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Princípios constitucionais expressos

Presunção de inocência
Igualdade processual
Ampla defesa
Plenitude de defesa
Favor rei – in dubio pro réu
Contraditório
Juiz natural
Publicidade
Vedação das provas ilícitas
Economia processual, celeridade processual, duração
razoável do processo
Devido processo legal
Princípios constitucionais implícitos no processo penal
Não autoincriminação (Nemo tenetur se detegere)
Iniciativa das partes / correlação entre a acusação e sentença
Duplo grau de jurisdição
Juiz imparcial
Promotor natural
Obrigatoriedade da ação penal pública e indisponibilidade da ação penal
pública
Oficialidade
Oficiosidade
Autoritariedade
Intranscendência
Ne bis in idem
Princípios do processo penal propriamente
ditos
Busca da verdade real
Oralidade (concentração, imediatidade,
identidade física do juiz)
Indivisibilidade da ação penal privada
Comunhão de provas
Impulso oficial
Livre convencimento motivado
Lealdade processual
Sistema inquisitivo - Características

Concentração de poderes – acusar e julgar nas mãos de um único órgão do


Estado
A confissão do réu é tida como a rainha das provas (inclusive se for mediante
tortura)
Predominância de procedimentos escritos
Os julgadores não estão sujeitos à recusa (não há impedimento/suspeição)
Procedimento sigiloso
Sem contraditório e ampla defesa
Impulso oficial e liberdade processual
Sistema acusatório - Características
Nítida separação entre o órgão de acusação e o julgador, sendo este imparcial
Liberdade de acusação
Oralidade nos procedimentos
Liberdade de defesa e isonomia entre as partes
Publicidade no procedimento
Contraditório presente
Possibilidade de recusa do julgador
Livre sistema de produção de provas
Maior participação popular na justiça penal
Liberdade do réu é a regra
Autêntica ou legislativa Procede da mesma origem da lei e tem força obrigatória.
Exemplo: hipóteses de flagrante do artigo 302, CPP – pode vir lei
posterior criada para esclarecer algum ponto controverso da lei anterior.

Jurisprudencial ou Orientação que os juízos ou tribunais vêm dando à norma, sem força
judicial obrigatória.
As que possuem força obrigatória (súmulas vinculantes e decisões em
controle concentrado de constitucionalidade) são verdadeiras fontes do
direito.
Doutrinária ou científica Entendimento dado aos dispositivos leais pelos escritores ou
comentadores do direito.
Gramatical ou literal ou Letra fria da lei.
sintática: O exato significado das palavras do legislador.
Sistemática: Sendo a interpretação gramatical insuficiente, deve-se fazer um confronto
lógico entre os dispositivos da lei.
Exemplo: o parágrafo único da norma somente deve ser entendido de
acordo com o seu caput.
Exemplo: artigo 10, parágrafos do CPP “autoridade” deve ser entendida
como autoridade policial.
Lógica: Raciocínio para retirar o espírito da lei.

Histórica: Analisa o contexto histórico em que foi aprovada aquela “lei”. Contexto
da votação, dos debates, das emendas e etc.
Teleológica: Procura o sentido e alcance da norma. A finalidade da norma. “aos fins
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”.
Teleológica-sistemática: “compor o sentido de determinada norma em comparação com as
demais que compõem o sistema jurídico no qual está inserida” (NUCCI).
Mescla interpretação teleológica e sistemática.
Declarativa: O texto não é ampliado nem reduzido. Apenas se retira o significado
oculto. Declara o significado da norma.
Exemplos: casa habitada (art. 248, CP) – casa com uma ou mais pessoas.
Restritiva: Restringe o real significado da norma.
“toda exceção deve ser interpretada de forma restritiva”.
Extensiva ou ampliativa: Se amplia, alarga o sentido dos termos da lei para dar o seu real
significado.
Exemplo: art. 254, CPP: suspeição: fala-se em juiz, mas deve ser
interpretada ampliando ao jurado, que é o julgador no tribunal do júri.

Analógica: Formas casuísticas inscritas em um dispositivo são seguidas de expressões


genéricas, abertas, utilizando-se a semelhança para uma correta
interpretação.
Progressiva ou adaptativa Para que sejam abarcadas novas concepções ditadas pelas transformações
ou evolutiva: sociais, científicas, jurídicas ou morais.
Exemplo: tribunal de apelação = tribunal de justiça.
Interpretação extensiva O legislador disse menos do que queria ou deveria dizer, motivo pelo qual
é preciso ampliar o conteúdo de um termo para alcançar o autêntico
sentido da norma.
Exemplo: artigo 254, CPP – Juiz – também se aplica a jurado do tribunal
do júri; Art. 581, V, CPP (STJ – indeferimento prisão temporária;
revogação prisão temporária; revogação medida cautelar diversa da
prisão).
Interpretação analógica Há termo expresso no próprio dispositivo que permite a interpretação de
outro termo pertencente a ele que seja duvidoso ou polêmico.
Exemplo:
Homicídio qualificado; art. 121, § 2º, I - mediante paga ou promessa de
recompensa, ou por outro motivo torpe.
Analogia Fonte secundária do direito e não interpretação.
Processo de integração da norma.
Aplicação semelhante a outra que não tem solução expressa.
Exemplo:
CPC: permite a transmissão por telefone de carta precatória ou de ordem,
desde que haja a confirmação do emissor.
No CPP, não há norma nesse sentido, mas pode também ser aplicada e
inclusive serem cumpridas ordens de HC via telefone.

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