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poemas
que
resistem • Porto Alegre/Curitiba
Jan | 2019
WHAT'S INSIDE THIS ISSUE:
A RESISTÊNCIA
COMEÇOU...
Resistimos sempre – ao capital, ao
avanço neocolonial que subordina o
desejo, ao medo que subjuga a
À
economia de nossos afetos. A
resistência é também poética, a fim
de resgatar o poder da metáfora, queles que
obliterada dos trânsitos da palavra e soltam as mãos
da política - hoje, moeda gasta que é para incluir
preciso ressignificar.
outros
a fim de que o
Esse é só o começo... círculo se
Força sempre! amplie...
"
ERRAR
DÁ-ME
É
TUA
PRECISO
MÃO
JUNTA-TE A NÓS
"
DESVELO E AS ESTRELAS,
AO
E O CORAÇÃO
POETAS
DESTINO DOS
"
DOS
SELAR-SE
POVOS
COR
TIRANO
DOS
CHEIRO
NÃO
POEMAS
DAS
SABE
NEM
ROSAS
"
A
DA
PRIMAVERA
E AS
QUE O
PINTURAS
CÂNION
SERRA
DO
RUPESTRES
DA
"
FUNIL
DA
CAPIVARA
SEU
PALAVRA
OURO,
CALCINA
PERDE
INCANDESCENTE
A
"
SENTIDO
LÍNGUA
ou deixe!
UMA
ESTE
ÚLTIMA
ÚLTIMO "
DIA
PALAVRA:
uma única legenda: RESISTÊNCIA!
"sem medo, sem esperança"
quem espera
um dia cansa
2. política:
gramática de afetos
3. fascismo:
regime autoritário, surgido muitas vezes de um legítimo desejo de
ruptura, mas que degenera em fanatismo. Constitui-se da junção dos
a) culto da violência, b) culto do patriotismo (Estado-nação em versão
paranoica), c) culto ao “ego” (insensibilidade às outras classes,
gêneros, etnias, sexualidades – em resumo: ao “outro”), d) culto ao
ridículo, por não poder expressar a condição brutal de sua verdadeira
face (a violência)
4. nudez:
estado natural de qualquer ser vivo ao nascer e ao morrer, perpetuado
ao longo de sua vida. exatamente como você fica quando tira a roupa
(≠ de sexo, ≠ de pedofilia; para esses verbetes, consulte “sexo” e
“pedofilia”)
GREGÓRIO BRUNING
fotografias
Estas imagens são de movimentos e ocupações urbanas
no Paraná - formas de resistência de inúmeras famílias
contra a falta de moradia causada pela especulação
imobiliária nas grandes cidades. Gregório é fotógrafo
resistente em Curitiba.
GUSTAVOT DIAZ
poemas & diagramação
Estes poemas foram escritos no período entre a vitória nas
urnas de Jair Bolsonaro e o dia de posse. A metáfora é
uma resistência democrática contra a depredação do
universo simbólico, sequestrado pelos regimes autoritários.
Gustavot é artista visual resistente em Porto Alegre.