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O alcance expandido dos atores privados e corporativos ocorreu
no contexto da redução do investimento do Estado na educação
pública (e como consequência disso) e dos ataques ideológicos
à educação pública em diferentes contextos globais. Como
resultado, a educação tornou-se um espaço para expandir a
lógica de mercado e aumentar os lucros corporativos.
p25 – sistema educacional serve a competitividade econômica,
é estruturado como um mercado e deve ser gerido como uma
empresa
p33 – primórdios da noção de capital humano – “saber é poder.
O individuo deseja saber para melhorar o destino, e isso desde
suas primeiras experiências de infância” – o saber como um
estoque, como um capital acumulado cuja função é aumentar a
capacidade humana de dominação da natureza a fim de faze-la
servir melhor a seu bem estar.
P 51 – capital humano – “estoque de conhecimentos
economicamente valorizáveis e incorporados nos indivíduos”
(..) os conhecimentos, as qualificações, as competências e as
características individuais que facilitam a criaçnao do bem estar
pessoal, social e capital humano”
P 67 – “a industrialização e a mercadorização da existência
estão redefinindo o homem como um ser essencialmente
econômico e um individuo essencialmente privado” (...)
Elas envolvem tanto as contribuições financeiras diretas a
escolas, distritos, governos e organizações não governamentais
(ONGs), quanto pressões por reformas especificas de política
pública educacional
O fato de que havia gente nessa rede dos dois maiores partidos
políticos (PT e PSDB) permitiu que a BNCC se tornasse uma
iniciativa apartidária de política pública. Membros do
Movimento pela Base enfatizam essa característica
“apartidária” da BNCC como especialmente importante durante
os momentos mais tensos do processo.
Em 2015 e 2016, enquanto os funcionários do Ministério da
Educação (MEC) estavam ocupados com a redação da primeira
e da segunda versões da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), o Brasil enfrentava sérias crises políticas.
Assim que o MEC publicou a segunda versão da Base, o ministro Aloízio Mercadante
e o secretário de Educação Básica, Manuel Palácios, “entregaram” o documento ao
Conselho Nacional de Educação (CNE). O objetivo era tirar a BNCC do controle do
MEC e transferir esse controle para o Conselho Nacional de Secretários de Educação
(Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Esses
conselhos poderiam encarregar-se de organizar seminários em cada estado brasileiro, o
que permitiria o encontro de centenas de professores por dois dias para avaliar a
segunda versão da BNCC. Esses 27 seminários ocorreram rapidamente, entre junho e
agosto de 2016, a despeito de alguns dos maiores abalos na história política do Brasil.
Durante o seminário em Goiás, um representante do MEC anunciou que a Secretaria de Educação
Básica do MEC, que conduzira o processo de redação da BNCC, já não seria responsável pela
formulação dessa política pública. A nova secretária executiva do ministério, Maria Helena
Guimarães de Castro, passaria a controlar todo o processo. O representante do MEC explicou que
havia planos para uma grande reforma do sistema de Ensino Médio e que, antes disso, não fazia
sentido finalizar os padrões para o Ensino Médio.