gate como uma latrina sem lei com que elas teráo
de lidar mais dia, menos dia. Essas naçôes reprovam,
principalmente, a grande tolerância religiosa da cidade.
CaNorernep (Fonrr oe VBre)
Para entrar na grande biblioteca do Candlekeep (Forte da
Vela), é preciso fornecer aos monges um livro que a biblioteca
ainda nâo tenha em seu âcervo. Os viajantes a caminho do
Candlekeep costumam parar em Baldur's Gate (Portão de
Baldur), já prevendo que poderâo encontraÍ um livro como
esse nos mercados da cidade. Sendo assim, Baldur's Gate tem
um pequeno mas efervescente comércio de livros raros. Vários
mercadores adotam a conhecida política de comprar livros va-
liosos sem questionar o preço, vendendo-os com uma margem
de lucro elevada. Os viajantes em busca de um livro específico
também contratam mercenários ou aventureiros para se arris-
carem nas mâsmorras ou ruínas e trazerem de volta o prêmio.
Se não for possível encontrar uma informaçâo nos
mercados de rumores de Baldur's Gate, entâo dita a lógica
que o Candlekeep (Forte da Vela) passa a ser a próxima
parada. As vezes contratam-se aventureiros para proteger
um viajante desesperado na estrada rumo ao Sul ou para
defender os tomos absurdamente râros que os eruditos
talvez estejam levando para trocar pelo ingresso na
biblioteca. A Guilda sabe distinguir os sinais quando um
viajante se dirige para o Candlekeep (Forte da Vela) e muitas
vezes despacha assaltantes para roubar os livros e revendê-
los aos mercadores da cidade.
Enunnr
Antes dos fatos descritos nesta aventura, a cidade santa de
Elturel, capital de Elturgard, ficava às margens do Chion-
thar, subindo o rio. Se Baldur's Gate (Portâo de Baldur) é
uma cidade de assassinos policiada por mercenários, Eltu-
rel era uma cidade ordeira de gente devota por quem zela-
vam os cavaleiros de Helm, Torm, Tyr e Lathander. As duas
cidades nâo poderiam ser mais diferentes.
Toda vez que, aos olhos de Elturgard, Baldur's Gate
tentava se apoderar de mais território do que lhe
cabia, Elturel respondia impondo tarifas pesadas aos
cârregamentos que desciam o rio. Esse tipo dejogo
econômico sempre à beira do desastre, aliado a pontos
de vista religiosos radicalmente distintos, criou uma rixa
entre as duas cidades, embora nenhuma das duas estivesse
disposta a colocar à prova o poderio militar da outra.
Ponro Nve.Nzanu
Baldur's Gate (Portâo de Baldur) é um dos principais portos
de onde zaÍpam navios rumo a Chult, uma península bem
mais ao sul. Porto Nyanzaru, localizada no litoral norte
de Chult, desfruta de uma relaçáo comercial respeitosa e
mutuamente benéfica com Baldur's Gate, e as duas cidades
têm em comum a antipatia pela nação de Amn.
Nas imediaçôes de Porto Nyanzaru, Baldur's Gate mantém
suas próprias possessôes em Chult. O Forte Beluarian é
uma cabeça de ponte para os interesses da cidade, do Punho
Flamejante e de inúmeras famílias patriares em Chult. Esse
pequeno centro militar supervisiona boa parte da exploração
(literal e figurada) das regiôes de Chult reivindicadas
por Baldur's Gate. Também é o ponto de partida para o
contrabando dos tesouros da região para a Costa da Espada,
além de outras empresas que os baldurianos preferem que os
nativos de Chult não descubram. E, com isso, raridades das
profundezas de Chult que nunca se veem em outros pontos
da Costa da Espada são escoadas aos poucos no porto e nas
banquinhas dos mercados de Baldur's Gate.
As rotas marítimas entre Baldur's Gate e Chult estão
longe de ser seguras. Piratas, corsários amnianos e
monstros marinhos são comuns nessas águas.
GovnnNo
O Parlamento dos Fidalgos, um grupo composto
basicamente de quase cinquenta patriares, faz
recomendaçôes em matérias legais e administrativas.
Depois de chegar a uma decisâo majoritária sobre um
assunto, geralmente depois de muitos debates acalorados, o
parlamento apresenta seu posicionamento ao Conselho dos
Quatro. Três duques e um grâo-duque compõem esse corpo
governante (mais informaçôes em "Conselho dos Quatro", a
seguir). O conselho também vota as matérias e, em caso de
empate, o voto do grão-duque conta como dois.
Acredita-se que muitos membros do parlamento
- e talvez
um ou mais duques possam vender seus votos em troca de
-
propinas. Os membros corruptos do parlamento não gostam
de ser apanhados em flagrante recebendo suborno, geralmente
nâo por temerem represálias legais, mas por medo de que
venham a ser vistos como incompetentes por seus pares. O
consenso é que, se não se pode confiar na pessoa para receber
algo tâo simples quanto propina, então nào se pode confiar a
ela a manipulação da complicada rede social da cidade. E isso
leva a uma farsa muito comum: autoridades comprando bijute-
rias ou objetos de arte falsificados em cujo interior se encontra
o dinheiro do suborno (geralmente moedas de platina ou joias).
CoNsnrno Dos ATRO
Formado por quatro duques, o Conselho dos Quatro
comanda o governo de Baldur's Gate (Portão de Baldur).
Apesar de o Parlamento dos Fidalgos e os patriares deterem
um bocado de poder, o Conselho dos Quatro é a autoridade
máxima. Reúne-se no Paço Magno, uma fortaleza bem
no meio da Cidade Alta, e controla o Punho Flamejante, a
esquadra, os cobradores de impostos e todos os serviços
públicos. entre outras coisas.
GnÃo -DuquE ULDER RavnNceno
Ulder Ravengard é um soldado destemido que galgou a hie-
rarquia do Punho Flamejante para se tornar seu marechal su-
premo. Ravengard usou sua patente e influência para se apo-
derar de uma cadeira no Conselho dos Quatro. Logo depois
da morte de dois membros do conselho envolvidos em escân-
dalos e casos de corrupçâo, ele convenceu o Parlamento dos
Fidalgos a apoiar sua eleição para o cargo de grâo-duque.
Ao ascender à posição mais elevada do goveÍno municipal,
Ravengard se recusou a renunciar ao comando do Punho
Flamejante, o que fez dele, de longe, a personalidade mais
poderosa da cidade. Essa decisão não lhe angariou a estima
de ninguém, mas Ravengard não está nem aí para sua
popularidade. Suas únicas preocupações são a estabilidade e
a prosperidade de Baldur's Gate (Portão de Baldur), e ele nâo
acredita que qualquer um dos outros duques ou o Parlamento
dos Fidalgos vá colocar os interesses da cidade acima dos
interesses pessoais.
Ravengard chegou a grão-duque apoiado em grande
parte por plebeus idealistas e pelos inimigos dos outros
duques. Mesmo vencendo facilmente a eleição, Ravengard
enfrenta dificuldades para cumprir suas obrigaçôes, pois
se vê de mãos amarradas o tempo todo, frustrado por uma
burocracia que pode ser tanto pública quanto invisível. Ape-
sar disso, ele tem sido a voz d,a razão e do bom senso no
Conselho dos Quatro, se nâo a voz da igualdade que alguns
esperavam. Ele também tem se revelado muito resistente
ao escândalo e à corrupção, embora vários de seus colegas
duques e membros do Parlamento dos Fidalgos ainda vivam
driblando Ravengard na arena política. Um de seus únicos e
GEOGR,AFIA DE BÂLDUR'S GÀTE
r6r
 evidentes prazeres ainda é chegar de surpresa e passar em
revista as tropas na Pedra do Draco (p. 200).
Recentemente, Ravengard foi enganado e convencido
a comparecer a uma reuniâo de cúpula diplomática em
Elturel, sem saber que seus inimigos políticos em Baldur's
Gate arquitetaram esse encontro como parte de um plano
diabólico para tirá-lo do poder. Em sua ausência, o Punho
Flamejante fica sem um líder e o conselho, sem um norte.
DuquEs,l BrrvNNn SrnluaNn
Outrora uma política vigorosa e formidável, a duquesa
Belynne Stelmane sofreu há pouco tempo uma convulsâo
que a deixou com o rosto parcialmente paralisado e a fala
lenta. Na verdade, um devorador de mentes provocou a "con-
vulsão" da duquesa ao possuíJa. Hoje Stelmane trava uma
guerra silenciosa contra a influência do devorador de men-
tes, esperando pacientemente até encontrar uma maneira de
sinalizar que precisa de ajuda ou recuperar o livre-arbítrio.
Nem mesmo os assistentes de Stelmane sabem de sua luta
secreta, mas eles a acobertam como podem.
Dada sua situaçâo atual, a duquesa Stelmane não tem
condições de se opor a qualquer tentativa, por parte dos
outros duques, de tomar as rédeas do poder em Baldur's
Gate (Portão de Baldur).
Duqur Drrr.e.no Ponrvn
O duque Dillard Portyr já foi um homem de negócios respei-
tado, mas, depois de uma série de transações azedarem, ele
deixou d,e fazer investimentos. Hoje ele aproveita o tempo
para desfrutar dos confortos que título e dinheiro lhe deram.
Ele mora sozinho em seu solar, tendo sobrevivido às suas
esposas e aos três filhos, e se corresponde com a sobrinha,
Liara Portyr, que comanda um posto avançado do Punho
Flamejante em Chult conhecido como Forte Beluarian.
O duque Portyr é avesso a conflitos e faz d,e tudo para
evitar tensões. Ele se sai bem em situações sociais, mas é
facilmente manipulado na arena política. Ele é conhecido
por escutar as pessoâs com interesse, demonstrar uma
vontade sincera de ajudar, prometer investigar, e depois não
fazer tad,a. Por causa disso, os cidadâos dirigem uma parte
considerável do seu desprezo ao duque PoÍtyr.
O duque Portyr manifestou sua preocupaçâo com a
missão diplomática de Ravengard a Elturel, pois temia o que
o Punho Flamejante poderia fazer com o grâo-duque longe.
Se seus piores temores se realizarem e o Punho Flamejante
nâo conseguir se controlar, Portyr planeja escrever uma
cartâ para sua sobrinha, recomendando que ela volte a
Baldur's Gate (Portão de Baldur) para assumir o comando
do Punho Flamejante durante a ausência de Ravengard. É,
de fato, o mínimo que ele pode fazer.
Dugursa Tnareuu Vexrneupun
De língua ferina, astuta e agressiva, a duquesa Thalamra Van-
thampur é a matriarca da família Vanthampur. Nasceu com
uma mão na frente e outÍa atrás e passou anos chafurdando
na obscuridade, consertando e reformando o antigo sistema
de esgotos da cidade. Seguiram-se uma promoçâo atrás da
Teupo DE REsPosrA Dos Guanons
Distrito Tempo de Resposta Destacamento
Cidade Alta 2d4 minutos 2d4 guardas da Cuarda
Cidade Baixa 4d6 minutos 2d4 veteranos do
Punho Flamejante
Cidade de Fora 6d8 minutes 2d6 guardas do
Punho Flamejante
GEOGRÂFIA DE BALDUR'S GATE
r6z
outra até ela ser nomeada Mestre de Valas e Condutos Subter-
râneos. Aquela altura, ela havia se casado três vezes e dado
à luz três filhos homens. Sua meta de longa data era tirar ela
mesma e a família dos esgotos e entrar para a alta sociedade.
Os anos que passou fazend,o acordos políticos, jogando a
culpa em outras pessoas e pagando subornos compensaram
quando Thalamra foi eleita para o Conselho dos Quatro.
Apesar de estar há pouco tempo no conselho, a duquesa
Vanthampur é fácil, fácil
- - a integrante de maior sagaci-
dade política no governo. Ela pouco fala durante as sessões
do conselho, preferindo promover seus planos políticos
por meio de reuniões em seu gabinete e na propriedade da
família. Quando opta pelo debate, ela fala com um vigor que
transcende sua idade aparente e é famosa por dirigir às pes-
soas insultos que, de maneira perturbadora, resvalam em
verdades (supostamente) ocultas.
Fonçes Anuenas
Baldur's Gate (Portão de Baldur) tem duas forças armadas:
o Punho Flamejante e a Guarda. Use a tabela Tempo de Res-
posta dos Guardas para determinar quanto tempo o Punho
Flamejante ou a Guarda leva para chegar a um local depois
de alguém comunicar um crime ou incidente semelhante.
O PUNHo Fr-eur;eurn
O símbolo vermelho e dourado da companhia de mercená-
rios do Punho Flamejante (ilustrado na p. 12) tornou-se uma
espécie de emblema de Baldur's Gate (Portão de Baldur). O
Conselho dos Quatro financia o Punho Flamejante e o man-
tem coÍno se fosse o exercito da cidade. O grão-duque Ulder
Ravengard hoje é seu líder inconteste.
Em grande medida, o Punho Flamejante patrulha a
Cidade Baixa, apesar de, no papel, deter a autoridade para
agir também na Cidade de Fora. Manter a ordem dentro dos
muros da cidade já é trabalho suficiente, e a companhia nâo
vê motivo para se afastar muito dos portões e arranjar mais
sarna para se coçar, mas sabe-se que o Punho contrata
agentes independentes quando falta pessoal.
Milhares de soldados estão hoje no Punho Flamejante:
em Baldur's Gate propriamente dita, na fortaleza da Pedra
do Draco no rio Chionthar e em postos avânçados remotos,
como o Forte Beluarian em Chult. O Punho Flamejante ofe-
rece emprego e a sensação de pertencimento a qualquer um
que consiga erguer uma espada e seguir ordens. Baldurianos
nativos, imigrantes, ex-criminosos e aventureiros aposenta-
dos: todos podem ser encontrados nas fileiras da companhia.
A Guanoa
Os membros da Guarda podem pâssar a carreira inteira
dentro da Cidade Alta. Financiada pelos patriares, a Guarda
tem a reputação de ser um bando de guarda-costas de farda
a serviço da elite.
Organizada e bem regulada, a Guarda mantém patrulhas
precisas e previsíveis. Ao anoitecer, o grupo retira da Cidade
Alta todos que nâo sejam moradores do distrito, criados
ou hóspedes com convites por escrito. Muitos membros da
Guarda, nascidos e criados na cidade, orgulham-se de reco-
nhecer só de olhar todos os moradores da Cidade Alta.
A Guarda tem seu quartel-general na Cidadela, uma
fottaleza enorme embutida nas muralhas da Cidade Alta.
Em momentos de perigo, tocam-se os sinos do Paço Magno
e da Cidadela ao mesmo tempo. Se o badalar persistir por
mais que alguns minutos, todos os membros da Guarda
têm de se reunir na Cidadela ou em postos de vigilância
predeterminados. Todo mundo sabe qual é a funçâo
dos sinos.
Rreçõns »os GUIRDAS
Use as tabelas a seguir toda vez que o grupo topar com
o Punho Flamejante ou a Guarda e você não souber
exatamente como o encontro deve se desenrolar. Essas
interaçôes costumam ocorreÍ nos portôes da cidade. Jogue
1d8 e consulte a tabela Interações nos Portões se quiser
determinar aleatoriamente pelo que os personagens vâo
passar se tentarem cÍluzar um portâo.
Se alguém chamar o Punho Flamejante ou a Guarda, con-
sulte a tabela Tempo de Resposta dos Guardas (p. 162) para
ver quanto tempo as autoridades vão levar para aparecer. Aí,
jogue 1d8 e consulte a tabela Reações do Punho Flamejante
ou Reaçôes da Guarda, como for o caso, para determinar
como os guardas vão se comportâr ao chegar.
lNrenrçõrs Nos Ponrões
d8 lnteração
I Os guardas revistam meticulosamente pacotes e
veículos, questionando tudo e todos.
2 Os guardas obrigam uma fila de viajantes a esperar
6dl0 minutos sem motivo aparente.
3 Os guardas se recusam a admitir a entrada de pessoas
com animais, armas incomuns ou itens mágicos evidentes
4 Os guardas não deixam ninguém passar pelo portão.
Quem quiser entrar ou sair terá de esperar a reabertura
do portão ou tentar outra passagem.
5 Os guardas concentram sua atenção num viajante
suspeito e deixam entrar um bando de gente sem
revistar ninguém nem seus pertences.
6 Os guardas liberam rapidamente o portão para deixar
passar a liteira de um patriar.
7 Os guardas cancelam a revista caso o viajante pague
1 PO pela "passagem expressa".
8 Os guardas deixam os viaiantes passar sem pensar
duas vezes.
Relções Do PUNHo Flrue;lxre
dE Reação
I Os guardas exigem que todos deitem no chão e vão
espancar aqueles que não obedecerem imediatamente.
Depois de revistar todo mundo em busca de dinheiro,
contrabando ou outros obfetos valiosos, eles confiscam
tudo e só aí liberam o pessoal.
2 Exasperados, os guardas só querem que a multidão se
disperse imediatamente.
3 Os guardas já têm ld6 rufiões detidos anteriormente
não querem mais problemas.
4 Os guardas detêm algumas pessoas, mas são convoca-
dos e, como precisam se retirar, soltam todo mundo.
5 Os guardas estão só de passagem, escoltando um
patriar (nobre).
6 Os guardas começam um leilão encarniçado pela
propina mais alta para decidir quem será detido e
quem continuará livre.
7 O grupo é acompanhado por um oficial e as detençôes
transcorrem de acordo com o regulamento.
8 Os guardas estão loucos para se meter numa briga
atacam qualquer um que tenha cara de culpado.
Rerçõss DA GUARDA
dE Reação
1 Os guardas detêm imediatamente a pessoa envolvida
que aparenta ser a mais pobre e a deixa na cadeia
umas 24 horas.
2 Os guardas desfazem a encrenca e dispersam a
multidão sem deter ninguém.
3 Os guardas confiscam todas as armas, mas não
detêm ninguém.
4 Os guardas assistem ao desenrolar dos acontecimentos,
mas não fazem nada que possa colocá-los em perigo.
5 Os guardas nitidamente foram comprados pela pessoa
mais rica envolvida e fazem o que for preciso para
ajudá-la.
6 Crentes de que estão mal preparados para lidar com
a situação, os guardas saem correndo para chamar
o Punho Flamejante. (Consulte a tabela Tempo de
Resposta dos Guardas para determinar quanto tempo
o Punho Flamejante vai levar para chegar, daí jogue 1d8
e verifique a tabela Reações do Punho Flamejante para
saber como eles vão se comportar.)
7 Os guardas tentam espancar todos que não esteiam
usando joias, mas não detêm ninguém.
8 Os guardas detêm todos gue não tenham como pagar
o suborno de 5 PO.
Lnr n Ononu
Espera-se que todos em Baldur's Gate (Portâo de Baldur)
sigam o direito consuetudinário. Homicídio, furto ou roubo,
agressão, chantagem e fraude: tudo isso acarreta punições
severas. Os patriares, os ricos e os bem relacionados são
tratados com muito mais leniência que os plebeus. Um
herdeiro nobre que furta algo numa loja pode se safar
com uma multa paga pela mãe ou o pai, ao passo que uma
plebeia que cometesse o mesmo crime seria jogada na
cadeia ou açoitada em público.
Tanto a Guarda quânto o Punho Flamejante têm o direito
de fazer justiça sumária caso testemunhem um crime em
andamento. Em situaçôes nebulosas ou quando uma pessoa
influente está envolvida, o acusado vai para a cadeia até se
marcar um julgamento. Os patriares e outros indivíduos
poderosos geralmente ficam confinados em casa, a nâo
ser em casos graves. Os plebeus aguardam julgamento na
cadeia. De vez em quando, um justiceiro ou mercenário
contratado tira um plebeu indiciado da prisâo para garantir
a segurança do acusado até o dia dojulgamento.
e Delitos menores, como perturbaçâo da ordem pública,
furto ou vandalismo, acarretam puniçôes na mesma medida.
Uma temporada no tronco, humilhaçâo pública ou uma multa
são as sentenças habituais. Algumas famílias patriares con-
sideram os pequenos delitos piores que os crimes de grande
monta: sâo um sinal de que a pessoa nào consegue controlar
seus instintos mais vis. Sabe-se que os patriares pagam su-
bornos altos ou prometem favores desmedidos para não dei-
xar um herdeiro rebelde ser indiciado por um delito menor.
Os advogados devem pertencer à Guilda dos Causídicos e,
já pelos honorários cobrados, percebe-se que eles preferem
representar clientes ricos. Os cidadãos mais pobres muitas
vezes ficam à mercê dos tribunais ou raspam o fundo da
e bolsa atrás de moedas para contratar um aventureiro ou mer-
cenário para procurar provas que sustentem sua alegação.
GEOGRÀFIA DE BALDUR'S GATE
r63
 CroanÃos
Os cidadãos de Baldur's Gate (Portão de Baldur) sâo de
várias raças e etnias. Apesar de certos habitantes terem
seus preconceitos, Baldur's Gate, no geral, é uma cidade
diversificada e nada discriminatória, mesmo nâo sendo
exatamente acolhedora.
Muitas famílias patriares de Baldur's Gate são linhagens
que cobrem geraçôes, mas uma parte significativa dos
baldurianos não nasceu na cidade. A maioria dos cidadãos
começou a vida em Tethyr, no Norte, no Oeste das Terras
Centrais ou em outras comunidades da Costa da Espada.
Os baldurianos nascidos em Amn, na Floresta Alta e nas
naçôes que margeiam o Mar Interior sâo menos comuns,
mas ainda estâo presentes. Em raras ocasiões, viajantes
das distantes Chult, Mulhorand ou Luirem decidem seguir
o fluxo do comércio e se estabelecer na cidade.
Prnsnus r Gernnas
Baldur's Gate (Portâo de Baldur) pode ser um lugar di-
fícil para as pessoas comuns. Entre as ruas sinuosas da
Cidade Baixa, os plebeus têm bem menos direitos que os
patriares, pois têm apenas os mercenários rudes do Punho
Flamejante para mantêJos seguros. Pior ainda é a vida dos
moradores pobres da Cidade de Fora, muitos dos quais não
sâo reconhecidos como cidadâos. Com a gana excessiva do
Punho Flamejante em punir a criminalidade surrando tanto
acusadores quanto acusados, é importante que as pessoas
comuns tenham alguém para cuidar delas. É por isso que a
população de Baldur's Gate criou as galeras: grupos de pes-
soas de mentalidade semelhante que se unem com vistas à
Lers Drcr.rls DE NorA
Dentre as leis cheias de nuances e aplicadas de maneira nada
sistemática, estas tendem a ser as mais surpreendentes para
os recém-chegados.
Agentes Estrungeiros. Mercadores e visitantes são sempre
bem-vindos em Baldur's Gate (Portão de Baldur), mas não
espiões e sabotadores. Exige-se que os agentes estrangeiros
legítimos, como os embaixadores, se apresentem no Paço
Magno para se submeterem a uma série elaborada de en-
trevistas e autorizações. Os visitantes, tecnicamente, devem
fazer a mesma coisa, mas a lei raras vezes é mencionada nos
portões da cidade e mais raramente ainda a fazem valer. A
distinção entre visitante e agente estrangeiro pode não ser
muito clara e, se um indivíduo não tiver uma autorização que
o identifique como um ou outro, qualquer duque ou fidalgo
pode alterar unilateralmente a condição de um não cidadao,
sentenciando-o, para todos os efeitos, à prisão ou coisa pior.
Restrição a Animais Domésticos. Por tradição, Baldur's 6ate
bane animais maiores que um pavão no interior dos muros
da cidade. Os visitantes determinados a não entregar suas
queridas mascotes (ou animais valiosos que eles têm a in-
tenção de vender) às vezes chegam à cidade com pavões de
grande porte a reboque, para provar que seus companheiros
peludos atendem às exigências legais. lsso levou ao desenvol-
vimento de uma atividade pujante, ruidosa e particularmente
cruel de criação de pavões na Cidade de Fora.
A maioria dos via,iantes paga para manter em baias os
animais acima do tamanho máximo, seja nos estábulos de
aluguel da Cidade de Fora ou nas estâncias nos arredores da
cidade. Mas alguns animais são simplesmente confiscados
nos portões, tornando-se propriedade da Guarda (na Cidade
Alta) ou do Punho Flamejante (na Cidade Baixa), ou então
vendidos em leilões mensais.
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
r64
proteçâo mútua. Dependendo da galera, essa proteção pode
variar desde tomar o partido de alguém numa briga de bar
ou ficar de olho na loja um do outro até tabelar os preços ou
emprestar dinheiro para outras galeras.
As galeras foram as primeiras a instituir a prática corri-
queira do couÍo. Nesse sistema, qualquer um que procure
abrigo e segurança
- geralmente quando está fugindo do
Punho Flamejante ou de algum outro perigo pode se
-
aproximar da porta de uma casa ou loja e dar três batidas
secas, seguidas por uma mais pesada. Os ocupantes são
obrigados a acolher e esconder a pessoa. Isso se aplica âté
mesmo aos integrantes de galeras adversárias, mas quem
pede asilo a uma galera diferente da sua terá uma dívida a
saldar, tanto individualmente quanto em nome de sua ga-
lera. Abusar de alguém que concedeu couto justifica a expul-
são imediata do ofensor da galera da qual faz parte, e esses
"afogados" são marginalizados por todos.
As dezenas de galeras que fazem de Baldur's Gate seu
lar têm atitudes e métodos tâo diversificados quanto os
moradores da cidade. Por exemplo, todo mundo na Cidade
Baixa sabe que, quândo se precisa de brutamontes baratos,
contratam-se os membros corpulentos do Sindicato dos
Carregadores ou da Guilda dos Pedreiros, e nem mesmo o
Punho Flamejante caçaria briga com os ensanguentados
integrantes do Bloco dos Açougueiros ou com os mercená-
rios e "consultores de segurança" da Legião Sem Bandeira.
Outras galeras, como os Escribas e Sábios ou a Ilustríssima
Ordem dos Prestamistas, nunca cogitariam sujar as mâos,
ao passo que a Aliança dos Boticários e a Irmandade dos
Barbeiros nâo precisam recorrer à violência para intimi-
dar os rivais. De carpinteiros a quitandeiros, da Loja dos
Fundidores às Tecelãs Benzedeiras, quase toda profissâo
dá acesso a algum tipo de galera. E não só as profissões
legalizadas: a Uniâo dos Farristas, composta de trabalha-
dores noturnos que vendem drogas, companhia e outros
divertimentos, é uma das mais poderosas da cidade, graças
às informaçôes que obtém com seus clientes.
Algumas galeras estâo ligadas aos bairros, e a filiação
se baseia no território, e não na profissão, como os Paxás
Direitos do Bairro Calishita, os Passageiros da Passagem
do Draco, os Tumulários da Ladeira do Tombo ou os Dândis
do Morro das Flores.
Mas, de longe, a galera mais importante para os viajantes
é a dos Guias Baldurianos. Formados principalmente por
facheiros adolescentes, os Guias Baldurianos ganham a
vida oferecendo-se aos recém-chegados para mostrar como
a cidade funciona, ajudar a contatar outras galeras e propor-
cionar um certo grau de proteção coletiva.
PLrnrenns
Os patriares sâo a classe alta, a elite da cidade, uma cate-
goria definida em grande parte pelo dinheiro e por estirpes
de ascendênciavaga e cadavez mais sem sentido. Muitos
nobres alegam que sua linhagem cobre gerações, remon-
tando aos primeiros tempos de Baldur's Gate (Portâo de
Baldur). Seu dinheiro financia ramos de atividade e enchem
os bolsos dos políticos, mas seus nomes permitem que eles
exerçam influência na cidade inteira.
Alguns patriares têm tino para as finanças, levantam-se
bem cedo e passam o dia em reuniôes e negociaçôes. Finan-
ciam expedições a lugares perigosos e contratam explorado-
res para mapear territórios desconhecidos. Outros manipu-
lam os figurões da cidade por meio de intriga e diplomacia.
Passam o dia se alternando entre apresentações teatrais e
bailes exclusivos enquanto, em segredo, fazeme desfazem
as alianças que respaldam as estruturas da cidade.
 Os patriares vivem e trabalham na Cidade Alta. Seus
solares empregam dezenas de criados, além de contingentes
de guardas pessoais. A muralha que ceÍca a Cidade Alta,
além da presença constante da Guarda
- que patrulha
o distrito com exclusividade é o que em grande parte
-
garante a segurança do distrito. O efeito colateral dos muros
é que muitos patriares passam meses sem interagir com
as pessoas comuns da cidade e esse isolamento leva à
disseminaçâo de boatos desagregadores.
Os patriares sabem do perigo que representam os outros
distritos, onde o dinheiro deles é um chamariz e seus nomes
nâo significam nada. Os patriares que precisam ir à Cidade
Baixa o fazem acompanhados por guardas e, mesmo assim,
correm o risco de ser assaltados ou sofrer violência pior. Mui-
tas famílias patriares contratam procuradores para conduzir
seus negócios na Cidade Baixa ou na Cidade de Fora. Quando
as circunstâncias obrigam um patriar a visitar pessoalmente
a Cidade de Fora, ele ou ela geralmente vai disfarçado(a),
pagando aventureiros ou mercenários para protegêJo(a) sem
atrair a atençâo que um guarda pessoal uniformizado atrairia.
Entre as pessoas comuns e os criminosos da cidade,
os patriares têm a reputâçâo de serem insensíveis. É a
impressào geral que os patriares estâo desconectados da vida
cotidiana e não dão valor algum à vida dos cidadãos. No caso
de alguns nobres, esse parecer é verdadeiro. Esses patriares
sâo diletantes classistas que torram seu dinheiro com
apostas fúteis, libertinagem e empreendimentos comerciais
arriscados. Para essa gente insensível, as pessoas comuns
nâo passam de imbecis a serem ludibriados, um bando de
estúpidos que nâo merecem confortos nem riquezas porque
nâo têm confortos nem berço.
Para alguns patriares, porém, a desigualdade em Baldur's
Gate é uma preocupaçâo grave. Obstruídos por um governo
corrupto e por seus pares indiferentes, esses nobres dotados
de espírito cívico usam meios nada ortodoxos para distribuir
ajuda. Discretamente, eles financiam os justiceiros que prote-
gem os grupos vulneráveis. Forjam assaltos às suas proprie-
dades e, em segredo, mandam os "bens roubados" para as
enfermarias e casas de caridade. Esses patriares sabem que
agir abertamente seria ganhar o desprezo de seus semelhan-
tes, que poderiam tirá-los de alianças e acordos capazes de
fortalecer suas posiçôes. Pior ainda, faria deles alvos da elite
corrupta que prefere manter a cidade dividida como está.
Sabe-se de alguns patriares de bom coraçâo mas
ingênuos que se arriscam na Cidade Baixa e mesmo na
Cidade de Fora para fazer trabalho voluntário junto aos
desamparados ou para dividir sua riqueza. Porém, mesmo
disfarçados, esses nobres costumam ser logo identifrcados
e tornam-se alvos da Guilda ou de outros criminosos. Mais
de um patriar em missâo de misericórdia já desapareceu na
Cidade Baixa e nunca mais foi visto.
EcoNoMrA E CoMÉRCro
Com as rotas comerciais que seguem no eixo norte-sul ao
longo da Costa da Espada, um porto no Mar das Espadas e
o rio Chionthar levando ao interior, Baldur's Gate (Portâo de
Baldur) tem a localização perfeita para desempenhar o pa-
pel de centro comercial. Artesãos, mercadores, negociantes
e contrabandistas ganham bem a vida na cidade, e muitos
imigrantes se deixam atrair pelo sonho de que qualquer um
disposto a dar duro pode ser bem-sucedido em Baldur's Gate.
Baldur's Gate tem uma abundância de produtos de
exportaçâo, com destaque para o pescado, a cola de peixe
e o sal marinho, mas sua principal força econômica é o
comércio em si. A cidade se orgulha de ter várias guildas
comerciais grandes e bem relacionadas e um mercado onde
Flmílrls Plrnrln:s Eu r rerres
Seguem-se os nomes e alguns pormenores sobre várias
outras famílias patriares da cidade.
Os Belt têm cavalos para venda e troca.
Os Bormul são parentes dos nobres Bormul de Amn e têm
investimentos nas minas de prata e nos vinhedos do Sul.
Os Caldwell são donos de boa parte dos museus de arte
da cidade.
Os Dlusker estão quase falidos, mas mantêm uma tecela-
gem na Cidade Baixa e alguns matadouros na Cidade de Fora.
Os Durinbold são parentes da nobreza de Águas Profundas e
proprietários de grandes rebanhos ovinos.
Os Ehan são descendentes do grão-duque que formou o
Punho Flamejante, mas venderam sua parte na companhia
de mercenários para saldar dívidas.
Os Eomane são donos da perfumaria mais fina de Baldur's
Gate (Portão de Baldur) e de processadoras de óleo de peixe
e baleia para iluminação.
Os Gist controlam boa parte da produção de corantes
da cidade.
Os Guthmere são proprietários de açougues e curtumes.
Os Hhune têm laços com a nobreza de Tethyr e os
Cavaleiros do Escudo, além de propriedades em outras
cidades importantes.
Os Hlath são donos de vários cafés da cidade e estão
atolados em dívidas dejogo.
Os Hullhollyn são donos de uma frota mercante e estão
numa trégua comercial com a família lrlentree.
Os lrlentree são donos de uma frota mercante, estão numa
trégua comercial com a família Hullhollyn e pertencem à Liga
dos Mercadores.
Os Jannath são proprietários de minas de estanho e cobre.
Os Jhasso são sócios da batalhadora Companhia de
Carretagem Sete Sóis, uma organização comercial de
longa data.
A renda dos Linnacker vem das minas de pedras preciosas
em Tethyr.
Os Miyar fornecem e consertam carroções e casas sobre
rodas. São membros da Liga dos Mercadores.
Os Nurthammas investem nos negócios relacionados ao
aprovisionamento de navios para viagens de longa distância.
Os Oathoon importam vinho e bebidas alcoólicas.
Os Oberon são donos da maioria das docas secas do porto.
Os Provoss estão à beira da indigência depois de perderem
boa parte de seus rebanhos bovinos.
Os Corvobreu negociam tintas, corantes, pedras
preciosas e ioias.
Os Ruivocacho há tempos financiam em segredo piratas e
contraband stas.
i
Os Rillyn dirigem uma escola de esgrima, criando as novas
gerações de soldados, mercenários e espancadores de aluguel.
Os Sashenstrelas se dedicam à marinha mercante,
à mineraçâo e à tecelagem e fazem parte da Liga dos
Mercadores.
Os Rompe.Escudo, uma família de anões do escudo, é a
única família não humana entre os patriares e foi essencial
para erigir as muralhas originais da cidade.
Os Tillerturn possuem e alugam vários prédios da cidade.
Os Vammas controlam a maior parte do comércio
com Chult.
Os Vannath fugiam da cidade de Neverwinter (Nevenunca)
após a erupção do monte Hotenow e casaram-se com os
patriares para ganhar status.
Os Vanthampur se especializam na engenharia civil, sob
a supervisão da matriarca da família, a duquesa Thalamra
Vanthampur.
Os Whitburn são os donos da pedreira de ardósia que fica a
leste da cidade.
GEOGR.Á,FIA DE BALDUR,'S GATE
r65
 os atacadistas podem trocar mercadorias antes de subir ou
descer a Costa da Espada.
A quantidade de navios no porto e a de negociantes que se
dirigem ao norte ou ao sul faz com que Baldur's Gate tenha
um dos mercados mais abrangentes do Oeste. O dinheiro
vence a moral em Baldur's Gate e o lucro é o bem supremo. E,
por isso, é possível comprar e vendeÍ quase tudo nas lojas da
cidade, sejam joias raras, armas mágicas, segredos, alianças
ou mesmo assassinatos. As pessoas visitam a cidade em busca
de produtos importados de Porto Nyanzaru, tesouros cobertos
de azinhavre dragados do mar, informações para chantagear
rivais políticos ou venenos preparados por encomenda.
Apesar de a cidade ter leis que tratam da venda de objetos
roubados, contrabando e matadores de aluguel, esses cri-
mes raras vezes sâo informados e, mâis raramente ainda,
punidos. A nâo ser que o queixoso seja um patriar ou outro
indivíduo poderoso, os agentes da lei não têm tempo nem in-
teresse em perseguir pessoas que se dedicam a transaçôes
mutuamente benéficas. Fundada nos costumes, a lei é não
fazer nada que interfira na economia da cidade e concluir as
negociações em paz. Os indivíduos prejudicados por contra-
tos de moralidade duvidosa sâo obrigados a buscar meios
particulares de obter justiça.
Gurroas PnonrssroNArs
Os artesãos e mercadores se organizam em guildas profis-
sionais e seguem cartas constitutivas oficiais. As guildas ex-
traoficiais são tecnicamente ilegais, mas na Cidade de Fora
essas corporaçôes informais sâo comuns.
A maioria das guildas profissionais atua na Cidade Baixa,
mas prefere fornecer seus produtos para as ricas famílias
patriares da Cidade Alta. Os plebeus reclamam que nào
conseguem sequer comprar dos próprios vizinhos, pois os
artigos mais seletos e os alimentos mais frescos acabam
subindo o morro. Um trabalhador pode ralar o dia inteiro
na venda de peixes e se ver obrigado a levar seu dinheiro
à Cidade de Fora para comprar o pescado de ontem de um
vendedor não autorizado.
Em muitos casos, as guildas fazem intersecçâo com as
galeras. Esses grupos têm por seus membros um interesse
que ultrapassa a questão profissional e se esforçam para ga-
rantir que eles se sintam seguros na ruâs ou em casa e que
possam voltar ao trabalho no dia seguinte. Quem ameaça
o membro de uma guilda pode se ver ostracizado por todos
os representantes da categoria ou até mesmo acuado por
integrantes da galera associada à corporação, todos com as
ferramentas mais ameaçadoras do ofício em punho.
RnrrcrÃo
Os baldurianos podem adorar as divindades que desejarem,
desde que se abstenham de cometer atos violentos e de prá-
ticas que possam atrapalhar os negócios. Vários templos se
erguem no interior das muralhas, mas centenas de peque-
nos santuários ladeiam as ruas sinuosas da Cidade de Fora.
Na cidade propriamente dita, os cultos giram em torno
de um punhado de divindades bem conhecidas e, em geral,
respeitáveis. A maioria dos templos constituídos - aqueles
que têm clero e ritos diários
- eflcontra-se na Cidade
Alta, o que impede os plebeus de participarem dos cultos
depois de escurecer, quando apenas os moradores podem
permanecer na Cidade Alta.Já que a maioria dos plebeus
trabalha durante o dia, a religiâo geralmente passa a ser
algo secundário em suas vidas. Entende-se a observância
ostentosa dos ritos religiosos como um privilégio dos ricos.
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
r66
Alguns baldurianos chegam a pensar que exibir sua fé é um
sinal de presunção e falta de sinceridade.
Entre as diversas divindades cultuadas em Baldur's Gate
(Portâo de Baldur), algumas são de particular importância.
Gouo
A Magna Casa dos Prodígios, localizada na Cidade
Alta, é o templo de Gond, um deus ligado à inovação e à
inventividade. No interior do templo, o clero tem permissáo
para preparar poções e elixires experimentais, montar e
testar constructos mecânicos e contratar gente da cidade
para participar de experimentos controlados: tudo no
espírito da inventividade e da inovação.
Os membros do alto clero de Gond supervisionam alguns
projetos secretos patrocinados por patriares ricos ou pelo
Punho Flamejante.
Hrru
Numa cidade perigosa como Baldur's Gate (Portâo de
Baldur), são muitas as preces para o Vigilante. Membros
da Guarda e do Punho Flamejante, mercenários, guarda-
costas e os temerosos oram pela proteçâo de Helm em seu
santuário, o Escudo Vígil, localizado na Cidade Alta. Os
patriares que se veem como protetores das pessoas comuns
oram também pela orientaçâo de Helm.
A Ordem do Guante, uma facção de alinhamento bom
dedicada a Helm, discretamente patrocina justiceiros em
toda a Baldur's Gate. Esses autointitulados "protetores
dos inocentes" deixam o símbolo sagrado de Helm nos
cadáveres dos criminosos ou o entalham na carne dos vivos,
que são deixados à porta do Punho Flamejante.
Irvrarnn
O humilde santuário de Ilmater flca numa praça tranquila
no Chorrilho. O Santuário do Sofrimento oferece refeições
grátis e alguns trocados aos pobres e destituídos.
Mesmo na Cidade Alta, alguns cidadãos têm a sensaçào
de que levam uma vida de agonia e sofrimento secretos.
A ideia de que a dor tem algo de nobre de que pode haver
-
umarazáo divina por trás das provações que se apresentam
aos baldurianos serve de consolo para muitos.
Alguns patriares espalham a palavra de Ilmater nào por
zelo religioso, mas para controlar as classes mais baixas.
Quanto mais acreditarem que seu sofrimento é digno,
menos provável será que as pessoas exijam mais segurança,
remuneraçâo maior ou mais direitos. Recentemente,
têm aparecido bilhetes enigmáticos nos portões das
propriedades dos patriares, alertando que "aqueles que
fingem defender o Deus que Chora terâo seu sofrimento
multiplicado".
OcHtrle
Um vistoso pavilhâo de mármore branco na Cidade Alta,
conhecido como o Manuscrito Aberto, faz as vezes de san-
tuário de Oghma. Os peregrinos a caminho do Candlekeep
(Forte da Vela) costumam passar no santuário para comprar
ou trocar tomos raros. Os aventureiros à procura de traba-
lho às vezes ficam por ali, esperando partir em missôes cujo
objetivo é recuperar livros de magia perdidos.
Sreuonpnn
Siamorphe, deusa da nobreza e do direito divino, nâo é muito
cultuada em Baldur's Gate (Portão de Baldur), mas se eÍItrevê
 Qagna Casa
dos Qrodígios
sua imagem nas alcovas das propriedades nobres desgastadas
pelo tempo e atrás das trepadeiras nos jardins dos patriares.
Têmpos atrás, muitos nobres de Baldur's Gate veneravam
Siamorphe. Diz a lenda que seu templo era maravilhoso de se
ver, a nave toda decorada com os timbres das famílias mais
poderosas da aristocracia da época. Uma caixa forte secreta
guardava, no caso de ocorrer alguma calamidade, anéis de si
nete, árvores genealógicas e cópias de decretos importantes.
Durante uma das primeiras insurreições da cidade, o
templo virou alvo dos amotinados e foi reduzido a cinzas. E
a localização do templo foi completamente esquecida. Mas
persistem os rumores de que a caixa forte do templo provavel-
mente se esconde sob a casa de um patriar ou mesmo de um
outro templo. Caçadores de tesouros urbanos, políticos de-
sesperados e nobres despossuídos ainda investigam os regis-
tros nada confiáveis de eras passadas para tentar encontrá-lo.
TnrNneoE Dos Monros
Bane (o Senhor da Tirania), Bhaal (o Senhor do Assassinato)
e Myrkul (o Senhor dos Ossos) formam a Trindade dos
Mortos. Embora essas divindades tenham perdido boa parte
de seu poder, suas religiôes ainda inspiram medo e respeito
em toda a Baldur's Gate (Portão de Baldur). Apesar de se ver
com maus olhos o culto à Trindade dos Mortos nessa cidade,
nâo é ilegal adorar tais divindades, desde que nenhuma
outra lei seja infringida. De vez em quando, surgem boatos
de que um político poderoso é Cria de Bhaal (p. 159). Essas
alegaçôes quase sempre se revelam campanhas de difamaçào
sem base alguma na realidade, mas, em alguns casos, acabam
promovendo a imagem do tal frgurâo aos olhos do público.
Mais detalhes sobre a Trindade dos Mortos na seçào
"Perigos em Baldur's Gate" (p. 170).
TVuona
Os seguidores da deusa da boa sorte mantêm um templo
dedicado a ela na Cidade Alta. Considerando-se a quanti-
I ságios e incitando os sacerdotes a aconselhar o responsável
dade de pessoas em Baldur's Gate (Portâo de Baldur) que
dependem da sorte para sobreviver no dia a dia, seu culto
= prospera. Mesmo os criminosos cruéis procuram Tymora
I
-l:-
para obter sorte, esperando que a deusa reconheça a ousa-
dia e o atrevimento deles. Os malfeitores que nâo pertencem
à Guilda tiram o chapéu para Dona Sorte antes de sair para
fazer um serviço.
Os cidadâos obrigados a andar pelas ruas da Cidade
Baixa à noite ou aqueles que se aventurâm nas entranhas
da Cidade de Fora costumam murmurar preces conjuntas
para Tymora e Helm. Eles sabem que sorte e atenção sâo
igualmente inestimáveis quando se trata de continuar vivo
nesta cidade.
O templo de Tymora serve extraoficialmente como ponto de
encontro para aventureiros à procura de demandas perigosas.
Os cidadãos que têm problemas estranhos para resolver ou se
veem em situaçôes extremamente perigosas vêm ao templo
na esperança de encontrar as pessoas ideais para ajudá-los.
Uysnnrnr
Nenhuma cidade tão dependente do mar quanto Baldur's
Gate (Portão de Baldur) deixaria de ter um templo dedicado
a Umberlee. Em suas preces, os pescadores pedem à
Rainha das Profundezas águas ricas em pescado e os
marinheiros imploram que Umberlee tenha piedade deles
antes de partirem em suas viagens.
Os contrabandistas também prestam culto a Umberlee.
Um bocado de mercadorias ilegais passa pelo porto
em embarcaçôes pequenas nas noites de lua nova, e os
contrabandistas
- particularmente aquelessabem
feras perigosas e pessoas sequestradas
que lidam com
que é bom
-
jogar algumas moedas na água ao entrar no porto, para
aplacar Umberlee.
Os seguidores de Umberlee oferecem seus serviços na
Casa da Rainha das Aguas, uma construção magnífica na
área do cais. Abençoam os marinheiros e identificam relí-
quias trazidas das profundezas. Quando Umberlee se ofende
com a remoção de alguma coisa que pertence ao mar, ela
manifesta seu desprazer aos clérigos, enviando-lhes pres-
pelo saque a devolver imediatamente às profundezas o que
de lá tirou... para não arcar com as consequências.
GEOCRAFIA DE BALDUR,'S GATE
t67
 \
'\
À
i-rÊ

t
t
\
t\
)

\ t\ \
Ll
r1 !
/
a)
-
7
r-§
\
r /
)

I § L
I rffrr
I

J I
'/
7 I
,Á
\ .T 7,1 J Id
rN-
rl I I\
\t
,/
x (
,a
I
[.G*.' ],
I
,
\\r \
I I

í
Z

\
o
I
§
L

\
- \
i-
./ /
 I I f\-

=L
\ \ )
-/
.) t
3
I
- )
I '!

I I
\
)
Z \
/A.
\
.'<
t
7 -rL {
I I I 7r;'
lro- \
lz L
ttl I '!
I ,'i
f- .Aa
\
\ - tI -rY
I
,.j

4 / s T
I : ,

l$
I - ,{ t{l
\ \

F rc l,

I
tr
a
R
7 '{
,rl (
I
L
\r
/ t-
$
a
l.]l ,. \
I
^.--\r
-/ \
\ \
) I

- rr \ \ !

\t
\
Jl a\
r r
1 b- II , I

I
t§
t
r
\ I

7| --/ 7
\_
I'P-,,ã
L
n
ti)
7 \ t \ \
\ I L./ -! I
L,- t
a Os racaros HoMrcroÀs oa TprNoaoe oos MoRÍos ENCuRR^LÂM cÀçÀ
^
PERro oÀ esrÁrua oe MrNsc e Bu

\
 Pnnrcos EM Bar»un's Gern
O crime é uma força poderosa na cidade. Criaturas temíveis
caçam pelas ruas de paralelepípedos e os cultos às divinda-
des malignas só fazem crescer.

t1 !
I A Gurloa
A organização conhecida simplesmente como a Guilda
reúne punguistas, agiotas, matadores, rufiões, vigaristas,
-iÜ:
I ladrôes de sepulturas, gatunos e todos os outros tipos de
criminosos da cidade. A Guilda consegue atuar bem de-
baixo do nariz d,a Guarda e do Punho Flamejante mantendo
- habilmente a discriçâo em suas atividades ilícitas.

F Cada bairro da cidade fica sob o controle de um ou mais

mandachuvas, chefes de quadrilha que prestam contas à
liderança da Guilda. Esses mandachuvas se consideram a
elite do crime e muitas vezes adotam apelidos memoráveis e
um flgurino paralá de decadente. Dezenas de criminosos co-
L muns trabalham para cada mandachuva, sendo que os mais
competentes e implacáveis acabam subindo na hierarquia.
Alguns mandachuvas atuam exclusivamente nas sombras,
,;\ "
mas outros operam mais à vista do público. Particularmente

r \, :I
r
na Cidade de Fora, os cidadâos costumam conhecer o
mandachuva daárea. Pode serque um mandachuva receba
§ solicitaçôes de ajuda dos cidadãos, que pedem empréstimos
ou que o chefâo lide com crimes nâo autorizados, como um
vizinho ladrão. O mandachuva mantém um registro desses
favores e dívidas e os cobra quando for mais conveniente,
KnBNn NovB DBoos muitas vezes com juros.
Humanoide Médio (humono), neutro Existem rivalidades entre os mandachuvas e os limites
territoriais das quadrilhas mudam o tempo todo. Desde
Classe de Armadura l5 (armadura de couro) que essas rixas internas não atrapalhem os negócios da
Pontos de Vida 84 (l 3d8 + 26) Guilda nem atraiam a atençâo das autoridades, ninguém
Deslocamento 9 m vai interferir. Dizem boatos recentes que um mandachuva
da Cidade de Fora conhecido como Varapau anda cobrando
FOR DES coN INT SAB CAR todos os favores que pode para avançar sobre outro
'12 (+1)
18 (+a) l4 (+2) l3 (+l) 17 (+3) 1a $2)
território na Cidade Baixa. Estender seu poder para além
dos muros é uma jogada bem mais arriscada, e quem sabe
Salvaguardas Des +7, lnt +4
das coisas prevê que o conflito iminente será sangrento.
PerÍcias Acrobacia +10, Enganação +5, Furtividade +10,
As atividades da Guilda no centro da Cidade de Fora se con-
lntimidação +5, lntuição +6, Percepção +6, Prestidigitação +10
centram no contrabando e najogatina. Ocorrem furtos e cri-
Sentidos Percepção passiva 16
mes violentos, mas, em sua maioria, os moradores da Cidade
ldiomas Comum, gíria do ladrão
NÍvel de Desafio 5 (1,800 XP) de Fora são pobres demais para atrair a atençâo da Guilda.
Contudo, viajantes e visitantes realmente são vítimas de pun-
guistas, assaltantes e âgressores. Como o Punho Flamejante
Ação Ardiloso. Em cada um de seus turnos de combate, Nove raramente visita o distrito, faz tempo que a Guilda age com
Dedos pode usar uma ação bônus para realizar a ação Correr, impunidade. Nos últimos anos, porém, a interferência de justi-
Desengajar ou Esconder. ceiros e aventureiros contratados vem aumentando.
A Cidade Baixa é o coração das atividades da Guilda.
Arremessodora de Adagos. Nove Dedos acrescenta o dobro de
Os moradores ali têm dinheiro bastante para fazer com
seu bônus de proficiência ao dano que causa com ataques à
que o roubo e a extorsâo em troca de proteção valham a
distância feitos com adagas (já acrescentado a seus ataques).
pena, e o Punho Flamejante nâo tem pessoal suficiente
Ações para responder a cada pequeno delito. A área de atuação da
Guilda se amplia para abranger vários empreendimentos
Atoques Múltiplos. Nove Dedos ataca três vezes com comerciais, como antros de jogatina, rinhas, corridas e
suas adagas. torneios de pancadaria. Seus trafrcantes também mantêm
Adaga, Arma de Combate Corpo a Corpo ou à Distôncia: +7 rotas para outros distritos e, em troca de uma gratificação,
.l,5 usam-nas para transportar indivíduos e mercadorias ilícitas.
para acertar, alcance m ou alcance 3118 m, um alvo. Dano:
6 (ld4 + 4) períurante, mais 6 perfurante se for um ataque Aqueles que se opõem à Guilda
queixam ao Punho Flamejante
- geralmente os que se
sujeitam e também
à distância. -se
submetem seus vizinhos ao risco de retaliação. E, assim,
Renções a maioria das pessoas tem medo de denunciar crimes e
também pressiona os vizinhos a ficar de bico fechado.
Esquiva Sobrenotural. Nove Dedos reduz pela metade o dano
Na Cidade Alta, a Guilda pratica o roubo, a extorsâo, a
de um ataque bem-sucedido contra ela. Ela deve estar em
chantagem e o golpe. Os patriares às vezes contratam mem-
condições de enxergar o atacante.
bros da Guilda para obter (ou plantar) informações a res-

CEOGRAFIA DE BALDUR'S OATE

170
peito dos rivais e, desse modo, envolvem a Guilda na política
da Cidade Alta.
Somente os meliantes mais talentosos se atrevem a
roubar as propriedades dos patriares, mas o baixo escalào
da quadrilha de um mandachuva costuma bater carteiras
ou tentar aplicar golpes nos moradores do distrito. Ali, a
Guarda monitora as atividades da Guilda com todo o zelo e
toma como alvo de suas operaçôes qualquer um que ameace
a paz e a ordem. Mas os mandachuvas muitas vezes fazem
acordos com a Guarda, oferecendo subornos para que os
guardas façam vista grossâ. Todo mês, o mandachuva paga
o que deve à Guarda e escolhe uma nova senha. Os mem-
bros da Guilda apanhados pela Guarda dizem a senha em
voz alta para nâo serem detidos. Os mandachuvas rivais e os
criminosos nâo filiados que pretendem trabalhar na Cidade
Alta pagam um bom dinheiro pela senha do mês, mas os
membros da Guilda flagrados no ato de vender essa infor-
mação sâo punidos severamente.
KrrNr NovB Dnoos
A atual líder da Guilda, Keene Nove Dedos (consulte o
bloco de estatísticas), despreza as roupas espalhafatosas e
as ilusôes mágicas. Ela se apresenta ao mundo como é: uma
mulher simples de meia-idade e porte também mediano.
Sua aparência nada memorável já se revelou seu grande
trunfo como ladra, pois suas vítimas têm difrculdade para
reconhecêJa mesmo quando a encontram cara a cara. A
liderança de Keene, com o passar dos anos, angariou-lhe a
reputaçâo de ser pragmática e precavida. Quando necessá-
rio, ela vai à forra por ofensas dirigidas à Guilda, desde que
isso se mostre lucrativo. Seus métodos são cruéis quando
necessário e ela é temida e respeitada em igual medida.
Keene está cada vez mais intolerante com a maré de gente
que vem se voltando contra sua organização. Sempre houve
um ou outro agitador para atrapalhar os negócios ilícitos,
mas o surgimento de galeras organizadas e de justiceiros
vem interferindo nas atividades da Guilda. Depois de um
ataque muito bem organizado à propriedade de um patriar
ter caído por terra quando um justiceiro desastrado alertou
os guardas do lugar, Keene abriu a temporada de caça a
todo tipo de benfeitor.
A TnruoADE Dos Monros
As tramas dos patriares e as maquinações dos agentes da
Guilda alimentam os mexericos e a boataria de Baldur's Gate
(Portáo de Baldur). Mas, em toda a cidade, nenhum outro
nome está tâo associado a atos covardes como os dos inte-
grantes da Trindade dos Mortos. Os semideuses Bane, Bhaal
e Myrkul caminham entre os mortais e procuram pessoal-
mente novos seguidores para sua causa. Dizem que, mais de
uma vez, o trio chegou a percorrer as ruas de Baldur's Gate.
Patriares execráveis murmuram preces para Bane
quando querem obter poder via coerçâo, intimidaçâo e a im-
posição enérgica da lei. Líderes de quadrilhas, mercenários
malignos e outras pessoas que recorrem ao medo e ao con-
trole também prestam tributo a Bane. Aqueles que desejam
evocâr dominância e crueldade preferem usar luvas pretas:
uma alusâo ao símbolo sagrado de Bane.
Myrkul tem seguidores entre aqueles que desejam obter
informaçôes com os mortos ou comandá-los. Os saqueadores
de túmulos que buscam conhecimento perdido, os empreen-
dedores implacáveis que veem os servos mortos-vivos como
um bom negócio e mesmo os necromantes pragmáticos que
tentam arrancar segredos dos cadáveres dos ricos no Cemi-
tério da Penha: todos murmuram preces para Myrkul. Entre
os membros da Trindade dos Mortos, é Myrkul quem tem a
menor base de poder. Os habitantes de Baldur's Gate rara-
mente temem moÍrer de velhice: um triste fato da vida numa
cidade tào perigosa. Por isso, são poucos os idosos desespe-
rados que buscam as graças do Senhor dos Ossos. Aqueles
que o fazem, porém, costumam ser ricos e precavidos, e isso
significa que, apesar de pouco numerosos, os adoradores de
Myrkul têm recursos de magnitude desconhecida.
Desde a época em que SaÍevok, cria de Bhaal, conspirou
para começar umâ guerra entre Baldur's Gate e Amn e,
desse modo, reivindicar para si o poder de Bhaal, as pes-
soas prestam mais atençâo aos filhos do Senhor do Assas-
sinato. Baldur's Gate sinistramente continua a atrair a Cria
de Bhaal, seja graças a alguma influência abominável ali na
cidade ou só por causa da reputaçâo indelével de Sarevok.
Ao mesmo tempo, o culto a Bhaal é misteriosamente popu-
lar em Baldur's Gate. Poucos admitem em público adorar o
Senhor do Assassinato, mas fica implícito que todos que se be-
neficiam das mortes violentas tenham algum grau de respeito
por Bhaal. O homicídio é a base de muitas tramas na cidade,
desde os matadores profissionais bem remunerados a serviço
dos patriares à matança oportunista cometida por fanáticos
da Cidade de Fora. Esses fiéis sanguinários raras vezes se
juntam em grupos grandes, mas costumam arrancar um naco
da polpa do polegar com uma faca, derramando seu sangue
em nome de Bhaal e, ao mesmo tempo, criando uma cicatriz
MluolcxuvAs lMponrANTEs DA Gurloa
Todas as atividades da Guilda ficam sob a supervisão de
mandachuvas, e alguns deles são descritos a seguir.
Behnie Goblin. Muita gente se surpreende ao descobrir
que Behnie Goblin em nada lembra o que sugere seu nome
ou reputação monstÍuosa, pois o mandachuva do Morro
das Flores é um cavalheiro alto e elegante de trinta e poucos
anos. O nome advém de seu egocentrismo feroz, dos
acessos defúria e da propensão a aÍtancat com uma mordida
os dedos das pessoas que o decepcionam. Por trás dessa
indocilidade, porém, Behnie Goblin tem tino comercial, o que
íaz dele e de seus falsificadores os melhores fornecedores
de salvo-condutos ilegais da Guarda (para entrar na Cidade
Alta), autorizações de visitantes e licenças de atracação.
Voropou. O mandachuva dos Descrentes do bairro Canção
Dobrada dirige uma das melhores operações de contrabando
da cidade, fazendo entrar mercadorias pelo rio Chionthar e
através do Morro do Falcão-Poeira. Este senhor de setenta
anos alega ter sido atacado pelo famigerado (e provavelmente
fi ctício) Velho Cholms, uma tartaruga-mordedora gigantesca
que, segundo dizem, dorme no fundo do Porto Gris. Para
comprovar sua história, Varapau usa como muleta uma
velha zinga adaptada. Nos últimos tempos, o mandachuva
anda ressentido com sua posição, pois acredita merecer
um território dentro dos muros de Baldur's 6ate (Portão de
Baldur). Ele planeja um ataque a Vila Giesta, que é para onde
Varapau escoa boa parte de seu contrabando, além de ser o
território de sua ex-esposa, Diamantina Marota.
A Dama do Uísque. Poucos sabem que a última e
verdadeira herdeira da família Raddle de patriares morreu
há vários anos. Apesar disso, a "Raddle Viúva" continua a
organizar pródigos eventos sociais em sua propriedade,
embora ela mesma nunca compareça. Em seu lugar, uma
suposta parente recebe os convidados, entretendo-os com
espirituosidade, bebidas destiladas, mexericos políticos
e oportunidades políticas de licitude "nebulosa". Mas, ao
gue parece, ninguém sabe o nome da anfitriã... uma gafe
que nenhum dos convivas está disposto a admitir. Assim,
a mandachuva da Guilda politicamente ativa do bairro
Solarengo é conhecida apenas como a Dama do Uísque.
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GÂTE
17r
 -
F

IDADE D
a \,\
a
e e I I
I
)'
o --i--
i;
-'/ /
lra
'L ')' '
':;/--
TARGO I
h-oÊ
rr.
." 2 '+\ 4,
-i1 Dy "'
7
rtãol
ú o !t'
tl

Ít
q

I tl; 'i
lí --. i
') (\.4--
r )(. Jt
i
: -?)
,t'-i
\
'1

\ri
' íi
-,.à
-*.\.,

(t

»r. )
I w ( r í1

.»)
J,

,,/-:'-- .râ
,l ,
),
a'
:
\ lf 0
I (a i \,
I

--./'/r'-
I

r.
Zona
.)t
I
-7 ;f.' ,/ .Íü
J

,( lz-'

/
,.1

-_- ./ _\i
)/
--
/
-., rs: n -\-:
-ú .l
'/'; Ê\*_.§',
\ \
1\\ > ,
-:./,. -a'
y'' ,--.','.-
2) :( ,,I
,7 ,+:
t
'/ 4.,) I i
t\ /2'
'/ .,,I
,í
;r
/O
30
75 150 300 600
1,6 qt
1500
.-metros
 Oaí(,

I
1"
-i
o
S
t (.. (:

r, tl
PE DÀ
§ m'

{1 .,

o;
_/.-
_/ü Rio Chionthar

PÀSSAGEM
D() DRÀC()
. \ rl
.?
\;-. -§
1rt§*i lrl\r. -'-?

, - :.!lJ '- ?- Í,
I
.: /'
-J/'
)-./ -'\::J
-'.'

It
1,.

í?:
í ) \:

!t
r
 discreta para que possâm identificar uns aos outros. Apesar
do caráter descentralizado do culto ao Senhor do Assassinato,
há quem acredite que exista um templo de Bhaal nos arredo-
res ou no subterrâneo da cidade, talvez numa antiga câmara
sob os esgotos ou quem sabe escavada no Morro do Falcão-
-Poeira. Segundo os rumores, onze cristais vermelhos nos
muros do templo brilham com um pouco mais de intensidade
a cada homicídio cometido, recolhendo poder para Bhaal ou
um de seus futuros escolhidos. Há quem diga que o próprio
Bhaal visita com regularidade o templo e que sua presença
ajuda a manter o elevado índice de homicídios da cidade.
Apesar de a Trindade dos Mortos representar um dos
maiores medos dos baldurianos, sua religiâo nâo chegou
a se radicar na cidade. Ao menos não até o momento. Os
seguidores da Trindade dos Mortos se esforçam mais para
incitar o pavor do que a fé. E, por isso, continuam a ser um
grupo relativamente pequeno. Mas sua reputação sinistra
supera a influência que de fato exercem, pois o falatório
começa e se espalha rapidamente todavez que os símbo-
los agourentos das divindades aparecem em pichações ou
quando o Punho Flamejante reprime os mais fanáticos.
Apesar do medo da população e da resistência dos agentes
da lei, as seitas da Trindade dos Mortos peÍseveram, o que
leva muita gente a se perguntar por que os servos de Bane,
Bhaal e Myrkul têm tanto interesse em Baldur's Gate.
Hourcͻro
A chantagem e o roubo pagam bem, mas o homicídio é o
instrumento predileto dos ambiciosos. O homicídio cala tes-
temunhas, elimina inimigos e abre caminho para o poder.
Nunca falta trabalho para os assassinos de Baldur's Gate.
Na Cidade de Fora, o homicídio é praticamente um modo
de vida. Sem a Guarda nem o Punho Flamejante para zelar
pelos moradores, os criminosos vivem à solta nesse vasto
distrito. Os marginais recorrem ao homicídio para manter a
ordem em suas fileiras e remover ameaças à sua organiza-
ção. As chamadas "ruas de desova" recebem os cadáveres,
amontoados pelos assassinos de um lado e outro da via. Os
moradores mais desesperados da Cidade de Fora rondam
as ruas de desova, na esperança de encontrar uma peça
de cobre esquecida ou uma bota aproveitável que possam
penhorar. Arrancam os dentes dos corpos, cortam-lhes os
cabelos pâra conseguir uma moeda e, às vezes segundo
dizem
-
tiram bifes dos cadáveres para afastar a fome.
-,
Relatos recentes sobre a atuação de carniçais na Cidade de
Fora provavelmente têm origem nessas ruas de desova.
Na Cidade Baixa, o homicídio é menos comum, mas nào
deixa de ser uma ameaçâ. Os moradores de longa data sa-
bem que, depois de escurecer, é melhor andar em grupo.
Os interessados em ganhar algum trocado às vezes ficam à
porta das tavernas para se oferecerem como escolta de alu-
guel aos fregueses embriagados. Os farristas podem ficar
até a hora que quiserem e ainda retornar à casa em segu-
rança, desde que contratem alguém digno de confiança para
protegêJos no caminho de volta.
A maioria dos homicídios na Cidade Baixa tem alguma
motivação. O mercador encontrado com a garganta cortada
e os bolsos vazios, o marido assassinado para que a esposa
possa se casar com a jovem amante, o lojista tirânico
apunhalado por um subalterno desesperado: os moradores
entendem esses crimes. Sâo os homicídios sem sentido que
assustam as pessoas. O homem encontrado aos pedaços e
com os bolsos ainda cheios de ouro, a mulher massacrada
de maneira tâo selvagem que o marido pesaroso é mandado
para o hospício, o lojista que de uma hora para outra mata
GEOGRÂFIA DE BALDUR'S GÀTE
17+
seu fiel balconista: esses são os crimes que produzem
pânico e boatos desvairados.
Alguns plebeus afirmam que a cidade tem algo que incita
seus habitantes à violência. Uma teoria popular é a de que os
espíritos dos piratas ferozes que outrora velejavam de porto
em porto ainda influenciam a cidade. Uma outra diz que o
espírito do assassino serial Alhasval Drenz, o Assoviador da
Torralva, executado tempos atrás, ainda caminha pela cidade,
possuindo os inocentes para continuar com a matança que
ninguém ainda conseguiu superar. Esta aventura propõe
uma terceira possibilidade: que a presença do Escudo do
Encoberto alimenta a avareza e as ambições das pessoas de
má índole de Baldur's Gate. Esse item mágico jaz em uma
caixa forte sob a Quinta Vanthampur (consulte o capítulo 1) e
tem um diabo do fosso aprisionado em seu interior (consulte
a descrição do item na p. 224). Se o escudo for retirado
da cidade, o índice de homicídios talvez caia de uma hora
para outra.
Nâo se sabe se o crescimento do culto a Bhaal em
Baldur's Gate é resultado dos homicídios frequentes ou se
os assassinatos têm origem na adoração a Bhaal. O Punho
Flamejante desconf,a que um grupo de adoradores de Bhaal
esteja por trás de uma série de homicídios semelhantes:
as vítimas são apunhaladas até a morte e têm o próprio
sângue derramado feito uma coroa em volta da cabeça.
As investigações do Punho ainda não levaram à detençáo
de nenhum suspeito, mas as autoridades desconfiam que
os assassinos sejam plebeus que escondem seu caráter
sanguinário sob uma vida aparentemente ordinária.
Na Cidade Alta, o homicídio produz resultados. Assaltos e
crimes oportunistas sâo raros ali. A Guarda mantém os mo-
radores da Cidade Alta a salvo dos criminosos e da genta-
lha. A maior ameaça aos patriares está nos outros patriares.
O suborno e a chantagem podem garantir votos ou contro-
lar temporariamente uma aliança, mas o homicídio muda
de maneira permanente a composição do Parlamento dos
Fidalgos. Vários assassinos de elite se dedicam exclusiva-
mente a abater alvos políticos. A Guarda não se esforça para
encontrar assassinos especializados, pois sabe que prender
um deles pode expor uma camarilha inteira de patriares po-
derosos. Não vale a pena a Guarda incorrer em tamanha ira
só para jogar um assassino na cadeia.
LucanEs INTERESSANTES
Hoje Baldur's Gate (Portão de Baldur) se divide em três
distritos: a abastada Cidade Alta nas colinas acimâ do cais, a
movimentada Cidade Baixa em volta do porto e a terra sem
lei que é a Cidade de Fora (que inclui todos os bairros fora
das muralhas). Seja qual for o distrito que se visite, certos
elementos são impossíveis de ignorar, como o marulho em
Porto Gris, as sombras do Morro do Falcâo-Poeira ou os
portões aos quais, de certo modo, a cidade deve o nome.
Os lugares importantes são indicados no grande mapa
da cidade (p. 172-173), que mostra Baldur's Gate inteira e
seu entorno.
Os Ponrõns
Nove portões separam os distÍitos de Baldur's Gate (Portão
de Baldur), propiciando as únicas passagens da Cidade Alta
para a Cidade Baixa, ou da cidade murada propriamente
dita para a Cidade de Fora e o vasto mundo mais adiante.
Os baldurianos, em especial quando nâo querem revelar sua
associação com uma determinada galera ou família a um
interlocutor potencialmente hostil, costumam se referir a si
mesmos pelo portão mais próximo de suas casas. Palavras
mo'portagondense" e "portadragonense" sâo largamente
*ndidas como gentílicos dos bairros e também como
la maneira de omitir relações mais incômodas.
A Guarda vigia os portões que levam à Cidade Alta en-
T2nto o Punho Flamejante supervisiona os demais. Os
guardas lotados no Portão de Baldur e no Portâo do Dragâo
lYegro estâo sempre alertas e raramente aceitam subornos.
Y"s aqueles que foram designados aos portões menores e
mais retirados podem nâo ser tâo cuidadosos, particular-
mente quando se distraem com o tilintar de moedas.
Todos que entram na cidade são obrigados a pagar um
pedágio de 5 PC. O valor é irrisório, mas garante a exclusâo
dos verdadeiros miseráveis, que ficam restritos aos cortiços
da Cidade de Fora. Mendigos e refugiados se amontoam nas
ortas das favelas, geralmente perto do Portâo do Dragão
Negro e do Portão do Basilisco, onde pedem dinheiro para
o pedágio e torcem para que os guardas nâo os enxotem por
estarem incomodando viajantes mais prósperos.
Quando as entradas e saídas nâo estâo bloqueadas,
uma torrente de mercadores passa pelos portões externos
da cidade desde cedo até a noite, enquanto mascates,
entregadores e criados entram em enxurradas igualmente
céleres pelos portões internos. Os cobradores de pedágio
trabalham rápida e metodicamente para inspecionar as
mercadorias que entrâm e saem, garantindo a fluidez do
comércio e também a parte que cabe à cidade.
Os portôes sâo fechados à noite. Ao anoitecer, a Guarda
expulsa da Cidade Alta todos que não sejam patriares, seus
criados e hóspedes autorizados, ou aqueles que nâo tenham
o salvo-conduto da Guarda. A imposiçâo dessa regra é uma
das maneiras pelas quais a Cidade Alta reforça o desprezo que
sente pelos outros distritos. Nâo sâo poucos os mercadores da
Cidade Baixa em visita a um restaurante ou teatro da Cidade
Alta por volta do pôr do sol que já se sentiram humilhados pelo
alerta espalhafatoso e público de um membro da Guarda de
que os portões estavam prestes a fechar. Ser flagrado correndo
na direção dos portôes é uma humilhação óbvia, mas ser
apanhado e escoltado para fora faria um estrago muito maior
tanto no ego quanto na saúde do indivíduo envolvido.
O fechamento dos portôes todas as noites garante ostensi-
vamente a segurança dos patriares. A interdiçào da Cidade
Alta empurra os criminosos comuns para os bairros mais
pobres ou totalmente para fora da cidade. Na Cidade Alta,
os patriares podem andar pelas alamedas sem muito receio,
relativamente falando, mas, para além das ruas bem ilumi-
nadas e dos portões sob forte vigilância, os outros distritos
ficam muito mais perigosos depois de escurecer.
Ponro Gnrs
Um dos maiores e mais fundos portos da costa ocidental de
Faerün, o Porto Gris também é um dos mais movimentados.
A independência da cidade e sua liberalidade com os tipos
de mercadorias e pessoas que passam pelo porto
- desde
que o governo fique com sua parte implica um porto
-
apinhado tanto de capitães honrados a conduzir negócios
honestos quanto de piratas à procura de receptadores para
seus artigos. Muitos marinheiros também têm casas ali
perto, na Cidade Baixa.
A característica mais chamativa do porto é seu maquiná-
rio: dezenas de guindastes enormes e inúmeras caçambas
e carrinhos motorizados que aceleram drasticamente o pro-
cesso de cargâ e descarga. Apesar de terem sido projetados
pela Igreja de Gond, esses prodígios sâo operados pelos
Portuários, a galera mais poderosa da cidade, graças à ca-
pacidade dos estivadores de destruir a economia local caso
façam greve. A administração da coisa toda cabe ao capitâo
do porto Darus Kelinoth, um humano nobre, ordeiro e neu-
tro que dirige as operações do porto e cuida da tributação
desde um prédio de tijolos pequeno e maciçamente fortifi-
cado que fica à parte de outras construções.
O porto propriamente dito é uma massa confusa de
píeres, docas flutuantes e ancoradouros, desde o imenso
píer do Pontão dos Cargueiros que atende às chatas mais
pesadas, aos atracadouros mais ordinários na Árvore Norte
ou no Cais dos Plebeus. Sem estar de fato ligada à terra,
a caótica Flotilha é o ancoradouro de longo prazo mais
barato da cidade, onde os barcos podem ficar à vontade
ao redor de boias de poita comunitárias e onde algumas
casas flutuantes estão estacionadas há geraçôes, Uma
divisão especial do Punho Flamejante, conhecida como os
Maroleiros Grisalhos, patrulha o porto, mas não é segredo
que as docas mais caras são mais seguras que as opções
econômicas. Sabe-se de marinheiros e mesmo navios
inteiros que sumiram no Porto Gris e, apesar de algumas
pessoas presumirem que esses desaparecimentos sejam
obra de piratas locais fundeados em terra, outras falam
do Velho Cholms, uma misteriosa fera marinha capaz de
arrastar embarcaçôes para o fundo escuro do rio.
Monno »o FercÃo-PoErRA
A leste da cidade, muito acima dos cortiços espalhados e
das estalagens de segunda categoria que se estendem pela
rota do comércio, eleva-se o íngreme granito amarelo do
Morro do Falcâo-Poeira. Esse morro cingido por penhascos
é um dos últimos refúgios conhecidos do falcão-poeira
do Chionthar (use as estâtísticas do falcâo), uma ave de
rapina outrora comum que viu sua populaçâo sofrer rápido
declínio no último século porque a instabilidade na regiâo
e a constante disseminaçâo dos cortiços fora dos muros de
Baldur's Gate (Portâo de Baldur) consumiram seu hábitat.
Dizem as lendas locais que o falcâo-poeira era a ave
que Balduran mais gostava de usar para caçar e que a
populaçâo do Chionthar descende dos falcôes de caça do
herói. Quando perceberam que o falcão-poeira estava à
beira da extinçâo, os duques de Baldur's Gate interditaram
o morro
- que abrangia tanto os ninhais dos falcões nos
penhascos quanto seus campos de caça aos caçadores
-
nâo autorizados. Apesar das cercas e dos penhascos que
isolam boa parte do morro, os invasores ainda sâo comuns,
pois a demanda por falcões-poeira para a caça subiu
vertiginosamente entre os ricos.
Muita gente na Cidade de Fora se ressente do fato de o
morro ter virado propriedade particular. Vários cortiços
e acampamentos foram removidos por causa disso e os
habitantes perderam tudo. Os sem-teto se ressentem dos
patriares por estarem dispostos a gastar dinheiro para
garantir um lar para os falcôes, mas não para as pessoas
ali. Outros se ressentem dos guardas do Punho Flamejante
que os impedem de espalhar armadilhas de caça no morro.
A carne fibrosa dos coelhos e as codornizes magricelas não
eram lá uma grande refeiçâo, mas eÍam comida, e agora
muitos caçadores nào têm nem isso.
Dizem os boatos que lobisomens estão entocados
nas cavernâs marinhas sob o Morro do Falcão-Poeira,
fazendo-se passar por meros contrabandistas
- ou animais
enquanto tramam contra a cidade. Sempre que um
-homicídio horrível
cativa a imaginação dos baldurianos,
logo aparece alguém alegando que só pode ter sido obra de
um dos lobisomens do Falcâo-Poeira.
GEOGRÂFIA DE BÀLDUR'S GATE
175
Croaon Arra
A Cidade Alta, lar da aristocracia patriar de Baldur's Gate
(Portâo de Baldur), é um lugar belo e pomposo onde escul-
turas públicas magníficas dividem espaço com solares his-
tóricos, butiques e teatros requintados e minúsculos jardins
murados que, feito joias escondidas, aninham-se entre as
ruas. Flores desabrocham às margens das ruas forradas de
árvores, espantando todo e qualquer miasma desgarrado que
escâpa dos bairros menos afortunados lá embaixo. Sedas e
veludos, galões de ouro e martâs, diamantes límpidos e péro-
las fulgurantes: corriqueiros na Cidade Alta, eles mal apare-
cem em outros lugares, a nâo ser como imitações baratas.
Tudo ali na Cidade Alta denota dinheiro e privilégio. Lu-
zes mágicas iluminam as ruas muito bem varridas e algu-
mas delas têm encantamentos capazes de conter o nevoeiro
do rio. A maioria dos templos importantes da cidade fica
neste distrito, um indício flagrante de como as religiões valo
rizam a elite endinheirada da cidade mais que os congregan
tes com menos dinheiro no bolso. Lojas de vinhos, ateliês e
joalherias: os melhores se encontram na Cidade Alta, onde
o ritual da Guarda de expulsar os nào moradores todas as
noites reforça o ar de exclusividade e luxo. Quem não tem o
salvo-conduto da Guarda nem a autorização dos patriares é
obrigado a sair ao cair da noite, e não se abrem exceções.
Os moradores da Cidade Alta se sentem pressionados
a manter as aparências e cuidam das fachadas de suas
propriedades mesmo que isso implique penhorar tudo que
têm lá dentro. Admitir o empobrecimento nesse distrito é o
mesmo que admitir um fracasso vergonhoso.
O esnobismo descarado dos patriares nutre um profundo
ressentimento nos habitantes da Cidade Baixa e da Cidade
de Fora, que veem toda essa boa vida sem que possam
desfrutála, a nâo ser para ter apenas um gostinho.
<f
r Lrr{'I
lit
\
\
I
aL
ru "/ ^a
f
1
1
I
\ \ Y
é
A Guarda não tem dó nem piedade quando se trata de afastar
mendigos e descontentes dos portões, onde um pedágio
imposto sem rigor algum aos nâo moradores, às pessoas
desacompanhadas ou que não portam um salvo-conduto
da Guarda barra efetivamente os pobres, impedindo-os de
pôr os pés ali no distrito. Portanto, o patriar flagrado fora da
Cidade Alta depois de escurecer corre um sério risco de ser
assaltado, agredido ou coisa pior.
Ponrõns
A Muralha Velha, construída por ordem de Balduran
séculos atrás, cerca a Cidade Alta. É atravessada por seis
portôes que direcionam os visitantes e o comércio do
distrito. Para entrar na Cidade Alta, é preciso ser patriar,
ter uma carta ou usar o libré de um patriar, apresentar o
salvo-conduto que a Guarda emite para os habitantes da
Cidade Alta ou para os hóspedes das poucas estalagens
autorizadas, ou pagar um pedágio. Salvo-condutos e tributos
sâo aceitos apenas nos portões da Cidadela, de Baldur e
do Dragâo Negro, já que os outros são de uso exclusivo de
patriares, seus criados e convidados.
Portão do Dragão Negro. Batizado assim por causa da
cabeça de dragào que um cavaleiro vitorioso certa vez pen-
durou acima de seu umbral em arco, o Portâo do Dragão
Negro se volta para a estrada que segue na direçâo norte
rumo à distante cidade de Waterdeep (Aguas Profundas).
A cabeça de dragào original nâo existe mais, porém um
substituto de pedra mostra os dentes acima do umbral do
portào. Diz a lenda que a cabeça de pedra é encantada e
cuspirá ácido nos assaltantes caso a cidade se veja um
dia sitiada.
Portâo da Cidadela. Única entrada para a fortaleza da
Guarda, o Portão da Cidadela fica aninhado no muro
interno da Cidade Alta. A Guarda mantém uma pequena
( L \
I
t1
/
7
\ FI.q §Í \-dt n
'{
.,LJ
§
t; \
TA (
\ \
S, \
Exconrnos Alelróntos NA CroloE Alrl
d20 Encontro
l-6 Sem encontros
7-10 Interação inofensiva (jogue ldl2 e consulte a tabela A)
ll-'l6 Habitantes (jogue 1d10 e consulte a tabela B)
17-20 Ameaça (jogue 1dl0 e consulta a tabela C)
Tlsell A: lr.rrenaçõEs lNoFENstvAs NA Ctoloe Alm
dl2 lnteração
I Uma moça pálida vestindo o libré da Casa de Bormul
topa com o grupo, murmura "não foram... frutos do
mar" e desmaia.
2 Um pajem de sorriso afetado observa o gruPo,
aproxima-se de mansinho e entrega aos aventureiros
um elegante envelope cor de carmim: é um convite
para uma festa na Casa de Eomane.
3 Uma sacerdotisa de Gond de olhos arregalados e íala
acelerada se queixa que um ladrão roubou seu Proieto
de "relógio de bolso". Ela descreve o ladrão como um
homem de preto, alto, perfumado e com um lenço
vermelho no pescoço.
4 Uma desconhecida faladeira que se apresenta com Ellyn
Brisafort convida o grupo para tomar chá na Padaria Bri-
saíort, ávida para trocar mexericos com os aventureiros.
5 Um mercador empenhado em distribuir amostras de
seus produtos oferece a cada membro do grupo um
charuto grátis.
6 Um artista de rua se oferece paraíazer um esboço de
um dos personagens pela humilde quantia de 3 peças
de cobre. O esboço não é lá grande coisa.
7 lJm sacerdote de Tymora aborda o grupo e oferece aos
aventureiros uma pequena quantia em dinheiro caso o
ajudem afazer uma boa ação para uma família pobre
na Mansão da Senhora.
8 Murmúrios espectrais e agourentos chegam aos ouvi-
dos do grupo. Os sussurros levam à Casa de Hhune.
9 O mago Lorroakan aborda o grupo e oferece aos
aventureiros remuneração e a impermeabilização
gratuita de suas roupas caso o ajudem a desatravancar
os andares superiores da Torre de Ramazith.
l0 Yvandre Rillyn pergunta a um membro do grupo se
este realmente sabe usar uma arma chamativa que o
personagem carrcga. Se a resposta for afirmativa, ela
vai pedir ao personagem para lecionar como convidado
na Escola Rillyn.
1l Um personagem escolhido aleatoriamente é atingido por
uma pipa. A pipa era empinada por um garotinho oriundo
de uma rica família patriar. Um dos nove guarda-costas
do menino vai ver se está tudo bem com o Personagem.
12 Um comerciante questionável alega saber exatamente do
que o grupo precisa e leva os personagens ao Paiol de
Baixo para lhes mostrar uma variedade de mercadorias
interessantes, mas de procedência duvidosa.
cavalaria, nominalmente para defesa e controle de multi-
dôes, mas principalmente para desfiles, guardas de honra
e outÍas funções cerimoniais. Por causa disso, a Cidadela
mantém o único estábulo dentro dos muros da cidade.
TleeLl B: HlsrrlNrEs DA Croloe Arra
d]0 Habitantes
1 2d4 integrantes da Cuarda (guardas) que pedem para
ver os salvo-condutos dos estrangeiros
2 1d4 acólitos de Gond ou Tymora
3 2d6 criados (plebeus) a serviço dos patriares
4 1 patriar (humano nobre) e 6 guarda-costas pessoais
(veteranos)
5 ld4 + 1 patriares jovens e cheios de si (humanos
nobres), cada qual com seu guarda-costas (rufião)
6 ld6 dignitários em visita (nobres) e 2d4 guardas
7 1d4 mensageiros do Paço Magno (batedores)
8 2d4 artistas (plebeus)
9 I oficial do Punho Flamejante (cavaleiro) e
2d4 soldados do Punho Flamefante (veteranos)
l0 1d4 plebeus que não deveriam estar na Cidade Alta
TnssLl C: Auelçls NA CTDADE AtrA
dl0 Ameaça
'I ld4 diabretes disfarçados de corvos
2 1 gárgula a serviço da Guilda
3 ld6 centopeias gigantes provenientes dos esgotos
4 1d4 armaduras animadas que escaparam da Magna
Casa dos Prodígios
5 1 geleia ocre na grade de um bueiro
6 Esquadrão do sequestro da Trindade dos Mortos
(consulte o quadro "Outros Encontros com a
Trindade dos Mortos" na p. 28)
7 Esquadrão da morte da Trindade dos Mortos
(consulte o quadro "Outros Encontros com a Trindade
dos Mortos" na p. 28)
8 ld4 dúplices
9 1 assassino serial (assassino) procurado pela Guarda
l0 2d4 kenku assaltantes em conluio com a Guilda
Portões dos Patriares. As quatro passagens conhecidas
coletivamente como os portões dos patriares - de Gond,
do Chorrilho, dos Solares e do Mar
- são menores e
inacessíveis ao público geral. Foram erigidos depois da
construção dos muros da Cidade Baixa e sua intençào
era oferecer aos patriares trânsito fácil entre seus lares e
seus interesses comerciais. Financiados pelos patriares e,
portanto, uma espécie de ostentação do sucesso dos ricos,
esses portões são mais ornamentados e vigiados com mais
rigor do que os portões públicos. Oficialmente, ninguém
pode passar por eles sem usar o libré ou ter uma carta de
autorização dos patriares, embora persistam os rumores de
que mandachuvas da Guilda e os criados mais antigos das
casas nobres saibam exatamente quais guardas dobrar. De
todo modo, é tâo óbvio que a vigilância junto aos portões
trabalha com um peso e duas medidas que isso irrita
constantemente os moradores da Cidade Baixa, obrigados
a pegar o caminho mais longo e atravessar os portóes
públicos,já que não podem usar âs passagens em seus
próprios bairros.
GEOGRÂFIA DE BALDUR'S GÀTE
177
 Barnnos
A maioria dos forasteiros só vê luxo desenfreado nas ruas
da Cidade Alta, mas os moradores do distrito percebem uma
grande variedade de estilos e estaturas sociais. O dinheiro,
o gosto estético e a localização dividem a Cidade Alta em
vários bairros distintos.
O Largo. O principal mercado e o maior espâço urbano de
Baldur's Gate (Portâo de Baldur) é o Largo, onde os ven-
dedores montâm suas barracas e oferecem seus produtos
todo santo dia, a partir do alvorecer. Proíbem-se a música
de rua e as apresentaçôes ruidosas e, toda noite, os ven-
dedores que não moram na Cidade Alta sâo obrigados a
empacotar tudo e partir. Agitado durante o dia, o Largo
fica desolado à noite, a nâo ser nos feriados e ao sediar
grandes celebrações.
Ruas da Cidadela. A parte norte da Cidade Alta é tomada
pela Cidadela da Guarda, onde esta treina seus membros,
mantém seu quartel e estábulo e algumas celas. Fora da
Cidadela, o bairro inclui várias lojas e as casas comparati-
vamente modestas mas ainda magníficas
-
moradores da Cidade Alta que não são patriares.
- dos poucos
Solarengo. As residências mais suntuosas ficam ia zona
oeste da Cidade Alta. A maioria dos frdalgos do Parla-
mento vive ali, bem como as famílias antigas e orgulhosas
de estirpes que remontam aos tempos de Balduran. Jar-
dins suspensos, pátios com chafarizes e pomares particu-
lares adornam muitas dessas casas elegantes.
Templos. Catedrais e santuários grandiosos formam o ho-
rizonte deste bairro central, com destaque para a Magna
Casa dos Prodígios de Gond. Sacerdotes em belos trajes
cerimoniais e congregantes com suas melhores roupas
são comuns nesta parte da cidade. Suplicantes humildes
sâo raros, mas os mais obstinados nâo faltam um dia se-
quer e pagam o pedágio da esperança toda santa vez.
A MunarHA VELHA
A muralha original construída nos tempos de Balduran, que
encerra a Cidade Alta e a separa da Cidade Baixa, ocupa um
lugar exagerado na história e no imaginário local. Relíquia
original dos primeiros limites da cidade - e, o que tem mais
relevância para a vida cotidiana, a personificação física da
divisão entre patriares e cidadâos comuns
-, a Muralha
Velha é um símbolo de boa parte do que os baldurianos ad-
miram e lamentam em sua cidade.
A maior parte da Muralha Velha foi reconstruída logo
após revoltas no comecinho da história da cidade e, daí em
Luzes Venoes No NEvoErRo
Baldur's Cate (Portão de Baldur) tem uma ou duas caracterís-
ticas interessantes que ainda ficaram por mencionar.
Nevoeito. Um dos motivos pelos quais os piratas se interes-
sam por Porto Gris é o nevoeiro denso que cobre o rio, o cais
e boa parte da Cidade Baixa. A névoa persistente facilita as
coisas para quem quer conduzir negócios ilícitos ou cometer
assassinato sem que ninguém testemunhe a "interação" por
meio de uma luneta. A bruma às vezes se infiltra também na
Cidade Alta, mas ali é rarefeita demais para encobrir crimes.
LuzesVerdes. Em Baldur's Gate, lampiões acesos equipa-
dos com vidros verdes são pendurados do lado de fora dos
estabelecimentos comerciais permanentes para indicar que
estão funcionando. Nas noites de nevoeiro, esses lampiões
iluminam com uma soturna luz verde as tavernas, os bordéis,
pistas de dança e salões de festa, todos muito animados.
GEOGRâFIA DE BALDUR'S GATE
r78
diante, foi reforçada em todo grande período de turbulência
que afligiu Baldur's Gate (Portão de Baldur). Toda tentativa
de revitalizaçâo viu surgir um conflito entre os engenheiros
de Gond que defendiam novas técnicas e materiais de cons-
truçâo e os patriares e conservacionistas que se empenha-
vam em proteger a arquitetura original. Enquanto isso, con-
trabandistas e agentes da Guilda subornavâm os opeÍários
dos canteiros de obras, alteravam as plantas e interferiam
de outras maneiras nos projetos para desviar o esforço de
renovaçâo para bem longe de suas passagens secretas ou
para induzir os construtores a criar galerias novas.
Séculos de manutenção precária depois, a Muralha Velha
continua de pé, altiva e robusta, mas só por fora. Na ver-
dade, a barreira se encontra crivada de buracos secretos
que âtravessam suas pedras ou, mais comumente, passam
por baixo delas. A informaçâo de onde ficam essas passa-
gens secretas é guardada a sete chaves e as vias escondidas
são utilizadas com parcimônia, pois o risco envolvido caso
sejam descobertas é muito grande para que elas sejam usa-
das rotineiramente. Ainda assim, se um dia a Muralha Velha
fosse realmente colocada à prova, seus defensores talvez
descobrissem que ela nâo é tâo impenetrável quanto parece.
Sorenns Dos PATRTARES
As casas suntuosas dos patriares são a fonte de seu orgulho
e a alma da alta sociedade. O solar é a prova de que a famí-
lia já estava fundeada em Baldur's Gate (Portão de Baldur)
quando a Muralha Velha foi erguida e que sua linhagem con-
tinuou próspera e ininterrupta desde entâo. Mesmo nâ rarâ
ocasião em que o solar de um patriar muda completamente
de mãos, o novo proprietário costumafazer de tudo para
provar
- ou forjar - um vínculo, por mais tênue que seja,
com a estirpe do dono anterior.
Muitos solares são casas geminadas, e nâo mansões isola-
das, pois a Cidade Alta sempre foi contida por seus muros, e
mesmo as famílias mais ricas se veem limitadas a terrenos
estreitos. Em geral, os pátios internos dos solares têm jar-
dins pequenos e lançam mão de soluçôes verticais, como
espaldeiras de árvores frutíferas, treliças com roseiras e
glicínias, e trepadeiras que crescem pelas paredes.
Graças ao passado célebre e o espâço exíguo dos solares,
a maioria vive abarrotada de heranças e tesouros acumula-
dos por várias gerações. Mas, às vezes, a fachada grandiosa
de um solar esconde a penúria. A manutenção dessas pro-
priedades nâo sai barata, e as dinastias têm a tendência de
ruir. Nenhum patriar admitiria a falta de dinheiro, mas não
sâo poucos os que procuram câsamentos com forasteiros
abastados que possâm injetar dinheiro e ambiçâo em suas
linhagens moribundas.
GrocnaFrA DA Cr»a»n Arre
Apesar das ruas bem policiadas e das casas decentes, a Ci-
dade Alta abriga segredos tanto incríveis quanto escandalo-
sos. Alguns de seus locais mais dignos de nota são descritos
a seguir em ordem alfabética. Esses lugares também estão
indicados no mapa de Baldur's Gate p. 172-L73).
Cese DE BoRMUL
Situada no bairro Solarengo, a Casa de Bormul é geminada,
elegante, tem três andares e é feita de granito amarelo e
ardósia, com rosas cor de creme a subir pelas paredes do
jardim. Na última primavera, um tio distante decidiu visi-
tá-la no feriado e chegou trazendo um bocado de bagagem.
A criadagem se comportou de maneira estranha durante a
estada dele, mas os Bormul atribuíram isso a uma intoxi-
caçâo alimentar por frutos do mar que afligiu muitas casas
naquela primavera. Dias depois, o tio foi embora, deixando
para trás algumas de suas raridades. Como nâo tinham
espaço para guardar essas coisas indesejadas no solar, os
Bormul as passaram para a cripta da família no subterrâneo
da casa. E lá elas continuam, praticamente esquecidas.
Nâo muito depois disso, os moradores dos cortiços na
Cidade de Fora começaram a sofrer ataques selvagens de
um assassino mudo que vestia a capa arcaica e puída de
um patriar. Muitos viram de relance esse matador lívido,
mas ninguém até hoje foicapaz de confrontar ou seguir o
assassino até seu covil, pois ele parece sumir no nevoeiro
da cidade após cada matanç4.
Casa DE EoMANE
A má fama dos quatro Eomane na Cidade Alta se deve às
escandalosas mascaradas que eles realizam em seu solar.
Nysene Eomane, uma humana nobre, ordeira e má, gosta
de mandar convites para os arrivistas promissores de outros
distritos, com a intenção de mantê-los cativos em suas festas.
Sem salvo-condutos da Guarda, os convidados de Nysene te-
rão de enfrentar uma noite nas celas da Cidadela ou coisa pior
caso sejam apanhados na Cidade Alta depois de escurecer.
Portanto, nâo têm outra opçâo senâo deixar que ela e os ami-
gos se divirtam cruelmente às custas deles até conseguirem
escapaÍ com o romper da aurora. Até o momento, nenhum
dos brinquedinhos de Nysene sofreu grandes danos, mas suas
brincadeiras ficam cada vez mais audaciosas e violentas, e é só
uma questâo de tempo até alguém sair gravemente ferido.
Os irmâos e irmãs de Nysene
- Dolandre, Rusorra e
Trenteller acham esse comportamento vergonhoso e
-posiçâo
indigno da dela, mas não se incomodam tanto com
isso a ponto de detê-la, já que as vítimas sào pessoas de classe
social inferior pelas quais não vale a pena interromper seus
festins. Também é provável que os outros três Eomane nâo
queiram enxergar a verdadeira extensão do sadismo da irmã.
Mas algumas das religiôes malignas da cidade começaram a
prestar atençâo às brincadeiras de Nysene, e o culto a Bane vê
na Casa de Eomane um talento que vale a pena cultivar.
C/C,SA. DE HHUNE
O poder dos Hhune cresce e mingua como a lua, mas outras
famílias patriares acham saudável temê-los, porque os
Hhune têm por toda a Costa da Espada contatos influentes
que poderiam dificultar a vida de pretensos rivais.
A viúva já idosa, Lutécia Hhune, uma humana nobre, or-
deira e má, preside este solar de pequeno porte. Lutécia tem
irmãos e irmâs com quem nâo se dá, mas não tem filhos e se
vê diante da possibilidade de, ao morrer, ter de deixar a casa
para um ramo da família que ela detestâ. Para evitar isso,
pediu aos bibliotecários do Paço Magno para procurar nas
genealogias dos patriares um herdeiro mais aceitável.
A solicitaçâo de Lutécia foi passada a uma bibliotecária
com contatos na Guilda de nome Virmele, uma humana
espiã, ordeira e má que está cogitando receber subornos
dos mercadores da Cidade Baixa e de personalidades
do submundo para inventar um laço de parentesco com
a família Hhune. Em jogo encontra-se bem mais que
a propriedade aristocrática, pois o falecido marido de
Lutécia era um ávido antiquário e colecionar de mapas
cuja biblioteca pessoal contém várias raridades de terras
longínquas. Se uma fraude impedir Lutécia de encontrar o
herdeiro adequado, é provável que tanto o legado da famÍlia
quanto os segredos que se escondem na coleçao de seu
finado marido caiam em mâos inescrupulosas. Por outro
lado, se Virmele for denunciada como corrupta, a Guilda
talvez se irrite por perder um esquema lucrativo.
Lutécia tem como pajem Kaddrus, um cambiâo que assume
a forma de um homem extraordinariamente bem-apessoado
com a metade da idade dela. Kaddrus foi envaido por nobres
poderosos de Tethyr para proteger os segredos da família
Hhune, entre eles a relação com os Cavaleiros do Escudo, uma
sociedade secreta ligada ao Escudo do Encoberto (p.224).
O item desapareceu das criptas sob a propriedade dos Hhune,
e Kaddrus está ajudando a procurar o escudo e a encontrar
os ladrões, para que sejam punidos. Lutécia se contenta em
delegar a tarefa às mãos competentes do cambiâo.
Cese DE RILLYN
Apesar de ser uma das mais respeitáveis famílias patriares
de Baldur's Gate (Portão de Baldur), os Rillyn frcaram pobres
há algumas gerações. Só recentemente restabeleceram sua
fortuna, e o mérito por essa recém-descoberta prosperidade
é inteiramente de Yvandre Rillyn, uma humana veterana
neutra que voltou a Baldur's Gate depois de servir
muitos anos o Punho Flamejante e outras companhias
de mercenários, uma carreira que começou com ela se
rebelando contra a família enfadonha.
Percebendo que a família precisava de uma fonte de renda
de longo prazo, Yvandre abriu uma escola de esgrima numa
casa de hóspedes anexa à propriedade dos Rillyn. A Escola
Rillyn está prestes a formar sua primeira turma de alunos,
todos os quais treinaram com Yvandre durante pelo menos
cinco anos e tiveram sua habilidade aprovada por ela. Já que
Yvandre é uma professora exigente, trata-se de um feito im-
pressionante, e seus alunos têm todo o direito de se sentirem
orgulhosos. Ela espera que eles espalhem seu nome por toda
a região e tornem a escola famosa. Enquanto isso, continua a
matricular alunos jovens, mantendo os que se mostram pro-
missores e descartando os demais. Alguns dos que nâo foram
selecionados, exasperados com o que entendem ter sido uma
humilhação, guardam ressentimento de Yvandre e sua casa.
Croaoerrc, DA GUARDA
A força de segurança da Cidade Alta usa a Cidadela da
Guarda como campo de treinamento, quartel e repartição
administrativa. Um estábulo abriga os cavalos de guerra da
Guarda, ao passo que algumas celas podem deter prisioneiros
comuns que aguardam transporte para o Paço Magno, onde
serão julgados, ou para a prisào na Torremar de Balduran.
O condestável-mor e mestre das muralhas Osmurl
Havanack, um anão do escudo veterano, ordeiro e neutro,
extremamente leal a seus condestáveis e indiferente à
política municipal é o castelâo da Cidadela da Guarda.
Havanack garante o aprovisionamento da Cidadela, a
distribuiçáo correta do pagamento pelo tesoureiro e a
manutençâo adequada da Cidadela e da Muralha Velha.
Ele também disciplina os soldados da Guarda acusados
de cometer delitos, acusações que ele leva muito a sério e
faz tudo a seu alcance para investigar. O condestável-mor
Havanack é famoso por não tolerar má conduta em suas
fileiras, mas ele é um só e muita coisa escapa à sua atenção.
Partindo da Cidadela, a Guarda patrulha regularmente
toda a Cidade Alta e guarnece a Muralha Velha dia e noite.
Muitos oficiais da Guarda são patriares de famílias com
uma longa e orgulhosa tradição de servir Baldur's Gate
(Portâo de Baldur).Já que a maioria deles vive na Cidade
Alta, os membros da Guarda conhecem bem os patriares da
cidade e têm um talento especial para avistar embusteiros.
Muitos membros da Guarda interagem com cidadâos de
outros distritos somente nos portôes e, nessas ocasiões,
geralmente em circunstâncias tensas e estressantes que
fomentam opiniões preconceituosas.
GEOGRAFIÀ DE BALDUR'S GÀTE
r79
 E como poucos de seus integrantes chegaram a viver fora
dos muros do privilégio, a Guarda tende a não enxergar
os sofrimentos cotidianos da vida fora da Cidade Alta. Os
soldados da Guarda desconfiam, quando não desdenham
inteiramente, das pessoas que exibem os maneirismos das
classes baixas, típicas de quem náo tem "berço". A maioria
dos oficiais tenta impor um código de civilidade a todos os
baldurianos, mas a antipatia pelos pobres está arraigada na
Guarda, apesar de muitas vezes se manifestar mais como
condescendência do que como franca hostilidade. A nâo ser
em circunstâncias incomuns, a Guarda sempre concede o
benefício da dúvida a um patriar ou morador da Cidade Alta
e nunca aceita a palavra de um habitante da Cidade de Fora
acima da palavra de qualquer outra pessoa.
Cosras LoNcÍNgues
Tendai e Khennen Costa (humanos plebeus, caóticos e bons)
formam um casal que dirige um negócio bem-sucedido de im-
portação de carne seca, condimentos, panelas e receitas tra-
dicionais de Porto Nyanzaru, onde vive o resto da família de
Tendai. Seus pacotes sortidos de ajowan, coentro, gengibre,
diversos tipos de caril e sais coloridos são os grandes respon-
sáveis por levar as iguarias de Chult à mesa dos patriares.
Apesar do sucesso, o estabelecimento dos Costa é
simples e despretensioso e atrai a atençâo de investidores
interessados em comprar o negócio do casal e expandiJo.
Os Costa não têm a intençâo de vendê-lo, mesmo diante
de numerosas ofertas de famílias patriares e compradores
anônimos. E, assim, nas últimas semanas, a importadora
Costas Longínquas tem sido vítima de vandalismo e os
proprietários andam recebendo cartas ameaçadoras.
Eruo E CAPA
Elmo e Capa atrai uma miscelânea incomum de patriares
prósperos mas despretensiosos, nobres em viagem, bardos de
renome e habitantes da Cidade Baixa com ambiçôes sociais
que esperam conviver com a elite. A estalagem náo é sofis-
ticada, mas o serviço é impecável e os ingredientes sâo da
melhor qualidade: serve frango em vez de pavào ou perdiz, e o
peixe nunca vem com a câracterística película do Porto Gris.
O estabelecimento é composto de duas construções
unidas num mesmo empreendimento. O Elmo é uma pensâo
cuja entrada fica à sombra de um imenso elmo de ferro
que supostamente pertenceu a um gigante do fogo. A Capa,
ligeiramente menor, é identificável pelo tremular reluzente
de uma capa de Sune que drapeja acima de seu pórtico.
Os dois edifícios sâo decorados com troféus de aventuras
passadas, tanto exóticos quanto corriqueiros, entre eles o
busto de um unicórnio de mármore e chifre de bronze que
fica na sala de convívio do Elmo. O chifre, que os fregueses
costumam esfregar para ter boa sorte, continua tâo lustroso
quanto no dia em que foi feito.
O Elmo e a Capa atraem há tempos os filhos e as filhas
idealistas das famílias patriares. Faz geraçôes que esses
jovens românticos, inspirados no deus Lurue, se intitulam
os Cavaleiros do Unicórnio. Com o passar do tempo, aquilo
que começou como uma brincadeira irreverente acabou se
tornando uma verdadeira força a serviço do bem, e vários
dos primeiros cavaleiros ganharam renome graças a seu
heroísmo. Hoje os Cavaleiros do Unicórnio continuam
a se referir ao Elmo e Capa como seu quartel-general
informal. O estabelecimento até mesmo é administrado por
dois membros aposentados, Vedren e Halesta (humanos
cavaleiros, neutros e bons). A presença do casal influencia
de maneira significativa a clientela, e o busto de unicórnio
na sala de convívio do Elmo é uma homenagem a suas
origens ali naquele lugar.
GEOGRAFIÂ DE BÂLDUR'S GÂTE
r8o
Escu»o VÍcrr
O santuário de Helm em Baldur's Gate (Portão de Baldur)
é uma pequena capela com uma porta ladeada por asas
e encimada por um olho vigilante inscrito em prata. As
cerimônias da capela sâo frequentadas regularmente por
membros da Guarda, soldados do Punho Flamejante,
guarda-costas e qualquer um que sinta o peso da
responsabilidade de proteger outras pessoas.
Quando convocados pela Guarda ou pelo Punho
Flamejante, os clérigos de Helm ajudam a manter as
muralhas da cidade e a rechaçar aqueles que se atiram
contra seus portões. O Deus dos Guardiões e seus
fiéis cumprem imparcialmente com seu dever e não se
interessam pela política municipal, mas mesmo assim o
papel que desempenham angariouJhes ressentimento
considerável na Cidade de Fora.
Os clérigos de Helm oferecem cura a todos que estiverem
dispostos afazer uma doação em ouro ou armas. Eles
sustentam a tradição de longa data de entregar os donativos
àqueles que sofrem ferimentos atrozes ao defender outras
pessoas. E, por isso, contam-se todo tipo de histórias
improváveis nos portôes do Escudo Vígil, contos que
explicam como arruaceiros espancados ou assassinos da
Guilda "na verdade" foram feridos durante atos de heroísmo.
MacNa Casa oos PnooÍcros
Esta vasta oficina é a sede da religiâo de Gond em Baldur's
Gate (Portão de Baldur). Todos os dias, as bigornas e banca-
das que tomâm a Magna Casa dos Prodígios retinem com o
clamor do martelo e do serrote. Sob a supervisão do meticu-
loso artífice-mor Endar Faia, um humano sacerdote neutro,
os inventores trabalham com sacerdotes e acólitos ao lado
de mestres de todas as disciplinas. Por serem, em grande
parte, protótipos experimentais, as criaçôes dessas oficinas
não sâo consideradas apropriadas para os olhos do público.
Nâo é à toa que o templo de Gond prospera em Baldur's
Gate. Nâo resta dúvida de que existem cidades mais
industriosas e acadêmicas na Costa da Espada, mas
sâo poucos os outros lugares em que os fiéis de Gond
conseguiriam acesso tão facilitado a recursos mais raros
e em maior quantidade. A cidade se interessa mais pelas
inovações dos clérigos do que pela moralidade dessas
criaçôes ou como vieram a ser. Dizem os boatos que a
Magna Casa dos Prodígios mantém uma instalação secreta
para testes dentro da cidade ou em seus arredores.
Ostensivamente, os sacerdotes de Gond oferecem cura e
outros serviços mágicos a qualquer um que esteja disposto
a pagar. Mas os sacerdotes muitas vezes estão tão entreti-
dos com seus projetos que se mostrâm reticentes em cuidar
de ferimentos e enfermidades que nâo sejam absurdamente
inusitados e estimulantes.
MarvsÃo DA SENHoRA
O templo de Tymora em Baldur's Gate (Portão de Baldur)
é feito do granito amarelo local e coberto com telhas de
ardósia, misturando-se imperceptivelmente à arquitetura
a seu redor. Faz pouco tempo que belos mosaicos foram
acrescentados à construçâo, representando almas que
prevalecem sobre o infortúnio em alto-mar.
Além das práticas religiosas formais que acontecem ali
e que os fiéis de Tymora só frequentam nos feriados mais
-importantes
-, o principal propósito do templo é aceitar
solicitações e grandes doações dos suplicantes que buscam
a intercessão do templo. São inúmeras as razôes, mas
os baldurianos relutam em confiar na Guarda, no Punho
Flamejante ou na Guilda. Quando julgam necessário buscar
a ajuda de uma organização influente, as pessoas muitas
vezes se voltam para Dona Sorte. A Mansâo da Senhora
está ali para escutar suas súplicas e aceitar as oferendas
como contraparte. A intercessào costuma se manifestar
como bênçãos mágicas ou de outra natlureza, mas, quando
se comove com uma injustiça excepcional, o clero pode
solicitar a intercessão dos decanos da Igreja. E um
acontecimento raro, pois a igreja nâo está lá muito disposta
a prejudicar sua posição lançando-se contra toda e qualquer
injustiça que se apresenta às suas portas. Mas os clérigos
muitas vezes procuram anonimamente os aventureiros que
se juntam perto do templo, patrocinando pequenos atos de
justiça sempre que possível.
MeNuscnrRo ABERTo
Feito de mármore branco, com um teto abobadado vermelho
vivo arrematado nas beiradas com folha de ouro, o templo
de Oghma se destaca das construções vizinhas. Um largo
espelho d'água ocupa uma depressão sob o telhado, que
foi construído com uma acústica excepcional, de modo que
as palavras de um orador se projetam com clareza e sem
esforço por toda a plateia ali reunida. Isso faz do santuário
um lugar muito procurado para casamentos, cerimônias de
consagração e outros votos solenes.
Diz a lenda que os bardos e artistas que estudam o
próprio reflexo no espelho d'água durante metade de um dia,
abrindo a mente à vontade de Oghma, têm uma visão que vai
inspirar sua próxima criação. O período de contemplação
pode ir do alvorecer ao anoitecer, da meia-noite ao meio-
dia ou qualquer outro intervalo. Mas, como o Manuscrito
Aberto fica na Cidade Alta, quem não mora no distrito será
colocado para fora ao pôr do sol.
O Llnco
Por lei, toda transação comercial de compra e venda nâo
realizada num estabelecimento autorizado e tributado
deve ser conduzida no Largo, o mercado e espaço
público mais ilustre da cidade. Todo novo dia saúda
uma enxurrada de vendedores a montar suas barracas e
receber as mercadorias trazidas por um pequeno exército
de carregadores. Ao pôr do sol, os vendedores removem
em carroças os artigos que sobraram ou pagam taxas de
armazenamento exorbitantes para guardáJos em depósitos.
Entre o alvorecer e o anoitecer, o Largo acolhe um mer-
cado vibrante e apinhado de gente onde adivinhos e vigaris-
tas se sentâm ao lado de negociantes que âpregoam espe-
ciarias, peixes, peles, perfumes e qualquer outro artigo de
luxo que se possa encontrar no continente e além. Apesar
das multidões, o Largo é bem organizado e a Guarda fica de
olho nos punguistas. Proíbem-se os músicos de rua, sob a
pena de serem expulsos do mercado e terem de pagar uma
multa pesada, por isso o Largo é mais contido que as feiras
caóticas da Cidade de Fora. Artistas que náo fazem muito
ruído, como os titereiros e os prestidigitadores, são comuns.
Jedren Hiller, o meirinho do Largo, é o humano bandido,
ordeiro e mau que designa onde a barraca de cada vendedor
vai ficar a cada manhâ. Os frequentadores de longa data e
os mercadores que moram na Cidade Alta ficam com os me-
lhores lugares, ao passo que os comerciantes menos conhe-
cidos ou mais sovinas com os subornos que Hiller espera
- "Tiras" Tirand, um humano assassino, neutro e mau,
receber ficam com os lugares indesejáveis nos cantos
-
onde a circulação de pessoas é menor. A corrupção do mei-
rinho é lendária em Baldur's Gate (Portâo de Baldur), mas
poucos mercadores veem outra alternativa senâo molhar as
mãos dele, particularmente quando os ganhos de um dia de
boas vendas superam enormemente as perdas.
Estátua de Minsc e Bu. Durante anos, o Largo foi o lar
de um dos marcos mais apreciados da cidade: o Guardiâo
Bem-Amado, a estátua de um forte combatente usando
armadura de placas, com um sorriso radiante na cara e
um hamster aninhado em suas mâos. Mas, recentemente,
revelou-se que a estátua era o herói rashemita Minsc e seu
companheiro "hamster espacial gigante em miniatura" Bu,
que haviam sido petrificados por magia. A magia foi dissi-
pada e os heróis se viram mais uma vez livres para percor-
rer o mundo, mas isso privou o Largo de um pouco de seu
encanto. Os mercadores abriram o berreiro e uma estátua
de Minsc e Bu foi rapidamente encomendada para substituir
os verdadeiros heróis que passaram anos naquele pedestal.
O Paror DE BArxo
Sob o Largo fica um labirinto de depósitos, adegas de
cerveja e túneis cobertos de teias de aranha conhecido
como o Paiol de Baixo. Passagens em arco, muitas delas
fechadas por portôes com barras de ferro e fechaduras
enferrujadas mas funcionais ligam uma câmara calçada
de paralelepípedos a outra. Alguns túneis sobem para
desembocar em edifícios ao rés da rua, ao passo que
outros abrem-se nas ruas propriamente ditas, através de
grades e tampas de bueiros. Existem no mínimo dezenas
de entradas e saídas do Paiol de Baixo, apesar de poucas
serem largamente conhecidas e algumas continuarem
deliberadamente em segredo.
A maioria dos baldurianos conhece o Paiol de Baixo
como um botequim e bordel de má fama. A Guarda e o
Punho Flamejante nunca patrulham o Paiol de Baixo,
deixando a imposiçâo da ordem a cargo de uma gangue de
valentôes mascarados chamados os Paioleiros. A ausência
praticamente total da lei faz do Paiol de Baixo um local
propício para personagens inescrupulosos
- que jamais se
arriscariam a ser apanhados na Cidade Alta - conduzirem
seus negócios. As "salas dos deleites" oferecemjogos
de azar, prostituição, entorpecentes exóticos e rinhas de
animais, como os ratos de esgoto gigantes que lutam com
aranhas do tamanho de um cachorro. Muitos cidadãos
comuns que se arriscam no Paiol de Baixo para provar um
pouco de perigo se atêm a essas áreas.
Mas quem procura perigos mais sérios geralmente os
encontra. Vários agentes dos mercados negro e cinzento
têm salas seguras, reforçadas e aprovadas pela Guilda no
Paiol de Baixo, e ali negociam armas, disfarces ilícitos,
salvo-condutos da Guarda falsificados, venenos raros e
outros artigos de contrabando. O acesso a esses traficantes
requeÍ aprovação da Guilda ou propinas elevadas pagas aos
Paioleiros.
Além de o Paiol de Baixo abrigar negócios ilícitos, dizem
que ele também se estende por boa parte dâ Cidade Alta.
Seus túneis secretos e sinuosos passam por baixo de
inúmeros solares, bancos, estabelecimentos comerciais e
até mesmo do Paço Magno, conectando-se uns aos outros
através de paredes falsas em adegas e porões de todo o
distrito. Algumas dessas paredes seriam supostamente tão
finas que um bisbilhoteiro conseguiria ouvir toda sorte de
planos confidenciais e relações escandalosas.
Um homem de barba e olhos fundos chamado Heltur
dirige o Paiol de Baixo com seus modos untuosos e
excessivamente afáveis e um sorriso largo que só torna sua
cara marcada por cicatrizes ainda mais ameaçadora. Nunca
se viu Tiras perder a calma, mesmo quando joga facas e
garrafas com uma precisâo letal nos convidados turbulentos.
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GâTE
r8r
 I
4r
i -Z
r
O Qaço íDagno
a
,Á
I
I
>t/
-L- tu

Ei

s,

-í
(
.t;
t
E \
:
I
I
.(,
:i

,§

E '1'- ,-{
\
n

Í
=

rgr oEoo[,AFlA DE BÀLDUR'S OATE

 âcredita-se piamente que ele deve ser um mandachuva ou
Enha alguma outra posição elevada na Guilda.
Peço MacNo
O Paço Magno é o centro de quase toda a atividade
governamental em Baldur's Gate (Portão de Baldur).
O Parlamento dos Fidalgos e o Conselho dos Quatro ali
se reúnem, e cada um dos quatro duques tem um gabinete
suntuoso e salas de reunião discretamente mobiliadas.
Julgamentos penais, contabilizaçâo de impostos e
assembleias das guildas profissionais também acontecem
no Paço Magno.
A maioria dos julgamentos penais é presidida por um
l juiz designado por um dos quatro duques, e muitos sâo
resolvidos como mera questâo administrativa que passa
da denúncia ao veredito em coisa de minutos. A menos que
uma testemunha imparcial ou uma prova de circunstâncias
duvidosas seja apresentada ao tribunal, a palavra de um
ofrcial do Punho Flamejante ou da Guarda já basta para
conseguir a condenação, e o júz só precisa carimbar com
um sinete a papelada que os guardasjá prepararam. Isso
gera um certo grau de corrupçâo, naturalmente, que só faz
aumentâr graças ao poder quase absoluto dojuiz de decidir
aceitar a condenação ou exonerar o suspeito. O suborno e o
tráfico de influência correm soltos nos tribunais, onde juízes
honestos sâo raros e temidos por todos.
Além de sediar julgamentos, o Paço Magno também
encerra bibliotecas que contêm as leis e os decretos locais,
súmulas de decisões judiciais e resultados de julgamentos,
escrituras, estatutos de guildas, dados dos recenseamentos
e árvores genealógicas de todas as casas nobres e dos
plebeus de relevância suficiente. Os registros remontam à
fundaçâo da cidade, abrangendo séculos de documentos
meticulosamente conservados. As bibliotecas não têm um
sistema de catalogaçâo comum e, portanto, vasculhar seus
acervos repetitivos e organizados de maneira muito peculiar
t pode ser algo confuso, por isso muita gente preíere pagar
um dos bibliotecários permanentes para localizar aquilo de
que precisa.
Por último, o piso térreo da ala mais oriental do Paço
I
Magno contém um museu da história de Baldur's Gate e um
mausoléu para seus diversos duques e heróis. Estátuas de
antigas celebridades, entre eles o próprio Balduran, pairam
acima dos esquifes que encerram seus ossos empoeirados
- ou, no caso de Balduran, um esquife de vidro contendo
tudo que restâ do desaparecido fundador da cidade: os
restos carcomidos pelo tempo de sua capâ, espada longa,
escudo e luneta predileta.
Pnoanra Bnrslronr
Famosa por seus pães doces e os biscoitos de canela
mirabolantemente decorados, a Padaria Brisafort é uma
"instituição" muito apreciada no bairro. O estabelecimento
Íazbom uso do comércio vibrante que passa por Baldur's
Gate (Portâo de Baldur), exibindo especiarias raras em
suas mercadorias e mantendo um vasto cardápio de chás
exóticos para sua clientela sofrsticada. É um dos lugares
preferidos para os patriares passarem a tarde trocando
mexericos, e Ellyn Brisafort, a proprietária ruiva e
rechonchuda (humana espiã, ordeira e neutra), sabe de
praticamente todos os desdobramentos importantes nos
círculos sociais de seus clientes. Quem procura fofocas da
alta sociedade deve começar na Padaria Brisafort.
PlrÁcro Dos PRoDÍGros
Esta construção grande e imponente é uma espécie de museu
quase religioso para as invençôes magníficas criadas em
nome de Gond. Diferente da Magna Casa dos Prodígios que,
apesar do nome muito parecido, serve de templo e oficina e
abriga os protótipos em desenvolvimento que ainda não estâo
prontos para vir a público, o Palácio dos Prodígios foi criado
para exibir as inspirações aperfeiçoadas de Gond. Contém
maravilhas que vão desde pequenos cofres habilmente dis-
farçados como móveis comuns a prodígios incomparáveis,
como a orquestra mecânica a vapor; o "dragão" a vapor que
alimenta o maquinário pesado que move pesos imensos;
planetários elaborados e instrumentos náuticos. Pequenos
caÍtões afixados abaixo de cada item da exibiçâo indicam a fi-
nalidade desses instrumentos curiosos e dão o devido crédito
aos inventores e ao país de origem, quando conhecidos.
Boatos persistentes alegam que uma câmara do tesouro
escondida, vigiada por monstros mecânicos, jaz abaixo do
Palácio dos Prodígios. As histórias são verdadeiras: sob o
altar-mor no Palácio dos Prodígios fica um complicado sis-
tema de placas de pressão que abre uma passagem secreta
para o subterrâneo do templo. Pode-se seguir esse caminho
até uma série de salas que servem de cofres, protegidas por
dispositivos mecânicos. Alguns cofres contêm os tesouros
da religião, ao passo que outros são alugados por indivíduos
abastados que querem guardar seu galardão com o máximo
possível de segurança.
QurNrn VaNrneupun
A duquesa Vanthampur não suporta a fofoca rançosa que
paira no bairro do Solarengo. E, assim, sua propriedade
fica no bairro dos Templos da Cidade Alta, o mais distante
possível dos outros patriares sem que ela precise sumir
completamente de vista. Mais informações sobre esta
propriedade podem ser encontradas no capítulo 1.
Tonnn DE RAMAzITH
Com seis andares e feita de tijolos vermelhos carcomidos, a
Torre de Ramazith
- uma construção cilíndrica que lembra
um pagode é considerada por alguns um marco incompa-
-
rável da paisagem e, por outros, uma obra feia e lastimável.
Foi erigida quase um século atrás pelo excêntrico mago
Ramazith, um navegante da longínqua Durpar que adquiriu
um vasto conhecimento das profundezas... e uma fortuna
igualmente vasta. Ramazith não tinha fama de ser nem um
marujo excepcional nem um extraordinário estudioso das
artes arcanas antes de ganhar dinheiro suficiente para cons-
truir sua torre, e a fonte de seu sucesso ainda é um mistério.
Não muito depois de completada a torre, Ramazith
morreu em circunstâncias suspeitas. Há quem diga que ele
encontrou seu fim depois de um malfadado namoro com
uma ninfa, mas sempre persistiram os rumores de que sua
morte estâva ligada à sua improvável ascensão. Uma das
versôes sustenta que a ninfa se vingou de um crime terrível
que Ramazith teria cometido contra o povo dela para obter
seu poder, ao passo que outro boato sugere que ele pagou
sua parte no negócio com a própria alma. Seja qual for a
verdade, a Torre de Ramazith ficou vazia durante décadas,
até ser comprada há alguns anos por Lorroakan, um mago
jovem e de pavio curto conhecido por ter gostos caros e
viver sem dinheiro. Lorroakan vem da cidade de Athkatla,
mais ao sul, e dizem as más línguas que ele é um Mago
Encapuzado que pode até ser fugitivo da poderosa Casa
Selemchant de Amn.
CEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
r83
 Lorroakan, um humano mago neutro, ganhâ a vida
encantando roupas para repelir a umidade e o mofo, uma
vocação prática mas humilde que sugere que seu domínio
da magia nâo é lá muito grande. Por sua vez, isso talvez
explique por que ele não reabriu os andares superiores da
torre, limitando suas atividades ao primeiro piso e a uma
pequena parte do segundo andar.
Como a urgência para conseguir dinheiro é cadavez
maior, Lorroakan começou a procurar pessoas dispostas
a se aventurar no alto da Torre de Ramazith, fechado há
tempos, e descobrir o segredo da fortuna do finado mago. O
fato de o segredo de Ramazith talvez ter causado sua morte
precoce e o fato de Lorroakan não ser nem um pouco mais
talentoso
- e, quem sabe, significativamente menos - que o
antigo dono da torre nâo parecem deixá-lo apreensivo.
TnÊs Banus VELHos
Batizad,a assim por causa de sua placa
- três barris
amarrados juntos e pendurados numa vara
-, a estalagem
dos Três Barris Velhos é popular entre os membros atuais e
aposentados do Punho Flamejante. Serve refeições simples
e substanciosas, mantém na adega vários vinhos e cervejas
de boa qualidade, mas não necessariamente caros, e nào
tolera clientes arruaceiros. Há quartos disponíveis para
estadas tanto breves quanto longas, e os Três Barris Velhos
oferecem aos hóspedes serviços como lavar, remendar,
consertar e afiar. Os preços razoáveis e a atmosfera
acolhedora levaram vários mercenários aposentados
do Punho Flamejante a adotar o lugar como morada
permanente. Esses fregueses de longa data reforçam
a seguranÇa, o que fazdos Três Barris Velhos uma das
estalagens mais seguras para visitantes em Baldur's Gate
(Portâo de Baldur).
Os proprietários, três irmãos cobertos de verrugas e no
fim da casa dos cinquenta anos, conhecidos coletivamente
como os "Três Sapos Velhos", chamam-se Alstan,
Brunkhum e Klalbrot Hibernalis
- todos humanos plebeus,
neutros e bons. Os Três Sapos Velhos têm fama de se
derreter por umâ história triste. Todos que trabalham na
cozinha ou atendem às mesas nos Três Barris Velhos são
viúvas e órfãos do Punho Flamejante, e a taverna costuma
sediar eventos de arrecadação de fundos para aqueles
que foram mutilados ou mortos em serviço. Mas o que os
irmâos têm de generosos falta-lhes em perspicácia, e os
Três Sapos Velhos sâo vítimas frequentes de trapaceiros.
Várias vezes, os vigaristas já roubaram tanto dinheiro que
os Três Barris Velhos quase foram à falência, e os irmãos se
viram obrigados a pÍocurâr ajuda externa para recuperar as
finanças e manter a taveÍnâ solvente.
Crpe»B Barxe
Bairros de ladeiras íngremes dispostos em meia-lua abrigam
as pessoas comuns de Baldur's Gate (Portâo de Baldur).
A Cidade Baixa é um emaranhado caótico de construções co-
nectadas, telhados de ardósia, vias estreitas e calçadas com
paralelepípedos, unidas por pontes e botaréus projetados
para impedir que as moradias coletivas apinhadas de gente
tombem nas ruâs. Por mais apertada e barulhenta que a Ci-
dade Baixa possa ser durante o dia, com o grande movimento
de milhares de lojas, o distrito fica sinistramente silencioso
à noite. Mesmo iluminadas por lampiões e percorridas por
facheiros contratados, as ruas escuras estão longe de ser
seguras, e os cidadãos que não cuidam de tavernas nem de
outros estabelecimentos que funcionam até tarde da noite
costumam trancar as poÍtas e barrar as venezianas coloridas
dasjanelas assim que chega o denso nevoeiro do rio.
GEOGRÂFIA DE BALDUR'S GATE
184
Quase todos os moradores da Cidade Baixa têm algum tipo
de ofício. Todo tipo de crime grassa ali, do contrabando mais
insignificante aos assaltos e homicídios. O governo da cidade
tenta refrear a criminalidade pagando o Punho Flamejante
para rondar as ruas, mas os mercenários às vezes parecem
mais um exército de ocupação do que uma força policial de
verdade, mais aptos a quebrar cabeças a torto e a direito do
que a conduzir investigações delicadas. Por isso, embora
muitos moradores chamem de bom grado o Punho quando
se veem cercados por criminosos óbvios, eles também se
juntam em galeras locais para cuidar uns dos outros e fazer
acertos de contas mais discretos. Num ambiente como esse,
as leis costumam ser tratadas como sugestões e, apesar de
a maioria dos moradores não passar de pessoas comuns lu-
tando para sobreviver, o velho ditado de que todo mundo em
Baldur's Gate tem um segredo tem um quê de verdade.
PonrÕns
Os três portôes da Cidade Baixa têm relevância logística,
histórica e metafórica. Nâo é preciso um salvo-conduto para
se cruzar os portões que â ligam à Cidade de Fora, mas
usar qualquer uma das passagens implica o pagamento de
um pedágio de 5 PC e a investigaçâo errática da carga e de
indivíduos suspeitos.
Portâo de Baldur. O mais antigo e menos impressionante
dos portôes, o Portâo de Baldur ainda é o coraçâo da
cidade. Sendo o único portâo que permite às pessoas co-
muns atravessaÍem a Muralha Velha, o Portâo de Baldur
personifica o desequilíbrio de poder entre os patriares da
Cidade Alta e os plebeus da Cidade Baixa. Outrora o único
portão que levava ao porto, ele ainda é a principal via de es-
coamento das riquezas locais do porto para os patriares.
Portão do Basilisco. Este portâo ladeado de estátuas
cruza a muralha oriental e liga a Cidade Baixa ao grande
Caminho da Costa, que se estende por boa parte da
Cidade de Fora, depois segue para sudeste, rumo a Amn,
Tethyr e Calimshan.
Portão da Penha. Este portão menor e tomado pelo ne-
voeiro dá acesso ao bairro da Ladeira do Tombo e seus
cemitérios. Muitas histórias dizem que o Portâo da Penha
é assombrado pelos espíritos de antigos cidadâos que que-
rem reentrar na cidade e voltar às suas casas, mas os mo-
radores sabem que os desaparecimentos misteriosos são,
mais provavelmente, resultado de assaltos apressados se-
guidos de uma longa queda até as águas do rio lá embaixo.
Bernnos
A prosperidade, a profissâo predominante e as tradições
dividem a Cidade Baixa em vários bairros. Essas divisoes
alimentam estereótipos e rivalidades entre os moradores:
alguns sâo engraçados, outros são insultos seculares que
podem rapidamente levar à violência.
As Quebradas. Por serem a rota mais direta entre o porto e a
Cidade Alta através do Portão de Baldur, as Quebradas têm
uma vantagem natural quando se trata de fechar negócio
com viajantes abastados e, por isso, vários dos mercadores
mais bem-sucedidos da cidade mantêm lojas lucrativas
nas dramáticas ladeiras do bairro. Isso também faz delas o
bairro da Cidade Baixa com mais chances de ser visitado
por patriares. Sendo assim, as Quebradas costumâm ter
mais patrulhas do Punho Flamejante que o normal.
Chorrilho, Bairro de classe média por excelência, o Chorrilho
tem lá algumas lojas, mas tende a ser mais residencial, ofe-
recendo à força de trabalho da cidade casas antigas a preços
razoáveis e uma boa chance de não ser esfaqueado na rua.
 f

lrs
-a
\
t'- \
s §'

, t
,\
r r\
I

" 7
í- \
Jh., --l
J L I
^l -)

-
\I
)
t

t
--l .I
-\.
7 I ? \
!
/
/ I
(
\
I

Morro das Flores. Os moradores mais abastados e TnnuróRros DAS GALERAS

elegantes da Cidade Baixa tendem a se estabelecer nos
altos do Morro das Flores, onde as casas geminadas
que se espremem no meio de butiques e cafés caros têm
coberturas ajardinadas e os terraÇos ladrilhados criam
explosões de cores alegres.
Tottemat. Tudo neste bairro gira em torno da Torremar de
Balduran (p. 190). Ali é possível encontrar os melhores
armeiros e ferreiros da cidade, além das residências dos
mercenários do Punho e suas famílias. Pistas de dança, li-
ças, taveÍnas e outras fontes de prazer brigam pelos locais
mais próximos ao passâdiço da fortaleza, torcendo para
ser o primeiro lugar no qual os mercenários farristas vão
entrar. A cada dia de pagamento do Punho Flamejante, o
bairro se transforma no canto mais barulhento da cidade
quando os soldados se põem a celebrar com uma alegria
desenfreada e flagrantes brigas de rua.
Vila Giesta. Vila Giesta, o bairro mais oriental da Cidade
Baixa, é notoriamente pobre e sua localizaçâo dificulta
muito as coisas para os habitantes que pretendem trabalhar
parâ os moradores da Cidade Alta, mas ajuda bastante a
contrabandear mercadorias não tributadas de Escrabosana.
Vialeste. Lar do Portâo do Basilisco, Vialeste é a
principal rota para a Cidade de Fora e o resto do mundo,
atendendo aos viajantes com sua profusão de estalagens,
carregadores e suprimentos para caravanas, mas também
l aos moradores da Cidade de Fora que procuram os
O
z galera de alcance municipal ter um vínculo local natural,
luxos da Cidade Baixa a preços razoáveis. A circulaçâo
de viajantes e estrangeiros faz deste bairro uma das
=
ê
partes mais perigosas da cidade, pois os criminosos se
o
aproveitam das vítimas que nâo conhecem bem a área e
! acesso fácil aos currais e às caravanas que chegam.
não têm relaçôes locais que possam vingáJas.
O fato de as numerosas galeras da cidade se basearem em
comunidades tanto geográficas quanto profissionais implica
que seus territórios muitas vezes se sobrepõem ou se
estendem além das fronteiras de um determinado bairro. Os
Portuários, por exemplo, podem ser encontrados por toda a
Cidade Baixa sempre que um bairro tem contato com a água,
mas raramente tentariam se impor fora do cais. Mais comum
é a situaçào de grupos como a Guilda dos Verdureiros ou a
Irmandade dos Barbeiros, que operam em todos os cântos
da cidade e. portanto, não reivindicam territóÍio físico algum,
unindo-se apenas para defender os interesses do ofício. Para
várias dessas galeras, muitas vezes não há necessidade de
manter uma sede formal: seus integrantes se reúnem quando
e onde for preciso
- no depósito de uma loja ou à mesa da
cozinha e pouco se interessam por bandeiras e símbolos.
-
Mesmo assim, é inegável que algumas galeras dominam
certos cantos da cidade. Às rezes porque uma comunidade
formou sua própria galera numa tentativa direta de controlar
e proteger seu bairro. Esse é o caso dos Dândis do Morro das
Flores, herdeiros de mercadores ricos que proclamam em
alto e bom som que o Punho Flamejante nâo se esforça o su-
ficiente parâ proteger o bairro e que apreciam a oportunidade
de exibir sua valentia patrulhando as tavernas da vizinhança,
portando espadas caras e usando suas braçadeiras púrpuras.
Mais comumente, o território físico é consequência de uma
como o Sindicato dos Carregadores e o Bloco dos Açouguei-
ros, que tendem a dominar Vialeste, pois seus integrântes se
reúnem nas proximidades do Portâo do Basilisco para terem

GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE I85

 Er.rcorurnos Alelrónros NA Croaoe Bnlxl
d20 Encontro
l-6 Sem encontros
7-.l0 lnteração inofensiva (jogue ld12 e consulte a tabela D)
l l-16 Habitantes (jogue 1dl0 e consulte a tabela E)
17-20 Ameaça (.iogue 1d10 e consulta a tabela F)
TaseLl D: lrreuçõEs !NoFENsrvAs NA Croaoe Blrxl
dl2 lnteração
I lntegrantes de uma galera com braçadeiras púrpuras
e uma maquiagem fabulosa nos olhos os Dândis
do Morro das Flores
-
detêm o grupo para dizer aos
personagens
-
que estão
de olho neles e que é melhor os
aventureiros não se meterem em confusão.
2 Uma repórter da Boca de Baldur faz sinal para o grupo
chegar mais perto, torcendo para que os aventureiros
a ajudem a conseguir informaçôes para uma matéria a
respeito de uma conspiração absurda.
3 Um homem tem um olho de vidro para vender ao
grupo. Mais tarde, um bêbado sai trançando as pernas
da taverna da Sereia Acanhada e se põe a vasculhar as
sarietas em busca de seu olho desaparecido.
4 Um papa-defunto da Funerária Candulhallow
se aproxima e pergunta aos personagens se,iá
cogitaram fazer um seguro de morte em vida,
alertando-os sinistramente sobre a imputabilidade ou
responsabilidade civil de possíveis prejuízos causados
por seus cadáveres após a morte.
5 Scalm Shilvin das Expedições Vialeste ri da armadura
de um dos membros do grupo. Ela oferece a aplicação
de "repelente de raptores" pelo precinho camarada de
r0 Po.
6 Um homem que tem pavor de ratos vem correndo pela
rua e colide com o grupo, logo depois de ver um bando
de ratos devorar um cadáver numa viela.
7 O druida Torimesh oferece a um membro do grupo um
símbolo estranho que se apresenta como uma mancha
num pedaço de casca de árvore. Ele diz que se trata
de uma mensagem enviada pela Árvore Desenhista do
Parque da Revelação Mística.
8 O fanático por chá mais suspeito da cidade convida o
gíupo a entrar no Jopalin e tomar uma xícara grátis da
mistura especial da casa.
9 Uma mulher rude se entrosa com o grupo e conta aos
personagens que Laraelra Thundreth está contratando
leões de chácara no Lampião Mortiço.
10 Uma rachadura sinuosa na rua guincha quando um
membro específico do grupo pisa nela. A rachadura se
estende por quarteirões até a Mansão de Mandorcai.
il Dois marinheiros bêbados convidam os personagens
se juntarem a eles e cantar uma conhecidíssima canção
de bordo intitulada "Ostras Grandonas", mas logo es-
quecem a letra e vão embora, trançando as pernas.
12 Um "druida" molhado e fedido vem correndo do Fortim
do Esgoto. Se alguém o detiver, o homem apavorado
dirá: "A caca chocou uma coisal"
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
r86
Tleell E: Hlsrrll.rrEs DA Croloe Blrxl
d'|0 Habitantes
1 2d6 membros de gangue ou piratas (todos rufiões)
2 1d4 + I mercadores grosseiros (plebeus)
3 ld6 kenku cuidando da própria vida
4 3d6 integrantes zangados de uma galera (plebeus)
protestando contra a brutalidade do Punho Flamejante
5 2d4 soldados do Punho Flamejante (veteranos) em
patrulha
6 1d4 punguistas da Guilda (espiões)
7 ld8 mendigos (plebeus)
8 1 repórter da Boca de Baldur (plebeu)
9 1d4 patriares (nobres) e 3d6 guarda-costas (rufiôes)
l0 I mandachuva da Cuilda (bandido capitão) e
2d6 agentes (bandidos)
Tlaell F: Auelçns NA CTDADE Barxa
d'|0 Ameaça
I ld4 fúrias de ratos
2 1d4 diabretes invisíveis
3 Esquadrão do sequestro da Trindade dos Mortos
(consulte o quadro "Outros Encontros com a
Trindade dos Mortos" na p. 28)
4 Esquadrão da morte da Trindade dos Mortos
(consulte o quadro "Outros Encontros com a
Trindade dos Mortos" na p. 28)
5 ld4 +1 meios.ogros recrutadores da presiganga
6 ld6 agentes da Cuilda (espiões)
7 2d4 arruaceiros (rufiões)
8 ld6 mercenários do Punho Flamejante (veteranos)
que não vão com a cara dos aventureiros
9 I fantasma do Hospital daZona Portuária
l0 ld4 mímicos fingindo ser carga
A menos que duas galeras estejam em franco conflito, a
maioria dos integrantes coopera de bom grado com mem-
bros de outÍa galeras e não veem muito motivo para demar-
car territórios físicos. Afinal, um bairro precisa de muitas
profissões diferentes para prosperâr carpinteiros e co-
-
zinheiros, quitandeiros e boticários - e o fato de irmãos e
cônjuges muitas vezes pertencerem a grupos distintos ajuda
a minimizar o conflito entre galeras.
GnocnerrA DA Croepn Berxa
Apresentados a seguir, em ordem alfabética, estâo alguns
dos lugares mais dignos de nota da Cidade Baixa. Esses
lugares também estão indicados no mâpa da cidade
(p.172-t73).
A Bocn DE BALDUR
Apadrinhada por todas as camadas da sociedade, a Boca de
a
Baldur é o principal serviço de notícias e pasquim de fofocas
da cidade. Utilizando um pequeno exército de facheiros,
a Boca divulga as notícias vendendojornais nas esquinas
e berrando para os transeuntes a versão resumida das
principais matérias. Dos cortiços da Cidade de Fora às salas
de estar dos melhores solares, é à Boca que os baldurianos
recorrem para se informar, se indignar e deleitar com os
escândalos. Parte das notícias
- novas leis aprovadas pelo
Conselho dos Quatro ou o resultado das eleições oficiais
- é fornecida diretamente pelo governo, mas a maioria
vem de jornalistas autônomos, e pronunciamentos oficiais
muitas vezes dividem espaço com editoriais mordazes e
caricaturas políticas nada lisonjeiras que têm essas mesmas
autoridades como alvo.
Etevardo Agulha, um humano plebeu, caótico e bom, dirige
a operação desde um armazém convertido e surpreenden-
temente modesto no Chorrilho. Filho de um estabelecido
alfaiate da Cidade Baixa, ele sempre se irritou com a maneira
como os moradores da Cidade Baixa eram tratados pelos
patriares arrogantes e começou a Boca de Baldur como
maneira de empoderar os pobres da cidade por meio do que
ele via como a maior arma da mudança social: a informação.
No começo, ele simplesmente pagava os facheiros locais
para espalhar aos berros as matérias dele sobre as injustiças
cometidas pela nata da sociedade, mas, com o entusiasmo
cadavez maior por essa prática e as informaçôes que agora
vinham de mais pessoas, ele passou a escrever as matérias
para que seus distribuidores
- muitos dos quais ele ensinou
a ler pudessem vendê-las diretamente. Hoje em dia, Agulha
- pedra se estendem por sobre a beirada e rio adentro, sob
imprime seus jornais às carralhadas, auxiliado por escribas
mecânicos comprados do Palácio dos Prodígios e financiado
por anúncios de mercadores da cidade toda.
Mesmo tendo o rabo preso com os anunciantes e apesar
de sancionada tacitamente pelo governo da cidade, a Boca
nunca perdeu seu pendor populista. Agulha toma o cuidado
de garantir que o jornal tenha serventia suficiente para o
governo de tal modo que nunca seja interessante mandar
fechá-lo, mas dedica o resto da publicação às notícias que o
governo talvez preferisse calar, desde escândalos aristocrá-
ticos e indícios de corrupçâo à discussâo franca de várias
ameaças à cidade, sempre com uma dose saudável de retó-
rica antielitista. Seus editoriais têm um fraco por sua amiga
Rilsa Rael, a mandachuva da Guilda no Bairro Calishita.
Agulha detesta a Guilda, mas vê nas inclinações igualitá-
rias de Rilsa o potencial de criar uma heroína do povo e,
inocentemente, esperâ que ela transforme a Guilda: de or-
ganizaçào criminosa para uma força policial comunitária a
serviços dos oprimidos de Baldur's Gate.
A Boca de Baldur é uma grande fonte de oportunidades
paÍa os aventureiros na cidade, pois Agulha está sempre à
procura de "repórteres investigativos" dispostos a investigar
rumores sobre acontecimentos estranhos ou caçar indícios
de corrupção da elite local. A mera leitura do jornal pode
apresentar oportunidades de aventura : anúncios que recru-
tam mercenários, relatos mal fundamentâdos de ataques de
monstros ignorados pelo Punho Flamejante, entre outras
coisas. E, naturalmente, se forem bem ou malsucedidos
numa empreitada chamativa, os aventuÍeiros podem encon-
trar caricaturas suas e matérias a respeito de suas proezas
na edição mais recente da Boca.
Cese oe ExcnlÊNCIA DE Ganuurr
Parte escola, parte cervejaria, esta construção de três an-
dares se debruça precariamente sobre a rua na Vialeste.
Dirigida por uma artista marcial idosa e sem identidade de
gênero chamada Garmult (humana gladiadora, neutra e
boa), a Casa da Excelência oferece todo tipo de treinamento
marcial para os pretensos combatentes da cidade e também
serve como ponto de encontro para a galera da Legião Sem
Bandeira. Garmult ajuda a líder da galera, Dezri "Brio" La-
mouer, a encontrar os mercenários ideais para os clientes.
Também contrata os sócios para dar aulas no átrio ao ar li-
vre da escola enquanto outros filiados relaxam nas sacadas
que dão para esse pátio. Ali costuma haver sempre vários
mercenários veteranos que ficam trocando histórias e espe-
rando um contrato apaÍecer.
Qualquer um pode estudar na Casa da Excelência pagando
Garmult, mas somente aqueles que fizeram por merecer a
filiação à Legião Sem Bandeira podem ficar à vontade para
socializar e procurar trabalho ali. As pessoas que aparecem à
procura de uma coisa ou outra sâo desafiadas para um duelo
amistoso no átrio, geralmente contra Garmult. Se o impres-
sionarem, serâo recebidas com uma gargalhada e um forte
aperto de mão, quando então Garmult ficará feliz em arranjar
trabalho de guarda-costas ou outros contÍatos para os novos
filiados, ficando apenas com honorários simbólicos pela indi-
cação. Nem todo mundo na Legião recebe tão bem os novos
filiados, mas Garmult só permite duelos consensuais e não
letais no interior de seu estabelecimento. Poucos sâo os só-
cios que desafiam a autoridade de Garmult, pois temem nâo
conseguir novos contratos.
Cese oe RerNnn DAS AcUAS
A Casa da Rainha das Águas, o templo mais antigo de
Baldur's Gate (Portão de Baldur), agarra-se a seu enorme
píer feito um monstro das profundezas, e suas paredes de
as ondas e a lama. Na ponta do píer, uma fonte imensa em
forma de navio a pique emite um jato alto de água, para que
os fiéis não esqueçam que deixar de aplacar Umberlee sai
muito caro.
A intimidadora Allandra Grey
- humana sacerdotisa,
caótica e má
- lidera as vinte e poucas aiamarinas do
templo, em sua maioria mulheres que perderam consortes
ou os pais no mar. Os baldurianos comuns Íaramente veem
as aiamarinas e nunca entram no templo. Quando desejam
fazer oferendas, os fiéis precisam tocar uma campainha ao
lado da porta. Duas aiamarinas (humanas acólitas, caóticas
e más) atendem à porta: uma delas aceita a oferenda e a
leva para dentro; a outra entoa uma prece breve na entrada.
Entoada a pÍece e recolhido o donativo, elas voltam a entrar
e fecham a porta.
As pessoas de fora nâo sabem exatamente como
funcionam as finanças do templo, mas as sorumbáticas
aiamarinas compram pouca coisa nos mercados, a nâo
ser o indispensável. O restante do dízimo é levado em
procissão solene por uma escada em ruínas e coberta de
limo que desce pelo lado de fora do templo e entra na água
escura. As aiamarinas desaparecem sob a água durante
alguns minutos e retoÍflâm de mãos vazias. Ninguém
sabe ao certo o que acontece com os tesouros e há quem
sugira que sâo escondidos em caixas fortes subaquáticas.
Outros acreditam que os donativos são levados pela própria
Umberlee. Na verdade, as aiamarinas deixam os tesouros
ao pé da escadaria, onde sâo recolhidos no ptazo de uma
hora por 2d6 sahuagin liderados por uma sahuagin
sacerdotisa. Os sahuagin vêm do distante Mar das Espadas
para obter esses tesouros e, em troca, abstêm-se de atacar a
cidade, seu porto e os navios que dali zarpam para o mar.
Quando querem que algum mal aconteça a um navio ou sua
tripulação, as aiamarinas deixam um berbigão ao lado do te-
souro na água. Ao ser aberto, o berbigão recita magicamente
até 25 palavras no idioma comum. Essa informaçâo ajuda os
sahuagin a identificar o navio. A sahuagin sacerdotisa usa a
magia lín§uas para traduzir as palavras do berbigão, aí ataca
o navio em algum momento durante a lua nova seguinte.
Cese DE CHÁ DoJoPALTN
Depois de assumir o negócio do pai, um meio-elfo rufião,
neutro e mau chamadoJopalin transformou o prédio, que
deixou de ser uma taverna de má reputaçâo no cais do porto
para ser uma casa de chá requintada. Muitos se espantaram
GEOCRÀFIA DE BALDUR'S GATE
r87
 com a prosperidade de um estabelecimento tâo sofisticado
em meio à clientela inculta d,a zona portuária, mas ninguém
tem como contestar o caráter viciante da mistura especial
de folhas de chá do meio-elfo. Jopalin acrescenta folhas de
dama-da-noite zibelina ao chá, criando uma dependência
química lenta e discreta naqueles que o bebem. Muitos
nunca se dâo conta do que está acontecendo e sabem
apenas que desejam ardentemente tomar o chá doJopalin, e
não outro. Para aqueles que descobrem a má-fé, geralmente
é tarde demais e nâo lhes resta outra escolha senão voltar
à casa de chá. Jopalin cuida pessoalmente dos fregueses
e garante que apenas aqueles que parecem vulneráveis
recebam o chá "especial", evitando a desconfiança de
qualquer um que talvez resista caso a verdade venha à tona.
Jopalin também mantém um miserável antro de dama-da-
noite no porâo úmido da loja, atendendo aos viciados comuns
e àqueles que passaram a depender tanto do chá que já não
conseguem mais fingir que sáo fregueses normais. Para
não levantar suspeitas, esses infelizes sâo colocados para
dentro por uma porta no edifício ao lado, onde um grupo de
rufiôes cuida de várias dezenas de catres imundos, cobram
os honorários deJopalin e administram a dama-da-noite. O
próprioJopalin, paranoico como é, vive num apartamento
luxuoso e cheio de armadilhas acima da casa de chá.
Escnrróuo CoNrÁerL
Faz séculos que este baluarte mercantil bem fortificado é
o centro do comércio em Baldur's Gate (Portâo de Baldur),
servindo como banco e casa de câmbio.
Mais óunker que banco, o Escritório Contábil fica na
margem do rio e tem dois andares superiores, semjanelas e
muito bem guardados. A maioria dos clientes comuns nunca
passa das repartições do andar térreo, mas a maior parte do
Escritório Contábil se estende pelo subterrâneo, afundando
na lama feito uma grande raiz de pedra cilíndrica. Ali ficam
os lendários cofres do prédio, onde os patriares da cidade
e mercadores do mundo todo guardam artigos valiosos de-
mais para que sejam confiados a uma segurança mais leve.
Somente os guardas humanoides que passam por um crivo
rigoroso têm acesso às profundezas do Escritório Contábil.
No demais, golems de pedra rondam os sinuosos corredo-
res inferiores, ao passo que elementais da água circulam
I por fora em canais inundados, o que impede os ladrôes de
abrirem túneis para os cofres protegidos por magia.
Um anâo do ouro ordeiro e mau chamado Rakath
Brilhabarba (bandido capitâo) é o proprietário do lugar
e também o principal tesoureiro da galera bancária da
cidade, a Ilustríssima Ordem dos Prestamistas. Mais
importante ainda, ele é o mandachuva da Guilda nas
Quebradas e controla não só os agiotas de pouca monta
e os espancadores de aluguel que cuidam dos devedores
mais desesperados, como também dos ladrões a serviço
da organização. Tesouros roubados em inúmeros assaltos
estão guardados nos cofres do Escritório Contábil ao lado
de depósitos legítimos, protegidos pelos muros do banco e
pela rede de influência política e empréstimos predatórios
de Rakath. Com a reputaçâo sinistra do anâo e a segurança
lendária do banco, poucos ladrôes chegam a cogitar a ideia
de roubar o local, mas quem o fizer provavelmente estará
com a vida feita.
Exrnorçõrs Vrernsrr
A Expediçôes Vialeste costumava comprar barato equipa-
mento de aventura e exploraçâo de masmorras de origem
duvidosa
- muitas vezes de aventureiros atormentados que
se aposentaram mais cedo e vendê-lo mais caro para pre-
-
GEOGRÁFIÀ DE BALDUR'S GATE
r88
tensos heróis otimistas. Scalm Shilvin, uma tiferina espiã
neutra, é a proprietária do lugar. Ela é lisa e gosta de usar
fraque. Ganhava bem a vida com seu negócio, mas tudo
mudou quando Baldur's Gate (Portão de Baldur) selou uma
aliança comercial lucrativa com os príncipes mercantes de
Porto Nyanzaru em Chult.
Shilvin logo tirou proveito do interesse crescente por
Chult, equipando pencas de aventureiros novatos e embar-
cando-os em navios rumo ao sul. Muitos nunca voltaram,
deixando-a sem saber se seu equipamento "à prova de selva"
ou "antidinossauro" funcionavâ ou nâo como ela havia pro-
clamado. Por fim, o governo local acabou se envolvendo de-
pois de vários fidalgotes patriares excessivamente ambicio-
sos terem desaparecido em empresas equipadas às pressas
pela Expediçôes Vialeste. Agora Shilvin só pode vender seu
modesto inventário de artigos e equipamento relacionado
à selva depois de um período de carência de dez dias que
ajuda a garantir que uma quantidade menor de cidadãos vá
nos negócios, Shilvin estabeleceu relações com vários em-
preendimentos comerciais (e piratas) que vivem em busca
de tripulantes. Desde então, a Expedições Vialeste adquiriu
a discreta reputaçâo de ajudar as pessoas a deixarem
rapidamente a cidade, desde que não se importem muito
em saber para onde vâo.
Focos DE ARTrFÍcro Do Fnocyn
Esta construçâo de pedra de quatro andares vive soltando
fumaça de cores incomuns por vários respiradouros e
chaminés. A partir da elaborada sala de exposiçâo que toma
os dois andares inferiores, o alquimista Avery Sonshal
(humano mago neutro) mantém o monopólio de longa data
de sua família sobre a produção de polvorim em Baldur's
Gate (Portão de Baldur).
O polvorim fica reservado para o Conselho dos Quatro
e a Magna Casa dos Prodígios de Gond, mas a loja vende
ao público vários artigos alquímicos de menor relevância,
desde tochas de chama colorida a granadas de fumaça e
fogos de artifício, alguns deles incrementados com ilusões
inofensivas. A oficina sem janelas que toma os dois andares
superiores do prédio tem acesso restrito: a escadaria é
bloqueada por uma enorme porta de cofre feita de ferro e
por um rufião contratado da Legião Sem Bandeira, mas
Avery, com suas costeletas, geralmente conversa de bom
grado com os fregueses e outros entusiâstâs da alquimia
nos pisos inferiores.
No momento, porém, Avery anda visivelmente
preocupado. Faz pouco tempo, alguém conseguiu invadir
a oficina no andar de cima enquanto ele dormia e roubou
quatro barris de polvorim. No lugar dos barris, ele
encontrou o desenho de uma fênix. Avery tem muito medo
do que os ladrões possam fazer com o polvorim: ele sabe
muito bem que alguém com acesso a toda essa pólvora
poderia mandar pelos ares uma parte do Paço Magno, da
Pedra do Draco ou uma série de outras fortificações. Por
mais horripilantes que considere essas possibilidades,
ele parece mais preocupado consigo mesmo: a segurança
do polvorim é sua responsabilidade e nâo há como ele
comunicar o roubo ao governo da cidade sem ser punido
por negligência. Mas, se ficar quieto e os ladrões usarem o
polvorim, ele obviamente será implicado. A única solução
é contratar alguém discreto e confiável paralocalizar
e recuperar os barris desaparecidos antes que seja
tarde demais.
Se for aceso, jogado no châo ou manuseado sem
delicadeza, o polvorim vai explodir e causar dano ígneo
a toda criatura ou objeto a até 6 metros de distância:
ld6 no caso de um punhado, 9d6 se for um barril. Uma
salvaguarda bem-sucedida de Destreza CD 12reduzirá
o dano pela metade. Dissipar ma§à torna o polvorim
permanentemente inerte.
Fonrru Do Escoro
A semelhança de muitas cidades portuárias, Baldur's Gate
(Portão de Baldur) tradicionalmente despeja o esgoto rio
abaixo e deixa a correnteza levar seus problemas para outro
lugar. Mas, com o crescimento da cidade, isso começou a
poluir perigosamente as águas, o que levou uma coalizão de
druidas e patriares a construir o Fortim do Esgoto.
Uma série de três torres embutidas nos muros na
extremidade oeste do bairro da Torremar, a usina tinha
como propósito tratar o esgoto pouco antes de despejáJo
no rio, usando vastos tanques de retenção fechados, com
plantas incrementadas por magia lá dentro, para purificar o
efluente. Embora a usina fosse um prodígio da engenharia
ecomágica, o público se mostrou muito pouco disposto
a cuidar de seus dejetos, e o financiamento logo acabou.
Desde então, o Fortim não passa de uma sombra do que
poderia ter sido e luta para impedir que aquilo que há de
pior em Baldur's Gate chegue ao rio.
A usina ainda está operante, mas funciona basicamente
como quartel-general e fachada da galera dos Guarda-
Esgotos. A maioria dos "druidas" e técnicos que trabalham
na usina não têm nada de druídas e técnicos. Na verdade,
eles formam uma galera de ladroes especializados que se
aproveitam da posição do fortim para passar despercebidos
através da rede de tubulações e cisternas de esgoto da
cidade. A partir desse labirinto de túneis, contrabandeiam
mercadorias e executam roubos ousados. além de
ocasionalmente atuar como caçadores de monstros nos
subterrâneos e trabalhar como guias nas entranhas da cidade.
A líder dos Guarda-Esgotos, Genamine Kopali (humana as-
sassina, neutra e má), também é a mandachuva da Guilda no
bairro da Torremar. Além de um bando diversificado de mar-
ginais vagabundos, sua galera também é formada por vários
druidas de verdade que mantêm a usina em funcionamento
e controlam as diversas feras guardiãs do grupo, entre elas
alguns monstes verderrantes aromáticos que vivem dentro
dos tanques e mexem os efluentes como parte do processo
de purificação. Mortlock Vanthampur (p. 26) paga Genamine
para mantê-lo informado sobre atividades estranhas no
esgoto. Mortlock, por sua vez, conta tudo que chega a seus
ouvidos para a mãe, a duquesa Thalamra Vanthampur.
FuNrnÁnra CeNournn LLow
Os elfos lunares da família Candulhallow opeÍâm a pequena
frota de rabecôes da cidade desde que o mundo é mundo.
Hoje em dia, os membros da família raramente empurram
os rabecões, mas seus agentes lacônicos são presença
constante em toda a cidade, recolhendo os mortos e usando
carroças de tração humanoide para levar seus fardos amor-
talhados ao Santuário do Sofrimento ou aos cemitérios
afastados, financiados por estipêndios municipais e gorjetas
dos entes queridos enlutados.
Em segredo, os Candulhallow enriqueceram discreta-
mente com a aplicaçào de vários golpes relacionados à
morte. E o principal deles é o acordo secreto com Keene
Nove Dedos para esconder contrabando no acondiciona-
mento funerário dos cadáveres, algo que os guardas e âÍre-
cadadores de pedágio nunca revistam. Ainda mais indecente
é a coleta e venda de corpos ou partes de cadáveres para
os cultistas e necromantes da cidade. A freguesa mais im-
portante é a matriarca da família, Leylenna Lumenera uma
elfa lunar maga, neutra e má que fica com os falecidos mais
seletos e raros para seus experimentos, substituindo-os por
cadáveres de indigentes e caixões lastreados. Se os delitos
da família viessem a público, isso certamente abalaria a
cidade até o osso e talvez obrigasse Leylenna a revelar a ela-
borada obra-prima necromântica
- uma evoluçâo da arte e
da vida que ela vem montando há meses em seu porão.
-
Hosprrnr DA ZoNA PonruÁnre
Várias gerações atrás, um surto de crupe convulso uma
-
peste extremamente contagiosa e letal que levava os afligidos
a tossir e a se debater incontrolavelmente até morrer
- fez
com que muitos baldurianos repensassem sua ideia de
medicina. Exigir que cada vítima procurasse por conta
própria seus respectivos cleros acelerava a disseminação da
doença, pois os infectados iam a diversos locais de culto na
cidade toda e, uma vez lá, sobrecarregavam as instalações.
Na sequência, a Cidade Baixa decidiu consolidar os esforços.
Pode ser que os patriares ainda consigam arcar com visitas
a domicílio, sacerdotes e médicos pessoais, mas os plebeus
financiaram a construção de uma grande instalação onde
todos poderiam procurar tratamento. Ansiosos para que
os cultos nâo fossem mais interrompidos por congregantes
contagiosos, vários templos da cidade forneceram de bom
grado clérigos para trabalhar no hospital. Naturalmente,
ariqueza ainda determina a qualidade do tratamento, os
clérigos raras vezes trabalham de graça, e quem nâo tem
dinheiro costuma acabar nas mâos dos cirurgiões em
treinamento em porões sinistramente manchados... mas
pelo menos os necessitados sabem aonde podem ir para
procurar ajuda. Sofrendo com a falta crônica de pessoal,
particularmente nas alas que atendem aos moradores pobres
da Cidade de Fora, o hospital vive tendo problemas de
segurança que vão desde pacientes zangados ao surgimento
espontâneo de mortos-vivos, passando por tratamentos
antiéticos ou experimentais conduzidos por sacerdotes de
religiões não alinhadas com o Bem ou retiradas excessivas
de analgésicos dos estoques.
Talvez diga muito a respeito de Baldur's Gate (Portão
de Baldur) o fato de as autoridades municipais terem
construído o hospital bem próximo do Portão da Penha,
que fica convenientemente perto do cemitério e o mais
longe possível dos bairros abastados.
Javarr SonnrorNrr
Com seu cardápio decididamente vulgar de opçoes de
café da manhã rebatizadas com nomes obscenos, oJavali
Sorridente sempre teve o propósito de causar sensaçâo
no próspero Morro das Flores. Mas a atual comoção
superou todas as expectativas da proprietária, Jentha
Allinamuch, uma pequenina austera plebeia, caótica e
boa. Nos últimos seis meses, andam aparecendo corpos
na viela atrás do café da pequenina. Já apareceram mais
de doze, sem que ninguém presenciasse como foram
parar lá. As vítimas parecem nâo ter nada em comum
- são de todas as idades, raças, identidades de gênero e
classes sociais, e desapareceram de lugares espalhados
pela cidade inteira
-, mas não resta dúvida de que
foram mortas pelo mesmo assassino, pois todas foram
encontradas com talhos curvilíneos nos pulsos e o coraçáo
trespassado. O distrito inteiro está em polvorosa por causa
dos homicídios, mas, até o momento, o Punho não foi
capaz de encontrar nenhuma pista sobre o assassino que
os moradores amedrontados apelidaram de Homem da
Foice. Com a queda brusca nos negócios,Jentha está tão
ansiosa quanto os familiares pesarosos para encontrar
GEOGRÁFIA DE BALDUR'§ GATE
r89
 respostas e pagaria de bom grado para que investigadores
independentes ajudassem a localizar o matador. Na verdade,
o assassino não é uma pessoa âpenas, e sim um grupo de
cultistas da Trindade dos Mortos que tem como objetivo
disseminar o medo na cidade (consulte "MatadouroJoelho
de Porco", p.197).
L.tÀdprÃo Monuço
Este antigo navio de três mastros balouça na água ao longo
da Doca da Rua da Ribatormenta na zona leste do porto.
Taverna e salão de festa de má reputação, o navio nâo tem
mais condições de navegar e precisa desesperadamente de
consertos.
Em dias e noites quentes, os clientes respeitáveis podem
se sentar às mesas no convés superior à luz dos lampiôes
pendurados, fumando e bebendo entre uma rodada e
outra de apostas, enquanto um público mais ruidoso se
reúne em torno dos bares e das mesas de jogo lá embaixo
nas cobertas.
Mais informações sobre o estabelecimento no capítulo 1.
MeNsÃo DE MANDoRCAT
Única mancha no bairro abastado de Morro das Flores,
esta mansâo apareceu do nada no meio da noite, ocupando
um terreno até então baldio. Com um quadro completo de
serviçais calados, a residência imponente ofereceu algumas
festas generosas para a elite da Cidade Baixa, tendo como
anfitriâo um humano mago, excêntrico e sorumbático cha-
mado Mandorcai. Em seguida, quase tão de repente quanto
apâreceu, Mandorcai fechou as portas do solar e desapare-
ceu da vista do público. Os moradores curiosos que xereta-
ram pelas janelas informaram ter visto um solar completa-
mente vazio cuja mobília parecia intocada havia anos. Mas,
logo depois, pessoâs de toda a cidade começaram a receber
convites para visitar a mansão, escritos com tintâ prateada
sobre papel preto e dobrados em pentágonos.
Aquelas que entraram na mansão nas datas marcadas
nunca mais saíram. Depois de alguns desaparecimentos,
um pelotão do Punho Flamejante entrou à força na casa.
Somente dois integrantes voltaram a sair, balbuciando coi-
sas sobre cômodos que mudavam de lugar e matadouros
encharcados de sangue com ganchos e correntes que nâo
parâvam de se contorcer. Nenhum trabalhador se mostrou
disposto a botar o lugar abaixo e, por isso, o Conselho dos
Quatro mandou barrar as portas com tábuas, mas deixou a
mansâo depe.Faz décadas que não se vê ninguém entrar
nem sair de lá. Se os convitezinhos pretos que volta e meia
aparecem à porta dos cidadâos são genuínos ou nào passam
de trotes inofensivos, ninguém sabe dizer.
A verdade é que Mandorcai obteve o conhecimento eso-
térico e sua mansâo mágica fazendo um acordo com dois
diabos das correntes gêmeos, os obesos Kyrix e Valisog.
Mandorcai passou anos cumprindo sua parte no acordo e
levando mortais parâ os dois ínferos como sacrifício, mas
aí uma violação do contrato permitiu que os diabos o ar-
rastassem aos berros para os Nove Infernos. Desde entâo,
as armadilhas vorazes e os poderes de transformação da
mansão estão dormentes. Mas, recentemente, um grupo
de cultistas invadiu â casa para dominar os poderes cruéis
do lugar. Apesar de ainda não terem entendido como se
comunicar com os diabos das correntes, quando o frzerem,
provavelmente será sem as medidas de segurança que Man-
dorcai havia conseguido negociar, o que pode causar uma
catástrofe infernal no bairro todo.
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
r90
MurrrvenrEDADES MÁcrces
Uma cúpula de vitrais cobre esta loja alta e circular, lan-
çando feixes de luz colorida nos vários pavimentos sem
paredes no alto de colunas de madeira, conectados por de-
graus e escadas de mâo. Os alojamentos no andar de cima
estão tomados por plantas raras e estantes de livros, ao
passo que o andar inferior funciona como uma das lojas de
magia mais populares da cidade. No interior dessas paredes
que aparentam ser delicadas mas são protegidas por magiâ,
os fregueses podem comprar e vender toda sorte de curio-
sidades e itens mágicos comuns com o excêntrico dono da
loja, Rivalen Negramão, um humano mago neutro que tem a
máo direita deformada.
Negramâo quase sempre tempoçôes de cura para vender.
Ele também costuma ter até 500 PO à mão para comprar
itens de pessoas que tenham artigos mágicos interessantes
para oferecer, mas ele sabe pechinchar e raramente pâga o
valor integral.
No momento, o mago se vê à mercê de um esquema de
extorsão incomum. Sua suposta aprendiz Gilligunn, uma
gnomo das rochas espiã, neutra e má, na verdade pertence
à Guilda. Toda vez que Negramão conclui um negócio
grande, Gilligunn segue o cliente em segredo e, dias depois,
lidera um grupo de bom tamanho de valentôes da Guilda e
armâ uma emboscada para a vítima, sabendo que ele estará
carregando ou uma grande somâ em dinheiro ou um item
mágico valioso que os criminosos poderão revender para
Negramão. O lojista nâo está nad,afeliz com isso, mas a
Guilda varia seus padroes o suficiente para afastar qualquer
suspeita de cima dele, e o mago é obrigado a admitir que é
melhor assim do que ele mesmo pagar por proteçâo.
Panqur DA REvELAçÃo MÍsrrca
Quarenta anos atrás, um anão do escudo druida, ordeiro
e neutro de nome Torimesh voltou para sua casa na cidade
depois de passar décadas se aventurando no estrangeiro
e comprou esse pedacinho de chão na encosta do morro.
Demasiado íngreme para permitir a construção de alguma
coisa, a área era havia tempos um ferro-velho ilegal: os
moradores subiam um promontório rochoso e despejavam
os refugos lá do alto do aterro. Err,vez de limpar o
entulho, Torimesh usou magia para cultivar as plantas
locais, fazendo com que uma floresta verde crescesse
por cima do lixo, deixando a ferrugem se encarregar do
desaparecimento dos escombros e criando gramados
macios e matagais juncados de pequenos recantos e
túneis onde antes havia pilhas altas de entulho. Esse
espaço remodelado, ele o transformou em parque público,
argumentando que os pobres precisavam do contato com a
natureza tanto quanto os patriares ricos com seusjardins
bem cuidados. O próprio Torimesh mora numa minúscula
choça encostada no afloramento saliente que até hoje é
conhecido como a Pedra do Lixeiro.
A grande atraçâo do Parque da Revelação Mística é a Ár-
vore Desenhista. Plantada por Torimesh, a árvore cresceu e
chegou a seu tamanho máximo em questão de dias. Trata-se
de uma espécie que ninguém consegue identificar, e Tori-
mesh se recusa terminantemente a esclarecer a origem da ár-
vore, mas todos conhecem seus poderes. A um pedido de Tô-
rimesh, a casca vermelha da árvore se parte e se enrola feito
pergaminho. Basta puxáJa com todo cuidado para que se re-
vele uma cena profética desenhada com seiva cor de sangue.
Essas visões arbóreas do futuro costumam ser enigmáticas,
mas é inevitável que se realizem. Bem que a elite da cidade
adoraria explorar esse poder, mas qualquer outra pessoa
que tente remover a casca da árvore ou arrancâr da planta
uma profecia vai se ver apenas com um pedaço de casca na
mâo e incitar em Torimesh uma fúria homicida. Por sua vez,
o druida se recusa a trabalhar por dinheiro e só remove as
cascas proféticas de acordo com os caprichos silenciosos da
árvore ou em troca de favores perigosos e bizarros.
Pnonas SrnrraNrns
A casa de banhos no bairro da Torremar é um dos prédios
mais antigos da área. Baixa e feita de pedra, foi construida
no estilo chessentano, possuindo piscinas aquecidas, salões
que fazem eco e deslumbrantes mosaicos ladrilhados.
As Pedras Sibilantes têm um nicho especial na política
balduriana graças à sua condiçâo de ponto de encontro
privativo, seguro e neutro. Sua proprietária de longa data,
uma elfa lunar espiâ e neutra chamada Merilyn Allaryr,
garante que os clientes entrarão nos banhos vestindo
apenas os mantos finos fornecidos pela casa, deixando
todas as armas e outros pertences aos cuidados dela. A
reputação de Merilyn e de seus funcionários extremamente
competentes é tão formidável que nem mesmo galeras rivais
ou estabelecimentos comerciais envolvidos nas negociações
mais tensas infringem a regra da casa que proíbe a violência.
O compromisso do estabelecimento com a discriçâo tam-
bemfaz dele o lugar ideal para os serviços de acompanhantes
na Cidade Baixa. Muitas das cortesâs mais disputadas encon-
tram seus clientes nas salas privativas e tomadas por vapor
das Pedras Sibilantes, contando com o silêncio de Merilyn
e a reputaçâo da casa de abrigar reuniões de negócios para
desviar as suspeitas de consortes enciumadas ou mexeriquei-
ros. Diferente de Merilyn, a União dos Farristas
- a galera de
profissionais da noite presente na cidade toda nâo torce o
- abandonada pela esposa. Um vagabundo da área alega ter
nariz para a ideia de vender segredos arrancados dos clientes
da casa de banhos, e os interessados em adquirir essas infor-
mações só precisam fazer sua discreta solicitação chegar aos
ouvidos certos. Essa dicotomia impede Merilyn de se filiar
oficialmente à União, mas a galera usa o local como sua sede,
alugando com regularidade a vasta piscina central e ali con-
duzindo suas reuniôes.
Ponreoa DE SESKER
Outrora o lar da família Sesker de mercadores, esta mansào
alta e pomposa foi abandonada depois que o último membro
da família morreu dentro dela em circunstâncias misteriosas
há vários anos. Pouco depois, um humano mago, neutro e
mau de Athkatla chamado Imbralym Skoond comprou o lugar
para usáJo como sua residência e oficina mágica, atraído
pelas histórias a respeito do construtor original da mansâo,
um contrabandista que transformou o lugar num labirinto
de passagens secretas, salas escondidas, paredes falsas e
entradas dissimuladas, a maioria das quais já foi esquecida.
Ambicioso e completamente amoral, Skoond ganhou
destaque como mago do Conselho dos Quatro, prestando
favores regulares ao conselho para promover seus próprios
planos. Raramente fica em casa, mas aloja quatro lacaios
alquimistas no recinto, acompanhados por vários guardas,
e eles usam as passagens secretas para dissimular suas
idas e vindas. A única função deles é descobrir e mapear o
máximo possível de segredos da mansão. Uma das histó-
rias que Skoond leu sugeria que o arquiteto original havia
morrido enquanto contrabandeava um tomo mágico raro,
levando-o a desconfiar que o volume ainda esteja escondido
nas paredes da casa.
Infelizmente, os aprendizes de Skoond nâo sâo os únicos
que procuram o tomo. Nos túneis escondidos, atraído pelas
auras mágicas do tomo e da vizinha Mansão de Mandorcai,
um nótico ronda as passagens da casa, usando-as para
espionar os magos e procurar o tesouro. Até o momento,
nenhum dos moradores o detectou: a última pessoa a fazer
isso foi o dono anterior, morto pelo olhar apodrecente do nó-
tico. Apesar de ser mau e de nâo ter a menor disposição de
renunciar ao tomo que ele ainda náo localizou
- -, o nótico
guarda inúmeros segredos que reuniu espionando e usando
suas extraordinárias habilidades oraculares, e pode ser que
esteja disposto a vendê-los pelo preço certo.
Sesnn E EsTRELAS
Esta estalagem confortável tem esse nome graças à sua
placa original, um escudo de madeira encantado. Pintado
de preto, o escudo circular exibia a imagem de um sabre de
prata de lâmina recurva, empunhado por um braço esguio
e pálido. Um encantamento lançado sobre o escudo fazia
brilhar pequenos pontos de luz parecidos com estrelas ao
longo da lâmina do sabre. A antiga estalajadeira do Sabre e
Estrelas, uma meia-orc bandida, caótica e neutra de nome
Aurayaun, costumava insistir que o efeito ilusório era a
única magia contida no escudo e que este fazia exatamente
o que ela queria: atraía a clientela.
Mesmo assim, parece que a história do escudo não
acaba aí, pois, recentemente, tanto Aurayaun quanto o item
desapareceram. Desde então, é a esposâ preocupada de
Aurayaun
- Lupin, uma humana plebeia, caótica e boa -
que vem cuidando da estalagem e manifestando em alto
e bom som sua convicçâo de que há má-fé por trás desse
desaparecimento. Que espécie de má-fé, aí ela nâo faz rdera.
Aurayaun não falava muito de seu passado, mas ela não
tinha inimigos, até onde Lupin soubesse. Lupin rejeita
furiosamente a conclusão do Punho Flamejante de que foi
visto Aurayaun subir e remover o escudo-placa bem tarde na
noite em que ela sumiu, para então desaparecer numa viela,
acompanhada de um vulto encapotado. Mas, desde então,
Lupin vem recebendo pacotes contendo pedaços do escudo
estraçalhado, e cada um deles ostenta uma minúscula cons-
telação. Lupin está convencida de que se trata de um mapa,
mas não sabe dizer para onde leva nem se esse destino está
na terra ou no céu. Mas ela está disposta a pagar alguém
para descobrir a resposta.
SeNruÁnro Do SoFRTMENTo
Este simples santuário de pedra dedicado a Ilmater, divin-
dade dos mártires e da persistência paciente, fica numa pra-
cinha tranquila que tem sua orla tomada por catres e pelos
parcos pertences da populaçâo sem-teto da Cidade Baixa.
Ali, os baldurianos pobres podem comer de graça e também
recebem algumas peças de cobre para pagar o pedágio dos
portôes da cidade, graças ao auxílio prestado pelo irmão
Hodges, um pequenino austero sacerdote, ordeiro e bom.
Sustentado por donativos de todas as camadas da sociedade
e muito querido em suâ comunidade, o pequenino clérigo
e seus filhos adultos Hansen e Sissa (ambos pequeninos
austeros acólitos, ordeiros e bons) estâo sempre ali, conver-
sando com os oprimidos da cidade, oferecendo a cura e as
esmolas a seu alcance.
A única fonte de renda da igreja
- fora as doações - é
uma série sinuosa de criptas que se estende no subterrâneo
a partir de uma entrada atrás do altar e, em vários pontos,
cruza as tubulações de esgoto da cidade. Paga-se uma pe-
quena taxa e, então, qualquer um pode levar um cadáver
à tumba apertada, onde hordas de ratos de esgoto vêm
devorar a carne, deixando (praticamente) só os ossos para
serem sepultados no ossuário anexo pelos fiéis de Ilmater.
GEOGRÂFIA DE BALDUR'S GATE
I9I
 H. í5srraínar de Batduran

:_
/.-

F , \.-
I
:
-'\

\l'
-/i
)

\, ,I
,.'l
).
iol_jrL I
,,1
)
,,' ií1 a

/r' ,tí
,/,.,-
i\,.
't)t... -/t ?>
tI
â '--4
t1,
I
I
;.-í.
--/-'
{\
zt ,I
-..----_--\ t\ .-\-

'S

GEOGRÁFIA DE BALDUR'S GATE

r92
 Mesmo sendo um fim ignóbil, geralmente é o único sepulta-
mento em campo santo que os pobres da cidade têm como
pagar, e o irmão Hodges faz o possível para realizar todo o
procedimento com discriçâo e dignidade. Mas um rasteja-
dor da carniça fértil subiu recentemente do esgoto para se
banquetear dos cadáveres dentro da tumba, deixando em
seu encalço um rastro de vermesjovens a se contorcer. O
irmão Hodges está indignado com essa profanaçào, mas
não se atreve a enfrentar as feras pessoalmente e o Punho
Flamejante anda sem pressa para vir socorrê-lo. A igreja
não tem como pagar, mas ele está disposto a oferecer curas
grátis como sinal de gratidâo a qualquer um que dê um jeito
nessa ameaç4.
Srnnra AcaNna»e
Com uma má fama que se estende à toda a Costa da
Espada, a Sereia Acanhada é conhecida como a melhor
tâverna e estalagem em Baldur's Gate (Portão de Baldur)
para quem quer perder os dentes ou chutar a boca de
outra pessoa. Sempre às raias de uma briga por causa de
bebida derramada, o bar é o tipo de lugar que a maioria
das pessoas só visita muito bem armada ou com um bando
de amigos... de preferência, as duas coisas. O lugar deve o
nome à sereia de madeira de tamanho natural pendurada
acima do incongruente balcão de atendimento. Dezenas de
'1-
mãos enegrecidas e ressecadas estão pregadas ao corpo da
sereia: lembranças deixadas por aqueles que se recusaram
a pagar â conta.
\-z Passado o misto de saguâo e sala de convivência, a Sereia
Acanhada é um labirinto confuso de alas e pavimentos estra-
nhamente conectados que esconde dezenas de quartinhos
ordinários e pelo menos quatro andares de paióis. Pouca
gente se dá ao trabalho de dormir na Sereia, em parte graças
ao pronunciamento público dos administradores do lugar de
que eles não se responsabilizam por possíveis perdas, nem
mesmo da vida ou de uma perna. Os quartos isolados e as an-
tessalas da estalagem servem, na verdade, como escritórios
para a miscelânea de figuras suspeitas que passam seus dias
bebendo ali. Os frequentadores do bar
- aparentemente ma-
rinheiros aposentados na verdade são contatos de várias
-
organizações inescrupulosas e vão desde contrabandistas e
bandoleiros a receptadores, traficantes de drogas e alcovitei-
ros. Alguns trabalham para a Guilda, outros para operaçoes
7 em toda a Costa da Espada. Quem quer fazer negócio com o
submundo da cidade logo descobre que distribuir algumas
moedas de prata na Sereia pode abrir portas, mas basta uma
palavra equivocada para a pessoa acabar inconsciente na
viela dos fundos. O lado criminoso da Sereia é um segredo
público, mas o lugar é tâo bem relacionado que o Punho
Flamejante costuma deixá-lo eÍn paz.
Tavrnxa DA ELEcTA Errrc,c.
Apesar da clientela rude, esta taverna é uma das mais
populares em Baldur's Gate (Portão de Baldur). A
intervalos irregulares e aparentemente aleatórios, a voz
fantasmagórica de uma elfa atravessa a plateia ali reunida
e entoa uma canção tâo obsedante que chega a diminuir
magicamente a luz dos lampiões e fazer chorar até mesmos
os clientes mais empedernidos.
Mais informações sobre o estabelecimento no capítulo 1.
Tonnruen DE BALDURAN
O quartel-general do Punho Flamejante fica numa ilhota
rochosa no porto e a maneira como seus muros íngremes se
elevam das pedras oferece a possíveis invasores vindos da
água poucos apoios para as mãos e os pés. Nas cinco torres
robustas dafortaleza, trabucos gondianos de fabricação es-
pecial estâo a postos para atirar pedras a uma distância três
vezes maior que o alcance de uma arma de cerco comum,
o que dá à fortaleza o controle não só do porto inteiro, mas
também da margem oposta do rio. Os navios invasores que
nâo se intimidam com a morte que vem do céu também te-
riam de se digladiar com a enorme corrente que vai da Tor-
remar até as estacâs sob o atracadouro no extremo leste do
porto, em Vila Giesta. Um cabrestante situado na torre pode
erguer a corrente, esticando-a de um lado a outro do porto
e impedindo qualquer coisa maior que um barco a remo de
entrar ou sair. Quanto aos ataques por terra, o passadiço
de 120 metros de extensão que liga a ilhota da Torremar à
margem não precisa de portões nem pontes levadiças, pois
os atacantes que cometessem a bobagem de investir por ali
seriam alvos fáceis para os arqueiros da muralha.
Aproximadamente cem soldados do Punho Flamejante
ocupam afortaleza o tempo todo, além dos moradores
da Torre dos Oficiais. No pátio central, o vasto arsenal da
organização guarda todas as armas que uma companhia
de mercenários necessita, além dos troféus de campanhas
no estrangeiro, uma biblioteca inestimável de textos rela-
cionados à guerra, entre outrâs coisas. Os boatos também
mencionam a tesouraria do Punho, que fica em uma caixa
forte revestida de chumbo em algum lugar no subterrâneo
da Torre dos Oficiais, cercada por vários metros de rocha
sólida e dotada de portas secretas escondidas por mecanis-
mos engenhosos e uma magia mais engenhosa ainda.
Além de defender a cidade, a Torremar também é a pri-
são de Baldur's Gate (Portâo de Baldur). Três andares de
masmorras se estendem nos subterrâneos, e os dois mais
inferiores se encontram abaixo do nível do mar, integrados a
um sistema de cavernas naturais. Isso garante a segurança
da prisão e também pacifica os condenados, pois quem se
comportâ mal sabe que sempre pode ser trasladado das
celas secas para os úmidos patamares inferiores. Os prisio-
neiros particularmente problemáticos acabam na Cacimba:
um poço inundado e sem luz onde os detentos são obrigados
a se mover constantemente para nâo se afogar e, ao mesmo
tempo, afastar os camarões cegos e dados a morder que vi-
vem ali. O encarceramento de longo prazo é raro na cidade,
mas sempre há detentos apodrecendo nessas celas, pessoas
que vão desde ladrôes de galinha a prisioneiros políticos
trancafiados com base em acusaçôes falsas.
Os personagens que se metem em sérias dificuldades com
a lei em Baldur's Gate podem acabar na Torremar. Apesar
de o Punho tratar a prisão como um acessório, quem tentar
entrar ou sair das masmorras ainda terá muito trabalho
pela frente. Somente as celas superiores têm janelas e
quem tenta romper as paredes das celas inferiores corre o
risco de causar uma inundação catastrófica. As sentinelas
estão sempre atentas a navios que se aproximam da ilha
de maneira suspeita e ninguém tem permissâo para cruzar
o portâo da fortaleza sem um bom motivo e uma escolta.
As celas propriamente ditas têm portas pesadas de aço
com fechaduras de alta qualidade, e as chaves ficam com
o carcereiro Albrecht Tacanho
- um humano gladiador,
ordeiro e neutro ou por sua segunda em comando, a
-
carcereira Cogrus Malho-de-Pedra
- uma anâ do escudo
cavaleira, ordeira e neutra. É comum os soldados serem
designados à carceragem como punição temporária. Isso
geralmente implica que os prisioneiros seráo tratados de
maneira mais rude, mas esse rodízio pode apresentar
umâ oportunidade ínfima parâ quem queira tirar alguém
da cadeia.
GEOGRAFIA DE BÀLDUR'S CATE
r93
 Croaon on Fone
Suja e inculta, a Cidade de Fora tem tudo que a elite de
Baldur's Gate (Portâo de Baldur) se recusa a deixar passar
por suas muralhas: pobres, refugiados, curtumes, currais e
outros ramos de atividade que ferem as susceptibilidades dos
nobres. Partindo de cada um dos portões exteriores da mura-
lha, a Cidade de Fora esparrama-se num emaranhado caótico
de barracos, lojas, carroças e tendas que ladeiam as ruas na
esperança de aproveitar um pouco do comércio da cidade, o
suficiente para seus donos sobreviverem. E, de fato, boa parte
das transações comerciais em Baldur's Gate acontece nesses
mercados irregulares, onde até mesmo os patriares vão às
compras, mas sem sair de suas liteiras perfumadas.
Os bairros menores, como Ladeira do Tombo e Porta-
negrar esparramam-se do lado de fora de seus respectivos
portões, mas a maior parte da Cidade de Fora acompanha o
Caminho da Costa que vai contornando o sopé do Morro do
Falcâo-Poeira, entre a Passagem do Draco e a cidade pro-
priamente dita. Os moradores desses bairros, tecnicamente,
não são cidadãos e não têm representação junto ao governo,
além de nâo serem beneficiados pelo policiamento da ci-
dade. O Punho Flamejante raramente patrulha a Cidade de
Fora e só costuma apareceÍ para perseguir habitantes dessa
área por crimes cometidos dentro dos muros.
Os desafios da Cidade de Fora produzem comunidades
pequenas e muito unidas onde a honra e as relações sociais
de uma pessoa são as únicas coisas que se colocam entre
ela e uma morte rápida.
ApnoxruANDo-sE DA CTDADE
Os visitantes que se aproximam de Baldur's Gate (Portâo de
Baldur) pela estrada passam primeiro pelos bairros decrépi
tos da Cidade de Fora, onde o tráfego é encurralado por fo-
gueiras de caçador, barracas de feira e atividades barulhentas
ou repugnantes demais para os cidadãos de extraçâo mais
elevada. Ali os viajantes devem deixar as montarias ou os ani-
mais de carga de porte considerável num dos incontáveis está-
bulos e caravançarás antes de pagar as taxas para atravessar
os portões e entrar na cidade propriamente dita. Os viajantes
que vêm do sul são duplamente abençoados nesse quesito,
pois pagam uma vez ao atravessâr a ponte na Passagem do
Draco e de novo depois da provação de percorrer os bairros
da Cidade de Fora que contornam o Morro do Falcâo-Poeira.
Os viajantes que chegam pelo rio aguardam no centro
do Porto Gris, sob o olhar vigilante da Torremar, até
um dos agentes do capitâo do porto chegar a bordo de
um esquiíe veloz. Protegidos por grupos de Maroleiros
Grisalhos (veteranos do Punho Flamejante), esses agentes
alfandegários avaliam o carregamento do barco, recolhem
impostos e cobram por hora pela alocação de berços de
atracaçâo num dos diversos cais e píeres da cidade. As
embarcações grandes também podem pagar para usar os
prodigiosos guindastes mecânicos de Baldur's Gate, o que
acelera drasticamente o processo de descarga.
Barnnos
Os bairros a seguir compõem a Cidade de Fora.
Bairro Calishita. Os habitantes calishistas desta comuni-
dade murada guardam ferozmente seu lar tanto da Guilda
quanto do resto de Baldur's Gate. Mais detalhes sobre o
Bairro Calishita podem ser encontradas na p. 197.
Canção Dobrada. Pronta para dar as boas-vindas aos visi-
tantes que cÍluzam o rio, Canção Dobrada é famosa por
sua enorme diversidade de santuários e locais de culto,
GEOGRÂFIA DE BALDUR'S GATE
r94
desde os diminutos altares e ídolos de beira de estrada até
os templos caseiros. Aqueles que procuram magia de peso
ainda precisam visitar os templos maiores na cidade, mas
nenhuma divindade é estrangeira nem obscura demais
para ser cultuada nazona sacra de Cançâo Dobrada, onde
não se questiona nem mesmo a adoraçâo lícita de ínferos
e da Trindade dos Mortos.
Capela Norte. Bairro mais tranquilo da Cidade de Fora, a
Capela Norte atende aos moradores dispostos a pagar
para a Guilda, em troca de sua segurança, mais do que a
habitual taxa de proteçào.
Escrabosana. Este vilarejo autônomo de pescadores e
moinhos d'água é o primeiro bairro que os viajantes
encontram quando vêm do sul. Dominado por uma
gangue chamada os Ratos de Escrabosana, também é o
paraíso dos contrabandistas por causa do acesso ao rio.
Ladeira do Tombo. Isolado, este bairro que sobranceia o rio
e vive tomado pelo nevoeiro abriga o Cemitério da Penha.
Olhos de Pedra. Pegado ao Portâo do Basilisco de onde tira
seu nome, este bairro é tomado por estábulos e currais.
Muios habitantes da Cidade de Fora que trabalham no in-
terior dos muros vivem ali, para ficar o mais perto possível
dos locais onde exercem suas atividades. Entre eles há uma
comunidade signifi cativa de meio-orcs carregadores.
Passagem do Draco. Esta ponte imensa atravessa o rio
Chionthar. Lojas e casas cingem as beiradas da ponte.
Mais informaçôes podem ser encontradas na p. 200.
Pé da Porca. Aqui, expatriados de dezenas de naçôes
remotas confraternizam com raças que vâo desde o povo-
lagarto aos svirfneblin em meio aos aromas de pratos
exóticos e às vozes de animais estranhos, unidos contra
uma cidade que os vê como intrusos.
Portanegra. Assentamento do lado de fora do Portâo do
Dragão Negro, Portanegra atende àqueles que viajam
entre Baldur's Gate (Portão de Baldur) e Waterdeep
(Águas Profundas) pelo Caminho do Comércio. Estábulos
enormes cuidam das montarias dos viajantes e uma
comunidade de anões do escudo ferreiros atrai até mesmo
os habitantes da Cidade Alta com seu talento.
Tomalva. Tem esse nome por causa da casa senhorial toda
branca que fica em seu centro e abriga o maior enclave de
gnomos da cidade. O bairro de espírito livre é o lar de hor-
das de artistas e, não fossem seus curtumes odoríferos,
provavelmente atrairia os moderninhos da cidade, que
fariam subir os preços e desalojariam os radicais.
GnocnaFrA DA Croann DE FoRA
Sonhos pÍosperâm e morrem na Cidade de Fora que,
segundo muita gente, enceÍra o que há de melhor e pior
em Baldur's Gate (Portão de Baldur). Seguem-se alguns
dos lugares mais bem conhecidos e de pior reputação da
Cidade de Fora.
Arsrncur DA ToRRALvA
Numa cidade que muitas vezes se imagina sombria e pe-
rigosa, o Albergue da Torralva é um traço de luz e leveza.
Construída por um rico organizador de caravanas que
perdeu a fortuna por causa de ataques perpetrados por
monstros, esta casa senhorial de paredes brancas logo foi
tomada por posseiros e hoje já faz quase um século que
virou uma comuna de artistas formada exclusivamente por
gnomos. Apesar de apenas gnomos serem convidados a alu-
gar um dos 37 apartamentos conjugados do solar tortuoso,
baldurianos de todas as raças podem ficar à vontade para
socializar nas famigeradas festas surrealistas do lugar ou
frequentar seus concertos e excêntricos eventos artísticos.
Exconrnos Alelrónros NA Croloe oe Fonl
d20 Encontro
l-6 Sem encontros
7-10 lnteração inoíensiva (jogue 1dt2 e consulte a tabela C)
l l-16 Habitantes (jogue 1dl0 e consulte a tabela H)
17-20 Ameaça (jogue ldl0 e consulta a tabela l)
Tlsell G: lrrenlções lxorersrvls
NA CIDADE DE FORA
d12 lnteração
I Um integrante da galera dos Tumulários do Cemitério da
Penha pergunta tranquilamente se o grupo viu passar uma
mulher usando um vestido antiquado. Se lhe pedirem mais
detalhes, ele dirá: "dá pra ver através dela".
2 Um sacerdote da lgreja da Derradeira Esperança pede
ajuda do grupo para procurar um paciente desgarrado.
3 Um machado obviamente mágico segue flutuando pela rua
e ameaçando os transeuntes. O proprietário do Machado
Dançarino de Danthelon segue em seu encalço (mais infor-
mações em "Machado Dançarino de Danthelon", p. 196).
4 Ubis Garynmor da Estrebaria e Coleção Zoológica
Garynmor vai de viela em viela, piando feito coruja. Se lhe
perguntarem o que está íazendo, ele vai admitir de má
vontade que algo fugiu de sua estrebaria.
5 Um meio-elfo de olhos fundos, Jaemus Exheltarion do Ma-
tadouro Joelho de Porco, admira descaradamente a orelha
esquerda de um personagem e oferece 1 5 PO por ela.
6 Um integrante dos Paxás Direitos do Bairro Calishita tenta
vender aos personagens bolinhos frescos de chocolate
nozes, preparados segundo a receita secreta da avó dele,
para levantar dinheiro para a festa de aniversário de uma
criança. Os bolinhos custam I PC cada e são deliciosos.
7 Jonas Boanoite, dono do Teatro Oásis, faz elogios
exagerados ao grupo, convidando os aventureiros
para estrelar sua próxima e insólita produção.
8 Uma astrônoma de olhos turvos topa com o grupo
enquanto observa assustada o firmamento. Se lhe pergun-
tarem algo, ela vai apontar o céu e murmurar: "As estrelas
estão erradas. Tempos tenebrosos nos aguardam."
9 Vários gnomos às gargalhadas, seminus e com os corpos
pintados, conduzem uma geringonça dotada de rodas
pela rua. A coisa é uma obra de arte móvel criada no
Albergue da Torralva e intitulada "Patriares".
I0 Um grupo de oficiais do Punho Flamejante nitidamente
embriagados sai trançando as pernas de um bar na Passa-
gem do Draco. Eles tentam arraniar briga com o grupo, não
conseguem, pedem desculpas e vão embora.
ll Um integrante precoce dos Guias Baldurianos pergunta aos
aventureiros se eles querem ganhar um dinheirinho fácil.
Se a resposta for sim, ele vai pedir que criem uma distração
para que os soldados do Punho Flamejante parem de impor-
tunar uma família de refugiados recém-chegada que ele está
ajudando.
12 Um mercador e um guarda discutem a maneira mais precisa
de medir os tamanhos de um asno extraordinariamente pe-
queno e um pavão excepcionalmente grande. Eles pedem
opinião de um dos aventureiros quando o grupo passar.
TleeLl H: HlerrlNrEs DA Cronoe DE FoRA
dl0 lnteração
1 2d4 rufiões calishitas e 2d4 rufiões tethyrianos trocam
insultos, prestes a sair no braço
2 ld6 gnomos plebeus do Albergue da Torralva jogam to-
mates nos transeuntes ricos que ostentam suas posses
3 1d4 bandidos passeando em cavalos de montaria
roubados de um curral
4 2d4 guardas do Punho Flameiante de folga ou a caminho
de algum outro lugar ignoram crimes flagrantes
5 ld4 patriares (humanos nobres) e 2d8 guardas
6 ld4 camelôs (espiôes) distribuem panfletos do
Teatro Oásis
7 1d4 plebeus pastoreando 2d8 cabras e um pavão
(use o bloco de estatísticas do abutre)
a
8 2d6 mendigos (plebeus)
9 I oficial (cavaleiro) e 2d4 soldados (veteranos) do Punho
Flamejante a caminho da Pedra do Draco ou vindos de lá
l0 2d6 integrantes da galera dos Passageiros ou Tumulários
(plebeus) fazendo a ronda
Tasell l: Auençns NA CIDADE DE FoRA
dl0 Ameaça
1 2d4 ratos gigantes
2 I bandido capitão e ld6 bandidos cobram imposto
"pelo uso da rua"
3 Id6 punguistas da Guilda (espiôes)
4 1d4 carniçais beliscam cadáveres deixados na rua
e 5 2d6 esqueletos que fugiram do Cemitério da Penha
6 Um machado voador de duas lâminas assusta os
transeuntes (trata-se do stirge envolto numa ilusão lá
do Machado Dançarino de Danthelon)
7 I cocatriz que fugiu da Coleção Zoológica Garynmor
8 1d6 stirges
9 1d4 chacais abissais que moram no Bairro Calishita
l0 Esquadrão do sequestro da Trindade dos Mortos
(consulte o quadro "Outros Encontros com a
Trindade dos Mortos" na p. 25)
Sendo assim, o albergue se tornou o ponto de encontro
central dos radicais e revolucionários da cidade, bem
como de muitos artistas e sonhadores.
Uma das pessoas que mais abertamente criticam
o governo balduriano ali no bairro, Pernilla "Proleta"
Cabrenock, uma gnomo das rochas, bandida capitâ e
neutra, aliou-se a um inventor e arcanista excêntrico
chamado Ardryn Deagle, um gnomo das rochas mago,
caótico e bom. Boatos espalhados pela própria Proleta
sugerem que eles quase completaram uma invençâo mágica
que vai "enfim remover os grilhôes do capital e emancipar
o povo pâra que este possa vicejar", mas o esquema de
segurança em torno do projeto tem sido extraordinariamente
rigoroso e muitos membros da comuna nem sabem do que
se trata. A maioria das pessoas supôe que seja mais uma
estranha crítica dirigida aos patriares da cidade, mas tanto a
Guilda quanto o Punho Flamejante adorariam se infiltrar no
projeto dos revolucionários e garantir que este náo representa
uma ameaça ao status quo.
a
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
r95
 I
pairro Catislríra
§ t
0
:
»
a ,.?),
:9
- . '-'"
Barnno Carrsnrre
Gerações atrás, uma frota de refugiados calishitas que
fugiam da guerra no Sul ancorou no Porto Gris. Em vez
de abrir as portas para os estrangeiros, o povo de Baldur's
Gate (Portâo de Baldur) se apressou em empurrá-los para
fora da cidade, obrigando-os a sair pelo Portâo do Basilisco
no meio da noite e ainda cobrando por esse privilégio.
Desesperados e exaustos, os refugiados foram encontrar
socorro num caravançará dirigido por um compatriota na
Cidade de Fora. Ali usaram o pouco dinheiro que tinham
conseguido tÍazer paÍa construir um novo lar: um povoado
calishita tradicional que seria tâo amigável com Baldur's
Gate como os baldurianos foram com eles.
Muito tempo se passou desde esse princípio infame, mas
as tensões continuam elevadas entre o Bairro Calishita e o
resto da cidade, particularmente no caso dos baldurianos
que vivem dentro dos muros. Diferente de boa parte da
Cidade de Fora, onde os bairros se emendam uns nos outros
e ninguém sabe dizer onde um termina e outro começa, o
Bairro Calishita é delimitado por muros de alvenaria de
4,5 metros de altura e 1,5 metro de espessura, arrematados
com minaretes no estilo calishita clássico. Esses muros
não delimitam apenas o bairro. O Bairro Calishita foi
construído como uma cidade em miniatura dessa naçâo,
com seu interior dividido em vários drudachs (vizinhanças).
Cada drudach é isolado por muros e habitado por uma
determinada família ou tribo, com os próprios locais de
culto, estalagens ou tavernas, mercados e oficinas de
ferreiros, armeiros, curtumeiros ou moleiros. Essa profusâo
de muros pode fazer o Bairro Calishita parecer refratário
e reservado, mas na verdade é justamente o contrário: os
passadiços dos muros espessos funcionam como ruas
elevadas, e os moradores conseguem ver de cima o plano
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
196
..-:
I
g
(_I'
t
I
-i*'r',
Z,'
'(
geral do bairro e escolher com facilidade o caminho até
onde desejam ir.
Devendo apenas ao Largo no quesito mercados caóticos
e animados, o Bairro Calishita abre suas portas aos
forasteiros somente algumas horas por dia. No interior de
seus bazares labirínticos, os mercadores locais praticamente
têm o monopólio de vários artigos importados do Sul, desde
sedas e as excelentes lâminas de aço calishita a tomos de
raro conhecimento mágico, graças a acordos comerciais
exclusivos com diversas caravanas. No meio da tarde, porém,
os compradores sâo tocados para fora dos portôes em arco
e os únicos nâo calishitas que ainda podem permanecer no
bairro murado sâo aqueles que se casaram com membros
de famílias dali ou conquistaram a confiança sagrada dos
habitantes de um drudach. Muitos habitantes do Bairro
Calishita se aventuram em Baldur's Gate a trabalho ou lazer,
mas nem mesmo o Punho Flamejante é capaz de forçar
sua entrada no bairro transformado em fortaleza depois do
expediente, a nâo ser nas situações mais terríveis, e cada
drudach é patrulhado por uma milícia de combatentes
jovens e solteiros (guardas com cimitarras em vez de lanças)
chamados amlakkars.
Apesar de parecer unido aos olhos do resto da cidade,
o Bairro Calishita tem os mesmos problemas de qualquer
povoado. A desigualdade de renda fica muito mais óbvia
por causa da densidade populacional, e os pobres vivem
literalmente lado a lado com os ricos cativadores de gênios.
Os isolacionistâs mais velhos batem de frente com os
jovens ávidos por mais interações com o resto da cidade.
Mas o grande problema é, de longe, a guerra de gangues
que está devastando o Bairro Calishita no momento. Por
enxergar a Guilda como uma organização fundamentalmente
estrangeira, uma gangue calishita chamada os Paxás
Direitos está tentando expulsar os agentes da Guilda do
submundo do Bairro Calishita. A popular mandachuva da
Guilda, Rilsa Rael (consulte o bloco de estatísticas), que é
meio-calishita, naturalmente desaprova esse insulto e, toda
vló
noite, os moradores barram muito bem suâs portas enquanto
uma guerra por território entre rufiões e ladrôes grassâ em
seus telhados.
Entre os lugares mais infames do Bairro Calishita, temos
o Empório deJoias Calim, considerado largamente a melhor
joalheria da cidade... e o melhor lugar para passar para
frente pedras preciosas roubadas, já que também é o quartel- /
general local da Guilda. Além de presidir fóruns públicos
regulares em sua loja, Rael supervisiona tacitamente o \
Jardim dos Sussurros, um labirinto de biombos de madeira
e papel onde pessoas da cidade toda podem comprar e
vender segredos com os agentes da Guilda e entre si, -.....- \\ Êt
falando através das barreiras para manter o anonimato.
Também sâo muito procuradas as escolas como a Lâmpada rh
do Saber e a Academia de Verdashir (também conhecida
como a Academia de Dervixes), que treina conjuradores e
combatentes nos estilos de sua pátria ancestral, permitindo
que somente os estrangeiros mais talentosos tenham acesso
a seus arquivos ou assistam às aulas. E, naturalmente, todo
patriar da cidade já visitou o famoso Teatro Oásis, que abriga
as produções mais ousadas
Baldur's Gate.
- e por vezes perigosas - de w \

BerounaN OrHa PARA o MAR -a

Pouco depois de Balduran sumir pela última vez, esta
estátua apareceu nos penhascos da Ladeira do Tombo. Rrr,se Re.nr
Duas vezes maior que o homem real, a estátua é Humonoide Médio (humano), neutro
extraordinariamente semelhante a Balduran e, de olhos
apertados, fita o oeste, para além da cidade e do rio. Seu Classe de Armadura 15 (armadura de couro)
aparecimento súbito causou uma espécie de comoçâo, mas Pontos de Vida 52 (8d8 + I6)
muita gente supôs que fosse simplesmente um tributo ao Deslocamento 9 m
grande homem... até o raiar de um certo dia vários meses
depois, quando os transeuntes notaram que uma das mãos FOR DES coN INT SAB CAR
da estátua havia se erguido parafazer sombra aos olhos. l4 (+2) 18 (+a) v (+2) l0 (+0) ll(+0) l s (+2)
Os eruditos começaram a estudar a estátua no mesmo
instante e descobriram que, ao raiar do primeiro dia de Salvaguardas Des +6, Sab +2
Perícias Acrobacia +6, Atletismo +4, Enganaçáo +4,
cada novo ano, a estátua tremeluz, mudando de posiçào
Furtividade +6, Percepção +2, Prestidigitação +6,
num piscar de olhos. Apesar de sempre frtar o oeste, a linha
Sentidos Percepção passiva 12
exata traçada por seu olhar pode mudar em até trinta graus,
ldiomas Comum, gíria do ladrão
e a estátua às vezes usa uma luneta, ou descansa as màos
Nível de Desafio 3 (700 XP)
nos quadris, aponta com a palma aberta, e assim por diante.
Durante séculos, a teoria predominante foi a de que
Balduran ainda vivia em algum lugar no extremo ocidente Ação Ardilosa. Em cada um de seus turnos de combate,
e que a estátua acompanhava a movimentação dele. No Rilsa pode usar uma ação bônus para realizar a ação Correr,
entanto, uma geração atrás, um cavaleiro de Oghma jurou Desengajar ou Esconder.
seguir a linha do olhar da estátua tanto quanto fosse
Foco. Se causar dano a uma criatura ao desferir um ataque com
necessário para descobrir a verdade. Suajornada foi mais
arma, Rilsa terá vantagem nas jogadas de ataque contra esse
breve do que esperava. Num bosque a alguns quilômetros
alvo até o final do próximo turno dela.
a oeste da cidade, ele encontrou uma construçâo cilíndrica
feita de pedra. A porta, depois de aberta, revelou degraus Liderança Tática. Usando uma ação bônus, Rilsa escolhe uma
que desciam para o subterrâneo da floresta. No alto da criatura à vista e a até 9 metros dela. A criatura não provocará
construção, uma estátua menor de Balduran olhava na ataques de oportunidade até o final de seu próximo turno,
direção da qual o cavaleiro viera. Impedido de entrar por desde que consiga ouvir os comandos de Rilsa.
uma configuraçâo de luzes mágicas que ele nâo conseguiu
identificar, o cavaleiro correu de volta à cidade para juntar ES
outros eruditos, mas, ao retornar, a estrutura nâo estava Ataques Múltiplos. Rilsa íaz três ataques com ârma.
mais lá. Desde então, a estrutura na floresta que os contos
populares hoje chamam de a Tumba de Balduran
- Espada Cufta. Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para acertar,
- foi
redescoberta outras três vezes e da mesma maneira, só que alcance 1,5 m, um alvo. Dano:7 (ld6 + 4) perfurante.
num lugar diferente em cada ocasiâo, mas até o momento
Adago. Arma de Combate Corpo a Corpo ou à Distâncio:
ninguém conseguiu entrar nela. .l,5
+6 para acertar, alcance m ou alcance 3/18 m, um alvo.
Dono: 6 (1 da + a) perfurante.

GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE

197
 CnurrÉnro oe PrNna
O preço da terra e a grande densidade populacional em
Baldur's Gate (Portão de Baldur) faz com que somente os
patriares mais ricos possam se dar ao luxo de enterrar seus
mortos dentro dos muros, sepultando-os em catacumbas
sob os templos da cidade ou nas criptas da família em suas
propriedades. Para os demais, sobram o ignóbil Santuário do
Sofrimento ou os dispersos cemitérios fora da cidade. Entre
esses últimos, o maior é o Cemitério da Penha, que fica no
bairro da Ladeira do Tombo e emprega muitos moradores
como coveiros, canteiros, papa-defuntos e carpideiras.
Tempos atrás, o cemitério era uma propriedade desabitada
da família Szarr de mercadores e tinha somente algumas
criptas particulares perto dos penhascos. Depois que um rival
matou a família inteira enquanto todos ainda dormiam, nin-
guém quis se mudar para o antigo solar deles, aí a cidade deci-
diu transformar a propriedade num único e enorme cemitério
onde sâo enterrados boa parte dos mortos de Baldur's Gate.
O cemitério propriamente dito é um labirinto de criptas e
monumentos e, parâ quem vem de fora, é quase impossível
entender sua organizaçâo, pois os ossuários multicamerais
de mercadores ricos e lordes piratas pairam sobre as placas
simples e os símbolos sagrados de madeira apodrecida dos
pobres. Sistemas naturais de cavernas foram ampliados e
escorados para criar criptas extensas, mas, com o passar das
gerações, os mapas do lugar se perderam ou foram muito mal
atualizados, e nâo é raro um coveiro topar com um caixão de
madeira onde não deveria haver caixão algum ou então cair
num trecho de túnel esquecido. O saque desenfreado dos tú-
mulos por bandoleiros e seguidores de Myrkul obcecados com
a necromancia só faz aumentar a confusão, pois os corpos
são exumados e sepultados de novo onde for conveniente. O
pior foi que um grande deslizamento de terra décadas atrás
atirou um pedaço considerável do penhasco do cemitério no
rio lá embaixo, fazendo com que os ossuários e sinalizadores
remanescentes mudassem de lugar ou se inclinassem, além
de expor várias criptas, tumbas e seus túneis, estimulando um
novo surto de saques. Os baldurianos de hoje raramente enter-
ram objetos de valor com seus mortos e não restam mais fon-
tes fáceis de lucro no cemitério, mas é de conhecimento geral
que alguns dos maiores tesouros de séculos anteriores ainda
estão sepultados com seus respectivos heróis, cujas lápides
foram apagadas pelo vento e pela chuva.
Cuidando de tudo isso, temos a poderosa galera dos Tu-
mulários. Mais do que simples zeladores e operários, os
Tumulários protegem os mortos e a Ladeira do Tombo
- ou recebem um convite um tanto misterioso
- de ameaças. Com tanta morte concentrada num só lugar,
os mortos-vivos são um problema constante. Esqueletos e
retornados saem espontaneamente de seus túmulos com uma
certa regularidade, ao passo que carniçais e carneçais esca-
vam túneis até as criptas e catacumbas, atraídos pelo cheiro
de carne em decomposição. Inumanos se escondem em suas
tumbas durante o dia, ao passo que fantasmas e apariçôes
aterrorizam os mortais desavisados. Eliminar essas ameaças
ântes que elas ataquem os cidadãos é a principal função dos
Tumulários e, apesar de ter orgulho e com bons motivos
- -
da bravura de sua gente, a líder da galera, Leone Wen, uma
humana cavaleirâ, ordeira e boa e serva de Torm, está sem-
pre à procura de novos recrutas ou prestadores de serviços
para se juntarem âos Tumulários em sua cntzad,a. A base de
operaçôes da galera é a velha e semiqueimada Mansâo Szarr
no centro do cemitério, com seus salões cobertos de mofo que,
segundo dizem, ainda estão infestados com os fantasmas da
família assassinada, embora as histórias divirjam no que toca
à relaçâo desses mortos-vivos com os Tumulários: estâo ali
para atormentá-los ou ajudá-los a cumprir seu dever?
GEOGRÁFIA DE BALDUR'S GATE
rg8
EstnnsanrA E CoLEÇÃo ZoolocrcA GARvNMoR
Já que nâo se permitem cavalos nem outros animais de carga
dentro dos muros, a Cidade de Fora pulula com estrebarias
e cavalariças, que vão desde currais barrentos a estábulos
mais agradáveis que muitas estalagens. Dentre elas, a maior
é a Estrebaria Garynmoç que oferece o benefício exclusivo
de operar em dois locais, um em Olhos de Pedra e outro
em Portanegra: os viajantes que estâo só de passagem
têm a opção de deixar seus animais num dos lados da
cidade e pegá-los de volta lá no outro, pois os cavalariços
os transportam de balsa por fora da muralha. Outra
característica incomum da estrebaria é sua disposição em
alugar montarias para os habitantes da cidade que precisam
de um meio de transporte, reduzindo a necessidade de os
moradores terem os próprios cavalos. Mas a verdadeira joia
que distingue a Estrebaria Garynmor de todas as outras é
sua coleção zoológica.
Ex-viajante que percorreu o mundo, Ubis Garynmor
(humano plebeu, caótico e bom) tem um fascínio de
longa data por animais exóticos e, como já tinha criado a
infraestrutura para cuidar de uma grande quantidade de
animais comuns, para ele foi fácil diversificar o negócio.
Sua coleçáo zoológica em Olhos de Pedra contém várias
criaturas raras, tanto mundanas quanto mágicas, desde
uma cocatriz idosa e dois hipogrifos de asas cortadas a
um urso-coruja. Sempre em busca de novas atrações, ele
não vê problema em pagar os aventureiros que lhe tÍazem
espécimes saudáveis de criaturas raras e às vezes revende
as espécies menores e menos perigosas. A coleção é
popular entre os moradores da cidade, que pagam alguns
cobres para ver as criaturas, mas muitos vizinhos de Ubis
receiam que ele não leve a segurança a sério e que, por
querer mimar feras tão perigosas, elas poderiam escapar e
devastar o distrito.
ICnn3e DA DERRADEIRA ESPERANçA
Faz tempo que este misto de capela e manicômio no
bairro da Canção Dobrada oferece asilo aos deprimidos e
portadores de doenças mentais. Os poucos atendentes não
seguem a religião de uma divindade específica, mas exaltam
as virtudes da meditação e de seja qual for a fé pacífica que
os visitantes tragam consigo.
Sâo poucos os que procuram os serviços da igreja por
conta própria. A maioria daqueles que passam a morar na
igreja têm um quarto alugado ali por familiares preocupados
- e geralmente
inesperado da superintendente da instituição, Madre
-
Aramina, uma humana sacerdotisa, ordeira e boa. Aramina
é uma ex-erudita do Candlekeep (Forte da Vela) que pâssou
suas pesquisas de longa data sobre a psicologia do âmbito
acadêmico para a prática clínica. Como Madre Aramina fica
sabendo da angústia das pessoas e em que circunstâncias ela
oferece hospedagem e alimentaçâo grátis em sua instituição
é um mistério, mas até o momento ninguém descobriu
nada de sinistro em sua obra. De fato, sabe-se que Madre
Aramina contrata intermediários empáticos para ajudáJa
a livrar pessoas carentes de condições destrutivas. Mas,
apesar de ser uma obra beneficente, a Igreja da Derradeira
Esperança nâo é uma unanimidade. Os Descrentes, a gangue
associada à Guilda no bairro da Cançâo Dobrada, olham
para esse bando de cidadãos ricos e gente leiga e frouxa em
seu território e veem alvos fáceis de extorsão (em troca de
proteção), sequestros e toda sorte de tramoias. No momento,
nenhum paciente da Igreja corre perigo, mas a precavida
Madre Aramina anda à procura de uma solução mais
permanente para a questão da segurança.
 :i
à-
/!
\r
F
I
4
/
,r4,
'.?.-
4L
Mecnepo DaNçeuuo DE DANTHELoN
Esta loja de dois andares vende tudo de que um aventureiro
precisa, desde armas e armaduras a barcos a remo e jaulas
para monstros. Cuidando das prateleiras abarrotadas, temos
Entharl Danthelon, um anão do escudo plebeu, neutro e bom
que alega ter sido aventureiro um diâ, como prova o machado
voador mágico que protege sua loja à noite. Os fregueses sâo
obrigados a ouvir a história da princesa élfica agradecida que
encantou o machado para ele como recompensa por uma
aventura arriscada que o anào empreendeu em nome dela.
O "machado dançarino" de Danthelon na verdade é um
stirge domesticado envolto por uma ilusão que reproduz
um machado de duas lâminas. Danthelon o solta durante a
noite. A ilusão é cortesia de Yssra Brackrel, uma meio-elfa
maga e neutra, além de cabeleireira brilhante, que aluga
a água-furtada da loja. A rabugice de Yssra é tão lendária
quanto o machado voador da loja e qualquer um que procure
apenas seus serviços como conjuradora estará sujeito a uma
crítica franca e pouca lisonjeira de seu atual penteado.
Danthelon pode nunca ter sido um aventureiro de verdade,
mas ele adora se misturar com essa gente e vive atento a
rumores e oportunidades que comunica de bom grado aos
clientes pagantes. No momento, sua obsessão são os relatos
de que um grupo de contrabandistas desapareceu recente-
mente nos túneis dos Veeiros, junto com um baú cheio de po-
çôes mágicas valiosas, e ele encoraja impacientemente seus
fregueses a investigar... e voltar para lhe contar a história.
Man,c,oouno JoELHo DE PoRco
Este enorme complexo de currais, estábulos e abatedouros
z
o é o maior matadouro de Baldur's Gate (Portão de Baldur).
o Localizado no bairro Olhos de Pedra, para conveniência
1 dos açougueiros da cidade, a instalaçâo costuma ter uma
relação antagônica com os estabelecimentos vizinhos, pois
os outros pastores e cavalariços alegam que o cheiro onipre-
I
F
,!l
l.t' '
Í-i{
^'üh-{
I
: )--
7\
t ''ç11
l'
\
t Jt.
:/, Passaceu oo Dnaco
/S
''s
l\
:>
'/
sente de sangue deixa os animais deles apreensivos. Mas
são os cidadâos quem deveriam ficar apreensivos, pois faz
algum tempo que o matadouro está sob nova direçâo.
Com o objetivo de espalhar o medo e o caos, os cultistas
da Trindade dos Mortos se infiltraram no estabelecimento e
começaram a matar pessoas por toda a cidade, deixando as
vítimas numa viela atrás doJavali Sorridente, no Morro das
Flores. Para atiçar ainda mais o pavor, o culto deixa cortes
nos pulsos dos cadáveres e trespassalhes o coraçâo, o que
alimenta boatos de que os homicídios seriam obra de um
assassino em série de letalidade sobrenatural.
Pasque Enrial, um manopla negra de Bane (bloco de
estatísticas nap.234), é o cérebro da seita. Ele orquestrou
â moÍte do ex-proprietário do matadouro para que pudesse
tomar o controle, imaginando que o sangue perene, os restos
de carne e vísceras e os gritos constantes dos animais seriam
a fachada adequada para encobrir as atividades homicidas
do culto. Desde entâo, ele vem demitindo aos poucos os
trabalhadores e substituindo-os por cultistas leais à missâo
do grupo. Como assistentes, ele tem Corian Khee, um
caveira de Bhaal (bloco de estatísticas nap.236) que passa
o dia esmigalhando crânios de animais domésticos com um
martelo enorme e a noite liderando as operações de campo
homicidas da seita, eJaemus Exheltarion, um meio-elfo
mestre de almas (bloco de estatísticas nap.237). Dentre os
três,Jaemus é o que menos convence em seu papel de novo
contador do matadouro, pois ele cumprimenta os clientes com
um olhar sinistro, lê em público tomos de aparência estranha
e passa tempo demais na sala de troféus da seita, uma câmara
fria onde ele vem suando partes de vítimas e animais para
construir um golem de carne com cabeça de carneiro.
GEOGRATIA DE BALDUR'S GATE
r99
 Pessacs\d oo Dnaco
Este bairro, na verdade, é formado por duas pontes enor-
mes. Cada uma delas cruza metade do rio Chionthar e as
duas se encontram no meio, na Pedra do Draco, uma ilhota
alta e rochosa. O Punho Flamejante mantém uma fortaleza
na ilhota para cobrar pedágio dos viajantes que circulam
pelo Caminho da Costa e controlar o acesso à cidade em
momentos de dificuldade, mâs o usucapião das pontes
propriamente ditas é quase uma instituição. Cortiços de
madeira, tavernas e lojas caindo aos pedaços se acotovelam
dos dois lados dos vãos de pedra sustentados por arcos,
debruçando-se sobre a via estreita entre eles. Outros tantos
se agarram às laterais das pontes, ancorados uns nos outros
ou mantidos acima da água por cantiléveres. A tendência
dessas estruturas caírem na correnteza do rio, arrastando
os vizinhos consigo, não chega a intimidar os moradores
que esperam ser os primeiros a vender alguma coisa para
os viajantes a caminho da cidade ou os últimos a bater suas
carteiras quando elesjá estão de saída.
Mesmo entre os moradores da Cidade de Fora. os
habitantes da Passagem do Draco são tidos como libertinos
e considerados ralé, e o bairro se especializa em botequins
de má reputaçâo e antros de jogatina onde os bêbados
mais agressivos podem ser lançados diretamente no rio.
Ao mesmo tempo, também abriga uma comunidade grande
e muito unida de pequeninos austeros, cujas habitações
coletivas de teto baixo e bem mais leves são perfeitas para o
precário estilo arquitetônico do bairro.
A Passagem é famosa por seus trapaceiros e criminosos,
mas os moradores se unem, e uma galera local chamada
os Passageiros garante que todas as práticas predatórias
se voltem principalmente parâ os viajantes, e nunca para
outros habitantes da ponte. Para aqueles que vivem se
recusando a colaborar com os vizinhos, a resposta muitas
vezes é a Meigajen Especiarias, uma precária loja na lateral
da ponte cuja proprietária pequenina vende discretamente
algumas das drogas mais potentes e alguns dos venenos
mais indetectáveis da cidade.
Psone Do DRACo
Esta fortaleza formidável ergue-se de uma ilhota no meio
do rio
- muito escorregadia por causa das algas - e
seus muros íngremes são quase impossíveis de escalar.
Construída pelo Punho Flamejante sobre um rochedo que,
segundo dizem, outrora abrigava um dragâo de bronze, a
fortaleza é o primeiro posto de controle no qual Baldur's
Gate (Portão de Baldur) taxa os viajantes que seguem para
o norte. Todos que queiram cfitzat o rio pelas duas enormes
pontes do forte sâo obrigados a pagar um pedágio de 5 PC
e atrâvessar afortaleza por um longo túnel central crivado
de seteiras e mata-cães. Entre 25 e 50 solados do Punho
Flamejante guarnecem o posto de controle, que só funciona
durante o dia. Depois de escurecer, as pontes levadiças
de um lado e outro do forte são erguidas, interrompendo
completamente o trânsito e obrigando os retardatários a
se abrigar numa das muitas estalagens na superfície da
Passagem do Draco até o amanhecer.
A fortaleza tem quâtro andares: o nível da ponte, ocupado
pelo corredor da morte e escritórios dedicados ao controle
do tráfego; um arsenal no segundo andar, munido de óleo,
azagaias e tudo de que os soldados precisam para resistir a
um cerco; um terceiro andar para os alojamentos dos solda-
dos; e uma masmorra de teto alto sob as pontes para manter
prisioneiros provisórios e o estoque de pequenos barcos da
fortaleza (caso a tropa precise fazer rma surtida e usar os
portôes extremamente fortificados à altura do rio). Os solda-
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
200
dos postados na fortaleza costumam ser de duas categorias:
os desiludidos por terem sido relegados a cobrar pedágio
tâo longe da cidade e os eufóricos com o trabalho fácil e
a oportunidade de cair na farra na Passagem do Draco, e
são esses últimos que garantem que o Punho não patrulhe
muito intensamente as pontes vizinhas.
O comandante da Pedra do Draco, um bruto de certa
idade chamado Skorpin Crane, morreu dormindo
recentemente. Toda possibilidade de má-fé foi descartada,
e o grâo-duque Ulder Ravengard estava justamente
procurando um substituto para Crane quando teve de partir
em missão diplomática para Elturel. Até encontrarem um
substituto, o Defensor Mágico da Pedra do Draco, um anão
do escudo mago, neutro e mau chamado Gardak Corneta,
tem o comando. Os guardas detestam Gardak porque ele
usa um homúnculo para espioná-los.
Trerno OÁsrs
Baldur's Gate (Portão de Baldur) tem vários teatros pequenos
e cabarés, mas nenhum deles chega aos pés do épico Oásis.
O proprietário e diretorJonas Boanoite, um humano espiáo,
caótico e neutro, monta espetáculos ainda mais extravagan-
tes que seus trajes de confecçâo magnífica. As produçoes en-
volvem um pouco de tudo, desde monstros vivos a uma pode-
rosa magia da escola de ilusão, além de se apresentarem ali
os artistas mais talentosos da cidade. Atores e músicos apre-
sentam monólogos e canções do alto de trapézios em chamas
ou torres humanas, enquanto acrobatas impressionam o
público com façanhas físicas que beiram o sobrenatural.
Mesmo os frequentadores incultos que não conseguem
decodificar o gênio artístico de Boanoite sâo capazes de
entender que ele quebra flagrantemente todos os tabus com
suas sátiras e farsas picantes que nâo poupam ninguém,
nem os duques e muito menos Keene Nove Dedos. O fato
de essas apresentações às vezes darem muito errado
-
monstros escapam, o equipamento quebra e ârremessâ
um artista na plateia
- só aumenta a emoção, e tanto
patriares quanto pessoas comuns disputam as cadeiras do
teatro, que só abre para as matinês. O valor do ingresso é
determinado de improviso segundo a veneta de Boanoite e
varia absurdamente de um indivíduo para outro.
Boanoite está sempre à procura de novos artistas, mâs,
no momento, ele precisa de mais do que um simples bardo
ou contorcionista talentoso. O custo de montar espetáculos
extravagantes o deixou cheio de dívidas, e a necessidade
compulsiva que ele tem de ridicularizar todo benfeitor ou
aliado em potencial ali na cidade tampouco ajuda. Com a
Guilda a postos para intervir e tomar a propriedade se ele
não começar a pagar os empréstimos, ele terá de recorrer
ao crime ou montar um espetáculo ainda mais incrível que
qualquer outro que tenha produzido até o momento. Ele tem
uma ideia, mas, para executá-la, vai precisar de um grupo
de aventureiros experientes e dispostos a ser os astros da
primeira aventura ao vivo do mundo.
Vnnrnos
A leste da cidade, onde o Morro do Falcão-Poeira se eleva às
margens do rio Chionthâr, contracorrentes de água captu-
radas por afloramentos penetraram a rocha, escavando um
labirinto de túneis meandrantes e desaguando em aquíferos
subterrâneos. Apesar de não desviar água suficiente para afe-
taÍ a coÍrente do rio, a rede de câmaras submersas tornou-se
uma fonte de mistérios e lendas para os habitantes da região.
A maioria dos túneis está embaixo d'água, mas as mudan-
ças na altura do rio ao longo do tempo deixam túneis e caver-
nas secos ou semi-inundados durante intervalos prolongados,
 e isso faz deles os esconderijos prediletos de fugitivos, contra-
bandistas, predadores aquáticos e, principalmente, amantes
dl0 A caminho de Baldur's Gate para...

audaciosos. Há rumores de que alguns túneis levam direta- 5 comprar mercadorias que são ilegais em
mente ao subterrâneo de Baldur's Gate (Portâo de Baldur), outras comunidades
mas até hoje todas as cavernas mapeadas só sâo acessíveis 6 reabastecer e, em seguida, partir pelo mar para um
pelo rio e, mesmo assim, embicar na boca de um túnel ou ma- lugar distante
nobrar o barco lá dentro pode ser fatal, pois a corrente tenta 7 ganhar dinheiro para viajar por teÍra para um outro lugar
esmagar as embarcações de encontro aos penhascos. As 8 começar um empreendimento comercial inovador
histórias sobre tesouros antigos nas cavernas inundadas só fi-
cam melhores com o acréscimo dos contos do Velho Cholms,
9 comprar um texto raro e seguir para o Candlekeep
um monstro fluvial que rondaria os túneis. Muitos pÍetensos (Forte da Vela)
caçadores de fortunas se decepcionaram ao descobrir túneis l0 meter-se num empreendimento criminoso com a Guilda
secos contendo apenas pichações grosseiras, garrafas de
vinho vazias e revoadas de stirges sedentos de sangue. Tlsell L: Morusrnos No Eruronno
DE BALDUR,s GATE
Fona DE BALDUR's GarB d12 Encontro
Use as tabelas a seguir para determinar quem ou o que os 'I ld6 lobisomens disfarçados como mendigos humanos
personagens podem encontrar nas estradas que entram e
ou uma alcateia de lobos
saem de Baldur's Gate (Portâo de Baldur). Use estas tabelas
tanto quanto desejar. 2 2d4 stirges
3 ld4 aracnoides e ld4 aranhas gigantes
Er.rcorurnos NAs Esrnaons 4 3d6 kobolds
d20 Encontro 5 1 goblin chefe e 3d6 goblins
l-4 Sem encontros 6 I dríade e 1d4 sprites escondidos numa árvore
5-14 Viajantes (jogue ldl2 e consulte a tabela J, depois 7 1d4 ankhegs que surgem do solo

jogue 1d10 e consulte a tabela K para determinar o 8 I basilisco

objetivo dos viajantes) 9 ld4 chacais abissais disfarçados de mendigos, artistas

l5-20 Monstros (jogue ldl2 e consulte a tabela L) ou mercadores humanos
l0 I hobgoblin capitão e 3d6 hobgoblins
II
Tlsell f : Vrllarres No ENroRNo 1 gnoll senhor da alcateia e 3d6 gnolls

DE BALDUR,s GITE
12 1 serpe

dlz Viajantes
I 3d4 agricultores ou pecuaristas da região (plebeus)
§
2 1d4 mercadores estrangeiros (plebeus) e 3d6 guardas
viajando com uma caravana
3 ld6 eruditos (plebeus) Senpe
4 3d6 migrantes ou refugiados (plebeus)
5 2d4 soldados (veteranos) do Punho Flamejante
6 Família de 1d4 patriares (nobres) numa carruagem
tirada por dois cavalos de carga, tendo como escolta
\\
2d6 guardas no lombo de cavalos de montaria
7 2d4 mercenários (rufiões) à procura de trabalho
8 ld6 peregrinos religiosos (acólitos)
9 ld6 agentes da Guilda (bandidos) /.
l0 1 arquimago acompanhado por um égide protetor
ll ld6 artistas (plebeus)
12 1 gladiador à frente de um carro de boi que serve de
\ !
b)
camburão e transporta uma medusa com um saco de
i \
aniagem na cabeça e os pulsos agrilhoados
\r I
TlseLl K: Oelerrvo Dos VtArANrEs

re
dl0 A caminho de Baldur's Gate para...
1 ganhar dinheiro vendendo mercadorias que eles
consideram excepcionais
2 encontrar um patrono para uma nova empreitada
z
I artística ou comercial
:z 3 alertar as autoridades sobre uma possível ameaça
z

4
à cidade
procurar inovações da lgreja de Cond
I
T
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
20I
 ANTncEDENTEs : PnnsoNAGENS
»n BaTDUR's GarB
Esta seção apresenta novos antecedentes adequados para
personagens oriundos de Baldur's Gate (Portâo de Baldur),
além de notas sobre a adaptaçâo de personagens que têm
antecedentes do Player's Handbook: Livro doJo§ador.
A intenção deste material é ser uma ferramenta para você,
o DM. Assim que osjogadores escolherem os antecedentes
de seus personagens, repasse o conteúdo desta seçâo. Alguns
antecedentes têm ao menos uma característica variante nova
que os associam a um grupo de Baldur's Gate para dar aos
personagens mais uma ligação com a cidade. Os personagens
podem optar por substituir a característica padrão de seu
antecedente por uma dessas variantes. Cada antecedente
também inclui uma característica extra que identifica o perso-
nagem como um nativo de Baldur's Gate que conhece bem a
cidade, sejam suas ruas ou suas sequelas. Essas característi-
cas adicionais são chamadas de "Características de Baldur's
Gate". As características de antecedente dos personagens são
úteis de maneira geral, mas os efeitos de uma característica
de Baldur's Gate só podem ser usados enquânto os perso-
nagens estâo em Baldur's Gate embora, a critério do DM,
-
possam ter efeitos que se aplicam a situações semelhantes às
de Baldur's Gate. Essas características dependentes da loca-
lidade não substituem outras características: o personagem
as adquire pelo simples fato de conhecer Baldur's Gate. Se
um antecedente apresentar várias características de Baldur's
Gate, você vai receber todas as características associadas a
esse antecedente ou quantas delas desejar adquirir.
A seção "Segredos Tenebrosos" (p. 208) apresenta
um crime ou pecado que pode levar um grupo a se unir
ou fundamentar suas ações. Assim que osjogadores
tiverem decidido quais serâo seus antecedentes, dê a eles
a oportunidade de escolher um segredo tenebroso. Esse
segredo pode ter ramificações empolgantes ou agourentas
no desenrolar das aventuras do grupo.
Acóuro
Dizem que toda religiâo do mundo tem um fiel em Baldur's
Gate (Portâo de Baldur). A maioria das religiôes consolidadas
não só são toleradas
- mesmo que algumas delas, o que inclui
boa parte das religiões abertamente malignas, fiquem relega-
das ao bairro Canção Dobrada na Cidade de Fora
-, como no-
vas fés chegam o tempo todo, trazidas por viajantes e catequis-
tas de terras distantes. Um personagem com este antecedente
poderia ter grandes ambições, nâo para si, mas para sua fé.
ClnacrnnÍsrrce DE BÂLDUR's Glrn:
CouuNrpaDE RELrcrosA
Você tem laços fortes com a comunidade religiosa de
Baldur's Gate (Portâo de Baldur). Você sabe se uma
divindade tem seguidores na cidade, conhece os lugares
onde eles se congregam e os bairros onde os fiéis costumam
morar. No caso das religiôes maiores, nào se trata de nada
extraordinário, mas monitorar as centenas de religiões que os
recém-chegados trazem com eles nâo é algo simples e fácil.
Anusra
Dos espetaculares cantores e acrobatas do Teatro Oásis aos
pantomimeiros e animadores de sombras do Largo, Baldur's
Gate (Portâo de Baldur) acolhe uma gama pitoresca de artis-
tas performáticos. Os números de boa qualidade sempre en-
contram plateia e o ir e vir constante de viajantes implica que
haverá sempre novos espectadores e novos espetáculos.
GEOGR.AFIA DE BALDUR'S GATE
202
CanacrrnÍsrrca DE BALDUR's G,lrn:
Acesso Aos BASTTDoRES
Você aprendeu que boa parte do negócio real do entreteni-
mento (ou de qualquer outra empresa) acontece nos bastido-
res. Para você, é fácil sacar o tipo de público que frequenta um
determinado lugar: por exemplo, os valentôes que se juntam
na Sereia Acanhada ou os patriares autoconfiantes que se reú-
nem no Elmo e Capa. Após uma apresentaçâo exitosa, você
talvez encontre um membro empolgado da plateia, alguém
que exerce uma profissâo ou pertence a uma classe social que
frequenta o estabelecimento. Esse contato fica deliciado com a
ideia de conversar com você e escutar o que tem a dizer.
Existem numerosas guildas e associaçôes profissionais em
Baldur's Gate (Portão de Baldur), abrangendo todo ofício e
disciplina imagináveis, de coveiros a prestamistas.
CanecrnnÍsrrca DE BÂLDUR's Gern:
Conrnsra PnorrssroNer
Você conhece bem as galeras da cidade, seus territórios e
a política interfaccional. Escolha um dos três distritos de
Baldur's Gate: a Cidade Alta, a Cidade Baixa ou a Cidade de
Fora. Esse será o distrito onde você vai conduzir boa parte
dos seus negócios. Toda vez que precisar de informaçôes a
respeito de algo num dos bairros do distrito em questâo, você
poderá procurar membros de galeras da área e ficar a par do
disse me disse. Você também terá acesso livre a praticamente
todo banco, sede corporativa, estabelecimento comercial,
asilo ou ponto de encontro das galeras no seu distrito.
CsenrarÃo
Todos estâo sempre tentando levar vantagem às custas de
alguém em Baldur's Gate (Portão de Baldur). O vigarista de
um grupo pode ser o revolucionário de um outro. Ou você
talvez só queira se dar bem. Em todo caso, os personagens
com este antecedente têm um plano para arrebentar a boca
do balâo: só precisam de audácia e um pouco de tempo.
CenacrrnÍsuce DE BALDUR's GATE:
Hrnoerno HÁ Murro Prnorpo
Você é versado nos maneirismos e nas idiossincrasias dos
patriares baldurianos e outros nobres, imitando-os tâo bem
que é capaz de convencer até mesmo os chefes de família
mais esnobes de que você é autêntico. Você sabe como
se fazer passar pelo herdeiro há muito perdido de uma
linhagem patriar imaginária ou extintâ.
Graças a seu talento para imitar um patriar, você tem um
salvo-conduto da Guarda que permite que você, e somente
você, entre na Cidade Alta de Baldur's Gate (Portão de
Baldur). Pode ser que, com um blefe, você consiga fazer
outros entrarem também, ou talvez seja capaz de convencer
os integrântes da Guarda de que você é um patriar. Mas, se
sua legitimidade for submetida a um teste de verdade, é bem
provável que você seja desmascarado.
CnIeNç.1, DE RUA
Bandos de órfãos e fugitivos sejuntam na Cidade de Fora,
correndo atrás dos transeuntes em turbas maltrapilhas a
implorar migalhas. Na Cidade Baixa, as crianças de rua
costumam ser recrutadas pela Guilda para compor seus
escalões inferiores ou obrigadas a fazer trabalhos sujos e
perigosos para senhores inescrupulosos.
 I *'
JA
)
n7 -J
,q
,á L
\ tudo e tocou fogo no prédio para ficar com o dinheiro
a!
{.
i)
v N ,
t
CanlcrrnÍsrrca on Baroun's Gerr:
CoNrero coM os Gurns BerounreNos
Você pode nâo ser um membro da galera dos Guias
Baldurianos, masjá andou com tantos deles que conhece
a linguagem código dos facheiros, que envolve tochas.
Pela iluminação, o posicionamento e o tipo de tocha que
se vê numa construção ou no seu entorno, você é capaz de
recolher várias informaçôes sobre quem vive ou trabalha
ali, mas, particularmente: se sâo honestos ao negociar com
estrangeiros, se têm contatos na Guilda ou no governo, ou
seja se já ajudaram ou renegaram os Guias Baldurianos
no passado.
CnrurNoso
Nenhum criminoso de carreira em Baldur's Gate age sem
saber que a Guilda existe. Alguns tomam o cuidado de
manter a discriçào, entrando só de vez em quando com
contrabando misturado a mercadorias lícitas ou espancando
alguém só quando é possível alegar plausivelmente que se
tratava de vingança pessoal. Outros se filiam às galeras
para obter proteção ou entram para a Guilda. Alguns ex-
integrantes da Guilda foram expulsos da organizaçào por
incompetência ou depois de ofender um membro mais
poderoso, e agora sobrevivem apenas de migalhas.
CanacrrnÍsrrce DE BALDUR's Gane:
Rron CuurNosA
Em Baldur's Gate (Portão de Baldur), o crime é só mais um
negócio. Sendo assim, você tem como arranjar uma reuniâo
com um agente do baixo escalão de praticamente qualquer
negócio, família patriar, galera, instituiçâo governamental
ou
- sem dúvida alguma - da Guilda. Esse agente vai
ouvir o que você tem a dizer e, a critério dele, levar suas
I mais profunda solidâo coexiste com as multidões a seu redor.
informaçôes ou solicitaçôes aos superiores dele na cadeia
de comando. Essas reuniôes quase sempre ocorrem em
lugares duvidosos.
Onrceu Do CRrMrNoso
d8 Origem
I Você aleijou um primo de um mandachuva da guilda
sem saber que eles eram parentes. Você conseguiu
fazer com que a Guilda parasse de pedir sua cabeça
quando se ofereceu paÍa repatil o malfeito trabalhando
para os criminosos, mas o mandachuva ainda está
tramando como se vingar.
2 A Cuilda tomou o negócio da sua família, arruinou
do seguro. Você se tornou um criminoso, mas nunca
vai trabalhar para a Guilda. Você tem prazer especial
3
em atacar os alvos da organização primeiro, alertar as
vítimas dos golpes da Guilda e frustrar seus planos.
A questão sempre foi dinheiro. Você não ganha o que
merece trabalhando para alguém que tem mais do que
deveria. Mas a Cuilda ofereceu a você uma maneira de
resolver o problema. Você continua fazendo o que sem-
pre fez trabalhando como guarda, estivador, contador
-
mas comunica à Guilda tudo de que fica sabendo.
-,
4 A desigualdade em Baldur's Cate (Portão de Baldur)
o forçou a fazer justiça com as próprias mãos. Você
rouba dos patriares e habitantes ricos da Cidade Baixa
e
repassa o dinheiro aos necessitados por meio de obras
de caridade.
5 Você é um patriar entediado que se meteu no crime
em busca de emoção. Sua família não tem ideia do
que você anda fazendo, muito menos a Guilda. Se uma
ou outra por acaso descobrir, sua vida como você a
conhece estará acabada.
6 Um amigo íntimo ou parente entrou para a Cuilda e su-
miu misteriosamente. Você se infiltrou nos escalões mais
baixos esperando descobrir o que aconteceu com ele.
7 Você sempre quis ser membro da Guilda. Quando era
criança, você admirava a confiança dos membros da
Guilda, as roupas vistosas que usavam e a competência
que demonstravam, pois tudo isso os diferenciava dos
outros adultos que você conhecia. Assim que pôde,
você entrou para a organização.
8 Para você, é só um jeito de ganhar a vida. Você vai
para o trabalho, íaz o que precisa fazer e recebe por
isso. Quem se dedica ao crime só pela adrenalina, para
reagir a autoridades in.justas ou outra coisa assim não
passa de um amador idiota que pode fazer com que
você acabe preso ou morto.
Onrcru Do CRrMrNoso
Os criminosos estâo em toda parte em Baldur's Gate
(Portâo de Baldur). Se desejar, você podejogar 1d8 e
consultar a tabela Origem do Criminoso para determinar
o acontecimento que o fez ingressar numa vida de crimes.
Ennurre
Algumas pessoas podem achar estranho encontrar eremitas
numa cidade movimentada, mas outras sabem que, às vezes, a
Baldur's Gate (Portão de Baldur) tem alguns indivíduos que
conseguem encontrar o isolamento em meio à sua agitação.
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
203
 Onrceu oo Eneurrn
d6 Origem
'I Você liderou uma expedição
malfadada aos Veeiros.
Seus amigos foram levados pelas águas da cheia e
você nunca conseguiu se livrar do sentimento de culpa
por ter acarretado a morte deles por causa de uma
brincadeira boba. Você mantém uma vigília solitária
entrada da caverna desde então.
2 Você contrariou a Cuilda. Feio. Felizmente, os mem-
bros da organização acham que você morreu. Não tão
felizmente assim, continuar a enganá-los talvez exija
que você viva escondido até morrer de verdade.
3 Você estuda os enigmas da natureza mortal. Já viu se-
guidores de divindades más operarem milagres para os
desamparados de Canção Dobrada e já viu patriares que
veneram divindades boas dar sistematicamente as cos-
tas aos pobres. Testemunhar coisas desse tipo e meditar
a respeito dessas contradições é o seu passatempo.
4 Você cuida de uma parte da história esquecida da
cidade: os túmulos anônimos no Cemitério da Penha,
os solares em ruínas de famílias patriares extintas ou
uma coleção de textos religiosos enfiada num sótão
esquecida ali quando o deus patrono do fiel morreu.
Dedicando-se à sua obra solitária, você descobriu
segredos que ninguém mais conhece.
5 Você matou o herdeiro de um patriar num duelo ilegal.
A família jurou vingança e você fugiu para os cortiços
em vez de correr o risco de diigir a ira dessa gente para
seus parentes.
6 Você não nasceu em Baldur's Gate (Portão de Baldur).
Chegou aqui em busca de alguma outra coisa, apenas
para descobrir que não era mais possível cumprir sua
missão: o objeto de sua demanda foi destruído ou
algo aconteceu e a coisa já não tinha mais propósito.
Vendo-se de repente sem um norte e incapaz de voltar
para sua terra natal, você permaneceu... e continua à
deriva nesta cidade deplorável.
CanacrrnÍsrrca DE BALDUR's Gerr:
A Ctoaon DE VERDADE
Você conhece a Baldur's Gate que a maioria dos baldurianos
ignora, o mundo câo dos desabrigados e desafortunados.
Você sabe aonde ir na Cidade Baixa e na Cidade de Fora
para encontrar anonimato. Nos cortiços e acampamentos
urbanos, você terá uma cama úmida e uma refeição horrível,
mas também alguma privacidade e ninguém para lhe fazer
perguntas. A vida ali nada tem de confortável, mas será muito
difícil encontrá-1o... E você poderá ficar quanto tempo quiser.
Onrcnu Do EREMTTA
Várias escolhas pessoais ou circunstâncias malfadadas
podem ter levado você a dar as costas à sociedade. Se
desejar, você pode escolher sua origem ou determinála
jogando 1d6 e consultando a tabela Origem do Eremita.
Fonesrnrno
Vir para Baldur's Gate (Portão de Baldur) pode parecer
uma boa ideia por vários motivos. O lucro, a emoção e as
oportunidades cosmopolitas: tudo isso é tentador, mas é
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
204
raro alguém se colocar a caminho de Baldur's Gate com
uma compreensão plena do complicado atoleiro social
que o aguarda. Você entra na cidade como estrangeiro, e é
provável que por mais tempo que passe ali saia de lá
-
ainda estrangeiro, isso se chegar a sair.
-
CenecrnnÍsrrc,c, DE BALDUR's GerE :
à
ExpnnrÊucrA DE IMTGRANTE
Faz pouco tempo que você está em Baldur's Gate (Portâo
de Baldur), mas já aprendeu que a cidade tem mais muros e
portôes do que aqueles que a Guarda e o Punho Flamejante
patrulham. Você é conhecido nas comunidades de imigrantes
da cidade. Se um dia precisar saber alguma coisa a respeito
de um país estrangeiro, povo, tradição ou história, você saberá
onde encontrar alguém que possa falar por experiência
própria, provavelmente em algum lugar na Cidade de Fora.
Onrcrrra Do FoRASTETRo
Todo tipo de estrangeiro chega diariamente a Baldur's
Gate (Portão de Baldur), oriundos de inúmeros países e por
inúmeras razões. A tabela Origem do Forasteiro oferece
algumas ideias de como seu personagem pode ter chegado
a Baldur's Gate.
e Onrceu Do FoRAsrErRo
d6 Origem
I Roubaram uma coisa que era preciosa para seu povo.
Você seguiu o rastro do ladrão até os portões da
cidade, mas procurar pistas num ambiente urbano é
muito diferente de rastrear alguém na natureza. Você
não sabe para onde ir daqui, mas seu povo precisa que
sua missão seja bem-sucedida.
2 Você sempre se deixou fascinar pelas luzes e o glamour da
vida citadina, tão diferente do ritmo lento da vida no seu
país natal. Agora você está aqui, pronto para deixar sua
marca no mundo, mas não sabe bem por onde começar.
3 A guerra, a peste, a fome ou um monstro atrás de
saque arrasou sua terra natal, obrigando-o a fugir
para salvar a própria vida. Você nem sabe quantos
mais sobreviveram ou onde encontrar o resto da sua
gente. Sozinho ou acompanhado por um punhado de
sobreviventes igualmente destituídos, você terá de se
adaptar a uma vida nova que nunca pediu para ter.
4 Você foi capturado por sequestradores e levado para
bem longe de sua casa. Os Cavaleiros do Unicórnio o
libertaram e trouxeram para cá, mas agora você está
por sua conta e risco.
5 Você foi exilado por quebrar um tabu que parecia trivial.
Por esta transgressão aparentemente insignificante,
você perdeu amigos, familiares e terra natal, tudo num
golpe só. Você não teve outra escolha senão tomar o
próprio rumo.
6 Um mascate certa vez trouxe algo assombroso para
seu país natal um mecanismo de corda gondiano,
-
um tecido reluzente e feito de ouro, uma ave íalante e
adestrada ou algum outro pequeno prodígio e falou
-
para você que a coisa veio de Baldur's Gate (Portão de
Baldur). Você veio ver a fonte desses prodígios e, quem
sabe, aprender a criá-los.
Onrceu oo Henór oo Povo
d6 Origem
I Você ajudou a curaÍ uma criança doente. Agora os
enfermos o procuram, sabendo que você os ajudará
a encontrar o caminho da salvação.
2 Você ajudou a acabar com com um esquema de
extorsão em troca de proteção mantido pela Guilda que
afligia uma comunidade de imigrantes na Cidade de
Fora. Agora você não consegue andar por aquela área
sem que seus dez ou doze avós adotivos o convidem
para entrar e comer alguma coisa.
3 Ao ver um patriar perdido na Cidade de Fora depois de
escurecer, você o conduziu pelas ruazinhas até um lugar
seguro. Ele retribuiu sua ajuda pagando pela instalação
de telhados e lampiões melhores no seu bairro, e isso
levou a comunidade inteira a celebrar seu feito.
4 Com a coragem do álcool, você enfrentou um rastejador
da carniça que saiu do esgoto e o derrubou com um
soco só. Mas, desde então, a cerveja à qual você atribuiu
seu heroísmo fez questão de afogá-lo, e mesmo seus ad-
miradores mais pacientes estão perdendo a esperança.
Você torce por uma última oportunidade de reconquistar
a boa vontade que deixou a bebida levar embora.
5 Certa vez você derrotou um bugurso raivoso com um
espelho de mão, a cabeça empalhada de um cervo e dois
chutes na virilha. Aí você e o bugurso ficaram amigos.
6 No inverno passado, você mergulhou no rio gelado e,
apenas com as próprias mãos, rebocou até a margem
um barco de pesca que ia à pique, salvando os que esta-
vam a bordo. E agora todos no cais sabem seu nome.
Hnnór Do Povo
Baldur's Gate (Portão de Baldur) é uma cidade que precisa
desesperadamente de heróis e, volta e meia, aparece um no
seio do povo. As pessoas comuns que se tornam formidáveis
sâo idolatradas nas crônicas locais, mas a imaginaçào
popular pode se virar contra esses campeões com a mesma
rapidez com que os unge.
CenecrrnÍsuce DE BALDUR's GanE:
VrNcauça Socrar
Você passou a vida inteira na Cidade Baixa ou na Cidade
de Fora de Baldur's Gate (Portão de Baldur). Cresceu
vendo patriares arrogantes ostentarem a fortuna deles
enquanto seus vizinhos batalhadores davam duro. E, por
isso, você sabe como os plebeus de Baldur's Gate gostam
de ver um pâtriar levar o que merece. Estando numa parte
movimentada da Cidade Baixa ou da Cidade de Fora de
Baldur's Gate, você pode passar 2d10 minutos tentando
convencer 1d6 plebeus a cometer um ato não ilícito que
venha a incomodar um membro da Guarda ou do Punho
Flamejante, um patriar ou outro indivíduo com cara de rico.
Onrcnrr.r Do HERór Do Povo
Os heróis do povo podem surgiÍ em várias situaçôes, ou
talvez sua origem seja um segredo, caso eles se mantenham
anônimos. Se desejar, você pode jogar 1d6 e consultar
a tabela Origem do Herói do Povo para determinar o
acontecimento que o fez ingressar na vida de herói.
MenrNnErRo
Baldur's Gate (Portão de Baldur) foi fundada por marinheiros
e seu porto ainda é o coração que alimenta a cidade. Vários
patriares descendem dos capitães de antigamente, o comér-
cio da Cidade Baixa se baseia no porto e mesmo os ritmos
da Cidade de Fora sâo controlados pelos altos e baixos do co-
mércio fluvial.Já que os marinheiros sâo tâo fundamentais e
onipresentes em Baldur's Gate quanto os paralelepípedos em
suas ruas, os personagens com este antecedente sào comuns.
CanecrBnÍsrrcas DE BALDUR's Garn:
Sececr»eoE DE CoNTRABANDTsTA
Você conhece bem as docas de Baldur's Gate (Portão de
Baldur), a movimentação dos inspetores e cobradores de im-
postos, a circulaçâo das cargas e do dinheiro. Por isso, para
você é fácil desembarcar uma carga clandestina ou carre-
gá-la num navio disposto a cooperar, tudo isso sem levantar
suspeitas e sem pagar imposto. Você também conhece a
movimentaçâo dos Maroleiros Grisalhos
- os guârdas do
Punho Flamejante que fazem a ronda no porto e tem uma
-
ideia de como operar os guindastes mecanizados da cidade.
Nosnn
Os patriares de Baldur's Gate (Portâo de Baldur) moram na
Cidade Alta, onde dâo festas de gala e ostentam modas cos-
mopolitas, mas os muros os isolam da pobreza e da miséria
dos distritos menos afortunados e seus bairros. Embora pos-
sam visitar o próspero Morro das Flores para experimentar
um restaurante flno ou uma butique elegante, ou assistir a um
espetáculo no Teatro Oásis, os patriares têm poucos motivos
para se aventurar nas partes mais sujas e perigosas da ci-
dade. Quando o fazem, geralmente é na condiçâo de turistas
em busca de emoções, ou então cercados por um séquito de
guardas armados, e nâo como amigos nem vizinhos. Por isso,
muitos patriares estâo antenados com as nuances das cortes
reais a meio continente de distância e, ao mesmo tempo, con-
tinuam ignorando escandalosamente como vivem os pobres
passadas as soleiras de suas próprias portas.
Essa combinaçâo de cosmopolitismo e cegueira
localizad,a caracteriza quase toda a nobreza de Baldur's
Gate. Sendo assim, para aqueles que desejam interpretar
patriares, a característica Patriar a seguir substitui a
Posição de Privilégio do antecedente nobre. Quem prefere
usar a característica padráo do antecedente pode ter
alcançado seu status em Baldur's Gate com atividades
comerciais, e nâo por direito de nascença.
CaxacrnnsrrcA DE BALDUR's Gerr: Parnran
Na condiçâo de membro de uma das famílias da elite de
Baldur's Gate (Portão de Baldur), você pode passar pelos
portões da cidade sem pagar pedágio, misturar-se com a
nobreza balduriana sem ser questionado e impressionar
aqueles que estão à procura de um benfeitor endinheirado.
Você é bem-vindo na Cidade Alta e pode ficar no distrito de-
pois de escurecer sem ser importunado nem colocado para
fora. Aceitam sua palavra acima da de outras pessoas, sem
questionamentos, e a corrupçâo de guardas e funcionários
públicos tende a favorecêJo, e nâo prejudicáJo... pelo menos
até você começar afazer questão de expôJa.
SÁuo
Baldur's Gate (Portão de Baldur) tem uma comunidade aca-
dêmica modesta que gira em torno das bibliotecas do Paço
Magno e dos diversos templos dedicados aos deuses do co-
nhecimento e da inovação. Professores, pesquisadores e his-
GEOGRÀFIA DE BALDUR'S GATE
205
 toriadores: todos participam, ao lado de eruditos visitantes do
Candlekeep (Forte da Vela), de uma animada troca de ideias,
debatendo e colaborando nos salões repletos de livros que se
espalham pelas Cidades Alta e Baixa. A cidade também apre-
senta muitas oportunidades para quem quer estudar o arcano,
apesar de os mestres estarem dispersos, cada um na sua casa,
e faltarem comunidades de magos concentradas num só lugar.
CanacrrnÍsrrce DE BALDUR's GanE:
Tnarrc,c.NrE DE BoATos
Recorrendo a sua rede pessoal de boateiros e a artigos
publicados na Boca de Baldur, você consegue deduzir um
bocado de coisas sobre os segredos dos baldurianos: quem
anda praticando necromancia, quem está envolvido em
espionagem ou contrabando, que estaria disposto a comprar
ou criar artigos mágicos perigosos sem pestanejar. Toda
vez qlue um crime digno de nota ou um acontecimento
misterioso ocoÍrer na cidade, você terá na mesma hora uma
lista de 1d4 suspeitos que, se não estiverem envolvidos,
muito provavelmente vão saber quem está.
Snu-Rosro (Novo AulncEDENTE)
Sendo quem é, você nunca poderia ser um herói. Seja
por câusa de sua classe, de seu povo, sua família ou seus
pecados, algo a seu respeito o impede de seguir de fato o
caminho que escolheu. Mas você não se deixa deter por
isso. Você deixou para trás seu antigo rosto, assumiu uma
nova persona, tornou-se algo mais.
Os personagens com o antecedente sem-rosto usam
um disfarce literal ou figurativo em suas aventuras. Essa
persona pode ser radical ou sutil. De certo modo, muitos
personagens têm personalidades marcantes. Portanto, este
antecedente se concentra basicamente em detalhar o herói
por trás da máscara.
Proficiências em Perícias: Enganação, Intimidação
Proficiências com Ferramentas: kit de disfarce
Idiomas: um à sua escolha
Equipment: kit de disfarce, fantasia, algibeira
contendo 10 PO
PnnsoNe Do SEM-Rosro
Ao se aventurar, o personagem sem-rosto se esconde atrás
de uma persona pública. Essa persona é tão natural para
ele quanto seu rosto verdadeiro e secreto, mas disfarça sua
identidade.Jogue 1d10 e consulte a tabela Persona do Sem-
Rosto para determiná-la ou colabore com o DM e crie para
seu personagem uma persona sem igual e apropriada ao
teor da campanha.
Pensonl Do SEM-Rosro
dl0 Persona
I Um espião ou bandoleiro vistoso.
2 A encarnação de um povo ou nação.
3 Um patife mascarado.
4 Um espírito vingativo.
5 A manifestação de uma divindade ou da sua religião.
6 Alguém que tem sua beleza imensamente realçada
pela maquiagem.
7 Alguém que se faz passar por um outro herói.
8 A personificação de uma escola de magia.
9 Um combatente com uma armadura diferenciada.
l0 Um disfarce com características animalescas ou mons-
truosas, acrescentadas com a intenção de inspirar o medo.
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GÀTE
206
CenecrnnÍsrrce: PnnsoNerrDADE DUpLA
Boa parte do mundo e de seus colegas aventureiros
oconhecem por sua persona. Aqueles que gostariam de
saber mais a seu respeito
- suas fraquezas, sua origem,
seu propósito são barrados por seu disfarce. Quando
-
você veste o disfarce e passa a agir como sua persona, é
impossível identificar seu verdadeiro eu. Quando remove o
disfarce e revela seu verdadeiro rosto, nâo é mais possível
identificá-lo como sua persona. Isso permite que você mude
sua aparência de uma personalidade pârâ outra quantas
vezes desejar, usando uma parâ esconder a outra ou como
camuflagem conveniente. Contudo, se alguém descobrir a
relação entre sua persona e seu verdadeiro eu, pode ser que
a ilusâo perca a eficácia.
CenecrrnÍs'rrces Sucnnroes
O personagem sem-rosto geralmente Íaz o papel de sua per-
sona: o herói ou a pessoa extraordinária que ele ou ela é to-
dos os dias. Mas isso não passa de uma fachada ou de uma
parte do personagem que se expressa de maneira extrema.
Ao definir uma persona, fique à vontade para escolher ca-
racterísticas de outros antecedentes, particularmente as do
herói do povo, eremita ou nobre. Quanto à pessoa por trás
da persona, aquela que realmente se esforça para não ter
rosto, pense num conjunto diferente de características do
sem-rosto. O resultado é que os personagens com este ante-
cedente têm dois conjuntos de características, um para sua
persona e outro para sua identidade sem-rosto.
Tnnços DE PERsoNALTDADE Do SEM-Rosro
d8 Traço de Personalidade
I Sou sincero e extraordinariamente direto.
2 Eu me esforço para não ter personalidade alguma:
é mais fácil esquecer o que mal estava presente.
3 Cuardo uma lembrança da pessoa ou do incidente que
me fez seguir este caminho.
4 Durmo tanto quanto preciso e em horários incomuns.
5 Eu penso à frente e esse desprendimento costuma ser
coníundido com devaneio.
6 Eu me dedico a apenas um passatempo ou estudo
obscuro e gosto de me alongar sobre o assunto.
7 Estou sempre aprendendo a me comportar entre outras
pessoas: quando ficar calado, quando dar risada.
8 Ajo como se fosse o extremo oposto da minha persona.
loerls Do SEM-Rosro
d6 ldeal
1 Justiça. A posição social não deveria determinar o
acesso de alguém ao que é direito. (Bom)
2 Segurança.Fazer o que é preciso não pode prejudicar
os inocentes. (Ordeiro)
3 Confusão. A impostura é uma arma. Ataque de onde
seus inimigos menos esperam. (Caótico)
4 lnfâmia. Meu nome será uma maldição, uma praga
para satisfazer minha vontade. (Mau)
5 lncorruptibilidade. Se,ia um símbolo e deixe para trás
sua identidade imperfeita. (Qualquer)
6 Anonimato. São meus atos que devem ser lembrados,
e não seu instrumento. (Qualquer)
 Vír.rculos oo Seu-Rosro
d6
I

2
Vínculo
Faço tudo por minha família. A primeira coisa que
me ocorre é mantê-los a salvo.
O que faço, eu o faço pelo mundo. As pessoas não I
t
percebem quanto precisam de mim.
3 Vi pessoas carentes demais. Não posso deixá-las
,
na mão como outros frzeram.
4 Faço oposição para que os perversos não
passem incólumes. -l

5 Sou excepcional. Faço o que ninguém mais é capaz ?

.f
deÍazer, e ninguém é capaz de me deter.
6 Faço tudo por aqueles que íoram tirados de mim.

Dererros Do SEM-Rosro II lt
d6 Defeito
I Sou indiferente à morte. Cedo ou tarde ela acometerá a \
todos nós. ,
3
2 Não olho nos olhos de ninguém e, quando o faço, não
mantenho o contato sem pestanejar.
3 Não tenho um pingo de senso de humor. O riso é algo I
I
desconfortável e constrangedor.
4 Eu pego pesado e, às vezes, preciso de um dia ou mais
para me recuPerar.
5 Eu penso à frente e esse desprendimento costuma ser
l

6
confundido com devaneio.
Enxergo as questões morais em preto e branco.
"l )
a

ff
Soroe»o
Mercenários, vigias particulares, soldados da Guarda e
membros do Punho Flamejante sâo apenas alguns dos mui- +
tos soldados nas ruas de Baldur's Gate (Portão de Baldur). à'*\, ,1À----
CenecrBnÍsrrce DE BALDUR's GATE:
SecunaNç.L DA CTDADE
Você tem a opção de estar servindo no momento o
Punho Flamejante ou à Guarda. Se optar por isso, terá
em dez dias. Em troca, você terá acesso à Cidadela e uma
responsabilidades relacionados ao seu posto. Enquanto
linha direta de comunicaçâo com os oficiais e funcionários
cumprir com suas responsabilidades, você terá benefícios.
da Guarda. Sua palavra tem um peso considerável no Paço
Mas, se deixar de cumpri-las, nâo terá mais acesso aos
Magno, e a maioria dos estabelecimentos no bairro das
benefícios e poderá sofrer outras consequências. Se
Ruas da Cidadela oferecem de bom grado refeições grátis a
perder os benefícios, poderá recuperáJos depois de ter
você e seus amigos. Além disso, você pode entrar sem ser
uma conversa desagradável com seu oficial comandante e questionado na Cidade Alta, mesmo acompanhado de outras
cumprir com suas responsabilidades durante um mês. pessoas, sejam ou nâo patriares, tenham ou nâo salvo-con-
Punho Flamçjanúe. Se estiver a serviço do Punho
dutos da Guarda. Mas, fora da Cidade Alta, a maioria das
Flamejante, você terá de se apresentar na Torremar de pessoas o encara com desconfiança e, se estiver usando o
Balduran de dez em dez dias para treinamento e será
uniforme, você será recebido com frieza.
obrigado afazer periodicamente a ronda na Cidade Baixa
ou na Cidade de Fora. Em troca, terá acesso à fortaleza do CanecrpnÍsuce DE BALDUR's Gerr:
Punho Flamejante e uma linha direta de comunicaçào com Tnsrr DE LEALDADE
os oficiais e outros soldados da companhia. Você também Você já lidou o suficiente com soldados desonestos para
pode passar pelos portôes da cidade sem ser questionado,
identificar o comportamento típico de guardas e ofrciais mili-
mas não pode levar ninguém como seu convidado para a tares corruptos a um quilômetro de distância. Saber que sâo
Cidade Alta, como seria o caso de um membro da Guarda. corÍuptos nâo quer dizer que você tenha como provar isso, e
Além disso, você é sempre bem-vindo nos Três Barris Velhos, sua intuiçâo nâo é à prova de falhas, mas seu instinto acaba
onde os Três Sapos Velhos vâo recebê-lo de bom grado, com se revelando um bom ponto de partida quando se trata de de-
um sorriso nos lábios e uma caneca de cerveja na mão. terminar quem poderia aceitar suborno, quem poderia fazer
z
A Guarda. Se estiver a serviço da Guarda, você terá de vistas grossas para um crime ou quem poderia ter contatos no
o
o fazer periodicamente a ronda da Cidade Alta ou se revezâr submundo. Você também pode usar essa intuiçâo para sacar
,z com outros soldados nos portões, além de ser obrigado a se quem é caxias e cumpre seus deveres à risca.
apresentar para treinamento na Cidadela da Guarda de dez

GEOGRÁFIA DE BALDUR'S GATE

207
 i
'il
Srcnnoos TnNEBRosos
Durante o processo de criação, assim que tiverem desenvolvido
os próprios personagens, osjogadores devem escolher
coletivamente um segredo tenebroso que será compartilhado
pelo grupo. Todos os membros do grupo estão envolvidos
nesse segredo tenebroso, independentemente de serem novos
na cidade ou terem um código moral incorruptível. Pode ser

I
que tenham sido apenas testemunhas, pode ser que estejam
acobertando os crimes de um amigo, ou talvez não consigam
assumir o que fizeram. De um jeito ou de outro, aos olhos da lei
eles são culpados. Todos os segredos tenebrosos têm alguns
elementos comuns. Recomenda-se que os jogadores colaborem
s
com você, o DM, para personalizar esses detalhes do grupo.
Pelo menos um PNJ em Baldur's Gate (Portão de Baldur)
conhece o segredo tenebroso do grupo. Use a tabela Quem
Sabe? para determinar a identidade desse PNJ ou use um
outro PNJ à sua escolha. O PNJ poderia usar a informaçâo .
I
para chantagear os personagens ou fazêlos adotar uma
determinada linha de açâo.

Queu Srse)
d8 PNI
'I Capitão Zodge (p. 9) d4 Detalhes da Conspiração

2 Duquesa Thalamra Vanthampur (p. 35)

3 Fazia tempo demais que a Cuilda monopolizava as
atividades criminosas em Baldur's Gate (Portão de
3 Thurstwell Vanthampur (p. 31)
Baldur). Você tentou introduzir um pouco de competição
4 Amrik Vanthampur (p. 27)
e romper o monopólio da Guilda. E, depois do seu
5 Mortlock Vanthampur (p. 23) último assalto, a coisa estava indo bem... até a Cuilda
6 Falaster Fisk (p. 37) aparecer para cobrar a parte dela.
7 Keene Nove Dedos (p. 170) 4 Você e os outros revolucionários do Albergue da Torralva
8 Ultiss (p. 24) só queriam um futuro novo e igualitário para Baldur's Cate
(Portão de Baldur), um futuro que nem os duques nem os
CoNsprnAÇÃo EM BALDUR's GATE patriares conseguem vislumbrar. Mas alguém nitidamente
Os personagens são tudo o que restou de um grupo que se cansou da sua arte e das suas palavras de ordem.
tentou mudar Baldur's Gate (Portâo de Baldur) e nâo
conseguiu. Agora os líderes da cidade ou outras figuras FUNçÕns NA CoNSPTRAÇÃo
poderosas querem eliminar os últimos resquícios desse
Cada personagem tem uma função na conspiração que
movimento. Talvez fossem rebeldes ou membros de um pode ser determinadajogando 1d6 e consultando a tabela
sindicato ou organização clandestina. Seja como for,
Conspiração: Funções dos Personagens ou escolhendo a
seus rivais nâo chegaram aonde chegaram por serem
opçáo que parecer adequada.
descuidados nem clementes.

Dnrarnns DA CoNSPTRAÇÃo CoNsnrnrçÃo: Fu NçõEs Dos Pensorurcets

Não faltam oportunidades de subverter mentes e ações em d6 Função do Personagem
toda a Baldur's Gate (Portâo de Baldur). Quando uma delas I Líder. Era sua a voz que os demais seguiam, o chamado
se apresentou, os personagens a aproveitaram. Defina os ao qual respondiam, acompanhando-o até o fim.
pormenores da conspiraçâo deles, seja deixando osjoga-
dores criarem algo ou lançando 1d4 e consultando a tabela
2 Sobrevivente. Você deveria ter tombado com o resto do
grupo, mas o destino interveio. Agora você é uma
Detalhes da Conspiração.
ponta solta.
DErllxes DA CoNSPTRAçÃo 3 Parceiro. Você sabia pouca coisa sobre a conspiração,
mas tinha um parceiro, membro da família ou colega
d4 Detalhes da Conspiração
que sabia. Agora essa pessoa se foi, e você é o próximo.
I Trabalhando no arquivo do Paço Magno, você percebeu
como é pouco o que separa os plebeus dos patriares.
4 lnocente. Você não sabia nada a respeito da conspiração.
Mas isso pouco importa para as Pessoas determinadas
Você foi tentando aos poucos subverter o controle das
a exterminá-la.
famílias antigas sobre a cidade, mas aí alguém percebeu
o que você estava fazendo.
5 Associado. Você trabalhava com os conspiradores, mas
não era membro... um detalhe com o qual só você
2 Você sabia que algo poderoso se escondia na Mansão de
se importa.
Mandorcai. Você e algumas outÍas pessoas procuraram
6 Testemunha. Você chegou a ver o que aconteceu com os \
os ritos e instrumentos necessários Para cutucar esse
outros conspiradores e tem uma ideia de qual pode ser '7
poder, desentocá-lo e tomá-lo para si. Mas o que jaz
seu destino.
dentro da casa se recusa a voltar à servidão. E ?;--l
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
208
 CoNsrquÊNcrAS oe CoNsprnaçÂo
Determine o desafio que se apresenta aos personagens
no momento jogando ld6 e consultando a tabela
Consequências da Conspiraçâo a seguir ou pedindo aos
jogadores para inventar outras consequências horríveis da
conspiração deles.
Cor.rsegu ÊNcrAs DA CoNsPr RAçÃo
d6 Consequências da Conspiração
I Os outros membros do seu grupo foram presos,justa
ou injustamente. Agora você é um fugitivo.
2 O local de encontro do seu grupo pegou fogo, matando
todos lá dentro. Foi por um mero acaso que você sobre-
viveu. Mas você tem certeza de que não foi um acidente.
F 3 Os outros membros do seu grupo íoram assassinados,
abatidos de uma maneira bem característica.
4 Nenhum dos outros membros da sua conspiração se
lembra de você ou de um dia terem sido seus aliados.
5 Os outros membros do seu grupo o traíram para que
pudessem se salvar.
6 Os outros conspiradores sumiram, um de cada vez e I Assassino. Com uma faca, um empurrão ou negligência
sem deixar rastro.
HourcÍ»ro EM BA.r»un's Garn
As mãos dos personagens estâo sujas de sangue. Todos
tiveram um papel a desempenhar num homicídio, que pode
ou não ter sido justificável. Culpa coletiva, coerção e medo
mantêm o segredo somente entre eles.
DrrRr-nrs Do HoMrcÍDro
Eles mataram em nome da justiça ou só pela adrenalina?
Defina os pormenores desse homicídio, seja deixando os
jogadores criarem algo ou lançando ld6 e consultando a
tabela Detalhes do Homicídio.
Derllxes Do HoMrcíDro
d6 Detalhes do Homicídio
I Ela sabia e, portanto, no dia seguinte todos os patriares
apreciadores da confeitaria em Baldur's Gate (Portão de
BalduQ saberiam também. Era preciso dar um jeito na
mais conhecida fofoqueira da Cidade Alta, Ellyn Brisafort
da Padaria Brisafort. Quem ia imaginar que uma padaria
poderia ser tão perigosal
2 A vingança ainda há de encontrar a sádica Nysene
Eomane um dia. Você chegou a pensar que teria parti-
cipação nisso... e executou seu plano à perfeição. Mas
sua armadilha capturou outra pessoa. E agora Dolandre
Eomane está morta enquanto o alvo desejado ainda vive.
3 O doutor Holk Thinster colocava vidas em risco todas
as noites em que trabalhava no Hospital do Portão da
Penha. Vá saber quantos foram alei,jados na mesa de
Thinster ou quantos morreram graças à incompetência
dele. E foi por essa gente que você deu cabo do médico.
4 O primeiro passo para encontrar a cura é admitir que
você tem um problema. O segundo é ver seu traficante
abusivo se esvaindo em sangue no chão. Jopalin, da casa
o você é caçado por turbas que querem fazer um outro
de chá de mesmo nome, fez por merecer e, desde então,
I
F
você nunca mais sentiu a fissura da dama-da-noite.
d6 Detalhes do Homicídio
5 Você só estava protegendo sua família... de certo modo.
Olten Grinn dos Tumulários do Cemitério da Penha
estava prestes a rachar o crânio do seu avô com uma
maça. Você rachou o dele primeiro. Era a coisa certa a
fazer. Afinal, o vovô nunca pediu para ser um carniçal.
6 O nome disso deveria ser justiça. Fazia anos que Jedren
Hiller, o meirinho do Largo, extorquia os comerciantes
desesperados, enchendo a pança e a burra dia após dia.
O Destino providenciou uma oportunidade e você a
aproveitou. Você é um herói, mas ninguém comemorou.
FUNçõrs No HoMrcÍDro
Cada personagem tem uma função no homicídio que
pode ser determinadajogando ld4 e consultando a tabela
Homicídio: Funções dos Personagens ou escolhendo a
opção que parecer adequada.
Hourcíoro: FUNçÃo Do PERsoNAcEM
d4 Função do Personagem
deliberada, você tirou uma vida.
2 Espectador. Você poderia ter impedido a morte de uma
pessoa. Escolheu não fazê-lo.
3 lnstigador. Você arquitetou o fim de uma pessoa e suas
palavras disseminam a morte.
4 Mentiroso. Você sabe o que aconteceu, mas não abriu
o bico.
CoNsnquÊNCrAs Do HoMrcÍDro
As pessoas estâo comentando. A Guarda, o Punho
Flamejante, a Guilda ou outros estâo fazendo perguntas.
Se essa gente descobrir o que os personagens fizeram, o
julgamento será sumário e a morte será justa. Determine
os efeitos prejudiciais dos atos homicidas dos personagens
jogando ld6 e consultando a tabela Consequências do
Homicídio ou deixando os jogadores criarem os próprios
riscos fatídicos.
CoNseguÊNcrAs Do HoMrcíDro
d5 Consequências do Homicídio
I Você não sabe ao certo quem íoi, mas alguém
presenciou o homicídio e os delatou. Agora vocês são
fugitivos procurados e têm a cara e o nome estampados
em cartazes por toda a cidade.
2 Alguém ligado à sua vítima quer vingança, o tipo de
,iustiça que a lei não tem como oferecer.
3 Sua vítima se recusa a continuar morta: lutou para voltar
do túmulo e ir à forra.
4 Sua vítima integrava uma organização maior, como
a Guilda, por exemplo. Essa organização se recusa a
deixar o homicídio passar em brancas nuvens.
5 Sua vítima ainda está viva e sabe o que você fez. Agora
você precisa arranjar um jeito de acabar com ela uma
segunda vez.
6 A morte da sua vítima causou comoção social. Agora
tipo de justiça em Baldur's Cate (Portâo de Baldur).
GEOGRAFIA DE BALDUR'S CATE
209
 Rouso nu Beroun's Gern
Os personagens infringiram a lei ao roubar algo de valor.
A questão é: eles perpetraram o roubo porque precisavam
ou queriam alguma coisa ou porque não queriam que outra
pessoa a tivesse?
Der.qrHrs Do RouBo
Defina os pormenores do roubo executado pelo grupo,
seja deixando os jogadores criarem algo ou jogando 1d6
e consultando a tabela Detalhes do Roubo.
Derllxes Do RouBo
d6 Detalhes do Roubo
I Você fez o que fez porque queria não só dinheiro, mas
também o prestígio. Foram meses de planejamento e
mais um tempão até conseguir posicionar todo mundo.
O Paço Magno é trancado a sete chaves todas as noites.
Mas suas criptas, nem tanto. E agora um tesouro inesti-
mável da cidade, a luneta de Balduran, é todo seu.
2 Com a ajuda de alguém de dentro, você roubou dinheiro
do Escritório Contábil, o banco mais seguro de Baldur's
Gate (Portão de Baldur). Com a reputação do banco em
jogo, você sabe que a llustríssima Ordem dos Prestamis-
tas não vai descansar até o dinheiro voltar a seus donos
de direito e os ladrÕes serem levados à fustiça.
3 de seu empreendimento duvidoso.
Quando a mercadoria é arriscada, o pagamento inclui
adicional de periculosidade. Você roubou quatro barris
de polvorim dos Fogos de Artifício do Felogyr e os ven-
deu para um bando de revolucionários. Você,iá gastou o
dinheiro, mas a salva de artilharia ainda está por vir.
4 Roubar a arrecadação da noite do Lampião Mortiço, um
navio transformado em taverna e antro de jogatina, íoi
uma prceza e tanto. Você achou que não havia deixado
nenhuma ponta solta, mas agora um bando de kenku
assassinos está na sua cola e assombra seus pesadelos.
5 Parecia um tesouro enterrado: uma coleção de estátuas
estranhas, com topázios no lugar dos olhos, escondida
nas entranhas dos Veeiros. Você as pegou e deu no pé,
mas agora os contrabandistas que as roubaram original-
mente querem o butim de volta. Eles não sabem quem
as levou, mas sabem que você está envolvido graças a
uma pista que inadvertidamente deixou para trás.
6 Tanto a Guilda quanto os Paxás Direitos do Bairro
Calishita a queriam: uma coisinha tão pequena, um
frasco capaz de conter apenas algumas gotas de
perfume. Mas a coisa falou com você. Dava para ouvi-la
em sua mente. Você sabia que era preciso libertá-la.
Mas, agora que o fez, você não se anima a abrir o írasco.
L I
GEOGRAFIA DE BALDUR'S GATE
2ro
FUNçÕrs No RouBo
Cada personagem tem uma funçâo no roubo que pode ser
determinadajogando 1d6 e consultando a tabela Roubo:
Funçôes dos Personagens ou escolhendo a opção que
parecer adequada.
Roueo: FuNçÃo Do PERSoNAcEM
d6 Função do Personagem
I Marretador. Sua especialidade é a força bruta, seja para
marretar uma parede ou a cabeça de alguém.
2 Larápio. A coisa era deles, mas você só precisou
estender um braço, e agora ela é sua.
3 Distração. Enquanto todas as atenções se voltam para
você, seus amigos fogem com a mercadoria.
4 Arrombador. Toda fechadura é um enigma a ser resolvido.
5 Olheiro. Ficar de olho na encrenca é a melhor maneira
de evitá-la.
6 lnfiltrado. Você conhecia o serviço por dentro e por
fora, principalmente por que estava do lado de dentro o
tempo todo.
CoNsrquÊNCTAS Do RouBo
Determine o resultado do assalto executado pelos personagens
jogando 1d6 e consultando a tabela Consequências do Roubo
ou pedindo aosjogadores para determinar as consequências
Cor.rseguÊNcrAs Do RouBo
d6 Consequências do Roubo
I O dono da coisa que você roubou chamou as
autoridades. E agora estão oferecendo uma recompensa
pela sua captura.
2 lJm outro grupo de ladrões está atrás de você, tentando
tirar das suas mãos o produto do roubo.
3 A coisa que você roubou não era o que você imaginava.
Você quer se livrar dela, mas o troço virou um
problemão, principalmente depois de ter crescido, saído
do ovo ou começado a falar.
4 Todo mundo quer o que você tem. Vários grupos
perigosos o abordaram para comprar a coisa e vão se
ofender caso você a venda para outra pessoa.
5 A coisa que você roubou não pertencia ao seu alvo, e
sim à outra pessoa. Agora uma organização mortífera
como a Cuilda está atrás de você.
6 Você foi apanhado! O dono exige que você devolva o que
lhe pertence, ameaçando-o de morte ou coisa pior, mas
o produto do roubo já não está mais em seu poder. í
. ;1.
?
I
'?r...
*
 Gorpn FnacesseDo EM Beroun's Garn CoNsrquÊNCrAs Do GoLpE Fnacessaoo
A oposição aos golpistas não levou numa boa a traição dos
Os personagens tramaram com outras pessoas pâra tomar
personagens. Determine como o alvo do golpe virou o jogo
o poder e fracassaram, revelando sua ambiçâo e desleal-
lançando 1d6 e consultando a tabela Consequências do
dade. O malfeito pode ser algo tâo pequeno quanto tentaÍ
Golpe Fracassado ou inventando uma situação pior ainda.
assumir o comando de uma casa patriar ou alguma coisa de
magnitude muito maior, como tentar depor um duque, tomar
o controle da Guilda ou derrubar o Punho Flamejante.
CorseguÊNcrAs Do GorpE Fnlclssloo
d6 Consequências do Golpe Fracassado
Dnr.c.Lrrns Do GoLPE Fnecessloo I Você foi destituído pelo mesmo grupo que tentou subver-
Defina os pormenores do golpe de estado fracassado, seja
ter. Tiraram tudo de você e planejam tomar ainda mais.
deixando os jogadores criarem algo ou lançando ld6 e
consultando a tabela Detalhes do Golpe Fracassado.
2 A tal oportunidade foi uma cilada! Agora seu antigo alvo
está conduzindo uma campanha de retaliação contra você.

Derllxes Do GoLPE Fnlclssloo 3 Você chegou um segundo atrasado. Um rival entrou em

cena e depôs seu alvo. E agora você é tudo que está entre
d4 Detalhes do Golpe Fracassado
ele e o controle absoluto.
I Seus pais patriares pareciam relíquias. O tempo dos dois
àfrente da família e seus negócios já passou. Com a a,juda
4 Você não se deu conta disso, mas seu alvo tinha aliados,
grupos de interesse de fora da cidade que agora
dos parceiros deles, você tentou se apoderar das proprie-
querem represália.
dades da família, mas subestimou a astúcia que vem com
a experiência.
5 Sua tentativa foi reprimida com facilidade. Você não havia
se dado conta de que seu alvo tinha uma arma como essa
2 Um patriar lhe prometeu fortuna ou outra coisa de valor se
à disposição, mas agora ele a está usando para caçá-lo.
você ajudasse a tirar o duque Dillard Portyr do poder, abrindo
umavaga no Conselho dos Quatro. O plano de chantagear o
6 Você foi dedurado por um dos seus. Agora todos
estão sendo caçados, mas um de vocês é um traidor
duque para que ele se aposentasse saiu pela culatra quando
entre traidores.
um rival do patriar desleal descobriu a trama. Será que o pa-
triar vai entregá-lo para salvar a própria pelel
3 Keene Nove Dedos acha que tem a Guilda sob controle,
mas vários mandachuvas andam tramando contra ela. A
Cuilda vai sucumbir à violência se não tiver uma liderança
r1 v) I
forte. Você sabia que Nove Dedos não renunciaria de livre ú./
e espontânea vontade. lntimidá-la para que se aposentasse
parecia ser a única coisa benevolente a fazer, mas ela se
I
recusou a entender a dica. Agora ela e os mandachuvas o

4
estão perseguindo.
O Punho Flamejante é corrupto. Você se virou contra
seu comandante, pois queria mudar os rumos do Punho.
Agora rotulam você de traidor.
tfu §r
b
FUNçôrs No GoLPE Fnecassaoo 7-
Cada personagem tem uma funçâo no golpe de estado
fracassado que pode ser determinadajogando-se um d6 e
,1, \ i -" t
consultando-se a tabela Golpe Fracassado: Funçôes dos ,

t
Personagens ou escolhendo-se a opção que parecer adequada.
I
\
Golpe Fnlclssloo: FUNçÃo Do PERsoNAGEM
d6 Função do Personagem
I tn. É
I Facilitador. Você não seria beneficiado diretamente pela
nova estrutura de poder, mas teria algum benefício, sim.
2 Beneficiário. Essa era sua chance de alcançar a glória. §-
3
Sua oportunidade de ficar por cima da carne seca.
Voyeur. Você deveria ter impedido a tentativa de tomar o
§- tn r. l
poder de assalto. Sua inação torna você imputável.
-l
4 Oportunista. Você viu uma brecha e a compartilhou com pes- {/
soas que poderiam ajudar você a tirar proveito da situação. à
t-
5 Bode Expiatório. Você pode ter sido manipulado e levado
z a ajudar, mas af udou mesmo assim. í I
a
6 Traidor. Você f á estava de olho numa oportunidade de
§
derrubar um aliado ou superior. Achou que o momento
I
)
\
tivesse chegado. )
?
\ \
..,§ 2II
/
 ApÊNDrcn A: AcoRDos Drasórlcos
Uma característica dos diabos é o prazer que sentem em
fazer acordos com os mortais. São mais do que simples
acordos: são trocas garantidas por forças cósmicas nas
quais um diabo concede a um personagem mortal certo
grau de poder e recebe algo como pagamento. As partes
chegam a um acordo e, em seguida, sela-se o pacto com
um contrato vinculante que os dois lados são obrigados
a assinar.
O objetivo final do diabo é tomar almas mortais. Se não
conseguir a alma de um mortal de uma vez só, o diabo
tentará tomá-la aos poucos, pedacinho por pedacinho,
incitando o mortal a cometer maldades e, desse modo,
condenando essa alma aos Nove Infernos.
Os acordos diabólicos sâo reforçados pelo peso do próprio
multiverso, pela verdadeira essência das forças da Ordem
e do Mal. Os diabos incorporam essa essência à hierarquia
infernal que rege sua existência. Os diabos de posição
hierárquica mais elevada fecham acordos mais potentes e
oferecem dádivas mais tentadoras.
Os diabos ínfimos não conseguemfazer acordos. Os
diabos menores e maiores podem fazer acordos em seu
próprio nome ou como intermediários de seus superiores
na hierarquia infernal. Os arquidiabos são os únicos diabos
capazes de negociar livremente com criaturas fora dos Nove
Infernos, geralmente quando os mortais os invocam para
pedir uma graça.
Faznuoo uM AcoRDo
Apesar da ânsia de prender almas mortais a contratos
vinculantes, os diabos só podem fazer acordos em
circunstâncias bem específicas. A maneira mais fácil de
um diabo fazer um acordo é negociáJo nos Nove Infernos,
onde ele está mais próximo da hierarquia infernal e pode
incorporar e conduzir mais facilmente seu poder. Em
outros pontos do multiverso, a maioria dos diabos está
longe demais de sua estrutura de poder para fechar acordos
vinculantes, a não ser em circunstâncias extraordinárias.
O acordo consiste numa proposta que cobre as condiçôes
esperadas por cada parte e num contrato que sela o pacto e
o torna vinculante.
Os diabos menores e maiores nâo têm liberdade para
fazer acordos fora de seu plano natal, mas há maneiras
de driblar isso. Se o invocador que se encontra em outro
plano souber o nome verdadeiro do diabo ou tiver seu
talismâ (como descrito em "Nomes Verdadeiros dos Diabos
e Talismãs" to Monster Manual: Livro do Monstro), em
vez de obrigar o diabo a servi-lo, poderá criar um círculo
ritualístico para permitir que o diabo faça um acordo.
Selado o acordo com um contrato, o diabo vai voltar aos
Nove Infernos.
O arquidiabo que quiser selar um acordo com um
personagem pode fazêJo pessoalmente ou mandar um
assecla propor o acordo e negociar em seu nome. O
personagem também pode contatar um arquidiabo matando
um humanoide de alinhamento caótico ou bom e entoando
uma prece para o arquidiabo durante t hora. O arquidiabo
ouve a prece do personagem e pode optar por responder
em sonhos ou visôes, ou então pode mandar um assecla
autorizado a fechar o acordo em seu nome.
la
APÊNDICE A I ACORDOS DIABóLICO§
2r2
HrenlngurA INFERNAL
Diabos ínfimos Diabos Maiores
.l0.
l. Lêmure Orthon
2. Nupperibo I l. Diabo chifrudo
12. Érínia
Diabos Menores 1 3. N arzugon
3. Diabrete 14. Diabo do gelo
'i5. Amnizu
4. Diabo espinhado
']6. Diabo do fosso
5. Diabo barbado
6. Merregon
7. Diabo farpado Arquidiabos
8. Diabo das correntes 17. Duque ou duquesa
9. Diabo dos ossos 18. Arquiduque ou
arquiduquesa
Pnoposre
Os acordos diabólicos começam com o diabo ou o
personagem abordando o assunto e oferecendo alguma
coisa. As cláusulas do acordo exigem, no mínimo, que o
diabo ofereça uma dádiva e que o personagem concorde
em pagâr um certo pÍeço por isso. Se as cláusulas não
forem aceitáveis para uma das partes, pode-se negociar e
tentar deixar o acordo mais atraente com cláusulas mais
interessantes, ou pode-se simplesmente virar as costas e ir
embora. Nem todo acordo é para ser.
Quando o preço é outra coisa que não a alma do
personagem, o diabo costuma estipular uma multa no caso
de o personagem nâo conseguir pagâr o preço do acordo.
Assim que as duas partes concordarem com as
cláusulas, o acordo é fechado com um contrato físico,
que pode assumir várias formas (consulte "Contratos
Infernais", p.2lD.
Aconoos E TESTES DE ATRTBUTo
A maioria dos acordos com diabos pode ser resolvida sem
jogadas de dados para determinar o resultado. Um teste
de Carisma nào consegue ludibriar nem persuadir boa
parte dos diabos a aceitar um acordo ruim, porque os seres
ínferos sâo espertos e experientes demais na arte de fechar
acordos para se deixarem enganar. Quando se envolve num
acordo que parece bom demais para ser verdade, o diabo
provavelmente vai interromper as negociaçôes para pedir a
opinião de um diabo mais inteligente.
Seguem-se os testes de atributo que podem ser feitos
durante o estabelecimento do acordo:
. Se tentar enganar o personagem na etapa de estabelecer
o acordo, o diabo poderá fazer um teste de Carisma
(Enganaçâo) contra um teste de Sabedoria (Intuiçâo) do
personagem. Se o resultado do teste do personagem for
superior ao do diabo, o personagem verá que o ínfero está
tentando enganáJo.
. Os diabos gostam de inserir cláusulas adicionais nas
letras miúdas do contrato. Quando isso acontece, o
personagem que sabe ler o idioma infernal pode fazer
um teste de Inteligência (Investigaçâo) contra um teste de
Carisma (Enganação) do diabo. Se o resultado do teste do
personagem for superior ao do diabo, o personagem vai
detectar as cláusulas adicionais nas letras miúdas e pedir
para removê-las antes que o contrato seja assinado.
 ri 4vx -il
/ T1
v.J
D
rr!
z\
l.

E I ,

I 3r^
,i
I
\\.
\
I
I
L
./ ,

,{# -Ç:
â ,ffi 1l
I
q
I

Í I I
l
\-I
"í
t
I v

,- ll

r
t-
'r l'
tl
\.u a § I
.J
-.1
/\

O Qun Qunnnu os Dresos Luroeor (Anqurorasos)

Os arquidiabos prezam a lealdade quase tanto quanto
Os diabos querem almas, pois cada alma que adquirem
as almas mortais. Uma maneira de o mortal demonstrar
os deixa um passo mais próximos da promoçâo seguinte.
lealdade a um arquidiabo é liderar uma seita religiosa
Se o personagem quiser algo de um diabo, mas nào
dedicada ao arquidiabo ou cometer atos hediondos em
estiver disposto a vender sua alma, o diabo talvez
nome dele. O personagem também pode selar um pâcto
peça ao aventureiro para prestar um serviço para ele.
Os arquidiabos também gostam de fazer os mortais - para servir o arquidiabo como bruxo. Esse personagem é
obrigado a adquirir pelo menos um nível da classe bruxo e
jurarem lealdade.
escolher o Ínfero (representado, no caso, pelo arquidiabo)
como seu patrono sobrenatural.
Arues
Quando entregam suas almas aos diabos, os personagens O Qun os D-lApgq O_{E_B_Eq!,y_
prometem servir também como diabos nos Nove Infernos
após a morte. Após ser prometida a um diabo, a alma de Os limites do que um diabo pode oferecer são determinados
um personagem nâo poderá ser tomada por nenhuma por sua posiçâo na hierarquia infernal. A tabela Hierarquia
outra criatura. Infernal relaciona os diabos em ordem crescente de poder,
desde os humildes lêmures aos poderosos arquiduques e
Srnvrços arquiduquesas. (O orthon foi incluído na tabela para garantir
O diabo que nâo tem como tomâr a alma de um personagem que ficasse completa, mas os orthons não aparecem nesta
pode pedir um serviço como compensação. Esses aventura nem no Monster Manual: Livro do Monstros.
serviços levam o personagem a cometer atos malignos Você pode descobrir mais a respeito deles no Tomo de
ou moralmente questionáveis, com a intençâo de torná-lo Mordenkainen's soáre Inimi§os.)
mais receptivo a acordos ainda mais perversos no futuro. Os diabos gostam de seduzir os mortais com tesouros
Seguem alguns exemplos: e itens mágicos. Os itens mágicos concedidos por diabos
. geralmente têm um matiz diabólico. São feitos de inferro,
Sem usar coerção mágica, o personagem deve convencer
têm inscrições no alfabeto infernal, soltam leves gemidos de
um outro mortal a celebrar um contrato infernal
sofrimento, cheiram a enxofre ou têm algum outro sinal que
com o diabo.
. os denuncia (consulte exemplos na tabela Que Peculiaridade
O personagem fica sabendo de uma peste, invasâo ou
Ele Possui? no capítulo 7 do Dun§eon Master's Guide:
outra calamidade que o diabo arranjou, mas fica proibido
Livro do Mestre).
o
de fazer alguma coisa para afetar o resultado.
. Os diabos também podem concordar em servir os
z O personagem precisa roubar uma relíquia sagrada de um
mortais durante algum tempo, atuando como conselheiros
o templo de alinhamento bom e entregá-la ao diabo ou a um
e guarda-costas.
dos subordinados dele.

APÊNDIcE A I ACoRDos prasóLrcos

2r3
 Draaos MrNonrs
Um diabo menor pode oferecer qualquer uma das dádivas a
seguir ou todas elas:
. Até 500 PO em objetos de arte, moedas ou pedras preciosas
. Um item mágico incomum
. Serviço leal por um período não superior a nove anos
Draros Meronrs
Um diabo maior pode oferecer qualquer uma das dádivas a
seguir ou todas elas:
. Até 5.000 PO em objetos de arte, moedas ou
pedras preciosas
. Um item mágico incomum ou raro
. Serviço leal por um período não superior a nove dias
AnqurorLoos
Um arquidiabo pode oferecer qualquer uma das dádivas a
seguir ou todas elas:
. Até 50.000 PO em objetos de arte, moedas, pedras
preciosas ou propriedades
. Um item mágico incomum, raro ou muito raro
. Uma informaçâo valiosa que nâo pode ser adquirida de
nenhuma outra maneira
. Uma tarefa, e apenas uma, que o arquidiabo ou um de
seus asseclas consiga completar nos próximos nove dias
. Um presente sobrenatural que se manifesta como mercê
(consulte "Presentes Sobrenaturais" no capítulo 7 do
Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre, e também
"Mercês dos Arquidiabos", p. 215)
. O benefício da magia deseTb (sem exaustão por usar um
efeito que não seja reproduzir outra magia)
CoNrnatos INFERNATs
Assim que o diabo e o personagem chegarem a um acordo
sobre as cláusulas, o pacto será selado com um contrato
que o diabo pode tirar do nada usando uma açâo. O contrato
costuma aparecer de maneira cinematográfica: por exemplo,
pode chegar com uma nuvem de fumaça, acompanhado por
uma gargalhada diabólica ou por um diabrete soltando fogos
de artifício.
Os contratos assumem diversas formas, as cláusulas
são escritas em Infernal tornam-se vinculantes de várias
maneiras que vâo desde uma simples assinatura a um ato
revoltante. Assim que todas as partes envolvidas fizerem o
que é preciso para validar o contrato, o acordo será fechado.
O personagem que fez o acordo ganha a dádiva do diabo
como benefício e fica obrigado a pagar o preço.
Qurnne DE CoNTRATo
O personagem vinculado a um contrato infernal que nâo
pagar o preço especificado terá de arcar imediatamente com
I uma multa por quebra de contrato, também especificada
nele próprio. Seguem-se as multas mais comuns:
. A alma do personagem será confiscada quando ele morrer
(ou seja, o personagem vai renascer nos Nove Infernos
como lêmure).
. O personagem perde para o diabo todo o seu dinheiro
e todas as suas propriedades, ou entâo um item mágico
poderoso (determinado pelo DM).
. O personagem desenvolve chifres, cauda ou outras
características diabólicas que só podem ser removidas
I
por uma intervençâo divina (mas podem ser escondidas
por ilusões ou disfarces). Enquanto essas marcas
persistirem, o personagem será identificado como ínfero
,\
,r\
2t+ \
APÊNDrcE A I AcoRDos DrABóLrcos
quando submetido a magias como detectar o bem e o mal
ou algo do gênero.
O personagem adquire um novo defeito. Se ele exibir
um comportamento inconsistente com este defeito terá
desvantagem em todas as jogadas de ataque, testes de
atributo e salvaguardas até seu comportamento mudar
para se adequar ao defeito.
ANur-açÃo Do CoNTRATo
A anulaçâo do contrato infernal desobriga todas as partes
de cumprir suas cláusulas, sem aplicação de multa, como se
o acordo nunca tivesse ocorrido. Dádivas e preços revertem
na mesma hora, mas alguns contratos podem deixar
sequelas ou outros efeitos duradouros.
É preciso que tânto o diabo quânto o personâgem que
assinou o contrato declarem as cláusulas nulas. O diabo
usa uma ação para apresentar o contrato. Quando as duas
partes declararem sua intenção de encerrar o acordo, o
contrato se autodestrói e vira pó.
Os diabos exigem compensação pela anulação de um
contrato. Diabos covardes podem se dispor a anular um
contrato em troca de sua vida, mas a maioria prefere o risco
de morrer a ser rebaixado para uma forma inferior de diabo
e aguentar a zombaria de seus semelhantes.
E possível convencer um diabo a anular um contrato
em troca de:
. Uma ou mais moedas esplirtuals (os diabos menores
costumam aceitar três; os maiores, nove; os arquidiabos
não se interessam por esta opção irrisória)
. Uma quantia exorbitante em ouro, mais o sacrifício de
muitos humanoides em nome do diabo
. Um artefato poderoso, como a Mão de Vecna ou a
Espada de Zariel
Fonuas Dos CoNTRATos
A tabela Formas dos Contratos tem diversos exemplos
de formas que os contratos infernais podem assumir.
As seções que se seguem à tabela descrevem os vários
contratos e como eles podem seÍ destruídos e anulados.
Fonul Do CoNTRATo
d6 Forma do Contrato
1 Beijar o lêmure
2 Bonecas bebês
3 Cantiga do diabo
4 Condenado
5 Gravado na pedra
6 Manuscrito infernal
Beiiaro Lêmure. O diabo invoca um lêmure que
tem o acordo impresso em runas brilhantes na sua
pele encaroçada. Para celebrar o contrato, o diabo e o
personagem que faz o acordo precisam beijar o lêmure.
Assim que o fizerem, o lêmure vai se transformar numa
estátua de pedra que exibe o acordo em sua superfície.
Aí a estátua vai se teletransportar para as profundezas dos
Nove Infernos.
A estátua é um objeto Médio com CA 17, 50 pontos de vida
e imunidade a todo tipo de dano, exceto radiante. Não há
magia capaz de transformá-la mais uma vez em lêmure.
A destruição da estátua anulará o contrato.
I a
 Bonecas Bebés. O diabo apresenta duas bonecas bebês
feitas de trapos imundos ou madeira apodrecida. As
bonecas recitam o acordo com voz estridente (no idioma
infernal) e vomitam sangue quando são abraçadas. Para
celebrar o contrato, tanto o diabo quanto o personagem que
faz o acordo devem abraçar uma das bonecas. Finalizado o
contrato, o diabo ficará com uma boneca, e o personâgem,
com â outra.
Para anular esse contrato, as duas bonecas precisam ser
destruídas com um intervalo de no máximo 1 minuto entre
uma e outra. Se a segunda boneca nâo for destruída no
tempo designado, a primeira vai reaparecer após 1 minuto.
Cada boneca é um objeto Minúsculo com CA 9, 9 pontos
de vida, vulnerabilidade a dano ígneo e imunidade a dano
venenoso e psíquico.
Canti§a do Diabo. O diabo apresenta uma partitura
musical onde o acordo se encontra escrito. Para celebrar
o contrato, tanto o diabo quanto o personagem que faz o
acordo devem cantar ou tocar a cantiga dissonante, que não
sairá mais de suas cabeças até o acordo se cumprir.
Embeber a partitura em água benta destrói e anula o
contrato, além de fazer com que tanto o personagem quanto
o diabo percam a capacidade de falar. Restauraçáo maior
ou magiâ semelhante encerra o efeito, mas somente no
alvo da magia.
Condenado. Abre-se um portal e de lá sai cambaleando
um humanoide agrilhoado com os olhos e a boca fechados
e costurados. Esse indivíduo provavelmente é alguém que
violou seu contÍato infernal e agora está pagando por isso.
As cláusulas do contrato estâo entalhadas na pele do pobre
coitado. Para celebrar o contrato, o diabo e o personagem
quefaz o acordo entalham seus nomes no condenado que,
em seguida, é banido.
Use o bloco de estatísticas do plebeu para representar
o condenado, que permanecerá cego enquanto seus olhos
estiverem fechados e costurados. Assim que as duas partes
assinarem o contrato, o condenado nâo vai mais envelhecer
nem precisar de água, comida ou sono, além de receber
imunidade a todo tipo de dano que não seja causado pelo
diabo ou pelo personagem que fez o acordo. Se o condenado
morrer, o contrato será anulado.
Gravado na Pedra. Uma erupçâo de lava surge de uma
fenda no chão e rapidamente se consolida em rocha. O
acordo aparece em letras brilhantes inscritas na lava em
processo de petrificaçâo. Para celebrar o contrato, tanto o
diabo quanto o personâgem qre faz o acordo devem enfiar
a mão esquerda na lava, o que não vai lhes causar nenhum
mal, para deixar na pedra a impressâo de suas palmas.
Em seguida, a laje de lava resfriada se teleporta para um
lugar seguro.
Se as mãos esquerdas do diabo e do personagem que
fechou o acordo forem decepadas e aplicadas à impressào
de suas palmas, tanto as mâos quanto o contrato serâo
destruídos e este será anulado.
Manuscrito Infernal. O diabo apresenta um rolo de velino
contendo o acordo escrito com sângue. Para celebrar o
contrato, o diabo e o personagem que faz o acordo assinam
o manuscrito com o respectivo sangue ou com o de um
humanoide que não tenha morrido há mais de 1 minuto.
Logo após as duas pârtes o assinarem, o contrato vai se
teleportar para um lugar seguro nos Nove Infernos.
O contrato será anulado se for queimado, sendo imune a
todos os outros tipos de dano.
I
MnncÊs Dos AReurDrABos
As mercês são presentes sobrenaturais descritos no
capítulo 7 d,o Dun§eon Master's Guide: Livro do Mestre. Os
arquidiabos e vassalos designados por eles podem conceder
esses presentes aos mortais, geralmente para seduzi-los
e convencê-los a assinar um contrato infernal. Esta seção
descreve várias mercês novas que os arquidiabos e seus
vassalos podem conceder.
MrncÊ DA ADAMANTTNA
Esta mercê tem 9 cargas. Você pode usar uma açâo
para gastar 1 carga da mercê e ganhar 30 pontos de
vida temporários. Durante a próxima hora, seus olhos
serão poços de escuridâo absoluta e você não poderá ser
enfeitiçado nem amedrontado. Assim que você gastar todas
as cargas, a mercê vai desaparecer.
MrncÊ DA IDADE IuurÁvrr
Enquanto tiver esta mercê, você náo vai envelhecer
naturalmente e sua pele teÍá a tez e a textura de uma
boneca. Mas você ainda será afetado por envelhecimento
mágico. Esta mercê vai sumir quando você morrer.
MrncÊ DA INSPTRAçÃo Drenorrc.l
Você desenvolve uma cauda vestigial curta ao receber esta
mercê, a menos que já tenha uma cauda. Ao Íazer um teste
de atributo, umajogada de ataque ou salvaguarda, você
poderá usar esta mercê para ter vantagem. Após ser usada
nove vezes, a mercê e sua cauda vestigial vão desaparecer.
MrncÊ DAs INúMERAs LÍNcuAs
Você fala e entende todos os idiomas, adquire proficiência
nas perícias Enganaçâo e Persuasão e poderá somar o
dobro do seu bônus de proficiência normal aos testes
quando usar essas perícias. Esta mercê vai sumir quando
você morrer.
MnncÊ Do RECRUTAMENTo Meron
Enquanto tiver esta mercê, você vai atrair moscas. Usando
uma ação, você ativa esta mercê e invoca um diabo
chifrudo. Esse diabo aparecerá num espaço desocupado
a até 9 metros de você, obedecerá às suas ordens de má
vontade e ficará a seu serviço, sob protestos, durante 9 dias
ou até ele morrer, quando então desaparecerá. Quando o
diabo se for, a mercê também vai sumir.
MencÊ Do RECRUTAMENTo MrNon
Enquanto tiver esta mercê, você vai atrair moscas. Usando
uma açâo, você ativa esta mercê e invoca um diabo farpado,
dois diabos barbados ou três diabos espinhados. Todos os
diabos aparecem de uma vez só em espaços desocupados a
até 9 metros de você. Cada diabo obedecerá às suas ordens
e continuará entusiasticamente a seu serviço durante 9 dias
ou até ele morrer, quando então desaparecerá. Assim que
todos os diabos invocados por esta mercê sumirem, a mercê
também vai desaparecer.
MnncÊ DA REPREENsÃo DrABóucl
Uma auréola de fogo aparece acima da sua cabeça quando
você recebe esta mercê. Ela permite que você conjure a
magia repreensão diabólica (versâo de 90 círculo) como
reação. Após ser usada nove vezes, a mercê vai desaparecer,
levando a auréola de fogo com ela.
epÊNorcr A I AcoRDos orasótlcos
215
 ApÊNDrcn B: MÁgurNAS on GuERRA INrnnNArs
As máquinas de guerra infernais são veículos montados nos
Nove Infernos e abastecidos com as almas dos condenados.
As máquinas de guerra menores transportam grupos
de ataque ou batedores. As máquinas maiores e mais
ameaçadoras podem triturar hordas inteiras de demônios
ou despejar tropas de choque atrás das linhas inimigas.
As máquinas de guerra infernais são feitas de inferro e
têm um monte de cravos, lâminas, correntes e armas de
cerco. O motor de uma máquina de guerra infernal emite
um rosnado grave com um toque de gritos agonizantes, pois
sua fornalha consome almas como combustível.
Este apêndice apresenta blocos de estatísticas para
máquinas de guerra infernais, regras para pilotá-las e
consertálas e diretrizes para lidar com perseguições
no Avernus.
Brocos DE EsresrÍsuces
Os blocos de estatísticas de quatro exemplos de máquinas
de guerra infernais sâo apresentadas neste apêndice. As
estatísticas de uma máquina de guerra infernal funcionam
exatamente como as das criaturas, com as consideraçôes
adicionais a seguir.
Capacr»ADE DE TnaNspoRTE E Canca
A capacidade de transporte descreve quantas criaturas a
máquina de guerra infernal é capaz de transportar confor-
tavelmente. E possível transpoÍtar mais criaturas se elas se
apertarem ou se agarrarem ao lado de fora do veículo.
A capacidade de carga especifica a quantidade de carga
que a máquina de guerra infernal é capaz de levar.
Crassn DE ARMADURA
A máquina de guerra infernal costuma ser feita de inferro
(inferro) e tem Classe de Armadura 19 + seu modifrcador
de Destreza. Com o veículo parado, asjogadas de ataque
dirigidas a ele terão vantagem.
Veronns DE ATRTBUTo
Uma máquina de guerra infernal tem os seis valores de
atributo e os modificadores correspondentes. Seu tamanho
e peso determinam sua Força. A Destreza representa sua
condução e manobrabilidade. A Constituição de um veículo
é um reflexo de sua durabilidade e da qualidade de sua cons-
trução. As máquinas de guerra infernais geralmente têm
valor 0 em Inteligência, Sabedoria e Carisma.
Se tiver 0 num atributo, a máquina de guerra infernal vai
ser automaticamente malsucedida em todo teste de atributo
ou salvaguarda que fizer usando esse valor.
PoNros DE VrDA
Pode-se restaurar os pontos de vida de uma máquina de
guerra infernal consertando-a (consulte "Consertos",
p.22O). Ao chegar a 0 pontos de vida, o veículo deixa de
funcionar, dá perda total, e as almas ainda aprisionadas na
sua fornalha sâo libertadas e seguem para a vida após a
morte (consulte "Combustível Espiritual", p. 217 ).
Lrurln DE DANo
l A massa ou a blindagem das máquinas de guerra infernais
permitem que elas ignorem os ataques mais fracos.
\
^,;\ epÊN»rcr B I MÁeurNAS DE cuERRA TNFERNATs
2rb
Os veículos com limiar de dano têm imunidade a todo tipo
de dano, a nâo ser que sofram uma quantidade de dano igual
ou superior ao valor de seus limiares, caso no qual receberão
dano normalmente. Todo dano que não igualar nem exceder
o limiar de um veículo será considerado superficial e nào
reduzirá seus pontos de vida.
Lrltran DE PERCALÇo
Ao sofrer, de uma única fonte, uma quantidade de dano
igual ou superior a seu limiar de percalço, a máquina de
guerra infernal terá dejogar 1d20 e consultar a tabela
Percalços (p.220).
Posros DE AÇÃo E TRTPULAÇÃo
A máquina de guerra infernal não tem ações próprias.
Ela conta com tripulantes para ocupar determinados postos
e usar as ações deles para operar suas diversas funçôes.
Toda opçâo da seção Postos de Açâo no bloco de estatísticas
de uma máquina de guerra infernal exige uma açâo para ser
executada.
Rncnns
Segue-se uma breve apresentação das regras para as
máquinas de guerra infernais.
ErnunNros MÁcrcos
O motor, a fornalha e as armas de uma máquina de guerra
infernal sâo mágicos e ficam inoperantes no interior de
um campo antimagia. Quando o motor ou a fornalha entra
em contato com esse tipo de efeito, a máquina de guerra
infernal se desliga e só voltará a funcionar quando o motor e
a fornalha estiverem fora do campo.
Araquns DE OPoRTUNTDADE
As máquinas de guerra infernais provocam ataques de
oportunidade normalmente. Quando uma máquina de
guerra infernal provoca um ataque de oportunidade, o
atâcante pode escolher como alvo o veículo ou qualquer
criatura a bordo que não tenha cobertura total e esteja ao
alcance de um ataque corpo a corpo.
Posros DE AÇÃo
Uma criatura pode usar uma açâo do posto que ocupa no
momento. Depois de usada por uma criatura, a ação só
poderá ser usada novamente no próximo turno da criatura.
Apenas uma criatura pode ocupar cada posto.
As criaturas que nâo estiverem ocupando um posto de ação
estarâo no banco do passageiro ou agarradas ao lado de fora
do veículo. Essas podem realizar ações normalmente.
Lrun
O leme de uma máquina de guerra infernal é um banco
dotado de volante, alavancas, pedais e outros controles.
Para ser operado, o leme precisa de um piloto. A máquina
de guerra infernal sem piloto é automaticamente
malsucedida em salvaguardas de Destreza.
O piloto proficiente na condução de veículos terrestres
pode somar seu bônus de proficiência aos testes de atributo
e salvaguarda feitos com os valores de atributo da máquina
de guerra infernal.
 Pilotan Enquanto o motor da máquina de guerra infernal
estiver ligado, o piloto poderá usar uma ação para impelir
o veículo até igualar seu deslocamento ou fazê-lo parar
completamente. Enquanto o veículo estiver em movimento,
o piloto conseguirá direcioná-lo à vontade.
Se o piloto ficar incapacitado, sair do leme ou nada frzer
para alterar o rumo e a velocidade da máquina de guerra
infernal, ela vai se mover na mesma direçâo e à mesma
velocidade que se moveu no último turno do piloto até
atingir um obstáculo grande o bastante para detêJa.
Ações Bônus. Como ação bônus, o piloto pode fazer uma
das coisas a seguir:
. Ligar ou desligar o motor da máquina de guerra infernal.
. Fazer com que a máquina execute a açâo Correr ou
Desengajar, desde que o motor esteja funcionando.
. Introduzir rma moeda espiÍitual ou frasco de icor demo-
níaco na fornalha do motor (consulte "Combustível Espiri-
tual" e "Reforço de Icor Demoníaco", mais adiante).
Pos'ros DE CoMBATE
Cada uma das armas da máquina de guerra infernal ocupa
um dos postos do veículo.
É possível trocar uma ârma por outra (consulte "Postos
de Combate Alternativos",p.22l), desde que o número
de tripulantes necessários para operar a arma substituta
seja o mesmo.
C ounusrÍvrr Esprnrruer
O motor no âmago de toda máquina de guerra infernal tem
uma fornalha abastecida com moedas espirituais (p. 225). En-
tre os controles do leme do veículo. encontra-se uma abertura
estreita para receber moedas espirituaÀ. As moedas esprii-
Íuars introduzidas nessa abertura caem na fornalha, que e
duas categorias de tamanho menor que o veículo que a contém.
A fornalha da máquina de guerra infernal consome a
moeda espiritual no mesmo instante, usando todas as car-
gas remanescentes da moeda de uma vez só e destruindo-a.
A alma aprisionada na moeda agora é prisioneira da forna-
lha e vai alimentar a máquina de guerra infernal durante um
intervalo de tempo determinado pela quantidade de cargas
que a moeda tinha ao ser consumida: 1 carga, 24 horas;2
cargas, 48 horas; 3 cargas, 72 horas. Se ainda estiver presa
na fornalha quando o tempo acabar, a alma será destruída.
Nem mesmo uma intervençâo divina conseguirá restaurar
uma alma destruída dessa maneira.
Seja qual for seu tamanho, a fornalha é capaz de conter
um número indefinido de almas cujos gritos de agonia
podem ser ouvidos a uma distância de 18 metros. Cada nova
alma introduzida na fornalha acrescenta mais combustível
ao veículo, permitindo que funcione por mais tempo.
Rnronço DE IcoR DruoNÍeco
Despejar um frasco de icor demoníaco na fornalha de uma
máquina de guerra infernal aumenta o deslocamento do
veículo em 9 metros durante I minuto. Enquanto a velocidade
do veículo tiver esse reforço, jogue ld20 no começo de cada
turno do piloto. Se você tirar l, o veículo estará sujeito ao
resultado Ruptura da Fornalha da tabela de Percalços (p.220).
Pnncerços
Jogue 1d20 e consulte a tabela Percalços quando uma das
o
o coisas a seguir acontecer com uma máquina de guerra
o
,z infernal em movimento:
t dano contundente.
I
. A máquina de guerra infernal sofre dano de uma única fonte
em quantidade igual ou superior a seu limiar de percalço.
. A máquina de guerra infernal falha em um teste de atributo
(ou seu piloto falha em um teste como esse usando o
atributo do veículo) por uma diferença igual ou superior a 5.
Se o percalço tiver uma CD para consertar, será possível
encerráJo consertando o veículo (consulte "Consertos",
mais adiante).
Pencrlços
CD para
d20 Percalços Consertar
I Motor em Chamas. O motor pega fogo e as 15 (Des)
chamas envolvem o veículo. Toda criatura
que começar seu turno a bordo do veículo
vai sofrer l0 (3d6) pontos de dano ígneo
até encerrarem o percalço.
2-4 Direção Travada. O veículo só consegue l5 (For)
se mover em linha reta. Vai ser
automaticamente malsucedido em testes
e salvaguardas de Destreza até encerrarem
o percalço.
5-7 Ruptura da Fornalha. O deslocamento do 15 (For)
veículo será 9 metros menor até encerrarem
o percalço.
8-r 0 Mau Funcionamento da Arma. Uma das 20 (For)
armas do veículo (à escolha do DM) não
poderá ser mais usada até encerrarem
o percalço. Se o veículo não tiver armas
operacionais, nenhum percalço ocorrerá.
'15
il-13 Fumaça Ofuscante. O leme é tomado por (Des)
fumaça e ficará totalmente obscurecido até
encerrarem o percalço. Toda criatura que
estiver no leme ficará cega por causa da
fumaça.
t4-16 Perda de Blindagem. O limiar de dano l5 (For)
do veículo ficará l0 pontos menor até
encerrarem o percalço.
t7-19 Eixo Avariado. O veículo range e sacode 20 (Des)
incontrolavelmente. Até o percalço
terminar, o veículo terá desvantagem em
todos os testes de Destreza, e todos os
testes de atributo e jogadas de ataque feitos
por criaturas a bordo terão desvantagem.
20 Capotagem. O veículo capota, fica caído Nenhuma
e para completamente num espaço
desocupado. Toda criatura agarrada ao lado
de íora do veículo que não estiver presa em
alguma coisa terá de ser bem-sucedida em
uma salvaguarda de Força CD 20 para não
ser arremessada longe e ficar caída num
espaço desocupado aleatório a até 6 metros
do veículo capotado. As criaturas no interior
do veículo ficam caídas e precisam ser bem-
sucedidas em uma salvaguarda de Força
CD 15 para não sofrer l0 (3d6) pontos de
epÊNoTcT B I MÁQUINAS DE GUERRA INFERNAIS
217
P
l{1 t
l--.:t.
LL D I

t<
*t:.:
-t'\Ê, ,
w
C,q.nNÍrrcn
Ao ser pilotado, o Carnífice lembra um bugue de praia.
Ele foi projetado para missões de ataque e reconhecimento.
O veículo se move sobre rodas de ferro dotadas de lâminas.
BRITA,I NFERNAL
Apelidada Cabrasax entre os ínferos, esta é uma máquina
de guerra infernal de duas rodas que se pode pilotar como
motocicleta. Tem cravos nas rodas, um motor estridente e Cn nNÍrrcn
uma carenagem frontal que lembra de leve a cara de um Veículo Enorme (t.500 kg)
diabo sorridente, sendo que seus chifres servem de guidão.
O que lhe falta em armamento, o veículo compensa com Capacidade de Transporte 4 críaturas médias
velocidade e manobrabilidade. Capacidade de Carga250 kg
Classe de Armadura 21 (19 quando parado)
Pontos de Vida 60 (limiar de dano 10, limiar de percalço 20)
Deslocamento 30 m

Cannrre INrBnNer FOR DES coN INT SAB CAR

Veículo Crande (250 kg)
16 (+3) M (+2) 14 (+2) 0 0 0

Capacidade de Transporte I criatura média

lmunidades a Dano ígneo, venenoso, psíquico
Capacidade de Carga 50 kg
lmunidades à Condição amedrontado, atordoado, cego,
Classe de Armadwa 23 (19 quando parada)
enfeitiçado, envenenado, inconsciente, paralisado,
Pontos de Vida 30 (limiar de dano 5, limiar de percalço 10)
petrificado, surdo
Deslocamento 36 m

Armas Mágicas. Os ataques com arma do Carnífice são mágicos

FOR DES coN INT SAB CAR
la(+2) l8(+a) l2 (+l) 0 0 0 Foices Lacerantes. Quando aproxima-se a até 1,5 metro de uma
lmunidades a Dano ígneo, venenoso, psíquico
lmunidades à Condição amedrontado, atordoado, cego, enfeitiça-
do, envenenado, inconsciente, paralísado, petrificado, surdo
Acrobocio. Em seu turno, o piloto da Cabrasax pode usar 3 metros
de deslocamento para executar uma acrobacia veicular grátis,
como empinadas e derrapadas. Antes de executar a acrobacia, a
Cabrasax precisa se mover pelo menos 3 metros em linha reta.
Se o piloto passar em um teste de Destreza CD l0 usando
a Destreza da moto, a acrobacia será bem-sucedida. Se for
malsucedido, o piloto não conseguirá realizar a acrobacia e só
poderá tentar uma outra acrobacia no seu próximo turno. Se
falhar por uma diferença igual ou superior a 5, a Cabrasax e todas
as criaturas que ela transporta ficarão caídas e a moto deslizará
pelo chão até parar completamente.
lncapaz Quondo Coída. Se capotar ou ficar caído, este veículo
não conseguirá se reerguer sozinho e ficará incapacitado até o
colocarem de pé.
criatura nâo caída ou de outro veículo pela primeira vez em
um turno, o Carnífice pode lacerar a criatura ou o veículo com
suas lâminas salientes, causando l3 (2d.l0 + 2) pontos de dano
cortante. A criatura sairá do caminho e não sofrerá dano algum
.l3.
se for bem-sucedida em uma salvaguarda de Destreza CD
O veículo sairá do caminho e não sofrerá dano algum se seu
piloto for bem-sucedido na salvaguarda.
lncapaz Quando Coído. Se capotar ou ficar caído, este veículo
não conseguirá se reerguer sozinho e ficará incapacitado até o
colocarem de pé.
Rodos Esmagadoras. O Carnífice pode passar pelo espaço
ocupado por qualquer criatura de tamanho Médio ou menor.
Quando o veículo o frzer, a criatura terá de ser bem-sucedida
em uma salvaguarda de Destreza CD 13 para não sofrer
l1 (2d10) pontos de dano contundente e ficar caída. Se iá
estiver caída, a criatura vai sofrer l1 (2d.l0) pontos adicionais
de dano contundente. Esta característica só pode ser usada
uma vez por turno contra uma determinada criatura.

Salto. Caso se mova pelo menos 9 metros em linha reta, a Posros DE AçÃo
Cabrasax poderá saltar uma distância de até i8 metros sobre um
Leme (Requer 1 Tripulonte e Fomece Três Quartos de Cobertura).
abismo, ravina ou outro vão. Cada 30 centímetros percorridos
Movimenta e conduz o Carnífice.
com o salto custam 30 centímetros de deslocamento.
Lançodor de Arpões (Requer 1 Tripulante e Fornece Coberturo
Posros DE AçÃo Totol). Munição: l0 arpões. Arma de Combate à Distância:
Leme (Requer 1 Tripulante e Fornece Cobertura Total). +7 para acertar, alcance 36 m, um alvo.
Movimenta e conduz a Cabrasax. Dano: 11 (2d8 + 2) perfurante.

Reeções Renções
Finta.Se a Cabrasax for capaz de se mover, o piloto poderá Finta. Se o Carnífice íor capaz de se mover, o piloto poderá usar

I usar a reação do veículo para dar à Cabrasax vantagem em uma

salvaguarda de Destreza.
a reação do veículo para dar ao Carnífice vantagem em uma
salvaguarda de Destreza.

)q APÊNDICE B I MÁqUINAS DE GUERRA INFERNAIs

2IE
 ,ffi

Moroon on DruôNros
O Moedor de Demônios ou Mói-Demos, é um carro blindado
e volumoso que ruge alto ao esmagar obstáculos e inimigos
tbl
l*. -.

I
em seu caminho com a ajuda de uma bola de demolição.
Suc,trnrne T
Mandíbulas de ferro compôem a frente do veículo que, âo
ser pilotado, lembra um caminhâo de lixo. Ao ser pilotada, a Sucateira lembra um ônibus pequeno.
É usada para peneirar os detritos do campo de batalha em
busca de sucata e outros materiais que valha a pena salvar
Na traseira do veículo, há um guindaste móvel equipado
Moppon DE DEMôNIos com um arpéu agarrador de ferro preso à ponta de uma
Veículo Colossal (6.000 kg)
corrente de 5 metros de comprimento que é acionada por
um guincho.
Capacidade de Transporte 8 criaturas médias
Capacidade de Carga 1 t
Classe de Armadura l9
.l0,
Pontos de Vida 200 (limiar de dano limiar de percalço 20)
Deslocamento 30 m
SucarBrna
Veículo Enorme (.500 kg)

FOR DES coN INT SAB CAR

Capacidade de TranspoÉe 8 criaturas médias
'18 (+a) l0 (+0) l8 (+a) 0 0 0
Capacidade de Carga 2 t
Classe de Armadura 20 (i9 quando parada)
lmunidades a Dano ígneo, psíquico, venenoso .l0,
Pontos deVida 150 (limiar de dano limiar de percalço 20)
lmunidades à Condição amedrontado, atordoado, cego,
Deslocamento 30 m
enfeitiçado, envenenado, inconsciente, paralisado,
petrificado, surdo
FOR DES coN INT SAB CAR
20 (+5) 12 (+1) 20 (+5) 0 0 0
Armos Mágicas, Os ataques com arma do Moedor de
Demônios são mágicos.
lmunidades a Dano ígneo, psíquico, venenoso
lncapaz Quondo Caído. Se capotar ou ficar caído, este veículo lmunidades à Condição amedrontado, atordoado, cego,
não conseguirá se reerguer sozinho e ficará incapacitado até o enfeitiçado, envenenado, inconsciente, paralisado,
colocarem de pé. petrificado, surdo

RodasEsmogodoras.O Moedor de Demônios pode passar pelo
espaço ocupado por qualquer criatura de tamanho Crande ou
menor. Quando o veículo o frzer, a criatura terá de ser bem-
sucedida em uma salvaguarda de Destreza CD l1 para
não sofrer 22 (4d10) pontos de dano contundente e ficar caída.
Se já estiver caída, a criatura vai sofrer 22 (4d10) pontos
adicionais de dano contundente. Esta característica só pode
ser usada uma vez por turno contra uma determinada criatura.
Posros DE AçÃo
Leme (Requer 1 Tripulonte e Fornece Três Quartos de Cobertura).
Movimenta e conduz o Moedor de Demônios.
Triturador (Requer 1 Tripulante e Fomece Coberturo Totol).
Armo de Combate Corpo o Corpo: +9 para acertar, alcance
1,5 m, um alvo. Dano:25 (6d6 + 4) períurante. O alvo reduzido
a 0 pontos de vida por esse dano será triturado e expelido por
canos nos dois lados do Moedor de Demônios. Também serão
destruídos todos os itens não mágicos que o alvo segurava ou
carregava.
Bola de Demolição (Requer 1 Tripulante e Fornece Coberturo
Totol). Armo de Combate Corpo a Corpo: +9 para acertar, alcance
4,5 m, um alvo. Dano:40 (8d8 + 4) contundente. Dobre o dano
se o alvo for um obfeto ou uma construção.
2 Lonçadores de Arpões (Coda Posto Requer 1 Tripulonte e
Fornece Cobertura Parciol). Munição: 1 0 arpôes por posto.
Armo de Combate à Distôncio:+S para acertar, alcance 36 m,
um alvo. Dano:9 (2d8) perfurante.
Armas Mágicos. Os ataques com arma da Sucateira são mágicos.
lncopaz Quondo Coído. Se capotar ou ficar caído, este veículo
não conseguirá se reerguer sozinho e ficará incapacitado até o
colocarem de pé.
Rodos Esmagadoras. A Sucateira pode passar pelo espaço
ocupado por qualquer criatura de tamanho Grande ou menor.
Quando o veículo o fizer, a criatura terá de ser bem-sucedida
em uma salvaguarda de Destreza CD l2 para não sofrer
'16 (3d10) pontos
de dano contundente e ficar caída. Se já
estiver caída, a criatura vai sofrer l6 (3d10) pontos adicionais
de dano contundente. Esta característica só pode ser usada
uma vez por turno contra uma determinada criatura.
Posros DE AçÃo
Leme (Requer 1 Tripulonte e Fornece Três Quartos de Cobertura).
Movimenta e conduz a Sucateira.
Arpéu Agorrador (Requer 1 Tripulante e Fornece Coberturo Total).
Arma de Combate Corpo a Corpo: +10 para acertar, alcance
4,5 m, um alvo. Dono: O alvo é agarrado (DC 12 para escapar).
Se for uma criatura, ficará contida até a condição agarrado
cessar. O arpéu agarrador só consegue agafiaí um
alvo por vez, e o operador do arpéu pode usar uma ação
bônus para fazê-lo soltar o que estiver segurando.
2 Lançadores de Arpões (Cado Posto Requer 1 Tripulonte e
Fornece Cobertura Parcial). Munição: l0 arpões.
Arma de Combate à Distôncia: +6 para acertar, alcance 36 m,
um alvo. Dano:10 (2d8 + l) perfurante.

ÀPÊNDICE B I MÁQUINAS DE GUER.RÂ INFER.NAIS

2r9
 I r#
Caanrra ItrenNal
,-':.,,*#
/-:
\=#
üt /t-
Sucare r na
ExeusrÃo Vnrcuren
As condições severas dos Nove Infernos podem fazer uma
máquina de guerra infernal deixar de funcionar corretamente
até quebrar de vez. Esse desgaste pode ser representado pela
exaustão, como descrita no apêndice A do Players Handbook:
Livro doJogador, com as modificações a seguir:
. Quando uma máquina de guerra infernal chega ao nível
6 de exaustâo, seus pontos de vida sâo reduzidos a 0 e o
veículo quebra.
. A única maneira de remover os efeitos da exaustâo de
uma máquina de guerra infernal é consertá-la.
CoNsnnros
Quando a máquina de guerra infernal sofre dano ou um
percalço, ou entâo ganha um ou mais níveis de exaustão,
uma criatura pode tentar consertá-la. A criatura que faz os
consertos precisa atender aos quesitos a seguir:
A criatura não pode operar o leme do veículo nem um de
seus postos de combate enquanto cuida dos consertos.
A criatura precisa estâr perto o suficiente da área
danificada que precisa de conserto para alcançá-la em
combate corpo a corpo.
A criatura precisa das ferramentas certas para o serviço
(ferramentas de ferreiro ou funileiro, por exemplo).
Antes de começar, a criatura tem que decidir se o objetivo
dos consertos é encerrar um percalço, remover um nível
de exaustão ou restaurâr os pontos de vida do veículo
danificado. Cada uma dessas opçôes é discutida a seguir.
ENCBnnen uM PERCALço
A criatura pode usar sua ação para fazer um teste de
atributo baseado no caráter do percalço (consulte a tabela
Percalços), e o fará com desvantagem caso o veículo
I
3.
esteja em movimento. A criatura vai somar seu bônus de
proficiência ao teste se for proficiente com as ferramentas
ApÊNDrcE n I rraÁqurNes DE cuERRA TNFERNATS
220
*frt
Moeoon oe Deuôxros
i)
Canrírrce
utilizadas parafazer os consertos. O percalço será
encerrado com um teste bem-sucedido. Percalços que nâo
tenham uma CD para consertar nâo podem ser consertados.
Rruovrn ExausrÃo
Se a máquina de guerra infernal tiver um ou mais níveis
de exaustâo, uma criatura poderá passar t hora ou mais
tentando reduzir a exaustâo do veículo. Este deve estar
parado e a criatura precisa ter peças de reposição para
fazer os consertos necessários. Depois de t hora de
trabalho, a criatura vai fazer um teste de Inteligência CD
15, acrescentando seu bônus de proficiência âo teste se
for proficiente com as ferramentas utilizadas para fazer os
repâros. Se o teste for bem-sucedido, a exaustâo do veículo
será reduzida em 1 nível. Se for malsucedido, a exaustão do
veículo vai continuar inalterada, mas será possível tentar
consertá-lo de novo usando-se as mesmas peças de reposição.
Rrsreunen PoNros DE VrDA
Se a máquina de guerra infernal tiver sofrido dano, mas
tiver pelo menos 1 ponto de vida, uma criatura poderá
passar t hora ou mais tentando remendar a fuselagem e
substituir as peças avariadas. O veículo deve estar parado
e a criatura precisa ter peçâs de reposição para fazer os
consertos necessários. Depois de t hora de trabalho, a
criatura vaifazer um teste de Destreza CD 15, acrescentando
seu bônus de proficiência ao teste se for proficiente com as
ferramentas utilizadas para fazer os reparos. Se o teste for
bem-sucedido, o veículo vai recuperar 2d4 + Z pontos de vida.
Se o teste for malsucedido, o veículo nâo vai recuperar ponto
de vida algum, mas será possível tentar consertá-lo de novo
usando-se as mesmas peças de reposição.
Cousõns
Quando colide com algo capaz de danificá-la
substancialmente, como um muro de ferro ou outro
veículo de mesmo tamanho ou maior, a máquina de guerra
 infernal para completamente e sofre ld6 pontos de dano
contundente para cada 3 metros que tenha se movido desde
seu último turno (máximo de 20d6). O veículo atingido, seja
qual for, sofre a mesma quantidade de dano. Se esse dano
for inferior ao limiar de dano da máquina de guerra infernal,
o veículo não sofrerá dano algum por causa da colisão.
Independentemente de a máquina de guerra infernal ter
sofrido dano ou não, toda criatura a bordo quando ela colidir
terá de fazer uma salvaguarda de Força CD 15. Se falhar,
sofre 1d6 pontos de dano contundente para cada 3 metros que
o veículo tenha se movido desde seu último turno (máximo de
20d6), ou metade do dano se tiver sucesso.
r ArnopnreurNro
Uma máquina de guerra infernal pode colidir com uma
criatura entrando no espaço ocupado poÍ esta. A criatura
pode usar sua reaçâo para tentar sair do caminho do
veículo, e o fará sem sofrer dano se for bem-sucedida numa
salvaguarda de Destreza CD 10. Se o teste for malsucedido,
o veículo vai se chocar com a criatura e causar a ela
1d6 pontos de dano contundente para cada 3 metros que
tenha se movido desde seu último turno (máximo de 20d6).
Uma máquina de guerra infernal que tenha um tamanho no
mínimo duas categorias acima do tamanho da criatura com
a qual colidiu poderá seguir em frente e passâr pelo espaço
da criatura se o veículo ainda tiver algum movimento para
gastar. Caso contrário, o veículo vai parar completamente e
toda criatura a bordo quando ele colidir terá de fazer uma
salvaguarda de Força CD 15. Se falhar, sofre ld6 pontos de
dano contundente para cada 3 metros que o veículo tenha se
movido desde seu último turno (máximo de 20d6), ou metade
do dano se tiver sucesso.
Qpm4s
Quando uma máquina de guerra infernal cai da beirada de
um penhasco ou sofre outro tipo de queda, o veículo e todas
as criaturas a bordo sofrem dano normalmente (ld6 pontos
de dano contundente a cada 3 metros de queda, máximo de
20d6) e ficam caídas ao aterrissar.
MonrrtcAÇõBs DresóLrcAs
Os diabos trabalham sem descanso para criar engenhos
de guerra novos e mais poderosos para conteÍ a maré de
demônios que vem do Abismo. Além disso, as máquinas
de guerra infernais podem ser equipadas com armas e
blindagem de natureza mais incomum.
Posros DE CoMBATE ALTERNATTVos
É possível trocar um posto de combate por outro, mas a
máquina de guerra infernal nào pode ter mais postos de
combate do que normalmente tem. Esta seção descreve
alguns postos de combate alternativos.
Gnrreoon INrrnNar-
O torso convulso de um humanoide feito de cera
semiderretida se projeta deste posto, com uma manivela
farpada entre suas omoplatas. A estatueta emite guinchos
telepáticos de agonia quando a manivela é acionada.
Gritador lnfernal (Requer 1 Tripulonte e Fornece Cobertura Total).
O operador do gritador escolhe como alvo uma criatura à vista a
até 36 metros da arma. O alvo terá de fazer uma salvaguarda de
Sabedoria CD 15, sofrendo 26 (4d12) pontos de dano psíquico se
falhar, ou metade do dano se tiver sucesso.
LeNçe-CUAMAS
Apesar de ser inútil contra demônios, esta arma é ótima
contra criaturas e objetos inflamáveis.
Lança-Chomos (Requer 1 Tripulante e Fornece Cobertura Totol).
O esguicho da arma lança chamas numa linha de l8 metros de
comprimento por 1,5 metro de largura. Cada criatura apanhada
nessa linha terá de fazer uma salvaguarda de Destreza CD 15,
soírendo l8 (4d8) pontos de dano ígneo se falhar, ou metade do
dano se tiver sucesso. As chamas tocam fogo a qualquer objeto
inflamável na área que no momento não seja carregado nem
usado junto ao corpo por uma criatura.
Cusproon DE BrLE Ácroe
Esta arma é uma mangueira conectada a órgãos de
demônios que produzem uma bile ácida capaz de dissolver
pele e carne ao mero contato.
Cuspidor de Bile Ácido (Requer 1 Tripulonte e Fornece
Cobertura Parciol, Recarrega 5-6). Um esguicho borrifa a bile
ácida na forma de um cone de 9 metros. Toda criatura dentro
.l2,
do cone precisa fazer uma salvaguarda de Destreza CD
sofrendo 40 (9d8) de dano ácido se falhar, ou metade do dano
se tiver sucesso. A criatura que for reduzida a 0 pontos de vida
por esse dano será dissolvida, deixando para trás os objetos
que por acaso estivesse carregando ou usando junto ao corpo.
Cusproon EsrÍcro
Esta mangueira flexível se conecta a um tanque que contém
115 litros de água do rio Estige. Cada uso da arma gasta
35 litros de água. Para reabastecer o tanque, é preciso ter
acesso ao Estige.
Cuspidor Estígio (Requer 1 Tripulonte e Fornece Cobertura Porcial;
3 Usos), Ataque Mágico à Distância: +5 para acertar, alcance
9 m, uma criatura. Dono: A criatura é atingida pela água do rio
Estige e se torna alvo da magia enfraquecer intelecto (CD 20 para
evitar). Uma criatura com o intelecto já enfraquecido fica imune
a esse efeito. Vale o mesmo para uma criatura adaptada ao rio
Estige. Se o alvo falhar na salvaguarda e continuar sob o efeito
da magia durante 30 dias consecutivos, o efeito passará a ser
permanente, quando então a criatura perderá toda a memória,
tornando-se praticamente irracional, mera sombra do que foi um
dia. A essa altura, somente uma intervenção divina conseguirá
desfazer o efeito.
MnrnonrAs NA Brruolcnu
Uma máquina de guerra infernal pode receber uma
melhoria na blindagem. Exemplos de melhorias sào
descritos a seguir.
Br-rNnecru CeNraua
O inferro usado na montagem do veículo foi minerado
em Cânia, a camada mais gelada dos Nove Infernos. A
máquina de guerra infernal com blindagem caniana tem
Classe de Armadura 22 + 5su modificador de Destreza.
Com o veículo parado, asjogadas de ataque feitas contra
ele terão vantagem. A máquina de guerra infernal também
tem imunidade a dano gélido, que se soma à suas outras
imunidades a dano. e fica imune aos efeitos do frio extremo.
BrrNoecru DE CRAvos Esprnrruars
O veículo é revestido por cravos inscritos com símbolos blas-
femos. Figuras luminosas e fantasmagóricas empaladas nes-
ses cÍavos estendem os braços súplices e gemem de agonia.
Se uma criatura que não seja um diabo morrer a até 9 metros
da máquina de guerra infernal, sua alma (caso tenha uma) será
APÊNDICE B I MÁQUINAs DE oUERRÂ INFERNAI§
22r
 arrancadâ de seu corpo para se juntar à multidâo aos gemidos
empalada nos cravos. Enquanto a alma da criatura estiver
aprisionada, não haverá como reviver seu corpo morto de jeito
nenhum. A alma aprisionada será libertada se o veículo for
destruído, se o crâvo que a prende for alvo da magia remover
maldição ou efeito semelhante ou se o cravo for destruído.
Cada cravo é um objeto Pequeno com CA 19, 15 pontos de vida
e resistência a todo tipo de dano, exceto radiante.
NncnosrINDAGEM Douneon
O ouro roubado ou obtido via permuta do arquidiabo
Mammon blinda o exterior do veículo. Esse ouro nâo pode
ser removido sem destruir o veículo, e vai virar pó quando a
máquina de guerra infernal for reduzida a 0 pontos de vida.
A necroblindagem dourada dá à máquina de guerra infernal
resistência ao dano contundente, perfurante e cortante.
ENcnNuocAS MÁGrcAS
Os diabos gostam de equipar suas máquinas de guerra
infernais com engenhocas diabólicas para atormentar os
inimigos. Essas engenhocas costumam ser ativadas
a partir do leme.
ConrrNn DE FUMAÇA Nncnórrce
O piloto do veículo pode ativar este dispositivo mágico
com uma ação bônus, fazendo o veículo expelir um cubo
de 9 metros de lado de fumaça opaca diretamente à
frente ou atrás dele. A nuvem é estacionária e persistirá
durante 1 minuto. A área em seu interior ficará totalmente
obscurecida. Toda criatura que entrar na nuvem pela
primeira vez num determinado turno ou começar seu turno
dentro dela vai sofrer 2l (6d6) pontos de dano necrótico.
Ventos fortes dispersam a nuvem. Esta engenhoca precisa
de 24 horas para recarregar e poder ser usada novamente.
Tnrrponreoon
O piloto do veículo pode ativar este dispositivo mágico com
uma açâo bônus, fazendo o veículo se teleportar para um
espaço desocupado à vista do piloto e a até 90 metros de
distância da posiçâo atual do veículo. Todas as criaturas e
objetos em contato com o veículo serâo teleportadas com
ele. Esta engenhoca precisa de 24 horas parâ recarregar e
poder ser usada novamente.
PnnsncurÇõrs No AvERNUS
Usando as diretrizes do capítulo 8 do Dun§eon Master's
Guide: Livro do Mestre e a tabela Complicações das Persegui-
çôes no Avernus, você pode montar uma perseguição que in-
corpore perigos exclusivos do Avernus. Use o modificador de
Constituiçâo da máquina de guerra infernal para determinar
quantas vezes ela é capaz de Correr durante uma perseguição.
Quando uma complicação da perseguição obrigar o
veículo a fazer um teste de atributo ou o piloto a fazer w
teste como esse usando o atributo do veículo, ocorrerá
um percalço se o teste falhar por uma diferença igual ou
superior a 5 (consulte "Percalços", p.220).
t toda criatura agarrada ao lado de fora dele que não estiver
r f-
t§
\
epÊNorcE n I rr.rÁqurNes DE GUERRÀ TNFERNATs
222
Courlrclções oas PensecurçõEs No Avenrus
d20 Complicação
1-2 Você passa por uma criatura natural do Avernus e ela
começa a persegui-lo. O DM escolhe a criatura.
3 Um tornado de fogo com 90 metros de altura e 9 metros de
largura na base cruza seu caminho. O veículo precisa ser bem-
sucedido em uma salvaguarda de Destreza CD l5 para evitá-lo.
Se falhar, o tornado vai engolir o veículo, e toda criatura a
bordo dele que não tiver cobertura total terá de fazer uma
salvaguarda de Destreza CD 18, sofrendo 99 (i8d10) pontos
de dano rgneo se falhar, ou metade do dano se tiver sucesso.
4 Uma nuvem de poeira revolta engole o veículo. Toda
criatura a bordo do veículo que não tiver cobertura total
ficará cega até o começo do seu próximo turno, a menos
que esteja usando algum tipo de óculos de proteção.
5 Colunas de pedra naturais podem dar cobertura quando o
veículo manobrar entre elas. O piloto do veículo pode fazer
um teste de Destreza CD l5 usando a Destreza do veículo.
Se tiver sucesso, as colunas vão fornecer três quartos de
cobertura contra ataques de outros veículos até o começo
do próximo turno do piloto.
6 O veículo vai de encontro a uma manada de lêmures,
manes ou outros seres ínferos. O veículo precisa fazer
um teste de Força ou Destreza (à escolha do piloto)
CD 15 para passar pela manada sem ser detido. Se o teste
for malsucedido, considere a manada terreno difícil pela
extensão de 9 metros.
7 O veículo despenca de uma saliência a 3 metros do chão.
Toda criatura agarrada ao lado de fora do veículo que não
estiver presa em alguma coisa terá de ser bem-sucedida
em uma salvaguarda de Destreza CD 15 para não tombar
e
sair rolando, sofrer o dano normal da queda, aterrissar num
espaço desocupado e ali ficar caída.
8 O terreno acidentado ameaça reduzir a velocidade do seu
veículo. O veículo precisa fazer um teste de Destreza CD l0
para percorrer a área. Se o teste for malsucedido, considere
l8 metros.
a área terreno difícil pela extensão de
9 Máquinas de guerra infernais abandonadas salpicam a
paisagem, todas semienterradas e enferrujadas demais
para que se possa salvar alguma coisa. Se o veículo usar
Correr neste turno, o piloto terá defazer um teste bem-
sucedido de Destreza CD l0 usando a Destreza do veículo
para não colidir com uma das máquinas de guerra infernais
abandonadas (consulte "Colisões", p. 221).
10 Parte do terreno cede sob as rodas do veículo, fazendo-o
capotar mais de uma vez. O veículo terá de fazer uma
salvaguarda de Destreza CD
.l0.
Se for bem-sucedido,
terminará de pé depois da última capotagem e continuará
em movimento. Se for malsucedido, o veículo terminará
caído, sefa de rodas para o ar ou apoiado em seu flanco,
depois de parar completamente. Quando o veículo capotar,
presa em alguma coisa terá de fazer uma salvaguarda bem-
sucedida de Força CD 20 para não tombar, sair rolando
e aterrissar num espaço desocupado a até 6 metros do
veículo capotado.
ll-20 Nenhuma complicação.
 ApÊNorcn C: IrnNs MÁcrcos
Este apêndice descreve os itens mágicos novos que apare-
cem na aventura e os apresenta em ordem alfabética.
Anue INrrnNrscrNrn
Arma (qualquer uma), incomum
Esta arma é feita de inferro e decorada com veios de fogo
infernal que iluminam com meia-luz um raio de 1,5 metro.
Todo humanoide morto por um ataque desferido com
esta arma tem sua alma direcionada para o rio Estige,
onde renascerá no mesmo instante como um diabo lêmure
(descrito no Monster Manual: Livro dos Monsfros).
Annrros INprnNars
Item maravilhoso, lendário (requer sintonizaçáo com
criatura de alinhamento mau)
Um diabo narzugon sujeita um pesadelo (descrito no
Monster Manual: Livro dos Monstros) a servi-lo usando
arreios infernais, que consistem em freio, bocado, rédeas,
sela, estribos e esporas. O pesadelo equipado com arrerbs
infernais será obrigado a servir seja quem for que usar as
esporas até o usuário moÍÍer ou removerem os arreios.
Você pode usar uma ação para chamar o pesadelo
equipado com arrerbs infernais batendo as esporas
uma na outra ou roçando-as em sangue. O pesadelo vai
aparecer no começo do seu próximo turno a até 6 metros
de você. Vai agir como seu aliado e realizar o turno dele
na sua contagem da ordem de iniciativa. O pesadelo vai
permanecer durante I dia, até você ou ele morrer ou até
você dispensáJo usando uma ação. Se morrer, o pesadelo
vai reaparecer nos Nove Infernos num prazo de 24 horas e,
depois disso, você poderá voltar a invocá-lo.
Os arreios nâo conjuram um pesadelo do nada: primeiro é
preciso domar um deles para que possa receber os arreios.
Nenhum pesadelo aceita de bom grado essa servidão forçada,
mas alguns deles acabam formando fortes laços de lealdade
com seus senhores e os dois tornam-se parceiros na maldade.
I
Eruo oe
Counxoan Drasos
( I
ô
o
9
r-
z
z .r+
I
I Enquanto usar o elmo, você conseguirá enxergar como se
\
ril
ANTT,TEOUNE DE PLACAS DE
Ossr»IA.NA. Dos DRAcÕES
Armadura (placas), lendária
Você terá bônus de +2 na CA e resistência a dano venenoso
enquanto usar esta armadura. Além disso, terá vantagem
nos testes de atributo e salvaguarda feitos com a intenção de
evitar ou encerrar a condiçâo agarrado de que você é alvo.
Carxn- SecREDo INFERNAL
Item maravilhoso, incomum
Uma caria-se§redo infernal é um recipiente em forma
de cubo com 12 a 15 centímetros de lado, composta de
elementos herméticos e encaixáveis feitos de materiais
encontrados nos Nove Infernos. A maioria dessas caixas
é composta de inferro, mas algumas sâo feitas de osso
ou chifre. As carxas-se§redos infernar's sâo usadas para
guardar contratos diabólicos assinados por diabos e
mortais, mesmo depois que as cláusulas já tenham sido
cumpridas. Uma caixa-se§redo infernal vazia pesa 1,5
quilos, independentemente dos materiais de que é feita.
Quando um objeto pequeno o bastante para caber numa
caixa-se§redo infernal é colocado dentro dela, o recipiente
se fecha magicamente em volta do objeto e nâo existe
magia capaz de abri-la. A caixa lacrada também passa a
ser imune a todo tipo de dano. Toda carxa-se§redo infernal
é construída de modo a apÍesentar uma única maneira de
ser aberta. O truque para desvendar o segredo é sempre
mundano, nunca mágico. Assim que uma criatura descobrir
o tÍuque ou a sequência de passos necessários para abrir
uma determinada caixa-se§redo infernal, essa criatura
conseguirá abrir a caixa usando uma ação, liberando o
acesso ao conteúdo do recipiente.
Acriatura que passar I hora segurando uma caixa-se§redo
infernal enqttanto tenta abri-la poderá fazer um teste de
Inteligência (Investigaçâo) CD 30. Se for bem-sucedida, vai
descobrir o truque ou a sequência de passos necessários
para abrir a caixa. Se falhar por uma diferença igual ou
superior a 5, terá de fazer uma salvaguarda de Sabedoria
CD 18, sofrendo 42(12d6) pontos de dano psíquico se falhar,
ou metade do dano se tiver sucesso.
Drvona»oR DE FANos
Arma (machado de batalha), lendária (requer sintonizaçáo
com um cléri§o ou paladino mau)
O Devorador de Fanos é um machado de batalha que
pertence a Arkhan, o Cruel (p. 111).
Você tem bônus de +3 nasjogadas de ataque e dano feitas
com o Devorador de Fanos. Se atacar uma criatura com
esta armâ e tirar um 20 najogada de ataque, a criatura vai
sofrer 2d8 pontos adicionais de dano necrótico e você vai
recuperar uma quantidade de pontos de vida igual ao dano
necrótico infligido.
Eruo DE CoMANDAR DrABos
Item maravilhoso, muito raro (requer sintonizaçào com
criatura capaz de falar o idioma infernal)
Este elmo volumoso e sem aberturas para os olhos foi feito
paÍa um diabo do fosso usar, mas ajusta-se magicamente à
cabeça de outros usuários.
não o estivesse usando. Além disso, você saberá exatamente
epÊNprcn c I rrENs uÁcrcos
 I
í
F.
onde estâo e de que tipo são todos os diabos a ate l4s
300 metros de você. Você pode se comunicar telepatica-
mente com um diabo dentro do alcance ou pode transmitir a
seus pensamentos para todos os diabos dentro do alcance.
Os diabos que recebem sua transmissão não têm nenhuma t
.\
t
I
maneira especial de responder a seus pensamentos. 7
O elmo tem 3 cargas. Com uma açâo, você pode gastar I 1 §
I carga para conjurar dominar monsÍro (CD 2l para evitar),
que afeta somente diabos. (A magia vai falhar e a carga será
desperdiçada se você escolher como alvo uma criatura que .\
não seja um diabo.) Se enxergar você quando a magia for
conjurada, o diabo saberá que você tentou enfeitiçá-lo.
O elmo vai recuperar todas as cargas 24 horas depois de
a última ter sido usada.
Se você não for um diabo, o uso da propriedade dominar
monstro do elmo nos Nove Infernos terá 20 por cento (r
de chance de atrair um narzugon (p. 238), que chegará
montado num pesadelo em até 1d4 horas. O narzugon
tentará reaver o elmo e, se necessário, vai matar você para
obtê-lo. Se pegar o elmo, o narzugon tentará leváJo para seu
senhor infernal. \
Escuoo Do ENCoBERTo
I' / rl n I

Armadura (escudo), lendária (requer sintonizaçào)

O.Escudo do Encoberto tem origem celestial e serve de
prisâo para o diabo do fosso Gargauth, que tem seguidores
mortais que o veneram como a um deus. Com o passar do
tempo, a maldade de Gargauth desfigurou o escudo de tal
modo que seus temas e desenhos celestiais se distorceram
até formar uma semblante diabólico que se move discreta-
mente de maneiras perturbadoras.
Enquanto segurar o escudo, você terá bônus de +2 na CA
e resistência a dano ígneo.
Senciéncrh. O Escudo do Encoberto será senciente
enquanto mantiver Gargauth cativo. Quando senciente,
o escudo tem as propriedades a seguir:
. O escudo tem Inteligência 22, Sabedoria 18 e Carisma
24, alem de audiçâo e visâo verdadeira com alcance de
36 metros.
. O escudo fala, lê e entende Comum e Infernal e consegue
se comunicar telepaticamente com qualquer criatura que
consiga detectar com seus sentidos a até 36 metros dele.
Sua voz é um sussurro grave e oco.
. O escudo tem 3 cargas. Você pode usar uma açào para
gastar 1 carga e conjurar bola de fo§o ou 2 cargas para
conjurar muralha de fo§o a pârtir do escudo (CD 2l para
evitar, nos dois casos). A magia muralha de fo§o vai durar
I minuto (nâo requer concentraçâo). Ao amanhecer, o
escudo recupera todas as cargas usadas.
. A qualquer momento durante seu turno, o escudo tem
a opção de emitir uma aura de pavor durante I minuto.
(Nâo se trata de um poder sob seu controle.) Toda criatura
hostil a você que começar o turno dela a até 6 metros do
escudo terá de Íazer uma salvaguarda de Sabedoria CD
18. Se falhar no teste, a criatura ficará amedrontada até
o começo do próximo turno dela. Se for bem-sucedida, a
criatura ficará imune a este poder do escudo pelas próxi-
mas 24 horas. Após usar este poder, o escudo só conse-
guirá usáJo novamente a partir do amanhecer seguinte.
Personalidade de Gar§auth. Gargauth tenta desespeÍa-
damente se libertar, mas nâo consegue escapar sozinho.
O diabo do fosso nâo vai revelar sua verdadeira fla1.rtÍeza,
referindo-se a si mesmo apenas como o Encoberto. Vai dar a
entender e sugerir discretamente que ele é um anjo mantido
numa prisào profana. Se o soltarem, o diabo do fosso vai
I
tT"
Escuoo
oo Excoeenro
cumprir as condiçôes de qualquer que tenha sido o acordo
firmado para facilitar sua fuga.
Enquanto estiver aprisionado no escudo, Gargauth vai
cautelosamente induzir o atual dono do escudo a cometer
atos de crueldade e dominaçào, esperando com isso
condenar a alma do indivíduo aos Nove Infernos. Haverá
conflito se o dono do escudo fizer qualquer coisa que
dificulte a fuga de Gargauth, como deixar o escudo num
lugar onde seria improvável outras pessoas o encontrarem.
Gargauth não sabe como escapar do escudo. O diabo do
fosso acredita (incorretamente) que conseguirá sair se o
escudo for levado aos Nove Infernos, pois está convencido
de que os poderes do escudo seráo mais fracos lá.
Libertação de Gar§auth. Dissipar o bem e o mal tem
1 por cento de chance de libertar o diabo do fosso, mas a
tentativa será automaticamente bem-sucedida se a magia
for conjurada poÍ um solar, planetar ou arquidiabo. Uma
divindade pode soltar o diabo do fosso tocando o escudo
e pronunciando o nome de Gargauth. Ao ser libertado,
Gargauth vai aparecer num espaço desocupado e aleatório
o mais próximo possível do escudo.
Espnol DE ZARIEL
Arma (espada lon§a), artefato (requer sintonizaçâo com uma
criatura que a espadajul§ue di§na)
Esta espada longa pertencia ao anjo Zariel antes de cair
em desgraça. Forjada em aço celestial, ela emite um brilho
tênue e um zumbido. A arma escolhe quem pode ou não
se sintonizar com ela. A espada deseja um usuário que
personifique a bravura e o heroísmo.

APÊNDICE C I ITENS MÁGICOS

22+
 Sintonização. A espada permite que você se sintonize Vír.rcut-os
imediatamente com ela, sem precisar fazer tm descanso d6 Vínculo
curto. Ao fazê-lo pela primeira vez, você vai se transformar
numa versão celestial e idealizada de si mesmo, abençoado
I Tenho um hino religioso favorito que costumo cantarolar

com uma beleza sobrenatural e um vestígio do paraíso em o tempo todo.

seu coração. Não há magia nem intervenção divina capaz de
reverter essa transformação. Seu alinhamento passa a ser
ordeiro e bom e você adquire as características a seguir:
Língua dos Anjos. Você fala, lê e escreve Celestial.
Resistência Celestial. Você tem resistência a dano
necrótico e radiante.
Presença Divina. Seu valor de Carisma passa a ser 20, a
menos quejá seja igual ou superior a 20.
Asas Emplumadas. Você desenvolve um belo par de asas
2 Tenho de manter um registro escrito das minhas
convicções e dos pecados que encontro. Ao fim e ao
cabo, esse livro será meu presente para o multiverso.
3 Tenho lembranças queridas de Validílio, apesar de só ter
visto essa vila bucólica nos meus sonhos.
4 Estou disposto a morrer por aqueles que lutam ao meu
lado, não me importam suas imperfeições.
5 Meu desejo é homenagear o anjo Zariel destruindo seres

emplumadas que lhe concedem deslocamento de voo ínferos e outros malfeitores onde quer que
de 27 metros e a capacidade de pairar. Se já tiver outro eu os encontre.
tipo de asas, as antigas vâo cair e serâo substituídas 6 A Espada de Zariel me escolheu. Não deixarei de empu-
pelas novas. nhá-la com justiça.
Visão Verdadeira. Seus olhos se transformam em lagos
luminosos de prata. Você enxerga no escuro, seja a escu-
ridão normal ou mágica, vê criaturas e objetos invisíveis, Derertos
detecta automaticamente ilusôes visuais e tem sucesso d6 Defeito
em salvaguarda contra elas, percebe a forma original I Eu me apresso em julgar as pessoas.
de um metamorfo ou de uma criâtura transformada por 2 Eu perdoo com muita facilidade.
meios mágicos e enxerga o Plano Etéreo, tudo isso com
um alcance de 18 metros.
3 Estou disposto a sacrificar vidas inocentes por um
bem maior.
Personalidade Nova. Você ganha novos traços de persona-
lidade, determinados aleatoriamente nas tabelas a seguir 4 Defeito) Que deíeito? Não tenho defeito.
(uma jogada por tabela). Esses traços anulam qualquer Sou a perfeição absoluta!
traço de personalidade, ideal, vínculo ou defeito conflitante. 5 Não deixo nada atrapalhar minha cruzada para erradicar
o mal do multiverso.
Tnlço DE PERSoNALTDADE 6 lgnoro aqueles que não apoiam meus planos, pois
d8 Traço de Personalidade minha vocação é superior a todas as outras.
I Trato todos os seres com respeito, até mesmo
meus inimigos.
2 Nunca minto. /
3 Adoro dividir com as pessoas minha visão filosófica de
mundo e minhas experiências.
4 Vou direto ao assunto em qualquer conversa.
5 Costumo citar (corretamente ou não) textos religiosos.
6 Perco logo a calma ao presenciar a crueldade t7
ou a injustiça.
7

8
É preciso fazer por merecer meu aplauso
minha confiança.
Gosto de tudo limpo e organizado.
e Â,,
)l
),t
I
I Ç
q"
loelrs .,,.,/,
d6 ldeal tl :4
I Caridade. Sempre ajudo os necessitados. (Bom) Espaoa oe Zaerer
2 Fé. Opto por seguir à risca os princípios de uma t
determinada divindade ordeira e boa. (Ordeiro) .. \
3

4
Responsabilidade.
fracos. (Ordeiro)
É dever dos fortes proteger os

Respeito. Todo mundo merece ser tratado com

( \ #
dignidade. (Bom) I
5 Honra. Minha conduta determina a recompensa que
,

a
6
receberei na vida após a morte. (Ordeiro)
Redenção. Todas as criaturas são capazes de mudar para
melhor. (Bom)
FH
o

APÊNDICE c I ITENS MÁGICOS

225
 1
Dom de Enxer§ar a Verdade. Enquanto segurar a
espada, você terá vantagem em todos os testes de Sabedoria
(Intuição).
Destruição da Espada. Zariel e capaz de destruir a
espada simplesmente ao seguráJa. Náo se animou afazer
isso quando era um anjo, mas, como arquidiaba, ela não
tem o menor escrúpulo em livrar o mutliverso dessa arma.
A espada também será destruída se for usada para quebrar
o Companheiro (consulte "Destruiçâo do Companheiro", p.
154), a menos que seja empunhada por um anjo de nível de
desafio igual ou superior a 15 ou por um clérigo ou paladino
bom de 10o nível ou acima.
Se matarem Zariel de uma vez por todas (ou seja, se ela
morrer nos Nove Infernos), a espada não será mais difícil de
destruir do que uma espada longa normal.

INsÍcNra BÉlrce DE PoDER INrnnuer

Item maravilhoso, muito raro (requer sintonização)
Esta insígnia bélica de inferro vem equipada com uma
gaiolinha impossível de abrir com um quasit em seu interior.
O quasit cativo está incapacitado, e a gaiola tem CA 19,
10 pontos de vida e imunidade a todos os tipos de dano,
exceto energético. Se alguém matar ou libertar o quasit,
Ilsicrra EÉrrca oe ele vai sumir numa nuvem de fumaça e um outro quasit vai
Pooep lxrenxar aparecer dentro da gaiola, desde que ainda esteja intacta.
Enquanto você segurar a insígnia, seus ataques com arma
e os ataques de todas as criaturas aliadas a até 90 metros
de você serão considerados mágicos no que diz respeito à
superação de imunidades e resistências a dano.

Luz Divina. A espada lança luz plena num raio de

1,5 metro e meialuz no 1,5 metro seguinte. Os ínferos
acham aluz d,a espada desconcertante e dolorosa, mesmo
que não consigam vê-la, e têm desvantagem nasjogadas de
ataque feitas na área de luz plena da arma.
Usando uma ação bônus, você pode aumentar a
intensidade da luz da espada, fazendo-a lançar luz plena
num raio de 4,5 metros e meia-luz nos 4,5 metros seguintes,
ou fazê-la voltar à intensidade normal.
PrcpriedadesAleatódas. A espada tem 2 propriedades Í
benéficas menores, determinadas aleatoriamente na tabela
Propriedades Benéficas Menores do capítulo 7 d.o Dun§eon
Master's Guide: Livro do Mestre. íi
Radiância AbnsadoÍa. A espada inflige 9 (2d8) pontos
adicionais de dano radiante a qualquer criatura que ela
atinja com um ataque bem-sucedido, ou 16 (3d10) de dano
radiante se você empunhar a arma com as duas mãos.
Uma criatura má que sofrer esse dano radiante terá de fazer
Mararorox,
o Par oo Geuo
ry
uma salvaguarda bem-sucedida de Constituição CD 17 para
não ficar cega até o fim do próximo turno dela.
Senciência. A Espada de Zariel é um item senciente,
ordeiro e bom, com Inteligência 10, Sabedoria 20 e Carisma
18. Tem visão e audição normais a até 18 metros.
A espada se comunica transmitindo emoçôes para a {ú
criatura que a carrega ou empunha.

I
I
APÊNDICE C I ITENS MÁGICOS
226

MlNopras or Fúnre Frerrar;aNrn
Item maravilhoso, raro (requer sintonizaçao)
Enquanto usar estas duas manoplas de aço, toda arma nâo
mágica que você segurar com uma delas será considerada
mágica. Com uma açâo bônus, você pode usar as manoplas
para que chamas mágicas envolvam umâ ou duas armas
de combate corpo a corpo que você estiver empunhando.
Cada arma flamejante vai causar 1d6 pontos adicionais
de dano ígneo com um ataque bem-sucedido. As chamas
vão persistir até você embainhar ou soltar uma das armas.
Depois de utilizada, essa propriedade só poderá ser usada
novamente a partir do amanhecer seguinte.
Mereroror
Arma (martelo de §uerra), lendário (requer sintonizaçáo)
Matalotok, o Pai do Gelo, é um martelo antigo feito por
Thrym, o deus dos gigantes do gelo. Arma predileta do lorde
demônio Kostchtchie, Matalotok é gélido ao toque e vive
cercado de névoa.
Você será imune ao dano gélido enquanto segurar
Matalotok.Tod,avez que causar dano a uma criatura, o
martelo vai irradiar um frio intenso dentro de uma esfera
de 9 metros de raio. Toda criatura no interior dessa área vai
sofrer 10 (3d6) pontos de dano gélido.
Moroe Esprnrrunl
Item maravilhoso, incomum
As moedas espirituais têm 12 centímetros de diâmetro e
uns 2 ou 3 centímetros de espessura, sendo cunhadas em
inferro. Cada moeda pesa 135 gramas, tem inscrições no
idioma infernal e uma alma vinculada magicamente a ela.
Já que cada moeda tem apenas uma alma aprisionada
em seu interior, cada moeda tem uma história. Algumas
criaturas foram aprisionadas por deixarem de cumprir
um acordo, ao passo que outras podem ter sido vítimas da
maldiçâo de uma megera da noite.
Transporte de Moedas Espirituarls. Quem segura uma
moeda espiritual sente a alma aprisionada dentro dela,
dominada pela fúria ou tomada pelo desespero.
Uma criatura má consegue transportar quantas moedas
espirituais quiser (desde que não exceda seu limite de peso).
Uma criatura que não seja má consegue transportar, sem
penalidade alguma, uma quantidade de moedas espirituais
igual ou inferior a seu modificador de Constituiçâo.
Uma criatura que não seja má e esteja transportando
uma quantidade de moedas espirituais superior a seu
modificador de Constituiçâo tem desvantagem em jogadas
de ataque, testes de atributo e salvaguardas.
Uso de Moedas Espirituais. Uma moeda espiritual tem
3 cargas. A criatura que a carrega pode usar sua ação para
gastar I carga e fazer uma das coisas a seguir:
Drenar Vida. Você desvia parte da essência da alma e
ganha 1dl0 pontos de vida temporários.
Consulta. Telepaticamente, você faz à alma uma pergunta
recebe uma breve resposta telepática que você será capaz
de entender. A alma sabe apenas o que sabia em vida, mas
é obrigada a responder honestamente e na medida de
suas capacidades. A resposta nâo passa de uma ou duas
frases e pode ser enigmática.
.-,1
í
!
- ,
1
'I
,/ bz
E!
Moson Esprnrruau
Libertação de uma Alma. Conjurar uma magia que
remova a maldiçào da moeda espiritual ou gastar todas
âs suas cargas vai libertar a alma aprisionada lá dentro. A
moeda propriamente dita vai enferrujar de dentro para fora
e será destruída assim que a alma for libertada. A alma li-
berta vai seguir para os domínios do deus a quem ela servia
ou para o plano exterior que tenha o vínculo mais forte com
seu alinhamento (à escolha do DM). As almas das criaturas
ordeiras e más que se livram das moedas esprrr'Íuars costu-
mam sair do rio Estige transformadas em diabos lêmures.
Também é possível libertar uma alma destruindo a moeda
que a contém . A moeda espiritual tem CA 19, 1 ponto de
vida para cada carga remanescente e imunidade a todo tipo
de dano, exceto aquele causado por armas infernescentes
(p.223) ou pela fornalha de uma máquina de guerra
infernal (p.217).
Considera-se libertar uma alma aprisionada ntma moeda
espiritual um ato de bondade, mesmo que a alma em
questâo pertença a uma criatura má.
Moeda do Inferno. As moedas espirituais sâo a moeda
corrente dos Nove Infernos e são muito valorizadas pelos
diabos. As moedas sâo usadas pela hierarquia infernal para
negociar favores, subornar os renitentes e recompensar os
leais pelos serviços prestados.
As moedas espirituais são cunhadas por Mammon e
seus diabos maiores em Minauros, a terceira camada dos
e
Nove Infernos, dentro de uma câmara vasta onde as almas
capturadas dos mortais malignos são aprisionadas nas
moedas. Em seguida, essas moedas são distribuídas por
toda a extensão dos Nove Infernos para serem trocadas por
bens e serviços, usadas em acordos diabólicos, transaçôes
tenebrosas e propinas.
APÊNDICE c I ITENS MÁGICos
227
 ha
*'
ApÊNDICB D: CRIATURAS
As criaturas que não estão descritas no MonsÍer Manual:
Livro dos Monstros, mas aparecem mais de uma vez na
aventurâ, sâo apresentadas neste apêndice em
A
ordem alfabética.
7 T.

l
t

I
/

AnrsHer BneNco
Os abishai estão fora da hierarquia infernal, pois têm
sua própria cadeia de comando e, em última instância,
\ respondem a Tiamat. Outros arquidiabos podem mandar
os abishai trabalharem para eles, mas raramente o fazem,
já que nunca fica muito claro até onde vai a influência de
Tiamat sobre essas criaturas.
Existem cinco tipos de abishai, e cada um corresponde a
uma das cabeças de dragâo de Tiamat (negro, azul, verde,
vermelho e branco). Os abishai brancos são os mais fracos.
Eles lutam com uma fúria imprudente no campo de batalha.

AnrsHar BRANCo Resistêncio à Mogia. O abishai tem vantagem em salvaguardas

contra magias e outros efeitos mágicos.
ínfero Médio (diabo), ordeiro e mau
Visão Diobólica. A escuridão mágica não bloqueia a visào no
Classe de Armadura l5 (armadura natural) escuro do abishai.
Pontos de Vida 68 (8d8 + 32)
Deslocamento 9 m, voo l2 m AÇões
FOR DES coN INT SAB CAR
Atoques Múltiplos. O abishai íaz dois ataques: um com a

16 (+3) 11 (+0) 18 (+4) ll (+0) l2 (+l) l3 (+l) espada longa e outro com a gatra.

Espada longa +1. Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para

Salvaguardas For +6, Con +7
Resistências a Dano contundente, cortante e perfurante de
ataques não mágicos que não seiam de prata
lmunidades a Dano gélido, ígneo, venenoso
lmunidades à Condição envenenado
Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva l1
ldiomas Dracônico, lnfernal, telepatia 36 m
Nível de Desafio 6 (2,300 XP)
.l,5
acertar, alcance m, um alvo. Dano:7 (ld8 + 3) cortante ou
8 (1d10 + 3) cortante se usada com as duas mãos.
Garra. Arma de Combate Corpo o Corpo: +6 para acertar,
.l,5
alcance m, um alvo. Dano:8 (1d10 + 3) cortante.
Mordido. Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:5 (1d4 + 3) perfurante, mais
3 (ld6) gélido.

Armas Mágicas. Os ataques com arma do abishai são mágicos. RraçÕes

lmprudente, No começo do seu turno, o abishai pode ganhar Represólia Selvogem. Ao sofrer dano, o abishai vai responder
vantagem em todas as jogadas de ataque com arma corpo a mordendo uma criatura aleatória a até 1,5 metro dele. Se não
corpo durante esse turno, mas as fogadas de ataque feitas contra houver criatura alguma ao alcance, o abishai vai se mover,
ele também terão vantagem até o começo de seu próximo turno. percorrendo no máximo metade do seu deslocamento, na

l
q.
direção de um inimigo à vista dele, sem provocar ataques
de oportunidade.

epÊN»rcrD I CRTATURAS
22g
 Txavrus Kneso
couo AraNrzu

AuNrzu
Os amnizus são diabos maiores que lideram as legiôes
infernais nas batalhas e têm sob seu comando os guardas e
protetores das entradas dos Nove Infernos. Os amnizus são
arrogantes, metidos a valentões e implacáveis, mas também
sâo mentes táticas de extrema inteligência e absolutamente
leais, qualidades que os arquidiabos valorizam bastante.
Alguns amnizus exercem a função essencial de vigiar
o Estige desde as torres e fortalezas espalhadas pelas
mârgens arrasadas do rio. E, por esse motivo, os amnizus
também sâo conhecidos como diabos do Estige.

Vlnrlxre: lnvoclçÃo DE DrABos

Alguns amnizus têm uma ação que lhes permite invocar
outros diabos.
lnvocor Diobo (1/Dia). O amnizu invoca 2d4 diabos
barbados ou ld4 diabos farpados. O diabo invocado aparece
em um espaço desocupado a até i8 metros do amnizu, age
como aliado dele e não consegue invocar outros diabos.
Permanecerá durante I minuto, até o amnizu morrer ou até
este usar uma ação para dispensá-lo.

AuNrzu AçÕrs
ínfero Médio (diobo), ordeiro e mou Ataques Múltiplos. O amnizu usa Envenenar Mente. Também íaz dois
ataques: um com o chicote, outro com seu Toque Desagregador.
Classe de Armadura 21 (armadura natural)
Pontos de Vida 202 (27d8 + 81) Chicote do Feitor. Arma de Combate Corpo a Corpo: +11 para
Deslocamento 9 m, voo 12 m acertar, alcance 3 m, um alvo. Dano: l0 (2d4 + 5) cortante, mais
33 (6d.l0) energético.
FOR DES coN INT SAB CAR
ll (+0) l3 (+l) l6 (+3) 20 (+s) l2 (+l) l8(+a) Toque Desogregodor. Ataque M ágico Corpo a Corpo: +l I para acertar,
alcance I,5 m, um alvo. Dano:44 (8d10) necrótico.
Salvaguardas Des +7, Con +9, Sab +7, Car +10 Envenenar Mente. O amnizu escolhe como alvo uma ou duas
PerÍcias Percepção +7
criaturas à vista e a até l8 metros dele. Cada alvo precisa ser
Resistências a Dano gélido; contundente, cortante e perfurante
bem-sucedido em uma salvaguarda de Sabedoria CD l9 para
de ataques não mágicos que não sejam de prata
não sofrer 26 (4d12) pontos de dano necrótico e ficar cego até o
lmunidades a Dano ígneo, venenoso
começo do próximo turno do amnizu.
lmunidades à Condição enfeitiçado, envenenado
Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva 17 Esquecimento (Recarga 6). O amnizu escolhe como alvo uma
ldiomas Comum, lnfernal, telepatia 300 m criatura à vista a até l8 metros dele. Essa criatura precisa ser
Nível de Desafio 18 (20,000 XP) bem-sucedida em uma salvaguarda de lnteligência CD 18 para não
ficar atordoado durante I minuto. A criatura atordoada poderá
Conjuroção lnato. O atributo de conjuração inata do amnizu repetir o teste de salvaguarda no fim de cada um de seus turnos,
é lnteligência (CD 19 para evitar magia, +11 para acertar com encerrando o efeito sobre ela mesma caso seja bem.sucedida. Se
ataques mágicos). O amnizu pode conjurar inatamente as magias ficar atordoado durante I minuto inteiro, o alvo vai esquecer tudo
a seguir, sem precisar de componentes materiais: que sentiu, experimentou e aprendeu nas últimas 5 horas.

À vontade: comondo, enfeitiçor pessoo RençÕes

3ldia cada: bola de fogo, dominar pessoo
1/dia cada: dominar monstro, enfraquecer intelecto
Resistêncio à Magio. O amnizu tem vantagem em salvaguardas
contra magias e outros efeitos mágicos.
Visão Diabólica. A escuridão mágica não bloqueia a visão no
escuro do amnizu.
Sedução lnstintiva. Quando uma criatura a até l8 metros do
amnizu faz uma jogada de ataque contra ele, e uma outra criatura
se encontra dentro do alcance do ataque, o atacante precisa fazer
uma salvaguarda de Sabedoria CD 19. Se falhar, será obrigado a
escolher como alvo a criatura mais próxima a ele, com exceção
do amnizu ou ele mesmo. Se várias criaturas forem as mais
próximas, o atacante vai escolher uma delas como alvo. Se for
bem-sucedido na salvaguarda, o atacante ficará imune à Sedução
lnstintiva do amnizu pelas próximas 24horas.

APÊNDICE D I CRIATURÂS
229
 Bepnounr
O lorde demônio Baphomet (Bafomé), também conhecido
como o Rei Chifrudo e o Príncipe das Feras, é o senhor dos
minotauros e outras criaturas de alma selvagem. E cultuado por
quem deseja se livrar das limitações da civilidade e soltar sua \
natureza bestial. Com o tempo, os adoradores de Baphomet são
corrompidos pela influência dele, adquirindo olhos injetados
de sangue, pelos grossos e crespos. Por fim, brotam pequenos
chifres de sua testa. No devido tempo, o cultista devoto acaba
se transformando por completo num minotauro, algo que essa
gente considera a maior dádiva do Príncipe das Feras.
Baphomet se apresenta como um grande minotauro de pela-
gem negra, com 6 metros de altura e seis chifres de ferro. Uma
luz cheia de ódio arde em seus olhos vermelhos. Ele empunha
uma enorme glaive chamada Cortadora de Corações, mas às
vezes deixa essa arma letal de lado para investir contra os ini-
migos e espetá-los com seus chifres, atropelando-os, calcando-
-os na terra e dilacerando-os com seus dentes feito um animal.
Se Baphomet morrer em qualquer outro lugar que não seja
ffi
o Abismo, ele vai se refazer no grande labirinto manchado de
sangue que se estende por sua camada do Abismo.

Bapnounr Memória Labiríntica. Baphomet se lembra perfeitamente de qual-

ínfero Enorme (demônio), caótico e mau
Classe de Armadura 22 (armadura natural)
Pontos de Vida 275 (19d12 + 152)
Deslocamento l2 m
quer caminho que já tenha percorrido e é imune à magia labirinlo.
Resistência à Mogio. Baphomet tem vantagem em salvaguardas
contra magias e outros eíeitos mágicos.
Resistêncio Lendória (3/Dia)- Baphomet pode escolher ser bem-

FOR DES coN INT SAB CAR

30 (+10) 14 (+2) 26 (+8) ]8 (+a) 2a $7\ l6 (+3)
Salvaguardas Des +9, Con +15, Sab +14
Perícias lntimidação +17, Percepção +14
Resistências a Dano gélido, ígneo, elétrico
lmunidades a Dano venenoso; contundente, cortante e
perfurante de ataques não mágicos
lmunidades à Condição amed rontado, enfeitiçado,
envenenado, exaustão
Sentidos visão verdadeira 36 m, Percepção passiva 24
ldiomas todos, telepatia 36 m
Nível de Desafio 23 (50,000 XP)
Armas Mógicos. Os ataques com arma de Baphomet são mágicos.
Carga. Se Baphomet se mover ao menos 3 metros em linha reta
em direção a um alvo e, no mesmo turno, fizer um ataque bem-
sucedido com os chifres contra esse alvo, este vai soírer l6 (3d10)
pontos adicionais de dano perfurante. Se for uma criatura, o alvo
terá de ser bem-sucedido em uma salvaguarda de Força CD 25 para
não ser empurrado até 3 metros longe e ficar caído.
Conjurução lnata. Carisma é o atributo de conjuração inata
de Baphomet (CD 18 para evitar magia). Ele pode conjurar
inatamente as magias a seguir, sem precisar de componentes
materiais:
À vontade: detectar magia
3/dia cada: dissipar magia, dominarfera, lobirinto, marca do
predador, murolha de pedra
lldia; teleporte
sucedido em uma salvaguarda que tenha falhado. It
Ações
Ataques Múltiplos. Baphomet faz três ataques: um com a
Cortadora de Corações, um com a mordida e um com os chifres.
Cortodoro de Coruções. Arma de Combate Corpo a Corpo: +17 para
acertar, alcance 4,5 m, um alvo. Dano:21 (2d10 + 10) cortante.
Mordido. Armo de Combate Corpo a Corpo: +17 para acertar,
alcance 3 m, um alvo. Dano: l9 (2d8 + 10) perfurante.
Chifres. Arma de Combote Corpo a Corpo: +17 para acertar,
alcance 3 m, um alvo. Dono:17 (2d6 + 10) perfurante.
Prcsenço Atefiadoro.Toda criatura à escolha de Baphomet que
estiver a até 36 metros dele e ciente da presença do Príncipe das
Feras terá de ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Sabedoria
CD 18 para não ficar amedrontada durante I minuto. A criatura
amedrontada poderá repetir o teste de salvaguarda no fim de cada
um de seus turnos, encerrando o efeito sobre ela mesma caso
seja bem-sucedida. Essas salvaguardas terão desvantagem se
Baphomet estiver no campo de visão da criatura.
Se a criatura for bem-sucedida num desses testes ou se o efeito
sobre ela cessar, a criatura ficará imune à Presença Aterradora de
Baphomet pelas próximas 24 horas.
AçõEs LENoÁnrrs
Baphomet pode executar 3 ações lendárias, escolhendo dentre
as opções a seguir. Apenas uma opção de ação lendária pode
ser usada por vez e somente no final do turno de outra criatura.
No começo de cada um de seus turnos, Baphomet recupera
as ações lendárias já usadas.

lmprudente. No começo do seu turno, Baphomet pode ganhar
vantagem em todas as jogadas de ataque com arma corpo a
corpo durante esse turno, mas as jogadas de ataque feitas contra
T ele terão vantagem até o começo de seu próximo turno.
IT
Ataque com a Cortadora de Coraçôes. Baphomet íaz um ataque
corpo a corpo com a Cortadora de Corações.
Carga (Custa 2 Ações). Baphomet se move, percorrendo no
máximo todo o seu deslocamento, e ataca com os chifres.

APÊNDICE D I CRIATURÂS
230
 Burnzeu
Os bulezaus são demônios dotados de chifres que atacam
violentamente os inimigos com sua cauda espinhosa.
Violentos ao extremo, juntam-se em turbas aguerridas,
engalfinhando-se e lutando entre eles mesmos até aparecer
{t ,)
t
um alvo melhor. Os lordes demônios usam os bulezaus como
soldados de infantaria em seus exércitos indisciplinados.
Os bulezaus são afligidos por males que causam deforma-
ções: olhos crostosos, larvas se contorcendo nas feridas aber-
tas e um fedor de carne podre que sempre os acompanha.
{
r.;
\
h {
ClcHora-Vnnunrna
O cachola-vermelha é uma criatura feérica homicida que
nasce da sanguinolência. Apesar de serem pequenos, os
cacholas-vermelhas têm uma força tremenda.
-! a
Em Faéria ou nos locais onde esse plano entra em contato
com outro por meio de uma pâssâgem feérica, um ou mais
cacholas-vermelhas podem aparecer nos pontos onde o
sangue fresco empapa o solo. No começo, os novos cacholas-
vermelhas lembram cogumelos minúsculos e manchados
de sangue que acabam de brotar do chão, apenas com seus
chapéus à mostÍa. Quando o luar banha um desses chapéus,
salta da terra uma criatura que parece um gnomo enrugado,
Bur.pz^lu menor que o normal, de ombros caídos, corpo magro e
ínfero Médio (demônio), caótico e mau sarado. A criatura tem uma carapuça de couro pontuda,
calças de material semelhante, botas de ferro pesadas e
Classe de Armadura 1 4 (armadura natural) uma arma cortante também pesada. Assim que desperta, o
Pontos de Vida 52 (7d8 + 2l) cachola-vermelha só deseja a matança e a carniflcina e parte
Deslocamento l2 m pelo mundo para satisfazer esses anseios. Mesmo que o

FOR DES coN INT SAB CAR

'15 (+2)
1a $2) l7 (+3) 8 (-r) e (-r) 6 (-2) Cncrror,e-VnnuElHA
Feérico Pequeno, caótico e mau
Resistências a Dano gélido, ígneo, elétrico
Imunidades a Dano venenoso
Classe de Armadura 13 (armadura natural)
lmunidades à Condição amedrontado, enfeitiçado, envenenado Pontos de Vida 45 (6d6 + 2a)
Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva 9 Deslocamento 7,5 m
ldiomas Abissal, telepatia 18 m
NÍvel de Desafio 3 (700 XP)
FOR DES coN INT SAB CAR
l8 (+a) 13 (+l) l8 (+a) l0 (+0) l2 (+l) e (-t)
Presença Putrefaciente. Quando uma criatura que não seja
um demônio começar seu turno a até 9 metros de um ou mais PerÍcias Atletismo +6, Percepção +3
bulezaus, essa criatura terá de fazer uma salvaguarda bem- Sentidos visão no escuro'18 m, Percepção passiva l3
sucedida de Constituição CD I3 para não sofrer ld6 pontos ldiomas Comum, Silvestre
de dano necrótico mais 1 ponto de dano necrótico para cada Nível de Desafio 3 (700 XP)
bulezau a até 9 metros dela.
Botas de Ferro. Em movimento, o cachola-vermelha tem
Salto Porado. Tomando ou não impulso, o bulezau percorre até
desvantagem nos testes de Destreza (Furtividade).
6 m num salto em distância e até 3 metros num salto em altura.
Força Desproporcional. Considere o cachola-vermelha de tamanho
Firmeza nos Pés. O bulezau tem vantagem nas salvaguardas de
Força e Destreza contra efeitos que o fazem ficar caído.
Médio quando ele agarra um alvo. Além disso, empunhar uma
arma pesada não impõe desvantagem às jogadas de ataque dele.
Acões
AçõEs
Cauda Forpoda. Arma de Combote Corpo a Corpo: +4 para
acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano:8 (ldl2 + 2) perfurante. Ataques Múltiplos. O cachola-vermelha faz três ataques com
Se for uma criatura, o alvo terá de ser bem-sucedido em sua foice do mal.
uma salvaguarda de Constituição contra doenças CD l3 para
Foice do Mol. Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para acertar,
não ficar envenenado até a doença passar. Enquanto estiver
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:9 Qda + al cortante.
envenenado, o alvo vai apresentar furúnculos pustulentos, tossir
moscas e soltar pedaços putrefatos de pele. O alvo terá de lnyestido Fénea. O cachola-vermelha se move, percorrendo no
repetir o teste de salvaguarda a cada 24 horas. Se ele for bem- máximo todo o seu deslocamento, até uma criatura à vista e a
sucedido, a doença será encerrada. Se falhar, o alvo terá seus chuta com suas botas de ferro. O alvo terá de ser bem-sucedido
pontos de vida máximos reduzidos em 4 (ld8) unidades. O alvo em uma salvaguarda de Destreza CD 14 para não sofrer
vai morrer se seus pontos de vida máximos forem reduzidos a 0. 20 (3d.l0 + a) pontos de dano contundente e ficar caído.

APÊNDICE D I CRIATUR.AS
231
 Vlntlrre: Clcxor-ls-FRAcAs
O cachola-fraca é um cachola-vermelha que embebe seu
chapéu em icor demoníaco em vez de sangue. O contato com
o icor demoníaco deixa a criatura ainda mais psicótica e a leva
a acalentar ódios irracionais. Um grupo de cacholas-fracas
às vezes se une para odiar uma mesma coisa, como música,
criaturas de pelos ou cabelos encaracolados, a palavra "legal"
ou a cor azul.
Quando o cachola-fraca chega a 0 pontos de vida, sua exis-
tência cheia de ódio termina de maneira espetacular, pois a
criatura irrompe em chamas e, acompanhada por seu chapéu
encharcado de icor e suas calças, é reduzida a cinzas na mesma
hora, deixando para trás a arma e as botas de ferro fumegantes.
cachola-vermelha quisesse ser discreto, suas botas de
ferro ainda o obrigariam a caminhar com pâssos pesados
e estrondosos.
Para manter sua existência sobrenatural, o cachola-
vermelha é obrigado a banhar sua carapuça no sangue
fresco de suas vítimas. Se o sangue nâo for trocado de
três em três dias pelo menos, o cachola-vermelha vai
desaparecer como se nunca tivesse existido. O desejo de
matar do cachola-vermelha tem origem em sua vontade
de sobreviver.
CnrnsraNrr
Os Celesfantes são criaturas meigas e robustas naturais dos
Planos Superiores. Os anjos e as divindades boas os usam
como mensageiros e assistentes. Os Celesfantes prezam a
amizade e a honestidade.
Cnrnsrn NTE
Celestial Pequeno, ordeiro e bom
Classe de Armadura l8 (armadura natural)
Pontos de Vida 36 (8d6 + 8)
Deslocamento 6 m, voo 36 m
FOR DES coN INT SAB CAR
]0 (+0) I I (+0) * l2 (+l) 16 (+3) 19 (+4) 16 (+3)
Salvaguardas Des +3, Con +4, Car +6
Resistências a Dano contundente, cortante e perfurante
de ataques não mágicos
lmunidades a Dano venenoso
lmunidades à Condição envenenado
Sentidos Percepção passiva 14
ldiomas Celestial, telepatia 36 m
Nível de Desafio 5 (1,800 XP)
Armas Mágicas. Os ataques com arma do Celesfante são mágicos
Auro de lnvulnerobilidade. Enquanto estiver vivo, o Celesfante terá a
seu redor uma esfera de 3 metros de raio formada por uma aura in-
visível. Nenhuma magia de 5o círculo ou abaixo conf urada fora dessa
barreira conseguirá afetar criaturas ou obfetos em seu interior, nem
mesmo se a magia for conjurada usando-se um espaço de círculo
mais elevado. Magias desse tipo podem escolher criaturas e objetos
no interior da barreira como alvo, mas não vão afetá-las.
Da mesma maneira, a área no interiorda barreira é excluída das
áreas afetadas por magias desse tipo. Usando uma ação, o Celes-
fante conseguirá suprimir esta característica enquanto mantiver a
lt concentração (como se estivesse se concentrando numa magia).
epÊuolcn D I CRIATURÂS
232
?
,
Ô
I
7\
bí 6 \
.dI
, t
L.
LU LU,
a CerespaNre
?
O Celesfante parece um elefante em miniatura com
W
pelagem dourada e luminosa e asinhas céleres que não
só o sustentam no ar como também permitem que ele se
desloque a grandes velocidades. Apesar de ser uma criatura
gentil, o Celesfante não pode ver uma maldade que já se
dispôe â castigar o malfeitor. Suas presas peroladas nâo
são nada formidáveis, mas, com a tromba, ele pode emitir
toques de trombeta capazes de ensurdecer criaturas ou
envolver pessoas más com faíscas radiantes de energia
positiva. O Celesfante também foi abençoado com uma
poderosa magia inata para ajudá-lo a combater o mal e a
proteger seus amigos.
Conjuroção lnato. O atributo de conjuração inata do Celesfante é
Sabedoria (CD l5 para evitar magia). Ele pode conjurar inatamente
as magias a seguir, sem precisar de componentes materiais:
A vontade: luz
2ldia cada: bênção, curarferimenlos, proteção contra o bem e o mal
l/dia cada: banimento, cura completa, reviver os mortos, metomor-
fose (mamute de pelagem dourada, com asas emplumadas e
deslocamento de voo de 36 m), teleporte (sem chance de errar)
Ações
Presas. Arma de Combate Corpo o Corpo: +3 para acertar, alcance
1,5 m, um alvo. Dano:3 (ld6) perfurante.
Trombeto (3/Dia). O Celesfante sopra ar pela tromba, criando um
toque de trombeta que pode ser ouvido a uma distância de até
'180
metros. A trombeta também produz um cone de energia de
9 metros com um dos efeitos a seguir, à escolha do Celesfante:
Trombeta da Retumbância. Todas as criaturas no interior do cone
precisam íazer uma salvaguarda de Constituição CD 14. Cada
criatura que falhar vai sofrer l7 (5d6) pontos de dano troveiante
e ficará surda durante I minuto. Cada criatura que for bem-
sucedida vai sofrer metade do dano, mas não ficará surda.
Objetos não mágicos no interior do cone que nenhuma criatura
esteja segurando nem traga,iunto ao corpo vão sofrer 35 (.l0d6)
pontos de dano trovejante.
Trombeta da Cintilância. As criaturas no interior do cone precisam
.l4,
fazer uma salvaguarda de Constituição CD soírendo
22 (4d8 + 4) pontos de dano radiante se falharem, ou metade do
ano se tiverem sucesso. Criaturas más têm desvantagem no
teste de salvaguarda. As criaturas boas no interior do cone não
sofrem dano algum.

Cnornr'ToEoK
ínfero Colossal (demônio), caótico e mau
Classe de Armadura I 5 (armadura natural)
Pontos deVida 297 (17d20 +119)
Deslocamento lS m, natação 18 m
FOR DES CON INT SAB CAR
28 (+e) l0 (+0) 24 (+7) 6 (-2) 10(+0) 13 (+1)
Salvaguardas Con +12, Sab +5
Resistências a Dano elétrico, ígneo, gélido;
contundente, cortante e perfurante de ataques não mágicos
lmunidades a Dano venenoso
lmunidades à Condição amedrontado, enfeitiçado, envenenado
t Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva 10
r ldiomas entende Abissal, mas não fala
Nível de Desafio 14 (.l 1,500 XP)
;
Anfíbio. Crokek'toeck respira tanto o ar quanto a água.
Armas Mágicas. Os ataques com arma de Crokek'toeck's
são mágicos.
Memório Blindado. Crokek'toeck é imune às águas do Estige
também a qualquer efeito capaz de roubar ou modificar suas
lembranças, ou então detectar ou ler seus pensamentos.
Resistência à Mogia. Crokek'toeck tem vantagem em salvaguardas
contra magias e outros efeitos mágicos.
Solto Porado. Tomando ou não impulso, Crokek'toeck's percorre
até l8 metros num salto em distância e até 9 metros num salto
em altura.
Açôes
Modida. Arma de Combate Corpo o Corpo: +14 para acertar,
alcance 4,5 m, um alvo. Dano:44 (10d6 + 9) perfurante.
Vomitar Aliados (Recorrego 6). Crokek'toeck abre a boca e
vomita ld4 barlguras, 3d6 gnolls liderados por 1 gnoll presa
de Yeenoghu, 6d6 dretches ou ld3 vrocks (os blocos de
g estatísticas dessas criaturas estão no Monster Manual: Livro dos
Monstros). Toda criatura que ele vomitar vai aparecer em um
espaço desocupado a até 9 metros da boca dele ou no espaço
desocupado mais próximo.
Cnoxnr'ToECK
Crokek'toeck é o demônio que Yeenoghu mantém como
mascote. Este demônio sem igual, que lembra um peixe
anfíbio com os dentes, a pelagem, as orelhas e a gargalhada
de uma hiena, é capaz d,e carregar demônios menores no
estômago e vomitá-los onde Yeenoghu quiser. Imune ao
poder de destroçar mentes do Estige, Crokek'toeck costuma
ser usado para transportar demônios menores (e, por vezes,
o próprio Yeenoghu) pelas águas terríveis do rio.
Currrsras DA TRTNDADE Dos MoRTos
A Trindade dos Mortos é formada pelos aventureiros
malignos Bane, Bhaal e Myrkul que, tempos atrás, partiram
em demanda para se tornarem deuses. Conseguiram, mas
ficaram ainda mais ambiciosos. Tentaram se apoderar
das Tábulas do Destino do deus supremo Ao e usá-las
para dominar Faerün e suas divindades. Fracassaram e
foram mortos no Tempo das Perturbações. Desde então,
vários planos de contingência que eles haviam preparado
permitiram que os três renascessem.
A Cisão cuidou para que os outros deuses dos Forgotten
Realms (Reinos Esquecidos) se retirassem e parassem de
afetar diretamente o mundo, mas a Trindade dos Mortos
e ficou para trás, em forma mortal, como seres quase
divinos. Apesar de seu poder ter diminuído, eles ainda
sào formidáveis e sua influência malévola se faz sentir no
desenrolar dos acontecimentos em Faerrln.
Belrn E SEUs Srcur»onrs
Bane é um deus tirano e tanto ele quanto seus adoradores
querem dominar o mundo. Bane concede poderes àqueles
que se empenham em governar com mão de ferro. Impondo
ordem ao mundo, os seguidores de Bane garantem que os
sagazes, fortes e ambiciosos chegarão âo topo enquanto os
fracos definham na escravidão.
Independentemente da forma que venha a assumir, Bane
sempre pode ser identificado por sua mão direita negra
como azeviche. Ele costuma usar uma luva ou manopla
§
Caoxex'roecx
-/
\
lIt /1. .\
t \.,
,/) m L-
.-) n
 -- SrMeouo oe BaHe

PuNno DE BANE
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mau
'râ
Classe de Armadura 18 (cota de malha, escudo)
Pontos de Vida 22 (d8 + l
Deslocamento 9 m

FOR DES coN INT SAB CAR

l6 (+3) ll (+0) l3 (+l) l0 (+0) 12(+l) ll (+0)
lmunidades à Condição amedrontado
Sentidos Percepção passiva I1
ldiomas Comum
MaNopra NBcne DE BANE .t
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mau
NÍvel de Desafio 1l2 (.l00 XP)

Disciplina Tático, O punho de Bane tem vantagem em todos

os testes de atributo e salvaguardas feitos em combate.
I Classe de Armadura l6 (cota de malha)
Pontos de Vida 51 (6d8 + 2a)
Deslocamento 9 m

AçÕes FOR DES coN INT SAB CAR

18 (+a) ll(+0) l8 (+a) 12 (+l) '15 (+2)
l8(+a)
Maço. Armo de Combate Corpo a Corpo: +5 para acertar,
alcance 1,5 m um alvo. Dano:6 (ld6 + 3) contundente. Salvaguardas Sab +5
PerÍcias lntimidação +7, Percepção +5
Arco Longo, Arma de Combate à Distância: +2 para acertar,
lmunidades à Condição amedrontado
alcance 45/180 m, um alvo. Dano:4 (1d8) perfurante.
Sentidos Percepção passiva 15 L
ldiomas Comum
NÍvel de Desafio 6 (2,300 XP)

CôNsur DE FERRo
Humanoide Médio (humano), ordeiro e mau Aura de Pouor. Qualquer criatura hostil a até
.l,5
metro do A
manopla negra tem desvantagem em jogadas de ataque ou
Classe de Armadura l6 (cota de malha) salvaguardas. Criaturas imunes à condição amedrontado são
Pontos de Vida 45 (6d8 + l8) imunes a esta característica.
Deslocamento 9 m
Conjuração, O manopla negra é um conjurador de 5o nível.
FOR DES coN INT SAB CAR Seu atributo de conjuração é Carisma (CD l5 para evitar magia,
17 (+3) 1l (+0) l6 (+3) I2 (+1) 15 (+2) 16 (+3) +7 para acertar com ataques mágicos) e possui as seguintes
magias de clérigo preparadas:
Salvaguardas Sab +4
PerÍcias lntimidação +5, Percepção +4
Truques (à vontade): chama sagroda, orientação, toumaturgia
lmunidades à Condição amedrontado lo círculo (4 espaços): bênção, curarferimentos, perdiçdo,
raio guia (consulte "Ações", a seguir)
Sentidos Percepção passiva l4
2o círculo (3 espaços): cegueiro/surdez, imobilizar pessoo, silêncio
ldiomas Comum
3o círculo (2 espaços): guordiões espirituais, remeter
NÍvel de Desafio 2 (450 XP)
Disciplina Tdtica. O manopla negra tem vantagem em todos
os testes de atributo e salvaguardas feitos em combate.
Disciplino Tática. O cônsul de ferro tem vantagem em todos os
testes de atributo e salvaguardas íeitos em combate. AcÕes
AçÕEs Ataques Múltiplos. O manopla negraíaz dois ataques
com sua maça
Ataques Múltiplos. O cônsul de ferro faz um ataque com sua
lança e pode usar a habilidade Voz de Comando. Moça. Armo de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:7 (1d6 + 4) contundente,
Lanço. Arma de Combote Corpo a Corpo ou à Distância: +5 para
.l,5 mais l3 (3d8) necrótico.
acertar, alcance m ou alcance 3/18 m, um alvo.
Dano:6 (ld6 + 3) perfurante, ou 7 (1d8 + 3) perfurante quando Raio Guia (Mogia de 1o Círculo; Requer um Espoço de Mogio).
usada com as duas mãos para fazer um ataque corpo a corpo. Ataque Mágico à Distância: +7 para acertar, alcance 36 m, uma
criatura. Dono:14 (4d6) pontos de dano radiante e a próxima
Voz de Comondo. O cônsul de ferro escolhe até dois aliados a jogada de ataque feita contra o alvo antes do final do próximo
até 27 metros dele que consigam escutar suas ordens. Cada turno do manopla negra terá vantagem. Se o manopla negra
aliado pode usar imediatamente sua própria reação parafazer con,jurar esta magia usando um espaço de 2o círculo ou acima, o
§ um ataque corpo a corpo.
}. dano vai aumentar em 1d6 para cada espaço acima do lo círculo.

epÊNorce D I cRTATURÁS
23+
 ,-af
, E-
I
7',
k: F
Da eseuenoa pÀRÀ Â orRErra: NscRourra oe Mvnxul, Malopua Necna oe DaNe e Cerperno oE BH^aL
nessa mão para ocultar sua identidade, revelando-se apenas
ao chegar a hora de exibir seu verdadeiro poder. Sempre
se veste muito bem, com as belas roupas de um nobre ou a
armadura e o equipamento de um general mercenário bem-
sucedido. A arma de sua preferência é â maça.
Bane subjuga aqueles que demonstram a menor fraqueza,
intimidando-os até que se submetam ou esmagando-os
com sua força física e mágica. É tão carismático que
consegue fazer os poderosos jurar lealdade a ele em troca
da possibilidade de dominar outras pessoas. Ele encontra
a fome de poder que existe em todo coraçâo mortal e
a desperta com promessas e lisonjas cuidadosamente
elaboradas. Ele é o cérebro da Trindade dos Mortos, o
integrante cujas ambições dirigem os esforços do grupo.
Os seguidores devotos de Bane sâo combatentes
interessados em governar pela força marcial e a intimidação,
tiranos cruéis que usam ameaças e presentes para garantir
a lealdade alheia, de acordo com a necessidade. Eles
escravizam quem é fraco demais para resistir e cobrem os
fortes de mimos e promessas de poder para transformáJos
em vassalos leais.
Tiranos Cruéis. Sempre que conseguem poder, os
seguidores de Bane implementam medidas ditatoriais
para garantir que sua autoridade nâo seja questionada.
Erradicam todos os opositores e, ao mesmo tempo,
recompensam generosamente aqueles que juram lealdade.
Seita Belico.ea. Os cultistas de Bane sâo combatentes que
usam armadura pesada e empunham maças, espadas, lanças
e bestas. Pintam a manopla direita da armadura de preto para
homenagear seu patrono. Os clérigos de Bane empunham ma-
ças negras com uma cabeça em forma de punho cerrado.
Hierarquia da Seita, Os cultistas de Bane seguem hierar-
quias militares rígidas. A patente mais baixa é a dos punhos
de Bane, os soldados de infantaria que obedecem a toda e
o
o
qualquer ordem sem hesitação. Sâo liderados pelos cônsu-
o
les de ferro, oficiais de campo ardilosos que se sobressaem
z
coordenando os punhos em combate. Os manoplas negras
r são os sacerdotes que comandam os cônsules.
ir
I
N
Bneel E SEUS SscuroonBs
Bhaal é um deus da matança que empresta seu poder
àqueles que, com os homicídios praticados, provocam medo
e pavor. O assassinato em si é só parte da equaçào. A outra
parte é a suspeita, a paranoia e o medo que um matador
aparentemente inexorável é capaz de evocar. Bhaal procura
inspirar o medo matando aqueles que parecem escapar aos
longos braços da morte.
Bhaal sempre leva consigo um lenço vermelho. Seja
qual for sua forma, ele consegue assumir uma aparência
alternativa: um bruto corpulento que empunha uma adaga
de lâmina longa e recurva pingando sangue. Nessa forma,
ele veste apenas uma tanga esfarrapada, não tem um pelo
no corpo e se apresenta coberto de feridas a verter sangue,
provocadas por uma arma de corte. Seu semblante é um
crânio descarnado e cercado por um halo de sangue.
Bhaal é um valentâo selvagem que adora matar gente
de maneiras medonhas. Só se deixa dominar pelas forças
combinadas de Bane e Myrkul.
Os cultistas de Bhaal imitam sua divindade, cometendo
assassinatos medonhos para espalhar o medo e o horror.
Sâo encantadores e afáveis quando querem, mas, em
combate, seu verdadeiro caráter sanguinário vem à tona.
San§radores. Todos os cultistas de Bhaal aprendem
a invocar o poder de seu deus para deixar as vítimas
vulneráveis a suas facas de lâmina longa. Quando a magia
de Bhaal faz efeito, o sangue jorra dos ferimentos a faca.
Cortes aparentemente superficiais se aprofundam no corpo
da vítima e causam sangramento e uma dor terrível.
Ássassinos que Saem das Sombras. Os seguidores de
Bhaal sâo homicidas ardilosos que matam para disseminar
o medo e vivem do pavor que semeiam nas cidades onde
habitam. Podem invocar o poder de seu deus para se
misturar às sombras com facilidade ou mesmo para ficar
invisíveis num momento crucial.
Hierarquia da Seita. Os cultistas de Bhaal de baixa
patente são chamados de punhais da noite, e Bhaal os
APÊNDICE D I CRIATURÂS
235
 abençoa com visào no escuro e furtividade aprimorada.
PuNnnr DA NorrE Os ceifeiros estão logo acima deles. Esses ganham a
capacidade de ficar invisíveis e de usar a magia de Bhaal
Humanoide Médio (humono), caótico e mau
tT para nâo levantar suspeitas. A patente mais alta fica com
Classe de Armadura l2 os caveiras de Bhaal, que podem assumir as feições
Pontos de Vida ll (2d8 + 2) esqueléticas de sua divindade para apavorar as vítimas.
Deslocamento l2 m Em combate, eles intimidam os oponentes ao ignorar os
ataques mais letais com facilidade, para mostrar que é inútil
FOR DES coN INT SAB CAR resistir às tramas de Bhaal.
ll(+0) 15 (+2) l2 (+l ) l0 (+0) ll(+0) Ia(+2)
Mvnrur E SEUS Srcuroonrs
Perícias Furtividade +6, lntimidação +4 Myrkul é o Senhor dos Ossos e reivindica para si o poder
Sentidos visão no escuro l8 m, Percepção passiva 10 sobre cadáveres e almas. Seus cultistas são aqueles que
ldiomas Comum desejam arrebatar o conhecimento, o poder e até mesmo a
Nível de Desafio 1/4 (50 XP) lealdade dos falecidos.
Myrkul tem o poder de convocar a alma de qualquer criatura
que tenha morrido pelas mâos de outra e prendêJa no interior
Auro de Assassiroto. Desde que o punhal da noite não esteja
.l,5 de um crânio de cera. Myrkul só pode usar esta habilidade
incapacitado, as criaturas hostis a até metro dele terão
caso se apodere de um pedaço do corpo físico da criatura,
vulnerabilidade a dano perfurante, a não ser que já tenham
triture-o e incorpore o pó resultante ao crânio criado por ele.
resistência ou imunidade a esse tipo de dano.
Enquanto a alma continuar dentro do crânio, chamas azuis
e frias vâo arder nas órbitas da caveira. Enquanto o crânio
Açõrs
estiver intacto, Myrkul poderá obrigar a alma aprisionada a
Adaga. Arma de Combate Corpo a Corpo ou à Distância: +4 para responder às suas perguntas e compartilhar o que sabe.
.l,5
acertar, alcance m ou alcance 3118 m, um alvo.
Dano:4 (1da + 2) perfurante.
CavBrnn DE BHAAL
Humanoide Médio (humano), caótico e mau

CBrrBrno DE Bnaer Classe de Armadura l5

Humonoide Médio (humano), caótico e mau Pontos de Vida 76 (8d8 + a0)
Deslocamento l5 m
Classe de Armadura l5
Pontos de Yida 27 (5d8 + 5) FOR DES coN INT SAB CAR
Deslocamento l2 m 20 (+s) 20 (+s) 20 (+s) 1a (+2) 13 (+l) l6(+3)

FOR DES coN INT SAB CAR Perícias Furtividade +11, lntimidação +6, Percepção +4,
'll
(+0) 20 (+5) l3 (+l) l s (+2) l2 (+l) l6(+3) Persuasão +6,
Sentidos visão no escuro I8 m, Percepção passiva 14
Perícias Furtividade +9, lntimidação +5, Percepção +3, ldiomas Comum
Persuasão +5 Nível de Desafio 5 (1,800 XP)
Sentidos visão no escuro l8 m, Percepção passiva l3
ldiomas Comum
Nível de Desafio 2 (450 XP) Aura de AssassinaÍo. Desde que o caveira não esteja
.l,5
incapacitado, as criaturas hostis a até metro dele terão
vulnerabilidade a dano perfurante, a não ser que já tenham
Aura de Assossinato. Desde que o ceifeiro não esteja resistência ou imunidade a esse tipo de dano.
incapacitado, as criaturas hostis a até 1,5 metro dele terão
vulnerabilidade ao dano perfurante, a não ser que já tenham Resistência à Magio. O caveira tem vantagem em salvaguardas
resistência ou imunidade a esse tipo de dano. contra magias e outros efeitos mágicos.

Conjuração lnata. O atributo de conjuração inata do ceifeiro é AÇões

Carisma (CD l3 para evitar magia). Ele pode conjurar inatamente
Ataques Múltiplos. O caveira usa Olhar Atordoante e faz dois
as magias a seguir, sem precisar de componentes materiais:
ataques com a adaga.
I/dia cada: enfeitiçar pessoo, disforçar-se, santuário
i
Adaga. Arma de Combate Corpo o Corpo ou à Distância: +7 para
l,
I acertar, alcance 1,5 m ou alcance 3/18 m, um alvo. Dano:
AçÕes
7 fda + 5) perfurante.
Atoques Múltiplos, O ceifeiro faz dois ataques com sua adaga e
usa Encobrir-se. Olhar Atordoonte. O caveira escolhe como alvo uma criatura à
vista e a até 9 metros dele. O alvo terá de ser bem-sucedido em
Adoga. Arma de Combate Corpo a Corpo ou à Distâncio: +7 para uma salvaguarda de Sabedoria CD 14 para nâo ficar atordoado
.I,5
acertar, alcance m ou alcance 3/18 m, um alvo. até o final do seu próximo turno.
Dano:7 (ld + 5) perfurante.
RençÕes

la
Encobrir-se. O ceifeiro ftcará magicamente invisível até o começo
de seu próximo turno. A invisibilidade passará se o ceifeiro fizer lnexorável (3/Dio). O caveiro reduz a 0 o dano de um ataque
uma jogada de ataque ou dano, ou se conjurar uma magia. bem-sucedido contra ele.

\
APÊNDICE D I CRIATURAS
236
NrcnourrA DE Mvnrur
Humanoíde Médio (humano), neutro e mau

Classe de Armadura I I
Pontos deVida 13 (2d8 + a)
Deslocamento 9 m

FOR DES coN INT SAB CAR

Mpsrnn DE ALMAs
]0(+0) l3 (+l) 15 (+2) 16 (+3) 1l(+0) 10 (+0)
Humanoide Médio (humano), neutro e mau

Perícias Arcanismo +5, Religião +5

Classe de Armadura l2
Sentidos Percepção passiva 10 + l8)
Pontos de Vida a5 (6d8
ldiomas Abissal, Comum, lnfernal
Deslocamento 9 m
Nível de Desafio l/2 (.l00 XP)
FOR DES coN INT SAB CAR

Ações
l0 (+0) la(+2) '17
(+3) 19 (+a) u (+2) '13
(+l)

Garros do Sepulcro. Ataque Mdgico à Distância: +5 para acertar, Salvaguardas Sab +4

alcance 27 m, um alvo. Dano:8 (2d4 + 3) necrótico. Perícias Arcanismo +6, Religião +6
Sentidos Percepção passiva l2
Manguol de Caveira. Arma de Combate Corpo a Corpo: +2 para ldiomas Abissal, Comum, lnfernal
.l,5
acertar, alcance m, um alvo. Dano:4 (1d8) contundente. Nível de Desafio 4 (1,100 XP)

Conjuroção. O mestre de almas é um conjurador de 5o nível.

CnÂr.rro FracrraDoR DE MYRKUL Seu atributo de conjuração é lnteligência (CD l4 para evitar
Humanoide Médio (humano), neutro e mau magia, +6 para acertar com ataques mágicos) e possui as
seguintes magias de mago preparadas:
Classe de Armadura 12
Pontos de Vida 32 (5d8 + 10) Truques (à vontade): mãos mágicos, mensagem, prestidigitação,
Deslocamento 9 m toque necrótico (consulte "Ações", a seguir)
'lo
círculo (4 espaços): detectar magia, escudo, mõosJlomejantes,
FOR DES coN INT SAB CAR roio nauseanle (consulte "Ações", a seguir)
l0 (+0) u (+2) 15 (+2) l6 (+3) 13 (+1) l0(+0) 20 cÍrculo (3 espaços): escuridão, passo nebuloso, roio ordente
(consulte "Ações", a seguir)
Salvaguardas Sab +3 3o círculo (2 espaços): animar mortos, bola defogo
Perícias Arcanismo +5, Religião +5
Mogia SepulcraL Ao conjurar uma magia que provoca dano,
Sentidos Percepção passiva 11
o mestre de almas pode mudar o tipo de dano para necrótico.
ldiomas Abissal, Comum, lnfernal
Nível de Desafio 1 (200 XP)
Ações
Ataques Múltiplos. O mestre de almas ataca duas vezes com
Conjuração. O crânio flagelador é um conjurador de 3o nível. seu mangual.
Seu atributo de conjuração é Sabedoria (CD 13 para evitar
magia, +5 pata acertar com ataques mágicos) e possui as Mangual de Caveiro Folheado a Prota. Arma de Combate Corpo
.l,5
seguintes magias de mago preparadas: a Corpo: +2 para acertar, alcance m, um alvo. Dano:4 (1d8)
contundente, mais l4 (4d6) necrótico, e o alvo terá desvanta-
Truques (à vontade): mãos mágicas, mensogem, prestidigitoção gem em todos os testes de salvaguarda até o final do próximo
lo círculo (4 espaços): detector magia, escudo, proteção contra o turno do mestre de almas.
bem e o mal, raio nouseante (consulte "Ações", a seguir)
2o círculo (2 espaços): escuridão, passo nebuloso Toque Necrótico (Truque). Atoque Mágico à Distância: +6 para
acertar, alcance 36 m, uma criatura. Dano:13 (2d8) necrótico, e
Ações o alvo não conseguirá recuperar pontos de vida até o começo do
Ataques Múltiplos. O crânio flagelador faz dois ataques com próximo turno do mestre de almas. Se for um morto-vivo, o alvo
seu mangual. terá desvantagem nas jogadas de ataque contra o mestre de
almas nesse mesmo período.
Manguol de Caveira de Ferro. Arma de Combate Corpo a
.l,5 Roio Nauseante (Magia de lo Círculo; Requer um Espaço
Corpo: +2 para acertar, alcance m, um alvo. Doro: 4 (1d8)
contundente, mais 7 (2d6) necrótico, e o alvo terá desvantagem de Magia). Ataque Mágico à Distôncio: +6 para acertar, alcance
'18
em todos os testes de salvaguarda até o final do próximo turno m, uma criatura. Dano:9 (2d8) venenoso, e o alvo terá de ser
do crânio flagelador. bem-sucedido em uma salvaguarda de Constituição CD 14 para
não ficar envenenado até o final do próximo turno do mestre de
Raio Nauseonte (Mogio de 1o Círculo; Requer um Espaço de almas. Se o mestre de almas conjurar esta magia usando um
Magia). Ataque Mágico à Distância: +5 para acertar, alcance espaço de 20 círculo ou acima, o dano vai aumentar em 1d8 para
18 m, uma criatura. Dano:9 (2d8) venenoso, e o alvo terá de ser
cada espaço acima do lo círculo.
bem-sucedido em uma salvaguarda de Constituição CD 13 para
não ficar envenenado até o final do próximo turno do crânio Raio Ardente (Magia de 20 Círculol Requer um Espaço de Magia).
flagelador. Se o crânio flagelador conjurar esta magia usando Atoque Mágico à Distância: +6 para acertar, alcance 36 m, um alvo
um espaço de 2o círculo ou acima, o dano vai aumentar em por raio (3 raios se o espaço usado for de 2" círculo;4 raios se for
1d8 para cada espaço acima do lo círculo. de 3o círculo). Dano:7 (2d6) ígneo por raio.

EPÊNOTCT D I CRIATUR,AS
237

O crânio se deteriora um pouco mais a cada serviço prestado
e acaba se desfazendo e soltando a alma. Também é possível
libertar a alma imergindo o crânio de cera em água benta.
Myrkul é calculista, distante e egocêntrico. Ele só se
importa com a aquisição de conhecimento e acha que
cuidar dos assuntos corriqueiros da vida não passa de uma
distração mâçante, e olhe lá. Sua maior alegria é se ver
cercado por seus tomos de conhecimento e pelos mortos-
vivos que ele convoca parafazer suas vontades.
Os seguidores de Myrkul são magos ou interessados em
dominar as ârtes necromânticas.
Gor.Bu DE CARNn ÍNrnne
Constructo Cra nde, sem oli nhom ento
Classe de Armadura 12 (armadura natural)
.l00)
Pontos deVida 210 (20d.l0 +
Deslocamento 9 m, voo 9 m (pairar)
FOR DES coN INT SAB CAR
20 (+s) e (-t) 20 (+5) 7 (-21 l0 (+0) 5 (-3)
Resistências a Dano gélido, ígneo
lmunidades a Dano elétrico, venenoso; contundente, cortante e
perfurante de ataques não mágicos que não sejam de prata
ou adamantina
lmunidades à Condição amedrontado, enfeitiçado, envenenado,
exaustão, paralisado, petrifi cado
Sentidos visão no escuro l8 m, Percepção passiva 10
ldiomas entende os idiomas de seu criador, mas não fala
Nível de Desafio 8 (3,900 XP)
Absorção de Eletricidode. Toda vez que for submetido a dano
elétrico, o golem não vai soírer nenhum dano e, em vez disso,
vai recuperar uma quantidade de pontos de vida igual ao dano
elétrico infligido.
Armas Mágicos. Os ataques com arma do golem são mágicos.
Forma lmutáveL O golem é imune a qualquer magia ou efeito
cuja intenção seja alterar a forma dele.
Furioso. Toda vez que o golem começar seu turno com 100 pontos
de vida ou menos, jogue ld6. Se tirar 6, o golem vai ficar furioso.
Enquanto estiver furioso, a cada um de seus turnos o golem vai
atacar a criatura mais próxima à vista. Se nenhuma criatura estiver
perto o suficiente para que o golem consiga se mover, chegar até
ela e atacá-la, o golem vai atacar um objeto, de preferência algo que
se.jamenor que ele mesmo. Uma vez furioso, o golem continuará
a fazer isso até ser destruído ou recuperar todos os seus pontos
de vida. Se estiver a até l8 metros da criatura furiosa, o criador do
golem poderá tentar acalmá-lo falando firme e persuasivamente.
É preciso que o golem consiga ouvir o criador, que deve usar
uma ação para íazer um teste de Carisma (Persuasão) CD 1 5.
Se o teste for bem-sucedido, o golem não estará mais íurioso.
.l00
Se sofrer dano enquanto seus pontos de vida ainda forem
ou menos, pode ser que o golem volte a ficar íurioso.
Resistência à Magia, O golem tem vantagem em salvaguardas
contra magias e outros efeitos mágicos.
AçÕes
Atoques Múltiplos. O golem faz dois ataques com sua pancada
la Poncado. Arma de Combota Corpo a Corpo: +8 para acertar,
alcance
.l,5
m, um alvo. Dano: 16 (2d10 + 5) contundente.
APÊNDICE D I CRIATURAS
238
't ,
Pesquisadores de Váfios Saáeres. Os cultistas de
Myrkul estudam rituais que lhes permitam obrigar as almas
dos mortos a servi-los, forçando-as a responder perguntas
e dividir com eles saberes esquecidos. Buscam segredos
arcanos em ruínas ântigas e tentam roubar livros de magias
e outros tomos de mâgos de fora da seita.
Hierarquia da Seita, O seguidor de Myrkul empunha um
mangual que, no lugar da cabeça normal da arma, tem uma
caveira. Os necromitas sâo os iniciados que ainda nâo domina-
ram â mâgia arcana e dependem de seus manguais em com-
bate. Os crânios flageladores são conjuradores que usâm a ma- !
gia para aprimorar suas habilidades de combate. Os mestres de
almas pesquisam a fundo os segredos de Myrkul e isso permite
que eles reanimem os mortos e recorram à magia sepulcral.
Gornrra DE CARNn ÍNrune
O golem de carne ínfera é um golem de carne
particularmente grande, feito de pedaços costurados de
corpos de diabos, demônios, yugoloths e outros ínferos.Já
que os pedaços podem vir de criaturas diferentes e podem
ser combinados de maneiras distintas, não existem dois
golems de carne ínfera exatamente iguais. As megeras da
noite guardam o segredo de como criar esses golems e
raramente o compartilham com outras pessoas.
Alguns golems de carne ínfera têm asas. No entanto, a
magia usada para criar esses golems possibilita que eles
voem e pairem mesmo sem asas.
MnnnncoN
As almas de soldados, mercenários e guarda-costas mortos
que em vida serviam incondicionalmente ao mal costumam
acabar nos Nove Infernos, para servir por toda a eternidade
como diabos menores denominados merregons. Todo
merregon tem uma máscara de metal pregada à cabeça
que permite que ele enxergue sem problemas. Nâo há como
remover a máscara enquanto o merregon estiver vivo. Atrás
dela esconde-se um rosto vazio, sem olhos nem boca ou
outras feições.
NlnzucoN
Os paladinos que fazem acordos com diabos e levam para a
vida após a morte seu distorcido senso de honra sâo particu-
larmente valiosos para os arquiduques dos Nove Infernos.
Os narzugons percorrem as camadas
infernais e outros planos de
existência para fazer valer a
vontade de seus senhores.
I
i:
À
Nanrucor.t
MONTÂOO
E !- t
xum Pesnoelo
;I
h Yr T
E*
!
t
:
L I
 ;
/
Nn nzucoN
I ínfero Médio (diabo), ordeiro e mau

\í

/
r' 7
-l

t
Classe de Armadura 20 (armadura de placas, escudo)
Pontos de Vida 1 1 2 (l 5d8 + a5)
Deslocamento 9 m

FOR
20 (+5)
DES
l0(+0)
coN
17 (+3)
INT
16 (+3)
SAB
la(+2)
CAR
l9(+a)

Salvaguardas Des +5, Con +8, Car +9

\ Perícias Percepção +7
Resistências a Dano ácido, gélido; contundente, cortante e
perfurante de ataques não mágicos que não sejam de prata
lmunidades a Dano ígneo, venenoso
lmunidades à Condição amedrontado, enfeitiçado, envenenado
Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva l7
ldiomas Comum, lnfernal, telepatia 36 m
Nível de Desafio l3 (10,000 XP)
7-.
U Arreios lnfernais. O narzugon usa as esporas que compõem
os arreios infernais e permitem que ele invoque seu pesadelo
companheiro.
MBnnncoN Resistêncio à Magio. O narzugon tem vantagem em
ínfero Médio (diobo), ordeiro e mau
I salvaguardas contra magias e outros efeitos mágicos.
Classe de Armadura 16 (armadura natural)
Sentidos Diabólicos. O narzugon tem vantagem nos testes
Pontos deVida a5 (6d8 + 18)
de Sabedoria (Percepção) feitos com a intenção de detectar
Deslocamento 9 m
criaturas de alinhamento bom.
FOR DES coN INT SAB CAR
ES
lE (+a) la(+2) l7 (+3) 6 (-2) l2 (+l) 8 (-t)
Atoques Múltiplos. O narzugon usa seu Comando lnfernal ou
Resistências a Dano gélido; contundente, cortante e perfurante Comando Aterrador. Também íaztrês ataques com sua lança
de ataques não mágicos que não sejam de prata de montaria infernescente.
lmunidades a Dano ígneo, venenoso
Lonça de Montoria lnfernescenle. Arma de Combale
!munidades à Condição amedrontado, envenenado
Corpo a Corpo: +10 para acertar, alcance 3 m, um alvo.
Sentidos visão no escuro l8 m, Percepção passiva 11
ldiomas entende lnfernal, mas não fala, telepatia 36 m Dano:11 (ldl2+ 5) períurante, mais l6 (3d10) ígneo. Se esse
Nível de Desafio 4 (1,100 XP) dano matar uma criatura, a alma da vítima vai reaparecer no
Avernus e, transformada em lêmure, sairá das águas do Estige
em ld4 horas. Se não reviverem a criatura antes disso, somente
Resistêncio à Magia. O merregon tem vantagem em a magia desejo ou a morte do lêmure seguida da conjuração de
salvaguardas contra magias e outros efeitos mágicos. ressurreição verdadeira sobre o corpo original da criatura será
capaz de devolvê-la à vida. Constructos e diabos são imunes
Visdo Diabólica. A escuridão mágica não bloqueia a visão no
a esse efeito.
escuro do merregon.
Comando lnfernal. Nenhum aliado do na(zugon a até l8 metros
AçÕrs dele poderá ser enfeitiçado nem amedrontado até o final do
Atoques Múltiplos. O merregon faz dois ataques com a alabarda próximo turno do natzuEon.
ou, havendo um ínfero aliado de nível de desafio 6 ou mais a até
Comondo Aterrador.foda criatura que não for um ínfero, que
l8 metros dele, o merregon faz três ataques com a alabarda.
estiver a até l8 metros do narzugon eíor capaz de ouvi-lo terá
Alabordo, Arma de Combate Corpo a Corpo: +6 para acertar, I defazer uma salvaguarda bem-sucedida de Carisma CD 17 para
alcance 3 m, um alvo. Dano:9 (1d10 + 4) cortante. não ficar amedrontada durante I minuto (o narzugon é a íonte
do medo). A criatura poderá repetir o teste de salvaguarda no
Besta Pesada. Arma de Combate à Distância: +4 para acertar,
fim de cada um de seus turnos, encerrando o efeito sobre ela
alcance 30/120 m, um alvo. Dano:7 (ldl0 + 2) períurante.
mesma caso seja bem-sucedida. A criatura que tiver sucesso
no teste de salvaguarda ficará imune ao Comando Aterrador do
RençÕes
narzugon durante 24 horas.
Guarda-Costos LeaL Quando um outro ínfero a até 1,5 metro do
I merregon recebe um ataque bem-sucedido, o merregon é atingido Cura Completa (1/Dia). O naruugon ou uma criatura que ele tocar
no lugar dele. vai recuperar até 100 pontos de vida.

APÊNDICE D I CRIÀTURÂS
239
 $

I Todo narzugon tem um pesadelo (descrito no Monster

Manual: Livro dos Monstros) como montaria. O pesadelo é
t-
subjugado por arreios infernais (p. 223) e obrigado a atender
ao chamado e a cumprir às ordens de quem usa as esporas.

Nuppnnrso
n Os mortais que em vida praticaram maldades motivadas
pela negligência e a preguiça estão condenados a se torna-
rem nupperibos. Esses diabos ínfimos, cegos e obesos se
i arrastam estupidamente pelos Nove Infernos e, às apalpa-
delas, procuram qualquer resto de matéria fétida que consi-
gam enfiar em suas bocas, lamentando-se o tempo todo.

Tnnssru
I O tressim é um gato alado e maroto, do tamanho de um gato
7 doméstico e dotado de asas com uma envergadura de
-t 90 centímetros.
i Imagina-se que sejam produto de experimentos realizados
§ por magos com os gatos comuns. os tressim sâo felinos
inteligentes que sabidamente formam fortes laços de
amizade com humanoides, em particular com guardiões e
magos. Os tressim se dão bem com outros de sua espécie,
Jt mas raramente dividem tocas ou caçam juntos. Ignoram
,r'I tranquilamente os morcegos, dragôes-fadas etc., mas
detestam stirges e monstros voadores malignos, como as
mantícoras. Também adoram provocar cachorros.
Os tressim se alimentam de pequenos roedores, pássaros
Nupppnrso e insetos, emboscando-os e caçando-os como fazem os gatos
ínfero Médio (diabo), ordeiro e mou comuns, mas com a vantagem adicional de saberem voar. No
entanto, os tressim não atacam ninhegos nem roubam ovos.
Classe de Armadura l3 (armadura natural) Os tressim se acasalam com outros de sua espécie, mas
Pontos de Vida ll
(2d8 + 2)
não formam casais para a vida toda. Um tressim também
Deslocamento 6 m. pode se acasalar com um gato normal, mas somente um a
cad,a dez filhotes sairá tressim; os outros serão gatos comuns.
FOR DES coN INT SAB CAR
'll Com a permissâo do DM, o personagem que conjurar a
l6 (+3) (+0) l3 (+l) 3 (-4) 8 (-r) r (-5)
magia convocar familiar poderá escolher um tressim em vez
Perícias Percepção +1 de um gato normal.
Resistências a Dano ácido, gélido; contundente, cortante e
perfurante de ataques não mágicos que não sejam de prata Vnspe INrnnNar
lmunidades a Dano ígneo, venenoso A vespa infernal é um inseto malévolo e inteligente natural
lmunidades à Condição amedrontado, cego, enfeitiçado, dos Nove Infernos. Tem uma grossa carapaça protetora,
envenenado asas finas e metálicas, além de pernas fortes arrematadas
Sentidos percepção às cegas 3 m (cego além desse alcance), por garras com o mesmo gume de uma espada. Usa o ferrão
Percepção passiva 1l para injetar na vítima um composto semelhante ao fogo
ldiomas entende lnfernal, mas não fala
alquímico. Essa mesma soluçâo contém uma enzima para-
Nível de Desafio l/2 (.l00 XP)
lisante que deixa a vítima indefesa tempo suficiente para a
vespa infernal apanháJa e fugir.
Enxame de lnsetos. Toda criatura que não for um diabo e As vespas infernais vivem muito bem em temperatuÍâs
começar seu turno a até 6 metros do nupperibo terá de fazer uma altas, mas o frio extremo racha suas carapaças e paralisa
salvaguarda de Constituição CD ll. A criatura que estiver dentro seu metabolismo. Consequentemente, elas evitam as
das áreas de dois ou mais nupperibos fará a salvaguarda com camadas geladas dos Nove Infernos (Estígia e Cânia).
desvantagem. Se for malsucedida, sofre 2 (1d4) pontos de Vespeiros. As vespas infernais regurgitam uma bile
dano perfurante. dourada que lembra o âmbar. Elas a utilizam para fabricar
vespeiros enormes, cheios de câmaras e passagens.
lmpelido pela Fome. Nos Nove lnfernos, o nupperibo segue As vespas infernais usam esses ninhos como abrigos
infalivelmente o rastro de qualquer criatura que tenha sofrido comunitários e reservas de alimento. O vespeiro médio é z
dano do Enxame de lnsetos de qualquer nupperibo nas grande o bastante para sustentar umâ comunidade de I
últimas 24 horas. 1d10 + 10 vespas infernais, e cada uma delas tem vez,voz z
Z
e uma função a desempenhar em sua sociedade.
AçõEs
Telepatia das Vespas Infernais. As vespas infernais se i
)3
IL Mordida, Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano:6 (1d6 + 3) perfurante.
comunicam umas com as outrâs por meio de uma forma de
telepatia perceptível apenas por sua espécie.
z
I

epÊNptcB D I oRTATURAS
2+o
 "{í. )
-t.
Eagacxurera,
' ,'^."\ 1 O ÍRESSIM

-,
({
lv-ry -/
't ,Íi Y{.
7 ,-í
I

.! Z- -j L'-
I

a L \
l-

I
l

I ta: \*
, .t

't
(

fl
I

.l
I
Y
a

#
i
a ã

0a
,/
VBspe IwrBnNel
I
-4,
U fnfero Crande, ordeiro e mau

Classe de Armadura l9 (armadura natural)

Pontos de Vida 52 (8d10 + 8)
Deslocamento 3 m, voo 18 m (pairar)

Th.nssru FOR
18 (+a)
DES
15 (+2)
coN
12 (+1)
INT
10 (+0) l0
SAB
(+0)
CAR
7 (-2)
Monstruosidade Minúsculo, caótico e neutro

Classe de Armadura 12
Salvaguardas Des +5, Sab +3
Pontos deVida 5 (2d4) Vulnerabilidades a Dano gélido
Deslocamento l2 m, escalada 9 m, voo 12 m lmunidades a Dano ígneo
Sentidos visão no escuro '18 m, Percepção passiva 10
FOR DES CON !NT SAB CAR
Idiomas lnfernal, telepatia 90 m
(-4) ls (+2) l0 (+0) (somente com outras vespas infernais)
3 11 (+0) 12 (+1) l2 (+1)
NÍvel de Desafio 5 ('1,800 XP)
PerÍcias Furtividade +4, Percepção +5
lmunidades a Dano venenoso Armas Mágicas. Os ataques com arma da vespa infernal
lmunidades à Condição envenenado são mágicos.
Sentidos visão no escuro i8 m, Percepção passiva 15
ldiomas entende Comum, mas não fala AçÕEs
NÍvel de Desafio 0 (10 XP)
Ataques Múltiplos. A vespa infernal faz dois ataques: um com
o ferrão e outro com suas garras de gume.
Detectar lnvisibilidade. A até l8 metros do tressim, a invisibilidade
mágica não consegue esconder nada da visão do gato alado. Ferrão. Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar, alcance
'1,5 m,
uma criatuía. Dano:8 (ld8 + a) pontos de dano venenoso,
Olfato Aguçado. O tressim tem vantagem nos testes de mais 7 (2d6) de dano ígneo, e o alvo terá de ser bem-sucedido
Sabedoria (Percepção) que dependem do olíato. em uma salvaguarda de Constituição CD 12 para não ficar
z envenenado durante I minuto. Enquanto estiver envenenado, o
T Sentido para Venenos. O tressim sabe dizer se uma substância
alvo também ficará paralisado. O alvo poderá repetir o teste de
=
z é venenosa pelo paladar, tato ou olfato.
z salvaguarda no fim de cada um de seus turnos, encerrando o
AçÕes efeito sobre ele mesmo caso seja bem-sucedido.
ci
o
o o Garras. Arma de Combate Corpo a Corpo: +0 para acertar, Garras de Gume. Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar,
I .l,5
I z
alcance m, um alvo. Dano: I cortante. alcance 1,5 m, um alvo. Dano: ll
(2d6 + 4) perfurante.
I

APÊNDIcE D I cRIATUR.AS
24r
 -"i
L
Y_rpuo_cug _ __ I

)
O lorde demônio Yeenoghu, também conhecido como a Besta
da Carnificina e o Senhor dos Gnolls, apresenta-se como um
gnoll coberto de cicatrizes de batalha e com 4,2 metros de
altura. Tem pelos emaranhados, cobertos por uma armadura
F
feita de retalhos de escudos e couraças peitorais descartadas,
unidos por correntes e decorados com a pele arrancada de
seus inimigos mais ferozes. Seu semblante lembra o crânio .lil , ' .-,.

de um predador com os dentes à mostra.

Quando Yeenoghu caçava no Plano Material, bandos
de hienas seguiam em sua esteira. Aquelas que comeram
as presas abatidas por ele se transformaram em gnolls,
imitando os modos de seu senhor. Fora os gnolls, poucos
*b-i*'
cultuam Yeenoghu, mas quem o faz tende a ficar parecido
com uma dessas criaturas: ombros caídos e dentes
limados até formarem pontas.
Yeenoghu empunha um mangual de três cabeças
chamado o Açougueiro, que ele pode invocar à vontade
de volta à sua mão, mas é igualmente provável que ele
Ít 1;
{il Él ID

estraçalhe sua presa com as mâos nuas antes de lhe

arrancar a garganta com os dentes. §
Se matarem Yeenoghu em qualquer outro lugar que
nâo seja o Abismo, ele vai se refazer com todas as forças
recuperadas na mansarda de ossos e carne putrefata que
t /§.

ele chama de lar em sua desolada camada do Abismo

pontilhada de desfiladeiros.

YpBNocnu Resistência à Magia, Yeenoghu tem vantagem em salvaguardas

contra magias e outros efeitos mágicos.
ínfero Enorme (demônio), coótico e mau

Classe de Armadura 20 (armadura natural)

Açõrs
Pontos de Vida 333 (23d12 + 18a) Atoques Múltiplos. Yeenoghu íaz três ataques com o mangual.
Deslocamento 15 m Qualquer ataque bem-sucedido, poderá causar um dos efeitos
adicionais a seguir, à escolha dele ou determinado aleatoriamente
FOR DES coN INT SAB CAR (cada efeito pode ser usado uma vez a cada ação Ataques Múltiplos)
29 (+9) 16 (+3) 26 (+8) 16 (+3) 2a $7) l5(+2)
1. O ataque provoca 13 (2d12) pontos adicionais de dano
contu ndente.
Salvaguardas Des +10, Con +15, Sab +.l4
2. O alvo terá de ser bem"sucedido em uma salvaguarda de
PerÍcias lntimidação +9, Percepção +14
Constituição CD 17 para não ficar paralisado até o começo
Resistências a Dano gélido, ígneo, elétrico
do próximo turno de Yeenoghu.
lmunidades a Dano venenoso; contundente, perfurante
3. O alvo terá de ser bem-sucedido em uma salvaguarda de
e cortante não mágicos
Sabedoria CD 17 para não ser afetado pela magia confusdo
lmunidades à Condição amedrontado, enfeitiçado, até o começo do próximo turno de Yeenoghu.
envenenado, exaustão
Sentidos visão verdadeira 36 m, Percepção passiva 24 Mangual. Arma de Combale Corpo a Corpo: +16 para acertar,
ldiomas todos, telepatia 36 m alcance 4,5 m, um alvo. Dano: l5 (ldl2 + 9) contundente.
Nível de Desafio 24 (62,000 XP)
Mordido, Arma de Combate Corpo a Corpo: +16 para acertar,
alcance 3 m, um alvo. Dano: l4 (ldl0 + 9) perfurante.
Armas Mágicos. Os ataques com arma de Yeenoghu são mágicos
AçQes LeN oÁnrns
Conjuração lnata. O atributo de conjuração de Yeenoghu é
Yeenoghu pode executar 3 ações lendárias, escolhendo dentre
Carisma (CD 17 para evitar magia, +9 para acertar com ataques
as opções a seguir. Apenas uma opção de ação lendária pode
mágicos). Ele pode conjurar inatamente as magias a seguir, sem
ser usada por vez e somente no final do turno de outra criatura.
precisar de componentes materiais:
No começo de cada um de seus turnos, Yeenoghu recupera as
À vontade: detectar magia ações lendárias já usadas.
3ldia cada: dissipar magia, medo, invisibilidade
1 ldia: teleporte
Carga. Yeenoghu se move, percorrendo no máximo todo o seu
deslocamento.
Frenesi. Ao reduzir uma criatura a 0 pontos de vida com um Selvagem (Custa 2 Açõesl. Yeenoghu ataca com sua mordida toda
ataque corpo a corpo em seu turno, Yeenoghu poderá usar uma criatura a até 3 metros dele.
ação bônus para se mover, percorrendo no máximo metade do Sova. Yeenoghufazum ataque com o mangual. Se o ataque for
seu deslocamento, e atacar com a mordida. bem-sucedido, o alvo terá de passar em uma salvaguarda de
Força CD 24 para não ser empurrado 4,5 metros em linha reta
Resistêncio Lendário (3/Dia). Yeenoghu pode escolher ser
para longe de Yeenoghu. Se falhar por uma diferença superior
bem-sucedido em uma salvaguarda que tenha falhado. a 5, o alvo ficará caído.
\
APÊNDIAE D I CRIATURAS
2+2
{
Zanrnr
Outrora um anjo poderoso encarregada de observar os
rumos da Guerra Sangrenta, Zariel sucumbiu à influência
corruptora dos Nove Infernos e caiu em desgraça.
Asmodeus admirava a paixâo de Zariel pela guerra e
ofereceu a ela o domínio do Avernus. Ela aceitou a oferta e
foi transformada num arquidiabo por Asmodeus.
A "ascensão" d,eZariel se deu às custas de Bel, o diabo do
fosso que a precedera no cargo. Zariele Bel se odeiam. Para
manter Bel ocupado e longe da sua vista, Zariel o incumbiu
de fabricar armas, armaduras e medonhas máquinas de
matar demônios.
Para repor as baixas em suas legiões, Zariel precisa das al-
mas dos mortais para criar lêmures e depois promovêJos a for-
mas superiores de diabos. Somente seduzindo os mortais com
a promessa de poder no Plano Material e selando acordos com
eles é que a arquiduquesa consegue subjugáJos no pós-vida.
Matalotok. Recentemente, Zariel derrotou o lorde
demônio Kostchtchie e tomou o martelo dele, Matalotok,
que dá à arquidoquesa imunidade a dano gélido. Sem esse
martelo, Zarielterr, apenas resistência ao dano gélido.
AnquroueuEsA
ZanrBr, Do AvERNUs
ínfero Crande (diabo), ordeiro e mau
Classe de Armadura 21 (armadura natural)
Pontos de Vida 580 (40d.l0 + 360)
Deslocamento l5 m, voo 45 m
FOR DES coN INT SAB CAR
27 (+8) 24 (+7) 28 (+9) 26 (+8) 27 (+8) 30 (+10)
Salvaguardas lnt +16, Sab +16, Car +18
Perícias lntimidação +18, Percepção +16
Resistências a Dano ígneo, radiante; contundente, cortante e
perfurante de ataques não mágicos que não sejam de prata
lmunidades a Dano gélido, necrótico, venenoso
lmunidades à Condição amedrontado, enfeitiçado,
envenenado, exaustão
Sentidos visão no escuro 36 m, Percepção passiva 26
ldiomas todos, telepatia 36 m
Nível de Desafio 26 (90,000 XP)
Armos lncandescentes. Os ataques com arma de Zariel são
mágicos. Um ataque bem-sucedido de qualquer uma de suas
armas provoca 36 (8d8) pontos adicionais de dano ígneo
(já incluídos nos ataques com arma descritos a seguir).
Conjuraçdo lnata. O atributo de conjuração inata de Zariel é
Carisma (CD 26 para evitar magia). Ela pode conjurar inatamente
as magias a seguir, sem precisar de componentes materiais:
À vontade: alterar-se (pode ossumir tamanho Médío ao mudar de
aparência), bola defogo, detectar o bem e o mal, invisibilidade
(pessoal apenas), muralha defogo
3ldia cada: barreira de lôminas, dedo da morte, dissipar o bem eo
Regeneração. Zariel recupera 20 pontos de vida no começo
de cada um de seus turnos. Se ela sofrer dano radiante, esta
característica não vai funcionar no começo de seu próximo turno.
Zariel só morrerá se começar seu turno com 0 pontos de vida e
não se regenerar.
Resistência Lendáúa (3/Dia). Zariel pode escolher ser
bem-sucedida em uma salvaguarda que tenha falhado.
t,al I
r
, I
iI Rt
,l
À
I
i, §
I
t
í
?
Resistência à Magio. Zariel tem vantagem em salvaguardas contra
magias e outros efeitos mágicos.
Visão Diabólica. A escuridão mágica não bloqueia a visão no
escuro de Zariel.
AçÕes
Ataqu* Múltiplos,Zariel ataca duas vezes com seu mangual e uma
vez com M otalotok. Ela pode trocar M otalotok por Toq ue Terrível.
Mangual. Arma de Combate Corpo a Corpo: +16 para acertar,
alcance 3 m, um alvo. Dano:'17 (zd& + 8) perfurante, mais
36 (8d8) ígneo.
Matalolok (Mafielo de Guerua). Arma de Combote Corpo a Corpo:
+16 para acertar, alcance 3 m, um alvo. Dono: l7 (2d8 + 8)
contundente, ou 19 (2d10 + 8) contundente se usado com as duas
mãos, mais 36 (8d8) ígneo. Além disso, a arma emite uma raiada
de írio que inflige 10 (3d6) pontos de dano gélido a cada criatura
a até 9 metros dela.
ToqueTerrível (Recarga 5-6). Zariel toca uma criatura a até
3 metros dela. O alvo terá de ser bem-sucedido em uma salvaguarda
de Constituição CD 26 para não sofrer 44 (8d10) pontos de dano
necrótico e ficar envenenado durante I minuto. Enquanto estiver
envenenado, o alvo também ficará cego e surdo. O alvo poderá
repetir o teste de salvaguarda no fim de cada um de seus turnos,
encerrando o efeito sobre ele mesmo caso seja bem-sucedido.
Teleporte. Zariel se teleporta magicamente, levando consigo todo
equipamento que esteja segurando ou usando junto ao corpo, para
um espaço desocupado e à vista a até 36 metros de distância.
A ES LENDÁRIAs
Zariel pode executar 3 ações lendárias, escolhendo dentre as
opções a seguir. Apenas uma opção de ação lendária pode ser
mal
usada por vez e somente no final do turno de outra criatura.
No começo de cada um de seus turnos, Zariel recupera as ações
lendárias já usadas.
Olhar da lmolação (Custa 2 Ações). Zariel dirige seu olhar mágico
a uma criatura à vista a até 36 metros dela e ordena que a criatura
entre em combustão. O alvo precisa ser bem-sucedido em uma
salvaguarda de Sabedoria CD 26 para não sofrer
22 (4d10) pontos de dano ígneo.
Teleporte. Zariel usa a ação Teleporte.
epÊNorcn D I oRTATURÁs
2+3
 Ã.,.
-_--- ;1{'
ApÊNoICE E: CanuÁpro oo ExTASE INTBnNAL
z

frnfflnpff a

4lufiftnfrnl'
-$nlnfn ( p'Af7[npÍí -
íú AÍreÍlítun

' funpp lÍ írliltslfrftútÍ|tt' $Ín frnufiçlpn 4 nl,,l'

-frtu1trtçp1{ ytn*yEtt tqtttt frtqrti t'- 7

$trfirl $fi$,f,ÍpnIt, .a

's{fnunn pfgtan#n Ap*

ffitf,nf frptrfil'
-frnftry nl,l,nfrn qpúfú-1rrn!Í
4 lfú $çírlpfinfrn fpfr fifrçufs ç ynpffiiln
' tr

/
-*!ftfrf #t tltll-lftrlntanfrp
çfrpnun/;nl npúttlst, fí nfrç1ún 1 flpnanrnl - r
' *,*tfrtt Ítpl,illnt ÍrÍÍur$Í|ií çfr ú1u1npln, útÍli1r yt|. IfrfftÚni, fiçfrpçftnfrp n pçftfiç]ilnp fpfr

fiIfltÍú, únuryfiflnp, lh*{hp ç lnpfifrnl,'

flrllfttrt,Nnt,
'ffiuan f*ffinunft ilW,fn\W,rtr,fpínfffrfiinp*f ryÍn fÍúftfrírltiln -

-
ffi [[r fi ínnflnf,pú f,nlín fi ilnftnd,çtpflÍlflfÍil -

'ffiipr' lí frftll nrçlryl, ú frt$ú*,r, rtl bfrlín'

i
'ilntÍl f,nn -
- ,í

i I

AP.ENDICE E I CARDAPIO DO EXTASE

 #.4tfrà4
*!.

I
, Cartyto,
g,ntradat
o safat à irçorlnogo vinía nt qnr?rya ,
,*
, Clayca à nianíÃo1Êito na mantciga ú o/ío ,
-/

4 a ?orfão à *irl*?i*tfir à Íí"g? ,

?ratu ?rinciyait
{
{ o ?iranfagrc[íat co- rcÃção tTorto ,

o ?crni/'asat à /íroot o?govolí fc- tc-?aot onyinmta c1áFica a

*
, íir* à fi"orúo-otí"t c-y"""d* * -o/ío à t .ríor1rc ,
g z thmrttr cq,aaafgigat tc ?t, aiaiatara,iÊin ltor imrtão, t
amcba

*yoot à gcxÉirào om a/'cnim,

magricão, tomi{ío , /'ogri-* o

4
Í Sofrememt
f
o
-ÇooíoTfonar ruaf6nà co- ,ctcão à lít* [1Êo-forto ,
rÍl

f
, Íí.to t nafi ,o- ,offi à ,rro-c/õ oÉttio{,
I
, íáfr, à roro, floztot à nintuaQ616r.- ,

r+.
, cúl clá , t

/*{> -J.l'l t-r,*

17., .\: /: /, /7
ls -d
/ -epÊNoic's r I cenbepro
'óo
Êxr.lse tN
'.2*5'
t.
 ApÊNDrcE F: Anrn CoNcErruAL DA AvnNTURA
Meses antes de os autores começarem a escrever Baldur's
Gate: Descida ao Avernus, o diretor de arte Richard
Whitters convidou alguns ilustradores para cuidar da
arte conceitual e criar personagens, criaturas, objetos e
ambientes, tendo como base conversas com Adam Lee
(o autor principal) e outros integrantes da equipe D&D.
Entre esses artistas estavam Aleksi Briclot, Daarken, Max
Dunbar, Titus Lunter, Vince Proce e Shawn Wood. Suas
ilustrações ajudaram a inspirar os autores e estabeleceram
as bases de um guia de aventura que seria usado por nossos
parceiros licenciados. Este apêndice mostra um pouco do
trabalho excelente que eles frzeram.
t' ;
F
I

Z'tterx, o lJoeeosrrN

t& MecÂxrco Sauauat..tona

s Knulu, a JasopuGn

f,
\
).

,
v
ffi

.d

I1\ R.eva MaNrreuonH Gnlrlxa Agrssau

erÊNorcr F I ARTE coNcEITUAL

246\
DÂ AvENTURA
 t7
{

\ v
\-
\\ \ /
I
ô
?
..,\ a
É
, \ .

l>- ./
\ /
Maxaor

Espaoa Gnatoe Irtrenlesc:nrr

Eagacxuuera

APÊNDICE F I ARTE coNcEITUAL DA AIrENTUEÂ

I 247
 ór.oKgK.Íorcl-
&rtqíS
St€
Eb L64 rE ÍeD\É'
rlra,
<W c?
. 686'aQ-

-§€89(-
t. 60 É< loná, '4A?

e6 IOO FÉ€Í U Dg
Írú
s*1 .*. ÍoIt4
O§S
ril

úfm
D
6o
i(f,,lr( /1 N
í
fÉ,
15
T =Ê
A
,l 1ü,€s

rt,l d
c
\N \ \ a/' - u/
"oétà\S

.àl{5','' Êts'N6,5?m&,Jw?
"?E#; É
'^€.*otr
?effix't. lo§'
1i5ru
3n,'/|

Cnoxex'roecx

a A,DVrÂrA § §dL

Mrcxev

BanNagÉ

Moeoa Esprnrrual

(
t
?, a
il
j,
Guuax, o Orr
(PN.J Excuuíoo)
2+8
Svlvrnn E JEz€aEL

{
=-
/
CI -.---
á \

-! \D

I
I

\,r )

U, \
It
lt -T
F
§/
r,, Í,
I I- J
r

\
LULU

Maocre Maruca
.?
L (

Cxu«xa e Cror.tx
r

v
r
Cacxoras-Fqacas

2+9
 Mannexororx NAv€G^Noo Ho nro Esrree Fonraueza Voaoona oE ZÂRrÊL
Altura
137 m

Á
\

J Úl

,t
I tl
I
t
rl Perkins
/ 7
t
,l

l,/
rl

l
i

I ,l

'!

@
ttzlÍútr'/ ,
Fluasren Frsx
DeruôN ros
YeElocsu
\.,
ÀLà \
f'

250
1

kgrê
r§
llt;t,.lt
itlillll
d li l
I

';iH
rilr!il§
I

,llllllt,. lt

,illliii:i
r t.
t
rr

Baloun's Gare, Croaoe Earxa, cou G/\Ío F^NÍ^sM^ E G^Ío oE soMBRAs

251
 -
il
.I
r! L-\ l !I
I G #
-ie% tr i

#
lie
_:i-

ãrc
:* I ri: T t
\r t4.
-
ilre a
I
hrEF+ T

tÉ -r*:J;> -z' '-rEj- ;

t-
ti
i
*.,
i

>a<-Ç- t
-a à* rt-
-*** ír:'; llÉf---:
:-
,.- .igt-
üb
§>- -.
I

\\
C
B
A À

I dR- MÁeurras oE Guenna lNpenxars

^lÀ
d
L

\ #
K
-
§ /.
fi)
252
a
t.
a
i{
7 G \
.J,lROrNErR^ OA FelrCrOAOe
oe Maccre Mauuca
 m \
,il

** §
'r '
"- ê I

z T
u I
?
_a
I
\ r /ll
I
\ r
\
7
\_
,*_
1 i

íi.
.x^

,i):.1:i\'|rw
À ,.*êt(,i-r.-. :
É
!

,fuWH
ÇL".g hfi ,'

'. \:
.-
.51§

Draso uoNraoo NuM ÀLÊt{srpuc

Vrúva Aleene Beuoaoe oo llrenlo

'\- ç ,
(
Conraoon oe Bannro
t ffi
--
.a àNi t 253
 7
)
rll

l -t t
7
,l

7
tr

I
rl
-/ -/

)
/ H

Foarargta rto Avenr.tus

\
--\

,/

25+
TxÂvrus Kneec (AuNrz.u)
 (
'I

/
T
',
r h
LI
\

É U \
.i
/
t

I I
ry-)
r D
I
r
AZ

\ . :§,-
rt\ál
b
.i
-j,
{, / =r
I
,"2- \ :e*

,o )
\_ çÕ
t-.. ,/ I
.\ l {-- \
\/
,i
(
À'u (' J,tN O€R
255
., -\ llerrÁstEn (v^MprRo) /1
,,i w"
-/ \ J
 ii

ApÊNDIcr G: ArrenETo INTnnNAL

frr, TÍ Wrt fr# frt Wrt WP {r frt

Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh I i

$t $e fr* ff+r Nl $p Urr ryrt

J j Kk
'l
L I Mm Nn Oo PP Oq Rr

fl[, trli flt {u

Ss T t Uu Vv
ryrfl
Ww
&a
Xx
il
YY
Tl
Zz
t
0

I Í , I t, lí fr
t f,
1 2 3 4 5 6 7 8 9

I fi
1 I I
I I ,
,
a( ,,
?

( )

epÊNpIcr c I ALFABETo INFERNAL

256
 I
I

I I
I

Bem-vindos à Baldur's Gate, o Portão de Baldur,

uma cidade cheia de ambiçóes, corrupção e
assassinatos. Apesar de terem apenas iniciado na
I il I t
vida de aventuras, vocêsjá estão emaranhados em
uma trama sinistra que se alastra desde as sombras
rrl
de Baldur's Gate até a vanguarda da Guerra
tt
Sangrenta, nos planos inferiores!

Será que vocês serão capazes de usar as máquinas

rl
de guerra infernais e os contratos diabólicos contra
as hordas nefastas da própria arquiduquesa Zariel?
Será que vocês encontrarão o caminho de volta
para casa após serem lançados contra as infinitas
mazelas dos Nove lnfernos?

Uma aventura de DuNceoNS & DRAcoNS

para personagens do 1' ao 13" nÍvel
t
L
Este volume deve ser utilizado em conjunto
com a quinta ediçáo do:
Player's Handbook: Livro do Jogador,
I
Monster Manual: Livro dos Monstros e
Dungeon Master's Cuide: Livro do Mestre. I
JL
; -/
a,/ a \'\
a
tl t) \
I\ , I \l

-- , I t I
ISBN: 978-85-68059-35-7

&
DuxcsoxsaroDnacoxs.cou ll[ il iltl llillill
Códi8o do Produto: DND007
illlllllll a
a

Impresso no Brdil. 73622-P

cLASSIFICAçÂO lttOrcenVe: 14 ANOS

- r GaleForce''
rgnlne +--- I Violência

SED PR