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Engenharia Civil
Disciplinas:
Alunos:
Jamilo B. de Almeida
Cidade/Indaiatuba
2018
Sumário
1 Introdução .................................................................................................... 5
1.1 NiCd (Níquel-Cádmio) ..................................................................... 5
1.2 Ni-MH (Hidreto metálico de níquel) ................................................ 5
1.3 Li-Ion (Íon de lítio) ............................................................................ 5
1.4 LiPo (Polímero de lítio) .................................................................... 6
2 Componentes de uma bateria de lítio ........................................................ 7
2.1 Eletrodo Positivo / Catodo .............................................................. 7
2.2 Eletrodo Negativo / Ânodo .............................................................. 7
2.3 Separador ........................................................................................ 8
2.4 Eletrólito .......................................................................................... 8
2.5 Interfase Eletrolítica Sólida (SEI) ................................................... 8
3 Como funciona uma bateria de lítio ........................................................... 9
4 Família de baterias de íons de lítio ............................................................. 11
4.1 Óxido de Cobalto de lítio ................................................................. 11
4.2 Óxido de manganês de lítio ............................................................ 11
4.3 Óxido de níquel cobalto manganês de lítio ................................... 11
4.4 Fosfato de ferro de lítio ................................................................... 12
4.5 Titanato de lítio ................................................................................ 12
5 O futuro das baterias de íons de lítio .......................................................... 12
6 Vantagens e limitações das baterias de Li-íon .......................................... 13
7 Qual elemento químico poderia substituir o lítio? .................................... 14
8 Processos de extração do lítio ................................................................... 17
8.1 Mineralogia e geologia .................................................................... 18
8.2 Lavra ................................................................................................ 19
8.3 Beneficiamento ............................................................................... 21
9 Processos de extração do sódio ................................................................ 25
9.1 Eflorescências do sal nas regiões áridas ...................................... 27
9.2 Jazidas de sal gema ........................................................................ 27
9.3 Eletrólise do NaCl ............................................................................ 29
9.4 Eletrólise do NaCl fundido .............................................................. 30
9.5 Eletrólise do NaCl aquoso .............................................................. 31
10 O átomo ........................................................................................................ 32
11 Tabela Periódica .......................................................................................... 36
12 Propriedades periódicas ............................................................................ 38
12.1 Raio Atômico ................................................................................... 39
12.2 Eletronegatividade .......................................................................... 40
12.3 Energia ou potencial de Ionização ................................................. 42
12.4 Eletrosfera do átomo ...................................................................... 43
13 Estatística .................................................................................................... 46
13.1 Conclusões do experimento .......................................................... 51
14 A função, seu domínio e imagem ............................................................... 52
15 Conceito de Limite ....................................................................................... 54
16 Ética, política e sociedade .......................................................................... 56
16.1 Lei da exploração mineral .............................................................. 58
16.2 Medidas provisórias ....................................................................... 58
16.3 Direito ambiental ............................................................................. 60
16.3.1 Princípio da prevenção e princípio da precaução .......... 61
16.3.2 Princípio do poluidor-pagador e protetor-recebedor ...... 61
16.3.3 Princípio da responsabilidade .......................................... 61
16.3.4 Princípio da gestão democrática ...................................... 61
16.3.5 Princípio do limite .............................................................. 62
16.4 Legislação ambiental Brasileira ..................................................... 62
16.5 Secretaria Especial do Meio Ambiente SEMA ............................... 62
16.6 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais 64
(IBAMA) ............................................................................................
16.7 Ministério do Meio Ambiente (MMA) .............................................. 64
16.8 Resumo de algumas das principais leis ........................................ 65
16.9 Leis ambientais e sua contribuição para o meio ambiente e para 67
a sociedade ......................................................................................
16.10 Leis ambientais Brasil versus Mundo ............................................ 68
16.11 Conclusões sobre o capítulo ética, política e sociedade ............. 71
17 Conclusão Final ........................................................................................... 72
18 Bibliografia .................................................................................................. 74
1 Introdução
Hoje em dia podemos contar com uma infinidade de aparelhos eletro-portáteis, e
muito dessa mobilidade se deve à tecnologia empregada na fabricação das baterias
recarregáveis nele utilizadas. As baterias recarregáveis de celulares podem ser
produzidas com diferentes elementos químicos, o que influencia diretamente no seu
peso, preço e desempenho. Atualmente, a maioria dos smartphones e tablets contam
com modelos fabricados com Lítio, mas tudo começou com as famosas baterias de
níquel, lançadas para celulares desde a década de 80. Podemos conferir alguns detalhes
sobre todos os tipos que marcaram a geração de dispositivos móveis até hoje!
Apesar de não ser mais utilizada nos dispositivos modernos, a bateria de NiCd foi
muito popular na época de chegada dos aparelhos móveis – entre os anos 80 e 90. Ela
foi uma das primeiras tecnologias que permitia recarga de energia e, mesmo sendo
bastante limitada em comparação às tecnologias atuais, possuía
um desempenho satisfatório para a época. Hoje caíram em desuso por conta do efeito
memória – o ato de “viciar” – e são encontradas apenas em celulares muito antigos.[3]
5
Sua principal diferença em relação à maior concorrente (LiPo) é o custo de
produção: baterias de Li-Ion são muito mais baratas para serem produzidas e ideal para
distribuição em larga escala. Soma-se a isso que a maioria dos aparelhos
da Samsung (principal fabricante Android) vêm com ela, aumentando, assim, a sua
parcela de participação no mercado.
As baterias de íon lítio, ou simplesmente Li-íon, levam esse nome porque o agente
responsável tanto pela redução quanto pela oxidação é o íon Lítio (Li+).[3]
Conhecida por estar presente nos dispositivos da Apple, esta bateria possui o
mesmo metal da Li-Ion como matéria-prima: lítio. Porém, sua principal diferença é ser
mais maleável e com maior densidade energética. Na prática, isso significa que baterias
de LiPo podem ser mais finas e, mesmo assim, manter a mesma qualidade de recarga
de uma de Li-Ion maior. Além dos produtos da Apple, o OnePlus One, um dos melhores
smartphones Android do mundo quando o assunto é bateria, também utiliza um modelo
de LiPo. [3]
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2 – Componentes de uma bateria de lítio
Sua típica célula cilíndrica 18650, que é o fator de forma comum usado pela
indústria para aplicações comerciais de laptops a veículos elétricos, tem uma voltagem
de circuito aberto de 3,7 volts. Dependendo do fabricante, pode fornecer cerca de 20
amperes com uma capacidade de 3000mAh ou mais. A bateria será composta de várias
células e, geralmente, incluirá um microchip protetor para evitar sobrecarga e descarga
abaixo da capacidade mínima, o que pode levar a superaquecimento, incêndios e
explosões. Vamos dar uma olhada mais de perto nos elementos internos de uma célula.
7
materiais anódicos com lítio que tornam as reações reversíveis mais possíveis. Materiais
anódicos típicos incluem grafite, ligas à base de silício, estanho e titânio.[7]
2.3 Separador
O papel do separador é fornecer uma camada de isolamento elétrico entre os
eletrodos negativos e positivos, enquanto ainda permite que os íons viajem através dele
durante a carga e a descarga. Também deve ser quimicamente resistente à degradação
pelo eletrólito e outras espécies na célula e mecanicamente forte o suficiente para resistir
ao desgaste. Os separadores de iões de lítio comuns são geralmente de natureza
altamente porosa e consistem em folhas de polietileno (PE) ou polipropileno (PP).[7]
2.4 Eletrólito
O papel de um eletrólito em uma célula iônica de lítio é fornecer um meio através
do qual os íons de lítio possam fluir livremente entre o cátodo e o ânodo durante os ciclos
de carga e descarga. A ideia é escolher um meio que seja ao mesmo tempo um bom
condutor Li + e um isolador eletrônico. O eletrólito deve ser termicamente estável e
quimicamente compatível com os outros componentes da célula. Geralmente, sais de
lítio como LiClO4, LiBF4 ou LiPF6 suspensos em um solvente orgânico como carbonato
de dietila, carbonato de etileno ou carbonato de dimetila servem como eletrólito para
projetos convencionais de íons de lítio.[7]
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3 Como funciona uma bateria de lítio?
As baterias de íons de lítio aproveitam o forte potencial de redução dos íons de
lítio para potencializar a reação redox central a todas as tecnologias de baterias - redução
no cátodo, oxidação no ânodo. Conectando os terminais positivo e negativo de uma
bateria através de um circuito, une as duas metades da reação redox, permitindo que o
dispositivo ligado ao circuito extraia energia do movimento de elétrons.
Embora existam muitos tipos diferentes de produtos químicos à base de lítio
usados na indústria atualmente, usaremos o óxido de lítio-cobalto (LiCoO2) - a química
que permitiu que as baterias de íon de lítio substituíssem as baterias de níquel-cádmio
até os anos 90 - para demonstrar a química básica por trás dessa tecnologia popular.
A reação completa para um cátodo de LiCoO2 e um anodo de grafite é a seguinte:
LiCoO2 + C ⇌ Li1-xCoO2 + LixC
Onde a reação direta representa o carregamento, e a reação inversa representa a
descarga. Isso pode ser dividido nas seguintes reações:
No eletrodo positivo, ocorre redução no cátodo durante a descarga (veja reação reversa).
LiCo3 + O2 ⇌ xLi + + Li1-xCo4 + xCo3 + 1-xO2 + e-
No eletrodo negativo, a oxidação no ânodo ocorre durante a descarga (veja reação
reversa).
C + xLi + + e- ⇌ LixC
Durante a descarga, os íons de lítio (Li +) se movem do eletrodo negativo (grafite) através
do eletrólito (sais de lítio suspensos em solução) e do separador para o eletrodo positivo
(LiCoO2). Ao mesmo tempo, os elétrons se movem do ânodo (grafite) para o cátodo
(LiCoO2), que são conectados através de um circuito externo. [7]
Quando a célula é descarregada, íons de lítio se movem do anodo para o catodo
passando pelo eletrólito. Isso descarrega elétrons no lado do anodo, alimentando a
carga, conforme ilustrado na Figura 2. [8]
9
Figura 2 – Funcionamento de uma bateria de Lítio - descarga
Fonte: www.sta-eletronica.com.br
Fonte: www.sta-eletronica.com.br
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4 Família de baterias de íons de lítio
O fascínio do lítio como material de eletrodo ideal para aplicações de baterias
levou a muitos tipos de baterias de íon de lítio. Aqui estão cinco das baterias
comercialmente disponíveis mais comuns no mercado.[7]
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4.4 Fosfato de ferro lítio
As baterias de fosfato de ferro-lítio (LiFePO4) alcançam uma longa vida útil e alta
taxa de corrente com boa estabilidade térmica com a ajuda de material de cátodo de
fosfato nanoestruturado. Apesar dessas melhorias, não é tão denso quanto as
tecnologias combinadas de cobalto e tem a maior taxa de autodescarga das outras
baterias nesta lista. Baterias LiFePO4 são populares como uma alternativa ao chumbo-
ácido como uma bateria de arranque de carro.[7]
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por géis de polímero mais seguros e projetos de células semi-úmidas, para desempenho
elétrico comparável com maior segurança e menor peso. Conhecida por estar presente
nos dispositivos da Apple, esta bateria possui o mesmo metal da Li-Ion como matéria-
prima: lítio. Porém, sua principal diferença é ser mais maleável e com maior densidade
energética. Na prática, isso significa que baterias de LiPo podem ser mais finas e, mesmo
assim, manter a mesma qualidade de recarga de uma de Li-Ion maior. Além dos produtos
da Apple, o OnePlus One, um dos melhores smartphones Android do mundo quando o
assunto é bateria, também utiliza um modelo de LiPo.
O lítio de estado sólido é a mais nova tecnologia do bloco, prometendo melhorias
na densidade de energia, segurança, ciclo de vida e longevidade geral com a
estabilidade de um eletrólito sólido. É difícil prever qual tecnologia vencerá a corrida para
a solução definitiva de armazenamento de energia, mas o íon de lítio continuará
desempenhando um papel importante na economia de energia nos próximos anos. [7]
13
- Sujeita aos regulamentos do transporte. O embarque de quantidades maiores de
baterias de Li-Ion pode estar sujeito ao controle regulador. Esta restrição não se aplica
ao carregamento pessoal de baterias.
- Cara de se fabricar. Melhores técnicas de fabricação e recolocação de metais raros
com alternativas de custo mais baixo, provavelmente reduzirão o preço.
- Tecnologia não inteiramente madura. As mudanças em combinações do metal e da
química afetam resultados de testes nas baterias, especialmente com alguns métodos
de testes rápidos.
- Necessitam cuidados, pois as baterias do Li-Ion têm uma alta densidade de energia.
- A alta temperatura resultante do abuso da célula pode causar dano físico.
- O eletrólito é altamente inflamável. A ruptura pode causar a abertura com chama. [8]
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alcalinos, mas já são elementos com mais dificuldade de serem obtidos e com maior
custo de extração/purificação.
Quando avaliamos o potencial de oxi-redução vemos outros elementos que
também poderiam ser uma alternativa por apresentarem maiores cargas, seriam eles o
Potássio, Bário, Estrôncio e Cálcio. Lógico que haveria uma perda de propriedades
eletroquímicas que com certeza influirão na performance da nova bateria formada.
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energia do que a massa equivalente de lítio e, portanto, pode ser uma boa solução se o
tamanho da bateria não for um fator para sua aplicação."
Outro aspecto muito importante é o custo de obtenção e disponibilidade ou
abundância do elemento químico. Entre eles, o Sódio é o mais abundante, o menos
custoso e mais fácil de ser obtido.
O magnésio apresenta outra vantagem: cada átomo de magnésio libera dois
elétrons durante a fase de descarga da bateria, comparado a um elétron para o lítio. Isso
lhe dá o potencial de fornecer quase o dobro da energia elétrica que é possível a partir
de uma célula de lítio. Além disso, o magnésio não produz dendritos na superfície do
metal durante a fase de carga da bateria. Os cristais de dendrite pontiagudos que
crescem em uma superfície de metal de lítio podem causar curto-circuito da bateria. A
falta de crescimento dendrítico deve tornar as baterias de magnésio mais fáceis de
manusear e mais seguras. Em aplicações com baterias, no entanto, o magnésio teve
alguns problemas. Sendo o maior deles que o magnésio reage com os eletrólitos de
carbonato convencionais para criar uma camada de passivação na superfície do metal
que atua como uma barreira e impede que os íons de magnésio atinjam o metal de
magnésio durante o carregamento.
A principal vantagem das baterias de íons de sódio é o potencial benefício
financeiro", O lítio é um elemento muito escasso no mundo. "O sódio é mais abundante
e pelo menos cem vezes mais barato que o lítio. Ele está liderando pesquisas no mundo
científico para melhorar as baterias de íons de sódio usando uma variedade de carbonos
personalizados e suas combinações com materiais de liga de sódio como estanho e
antimônio para potencialmente dobrar a capacidade dos ânodos, possibilitando ânodos
menores e reduzindo o tamanho e peso das baterias.
O desafio com materiais de liga de sódio é o grande efeito de expansão
volumétrica, uma vez que os íons de sódio formam uma ligação química de alta energia.
"Ele se expandirá em mais de 300% e depois encolherá quando a bateria for
descarregada quando o sódio for retirado". Esse grande grau de expansão e contração
fará com que o anodo falhe ao longo do tempo, por isso estamos trabalhando em
materiais alternativos respirando arquiteturas para mitigar a expansão.
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Por essa avaliação e pesquisa é importante saber que já existem estudos para a
substituição do Lítio, e dentre as alternativas o elemento mais indicado seria o Sódio,
principalmente pela redução dos custos e facilidade de obtenção, levando-se em conta
que muitos cientistas ainda farão pesquisas com o Magnésio e mesmo outros elementos.
A ciência é incansável. Desafios a serem solucionados e vencidos ainda existem, mas é
isso que move a ciência e tecnologia.
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8.1 Mineralogia e Geologia
O lítio é um metal branco-prateado, pouco mais duro que o sódio, porém mais
macio que o chumbo. É o mais leve de todos os metais, com peso específico de 0,534
g/cm3 , ou seja, a metade da água. Como os outros metais alcalinos de seu grupo (sódio,
potássio, rubídio e césio), o lítio é quimicamente muito ativo e nunca ocorre como um
elemento puro na natureza. É encontrado na forma de um mineral ou como um sal
estável (Kunasz, 2006). A distribuição do lítio nas rochas ígneas é função do seu
tamanho, de sua carga e pela relação (MgO+FeO)/Li2O. Nos estágios iniciais da
cristalização do mágma, essa relação é muito grande e, conseqüentemente, o magnésio
e o ferro serão substituídos por minerais ferromagnesianos, em detrimento do lítio, que
será concentrado no magma residual.
O resultado deste processo é a concentração desse elemento químico nas rochas
e em pegmatitos silicatados. Os pegmatitos são rochas ígneas com granulometria grossa
formadas pela cristalização de líquidos pós-magmáticos. Os pegmatitos estão
associados, geneticamente, com seus vizinhos intrusivos. Mineralogicamente, os
pegmatitos graníticos contêm feldspato, quartzo e mica, como os componentes
principais, e uma variedade de elementos acessórios, como o lítio, o berílio, o tântalo, o
estanho e o césio, que podem ocorrer ou não em concentrações economicamente
significativas (Luz et al., 2003).
O lítio também é encontrado, em quantidades significativas, em águas associadas
às fontes geotermais na Islândia (Rejkavik), na Nova Zelândia (Waikarei), na Califórnia
(Imperial Valley) e no México (campo geotermal de Agua Prieta). Concentrações altas
de lítio (até 47 ppm Li) foram encontradas na fonte geotermal de El Tatio, localizada ao
norte do Salar de Atacama. O lítio também ocorre, em altas concentrações, nas
salmouras de lagos do deserto da Califórnia (Searles Lake), de Nevada (Clayton Valley)
e de Utah (Great Salt Lake). Também é encontrado em numerosas salmouras, no Chile
(Atacama, Pedernales e outros), na Bolívia (Salar de Uyuni), na Argentina (Salar del
Hombre Muerto, El Rincon), no Tibet (Lake Zabuye), onde foi descoberto o carbonato de
lítio natural, e na República Popular da China (Qinghai Basin) (Ide e Kunasz, 1989).
Minerais de Lítio Os minerais de lítio ocorrem na natureza, principalmente, em
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pegmatitos graníticos, que são rochas ígneas de granulometria grossa compostas por
quartzo, feldspato e mica.
O espodumênio e os demais minerais de lítio ocorrem, geralmente, como um
mineral acessório nos pegmatitos. Embora o lítio ocorra em diferentes minerais, somente
o espodumênio, a lepidolita, a petalita, a ambligonita e a montebrasita são utilizados
como fontes comerciais de lítio. Atualmente, as principais fontes de lítio explotadas,
comercialmente, são o espodumênio e a petalita. Na Tabela 1, estão apresentados os
principais minerais de lítio, teor do óxido de lítio e algumas de suas características físicas.
8.2 Lavra
Lavra Minérios de lítio são lavrados por método a céu acerto ou por meio de lavra
subterrânea. Em Greenbushes, na Austrália Ocidental, a lavra do espodumênio é feita a
céu aberto com bancadas de até 7 m, sendo desmonte feito por meio de explosivo. A
capacidade de produção da lavra é de 7.000 t/mês de minério, com relação
estéril:minério de 2:1. Em Bikita, no Zimbábue, a lavra da petalita também é feita a céu
aberto. Em Manitoba, Canadá, a lavra do minério de lítio (espodumênio e da
montebrasita) é realizada pelo método subterrâneo “câmara e pilar”, utilizando-se
câmaras de 15 m de largura com área da seção reta dos pilares de 7,7 m2 . O volume
de minério lavrado é da ordem de 89%, sem diluição (Harben, 2002).
A extração e o processamento de salmouras ricas em lítio utilizam métodos mais
simples e mais baratos do que a lavra de minerais pegmatíticos, como o espodumênio e
a petalita. No Salar de Atacama (Figura 5), no Chile, as salmouras são bombeadas de
uma profundidade de 30 m, para as lagoas de evaporação na superfície (Figura 6).
O NaCl cristalizado (halita) é retirado das lagoas, e a salmoura remanescente,
enriquecida com potássio, lítio e boro, é bombeada para novas lagoas de evaporação,
onde são precipitados na forma de silvita. Após a remoção destes, a salmoura
remanescente contém 1% de Li e, depois de contínuas evaporações, é precipitada no
seu ponto de saturação, com 6% de Li (equivalente a 38% de LiCl), mais 1,8% de Mg e
0,8% de B. O produto cristalizado é purificado para retirada de Mg e B e depois
encaminhado à usina de carbonato de lítio. Na Figura 7, ilustra-se um diagrama em
blocos do processo de obtenção de carbonato de lítio à base de salmouras.
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Figura 5 – Bombeamento de água para piscinas de evaporação
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Figura 7 – Diagrama em bloco do processo de obtenção
de carbonato de Lítio à base de salmoras
8.3 Beneficiamento
As operações de beneficiamento dos minérios de lítio são muito dispendiosas, em
função do baixo teor do metal. Normalmente, após as etapas de britagem para redução
granulométrica, o minério é submetido às operações de concentração. A catação manual
(handsorting), a separação em meio denso (tambor ou dynawhirlpool) e a separação
magnética de alta intensidade são as operações mais utilizadas. A concentração por
flotação encontra-se em desuso, em decorrência da complexidade do circuito e das
novas fontes de lítio (salmouras). O diagrama em blocos da Figura 8, contém o circuito
de concentração de espodumênio da Sons of Gwalia, em Greenbushes, Austrália.
21
Figura 8 – Circuíto de concentração de espodumênio
da Sons of Gwalia.
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calcinadores rotativos a 1.000-1.100o C, para conversão do α-espodumênio em β-
espodumênio.
A seguir, a digestão do concentrado de espodumênio decrepitado (calcinado)
pode ser realizada com ácido ou álcali, e o produto final obtido será um carbonato ou um
hidróxido de lítio. No processo de digestão ácida, utiliza-se o ácido sulfúrico (98% p/p)
em excesso (30%) como agente lixiviante, à temperatura de 250o C, em fornos
sulfatadores. O sulfato de lítio formado é lixiviado com água, purificado e precipitado com
barrilha, para obtenção do carbonato de lítio. No diagrama em blocos da Figura 9, ilustra-
se o processo ácido de obtenção do carbonato de lítio.
Figura 9 – Processo ácido de obtenção
do Carbonato de lítio
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O espodumênio reage com a cal (CaO) formando um aluminato de lítio e um
silicato de cálcio. Durante a lixiviação, o excesso de cal se hidrolisa em hidróxido e, numa
reação posterior, o aluminato de lítio reage com o hidróxido de cálcio, formando um
hidróxido de lítio solúvel e um precipitado de aluminato de cálcio.
O hidróxido de lítio, depois de concentrado, é cristalizado sob a forma de hidróxido
de lítio monohidratado. No diagrama em blocos da Figura 10, consta a descrição do
processo alcalino de obtenção do hidróxido de lítio monohidratado (Almeida, 1973).
Figura 10 – Processo alcalino de obtenção
do hidróxido de lítio.
O hidróxido de lítio monohidratado tem maior uso direto como fonte de lítio e é o
principal produto oriundo da maioria dos concentrados. É utilizada, de forma intensiva,
na produção de graxas lubrificantes especiais, para assegurar maior viscosidade em
diferentes temperaturas. Na forma anidra, é um absorvente ideal para gás carbônico. O
carbonato de lítio é o segundo produto de lítio em consumo industrial. É usado
diretamente na indústria de vidro e cerâmica e na indústria de alumínio primário. [1]
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9 Processos de extração do sódio
Natrium, nome latino, fazendo alusão ao natron (minério de carbonato de sódio,
hoje conhecido como trona) proveniente do vale de Natron, perto do Cairo e de
Alexandria, do qual há milhares de anos se extraía o carbonato, vindo daí o seu símbolo
químico: Na.
O nome sódio origina-se de soda cáustica, substância da qual ele foi obtido por
Humphry Davy em 1807, aos 28 anos de idade, ao fazer a eletrólise da soda cáustica
fundida [9]. O sódio é, basicamente, obtido, com pureza de 99,95%, pela eletrólise do
cloreto de sódio fundido. É um dos metais mais baratos e pode ser transportado em
tanques, cilindros ou latas metálicas bem fechadas em atmosfera de nitrogênio gasoso.
É um metal macio que, em contato com água, pode provocar uma reação explosiva:
reage exotermicamente com formação de hidróxido de sódio e liberação de hidrogênio,
que pode sofrer ignição por causa do calor liberado na reação.
Fonte: www.coladaweb.com.br
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O Cloreto de Sódio, mais popularmente conhecido simplesmente como “sal”, é
produzido através de um processo contínuo de evaporação da água do mar, que é
bombeada com aproximadamente 3,5% de sais totais dos quais ¾ são cloreto de sódio.
Para cada tonelada de sal produzida, utiliza-se aproximadamente 45m³ de água do mar
que foi inicialmente bombeada, que vai fluindo pelos diversos evaporadores e
paulatinamente aumentando sua concentração de cloreto de sódio. Ao atingir o último
evaporador, a salmoura já se encontra maturada e preparada para alimentar os grandes
cristalizadores onde, durante os meses de junho a janeiro de cada ano (no Brasil), o sal
é precipitado.
O sal é colhido mecanicamente ou manualmente, lavado com salmoura saturada
e empilhado nas áreas de estocagem, onde aguardará para ser distribuído e
comercializado, como pode ser observado na Figura 12.
Fonte: www.deboni.he.com.br/tq/sal/obtencao
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para garantir a qualidade do produto. Em seguida, o sal é depositado em uma centrífuga
onde é secado e preparado para a moagem.
O processo de refino constitui uma moagem mais sofisticada, já que o sal é
aquecido a 120 graus centígrados, em uma operação conhecida por “torragem”.
O que ocorre é uma recristalização fracionada, desta forma, a separação é feita segundo
uma ordem crescente do produto de solubilidade (kps); assim os primeiros materiais a
se cristalizarem (depositarem) são os calcários ou dolomitos, seguidos da gipsita ou
anidrita, após esta primeira etapa de cristalização, a água é escoada para um segundo
tanque, onde se deposita o sal gema e por último os sais de potássio e magnésio. Estes
últimos por serem bastante solúveis raramente são depositados. As soluções residuais
geralmente voltam ao mar ou são diluídas.
O processo apresentado anteriormente é equivalente para a obtenção do sal
sempre que este se apresentar dissolvido, isso inclui o sal dos lagos salgados (Grande
lago salgado Utha-USA, e Palmeira dos Índios-AL) e as salmouras subterrâneas.
27
Figura 13 – Mina Sal Gema em Loulé
Portugal
Fonte: www.geocaching.com
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dependem, entre outras, das seguintes variáveis: natureza dos minerais; profundidade;
disposição estrutural; e espessura das camadas e comportamento mecânico do minério
e de suas encaixantes, além das características hidrodinâmicas da seqüência salífera.
No método de lavra subterrânea convencional, através do sistema de câmaras e
pilares é necessário, primeiro, executar a abertura de pelo menos um poço, que consiste
numa escavação com o diâmetro de aproximadamente 7 m, e profundidade dependendo
da camada. Esse poço permitirá o acesso às camadas de interesse a lavra, dando
condições para que a partir dele fossem desenvolvidas galerias aproximadamente
horizontais, de onde seria extraído o minério com auxílio de equipamento mecânico. O
poço também daria condições para a movimentação do pessoal, equipamentos e
materiais, permitindo por outro lado o acesso à instalação dos com dutos de luz e força
e provavelmente refrigeração, além de transporte vertical até a superfície do minério
desmontado nas frentes de trabalho.
Na escavação do poço as condições hidrodinâmicas dos horizontes a serem
atravessados deverão exigir congelamento artificial e posterior revestimento. O
dimensionamento das câmaras e pilares, por outro lado, poderá sofrer a influência da
natureza das camadas imediatamente sotopostas ou superpostas em função
principalmente do comportamento mecânico das rochas. No ano de 1995, o sal-gema,
era extraído no Brasil, nos estados da Bahia e de Alagoas.
Na Polônia, há uma mina de sal, que é explorada desde o século XIII, estando
ainda em atividade, a Mina de Sal de Wieliczka, com mais de 300Km de níveis
superpostos de túneis e galerias, onde a abundância de sal era tanta que os mineiros
esculpiram no mineral, obras de arte com temas religiosos, como é o caso da foto ao
lado a Capela de Blessed Kinga. [11]
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aquoso. Porém, ambos os métodos não resultam nos mesmos produtos. Observe cada
um dos métodos para entender os diferentes processos.
Se o cloreto de sódio é derretido (acima de 801 ° C), dois eletrodos são inseridos
no fundido, e uma corrente elétrica é passada através do sal fundido, então reações
químicas ocorrem nos eletrodos (Figura 14).
Íons de sódio migram para o cátodo, onde os elétrons entram no material fundido e são
reduzidos a metal de sódio:
Na+ + e- → Na
Os íons cloretos migram para o outro lado, em direção ao ânodo. Eles entregam seus
elétrons ao anodo e são oxidados a cloro gasoso:
30
Cl- → ½ Cl2 + e-
Dessa forma além de obter-se o Na, o processo também produz o gás Cloro, que pode
ser comercializado para outras aplicações, pois esse processo sempre resultará na
obtenção desses dois elementos.
Quando temos uma solução aquosa de cloreto de sódio, não será obtido o sódio,
como no processo anterior, mas esse processo será demonstrado para fins acadêmicos.
E não pode-se esquecer que temos que considerar a água na equação. Como a água
pode ser oxidada e reduzida, ela compete com os íons Na + e Cl - dissolvidos . Em vez
de produzir sódio, o hidrogênio é produzido. (Figura 15)
Figura 15 - Célula de eletrólise para cloreto de sódio aquoso
31
líquido é a eletrólise de uma solução aquosa de NaCl em produtos industrialmente
úteis, hidróxido de sódio (NaOH) e cloro gasoso.
A reação no catodo é:
A reação no ânodo é:
Cl- → ½ Cl (g) + 1 e-
NaCl (aq) + H2O (l) →Na+ (aq) + OH- (aq) + H2 (g) + ½ Cl2 (g)
10 O átomo
Os átomos são partículas infinitamente pequenas que constituem toda matéria no
universo. Ao longo do tempo, a ideia de como seria a estrutura atômica foi mudando de
acordo com as novas descobertas feitas pelos cientistas.
Um modelo é uma representação da realidade (não a própria realidade), assim,
os modelos atômicos são representações dos principais componentes do átomo e de
sua estrutura e explicam determinados comportamentos físicos e químicos da matéria.
Isso é feito porque ainda não é possível ao ser humano enxergar um átomo isolado nem
mesmo com ultramicroscópios.
32
Figura 16 – Modelo atômico
Rutherford-Bohr
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
Prótons: são partículas de carga elétrica positiva (carga relativa = +1; carga em
coulomb (C) = +1,602 . 10-19) e a sua massa relativa é igual a 1.
Nêutrons: são partículas de massa igual à dos prótons (1), mas como o próprio
nome indica, eles são neutros, ou seja, não possuem carga elétrica.
O diâmetro do núcleo depende da quantidade de prótons e nêutrons que o átomo possui,
mas, em média, fica em torno de 10-14 m e 10-15 m.
33
O núcleo atômico concentra praticamente toda a massa do átomo, sendo uma parte
muito pequena mesmo: tanto o próton como o nêutron são cerca de 100 mil vezes
menores do que o próprio átomo inteiro!
Figura 18 – A eletrosfera
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
34
Tabela 2 - Massa e carga elétrica das três partículas
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
À medida que as camadas se afastam do núcleo, aumenta a energia dos elétrons nelas
localizados.
35
respectivamente. E cada camada eletrônica admite um número máximo de elétrons
(Figura 20). [6]
Número
Camada
máximo de
eletrônica
elétrons
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2
11 Tabela Periódica
A atual possui filas horizontais e cada uma delas representa um período ou série.
A Tabela Periódica (Figura 21) possui sete períodos e, a depender do nível (série) em
que os elementos encontram-se, é revelada a quantidade de camadas eletrônicas.
Por exemplo, os elementos Oxigênio e o Flúor estão na segunda série e possuem duas
camadas eletrônicas, o Potássio e Cálcio estão no quarto período e possuem quatro
níveis eletrônicos (K,L,M,N) e assim por diante.
36
Figura 21 – Tabela Periódica – Linhas ou períodos
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
37
A numeração das Famílias da Tabela Periódica se inicia no 1A (representado em
nossa tabela periódica com o número 1) e continua até o zero ou 8A (representado em
nossa tabela periódica pelo número 18). Existe também a Família B.
A Tabela Periódica é divida em Metais, Não-Metais e Semi-Metais e suas famílias são:
▪ Família 1A (Grupo 1): Metais Alcalinos
▪ Família 2A (Grupo 2): Metais Alcalino-Terrosos
▪ Família B (Grupo 3 à 12): Metais de Transição
▪ Família 3A (Grupo 13): Família do Boro
▪ Família 4A (Grupo 14): Família do Carbono
▪ Família 5A (Grupo 15): Família do Nitrogênio
▪ Família 6A (Grupo 16): Calcogênios
▪ Família 7A (Grupo 17): Halogênios
▪ Família 0 ou 8A (Grupo 18): Gases Nobres
12 Propriedades Periódicas
38
As principais propriedades periódicas químicas dos elementos são: raio atômico, energia
de ionização, eletronegatividade, eletropositividade e eletroafinidade. Já as físicas
são: pontos de fusão e ebulição, densidade e volume atômico.
1 2 . 1 Ra i o a tômic o
O raio atômico se refere ao tamanho do átomo. Quanto maior o número de níveis,
maior será o tamanho do átomo. O átomo que possui o maior número de prótons exerce
maior atração sobre seus elétrons. Em outras palavras, raio atômico é a distância do
núcleo de um átomo à sua eletrosfera na camada mais externa. Porém, como o átomo
não é rígido, calcula-se o raio atômico médio pela metade da distância entre os centros
dos núcleos de dois átomos de mesmo elemento numa ligação química em estado sólido.
Para conseguir essa medida, usa-se a técnica de difração por raios X. Nela, esses raios
atravessam uma amostra de um material sólido de um único elemento químico (como
um pedaço de ferro, pois ele é sólido e é formado somente por átomos de ferro), e os
átomos ou íons que constituem esse material provocam um desvio na trajetória dos raios
X. Depois os raios X incidem sobre uma chapa fotográfica e registram a posição dos
núcleos dos átomos no material e a distância entre eles. Assim, basta dividir esse valor
por dois para obter o raio atômico (Figura 23) , que, em geral, é medido em nanômetros
(1 nanômetro é igual à bilionésima parte de um metro (10 -9 m)).
Figura 23 – Raio Atômico
39
Quanto maior o número atômico de um elemento no período, maiores são as
forças exercidas entre o núcleo e a eletrosfera, o que resulta num menor raio atômico.
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
Como estamos trabalhando com os átomos de Lítio e Sódio, e ambos fazem parte da
família dos metais alcalinos, onde a variação no raio atômico é crescente de cima para
baixo, deduzimos que o raio atômico do Sódio é maior que a do Lítio, usando a teoria
acima e comprovando pela medida dos mesmos, conforme tabela 2.
12.2 Eletronegatividade
40
eletronegatividade é a tendência que um átomo tem em receber elétrons em uma ligação
covalente. Portanto, é preciso das ligações químicas para medir essa propriedade.
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
41
Tabela 4 – Eletronegatividade
Elemento Lítio Sódio
Eletronegatividade (eV) 1 0,9
Fonte: Equipe Eng. Civil – II Sem.
42
29Cu +785 kJ/mol → 29Cu+ + e-
29Cu + 1955 kJ/mol → 29Cu2+ + e-
Veja que a segunda energia de ionização foi maior do que a primeira. Isso nos
mostra que a energia de ionização é uma propriedade periódica, que varia conforme o
número atômico dos átomos dos elementos da Tabela Periódica. Podemos notar
também que essa propriedade segue um padrão de variação relacionado com o do raio
atômico, pois depende da distância que os elétrons estão do núcleo, ou seja, quanto
maior o raio atômico, menor a energia de ionização e vice-versa.
Isso quer dizer que os valores das energias de ionização dos elementos crescem
no sentido oposto ao crescimento do raio atômico, ou seja,aumenta de baixo para cima
e da esquerda para a direita. (Figura 26), e na Tabela 5 está expresso o Potencial de
ionização do Lítio e Sódio.
Figura 26 – Comportamento do Potencial ou
energia de ionização
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
43
átomos com mais elétrons, por isso surgiu a necessidade de aperfeiçoar o modelo,
segundo as observações experimentais, resultando no conceito de subníveis
atômicos ou subníveis de energia.
Para conhecer a relação de energia de cada subnível, basta verificar o diagrama criado
por Linus Pauling a cerca da distribuição eletrônica de um átomo no estado fundamental
(Figura 27).
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
44
Ordem Crescente de Energia:
1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5 s< 4d < 5p < 6s < 4f < 5d < 6p < 7s < 5f < 6d < 7p
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/quimica
45
Tabela 6 – Distribuição eletrônica
Litio Sódio
2 1
Distribuição Eletrônica 1s – 2s 1s – 2s2 – 2p6 – 3s1
2
13 Estatistica
Foi realizado um estudo estatístico para conhecer o comportamento do
carregamento de uma bateria de smartphone, e a partir desses resultados avaliar
equação que representa esse comportamento. O aparelho smartphone utilizado foi o
Motorola Moto G5 e as figuras a seguir identificam sua aparência (Figura 29), tipo de
bateria (Figura 30) e carregador (Figura 31).
46
Figura 30 – Bateria GK 40 (frente e verso)
Modelo: GK 40
Descrição: Bateria de Polímero de íons de Lítio de 3,8 V
2685/2800 mAh (min/typ)
10.2/10.6 Wh (min/typ) - 1lcp4/60/70
Frente Verso
Modelo: SSW28658R
47
os aparelhos, fazendo com que as baterias sejam reabastecidas com mais velocidade
do que aconteceria com um carregador normal. Ele é programado para tentar absorver
a maior quantidade de energia elétrica possível — independente de qual seja o
carregador utilizado, mas por razões de segurança existe uma limitação de carregadores
não certificados. Isso serve para evitar que a corrente elétrica seja transmitida com uma
intensidade maior do que a que seria segura para os aparelhos.( www.tecmundo.com.br)
Tempo Carga (% )
(min) medida
15 18,0
30 34,0
45 50,0
60 65,0
75 79,0
90 88,0
105 94,0
120 97,0
135 99,0
150 100,0
48
Para estabelecer uma relação entre o tempo e o percentual da carga, foi criado o
gráfico de dispersão usando-se a planilha Excel, (Figura 32), feito com os valores obtidos
no experimento realizado. Pelo gráfico de dispersão observa-se que até
aproximadamente 80 minutos a carga ocorria de forma proporcional, com uma tendência
linear, mas a partir desse tempo, o gráfico começa a apresentar uma leve curva,
tendendo para 100% (capacidade máxima de carga), descaracterizando então uma
equação linear, e apresentando uma tendência logarítmica.
Isso ocorre porque à medida que o tempo passa e a carga é dada na bateria, está
ocorrendo uma reação química de reversão em relação à descarga.
Para verificar qual é a função dada pelo gráfico de dispersão, pode-se utilizar um
recurso da planilha Excel, que é adicionar uma linha de tendência, logarítmica no caso
desse estudo, obtendo-se automaticamente a equação de carregamento da bateria
estudada. E também, pode ser obtido o Coeficiente de Determinação (r 2), que indica a
49
proporção de variação da variável independente que é explicada pela variável
dependente, ou seja, é uma ferramenta que avalia a qualidade do ajuste.
r2 = 0,9778
50
A partir dos resultados encontrados no experimento foi feita uma análise e
interpretação entre os dados práticos e teóricos para verificação se os resultados foram
satisfatórios. Para tanto foi elaborado um quadro comparativo (Figura 34) com esses
resultados e o erro relativo para cada medida. [12]
A proximidade dos resultados obtidos com a função gerada pelo Excel e o alto %
do coeficiente de determinação nos levaram a considerar o resultado do experimento
como muito satisfatório.
51
Observa-se que os maiores erros relativos ocorrem no momento em que o gráfico
apresenta uma tendência mais linear (até próximo dos 80 minutos), e a partir dai, o erro
relativo vai se reduzindo, o que mostra uma boa conformidade com a função gerada pelo
gráfico.
Outras possíveis causas de erro podem ser devido o tempo de vida da bateria,
variação da corrente elétrica no momento da carga, defeito ou mal funcionamento de
algum componente da bateria ou do carregador.
Figura 34 - Função
52
As funções possuem um conjunto denominado domínio e outro chamado de
imagem da função, no plano cartesiano o eixo x representa o domínio da função,
enquanto o eixo y representa os valores obtidos em função de x, constituindo a imagem
da função. (Figura 35).
53
Em linguagem formal, dizemos:
• Domínio: D(f) = A
• Contradomínio: CD(f) = B
• Imagem: Im(f) = {2, 3}
Domínio:
D(f)={ X € R* l 1 ≤ x ≤ 150 }
Imagem:
Im(f)= { Y € R l 0,01 ≤ y ≤ 1 }
1,4532 = 0,3976.ln(x)
In(x) = 1,4532/0,3976
In(x) = 3,6549
x = 38,6636 Minutos
Ou seja, a bateria terá 50% de sua carga armazenada quando o tempo de
carregamento atingir aproximadamente 38,67 minutos.
54
15 Conceito de Limite
A palavra limite de acordo com o uso que lhe é dado ostenta vários significados.
Em termos gerais, por limite, se chama qualquer tipo de restrição, social, física, legal,
entre outras.
Também, com a palavra limite se designa o topo, o fim ou o grau máximo de uma
determinada questão.
Em matemática, o conceito de limite é usado para descrever o comportamento de
uma função à medida que o seu argumento se aproxima de um determinado valor, assim
como o comportamento de uma sequência de números reais, à medida que o índice (da
sequência) vai crescendo, i.e. tende para infinito. O limite de uma função possui grande
importância no cálculo diferencial e em outros ramos da análise matemática, definindo
derivadas e continuidade de funções.
Dizemos que uma função f(x) tem um limite A quando x → a (→: tende), isto é,
lim f(x) = A
x→ a
se, tendendo x para o seu limite, de qualquer maneira, sem atingir o valor a, o módulo
de f(x) – A se torna e permanece menor que qualquer valor positivo, predeterminado,
por menor que seja.
Os limites são usados no cálculo diferencial e em outros ramos da análise
matemática para definir derivadas e a continuidade de funções.
Se entramos um pouco no histórico do desenvolvimento do conceito de limite,
veremos que foram necessários quase 2.500 anos de história para que o conceito
de limite fosse estabelecido da forma como é hoje, desde os paradoxos de Zenão (cerca
de 450 a.C), passando pela Aritmetização da Análise com Weierstrass, no século XIX
quando, segundo Geraldo Ávila (2006), a definição de limite de Cauchy – correta, porém,
ainda eivada da noção espúria de movimento – é substituída pela definição puramente
numérica.
Dentre outros estudiosos, chegamos no século XVII surgem os trabalhos de
Isaac Newton (1642 – 1727) e Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 – 1716) que são
considerados os inventores do Cálculo Diferencial e Integral.
Na matemática, a fórmula integral de Cauchy, nomeada em homenagem a
Augustin Louis Cauchy, é um teorema central na análise complexa. Ela pode ser
55
expressa pelo fato de que uma função holomorfa, definida sobre e dentro de uma curva
simples fechada C, é completamente determinada pelos seus valores na fronteira dessa
curva, no entanto, segundo Reis (2001), talvez a maior contribuição de Cauchy
não esteja no rigor da definição de limite, mas sim na concepção de infinitésimo
como uma variável dependente: “Diz-se que uma quantidade variável se torna
infinitamente pequena quando seu valor numérico decresce indefinidamente de modo
a convergir para o limite zero”.
Respondendo ao questionamento citado: "o que acontece com o percentual de
carga do celular se o valor do tempo for muito grande”, de acordo com os nossas
pesquisas, estudos e o uso que está sendo empregado a palavra Limite:
Concluímos que, por limitações físicas e químicas da bateria, o percentual de
carga aplicada ao celular tende a ficar estagnada, uma vez alcançado o limite admitido
de carga que é 100%, independentemente do tempo que a mesma seja exposta.
Essa conclusão baseia-se ainda na afirmação colhida junto ao site:
www.techtudo.com.br, “Os aparelhos deixam de receber energia quando chegam em
100% de carga”, ou seja atinja o seu limite físico.
Informado ainda pelos fabricantes de aparelhos celulares á exemplo Motorola,
onde a mesma informa:
“As baterias modernas permitem carga a qualquer momento sem qualquer dano
ou risco de vício. Elas foram projetadas para ter uma duração compatível com o ciclo de
vida de um smartphone.”
56
A partir da Revolução Industrial (século XVIII) entre 1760 e algum momento entre
1820 e 1840 na Inglaterra que os processos de manufatura se transformaram de
métodos de produção artesanal para produção através de máquinas e alterando
dramaticamente a velocidade que o homem interfere no meio ambiente.
Ainda assim, a preocupação com o meio ambiente era um tema inexistente, foi
somente no século 19 que o homem começou a perceber que as suas ações
degradavam o ambiente em que vivia e novos pensamentos começaram a surgir.
Foi em Londres (1952) que ocorreu a primeira grande tragédia ambiental, também
chamado de Big Smoke onde mais de 12.000 mil pessoas morreram e deixou mais de
1000.000 mil doentes por conta da poluição do ar agravado por uma inversão térmica
causada por uma camada de ar frio que impossibilitou a dispersão da poluição. A tragédia
serviu de alerta as autoridades locais e mundiais sobre a necessidade de ter um olhar
crítico em relação aos impactos ambientais e a criação de leis com o objetivo de proteger
o meio ambiente.
57
16.1 Lei da exploração mineral (№ 7.805 de 18 de Julho de 1989.)
58
Com a MP 789, a CFEM passou a ser progressiva, tomando como referência o
preço do minério de ferro, ou seja, quanto mais caro for o minério, mais alta será a
contribuição. (Tabela 9) [18]
Minério de ferro
Cotação internacional em
Alíquota US$/tonelada
(Índice Platts Iron Ore Index - Iodex)
2,0% Preço < 60
2,5% 60 ≤ Preço < 70
3,0% 70 ≤ Preço < 80
3,5% 80 ≤ Preço < 100
4,0% Preço ≥ 100
Outros minerais
Alíquota Mineral
Ouro e diamante, quando extraídos
sob o regime de permissão de lavra
0,2% garimpeira, demais pedras
preciosas e pedras coradas
lapidáveis
Rochas, areias, cascalhos, saibros e
demais substâncias minerais
1,5%
quando destinadas para uso
imediato na construção civil.
Ouro e demais substâncias
2,0%
minerais, exceto minério de ferro.
Bauxita, manganês, diamante,
3,0%
nióbio, potássio e sal-gema.
Fonte:
MP 791: o governo criou a Agência Nacional de Mineração, que substituirá o
Departamento Nacional de Produção Mineral. A ANM será sediada no Distrito Federal e
terá unidades administrativas regionais.
59
dirigida por uma diretoria colegiada. Esse grupo terá cinco integrantes: um diretor-geral
e quatro diretores.
Todos os seus diretores deverão ser brasileiros e ocuparão o cargo por indicação
do presidente da República. Para integrarem a diretoria da ANM, os proponentes
deverão ter, no mínimo, 10 anos de experiência profissional no setor público ou privado
de mineração e exercido cargo de chefia.
60
O Direito Ambiental Brasileiro é caracterizado por princípios fundamentais tais como,
Princípio da Prevenção, Princípio da Precaução, Princípio Poluidor-Pagador, Princípio
da Responsabilidade, Princípio da Gestão Democrática e Princípio do Limite. [19], [20]
61
16.3.5 Princípio do Limite.
Voltado para a Administração Pública, tem como dever fixar parâmetros mínimos para
emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares
e líquidos, dentre outros, promovendo sempre o desenvolvimento sustentável.[20]
63
biodiversidade e florestas, contribuindo para com a definição e implementação da política
ambiental do Estado. [15]
64
16.8 Resumo de algumas das principais leis.
65
10- Lei do Gerenciamento Costeiro (7.661/1988): Define as diretrizes para criar
o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro onde é definido o que é zona
costeira como espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, incluindo
os recursos naturais e abrangendo uma área marítima e outra terrestre. Permite
a cada estado e município costeiros instituírem seus próprios planos de
gerenciamento costeiro desde que prevaleçam as normas mais restritivas.
11- Lei da criação do IBAMA (7.735/1989): Criação do IBAMA incorporando
posteriormente a Secretaria Especial do Meio Ambiente e as agências federais na
área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. Ao IBAMA compete executar
a PNMA (Política Nacional do Meio Ambiente) atuando para conservar, fiscalizar,
controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais.
12- Lei do Parcelamento do Solo Urbano (6.766/1979): Estabelece regras para
loteamentos urbanos, proibindo-os em áreas de preservação, áreas onde a
poluição represente perigo a saúde e terrenos alagadiços.
13- Lei da Política Agrícola (8.171/1991): Define que o poder público deve
disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora
14- Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (6.938/1981): A lei ambiental
mais importante que define que o poluidor é obrigado a indenizar os danos
ambientais que causar independente da culpa.
15- Lei de Recursos Hídricos (9.433/1997): Institui a PNRH (Política Nacional
de Recursos Hídricos) e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Define a
água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos
múltiplos.
16- Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição (6.803/1980):
Atribui aos estados e municípios o poder de estabelecer limites e padrões
ambientais para a instalação e licenciamento das indústrias, exigindo o estudo de
impacto ambiental.
17- Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (12.305/10): Lei que procura
organizar a forma com que o país lida com o lixo e exigir dos setores públicos e
privados transparência no gerenciamento de seus resíduos. [15], [16], [17]
66
16.9 LEIS AMBIENTAIS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE E
PARA A SOCIEDADE
Nos dias atuais a “Preservação do Meio Ambiente” é um tema muito discutido nas
empresas e até mesmo dentro de nossa casa.
67
Atualmente, muitas empresas promovem e executam ações ambientais em favor
da sua imagem perante ao consumidor, mesmo que o seu “produto” final não seja
exatamente originário de algum recurso natural, como no caso das instituições
financeiras.
Concluímos que com o passar dos anos a consciência ecológica se difunde cada
vez mais na sociedade através de vários instrumentos e ferramentas e que o futuro
reservado para as próximas gerações será mais limpo.[17]
O Brasil possui uma das mais modernas e mais rigorosas leis ambientais em
comparação ao resto dos países, com multas que podem chegar a exorbitante cifra de
R$ 50.000.000,00 e engloba tanto pessoas físicas como jurídicas.
Como ponto de partida, ela analisou os dois principais instrumentos que colocam
restrições ao uso da terra, que são as APP (Áreas de Preservação Permanente) e a
reserva legal. Com isso, ela tentou identificar o que significava estar em conformidade
com a legislação nesses países.
68
No caso das APP, ela conta que a comparação foi mais fácil, já que todos
possuíam alguma regra relacionada ao assunto. Ela identificou que, no Brasil, essa área
varia entre 5 a 500m. Nos outros países estudados, essa regra, que pode ser de nível
federal ou estadual, varia. A província de Quebec, no Canadá, por exemplo, é uma das
mais restritivas, com 10 a 15m. Nos Estados Unidos, a média é de 15m a 25m, sendo
que essa metragem é voluntária. Na França e na Alemanha, a legislação exige 5m.
Portanto, o Brasil tem um grande destaque neste fator.
Nas reservas legais, ela verificou que os outros países utilizam outros
instrumentos para atingir o objetivo de conservação da biodiversidade e que o Brasil se
destaca por ser o único que exige que todas as propriedades reservem um percentual
para a reserva.
Essas regras mais rigorosas no Brasil não significam apenas mais custo, como
salienta a pesquisadora. Este fator, segundo Chiavari, pode ter um valor muito maior
para os produtores em negociações internacionais, já que a produção brasileira vem com
esse componente ambiental importante.
Neste sentido, Chiavari ressalta que o estudo serve para compreender como uma
legislação rigorosa consegue se destacar e ser um instrumento fundamental para a
abertura de novos mercados e retirar barreiras ao comércio brasileiro. Para isso, a
consolidação do Código Florestal, portanto, seria extremamente necessária. [21]
Resíduos Sólidos - No campo dos resíduos sólidos o Brasil está muito longe de
ser uma país que trata os seus resíduos de forma responsável apesar de possuir uma
política específica para este fim, conforme estudos realizados, a grande maioria dos
resíduos coletados ainda tem como destino final, lixões (resíduos depositados a céu
aberto), aterros controlados (resíduos são cobertos com uma camada de terra) e
69
aterros sanitários (local que recebe impermeabilização no piso e depois os resíduos
são cobertos com uma camada de terra).[15]
A situação ideal seria que todo o lixo produzido fosse 100% reciclado, entretanto
não é uma tarefa fácil e barata de se alcançar.
70
Tabela 11 – Ranking de países poluidores
Emissões
Ranking País População PIB (US$)
(% / total)
1 China 1,378 bilhão 14,9 trilhões 25,36
2 EUA 325 milhões 18,6 trilhões 14,4
3 União Européia 515 milhões 17,7 trilhões 10,16
4 Índia 1,324 bilhão 2,2 trilhões 6,96
5 Rússia 144 milhões 1,2 trilhões 5,36
6 Japão 127 milhões 4,9 trilhões 3,11
7 Brasil 207 milhões 1,8 trilhões 2,34
Fonte:www.ibge.gov.br/estatísticas
71
Concluímos que o mundo como um todo, ainda engatinha na questão ambiental,
com o aumento da população e consumo mundial, cada vez o homem extrai mais e mais
recursos naturais do meio ambiente e a maior parte desses recursos não são
recolocados. A reciclagem também ainda muito pouco praticada e o lixo se amontoa em
aterros, a céu aberto, rios e mares.
17 CONCLUSÃO FINAL
Nesta seção você fará a ligação entre os objetivos e os resultados alcançados,
fazendo uma discussão dos resultados, dos métodos de medida utilizados, tendo em
vista o objetivo do trabalho. De um modo geral, a conclusão deve ser redigida de tal
modo que a ideia central do relatório se revele e se fixe claramente ao leitor.
O objetivo desse trabalho foi buscar alternativas para a empresa TKW Baterias,
fabricante de baterias para smartphones e avaliar oportunidades tecnológicas nesse
mercado extremamente competitivo.
Foram pesquisados os atuais modelos de bateria utilizadas bem como
alternativas para substituição dos componentes das baterias com o objetivo de
proporcionar maior competitividade tanto tecnológica quanto financeira.
As pesquisas identificaram que as baterias mais utilizadas atualmente são
fabricadas com o metal Lítio. Existem além da Íon-Lítio, o Níquel Híbrido,, Lítio
Polímero e Níquel Cádmio. A última tecnologia é conferida a bateria tipo Lítio Polímero,
a quel é mais leve e mais segura contra eventuais explosões. Algumas das razões pela
qual o Lítio é utilizado são por ser o metal mais leve da tabela periódica,e um dos com
maior facilidade e tendência a doar elétrons.
Em função de sua posição na tabela periódica, por ter apenas um elétron na
última camada e seu potencial de oxi-redução, avaliamos com alternativas para
substitui-lo os elementos presentes nas colunas 1 A e 2 A ta tabela periódica, ou seja
os metais alcalinos e alcalinos terrosos respectivamente. Como finalistas em nossa
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avaliação ficaram o Sódio e o Magnésio. E o eleito para substituir o Lítio foi o Sódio,
aliado além das características mencionadas anteriormente, o fato de ser um material
mais abundante na natureza, de maior facilidade de extração, apresentar um custo que
chega a ser até cem vezes mais barato que o Lítio e sobretudo porque a literatura
científica já mostra vários estudos feitos avaliando-se o Sódio na fabricação de baterias
celulares.
A partir do estudo estatístico da carga de um smartphone, foi possível avaliar o
comportamento da carga acumulada da bateria versus o tempo de carga, o que nos deu
oportunidade de usar o software Excel e aplicando o gráfico de dispersão com a linha de
tendência logarítmica, obtendo a função tempo x carga, assim como o coeficiente de
determinação, r2, que apresentou valor de 0,9778 ou 97,78%, indicando que 97,78% da
variação de y pode ser explicada pela relação entre x e y. O restante, (2,22% da
variação) não é explicado e é em razão de outros fatores ou a erro da amostra. [12]
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Para a TKW Baterias fica a sugestão que sigam investindo na atual tecnologia de
baterias para smartphones, como o Lítio-Polímero (que nada mais é que uma bateria de
Íon-Litio ou Lítio-íon) e buscando atualizar-se no mercado mantendo contato e talvez
participando com patrocinadores junto a faculdades e institutos de pesquisa na busca
por alternativas ao Lítio, como por exemplo o Sódio, como mencionado ao longo desse
trabalho.
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18 Bibliografia
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