Você está na página 1de 6
Gua Soe Caracteriza¢ao e composi¢ao cianobacteriana das esteiras microbianas lisas da lagoa de Araruama, Rio de Janeiro, Brasil Loreine H. Silva e Silva Niels de Geomicrobiiogs (CNIRIO). Avenida Pascua 48, aboratirio 409, Urea Rio de Janet, R Bras, CEP: 22.290 240 Anderson A. C. Iespa Programa de Poe Graduagae cra Geog, Inst de Geocincis, Universidade do Br (UFR), 21.949-900, Rio de fneico, Rea sp bins com br thia M. Damazio ‘lesa do Labora de Txononsa Al (ENIRIO). Avenida Pasteur e458, borat 409. Urea, Ri de Jaco, RI Beas CE sedamazo@volcombr 22290-240 RESUMO ‘lage de raruena 2" 5-22" 57'S e420" 2° 44¥), Estado do Roe Jac, Braet suenatda aun lina sero com tide ‘ete ro blanco precovtagtoevporaghe 0 ebjtv dese eu caacera a composch canbactera sexes Geeta reba “en enanraos em susan, om come run alas cam o parr fies que peeve in forage sn postr conpaacso COM ‘utr navn ne regia sO etuda re bare er cltae Mera ete or err ce una adverbs de obs a ani eanenSeie ‘roivesacovfecgio de amina escaepemmaerts pas sbvetan ss cracteriesmevelapcs canis As espe esti fe bear Gomont 02 emisocles chtonoplstes (hurt) Govan, 192 fram as ences capabaceias ormaioas sae se Panache: estas mirabianas be, clnotactrs, age de rams, Re 6 ant, Br ABSTRACT ‘ANOBACTERIAL CHARACTERIZATION AND COMPOSITION IN TE FLAT AICROBAL HATS FROM ARARUANA LAGOON, RD DE JANEIRO STATE, BRA ‘The rare Lagoon (20° 50"- 2° 57° ana" 00 "42°44, Ro ce Ina State, Bac, was inured by ase eral ate wh {peat precaten an evaporation cela. The amo hs Susy mas to caecerze ne jabecera sala ad hema MAL ‘ype furdin teu of rar Lago looking fr te feats wth ehonmetal armors atte crparsors with si features ‘nth fs recor Te tnenoms rays was made wth sh an permanent ses tending to evaluates morpnlog characters. The ‘uy war ase on mary smping been uy ane Decemace 8 2208 The speies Stor fee age) Gomer, WS) ars Merce ‘throats (Purch Gane HE me the in pncbacar nthe Rat ey words Nat mizbil mat cyanobacteria, rruama agen, Rode Jeo, Ba INTRODUGAO hipetnina eis pinipumenne ean como iva de acumagio feo rege ides mundo (Coutinho wel, Pachneclam e Nak, 1995) O reece Lagors costs podem ser defini 199) senlo sus slinidade responsivel mento de muitos sistemas lagunares tem das como depressses contendo goa _pelas mudangas lentas na precipitaga salobra os salgids, localzadas na borda evaporagio devido ao seu grande vo Titorinea, Sio ecossistemas formados de agua das lagoas (Tureq, 2000}. Em sedimentos depois de alguns millares fem depresses, abaixo do nivel do mat, Areas tropicals, podem apresentar va- de anos (Lemos, 1996) cecele sepanados por cordéesltorineos rasiessszomais de slinidade devido as A bacia hidrogritica da lagox de (Web, 2001) chivas (Diegues, 1987), Sua locsizagio Araruama e seu entoroo, em especial "A hipersalinidade er lagoas pode ter marginal faz com quecorascjamlocsis de na restings de Massambsba, é ainds| ‘uma origem ligsda is mudangascimisi-acurnlagio de material provenien cas prettitas a0 esto deciclos globais_ oceano, ora das guns continents, bs foao impacto humano.Lagoascosteiras coma de material anignicoyeque staem Azul ea Pernambuco (Primo ¢ Bizet Jnduzidoa pensar que as agoascosteiras sio feiges efémeras, preenchidas por do formads por lagoas de menor porte, ‘ais como « Vermelha, a Psngsinha, = GA stron ® nice 160828 Siva e Silva, lespa & Darazio 2002), todas igualmentehipersalinasSio, de égua variam pouco em distribui- Porto do Carro, municipio de Cabo atualmente, uilizadas paraa produgio de ¢o vertical, com médias entre 24,4 2. Frio Figura I) sal, emboeaa ilkima delay esta sub- 284°C. A evaporacio média na regido Fram retitadas amostras de esters metida também altesagdes decortentes € de 1.370 mm anuais €4 precipitagio microbianas em 10 estagdes distintas dda urbanizagdo (Anjos, 199%), de 900 mm, o que caracteriza o clima —demarcadas por meio de GPS, em cinco Este tabalho teve como objetivo 2 como semi-isido (Barroso, 1987). quadantes de 1 m* cada, distindo entre ldentficagio das estetas microbianas Este é ainda quente e com as ehuvas _sicescade500 m,com aust deespitua lisasencontrdas no assoalho dalagoade concentradas nos meses de verio. de pedciro Araruama,bem como adeterminagiode Os baixos indices pluviométricos no As amostzas foram selecionadas sua composigio cianobaeteriana. inverno sio resultantes dos processos segundo os seguintes eritésios: integi de ressutgéncia na tepido de Cabo Prio dade, coesio, coloragio, porosidade AREA DE ESTUDO (Fonseca, 20002). ¢ tamanho, levando-se em conside- A salinidade da lagoa de Araruama raglo a espessuta dos estratos e sua Alagondle Aratuama éamaiorlgoa varia entre 36-¢ 50% (Reis, 1992). largura e comprimento, medias com Ihiperstina do mando e situate narepio processo de sua salinizagio € causado o paquimetr. Cerca de 200 g de mate «dos Lagos tora do Estado do Rio de ela evaporacio, pela presenga de sios eal foi analisado para cada amostra de Jancino,entte s latitudes 22° 50° - 22° de pequeno porte ea isa tocade gua esteita microbiasa. A separacio das STS es longtdes 42° 00-42" 44W (Puno e Bizet, 2002 cianobactris fo fet em tborari, (Primo € Bizeri, 2002), Abrange of aillzando petro de hideogénio de 20 municipios de Saquarema, Ataruama, MATERIAIS E METODOS ‘volumes. Para sua fxagio em campo, foi Tgvabu Grande, Sto Pedro da Akin, Adicionada ga da lagoa uma socio Cabo Frio e Arr do Cabo (Ris, 1992), _O dados paras telragio do pre- aquosade form, de modo aobter uma E considera ma agontelatvamente senteestudo foram btidos a partie dihigio a 4%. recente, de Kade pleistocéica,estando de coleas mensas reatiadas cm freas| Pram confeccionaas quatro nas sua origem vineulada a formagio das marginais da lagoa de Araruama nos pettanentes © contailzadas todas sx resins da Mastambaba ede Cabo Frio periods de maré bai ¢ nas porgies canobactérasencontraas mas iminas (Primo e Bizersi, 2002), entre encoberas pelo movimento da A clasiicagio das cianobactérias foi ‘A cireulagio de igus nesta regiio & gua durante a maré. As eoetas foram baseada em Prescott (1975), Anagnos devida 8 atuagio de ventos vindos de reaizadas entre julho e dezembro de tide © Komécck (1988) ¢ Komérek Nordeste. As temperataras na limina 2004, na borda nordeste da lagoa, em Anagnostidis (1999) —u_ 44°W 32050" N mca I &SS40 PEDRO ARARUAMA ree. DAALDEIA Lagoa de Araruama ay Sacre oma da CABO Wena Age Tagen ee WRENS ‘ma amit La GRANDE Oceano Atlantic ARRAIAL DO) cana’ Figura 1. Lagoa de Ararvama e sistemas de tagoas assciadas no litral do Estado do Ri de Jancis Figure 1. dvaruama and otner associate lagoons inthe Ro de Janeiro coastal pai. volume 2, nimero 1, janeiro/junho de 2006 9 ” ® nice tenet e& Caraceraagb e composite cianobacteriana das esters mirabanss lias a ago de Araruma, Rio de Jane, Bras ESTEIRAS MICROBIANAS “As esteizas miceobianas constsuem ‘os mais antigos ecossistemas conbeci- dos, cobrindo as porgdes marginals dos ccontinentes desde 3,5 bilhdes de anos ats, quando se espalharam por grande pace da superticie do planeta (Urmencta ‘eNavarete, 2000). Sioestrutuasofgano- secmentareslamsioadas consetidaspin- ‘cpalmente por cianobactéiss, podendo ‘ocotrer associadas aos coais (Abel ly 2005), Consituem o primeizoextigio no desenvolvimento dos estimator con formam o substeato fino inci aecessiio para su crescimento (Sve Sv, 2002). corres notmalmente em ambientes ‘extremos, como ambientes marginals ma- ‘nhs hipersanos fontes ermaiselagos leainoe(Demergaseo ea, 2008). Poem “ocogrer em sistemas estuainos com forte ‘feito do hidrodinamismo (Escartin © Aubrey, 1995) "As estes microbianas podem ser ‘encontradassobzeatiaslciclisea c/o subetrato com grio silcclstico fino (Schieber, 1998) onde a presenga da sca torna as exteine microbianas fortemen- te estiveis Draganits ¢ Noffke, 2004), Podem formar estruturas complexas © ‘spessas de acresso, contendo area fina 4 grossa aprisonada, ora relativamente Thomoéneas, ora mais complexas © com ‘sttlcagio interna, Ceescem com pouca ‘exposigio i luz na supericie,protegendo acomunidace microbiana complesaaeré- ‘ica (Riding, 2000 “A bioturbagioe o pastorcio sio mini ‘mos ouausentes,gracas os parimetos ex- tnemos de sainidade, sulfato de idrogénio téxco temperature baxa moviments- ‘lo dada (Kile Fenche, 2000). Paores fisicos, como luminosidade, rempersta, pressio, ensdade, quanidade de fgua © Bano de gua qulmicos, como pH, vel de oxdacio ereducio, snide, presenga de H.SeNO, ecompostos ompinicos,tém grande nt lxénca sobre o desenvolvimento das esters Stolz, 2000), “As esters microbianas so feqeare- ‘mente uradas como um modelo no extudo dda inceragio microbana e seus processos Dioguimicos Os ceautados dat aferidos tm sido ilizdos com hipétese para 2 20 cs naT09 sans 29 comproensio da fungio da comnidade tmictobisna no planeta (Kile Fence, 2000), As cianobactéasretiam 0 gi carhinicodamelécalde CO, presente ta gus, tornando o pH biscoe etiam os oas de cleo € magnésio em excesso ta gua, prcipitado em trac cacbooato de elo calia magnesia (Arp + a, 21002) © auto do pH em um sistema supematurado de CaCO esl nape taco dese ee ua licago lamina ‘Apreiptago do earonaz eu ain, dhdecomposiio da mata oginica pla cianobetéas Hberando Ca"(Anjos ea, 1995, Pace 2001. RESULTADOS [As estcinss microbianas mostraram ccomprimentos médios de 15, em e l= gatas médias de 11,4 cm e se estendem [pot toda « regi intertidal. Apresen: tam uma estrotuta laminads conver simples com fenestrasfinas, compacta © eoesa (Figuea 2}, Sio compostas por Taminagdes finas distribuidas em trés ( eserat superficial € argilono e de cor verde, com espessura méalia de 6, mm, O intermediiro ¢ arenoso, de cot cinza cats ¢ com 13, men de espessurs, Figura 2 Aspecto superficial das esters Uisas em zona de maré da lagoa de Araruma, © msisimerno com 12.7 mm dea € ‘ma uma vez aso com coescinea tseuras. Aigmasconchas de bialves © fascrdpedes podem se visas em 800 ‘As seguintes espécies de ciano- ‘acti foram enna nas estas smicrobiana las: phat blip Hot e Fy, 1933 (Pura 3), slime Henkin e Daniloo, 1915, Chesca: -momiranins (Meneghii) Nigel, 1849, ©. mirnspins KomiskoviLegnerovd Cronberg, 1994, C mina (Reise) Lemme, 1908, © opie age, 1849, Kya mans (Gomond Une 2, 1958, Lope td (Gonos) “Ampnosii Komate, 1985, Minor dis caoapaes Chace) Goons, 192 (Para), M.turinasGomsont, 1992, Onli pndgeinata G. Schmid, 1914, Pheri smite Gomont, 1892 Pat (Sb Bw) Aragon. tiie Komie, 1988, Pe (Gomons) Anagnoneie Kone, 198, Pama Fey, 1950, P ebos(Gomnons) nag nosis e Komik, 198 (Figura 5), P Innjorme (Gamont) Anagnosts © Komitek, 1988, Pili (Gaes) Ane agnosie Konic 988 Shits ‘rs Sea) Gomont, 1892 Sheds Sut © Migwoias snes so 0s Figure 2. Aft microbial mat at tide zone ofthe Arava Lagoon. GA

Você também pode gostar