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ANÁLISE TEÓRICA E EXPERIMENTAL DE

TRELIÇAS METÁLICAS ESPACIAIS CONSTITUÍDAS


POR BARRAS COM EXTREMIDADES ESTAMPADAS
1 2
Carlos Henrique Maiola & Maximiliano Malite

Resumo
Neste trabalho são apresentadas análises teóricas e experimentais de treliças metálicas
espaciais, constituídas por barras de seção tubular com extremidades estampadas,
onde foram analisadas as situações construtivas usuais: treliça com nós típicos
(extremidade das barras estampadas, sobrepostas e unidas por um único parafuso),
com nós de aço (sistema de conexão formado por uma peça com aletas de aço
soldadas), e com sistema misto de conexão (emprego de nós típicos nas regiões menos
solicitadas e nós de aço nas restantes, respeitando imposições construtivas). Os
resultados experimentais foram obtidos em ensaios de quatro protótipos que simulavam
um trecho de treliça espacial, constituídos por uma malha quadrada sobre quadrada,
com 7,5x7,5x1,5 (m). A análise teórica dos protótipos foi feita admitindo-se os casos de
linearidade e também de não linearidade física e geométrica, levando-se em
consideração a variação de inércia das barras junto aos nós. Os resultados
encontrados permitiram avaliar e comparar o comportamento global e os estados
limites últimos dos diferentes sistemas de treliça espacial analisados.

Palavras-chave: estruturas metálicas; estruturas espaciais; treliças espaciais;


elementos tubulares.

1 INTRODUÇÃO

O termo ‘treliça espacial’, embora não adequado tecnicamente, é usualmente


aplicado para as estruturas tridimensionais constituídas por barras não coplanares,
conectadas umas as outras por dispositivos que são chamados de nós. Em geral tais
estruturas são empregadas principalmente em coberturas de grandes áreas quando
se dispõe de um número reduzido de apoios, como por exemplo edificações
esportivas, centros de exposição, centros comerciais, hangares, edificações
industriais, etc.
A utilização das treliças espaciais está em contínuo crescimento no Brasil,
pois apresentam uma série de vantagens quando comparadas a outros sistemas de
coberturas, dos quais destaca-se a grande similaridade das dimensões das barras e
dos detalhes de nós, facilitando deste modo a industrialização e a montagem, e

1
Mestre em Engenharia de Estruturas, Aluno de Doutorado na EESC-USP, maiola@sc.usp.br
2
Professor Doutor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, mamalite@sc.usp.br

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conferindo intrínseca leveza e aparência agradável, dispensando muitas vezes a


colocação de forros.

Nas últimas décadas, dezenas de sistemas de treliças espaciais foram


desenvolvidos e patenteados, sendo que muitos não tiveram sucesso comercial, uma
vez que o ponto ‘chave’ destas estruturas é o nó, ou seja, a conexão entre as diversas
barras que concorrem num único ponto, assim, torna-se necessário desenvolver um
sistema ‘barra-nó’ com eficiência estrutural, que seja relativamente barato, e cuja
montagem seja simples. Dos sistemas mais conhecidos hoje em dia, cita-se o alemão
MERO (fig. 1a), desenvolvido durante os anos de 1942-1943, constituído por barras
tubulares conectadas a um nó especial de aço, permitindo a união de até 18 barras
sem causar excentricidades na ligação. Destacam-se também os sistemas
TRIODETIC e UNISTRUT (fig. 1b e 1c) dos anos 50, e o mais recente o britânico
NODUS (fig. 1d) (CODD et al. 1984).

a) MERO b) TRIODETIC

c) UNISTRUT d) NODUS

Figura 1 - Sistemas de nós patenteados mais conhecidos

No Brasil, a utilização de sistemas patenteados se reduz a algumas poucas


obras, uma vez que apresentam custo relativamente elevado quando comparados a
soluções mais simples, como por exemplo as barras de seção tubular circular com
extremidades estampadas (amassadas) e conectadas por um único parafuso,
denominado usualmente por nó típico (fig. 2). Tal sistema tem sido amplamente
empregado, e infelizmente, muito pouco pesquisado sob o ponto de vista do
comportamento estrutural. Outro sistema empregado refere-se também à utilização de

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barras tubulares com extremidades estampadas, entretanto conectadas a um nó


constituído por chapas de aço soldadas, denominado por nó de aço (fig. 3).
Estruturas de grandes vãos têm sido construídas empregando os nós típicos,
e muitas delas têm apresentado falhas estruturais ainda na fase de montagem, como
por exemplo a ocorrida na cobertura do Aeroporto Internacional de Belém (1999). Em
outras foram observados casos de colapso parcial ou até mesmo total com poucos
anos de vida, e sem ocorrência de ações que excederam as previstas no projeto,
neste caso pode-se citar o colapso global ocorrido na estrutura do Centro de
Convenções de Manaus (1995), com 110m de vão, o qual foi observado alguns dias
após a colocação das telhas e na ausência da ação do vento.
Diante destes fatos, as respostas das prováveis causas destes acidentes
eram dadas com base na experiência e intuição de muitos engenheiros, uma vez que
não se dispunha de resultados de pesquisa sobre o comportamento de tais estruturas.
É intuitivo que o nó típico é limitado do ponto de vista estrutural, pois apresenta
elevadas excentricidades e não corresponde a um nó efetivamente constituído.
Entretanto, haviam poucos subsídios para se avaliar quantitativamente a rigidez e a
capacidade da estrutura, surgindo muitas controvérsias quanto à sua eficiência
estrutural, envolvendo projetistas, fabricantes e clientes.
É importante ressaltar também que as hipóteses de cálculo assumidas para
os detalhes das ligações nestas estruturas, não reproduzem de maneira satisfatória o
comportamento real, não existindo estudos que expliquem detalhadamente o
comportamento dessas ligações, apesar de ser um dos fatores que influenciam no
comportamento global da estrutura além de contribuir significativamente no seu custo
total.
Portanto, tendo em vista a carência de estudos sobre o comportamento
estrutural e a ocorrência de problemas com as estruturas em treliça espacial, foi que a
partir de 1995, a Área de Estruturas Metálicas do Departamento de Engenharia de
Estruturas da EESC-USP, deu início a uma série de pesquisas sobre o tema ‘Treliças
Metálicas Espaciais’.
Os estudos desenvolvidos inicialmente consistiram simplesmente em ensaios
de compressão axial de barras isoladas de aço e alumínio com variação de inércia
nas extremidades, barras estas utilizadas na confecção das treliças, visando
comparar o desempenho dos diversos detalhes de extremidade (estampagem)
[GONÇALVES et al. (1996), MALITE et al.(1997), SÁLES et al.(1996a) e SÁLES et
al.(1996b)]. Vale salientar que estes ensaios não permitem fazer extrapolações para
barras componentes de uma treliça espacial, tendo em vista que o comportamento de
uma barra isolada é conseqüência de condições de contorno que são diferentes das
apresentadas pela mesma barra inserida na estrutura.
Portanto, para uma análise mais profunda e representativa e um melhor
entendimento deste tipo de estrutura, foram realizadas análises teóricas e
experimentais de protótipos de treliça metálica espacial, tendo como objetivo principal
analisar o comportamento e a capacidade destas estruturas com ênfase nos dois
sistemas mais utilizados no Brasil (nó típico e nó de aço), e avaliar a adequabilidade
de diversos modelos teóricos.

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Figura 2 - Nó típico

Figura 3 - Nó de aço

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2 ENSAIOS DE BARRAS ISOLADAS

A primeira fase das pesquisas com treliças metálicas espaciais realizadas no


Departamento de Estruturas da EESC - USP consistiu na análise teórica e
experimental de barras de seção tubular com extremidades estampadas (amassadas),
barras estas amplamente utilizadas nestas estruturas, uma vez que representam uma
significativa economia global devido a simplicidade dos nós.
Inicialmente, vale salientar que a estampagem da extremidade destas barras
leva a uma redução significativa da rigidez à flexão nesta região, o que implica numa
redução da sua resistência à compressão. Nos projetos de treliças espaciais, este
efeito não é geralmente considerado, o que pode conduzir a uma situação muito
desfavorável e portanto contrária à segurança.
Assim o objetivo principal desta análise experimental foi comparar o
desempenho estrutural de 3 detalhes de estampagem conforme pode ser visto na
figura 4, mediante o ensaio de compressão axial de barras isoladas.
Portanto foram ensaiadas 27 barras de seção transversal φ 88 x 2,65 (mm) -
tubo formado a frio com costura, em aço USI-SAC 41. O comprimento das barras foi
determinado de maneira a reproduzir a esbeltez usual nas treliças espaciais:
4.200mm, 3.000mm e 1.800mm, correspondendo à esbeltez de 140, 100 e 60,
respectivamente.

Figura 4 - Detalhe das extremidades das barras ensaiadas

As barras foram parafusadas nas extremidades a aparelhos de apoio de aço


(fig.4), simulando o nó de aço usualmente empregado nestas estruturas, e os ensaios
à compressão axial foram realizados na posição horizontal, onde numa extremidade o
aparelho de apoio foi simplesmente apoiado na estrutura de reação (superfície plana -
restrito parcialmente à rotação), e na outra extremidade, apoiado junto a uma
superfície esférica (rotulada) acoplada à célula de carga.
Durante os ensaios foram medidas deformações específicas na seção central
das barras, assim como deslocamentos transversais. O modo de colapso para todas

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as barras ensaiadas correspondeu à formação de rótulas plásticas na extremidade


junto à célula de carga, em relação ao eixo de menor inércia.
A força última experimental foi comparada aos valores teóricos da resistência
à compressão segundo as normas AISI/91 e EUROCODE 3, admitindo-se barras bi-
rotuladas e dois valores da resistência ao escoamento: fy = 24,5kN/cm2 (aço
virgem) e fy = 41,2kN/cm2 (aço formado a frio, obtido em ensaios de corpo-de-prova à
tração). As curvas de resistência à compressão e os resultados dos 27 ensaios são
apresentados na figura 5, onde pode-se concluir que:
• a dispersão dos resultados aumenta a medida que a esbeltez diminui, uma vez
que as imprecisões de ensaio aliadas ao efeito de redução de inércia nas
extremidades tornam-se mais significativos;
• os detalhes de extremidade B e C são mais favoráveis que o detalhe A
(estampagem reta), conduzindo a valores mais elevados da capacidade da
barra, pois implicam numa redução de inércia mais gradual se comparada com
a região totalmente estampada do detalhe A;
• admitindo-se a resistência ao escoamento do aço virgem fy = 24,5kN/cm2 as
barras de menor esbeltez (λ = 60) apresentaram, na maioria dos ensaios, força
última experimental inferior à teórica, atingindo-se reduções da ordem de 35%.
Ao se adotar a resistência ao escoamento do aço trabalhado a frio (fy =
41,2kN/cm2), o que é permitido pela norma AISI, as reduções ultrapassam
50%.

45 EUROC/93 (f = 41,2)
y

40

AISI (f = 41,2)
(kN/cm 2)

35 y

30
AISI (f = 24,5)
y
25
cr

EXTREM. TIPO A
f

20 EXTREM. TIPO B
tensão crítica

EXTREM. TIPO C
15 EUROC/93
f = 24,5
y
10
λ = 100
λ = 60

λ = 140

0
0 50 100 150 200
índice de esbeltez (λ )
Figura 5 - Curvas de resistência à compressão e resultados experimentais

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3 ANÁLISE EXPERIMENTAL

Os resultados experimentais foram obtidos em ensaios de quatro protótipos


que simulavam um trecho de treliça espacial (PROT 1 a PROT 4), constituídos por
nós típicos e/ou nós de aço. Os protótipos eram constituídos por nove módulos
piramidais com 2,5x2,5x1,5(m), formando uma malha quadrada sobre quadrada de
7,5x7,5x1,5(m), apoiados nos quatro vértices por colunas tubulares de aço com seção
φ168 x 7,11(mm) e carregados nos quatro nós centrais do banzo inferior, conforme
ilustra a figura 6.

P o n to s d e ap licação d e fo rça
A p o io s
D C

B
1
PLA N TA

ELEVAÇÃO
Figura 6 – Esquema geral dos protótipos ensaiados

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Os protótipos, descritos na tabela 1, eram constituídos por barras de seção


tubular circular com as extremidades estampadas, diferenciando-se apenas nas
dimensões transversais de suas diagonais de apoio e nos sistemas de conexões (nós)
utilizados. O material empregado foi o aço USI-SAC 41, e as propriedades do aço
trabalhado a frio foram obtidas mediante ensaios de tração em corpos-de-prova
extraídos de amostras das barras, conforme a especificação norte-americana ASTM
A370-96.
Tabela 1 - Descrição dos protótipos ensaiados
Protótipo Detalhe dos Banzos Diagonais Diagonais de Falha
nós apoio prevista
PROT 1(1) nós típicos φ76x2,0(mm) φ60x2,0(mm) φ88x2,65(mm) banzo
superior
PROT 2(2) nós típicos φ76x2,0(mm) φ60x2,0(mm) φ76x2,0(mm) diag. de
apoio
PROT 3 nós de aço φ76x2,0(mm) φ60x2,0(mm) φ88x2,65(mm) banzo
superior
PROT 4 sistema φ76x2,0(mm) φ60x2,0(mm) φ88x2,65(mm) banzo
misto(3) superior
1
Montados sem controle de torque nos parafusos
2
Montados com controle de torque nos parafusos
3
Emprego de nós típicos e de aço no mesmo protótipo.

A execução dos protótipos ficou a cargo da empresa ALUSUD - Eng. e Ind. de


Construções Espaciais Ltda., empresa com larga experiência na fabricação e
montagem de treliças espaciais.
Os ensaios foram realizados no Laboratório de Estruturas da EESC-USP, e a
montagem foi feita mediante a técnica de ‘lift slab’, ou seja, montou-se o protótipo no
piso, com posterior içamento. Na figura 7 é apresentada uma vista geral de um
protótipo montado. Após o posicionamento, foi efetuado o aperto final nos parafusos,
com aplicação de torque controlado por torquímetro de estalo, aplicando-se 70% da
força de protensão mínima recomendada pela NBR 8800/86.

Figura 7 - Vista geral de um protótipo montado

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Sob os protótipos foram montadas quatro estruturas de reação para aplicação


do carregamento, fixadas na laje de reação. O carregamento foi aplicado por quatro
atuadores hidráulicos do tipo haste vazada com acionamento simultâneo, de modo a
garantir a uniformidade da força nos quatros nós centrais do banzo inferior da
estrutura, no sentido de cima para baixo, sendo a intensidade da força medida por
células de carga acopladas na face inferior dos atuadores (fig. 8).
Os deslocamentos horizontais e verticais dos apoios, bem como os verticais
do nó central (flechas) e dos nós periféricos junto aos apoios (banzo superior) foram
medidos por transdutores de deslocamento.
Para a medição das deformações específicas nas barras, devido a dupla
simetria dos protótipos, foi implementada uma instrumentação mais detalhada na
região do vértice A, sendo que para os outros vértices foi instalada apenas uma
instrumentação de controle.
As deformações foram medidas por extensômetros elétricos posicionados na
seção transversal central das barras, com objetivo de avaliar a compressão e a
evolução da flexão na seção central destas, e também nas extremidade de diversas
barras, para avaliar as deformações junto ao nó (concentração de tensões).

Figura 8 – Vista geral e detalhe da estrutura para aplicação de força

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4 ANÁLISE TEÓRICA

As estruturas em geral são projetadas sem a consideração do


comportamento não linear (físico e geométrico), ou seja, admite-se que a relação
tensão x deformação se mantenha no regime elástico linear e a posição deformada da
estrutura se confunda com a posição original. Para as treliças espaciais isto não é
diferente, e percebe-se que na prática o modelo teórico utilizado para estas estruturas
é o de treliça ideal, não se levando em consideração as características da conexão e
a variação de inércia das barras junto aos nós. Entretanto, vários pesquisadores
chamam a atenção para a necessidade de se analisar tais estruturas considerando
seu comportamento não linear, principalmente a não linearidade geométrica.
Neste trabalho, o modelo teórico tomado como referência foi o usualmente
empregado na prática de projetos, ou seja, o modelo de treliça ideal, correspondendo
a uma análise linear admitindo-se todas as barras com seção constante e os nós
perfeitamente articulados. Foi realizada também uma análise teórica não linear
levando em consideração as não linearidades física e geométrica, simulando a
influência da região nodal, empregando-se o software ANSYS (versão 5.4)
Para a não linearidade física o modelo constitutivo adotado foi o bilinear, tanto
para tração (hipótese satisfatória), quanto para compressão (hipótese pobre). Na
modelação dos protótipos para hipótese de análise não linear foi considerada as
variações de inércia das extremidades das barras junto aos nós; para tanto, tomou-se
partido das características do elemento de viga utilizado (BEAM 24), o qual permite a
discretização da seção transversal do elemento em segmentos retos (fig. 9a),
modelando deste modo as barras com suas dimensões reais, avaliadas em mesa
tridimensional de alinhamento.
Deste modo todas as barras foram modeladas apenas com elementos de
barra (BEAM 24), considerando-se um trecho central de inércia constante e trechos
extremos com inércia variável (extremidades estampadas), como pode ser visto na
figura 9a.
A análise não-linear pretendida procurou representar de maneira simples e
viável de ser empregada na prática de projetos o detalhe das extremidades das barras
e suas conexões, desta forma, foram desenvolvidas as seguintes modelações:

• para os nós típicos foram admitidas duas hipóteses: na primeira, as


extremidades das barras foram simplesmente unidas no nó (fig. 9b); e na
segunda, a região do nó foi composta por elementos de casca com inércia
equivalente à soma das inércias das extremidades das barras que concorrem
no referido nó (fig. 10);

• os nós de aço foram modelados com elementos de casca (fig. 11), com a
espessura das chapas na região da união barra-chapa avaliadas de maneira a
reproduzir a inércia correspondente à soma das inércias dos elementos
componentes, ou seja, chapa de nó mais extremidade estampada da barra.

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a) Modelação das barras b) Extremidades unidas no nó


Figura 9 - Detalhe da barra e do nó típico modelados com elemento de barra

Figura 10 - Modelação do nó típico com elemento de casca

Figura 11 - Modelação do nó de aço com elemento de casca

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5 RESULTADOS

A força última teórica dos protótipos foi estimada pela resistência das barras
comprimidas, admitindo-se uma análise linear sem a consideração da variação de
inércia das extremidades das barras. Na tabela 3 são apresentadas a máxima força
aplicada para os quatro protótipos ensaiados bem como as estimadas teoricamente.
A resistência à compressão destas barras foi determinada com base nas
normas NBR - 8800 (1986) “curva a”, AISI-LRFD (1991) e EUROCODE (1992) “curva
c”. O EUROCODE recomenda a curva c, quando da utilização nos cálculos do valor
da resistência ao escoamento da aço trabalhado a frio.
Para vinculação das barras, foram supostos apoios simples em ambas as
extremidades (K=1,0).
Na determinação da resistência à compressão foram adotados os valores de
resistência ao escoamento do aço obtidos nos ensaios de tração (tab. 2). Para o
módulo de elasticidade longitudinal adotou-se E=20500 kN/cm2.

Tabela 2 - Propriedades geométricas, esbeltez e resistência ao escoamento das barras


analisadas
Barra Ag r L λ fy (kN/cm2)
(mm) (cm2) (cm) (cm) PROT 1/2 PROT 3/4
φ60 x 2,0 3,6 2,06 231,8 112,5 42,1 39,9
φ76 x 2,0 4,7 2,62 250,0 95,4 37,4 39,4
φ76 x 2,0 4,7 2,62 231,8 88,5 37,4 39,4
φ88 x 2,65 7,1 3,02 231,8 76,8 35,9 37,5

Tabela 3 - Forças últimas teóricas e experimentais


Forças totais últimas
(2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
EUROCODE AISI/LRFD NBR 8800 Resultado
(1992) (1991) (1986) s
“curva c” “curva a” dos
ensaios
Protótipo Fu (kN) Fu (kN) Fu (kN) Fu (kN) (5)/(2) (5)/(3) (5)/(4)
teórico teórico teórico experim.
PROT 1 210,2 310,8 259,7 161,3 0,77 0,52 0,62
PROT 2 197,0 289,5 245,9 160,2 0,81 0,55 0,65
PROT 3 210,2 310,8 259,7 259,9 1,24 0,84 1,0
PROT4 210,2 310,8 259,7 179,0 0,85 0,58 0,69
Obs.: Forças totais últimas teóricas (Fu teórico) foram calculadas admitindo-se barras sem
variação de inércia.

Quanto a capacidade, pode-se observar na tabela 3 que os protótipos


constituídos por nós típicos (PROT 1 e PROT 2) apresentaram capacidade da ordem
de 65% em relação à prevista teoricamente, enquanto o protótipo constituído por
nós de aço (PROT 3) apresentou capacidade próxima a avaliada teoricamente,
tendo como base a NBR 8800/86.

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Quanto aos resultados da análise teórica não linear dos protótipos observou-
se que estes foram próximos dos obtidos pela análise linear, como pode ser visto nos
gráficos da figura 12. Nestes gráficos destaca-se também a significativa diferença
apresentada nos deslocamentos verticais avaliados teoricamente com os acorridos
experimentalmente.

300 experimental 300


270
teórico H1*
270
teórico H2*
240
teórico linear 240
210 210
Força total (kN)

Força total (kN)


180 180
150 150
120 120
90 90
experimental
teórico H1
60 60 teórico H2
30 30 teórico linear
0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 50 60 70 80
δ(mm)
δ (mm)

a) PROT 1 b) PROT 2

300 300

270 270

240 240

210 210
Força total (kN)

experimental
Força total (kN)

180 180
teórico não-linear
150 150
teórico linear
120 120

90 experimental 90
teórico não linear
60 60
teórico linear
30 30

0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 50 60 70 80
δ (mm)
δ (mm)

c) PROT 3 d) PROT 4

Figura 12 - Deslocamentos verticais (flechas) para os quatro protótipos ensaiados


Obs.: para as figuras 12a e 12b a legenda ‘teórico H1’ e ‘teórico H2’ referem-se à análise não
linear com a sobreposição das extremidades das barras e a composição desta região por um
elemento de casca, respectivamente.

Destaca-se que pelo fato da análise teórica não linear desenvolvida ter
procurado representar de maneira simples e viável de ser empregada na prática de
projetos o detalhe das extremidades das barras e suas conexões, efeitos importantes
como deslizamento das barras junto aos nós (perda de atrito) e a própria abertura do
nó (perda de contato), que são fatores de difícil simulação teórica não foram
considerados nesta análise. Outro fator colaborante para a proximidade dos
resultados da análise teórica linear e não linear foi o de terem sido analisados
pequenos protótipos, com elevada relação altura/vão (1:5), portanto tratando-se de
casos com grande influência da força cortante não levando a efeitos significativos da
não linearidade geométrica, entretanto, para casos freqüentes das treliças espaciais,

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onde os vãos são relativamente elevados diante da altura, os efeitos desta não
linearidade podem ser significativos e devem ser analisados.
Da análise experimental dos quatro protótipos de treliça espacial observou-se
dois modos de ruína:

• o primeiro associado à falha do nó típico (PROT 1 e PROT 2),


caracterizada pela rotação excessiva, abertura do nó e flexão da
extremidade da barra, ocasionando a plastificação das barras na região
da estampagem (fig.13);
• o segundo correspondente à flambagem de barras do banzo superior
(comprimido), conforme ilustrado na figura 14, referente ao protótipo
com nós de aço (PROT 3) e sistema misto (PROT 4).

PROT 1

PROT 2

Figura 13 - Rotação do nó típico (PROT 1 e PROT 2)

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PROT 3

PROT 4

Figura 14 - Flambagem das barras do banzo comprimido (PROT 3 e PROT 4)

Da simples observação dos modos de falha, pode-se concluir que a baixa


eficiência estrutural do nó típico não permitiu que as barras comprimidas mais
solicitadas atingissem sua capacidade, enquanto o nó de aço conduziu à flambagem
das barras comprimidas, evidenciando maior eficiência estrutural.
Esta eficiência pode ser visualizada nos gráficos das figuras 15 e 16
referentes aos deslocamentos verticais do nó central, sendo que o primeiro compara o
PROT 1 com PROT 2 os quais apresentam o mesmo sistema de conexão (nós
típicos) mas se diferenciam pela dimensão das diagonais de apoio e o segundo
apresenta a comparação para os protótipos PROT 1, PROT 3 e PROT 4 com as
mesmas dimensões das seções transversais de suas barras, diferenciando-se apenas
pelo sistema de conexão; nós típicos, nós de aço e configuração mista,
respectivamente.
No gráfico da figura 15 observa-se que os protótipos com nós típicos
apresentaram uma significativa acomodação durante o ensaio, que associada à
rotação excessiva dos nós, induziu a deslocamentos muito superiores aos previstos
teoricamente já nas primeiras etapas de carregamento. A maior rigidez do PROT 2 em
relação ao PROT 1, demonstrada neste gráfico, deve-se ao controle de torque
aplicado aos parafusos no PROT 2.
No gráfico da figura 16 observa-se que o protótipo com nós de aço (PROT 3)
apresentou deslocamentos, em serviço, próximos aos previsto teoricamente. A tabela
4 resume os valores teóricos e experimentais de deslocamento de serviço dos quatro
protótipos. O PROT 4 (sistema misto de conexão) apresentou valores intermediários
de deslocamentos (fig 16).

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, n. 20, p. 105-125, 2002


120 Carlos Henrique Maiola & Maximiliano Malite

180

150

120
Força total (kN)

PROT 1
PROT 2
90
teórico linear (PROT 1)
teórico linear (PROT 2)
60

30

0 20 40 60 80 100
δ (mm)

Figura 15 - Deslocamento vertical do nó central (PROT 1 x PROT 2)

270
PROT 1
240 PROT 3
210 PROT 4
180 teórico linear
Força total (kN)

150

120

90

60

30

0 20 40 60 80 100
δ (mm)
Figura 16 - Deslocamento vertical do nó central(PROT 1, PROT 3 e PROT 4)

Tabela 4- Deslocamentos verticais (flechas) de serviço dos protótipos


Força total (kN) Deslocamento vertical do nó central (mm)
Protótipo Estimativa do Teórico Experimental Relação
valor de serviço1 Exp./Teórico
PROT 1 105 6,8 24,0 3,5
PROT 2 98,5 6,9 24,4 3,5
PROT 3 105 6,8 7,9 1,2
PROT 4 105 6,8 11,1 1,6
1
Carregamento de serviço na estrutura assumido como aquele correspondente à metade da
capacidade nominal da barra mais solicitada.

A medição de deformações específicas nas barras comprimidas mais


solicitadas indicou a significativa concentração de tensões nas extremidades destas,

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, n. 20, p. 105-125, 2002


Análise teórica e experimental de treliças metálicas espaciais constituídas por barras.... 121

fato este proveniente principalmente das estampagens. A figura 17 apresenta os


valores experimentais médios de deformação de uma barra do banzo superior do
protótipo PROT 4, onde perceber-se que, enquanto no centro da barra o
comportamento foi próximo ao linear, na extremidade ocorreram elevadas
deformações (e portanto tensões) e comportamento não-linear. A figura 18 apresenta
as deformações da seção transversal na extremidade da diagonal de apoio deste
mesmo protótipo (barra comprimida), avaliadas por quatro extensômetros
posicionados simetricamente, onde pode-se observar a ocorrência de tensões de
tração nas laterais da região estampada (extensômetros 35 e 36), o que evidencia o
acentuado efeito das concentrações de tensões nesta região.
Na simulação numérica mais detalhada realizada por VENDRAME (1999) são
apresentadas curvas de isotensões para a diagonal de apoio e o banzo superior
componentes de um nó típico, onde pode-se observar para uma barra totalmente
comprimida o aparecimento de uma região com tensões de tração na extremidade
das barras, tal como observado nos ensaios.
270

240
meio da barra
extremidade da barra
210
teórico linear
180
Força total (kN)

150

120

90

60

30

-3500 -3000 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0


ε (µε)

Figura 17 - Deformações médias do banzo superior do PROT 4

270

240

210

180
Força total (kN)

150

120

90
s.g. 33
60 s.g. 34
s.g. 35
30 s.g. 36
teórico linear
0

-1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200


ε (µε)

Figura 18 - Deformações da extremidade da diagonal de apoio do PROT 4

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122 Carlos Henrique Maiola & Maximiliano Malite

6 CONCLUSÕES

As treliças metálicas espaciais têm sido cada vez mais empregadas nas
coberturas de grandes áreas, apresentando características que fazem desta opção
uma solução viável economicamente e esteticamente satisfatória. São leves,
geometricamente harmônicas, apresentam grande uniformidade de barras e nós, e
necessitam de um número reduzido de apoios nas duas direções (comportamento
global de placa).
Construtivamente existem no mercado vários sistemas, em aço e alumínio.
Em geral empregam-se barras de seção tubular circular, conectadas entre si a
dispositivos denominados "nós". Do ponto de vista econômico, os nós representam
uma parcela significativa do custo destas estruturas, podendo inviabilizar o emprego
de um determinado sistema. Várias empresas e pesquisadores de vários países vêm
procurando desenvolver novos sistemas que sejam bem sucedidos em relação a
custo e eficiência estrutural.
No Brasil são adotados sistemas simples, abordados neste trabalho, onde
empregam-se barras de seção tubular circular com extremidades estampadas e
conectadas entre si por um único parafuso (denominado usualmente por "nó típico"),
ou conectadas a dispositivos constituídos por aletas de aço soldadas, onde cada aleta
conecta uma barra (denominado "nó de aço"). O primeiro sistema apresenta
excentricidades significativas, enquanto o segundo, teoricamente, não apresenta
excentricidades.
Na prática de projetos, tem-se observado que o modelo teórico empregado é
o de treliça ideal, ou seja, barras sem variação de inércia e nós perfeitamente
articulados sem excentricidades, procedendo-se à análise linear. Em seguida, o
dimensionamento é feito admitindo-se também as barras sem variação de inércia e
perfeitamente articuladas nas extremidades. Entretanto, vários pesquisadores
chamam a atenção para a necessidade de se analisar tais estruturas considerando
seu comportamento não linear, principalmente a não linearidade geométrica.
Ensaios em barras isoladas, realizados no Laboratório de Estruturas da
EESC-USP, mostraram que a variação de inércia nas extremidades pode conduzir à
uma redução significativa da resistência à compressão da barra, tomando como
referência o cálculo admitindo-se barras com inércia constante. Tal efeito é mais
pronunciado nas barras com pequena esbeltez, o que na prática é usual nas
diagonais de apoio e nas barras mais solicitadas do banzo comprimido, portanto,
recomenda-se nesses casos não desprezar os efeitos da variação da inércia.
Além da variação de inércia, outros fatores podem influenciar de maneira
significativa a resistência das treliças espaciais, como por exemplo: imperfeições
geométricas iniciais, excentricidades nos nós, flexibilidade dos sistemas de conexão,
e para o caso dos nós típicos, o deslizamento das barras proveniente da perda do
atrito nas conexões.
A análise teórica não linear desenvolvida neste trabalho procurou representar
de maneira simples e viável de ser empregada na prática de projetos, o detalhe das
extremidades das barras e suas conexões. Como foram analisados pequenos
protótipos, os resultados desta análise não foram significativamente diferentes dos
obtidos pela análise linear, tendo em vista que as deformações e os deslocamentos
teóricos foram relativamente pequenos. Entretanto, é extremamente difícil considerar
numa análise teórica fatores relevantes como os deslizamentos e a abertura dos nós

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, n. 20, p. 105-125, 2002


Análise teórica e experimental de treliças metálicas espaciais constituídas por barras.... 123

típicos e as imperfeições geométricas iniciais, que alteram de maneira significativa a


resposta estrutural. Análises preliminares desenvolvidas para estruturas maiores
refletem a necessidade de uma análise não linear para melhor avaliar a resposta
estrutural.
A análise experimental foi realizada em quatro protótipos com elevada relação
altura/vão (1:5), cujo objetivo principal foi comparar o desempenho estrutural de dois
sistemas usualmente empregados no Brasil: nó típico e nó de aço.
Os protótipos constituídos por nós típicos (PROT 1 e PROT 2) apresentaram a
falha do nó como estado limite último, caracterizada pela rotação excessiva e flexão
da extremidade da barra, conduzindo à rigidez e capacidade muito inferiores às
previstas pela análise teórica linear de treliça ideal e também pela análise não-linear.
Durante os ensaios, foi notória a significativa acomodação da estrutura, comprovando
a limitação estrutural do nó típico.
O protótipo constituído por nós de aço (PROT 3) apresentou como estado
limite último a flambagem de barras do banzo superior (comprimido), ou seja, o nó
permitiu que a resistência à compressão da barra fosse atingida, o que refletiu num
carregamento último próximo ao previsto teoricamente. Quanto à rigidez, os valores
de deslocamento vertical (flecha) em serviço foram próximos aos calculados
teoricamente, o que significa concluir que a análise teórica linear de treliça ideal foi
satisfatória neste caso.
O protótipo com sistema misto (nós de aço associados a nós típicos em
regiões de pequenos esforços - PROT 4) apresentou também como estado limite
último a flambagem de barras do banzo superior, entretanto tal fenômeno foi induzido
e precipitado pelas rotações e aberturas dos nós típicos, refletindo um carregamento
último da estrutura próximo ao atingido pelos protótipos constituídos exclusivamente
por nós típicos.
O nó típico, com custo de fabricação e montagem relativamente baixo,
constitui-se num detalhe limitado do ponto de vista estrutural, não explorando a
capacidade das barras e induzindo à uma baixa rigidez da estrutura, tomando-se
como parâmetro de comparação a treliça ideal. A falha deste nó é caracterizada por
rotação excessiva, abertura e a conseqüente plastificação da extremidade de barras.
Desta forma, tais estruturas devem ser empregadas com restrições. Quanto aos nós
de aço, o ensaio comprovou sua eficiência estrutural, conduzindo à uma maior rigidez
e capacidade da estrutura, estas compatíveis com as obtidas pela análise linear.
Conforme esperado, o protótipo PROT 4 constituído pelo sistema misto
apresentou valores de rigidez e resistência intermediários aos outros dois sistemas
analisados, podendo representar uma solução interessante em alguns casos, embora
necessite de mais estudos tendo em vista a limitação estrutural observada pelo nó
típico.

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Agradecimentos

À FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

À ALUSUD - Engenharia e Indústria de Construção Espacial Ltda.

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