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ORIENTAÇÕES PARA

AUTORES INICIANTES
Apresentando seu texto para uma editora
Impresso no Brasil

Depósito Legal na Biblioteca Nacional,


conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907

É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo,


inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de
direitos autorais constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei
nº 6.895, de 17/12/1980) sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações
diversas (Lei nº 9.610/98).

Todos os direitos desta Edição reservados à Editora PMC.

2
ANA CORDEIRO

ORIENTAÇÕES PARA
AUTORES INICIANTES
Apresentando seu texto para uma editora

1ª Edição

São Paulo

2017

3
Copyright do texto © Ana Cordeiro, 2017.

DIREÇÃO EDITORIAL
Ana Gomes
DIAGRAMAÇÃO, REVISÃO E CAPA
Ana Paula Cordeiro
ASSISTÊNCIA EDITORIAL
Fredy Moraes
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Gráfica Design Visão

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil).

G633o
Gomes, Ana, 1976
ORIENTAÇÕES PARA AUTORES INICIANTES:
Apresentando seu texto para uma editora / Ana Cordeiro; 1ª
Ed. – São Paulo: APMC, 2017.
60 Págs. 14,8 x 21,0 cm;
ISBN 978-85-9575-016-6
1. Língua e Literatura 2. Escrita Criativa
CDD 372.4
Índice para catálogo sistemático:
1. Literatura Brasileira 301

1ª Edição – São Paulo – SP

Editora APMC – 55 (11) 2589-4268


CNPJ 20.759.863/0001-54 – IE 143.775.130.111
Rua dos Piavunas, 22 – São Paulo – SP – 04473-040
www.editoraapmc.com – contato@editoraapmc.com

4
“Um livro deve ser o machado que
quebra o mar gelado em nós.”

Franz Kafka

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SUMÁRIO

Apresentação ................................................................... 9

INTRODUÇÃO ............................................................... 11

PARTE 1: A publicação .................................................. 15

DICA para facilitar sua vida com o editor!....................... 17

Abordando o editor profissionalmente ............................ 18

O Book proposal ............................................................. 20

PARTE 2: Formando seu público leitor .......................... 26

As dificuldades do mercado e como superá-las ............. 29

As novas possibilidades de divulgação oferecidas pela


internet ........................................................................... 30

Conheça e engaje a sua audiência ................................ 36

A divulgação nos meios tradicionais ............................... 39

Conclusão....................................................................... 45

Dica de livros para escritores iniciantes ......................... 47

44 Livros para ser escritor – Leitura obrigatória (ou quase


isso) Manuais para escritores ......................................... 53

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8
Apresentação

Como escritora e editora às vezes recebo e-mails


de autores iniciantes que me enviam trechos do seu
primeiro livro, necessitados, não de um serviço, mas de
uma simples orientação profissional. O que tem me
surpreendido, contudo, não é só o aumento no número
desses pedidos, mas a incrível semelhança entre eles.
Muitos jovens escritores compartilham as mesmas
dúvidas, inseguranças, angústias, e até os erros que
cometem nos seus manuscritos!

Então pensei: por que não escrever uma coleção


específica nessa área, orientando escritores iniciantes?

Para fins práticos, anotei algumas das dúvidas


mais comuns e redigi alguns livros, cada um, tratando de
um dos assuntos mais questionados.

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Aqui você vai encontrar algumas dicas do que você
precisa saber para escrever suas histórias, aperfeiçoar
sua técnica, dar destino editorial ao seu livro e se guiar
pela carreira de escritor.

Boa leitura!

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INTRODUÇÃO

Uma vez cruzada a árdua e longa travessia de se


concluir um livro — seja ele um romance, uma coletânea
de contos ou de poesia —, o escritor se depara, em
seguida, com outro desafio: o de encontrar uma editora
que queira publicar sua obra. E de preferência que faça
isso realizando um bom trabalho editorial: uma boa
preparação e revisão do texto, um projeto gráfico de miolo
e capa condizentes com a proposta do livro; além de
suporte na distribuição e divulgação para que a
publicação possa chegar aos seus leitores.

E o que é ainda mais difícil: fazer tudo isso sem


cobrar do autor — ou pelo menos, sem cobrar valores
exorbitantes. Pois sabemos que hoje a oferta de editoras
no mercado não é pequena, mas são poucas aquelas que
topam correr o risco de apostar em um livro sem
garantias, publicando a obra de um autor ainda
desconhecido e que não tem ainda um público leitor

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assegurado. Na verdade, esta postura é compreensível,
afinal, uma editora uma empresa como qualquer outra,
que precisa pagar suas contas, seus funcionários, seus
impostos etc.

Só faz sentido investir num projeto se ela


vislumbrar a possibilidade de, com ele, obter algum
sucesso financeiro. Ao menos um que lhe permita cobrir
seus gastos e pagar o trabalho dos profissionais
envolvidos, incluindo o seu próprio.

Posso dizer isso com conhecimento de causa, pois


tenho uma editora há quase 8 anos e sei que não é nada
nada fácil manter uma.

O fato é que, no final das contas, a menos que


você já seja um autor consagrado ou que esteja disposto
a pagar o que as editoras vão te pedir, conseguir publicar
o seu livro não é uma tarefa muito fácil. Mas também está
longe de ser impossível.

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O grande problema é que o autor, 95% das
vezes ou mais, não sabe como funciona o mercado
editorial, não entende o que as editoras esperam dele
e, consequentemente, acaba realizando uma
abordagem amadora que, ao invés de seduzir o editor,
acaba por afastá-lo.

Por isso, eu e minha equipe resolvemos fazer este


e-book. Para auxiliar você nessa odisseia rumo à
publicação e projeção do seu livro no mercado.

Como o enfoque dele é a relação do autor com o


editor, falarei também sobre o que este profissional
espera do escritor após a publicação. Afinal, você
entenderá, após ler este texto, que conseguir publicar o
livro é só o começo de uma jornada muito maior.

A título de organização, dividi este manual em duas


partes: na primeira, falarei sobre o processo desde a
busca da editora ideal para publicar o seu original até o
que você deve fazer para convencê-la a investir em você
e, em seguida, negociar as condições da sua publicação.

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Na segunda, falarei sobre as estratégias de
divulgação do seu livro. Ou seja, sobre o que você pode e
deve fazer para formar uma rede de leitores e gerar
interesse pela sua publicação, impedindo que suas
vendas minguem depois do lançamento. Você sabia que
quase 100% dos livros de novos autores literalmente
desaparecem depois de lançados? Isso acontece porque
é muito difícil competir com a infinidade de publicações
que inunda as livrarias todos os dias — publicações
essas, na maior parte das vezes, de nomes já
consolidados no mercado. Mas a verdade é que se não
souber criar e manter aceso o interesse pelo seu livro,
você está fadado a ser completamente esquecido após a
sua noite de autógrafos.

E como fazer isso? Como fazer com que um


completo desconhecido sinta um genuíno interesse em ler
a sua história? Como fazer com que ele escolha o seu
livro e não o do último best seller ou Prêmio Nobel?

Bom, leia este livro até o final e você saberá!

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PARTE 1: A publicação

Terminei de escrever meu livro. E agora?

Triagem: Encontrando a editora certa

Estima-se que atualmente haja mais de 700


editoras em atividade no mercado editorial. Dessa forma,
é comum que, após ter concluído o seu original, o autor
se sinta perdido, com a sensação de não saber aonde ir.
Somasse a isso o fato de que, muitas vezes, as editoras
não deixam claro, em seus sites e redes sociais, se são
editoras ou prestadoras de serviço; se realizam de fato
uma curadoria e investem no autor ou se sim-plesmente
cobram um valor para publicar o seu livro.

Portanto, é fundamental que você próprio seja


capaz de fazer essa triagem.

15
Uma triagem inclui, antes de qualquer coisa, uma
boa pesquisa e seleção de que editoras no mercado têm
uma linha editorial condizente com o seu livro.

Não adianta nada perder o seu tempo e quei-mar


cartucho enviando o seu original de fanta-sia, por
exemplo, para uma editora que não publica literatura de
gênero. Ou mandar um livro de poesia para uma casa
editorial que só publica romances. Essa prática é MUITO
comum por parte dos autores que ainda estão começando
a se familiarizar com o mercado.

O grande problema é que, toda vez que recebemos


um original que não tem nada a ver com os livros do
nosso catálogo, fica muito claro que o autor não se deu
ao menos ao trabalho de procurar saber sobre a editora
pela qual ele diz querer publicar o seu livro.

E pior: muitas vezes, esses autores chegam


dizendo que amam a sua editora e os livros que você
publica quando está evidente que eles sequer a
conhecem. Essa atitude pode pegar muito mal para o

16
autor e é muito provável que o editor nunca mais abra um
e-mail dele novamente.

Resumindo: faça uma boa pesquisa de mercado


antes de começar a enviar indistintamente o seu original,
selecionando as editoras que têm um catálogo cujo perfil
tem a ver com o livro que você pretende publicar.

Selecione duas ou três casas e envie o seu original


para elas acompanhada de um book proposal. A
abordagem profissional e a redação de um bom book
proposal serão os assuntos dos nossos próximos tópicos.

DICA para facilitar sua vida com o editor!

Procure conhecer a metodologia da Editora na qual


você pretende publicar seu livro.

Se tem uma coisa que deixa o editor muito bem


impressionado é quando o autor que está querendo

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publicar cita, pelo menos, um título do catálogo dele. Fico
feliz quando um autor me aborda dessa forma. O fato de
terem, antes de me procurar, buscado conhecer o
trabalho da Editora, mostra que teve interesse em
conhecer nosso trabalho.

Afinal, espera-se que se você pretende publicar o


seu livro por determinada editora é porque a conheceu e
se identificou com o seu trabalho.

Abordando o editor profissionalmente

O segundo passo para aumentar as suas


chances de publicação por uma boa editora é realizar
uma abordagem profissional. Se tem uma coisa que eu
recebo TODOS os dias pela Editora APMC é e-mail de
autores me pedindo para que eu “dê uma olhada nos
seus textos e uma opinião sobre eles”. A princípio,
parece um pedido inofensivo, eu sei. O problema é que
fazer uma leitura crítica de um texto é um trabalho como

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outro qualquer, que exige tempo, dedicação e
conhecimentos específicos. O editor, tal como um
médico, um advogado ou um marceneiro, é um
profissional. Para ter a capacidade de avaliar
acuradamente um texto, ele certamente estudou, leu
muitos livros e teve que desenvolver essa habilidade
com muita prática.

Por isso, pedir a este profissional que leia um texto


ainda em andamento para que ele dê uma opinião mostra,
inclusive, desconhecimento da parte do escritor do seu
próprio metiê. Afinal, ele, melhor do que ninguém, deve
saber o quão trabalhoso é produzir e avaliar um texto.

Apenas envie o seu texto para as editoras quando


você já o tiver concluído. É fundamental também que o
seu original esteja devidamente revisado e formatado de
acordo com os padrões editoriais.

Resumindo, é fundamental que o editor perceba


que, do outro lado, há um profissional e não um amador.

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O Book proposal

Uma maneira profissional de apresentar o seu


projeto é enviando o seu original acompanhado de um
Book Proposal. O que é isso? O Book Proposal é um
documento que contém informações fundamentais e
objetivas acerca do escritor e do livro que ele pretende
publicar, tais como: minicurrículo do autor, resumo em até
cinco linhas e detalhes técnicos da obra, além de uma
justificativa de por que seria interessante para o editor
publicá-la.

Vejamos de perto cada um desses itens:

1.Título do livro:

Aqui deverá constar apenas o título do seu original,


sem mais delongas. Exemplo: “Suicidas”. Se seu livro faz

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parte de um projeto de trilogia ou de uma série de vários
volumes, isso também deverá ser indicado.

2. Mini currículo do autor:

Aqui deverá vir um currículo resumido seu,


mencionando sua formação profissional e destacando
suas realizações literárias, tais como: publicações solos
e/ou em sites, revistas e coletâneas, participação em
eventos literários, premiações etc.

Com moderação, sua biografia pode conter sua


experiência em outras áreas do conhecimento que não
sejam estritamente literárias. Você pode ser
musico/musicista, terapeuta holístico, ter passado sete
anos em contato com uma cultura pouco conhecida do
público brasileiro, entre outras coisas que chamam
atenção na sua personalidade e que não estão,
necessariamente, no original que você produziu agora.

21
No entanto, pensando como escritor profissional,
você deve se acostumar à possibilidade de que editores
tenham seus próprios projetos para propor a você.
Portanto, não desconsidere a possibilidade de que o
editor veja na sua escrita uma possibilidade que você
mesmo ainda não vislumbrou.

No mini currículo também deverão constar dados


como: endereço, idade, telefone e e-mail de contato.

3. Sinopse:

Uma boa sinopse deve ser clara e objetiva e


descrever em poucas linhas o conflito central da sua
narrativa. Nesse momento não cabe fazer análises acerca
da história ou considerações sobre por que ela é ou deixa
de ser interessante, se tem ou não potencial de conquistar
este ou aquele público de leitores e etc. Esses pontos
deverão ser contemplados mais adiante, na justificativa do
projeto.

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A sinopse deve ser mais curta e impessoal
possível focando na trama da sua história. Para assegurar
a objetividade desejável, é recomendável o uso mínimo
de adjetivos.

Exemplo: Nove jovens de classe média alta e uma


Magno 608 são encontrados em um porão. O que poderia
ter levado universitários da elite carioca – e
aparentemente sem problemas – a participarem de uma
roleta-russa? Está per-gunta irá conduzir o leitor pelas
páginas do ro-mance “Suicidas”, de Raphael Montes.

4.Justificativa:

Como o nome sugere, aqui você deverá justificar o


seu projeto, isto é, elencar os motivos pelos quais o editor
deve investir nele, publicando o seu livro. Lembre-se
sempre de que a editora é uma empresa como qualquer
outra e não uma instituição filantrópica. Por mais duro que
isso possa parecer, o editor não está preocupado em

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realizar o seu sonho, mas sim em saber se o original que
está recebendo é coerente com o catálogo dele e se sua
publicação pode ou não gerar um retorno financeiro
proporcional ao investimento que ele vai realizar.

Nesse sentido, cabe você ressaltar:

 O quanto o seu livro se adequa ao


perfil da casa editorial em questão.

 Se for o caso, assinale a sua autoridade ou


motivação pessoal para escrever o texto: foi
baseado numa experiência pessoal? O
tema central da obra está entre seus
objetos de es-tudo acadêmico? A
experiência vivida por algum dos
personagens é uma experiência que foi
similarmente vivida por você, e com a qual
outras pessoas podem se identificar
prontamente?

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 O nicho em que ele se insere e o potencial
de mercado que este nicho representa:

É um livro policial? De fantasia? Um romance


erótico? Dialoga especialmente com mulheres de uma
faixa etária específica? Trata de temas especialmente
interessantes a adolescentes? A homens solteiros? A
pessoas que viveram a década de 80? Procure identificar
e delimitar o público ao qual o seu livro se dirige.

Por exemplo: “Suicidas” é um livro policial e que,


portanto, tem todo o potencial em falar com o público
consumidor deste gênero. Além disso, ele traz como
personagens principais jovens entre 18 e 25 anos, o que
pode torná-lo especialmente interessante para o público
jovem que aprecia este nicho.

5. Detalhes técnicos:

- Número de laudas: X laudas

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- Capítulos: X capítulos

- Caracteres (sem espaços): X caracteres

- Caracteres (com espaços): X caracteres

- Formato: Seu livro é um romance? Uma


novela? Uma coletânea de contos?

- Gênero: Sua narrativa tem um gênero específico?


É um livro policial? De fantasia? Um Chick Lit?

- Público-alvo e faixa etária

PARTE 2: Formando seu público leitor

A segunda parte deste livro é inteiramente


dedicada a ressaltar a importância de se construir um
público leitor para que o seu livro não morra logo após o

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lançamento. Especialmente se você for publicá-lo por uma
editora pequena ou de forma independente.

Como dissemos na parte 1, a publicação é apenas


o primeiro passo de uma jornada muito maior. Sem
leitores, o destino de qualquer livro ser esquecido. E
infelizmente isso é o que acaba acontecendo com mais de
95% dos milhares de livros de novos autores lançados
anualmente.

Justamente porque a preocupação do escritor


acaba recaindo excessivamente na conquista da
publicação, mas nunca na de um público que se interesse
em consumir o livro publicado.

A tendência do autor é achar que o trabalho dele


se esgota depois que entrega o original para a editora, e
que a partir daí, caberá a esta divulgar massivamente,
encontrar leitores e vender o livro. Mas isso é um grande
erro! Vender um autor novo é uma tarefa extramamente
difícil, e sem a sua participação, ela torna-se praticamente
impossível.

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Não precisamos ir longe. Pensa só. Quantas vezes
você já entrou em uma livraria e comprou um livro
escondidinho em uma estante no fundo da loja, de um
autor do qual você nunca ouvira falar? Difícil né.
Compramos livros, regra geral, porque ele é de um
escritor que já conhecemos, ou porque alguém já nos
falou sobre ele – seja um amigo, uma resenha de um
jornal, um professor, um booktuber que acompanhamos e
etc.
É muito difícil o leitor comum entrar na livraria para
descobrir um novo autor. E é por isso que, sem o
empenho dele e da editora em formar um público leitor
para aquela publicação, dificilmente ela será vendida e
sobreviverá após a noite de lançamento.

Vamos ver um pouco mais de perto como funciona


o mercado editorial brasileiro, e o que pode ser feito para,
apesar das adversidades que ele oferece, podermos
encontrar nosso nicho de leitores e vender nossos livros.

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As dificuldades do mercado e como
superá-las

Não é de hoje que o mercado leitor brasileiro pode


ser considerado restrito. Somos, tradicionalmente, uma
terra onde o crescimento populacional não acompanhou o
de número de leitores, e onde 44% dos brasileiros
declaram-se não leitor – dentre os que leem, a maior
parte se divide entre leitor de livros didáticos e religiosos,
sendo a Bíblia o princpal deles. O espaço destinado
para a ficção, dentro do interesse do leitor brasileiro,
é, portanto, muito pequeno. Essa é a má notícia.

A boa é que esse pequeno percentual que lê


ficção, atualmente, se encontra organizado em grupos de
discussão, clubes de leitura, fóruns online etc, e podemos
encontrá-los com muito maior facilidade do que se podia
fazer até pouco tempo atrás.

Isso significa que, para além das formas


tradicionais de divulgação – como o envio de livros para

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suplementos literários de jornais e revistas de grande
circulação – temos, hoje, outras maneiras, muito menos
onerosas e mais possíveis, de fazer com que o nosso livro
chegue aos nossos leitores. É nelas que iremos nos
concentrar aqui.

As novas possibilidades de divulgação


oferecidas pela internet

Nos últimos anos, a internet se tornou um espaço


privilegiado para novos autores divulgarem seus
trabalhos. Blogs, plataformas de autopublicação, páginas
no Facebook, perfil no Instagram, canal no YouTube,
grupos de discussão no Facebook... Essas são algumas
ferramentas que podemos usar para divulgar nossos
conteúdos e, consequentemente, formar público para
nossos livros e produtos.

Talvez a maior vantagem destes espaços sejam


seus custos relativamente baixos e o fato de que não

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precisamos ter contatos privilegiados dentro do meio para
usá-los e obter sucesso neles. Pensa só. Se contratar
uma assessoria de imprensa para TENTAR (pois nunca
há garantia de sucesso neste tipo de empreitada)
emplacar uma nota do seu livro em algum jornal de
grande circulação pode representar um investimento de
cerca de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por mês, com um
investimento de apenas R$ 50,00 (cinquenta reais) por
mês já se pode conseguir resultados significativos com
uma página no Facebook, por exemplo.

Não me entenda mal. Isso não significa que esse


trabalho mais tradicional não seja válido ou que seus
eventuais resultados não impactem significativamente a
trajetória da publicação. Mas o fato é que nem todos têm
os recursos que ele exige e, portanto, essas plataformas
digitais surgem como uma possibilidade interessante e
mais democrática para aqueles que ainda não têm seu
nome consolidado no mercado poderem se destacar.

Entretanto, alcançar um bom número de


seguidores não é tão simples quanto pode parecer. E é

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por isso que muita gente acaba se decepcionando, depois
de fazer uma ou outra postagem divulgando o seu novo
livro e não ver esse em-penho ser convertido em vendas.

Isso acontece porque há uma forma correta de se


propagar conteúdo na internet. E essa forma chamada
Marketing de Conteúdo.

O Marketing de conteúdo é um marketing de dois


passos. Isso significa que, ao invés de você sair
oferecendo o seu livro, você antes vai:

1. Criar um contexto para que as pessoas possam


se interessar pelo seu livro.

2. Criar uma conexão com os seus potenciais


leitores.

Uma das formas mais eficientes de chamar


atenção das pessoas e formar um público atualmente é
criando uma página em uma rede social como Facebook,
Instagram, Youtube, Twitter ou Blog, ou tudo combinado,

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e postando regularmente nela conteúdo relacionado à sua
produção ficcional.

No entanto, não deixe que estas páginas se con-


fundam com suas páginas pessoais (com fotos de família,
de festas que frequentou etc.). Estes espaços literários
devem criar um determinado “clima” entre seus
seguidores que mostre o vínculo de interesse entre seu
livro e cada um deles.

Por exemplo: Suponhamos que o seu romance seja


sobre gravidez na adolescência. Além de postar trechos
do seu livro, você pode postar vídeos, reportagens,
estatísticas relacionadas a esse tema, impulsionando
suas publicações para atrair pessoas que se interessam
pelo assunto para a sua página.

Assim, seus seguidores começarão a se sentir


informados pelo conteúdo que você posta, e não apenas
bombardeados por anúncios incessantes do seu livro. As
chances de que eles indiquem ou repliquem seu conteúdo

33
para outras pessoas que partilhem seu interesse por
aquele tema torna-se considerável.

E essa lógica pode ser aplicada para qualquer


nicho e tema. Não importa se seu livro é sobre cavaleiros
medievais que guerreiam com hobbits, se é sobre
relações familiares, se é sobre o assassinato de um
político importante ou qualquer outra coisa. Seja criativo.
Poste sobre livros que abordam temas semelhantes,
vídeos que mobilizem o mesmo imaginário etc.

Seu livro se passa em um cenário específico? Cita


músicas e livros específicos? Explore isso. Faça
postagens que materializem o universo da sua história.
Assim, você começa a criar sua pequena comunidade em
torno dos elementos que são fundamentais para sua
narrativa.

Você pode estar se perguntando: Mas, por que


essa produção de conteúdo em torno do universo das
minhas histórias é tão importante? Preciso disso para
vender o meu livro?

34
Bom, da mesma forma que se tornou infinitamente
mais fácil, com as novas tecnologias informacionais,
disponibilizar sua obra para um público amplo, tornou-se
claramente mais difícil ser notado dentre as milhões de
novas linhas de conteúdo que são publicadas
diariamente.

Por isso mesmo, é muito importante que você


saiba de antemão que não deve tentar ser lido por todos.
É preciso ter consciência de que há sempre, num
universo de leitores, aquele grupo mais suscetível ao seu
estilo e afinado com os elementos que você aborda. E
que vale a pena dedicar-se um pouco mais e obter sua
máxima atenção do que assumir que você vai virar um
fenômeno cultural da noite para o dia.

Todas as obras que atingiram a condição de


fenômenos editoriais, por mais que seja difícil vislumbrar
isso hoje, começaram sua caminhada com um grupo fiel
de leitores e apoiadores, e se expandiu tendo-os como
fundamento.

35
Conheça e engaje a sua audiência

De nada adiantaria sentar-se sobre o trono das


suas próprias páginas na rede e esperar que seu público
cresça apenas disseminando informações próprias. Como
autor, o que realmente você quer vender com seu produto
são suas ideias e sua habilidade em expressá-las. Por
isso, mãos à obra!

Participe o máximo possível de fóruns de


discussão, responda a perguntas de usuários sobre
criação de forma franca, e procure ler e comentar sobre
outros autores, estreantes como você ou não. Esta pode
ser uma forma muito eficiente de seu leitor potencial te
encontrar.

Por exemplo: se sou um autor de fantasia, posso


chegar à conclusão de que meu público é muito parecido,
senão idêntico, ao dos livros de Neil Gaiman. Em lugar de
me isolar com essa informação, que tal produzir um belo
texto, eventualmente até polêmico, sobre algum elemento

36
que eu considere fundamental na sua obra? Fazendo
isso, e publicando onde for possível, aumentam muito as
chances de que os fãs de Neil Gaiman encontrem minha
opinião, concordem ou discordem de mim e, no processo,
descubram que sou eu mesmo um autor e que meu livro
pode interessar a eles.

Você precisa saber bem quem é o seu público


leitor e conhecê-lo tão a fundo quanto possível antes de
começar a divulgar o seu livro. Lembre-se que o leitor
comum não é a sua família e os seus amigos, que vão
comprar o que você escreve independente do que seja.

O leitor anônimo só vai procurar pelo seu livro se


ele realmente lhe parecer interessante, se oferecer algo
que ele deseja e está buscando.

Nesse sentido, há algumas perguntas que você


pode fazer para ajudar a delimitar o seu leitor médio: Sua
história está dentro de um gênero específico? É um livro
policial? De fantasia? De ficção científica? É um Chick

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Lit? É um livro infantojuvenil? Se sim, você tem alguns
pontos a seu favor.

A vantagem da literatura de gênero/nicho é que ela


já tem um público consolidado e localizável dentro do
mercado. E, no Brasil, por questões históricas e sociais,
por conta de um elitismo bobo, este tipo de literatura,
acabou sendo desprezada por um bom tempo pelas
editoras mais importantes que publicam ficção. Mas
recentemente, devido a sucessos editoriais expressivos
dentro deste nicho, elas perceberam que há uma grande
demanda reprimida por essas narrativas e que precisam
de bons autores para atender a este público ávido.

Outra maneira eficiente de delimitar a sua


audiência é tentando imaginar um leitor da forma mais
específica e concreta possível. Como você imagina sendo
a pessoa que vai comprar o seu livro? É uma mulher? um
homem? Que tipos de hábito ele/ela tem? É uma pessoa
que iria a um concerto de música clássica? É alguém que
costuma acompanhar notícias do mundo da moda e do
entretenimento? É uma pessoa que teria um animal de

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estimação? Que tipo de formação ele/ela tem? Vive em
uma grande cidade? Em uma cidade do interior? Quanto
mais você puder visualizar o seu leitor, mais fácil ficará se
comunicar com ele.

A divulgação nos meios tradicionais

Sabemos que a informação de curadoria está


velozmente migrando dos veículos tradicionais de
imprensa para os chamados “influenciadores digitais”, e
que uma parcela cada vez maior do público se orienta a
partir de booktubers ou resenhas escritas online.

A mídia tradicional está passando por um rápido


processo de migração para a forma digital, onde acaba
perdendo aquele seu peso de uma década atrás de
“ditadora de tendências” e dilui seu poder de influência
com os resenhistas e revistas independentes.

39
No entanto, os jornalistas responsáveis por estes
espaços não são importantes apenas por estarem em
jornais tradicionais, mas pela rede de contatos que
estabeleceram. Assim, independente de por quais canais
se referirem à sua obra, existe uma história indiscutível de
confiabilidade nas indicações. Portanto, eu não gostaria
de perder a oportunidade de compartilhar aqui
informações relevantes no que diz respeito a esses
espaços.

Listo aqui alguns dos principais veículos e espaços


ligados à literatura no Brasil, para os quais temos enviado
os livros da minha editora, a Oito e Meio, ao longo dos
quase oito anos em que ela existe.

No meio impresso temos: Jornal Rascunho,


Revista Quatro Cinco Um, Suplemento de Pernambuco,
Segundo Caderno, Jornal Opção, Jornal de Brasília,
Revista Cult, El País, Jornal da Paraíba, Tribuna do Norte,
Guia de Livros da Folha, Ilustrada (Folha de São Paulo)
etc.

40
Na TV, temos o Trilha de Letras (atualmente o
único programa exclusivamente dedicado à literatura na
TV aberta) e a Globo News Literatura, na TV por
assinatura.

Para o envio dos exemplares, faça um contato


prévio para deixar o jornalista e/ou influenciador e suas
assessorias cientes, e também para confirmar o
endereço. O envio feito pela editora dá um ar mais
profissional à iniciativa, mas caso você, pessoalmente,
tenha recebido o contato de alguém próximo ao jornalista,
mantenha a informalidade que você conquistou
antecipadamente fazendo você mesmo o envio, com uma
dedicatória neutra.

Se você for enviar seu volume para uma redação


de periódico, por exemplo, não se iluda: o pacote com seu
livro será um entre dezenas, quando não centenas de
outros, em busca de atenção. Existe uma chance de que
ele não seja aberto imediatamente, e isso pode dificultar
inclusive que o seu destinatário o acesse facilmente
depois, mesmo que se recorde de você e procure. Assim

41
sendo, não custa nada algum detalhe visual que o
destaque.

Utilize uma cor para a embalagem que o destaque


do papel Kraft habitual, de preferência uma que remeta à
sua obra de alguma forma (a cor predominante na capa
e/ou na foto de perfil do seu livro na página de Facebook).

Caso você seja ilustrador ou o ilustrador da capa


se disponha, algum desenho pode ser acrescentado à
embalagem, contanto que seja à mão, individual e único.
Caso você ou sua editora tenha produzido algum material
de marketing, envie somente o que puder acompanhar
fisicamente o livro sem descaracterizar seu formato (lápis,
marcador de página, miniblocos etc.). Nada de caixas
adicionais com canecas e camisetas – esses mimos são
para ser oferecidos pessoalmente, em feiras e
lançamentos, caso o presenteado queira e possa levar.

E claro, também, que você não vai ficar ligando ou


mandando uma infinidade de e-mails para cobrar uma
nota que seja no suplemento para o qual escreve, ou

42
cometer a gafe de enviar uma resenha pronta para que
ele assine! Felizmente, ninguém ainda é obrigado a ler, e
muito menos, apreciar todos os autores que surgem. Seja
paciente.

43
44
Conclusão

Uma vez concluída a árdua tarefa de escrever um


livro, um autor tem outras difíceis batalhas pela frente. A
primeira delas é achar uma editora que se interesse em
publicar o seu original. Uma vez alcançada esta
conquista, enfrentará um segundo desafio, possivelmente
ainda maior: encontrar seus leitores.

Esses dois momentos envolvem ações que


precisam ser planejadas e executadas com uma série de
cuidados. Antes de mais nada, o escritor precisa se
enxergar como um profissional e não como um sonhador
com um livro embaixo do braço. Ele precisa entender os
meandros do mercado para saber como fazer a triagem
das editoras e ter sensibilidade para abordar o editor de
forma adequada, seduzindo-o para a publicação do
original, mas sem soar invasivo ou impertinente.
Além disso, precisará empenhar-se para que seu
livro chegue aos seus leitores. Hoje em dia, ao lado dos
veículos tradicionais, temos os ambientes digitais online
oferecendo possibilidades de visibilidade interessantes
para novos artistas e escritores. Mas esses espaços,
ainda que mais democráticos, se não forem usados
corretamente, também não irão te conduzir aos seus
objetivos.

Uma das maneiras de conseguir encontrar e


cultivar audiência que mais tem obtido sucesso nos
últimos tempos é o marketing de Conteúdo, técnica
através do qual o autor posta regularmente informações
relacionadas ao seu livro a fim de atrair e engajar o seu
público.

Comece agora mesmo a colocar tudo isso em


prática. Não adianta nada escrever um livro maravilhoso
se você não souber chegar ao editor certo e, em seguida,
ao seu leitor!

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Dica de livros para escritores iniciantes

1. Para ler como um escritor (Francine Prose)

Francine Prose é escritora e crítica literária, publicou


Para ler como um escritor em 2008 com o objetivo de
defender que temos muito a aprender com os grandes
nomes da literatura mundial. Virginia Woolf, Jane Austen,
Nabokov, Philip Roth e Flaubert são alguns dos autores a
quem dedica uma leitura atenta e cuidadosa.

O livro é muito bem organizado, com ótimos exemplos


sobre a escolha das palavras, as frases, o parágrafo, a
narração, as personagens, diálogos, detalhes e gestos.
No final há duas listas de “livros para ler imediatamente”,
uma versão da própria Prose e outra do crítico Ítalo
Morriconi, exclusiva de autores brasileiros.

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2. A arte de escrever (Arthur Schopenhauer)

“Nesta antologia o leitor vai encontrar textos que


trazem as mais ferinas, entusiasmadas e cômicas
reflexões acerca do ofício do próprio Arthur
Schopenhauer (1788-1860), isto é, o ato de pensar, a
escrita, a leitura, a avaliação de obras de outras pessoas,
o mundo erudito como um todo. São eles: “Sobre a
erudição e os eruditos”, “Pensar por si mesmo”, “Sobre a
escrita e o estilo”, “Sobre a leitura e os livros” e “Sobre a
linguagem e as palavras.”

3. Confissões de um jovem romancista (Umberto


Eco)

Umberto Eco é um dos intelectuais mais importantes


do século XX. Até hoje as suas contribuições, não
somente na literatura, trazem reflexões muito importantes
e urgentes sobre a vida, a sociedade e tudo mais.

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Confissões de um jovem romancista é fruto de palestras
que o autor realizou, como crítico literário, primeiramente.

O título do livro é porque, embora com seus 20 anos,


Eco se considera um jovem romancista pois o seu
primeiro brilhante livro, O Nome da Rosa, foi escrito em
1980, quando ele já se firmava como crítico e professor
de literatura, porém não como escritor. No livro, o leitor irá
se apaixonar pelo processo criativo do autor que, embora
árduo, louco e obcecado, é também genial.

4. Como funciona a ficção (James Wood)

James Wood é um crítico inglês conhecido por seu


trabalho na revista The New Yorker. No livro Como
funciona a ficção, ele traz exemplos de grandes autores,
como Henry James, Flauber, Tchekhov, Virginia Woolf,
Jane Austen, entre outros. Por meio de um texto simples,
como uma boa conversa sobre livros, o autor propõe
considerações importantes sobre o livro, seus aspectos

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estruturais e também em relação ao próprio autor: a
narração, os detalhes, os personagens, a linguagem, os
diálogos e outros elementos importantes de uma obra de
ficção são analisados com entusiasmo.

5. Para ser escritor (Charles Kiefer)

Um guia de escrita criativa! Um livro que desvenda o


processo criativo da escrita e orienta o leitor sobre como
realizar o seu sonho de se tornar escritor. Muitos buscam
ensinar como escrever, mas dentre eles, poucos os que
realmente alcançaram, na prática, êxito literário. Escritor
consagrado, publicado também na França e em Portugal
e ganhador de diversos prêmios (inclusive dois Jabutis),
Charles Kiefer, nesta obra, repete na escrita a forma de
atuação do escritor-professor em sala de aula. As
variadas facetas do processo criativo, os mecanismos de
funcionamento do sistema literário e os problemas éticos
e sociais da vida autoral são discutidos com rigor e
ternura.

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6. A Jornada do Escritor (Christopher Vogler)

Em 1949, no clássico O herói de mil faces, o estudioso


Joseph Campbell conceituou a chamada Jornada do
Herói: uma estrutura presente nos mitos e replicada em
todas as boas histórias já contadas e recontadas pela
humanidade.

Em A Jornada do Escritor, Christopher Vogler faz uma


detalhada e esclarecedora análise desse conceito,
tomando como base diversos filmes importantes.
Resultado de anos de estudo sobre mitos e arquétipos,
somados à experiência de Vogler na indústria
cinematográfica norte-americana, esta edição, revisada
pelo autor, é uma obra de referência fundamental não
apenas para quem deseja escrever boas histórias –
bebendo da fonte dos mais belos e fascinantes mitos já
criados pela mente humana –, como para quem quer
entendê-las melhor, relacionando-as à própria vida.

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7. Como Melhorar Um Texto Literário. Um Manual
Prático para Dominar as Técnicas Básicas da
Narração (Felipe Dintel e Lola Sabarich)

A elaboração de um bom texto literário, qualquer que


seja seu estilo ou extensão, exige que o autor tenha uma
base técnica de recursos que permitam criar narrativas
com consistência e qualidade, para que o objetivo de
transmitir uma boa história seja atingido.

Este guia fornece as ferramentas necessárias para o


aprimoramento de um texto literário, fornecendo exemplos
comentados que revelam como: Selecionar os elementos
mais adequados para construir uma cena; caracterizar e
construir adequadamente os personagens; manipular e
lidar com a passagem do tempo no relato; adaptar o ritmo
narrativo às necessidades da ficção; estimular a
curiosidade do leitor.

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44 Livros para ser escritor – Leitura
obrigatória (ou quase isso) Manuais para
escritores

Tudo depende do seu ritmo de leitura. Eu diria que


tem livro para mais de um ano.

1. Como funciona a ficção, de James Wood

2. Cartas a um jovem escritor, de Mário Vargas Llosa

3. Oficina de Escritores. Um Manual Para a Arte da


Ficção, de Stephen Koch

4. Sem Trama e sem Final. 99 Conselhos de Escrita,


de Anton Tchekhov

5. Guia de Escrita. Como Conceber Um Texto com


Clareza, Precisão e Elegância, de Steven Pinker

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6. A Jornada do Escritor, de Christopher Vogler

7. Para ler como escritor, de Francine Prose

8. Poética de romance – Matéria de carpintaria, de


Autran Dourado

9. Segredos do romance policial, de P.D. James

10. Os Segredos da Ficção, de Raimundo Carrero

11. Para ser escritor, de Charles Kiefer

12. A Bíblia do Escritor. Ferramentas Práticas Para


Guiar o Escritor no Trabalho de Criação, de
Alexandre Lobão

13. Vencendo o Desafio de Escrever Um Romance, de


Ryoki Inoue

14. Decálogo Do Perfeito Contista, de Horacio Quiroga

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15. Eu escrevo contos e novelas, de Louis Timbal-
Duclaux

16. Como contar um conto, de Gabriel García Márquez

17. Dicionário Analógico da Língua Portuguesa, de


Francisco Ferreira Azevedo

Livros para se aprofundar na escrita literária

18. O Herói de Mil Faces, de Joseph Campbell

19. A Personagem de Ficção, de Antonio Candido,


Anatol Rosenfeld e Décio de Almeida Prado

20. Confissões de Um Jovem Romancista, de Umberto


Eco

21. A Teoria do Romance, de Georg Lukács

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22. A natureza da narrativa, de R. Scholles e R.
Kellogg

23. Breve estudo sobre o foco narrativo, de Maicon


Tenfen

24. Romance das origens, origens do romance, de


Marthe Robert

25. A técnica literária e seus problemas, de Carmelo


M. Bonet
26. A arte de escrever, de Arthur Schopenhauer

27. A Criação Literária, Poesia e Prosa, de Massaud


Moisés

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A vida dos escritores e seus escritos – Ensaios
literários e/ou autobiográficos

28. O Espírito da Prosa, de Cristovão Tezza

29. O Escritor e Seus Fantasmas, de Ernesto Sabato

30. Formas Breves, de Ricardo Piglia

31. Sobre a Escrita, de Stephen King

32. O Zen e a Arte da Escrita, de Ray Bradbury

33. Escrevendo com a alma, de Natalie Goldberg

34. Aulas de Literatura. Berkeley. 1980, de Julio


Cortázar

35. Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke

36. Um teto todo seu, de Virginia Woolf


Entrevistas com escritores

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37. As Entrevistas da Paris Review – Volume 1 e 2, de
Vários Autores

38. Sobre a Leitura, de Marcel Proust

39. Box Diálogos, de Jorge Luis Borges e Osvaldo


Ferrari

Como escrever diálogos

40. Como Escrever Diálogos: A Arte De Desenvolver O


Diálogo No Romance E No Conto, de Silvia Adela
Kohan

41. Como escrever diálogos, de Silvia Adela Kohan

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Livros para roteiristas e escritores

42. Substância, Estrutura, Estilo e os Princípios da


Escrita de Roteiro, de Robert Mckee

43. Manual Do Roteiro, de Syd Field

44. Da Criação ao Roteiro, de Doc Comparato

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