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14 - Processo Administrativo Disciplinar PDF
14 - Processo Administrativo Disciplinar PDF
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Processo Administrativo Disciplinar ...............................................................................................................2
Afastamento Preventivo ...................................................................................................................................................2
Sindicância .........................................................................................................................................................................3
Processo Administrativo Disciplinar (PAD) .................................................................................................................3
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Afastamento Preventivo
Trata-se de uma medida cautelar cujo fim é evitar que o servidor venha a influir na apuração da
irregularidade. Nesse caso, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o
seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo da remuneração (ele
continua recebendo).
O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo.
Essa medida é uma faculdade conferida à administração com objetivo de evitar que o servidor
atrapalhe ou interfira no andamento do processo administrativo.
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Sindicância
→ Trata-se da modalidade mais simples para apuração de irregularidades funcionais e da sindicân-
cia poderá resultar:
1) arquivamento do processo;
2) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias;
3) instauração de processo disciplinar.
Dessa forma, a sindicância é a medida utilizada para apuração de infrações passíveis de penali-
dades de advertência e suspensão por até 30 dias.
O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 dias, podendo ser prorrogado por igual
período, a critério da autoridade superior.
Se na sindicância for verificada a necessidade de aplicação de uma penalidade de suspensão
superior a 30 dias, demissão, cassação da aposentadoria ou disponibilidade e de destituição de cargo
em comissão, deverá ser instaurado um PAD.
Se a sindicância concluir pela necessidade de instauração de um PAD, os autos dela integrarão
o processo disciplinar (como peça informativa da instrução). Mas ela não é uma etapa do PAD, o
mesmo pode ser instaurado diretamente.
A comissão da sindicância pode ser composta de 2 a 3 servidores estáveis e tem natureza transitó-
ria (após encerrada a sindicância, os servidores retornam para suas funções).
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Se o relatório da sindicância concluir que a infração configura também ilícito penal, a autoridade
competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata
instauração do processo disciplinar.
Durante a instrução, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações
e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e
peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio
de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos,
quando se tratar de prova pericial.
Vale lembrar que a assistência por advogado é facultativa (ele apenas traz advogado se quiser,
não podendo ser obrigado ou proibido de constituir procurador).
O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato não precisar de conhe-
cimento especial de perito.
As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.
Caso a testemunha seja servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comuni-
cada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
trazê-lo por escrito, sendo que as testemunhas serão inquiridas separadamente.
Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre
os depoentes.
Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado (ele
será intimado para depor e não poderá trazer seu depoimento escrito, assim como as testemunhas).
Havendo mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergi-
rem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemu-
nhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, mas é facultado a ele reinquirir as teste-
munhas, por intermédio do presidente da comissão.
A indiciação do servidor será formulada após a infração disciplinar ser tipificada, devendo espe-
cificar os fatos imputados ao servidor e as respectivas provas.
O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar
defesa escrita, no prazo de 10 dias, sendo assegurado o direito de do processo na repartição. No
caso de dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 dias.
O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá
ser encontrado.
Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário
Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para
apresentar defesa.
Nesse caso de citação por edital, o prazo para defesa será de 15 dias a partir da última publicação
do edital.
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2) DEFESA
O indicado que regularmente citado não apresentar defesa no prazo será considerado revel. A
revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
Nesse caso, para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará
um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo
nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Observe que diferentemente de um processo judicial civil, a revelia no PAD não possui efeitos tão
graves (como a presunção dos fatos narrados pela outra parte), pois no PAD prevalece o princípio da
verdade material. Dessa forma, mesmo diante da revelia, continua sendo da Administração o ônus
de provar o alegado contra o servidor.
3) RELATÓRIO
Após a apreciação da defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças
principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regula-
mentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou
a sua instauração, para julgamento.
Julgamento
Após o recebimento do processo, a autoridade julgadora deverá proferir sua decisão no prazo de
20 dias. Caso ela não o faça no prazo, não teremos a nulidade do processo (apenas podendo ocorrer a
prescrição pela demora e a responsabilização da autoridade julgadora).
Como regra geral, a competência para julgamento é da mesma autoridade que instaurou o
processo. Entretanto, se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do
processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo (também
terá 20 dias para decidir).
No caso de haver mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autori-
dade competente para a imposição da pena mais grave.
Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o jul-
gamento caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 141 (Presidente da República; Presiden-
tes das Casas do Poder Legislativo; Presidentes dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da
República).
Se a comissão tiver reconhecido a inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo
determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos.
O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, moti-
vadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
Dessa forma, a autoridade julgadora fica vinculada ao relatório da comissão, salvo se a conclusão
for contrária as provas dos autos.
Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do
processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no
mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de novo processo.
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Como vimos, o julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor ( O STF entendeu que isso é inconstitucional).
Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Mi-
nistério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
O servidor que estiver respondendo a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou
aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso
aplicada.
O servidor que estiver respondendo a processo disciplinar não poderá ser exonerado a pedido,
ou aposentado voluntariamente antes da conclusão do PAD e o cumprimento da penalidade (se
aplicada).
EXERCÍCIOS
01. Acerca do processo administrativo e sindicância, com base na Lei nº 8.112/90, analise.
I. O resultado de uma sindicância pode ser arquivamento do processo, aplicação de penalida-
de de advertência ou suspensão de até 30 dias ou instauração de processo disciplinar.
II. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 dias, podendo ser prorrogado por
igual período, a critério da autoridade superior.
III. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão
por mais de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destitui-
ção de cargo em comissão, a Comissão de Sindicância, se julgar conveniente, poderá sugerir
a instauração de processo disciplinar.
IV. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por
infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições
do cargo em que se encontre investido.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
02. A ausência de advogado para auxiliar o servidor em sua defesa não é causa de nulidade do
processo administrativo disciplinar.
Certo ( ) Errado ( )
03. Uma vez instaurado o processo administrativo disciplinar para apuração da infração, o
servidor poderá ser afastado de suas funções, por até sessenta dias, sem direito à remuneração
do cargo.
Certo ( ) Errado ( )
04. Determinado servidor público federal, que responde a processo administrativo disciplinar,
requereu sua aposentadoria voluntária, e a administração pública indeferiu-lhe o pedido.
Nessa situação, o indeferimento do pleito está de acordo com a legislação de regência, pois o
servidor que responde a processo disciplinar somente poderá ser aposentado voluntariamente
após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade eventualmente aplicada.
Certo ( ) Errado ( )
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GABARITO
01 - D
02 - CERTO
03 - ERRADO
04 - CERTO
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