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"' Identidade, casamento e família em «W/Pe cz/t 1;-L-tW;@<;`»-¢¿-Qf& " 7`””Q'd*“”`“ WQ*
fi 'ii circunstâncias pós-modernas. Rio de ¬/%Í_ "Í¿o.c<1@._ *W534 . H '
Janeiro: Rocco, 1994.

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1. A PERSPECTIVA TEÓRICA
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lndividuo, familia e casamento na sociedade moderna


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t li Vários autores têm refletido sobre 0 individuo como uma ca-


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i tegoria histórica desenvolvida nos paises ocidentais juntamente
« -. _ f›\.-4 , com a organizaçäo social e econòmica moderna, capitalista e
¡_ -. .. mais tarde industrial, e o significado do individualismo como -A ,_~¬._4~._,-.

um conjunto de valores cujo eišgé fornggado pelos principios



I
de liberdade e igualdade'
_' DiÍn'Í›nt (l977)Íím uma anzilise já clássica, argumenta que,
l
1
com o desenvolvimen o dos valores individuallstas no mundo
v ocidental, a lt/ierarguizbdeixou de ser pensada como algo natu-
ral entre as pessoas, passando a ser'p `o princi-
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r pio dfque existe uma igualdade natural entre elas. No pensa- l

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1
mento liberal clússico, Locke loí precursor desta/n_Qva.ctšncep_
1 cão de igualdade, pois l`oi a partir dele que a Qerarquizvdeixou
1
de ser pensada como pertencente t`1 ordem naturaløe começou
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.1
:1 ser vista como algo dcco_r¿e¿i_t_e do mur_i_d_o social. Através da
concepção de propriedade, Locke negaria ontol'oši_c*amente a hie- ›

rarquia, embora empiricamente ela esteja presente em sua teo-


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ïí- 3 ria. No estado da natureza. as pessoas seriam livres, iguais e ra- i

cionais, apropriando-se do mundo através do trabalho: “Deus 1

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. .› ~+›- 1 Lukas (1983) isolou quatro ideias-unidude que o conceito de individualismo pas-
t sou ci englobnr: dignidade humana. autonomia, privdcidade e autodesenvolvimento.
Enquamo a primeira correspondería ix noçåo de igualdade. as trës ultimas correspon-
\ deriam ct de Iiberdade.
1
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'llïffâ -1-¿`§¢:"2'
'ï¬TÃ.?-'f_ìì',-^f›__.'“Ír';-'f`Á'›i",,§v.f;
› zs Ftexiveis E Ptuimis A PERSPECTIVA TEÓRIC.-\ 29
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*-`~xv-Mi-'-` * ' *.1- r

deu o mundo em comum aos homens: mas como o fez para l a hierarquia se justifica não apenas através da categoria de clas-
b`ë`ïi"`ë_fmicio`dÉ-Él`es e mz`1`iör"E"5ñVëíi'êïicia da vidãÍç'1ïí€TÉm ¿- se, mas também de género. Eisenstein (1981), concordando com * f
.,¿..:-,'ia /.,“»iftf*7š'f†¿4¡,;
1 -te , pazes de retirar dele, não é possivel supor tivësse em mente que a critica de MacPherson, argumenta que uma vez que a_l_ib_er-
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-.*3'~`-l›.'Sr-3\=¿-*-*'~'=ì1=:~š; -_
'=.`±~'.fì; .*;*".`.ëÍ-`L
¬; '-'~=\=.í'~,t=_é¬.;-ì-"- ' devesse”ñEzìTseñipre comum e inculto. Deu-o para uso do dili- dade e a racionalidade dosçiridividuos são definidas em nin-
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gente e racional (...)” (Locke, I978, p. 47). Em Locke e no pen- çzìo da propriedãdïï resultado do esforcoxdos diligentes -
*`~.ï`f-fzàreffi-iå-ä;ç=` Í ;-t:.-;.-
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samento liberal que se desenvolve por volta do seculo XVIII no P ' eral clássic -Ov sur 35 classes econòmi- 1
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e const it uira
` ' um d os fundamentos ideolóvicos , da construcão, cas: s_}ind_t¿s_t¿iosos)rac_i9nais proprietári por um lado,
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das sociedades modernas, os liomens são obra de Deus e entre e. por outro /' H =- ta con icão, isto é, além dos ï_›
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> nao
cles ` ha' desigualdades
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ineren t es, na t urai_s
'i ' : re sultam_ d6Íiš'5` ao - propriear
` ' ' 7 A › ff ¦" a.it ( 1990 ) também mostra a,__
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queTizeram de seu ešforco para apropriar-se das forças da na- e ~ soos o uminismo, como Kant, nã asma- . .
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iureza. Ou seja._ta.i-no/a'ï›ropri _ ` to a dši ualïìade lhere na populaeäo capaz de conseguir libertar-se das formas " 1
¬ - ìïL¿Íïå'Íl ^ ¡ tricionais de autoridade. Erani"Íiefinidas como incapazesï "
Qaparecem como trrtit `
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iscutindo como as representaçöes tradicionais sobre a i emañcipar-se e a elas não s am os coriceitos de auto- i
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nattireza das relaçöes sociais romperam-se com o advento do 1 noiñia e razãof ' L _',
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3
peiisatiiento moderno, Dumont argumenta que o fato de `”E'r'›Í)_r_<qÍe as mulheres t`oram excluidas das nocòes que.
considerar-se a propriedade como fruto do trabalho implica artictiladamenie. vieram configtirar a concepcão de individuo t

dar as eoisas exteriores um significado a partir daquilo gue. enquanto categoria liistorica? .-\s causas são inúmeras e variam
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realmente e de forma mais evidente. pertence ao individuo - de acordo com diferentes contextos histórico-eulturais. .\/las par-
¬
seu eorpo e seu esforco. Deixa-se de pensar a propriedade e. te delas. pelo menos. deve ser buscada no proprio desenvolvi- =
de um modo geral, as relaçöes sociais." `t:o“rn'o determinadas p`or* ».› _. ,_ " = mentodas sociedades modernas. iiiseparavel do dcsenvolvimen-
-
¡fa.,-_;sì~¿.jl¢-
1
uma ordem holística. hierárquica.- tipica das sociedades tradi- to do capitalismo industrial: ao ptisstir pelas relacòes de pro-
cionais, onde as posicòes sociais são atribuidas por força de priedade. a genesc da ctite-_¿oriti iiidiv idtio passou também pe-
uma natureza desigual entre as pcssoas: em vez disso. passa-se * la |`orni;i como estas relacòes <e orgtinizaram socialmente. Es-
a pensa-las como derivadas de uma qualidade intrínseca as pes- í ta orgtiiiizticíin ieve pelo menos tltitis ctirticteristicas fundamen- `
i
1

soas como individuos. Assim, negam-se ontologicamente os - tziis para ti-eoiistrticíio social do -__'enero iiioderna. Primeiro, a
valores hierárquicos que caracterizam as sociedades tradicio- Ir dit`ereiiei:iet`io insiiiiieioiittl entre distintas atividades fa-
tiais. substituindo-os pelos valores igualitários que vieram ca- ¿endo com que a familia pcrdessc seu caráter de unidade pro-
e-,';^.L,=-«.†=,¢<.»--.¿_¬,. -_.

racterizar as sociedades burgiiesas modernas. dtitiva voliadti para oïierctido. Seï_;ïii'iiWcloÍ"a hierarquizacíio en-
A hierarquia de classe l`oi apontada por varios autores co- treÍ1Íatividades a partir de entä_t_)_elassil1i¶a.š"tÉ"t5'rtïo prošlïitvi-
mo incongruente ii idéia de igualdade surgida com o pensa- vas e improdutivas.<§'tfiividades produtiv'tiQ- o traballio re- «
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mento liberal. Nesse sentido. c 0 proprio Dumont quem ob- iiitïïíiíì Ã ioriìiìaraiiÍÉ iniofisciilino. Éas* impro- i›
serva que. embora n jodos sejam repre- dutivas - o traballi , domestico - um dominio feminino.
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sentados comoìaturalmente iguais, a iizualdade, cmpiricamen- .


O deseiivolvimento
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da socicdtidc
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capitalista. .mais
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tarde
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te, limita-se aqueles que conseguiram ap as coisas ciedade industrial moderna. levou a urna redefinicao nao so
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Élïi nattTFô`Äi'§ ou seja¿ os prgãrietarios. Por outro lado, .\lcPher- das relacoes entre as classes. mas ttinibem das relaçoes de ge-
siïn (1979) tambeímostrolu que, ao considerar a propricdade nero.
.
.-\ familia privati¿ou-se e trtinsformou-se
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cm l`amilia
.
con-
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como fruto do trabalho. Locke ignora a relacíio antagónica que '
itictil moderna.
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perdeiidt›
. .
rodutivas - segundo
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os dois elementos mantëm entre si. V a conccpcao econornica que passoti a representar como pro-
»-s.e-¬.,.-¬¬M."›.-L-.a›.>,=. .-' Estas criticas, contudo, ignoram uma parte da historia que , dutivas apenas as rclacöes exercidas na esfera do trabalho re-
o olhar feminista tem visto: na gênese da ideologia moderna. munerado. Construia-se ___tim mundo_,_.__../_
leminino. privad da casa, _
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A PERsi>eCrivA rEoRicA si
L io rtexivisis E Ptuimis
' - viduais por meio da legislação referente às atribuiçòes de ca-
-Í., _, ,, que passou a se colocar como oposto a um mundo . blico, .
da género no casamento e na familia, definindo-se com isto 1
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da rua, que se tornou, no imaginario social e na ideologia ofi-_
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.;.=,' ,- ¿J *-'”_ - -'Ñ-'-'”'_` /----†"“' os direitos civis e politicost desigualmente para homens e mu-
i~_ _j',/' f cial,in_'i,rg¿1rido_mas_culino. este processo - que aqui e des-
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31
Q/ \____V crito como um tipo ideal - grande parte das familias, pelo
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lhggs (Davidoff,Í983; Marshall, ÍÉ67; DonzelotÍT§77; Sayers,
1982; Costa, 1983; Pena, l981a). _
' C09-0/,, menos as que neste tempo tornavam-se urbanas, perdeu sua Desenvolvia-se, assim, a forma moderna de reclusão fe-
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_”Ji_',/0* _ {Á¿_¿~›/0- furi_§a_o de gi3}_çl_u1_ir bens para o proprio consumo e ou pg@ minina a um dominio que se íornava *doméstico e privado,
-.

I _L, a tro_ca. Ernbo_ra,_c_omo muitos trabalhos recentes tem mostra- reelaborando-se as antigas - e também hierárquicas - fron-
_ do, isto nao_signifique que a familiatenha perdido_su_as tun- teiras do feminino e masculino em termos de socialização
ìå _ 0 coes produtivas, as atividades que vieram a ser “oficialmen- e comportamentos. Nos lugares e entre os grupos sociais on-
' 0/Á '” te” consideradas como económicas foram aquelas efetuadas
de a fa_m_il_i_a conggal moderna institucionalizou-se, isto 'se
t yytçy-*i:i›gCV em unidades organizadas com este fim especifico, assentando se deu junto à construgio de toda uma cultura familiar qge
it sobre o trabalho remunerado.: O trabalho. ou melhor, as ati- enfatizava a pri_\/gggdade, 0 amor materno e a criança. fazen-
' 0) g vidades que a partir de então passaram ti ser definidas como
do da mulher a ação « uilo que a
'da '-.¬.f'-._ 0,' Í trabalho foram fundamentalmente aquelas exercidas na est`e- vida privada e familiar passou a significar no plano do imagi-
AÄtͬ'A ra regida pelo principio universalista do mercado, segundo o
nario social. Foiyesta cultura que"no mundo ociderital veio
/ -«F` 'Í "`/` qual qual utr m'dïviÍl`uo
- podia concorrer livremšmš
-----f _ ali
- para
. legitimar, durante mais de três séculos, a segregação das mu-
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/df (_ tsQ ./0, ra da qiial_. as __ mulheres foram .oficialmente
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excluidas.
vender
atraves
.¬-- sua lorca de trabalho,
.,---. seus rodutos ou---._ Este-.
serviços. lheres da nova sociabilidade pública, lugar privilegiado das
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J . . . , . ~ . ativTd`zTd'e'§_politicas, educacionais, artisticas, e-
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da ideologia
-
que leuitimou
-
a dicotomia
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entre publico e priva- sariïišfcientificas e`administratiÍ(ãs. A familia centrada nos
/Wflü / ' N- do segundo
_ o sexo. Elas_passaram__a ser definidas
_ socialmente
t`i-lhos; naconcepcão de amor moderno e materno. ria mulher
L/b¿,_,`} 0/;¿)7 segundo os re`quisitos'de um mundo ”publico"ao'qu'al nao ti- rainha do lar e no pai nrovedor financeiro. dominaria, então,
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` 4.-
V nliam ticesso. porque seu lugar era numa esfera privada det`i- senão as pr' -ieas~.1T€fo_"n'renes.a concepcão burguesa de famí-
CW W, \1' _ nida pelos principios particularistafe hierarquicos das relaçòes lìaap t`r i do seculo
'* *<\
. lll Euro p a (Aries, 1981; Shorter,
¿$92 atribuidas com certos homens, como filhas e esposas. e nao 1975. Ussel. l . Badinter l9bO) nos Estados Unidos (De-
/try "C-t numa esfera pública definida pelos principios universalistas e gler. l98l; Lasch. 1979; Coontz, 1988) e no Brasil a partir I
4›L~¢ ¡...4-»¡\.me
`;›¢ //igualitarios do mercado e, mais tarde. da cidadania. do final do seculo .\'lX (Freyre. 1961; Costa, 1983; .\/lello e 'É
ww. 92/ L” 3/ _Como se vé, o individuo que nasceu junto coma familia 'E

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Souza, l95l; Willems, 1953).
fi,¿<'1_ /ã0^>J coniugal moderna nunca loi universal. E logo. em diferentes A partir da concepção mode.rn-a»-de-o,uea\igualdade entre
/ (20% partes do mundo moderno, o discurso medico do século .\'l.\' os individuos l`u- ig gniversaljqxie estes pos-
_, _ _ ` 1;»/i La/veio contribuir com um fundamento "cientifico" ii razão do wì._.I,s.-_,¬.=-'

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Estadopatriarcal, definindo as naturezas feminina e masculi-
1
l suem sendo donos de seu eorpo e, conseqüentemente, de seu ãt

_! /¿_ fløï >\ Ñ,J _9 na não somente como diferentes. mas sobretudo conio desi- trabalho. vê-se por que a definicíio de individuo não incluía
as mulheres. pois efetivamente ela¿'__=n__§_9__c_letinham o controle
sí/ _ to/ 2/ fvy/W490 vuais, a partir de seus papéis nos mundos publico e privado.
9 -
nem,de/ eorpo nem de seu trabalho: de seu eorpo, porque
(3 VÁ PETB mesmo golpe. em diferentes partes do mundo burgues e
P sóñniuito recentemënte elas passãram a ter plenas condicöes
Q, _ ocidental, apertava-se o cerco sobre os comportamentos indi- tecnicas de controlar a propria fecundidade, superando então
/ '~ ï O _ um limite imposto pela naturezìí (cmbora a possibilidade de
/¿IQ A _/A 7' ' autoprotectìo contra a violència fisica e sexual, que e uma ou-
1 3 Para urna critica as teorias que tratarii rclacñes iia l`;iinili;i conto não ecoii<`›ii:¡c:i¬ tra dimensao do dominio sobre o proprio eorpo, esteja longe
*X 0,;/.'¿_ 5'/ e uma diseiissiio do eonecito de economia oficial _ ver l-raser_ l9l=-9. p.ir.i uma critica de ter sido resolvida pelo desenvolvimento tecnológico), e de seu
K / _, 0 ao paradigma do mercado e a scparacáo-entre publico e privado. ier .\lingione. ¡WL i
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1_-s*v»-was--1-$;,«,r;;;«;;=--'€:%= __ ¿1;¿,U'”"¿0L9,¡~f<V{rabalho, porque este oficialmente se tornou um trabalho no A.:
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res, como uma instituição estruturada numa relacão de amor
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~ ', interior da familia, invisivel, sem valor def`nido como impro- e de contrato entre dois individuos que decidem livremente pela
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~ 1 sua existência, ele também pode ser definido, enquanto práti-
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A noçao moderna de igualdade que se definiu juntamen- ca,_como uma instituição estruturada numa divisão sexual do
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-'-_'-ji." §=;.'›,¿-_;-,:,.-~›_†-' .;;^¬_:;¬ t
-se§ 9,0 te com esta construcao de "- - .
genero impediu _
que os direitos de tr-_a_a›lho, tendo como objetivo a criação e procriação dos fi-
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_~_-_¬,~_¿_._`,¿.~,
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cidadania inicialmente se aplicassem igualmente a homens e lhos: divisão fundada numa hierarquia entre os sexos, uma vez -_. .-_v.¢-ums øatr
1 mulheres nos paises em que foram adotados_ Marshall, em sua que aloca as mulheres a posicòes subordinadas na hierarquia v
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- ti- ›=-,_ _- clzissica analise do processo de formação da cidadania através que se instituiu entre o conjunto das práticas sociais. Ou seja, ›

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', 'rá ¿aw-fr*_ __i; ¬-.f dos direitos civis. politicos e sociais, nos paises ocidentais eti-
ropeus a partir do seculo XVIII. interpretou-os como um sta-
alocando-as em funçöes privadas na esfera da familia, que se
coloca em coritraposição, e de forma subordinada, às práticas
1

t.`Q-1 , -A`ifvv-1?_Y'sr . .at e


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tus de liberdade. concedendo a cada liomem 0 direito de par- públicas que se constituiram com a sua exclusão, quando não
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_ - 1-,.=
L1I_T,LD.Q¿i¢r (...) O status diferencial associado com - lho que impedía o exercicio da liberdade e igualdade de forma
's -».'
crio e familia foi substituido pelo status uniforme da eidada- equivalente pelos dois sexos. Esta afirmacão tem certas impli-
›'-_' Fl|'§fi_.- .-._t.\
›Ä tua. que ofereceu o fundamento da igualdade. sobre a qual ti cacöes teóricas: o individualismo, embora surgindo como um
_. cstrutura da desigualdade foi editicada." (.\larshall_ N67. p. 79) conjunto de valores universalistas, conformou-se concretamente
:-:1 F -»u iL -›=¬.›~;-.t›«-uf.
_ _i-, _ '; Q ._ Os novos direitos de cidadatiiti restritigiram-_~'e aos liomeiis. como um individualismo patriarcal, legitimando as relacöes
›'.'§_ ¬.
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'åffflf "pois o_~:tatus__da_s;nittllieres castidtis era Qegtjli`_;ir" (.\larslic_ll. hierarquicas entre homens e mulheres, nas esferas pública e
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.
1 N67. p. 68). lsto e. elas crftni legalineiite sttbordinadas aos ina- privada.
4 1 v
'.t-'.< 1 ridos. Desta forma. os dilcretifgt-li_ic-ii-os e o dircit dt) Dentro destes limites, a individualidade t`eminina e a mas-
`°:ïé- i
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, que toriia o publico algo "objctivado" (O`Donnei. 1981). culina só podem se expressar legítimamente como manifesta-
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11110 ¢NDf@SS21m apenas, como ievantaram os críticos da igual- eöes da dicotomía público/privado - dilema queja se instau-
_1- .f›.=_ :=1,§i'.'-»__: = ye i ra com a relacão que institui a familia conjugal moderna, o
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dade burguesa, uma relaciio de dominaciio entre classes. entre
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tiittiilias que dispóeni de diferentes recursos. Expressam tam- casamento moderno, resultado de uma escolha pessoal. mas
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l¬em as relacòes de domina *ao dentro dar ` ' ` < › - igualmente constrangida pelos papéis que definem os contor-
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< ' '_ _ LF. .jtìes de dominaczìo atraves de titii discttrso tiniversalista. E por século .`{\/'lll era equacionada a liberdade, ãi ausencia de qual-
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t isso oculta o fato do status das mulheres ser determinado por quer tipo de restricão sobre as potencialidades da natureza hu-
_ Á
Umfl 1'@121¢2`to atribuida. de género, com os homens. o que cons- mana. Uma vez libertos das eoerçöes sócio-historicas, os ho-
it; trange a sua condicíio de individuos. A participactìo cresccnte mens mostrar-se-iam essencialmente iguais, como um homem
-¿it?-;±^_;;;et¢-' -_¿t;-'-›ittiffiittraìw
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._:; '- -=, ~ Ls'--:_~=r.,-_:†, :1 tias mulheres nas atividades publicas fiÍ>nqui iitos em geral. Claro, na ideologia moderna do século XVlll euro-
_--ff t.:“s¬.-M-_=*t'-»Y'=' 1',~:-Ste;-¬=--' ftã
-:-¿ëi,_- ¿___ formats de cidatiaiiifiião apenas-Ílesal`i7arani a hierarqtiia se- peu. a humanidade e nonieada como um substantivo masculi-
f=;-1 Eštsãssitïggrrš- ,-7.1--;1;_±\,: r '= no. Embora Simmel nao aponte essa evidência de uma cultura
nt, =~;---\~› tš-is -.¬ =:.;~-1-:
et -1 \11§,LIl1QL-Íiìinâ. niasatingiram em cheio o_c¿olracã'o7da`t`amilia.
,.v,i 1'.- « -:i- =--~t_-U--. ,-_.;_ 5,--Li ,, V Familia moderna e individualisi * É* 'L rr-al PO@ patriarcal. indica outras implicaçöes desta concepcão de ho-
If-_-'f¢Íšf:f~§v -fl-we tie”-šf_'P“ '
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_-L* _ -_-mbora este tipofde tamiiiaipòssa ser efinišopor seus vaio- mem em geral: zi liberdade, ao ser usada para o desdobramento
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»~--_'-2: -_ - da diversidade dos poderes individuais, implicaría diferencia-
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. y,_,__,,,,__¡¿_._¡_. --1; cão e dominacão_ Ora, no casamento e na família modernos, cionalizando-se através do casamento e da fan_1il_ia conjugal mo-
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,H - transformou a diferença em dominação. errddtectada por Simmel Ambigüidade que é reprimida 011
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-<~*.~=-=_= No século XIX, em pleno deseiivolvimento da sociedade voyntida sob um certo controle pela divisão sexual do traba-
_,_.~,›i¢_,\= >,«¬ :if
_ ,_ äã ¢ pejo ¡ndividuaijsmo patriarcal. Uma vez que no tasarnento
--.aiii industrial, a individualidade assumiria um significado de sín-
-a M, ~ asì*-_
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«.^.'.›.,7,›Z'-iz gularidade, conferido pelo romantismo e pela nova divisão do na familia conjugal moderna a individualidade feminina
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,3;.,_,_ ' trabalho: “Cada pessoa assume e deveria assumir uma posi- šubordina-se à masculina, esta contradição tem menos espaço
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¡t ¡ fr ff ,_;,¿,._.,_.?_4_ët,_â›i
ti* ção que ela e ninguém mais pode preencher. Uma posição que para se manifestar. A desigualdade entre homeme mulher faz
e.s›\,_ra:t;f~
at 5* "_t›'-rm' deve ser procurada até ser encontrada.” (Simmel, 1971, p. 272) com que a livre escolha no casamento e na familia constttua
,~,,_*rtareë
g «_ sy* 1. Esta imagem afasta-se da noçäo anterior do “humano em ge- ' ' ' do que Uma Dfa'ttca_
antes um_ principio
4' _ ¿«t_.,,f›r,:¢;- -«_›
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4- ›r*.›,¡ Y-,. _ _
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1:¡-¿lg- ral', que pressupöe a existêneia, em cada pessoa, de uma na- A livre escolha, porem. C 0 POUÍP mc? d° Casmen
i tf* ~“;
*Í f - tureza humana uniforme, que só precisa de liberdade para enter- demo (e, conseqüerttemente, da familia conjugal modema). que
'› *, ¿fl-tv
, _,_¡.,,_;¬›.-:__ la_ gir. Simmel mostra como os dois significados da individuali- por isso mesmo sempre este-ve_sujeito a dissolucao, apt0†8_d_H
' ',› L1?
,f:`--››;,';=.!- ;;:›\ -›
dade se contradizem: “Enquanto no primeiro a ênfase de va- ou não pela
_
lei secular ou religiosa.
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Quanto maior naftñošségìlgé
=-^r,.›.p_ =
,t lor é no que os homens têm em comum, no segundo e naquilo dade efetiva de escolher, fI1¿110l' 0 CSDHCO Para 0 CP _ _
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ít
que os separa." (Simmel, 1971, p. 272) o individual e o coletivo se expressar_ QuanC10 8 dW1S_¡10 Sexual
1 O desenvolvimento da individualidade vincula-se ao da -›u.¢n›m<.-mnøtnao-v:<
do trabalho e o individualismo patriarcal são redefintdos e ho-
I `o›Iu›»l3L

sociedade moderna, com a eliminação de barreiras de status. mens e mulheres passam a se ver como igU2US, CH21m'5¢ C°“Éí1'
religiosas, o declinio d_a_aut_oridad_e paterna __e a iiberdadede C òes so L.'iais particularmente favoráveis Para qU¢ f-'SW Conmo
_
1 . . ' ' se ara oes. .
mobilidade, 'seja social ou geog:r'iífica."Amplioti-se o circulo de se manifeste, levando a um maior numero de p ¢ __
1-5-";=. a-. pessoas que se tornaram passiveis de escolha como parceiros Nluita coisa mudou desde Simmel. Que» U0 f-'“mm°' la
no casamento, ampliando também a liberdade de escolha. Ago- "lava no inicio do século XX o conilito estrutural da re-
ra o casamento será justificado pela nocio romántica de indi- ac
ilmzlìrtiçde *_
casamento l`undada na livre escolha . dois indivi-
entre
vidualidade e de amor modernos: “Por tudo isso, a selecão duos' conilito que explodiria algumas decadas mais tarde, quan-
tu
"l
¬, individual é muito mais rígida, um fato e um direito que en- do as nocöes de individualidade e de individuo sofreriam no-
volvem uma inelinacão totalmente pessoal. A conviccão de que - d`f`ca öes.
-s»_. - de toda a liumanidade, duas e somente duas pessoas são 'fei- ms n(1)O *itslamçento fundado na concepcão IHOÓCFHG de amor
tas' uma para a outra atingiu agora um estagio de desenvolvi- s'lfl guia;. eterno e dirigido
-= a um individuo
_ _ único e insubstitui-
-
mento de que a burguesía do século .\Vlll ainda não ouvira Wgiyque povoa o imaginario social romantico e burgues do pe-
_ Ífgfš ' * - - - ' _ \( s
t fl falarf' (Simmel, 1971, p. 269) riodo de ouro da modernidade. Pflfefie Éef f1C«1d0 P_2_1_f¡1d"ï-Sas* ¿_
-3 _ " Ai residiria uma das grandes contradicöes do casamento _- _ nS¡¿~m¢¡¿(5 higrórieas atuais, a noçao de eterni a e _
moderno, fundado no amor e na livre escolha. Pois, embora ilrïu dos sentimertos foi abalada e isto manifesta-se no la-
0 objetivo do amor moderno seja a reciprocidade e a comple- tmftciesqeue
o e láioride o individuo encontrava maior estabilidade
ft;
ii. . . mentaridade entre dois individuos, a individualidade de cada _
e seguranca, casamentos ' ' ' passara m a desfazer-se e
e familias
um ergue barreiras entre os dois, fazendo do outro algo de ina- ` -_ ontinuamente. _
tingivel que é determinado pela individualidade. Ou seja. a con- rcmzgtsçtiï moderno de familia e casamento entrou em crise
tradição mesma do amor e do casamento modernos advém do fãiam abalados seus fundamentos: a divisão sexual do
próprio desenvolvimento e da singularidade da individualidade. iminqiilìo
ra a e a dicotomía entre DÚUUCO C DYÍ*/ado
. atribuida
- - Se'
. - - f do
O amor moderno, partindo da individualidade e instittt- ' gundo o genero. Em varios luâï1f€5 do “åunqo lnfjusmdšïìziìiaf
“ - - - ~ '~ a *ao ue -
como parte da propria dinamita da mo erniz t, fl

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.-El-.4±'^ -_-›~.“.=«g.-à1>_?›Í*”f-›,\,
¬ _ _ ip , tm"- ndo publico a
.«¡~.`.=nf` †-tf»--ri tando sua partici ` - ' S mulheres foram ¿Um de pós-modernos. Embora heterogêneos entre si, têm em co-
_*-\›1›¬›¿,¡H›.«†-Lt vr: --,-1-..~ . _r15§,0na,s_
, _ pomcas, P219210 no ens - nas atmdades
sindicaís lålrïíšgpfif10r, . . en'
pro-
Ãix.- 1 ha-14, \ mum o fato de que, por diferentes vias, vêm revelando os im-
Í¡'7f='~Í'~`iY.'šif,{-t/I. , ' ummas décadas redefimnddas F ¡cas e culturais a partir das
passes a que chegaram as sociedades modernas, onde os prin- _1
"a%s';t;;.› -fr ._ =- - ~:- tu ,-,-= pmado ambuídas Segundo O ênronteiras entre 0 público e 0 cipios universais da modernidade não conseguiram ser reali- `l
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1- zados. O cerne da critica está em que a Razão, que deveria ser
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ae;f ef mçmo E aos mhosl Desafiaram à åìscuas aS_D|r21&Oes das categorias e grupos sociais dominantes no mundo ociden-
- wi-=~-~~ï.› 126' .-».,-¬.¡;\~.|-xgw.-
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-/ff †..r¢-:t¦:.--_* 1 pmado, Conquistamm direitos CO otom_1a entre publico e tal. Vejamos, segundo alguns autores, em que consiste e até
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.›-¢Y{í¡¡.';,âf,'«.-;f›f'3>.1-'Í H-4 como ¡nd¡W.duOS_ O indíviduar mo cxdadas, constituiram-se que ponto o olhar pós-moderno pode nos ajudar a entender
t - ›__.«',§'¡'¡!" ì;.“'~i* I
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1 '› igualdade entre homens e mullismo palmamal foi abalado e a as transformaçöes recentes nas relaçöes de género, de casamento
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:ã§"'-'-,*"†,'f,.›-f;»'f-:;2f.›:it-P _ . C om rsto.
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ve., ¡*¦(;:-ɧ,_=:;---'-.'.:ì;¡.t:9¢"¡›
. ›;›.'-“ c o coleuvo no casamento e na t`amili.i±-mo emreo Individual Na lilosolia, Lyotard (1979) vê o pós~moderno como uma
- ` ¬t."3ï¿5›Tå¡*.:"f."¡¿¡«'ï†.--' 3
-~ ar--*.,¬<w.j¡.›.-:fvw-U-f-;4 :` condicìo dos discursos nas sociedades mais desenvolvidas. Uma
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1-"|.w',;.;Íìr.”*,'”«'_
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1"'~"«` "-!'w›"«'/' -
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l condiczìo no estado da cultura apos transformaçöes que vêm 1
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ea; ás* › »se afetando as regras do jogo da ciência, da literatura e das ar-
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ames C0“¡°mD0rHneas tes. desde o final do século XlX. Na condicão pós-moderna.


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-c¿.' 1 ¿.`l¡L1r_“`-S como vozes de diferentes liateìbliasam qllmntcs lu- ciedade igualitaria via tomada do poder pela classe operária.
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.if rural e política a algumas das coiioflno UT'-a “mm ï"0°l3l~ “UL insercm-se em metanarrativas abrangentes que as legitimam e
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_ 'ã"'k nantes no mundo moderno xšurasoes de poder domi- garantem que elas se constituam como as práticas corretas. O
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13 fl Para ele, na sociedade contemporánea a vida cotidiana é ¬
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lragmentada. descontinua e heterogénea e por isso conclui que gi

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_ L- tra da necessidadc-_ O lmbflh . ` __ o pertence a esfera ptlblicu qualquer crítica só pode ser pragmática. local e contextual. Por *N

\ 'Ír-É É
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Cm" "Ll“'l0 LUN uorrentcs marvisla l'h U L^\l'rL¡d0 ¡Um de cuvu nio rcri-1 n¬d:t u l isso também. nega qualquer possibilidade de pensar o social fi,
da ~1c:io¿-eri'.m\aeorr'1halhonf
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\l\|c:i<›t1-,\,¿_,l ¡_. * - n1asum.|1›
.mcuma.1t.1o. . . '- -"dlt›-_ en _ l
através de uma idéia de historia universal da humanidade, tf;
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,_ '1- P ¡ 0' recusa-se a estabeleccr qualquer sentido de totalidade, de uni- 52'
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« 1 I __ P LJ qm, por \1_ ¡ot-C U hhcrdudc _ V c .m\n_ ,_¡n¡¡¬¿,¡,L.0 mm”
l U `lllu0_ ¿mg L- U c\ .¡ _ d_ _ ~ llul H) [¬<>d¡_- ek-¡ con U, ,_ld_ versalismo. Lil
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-«W . Também a visito de Foucault (1990) sobre o poder já se
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pussaui ^-1 rcr condí uocsde-en1;m»¡
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_ _ en1,;mudude\
_ . _ _ d <›tne~t1c.r\oU.,u¡¡._¡.
- Á ' qm« n Pa
pam da csíerct da cultura e da *ID-1'eac›e st eottstitutrcurtm ¬uJt-um qU¡,m¡ , _ ". `.0 tornou clássica, como uma ruptura em relação a uma concep- Í'3
C¿“L,_`,(m¿h `0L_m_` po ima. O mc-«mo se pode di/C; m rm R10» tu. .|c1. \ l,-_ §
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l ` ' " ' * V doulriis cão totalizante dos processos sociais: o poder não está no Es-
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A PERsPECTivA TEOR 39
. ._f.~^¬, _~f- -*.†- através de seus múltiplos mecanismos, na vida cotidiana en-
.. - -*_.- :É
quanto micropoderes, com técnicas, táticas e trajetórias pró- _ _ . - Os" (I-Iartsoc k , p'
¿¿ -..-.-f;-¿E--_
¢= ¬ .~ i:§_~_,.« ~
*-:'- ¡1 muiçäo dos silenciados como suiäïovimcntos politicos, cul-
- `~'.z›'†ï..=;*`.ì` '__'
Í f. ;` prias.
..._ - .»,-. - ;11,.,.›=, .f.-`lf<f;r-- i - ' ›› 204) que se desenvolveram ctom_oO a diferentes tipos de dm-
'* 6 ñlosoficos
- - de con tes_ a<;21 oderna.
; fl›.:›fi¬e'“z“;;*l."!t'i*:-*_-.
,_--__ -_¿~.--.~.r».¬-- ¬_ =.›“.;.§;§_«*'
..- _
*'§.-*f?:e+¿-.-tme.”a›“"=- A desconstrução dos pressupostos e propostas de univer- turaxs
a _-.-«† _=.- __ es-_-_ +3 › _-_
=*- ev- -_ im,*wfw «1
salizacão que mzucam a cultura, a arte e o saber modernos
-É%.§t¡" ' ee'
-¬-'f“°.¬,__; -¿esq .usa ' a
tornou-se uma noção pós-moderna a partir da leitura que Der- SUB*ld a des Pffifieflfes
- ' “ad Sociedade@
eaprOX1m0 da Cnnc ' ' a p ós-moderna,
,-
' ni. _-_;-, -¬._§. .11 I. ;
- f.
; rida fez de Heidegger, embora Harvey (l989, p. 49) afirma que - Tendo Vistomemeafasta
veiamos Oque
on ednl
e a com o instrumento de analise dos
formação Soc¡a¡_ . _ _ d.S_
_ “~<-±=›'Latc“É:«¬.-'-~'.ì-'=-'›* -
,-_.. ___.-» i,,..._.._ ._ ,.__,.¡¿ esta interpretaçao tenha sido feita menos no sentido de uma
.-1';›.",2_'.;;¿2:ï,-,,›..'-.-= -r
posição filosófica e mais como um modo de se pensar sobre Wcessos de mms' 90 mostram as limitacoes do i
. mi-»;-=, -fi †=?`. ir 1'-:fé-*±~.=*g`-'zts e ler textos como intercalados, gerando múltiplos significados, p Nicholson 5 Fmseariiìì
' _ m_° demo eåte nega- Clllalfluef possibüidade
'-_
ss.-T.Tf..-l“;'~*'=-1-'-,:-'.f--í' i
z¿;¿¿,_;:¿§j»i,;'¡j1¬--ì>.',;;†&='i-,
._ -_~.¬±;›-_~. if" *- -_
¬ =- _ ' curso P05 _ qu -_ ¿ga 30 parte Clâ DFOP ' ria con-
_
rupturas e recombinacöes. Desconstruir, enquanto noção pos-
\ ___ -. 1;- _,-re. › , v. .
' t.
- ,~
_ ¿li
-¿A “ ' 'i-«T-É*-ge'-_'t-/›_'. f Í» f›\'ì±;'›,“š
__-. . -
_.: >-¿. 't_---^†l."»

~' ¦¿='-:*_'~'- J ;'-=.=.--,“:'._:t'-›-*ï.','f-.'~


moderna por excelência, recebeu o significado de provocar uma de uma ~ quetema Social gmail' estaordernbs têm do socialexemplo,
- trag-_
¬ ¢-_~.=^.'-.“*†.¬':.,^
-."'ìI :'12-'Ã -V'› ;.›`;'~f *`-,:'¿*'¿.`1I.'7- V

- †~'†` _ cepçao Pe",sadores


_ P05'm
_- a L otard DOY
,_
_
- ,_.__,_¡,-, -_
- of rá
ruptura em algo que parecia unificado. mentos ìmP0S5“'el5 de tçiallïjrilg iilìrlsivaš que se entrecruzam.
.;§`-
uns- Desta maneira. as formas de discurso, de expressão cul- ,- es uma» wn”
0 social teia depraticns
. nd@ passam es-››t¿,,-_§'p*-i^¡§¡i¢;1s
--, i tural e de critica pos-modernas são desconstrutivas quando _ « dulos por o _
_ ,Â-Í": El . . e _ _
“procuram nos distanciar e nos fazer céticos sobre as crencas e,OScomo
m Mduos Senaniinci)/arias práticas simultaneamemer iuíis
partieipam _ ` mas heteroggneas e impossiveis
-
t ¬r.:
relativas à verdade, ao conhecimento, ao poder, ao ego e a lin- identidades sociais sao como _ ._ .ma tomndade Social e mw.
i
"'l.'.`
7" '_|
guagem, e que geralmente são tomadas como obvias e ssrvem de mflpfiaf- Por ¡sm nao exmlntï iar uma teoria social abran-
de legitirnação para a cultura ocidental contemporánea". ( Flas.
»ii _

1990. p. 41) IQ menos. a possi`bilidade de C 8 0


- ~' Iéheteroeêneo ~ tota1'iz ável_- Con-
e nao
eente. W015 0 Campofoua. (ss-modern.o_r@ì@¡ta 3? .¡¢°-F-lg-ã-rãgg
- - Sob este a'spe'cto.'isto ë,' como um instrumento de contes- S<fClü"3“[€meme` 0 gäggëç P' s berai-smcomo classe. género' ra'
tacao das categorias que legitimam relaçöes de dominacão por _- - ¡ regam Cãllššfilfiíi = _ ; .“ -'dade (1215
meio de narrativas que asjustiiicam como as “pr:ltica:; corre- “laifagfgìïn r'iariipor demais redutoras da <.0mDl'ï`“
;_,s.«u.›«_-±. ,-»_-.N»-.«›-:r.~›-a
ca', etc.. que *e _ _
tas"_ a dcsconstrucão pos-moderna é uma perspectiva que ajuda
_,. »-. ¬
a entender as desigualdades de genero que ai se desenvolvem. _. -»ef
idemidad-el socials. derna tem como als-'o tanto as metanar-
E. por esta razrìo. Nicholson c Fraser (1990) aproximam o le- A cnucapos-mo to as analises teóricas sobre macroesl-
il Fïlïlva-5 hl5[O.r1.c,a5 qwiilistitucionalizam a deSigU¡1ldadç`
.i
i
minismo dos discursos pos-modernos: a critica feminista tam-
_ ';
bém denuncia as categorias universalizantes de uma Razão que [futuras Socmlh qlde ser Produ/ida 11 Dflfflf de "armmas
lala pelos outros; também promoveu uma desconstrucaa das quer “mm 1”-Q lm ç,,¡¡,¡';`{{dev-em ser tratadas de l0,“Índ auto
cais.
,_ __ GU@ 110
, _ mümu " .is outras.
, rc,mg-ao
nocöes de razzio, de conhecimento, de individuo, mostrando _.nOm¿1 umas em - _- _ - ~ Neste caso. _ . 21 K-lima - ~ apre-
<l › x_u__L.;,'-.:~:a_-' os eieitos dos arranjos de género que csitio por tras de inclin- ~
Sfiflïa'-W “omo limita
' d 11. pois~¬ como --
aiirmam
› - nulutacetado - o aednzl'
Nicholson
wm _ csi-_
das neutras e universais_ r. - -' - ranucnlt c iv ._ .- ._ _ ~
1 -*Cb um obluo me Jpodehria se"r"`sul`icientemenl¢ “omlìfìelid-X
Quando afirmo que a calc'__@_r,_i`¿1_indi\^_i_<_J¿Q_t`undada na di-
*uualdadc A Sexüãïñïò ~][_sos_ do pos-mod“ëïñ“1smoÍ"PëT“ó`contra-
visvzio sexual do trabalho nao tem nada de univ'ersal"e'i`q”ii'e`“a _ _, , . - ~ _m__,_,_._..-›-¡›»-›~"~, -
do_eonros p._trL_§Íï>___'_rC,=-Élä ¿Este fénôìñëno exxge Varios metodos
'
4
l`a”rn'ilia conjugal moderna nao e uma familia" igualitaria, me
sc._~.\`-._«
aproïimo d`a`ciri'tica`q"ue o_diseti`rso p<3ÍsiÃiiiodernö"lÍi:2"Íis “ailåil 9
i fiofïñïcrlnca kien-Í rrativas sobre mudflmïa “H Orgllnlza-
i C .lg-ni-ros discursnos. na Í 'TSCS cmpfiicug e socio-teoricas
cias' do"füfnive,rsali.snio_mo,d_erno_ Asprzíticaside genero quede-
saiiam a estratil`icac'ão sexual eicontcstam mitos e micropode-
sai) `social c na ideologia._.ina`i.
- =inst1tuiço<3>,
`. anjiisps
' '
imcmcionfitas da
. -_ e im-
de macroeslruturasc , _ _ _n-[¡CO_h¢¡m¢neutit.í1S
res nas diferentes situacòes da vida cotid' _ _ - ¿ ¿1_ analisese _ _ - -_
, , rana podem ser con-
sideradas como p art e d as tendencias
` "r r' pos-modernas
' de “cons- mmopolmda
' ~' Loudiiilizio
is HW@ cultural ` socioloillas do genero histo
9 especilicas.
titueionfìmuralmenm
rica rr C
1
40 ` FLEXÍVEIS E PI.UR.\lS ii
A PERSPECTIVA rEoRiC›. 1
« ---† -1;'---_:-_ :.{'
' -^cf=1†*r›;§~:.~ft
_
rw.-'^›.\~;`;†' ': '¬ 1..
"
,Jã v

f¬> ¿H
¡.17
"i É nesta perspectiva, concordando com a critica pós- _ - - lesmente uma rebeiiao,
sim _ mas
_ .r
*_
'f~`§i'›? Cam alšum tipO'den§äãi:`i$s?:o° Cgnsistiria num estilo ou sim- i
fšifii
f moderna às metanarrativas de legitimacão, mas sem descartar
- ¿il-›v=›s*«r=ft:h.A«" deritro 0 PTOPUO . . -
uma análise teórica das transformacöes macro-históricas, que '
lesmente um conceito de P eriodizaçzio? Ou uma me ra comer-
g-§g¢¡.¿r3`¿'4-_tg\›¡¿`*-¡^-áãfw
»¡
me situo para focalizaras relaçöes de género, familia e casa- P _ - - dernismo
- transforma do em
-. ui_' mento. Embora na sociedade contemporánea as identidades gializaçao e domesticaçaodo m0 , 1 . , - ¿O
-H . do? Tena um pOt€nCia 1 revolucionario p
¢¢ 1 ws mo de merca `
.J

sejam complexas e fragmentadas e sua análise não possa basear- ' ocurar ouvir vozes há
¿Iii fato_ de se OPOY ` m etanarrativas
215 . e PT
se em categorias gerais como classe ou género, por exeiiiplix _ - - . ?F.ate ue PONG as lutas, locais con-.
'ft“'. 1
que de fato não dão conta da multiplícidade dos determir.an- llllllw “mw sìlcniladaq do eaigltnlisiiio. alo lilvelà Lllå W GUN” ›

tes das identidades sociais, elas não devem ser excluidas da aná- tm as termas dommamcs roeressista contra a €XD¡0fa9ã° Ca'
lise. Constituem pontos de referência para se estabelecer vín- tituírem como um 21ÉHš1\Ífiñm.Cará[€r readonário? Estas e ou-
culos entre as narrativas locais,-os problemas contextuais e as P italista.
_ N30 “Sum”- , 1939 faz, tentando estabele-
transformacòes macro-históricas. tras sa0 Pffšumas *We Hzmey- ( ) ' - dernismo.
- - ~ rnism0 ¢ P°5.,_FP§?..t..»«_ .
As' prziticas que em diferentes cenas e sítuaçöes da vida cer zi distin¢ï10 Em” . - › W999-=~^""
' ' - ectos sobre os QUFUS
cotidiana desafiam as relacöes de género hierárquicas contri- Odëlííte e fertil e tem mult1plOS 1159 › ¿1 sintese
.
- posso me esten der aqui.- Farei- uma Pequm da re- ›-._; ¢-,.~ nÍ_\m¡'šIÍ2'

buem para tornar obsoleto o individualismo patriarcal. São, nao . _ e o ós-moderno eo-
contudo, práticašwoøuehse afirmam co`ííö`lïšrï"¿ïnì;Eå:ñöÍs`Históricos, flexão sobre a_ diferenca
- entre~e0 m0d¢m0
~ survida
ao ' daP LU
~ ltura urbana
porque produzidos por atores que se localizam numa rede de
mo uma tendencia' umaforbks çiøçara entšo discutir em que me.
relaçöcs sociais e culturais. ocorrendo dentro de um determi- e dos valores contempmïme
. - , _ demo 'pode ser usa da na analise
- - das re-
nado espectro temporal. dida a n0¢f10 de
_ POS mo mo no casamento e na familia.
_
Sendo assim. por um lado, o surgimento do individuo pa- centes mudan<-HS de Comfiomme d
triarcal assiin como o seu'quesiíöii`hnìento é parte dc trarisl`or`-" ' . - dificuldades dfi $5@ belecer fronteiras €-
..
- Rehoflheifendo
._ -_. .
0 'os-moderno,
as ,
3 -~
H' rx,-ev em uma

niacöes mztcrossociais e historicas, entendidas com o recurso linidas entre o ,moderno


_ ,. e . 1,._ miP _ omo poderiam
'. se i- pensadas
_
tt categorias gerziis como classe e genero. por exemplo. E por .-»_;¬.»vo_~¢a›«-a. ~ de suas pa55ag.L.m` Úemph asias duas noslöes: “Plf'~“eJad°`
outro. é um processo construido nus microinteraçöes cotidia- 1
9 algumas das dilerencas entre c 1 _ .~¿~«~›--'ñ†O-t
nas. como parte de situacòes loctiis. contextuziis, que justamente 3 I-es uhf banos modernistas
øI__ ( ) tende
O ugï-1-H m ci P rocurar
.IOlá1id.ad'e'› 0 Oml
d4eSenhHHdO` defibfi- tg xq

imprimcm as formas e os cometidos especificos destus trans- i


sobre a metr0p0 C “Om _ - ¬ ` to ue os pos-modcr
lormacòes. ` . , 1 i " m:1l€Chf1dï1~@“q“a“ ,Q .~ . -.
Antes de passarmos :`i discussão do caráter das transfor- l
nistas
.
ten e › i'2i'ö`iiD`rÓces4š0
i -“ «_ uiu “urbano i dcOmOQ' 1“..C0mrol.mel
H mu ¿mc p .
odem' “ioear
`
inticòcs historicas nus sociedades contemporáneas, vejumos ain- É'i
da como o pos-moderno e o pos-modernismo têm sido pensa- momo' no qual H anar'C:ib>ri'iLsl Críticos literários “moder-
em. Smmçocs [Omlmmu bçrasi como exemplos de um “géne- ,tc
dos como tendencias cullurziis que se contrapöem ao moder- i

no e ¿io modernismo em diferentes ¿ireus das sociedades con- nismsi


1 ' mndem
f' f
F0 ¢JU1Ll=1'¡~15 alO!hd'rcl¡aiìo0PrinciPal`
'
PLD
K `
W “
L - que- prevalece dentro dos
`1o “ ós-moderno
` Â
c
tenipoiúneas. .. _ ~.. » tinto ueocw P
limites de tal genero. cngiiq Umfå um [Quo Com sua .retoma
- _ , s -› f i L ' _
simplcsincntc ter' uma o ue cm principio pode ser wm.
, e f seu _ . . 1 tiotextodc nao1mi›0f
O pos-/noc/eriio ' ìdioleto PTQPUOS' mas q . . ~ ' `
ta qu¢UP0-H
parado com LlU«11q““ Qu
( H3r\.€\, 1989 D dopós-rnodernismoe
)_ que ctirrictcri¿.iri..i o pos-moderno como uma tendencia
_ cm R Para Í{:'l¡r¿: iio
v .J da c/eriïariz/ade,
<.Ol5d
te ff@ jrri_grrte1irU§U0›
IIltll5__t_\«l Lil
, , , . M ....:¿ td” dm
. __
diversas ¿ireas da vida cotidiaiitt da socicdude coritcmpor¿`ine:1'?, , 3 tom- am irá -¡wii-0 istoe idnquilo <-lu@ wmpunha uma
Qutiis serium suas diferenctis em relaczio no moderno? Siunli- <`U'””“”dade 8 O U ' i
" ›
.. - «_-,-, -'.",¢
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.- 42 FL.Ext'vEis E PLui:Ais _ 43
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A pEizsPEc'rtvA TEoRic.›. \
; fi' 't /-
~`r",=¢.?~'. 15-t!.ä.Í' '~-*Í F?
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das metades da concepção de modernidade em Baudc-laire”`.* - ~ . comop.focresso/reaçao,d1r€11
_ . nc m0d¢mi5rn_o,,tais D «_ “ ' ' a/es-_ *›i
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t .¬-J”/. __,...
La
Mas, diferente do modernismo, o pós-modernismo não tenta
,,..
_ Kg-.i _-
›i§,
¿,-,ia --tw" ,____,_ 'u
transcender este fato, fazer frente a ele, ou mesmo definir os Cen'tr;dua_S”Preseiitì§4i/Í?^€ÍšSad0.
quese' -- -'m0d@fT115m0/Wdhsmot assmffdø/ía
11 r `i'iñ`iierz1m-se como partfi ,_1
»›-.†-›.¡;-
¬f¬¢_.~
J i _ . _i.
':_x:-_^
-
elementos eternos e imutáveis que poderiam se encontrar ai. °°“” ` vanguarda/ltitsc
present21¢210› _ _ , F0 P ' 1*

2\`~.~\.›-,'
1¢ - - ¿mag pos-moderna. .
\
1 »Í âk
11 “O pós-modernismo nada, e talvez se atole, nas correntes de _:
4*
-=§ mudança caóticas e fragmentárias, como se isto fosse tudo o Ao valorizar as experienciz_i_s D__a;i;:________am qualquer idéia
la
Mr, t
que existisse." (Harvey, l989, p. 44) - ' dënciaS P05'm0 el . . - i
:'*§ " dmduos' as ten ¬ historia universal da <
'
de totalidade, dCS de a conceD¢H0
_ _ dd uma
, . -lo Ou Soluçao _ mg.
- ¡, «
Embora a concepcão moderna do mundo - na arte, na .J
'
humanidade ' dominio de um unico
ate 0gata em pos-moderno.
_ esti
_ na ¿mg na _
_ arqu1_
H
'1

-_; 1
filosofia, na literatura, na cultura ou na teoria _ veja a reali- . SeJ__§_____ _ , _. i f
**i-.
dade como complexa e através de múltiplas perspectivas, ten- nica. Quando se _ _ _ a na polmca 4*
.-
. _ l terario, na economi . _ _ _ .u
de no entanto a trata-la como uma singularidade; uma con- Ieïdfdt nd Cu1tura',nO[çu-0 1 . c ' * istenem € ¡i

_. ¿_ i f 'ya ¿qm se talando da .iceitacac da coes , nt

cepcão pos-moderna, por outro lado, pensa o mundo como du na. am” ' '(5205
` e de mundos, do recon _ _ __ _ da he-
` hecimento ~.
*a
t
pluralidades de realidades que “coexistem, colidem e inter- dd
i ml-“um
' de co " " te na sociedade
' - oranea'- mas so-__ “<
contemp _ .,
penetram-se". (.\lcHale, 1987, in Harvey, l989, p. -11) ïdfdgeneldade que ms - “ uer reconhect-
Huyssen (1984), ao mapear o pos-moderno no campo da bretudo de uma heterogenci= dade
_ _ _ _ GU@ dëdfd Se1 mlidude
d 0 Papt
- ` '' No pos-modernismo, ii P U '
arte. mostra que esta tendôneiai stirgiu como uma critica .tos da
_ como_ leglflmïh
_ _ t ~t -_~=:tidctasdeum
_ .. -(1 21 d e. de ssem!- e .›.

itttpasses do modernismo. desdobrando-se por su`à`T"êZ'èNrì't"iiò`ï HCUÍHF L ¡mal Lommpofm `L Q eiso do modernismo. .i-

vas c diferentes tendencias. Um dos dilemas dogniodernismo de universal, Ctufe constituemmOd_._n_Sm0 O pÓS_mOd__m_Smo :H
¬'/_.
'.r
-r
teria sido sua inc_a_p_acidade. apesar das mclhores intëiicöes. para . Dd mdsma Orma que 0 ao cosmopolmsmo,
'' ' embora esta .›-
_
e um. fenomeno urbano.
¡mdp
= ja
_ _ tenha nasci.d o na Socledade
_¿e
ti
mi
,_
taz-er uma critiÍ7a“cÉi`iÍ"ã à modernizacão e a modernidade bur- _ _~ ' ovo _ _ _
gueïas. Nìtscidos juntos. _o`.mod.e_rni_smo e a modernizac-ao in=`*` t “Pac” “fé "mw f mms
S -_ Hšleålïggšum
_¢_Qn.5umo..tecr_šolo¿1ica. . - - - , ¿ ominadapea
' - como
penwdor l intormacao
Baudni-
_ _»
dtistriiil eotivergirani iialidåia de que a modernidade so pode- -t

ria ser condtizida por tneio de uma vanguarda iluminada. em e pelo video. neste se _ _ _ _ . dans como cemro ›

qualquer campo do social. A critica a esta concepcão. hojc di- md (1981) ve .~ os- sistemas -*de_ stanos
_- e as ima=_ . ¿mens dos Ã
ticil de sustentar. estaria no cernc da sociedade pos-inodcriizt. da organizacao da \i_da__t._tJ_t_âf_l_1___Í1___ da Publicidade mam (iese-.
- _- -' ~ a aatual,once as im_- --Z
te-i

O discurso modernista baseado numa visão teleológica de pro- incios


». _, de .-cornunicacuo
› L_ -- = te volatil. _ _, . Bau d ri-“md » pO_ t.

grÍe'ss~o'e niodernizaetïoi't`icou obsoleto porque róducionista, ' ..tlrZ1\


105 - - CS de um tempo_ . extremarnen . _ ea a proprla
, . pl'O _
,, _ .- - ~ dade contemporan _ 2
"preparando ao mesmo tempo o terreno para o seu rcptidio, tem ' alirma que na socie - _ _ laproducao d_ eS8
__ _ nos
_
duçao de mercadorias . toi substttuida _ pe _ he Simulacro ¿-
que ticou conhecido pelo nome de pos-modernismo" (Hu_vs- . ' tornado signo, PHSUC - il:

sen. l9S-1. p. 49). Nos anos 70, os limites da modernizacão I`i- e de imaaens. Tudo teria se _ ___ 1 [emm paS_ ›
_ “ _ . - _ _~¬0,aes Ontanei QC@ tt
( caram mais evidentes, e seus cteitos excludentes que impeoiarrt da realidadc. O impu_ls_§_>_,_å>_åìÍ_S_;J___O_ ___ _l_3_fd__ Cotidiana C ¿_ Cultura J

os principios universalistas da modernidade de realizar-se em-
piricamente se escancararam. .\-las isto não quer dizer, como Sado J pmpimdertarrrigorânea
na metropo e con e seriam marcadas por estes trasos.
atirma Huyssen. que se tenha neccssariamente que cair na ir- l
...f:
racionalidade ou no frenesí apocaliptico. Dicotomias que eram
Pós modernismo e pós-modernidade ' 't'-i
1
-¿i
A-'¡¢

__ , _ - ' .
=n[¡1r105, \'0iZì[LlS. 0 Pap@~ldaima-
¡¦

* “-\ :nod-_-rmdade e it traiisientc. it ttiuidio. o ct›ntini_:entc: esta uma iiietade da ar-


R@`*`0“h°L“ 05 Lrdios mgrm ão sionifica negar que tal cul-
«cm na cultura pos-moderna n . C - _ ___
Y:. :t outra st-:ido ii eterno e o imut;i\'el." tliaudelaire. () /.tm/ur du vii/u utorlurnu, iii: = _, . _ - da dentro de
- umfl determinada orådmzdção v
L
tura_ seta t>f0dU¿1
. - - tias-¬\›,
¬ que Pam¬ da W'lise de
Hanef-'_ lv-\`9. p. lll) -` ` ' ¿_

social. Nesse sentido. Jamcsøfi id


1
i 1.

! it
««-
l -si
-'¬›ïÉ"f.” ;ï¡“Í» 1.',-` .›' Äiìtíja 44 .-*_-"_
~f-'_H.*i_.' "ffs -1:"-_-^ = Kirk, . '~ 'É\

__ FLEXÍVEIS E PLURAl5 A PERSPECrivA rEoRicA 45


` W fa.-¿r_-'1 !'¢.',g¿›_-aq',
` '-Í W-Ífhì
,.19
f Lv f“:.«:^+e-'"'¬
' ï*':;›=- :ee¬ r i Manda! (1933) sobre
cional e de consum 0v"CSÍÉSÍO atual - do ca D ital'15m0, multina- _ ef:Y 1
.` *J 0, eo domina rs Esta análise dá substância histórica ao diagnóstico de que
__
f - Mi-yz †;›'--'.»¡1-:«:¿_'§¢f_n- .L _:1* que transforma tud -
1-'-ïí;~¿',_¿i¿_¿ gi 3 mo a Ioglcàtc 1 m ' CUIIUWPOS-moder
ym imagem e simulacro da realidade, cg., a sociedadepptorriou-se um simlulaero, e o real, inúmeros pseudo- 'i21-1.
._ ,_
u tural, do mo mento eventos. Ássim, se as idéias da classe dominante eram amiga-
_› I~,r:`›-;~'_".'e«'¿'-'¿”§" ,t -_ , _ 4
1 r~_~«1¬e-e.ree:.='f››=;$1 mente a ideologia dominante ou hegemonica da sociedade bur-
.=*=šr'è`.*-'“¢*-;' - _; :›.,1' . ` Para Jamesom
o capital em ereiu 0 que caracterizaaelsfu
' sob uma de suas fo qo
H Slluaçag Ca?' al15m0-
hojâë, q U e
.-.JL
._ ¿._~
sšïez'-1»._: «- ' guesa, os paises capitalistas avançados conformariam hole um "±_¬*†
,va
. .,--'› -
¡
**)`«“-§?'›š?_†"~'Í~.._' 11» 'håï't¿-1 _

J- _
diu proditzio y
_ V samente a ' _ mas
*_ FHHIS puras e ex' a _ campo de heterogeneidade estilistica e discursiva, sem uma nor
ei. -__ _-r ~ _:17_
'- A estera .da Cukura diêÍ21) aråeas ate entao não mercantilizaäag ma unificadora: “Senhores sem rosto continuam a determi-
_'-l

rf: f 1
nivel
_ entre outms da v _ u esersemi-autô - e_ ' nar as estrategias económicas
ï';7:Z: -' '*;~"'/_*
a
veis do social. Aeora
- nomâ, isto
Social' e expiodiu para todos os ¡nm _ _ que_ constrangem
_ nossas
d existente ¬\`
~"
te) .efe-.'
'fx '-É .
.› cias, mas não precisam mais nos impor seu discurso ( oravan
-
* '~ económico à Drøpria .~ _ 1est -o em zi;
-~ì*Í-*±›r..ï =~'ì-”¬:-_`= ›>=`_= -_z¡'ïlåïìf
~-~7:' -..`~_ì~^,~'=_=›.'3_..
,_ _-.;...-›.Y.-:_~
'f"~_._' ¡
g.<i»\_t_¡__,;_›-..'_#;~¡.
..,,,..,-_ _› h J_, - nossa_ vida so cia ' 1 - do val@I' não conseguem mais fazê-io).” (Jameson, 1984, p. 65) _»
1'....,
-*vì1=ïD~›'_._,,_v_.¿_,
'-rif -i ' f-:T-;±« _~'. *,,__.._
_Íí.-7---§l'%_f>:,¡ derd o Estado _ tornou-se ` “^“~ra
cul; da p S1 Q u ei Passando pelo . pO_F Outro autor que contribui para este debate é Berman (1986,
› ,_
_' ,_-'W i-
.
_,
-_ s-el
_"!ïfiL_7;¿,','__ ':_'-=*_;i §:t«f“.{ -¿_'J__=_i_I~¿'¿;*t_ï _;
, .,,
talmente orizinal em mk, _ ural, num sentido fu;-¡dame 1992), que, contudo, recusa o referencial da pós-modernidade.
ri.
--e
'

Diferente d O que ot-of mo a- OUUOS momentos 'i›. .'.

- d 0 Lapitalismo
~ ' - n- Ele vê na dinámica da sociedade contemporánea justamente
-'-_ '_'-¿ly-, _, ,','«›f- 21, _1
, ..- _
._ X
mode ' ,_ ._ _ “Q “O period ' a radicalização do potencial destruidor e criativo da moderni- _ iz
2.,
de hQ.r¢nì›S~m(d. 21 Experiencia
l_ 40 _0minadas por me O - psíquicare asïirlijrecedente
ãuagens cultumís ao MO dade e sobretudo a reafirmação de seu sentido clássieo. profe- ¿Y

_¬:.¬.-4-
u-be.-_¬Iëãhf. ' .<_ »_ \ ¡ q-¡g pga
Do. Esse dominio do espa O d 2' rias de espaço e não de tem rizado por Marx, de que “ tudo que e" solido
' ` desmanc
>¬ *h a no ar"_ _“_'_. ; ¬
i
`I”,¡ ii
¢ao do sujeito ao longo (fo e a logica espacial dificulta a Rua. Berman levanta um ponto essencial sobre a experiència .§¡
tiji li de seu futur0 e seu passado Cfipectro tem P o fa l <.- a oreaniz' - Q ~` _
*iii ã. n urbana da modernidade que. ao anular fronteiras_ geográficas.
_ _ da
¦` - * -¬ -~ Um = '~ - ~ “#30 raciais, de classe. nacionalidade, religião e ideologia, uniria to 9:5-
-Pl
¡ 'li
IM
_ , di;-tJnlL0CpaSSa a pffdominar
na_- V onseqüt-me _ ha.isobïetšpãnenfm
___. . __ - izleronico Coefefiff-
na» V*'d HOcoti-
sin-~ .¬
a especie humana. Esta união ocorreria. poreni, atraves de uma
ricid - meme
_ _'dos ¬~ _
Um _ entra_ ClUu.im_ento _ i
l
` ade, tanto na relaçao Su. da histo- unidade paradoxal. uma unidade na desunidade, despejando lt
; como nas novas formas d _ mms wm a H'5¡Ó"Íf1 Pública ' ' por este
todas as pessons atingidas › movimento
›' num tur uiifo
i a J',

l_, leva muitos- DOS-modernistas


' ` ° fcmpøralidade '-
“ Dmada. E' isto
- c de desintcuracão e mudança. de luta e contradição, de ambi-
rtrilirais- dejtal sulerto
_ . dificilmente
- aalirm -U@
,I »-_.›, ._.a
res€ilirlÍm.q“¢ as Dr0du¢öes cul. -_-<.›«f<ø-.~<›.«¢ ¬,_ wüidade e anflústia. Agiriamos e viveriamos hoje neste desen-
i ontes e fraementos e uma pr¿¡¡¡ca dariam_ en1 ï1¡š0 alem - de _?
rolar da modernidade. O pos-modernismo, com toda sua lra=-' 0
“ i
t`ragmentarias
' - `e aleatorias. '_ ~
e eoisas __
heterogignt-¿¡5_ mentação e heterogeneidade, seria, assim, uma vertente e ra- ¡ff
li
O Dos-mod
t._.__s«,.W_<3.Ll1o estan' _ _ dicalizaçäo do proprio modernismo (no hiperespaco de Jame- iii
..' '
il
il
äi
uma
_ »_ nova falta_ d e proiundd
` H Lamcïenzado . d esta forma
` O son, poderíamos dizer). 1
i lidade ` " _ '
O , Lfla cultura da imaeem do <' ade. Um nov 0 É1_P9__de_§},{perficia-'r
' -›¬.~_-f._,=_› ,.,_ Harvey, no trabalho citado, trata justamente do tema da __al
É,
destruiçãio criativa inerente 51 modernidade, que, no entanto.
diqyeïem
C'-fila sua Coñffïlpëlrtitìg ›' 9-\'Df€SSöe`s
?¡mU¡fl}`fO. do sianificarìte ele considera como determinada pelo movimento de acumu-
¿ » -qm; não eonstituiri'
_ . . “m _ dí! te GW'Í' l>0S-mo-
f ~- `
eurso lragm¢m¿n-O. am uma teoria, mas antes um ¿I-¿__ iação do capital. iiiicrnacionulmcnte. Prosseguindo a linhn de- 1:; il
O espa $0~ ,_u.rb_ano sol' senvolvida por Jameson, ele afirma que ha cerca de duas dé-
tornand - =__,f<ru uma ff-fi *i
mms Q ` o se UffI1_h_iperespaço"que now)mud ¬ fundamental,
a aarnña ' i
\
v cadas o mundo contemporáneo seria o cenário de processos hë

W eompanhil. O'”*ô“öF¡š†;“'¡,um, _ _D_ e osensorial não socio-economicos que estariam rcvolucionando os usos e os la il
`-Í#4
se localizar ' › . _.__+1“0 Individual * _ signilicados do espaeo e do tempo ei ponto de afetar radical- ii
_ .organizar pcrçgm ¡ r, nao eonsenue
te sua posícão num m.ühd_ ua mentee mapear codnitivamei
conseouemma 0 0¬'<terno_ Os individ `; '`
mente as lormus artisticas, culturais. l`i1osól`ica.-s e politicas de
representacão.
v. __
1 l
,J
-
lizada= Dear a _ enor 'UC ffide comun' " “O5 Lïlmpouco
, global- e multinacionalna ._
qué] › icacionai deseentm- _ Embora a fragmentação, a efemeridade e o fiuxo caótico
_ estao envolvidos{ sempre tenham sido aspectos indissocizíveis da experiència mo- _; 1
šìé

=-un.- _-. -. -.te_..›_¬›,t. jïfi. 1l;_;_-3;.._ -_._


fei
:ff s^t›."¢ì'»2¿¬- - FLExt'vEis E Ptumis
-_..:›
f-*:~-_?.-ter;-;;*._-±*sse-?.-eä-- denia, aumentäram violentamente de intensidade num contexto A PERSPECTIVA TEÓRICA 41 ;
i -*Á
“_ ~ En
-. ___›.:tj_*-sggìwee-.ey;'i›:$:1'.†-_ - _ _
.«ã,ä.¿fi,¿?¿.¡¿¡?>;,§=r;__.«
i- =. fe sis-=_
._ ir.-
-.
~-›'!.¿""'š¿*'I;
mundial cada vez mais internacionalizado. Estaríamos diante
_ _ 5 de trabal ,
dehoConsumo'
aos merca dos de traba-
f.- ,›¿.-¿ .11 .'-._._\
_ 'ju E :ua =†;_'1_-'«,--:_-*-=§'r 'I
-fl «_ _'-1-' ';`, i;=`_e_if.'.¦'›:-_-'19' ' -
rr de um novo round da compressão de espaço/tempo, isto é, dos em felaçao aos proceïopadröes d `o e nu ›_;.L;: ;`
'-*--:'~:~«aw.~i›\›-*-=--
_~-;=~f¬~/2-^›Í 1 '
11,5*-";?:' ›ì~“~:_~..-1--i
____,_._,__¡_., _:x_--_;_.-L ~ ›-*_ . - -t “processos que revolucionam a tal ponto as qualidades obje- 1h0, aos pro duros, 21 m novas tecnologia - 5 de ' pro_ usa 3 ¡mt' “Iii
._ _ -},¿_t-_-._›_=-_-._›f:~'-.J
›'_.<=.¿;,*-.»¿,z-:..«.l ›_ fr.-. 1131-
".†:.†-`_.!:.›'
__;,,i_..~--9.-j_'_.:¿.:_-¬-_-__.:
-_,-..-... __ , _,
_ _ t_ __-_-ig ¿__-='~;__-__f"ç,;§` 5
tivas de espaço e tempo que às vezes somos obrigados a alte- Sustentand0'5É C balho 0 t¢mpO df? gm) do C p '-;†'ï
_ › -;«_.'.-~,¬ _-.ww ':.., ';
1*V- -.-,- '~t'¿-3, ~L';¢;¬=¿',~ï4'-_~'L.'. -
t..ri?-\_'¦_t¿__fI›-r.-,=;=›.;~ ›
._.
-` rar, de forrna bastante radical, o modo como representamos ma nova organizaçao do årãtrabaího ¡@dtizid0S. C01'1Iratã>s de « r¿1__¡_
”`-Íš-tj ±çÍÉͧ<t¢É:;2¡â,',$^'¿'Íâ-'-.1'i` j
_ ,¬-_,--1;-¿_-t¿.'_g'›'y¿
Í~-;j;_:-13.-=tì="¶`;='--¬i'171_ ^_~¬:f.›*:H '
=*Zf_f.¡_ - '
_
o mundo para nós mesmos”. (Harvey, 1989, p. 240) foi- aceleraC10 ¢ 05 Gustos ` detetmina<ï0›
, .O opor prazo U1 -_ 3 u- con-
__
uh- la-_.
_›.ï'_'2f=:t
tšïi“›šï_«'
_ 9;?,
-t ã Por volta dos anos 70, rompeu-se o ciclo do desenvolvi- temp@ parcla ` 1 temporarl ,
1 A rn@ passaram a ser mas ¢ mais U
_ d in_ Q '-ZP
'~ .._t--¬« ~-vr. .«.~= '
J mento do capitalismo estabelecido por Ford em 1913 com a _ 0autO1'10 _ . gfazen 0
_ _ › 1- fs
linha de montagem, que fragmentou e distribuiu espacialmente trataçao, mUãbaìïìaflj05
zïtdosetšg flexívels'
_ d0S
própñas expeçtativas multas
gfilïå`iÍZåÉrSeÍnPam1e1amen-
a -
domésticos, _ _
¡am¡1¡a_
f åšzïit
-11
1_~'{Í¡
“~3P¢
= -mt"-e-f_-
r~:`ï*j¿¿.tt1
..a___,{.›,ì_
, fi~^ '
ì` .'ff"e 'i › §j_"*I I as tai-efas e, com isto, acelerou o tempo e aumentou a pioduti- cusiv - ¡as de tra 6 . - d ¡n- 1 11,
Q'
ieteael
"íì_;'Íti2*ï'__'›.,1"_.saga;-rX › vidade_ Após a Segunda Guerra Mundial, a queda de váries -
¡¢, re-vivetam -se
_ os sister! uenos negocios
« - ¢ as ativida
_ CS Sa_
barreiras de comercio e investimento aprofundou a internacio- res € Paterna listas, OS' Peqns de trabalho e de producaø. PHS
1-Sms
-',"1
.:_-
\

nalizacão do capitalismo, num regime de acumulacão que se ' Dt`ferentes sistem ia


formats. _ O eepaço, permi'úndg aos capita i -Za_ 5
_- 1,,
_._-.-.r.~.~,
_. -_ i
.__ _ ›1; 3-. '. -:,~_.:
.i
±.f¬ _~~§'+=ì±.¿ ea; H fez acompanhar de um modo de regulacâo social e politico.-“ ram 3 wexls` tir no mesm - ¿15 tecn0¡0ã1a
- 5 C formas. Ofgfim 1 _
»¿-\e,,a},;mF¿;; ¡_ ll 1
.-r$1¡1›*F¡1ì›;.*(1¡¡:»*›"_+;¡“†_ .-' | `
Ou seja, a expansão económica do pos-guerra, de 1945 a 1973, escolher entre e 1es_Embora
_ Se tomado h eg-emônicas
_ em U
_'_†gí¡,†¡:.,¡-,†,~,\,»-,,f;,=-_,;-,f *tf-_. 1
1 loi construida sobre um certo conjunto de práticas de contro- _ - ' ' ao tenham dismo -. 0
,_:i-I- -_-!~.\.¢_§ <_'1._- -el-- -11
f- " I' tii le de trabalho, mesclas tecnológicas, hábitos de consumo e con- “Om” nexwels ¡$10 tampouco oeorreu Com 0 fortão marcan-
_"-_::r",-f' -z†_'--.›*-`$-'frii-›'r""'-='›` ¬' t
gar algum _ coáticas de trabalho tornou-5€ algo -zåïì
_-1.' ¬'¿ 4_¬¿'__5<_;›;'¡"`-Íï __lï l
at .i
1 ~: 111
figuraçòes de poder politico-económico, num regime que pas-
sou a ser chamado de fordista-1<eynesiano_ No Primeiro _yl__u†t-_ _
ecletismo UHS PF 5,05 pÓS_m0dern0S-_ _ _ 11% _
i',i
†-fu_i=:_,=,,_i
rte«á;§-=_:;;§'
:-__-t.¿¢.r:.;.',f;- _-sì-an 1 do, ¡sto significou produ<_;_ãg_em_m__assa, s_ociedade'de'”consu-
1€ quanto 05 dlscursos e grifo apoio dos novos sistemasfelidi »'~'
.41 ›
~.<”,t,›±.-t';_†;tri=; _ _ _»fat - 'I = o_c0 -- ed0*ir1 '
_Ao mesmo
-__ _- *temp¿mio-dos
_ _ b H mos _ejetromeos __.
,¿
..._i-a _ \ gh, -_
4;
I I `
1-'-~ -
"I-
mo, sindicatos fortes e iiífé//'a“rè"sráre. _.mttnicacaoetntâgitlmsudánças ¢_\-pandiriuri -1_ Sãñlïgeììtes
_› dgdecon-áreas: _ ,
--.t¬e%.
"tk,-.
-_--~ 1- ~ ' ¿It
Após 1972, a perda gradual da hegemonía industrial e l`i- ¡-0 de Plá'sttco_
ritmoC-¿Q ~ ¢0n5um0 í1C_elel'0}1biSt%S
- emde lazel'
1 C €SPOfI€. ,il
_ .151
› .al
_ _ ,__-1 nanceira dos EUA para o Japão, o aumento das dividas inter- __;;«
-_-12,1_
' ¬/_!\!`Í.:-'_ ,'1¬.`_

'›"-ii.-“uï -` 1 Í nacionais. a estagnacâo da capacidade fiscal do Estado nos Suntjtíjario ' ornamento_
Vefi decorG¢å0`
- deo-2am¢b.@
- tc - C095 haultno de servi<;0s aumen- I

aúde mas0C&P ital


䬡$fa
` *-4.

- V _-É* 1
1:1

paises capitalistas avançados e a crise do we/fare state teriam __-»_-,.«<'w--«sl-_ «›±:r_


_ - _-
._ “ ¿__ 1
inaugurado um novo momento de rápida mudanca_ iluso e in- muslca _ pop' V1 _ `~ mercio eduCZ1<-00 es- ' - ¡-emeros _-'_
tou nao apenas sm “O _ toi/¡são de servtcos muit0 C
,›.¬:|~~:'__ _. _
-,., 1-_ 4\« -
.l.'¿†_-;”t'_-,Í ,_
' _ - _-
1'
-L'
"iria
.ffl
1
1
l certeza no mundo capitalista. Momento que marcaria a pas- tarnbem- se- voltou Para 4 P espetaculos,
em diversöes, . haZP enm§S›
autonomia 91°- em 1-li _
''

_t_ ` _;1=- _ :f sagem para um regime que Harvey chama. provisoriamente, de çonsumo, _ _ d ~¡¡u um grau ¢ _ _
'_ ' de acumulação ilexivelf Um regimc base-ado na lltfxibilidade _ _ oil C111* ' ' ita-
.'f_`~¿iï¿~;†_'=f ,f¡r,_:f_»'-t- '_ O sistema finance" fecedente na historia do Cap Ä
_ '«_-2*..__. ,__~l__r_i _ ¬_¦.;«›sa~v.e=-›.4n±e=-.cu-1,_¬.“'=-¬¢I=n~ _- - mduçito real sem P I _ _ eo ¡áfica ¢t€1TlP0'
relãfliao 21 D _b ¡ndo para a t'1exibil1d8dã_š_ ¿Í-ïìmdor dos ban. ^;:› -
_ ft a ,fi_¿- _»
(
__ ›
"L "sz-_;J-- . ¿~7ï* 5 Baseando-se em :ittrores da cscola de re_util:tc:it› Mglietla. 1979: Lipit-tz. 1986. e lio- lismo, COHU1 “ _ _ - _¡ Q poder isctp ~ _
~- sobre
-' acumulaçd0 de LZIDIU1 - .- _ šconñmdo
- ' Fnariceiras
_- Qmico-1 _ _ d0S *if _.
. .tw
_ver. 1986), 1-l;|r\-t-,v (1989) stirnariza o eonceito de regime de acumula-,':ìo_ que "de-.serei-e _»,w-. \:¬> ral dal ìmadonais as politicas Monetano ¡n- :lil
a estahilit/¿terio durante um longo periodo. da ulocaçãodo produto liquido entre consu- .y¡
- iljzi *i
~
_- _ \
- _ i.› l mo e acumulacäo; implica alguma correspondência entre si transiormaçtìo tanto das con- il';› i
sta 0Ls - n21<;ä0 aumentou e` em
E0513 ' 1 insti U
_.;J _
l I >f`.*T°

_,
*-¿!_

r
_lr

-Íí
diçöes de produeúo quanto de reprodução dos trabalhadores asalariados" lp. 121 1. Os _ 'vlundlfi lgst, (êionalizaram a coorde- É,:T
'_
habitos, leis_ redes regulatorias. etc. implicando normas interiorimdas ecomnorr.tmentt›s e o BanC0 › _ _ tf-
garantindo a reproduczio social eont`orm:iri:im um modo de regultit,-:io_ Y_ _.¬c“-`._¿-,._ -.
L lernêcliìnïriceira
na<;ao lsfìrutura deinternaciønfll- - a ¡ambém
classes contemporagífjas- se modifi-
altamente quajj. .__«|.

.z _
" _-X ideia de Har\^c_v tem um significado mais :ibmngente do que a de z›s'pec¡al¡:uç-.iojle-
.t-(vel, descnvolvida por Piore& Sabe! (198-1), para quem as novzis tecnologias possibili. ïif
1:_'t_«
taram a dcscentt:iliz;tt;;i<› e a reordenação da produczìo e das relacoes de trabalho em rtovas cou, Auertzindo
5 ~ novas Cïlmadas pnvllegdas novas tecnologias E_
_ h imentO
_.l
bases sociais. economicas e geográficas. -_
fieadas, detentoras do _ con ec e admini.
d S do pjanejamento _ _ Straçao d 0 snovosa pa
do~ trabalho; ex- 11.pr l.' '
ffi
@nCa"ega_ a ção e orientacão tecnologwfi
'fa
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dröes de H'10Va -iii I
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_"¬,._,. -m;~,bs.,<--'A»6-~; Íå'
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1. -,¢"'~:-_'
. ~4=_.1~ _._¬¢.is=¬_¢)i__«_
-1 ,;¬f-.1%,.-.;,;-;f†ç;=t< S
FLEXÍVEIS E. _PLUlZAlS
;fi~1'r;;~€'ff 4"_-ãfšt-.+~,~,'
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;-1.=šfl3"è.ïï=, *i1!s .
A i>ERsi>ecTivA rtaoizics 49 I'
-šstïf-,;r,-;_-,.±« :f;_››=; -_. pansão dos serví ços e das atividades culturais aumentou o nú- ¦

\;'›»-*›.w.,e¿;.n\i-¬ `1¡ mero de pessoas que trabalhavam nestes setores Cresccram as la


"ff,--,."
,__ -
_ ¿;;_.¡ “
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_ '^.
› J.
desigualdades de renda, não só no Terceiro Mundo, mas ta . ~ "
lidou um movimento ia em I_n21FC_
ha desde
__
os anos
,
_› ,_ - f 2'1 ca.«tf
› 4
z .«Í"
' _'
bem nos paises desenvolvidos, onde emergiu uma subclasse mal de 8/(›)iCOii1cÍvc\›/itz (1991) sugere que reivindiC8¢0@S Polmcas p°5`
m-
remunerada e sem poder. mdei'-gas incluiriam questöes como a desterritorializacäw
H10 . - (dC-
' aliza-
.tt ,- A ruptura do sistema fordista-keynesiano anunciou um novo - _ des centros) C 3 W810” _ _ 7

2 momento na dinámica organizacional e técnica do capitalismo, Sãgrãggçaç


C20 'ïmçaodcïllepnriïitlnlrçízìxtijitíiac-›s§ugfiÍ:liš%ncia) das instituiçöes politi-
derno (especial-
vl

af. - que provocou um violento aniquilamento do espaço através d * ' ato de o Estado mo
'-Iii ” tempo e acentuou a instabilidade dos principios temporais que cas e eConOm1CaS)'eïâ? iiiarcado por tendências extremamen- 1
t ›
meme "¿ï.Eurfi§a ¬onsideradas um desenvolvimento lógico da
›: organizavam a vida social. Estes processos estariam ligados àso te centra izan . s _ - eS_ «

mud anças nos sistemas


` . .- - demos se oporiam ao *ii-,
de representação, formas culturais = se
\ Á
t
\=
timentos filosóficos; o pos-modernismo coniìgurou-se em uma modemlqadiç
tatismo. 95 movlrïleçaïiìepgosciïaiista
¡HC “SWC sua "`a_n ` e reivíndicariam um
resposta nova a esta nova experiència de espaço e tempo. e ' r.-
:Ã.,Íì
-
Estado central ' ` lista.
minima _ _ f ' _
Harvev então aceita, eom Jameson (1984), que o pós-mo- Estas tiansformaçoes _ s_iå_'i_<ï__t_iå1'å_II1_<ï_l_L_;1_Í__¡g_____€___f_3l
. 1- de _ ue____a d___äm¡ca
ragmen '(5

dernismo seja uma especie de logica cultural do capitalismo .- - - sta i i e _ _


i
atua l . Os novos comportamentos, indicando uma mudanea de daga@
a oreanizaeao
~ 8 !meï[eÍì'1›teiaZi
_ . ` - Htìconòmiea
'~ _ _ e ,tambem
cultural. domodifican CHDIIHJISYUO
- ¬- . d oaW¡_ Ééïai.
it
sensibilidade e de valores na esfera da arte e da cultura, se~ cente, radicalizando. mas, <.0m lgsåfïd E ermítem Compran- ,N
riam conformes com a flexibilidade do novo regime de acu- 1.4'
mulação. Poís a “noção mais ilexivel do capital enfatiza o no-A gumas das Condlçoes qa moãïiiia Íorìio upm fenómeno social. _¿¿'§¡

der 3 mgmemaïm-3 ¬` 85os-mo . _


higióricos que apresentam articulaeoes .^_',¦
.si
vo, o móvel. o efêmero, o fugídio e contingente da vida mo- fu,
derna. muito mais do que os sólidos valores implantados du-" regulado
ntre si e de
ueFirciiäctìsm
11 C estao presentes
; . iio modo como liomens . __. -

rante _o _t`ordi'smo". (Harvey. 1989, p, l7l) '


Í Harvey argumenta que a aecleraçtìo no tempo de giro do
i ,É mulhereqs constroem
_ suas identidades. ' l.
capital, a ilexibilidade das prtíticas de trabalho e a fragmenta- l
cao. tavorecendo o individualismo, tiveram conseqüëneias im- .;-4.-,_v
.~1 ¡de/itít/ade po'.s-/iioder/if/ 1
4; i
portantes para aquilo que seriam os modos pos-modernos de
pensar, sentir e fazer: acentua-se a volatilidade e a ei`¬m 1 'd - . -
Aleuns autores problematizam af tonsträeäo
» - -* 3_€_1Ci__d__
uílo _§lO__c_____
ue.n11
de da moda, dos produtos, produçöes. t
tecnicas t eri d*
processos a . . -_- »-. ›-¬
-' ~` de irasmentacão e lieterogfiml ¡1 C _ ' _ .
trabalho, idéias, ideoloaias valores e_ pratieas_,estabelecidas.
.. _ L mmaçiliïeirópole
na n atual ~ poderia 'ser . chamado de -identidade
- J p0S- e-
Enfatizam-se os valores _e virtiides
, da instanianeidade. o just- _. - _ _- oderna teita por am
moderna' A andhse da Lu-h-unapïšnndmo autocentrado cor-
foor/, as comidas semiprontas, os tleseartriveis. son (1984) revela que o suitito _t_____O C-______CO __ da ____m_,____
Estas iranstormacòes na organizaetìo socio-econoniica e
cultural, que aiingiram boa parte do mundo contemporaneo. mpondcmc go period-O ticsaparecendo. O t`im d0 §_^,f"...'
3'&;.'ï,.›r;-.,1›;좓;¿`¢:›'š_/
.
~;i›"$L

nuclear' csmm Í-r-?gm^Lnm" _- ' 1 " do sujeito centrado,


ajtidariatn a explicar por que as pessoas passaram a se descar- t»-»Q buretics signilicaria o lim da aiiomia _______ad__ de _____O
° ` _ , V'-*anecesi '
tar com muito mais lacilidade não apenas dos bens, mas tam- mas ao mesmo tempo t_l_imig:t_r_ij__dc mas __L_________e___e ___m_
bém de valores, estilos de vida, relaçöes estzíveis e ligaçzìo com rttilizacao.
`, '_ ¬.` -
le»
\-I
iri^i___O
.L
de qualquer
.
outro
i 9 1
tipo de sentimento,
_
-'-
“1±-.“:.¢_,i.›,_:f.'ä-,;~›:l
as coisas, construçöes, lugares, pessoas e modos herdados de -"-â
.bem ao› esvaecime
, -, ' i' ~ i_ ia _ mais_ um ego para sen ¡;¡.
i
fazer e ser: o sentido de que “tudo que e sólido desman inclusive do atcto. pois nao exist r _ _ _ _ _ _ ,_ ._
no ar" raramente teria sido tão penetranteJ -- - ¡~ tag m Lmada Q descontinua
.-\ experiencia - __ , e uma caracteristica
' cha _ _ _ _ , . - ¿ide os-modernas. t;_,. , _
d _No_ plano._ politico, a ascensáo do neoconservadorismo c Llue Pemassa .1 cultura _t a ide3_ti_o_ ___S_ï__ __pOn_andO CO______
o neoliberalismo na Europa e nos Estados Unidos na decada Kcllner (1992) M0 C N10 la ¡fa 1 ' _ Ó5_
d 0 Um a dii`erenç'1` nitida entre a identidade
- - - moderna t a p
torno
moderna.. enquar1IO
, 0 /ocus da primeira tentrava-5€ Gm ¿f*Lf ;
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A PERSPECTIVA TEORICA Sl .\~_
.$21 " u
`,;,a1'=~'${1; fr.-*Í-Í 1 -tu "< ,_~ a_›_ da ocupação da pessoa, sua função numa esfera pública ou pri- _-. . ,.«
=iï;'*:-
._ï;Í;†¿,-_¿_..';_¡;'±_››_,=;- ~-__._'-_¬'-.1-'_ ã . ' * vada, a segunda é centrada em torno do lazer, na aparëncia, na 1613
..._.
'in-"*~ ;'›";=¡Í*.'-"`;¡*^'†ïÉ'¿:`
_ . ¿ n a ma em curso na formaçäo, _ da identidade:
- - - os egos DÓS- - _
.gåìtafix -'
imagem e no consumo. Para ele, a identidade moderna ers um rršïdšrrïos tornaram-se mais multiplflfii lfililïliflflíìfì Éfliiëiitiš;
_-P
---_ tg-.,'-~ \ .¬f$'-'›.†_<, ..i_r _- Y.
.;^§¡.*_å¿@;.«'-3%_:,z_r¡¿<f;†.F.i.-,tir; ›i . flffgócio Sério. envolvcndo escollias fundamentais d " ' W PWPUHS
_ - - da modernidade,
' fede f"ndoes-
›"=_ ft' -1-^.*i.-__ ~_ =_-.I` 1.* "`L¬' W ;`
i 3_-_t=_fl_`-*-;$_~.-if__1i-'-Í-^±« ta* ` quem era uma pessoa (proftssão, identificaçöes politicas, fami- As euiidlcófiä Im t reo- ^ .es
que eiiniam
lia). O ego moderno tinha como objetivo normativo uma iden- f onteiras, l€vaHd0 H mudança-“ 9 a pefmanen e _ -_?
tidad e estave
' l , substancial,
` embora auto-reflexiva
' e livreniente
` P-aços É rd ro`etos são levadas ao extremo sob as condi- ':1,

:___ ._
escolhida. Quando assumia identidades múltiplas, sentia neces- 1 nemìiçao
çöes _a PO'senïodbrnidade
' ' que também atingem
“ OS d0mÍf1¡0$ ___*t- .›¡_;
-1

¿_
.:,:.-_,,¡Í
¡H-yfl. "'-,s. ±.¢-¡ef ;-,}=
sidade de escolher, de se definir. A instabi`lidade`in ` da intimidade. _ ëàiš'
fi. ._ trução da identidade geralmente produzia ansiedade.
erente a cons-
ll
S
la A identidade pós-moderna
. se constrói
_ _mais
. em funcåo do 4
0 p0's-moderno no casamento e tt@ f0””7¡0 __;
zer, tornando-se um iogo escolhido mais livremente, uma
apresentação teatral do ego, uma apresentação de si atraves
de uma variedade de papéis, imagens e atividadesfi A identi-
__
._"~`[:f
V'imos qu e o fato de as mulheres terem desafiado
- adedicotomía
' di- gi _
dade não perdeu sua retlexividade e consciëncia de que é es- , ._ - ¿1 çonce çao um in -ii Y Í
¡my _

ëflffe P“bh“° e p“Va.do mgmeniouue corregponde a um mo-


colhida
¡h_ e construida,
. . _ mas. agora se tornou mais nattiral esco- VÍCÍUO Uflwersalf p°re.m pamarclad' qtrabalho em que a familia
cr entre multiplas identidades e mudar tom os \ mento da divisao social e sexua o A a____c_ ação ag.,
,\.
¿-
da, produzindo-se uma erosão da individualidade
* e aumentan-
'entos da mo- ~ ' lmoderna encontrava-se no IIPOSCU- P_ _ Í .i
fs* _
,_
do a conformidade social. Lomugiiì s diferentes esferas sociais e sua constituiçao C0- -'Hz'
-i i ._=
¿ti
Ao mesmo tempo, esta situaçâo deixa evidente que sempre da mud'
mo in ivieilnä
U abalaram o individualismo patriarcal institucio-
«..- _, i

se pode mudar a propria vi`da,_que a identidade pode ser recons-_' - " «.onJU_åÍ~1_
- ' l moderna. Íif'ff
truida. que se é livre para mudareproduzir a partir das proprias
nalizado na familia _ . d- ,- ¬›,_., _
_ - ° extensao do in ivi- _›l
tri,
___,_
eseolhas. l-la uma nocão de identidade livremente escolhida e fa- Este proçesso de apmtundlqhmenstoaïsam a ter asDira¢öes
cilmente descartada. Perde-se a rigidez do burgués moderno. dualismo, atraves do_QUfi¡_f15 "WS _§_d¡šS exclusivamente ¿_ eS_ '_
i_
_ " `aesnaomai _ « 1

lxellner sueere que a identidade pos-moderna é um.-1 ex- šwnsl-ru”


tera privada.ldenïigula a instabilidade
___ ____ _____m_.le_a_a volatilidade nas rela- I

V . esåi ___S___me___O Favorece 3 reformw .;


-.;;
'
tensâo das identidades múltiplas livremente eseolhidas do ego :ví
moderno. Assim, longe de estar desaparecendo. a identidade,
_-vw-tu.11~s›«¢-s~4n ›0n1» =2, ~n›-\~¢¬u4l¡' $h1
coes intimas. H <- _ _ - _- - d- .-¿um
_ _ ¬ ~ _ =easiraoesinivi
lafiao Permanente de_i_vr0Jetos. \oig_t_^t_t_l_eã ______i_D__ __<šS_m às _e_açöe5
na sociedade contemporánea. teria mais possibilidades de se
reconstruir. A instabilidade e as rapidas mudancas, que eram -.-v.w- O fim da rigidez do urgues ino c L =
_
no casamento ` lia.
e na lami
__ um problema para o ego moderno. produzindo ansiedade c crise . da delinitao
-- (10 P05' _ ““Íd““°_“
- - *omo total
_ .__actua-
«_

de identidade, scriani mais aceitas pela identidade pos-moderna. A partir


_ ¿__ ___.__m____d__de da _.mmcm¿1¢;i0, da descontinui ;1 de__ e _›:~ i' 1
iii". i
Ele nao che-ga ao ponto de Jameson, para quem o eonceito V110 -_ ' . de codigos
_ _, ,. - , da mistura - † - --de
L _
mundoS.pO d €S€
- a `ir- 1 ".
_
,ii
de ansiedade não seria mais apropriado ao mundo pos-ino- 4 *l
do Ubosiiïtïiinte'
mar t .c_ - cm' diferentes partes da sociedade~ ContemD0-
fi- f n-
derno; tampouco nega que as crises de identidade ocorram e ¬ . ¬- atnentoede fami
ranezl, a eoncfifpsao moderna de _cas___5SO__ __ co__V_V___ Comia. uma
u Í
seiam geralmente agudas. Propöe, porém, que se recoriheca a
t
dada no mdmduahåmu pammal'apheteroizeneidade a efeme_
con¢CD¢110 P05'm° ama' na qu ~
_ ' a
b tos tor-
9
-x |
E -
ridade. ti, contextualidade
_ _» ' de padroes
_ _ e eomportamen _
_; _
_-. Í
(ìot`fm;in H975). com sua antilise sobre a "represcntac;io do 'eu' na sida cotidia- t

na". seria entcio o preciirsor da teoria da i_deniida,dc numa pt-rspcciini pos-iiiodt~m;i naram-se_ tratos_ dominantes
' ¬ e_ leeitimos.
, _ _ _ i tw
.\`a ~ociolovt;i
_ _ _.-^'c -_*unid esque mniptm ~ tom^' .it con-_'epe:1odo
r ` social
' como i ›t;ilid O que evidencia hoie o p0S _ mQ<-iUmf›
_ - › “ as p ratitas._ c._no
21.'.1."Jo
¬. J --_3l-ÓJLÍC
`% -
\OfTlO ` `
\llU.'.lL`0Cä`\.`Ol`|[C\lU1l|§ ' \.`(.'llJS () V
iados. sem qualquer ofu tlida * 1 - t .'ìdC.
discurso so b re o C asamento e a familia "sao as caracteristicas
- _ _
de por parte do. tuo.' _ nue os papeis mio represen- _. que State) (I_99(ì) m_o_s_¬trou
pr n
dos processes ___ __;*mC______Óm_a_
Umïl DCSQUM “U
“___ Cow
tre traballiadorts da industria e etro
. . r ° L ` `
ww _ _ _. _ - ._-_..-. ›_--.†;.=i=1_-.~=;-.:.~'==.-'af-v.:_-1;J:e;~.;sze;eïe;Mm-;%*:&fi-@§*F ,Q§;efif§Hfi~ t _ V . ›_ _ - ~.\__ . __
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'fjfšäsi _
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i i 1›.¬-"ï.Ó*rï. 1*: äì _ se,-.23


(_,. _
I,
i.v.
_. ° ' 2 ff? ` Á
i: ^~ '52 ' Ftexivisis E i=LuRAis -
_ _

› diçöes de vida atuais não existe mais um modelo dominante ïâg'


=-¬-;-9*'
'Q

i de familia, pois nenhurna estrutura ou ideologia surgiu para : \ ` '


i
S substituir a familia moderna. Combinando estrategias e recursos
tradicionais e modernos, as pessoas refazem suas relaçöes de 1 Q
parentesco em redes que ela chama de “familias extensas pelo _, - ,“*`g

divorcio” '. Para Stacey, se existe alguma coisa que se possa cha- H. O CQNTEXTO BRASÍLEIRO ›_~;¿¡§; -.^

¡, ¿Q
niar de “l`ami'lia. pos-moderna", não se trata de “um novo mo- yr.
delo de \'id.;i familiar nem o próximo estágio numa ordem pro-
gressive na història da familia, mas o estágio em que se rompe
zi crença numa progressão lógica de estágios”. (Stacey, l990, ,é
IS). Í' s
O pos-moderno no casamento e na familia caracteriza-se _
pelo faro de que. em circunstancias contemporáneas, diferen- ifâiâ
.-
tes padròes de institucionalização das relaçöes atetivo-sexuais
r,-nsstirarn legítimamente zi “coexistin :i colidir. a interpenetrar-
- ¡_ . Â Mgmo i-; if.-\M1'i_iA NA
sel Entre grupos sociais - como as classes medias urbanas GEN›šš%`eiztêiSiÉ.Aç.Äo BRAsiLEiR._=i
- on-de predominavam normas mais rígidas de comportamen- ..,
tos. papeis sexuais dicoiòmicos, a heterogeneidade e a diversi- . , ' - ltima
› -_
decada -' lo passa-
do >€CU
tliide impiiscrum-se. como praticas e como discurso. O casa- se e
paìs escmçcram
do até age guìiszïsamuulheres eram trabalhadoras es-
entao H m1110l'1a _¬.=
_men_1o moderno e zi familiacorijug;i_l_moderna.,.ead;¿iiegämais,- , . _- - ¬o _ domestico
-« *ando _ um
DIQPI*-1
-, i:¿
¿ire
__;
- _Q¡;_1\¡3_5 HQ .ií1\gOUÍa._Ou. '5
i passtircirn ii eonviver leg;it`iriiainentei com iimà pluralidade de - - - - - -¬ ~ ' ulheres
' `
na torçfi de trabalho do_
.s
oiitros padröes de casamento e familia. equilibrio entre håmens Íjgëdadss aoráriasy as mumeres U- ~itfir ;.2:ti›,Ma*
1i
Brasi-l."' __N85 gran 55 --Pm = ¬ao
_ Socia
_- id H Linidadë
-
Embora ii diseussão sobre a pos-modernidade _ enquanto ›_u; .<w_-=›ivam-¬xsemntir.-1§'›:=-i< `§".'f.='.
my =;_,
uma eircunstíincin histórica _ e o pos-moderno - visto co- “mm
. « dlmemes
-_ _ _ papasf para 3 repsrçijxdalin
encarreš- ' -_» <-- tanto _ de trabalhos
_
i
Y
mo um conjunto de tendencias surgidas nestas eircunstíincias
w0.-.W
f5'|1`-
domestica. como esâra\.ÍìšmemS mvidmes çgtidianas C185 ïâ- †
- tenha nascido no Primeiro .\Iundo, ela é uma reäerëneia obri- flfi Moura
_ quam@. asì¿Q f0up;1,cozinha,
" f~bri¬o
=1 @ de sabão e ._,_=e
_.,
.\=.;.:i=r'`»i=r›;':a.-›

Í gzitórizi para zi rellexão sobre as iranslormacöes contemporá-


neas na Sociedade brasil-:ira_ onde os caminhos da moderni-
Zefldas, Lomo Iaxagem
_ ;
vela, costura. cuidados ~¡-an¬as eescravas
dšsìšaïhcsdas welhos, ec mmm
-, vezes!
t . . tc - como 3€- .ÍLS1
im-2,1 *-; -åif

F1 *

/.deão iritegrardm-se åi internacionalizaeão da ordem mundial. nhøfasi admlmstravamdë incapwidade do mariCï0, Ešffïam 05
Tiiriibem zicgui ¿is mudanças econóinicas sociais, politicas, cul-
r.'4É-`H'Ñ›flí!¡LfÄ'lNïI\fi
no caso
, . de VIUVEZ
_ ,. UU '“"-if livres
~. _. mas PO la f es na or- .F
ttirziis. técnicas. espaciais e de género deram-se de tal Forma
1'-wifi* negocios da familia. Como mtllhšïos coljnerciantesa amsãosy
e eni tal direçíio que não apenas se exptindiu o individualis-
vw-H
-ganìzação Social formada
. . . por
, _. mr eiros rriineradores- , Que exis- .Q É
mo, mas produziram-se ditcrenezis, diversidade e fragmenta- a<1ricu1t0Yi'S de Subslsïencïafêlexillwr nasìvilas Dovoados, cida-
ti .~ _ a es. › fïïå.
lr
ti
çiìo social e pessoal. Lma situaeão que não poderia deixar de tia fora das grandes ãrãprš ambulameç de produtos mesa-
¿ei podiam ser ven e or ~ , _ iͱš' '12
..._
rfi' ,__ 2'.

»ft ser experimentada na identidade, no plano das relaçöes inti- ,ms, faros
_
por elas mesmas, emi? rev:-.idas
s nos armâlëflfi de bei-
mus. no casamento e nai familia. . ` _ - ^ ' ¬ tureíras, doceiras.
› f ïišflcu ltoras de subsistencia, LOS
tf;-šfä
-'si'-1.*†

, ,_ t› _
ra de estrada, a=._¿ÉÍ%
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1
ìA$|äl`$^IWfl›'fJfil0^\V<iUl5Q)I

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i '= Para uma zinalise de diferentes dd€lSåš>š) WH* '-e`<'_f\= $-
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