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Farmacologia: princípios gerais na preparação e administração de medicamentos:

 Farmacologia: ciência que estuda os fármacos, princípios activos (medicamentos) e as suas acções no
organismo.
 Fármaco: agente químico capaz de modificar as funções dos seres vivos – acções farmacológicas.
 Medicamento: fármaco usado com fins terapêuticos

Dose /Dosagem:

 Dosagem – quantidade de um fármaco prescrito para determinado doente ou situação


 Dose – quantidade calculada de um medicamento que deve ser tomado de cada vez

Dose/ Efeitos:

 Dose terapêutica – dose necessária para que se obtenham efeitos terapêuticos


 Dose tóxica – dose em que aparecem manifestações tóxicas
 Janela terapêutica – gama de concentração entre a concentração mínima eficaz e a concentração máxima,
acima da qual os efeitos tóxicos ultrapassam o efeito terapêutico desejado. Estas concentrações estão
associadas as efeito e correspondem a um alto grau de eficácia e a um baixo risco de toxicidade

Princípios gerais na preparação/ administração de medicamentos:

1. Prescrição terapêutica:
a. Tipos de prescrição
b. Componentes da prescrição do medicamento
c. Abreviaturas
d. Equivalência
2. Formas de prescrição:
a. Factores que influenciam a escolha da via de administração

Tipos de prescrições:

 Padronizada ou fixa – é mantida ate que o medico a cancele, ou, até que se esgote o prazo de dias da
prescrição
 SOS – geralmente o medico estabelece os intervalos mínimos para o tempo de administração. Implica
avaliação pormenorizada e prudência na determinação da necessidade da pessoa. O enfermeiro deve
registar além dos dados referentes à prescrição, a avaliação efectuada, hora de administração e avaliação da
eficácia (surtiu efeito)
 Única – utilizada antes de exames, intervenções cirúrgicas, …, medicamento a administrar uma vez, a hora e
momento especifico
 Urgente/ imediata – a administração de qualquer prescrição urgente tem prioridade sobre as outras
intervenções de enfermagem. O enfermeiro deve efectuar o registo pormenorizado do episódio
 Protocolada – indicações a serem seguidas por rotina até serem canceladas por outras. Implica avaliação das
condições da pessoa e existência de protocolo. É utilizada em unidades de cuidados especiais, onde as
pessoas recebem cuidados semelhantes.

Componentes essenciais da prescrição de medicamento:

A prescrição médica é efectuada em folha própria, integrada no processo do doente.

 Nome completo do utente e outros dados de identificação


 Data em que a prescrição foi efectuada
 Nome do medicamento
 Forma farmacêutica ou medicamentosa
 Dose
 Via de administração
 Tempo e frequência de administração
 Frequência de administração
 Assinatura do médico

Abreviaturas:

Forma de prescrição:

A prescrição terapêutica é efectuada por escrito ou sistema informatizado. Se efectuada pelo telefone ou
verbalmente (urgente) deve atender ao seguinte:

 Transmitir ao médico todas as informações relativas à situação do utente


 Ouvir atentamente a prescrição
 Repetir a prescrição que recebeu
 Clarificas as dúvidas ou os elementos imprecisos da prescrição
 Clarificar dúvidas relativas à pertinência da prescrição
 Registar a prescrição

Avaliação inicial:

 Verificar o diagnóstico médico


 Verificar a idade do utente, o seu peso e estatura
 Verificar o estado de consciência
 Determinar o grau de conhecimentos do utente, relativamente ao esquema terapêutico
 Fazer uma avaliação completa dos aspectos específicos relacionados com o medicamento a administrar
 Avaliar experiências anteriores do utente, relativamente aos medicamentos
 Identificação de fármacos que a pessoa toma diariamente
 Antecedentes alérgicos
o É importante distinguir o tipo de alergia e choque anafilático, das tolerâncias medicamentosas que
são efeitos secundários

Registar de forma bem visível, na capa do processo e na folha de terapêutica, o nome do medicamento a que a
pessoa é alérgica.

Reacções alérgicas moderadas:

Sintoma Descrição
Urticária Erupções cutâneas de formato irregular, salientes, com
vários tamanhos e formas, bordos avermelhados e
centro descorado
Eczema (rash) Vesículas salientes, pequenas, geralmente avermelhadas
e distribuídas por todo o corpo
Prurido Sensação de comichão na pele, presente em quase
todos os rashes cutâneos
Rinite Inflamação da mucosa nasal com edema e corrimento
aquoso
Sibilos Ocorre inicialmente na inspiração por constrição grave
das vias aéreas. A evolução do edema da faringe agrava
a obstrução ao fluxo de ar

Reacções alérgicas graves com choque anafilático:

 Constrição dos bronquíolos com dificuldade respiratória


 Edema da faringe e da laringe
 Respiração superficial
 Hipotensão grave
 Nos casos graves, pode ocorrer morte

Factores que influenciam a escolha da via de administração:

 Via oral – permite a auto-administração: é económica; confortável; raramente causa ansiedade


o Desvantagens/ contra-indicações
 Situações de urgência
 Alterações da função gastrointestinal: náusea, vomito, motilidade reduzida (inflamação
intestinal, ressecção cirúrgica de uma porção do tracto gastrointestinal).
 Aspiração gástrica
 Alterações de deglutição (lesões bucais, esofágicas e neuromusculares)
 Alterações do nível de consciência
 Antes de alguns exames de diagnóstico e cirurgias

Administração de medicamentos por via oral – considerações gerais:

Administrar com um líquido e em quantidade adequada, sendo a água o liquido de eleição (60ml) com excepções. Os
medicamentos por via oral não devem ser administrados em casos de perda de consciência. A utilização de leite,
sumos ou outros poderá levar ao risco de interacções (medicamento – alimento) que poderão afectar a
concentração do fármaco.

 Triture os comprimidos e misture-os com um líquido, para administração por sonda nasogastrica
 Misture medicamentos em pó com um líquido e administre imediatamente
 Não triture ou divida medicamentos com revestimento entérico (cápsulas)
 Administre medicamentos em pó ou comprimidos efervescentes, imediatamente após dissolvidos em água
 Evite dar líquidos, imediatamente após, ter administrado um medicamento que exerce efeito sobre a
mucosa oral
 Proteja o utente da aspiração do medicamento, posicionando-o correctamente. Elevar o tronco para que a
força da gravidade ajude a deglutição do medicamento.
 Caso tenha mais do que um medicamento a tomar, tome um de cada vez.
Padrões relacionados com o uso de medicamento no idoso:

 Polimedicação – o idoso toma vários fármacos na tentativa de tratar vários problemas, o que aumenta o
risco de interacções com outros medicamento ou alimentos
 Auto medicação – o idoso frequentemente procura alívio de vários problemas com medicamentos sem
receita médica, remédios populares e chás
 Má utilização de medicamentos – inclui abuso, toma insuficiente ou irregular e uso contra indicado de
medicamentos
 Falta de adesão – definida como a toma deliberadamente errada de medicação. O idoso altera a dose por
ineficácia, ou, efeitos secundários da mesma.

Influência da acção de medicamentos em indivíduos idosos:

Sistema orgânico e alteração fisiológica Acção do medicamento/ reacção do utente


Cavidade oral – perda de elasticidade da mucosa oral, Maior sensibilidade aos medicamentos que causam
mucosa seca, escoriações secura da boca; susceptibilidade às doenças gengivais e
cáries dentárias
Esófago – esvaziamento esofágico lento devido às Dificuldade de deglutição de comprimidos grandes ou
contracções fracas e deficiência de relaxamento do cápsulas; erosão do tecido causada por medicamentos
esfíncter esofágico inferior (aspirina, …)
Estômago – diminuição da acidez gástrica e do Potencialização dos efeitos irritativos dos medicamentos
peristaltismo altamente ácidos
Intestino grosso – tônus muscular reduzido, perda do Lentidão na excreção do medicamento; uso abusivo de
reflexo de defecação laxantes
Fígado – redução do tamanho; diminuição do fluxo Tempo de biotransformação mais prolongado; maior
sanguíneo hepático duração do efeito; maior risco de sensibilidade e
toxicidade (dificuldade de degradação do medicamento,
maior tempo de absorção)
Rins – redução da filtração glomerular da função tubular Risco de acumulação do medicamento e toxicidade
e fluxo sanguíneo renal (rede glomerular mais fina)
Pele e vasos – redução da espessura das pregas Fragilidade dos vasos sanguíneos; utente propenso a
cutâneas; fragilidade da pele e vasos hemorragia leve após injecção

Administração de medicamentos por via oral – aspectos a considerar na criança:

 Administrar em formas líquidas. São mais seguras para deglutir e evitam a aspiração. Nunca diluir
medicamentos no biberão
 Utilizar apenas uma pequena quantidade de líquido (água), para diluir o medicamento (se necessário)
 Utilizar seringa, para preparar doses de medicamentos líquidos
 Utilizar para administração de líquidos uma colher, copo de plástico ou seringa (sem agulha)

Classificação fármaco – terapêutica. Conforme índice nacional terapêutico… considerações gerais:

1 – Medicamentos anti-infecciosos:

Administrados rigorosamente conforme os horários de administração. Manter níveis dentro da janela terapêutica:

 Se aumentar intervalo – aumentam as resistências adquiridas dos microrganismos (existe um tempo de


actuação se ultrapassarmos esse tempo o microrganismo tem tempo de ganhar resistência aos
medicamentos)
 Se diminuir o intervalo – aumenta a toxicidade (níveis séricos acima da Cmaxe (concentração máxima eficaz)
Nota: tuberculose multi resistente – 1 comprimido de manha em jejum por dia (10 comprimidos durante 6 meses a 1
anos) se não se tomar regularmente, mesmo sem sintomatologia, o microrganismo pode ganhar resistência ao
medicamento. Quando começa o medicamento deixa de ser contagioso.

2 – Sistema nervoso central:

 2.5 – Antiparkinsónicos (anticolinérgicos e Dopaminomiméticos): administram-se fora das refeições devido


aos seus efeitos secundários (náuseas, vómitos, anorexia, alterações gastrointestinais, tonturas e hipotensão
postural (ao mudar da posição do alto para baixo dá-se diminuição da pressão arterial), …)

Parkinson é uma doença degenerativa por falta de dopamina no cérebro com dificuldade em iniciar os movimentos
devido à rigidez muscular, com posição curvada e tremores

 2.9 – Psicofármacos:
o 2.9.1 – Ansioliticos sedativos e hipnóticos:
o Diminuem a ansiedade, actividade motora, produzem relaxamento muscular… leva a dificuldades de
concentração, sonolência, amnésia, … conforme o seu efeito podemos designar:
 Tranquilizantes/ ansioliticos – efeito especifico sobre ansiedade e agitação mais sedação
 Hipnóticos ou indutores do sono - são usados para tratar insónias, como
anticonvulsionantes, controlo do sindroma de privação do álcool podem ser não
barbitúricos (benzodiapezinas) ou barbitúricos (fenobarbital).

Todos os tranquilizantes potenciam os depressores do SNC (barbitúricos) assim quando se administra (valium) a um
doente tratado com fenobarbital, as acções deste são potenciadas podendo levar a paragem respiratória. A
administração deste tipo de fenobarbitais deve ser muito rigoroso e especifica pois erros de administração na dose
exacta ou fora da janela terapêutica podem levar a complicações como paragem respiratória ou cardíaca por estes
medicamentos induzirem relaxamento muscular.

o 2.9.2 – Antipsicóticos: administrados rigorosamente conforme a prescrição de 8 em 8 horas e ao


deitar. A administração deste tipo de fármacos com janela terapêutica reduzida pode levar:
 Aumento do risco de sobre dosagem por aumento dos níveis séricos (efeitos secundários:
efeitos piramidais (tremores), secura da boca, alterações da função hepática, …)

o 2.9.3 – Anti-depressores:

o 2.9.4 – Lítio …intolerância ao álcool; administrar com alimentos, normalmente ao levantar, … evita a
mania (alteração para humor alegre)

 2.10 – Analgésicos e antipiréticos:


o Analgésicos e antipiréticos saliciados (derivados de AAS (acidoacetilsalicilico)).
 Inibidores da produção de PG-2 (prostoglandinas)
 Administrar preferencialmente após as refeições (grandes refeições)
 AAS leva à diminuição de PG-2 e diminuição da protecção da mucosa gástrica o que por sua
vez leva ao aumento do risco de hemorragia. Efeito anti-agregante plaquetário (aspirina –
em baixas concentrações) e efeito inibidor da vitamina K.

o Analgésicos e antipiréticos anilidicos: paracetamol e derivados


 Inibidores da produção de PG, administrados normalmente de 4 em 4 horas
 Manter regularidade das administrações dentro da janela terapêutica de modo a não haver
toxicidade hepática
 2.12 – Analgésicos estupefacientes:
o Opiáceos (alcalóides do tipo da morfina) – induzem relaxamento muscular
o Manter intervalos regulares
o Fenómenos de dependência e tolerância
o Efeitos secundários – depressão respiratória, da consciência, vómitos, obstipação marcada
(administração de laxantes)

3 – Aparelho cardiovascular:

 3.1 – Cardiotónicos:
o 3.1.1 – Digitálicos: (dose terapêutica muito próxima da dose tóxica)

Indicações: tratamento da insuficiência cardíaca congestiva; taquirritmias; fibrilação e flutter auricular; taquicardia
paroxistica aurícular, … aumento da força cardíaca com menor frequência de batimentos; aumento da
contractilidade do coração

Mecanismo de acção: aumento da energia de contracção cardíaca: efeito inotrópico positiva. Aumento do tempo de
condução aurículo-ventricular, aumento do período refractário

Efeitos terapêuticos: aumento do débito cardíaco (efeito inotrópico positivo); diminuição da frequência cardíaca
(efeito cronotrópico negativo)

Contra-indicações: tratamento do EM; arritmias ventriculares não controladas; bloqueio AV, …

Interacções: tiazidas, diuréticos da ansa, corticosteróides… levam a hipocalemia (aumento do risco de toxicidade).
Espironolactona aumento da semi-vida da digoxina (necessário aumentar intervalos ou diminuir doses). Bloqueadora
beta adrenergicos e outros antiarritmicos (bradicardia aditiva). Anti-ácidos (aumento da absorção); hormonas da
tiróide (diminuição dos efeitos terapêuticos). Fenobarbital (diminuição da metabolização do digitálico). Refeição com
alto teor em fibras pode diminuir a absorção.

Intervenções de enfermagem:

 Administrar de manha. Atenção à dose e via. Inicio da actividade laboral.


 Monitorizar o pulso (apical) durante 1 minuto antes da administração – frequência e ritmo cardíacos
 Não administrar e avisar o médico se:
o A frequência do pulso dor inferior a 60 batimentos por minuto nos adultos; inferior a 70 batimentos
por minutos nas crianças e inferior a 90 batimentos por minuto no lactente
o Se houver alterações do ritmo, pulso bigeminado (palpando sentimos 2 batimentos em vez de um)
o Se vómitos incoercíveis (continuados) ou outros sinais de intoxicação
 Monitorizar diariamente a TA, BH (diferença entre liquido ingerido e liquido eliminado; liquido eliminado
tem de ser maior que liquido ingerido), diurese, peso, edemas (zonas maleolares, abdómen, tornozelos), …
 Monitorizar a existência de alterações locais, quando se administra o digitálico por via parentérica
 Evitar a administração de antiácidos ou antidiarreicos nas 2h seguintes à toma do digitálico (digoxina)
 Observar sinais e sintomas indicativos da eficácia do tratamento (ECG, analises sanguíneas, ionogramas, …)
 Observar sinais e sintomas de toxicidade:
o Nos adultos e crianças os primeiros sinais incluem dores abdominais, anorexia, náuseas, vómitos,
distúrbios visuais, bradicardia, arritmias, …
o Nos lactentes e nas crianças pequenas os primeiros sinais de sobredosagem são normalmente as
arritmias cardíacas.
 Observar com frequência os doentes que tem mais predisposição para a intoxicação:
o Idosos
o Doente com insuficiência renal, ou respiratória crónica
o Doentes com alteração electrolítica, hipocalemia, hipomagnesemia, hipercalcemis (potencia a acção
do digitálico)

 3.2 – Antiarritmicos: corrigem ritmo cardíaco dilatando as artérias e diminuindo o oxigénio utilizado pelo
coração.
o Administrados de acordo com o programa de gestão da actividade da pessoa. Horário de
administração é de horas certas pela manha

 3.4 – Anti – Hipertensores:


o 3.4.1 – Diuréticos: fármacos que promovem a excreção de agua e sódio…
o Diuréticos de ansa – furosemida – inibem a reabsorção de sódio e do cloro através da ansa de henle
e dos tubulos renais distais; aumento da excreção de água, sódio, cloro, magnésio, hidrogénio e
cálcio. Utilizados em situações em que não se exige uma acção muito rápida
o Diuréticos poupadores de K – espironolactona – provocam excreção de bicarbonato de sódio e de
cálcio enquanto conserva o K e iões de hidrogénio
o Diuréticos tiazidicos – clorotiazida – aumento da excreção de sódio e de água por inibição da
reabsorção de sódio no tubulo distal; promove a excreção do cloro, K magnésico e bicarbonato.

Indicações – edema secundário da insuficiência cardíaca congestiva; doença hepática ou renal; usado isoladamente
ou em combinação com antihipertensores, no tratamento da hipertensão, …

Efeitos terapêuticos – diurese e mobilização subsequente do excesso de líquidos (edemas, derrames pleurais, …)
aumento da pressão arterial

Contra-indicações e precauções – disfunção hepática, doentes geriatricos, diabetes mellitus, insuficiência renal, …

Intervenções de enfermagem:

 Administrar de manha e não para além das 17 horas em jejum uma vez por dia, atenção à dose e via
(furosemida – oral, IM, IV (SOS), …)
 Monitorizar o BH ou simplesmente controlo da diurese.
 Monitorizar peso diário, a perda ponderal diária não deve ultrapassar 0,45 a 0,9 kg
 Observar sinais de desidratação (secura da boca, sinal de prega (pele cola))
 Monitorizar edemas, perímetro umbilical maleolar, sinal de godet (quando fazemos pressão num local e ao
retirarmos o dedo a pressão na pele continua é sinal que exigem excesso de líquidos no local)
 Observar efeitos secundários: náuseas, vómitos, diarreia, …, tonturas, cefaleias, sonolência, fraqueza, fadiga,
cãibras, hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia, …
 Verificar todo o esquema terapêutico do doente – interacção: hipotensão aditiva com antihipertensores;
hipocalemia aditiva com outros diuréticos, hipocalemia pode aumentar a toxicidade dos digitálicos; pode
aumentar a eficácia dos anticoagulantes.
 Ionograma
 Verificar o cumprimento de outras orientações como a dieta hipossalina…

 3.5 – Vasodilatadores:
3.5.1 – Antianginosos: melhor oxigenação do miocárdio; combater a angina de peito – grande dor no
peito devido à obstrução das artérias coronárias que leva à contracção do coração. Administrar 1 a 2 horas
após as refeições
 3.7 – Antidislipidémicos: colesterol; administrar à noite

4 – Sangue:

 4.1 – Antianémicos: ferro, vitamina B12 e acido fólico – combater a diminuição da hemoglobina no sangue
o Administrados com as refeições (aumenta a sua absorção e diminuem os efeitos indesejados que
ocorrem quando administrados isoladamente: náuseas, vómitos, diarreia
o Ferro (altera coloração da urina e fezes que ficam avermelhadas, estraga o esmalte dos dentes) e
vitamina B12 podem ser administraras por via parentérica

 4.2 – Anticoagulantes e antitrombóticos: impedem não só a formação de trombos como a extensão dos já
formados. Os fibroliticos ou tromboliticos (estreptoquinase, urokinase) são úteis para dissolver os trombos

Indicações: prevenção e tratamento das alterações tromboembólicas, incluindo a trombose venosa profunda, a
embolia pulmonar e a fibrilação auricular com embolismo.

o
4.2.1 – Anticoagulantes: perigo de hemorragia se não controlados
o
Contra-indicações – quando existe probabilidade de hemorragia (D. com aneurismas, ulcerativas
crónicas, D. com insuficiência hepática e renal, após cirurgias). Doentes que não podem ser
submetidos a controlo.
o As vias de administração – oral (varfina), SC r IV (heparina), administração normalmente ao fim da
tarde
 Anticoagulantes orais (Varfarina) – cumarinicos
o Administrados sempre à mesma hora e diariamente – atenção às interacções medicamentosas e
dietéticas – o uso crónico do álcool diminui a sua acção

 Heparina: a terapia com heparina é utilizada para garantir a anti coagulação e reduzir o risco de formação de
trombos (pessoas hospitalizadas, com doença cardiovascular, cancro, …). A heparina não pode ser
administrada via oral pois é destruída pelas enzimas digestivas. É administrada no hospital via IV ou SC.
o Uma situação grave pode ser revertida com sulfato de protamina
o As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) são fraccionadas, tem concentrações expressas em
sistemas diferentes, unidades ou outros: exemplos:

o Solução injectável em seringas pré-cheias, para administração SC na barriga, flancos. As HBPM têm
grandes propriedades anti-tromboticas, associadas a efeito mínimo de hemorragia, absorção mais
uniforme.

 As diferentes heparinas de baixo peso molecular não podem ser usadas alternativamente
 Vigilância laboratorial e clínica. Pode ser pedido com alguma frequência o PT e aPTT para verificar o efeito
terapêutico desejado com a heparinização
 A dose deve ser exacta e no horário cumprido.
 Monitorizar sinais de hemorragia
 Evitar medicamentos que intensificam e diminuem a acção dos anticoagulantes. Vitaminas C, digitálicos, anti
histamínicos diminuem efeito da heparina, a estreptoquinase provoca alguma resistência, antiácidos;
barbitúricas aumentam metabolismo dos cumarinicos. AAS, AINES (anti-inflamatórios), algumas penicilinas
influenciam a função plaquetaria levando a hemorragia
 Evitar alimentos que intensificam ou diminuem a acção da heparina (vitamina K, espinafres, brócolos)

4.3.1.2 – Antivitaminicos K

4.3.1.3 – anti-agregantes plaquetarios

4.3.1.4 – Fibrinoliticos ou tromboliticos

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