Você está na página 1de 7

FEAU – Curso de Arquitetura e Urbanismo

Docentes: Ms.Conceição Aparecida Fornasari

Sociologia Urbana

Movimentos Sociais - UNEGRO

Discentes:

Gabriela Capuano;

Lucas Bacchini;

Matheus Lara;

Natalia Trindade

Santa Bárbara d’ Oeste

2018
Justificativa

A escolha pelo movimento social Unegro se deu pela compatibilidade,


por parte dos integrantes do grupo, com as ideias, objetivos, motivações e lutas
que o movimento defende.

Metodologia

Com a finalidade de expor as etapas, metodologia e os processos


envolvidos durante o desenvolvimento da pesquisa discorrem-se acerca dos
meios pelos quais a pesquisa foi idealizada, expondo o caráter de abordagem
adotada. Definindo os critérios para escolha do tema e tema específico e os
instrumentos para obtenção de dados.

Optou-se pela adoção de método de investigação que permitisse a


compreensão dos processos históricos, políticos e sociais envolvidos no âmbito
das discussões, manifestações e decorrentes conquistas do referido
movimento social.

De acordo com os objetivos propostos, é por intermédio da pesquisa


qualitativa que se buscará melhor entender o objeto de estudo, permitindo
assim, um aprofundamento nos fatos e aproximação à realidade e ações
regionais do movimento.

A presença da UNEGRO em Americana, para o âmbito de investigação


do tema, propicia um contato mais direto com o movimento e principalmente
das iniciativas na região, portanto, a aproximação para o desenvolvimento da
pesquisa tem como objetivo contatar diretamente as iniciativas para produzir
informações aprofundadas capazes de produzir novas informações e que serão
motivo de análises.

A coleta de dados, será realizada através de pesquisa de campo com a


colaboração de representantes do movimento, concretizando-se em
questionários seguidos de entrevistas. A forma inicial de acesso às iniciativas
para a realização da pesquisa de campo foi baseada em contatos anteriores,
feito por meio de palestras.
Todas as informações obtidas pelo estudo bibliográfico, questionários e
entrevistas serão organizadas com finalidade de apresentação e discussão
acerca de questões do movimento.

UNEGRO

UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada


em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem
cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL
fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do
movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e
combater as desigualdades. Hoje,rumo aos 30 anos de caminhada continua
jovem atuante e combatente.

A UNIÃO DE NEGROS PELA IGUALDADE (UNEGRO) tem como


finalidade:

I - A luta contra o racismo em todas as suas formas de manifestação;

II - O empenho na preservação e desenvolvimento da cultura negra;

III - A defesa dos direitos culturais da população negra;

IV - A solidariedade e apoio aos povos africanos e oprimidos de todo o


mundo;

V - O estímulo à participação política da população negra na definição


dos destinos do país;

VI - A luta pelo exercício da cidadania negra em todos os setores da vida


social do país;

VII - A defesa de uma sociedade justa, fraterna, sem exploração de


classe, de raça ou exploração baseada nas desigualdades entre os sexos; e,

VIII - Incentivar políticas públicas de combate ao racismo e quaisquer


outras formas de opressão.
Marcha da Consciência Negra

A história da Marcha da Consciência Negra em São Paulo nasceu da


iniciativa de lideranças do Movimento Negro paulistano por uma sociedade sem
preconceito, racismo ou qualquer forma de discriminação.

A Marcha da Consciência Negra já se tornou um evento da cidade de


São Paulo e demarcou o mês de novembro para entrar no calendário da cidade
e falar o quanto a presença da cultura de matriz africana está enraizada na
cidade. Milton Santos, geógrafo da modernidade, ajudou a conceituar o
significado da Marcha e toda a expressão cultural que ela traz à Avenida
Paulista como um território negro da cidade de São Paulo. A Marcha renasce a
cada ano, no mês de novembro, neste lugar especial da cidade, quando os
manifestantes rememoram a luta de Zumbi dos Palmares por liberdade, justiça
social, igualdade de direitos e cidadania. A luta de Zumbi, no passado, e a
Marcha da Consciência Negra, no presente, interligam uma história de luta,
resistência e utopia pelo fim das desigualdades em São Paulo. As mudanças e
novidades políticas de interesse dos trabalhadores surgidas nos últimos dez
anos, tais como leis ou disposições de utilidade pública para juventude, idoso,
criança e adolescente, mulher, homossexual, pessoa com deficiência,
população de rua, entre outros, são serviços urbanos recentes, apesar do
desenvolvimento e da modernidade paulistana. Foram implantados tanto por
pressão dos movimentos sociais quanto por interesse dos parlamentares ou
vontade política do Poder Executivo, seja ele/a prefeito/a, governador/a, seja
presidente/a da República. Com a luta antirracista não foi diferente e seu
desdobramento sofreu impacto positivo daquela atmosfera política. A 1ª
Marcha da Consciência Negra sobreveio então de resoluções do II Encontro
Estadual de Entidades Negras de São Paulo. Tal encontro, realizado na
primavera de 2003, na cidade de Cajamar, reuniu organizações sociais,
políticas e culturais, abrigadas sob a Coordenação Nacional de Entidades
Negras – CONEN.

Entre outras resoluções, ocorreu a deliberação de importante proposta


de ação política, uma marcha com a finalidade de estimular o reconhecimento
de Zumbi dos Palmares como herói nacional.
A Marcha da Consciência Negra é uma manifestação organizada,
pacífica ‒ que afirma a pluralidade das ideias e o livre pensamento ‒, e é
aberta à participação de todas e de todos os que compartilham o ideal
antirracista e a justiça social. Inicialmente, a Marcha foi porta-voz e o
instrumento de pressão social para a decretação do feriado municipal no dia 20
de novembro.

Americana – Dia da Consciência Negra

Em novembro de 2017, na cidade de Americana, houve debates e


discussões a respeito da implantação do feriado da Consciência Negra no
município.

Integrantes da Unegro, da ACIA (Associação Comercial e Industrial de


Americana) e os vereadores do município entraram em impasse a respeito da
opinião sobre a efetivação do feriado, ao contrário do ocorrido em municípios
vizinhos como Santa Bárbara d’Oeste, Limeira, Sumaré, Campinas, dentre
outras cidades da região.

Por fim, a votação na câmara ocorreu e se decretou a efetivação do


feriado no dia 20 de novembro, em um domingo. Essa iniciativa venerada pelos
integramtes da ACIA, fator que favoreceu a rentabilidade comercial ao adotar a
transferência da data, por outro lado, o decreto foi repudiado por integrantes do
movimento negro da cidade.

Praça Comendador Muller - Americana

A Praça Comendador Müller é um espaço público localizado na área


central da cidade de Americana, São Paulo. Com sua localização privilegiada e
várias espécies de árvores, a área é um ponto muito frequentado pela
população em geral e principalmente pelos jovens em fins de semana. Sua
fonte iluminada é sua principal atração.

O nome da praça é uma homenagem ao comendador Franz Müller,


industrial dono da Fábrica de Tecidos Carioba, que muito contribuiu para o
progresso da cidade. A praça conta com dois monumentos, o busto do
comendador Müller e o Monumento ao Soldado Constitucionalista, que
homenageia os três jovens americanenses que morreram na Revolução de
1932. São eles Jorge Jones, Aristeu Valente e Fernando de Camargo.

Na década de 1980 houve a instalação da Biblioteca Municipal de


Americana no prédio da antiga escola Dr. Heitor Penteado, onde ainda está
presente. Localizada na Praça Comendador Müller, dividiu seu espaço com o
Museu de Arte Contemporânea. Nessa época, o público e o acervo tiveram
crescimento.

No ano de 2000, uma grande obra foi realizada com o objetivo de


reestabelecer a Praça Comendador Müller como espaço público qualificado
para o cidadão americanense. Nessa intervenção, foram redesenhados os
mobiliários urbanos do local, e dessa forma, implantados. A praça, local de
constante circulação de transeuntes durante o período diurno, tornou-se
visualmente mais atraente e segura, por conta da disposição de um maior
número de luminárias e bancos, os quais permitem o usufruto constante do
local.
Bibliografia

SANTOS, Gevanilda. . Marcha da consciência negra em São Paulo: dez anos


de luta por uma sociedade sem racismo. São Paulo: Edição Soweto, 2013, 28
p.

Sites

http://portal.noticia.capital/2017/10/17/a-discriminacao-presente-atraves-da-negacao-ao-dia-
da-consciencia-negra/

http://liberal.com.br/cidades/americana/camara-derruba-feriado-da-consciencia-negra-em-
americana-693926/

Você também pode gostar